comércio tem expectativa de queda de 3,6% nas vendas do dia das mães
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Comércio tem expectativa de queda de
3,6% nas vendas do Dia das Mães
Pelo segundo ano seguido as vendas devem apresentar resultado negativo. Expectativa reflete a atividade econômica em desaceleração e a baixa confiança do
consumidor em relação ao seu poder compra
Diante do atual cenário de baixa atividade econômica e restrição ao crédito, o
volume de vendas parceladas na semana do Dia das Mães deste ano (entre 3 e 9 de
maio) deve cair 3,6% em relação à mesma semana do ano passado. A expectativa
foi traçada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Se as expectativas se confirmarem, as
vendas devem apresentar a segunda queda consecutiva em seis anos de série
histórica. Em períodos anteriores, as variações foram de -3,55% (2014), +6,44%
(2013), +4,04% (2012), +6,53% (2011) e de +9,43% (2010). O número é
calculado com base na quantidade de consultas feitas ao banco de dados do SPC
Brasil para compras a prazo em todo o território nacional.
O Dia das Mães é considerado pelos lojistas a segunda melhor data para o comércio
tanto no volume de vendas como no faturamento, ficando atrás apenas do Natal. No
entanto, se a expectativa dos lojistas se cumprir, o resultado deste ano será fraco e
bastante similar à contração observada em 2014, quando as vendas recuaram -
3,55%.
Apesar de o Dia das Mães ser comemorado sempre no segundo domingo de maio -
momento que coincide com o alívio financeiro sentido por grande parte dos
consumidores com a quitação de impostos de início de ano e com o pagamento das
despesas do natal, das férias e da volta às aulas - a atual conjuntura econômica de
inflação elevada, juros em alta e dólar encarecido tem pesado no poder de compra
dos brasileiros e deve criar dificuldades para a retomada do crescimento do varejo.
Para o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a expectativa da entidade reflete o
baixo grau de confiança do empresário brasileiro com os rumos da economia e
também dos consumidores com o seu poder de compra. "Os lojistas amargaram o
pior resultado dos últimos seis anos nas vendas da Páscoa e não esperam um
desempenho diferente agora no Dia das Mães em relação às compras parceladas”,
explica.
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