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K.-U. I>0 UfitAZIL. BELÉM DO PARÁ, 30 DE DEZEMBRO DE 1393 PRQP1.I-.DAI-E l-E UMA ASSOCIAÇÃO KST/UH> UO PüLltA ¦' '¦.c;-:^ ANNO II NUMERO 325 Rlil-H-ÇÃO, OFFICINAS f AOMlNI.STi.AÇÃO 2f, Travessa Cttvihos Salles, .... COMMISSÃO EXECUTIV j Insultamos . A .[liem V Pois que ! Somos diariamente atados ao poste da diílamação villà, e assim os nossos melhores 'amigos, os nossos prcstimoso3 correligionários; Para ailendcr ás reclama" ' |10nieiis acima do qualquer suspeita, caracteres Ct.es de nOSSOS antigOS poIlüCOS-: dignos e illibados,. devotados até o sacrili-io i. t ~ ¦ __._*___._ _,1__ ¦_•_„•. causa publica, obedecendo unicamente aos dieta- a commissáo executiva Ao pai, ^ J ^..^ ^ q ^ ^ (k, ^ tido Republicano rctiuir-sc-a ^ ^^ assistamos a tíssa ciunpauh!l ihfreno, diariamente, das O ás 11 horas fIliese jnspj,,a tão somente nos ingratos senti- da manltã, no escriptorio da cr-. mentos do mais entranhãdo ódio, da mais des- daCCãO d'«0 Pará».í arruara-la inveja, e do mais incabivel des- ' peito 1 ! Não; nós não insultamos; apenas somos ener- gicos dando aos nossos quadros tintas próprias, ', para que os que julgam as coisas pela apparen- ! cia, não sejam induzidos ao erro. Queimamos, ás vezes, ó verdade, as feridas cancerosas de cara-teres estragados, a fogo esporte e bastante rubro porque assim se faz mister: Pullula em o nosso meio uma coliorte de aventureiros poli- ticos, homens sem f_ e sem crenças, que tudo esperam do imprevisto, verdadeiros desoecupa- dos, cuja existência é a mais séria, a mais im- ininente ameaça para os quo tem a perder, que, apontal-os á execração publica, reduzindo-os ao seu justo e verdadeiro valor, é apenas uma obra do saneamento moral; e é isto éxactaihéate o que temos feito o continuaremos a fazer, som reservas o sem mosmo prender-nos a qualquer consideração. Partida Republicana CARTAS DE ALHAR TERTÚLIA Inserimos adeante mais duas adliesões, a da commissão municipal de Oliaves e da de Alem- quer, ao manifesto do egrégio sr. dr. Paes de- Gaavalho, lido na ultima sessão do Congresso do Partido Republicano. Commissáo Municipal do Partido Ro- publicano de Chaves, 2 de dezembro de 1898.—Sra. presidente e mais mem- bros da Commissáo Executiva do Par- tido Republicauo do Estado do Pará Tendo esta commissão tido conheci- mento, por um dos membros da com- missão Executiva, da deliberação do Congresso do nosso partido, em sessão de _fl de novembro ultimo, em que fo- ram adoptados pelo partido, como seu programma, os princípios exarados no discurso que o benemérito dr. José Paes (| _ de Carvalho, Governador do Estado,, ri-o se sujtíjta a esciioia do verdadoiro me.eci- pronunciou ua sessão solenue comme- \ munto c ta..U)S c|iaa coníam do existência, como morativa do advento.da Republica, eraj(lu a|.sim|os no Cilmpo politico onde por vezes 15 do mesmo mez, vem ella declarar-se [ tôiu (|ueri(lo invei.e(|ar. solidaria com o congresso, para o fim de manter o mesmo programma. Esta commissão, assim procedendo, não faz mais do que prestar franco apoio á direcção que vae tendo o me- smo pujante partido. Defeza de principies ! Mas que princípios sao esses que defendem ou tom defendido ii Folhai Não os conhecemos o nem os conhece o pu- blico. Os que armaram a tenda no órgão da praça da Independência, apenas representam a vaidade tola, a presumpção imbecil; de prinçi- pios -nem um pires. Vieram do despeito, que Princípios politicos ! Hoje são por uma idéa, amanhã por outra, (ontem federaes, luije conservadores. Apcdro- Saúde e frateruidade.-Manuel Rosa ¦ _lroy Américo Mendes1 ¦ tem franco apoio, líatido- pelo antigo partido | democrata em todos os reduetos, espieaçados e dolorosamente na própria'' honra e di- Furtado, presidente; Américo Meneses j „.llklatl0) (Jue l0(i0 o homem de brio o pundõtíor Coitinho, vice-presidente, João Capis-. —^ ^.z.. ^. ^ as C0liv01li01icjas sociaos, tráno de Souza Vasconcellos, secreta-1. & _ ^ .q ^ m_o - ehefo d,esse pa,,. rio; Joaquim Antônio de Souza.; ^ ^^ nQ mais immoml cu,lchavo ,111B ²I conhecemos e que a dignidade humana con- porquo o sr. dr. Lauro não se Directoria do Partido Republicauo deij demita, somente Alemquer, 30 de novembro de Í898..—..jquer convencer quo o encanto está desfeito e Illustre amigo sr. major Alfredo Hen-1dos pedaços um ídolo de... barro! riques da Serra Aranha.-—Damos scien-i _on_ certeza confundem principies com pes- cia ao illustre amigo que, em sessão de! snas. embaralham proposiialinçnto os seus ob- hoje, oste directorio approvou unani- memente vossa attitude, como dele- gado d'este município, na sessão do Congresso do Partido, a 21 do expi- raute mez, ádoptaüdo como prograinma as base3 firmadas no manifesto do emi- nente sr. dr. Governador do Estado. Este procedimento do directorio im- plica também completa solidariedade com o chefe do partido n'esta comarca, senador Fulgencio Firmino Simões. Reiteramo'-vos nosso protesto de es- tima e consideração.—Amigos e corre- ligionarios.—Josino Cardoso Monteiro, presidente; Alfredo Henriques da Serra Aranha Júnior, secretario; Ivo Antônio Picanço de Azevedo, Joaquim Ferreira Bentes, Albino José da Costa, André C. Duarte, Joaquim Bentes Rabello, Fausto Augusto Simões. _£tf__ÜK8_E_u_*_í_ íffik _\_$^U_ Üà Belém, 30 de dezembro de 1898. 'roamõreveritatis Começamos negando a quem quer que seja que se esconde nos assiiniptospartidariosthFolIia, o direito dd apreciar a nossa condueta no jor- nalismo paraense. Ella nasceu das circumstan- cias especiaes em que fomos collooados pela força do nosso patriotismo, que não solhe pos- tergações nos seus direitos e deveres e nem tolera presumpções imbecis de vulgaridades communs que devem operar tão somente onde não haja caracteres limpos, sobranceiros á essa avalanche de ridículos enfatuados, que julgam o mundo as escuras paredes da furna em que laboram os espirites refractarios aos mais co- mesinbos princípios da honra e do devor. Di-lamamos ? Não; damos nomes as coisas e pessoas; castigamos o vicio onde quer que es- teja, ou escondido maiihosamente entre dcslum- brantes fitas e galões de effeito ou sob a acção da policia, de quem, entretanto, escapam os maiores perversos d'oste mundo sublunar. Não somos lidos ? Graciosa affirmação que se destroe com o favor publico que nos procura e nos dispensa toda a consideração; e tanto somos procurados que até incommodamos o sol que pensou um dia derreter a tudo e a todos com os seus poderosos raios, mas, que se convencer. (Vide a edição anterior) Esso pavoroso drama de infortúnio e de angustias, tocou afinal o seu termo. O navio, metteudo água por todos os lados, desconjuutado o caveruame sob o impeto incessante das vagas, arreba- tado o leme por uma onda mais forte, ia afinal sepultar-se nesse furioso ocea- uo, que ha tanto tempo escancarava as hiantes fauces para o tragar. Aproximava-se a noite e o soecorro, tão longe e aueiosamente esperado e pedido, não chegaria nuuea. Sob a enorme planura liquida nenhum outro navio, uma vela, um pennacho de fumo salvador. Apenas a Pohona, abalado ataúde onde doze homens sentiam nas faces crestadas pelas brisas marítimas, os sulcos de fogo das lagrymas que o desespero lhe3 fazia derramar! E, então, como as trevas iam des- cendo sobre o convulso oceano, os abandonados náufragos não hesitaram mais. A nado se deitaram, procuran- do ganhar a costa próxima, mas era tal a fúria das ondas, que esses iufeli- zes por mais de meia hora luetaram u'uma agonia cruciantissima. Dez final- mente vingaram chegar á terra, d'onde lhes aceudiram solicita e pressurosa- mente, mas um em tal estado, tão ex- hausto de forças e tão contundido dos constantes e formidáveis embates con- tra a pènedia, que expirou em poucos minutos, nos braços d'aquelles que, co- rajosamente, o tinham arrancado á fu- ria d'esse mar formidável, que tanto se encarniçara em tragal-os ! Os dois restantes, concluíram mais jcedo o seu martyrio; onda traiçoeira iram o sr. Campos Salles c agora lhe promet- j (jg env0]veu como gigautea mortalha, dando-lhes por sepultura os abysmos da niaresia glauca e tòrva. Tal foi a lúgubre tragédia que se desenrolou a dois passos da costa, o epilogo d'essa agonia tremenda, a que muitos assistiram impotentes, prantos nos olhos e a raiva no coração, por não poderem dispor d'um barco salva-vidas, d'um cabo de vae-vem, alim de aceu- dir aos desveuturados, de cuja agonia eram testimunhas, cujos inúteis brados de soecorro ouviam. Conhecido este lancinante drama ma- ritiii-ó e as dolorosas peripécias de que foi revestido, o Jornal de Noticias en- cetou uma generosa cruzada, apontan- do ao ministro da marinha a uecessi- dade immediata que se impõe de dotar a nossa costa com apparelhos e mate- rial necessário para acudir de prom- pto a qualquer naufrágio, e niuguém houve que não applaudisse esse appello de caridade e de altruísmo. Quauto a mim, porém, foi inútil a tentativa. Assim como os gritos desesperados dos náufragos se perderam durante lou- gas horas no fragor das ondas eufure- cidas, também a voz do jornalista por- tuense não se fará ouvir no gabinete onde o ministro interpellado se en- .rega a profundas locubrações sugge- ridas por míseras questiuuculas, que ora se debatem entre dois officiaes su- periores da uossa armada, ambos ricos de teimosia e de prosapias. Lembra-me n'este momento a inge- nua e iuuocente pergunta d'um dos meus filhitos, quando na Foz—recor- oam-se ?—assistia commigo ao impo- nente espectaculo d'um vendaval na costa:—«Os marinheiros morrem todos agora, não é verdade, papá ? _ Morrem, com certeza, os que tive- rem a desventura de sossobrar próximo da costa que se extende de Lavadores á Figueira, onde não lia uma unica es- ação de soceorros a náufragos, o mais afinal, de que n'este mundo nem todo que luz é oiro. Declinamos peremptoriamente do juizo quo os interessados om não se perturbar a paz serena da epopêa que se fez ao idolo do convenciona- lismo partidário e por isso bastante suspeito, possam fazer a nosso rospeito. Obedecemos a nossa própria consciência, servimos aos nossos próprios intuitos, sem ficarmos detidos a consi- derações de ordem contraria ao nosso pro- gramma; e diz-nos o nosso foro intimo que ainda não desmerecemos um ceitil da morali- dade e seriedade quo devem ser o apanágio da imprensa criteriosa. Snppòr o contrario,é apenas acompanhar o refluxo da* subversivas ondas de um direito qj» nào entendemos, d'inna justiça que não queremos e d'uma moral cujo alvitre bem pôde ser dispensado porgue a ninguém pre- j(ldpr». jectivos para que até os, néscios não apedrejem os vendilhões da moral-social. Falam em princípios politicos, elles que resu- mem todo o s.,i cx.oreo em fazer convergir para a personalidade do sr. dr. Lauro todas as suas aspirações, seguindo som escrúpulos c sem dis- ecr-ii-nento a boa ou estrella que lhes guia os passos.. E, se isto não é verdade, que se nos venha confundir com as provas de que tém posição dormida na politica do paiz e que o diga o sr. General Glycerio, o qual foi atirado aos lobos pelos mesmos que não lia muito tempo, lhe juraram lidelidade. E' certo que houve um tempo em que, sulío- cados pela impotência de agirem de accôrdo com os seus torpes sentimentos, escondiam-se á sombra da nossa pujança; mas, felizmente, a vaidade d'elles não soflVcu mais o freio que os continha cm determinada posição e cavaram fundo a sua ruiua, patenteando, em sua mais completa nudez, o desordenameuto das suas escuras ambições. Principies politicos ! Porque se envergonham de confessar que são unicamente adeptos da politica pessoal V Irresponsáveis nós ! Represe-ntamos em partido forte, que tem levado a desordem c a confusão a esse grupo de bandoleiros que se acastella no órgão dos arrua- ceiros, que uos apedrejaram a porta o somos irresponsáveis ! Muita presumpção a do sr. dr. Lauro ! Matéria bruta ! E o que era o sr. dr.Lauro Sodré antes de ser bafejado pelas auras da reclama e quando, sem protestos e sem revoltas, commandava a guarda ile honra do sr. Conde d'Eu '! _ Matéria bruta 1 ! E porque o sr. dr. Lauro, se era verdadeira a sua republicana, se eram sinceras as suas crenças, não quebrou a sua espada, antes que sodrer a pungente injuria, que se fazia aos seus brios ? Matéria bruta ! ! ! Não está a historia cheia de heróes que per- dem até a vida por um idóal qualquer, mas que não se deixam dominar nem pelas ameaças, nem pela morte e que jamais cedem uma linha em sua condueta '7 Náo fora o conveucionalismo que creou, por- que assim devia ser, pelas emergências de oc- casiào, o sr. dr. Lauro Sodré; não fora o reno- me que os seus partidários de hontem lhe de- ram o que á força de ser repetido, librou-o a essas alturas d'onde ouvo _. s. o gmsnar d'a- quelles mesmos que o inventaram, que não* te- riamos hojo o desprazer de castigar o maior, o mais descommunal vituperio que chega até a ser alfronta ! insignificante material com que se possa acudir a esses temerosos lances ! E dizer-se que fomos a nação dos maiores navegadores do mundo !... (A seguir) Antônio Cllü-fí. 137 Depois de dormitar quasi meia hora sobre o estirão do major Lauro, desper- tei e, tomaudo-ine de coragem, li o resto. Virgem santa I O major está aqui, está precisando d'uns banhos de du- chás todas as manhãs.- Porque, seriamente: a um peni- vel desequilíbrio se deve attribuir aquella porção de desconchavos sahi- dos da penna brilhante do pallido major. A começar pelo tom do artigo ! Irra! Tem assim um cheiro a esturro, ou, mais propriamente, a pólvora; atra- vez aquélles modos de dizer poéticos e cheios de trocadilhos e ritornellos, ha como,que um retimtim de espadas que, certo, certo, eu desconheci no major que, parecia-me, trazia a sua como ornamento nos salões... muito embo- ra uns tantos discursos tresfandantes a revolta, ultimamente pronunciados em nome... do patriotismo! Deixando, porém, este tom de cha- musco, eu fiquei embasbacado deante dos adjectivos que o major escolheu para com elles brindar o dr. Campos Salles! Vede vós, ó leitores, esto periodo: « Os grandes e os legitimo3 interes- ses da Nação estavam a exigir essa trégua. Cançados de uma lueta deseu- freada e odieuta, aberta por um go- verno de incapazes e de perversos, que completaram a ruína do nosso paiz, levando-nos á bancarrota, todos os bons espíritos acudirhm, como nós, a entoar applausos á3 boas palavras pro- missorias de melhores dias de paz e de felicidade geral. Foi por toda a parte um—«thalassa, thalassa »—, dentro e fora do paiz. A esperança sorriu a todas as almas; a fortaleceu-se em todos os corações; a coragem animou os desalentados; a confiança deu vida a todos ... Um correligionário do dr. Campos Salles uão diria mais nem melhor! Agora, a incongruência: filho de gato é gatinho. Ora: o governo do dr. Prudente de Moraes foi um «. governo de iucapa- zes»... Esses incapaj.es escolheram e elege- ram o dr. Salles. Elles, incapazes, te- riam capacidade para escolher um capaz *? , Ai, major! você cahiu da corda! _ . E agora, este outro pedaço de oiro de 18 quilates, que tal o achaes leitor ? Lêde-o com attenção: <_ NÓ3 não fizemos adhesão ao go- verno do dr. Campos Salles, ua acce- pção em que essa palavra pode valer por um desvio das boas regras da moral». Elles não fizeram adhesão na acce- lição que essa palavra pode VALER por um desvio das boas regras da moral; logo: fizeram adhesão na accepção qite a palavra pode TER (porque isto de palavra valer accepção, em lingua de branco é asnice!) dentro dasboas regras da moral! Ora aqui está! E o major Lauro u'esse mesmo esponjoso artigo disse que o apoio, e uão adhesão, era con- dicional, hypothetico! Pois si a adhe- são, e não apoio, está na accepção das boas regras da moral... Ah! major! quauto antes arranjar uma vivenda ali nas proximidades do asylo de alienados, uuico estabeleci- mento em que encontrará as duchas de que está carecendo! Mas quando nada d'isto provasse o desequilíbrio do major Lauro, o perio- do seguinte vem contestai-o: «Só os que andam presos, á politica pelo interesse pessoal e d'ella esperam os lucros materiaes, que, a politica aos que vivem de explorar esse cam- po, so fértil em mãos gananciosas, esses e esses poderiam doer-se das nossas palavras e das palavrasf como puderam dizel-as os que, como nós, es- Iperamqueo novo periodo governa- 09 FOLHETINS DO PAtU mental da Republica não ha de ser a continuação da phase angustiosa que passou». A força de ser prolixo, o major fez tal einbroglio, que nem á mão do Deos Padre a gente pode enteuder! E' res- duudancia a valer! Irra! Assim... nem os francezes! Major, tome um conselho: deixe de deitar artigos. Deite diacurso... verba volant. A' fé, leitor, que o estirão em que o major explica a altitude d'elle3, ainda tornou-a mais confusa. To be or not to be: ou estão em pés, ou estão sentados Isto de meias posi- ções sobre serem de um ridículo unico, uão servem u'este3 tempos de luetas. Digo com a máxima franqueza': o estirão do major me parece um piano Dorner: muito bonito, muito >cheio de bibelots, mas a essência... uulla! povinho traduz isto muito bem: « Por cim., muita farofa; por debaixo, mulambos sò!» X Perguntaram ao Cypriano : —Dr. o que é echymose ? —Ora que tolice, respondeu; é uma moléstia que ataca os esquimaus ! ... v. CA^-OS B TROÇ^.a O Cypi foi ao Polytheama vêr o Mi- nuto levar a 'üorothéa. Ao sahir, dizia elle, ao A7....: —Mas...aquelle homem trabalha so- sinho, mesmo ? —E porque não ? —Qual! Ou elle tem parte com o diabo ou é ajudado pelo curupira ! V BBK_.i_i>a;_L\ cortiMOiiiST/i •Denomina-se assim um apparelho da invenção do sr. Gabriel F. de Al- meida. A pendida comniodisla é um pe- queuo apparelho mechanico, medindo (!e comprimento cincoenta centime- tros, por trinta de largura e vinte de espessura, contido em uma elegante caixinha de metal nickelado ou ferro bronzeado, tendo uma manivella ex- terior que, ao dar-se-lhe corda, põe em movimento o apparelho. Este apparelho colloca-se na. parede junto á rede, com que commuuica-se por uma peça em forma de braço, qüe faz emballal-a durante !) horas consecutivas, podendo-se paral-o ou movimental-o quando se quizer, para o que tem molas apropriadas. E' realmente engenhoso o invento do sr. Gabriel Almeida, que vae para elle requerer privilegio ao governo da União. Desejamos que consiga a seu desejo e que a divulgação de seu apparelho se faça em breve e completa! _ X O Bolacha assentou seguir para o Rio. Diz que vae explorar o marcado... Gentes...como elle é sabidinho ! X O major Picafiimò de batalhão man- dou dizer para S. Caetano de Odivel- Ias que vae visitar a população d'ali. Consta que foram encommeuda- das 50 dúzias de foguetes de assovio para a recepção do heróe de espada virgem. X Na egrejinha do largo de palácio casaram-se o major Pae da fraude com o coronel Gama Costa. Qual dos dois ficará incumbido do nienage,...n\\o sei. X Frei Eiadio está preparando um li- vro que certamente fará sensação. En- titula-se: «De como nós passamos de positivistas a catholicos, apostólicos, romanolicos»... Pretende levantar-se tão alto com este livro que telegraphou para a lua pedindo assento no nariz.,.d'ella. X Reflexões do macaco velho Theoto- nio: «Ser ou não ser! Ou eu sou chefe, e o Lauro ó soldado, ou eu sou solda- do, e o Lauro é chefe. No segundo caso, adeus, amizade ! Este pescoço uão se criou para canga!» X Reflexões do choramingas Serzedel- lo: «Ser ou não ser. Ou eu sou secreta- rio de Estado, e então...Vetat c'est moi, ou o Estado uão sou eu, e não sou se- cretario. que nada consegui com as lagrymas, vou vôr se cousigo algu- ma coisa tornando-me revolucionário como o Lauro SENADOR ANTONIO LEMOS Tem melhorado consideravelmente de seus soff-imentos o nosso prezado chefe e amigo Senador Antonio Le- mos, cujo completo restabelecimento, que dezejíimos ardentemente,será para nós motivo de intima síitisfação. O Figure tratou da administração do Estado livre de Congo e dos planos que se áttribuem ao rei Leopoldo, da Bel- gica, na sua qualidade do soberano d'essa região africana. O jornal francez afiirina, reportando- se a informações fidedignas, que o go- verno do Congo, ou, melhor, a empre- za politico-colonial e commercial, diri- gida por Leopoldo II, propôz á Hispa- nha comprar o archipelago das Cana- rias, e chama a attenção da Europa para as manifestas ambições do rei Leopoldo que, sob a capa de fomentar a riqueza e a cultura no Congo, trata de romper os laços internaciouaes que lhe impõe a neutralidade. Para tal fim, julga o periódico fran- cez, o rei dos belgas aproveitará qual- quer complicação européa ou africana. X do O Rosado, falava sobre o gado Rio da Prata. —Eu preferia o caxingósinho de dez tostões... —Qual! Você vê. Rosado : quatro quartos de boi do Rio da Prata valem por quatro bois de caxingó. —Ora...não diga asneira ! Os bois de caxingóque eu introduzi no merca- do tinham 5 quartos, cada um ! A HISTORIA D'UMA VELA Um dia, uma vela de sebo encon- trou-se com a sra. dona Reclame. —Bons dias, companheira dos po- bres. Como vaes ? —Ora, como irei ! Sempre na baga- gem. Nada valho... —Não te amotines. Queres subir, oftuscar o mundo ? —Quem sou eu ! Estou destinada a não passar da cepa torta... —Sympathisei comtigo e vou engran- decer-te. Nada me custa, verás. —Arranja essa vidoca. —Mas, ouve um conselho... -Qual ? —Nunca abras lueta com a verdade. - -Porque ? —Lá se irá tudo pela água abaixo. Evita, portanto, a verdade. O effeito é rápido, iustautaueo. Imagina o que aconteceria se tu te chegasses ao fogo em braza... Apezar de tão salutar conselho, a vela não os quiz seguir. Ella, a vela de sebo, subiu, subiu, foi quasi ató as nu- vens. Não o fogo, mas o sol da verda- de... derreteu-a... Quem quizer que tire a moralidade. Ego. SUA MAÜESTADE 0 VICIO 134 uma Conforme o desejo do imperador Francisco José não houve nenhum festejo official a propósito do jubileu imperial, mas os habitantes de Vien- na embandeiraram espontaneamente as suas casas, e as pr.ncipaes cidades do império fizeram eguaes manifesta- ções. Para reger, em commissão, a es- chola primaria da cidade de Breves, foi nomeado o adjunto da 3a. eschola do 4o. districto d'esta capital, cida- dao tjacob Raptista Dalmacio, Guilhermina tinha uma voz doce suave e extensa; o commendador de accôrdo com Adelaide coniplmt um piano e mandou ensinar-lhe musica. Cerca de um anno depois, ella cantava muito re- gularmente umas cavatiuas, e umas sonatas. Ella impozera-se como amiga a Adelaide; e felicida- de que não foi levada em conta: a amante do commen- dador perdera o vicio de jogar. Havia, pois, ura anuo, que n'aquella casa tudo era contentamento e paz; mesmo Guilhermina não era tão triste. IV 11. PRIMO AMORE No tempo em que corre a acção d'esta historia, o grande empório do commercio a retalho especialmente para o granel monde do Recife, era a rua da Imperatriz. O Ue, como hoje se diz, da moda, o luxo, tudo quan- to a arte põe ao serviço do bello sexo, tudo se en- contrava ali.. Eutre os grandes armazéns de modas, havia por esse tempo trez casas sem rival :a lojado «Pavão», situada uo prédio u. 60; o «Vapor das Novidades», no prédio u. 48; e a loja do -Cysne», no prédio n. 64. Entre as casas de segunda ordem, estavam a loja do «Papagaio», uo prédio u. 49; e a «Consciência-, no prédio n. 58, destruída era 1872 por ura violento inceu- A mulher balançou-lhe o corpo e despertou-a; ara- pariguinha bocejou. —O que fazes aqui? perguntou Adelaide. —Estou dormindo, minha senhora. E a dizer isto a rapariguinha sahiu da cafúa. —Mas tu não tens casa ? pergunta ainda a amante do commendador. —Não senliora. —Oh ! . . . e de quem és filha? —Minha mãe morreu autes de hontem. —Como te chamas? —Eu me chamo Guilhermina. Guilhermina, pois era ella, coutou então, a sua his- toria. A ouvil-a, Adelaide enterneceu-se, e couvidou-a para jicompanhal-a. A pobre menina beijou-lhe a mão agradecida, ese- guiu-a. E, puzeram-se 03 trez a caminho para a Soledade. Ahi foi ella installada, oecupando-se em leves traba- lhòs caseiros. Ao principio tudo era flores e risos; Guilhermina via ua amasia do commendador, mas que uma protectora— uma mãe bem melhor que aquella que a creàra e que lhe fora arrebatada havia pouco. Entretanto Guilhermina vivia triste, MANCHADA

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K.-U. I>0 UfitAZIL.

BELÉM DO PARÁ, 30 DE DEZEMBRO DE 1393

PRQP1.I-.DAI-E l-E

UMA ASSOCIAÇÃO

KST/UH> UO PüLltA

¦' '¦.c;-:^

ANNO II NUMERO 325

Rlil-H-ÇÃO, OFFICINAS f AOMlNI.STi.AÇÃO

2f, Travessa Cttvihos Salles, ....

COMMISSÃO EXECUTIV j Insultamos . A .[liem V• Pois que ! Somos diariamente atados ao poste<¦ da diílamação villà, e assim os nossos melhores'amigos, os nossos prcstimoso3 correligionários;

Para ailendcr ás reclama" '

|10nieiis acima do qualquer suspeita, caracteres

Ct.es de nOSSOS antigOS poIlüCOS-: dignos e illibados,. devotados até o sacrili-io i.t ~ ¦ __._*___._ _,1__ ¦_•_„•. causa publica, obedecendo unicamente aos dieta-

a commissáo executiva Ao pai, ^ J ^..^ ^ q ^ ^ (k, ^tido Republicano rctiuir-sc-a ^ ^^ assistamos a tíssa ciunpauh!l ihfreno,diariamente, das O ás 11 horas fIliese jnspj,,a tão somente nos ingratos senti-da manltã, no escriptorio da cr-. mentos do mais entranhãdo ódio, da mais des-

daCCãO d'«0 Pará». í arruara-la inveja, e do mais incabivel des-' peito 1 !

Não; nós não insultamos; apenas somos ener-

gicos dando aos nossos quadros tintas próprias,', para que os que julgam as coisas pela apparen-

! cia, não sejam induzidos ao erro. Queimamos,ás vezes, ó verdade, as feridas cancerosas decara-teres estragados, a fogo esporte e bastanterubro porque assim se faz mister: Pullula emo nosso meio uma coliorte de aventureiros poli-ticos, homens sem f_ e sem crenças, que tudoesperam do imprevisto, verdadeiros desoecupa-dos, cuja existência é a mais séria, a mais im-ininente ameaça para os quo tem a perder, que,apontal-os á execração publica, reduzindo-os aoseu justo e verdadeiro valor, é apenas uma obrado saneamento moral; e é isto éxactaihéate o

que temos feito o continuaremos a fazer, somreservas o sem mosmo prender-nos a qualquerconsideração.

Partida Republicana

CARTAS DE ALHAR TERTÚLIA

Inserimos adeante mais duas adliesões, a da

commissão municipal de Oliaves e da de Alem-

quer, ao manifesto do egrégio sr. dr. Paes de-

Gaavalho, lido na ultima sessão do Congresso

do Partido Republicano.

Commissáo Municipal do Partido Ro-publicano de Chaves, 2 de dezembrode 1898.—Sra. presidente e mais mem-bros da Commissáo Executiva do Par-tido Republicauo do Estado do Pará —Tendo esta commissão tido conheci-mento, por um dos membros da com-missão Executiva, da deliberação doCongresso do nosso partido, em sessãode _fl de novembro ultimo, em que fo-ram adoptados pelo partido, como seuprogramma, os princípios exarados nodiscurso que o benemérito dr. José Paes (| _de Carvalho, Governador do Estado,, ri-o se sujtíjta a esciioia do verdadoiro me.eci-pronunciou ua sessão solenue comme- \ munto c ta..U)S c|iaa coníam do existência, comomorativa do advento.da Republica, eraj(lu a|.sim|os no Cilmpo politico onde por vezes15 do mesmo mez, vem ella declarar-se [ tôiu (|ueri(lo invei.e(|ar.solidaria com o congresso, para o fimde manter o mesmo programma.

Esta commissão, assim procedendo,não faz mais do que prestar francoapoio á direcção que vae tendo o me-smo já pujante partido.

Defeza de principies ! Mas que princípios saoesses que defendem ou tom defendido ii Folhai

Não os conhecemos o nem os conhece o pu-blico. Os que armaram a tenda no órgão da

praça da Independência, apenas representam avaidade tola, a presumpção imbecil; de prinçi-pios -nem um pires. Vieram do despeito, que

Princípios politicos !Hoje são por uma idéa, amanhã por outra,

(ontem federaes, luije conservadores. Apcdro-

Saúde e frateruidade.-Manuel Rosa ¦ _lroyAmérico Mendes1

¦ tem franco apoio, líatido- pelo antigo partido| democrata em todos os reduetos, espieaçados

e dolorosamente na própria'' honra e di-Furtado, presidente; Américo Meneses j „.llklatl0) (Jue l0(i0 o homem de brio o pundõtíorCoitinho, vice-presidente, João Capis-. —^

^.z.. ^. ^ as C0liv01li01icjas sociaos,tráno de Souza Vasconcellos, secreta-1. & _ ^ .q ^ m_o

- ehefo d,esse pa,,.

rio; Joaquim Antônio de Souza. ; ^ ^^ nQ mais immoml cu,lchavo ,111B

I conhecemos e que a dignidade humana con-

porquo o sr. dr. Lauro não seDirectoria do Partido Republicauo deij demita, somenteAlemquer, 30 de novembro de Í898..—..jquer convencer quo o encanto já está desfeito eIllustre amigo sr. major Alfredo Hen-1dos pedaços um ídolo de... barro!riques da Serra Aranha.-—Damos scien-i _on_ certeza confundem principies com pes-cia ao illustre amigo que, em sessão de! snas. embaralham proposiialinçnto os seus ob-hoje, oste directorio approvou unani-memente vossa attitude, como dele-gado d'este município, na sessão doCongresso do Partido, a 21 do expi-raute mez, ádoptaüdo como prograinmaas base3 firmadas no manifesto do emi-nente sr. dr. Governador do Estado.Este procedimento do directorio im-plica também completa solidariedadecom o chefe do partido n'esta comarca,senador Fulgencio Firmino Simões.

Reiteramo'-vos nosso protesto de es-tima e consideração.—Amigos e corre-ligionarios.—Josino Cardoso Monteiro,presidente; Alfredo Henriques da SerraAranha Júnior, secretario; Ivo AntônioPicanço de Azevedo, Joaquim FerreiraBentes, Albino José da Costa, AndréC. Duarte, Joaquim Bentes Rabello,Fausto Augusto Simões.

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Belém, 30 de dezembro de 1898.

'roamõreveritatis

Começamos negando a quem quer que seja quese esconde nos assiiniptospartidariosthFolIia,o direito dd apreciar a nossa condueta no jor-nalismo paraense. Ella nasceu das circumstan-cias especiaes em que fomos collooados pelaforça do nosso patriotismo, que não solhe pos-tergações nos seus direitos e deveres e nem

tolera presumpções imbecis de vulgaridadescommuns que devem operar tão somente ondenão haja caracteres limpos, sobranceiros á essa

avalanche de ridículos enfatuados, que julgamo mundo as escuras paredes da furna em quelaboram os espirites refractarios aos mais co-mesinbos princípios da honra e do devor.

Di-lamamos ? Não; damos nomes as coisas e

pessoas; castigamos o vicio onde quer que es-

teja, ou escondido maiihosamente entre dcslum-brantes fitas e galões de effeito ou sob a acçãoda policia, de quem, entretanto, escapam osmaiores perversos d'oste mundo sublunar.

Não somos lidos ? Graciosa affirmação que se

destroe com o favor publico que nos procura e

nos dispensa toda a consideração; e tanto somos

procurados que até incommodamos o sol quepensou um dia derreter a tudo e a todos com osseus poderosos raios, mas, que se convencer.

(Vide a edição anterior)

Esso pavoroso drama de infortúnio ede angustias, tocou afinal o seu termo.O navio, metteudo água por todos oslados, desconjuutado o caveruame sobo impeto incessante das vagas, arreba-tado o leme por uma onda mais forte,ia afinal sepultar-se nesse furioso ocea-uo, que ha tanto tempo escancarava ashiantes fauces para o tragar.

Aproximava-se a noite e o soecorro,tão longe e aueiosamente esperado epedido, não chegaria nuuea. Sob aenorme planura liquida nenhum outronavio, uma vela, um pennacho de fumosalvador. Apenas a Pohona, abaladoataúde onde doze homens sentiam nasfaces crestadas pelas brisas marítimas,os sulcos de fogo das lagrymas que odesespero lhe3 fazia derramar!

E, então, como as trevas iam des-cendo sobre o convulso oceano, osabandonados náufragos não hesitarammais. A nado se deitaram, procuran-do ganhar a costa próxima, mas eratal a fúria das ondas, que esses iufeli-zes por mais de meia hora luetaramu'uma agonia cruciantissima. Dez final-mente vingaram chegar á terra, d'ondelhes aceudiram solicita e pressurosa-mente, mas um em tal estado, tão ex-hausto de forças e tão contundido dosconstantes e formidáveis embates con-tra a pènedia, que expirou em poucosminutos, nos braços d'aquelles que, co-rajosamente, o tinham arrancado á fu-ria d'esse mar formidável, que tanto seencarniçara em tragal-os !

Os dois restantes, concluíram maisjcedo o seu martyrio; onda traiçoeira

iram o sr. Campos Salles c agora lhe promet- j (jg env0]veu como gigautea mortalha,dando-lhes por sepultura os abysmosda niaresia glauca e tòrva.

Tal foi a lúgubre tragédia que sedesenrolou a dois passos da costa, oepilogo d'essa agonia tremenda, a quemuitos assistiram impotentes, prantosnos olhos e a raiva no coração, por nãopoderem dispor d'um barco salva-vidas,d'um cabo de vae-vem, alim de aceu-dir aos desveuturados, de cuja agoniaeram testimunhas, cujos inúteis bradosde soecorro ouviam.

Conhecido este lancinante drama ma-ritiii-ó e as dolorosas peripécias de quefoi revestido, o Jornal de Noticias en-cetou uma generosa cruzada, apontan-do ao ministro da marinha a uecessi-dade immediata que se impõe de dotara nossa costa com apparelhos e mate-rial necessário para acudir de prom-pto a qualquer naufrágio, e niuguémhouve que não applaudisse esse appellode caridade e de altruísmo. Quauto amim, porém, foi inútil a tentativa.

Assim como os gritos desesperadosdos náufragos se perderam durante lou-gas horas no fragor das ondas eufure-cidas, também a voz do jornalista por-tuense não se fará ouvir no gabineteonde o ministro interpellado se en-.rega a profundas locubrações sugge-ridas por míseras questiuuculas, queora se debatem entre dois officiaes su-periores da uossa armada, ambos ricosde teimosia e de prosapias.

Lembra-me n'este momento a inge-nua e iuuocente pergunta d'um dosmeus filhitos, quando na Foz—recor-oam-se ?—assistia commigo ao impo-nente espectaculo d'um vendaval nacosta:—«Os marinheiros morrem todosagora, não é verdade, papá ? _

Morrem, com certeza, os que tive-rem a desventura de sossobrar próximoda costa que se extende de Lavadoresá Figueira, onde não lia uma unica es-ação de soceorros a náufragos, o mais

afinal, de que n'este mundo nem todo que luzé oiro.

Declinamos peremptoriamente do juizo quo osinteressados om não se perturbar a paz serenada epopêa que se fez ao idolo do convenciona-lismo partidário e por isso bastante suspeito,

possam fazer a nosso rospeito. Obedecemos anossa própria consciência, servimos aos nossos

próprios intuitos, sem ficarmos detidos a consi-derações de ordem contraria ao nosso pro-gramma; e diz-nos o nosso foro intimo queainda não desmerecemos um ceitil da morali-dade e seriedade quo devem ser o apanágio da

imprensa criteriosa. Snppòr o contrario,é apenasacompanhar o refluxo da* subversivas ondas de

um direito qj» nào entendemos, d'inna justiça

que não queremos e d'uma moral cujo alvitrebem pôde ser dispensado porgue a ninguém pre-

j(ldpr».

jectivos para que até os, néscios não apedrejemos vendilhões da moral-social.

Falam em princípios politicos, elles que resu-mem todo o s.,i cx.oreo em fazer convergir paraa personalidade do sr. dr. Lauro todas as suas

aspirações, seguindo som escrúpulos c sem dis-

ecr-ii-nento a boa ou má estrella que lhes guiaos passos. .

E, se isto não é verdade, que se nos venha

confundir com as provas de que tém posiçãodormida na politica do paiz e que o diga o sr.

General Glycerio, o qual foi atirado aos lobos

pelos mesmos que não lia muito tempo, lhe

juraram lidelidade.E' certo que houve um tempo em que, sulío-

cados pela impotência de agirem de accôrdo

com os seus torpes sentimentos, escondiam-se

á sombra da nossa pujança; mas, felizmente, avaidade d'elles não soflVcu mais o freio que oscontinha cm determinada posição e cavaramfundo a sua ruiua, patenteando, em sua mais

completa nudez, o desordenameuto das suas

escuras ambições.Principies politicos !Porque se envergonham de confessar que são

unicamente adeptos da politica pessoal V

Irresponsáveis nós !Represe-ntamos em partido forte, que tem

levado a desordem c a confusão a esse grupo de

bandoleiros que se acastella no órgão dos arrua-

ceiros, que já uos apedrejaram a porta o somosirresponsáveis !

Muita presumpção a do sr. dr. Lauro !Matéria bruta !E o que era o sr. dr.Lauro Sodré antes de ser

bafejado pelas auras da reclama e quando, sem

protestos e sem revoltas, commandava a guardaile honra do sr. Conde d'Eu '! _

Matéria bruta 1 !E porque o sr. dr. Lauro, se era verdadeira

a sua fé republicana, se eram sinceras as suas

crenças, não quebrou a sua espada, antes quesodrer a pungente injuria, que se fazia aosseus brios ?

Matéria bruta ! ! !Não está a historia cheia de heróes que per-

dem até a vida por um idóal qualquer, mas

que não se deixam dominar nem pelas ameaças,nem pela morte e que jamais cedem uma linha

em sua condueta '7

Náo fora o conveucionalismo que creou, por-que assim devia ser, pelas emergências de oc-casiào, o sr. dr. Lauro Sodré; não fora o reno-

me que os seus partidários de hontem lhe de-ram o que á força de ser repetido, librou-o aessas alturas d'onde ouvo _. s. o gmsnar d'a-

quelles mesmos que o inventaram, que não* te-riamos hojo o desprazer de castigar o maior, omais descommunal vituperio que chega até a ser

alfronta !

insignificante material com que se possaacudir a esses temerosos lances !

E dizer-se que fomos a nação dosmaiores navegadores do mundo !...

(A seguir)Antônio Cllü-fí.

137

Depois de dormitar quasi meia horasobre o estirão do major Lauro, desper-tei e, tomaudo-ine de coragem, li oresto.

Virgem santa I O major está aqui,está precisando d'uns banhos de du-chás todas as manhãs.-

Porque, seriamente: só a um peni-vel desequilíbrio se deve attribuiraquella porção de desconchavos sahi-dos da penna brilhante do pallidomajor.

A começar pelo tom do artigo !Irra! Tem assim um cheiro a esturro,

ou, mais propriamente, a pólvora; atra-vez aquélles modos de dizer poéticos echeios de trocadilhos e ritornellos, hacomo,que um retimtim de espadas que,certo, certo, eu desconheci no majorque, parecia-me, só trazia a sua comoornamento nos salões... muito embo-ra uns tantos discursos tresfandantes arevolta, ultimamente pronunciados emnome... do patriotismo!

Deixando, porém, este tom de cha-musco, eu fiquei embasbacado deantedos adjectivos que o major escolheupara com elles brindar o dr. CamposSalles!

Vede vós, ó leitores, esto periodo:« Os grandes e os legitimo3 interes-

ses da Nação estavam a exigir essatrégua. Cançados de uma lueta deseu-freada e odieuta, aberta por um go-verno de incapazes e de perversos, quecompletaram a ruína do nosso paiz,levando-nos á bancarrota, todos osbons espíritos acudirhm, como nós, aentoar applausos á3 boas palavras pro-missorias de melhores dias de paz e defelicidade geral.

Foi por toda a parte um—«thalassa,thalassa »—, dentro e fora do paiz. Aesperança sorriu a todas as almas; afé fortaleceu-se em todos os corações;a coragem animou os desalentados; aconfiança deu vida a todos ...

Um correligionário do dr. CamposSalles uão diria mais nem melhor!

Agora, a incongruência: filho degato é gatinho.

Ora: o governo do dr. Prudente deMoraes foi um «. governo de iucapa-zes»...

Esses incapaj.es escolheram e elege-ram o dr. Salles. Elles, incapazes, te-riam capacidade para escolher umcapaz *? ,

Ai, major! você cahiu da corda! _ .E agora, este outro pedaço de oiro

de 18 quilates, que tal o achaes leitor ?Lêde-o com attenção:

<_ NÓ3 não fizemos adhesão ao go-verno do dr. Campos Salles, ua acce-pção em que essa palavra pode valerpor um desvio das boas regras da sãmoral».

Elles não fizeram adhesão na acce-lição que essa palavra pode VALER porum desvio das boas regras da sã moral;logo: fizeram adhesão na accepção qitea palavra pode TER (porque isto depalavra valer accepção, em lingua debranco é asnice!) dentro dasboas regrasda sã moral!

Ora aqui está! E o major Laurou'esse mesmo esponjoso artigo disseque o apoio, e uão adhesão, era con-dicional, hypothetico! Pois si a adhe-são, e não apoio, está na accepção dasboas regras da sã moral...

Ah! major! Vá quauto antes arranjaruma vivenda ali nas proximidades doasylo de alienados, uuico estabeleci-mento em que encontrará as duchas deque está carecendo!

Mas quando nada d'isto provasse odesequilíbrio do major Lauro, o perio-do seguinte vem contestai-o:

«Só os que andam presos, á politicapelo interesse pessoal e d'ella esperamos lucros materiaes, que, a politica dáaos que vivem de explorar esse cam-po, so fértil em mãos gananciosas,esses e só esses poderiam doer-se dasnossas palavras e das palavrasf comopuderam dizel-as os que, como nós, es-Iperamqueo novo periodo governa-

09 FOLHETINS DO PAtU

mental da Republica não ha de ser acontinuação da phase angustiosa que jápassou».

A força de ser prolixo, o major feztal einbroglio, que nem á mão do DeosPadre a gente pode enteuder! E' res-duudancia a valer!

Irra! Assim... nem os francezes!Major, tome um conselho: deixe de

deitar artigos. Deite diacurso... verbavolant.

A' fé, leitor, que o estirão em que omajor explica a altitude d'elle3, aindatornou-a mais confusa.

To be or not to be: ou estão em pés,ou estão sentados Isto de meias posi-ções sobre serem de um ridículo unico,uão servem u'este3 tempos de luetas.

Digo com a máxima franqueza': oestirão do major só me parece umpiano Dorner: muito bonito, muito>cheio de bibelots, mas a essência...uulla!

Zé povinho traduz isto muito bem:« Por cim., muita farofa; por debaixo,mulambos sò!»

XPerguntaram ao Cypriano :—Dr. o que é echymose ?—Ora que tolice, respondeu; é uma

moléstia que ataca os esquimaus !

... v.

CA^-OS B TROÇ^.a

O Cypi foi ao Polytheama vêr o Mi-nuto levar a 'üorothéa.

Ao sahir, dizia elle, ao A7....:—Mas...aquelle homem trabalha so-

sinho, mesmo ?—E porque não ?—Qual! Ou elle tem parte com o

diabo ou é ajudado pelo curupira !

V

BBK_.i_i>a;_L\ cortiMOiiiST/i•Denomina-se assim um apparelho da

invenção do sr. Gabriel F. de Al-meida.

A pendida comniodisla é um pe-queuo apparelho mechanico, medindo(!e comprimento cincoenta centime-tros, por trinta de largura e vinte deespessura, contido em uma elegantecaixinha de metal nickelado ou ferrobronzeado, tendo uma manivella ex-terior que, ao dar-se-lhe corda, põeem movimento o apparelho.

Este apparelho colloca-se na. paredejunto á rede, com que commuuica-sepor uma peça em forma de braço,qüe faz emballal-a durante !) horasconsecutivas, podendo-se paral-o oumovimental-o quando se quizer, para oque tem molas apropriadas.

E' realmente engenhoso o invento dosr. Gabriel Almeida, que vae paraelle requerer privilegio ao governo daUnião.

Desejamos que consiga a seu desejoe que a divulgação de seu apparelhose faça em breve e completa! _

XO Bolacha assentou seguir para o Rio.

Diz que vae explorar o marcado...Gentes...como elle é sabidinho !

XO major Picafiimò de batalhão man-

dou dizer para S. Caetano de Odivel-Ias que vae visitar a população d'ali.

Consta que já foram encommeuda-das 50 dúzias de foguetes de assoviopara a recepção do heróe de espadavirgem.

XNa egrejinha do largo de palácio

casaram-se o major Pae da fraude como coronel Gama Costa.

Qual dos dois ficará incumbido donienage,...n\\o sei.

XFrei Eiadio está preparando um li-

vro que certamente fará sensação. En-titula-se: «De como nós passamos depositivistas a catholicos, apostólicos,romanolicos»...

Pretende levantar-se tão alto comeste livro que já telegraphou para alua pedindo assento no nariz.,.d'ella.

X

Reflexões do macaco velho Theoto-nio: «Ser ou não ser! Ou eu sou chefe,e o Lauro ó soldado, ou eu sou solda-do, e o Lauro é chefe. No segundo caso,adeus, amizade ! Este pescoço uão secriou para canga!»

XReflexões do choramingas Serzedel-

lo: «Ser ou não ser. Ou eu sou secreta-rio de Estado, e então...Vetat c'est moi,ou o Estado uão sou eu, e não sou se-cretario. Já que nada consegui comas lagrymas, vou vôr se cousigo algu-ma coisa tornando-me revolucionáriocomo o Lauro !»

SENADOR ANTONIO LEMOS

Tem melhorado consideravelmentede seus soff-imentos o nosso prezadochefe e amigo Senador Antonio Le-mos, cujo completo restabelecimento,que dezejíimos ardentemente,será paranós motivo de intima síitisfação.

O Figure tratou da administração doEstado livre de Congo e dos planos quese áttribuem ao rei Leopoldo, da Bel-gica, na sua qualidade do soberanod'essa região africana.

O jornal francez afiirina, reportando-se a informações fidedignas, que o go-verno do Congo, ou, melhor, a empre-za politico-colonial e commercial, diri-gida por Leopoldo II, propôz á Hispa-nha comprar o archipelago das Cana-rias, e chama a attenção da Europapara as manifestas ambições do reiLeopoldo que, sob a capa de fomentara riqueza e a cultura no Congo, tratade romper os laços internaciouaes quelhe impõe a neutralidade.

Para tal fim, julga o periódico fran-cez, o rei dos belgas aproveitará qual-quer complicação européa ou africana.

XdoO Rosado, falava sobre o gado

Rio da Prata.—Eu cá preferia o caxingósinho de

dez tostões...—Qual! Você vê. Rosado : quatro

quartos de boi do Rio da Prata valempor quatro bois de caxingó.

—Ora...não diga asneira ! Os boisde caxingóque eu introduzi no merca-do tinham 5 quartos, cada um !

A HISTORIA D'UMA VELA

Um dia, uma vela de sebo encon-trou-se com a sra. dona Reclame.

—Bons dias, companheira dos po-bres. Como vaes ?

—Ora, como irei ! Sempre na baga-gem. Nada valho...

—Não te amotines. Queres subir,oftuscar o mundo ?

—Quem sou eu ! Estou destinada anão passar da cepa torta...

—Sympathisei comtigo e vou engran-decer-te. Nada me custa, verás.

—Arranja lá essa vidoca.—Mas, ouve um conselho...-Qual ?—Nunca abras lueta com a verdade.- -Porque ?—Lá se irá tudo pela água abaixo.

Evita, portanto, a verdade. O effeito érápido, iustautaueo. Imagina o queaconteceria se tu te chegasses ao fogoem braza...

Apezar de tão salutar conselho, avela não os quiz seguir. Ella, a vela desebo, subiu, subiu, foi quasi ató as nu-vens. Não o fogo, mas o sol da verda-de... derreteu-a...

Quem quizer que tire a moralidade.

Ego.

SUA MAÜESTADE 0 VICIO 134

uma

Conforme o desejo do imperadorFrancisco José não houve nenhumfestejo official a propósito do jubileuimperial, mas os habitantes de Vien-na embandeiraram espontaneamenteas suas casas, e as pr.ncipaes cidadesdo império fizeram eguaes manifesta-ções.

Para reger, em commissão, a es-chola primaria da cidade de Breves,foi nomeado o adjunto da 3a. escholado 4o. districto d'esta capital, cida-dao tjacob Raptista Dalmacio,

Guilhermina tinha uma voz doce suave e extensa;o commendador de accôrdo com Adelaide coniplmtum piano e mandou ensinar-lhe musica.

Cerca de um anno depois, já ella cantava muito re-gularmente umas cavatiuas, e umas sonatas.

Ella impozera-se como amiga a Adelaide; e felicida-de que não foi levada em conta: a amante do commen-dador perdera o vicio de jogar.

Havia, pois, ura anuo, que n'aquella casa tudo eracontentamento e paz; já mesmo Guilhermina não eratão triste.

IV

11. PRIMO AMORE

No tempo em que corre a acção d'esta historia, ogrande empório do commercio a retalho especialmentepara o granel monde do Recife, era a rua da Imperatriz.

O Ue, como hoje se diz, da moda, o luxo, tudo quan-to a arte põe ao serviço do bello sexo, tudo se en-contrava ali. .

Eutre os grandes armazéns de modas, havia por essetempo trez casas sem rival :a lojado «Pavão», situada uoprédio u. 60; o «Vapor das Novidades», no prédio u. 48;e a loja do -Cysne», no prédio n. 64.

Entre as casas de segunda ordem, estavam a loja do«Papagaio», uo prédio u. 49; e a «Consciência-, noprédio n. 58, destruída era 1872 por ura violento inceu-

A mulher balançou-lhe o corpo e despertou-a; ara-pariguinha bocejou.

—O que fazes aqui? perguntou Adelaide.—Estou dormindo, minha senhora.E a dizer isto a rapariguinha sahiu da cafúa.—Mas tu não tens casa ? pergunta ainda a amante do

commendador.—Não senliora.—Oh ! . . . e de quem és filha?—Minha mãe morreu autes de hontem.—Como te chamas?—Eu me chamo Guilhermina.Guilhermina, pois era ella, coutou então, a sua his-

toria.A ouvil-a, Adelaide enterneceu-se, e couvidou-a para

jicompanhal-a.A pobre menina beijou-lhe a mão agradecida, ese-

guiu-a.E, puzeram-se 03 trez a caminho para a Soledade.

Ahi foi ella installada, oecupando-se em leves traba-lhòs caseiros.

Ao principio tudo era flores e risos; Guilhermina viaua amasia do commendador, mas que uma protectora—uma mãe bem melhor que aquella que a creàra e quelhe fora arrebatada havia pouco.

Entretanto Guilhermina vivia triste,

MANCHADA

Page 2: COMMISSÃO EXECUTIV CARTAS DE ALHAR TERTÚLIAmemoria.bn.br/pdf/306223/per306223_1898_00325.pdf · j (jg env0]veu como gigautea mortalha, dando-lhes por sepultura os abysmos da niaresia

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ConselhoMunicipal

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A' sessão de hontem, que foi presi-dida pelo sr. Cordeiro de Castro, com-pareceram os srs.- Antônio Nunes,Fortunato Junior (vogaes), IgnacioNogueira, Cavalleiro de Macedo e In-fante de Gastro (supplentes).

Lidas e approvadas sem debate asactas das sessões de 27 e 28 do cor-rente, passou-se ao expediente.

Foi apresentada e dispensada deleitura, a requerimento do sr. IgnacioNogueira, a redacção definitiva do pro-jecto n. 40 que orça a receita e fixa adespeza do Municipio no exerciciode 1899.

Posta em discussão, foi approvadasem debate e remetlida ao sr. Inten-dente, para os devidos fins.

Na hora competente o sr. IgnacioNogueira pediu que fosse consultadaa casa se permittia que o projecto n.39, que reorganisa o serviço sanita-rio municipal, entrasse em primeiradiscussão na l.,v parte da ordem dodia, visto estar mpresso e distribuídoe, caso fosse então approvado, em -Zdiscussão na 2." parte.

Consultado o Conselho, respondeupela affirmativa.

Ninguém mais querendo usar dapalavra passou-se á

Ia PARTE DA ORDEM DO DIA

Entra en 1 .a discussão o projecton. 39 que reorganisa o serviço sani-tario municipal.

São suecessivamente postas em dis-cussão, que é sem debate encerrada,os arts. Io, 2o, 3o, 4o, 50 e 6° do pro-jecto, os quaes submettidos á votação,têm approvação, passando a projectoá 2a discussão.

Nada mais havendo para a I.a par-te, entra-se na

2a PARTE DA ORDEM DO DIA

E approvado sem debate, em _" dis-cussão, e dispensado de redacçãn, apedido do sr. Infante de Castro, oprojecto n. 39 reorganisando o ser-viço sanitário municipal, o qual vaeao sr. Intendente, para os devidoseffeitos.

Nada mais havendo a tratar, o sr.Presidente consulta o Conselho seacha que deve ser encerrada a actade reunião ordinária do Conselho,visto ter sido ella prorogada até finalvotação do orçamento da receita edespeza, o que já está feito.

Respondendo ao Conselho allirma-tivamente, o sr. Presidente lè a se-guinte resenha dos projectos, resolu-ções e indicações approvadas peloConselho na 5*1 reunião ordinária da4a legislatura.

PROJECTOS

N. 30—Concendo 6 mezes de licen-ça ao guarda municipal Camillo Le-lis Corrêa Junior;

N. 34.—Concedendo a Silvino Co-queiro, ou a empreza que organisar,permissão para estabelecer n'esta ca-pitai um serviço de tilbürys;

N. 36—Auetorisando o Intendentea regulamentar o serviço telephonico.

N. 37—Dando a João EvangelistaFerreira da Motta concessão para as-sentar trilhos de bonds na villa doMosqueiro;

N. 38—Concedendo 6 mezes de li-cençs ao amauuense da secretaria daIntendencia, Joaio Geraldo da Silva;

N. 39—Reorganisando o serviço sa-nitario municipal;

N. 40—Orçando a receita o fixan-do a despeza do Municipio no exerciode 1899;

N. 41—Concedendo 6 mezes delicença, com ordenado, ao guardaCamerino Gonçalves Lalor;

N. 42—Concedendo 6 mezes de li-cença, com ordenado, ao offieial degabinete do Intendente, Licinio Enockda Silva; e

N. 43—Àugmentando os créditosde varias verbas do orçamento emvigor.

RESOLUÇÕES

Auetorisando o Intendente a estu-

dar e resolver sobre o melhor syste-ma de illuminação á empregar nasvillas do Pinheiro e Mosqueiro;

Dispensando os ex-agentes de lei-lões Carlos Alves Ribeiro, Paulinode Sampaio Coelho e Nabor AlvesMaia Pinto do pagamento do impostode industrias e profissões relativo ao2o semestre do corrente anno;

Mandando illuminar a travessaQuatorze de Abril, entre a estradaIndependência e a rua Caripunas;

Mandando calçar a rua Conego Si-queira Mendes;

Mandando attender o requerimentoem que Argemiro Ihiiielydes BarataPinto solicitou permissão para collo-car annuncios reclames nas ruas epraças de Belém; e

Indeferindo a pretenção da compa-nhia Urbana.

INDICAÇÕES

Approvando as medidas tomadaspelo sr. Intendente, de accôrdo como Governador do Estado, para solu-ção da crise alimentícia e dando-lhepara isso plenos poderes;

Mudando para tenente-coronel Ga-ma Costa o nome da rua AlferesCosta;

Prorogando até final votação doorçamento a actual reunião do Con-selho;

Mudando os nomes de varias ruase praças da villa do Mosqueiro;

Mandando consignar na acta dasessão de 27 um voto de profundopezar pelo fallecimento do chefe doserviço medico municipal, dr. FirmoEusebio Dias Cardoso;

Considerando perpetua a caiacum-ba onde repoisatn os restos mortaesdo mesmo dr. Firmo Cardoso, dis-pensadas quaesquer contribuições aoscofres municipaés.

Em seguida o sr. presidente de-clarou encerrada a 4a. reunião ordi*naria do anno de 1899 (5a. dalaturaj e levantou a sessão.

Uma pe.lãa spj: tiiic.Drayius

O que tem havidoVamos continuar na tarefa, a que

uos impüzemos, de trazer os nossosleitores ao corrente dos aeonteeimeii-tos que se relacionam com o marlyrio

rehabililação—assim deve-

que em breve completaria, de servi-ço.s que os meus chefes elogiaram,Cavaignac, esperança dos patriotas,demolidor putativo dos dreyfusistas,tirou-m'os sem siquer se dignar vêr-me e ouvir-me. E'justo que tambémas minhas duas pequenas filhas sejamsacrificadas á disciplina e á razão deEstado ? Entendo que, para martyr,basto eu.

«.A segunda razão é de ordem mo-ral.

«Não se limitaram a fazer-me ma-

JURISPRUDÊNCIADireito criminal

e próxima .. .mos esperar—do infeliz desterrado da| terialmente, e aos meus, todo o malilha do Diabo.

Não houve, já o dissemos vingança

legis-

Collegio Minerva

Recebemos um exemplar dos ele-gantes Estatutos do «Collegio Miner-va», estabelecimento de ensino pro-íicientemente dirigido pelos nossosdignos amigos, professores OctavioPires, Euclydes Dias e Olavo Nunes.

Sobre esta conhecida casa de edu-cação assim expressou-se o Amazonas,de Manaus:

«Acompanhados de um cartão dosr, Euclydes Dias, recebemos umacircular e um prospecto do «CollegioMinerva», estabelecido na capital vi-si nha.

Na circular, subscripU pelos srs.Octavio Pires, Euclydes Dias o OlavoNunes, participam os directores areorganisação c ampliação do Colle-gio, com a entrada dos dois últimossignatários. No prospecto vem a ta-rifa das mensalidades, que devempagar, os aluamos, condições de pa-gamento, divisão dos cursos, etc.

Conhecemos pessoalmente os Di-redores do «Collegio Minerva», epor isso podemos attestar aos nossosconterrâneos a sua capacidade para oárduo mister de educar a mocidade.

Ao sr. E. Dias agradecemos a vi-sita com que nos distinguiu e signi-ficamos os nossos votos para que lheseja propicia a viagem emprehendidaá nossa capital.»

O «Collegio Minerva» reabre assuas aulas no dia 7 de janeiro en-trante.

Os estatut03 estão á disposição dopublico nas seguintes casas: Livra-rias Commercial, Moderna e Papela-ria Americana, Loja Filial e Casa Ba-hiana.

Agadeceinos penhorados o exem-plar com que fomos mimoseados.

135

¦

O cidadão Manuel Fiúza Lima vaeexercer interinamente o cargo deamanuense da repartição de ObrasPublicas, durante o impedimento dorespectivo funecionario, TheodoroFrancisco Nunes:

Os capitães Alfiedo Henrique daSerra Aranha Junior e José da CostaHomem foram nomeados, aquelle i°.e este substituto 20. supplentes do juizda lft circumscripção judiciaria da co-marca de Alemquér, que servirão atéo dia 14 de agosto de 1899.

por mais mesquinha que fosse, intrigas as mais miseráveis, que não in-ventassem os inimigos de Dreyfuscom o fim de impedir a decisão queha pouco proferiu o primeiro tribunalda França.

Penetraram no lar, urdiram caiu-mnias,esqueccram os mais rudimentarespreceitos de humanidade para com avictima amorJaça.da.quando a posiçãodo calumuiado não lhe permittia casti-gar «i insulto; mas tudo cahiu por ter-ra deante'da austeridade de taes jul-gadores.

E' que as aceusações que se inven-taram contra elle, não eram ao certoacompanhadasdedocumenloscompro-bali vos da sua vcracidade;é que, quan-do a innocencia soffré, não podem asinfâmias, por maiores que ellas sejam,proferidas mesmo, comof no caso deque se trata por pessoas que deviam,pelos cargos que oecupam, merecertod-i a fé- triumphar por muito lem-po, pois pela causa da innocencia ve-Ia um poder que está acima de todisos ouiros—o de Deus.

E para prova .do quanto de mísera-vel se urdiu para terminar no exilioperpetuo os dias de vida do infelizDreyfus e, portanto, lançar um véosobre osta questão que, afinal üe con-tas,já descobriu e ha de descobri: muitatráhíção e muita perfídia dos oflieiaesdo estado-maior do' exercito francez,aqui pomos debaixo dos olhos do lei-tor este pedacinho que traduzimos doPelil-Journal, um dos mais acerrimose dedicados órgãos da imprensa ante-dreyfitsista.

«M. Renault, de Bourgs, auetord'uma obra que vae áppàrecar sobre oprotestanlismo, conta n'esse trabalhoo seguinte:

«Dreyfus mandava fazer pela cai-xeira do club militar uma espécie debolsos de linho, que eram applicadosno seu dolman. Dizia elle qua orapara trazer o peito mais bombeado-Porquo é que.essas algibeirus uão po-diam servir para contai- papais em vezde terem o destino que o capitão di-zia, o que se podia conseguir bem ta-cilmeute por outro processo?

«Um dia, o capitão de Drcyfus.no..-tou qne uns papeis militares, relativosttjuma nova carreta, unham desappa-recido. No dia seguinte, sem dizerpalavra,Dreyfus trouxe-os e procuroumettel-os entre outros papeis, semque o seu capitão visse; mas aquelleoffieial observou tudo. Entre elle e otenente Dreyfus houve então umascena em termos bastante vivos.

--«Porque levou o senhor essesp.ípcis V

«Meu capitão, levei-os para e*4u-dar em casa—respondeu Dreyfus.

«Ora documentos d'essa ordem nun-ca podem sahir da secretaria do re-gimento».

Esterhazy, o celebre Eslerhazy—que—, em nos-;o entender considera-mos o unico culpado em toda estaquestão, também acaba de dar maisuma vez prova de sentimentos docanalha e de cobarda, publicando,como acaba de fazer, uma obra intitu-lada «UsdessiiM da questão Dreyfus»,cujos primeiros tasciculos apparece-rum em Paris no dia 12 de novembropassado.

Basta traduzir para aqui o resumodo prefacio d'essa obra para ver quan-to de coragem e de cynisaiü devehaver em toda ella:

«foram dois, diz elle, egualmenteimperiosos, embora de ordem bemdiversa». O primeiro é de ordem ma-feriai. ' »

«E' preciso que eu viva e que ar-ranje meio de fazer viver os meus.Tinha um soldo e um posto em queconsistia toda a minha fortuna. Parame recompensarem de trinta annos,

possivel. Arrancando-me as drago-nas, arrancaram-se com ellas a honra.

«E' por isso que eu quero falar. Emquanto os meus chefes me protege-ram, emquanto não me desampara-ram, não disse coisa alguma; conser-vei-me mudo e impassível. Desprezeios ultrajes sem nome despejados so-bre mim durante um anno por umaimprensa immunda subornada pulaAllemanlia e pelos judeos. Apenasuma única vez dirigi a todos essespatifes um gesto symbolico: foi nodia em que eu bati em Picquart.

«Mas, já que approuve a Cavaignacatiçado pelo seu chete de gabinete, ogeneral Roget, despedaçar-me, atirar-me como uma presa viva á matilha,estou no meu pleno direito, cuido eu,de gritar que me assassinam. Nãotenho apenas o direito, é o meu de-ver. Sou responsável para com osmeus, os do passado e os do futuro,do nome que us >. Posso ter commet-tido faltas na minha vida privada e omeu grande mal foi unicamente nãoas esconder, c-.imo fazem doutos hy-pocritas. Em todo o caso, isso, porém,só respeita a Deus, á minha familia eá minha consciência. Mas na mi-nha vida militar, e como soldado,não desejo a minha deshonra.

«Fui um bom militar,um valente sol-didojtodosos chefes sob cujas oidens servi o reconheceram. Além«1'iaso, fui um soldado dedicado aosmeus cheles, nm soldado disciplinadoaté ao heroísmo. E' isso que eu que-ro dizer e provar».

Terminando, o major Esterhazydeclara que não tem intenção algumade fazer commercio com os segredosdo Estado. Recorda que houve noexereito cinco officiaes generaes como seu nome e acerescenta que, emtaes circumstancias, «não se renegao exercito». O seu livro principiarápelo ministério Brisson-Cavaignac-Sarrien. Effeclivamente, «antes deabordar a qnestão Dreyfus própria-mente dita, sobre a qual se explicarámais tarde detalhadamente», o majorquer fazer alguma luz sobre os ulti-mos acontecimentos em que se viuenvolvido.

E quer o leitor maior prova de cy-nismo ?

Além de culpado, ainda calumnia oinnocente e a sua infeliz raça.

Por hoje, aqui ficamos.H.

PARTIDO REPUBLICANOAb-iixo publicamos a adhesão que

ao nosso partido enviou o sr. JúlioVieira Borges, prestigiosa influenciapolitica de Çurralinho;

Q-ccIaração politicaConvencido que o Partido Republi-

cano que tem por chefe o eminenteSenador sr. dr. Justo Chermont épartido da ordem, aquelle que muitotem contribuído para o progresso ma-terial e moral da nossa pátria filhio-medesde hoje a elle, hypothecando to-dos meus serviços em prol da nossacausa politica.

Cíirralinho, 20 de dezembro de1898.—Júlio Vieira Borgesv.

Abraçamos o digno correligionário.

A policia -vae tomar conhecimentosobre uma queixa dada houtem, con-tra Luiz Brandão, que em estado deembriaguez, provoca diariamente avisiuhança.

O bergantim Irederica, da praça deSaintJohn, vindo de Workington, comtrilhos e material para a companhiaUrbana, apanhou medonho tempo deSalinas para cá, a ponto de perder omastareo de proa.

0 Irederica entrou em nosso portoante-hontem ás 5 horas da tarde.

CRIMINIGENIA

(continuação)Apreciemos agora as opiniões dos

psychiatras e vejamos quanto nesta¦nateria é grande a perplexidade queresalta das suas próprias expressõesvagas e genéricas das quaes se deduz0 quanto a medicina na parte respe-ctiva â clinica psychiatrica esta atra-zada, muito retardataria ainda e nãopresta ao direito criminal o auxilioque é de esperar que para o futuroprestará.

Tanzi e um outro seu eollega deigual jaez, Riva, dão a seguinte defi-nição de paranosia: «Una psicosi fun-zionale su fondo degenerativo, cara-ctterizata da una particolare devia-zione delle piü elevate funzione in-telleetuali'nom implicante né un gra-vissimo scadimento, nó un disordinegenerale; che si accompagna quasisempre con allucinazione e com ideedelirante permanente piü o menocoordinate in sistema, ma indipen-denti da qualunque causa occasionaleconstatabile e da qual siasi rnorbosacondizione emotiva; che decorre inmodo non sempre uniforme, nè con-tinuo, ma pero essencialmente cro-nico; e che in generale non tende perse stessa alia demenza».

Ora, analysando estas palavras, ve-mos como ellas são vagas, perplexase cheias de incertezas indicando queesta matéria de psychiatria ainda estámui pouco esclarecida e determinadade tal sorte que não pode servir deguia ao direito criminal e penal e oscódigos criminaes e penaes que liammyster de uma base solida e certa,não podem esperar delia quasi nada,pois aseu respeito podemos dizer, comodizia Humboldt das nebulosas, é umasciencia em via de formação: a suaparte estática é nulla quasi em re-lação á dynamica que é ainda um Xdesconhecido. O factum é minimoem relação ao fieri.

0 qae querem dizer, com eífeito,na definição de paranóia que nos dãoTanzi e Riva, estas palavras, non im-plicante né un gravíssimo scadimento,né nn disordine generale...? Que o es-tado do paranóico não é muito grave,nem a desordem è tão grande e tãoampla que tenham confundido tudo,restando ainda lucidez do espirito forado ponto de seu delírio. E tanto ellesconfirmam esta opinião que dizem emoutro ponto de sua deíinbão: con ai-lucinazione e con idée ãeliranti per-iuanenli piá o meno cooí-dinate iu sis-tema... Palavras vagas que não fixamdelinitivãmente e de vez uma cousadeterminada donde se possa partircomo ponto de principio.

Terminam dizendo: e che in generalenon tende per sê stessa alia dementa.A paranóia não tende por si mesmo ádemência.

Mas então é o caso de perguntar, aparanóia já não é por si uma espéciede desequilíbrio ? Um paranóico noacesso das suas manias, quaesquerque ellas sejam, megalomaníacas,processomanas, perseguidoras, reli-giosas, klamptomaniacas, delírio dasposições & & nao é um louco ?

Pois bem, admitíamos, que a para-noia nem é demência, nem tende paraella. Qual o resultado ? 0 que será dagênese criminal ? A criminigenianão achará mais um ponto de apoiopor onde possa determinar como nas-cem os crimes e em que berços, que-ro dizer, espíritos tiveram origem, sesãos, se doentes. Entendemos quedesde o momento em que em um ce-rebro entrou a mais ligeira perturba-ção de suas funcções,desde logo come-ça uma espécie de irresponsabilidadeque cresce na razão directa da pertur-bação de suas funeções. Ora, os doiscitados Allienistas Riva e o seu colle-ga Tanzi começam a definição dizen-do que a paranóia e ama psicosi fun-zionale sn fondo degenerativo...»

O escravo, brandindo violentamenlos braços contra o Cypreste

Hirlo cypreste! alma que penasTinta de fei!

Não me demoves, em vão condemnas...Tens, nas raízes, fauces de hyenas,Por isso ruges, monstro cruel.

Bem te conheço, sombria fera,Marco de dúr!

Toda a esperança te desesperaEm acres raivas ! Até a hera,Ao teu contacto, perde o frescor!

Se alguém caminha para a ventura. E volve atraz .?

O olhar descrente do que procura,Tu, logo abrindo uma sepultura,Gritus-llie, cm ancias:—«Não vás! Nio vás!»

E como fêmea impura, que offertaO seu bordel

Dizes, mostrando-lhe a cova aberta:—«Leito macio, ventura certa«E a paz eterna para docel...

«Vem! a ventura sou eu! repoisaJunto de mim!...

«Se tens remorsos, dou-te uma loisa«Para occultal-os á dôr ociosa;«Si inda tens sonhos, dou-te um jardim !»

E emquanto falas, tuas raizesEm dispersão,

luntam-se e espreitam os infelizesQue inda confiam no que tu dizes,Monstro, qu'escondes garras no chão!

PULOS PlIELOS

3-

08 FOLHETINS do para SUA MAQliSTAUE 0 VICIO 136

III

GUl-HERMINA

Havia n'aquellea grandes olhos negros, um que devago, indeterminado; havia no arfar d'aquelle colloque se transformava em seio, um não sabemos queparecido com um gemido, como um estuar.

Toda ella era reconhecimento, mas toda ella eratristeza!

Ria; mas seu riso tinha um que de exterior.Porque ?Quem sabe o que é ser orphão e abandonado compre-

heudel-o-á facilmente.A morte de um amigo, commove; a morte de um

esposo, entristece; a morte de uma mãe, porém ente-nebrece.

Entretanto Guilhermina ia-se fazendo uma mulher.Doze annos, sob um clima tropical, é a edade das

metamorphoses; doze annos é a èdade em que alarva—creança, entra no casulo—puberdade, para sahir borbo-lêta—mulher.

Tudo se muda, tudo se transforma aos 12 annos.E Guilhermina não se transformava só : metamorpho-

seava-se, incontestavelmente.Aquelle seio tomava a curvatura do colo de um cys-

ne; áquelles olhos, deixavam-se rodear por um ensom-brameuto azulado e oceultar sob una cilios longos e se-doísus,

Sob aquella tez morena, já se divisavam uus longearoseos ; os lábios tomavam um carminado vivido, e osuperior d'elles ia-se, pouco a pouco, sombreando porum buço tênue.

Depois, ella ia tomando corpo, como se diz: ia toman-do um arredondado de fôrmas que dizia perfeitamentebem como a sua estatura abaixo de meã.

Disse um apreciador, que a mulher deve ser baixa,morena, corada e arredondada, por isto que a mu-lher è o mimo: Guilhermina ia-se tornando o mimod'e3se apreciador.

O habito não faz o monge, dizem ; mas a toüettc mui-to concorre para a mulher.

Guilhermina já tinha alguma roupa; não cobria osmembros com um conjunto de trapos.

Áquelles pés de princezá, seceos, esguios, já tinhamuus sapatinhos de coiro marroquino.

Guilhermina já era outra.Os longo3 cabellos negros e encaracolados, trazia-os

ella sempre atados n'uma trança presa por um laciuhoencarnado, o que lhe dizia perfeitamente.

E ella trabalhava, e ella chilreava, já não cauçõesobscenas, mas modinha da épocha com o que muito di-vertia a Adelaide.

Além d'isto Guilhermina, aprendeu a ler, ora comsua protectora [que pouco sabia], oracoin o commenda-dor que a chamava sua filha adoptiva.

Foi mais adeante, a magnanimidade de HenriqueSalles,

0 nosso distineto conterrâneo dr.Izidoro de Azevedo Ribeiro que, con-forme noticiamos, acaba de doutorar-se em medicina na Faculdade da Ba-hia teve a gentileza de enviar-nosum exemplar da these que apresen-tou e defendeu perante essa faculdade.

O novel medico tomou para assum-pto o tratamento da syphilis pelo me-thodo de Scarenzio, sobre o qual dis-sertou, dizem os competentes, commuita proficiência.

0 trabalho typographico é nítidoe foi executado nas officinas typogra-phicas da Imprensa Moderna da Ba-|iia. ,

Confessamo-nos agradecidos pela de-licada ollerta e desejamos ao dr. Aze-vedo Ribeiro as maiotes venturas navida pratica da nobibssima profissãoque abraçou.

xx x

Foi publicado em Lisboa nm poema-drama sob o titulo Via dolorosa. E'seu auetor o poeta D. João de Castro,«um novo» cujo talento exhuberanteacaba de manifestar-se brilhantemente.

Um nosso' eollega da capital luzi-tana, noticiando a apparição do tra-balho de D. João de Castro, transcreveo seguinte trecho do poema, comoum specimen do bello trabalho d'esseJ-O-rtü-

'O Cypreste

De tantos filhos que a Terra gera,Só eu, eu só,

Amo em verdade essa Mãe austera I...Vós, reneg tndo-a, como a uma feraSugaes-lhe sempre os peitos, sem dói

Sni a vingança do húmus sagrado,Como os vulcões 1

Punhal heróico, sempre apontadoContra esse Azul radioso e amado.Fonte de todas as illusões I

A Oo/, docemente para o Escravo

Vae caminhando, vae caminhandoSem descansar!

O Cypreste

Sou a Verdade eterna, velando !

A Cruz, para o EscravoVae caminhando, vae caminhando

Sem escutar!

Augusto -Joaquim liamos.

Falleceu hontem n'esta capital o sr.Augusto Joaquim Ramos, um cidadãomuito estimado em nossa sociedade esócio commauditario da casa Barros,Araujo & CJ.

0 finado foi por muitos annos em-pregado de fazenda; ao seu enterrocompareceu grande numero de pessoasque, assim, prestaram a homenagemultima a que o fallecido tinha iucontes-tavel direito.

Damos os nossos pezames a todos osmembros de sua digna familia.

Crispi contra a Franca

Em algumas províncias da Itália, enomeadamente nas merídionaes, no-tam-se movimentos de protesto con-tra o tratado de commercio francoitaliano.

Os partidários de Crispi dirigemuma campanha mais politica que eco-nomica.

Crispi não oceulta a sua irritaçãopelas tendências favoráveis a um ac-cordo com a França.

A despeito de todos os menejos, otratado, porém, obterá grande vota-ção, tanto no senado como na câmarauos deputados.

-UM-KMBíCIíUAiYrU

Passa hoje o anniversario nataliciodo sr. Raymundo de Abreu Lima,acti-vo membro da lirma R. A. Lima & C\

XRegressou de seu passeio ao interior

do Estado, nosso dedicado e bom ami-go coronel Coriolano Jucá, a quemsaudámos.

Gardênia.

Nosso correio

estudante;—Dependendo da hora, do logare das condições, dighe?se de apparecer aqui naredacção das 7 horas da noito por deanto, quolhe indicaremos de bóa vontado.

—Na caixa forte do cruzador hispa-nhol «dufauta Maria Thereza» foramachados 75.000 «xduros» em metallico.

0 Dayly Neivs assegura, que posueinformações que lhe permittem aftirmarque a viagem do imperador Guilhermeao Oriente determinará novo3 rumosnas alliauças internaciouaes e no agru-pamento de paizes para a defeza doaseus interesses na Ásia e porventuratambém na África; as duas regiões on-de hoje se chocam as ambições rivaeadas potências européas.

O «Daily Mail» affirma que o condede Maillo declarou que os carlistas ea-tão recebendo numerosas atlhesõea eD. Carlos de Bourbon em Veneza aguar-da 09 ftçoflteçjmentQB.

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MANCHADAI

Page 3: COMMISSÃO EXECUTIV CARTAS DE ALHAR TERTÚLIAmemoria.bn.br/pdf/306223/per306223_1898_00325.pdf · j (jg env0]veu como gigautea mortalha, dando-lhes por sepultura os abysmos da niaresia

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O l»AIIA-i8ei<a-fcira SOfde Dezembi-o de IftM—Wj «*& .1

Os EstadosSAO PAULO

Realisáram-se imponentes feslas emSantos, em honra á officialidade dedo cruzador portuguez Adamastor.

Estas festas foram promovidas pelapopulação, governo e colônia portu-gueza reunidas; trazendo a imprensasanlista longa e minuciosa descripçãod'ellas.^Apraz-nos passar para aqui, toman-do ao nosso prezado collega O Es-tado\de S. Paulo o resumo do elo-quente brinde com que o dr. MartimFrancisco respondeu á saudação queem um banquete, foi feita ás senhorasportuguezàs e brazileiras :

«0 orador disse deixar por um mo-mento a obscuridado em que se aprazviver, para acudir ao convite das se-nhoras presentes, afim de pedir ágratidão, ptiras.es com que correspon-da ao brinde á familia brasileira, en-vaidecendo-se de ter o sangue portu-guez nas veias, relembrando uma épo-cha que nao vae longe.j^Aftirmou que a antiga metrópole,mesmo nos dias mais agitados de suahistoria, conservou sempre o fanatis-mo pela justiça, manteve sempre suagrandeza pela generosidade.jJAlludiu á lucta civil, pondo em re-levo os altos serviços prestados pelamarinha portugueza a quinhentosjovens brasileiros, que arrastados pe-los vicissitudes da derrota, tiveramrepentinamente por perspectiva aperspectiva do fuzilamento.

Portugual, disse o orador, que osacolheu á sombra de sua bandeira,de seu pendáo que outr'ora dominouos mares e devassou os continentes,dominou então ura oceano mais vasto,—o coração do homem; desvassouentão um continente mais esplendido—a gratidão brazileira! •

Aüudiu o orador á figura de Au-gusto de Castilho, que diz apparecercom fulgurações de um Adamastordo bem e, se a figura do titao ven-cido ligou eternamente o nome deCamões á posteridade, que n'esta fes-ta, em terra sanlista, a visita do navioque lhe tem o nome, ligue sincera-mente a memória de Castilho ao re-conhecimento e ás acclamaçõss da fa-milia brasileira.

0 orador terminou, dizendo ao sr.Ferreira do Amaral:

«Dizei ao vosso emulo glorioso, di-zei a Augusto de Castilho, que sãoimpereciveis nos nossos annaes, a fa-ma, é c feito do portuguez que como estandarte das quinas euxugouas lagrim-s a quinhentas mt.es brazi-leiras ! »

—O chefe de policia recebeu umtelegramma de França, communican-do terem sido ali assassinados o ca-pitalista Manuel Nonato esua esposa.Parece que o movei do crime foi oroubo. ,

—O Tribunal Superior de Justiçado Estado, por meio de uma commis-sao composta dos ministros drs. Bro-tero, M. Cezar e Delgado fez-se re-presentar na sessão magna que o in-stituto dos avogados realisou, no salãoda Faculdade de Direilo, em hòmenti-gem á memória do dr. Joilo Mendesde Almeida.

—Estava em exposição no escriplo-

rio do Estado de S. Paulo, um mo-lho de palha de trig» com espigas,da chácara do Belicli»,, em S. Bernar-do, propriedade do sr. Abilio Soares,actualmente cultiva l.t pelo sr. Fran-cisco Chaves.

A semeadura é da pri meira quinze-na de outubro e o corte áj trigo ex-posto era de pouco dias.

A producçáp é, pois, mais do quesatisfactocia.

A experiência feita em S. Bernar-do, em terreno que nao é de primeiraqualidade, é concludente e extrema-mente animadora. Ninguem pode du-vidar da posibilidade de tios abaste-cermos de trigo, de produzirmos nanossa terra o pilo de que precisamose que tanto pesa no nosso balançocommercial, corno causa da emigra-ção de oiro.

j —A Nação, jornal que se publica1 em S. Paulo, passou á iwva empreza,¦ sahindo de seu corpo de redacção os! srs.Felix Bocayuvaé Benjamim Mattos

que foram substituídos pelo srs. dr.Joao Monteiro e Joflo Monteiro Ju-nior.

—Teve logar no dia lo d'este meza cerimonia da collação de gráo aosalumnos da Eschola Normal que ter-minaram o curso respectivo.

—O pintor Oscar Pereira da Silvaia abrir, por todo este mez, no saldo doBanco Constrttct >r uma exposicaçãode quadros a oléo que constaria de 23trabalhos seus.

A questão religiosalua BaiigSatcri-a

fl*_-ítça (ie ISclém

0 CAMBIO

A posição do mercado continuou fir-me. Os bancos abriram a 7 5/8 e cou-sta que fizeram vendas a taxas maisfavoráveis do que 7 11/10.

Aqui o mercado abriu na base de7 9/16 e, depois das noticias do Rio,saccarama7 13/16. Ao fechar havia

papel bancário ofterecido a 7 3/4.Em papel particular houve negocio

a 7 5/8 e 7 13/iü.GENEROS

Borracha.—Entravara uns 30 milkilos das ilhas, para os quaes houve

pouca procura, declinando os preçospara 0!)i000/;.$000, uão offereceudo ai-

gtimas casas mais que 9ü!200/5$800.Ficou augmentada a differençá entro

a borracha fina e sernamby, que pás-sou a ser de 3$600, a começar de -2 de

janeiro.O «Maná» chegou do Madeira com

119 toneladas de borracha. Ainda nãofoi vendida a que veio pelo «LauroSodré».

Acha-se 11'esta capital, vindo deCurralinho o nosso dedicado amigo ca-

pitáo José Antônio de Souza, influen-cia de real prestigio do Partido Repu-blicano íVequella cidade.

Saudunol-o.

O subprefeito do Io districto entraráhoje de permanência na estação de se-

gurança, em substituição ao seu collegado 2o districto.

(OlinONICA. DO BXTIUNQRIRÒ)

A questã. religiosa complica-se dedia para dia ua Inglaterra.

O clero anglicano está dividido comonunca esteve desde o movimento deOxford, e tão dividido como em 1874epocha em que, sob a apresentação doarcebispo de Cuntorbery, o parlamentobritaunico votou o «bill» sobre 0 culto

publico em Inglaterra, para pôr um ter-mo as discussões theologicas e ás rixassanguinoleutas que tinham logar nas,egrejas. I

Não se passa uma unica semaua semque nos «meetings> religiosos, era salasde conferências, ou nos templos angli-canos, uão se produzam scenas de pu-gilafco.

A razão é esla: um certo numero demembros do clero, fazendo parte daegreja estabelecida e conhecida pelonome de i-it. .alista", têm uma tenden-cia para se approxiraar da egrejacatholiea, armara altares, queimara in-censo, usam sobrepelizes, e admittera aconfissão auricular.

Tudo isto ó contrario aos dogmas epraticas da egreja anglicana e a LigaProtestante emprehendeu e segue umaverdadeira campanha contra este «cler-ffymen» heterodoxo.

A questão de liberdade de couscieu-cia não está em jogo, visto que em cer-tos condados de Inglaterra os catholi-eos íazem procissões nas ruas, mas oque a Liga Protestaute não adraitte, oque ella denuncia ao episcopado angli-cano é que os membros da sua própriareligião, assalariados pelo Estado,intro-diizam na egreja estabelecida praticasda egreja catholiea, contrarias ás leisdo paiz.

Em vários condados da Inglaterra ena Irlanda, a policia teve que intervirpara pôr um termo ás rixas sanguino-lentas que se produziram nas egrejas eorganisar serviços de ordem para impe-dir a renovação d'estas scenas e3can-tlalosas.

Os magistrados tiveram que intervire o «lord hiayor» de Belfast publicou

•um manifesto aos seus administradoschamando-os á ordem.

Emocionado pelo caracter aggressivode todas estas manifestações e por po-lemicas da imprensa, o episcop.,do an-

glicaiio («Episcopal Beuch») n'umacon-ferencia ultimamente realisada, decidiuacabar cora o ritualismo.

E' pelo menos o que declarou o bispode Bxeter; mas ignora-se aiuda quaesas medidas que se adoptaram para aexecução d'este projecto, esperando-seque se orgauisará uma grande demon-atração protestante que teria logar navéspera ou uo mesmo dia da reaberturado parlamento.

Serão feitas certamente numerosasiuterpellações na cantara dos coiumttus.

Esperara-se grandes debates sobre a

questão religiosa aos gritos repetidos«Nepopery».

EXECUTIVA MUMICII»AI_Thesouraria:Dia 29.

Laudemios. . ... 1.197$000Dominio útil .... 40&000Emolumentos .... 20$000Multas impostas pelas au-

ctoridades .... 200SOOO

1.45Z.S000

Sepultou-se hontem o sr. tenente-coronel Manuel Antônio de Farias.

O finado, que foi por muito tempocoiumerciante no iuteriov do Estado e

n'esta capital, gozava de elevado con-

ceito ema nossa sociedade, sendo o seu

enterro muito-concorrido.Aos seus filhos enviamos as nossas

condolências.

Seminário do Carmo

A entrada dos alumnos effectuar-se-áno dia 9 de jaueiro próximo.

Foi este o movimento do curro hon-tem.

rezes:Existiam . . .' 'Entraram . . . . .

V

logar o Te-Deum mendas e passagens até ás 3 horas daé de antiga tradi- tarde da véspera da partida.

Belém, 29 de dezembro de 1898.C) (G

ras da noite, teráLaudamits, comoção e costume, mandado cantar pelocabido du Cathedral, com assistênciade s. exc. revcl. o sr. bispo diocesano,em acção de graças e benelicios, queDeus nos concede durante o anno quefinda, e pedir novas, para o anno quevae seguir-se.

Em continuação áqueile acto, sefará a exposição do SS. Sacramento,no allar-mór de nossa mageslosa Ba-silica, que ficará em adoração, cujoaltar ricamente preparado e ornadocom bellas palmas e11 ores naturaesdistribuídas cum esmero, uosto e ma-

cosraiu urbinv n e. de f. caríense

A Gerencia da Companhia Urbanade Estrada de Ferro Paraense, con-vida os srs. possuidores de passesd'esta Companhia a recolhel-os semexcepção de um só,

A mesma Gerencia tern a honra de

uzes, que ficarão permanentes duranta noite.

Lo'J-0 após, a turma dos aspirantes

m.uu.mua. ,,.,„ ....,.,,.,, prevenil-os, em cumprimento de or-

enificencia, será illuminado com 100'dem da Directoria da mesma Compa-.,.......¦ ni1jtli jg que pS passes que não forem

recolhidos, não serão acceitos nosbonds a contar de i° de janeiro pro-ximo. Aquelles que pelo conlracto daCompanhia tivessem direito a paresterão a substituição dos passe reco-Ihidos.

Pará, 28 de dezembro de 1898.Pela Companhia Urbana de Estrada

Total ... • • •Abateram-se. . . .05Mortas no curral . . 2Couderanadas em vida . 20

364120

484

87

397Passaram para hoje .

XO medico de semana dr. Soares

Montenègro entrou para a visita ás 3 eretirou-se ás 5 da tarde. Conderanou 1

quarto de carne, pezando 26 kilos e 20rezes em vida, pertencentes ao Gover-uo estadual e mais 1 quarto cora 75kilos, de Nunes Ferreira & Ca.

O correio de Belém expede, hoje, asseguintes raala3:

A's 4 horas da tarde, para Amapá,Bailique,Calsoenne e Counany, pelo va-

por «Cassiporé».—A's mesmas horas, para S. Domin-

gos, S. Miguel e Ourem, pela lancha«Claudemira».

—A's 5 horas para Mojú e Igarapé-Miry, pela laucha «SanfAnna».

Amanha:—A's 8 horas da manhã, para Euro-

pa, pelo vapor » Madeirense».—A's 4 horas da tarde, para Manaus,

pelo vapor «Jerome».

das conferências, fará adoração até ás8 horas, em seguida entrarão as tur-mas dos confrades das diversas con-ferencias, conforme o indicador, porordem de seus nomes, no decurso deuma hora para cada turma e a ultimafará das 5 ás 6 horas do tlia 1.'° de

janeiro de 1899.A's to horas da noito será entoado

pelo coro O Salutaris Hóstia; ás 11, OAve Verttm; e á meia noite o grandecoro de vozes fará ouvir o TantumErgo Sacraiiieutuiu na passagem de1898, para o novo anno de 1S99.

N'esta oecasião se farão ouvir osfestivos sons dos sinos da Cathedral,que secundados pelos de todas as egre-jas de nossa capital, conforme a or-dem de s. exc. revd. o sr. bispo, an-nunciarao ao povo .que é vindo onovo anuo, pelo qual, pedimos para-jque cheio de graças, possamos afervo-1rar mais os nossos corações na ver-dadeira fé de nossa Santa Religião.

' A-'s 6 horas da manhã, entrará amissa resada com canLicos, que.serálcelebrada polo revd. conego dr. Man-:cio Ribeiro, cura da Cathedral, cumcommunhão geral de todos os confra-des das conferências e dos devotos

que desej irem unir-se em graça n'esl.t

grande obra da adoração de JesusSacramentado.

Finda a missa, terá logar a cerimo-nia do encerramento da expoaição comsublimes cânticos e benção.

Em seguida, no salão dos Ponlifi-cães, reunir-se-ão os membros da

de Ferro Paranse.—O Gerente. —Lúcio Freitas do Amaral.

L)

INSTITUTO CARLOS GOMES

ü coronel Rozend >José das NevesFerreira, vae exercer o cargo de Io

supplente do juiz substituto da i'\ctr-cumscripcáo do lfl districto judiciárioda comarca de Afuá, que servira ate odia 14 de agosto de 1899.

Quebrou-se a tampa da chaniinéda galeria de exgottos, que fica à ruaíndustná, frente á estaçãotelephonica.

O subprefeito do 4o districto tomouconhecimento da queixa dada por Cao-tana Silveira, contra Cecília de tal."

SOLICITâDOS

nova conferência de São Vicente dePaulo, que terá como titulo íOonfe-rencia da SS. Trindade».

Essa nova Conferência e mais uniafonte de recursos para a pobreza en-vergonhada; terá sua sede na egreja

parochial da mesma invocação, e farásuas reuniões semanaes ás sexta-fei-ras de cada semana, ás 7 horas danoito.

Pará, 28 de dezembro de 189b.

(3 vezes).

I»llO€Ul%MM.i da adoraçãonocturna do SS. Sacramentoinstituiria na parochia da Sé,pelo conselho particular dasconferências dc São Vicentede Paulo.

Ouicumque invocaverit nomen Do-mini, salvas erit (Act. II 21).

«O que invocar o nome do Senhorserá salvo, porque a oração é a armaa que nada resiste. A oração tudo ai-cança e de ludo triumpha». •

No dia 31 de dezembro, pelas 7 ho-

liB!_í__tfi»ra!lwipliniS'i?a!!j

VIAGEM AO RIO JURU.V

O paquete a vapor «Lauro boche»,commandante Santos Ferreira, segueviagem para o rio Juruá. até á boceado Mõa, 110 dia 0 de janeiro vindoiro,ás 9 horas da manhã.

Recebe carga até o dia 3, encom-

De ordem do sr. maestro directorinterino, faço publico, que acha-se

! aberta, do dia 2 a 15 de janeiro vin-! doiro, a matricula nos diversos cursosUfesle Instituto.

Os candidatos para os fins acimaindicados deverão instruir suas peti-ções de accordo com os artigos abaixodeclaradi 'S:

Art. 39.—Os candidatos á primeiramatricula, deverão requerel-a ao Di-rector de 2 a 15 de janeiro, decla-rando o curso que pretende estudar,a sua nacionalidade, naturalidade, fi-liaçáo e residência, e juntar attestado

j medico que prove haverem sido vac-cinados dentro de um praso nao su-perior a cinco annos.

Art. 40.—Não poderá ser admittidocomo altimno :

n) 0 candidato que soffrer de mo-lestias repugnantes ou contagiosas.

b) Ü c trididato que não fôr dotadode uma constituição physica adaptadaás exigências do estado.

c) Todo aquelle que tiver menos de9 annos de edade ou mais de 20, con-forme o curso a que se destinar e ainstrucção musical que já possuir.

Art. 43.—Quando não se tratar daprimeira matrícula, basta para obtel-a que o candidato exhiba certificadode approvação do anno anterior ou arequeira no mesmo anno que houvercursado, se tiver sido reprovado. Trezreprovações consecutivas, porém in-habilitam o álumno de continuar acursar as aulas do Instituto.

Art. 45.—Não poderá ser admitti-do no curso em que houver requeridomatricula o ijlumno que não tiver ospreparatórios exigidos no regimentointerno para esse curso e que náo te-nha sufficiente instrucção litterária,apresentando documentos que o pro-vem, a juizo do Director.

Secretaria do Instituto Carlos Go-mes, 27 de dezembro de 1898.-0amanuense secretario.—Pedro Capitu-lino de Paiva.

1)

GOVERNO MUNIGIP

Proj ectoOrçamento Municipal de Belém

I»AllA O EXEKCICIO I1E 1*09

(Continuação)

Vendedor ambulante de peixe . .» hortaliça .

»

»»»

»

IMPOSTO DE

» garapa» sorvete5 sapato» vísceras e carne de porco .d figuras de gêsso ....5 flores artificiaes ....» obras de folha . . • •» artigo não classificado. .

Tabeliã de receita 11. 6

NUMERAÇÃO E AFERIÇÃO DE TESOSE MEDIDAS NA CAPITAL

20$00020$0005o$ooo50JOOO30800020$Ooo2O$00O20J.0002O$O0O2O$00O

.': '

Balança até cincoenta kilosDito de marco com os respectivos pesos . . . • •

Dita de cincoenta kilogrammas para cimaBote, numeração deBycicleta, numeração de • • • • • .Carrinho de mão, numeração de . . • • • • •

Carroça de cenducção, de duas rodas, numeração de .

Dita de quatro rodas, numeração de . . . • • •

Metro, aferição de • /,..'Medida, um terno desde dois decilitros ate hectohtro .

Idem pára qualquer liquido, um terno, desde dois ate

sessenta litrosIdem avulsa para qualquer, liquido, uma. . . • •

Peso, constituindo um terno desde um rmlhgramma até

cincoenta kilogrammasPeso avulso, um ....•• • • • *

Carro de praça, de duas rodas, numeraçãode . . •

Idem, idem de mak de duas rodas, numeração dc . .

Tabeliã dc receita n. 7

IMPOSTO DE AFERIÇÃO DE PESOS E MEDIDAS NO INTERIOR

ÍJalatl^a até çincoçnte kilog^mraíis ....»'

ÓljiOOO58000

I2$0002580001080001080007o$ooo

IOO$0005800058000

38000500

5$ooo500

IOO^OÜO200!(iOOO

Dita de marco com os respectivos pesosDita de cincoenta kilogrammas para cima ....Lancha a vapor, numeração de • •

Metro, aferição de ; . • '¦' '.;, '

Medidas, ua. terno, desde dois decilitros ate hectohtro

Ditas para qualquer liquido, um terno, desde dois atésessenta litros

Ditas avulsas para qualquer liquido, uma. . . . •

Peso, constituindo um terno, desde uma mihgramma até

cincoenta kilogrammasPeso avulso, um . .

Tal»ella dc i-eceita n. S

BENDA DO MEBCADO PUBLICO

Aluguel de quartos externos, 51 á 858000 cada um men-

salmente • • • • V ' '

Talhos em arrendamento annual, tendo como base o

preço de 5o$ooo mensalmonte cada um. . . •

Kl \l»t INTERNA

Aves expostas a venda, uma 120 réis. .... •Peixe, kilo 100 réisAparadores de ns. por mez, um. . . .Ditos de ns, por mez, um .... •

Transferencia dos aparadores de ns.Ditos, ditos de ns.Vendedores ambulantes de artibos não especificados, a

100 diários

NOTAS EXPLICATIVAS

Os aparadores do mercado só poderão ser transferidos

pagos os impostos municipaes.

Tabeliã de receita u. O

RENDA DO CURRO rUÜLICO

Amanho e kilogramento de cada rez abatida para con-

sumo publico "Idem, idem de gado snino e lanigero, um ....

Rezes retiradas em pé, uma ...•••••Logradoiro para o gado, cada cabeça. . • • • •

Imposto da balança.fixa, por cabeça de gado vaceumeavallar '

5$ooo128000280001800058000

38000200

58000200

Bntcndcucia Municipal dcUclcin

Concorrência para um serviço regularDE NAVEGAÇÃO A VAPOR ENTRE BUENOS-

AYRES E BELÉM E ABASTECIMENTO DU

GADO A ESTA CAPITAL.

A Intendencia municipal de Belém,de accordo com o exm. sr. dr. Gover-uador do Estado e tendo em vista aurgência do serviço a coutractar, re-ceberá propostas, até ás 10 horas damanhã de 8 de janeiro para um ser-viço regular de navegação a vapor en-Ire a capital da Republica Argentina ea d'este Estado e o abastecimento de

cot,_.,_ooo gado vacenm á população de Belém,5^'u ^ sob as seguintes bases:

37:5008000

7o:ooo$ooo

depois de estarem

6$oooj

785oo38000

IOÍfOOO300

ou100

(Continua)

i11.—Uma linha regular de navega-ção a vapor com duas viagens, men-saes por meio de vapores com capaci-dade para 2.000 tonelladas de carga e10 milhas de marcha, por hora, nominimo. •

2\—Importação annual de 9600 boisde pezo de kilos de carne no minimo,cada um, de accordo coma tabeliã quebaixar o Intendente para a importaçãomensal, devendo os referidos bois serabatidos para o consumo publico, porcontado contractador, a preço nuncasuperior de 450 réis oiro, por kilo.

3».—O gado podei á ser importadotambém de outra procedência extran-geira ou do Estado do Rio Grande doSul, nos termos da cláusula 2a., com-tanto que o total supprido annual-mente nunca produza menos de.....2.88000. kilogrammas de carne verde.

4a__o Intendente de Belém gaian-tira ao contratador até 14 talhos nomercado publico, para a venda dacarne, ficaudo ao mesmo contractadoro direito de estabelecer outros talhosfora do mercado para o mesmo fim enos termos contractados.

5a_A. Intendencia obriga-se a af-zer abater e beneficiar diariamente;no curro publico, pagas todas asdespezas pelo contractador, 26 rezes

diárias, podendo este numero se.taugmentado, ao juizo do Intendente.

ô\—O contractador também po-dera vender carne de gado lanigeroou suíno importado do Rio da Prata,sem prejuiso da venda de carne degado vaceum, a qne se obrigar peloconlracto.

j\—0 eontraeto terá a duraçãomáxima de 2 annos, a contar da datada chegada do primeiro vapor a esteporto.

S\—A. primeira viagem dos vapo-res deverá ser feita dentro de 90 dias,-contados da data da assignatura doeontraeto, devendo o primeiro vapordar entrada n'este porto dentro d'estepraso.

g\—0 contractador ficará obri-gado ás seguintes multas.0 _De 5:000$ e perda da subvençãopor viagem não effectuada.

—De 10:000$ por interrupção, atéóo dias, do abastecimento de gadocontractado, além da multa por faltade viagem já mencionada.

—De 1:000$ a 4:000$ quando, emcada viagem, não fornecer o gado deaccordo com o numero e pezo esta-belecido na tabeliã de que trata acláusula 2a. -

—De 20:0008 e rescisão do con-tracto, quando exceder de 60 dias ainterrupção do serviço contractado.

10'.—A subvenção, pelo eontraeto,será paga pelo thesoiro do Estado,medeante certificado do Intendentemunicipal.

O proponente a este eontraeto in-dicará outras vantagens, no inter-esse da população, assim como oquantum que exigir de subvenção,da qual sdrá descontada a '

gratifica-çáo que for estabelecida Jfó fiscal daexecução do mesmo eontraeto, queserá nomeado pelo Intendente.

Belém, 7 de dezembro de 1898.—/.Coelho, secretario.

j. Coelho, secretario,

MANCHADA

Page 4: COMMISSÃO EXECUTIV CARTAS DE ALHAR TERTÚLIAmemoria.bn.br/pdf/306223/per306223_1898_00325.pdf · j (jg env0]veu como gigautea mortalha, dando-lhes por sepultura os abysmos da niaresia

«I IV*HA- Sexta fels-a 3© de llezeaibro de 1S0S-X. 39*

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* KWS 8-F2E?5a'G_ ___ __P"__^I__ *tfi?* -W "ÍB" #*1 f l_ a A rTi hT ^_T Ir üi 1x111 VADOS

OS_._____-_. -_H ifn ^™

^mí-H _BB bb

(Succursal nos Estados tio extremo norte)Escriptorio, 49, boulevard da Republica

-HQ.HrilOftO iV o»__¦__¦_¦_¦—

¦ ¦ -

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Aão tem accionistas nem cn-orporadoi'--.

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A directoria da siiccwrsal tem pienos c HUmatados j>oeíere.s paraemittir apólice», pagar sinistros, etc, cie., enfim, resolver tudo oque fòr dc interesse da sociedade.

A succursal paga os sinistros £4 horas depois dc receber os do-cumentos legaes do segurado.

V succursal l>ascin-sc nos f$.000;000$„<--0 feitos de segurosaté esta data.

(Ea l£i™»*a c iinica sociedade de seguros mútuos sobre a vida no Brazil)Senador Antônio Lemos, intendente de Belém, presidente

¥W¥Ü W^MW&W ¥ M ° Franclsco B. da Silva Aguiar, presidente no Banco Norte do BrazilJU/_Li*tu__1u JL 'Ullllia Dr. Américo M. Santo Rosa, director da instrucção publica, medicoDr. Antônio L. Chermont, gerente.

lír. Cyriaco íiinjâoMédicos examinadores

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\l 102*» London & Brazilían BANK,limited) ¦ Frusse, Pussinellt & Comp.

Temlo esta labrica (iíisbiuIo por uma grande reforma, aiictorwa ü sou proprietário a declarar quee a primeira n'esle. gênero no listado.

Sem que tenha até hoje recebido a menor reclamação, as velas e qualquer obra maniifaçttiritdasn'p'sla fábrica são garantidas, empregáiulo-so nas obras tudo o esmero, aceio o nrpinplidnó, para oqiu*tem materiaes de primeira qiialitlildi!, importados direelainenle dos EaUulos-Unidos dn America, listados-Ünidos do Brazil e íinropa.

Sò se fabricam \-Sias e obras de cera pura e branca, sendo o trabalho garantido.Tem sempre á venda grande quantidade de obras feitas eom cera como sejam : cirios, bujri js, ve-

Ias doiradas c enfeitadas, navios para accender velas nas egrejas, tochas, pernas, braços, pós, cabeças,orelhas, olhos, «ledos, peitos, barrigas, coração, estômago, orvidos, men".ios, nieninas, bustos e qualquer parte do eorpo,(representando as cicatrizes ou chagas que a pessoa solírcu ou soflre. próprias parapagar promessas feiias á Virgem do Názaroth ou a qualquer'sanlo, pnra o seu restabelecimento.

Garántcso a boa embalagem e encaixotamento, arqüeiam-se ouengrndeiani-se as caixas caso o comprador exija, e pelo bom acondicionamento, é a melhor cera para a exportação econsumo.

Recebem-se velas velhas, sinas e quebradas dando-se cm troca notas, assim como compra-sc |qualquer.quantidade de cera pura trabelha e velrs sorvidas dos altares; tem constantemente em ¦deposito velas sortidas em caixas dc 4 a lü cm libras c de um só tamanho, separado eiú cada caixa e,da melhor qualidade que for exigida.

Pede-se aos consumidores que tenham grande cuidado com as imitações, pois ba velas feitas comingredientes que alem da muita afiança são prejudieiaes á saude, à vista, estragam os ornamentos, dasegrejas, as imagens, 03 oratórios e altares occasionamlo muitas vezes incêndios.

Acha-se á venda em grosso na fabrica e nos principaes armazéns de. estivas e a retalho, nasprimeiras mercearias c na fabrica. Dá-se execução com brevidade .1 qualquer obra do cera que de.se-larem; attende-so toda e qualquer reclamação; coiulucção gratuita na capilal pa.'a os compradores.As velas desta fabrica uão entortam nos castiçaes, não fazem quase fumaça e eonservani-se semprebrancas.

ftfu-to cuidado vnm as iiniáaçfte.*-;Previno aos meus comniitteníes que todas as caixas sabidas do meu

—— estabelecimento levam sobre a tampa, alem da minha lirma commer-ciai, a minha marca da fr brica e náo responsabiliso-me por aqn*;llas

"MER MONT, RR AG A «i C.

ESCRIPTORIO-49, boulevard da Republica, 49(Canto da travessa das Mercês)

Atfícüíííií a cjjBiá_«rj|Hcr pedido dc materiaes deCínisírneçã» e easeaE-í-ega-se de eüiBharear para oíSBÍericn' d» BSsíado áoda a (jisagiüdade pedida.PARA—BELÉM TELÉPHONON. 9}

que nao a tiverem._MS__--___-M

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Madeira, HJsl>oa, Tanger,ISareelona.. MarsciSsa, Nápoles e Gênova

Durante toda a viagem fornece-se aos srs. passageiros gelo, carne fresca,pão fresco, assim cimo os srs. passageiros de 3a classe têm direito a vinho nassuas refeições.

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~~ . '¦""*—*M- ¦¦¦i—ii».*-J*A---..J,i.i,-.-*tJrJH7«t..r,< _¦;¦-_-___¦_¦.-ij*. _W_Ti^«_u_ViT--_M«_fflPRESERVATIVA e IJJSV-LLIVELCuraçao rápida, certa, sem porigo, dos ESQU^NTAIMENTOtantigos ou recentes. Suppriine SANDALO e COPAIBA, produetosde cheiro nauseoso o revelador, e que demais ciiuçiViii o eslonricoCB. r_V»OT - C'<, r,harniaceuticc.s,iO_,*{?.ue KlcUolieu, Periu. f todas PiiâhmÀ*»».

Sabonete RifgerPheiiico-G i} cer i nado

APPKOVADO I»BLA l.\Sl>2S«f)T»RIA ÍÍÍ5 i-YGIEtVBli «to prodigioso sabonoto, vantajosamente ooiiheeltlo o apreciado o pólos sons reaesofloitos, coisitleratlo o molhor do mundo, faz tlosapparocoi' em poucos dias as nmiiciia„<lo imímio. esi.isiJisiM, imiuto8, wsíftia-s, cn-pá-, ciupiiigciiH, clarih.ò-c epjipvo-SCHtanca-, toriiaiuloa pollo agratlavolmonto fresca õ assotinada, dando-lhoospocial bolloza, 'Para o uanlm é o molhor ató hojo conhocido,pois torna a pollo lina o lisa, fazontlo-aespargir o mais suavo aroma, sendo também"soguro preservativo do todas as moléstias conta-

giosas o opidoraicas, om virtude da acçfto bòrialloa do ácido phenico quo entra em sua compo-siçfto, o qno tambóiu torna a pollo iinmiino ás picadas dos carapanas.K' empregado com enorme vantagom na lavagem das ereanças, ovitando onformidadoa

quo possam adquirir das amas ou do outras ereanças onfermas.Mais «le 20.000 attestados do abalisatlos clínicos o pessoas insuspoita*? afürraam asua efficacia.-D-cuzia. ±i_>$000Caixas de trez .... -*_=80OG"U"*1^- 1S500

1' falsificado todo o sabonoto quo nfto tiver estampado uma águia cavalgada por umamoça, e no rotulo oxtorno a flrraa do A. RU^er JNu_ie._, om lotras vermelhas.^ende-se «i varejo nas prineiiiacs Bojas «ic mod-is, per-riiniaria«, ItarSiearias, pliarsnacias o drogarias, eic, cie, etcPara eocneiÊ. com os agentesHUGHES êCABRAL

Travessa Pruotuoso G--u.ixxi.arai.es i_. 3

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A MAIS IMPORTANTE CAZA DO MUNDOManteiga garantida absolutamente isenta de Ácido Borico, Margarina,

Azeite e qualquer corpo gordo.GRANDE PRÊMIO Exposição Univeral de Pariz 1889.

O BYFiRH é unia bebida saborosa, eminentementetônica e aperltiva. E' feila com velhos vinhos tintos,e-òelléhtes, postos om centacto com a quina e comoutras substanòias amargas de primeira qualidade.Adquire dessas substancias um aroma agradável epreciosas propriedades cordlaes o febrifugas, e deve aosvinhos halurnds, quo são os únicos que podem servirpara a sua preparação a sua alia superioridade hyglenica.

Como tônico e àpòWtivo, o BYRRH toma-se puro,na dose de uni enlis tle Bortlébs.Misturado com ngua e do preferencia com água de

Seltz 0 uma bebida que ciesaltera sem debilitar.

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Vinho fortificante, digestivo, ionico, reconstituinte,de sabor excellente, mais efficaz para as pessoasdebilitadas do que os ferruginosos e quinas. Conservadopelo methodo Pasteur.

Receitado nas Moléstias do estômago, Chlorose,Anemia, Convalescencias; este Vinho é recommendado

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TYPO da GARRAFA n!Voí>,':>"»> m Pnra : CARVALHO LEITE & C". SS*5______HH_Mü3

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INSOMNIA

ás pessoas já idosas, ás jovens mulheres e ás crianças.EM TODAS AS BOAS PHAHMACIAS

COMPAGNIE du VIN de SAJMT-naPKA--, à VALENGE (Drômo, Franco).tF™^1**. BVi «-SI!**» KT»«.Wi D_ ACALPÀA AS DÕRHShlli-Cl» i n*n.e omonndo j«im iiuiioo».rVi\yfa 1 PARb «OUSAR QUALQUER IMITAÇÃO

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