comida dos orixás - por qualidades

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comida sagrada dos orixas

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COMIDAS DOS ORIXS ALGUMAS QUALIDADES

Bar ElegbaMilho torrado, amendoim torrado, feijo preto torrado, miami gordo, 07 bifes com ep, pimenta verde e pimenta da costa, 07 cachimbos de taquara recheados com pimenta.

Bar LodMilho torrado, pipoca, 07 batatas inglesas assadas, 07 opets de batatas inglesas cozidas sem casca.

Bar Lan e AdagueMilho torrado, pipoca, 07 batatas inglesas assadas.

Bar AgelMilho torrado claro com mel, pipoca, 07 batatas inglesas assadas, milho cozido (axox), 07 tiras de cco.

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Ogum AvagChurrasco de costela de rs frito no ep, miami gordo, 3,5 ou 7 pedaos de laranja.

Ogum Onira, Olobed, AdiolChurrasco de costela de rs frito no ep, miami gordo.

=================================================Ians/Oy Timbo, DirPipoca, 07 rodelas de batatas doce fritas no ep, 1 batata doce assada, feijo mido cozido e refogado com azeite comum e tempero verde.

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Xang Aganj IbejiAmal - Piro com um pouco de farinha de milho grossa junto com carne de peito com osso frita no azeite comum, mostarda cozida s no bafo da panela da carne, depois que a mesma estiver frita, colocar 06 bananas da terra ou catarina, 01 ma vermelha partida em 04 partes e 06 doces de massa.

Xang Aganj e AgodAmal - Piro com um pouco de farinha de milho grossa junto com carne de peito com osso frita no azeite comum, mostarda cozida s no bafo da panela da carne, depois que a mesma estiver frita, colocar 06 bananas da terra ou catarina, 01 ma vermelha partida em 06 partes.=================================================

OdCostela de porco frita no azeite comum, miami doce.

OtimCostela de porco frita no azeite comum, miami doce, 08 ou 13 fatias de batata inglesa fritas no azeite comum.

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ObCanjica amarela cozida, feijo mido cozido. Refogar a canjica e o feijo mido com ep e salsa.

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OssainUm opet de batata inglesa cozida sem casca, miami gordo, 03,07 ou 11 folhas de alface que servir de forro, 07 ou 11 rodelas de ovo cozido, 07 ou 11 pedaos de linguia de porco, cgado feito de batata inglesa cozida sem casca e amassada.

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Xapan Jubete, Beluj, SapatMilho bem torrado, feijo preto bem torrado, amendoim bem torrado e pipoca.

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Oxum Epand e IbejiCanjica amarela cozida e refogada com mel, 08 doces de massa, 01 ma verde partida em 04 pedaos, 03 ou 06 bananas da terra ou catarina.

Oxum EpandCanjica amarela cozida.

Oxum AdemumCouve manteiga partida fina, refogada com farinha de milho, gema de ovo cozido esmagado e misturado com a couve.

Oxum OlobCanjica amarela cozida e refogada com mel.

Oxum AdocCanjica amarela e canjica branca cozida misturada.

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Iemanj Boc, BomCanjica branca cozida refogada com salsa.

Iemanj Nan BorocumCanjica branca refogada com tempero verde e um pouquinho de sal.

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Oxal Obocum, Olocum, Dacum, JobocumCanjica branca cozida.

Oxal UrumiliaCanjica branca cozida, 04 ovos partidos cada um em dois pedaos ao comprido.

As Comidas do Santo

VARIEDADES

EX - Farofa - Dend e Pinga. OGUN - Feijo Preto com Cebola ( macund ). OXOSSI - Milho com Mel e Coco. OSSAIN - Feijo Preto com Mel e Coco. OBALUAI - Pipocas. XANG - Quiabo ( Ajob ). OXUMAR - Batata Doce ou Amendoim Cozido com Casca e Mel. OXUN - Ovos Cozidos, Camares, Milho e Coco. IANS - Acarajs. NAN - Folha de Mostarda com Arroz. OB - Divide com Xang o Quiabo ( Amal ). EW - Frutas. IROCO - Verduras e Cebola. IEMANJ - Arroz com Mel e Manjar Branco. OXAL - Arroz Branco - Inhame Pilado e Cozido.

COMIDA PARA EXU

Material Necessrio:FarinhaAzeite-de-DendMel de AbelhaMilho BrancoFigado, Corao e Bofe de BoiCebolaCamaro Seco SocadoUm Ober

Maneira de Preparar:

Mi-Ami-Mi : a farofa amarela ( farinha misturada com Azeite-de-Dend ).

Pad Branco : a farofa de Mel ( farinha de mandioca misturada com mel de Abelha ).

Aca Branco: O aca feito de milho branco de canjica, modo e enrolado na folha da bananeira depois de cozido.

Eram: Figado, corao e bofe de boi, cortados em pedaos mudos, misturados com Azeite-de-Dend, camaro seco socado e cebolas cortadas em rodelas, num ober.

COMIDA PARA OGUN

Material Necessrio:InhameAzeite-de-DendMel de Abelha

Maneira de Fazer:

Frita-se o inhame na brasa. Depois disso, descansa-se e tempera-se no Azeite-de-Dend e o mel de abelhas.

ERAN - O Eran de Ogn feito com midos de boi, cortados bem pequenos e cozidos no Azeite-de-Dend. Depois, eles so passados num refogado de cebola ralada e esto prontos.

EFUN - Farofa de mel - mistura-se a farinha de mandioca com mel de abelhas e pronto. Pode-se colocar num Ober, nos ps de Ogun, ou nas estradas, pedindo a Ogun que adoce os seus caminhos e suas estradas.

COMIDA PARA OD ou OSHSSI

Material Necessrio: Milho Vermelho, Cco, 1 Ober

Maneira de Fazer:

Axoxn - a comida mais comum de Oshssi - cozinha-se o milho vermelho somente em gua, depois deixa-se esfriar, coloca-se num Ober e enfeita-se por cima com fatias de cco.

COMIDA DE OMOLU E OBALUAYI

Doburu

Material Necessrio:Milho Alho ( para pipoca ) ou milho vermelho Areia da praia

Maneira de Fazer:

Numa panela quente com areia da praia, estourar o milho e est pronto o doburu.

OUTRAS COMIDAS

Material Necessrio:Feijo Preto Cebola K de Camaro Seco Azeite-de-dende

Maneira de Fazer:

Cozinha-se o feijo preto, s em gua, e depois refoga-se cebola ralada, camaro seco e Azeite-de-Dend.

COMIDA PARA OSANYIN

Material Necessrio:Batata-doce Cebola Azeite-de-Dend 1 Ober

Maneira de Fazer:

Cozinha-se a batata-doce s em gua. Depois, descana-se e amassa-se feito pur. Ai, mistura-se num refogado de cebola ralada com Azeite-de-Dend, e coloca-se tudo num ober.

COMIDA PARA OSHUMAR

Material Necessrio:Feijo Fradinho Milho Vermelho Cebola Azeite-de-Dend

Maneira de Fazer:

Cozinha-se o feijo fradinho em gua. Separado, cozinha-se o milho vermelho tambm em gua. Depois, juntar o feijo e o milho, num refogado de cebola ralada com Azeite-de-Dend.

Nota: Oshumar e Ew comem juntos. Oshumar a cobra macho e Ew a cobra, chamados no Jej de Dan-Bessn ou Azaund.

Material Necessrio: Milho Vermelho Feijo Fradinho Azeite-de-Dend Camaro Seco 1 Ober 1 Inhame ( grande ) Ovos Cozidos 1 Cco 1 Litro de Mel

Maneira de Fazer:

Cozinha-se o milho s em gua. Separado, cozinha-se o feijo fradinho, tambm s em gua. Refoga-se o feijo com Azeite-de-Dend, cebola ralada e camaro seco socado. Coloca-se o feijo em metade de um ober e, na outra metade o milho vermelho. Frita-se um inhame e coloca-se por cima em fatias, em volta, enfeita-se um ovos cozidos em rodelas, fatias de cco e coloca-se bastante mel de abelha por cima.

COMIDA PARA OXUN

OMOLOKUN

Material Necessrio: Feijo Fradinho Cebola Camaro Seco Socado Azeite-de-Dend 08 Ovos Cozidos

Maneira de Fazer:

Cozinha-se o feijo fradinho s em gua. Em seguida, tempera-se num refogado de cebola ralada com camaro seco socado de dend. Coloca-se em uma tigela e enfeita-se por cima com 8 ovos, descascados.

COMIDA PARA YEMANJ

EJ

Material Necessrio: Peixe de Qualidade Vermelho Azeite Doce Camaro Seco Socado Cebola Ralada

Maneira de Fazer:

Cozinha-se o peixe em refogado de azeite Doce com camaro seco socado e cebola.

DIB

Material Necessrio:Canjica Cozida Azeite Doce Camaro Seco Socado Cebola Ralada

Maneira de Fazer:

Cozinha-se a canjica, tempera-se com azeite doce, camaro seco socado e cebola ralada.

COMIDA PARA YASN

ACARAJ

Material Necessrio:Feijo Fradinho Camaro Seco Socado Cebola Azeite-de-Dend

Maneira de Fazer:

Coloca-se o feijo fradinho de molho em gua, para descans-lo cru. Depois, moesse o feijo e mistura-se com a cebola ralada, camaro seco socado e deixa-se a massa descansar, coberta por um pano ou uma pedra de carvo no meio. Depois, bate-se bem a massa para dar ponto, e fritam-se bolos tirados com a colher, no Azeite-de-Dend bem quente.

COMIDA PARA OB

Material Necessrio:Feijo Fradinho Cebola Camaro Seco Socado Azeite-de-Dend Farinha de Mandioca 01 Ober

Maneira de Fazer:

Cozinha-se o feijo em gua. Depois, mistura-se num refogado de cebola raladas, camaro seco socado, Azeite-de-Dend e gua. por cima, adiciona-se farinha de mandioca, fazendo um piro e coloca-se num ober.

Nota: Conta-se que Ob a dona do amor e quando se quer solucionar uma questo de amor, oferece-se uma comida desta na beira do lago, com muitas velas e flores.

COMIDA PARA ANAMBURUCU

DAMBOR

Material Necessrio: Folha de Taioba ou Mostarda Cebola Ralada Camaro Seco Socado Azeite-de-Dend

Maneira de Fazer:

Cozinha-se bem a folha de taioba ou mostarda,e em seguida tempera-se num refogado de cebola ralada, camaro seco socado e Azeite-de-Dend.

COMIDA PARA SHANG

AGEB ou AGEGB

Material Necessrio:12 Quiabos1 Litro de Mel Azeite-de-Dend gua Carne de Peito

Maneira de Fazer:

Cortam-se os quiabos em pedacinhos bem pequenos, depois tempera-se com cebola ralada, camaro seco socado e azeite-de-Dend. Cozinha-se bastante e depois mistura-se com rabada, ou carne de peito cozidos, cortadas em pedacinhos.

COMIDA PARA OXAL

EB

Material Necessrio: Canjica Branca 1 Litro de Mel Algodo gua

Maneira de Fazer:

Cozinha-se a canjica somente em gua. Depois de bem cozida, coloca-se numa vasilha branca, coloca-se bastante mel de abelhas e cobre-se com algodo.

ACA

Material Necessrio:Canjica Branca Folha de Bananeira

Maneira de Fazer:

Moesse o milho de canjica, cozinha-se at dar at dar o ponto de ficar bem durinho e enrole os bolinhos na folha da bananeira.

INHAME ACAR

Cozinha-se o inhame e depois amassa-se feito um pur. Faz-se bolinhos na mo e coloca-se em pratos brancos. Oferece-se a Oxal.

Nota: Todos os Orixs do Candombl comem aca branco. Em cima da comida do Orix, antes de oferecer-lhe, deve-se abrir um aca branco.

COMIDA DE CABOCLO

Material Necessrio:Alface Farinha de Mandioca Mel de Abelha Azeite de Oliva Carne Crua 01 Travessa de Barro

Maneira de Fazer:

Faz-se uma salada de alface, com uma farofa d'gua ou de mel, carne crua e azeite de oliva por cima, coloca-se tudo numa travessa de barro.

OUTRA COMIDAS

Abbora moranga, assada na brasa, com mel de abelha.Aipim ou mandioca, assado na brasa, com mel de abelha.Eb ( canjica ) com fumo de rolo desfiado e cco.Mingau de milho vermelho com cco e fumo de rolo.Milho vermelho com cco e fumo de rolo desfiado. Amendoim cozido em gua, com mel de abelhas.Vinho branco, moscatel e cachaa.

COMIDA DE SANTO

Comida ritual, nas religies consideradas afro brasileiras, so as comidas especficas de cada Orix, cujo preparo requer um verdadeiro ritual. Esses alimentos depois de prontos so oferecidos aos Orixs acompanhados de rezas e cantigas. Durante a festa ou no final, em grande parte so distribudas para todos os presentes. So chamadas comida de ax, pois acredita-se que o Orix aceitou a oferenda e impregnou de ax as mesmas.

A Iyabass a pessoa responsvel por cumprir esse ritual. Existem Orixs que no aceitam comidas com azeite de dend, outros no aceitam mel, outros no aceitam sal, outros no aceitam camaro, etc... A Iyabass precisa saber exatamente como se prepara cada uma dessas comidas, para que elas sejam aceitas pelos Orixs respectivos.

AbarAbalAbadAbermAbbora de cabocloAcaAcarajAdoAjeboAmalAmiAnguArroz de hausaAxoxBobCarurDeburu ou DoburuEbEbyaEfEr peterEkuruFarofaFubfurImbIpetIxJacubaJuremaLelmungunz (ritual)OmolocumVatapXinxim de galinhaAbar um dos pratos da culinria baiana e como o acaraj tambm faz parte da comida ritual do candombl.

O abar tem a mesma massa que o acaraj: a nica diferena que o abar cozido, enquanto o acaraj frito.

O preparo da massa feito com feijo fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaos grandes e colocado de molho na gua para soltar a casca. Aps retirada toda a casca, passa-se novamente no moinho, desta vez dever ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescentam-se cebola ralada, um pouco de sal, duas colheres de dend.

Quando for comida de ritual, coloca-se um pouco de p de camaro, e, quando fizer parte da culinria baiana, colocam-se camares secos previamente escaldados para tirar o sal, que podem ser modo junto com o feijo, alm de alguns inteiros.

Essa massa deve ser envolvida em pequenos pedaos de folha de bananeira, semelhante ao processo usado para fazer o aca, e deve ser cozido no vapor em banho-maria. servido na prpria folha.

Abal

Abal um nome comum a dois tipos de comidas rituais votivas, inerentes aos orixs ob, xango e Yew, quando feita de massa de milho verde, ou da massa de carim votiva ao orix nan. Este alimento ritual muito apreciado pelo povo do santo e pela maioria dos nordestinos e chamado popularmente de pamonha de milho verde e pamonha de carim. Embora a palavra abal seja descrito no dicionrio Aurlio como o mesmo que abar, todavia pela primeira vez Raul Lody refere-se a esta iguaria feita com massa de milho verde.

diferenaAbal de milho O milho verde ralado e massa resultante misturada ao leite de coco com parte do bagao, sal e acar. Esta massa colocada em "palha" da prpria casca do milho, atados nas extremidades. As pamonhas so submetidas a cozimento submersas em gua fervente por um perodo de 15 minutos.

Abal de carim O aipim previamente descascado submergido por um perodo de quatro dias para obter uma massa chamada de carim, misturada ao leite de coco com parte do bagao, sal e acar. Esta massa colocada em "palha de agued" (bananeira), atados nas extremidades. As pamonhas so submetidas a cozimento submersas em gua fervente por um perodo de 25 minutos.

Abad

Abad um nome comum a dois tipos de comidas rituais votivas, feitas de farinha de milho, ou amendoim, previamente torrados, passado no moinho, misturado com farinha de mandioca, sal e aucar, tambm chamado de fub de milho ou fub de amendoim pelo povo de santo. Esta comida ritual oferecido vrios orixas, principalmente a Obaluaye, oxumare e nan, indispensvel no ritual de olubaj. A mesma mistura acrescida de mel de abelha muito apreciada pelo orix oxum.

Aberm prato tpico da cozinha da Bahia, bolinho de origem afro-brasileira, feito de milho ou arroz modo na pedra, macerado em gua, salgado e cozido em folhas de bananeira secas. No candombl, utilizada como comida-de-santo, sendo oferecida a Omulu e Oxumar.

O Aca uma comida ritual do candombl e da cozinha da Bahia. Feito com milho branco ou vermelho, que fica de molho em gua de um dia para o outro, e deve ser depois passado em um moinho para formar a massa que ser cozida em uma panela com gua, sem parar de mexer, at ficar no ponto. Este se adivinha quando a massa no dissolve, se pingada em um copo com gua. Ainda quente, pequenas pores da massa devem ser embrulhadas em folha de bananeira j limpa, passada no fogo e cortada em pedaos de igual tamanho, para ficar tudo harmonioso.

Colocar a folha na palma da mo esquerda e colocar a massa. Com o polegar dobrar a primeira ponta da folha sobre a massa, dobrar a outra ponta cruzando por cima e virando para baixo, fazendo o mesmo do outro lado. O formato que resulta o de uma pirmide retangular.

Todos os orixs recebem o aca como oferenda.

Acaraj,

Comida ritual da orix Ians. Na frica, chamado de kr que significa bola de fogo, enquanto je possui o significado de comer. No Brasil foram reunidas as duas palavras numa s, acara-je, ou seja, comer bola de fogo.

O acaraj, o principal atrativo no tabuleiro, um bolinho caracterstico do candombl. Sua origem explicada por um mito sobre a relao de Xang com suas esposas, Oxum e Ians. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixs. Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acaraj ainda considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita, embora no seja secreta, no pode ser modificada e deve ser preparada apenas pelos filhos-de-santo.

O acaraj feito com feijo-fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaos grandes e colocado de molho na gua para soltar a casca. Aps retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez dever ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal.

O segredo para o acaraj ficar macio o tempo que se bate a massa. Quando a massa est no ponto, fica com a aparncia de espuma. Para fritar, use uma panela funda com bastante azeite-de-dend ou azeite doce.

Normalmente usam-se duas colheres para fritar, uma colher para pegar a massa e uma colher de pau para moldar os bolinhos. O azeite deve estar bem quente antes de colocar o primeiro acaraj para fritar.

Esse primeiro acaraj sempre oferecido a Exu pela primazia que tem no candombl. Os seguintes so fritos normalmente e ofertados aos orixs para os quais esto sendo feitos.

Ado - uma Comida ritual feita de milho vermelho torrado e modo em moinho e temperado com azeite de dend e mel, oferecido principalmente Orix Oxum.

Ajebo ou ajbo comida ritual do Orix Xango ayra

feito com seis ou doze quiabos cortado em "lasca", batido com trs clara de ovos at formar um musse, regado com gotas de mel de abelha e azeite doce. Colocado em uma gamela forrada com massa de aca ou piro de farinha de mandioca, ornado com doze quiabos inteiros, doze moedas circulante, doze bolos de milho branco e seis Orobs.

A mesma oferenda pode ser oferecida a outras qualidades de Xang, todavia acrescenta-se azeite de dend e substitui os doze bolos de milho branco por doze acarajs.

Amal ou Caruru comida ritual votiva do Orix Xang, Ians, Ob e Ibji

feito com quiabo cortado, cebola ralada, p de camaro, sal, azeite de dend ou azeite doce, pode ser feito de vrias maneiras. oferecido em uma gamela forrada com massa de aca. Tambm chamado pelo povo de santo nos candombls jeje-nags de caruru.

Axox Axox ou Oxox como conhecida a comida ritual dos Orixs Oxssi e Ogum no candombl e umbanda, que consiste em milho vermelho cozido. Quando oferendado pra o orixa ogum refogado com cebola ralada, camaro seco defumado, sal e azeite de dend. Quando oferendado para orix oxssi o milho cozido misturado com melao (Mel de cana de acar), no confundir com mel de abelha que o grande ewo deste orix, enfeitado com fatias de coco sem casca.

Nota. Esta mesma oferenda pode ser consagrado Olokun.

Deburu - a comida ritual dos Orixs Obaluaiy e Omolu, o milho de pipoca estourado em uma panela, em alguns lugares com leo, em outros com areia. Nesse ltimo caso, preciso peneirar a areia dessa pipoca depois de pronta. Ao final, a pipoca colocada em um alguidar (vasilha de barro) e enfeitado com pedacinhos de coco.

Eb, palavra oriunda do iorub, consiste num alimento religioso e votivo para os orixs funfun (branco) Oxal, dentro das religies afro-brasileiras. o milho branco cozido sem tempero e sem sal.

Ebya, eboia ou fava de iemanj uma comida ritual feito com fava cozido refogado com cebola, camaro, azeite de dend ou azeite doce.

A mesma oferenda pode ser preparada com o milho branco na falta da fava, todavia recebe o nome de Dib, possuindo o mesmo valor ritual. uma comida oferecida especificamente ao orix Iemanj, podendo ser vista nos rituais de ori, bori e assentamento de cabea, no sentido de dar equilbrio espiritual.

Er peter

Er peter, eran peter ou simplesmente peteran como comumente chamado pelo povo de santo o nome da comida ritual votiva, pertinente vrios rituais e orixs da cultura afro brasileira denominado de candombl. Preparado com carne fresca de preferncia dos rituais de sacrifcios, sal e rapidamente frita no azeite de dend, em caso do orix ser funfun, deve-se substituir o sal pela cebola e o dend por azeite doce e oferecido ao orix regente da obrigao, independente do ix.

A mesma comida ritual recheada de camaro defumado, chamado popularmente xinxin ou moqueca de carne servida normalmente aos adeptos do candombl nas festas de barraco, sendo uma comida votiva ao orix Akeran (oxossi) por ter ligao ao eran (carne).

Ekuru uma comida ritual. A massa preparada da mesma forma que a massa do acaraj, feijo fradinho sem casca triturado, envolto em folhas de bananeira como o aca e cozido no vapor.

Farofa ou mi-ami-ami um nome comum a vrios tipos de comidas rituais votivas, feita de uma mistura, que tem como base farinha de mandioca, "farinha de pau ou farinha de guerra". Esta comida ritual sagrada, tambm um alimento ritual e muito apreciada pela maioria do povo do santo da cultura Nago-Vodum.

Tipos de Farofas

Farofa-de-dend, farofa amarela, farofa vermelha, farofa de azeite ou farofa de bamb so nomes comumente chamado pelo povo do santo em sua variada apresentao a depender do ritual que esteja acontecendo. Normalmente chamada de farofa de dend a farofa servida aos adeptos e participantes do candombl, feita com farinha, azeite de dend, camaro seco, cebola e sal, vista sempre no ritual do olubaj.Os outros tipos so denominaes para rituais pertinentes a limpeza de corpo, pad de exu, sasanha, afexu, axex etc. Tambm oferecido para alguns orixas e preparadas s com azeite de dend e sal.

Farofa branca, farofa de agua ou farofa de egum, so farofas preparadas s com gua e sal. Determinados orixas funfuns apreciam esta iguaria e algus preferem sem sal.

Farofa de mel ou mi-ami-ami owin uma farofa preparada com farinha e mel de abelha, muito utilizada nos rituais de er, ibeji, osain e oxun, comumente visto nos carurus dos santos gmeos e devoo a So Cosme e So Damio, Crispim e Crispiniano.

Farofa de cachaa ou mi-ami-ami otin uma farofa preparada com farinha e cachaa, muito utilizada nos rituais de exu, pad e limpeza de corpo. O povo do santo tambm chamam de farofa de cachaa toda farofa feita com aguardentes, vinhos ou qualquer bebida alcolica.

Fur

Fur, bolinhos, ou bola de: arroz, inhame, farinha de mandioca, farinha de milho... etc. o nome da comida ritual votiva, pertinente vrios rituais e orixas da cultura afro brasileira denominado de candombl.

Este alimento ritual muito comum nos rituais de limpeza de corpo, bori, assentamento de cabea, axex, apanan, feitura de santo, sasanha etc.

TiposBolas de arroz. O Arroz cozido na gua sem sal, at ficar pastoso, depois batido com uma colher de pau at soltar da panela, em seguida formar os bolos de forma arredondada com as mos. Esta comida ritual para os orixs funfuns e rituais de bori, assentamento de cabea.

Bolas de farinha. Em um alguid coloca-se a farinha, depois a gua e modela os bolos de forma arredondada com as mos. Esta comida ritual para limpeza de corpo e axex.

Bolas de inhame. O inhame deve ser bem cozido em gua sem sal, depois pilado em pilo, ou com a ponta de um garfo, em seguida sovado para obter uma massa pastosa e modela os bolos de forma arredondada com as mos. Esta comida ritual muito apreciada pelos orixs oxaguian, oxalufan, oxal, yemanja e entra em vrios rituais como bori, assentamento de cabea, axex, apanan, feitura de santo, sasanha etc.

Bolinhos de dend. Em um alguid coloca-se a farinha, depois a gua, azeite de dend e modela os bolos de forma arredondada com as mos. Esta comida ritual para limpeza de corpo, axex e oferenda ao orix Exu.

Bolinhos de egun. Em um alguid coloca-se a farinha, depois a gua com aguardente e modela os bolos de forma arredondada com as mos e acrescenta um pequeno pedao de carvo vegetal. Esta comida ritual para limpeza de corpo, axex e Egum.

Bolinhos de iemanj. O Arroz ou milho branco cozido na gua sem sal, at ficar pastoso, depois batido com uma colher de pau at soltar da panela, em seguida formar os bolos de forma arredondada com as mos. Esta comida ritual para os orixs funfuns e rituais de bori, assentamento de cabea, em especial como o nome j diz oferecido para o orix Yemanj.

Bolinho de tapioca. A tapioca e colocada em leite de coco e acar at ficar pastoso, depois batido com uma colher de pau at soltar da panela e depois sova, em seguida formar os bolos de forma arredondada ou alongada com as mos. Esta comida ritual para os orixs funfuns e rituais de bori, assentamento de cabea.Os de formas alongadas so fritos em azeite ou leo, sendo carinhosamente oferendado aos ibejis e apreciados pelo povo do santo. Nota Este mesmo bolinho vendido nos tabuleiros das baianas de acaraj com o nome de punheta ou bolinho de estudante (Dicionrio Aurlio)

Ipet, um dos pratos da culinria baiana e como o acaraj tambm faz parte da comida ritual do candombl, oferecida especialmente ao orixa Oxun.

Inhame, azeite de dend, cebola raladas, camaro sco e defumado, gengibre ralado, camares frescos inteiros e cozidos para enfeitar e sal.

Tambm oferecido ao Orix Oxaguian, substituindo o dend por azeite doce na festa do Pilo.

Preparo:Tirar a casca do inhame e cortar em pedaos pequenos, cozinhar ao ponto de amassar com um garfo, colocar os temperos e um pouquinho de sal e bater com uma colher de pau at ficar no ponto de um pur.

Colocar em uma tigela e enfeitar com os camares inteiros.

Ix

Ix, inch ou eran ax o nome da comida ritual votiva, oferecida a todos orixs da cultura afro brasileira denominado de candombl.

Este alimento ritual um dos mais sagrados e importantes para o povo do santo. Preparado com "midos" entranhas e extremidades dos animais sacrificados nos rituais de oroeje, podendo ser cozidos ou no, a depender da vontade do orix e temperado com cebola, sal e camaro seco ou com outros temperos como lelecun, bejerecum, aridan, obi, atar, orob, etc., tudo consultado previamente no oraculo do merindilogun.

PreceitosA complexidade desta comida ritual envolve os demais sacerdotes do candombl, como babalorix ou iyalorix, axogun, ekede, ogan, iyamor, iyaefun, e principalmente a iyabass que prepara este alimento indispensvel na feitura de santo e construes de assentamentos de orixs. O Ix sempre conduzido ao peji com muito respeito e cnticos especficos por todos da comunidade e colocado enfrente dos assentamentos e ali recitados versos do itan e feito vrios orikis e adur, podendo permanecer por um perodo de apenas trs horas, trs dias ou sete. Normalmente esta grande oferenda repartida para todos os crentes no sentido de obter a fora do sagrado e fortificar os laos familiar.

Lel iguaria africana, doce feito com quirela de milho vermelho, coco ralado, acar e leite de coco. Oferecido aos Orixs Oba e Ewa.

Mungunz, mugunz, ou mucunz como chamado pelo povo do santo o nome da comida ritual votiva, pertinente aos orixs oxal, oxaguian, oxalufan e o ikise lembarenganga, tanto no candombl como na umbanda. (De mucunz, do quimb. mukunza, milho cozido) "Dicionrio Aurlio".

Alimento ritual feita de gros de milho (geralmente branco), cozidos em gua sem sal e com acar, algumas vezes com leite de coco e de gado, com pequena quantidade de "gua de flor de laranjeira", servido aos adeptos com bastante caldo e aos orixs bem compactada em forma de eb.

Omolocum - comida ritual da Orix Oxum, feito com feijo fradinho cozido, refogado com cebola ralada, p de camaro, sal, azeite de dend ou azeite doce.

Enfeitado com camares inteiros e ovos cozidos inteiros sem casca, normalmente so colocados 5 ovos ou 8 ovos, mas essa quantidade pode mudar de acordo com a obrigao do candombl.

No candombl, uma oferenda no necessariamente um sacrifcio de origem animal. Para o Candombl tudo que a natureza produz sangue, e um sacrifcio, requer a utilizao de vrios tipos de sangue, vindos das mais variadas fontes da natureza, atribuindo vida.

Sangue de Origem vegetal, obtido nas casca das rvores, folhas, frutos, sementes e flores.

Sangue de origem mineral, gua, sal, carvo.

Sangue de origem animal, so sacrificados, bois, bodes, galinhas, patos e muitos outros animais, que depois servem de alimentos comunidade, mas nunca seres humanos, pois o Orix vive no Homem e atravs do Homem.

O animal sacrificado vai das mos do axogun para as mos da cozinheira (Iyabass), que vai preparar o alimento tanto para o Orix como para todos os presentes.

Todas as partes do animal so separadas. A parte interna do animal e o sangue petencem ao Orix.

Mas o resto do animal cozido e preparado para serem servidos no final da festa, aos visitantes e filhos da casa. Sacrifcio no sinnimo de assassinato Todo homem sacrifica no necessariamente num sentido religioso, e mata para sobreviver. O sentido expiatrio, no aplicando ao Candombl por um motivo aparentemente simples: no Candombl, no existe pecado, portanto no h o que expiar.

Alm dos animais, outras comidas so preparadas dependendo do Orix que est sendo homenageado, o amal para Xang, o Ipet para Oxum, o acaraj para Ians, tudo ser colocado diante do assentamento do Orix como oferenda. Toda essa comida serve para alimentar uma comunidade inteira de filhos de santo e suas famlias que geralmente moram nas proximidades do terreiro.

COMIDAS DOS ORIXS PARTE 2

Ipet, um dos pratos da culinria baiana e como o acaraj tambm faz parte da comida ritual do candombl, oferecida especialmente ao orixa Oxun.

Inhame, azeite de dend, cebola raladas, camaro sco e defumado, gengibre ralado, camares frescos inteiros e cozidos para enfeitar e sal.

Tambm oferecido ao Orix Oxaguian, substituindo o dend por azeite doce na festa do Pilo.

Preparo:

Tirar a casca do inhame e cortar em pedaos pequenos, cozinhar ao ponto de amassar com um garfo, colocar os temperos e um pouquinho de sal e bater com uma colher de pau at ficar no ponto de um pur. Colocar em uma tigela e enfeitar com os camares inteiros.

Lel iguaria africana, doce feito com quirela de milho vermelho, coco ralado, acar e leite de coco. Oferecido aos Orixs Oba e Ewa e Ode. Em uma panela coloque gua e o pacote do milho quebradinho chamado de xerem, deixe de molho num periodo de meia hora. Escorra a gua e coloque outra, (uma quantidade que cubra todo o milho) com o cravo, a canela em pau, acar, sal e leve ao fogo ate virar um mingau durinho, quando j estiver durinho, acrescente o leite do coco.

Mungunz, mugunz, ou mucunz como chamado pelo povo do santo o nome da comida ritual votiva, pertinente aos orixs oxal, oxaguian, oxalufan e o ikise lembarenganga, tanto no candombl como na umbanda. (De mucunz, do quimb. mukunza, milho cozido) Dicionrio Aurlio.

Alimento ritual feita de gros de milho branco, cozidos em gua sem sal e com acar, algumas vezes com leite de coco e de gado, com pequena quantidade de gua de flor de laranjeira, servido aos adeptos com bastante caldo e aos orixs bem compactada em forma de eb.

Alu

Bebida refrigerante feita de milho, de arroz ou de casca de abacaxi fermentados com acar ou rapadura, usada tradicionalmente como oferenda aos orixs nas festas populares de origem africana.

COMIDA RITUAL - PARTE III

Farofa ou mi-ami-ami um nome comum a vrios tipos de comidas rituais votivas, feita de uma mistura, que tem como base farinha de mandioca, farinha de pau ou farinha de guerra. Esta comida ritual sagrada, tambm um alimento ritual e muito apreciada pela maioria do povo do santo da cultura Nago-Vodum.

Tipos de Farofas

Farofa-de-dend, farofa amarela, farofa vermelha, farofa de azeite ou farofa de bamb so nomes comumente chamado pelo povo do santo em sua variada apresentao a depender do ritual que esteja acontecendo. Normalmente chamada de farofa de dend a farofa servida aos adeptos e participantes do candombl, feita com farinha, azeite de dend, camaro seco, cebola e sal, vista sempre no ritual do olubaj.Os outros tipos so denominaes para rituais pertinentes a limpeza de corpo, pad de exu, sasanha, afexu, axex etc. Tambm oferecido para alguns orixas e preparadas s com azeite de dend e sal.

Farofa branca, farofa de agua ou farofa de egum, so farofas preparadas s com gua e sal. Determinados orixas funfuns apreciam esta iguaria e algus preferem sem sal.

Farofa de mel ou mi-ami-ami owin uma farofa preparada com farinha e mel de abelha, muito utilizada nos rituais de er, ibeji, osain e oxun, comumente visto nos carurus dos santos gmeos e devoo a So Cosme e So Damio, Crispim e Crispiniano.

Farofa de cachaa ou mi-ami-ami otin uma farofa preparada com farinha e cachaa, muito utilizada nos rituais de exu, pad e limpeza de corpo. O povo do santo tambm chamam de farofa de cachaa toda farofa feita com aguardentes, vinhos ou qualquer bebida alcolica.

Fur, bolinhos, ou bola de: arroz, inhame, farinha de mandioca, farinha de milho etc. o nome da comida ritual votiva, pertinente vrios rituais e orixas da cultura afro brasileira denominado de candombl.

Este alimento ritual muito comum nos rituais de limpeza de corpo, bori, assentamento de cabea, axex, apanan, feitura de santo, sasanha etc.

Tipos

Bolas de arroz. O Arroz cozido na gua sem sal, at ficar pastoso, depois batido com uma colher de pau at soltar da panela, em seguida formar os bolos de forma arredondada com as mos. Esta comida ritual para os orixs funfuns e rituais de bori, assentamento de cabea.

Bolas de farinha. Em um alguid coloca-se a farinha, depois a gua e modela os bolos de forma arredondada com as mos. Esta comida ritual para limpeza de corpo e axex.

Bolas de inhame. O inhame deve ser bem cozido em gua sem sal, depois pilado em pilo, ou com a ponta de um garfo, em seguida sovado para obter uma massa pastosa e modela os bolos de forma arredondada com as mos. Esta comida ritual muito apreciada pelos orixs oxaguian, oxalufan, oxal, yemanja e entra em vrios rituais como bori, assentamento de cabea, axex, apanan, feitura de santo, sasanha etc.

Bolinhos de dend. Em um alguidr coloca-se a farinha, depois a gua, azeite de dend e modela os bolos de forma arredondada com as mos. Esta comida ritual para limpeza de corpo, axex e oferenda ao orix Exu.

Bolinhos de egun. Em um alguidr coloca-se a farinha, depois a gua com aguardente e modela os bolos de forma arredondada com as mos e acrescenta um pequeno pedao de carvo vegetal. Esta comida ritual para limpeza de corpo, axex e Egum.

Bolinhos de Yemanj. O Arroz ou milho branco cozido na gua sem sal, at ficar pastoso, depois batido com uma colher de pau at soltar da panela, em seguida formar os bolos de forma arredondada com as mos. Esta comida ritual para os orixs funfuns e rituais de bori, assentamento de cabea, em especial como o nome j diz oferecido para o orix Yemanj.

Bolinho de tapioca. A tapioca e colocada em leite de coco e acar at ficar pastoso, depois batido com uma colher de pau at soltar da panela e depois sova, em seguida formar os bolos de forma arredondada ou alongada com as mos. Esta comida ritual para os orixs funfuns e rituais de bori, assentamento de cabea.

Os de formas alongadas so fritos em azeite ou leo, sendo carinhosamente oferendado aos ibejis e apreciados pelo povo do santo. Nota Este mesmo bolinho vendido nos tabuleiros das baianas de acaraj com o nome de punheta ou bolinho de estudante.

Axox ou Oxox como conhecida a comida ritual dos Orixs Oxssi e Ogum no candombl, que consiste em milho vermelho cozido. Quando oferendado para o orixa ogum refogado com cebola ralada, camaro seco defumado, sal e azeite de dend. Quando oferendado para orix oxssi o milho cozido misturado com melao (Mel de cana de acar), no confundir com mel de abelha que o grande ewo deste orix, enfeitado com fatias de coco sem casca.

Nota. Esta mesma oferenda pode ser consagrado Olokun.

CARURU: O caruru, servido no rigor dos terreiros, acompanhado de preceitos que viram aes propiciatrias das divindades gmeas que, so filhos de Xang com Ians ou de Xang com Oxum. O caruru colocado sobre a esteira. As crianas so convidadas a comer do caruru, e todos, ao mesmo tempo. Ritual que rememoriza fartura, ancestralidade e vida sagrada. Consiste de quiabos cortado bem mido, azeite de dend, cebolas raladas, camares secos (alguns modos), castanhas e amendoins torrados e modos, sal, gengibre ralada. No Dahome, segundo o Padre Vicente Ferreira Pires, acrescentado frango desfiado.

Deburu - a comida ritual dos Orixs Obaluaiy e Omolu, o milho de pipoca estourado em uma panela, em alguns lugares com leo, em outros com areia. Nesse ltimo caso, preciso peneirar a areia dessa pipoca depois de pronta. Ao final, a pipoca colocada em um alguidar (vasilha de barro) e enfeitado com pedacinhos de coco

Eb, palavra oriunda do iorub, consiste num alimento religioso e votivo para os orixs funfun (branco) Oxal, dentro das religies afro-brasileiras. o milho branco cozido sem tempero e sem sal.

Ebya, eboia ou fava de iemanj uma comida ritual feito com fava cozido refogado com cebola, camaro, azeite de dend ou azeite doce. A mesma oferenda pode ser preparada com o milho branco na falta da fava, todavia recebe o nome de Dib, possuindo o mesmo valor ritual. uma comida oferecida especificamente ao orix Iemanj, podendo ser vista nos rituais de ori, bori e assentamento de cabea, no sentido de dar equilbrio espiritual.

Er peter, eran peter ou simplesmente peteran como comumente chamado pelo povo de santo o nome da comida ritual votiva, pertinente vrios rituais e orixs da cultura afro brasileira. Preparado com carne fresca de preferncia dos rituais de sacrifcios, sal e rapidamente frita no azeite de dend, em caso do orix ser funfun, deve-se substituir o sal pela cebola e o dend por azeite doce e oferecido ao orix regente da obrigao, independente do ix.

A mesma comida ritual recheada de camaro defumado, chamado popularmente xinxin ou moqueca de carne servida normalmente aos adeptos do candombl nas festas de barraco, sendo uma comida votiva ao orix Akueran (oxossi) por ter ligao ao eran (carne).

Ekuru uma comida ritual. A massa preparada da mesma forma que a massa do acaraj, feijo fradinho sem casca triturado, envolto em folhas de bananeira como o aca e cozido no vapor. A nica diferena que nesta comida substitue o azeite-de-dend por azeite dce (Oleo de oliva) ou banha do Ori.

COMIDA RITUAL IV

ABAR: Bolinho de origem afro-brasileira feito com massa de feijo-fradinho temperada com pimenta, sal, cebola e azeite-de-dend, algumas vezes com camaro seco, inteiro ou modo e misturado massa, que embrulhada em folha de bananeira e cozida em gua. (No candombl, comida-de-santo, oferecida a Ynsn, Ob e Ibeji).

ABERM: Bolinho de origem afro-brasileira, feito de milho ou de arroz modo na pedra, macerado em gua, salgado e cozido em folhas de bananeira secas.(No candombl, comida-de-santo, oferecida a Omulu e Osmr).

ABRAZO:Bolinho da culinria afro-brasileira, feito de farinha de milho ou de mandioca, apimentado, frito em azeite-de-dend.

ABAL um nome comum a dois tipos de comidas rituais votivas, inerentes aos orixs ob, Xango e Yew, quando feita de massa de milho verde, ou da massa de carim votiva ao orix nan. Este alimento ritual muito apreciado pelo povo do santo e pela maioria dos nordestinos e chamado popularmente de pamonha de milho verde e pamonha de carim.

Abal de milho O milho verde ralado e massa resultante misturada ao leite de coco com parte do bagao, sal e acar. Esta massa colocada em "palha" da prpria casca do milho, atados nas extremidades. As pamonhas so submetidas a cozimento submersas em gua fervente por um perodo de 15 minutos.

Abal de carim O aipim previamente descascado submergido por um perodo de quatro dias para obter uma massa chamada de carim, misturada ao leite de coco com parte do bagao, sal e acar. Esta massa colocada em "palha de agued" (bananeira), atados nas extremidades. As pamonhas so submetidas a cozimento submersas em gua fervente por um perodo de 25 minutos.

ACA uma comida ritual do candombl e da cozinha da Bahia. Feito com milho branco ou vermelho, que fica de molho em gua de um dia para o outro, e deve ser depois passado em um moinho para formar a massa que ser cozida em uma panela com gua, sem parar de mexer, at ficar no ponto. Este se adivinha quando a massa no dissolve, se pingada em um copo com gua. Ainda quente, pequenas pores da massa devem ser embrulhadas em folha de bananeira j limpa, passada no fogo e cortada em pedaos de igual tamanho, para ficar tudo harmonioso. Colocar a folha na palma da mo esquerda e colocar a massa. Com o polegar dobrar a primeira ponta da folha sobre a massa, dobrar a outra ponta cruzando por cima e virando para baixo, fazendo o mesmo do outro lado. O formato que resulta o de uma pirmide retangular.

Todos os orixs recebem o aca como oferenda.

Acaa Amarelo: feito com farinha de milho vermelho enrolado na folha de bananeira da mesma forma que o acaa branco. servido a Exu e Logun-Ede.

ACARAJE: comida ritual da orix Ians. Na frica, chamado de kr que significa bola de fogo, enquanto je possui o significado de comer. No Brasil foram reunidas as duas palavras numa s, acara-je, ou seja, comer bola de fogo.

O acaraj, o principal atrativo no tabuleiro, um bolinho caracterstico do candombl. Sua origem explicada por um mito sobre a relao de Xang com suas esposas, Oxum e Ians. O bolinho se tornou, assim, uma oferenda a esses orixs. Mesmo ao ser vendido num contexto profano, o acaraj ainda considerado, pelas baianas, como uma comida sagrada. Por isso, a sua receita, embora no seja secreta, no pode ser modificada e deve ser preparada apenas pelos filhos-de-santo.

O acaraj feito com feijo-fradinho, que deve ser quebrado em um moinho em pedaos grandes e colocado de molho na gua para soltar a casca. Aps retirar toda a casca, passar novamente no moinho, desta vez dever ficar uma massa bem fina. A essa massa acrescenta-se cebola ralada e um pouco de sal.

O segredo para o acaraj ficar macio o tempo que se bate a massa. Quando a massa est no ponto, fica com a aparncia de espuma. Para fritar, use uma panela funda com bastante azeite-de-dend ou azeite doce.

Normalmente usam-se duas colheres para fritar, uma colher para pegar a massa e uma colher de pau para moldar os bolinhos. O azeite deve estar bem quente antes de colocar o primeiro acaraj para fritar.

Esse primeiro acaraj sempre oferecido a Exu pela primazia que tem no candombl.

O acar Oferecido ao orix Ians diante do seu Igba orix feito num tamanho de um prato de sobremesa na forma arredondada e ornado com nove ou sete camares defumados, cercado de nove pequenos acars, simbolizando mensan orum nove Planetas. (Orum-Aye, Jos Benistes).

O acar de xango tem uma forma Ovalar imitando o cgado que seu animal preferido e cercado com seis ou doze pequenos acars de igual formato.

Os seguintes so fritos normalmente e ofertados aos orixs para os quais esto sendo feitos e seus adeptos.

ADO - uma Comida ritual feita de milho vermelho torrado e modo em moinho e temperado com azeite de dend e mel, oferecido principalmente Orix Oxum.

AJAB comida ritual do Orix Xango Ayra

feito com seis ou doze quiabos cortado em lasca, batido com trs clara de ovos at formar um musse, regado com gotas de mel de abelha e azeite doce. Colocado em uma gamela forrada com massa de aca ou piro de farinha de mandioca, ornado com doze quiabos inteiros, doze moedas circulante, doze bolos de milho branco e seis Orobs.

A mesma oferenda pode ser oferecida a outras qualidades de Xang, todavia acrescenta-se azeite de dend e substitui os doze bolos de milho branco por doze acarajs ou corta-se o quiabo em pequenas rodelas, com seis ou doze quiabos, em algumas casas com oito quiabos, coloca-se em uma tigela e acrescenta-se gua fresca, bate-se com os dedos at ele espumar e ficar digamos ligado, a diferena que ele ofertado em uma tigela ou uma gamela redonda.

AMAL: comida ritual votiva do Orix Xang, Ians, Ob. feito com quiabos frescos, cortados em jogo da velha (#) levar ao fogo com tempero de camarao,cebola, gengibre ralados fritos no dende, ao corar o tempero jogar o quiabo, que no poder ter sido molhado antes. Ir misturando sem por agua. Vai pingando vagarosamente gotas de agua, e batendo o amal como se estivesse batendo um bolo, para que este cresa. Quando estiver bem cozido, servir em gamela forrada com pirao de farinha com dende. Este amala serve apenas para Sango, no caso de Ayr leva tudo acima, menos o dende e o pirao que forra a gamela feito de farinha de acas.Aos Amals poderao ser adicionados o Peito de boi cortado em cubos grandes, a rabada, a costela e a garganta, tudo do boi, para cada caso usa-se uma destas carnes. Rabada: prosperidade, Peito: justia, Costela: feitiaria, Garganta: casos de sade. Sempre que for servir o amala de Sango dever por ao lado uma vasilha branca com ajab

continua.........

AS OFERENDAS

....Dentro do culto aos Orixs, o mais importante so as oferendas aos Orixs, que tm por finalidade manter o equilbrio das relaes entre eles e os seres humanos. atravs das consultas ao Orculo de If, que as pessoas, mesmo as no iniciadas, so informadas a respeito das exigncias de seus Orixs e principalmente de Ex, relativas s oferendas que desejam receber. Nem sempre estas exigncias so estabelecidas pela relao anteriormente explicada entre o ser humano e seu Orix de cabea, muitas das vezes, um outro Orix quem se oferece para solucionar um determinado problema ou alguma dificuldade que est sendo vivenciada e, em troca, exige algum tipo de sacrifcio em seu louvor. Algumas vezes, pessoas atormentadas pelos mais diversos tipos de dificuldades, recorrem aos prstimos de algum Orix, oferecendo algum tipo de sacrifcio como penhor de sua confiana e de sua f, da mesma forma que os catlicos recorrem aos seus santos, implorando graas e fazendo promessas que, invariavelmente, so pagas somente aps a obteno da graa solicitada. Os sacrifcios oferecidos aos Orixs, so genericamente denominados "ebs" que se dividem em "ejenbale" (sacrifcios com derramamento de sangue) e "adims" (sacrifcios incruentos).

Os ebs ejenbale, dividem-se em diversos tipos, exigindo sempre o derramamento de sangue de algum tipo de animal que pode ser uma ave, um quadrpede ou at mesmo um simples caramujo. Dentre os mais conhecidos, destacamos:

Eb ej: Oferenda votiva que tem por finalidade obter determinado favorecimento ou graa de uma Divindade.

Eb etutu: Sacrifcio de apaziguamento. Este tipo de sacrifcio geralmente determinado pelo Orculo e tem por finalidade acalmar a ira ou o descontentamento de uma entidade qualquer.

Eb a ye ipin ohun: Sacrifcio substitutivo. Tem por finalidade substituir a morte de algum pela oferenda determinada pelo Orculo, no Brasil, este sacrifcio vulgarmente conhecido como "eb de troca".

Eb ba mi d'iya: Sacrifcio que visa atenuar uma punio de morte imposta uma pessoa por um Orix ou por um esprito maligno. Neste caso, como no anterior, um carneiro sacrificado em substituio ao ser humano.

Eb Ogunkoj: Sacrifcio preventivo que pode ser pblico ou individual. Tem por finalidade evitar qualquer tipo de acontecimento nefasto que ameace a pessoa (individual) ou at mesmo uma cidade ou aldeia (pblico).

Eb a d'ibode: Trata-se de um sacrifcio propiciatrio e preventivo. Este sacrifcio oferecido na fundao de uma casa, aldeia ou cidade e tem por finalidade acalmar os espritos da terra no local da fundao. Antigamente, este eb exigia o sacrifcio de seres humanos que hoje em dia, foram substitudos por diversos animais. Como podemos observar, o sacrifcio de seres humanos era exigido nos primrdios do culto o que, sem dvida, seria hoje considerado um absurdo, alm de configurar-se, seja em qual for a circunstncia, em homicdio, selvageria e falta de respeito ao ser humano. Da mesma forma, o derramamento do sangue de animais, s deve ocorrer em situaes de extrema necessidade e em casos em que no possam ser substitudos por outras oferendas pois, se os Orixs, acostumados que eram a receberem sacrifcios humanos, concordaram na substituio dos mesmos pelos sacrifcios de animais, fcil deduzir-se que estes podem tambm dar lugar a sacrifcios de minerais, vegetais e objetos de seu agrado. Adentramos uma nova era em que todas as formas de vida adquirem sua valorizao mxima e a vida dos animais, da mesma forma que a dos seres humanos, h que ser respeitada e preservada ao extremo. chegada a hora de darmos um basta ao intil derramamento de sangue que, ao invs de apaziguar os nossos deuses, s conseguem despertar a sua ira, tornando-os intolerantes e cada dia mais distantes de ns. necessrio que se desperte nos adeptos do Candombl a conscincia do respeito devido a todas as formas de vida animal, cujo sacrifcio s pode ser efetivado em casos excepcionalssimos e quando todos os demais recursos hajam sido esgotados.

num itan de If, do Odu Odi Meji, que encontramos a fundamentao para as afirmaes anteriormente feitas:

Odi Meji disse: "Metolfi, por avareza, no quis sacrificar um boi de malhas brancas e a morte veio busc-lo." Quando If estava ainda no ventre de sua me, pediu que seu pai pegasse um boi malhado de branco e oferecesse em sacrifcio, a fim de evitar que dentro de trs anos, uma guerra viesse dizimar o seu reino. Seu pai negligenciou o sacrifcio e no dia do nascimento de If, seu pai morreu e sua me foi capturada como escrava. Trs anos depois, a guerra arrasou o pas e If mandou que Ajinoto, a parteira, o encerrasse dentro de uma cabaa, de forma que ningum o pudesse ver. A parteira foi encarregada tambm, de avis-lo logo que algum passasse por perto, para que ele revelasse ao passante, a causa de seus sofrimentos e os remdios e sacrifcios que resolveriam todos os seus problemas. Tudo ocorreu da forma como If planejara e o homem que passou naquele local, no hesitou em levar para sua casa, a cabaa onde If havia sido encerrado. Para deslumbramento de todos, If, de dentro da cabaa, dava conselhos, receitava medicamentos e resolvia os mais difceis problemas. Um dia If ordenou que algum se dirigisse ao mercado onde, pelo preo de quarenta e um caurs, deveria comprar sua me que estava sendo vendida junto com outras escravas. "A primeira mulher que for oferecida deve ser comprada, pois esta minha me." Naquela poca If costumava aceitar sacrifcios humanos no festival de Fanuwiwa. Quando a escrava adquirida no mercado foi trazida, If ordenou que lhe fosse entregue uma certa quantidade de milho, para que pilasse e transformasse em farinha destinada preparao o amiwo. Enquanto pilava o milho, a mulher ouvia os fiis invocando If: "Orunmil! Akefoye! Agbo wi dudu hu do fe to!" (Orunmil! Akefoye! Se teu nome If, jamais esquecers de mim!). Reconhecendo em If o seu prprio filho, a pobre mulher ps-se a cantar, em voz alta, a saudao que ouvia:

"Orunmil! Akefoye! Agbo wi dudu hu do fe to!"

As pessoas contaram a If sobre a mulher que cantava aquela saudao enquanto pilava o milho e If ordenou que ela largasse aquele trabalho e que, no dia seguinte pela manh, chamasse por ele junto com seus fiis, para que pudesse mostrar a todos de que forma deveria ser corretamente alimentado. Ordenou ainda, que fosse preparado um akpakpo e dois panos brancos de cabea denominados kpokun abuta, proibindo a todos de olharem para aqueles objetos. Como If vivera, at ento, fechado dentro de sua cabaa, jamais havia sido visto por ningum. Quando todos se afastaram If saiu de sua cabaa coberto por um grande chapu, vestindo um avental de prolas e calando sandlias, indo sentar-se no alto de um trip de onde gritou: "Olhem bem, sou eu, If! If que ningum nunca viu... A mulher que mandei comprar no mercado de escravos deve ser trazida at aqui!" A mulher foi trazida sua presena e If mostrou-a a todo mundo dizendo:

"Olhem bem, esta minha me! Quando eu estava no seu ventre determinei que meu pai deveria sacrificar um boi malhado de branco, para evitar malefcios que j estavam previstos. Mas meu pai no atendeu minha orientao e todo o mal acabou por se concretizar. Tanto tempo se passou e eu comprei esta escrava para ser sacrificada em minha honra. Entretanto no a sacrificarei! No poderia trair minha prpria me, mesmo que ela me tenha trado." Dito isto ordenou que cortassem os longos cabelos de sua me, que envolvessem sua cabea com um belo torso branco e que a instalassem sobre a almofada akpakpo. Depois pediu um boi e um cabrito para serem sacrificados. Com a farinha moda por sua me mandou preparar um amiwo para ela, que no poderia ser comido em sua presena. Desta forma, assentada sobre um akpakpo, transformou-se ela em N, me de um rei. Aos jovens que prepararam as carnes do boi e do cabrito, assim como o amiwo, ordenou que fosse dado uma parte de cada coisa, para que comessem depois da cerimnia. A velha disse ento a seu filho, que sentia-se muito envergonhada, pois no merecia tantas honrarias e que naquele dia iria encontrar-se em L (local para onde vo os espritos dos mortos), com seu finado esposo.

"A partir de hoje, quando fizerem uma cerimnia em minha honra, digam: N kuagba! (N seja bem vinda!), e virei receber as oferendas." - Disse a mulher. N disse ainda, que faria o Sol tornar-se mais brando ou mais quente, comandando-o de cima de seu akpakpo. A partir de ento, realiza-se sempre o ritual de Xe N (dar comida N), quando terminam os festivais Fanuwiwa.

Este Itan de If fundamenta a possibilidade de substituio do sacrifcio de um ser humano pelo de animais, o que nos leva a concluir a possibilidade da substituio do sacrifcio destes por outros tipos de oferendas, partindo da premissa de que o ritual criado pelo homem e no pelos deuses.......

1 - Depois das cerimnias de N, aqueles que preparam os alimentos a ela oferecidos, recebem uma pequena parte destes alimentos, parte esta que recebe o nome de kle ou kele e que s pode ser consumida depois que o Vodun for servido. (Este rito acompanha as cerimnias s divindades nag sob o nome Atowo e s divindades fon sob o nome de Nudide).

2 - Itan coletado por Bernard Maupoil na regio onde hoje fica a atual Repblica do Benin e publicado em sua magnfica obra sobre o sistema oracular de If, LA GEOMANCIE L'ANCIENNE CTE DES ESCLAVES.

Toda a complexidade ritual que envolve a realizao de uma oferenda, rezas, os gestos simblicos, os elementos utilizados, etc., todos esses elementos so combinados para chamar nossas divindades, fazer uma oferenda abrir a oportunidade para mudanas positivas, para aumentar a possibilidade de crescimento e o fator humano no deve ser desprezado pois a oferenda e/ou sacrifcio mais elevado o humano - o sacrifcio dos pensamentos negativos e de tendncias destrutivas; o sacrifcio do ego mesquinho ao principio divino do ser. Em assim sendo, todo e qualquer ato sagrado (banhos, ervas, oraes, meditaes, sangue animal, frutas, flores, comidas cruas ou cozidas, colhidas ou compradas no mercado, seja l o que for, no meu modo de ver, s so utilizados para aumentar esta empreitada humana, e no somente reproduzir um costume ritual.