como a publicidade funciona
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Metodologias de fixação de objectivos de comunicação e avaliação da eficácia de campanhas publicitárias, com referência às teorias de comportamento de compra repetida.TRANSCRIPT
Como a publicidadefunciona
João Pinto e Castro2004
IntroduçãoIntrodução
João Pinto e Castro
“Sei que metade do dinheiro que gastoem publicidade é desperdiçado. E opior é que ignoro com qual das metadesisso acontece.”
(John Wanamaker)
João Pinto e Castro
“A nossa conclusão é que 49% dapublicidade de tv conseguiu aumentaras vendas.”
George GarrickInformation Resources, 1989
João Pinto e Castro
Qual é a situação hoje em dia?
• Raramente a eficácia da publicidade é avaliada com um mínimo de rigor
• Na grande maioria dos casos, não se recorre a nenhuma forma de avaliação (seja a priori, seja a posteriori)
• Os focus groups são a técnica mais corrente de avaliação a priori
• A notoriedade e o recall (índice de recordação) sãoas formas de avaliação a posteriori mais correntes
João Pinto e Castro
Que utilidade tem a publicidade?
• Aparentemente, as empresas fazem publicidadeporque vêem as outras fazer: “Se toda a gente faz, deve ser bom.”
• Nesse caso, a publicidade seria uma superstiçãocomo outra qualquer
• O mesmo resultado poderia ser obtido através de outros métodos, tais como a dança da chuva, o mauolhado ou os sacrifícios rituais
João Pinto e Castro
O ponto de vista da teoriaeconómica
• Perspectiva crítica (Kaldor)– a publicidade serve para diferenciar artificialmente os produtos - é
um dos sustentáculos da concorrência monopolística
– a publicidade serve para criar barreiras à entrada, restringindoassim a concorrência
– a publicidade cria custos socialmente improdutivos
• Perspectiva apologética (Stigler)– a publicidade reduz a disparidade entre os preços praticados
– a publicidade permite aos consumidores fazerem escolhas maisinformadas
– a publicidade permite aos consumidores pouparem tempo à procura de informação, pelo que é socialmente benéfica
João Pinto e Castro
Consequências
• Segundo a perspectiva crítica– o mais importante é gastar dinheiro em publicidade - sendo
relativamente secundário saber como
– curiosamente parece ser esse o ponto de vista de muitosanunciantes
• Segundo a perspectiva apologética– a publicidade deve ser informativa, deve divulgar os preços e as
características dos bens e serviços– o facto, porém, é que a grande maioria da publicidade é muito
pobre em conteúdo informativo
Definição do problemaDefinição do problema
João Pinto e Castro
“A publicidade serve para vender.Não tem qualquer outro propósito dignode ser mencionado.”
Raymond Rubicam
João Pinto e Castro
A venda como objectivo da publicidade
• Em princípio, toda a gente concorda que a vendadeve ser o objectivo da publicidade
• O problema é que isso levanta inúmerasdificuldades, tanto teóricas como práticas
João Pinto e Castro
Factores que condicionamo sucesso de vendas
• Condições do macro-ambiente competitivo
• Comportamento dos consumidores
• Estratégia e marketing-mix da empresa
• Estratégia e marketing-mix de cada concorrente
João Pinto e Castro
Duas soluções gerais
• Experimentação controlada– criação de dois grupos distintos: grupo de teste e grupo de
controlo
– só o grupo de controlo é exposto à publicidade– a comparação da evolução das vendas nos dois grupos permite
identiticar o impacto específico da publicidade
• Análise econométrica– aplicação de um modelo económico incluindo todas as variáveis
relevantes para a situação
– a especificação correcta do modelo permite determinar a contribuição real da publicidade para as vendas da empresa
João Pinto e Castro
Problemas da experimentação controlada
• Como isolar grupos que se distinguem apenas porverem ou não verem a publicidade?– Em países grandes (EUA) é relativamente fácil experimentar
campanhas numa só cidade ou num só estado - mesmo assim, não é certo que as demais circunstâncias sejam idênticas
– Em Portugal, isso é muito mais difícil
• A experimentação controlada é possível quando o grupo de teste é atingido por publicidadedireccionada (marketing directo)
• Em todos os casos, trata-se de um método sempredispendioso
João Pinto e Castro
Problemas da análiseeconométrica
• A primeira e maior dificuldade é a falta de informação sobre variáveis importantes (ex: informação rigorosa sobre a concorrência)
• Em segundo lugar, quanto mais variáveis quisermosconsiderar, mais observações teremos de incluir e, logo, mais longo o horizonte temporal por elascoberto
• Na prática - e salvo raras excepções - a sua utilização ou não é viável ou impõe cautelasextremas
João Pinto e Castro
O efeito de longo prazo
• Uma segunda dificuldade na avaliação da eficácia da publicidade resulta de uma parte dos seusefeitos só se manifestar plenamente no longo prazo
• A própria existência deste efeito de longo prazo tem sido objecto de grandes discussões ao longo de décadas
• Será que ele existe? E como se relaciona com o efeito de curto prazo? Nomeadamente, poderáexistir um sem o outro?
João Pinto e Castro
Excepções à regra
• Na venda por correspondência é possível medirdirectamente o impacto da comunicação sobre as vendas
• O mesmo acontece em certos mercados maduros, muito estáveis tanto do ponto de vista dascondições gerais da procura como da actividadedos diversos concorrentes– medicamentos de venda livre
– grande comércio retalhista– comércio automóvel
Uma abordagemmetódica do problema
Umaabordagemmetódica do problema
João Pinto e Castro
“Meçam o que é mensurável e tornemmensurável o que o não é”
Galileu Galilei
João Pinto e Castro
Estratégia geral de soluçãodo problema
• Se não for possível medir directamente o impactoda publicidade sobre as vendas estaremosfatalmente condenados à ignorância?
• Não será pelo menos possível identificar algumefeito da publicidade simultaneamente mensurávele intimamente relacionado com o sucesso de vendas?
• Esta foi a estratégia sugerida por Russell Colley quando propôs o sistema DAGMAR (Defining Advertising Goals for Measured Advertising Results)
João Pinto e Castro
O sistema DAGMAR
• Colley observou que, na verdade, a publicidade nãoproduz directamente vendas, mas sim certos efeitosque, por sua vez, conduzem à venda
• Chamou a esses efeitos “tarefas específicas de comunicação”
• Existem dois tipos de tarefas de comunicação– efeitos psicológicos induzidos pela publicidade
– comportamentos induzidos por esses efeitos
João Pinto e Castro
Tarefas de comunicaçãooperacionais
• Mensuráveis de forma não ambígua e inequívoca
• Comparáveis (com a situação de partida, com a de outras marcas, etc.)
• Relativas a um público bem determinado
• Relativas a um período de tempo bem determinado
• Previamente acordadas por escrito
João Pinto e Castro
Exemplos
• Aumentar de 35% para 50% a notoriedade da marca X no prazo de 8 semanas após o lançamentoda campanha entre as mulheres das classes A/ B/ C1 de idades compreendidas entre os 25 e os 44 anos
• Posicionar a marca Y como o chocolate maisnutritivo no prazo de 12 meses entre 70% dos heavy-users
• Assegurar que o detergente Z permanecerá como a marca preferida de 50% das donas de casa portuguesas
João Pinto e Castro
• Incluir os vinhos portugueses no reportório daspossíveis compras de vinhos de 20% dos compradores ingleses das classes A/ B num prazode 12 meses
João Pinto e Castro
Objectivos intermédios
Emissão damensagempublicitária
VendaObjectivointermédio
João Pinto e Castro
Como avaliar a eficácia da publicidade?
Dois problemas distintos:
1. Que factores devem ser avaliados? Esta questãoremete para a compreensão do modo como a publicidade influencia o comportamento de compra.
2. Como devem ser avaliados? Implica saber que metas traçaremos e a que técnicas recorreremospara medir eficazmente os factores seleccionados.
Do objectivo de marketing aoobjectivo de comunicação
Do objectivo de marketing aoobjectivo de comunicação
João Pinto e Castro
Classificação dos consumidores
• Não utilizadores da categoria - Abrange todas as pessoas que poderiam utilizar a categoria de produto, mas que, por alguma razão, não o fazem
• Clientes exclusivos da concorrência - Inclui aquelesconsumidores que, embora adquiram habitualmentea categoria de produto, só costumam escolhermarcas concorrentes
• Nossos clientes - Inclui os consumidores que compram a nossa marca, embora, tambémcomprem, com maior ou menor frequência, as marcas da concorrência
João Pinto e Castro
Migrações inter-marcas
Não compradores
Clientes só daconcorrência
Clientes tambémnossos
João Pinto e Castro
Quatro formas de aumentaras vendas
• Aumento do número total de pessoas que comprama categoria de produto, conservando a marca a sua actual quota de mercado (pelo menos)
• Mudança de preferência de marca (brand switching) a nosso favor
• Maior fidelidade dos clientes actuais em detrimentoda proporção das suas compras dirigidas à concorrência
• Intensificação do uso do produto pelos nossosclientes actuais (aumento da quota de mercado semaumento da taxa de penetração)
João Pinto e Castro
Dois percursos alternativos
Não utilizador � Cliente infrequente da nossa marca �Cliente frequente da nossa marca � Cliente fiel ànossa marca
Cliente fiel à concorrência � Cliente infrequente da nossa marca � Cliente frequente da nossa marca �Cliente fiel à nossa marca
João Pinto e Castro
O modelo da comunicaçãopersuasiva
• Pressupõe um processo de decisão racional
• O consumidor altera as suas preferências em função de certos argumentos publicitáriosconvincentes
• A escolha racional precede as alterações do comportamento de compra
O comportamentode comprarepetida
O comportamentode comprarepetida
João Pinto e Castro
Particularidades da comprarepetida
• Envolve tanto bens de consumo como bens industriais frequentemente adquiridos
• A procura encontra-se estabilizada ou cresce a taxas moderadas
• Os benefícios proporcionados são familiares aosconsumidores
• O mercado é oligopolístico
• O grau de diferenciação entre as diversas marcas é restrito
João Pinto e Castro
• A frequência de compra é elevada: diária, semanal, quinzenal, mensal, bimestral
• São adquiridos predominantemente no granderetalho
• Predomina uma relação de baixo envolvimento
João Pinto e Castro
Fórmula essencial
Vendas da marca num dado período
= Número total de lares (A)
x Taxa de penetração (B)
x Frequência de compra (C)
x Número de unidadescompradas por ocasião de compra (D)
x Dimensão média da unidadecomprada (E)
João Pinto e Castro
Factores decisivos do sucesso
• O número total de lares (A) é igual para todas as marcas
• Tanto o número de unidades compradas porocasião de compra (D) como a dimensão média da unidade comprada (E) variam pouco de marca paramarca
• Os dois factores essenciais são:– a taxa de penetração– a frequência de compra
João Pinto e Castro
Padrões do comportamentode compra
1. O comportamento de compra repetida dos consumidores varia pouco de situação parasituação
2. A fidelidade à marca deve ser considerada um fenómeno excepcional
3. Os consumidores tendem a fixar-se num reportóriode marcas satisfatórias
4. O factor que mais distingue as marcas umas dasoutras é a taxa de penetração
João Pinto e Castro
5. A marca líder é também usualmente aquela que exibe maior frequência de compra
6. Tanto a taxa de penetração como a frequência de compra são extremamente estáveis
7. O comportamento médio dos consumidores podeser previsto com muito rigor recorrendo a métodosestatístico-matemáticos
8. Os aumentos temporários de vendas devem-se a um maior afluxo de compradores ao mercado
João Pinto e Castro
Contra-indicaçõesestratégicas
• É inútil procurar conseguir a fidelidade exclusiva a uma marca
• Não é necessário que o consumidor prefira umamarca a todas as outras para que decida adquiri-la
• Os programas de comunicação focalizados naalteração das preferências de marca estão votadosao fracasso
João Pinto e Castro
Recomendaçõesestratégicas
• As marcas crescem principalmente através da sua taxa de penetração
• Esse aumento de penetração depende de seremincluidas no rol das marcas aceitáveis
• Toda a prioridade deve ser atribuída às acçõesorientadas para uma ampla aceitação da marca
• Não é possível lançar mais marcas no mercado se os consumidores acharem que a variedadeexistente já é suficiente
João Pinto e Castro
O papel da publicidade
• No curto prazo, as atitudes dos consumidores em relação às marcas são extremamente estáveis
• A intensa actividade das diversas marcas em disputa parece deixar indiferentes os consumidores
• Não há indícios de que a experimentação de umamarca seja precedida por qualquer alteração de atitude
João Pinto e Castro
Como se formam as atitudes
• As atitudes dos consumidores em relação àsdiversas marcas são principalmente determinadaspela experiência directa de uso
• Não há provas de que a publicidade possa mudarrapidamente as atitudes das pessoas em relação àsmarcas, a menos que ocorram simultaneamentemudanças significativas nos produtos
João Pinto e Castro
Experimentação e atitudes
• Em mercados de baixo envolvimento, o simples conhecimento de que a marca existe pode ser suficiente para estimular a a experimentação
• Se a experimentação for satisfatória, a marca poderá passar a fazer parte do reportório de marcasaceites
• Com base na experimentação a atitude do consumidor em relação à marca torna-se maisfavorável
• O papel posterior da publicidade consistirá em reforçar essas atitudes positivas
João Pinto e Castro
Papel da dissonânciacognitiva
• Sabe-se que os consumidores prestam maisatenção às marcas que habitualmente usam
• Sabe-se também que desconfiam dos benefíciosanunciados por uma marca antes de a experimentarem
• A dissonância cognitiva resulta do confronto entre a expectativas e os resultado efectivo obtido
• Após a experimentação, as atitudes alteram-se parase adaptarem ao resultado da experimentação -para reduzirem a dissonância cognitiva
João Pinto e Castro
Uma força débil e defensiva
• A publicidade é uma força débil: nada consegue se o produto for mau, e é muito mais eficaz a reforçarcomportamentos do que a transformá-los
• Desempenha um papel predominantementedefensivo: a sua vocação não é persuadir as pessoas a trocarem uma marca por outra, masconvencê-las a continuarem a consumir uma marca que já usam
João Pinto e Castro
Como funciona a publicidade?
Notoriedade Atitude Comportamento
Notoriedade Experimentação Reforço
João Pinto e Castro
Notoriedade -Experimentação - Reforço
• Alguma forma de conhecimento superficial da marca tem que ocorrer primeiro - uma delas é a publicidade
• A compra experimental não exige nenhumaintenção de compra prévia
• As pessoas regressam às suas marcas habituaiscomo se nada tivesse acontecido
• A segunda compra é o instante crucial na formaçãode novos hábitos
João Pinto e Castro
Papel da publicidade
1. Criar, despertar ou reforçar a notoriedade da marca
2. Estimular a experimentação em conjugação com alguma oportunidade especial
3. Transformar experimentadores em clientesregulares
4. Aumentar a fidelidade à marca dos clienteshabituais
Alto envolvimentoversus baixoenvolvimento
João Pinto e Castro
O que é o envolvimento
• O envolvimento designa o grau em que osconsumidores se interessam por uma dada categoria de produto
• Nas categorias de maior envolvimento osconsumidores dedicam mais atenção, mais tempo e mais energia à busca da melhor solução
• O alto envolvimento resulta de factorespsicológicos, sociais e económicos
João Pinto e Castro
Compras de baixoenvolvimento
• É a situação típica da maior parte dos bens que compramos no supermercado (mas também de muitos produtos industriais)
• A compra é rotineira e impensada, muitas vezes porimpulso
• O consumidor não está interessado em saber muitosobre as características funcionais do produto
• O consumidor não perde muito tempo a compararpreços
João Pinto e Castro
Compras de alto envolvimento
• Ocorre em bens de consumo duradouros e em bens de equipamento
• Trata-se de itens comprados ocasionalmente
• O consumidor pondera cuidadosamente as alternativas e procura fazer uma escolha racional
• Informa-se detalhadamente sobre as característicasdo produto
• Busca activamente o melhor preço e gasta muitotempo a negociar
João Pinto e Castro
Processamento da informação
• O modo como os consumidores processam a informação varia fortemente consoante o seu graude envolvimento
• O processamento envolve– interpretação da informação recebida
– decifração e conversão em percepções e atitudes psicológicas
• Os pesquisadores Petty e Cacciopo propuseram-se estudar esse fenómeno de uma forma sistemática -Modelo de Probabilidade de Elaboração
João Pinto e Castro
Reacções cognitivasidentificadas
• Relativas ao produto - promessa, demonstração de benefícios, argumentos
• Relativas à fonte emissora - marca, porta-voz, suporte utilizado
• Relativas à execução criativa - forma, estilo, tom, qualidade da produção
João Pinto e Castro
Níveis de elaboração
• Elaboração é o esforço que um indivíduo tem que desenvolver para interpretar a mensagem que recebe
• O nível de elaboração é elevado quando o indivíduo– está altamente motivado para processar a informação
– dispõe da capacidade para fazê-lo
João Pinto e Castro
Via central para a persusão
• O receptor é activo e envolvido
• Presta atenção a argumentos persuasivos
• Encontra-se motivado para receber informação
• A mensagem deve centrar-se nos benefícios do produto
• Faz sentido procurar transformar as atitudes do público
• Pode haver contradição se se recorrer a um meiode baixo envolvimento (ex: TV)
João Pinto e Castro
Via periférica para a persuasão
• O destinatário não está disponível para prestaratenção a argumentos complexos
• A elaboração é mínima e subconsciente
• Funciona a aprendizagem de baixo envolvimento
• O efeito traduz-se em subtis e quase imperceptíveisalterações do quadro mental do consumidor
• Não ocorrem mudanças súbitas de atitude, masapenas fenómenos limitados de aprendizagem, memorização e familiaridade
Efeitos de curto e longo prazo
Efeitos de curto e longo prazo
João Pinto e Castro
Dois tipos de efeitos -conjecturas
• No curto prazo, a publicidade cria notoriedade, consolida a familiaridade e propõe aosconsumidores argumentos a favor da marca
• No longo prazo, valoriza a imagem da marca, tornando-a mais apetecível
• O efeito de curto prazo é mais fácil de identificar do que o de longo prazo, a tal ponto que a própriaexistência do segundo tem sido frequentementecontestada
João Pinto e Castro
Single source research
• Técnica inventada há cerca de vinte anos
• Tornada possível pela emergência de novas tecnologias: scanners POS e tv cabo
• Um mesmo grupo de pessoas funcionasimultaneamente como painel de consumidores e painel de audiências de televisão
• Permite estabelecer uma correlação directa entre a publicidade que cada consumidor vê e os produtosque ele compra
João Pinto e Castro
Resultados BehaviorScan
1. Cerca de metade dos testes realizados revelou um aumento das vendas em resultado da publicidade
2. Os pré-testes realizados antes das campanhasrevelaram-se ineficientes na previsão dos resultados finais
3. A publicidade a novos produtos revelou-se maiseficiente do que a publicidade a produtosestabelecidos
4. Quando a publicidade é eficaz, os seus resultadosaparecem prontamente (i.e., no máximo, ao cabo de seis meses)
João Pinto e Castro
5. Só 20% das campanhas geraram resultadossuficientes para cobrir os seus próprios custos (no caso dos novos produtos, essa percentagem subiupara 40-50%)
6. O efeito acumulado de longo prazo foiaproximadamente duplo do registado ao cabo de um ano
7. Apenas 16% das promoções dirigidas ao trade produziram resultados positivos, e nunca geraramresultados de longo prazo
João Pinto e Castro
8. As promoções dirigidas ao consumidor final interagem positivamente com a publicidade
9. As promoções mais úteis são as actividadesconsumer franchise building - aquelas que valorizam a marca aos olhos do consumidor
João Pinto e Castro
Limitações da metodologiaBehaviorScan
• Apenas permite avaliar o aumento de vendas que resulta de um acréscimo da pressão publicitária
• Logo, não valoriza a publicidade que desempenhaum papel predominantemente defensivo de protecção da quota de mercado
• Também não considera a possibilidade de a publicidade não visar o aumento das vendas, masapenas a manutenção de um alto preço relativo
João Pinto e Castro
Sistema STAS (Short Term Advertising Strength)
• Baseia-se na avaliação da quota de mercado
• Compara– quota de mercado dos lares que não viram a publicidade da
marca na tv nos sete dias anteriores (STAS básica)
– quota de mercado dos lares que a viram (STAS estimulada)
• A diferença entre uma e outra é o STAS diferencial, o indicador que mede a eficácia da publicidade
• Permite constatar que uma marca pode terbeneficiado da publicidade mesmo que a sua quota tenha descido
João Pinto e Castro
Resultados STAS
Nº de Marcas Variação doSTAS
STAS Médio Efeito deLongo Prazo
Média geral 78 44-300 124 106
1º quintil 15 44-94 82 100
2º quintil 16 95-106 100 99
3º quintil 16 106-119 112 100
4º quintil 16 120-149 130 99
5º quintil 15 150-300 198 132
João Pinto e Castro
Principais conclusões
1. A publicidade teve um efeito imediato sobre as vendas em 70% dos casos
2. Globalmente, as vendas das marcas analisadascresceram em média 24% no espaço de umasemana
3. Um ano depois, o crescimento provocado pelapublicidade foi de apenas 6%
4. Todas as marcas agrupadas no primeiro quintil e uma parte das agrupadas no segundo exibiramdiferenciais negativos
João Pinto e Castro
5. Os quatro primeiros quintis não revelaram, em média, qualquer crescimento das vendas no longoprazo
6. No quinto quintil, o fortíssimo impacto no curtoprazo projectou-se num crescimento significativo a longo prazo
7. Um crescimento mínimo imediato de 50% funcionacomo rampa de lançamento para um efeito maisduradouro