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Rua Ângelo Galli, 66 Centro Piraquara/PR CEP: 83.301-015 Fone: (41) 3590-3713 Fax: 3590-3719 email: [email protected] COMISSÃO PERMANENTE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE COMISSÃO PERMANENTE DE ORÇAMENTO, FINANÇAS E RECURSOS HUMANOS Análise do Contrato de Urgência/Emergência com a Clínica Médica Cirúrgica de Piraquara RELATÓRIO As Comissões Permanentes de Vigilância em Saúde e de Orçamento, Finanças e Recursos Humanos, em RELATÓRIO CONJUNTO, através dos Relatores, Conselheiros Emerson Fabiano Gomes da Silva e Eleciana Pereira, apresentam o seguinte Relatório da Análise do Contrato de Urgência/Emergência com a Clínica Médica Cirúrgica de Piraquara. A primeira decisão da Comissão foi fazer diligência ao Hospital Piraquara e ao local onde se pretende instalar o serviço de urgência e emergência, com o propósito de avaliar as condições de atendimento dos locais referidos para dar atendimento a Urgência/Emergência. Eis o relatório da visita: Em 19/05/2014 as Comissões realizaram as visitas técnicas, com a presença das seguintes pessoas: João Geraldo da Silva, Emerson Fabiano Gomes da Silva, Ethelly Feitosa Rodrigues dos Santos, Maria Helena Serafim Parucker, Eládio Benedet Cechinel, Eleciana Pereira, Silvania Proença, Elio Moreira Santos, Edson Aparecido Alencar, Julio Cesar Camargo da Cruz (enfermeiro da UBS Takami Tano) e Albari Coordenador do Conselho Local de Saúde. No Centro Médico e Cirúrgico de Piraquara a comissão foi recebida pelo Diretor do Hospital Dr. Rached Saliba Smaka, Secretária Geral Glaci Michel Favoretto, a Chefe da Enfermagem Ethelly Feitosa Rodrigues dos Santos, onde foi relatado sobre os valores que são repassados pela Secretaria Municipal de Saúde referente ao pagamento do Pronto Atendimento, num total de aproximadamente R$ 90.000,00 (noventa mil reais), valor este, considerado fixo, além das consultas que gira em torno de 35.000,00 (trinta e cinco mil reais). Mencionou também que o Estado contrata o serviço de média e alta complexidade num repasse de em torno de R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais). No entanto, ressalta que estes repasses são insuficientes para manter o funcionamento do Hospital e na possibilidade de romper o convênio com a Secretaria Municipal de Saúde, se agrava consideravelmente a situação financeira do Hospital. Quanto as reformas mencionada pela Comissão que se faz necessário para um atendimento de um pouco mais de qualidade, o Dr. Rached Smaka, explica que: fazer as reformas e reparos exigidos pela Secretaria Municipal de Saúde tem sido difícil em virtude do valor hoje pago e que o contrato tem sido apenas aditivado por poucos meses e não renovado o que inviabiliza qualquer investimento”. Afirma ainda que os valores necessários para um atendimento com melhor qualidade e para se fazer investimentos na estrutura deve ser algo em torno de R$ 250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil reais). O Dr. Samir Smaka Ivanoski, se uni a reunião, onde na oportunidade expressa sua opinião a respeito da necessidade da renovação do contrato não somente em virtude da quastão

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Page 1: COMISSÃO PERMANENTE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE … · COMISSÃO PERMANENTE DE ORÇAMENTO, FINANÇAS E RECURSOS HUMANOS ... onde se pretende instalar o serviço de urgência e emergência,

Rua Ângelo Galli, 66 – Centro – Piraquara/PR – CEP: 83.301-015 Fone: (41) 3590-3713 – Fax: 3590-3719 – email: [email protected]

COMISSÃO PERMANENTE DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

COMISSÃO PERMANENTE DE ORÇAMENTO, FINANÇAS E RECURSOS HUMANOS

Análise do Contrato de Urgência/Emergência com a

Clínica Médica Cirúrgica de Piraquara RELATÓRIO

As Comissões Permanentes de Vigilância em Saúde e de Orçamento, Finanças e Recursos Humanos, em RELATÓRIO CONJUNTO, através dos Relatores, Conselheiros Emerson Fabiano Gomes da Silva e Eleciana Pereira, apresentam o seguinte Relatório da Análise do Contrato de Urgência/Emergência com a Clínica Médica Cirúrgica de Piraquara.

A primeira decisão da Comissão foi fazer diligência ao Hospital Piraquara e ao local onde se pretende instalar o serviço de urgência e emergência, com o propósito de avaliar as condições de atendimento dos locais referidos para dar atendimento a Urgência/Emergência.

Eis o relatório da visita: Em 19/05/2014 as Comissões realizaram as visitas técnicas, com a presença das

seguintes pessoas: João Geraldo da Silva, Emerson Fabiano Gomes da Silva, Ethelly Feitosa Rodrigues dos Santos, Maria Helena Serafim Parucker, Eládio Benedet Cechinel, Eleciana Pereira, Silvania Proença, Elio Moreira Santos, Edson Aparecido Alencar, Julio Cesar Camargo da Cruz (enfermeiro da UBS Takami Tano) e Albari Coordenador do Conselho Local de Saúde.

No Centro Médico e Cirúrgico de Piraquara a comissão foi recebida pelo Diretor do Hospital Dr. Rached Saliba Smaka, Secretária Geral Glaci Michel Favoretto, a Chefe da Enfermagem Ethelly Feitosa Rodrigues dos Santos, onde foi relatado sobre os valores que são repassados pela Secretaria Municipal de Saúde referente ao pagamento do Pronto Atendimento, num total de aproximadamente R$ 90.000,00 (noventa mil reais), valor este, considerado fixo, além das consultas que gira em torno de 35.000,00 (trinta e cinco mil reais). Mencionou também que o Estado contrata o serviço de média e alta complexidade num repasse de em torno de R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais). No entanto, ressalta que estes repasses são insuficientes para manter o funcionamento do Hospital e na possibilidade de romper o convênio com a Secretaria Municipal de Saúde, se agrava consideravelmente a situação financeira do Hospital.

Quanto as reformas mencionada pela Comissão que se faz necessário para um atendimento de um pouco mais de qualidade, o Dr. Rached Smaka, explica que: “fazer as reformas e reparos exigidos pela Secretaria Municipal de Saúde tem sido difícil em virtude do valor hoje pago e que o contrato tem sido apenas aditivado por poucos meses e não renovado o que inviabiliza qualquer investimento”. Afirma ainda que os valores necessários para um atendimento com melhor qualidade e para se fazer investimentos na estrutura deve ser algo em torno de R$ 250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil reais). O Dr. Samir Smaka Ivanoski, se uni a reunião, onde na oportunidade expressa sua opinião a respeito da necessidade da renovação do contrato não somente em virtude da quastão

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Rua Ângelo Galli, 66 – Centro – Piraquara/PR – CEP: 83.301-015 Fone: (41) 3590-3713 – Fax: 3590-3719 – email: [email protected]

financeira do Hospital, mas pelo atendimento que este faz, que em sua visão, tem sido dentro das razoabilidade. O mesmo ratificou a fala do Dr. Rached Smaka, e fez uma sugestão que na iminência de cancelar o contrato com o Hospital que a Secretaria Municipal de Saúde faça um convênio de subsidio com o hospital para internamento. Foi questionado sobre o valor do aluguel do espaço destinado ao CESP, o qual afirmou que o valor pago pelo aluguel é de R$ 8.800,00 (oito mil, oitocentos reais) e sugere, inclusive, que o município alugue toda a parte desativada do Hospital para implantar uma UPA.

Após a conversa com o Diretor do Hospital a enfermeira e também Conselheira Ethelly Feitosa Rodrigues Santos acompanhou a Comissão à uma visitação nas dependências do Hospital, principalmente nas áreas desativadas e no Pronto Atendimento. Observamos que há apenas uma ala funcionando com total de 50 leitos disponíveis. Mostrou que as janelas não são adequadas para internamento de pacientes psiquiátricos e por isso a restrição de internamentos destes pacientes. Se o Hospital estivesse em pleno funcionamento teria a capacidade de ofertar cerca de 150 leitos, ou seja, 1000 pacientes/mês.

No Pronto Atendimento do Hospital, a Comissão observa que o corredor do mesmo é pouco iluminado, existem bancos de madeira nas laterais, o banheiro dos usuários está em condições de uso e higienizados, porém com instalações antigas. Também encontramos um rolo de papel higiênico semelhante ao que estava no banheiro, jogado na calçada em frente ao hospital e próximo da janela do banheiro, que pode ter sido lançado por um usuário do serviço. Observa-se também que há vários pontos de infiltração nas paredes.

A sala de espera do P.A. com bancos enfileirados e capacidade para umas 30 pessoas. A ventilação da sala e iluminação razoáveis. O acesso do corredor para essa sala é amplo. A porta de acesso para os consultórios é um pouco menor e sanfonada de PVC. O consultório é uma sala com uma divisória em madeira para fazer dois ambientes. Um deles não tem acesso à janela, com pouca luminosidade. Ficam de plantão durante o dia dois médicos, mas no momento da visita só estava em atendimento um médico e em torno de 15 (quinze) pessoas aguardando atendimento. O outro médico, conforme contrato vigente que tem que ter dois plantonistas, segundo informação, estava dentro do Hospital. Anexo aos consultórios tem duas salas de procedimentos. Numa delas tinha o carrinho de emergência com o desfibrilador e ambu, bem como medicações necessárias para atender uma parada cardio-respiratória.

Fomos atendidos pela médica de plantão e filha do Diretor do Hospital, Drª Marcia Smaka. A mesma nos mostrou as dependências e também falou das dificuldades apresentadas para os atendimentos, principalmente pela interrupção do convênio para eletrocardiograma. Hoje os exames são realizados nas Unidades de Saúde. Em função disso, afirma a Dra. Marcia que nos casos de dor precordial e anginosa não é possível avaliar a eminência de um infarto cardíaco. Afirma ainda, que em média são 2 a 3 pacientes necessitam de eletrocardiograma por dia.

Reclamou também da segurança dos profissionais do P.A. e que conversou sobre isso com a Secretaria Municipal de Saúde, mas que apenas lhe disseram que isso é problema do Hospital. Informou que a Secretaria de Saúde encerrou o convenio também de exame de endoscopia, depois de um investimento em equipamentos. Foi questionado sobre as condições de uso dos equipamentos, que segundo informações, são obsoletos, Drª Márcia informou que são de bom estado e que além disso o Dr. Rudinei trazia seus dois aparelhos para auxiliar. Assim enquanto um era utilizado o outro ficava em esterilização em acido periacetico. A endoscopia encerrou-se já em junho de 2013.

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Fomos até a sala onde era realizado esse procedimento, mas os equipamentos não estavam lá, pois a mesma virou um depósito.

O setor de radiografia do Hospital só funciona no período da manhã. No período da tarde é para entrega de exames e marcação dos exames. Os equipamentos são bem antigos. A sala de eletrocardiograma continua instalada no local. O aparelho apresentado é também bem antigo.

Encerrando-se assim a visita. Ato contínuo. A Comissão esteve nas instalações anexa à Unidade de Saúde

Osmar Pamplona, onde seria o SAMU, mas que está sendo readequado para funcionar uma Unidade de Pronto Atendimento. Fomos recepcionados no local pela Enfermeira Suzane Sanchez e o Diretor de Saúde Marcelo Marçal Morini. Nos apresentam a sala onde será a recepção com acomodação para cerca de 15 pessoas. Anexo a esta sala vem dois consultórios médicos, que serão equipadas com maca, escrivaninha e cadeiras. O espaço é considerado adequado para um consultório. Uma sala pequena, estreita e comprida onde será o posto de enfermagem que dá acesso a outra sala mais ampla, que será equipada com cadeiras/poltronas reclináveis para pacientes durante a administração dos medicamentos. Previsto cinco cadeiras/poltronas nessa sala. Três salas que servirão para acomodar leitos para a permanência de pacientes em observação de no máximo 72 horas. Serão no total 4 leitos disponíveis, sendo dois individuais e dois em uma mesma sala. Uma sala de procedimentos para pequenas cirurgias e suturas e gesso. Não será realizado radiografia no local. Os casos de trauma com suspeita de fraturas serão removidos para outro local. Foi-nos informado que se verificará a possibilidade de convênio com a COTRAUMA. Quando questionado sobre o Hospital de referência, foi informado pela enfermeira Suzane Sanchez que estão tentando acordo com a Prefeitura de Pinhais para internamento. O Sr. Marcelo Morini justifica que o internamento é de média e alta complexidade e envolve o Estado via central de leitos.

A Secretaria forneceu documento contendo uma previsão dos recursos necessários para o funcionamento do Pronto Atendimento. Dos recursos humanos estimados um custo de R$ 114.755,00 (cento e quatorze mil, setecentos e cinqüenta e cinco reais). Equipamentos e insumos não consta na previsão. A Comissão de ante mão questionou a tabela apresentada pelo número insuficiente de funcionários para um Ponto Atendimento e também pela falta de inclusão de insumos, entre outros. É o relatório.

Sala da Comissão, em 19 de maio de 2014.

Emerson Fabiano Gomes da Silva Conselheiro Relator

Comissão Permanente de Vigilância em Saúde

Eleciana Pereira Conselheira Relatora

Comissão Permanente de Orçamento, Finanças e Recursos Humanos