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Comitê Gestor do Programa de Divulgação da Qualificação dos Prestadores de Serviço na Saúde Suplementar – COGEP 2 ª Reunião do GT de Indicadores Hospitalares 09/04/2012 GERPS/GGISE/DIDES/ANS

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Comitê Gestor do Programa de Divulgação da Qualificação dos Prestadores de Serviço na Saúde Suplementar – COGEP

2 ª Reunião do GT de Indicadores Hospitalares09/04/2012GERPS/GGISE/DIDES/ANS

Agenda

• Comparação dos Indicadores Propostos

ANS x ANAHP x MS x CMB x ENSP x ANVISA

Critérios de Escolha

• Fichas Técnicas dos Indicadores do QUALISS

• Debate

• Deliberações

Proposta de IndicadoresDomínios Indicadores Hospitalares

I Efetividade Taxa de densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso central (CVC)

Incidência de úlcera por pressãoII Eficiência Relação enfermeiro/ leito de terapia intensiva

Relação enfermagem/ leito de terapia intensivaIII Equidade Acessibilidade arquitetônica à pessoa com deficiência

Medidas para garantir nos atendimentos a prioridade aos indivíduos vulneráveis (pessoas com deficiência, idosos, gestantes, lactantes), excluindo urgência/emergência

IV Acesso Acolhimento com classificação de risco no Pronto Atendimento/Pronto Socorro

Tempo mediano de permanência dos pacientes no Pronto Atendimento/Pronto Socorro

V Centralidade no paciente

Monitoramento das reclamações e sugestões dos pacientes e seus familiares

Pesquisa de satisfação de pacientes, com execução de plano de ação para a melhoria do atendimento, com base nos resultados da pesquisa

VI Segurança Sistema de registro de atendimentos no Pronto Atendimento/Pronto Socorro

Implantação de checklist com base nas diretrizes da Organização Mundial da Saúde – OMS, para a garantia de execução consistente pelas equipes cirúrgicas de medidas de segurança críticas

Indicadores – Domínio Efetividade/Segurança

Indicador ANS ANAHP MS CMB/SES-RJ ENSP ANVISATaxa de densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso central (CVC)

X X X — X X

Taxa de utilização de cateter venoso central (CVC) — X — — — XTaxa de infecção de sítio cirúrgico — — X X — XTaxa de densidade de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV)

— — — X — X

Taxa de densidade de incidência de infecção do trato urinário (ITU) associado a cateter vesical de demora

— — — X — X

Taxa de densidade de incidência de infecção hospitalar nas Unidades de Terapia Intensiva

— X — — — —

Incidência de úlcera por pressão X X — — X —Implantação de diretrizes e protocolos clínicos X — X X X —

Indicadores – Domínio Efetividade

Indicador ANS ANAHP MS CMB/SES-RJ ENSP ANVISATaxa de mortalidade institucional — X X X — XTaxa de mortalidade cirúrgica — X X — — XTaxa de mortalidade neonatal por faixa de peso do RN — X — — — XTaxa de mortalidade materna — — X X — XTaxa de partos cesáreosANS: Programa de Qualificação da Saúde Suplementar - Componente Operadoras

X — X X — X

Indicadores – Domínio EficiênciaIndicador ANS ANAHP MS CMB/SES-RJ ENSP ANVISATaxa de ocupação hospitalar — — X — X XTaxa de ocupação operacional (geral, maternidade, UTI adulto e pediátrica)

— X — — — —

Giro de leitos(Índice de renovação ou giro de rotatividade)

— — X — — —

Proporção de leitos de UTI adulto — — X — — —Taxa de ocupação das salas cirúrgicas — — — — X —Média de permanênciaANAHP: geral, maternidade, UTI adulto e pediátrica

— X X — — X

Média de permanência para patologias específicasANAHP: infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral isquêmico e insuficiência cardíaca congestivaMS: fratura de femur >60 anos

— X X — — —

Indicadores – Domínio Eficiência/Segurança

Indicador ANS ANAHP MS CMB/SES-RJ ENSP ANVISARelação enfermeiro/leitoANAHP e MS: geralANS: UTI's

X X X — — X

Relação enfermagem/leitoANAHP e MS: geralANS: UTI's

X X X — — X

Indicadores – Domínio Equidade

Indicador ANS ANAHP MS CMB/SES-RJ ENSP ANVISAAcessibilidade à pessoa com deficiênciaANAHP: portadores de necessidades especiaisANS: acessibilidade arquitetônica

X X — — — X

Medidas para garantir nos atendimentos a prioridade aos indivíduos vulneráveis (pessoas com deficiência, idosos, gestantes, lactantes), excluindo urgência/emergência

X — — — — —

Acesso a cuidados paliativos — X — — — —

Indicadores – Domínio Acesso

Indicador ANS ANAHP MS CMB/SES-RJ ENSP ANVISAAcolhimento com classificação de risco no Pronto Atendimento/Pronto Socorro

X X — X X —

Tempo de permanência/ espera dos pacientes na UrgênciaANAHP: Tempo de esperaANS e ENSP: Mediana de permanênciaMS: Média de permanência

X X X — X —

Taxa de ocupação dos leitos de observação na Urgência/Emergência

— — — X — —

Atendimento a urgências/emergências psiquiátricas

— — X — — —

Avaliação médica do paciente internado realizada nas primeiras 24h

— — — — X —

Indicadores – Domínio Centralidade no Paciente

Indicador ANS ANAHP MS CMB/SES-RJ ENSP ANVISASatisfação do cliente/ paciente/ usuárioANAHP: clienteANS: pacienteMS, CMB/SES-RJ: usuário

X X X X X —

Monitoramento/ avaliação de queixas, reclamações e sugestões X X — X X —

Adequação de prontuário do pacienteMS: GeralCMB/SES-RJ: Urgência/Emergência

— — X X — X

Uso do termo de consentimento informado — — — — X XPresença de Resumo de Alta

Indicadores – Domínio Segurança

Indicador ANS ANAHP MS CMB/SES-RJ ENSP ANVISAConformidade com os padrões de cirurgia segura X X — — X XNotificação de eventos adversos X X — — — XSistema de registro de atendimentos no Pronto Atendimento/Pronto Socorro

X — — — — —

Presença de farmacêutico clínico — X — — — X

Indicadores de maior consenso (ANS, ANAHP, MS, CMB/SES-RJ, ENSP) - Efetividade, Eficiência e Acesso

Indicador DomínioImplantação de diretrizes e protocolos clínicos EfetividadeTaxa de mortalidade institucional EfetividadeTaxa de partos cesáreos EfetividadeRelação enfermeiro/leito EficiênciaRelação enfermagem/leito EficiênciaAcolhimento com classificação de risco no Pronto Atendimento/Pronto Socorro

Acesso

Tempo de permanência/ espera dos pacientes na Urgência

Acesso

Indicadores de maior consenso (ANS, ANAHP, MS, CMB/SES-RJ, ENSP) - Centralidade no Paciente e Segurança

Indicador DomínioSatisfação do cliente/ paciente/ usuário Centralidade

no Paciente

Monitoramento/ avaliação de queixas, reclamações e sugestões

Centralidade no Paciente

Taxa de densidade de incidência de infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso central (CVC)

Segurança

Incidência de úlcera por pressão SegurançaLista de verificação de segurança cirúrgica Segurança

Critérios de Escolha

Seleção dos Indicadores

• Critérios:

2 Indicadores Essenciais por Domínio do QUALISS

Indicadores Recomendáveis Sem Restrições na Quantidade

Evitar indicadores de resultado (necessidade de ajuste de risco)

Priorizar os indicadores existentes, principalmente, os obrigatórios por normas sanitárias

Fontes de dados : tanto dados administrativos, quanto busca ativa (dados de prontuário)

Ficha Técnica (I - IV) FICHA TÉCNICA

I - Nome do Indicador

Taxa de densidade de incidência de infecçãode corrente sanguínea associada a catetervenoso central (CVC), com confirmaçãomicrobiológica

II - Sigla do Indicador

IPCSL

III -Conceituação

Taxa de densidade de incidência de infecçãoprimária de corrente sanguínea laboratorial(com confirmação microbiológica) – IPCSL, empacientes em uso de cateter venoso central(CVC) internados em diferentes tipos de UTI(de adultos, pediátrica ou neonatal).

IV - Domínio do Indicador

Efetividade

V - Relevância do Indicador A qualidade da assistência a pacientes em uso de CVC está diretamente relacionada ao risco de infecção.

Assim sendo, a taxa de densidade de IPCSL associada a CVC se mostrou um indicador de resultado no domínio das infecções hospitalares útil para divulgação pública.

Embora as IPCSL sejam menos frequentes que outras infecções hospitalares, como as infecções do trato urinário, sítio cirúrgico e pneumonias, elas estão associadas a morbidade e mortalidade substanciais e a altos custos para os sistemas de saúde.

Ao mesmo tempo, as estratégias de prevenção das IPCSL são muito bem estabelecidas, e, portanto, o monitoramento da taxa de densidade de IPCSL permite avaliar a aderência dos profissionais de saúde às práticas corretas de inserção, manipulação e cuidados diários de CVC.

Ficha Técnica (VI - VII)VI - Estágio do Ciclo de Vida do Indicador

E.1

VII - Método de Cálculo (com fórmula e unidade)

Número de CVCs-dia no período

X 1000

Número de casos novos de IPCSL no período

Ficha Técnica (VIII)VIII - Definição de Termos utilizados no Indicador:

a) Numerador

b) Denominador

a) Numerador – Somatório do número de infecçõesprimárias de corrente sanguínea laboratorial (comconfirmação microbiológica) – IPCSL, detectadas nasunidades de terapia intensiva sob vigilância no período.O número de IPCSL deve ser obtido pela busca ativa deinfecções com confirmação microbiológica. A definiçãode IPCSL é apresentada no Anexo I.b) Denominador – Número de cateteres venososcentrais-dia nas unidades de terapia intensiva sobvigilância no período.A coleta de dados para cálculo do denominador deve ser realizada diariamente, em horário pré-definido pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) da unidade.Deve-se somar os pacientes em uso de CVC, a cada dia, nas unidades de terapia intensiva sob vigilância, no horário pré-definido para a contagem desses dispositivos.Cada paciente deve ser contato apenas uma vez a cada dia, independente do número de cateteres venosos centrais que o paciente esteja em uso.

Ficha Técnica (IX – XII)IX - Interpretação do Indicador

Quanto maior a taxa, maior o número de IPCSL que estão acometendo os pacientes que utilizam CVC.

X - Periodicidade de Compilação e Apuração dos Dados

Ao final de cada mês ou de três meses para um total de leitos de UTI ≤ 5, deve ser realizado o somatório do número de IPCSL (numerador) e a soma das contagens diárias do número de pacientes em uso de CVC (denominador), como no exemplo do Anexo II.

XI - Público-Alvo Adultos, crianças e neonatos internados em unidades de terapia intensiva.

XII - Usos Identificar hospitais com alta taxa de densidade de IPCSLassociada a CVC para a tomada de ações de investigação dascausas do resultado obtido, com vistas à melhoria daqualidade da assistência a pacientes em uso de CVC.

Avaliar indiretamente a qualidade da assistência prestada aos pacientes em uso de CVC, em especial a aderência dos profissionais de saúde às práticas corretas de inserção, manipulação e cuidados diários de CVC, elementos que têm impacto sobre a aquisição das IPCSL.

XIII - Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações

Os hospitais da Rede Nacional de Segurança do Cuidado à Saúde dos EUA relataram,para o período de 2006 – 2008, taxas de densidade de ICPSL associada a CVC emunidades de terapia intensiva de 1,5 em UTI (clínica/cirúrgica) de adultos, 2,1 em UTI(clínica/cirúrgica) de adultos em grandes hospitais de ensino, 3,0 em UTI(clínica/cirúrgica) pediátrica, 3,6 em unidades de trauma e 5,5 em unidades dequeimados por 1.000 CVCs-dia.São consideradas, naquele cenário, altas taxas de densidade de ICPSL associada a CVCvalores acima do percentil 90% - 3,7 em UTI (clínica/cirúrgica) de adultos, 4,6 em UTI(clínica/cirúrgica) de adultos em grandes hospitais de ensino, 5,8 em UTI(clínica/cirúrgica) pediátrica, 9,3 em unidades de trauma e 11,8 em unidades dequeimados por 1.000 CVCs-dia.Estudo realizado no Hospital de Clínicas de Porto Alegre encontrou uma taxa dedensidade de incidência de 8 infecções por 1.000 CVCs-dia para pacientes adultosinternados em enfermarias clínicas e cirúrgicas e unidades de terapia intensiva, noperíodo de maio de 2000 a dezembro de 2001.Projeto piloto conduzido no Estado de São Paulo revelou uma taxa média de densidade deincidência de 3 infecções por 1.000 CVCs-dia (percentil 90% = 11,9) para pacientesadultos internados em UTI, no período de outubro de 2003 a julho de 2005.Meta nacional: redução de 30% da incidência de IPCSL associada a CVC,ao final de 3 (três) anos, em comparação com os dados dos três (3)primeiros meses de vigilância.

Ficha Técnica (XIV – XVI)XIV - Fontes dos Dados

Notificações mensais ao Sistema Nacional de Vigilância deInfecções Relacionadas à Assistência à Saúde,disponibilizado pela Anvisa.

XV - Ações Esperadas para Causar Impacto no Indicador

Investigação das causas de alta taxa de densidade deinfecções pela CCIH da unidade hospitalar, para a tomadade ações com vistas à melhoria da qualidade da assistênciaa pacientes em uso de CVC.

Ações educativas e de incentivo à aderência dosprofissionais de saúde às práticas corretas de inserção,manipulação e cuidados diários de CVC.

XVI - Limitações e Vieses

Alta taxa de densidade de infecções (> percentil 90%) nãonecessariamente significa má qualidade da assistênciamédico-hospitalar, mas reforça a necessidade deinvestigações adicionais da situação pela CCIH da unidadehospitalar.

Por outro lado, baixa taxa de densidade de infecções (<percentil 10%) pode refletir uma busca ativa por infecçõeshospitalares inadequada.

XVII - Referências

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. InstruçãoNormativa nº 4, de 24 de fevereiro de 2010.

ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Indicadoresnacionais de infecções relacionadas à assistência à saúde.Setembro de 2010. Acesso em: 23fev2012. Disponível em:http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/1ff4120047457e9b8a6ede3fbc4c6735/INDICADORES+NACIONAIS+DE+INFEC%C3%87%C3%83O+-+Setembro+2010+-+NOVO.pdf?MOD=AJPERES

Vilela R, Dantas SR, Trabasso P. Equipe interdisciplinar reduz a infecção sanguínea relacionada ao cateter venoso central em uma UTI pediátrica. Rev. Paul. Pediatria 28:292-298, 2010.

Deliberações

• Enviar material desta reunião e arquivo em excel

• Próxima Reunião:15 de maio, as 10h , discutir as Fichas Técnicas

CQUALISS/GERPS/GGISE/DIDES

[email protected]