comercio exterior 2011 parte 4

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 223 7ADM027—Comercio-Exterior--2011-parte-4.doc

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 224

CAP. 4 - ASPECTOS ADMINISTRATIVOS LIGADOS AO COMÉRCIO E AO MARKETING INTERNACIONAL

4. ASPECTOS ADMINISTRATIVOS LIGADOS AO COMÉRCIO E AO MARKETING INTERNACIONAL 4.1 - Os procedimentos administrativos ligados às atividades de importação e exportação: burocracia, mecânica dos processos, licenças, registros, pagamentos, seguros, despachos, transportes, garantias. contratos, SISCOMEX, Incoterms, e outros; 4.2 - Precauções e peculiaridades ligadas ao marketing e comércio internanacional; 4.3 - Estudos de casos ligados ao marketing e comercio internacional;

A atuação no mercado internacional exige uma série de procedimentos administrativos e burocráticos típicos, que devem ser entendimentos em sua plenitude, caso contrário, por um pequeno detalhe, pode-se por tudo a perder, acarretando graves prejuízos aos envolvidos.

4.1 - COMO É ADMINISTRADO O COMÉRCIO EXTERIOR ?

A IMPORTÂNCIA DA CAMEX !

A definição e coordenação de políticas para comércio exterior pode variar muito de Presidente para Presidente. No governo FHC a definição e coordenação política relativa ao comércio exterior do Brasil passou a ter como órgão máximo a CAMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR ( CAMEX ), ligada diretamente a Casa Civil da Presidência da República.

A CAMEX reúne-se uma vez por mês, ou quando há necessidade, sendo composta pelo Presidente, pelo Vice-presidente, pelos titulares dos Ministérios da Fazenda, Indústria e Comercio, Relações Exteriores, outros órgãos ligados a esta atividade, representantes políticos e do empresariado.- - >> link http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/camex/camex/competencia.php

Administrativa e juridicamente as atividades de comércio exterior estão mais ligadas a diversos Ministérios e órgãos, a saber:

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 225

DECRETO Nº 4.732,   DE 10 DE JUNHO DE 2003. Dispõe sobre a Câmara de Comércio Exterior - CAMEX, do Conselho de Governo

EXTRATO DO DECRETO

        Art. 1o  A Câmara de Comércio Exterior - CAMEX, do Conselho de Governo, tem por objetivo a formulação, adoção, implementação e a coordenação de políticas e atividades relativas ao comércio exterior de bens e serviços, incluindo o turismo.

        § 1o  Para atender o disposto no caput, a CAMEX será previamente consultada sobre matérias relevantes relacionadas ao comércio exterior, ainda que consistam em atos de outros órgãos federais, em especial propostas de projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo, de decreto ou de portaria ministerial.

        Art. 2o  Compete à CAMEX, dentre outros atos necessários à consecução dos objetivos da política de comércio exterior:

        I - definir diretrizes e procedimentos relativos à implementação da política de comércio exterior visando à inserção competitiva do Brasil na economia internacional;

        II - coordenar e orientar as ações dos órgãos que possuem competências na área de comércio exterior;

        III - definir, no âmbito das atividades de exportação e importação, diretrizes e orientações sobre normas e procedimentos, para os seguintes temas, observada a reserva legal:

        a) racionalização e simplificação do sistema administrativo;        b) habilitação e credenciamento de empresas para a prática de comércio exterior;        c) nomenclatura de mercadoria;        d) conceituação de exportação e importação;        e) classificação e padronização de produtos;        f) marcação e rotulagem de mercadorias; e        g) regras de origem e procedência de mercadorias;

        IV - estabelecer as diretrizes para as negociações de acordos e convênios relativos ao comércio exterior, de natureza bilateral, regional ou multilateral;

        V - orientar a política aduaneira, observada a competência específica do Ministério da Fazenda;

        VI - formular diretrizes básicas da política tarifária na importação e exportação;

        VII - estabelecer diretrizes e medidas dirigidas à simplificação e racionalização do comércio exterior;

        VIII - estabelecer diretrizes e procedimentos para investigações relativas a práticas desleais de comércio exterior;

        IX - fixar diretrizes para a política de financiamento das exportações de bens e de serviços, bem como para a cobertura dos riscos de operações a prazo, inclusive as relativas ao seguro de crédito às exportações;

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 226

        X - fixar diretrizes e coordenar as políticas de promoção de mercadorias e de serviços no exterior e de informação comercial;

        XI - opinar sobre política de frete e transportes internacionais, portuários, aeroportuários e de fronteiras, visando à sua adaptação aos objetivos da política de comércio exterior e ao aprimoramento da concorrência;

        XII - orientar políticas de incentivo à melhoria dos serviços portuários, aeroportuários, de transporte e de turismo, com vistas ao incremento das exportações e da prestação desses serviços a usuários oriundos do exterior;

        XIII - fixar as alíquotas do imposto de exportação, respeitadas as condições estabelecidas no Decreto-Lei no 1.578, de 11 de outubro de 1977;

        XIV - fixar as alíquotas do imposto de importação, atendidas as condições e os limites estabelecidos na Lei no 3.244, de 14 de agosto de 1957, no Decreto-Lei no 63, de 21 de novembro de 1966, e no Decreto-Lei no 2.162, de 19 de setembro de 1984;

        XV - fixar direitos antidumping e compensatórios, provisórios ou definitivos, e salvaguardas;

        XVI - decidir sobre a suspensão da exigibilidade dos direitos provisórios;

        XVII - homologar o compromisso previsto no art. 4o da Lei no 9.019, de 30 de março de 1995;

        XVIII - definir diretrizes para a aplicação das receitas oriundas da cobrança dos direitos de que trata o inciso XV deste artigo; e

        XIX - alterar, na forma estabelecida nos atos decisórios do Mercado Comum do Sul - MERCOSUL, a Nomenclatura Comum do MERCOSUL de que trata o Decreto no 2.376, de 12 de novembro de 1997.

        § 1o  Na implementação da política de comércio exterior, a CAMEX deverá ter presente:        I - os compromissos internacionais firmados pelo País, em particular:        a) na Organização Mundial do Comércio - OMC;        b) no MERCOSUL; e        c) na Associação Latino-Americana de Integração - ALADI;        II - o papel do comércio exterior como instrumento indispensável para promover o crescimento da economia nacional e para o aumento da produtividade e da qualidade dos bens produzidos no País;        III - as políticas de investimento estrangeiro, de investimento nacional no exterior e de transferência de tecnologia, que complementam a política de comércio exterior; e        IV - as competências de coordenação atribuídas ao Ministério das Relações Exteriores no âmbito da promoção comercial e da representação do Governo na Seção Nacional de Coordenação dos Assuntos relativos à ALCA - SENALCA, na Seção Nacional para as Negociações MERCOSUL - União Européia - SENEUROPA, no Grupo Interministerial de Trabalho sobre Comércio Internacional de Mercadorias e Serviços - GICI, e na Seção Nacional do MERCOSUL.

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 227

        § 2o  A CAMEX proporá as medidas que considerar pertinentes para proteger os interesses comerciais brasileiros nas relações comerciais com países que descumprirem acordos firmados bilateral, regional ou multilateralmente.

        § 3o  No exercício das competências constantes dos incisos II, IV, V, IX e X, a CAMEX observará o disposto no art. 237 da Constituição.

        Art. 3o  A instituição, ou alteração, por parte dos órgãos da Administração Federal, de exigência administrativa, registro, controle direto e indireto sobre operações de comércio exterior, fica sujeita à prévia aprovação da CAMEX, sem prejuízo das competências do Banco Central do Brasil e do Conselho Monetário Nacional, e observado o disposto no art. 237 da Constituição.

        Art. 4o  A CAMEX terá como órgão de deliberação superior e final um Conselho de Ministros composto pelos seguintes Ministros de Estado:

          I - do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que o presidirá;         II - Chefe da Casa Civil da Presidência da República;         III - das Relações Exteriores;          IV - da Fazenda;          V - da Agricultura, Pecuária e Abastecimento;         VI - do Planejamento Orçamento e Gestão; e         VII - do Desenvolvimento Agrário.

        § 1o  deverão ser convidados a participar de reuniões do Conselho de Ministros da CAMEX titulares de outros órgãos e entidades da Administração Pública Federal, sempre que constar da pauta assuntos da área de atuação desses órgãos ou entidades, ou a juízo do Presidente da República.

        § 2o  O Conselho de Ministros deliberará mediante resoluções, com a presença de todos os seus membros ou, excepcionalmente, com indicação formal de representante, cabendo ao Presidente o voto de qualidade.

        § 3o  Em suas faltas e impedimentos, o Ministro de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior será substituído, na Presidência do Conselho de Ministros da CAMEX, pelo Ministro de Estado da Fazenda.

        § 4o  O Conselho de Ministros reunir-se-á pelo menos uma vez a cada mês, ou sempre que convocada pelo seu Presidente, com antecedência mínima de cinco dias.

      Art. 5o  Integrarão a CAMEX:

--- o Comitê Executivo de Gestão - GECEX, --- a Secretaria-Executiva, --- o Conselho Consultivo do Setor Privado - CONEX e --- o Comitê de Financiamento e Garantia das Exportações - COFIG.

EXEMPLO DE RESOLUCAO DA CAMEX

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 228

RESOLUÇÃO Nº 61, DE 28 DE OUTUBRO DE 2009.O CONSELHO DE MINISTROS DA CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR, conforme o deliberado em reunião realizada no dia 28 de outubro de 2009, com fundamento no inciso XIV do artigo 2º do Decreto 4.732, de 10 de junh o de 2003, e tendo em vista as Decisões nos 33/03, 39/05, 13/06, 27/06, 61/07 e 58/08, do Conselho do Mercado Comum, do MERCOSUL,

RESOLVE:

Art. 1o Ficam alteradas para 2% (dois por cento), até 31 de dezembro de 2010, as alíquotasad valorem do Imposto de Importação incidentes sobre os seguintes Bens de Informática eTelecomunicação, na condição de Ex-tarifários:

NCM DESCRIÇÃO

8517.62.77 Ex 001 – Rádios de telecomunicações para enlace de micro -ondas SDH de longa distância com montagem "full indoor", com capacidade de 10RF por bastidor e transmissão Nx155 Mbits/s, para a faixa de 10,7 à 11,7GHz, com unidades de rádio internas (IDU) e potência de transmissão superior à 28dB

8517.62.77 Ex 002 – Rádios de telecomunicações para enlace de micro -ondas SDH de longa distância com montagem "full indoor", com capacidade de 10RF por bastidor e transmissão Nx155Mbits/s, para a faixa de 4.400 à 5.000MHz, com unidades de rádio internas (IDU) e potência de transmissão superior à 28dB

8517.62.77 Ex 003 – Rádios de telecomunicações para enlace de micro-ondas SDH de longa distância com montagem "full indoor", com capacidade de 10RF por bastidor e transmissão Nx155 Mbits/s, para a faixa de 7.425 MHz à 7.725 MHz, com unidades de rádio internas (IDU) e potência de transmissão superior à 28 dB.

8517.62.77 Ex 004 – Rádios de telecomunicações para enlace de micro -ondas SDH de longa distância commontagem "full indoor", com capacidade de 10RF por bastidor e transmissão Nx155Mbits/s, para a faixa de 5.925 à 6.425MHz, com unidades d e rádio internas (IDU) e potência de transmissão superior à 28dB

8517.62.77 Ex 005 – Rádios de telecomunicações para enlace de micro -ondas SDH de longa distância com montagem "full indoor", com capacidade de 10RF por bastidor e transmissão Nx155Mbits/s, para a faixa de 7.725 à 8.275MHz, com unidades de rádio internas (IDU) e potência de transmissão superior à 28dB

8536.90.40 Ex 002 – Conectores métricos para circuito impresso (modular), com 96 vias ou mais e passo de2,5mm, e as seguintes características: tecnologia “press-in”; com ou sem contatos blindadas para conexão "terra"; modular disponível em diferentes tamanhos (1, 2, 4, 9 ou 10 SU) e diferentes configurações de pinagem; blindagem RF; família SIPAC, baseado na norma IEC 1076 -4-100

8543.70.99 Ex 073 – Sistemas de gravação, edição e mixagem de áudio baseados em computador com “software” integrado, com interface de áudio com conexões digitais nos formatos S/PDIF, AES/EBU e ADAT Optical, suportando um mínimo de 16 entradas e 16 saídas por interface e 96 pistas de áudio simultâneas no “software”, trabalhando com referência de sincronismo externa (“external word clock”) e em “loop” (“loop sync”) e o processamento de áudio é feito em tempo real através de “hardware” baseado em “chips” DSP (“Digital Signal Processors”) dedicados, com possibilidade de trabalhar com o áudio em alta definição de amostragem (até 192kHz) e resolução 24 -bit, suportando os protocolos “ethernet”, MIDI e HUI para conexão de superfície de controle do software

8543.70.99 Ex 059 – Conversores de áudio analógico para digital em qualquer formato e “data rate”. Equipamentos conversores de áudio analógico para áudio digital em formato AES3 com taxa de amostragem de 32 a48kHz, entradas de áudio balanceadas

Art. 2o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.MIGUEL JORGE

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 229

RESOLUÇÃO No 48, DE 08 DE SETEMBRO DE 2009.

O CONSELHO DE MINISTROS DA CÂMARA DE COMÉRCIO EXTERIOR, conforme deliberado em reunião realizada no dia 26 de agosto de 2009, com fundamento no que dispõe o inciso XV do art. 2o do Decreto no 4.732, de 10 de junho de 2003, e no § 3o do art. 64 do Decreto no 1.602, de 23 de agosto de 1995, e tendo em vista o que consta nos autos do Processo MDIC/SECEX 52100.006147/2008-44,

RESOLVE:

Art. 1o Aplicar direito antidumping provisório, por até 6 meses, nas importações brasileiras de calçados, classificados nas posições 6402 a 6405 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), da República Popular da China, a ser recolhido sob a forma de alíquota específica fixa de US$ 12,47/par (doze dólares estadunidenses e quarenta e sete centavos por par).

Parágrafo único: Os calçados a seguir relacionados estão excluídos da aplicação do direito antidumping provisório, ainda que classificados nas posições tarifárias 6402 a 6405:

I - As sandálias praianas, confeccionadas em borracha e cujas tiras são fixadas ao solado por espigões (comumente classificadas na NCM 6402.20.00) ;

II - Os calçados destinados à prática de esqui e surfe de neve (comumente classificados na NCM 402.12.00 e na NCM 6403.12.00) ;

III - Os calçados de couro natural com a parte superior em tiras, e que encobre o dedo maior, popularmente designados alpercatas (comumente classificado na NCM 6403.20.00) ;

IV - Os calçados concebidos para a prática de uma atividade esportiva, munidos de ou preparados para receber tachas, grampos, presilhas, travessas ou dispositivos, inclusive os calçados específicos e exclusivos para patinagem, luta, boxe e ciclismo;

V - Os calçados domésticos (pantufas);

VI - Os calçados (sapatilhas) para dança;

VII - Os calçados descartáveis, com sol as aplicadas, concebidos para serem utilizados geralmente uma só vez;

VIII - Os calçados de proteção contra a descarga eletrostática (antiestáticos) para uso em instalações fabris;

IX - Os calçados para bebês e/ou recém-nascidos, com 100% da parte superior de matérias têxteis; e

X - Os calçados com 100% da parte superior e 100% da sola exterior de matérias têxteis.

Art. 2o O cálculo do direito antidumping provisório a que se refere o artigo anterior, aplicado por razões de interesse nacional, considera a elevação do Imposto de Importação para os produtos abrangidos pela presente medida no período de investigação, de forma a evitar ônus excessivo à população de menor poder aquisitivo .

Art. 3o Tornar públicos os fatos que justificaram a decisão, conforme o Anexo desta Resolução.Art. 4o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.MIGUEL JORGEPresidente do Conselho

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 230

a) MIN. DO DESENVOLV., INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR ( MDIC ) ver http://www.desenvolvimento.gov.br

Este Ministério tem quatro grandes Secretarias, a saber: 1) Secretaria de Desenvolvimento da Produção - SDP; 2) Secretaria de Tecnologia Industrial- STI; 3) Secretaria de Comércio e Serviços – SCS e 4) Secretaria de Comercio Exterior- SECEX, alem de vários órgãos vinculados Precisamente na SECEX ( Secretaria de Comércio Exterior ), que é o órgão de governo responsável pela condução da política de comércio exterior, a partir das prioridades e objetivos governamentais e das demandas do setor privado.

A SECEX, por sua vez, é composta por quatro Departamentos, a saber:

DECEX - Departamento de Operações do Comércio Exteriorque cuida dos procedimentos e regulamentações dos processos de importação e exportação, fiscalizando preços, estatísticas, controles de operações de “drawback” e demais;

DEINT - Departamento de Negociações Internacionaisque coordena a liberação da importação de máquinas e equipamentos usados, bem como as importações beneficiadas com isenções de impostos;

DECOM - Departamento de Defesa Comercialque determina as investigações de “ dumping ” e de subsídios e a aplicação de normas de salvaguardas para os produtos que estejam causando dano à economia brasileira;

DEPLA - Departamento de Planej. e Desenvolv. do Com. Exteriorque orienta os processos de integração econômica do Brasil junto aos Blocos Regionais ( MERCOSUL ) e outros Blocos Mundiais, bem como participa da Organização Mundial do Comércio - OMC.

Outras articulações da SECEX:

BNDES BACENAPEX CAMEXINMETRO S.R.F.INPI

DECEX DEINT DECOM DEPLAOrganograma Simplificado do MDIC e SECEX e suas interelaçõesObservar que o secretario titular da SECEX conta com grande poder de articulação.

MINISTERIO DODESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA

E COMERCIO EXTERIOR

Sec. Executiva Sec. Comércio Exterior SECEX

Sec. Desenvolvi-mento Produção

Sec. tecnologia Industrial

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 231

CAMEX

Min. Desenvolv. Ind. Com. Exterior.

Órgãos Externos Órgãos Internos

DECEX Regulamentação Finanças BACEN Controles de Cambio S E DEINT Legislação

Fiscalização S.R.F. C

E DECOM Defesa Comercial

Restrições MINISTÉRIOS X

DEPLA Negociação

Em governos anteriores a coordenação foi, ora do Ministério das Relações Exteriores, ora do Ministério da Fazenda, ora do Ministério do Planejamento, ora do Banco do Brasil, mas hoje a coordenação é feita conforme modelo acima.

Pode haver alterações, mas este modelo caminha para a consolidação, não apenas pela sua lógica, mas pelo volume crescente de negócios, pela complexidade dos sistemas implantados e pelos quadros de especialistas disponíveis. Contudo, no Brasil .....

b) MINISTÉRIO DA FAZENDA

Através da Secretaria da Receita Federal ( SRF ) atua fortemente através das Alfândegas ( Portos, Aeroportos, Zonas Aduaneiras e de Fronteiras ). Sua área de atuação ( território aduaneiro ) é todo o território nacional, e compreende:

ZONA PRIMÁRIA: é a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, ocupada pelos portos alfandegados, aeroportos alfandegados e áreas adjacentes aos pontos de fronteiras alfandegados;

ZONA SECUNDÁRIA: são áreas sob controle da Receita Federal, onde se localizam os entrepostos, os depósitos, os terminais e outras unidades destinadas ao armazenamento de mercadorias importadas ou destinadas a exportação;

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TERMINAIS ALFANDEGADOS: Locais onde são executados os serviços aduaneiros. São também chamados de ESTAÇÃO ADUANEIRA quando autorizadas a funcionarem fora das áreas portuárias, sob administração particular, mas com controle oficial. Por exemplo, a Estação Aduaneira de Maringá.

PORTOS, AEROPORTOS E PONTOS ALFANDEGADOS: são os locais definidos como oscorretos para a entrada no país de pessoas e mercadorias. Nestes pontos estão instaladas as alfândegas, também conhecidas como Aduanas. Nestes locais toda a documentação é examinada, as mercadorias são inspecionadas ( muitas vezes por amostragem), os passaportes são devidamente carimbados com a data da entrada e saída do país, e os impostos são calculados e recolhidos.

Santos, Paranaguá, Rio de Janeiro, Vitória, Itajaí, Rio Grande, Belém, Manaus, entre outros, são exemplos de portos. Os aeroportos de Cumbica, Galeão, Viracopos, Curitiba, Foz do Iguaçu são providos de alfândega. Outros pontos alfandegados situam-se em cidades de fronteira, como Foz do Iguaçu, Uruguaiana, Ponta Porá, Corumbá, Aquidauana.

Londrina não é ponto alfandegado, pois não tem alfândega, portanto, os vôos que podem ir ao exterior devem, obrigatoriamente, passar antes por um aeroporto alfandegado antes de sair do país.

Recentemente, a INFRAERO obteve autorização para implantar e explorar junto ao Aeroporto de Londrina, uma Estação Aduaneira, facilitando aos exportadores obterem seus despachos aduaneiros.

CASO A ENTRADA OU SAIDA DO PAÍS OCORRER FORA DESTES LOCAIS CONFIGURA-SE CRIME DE DESCAMINHO. A TENTATIVA DE PASSAR COM MERCADORIAS POR UM PONTO ALFANDEGADO ESCONDEDENDO-AS, OCULTANDO-AS OU ILUDINDO A FISCALIZXAÇÃO, CONSTITUI CRIME DE CONTRABANDO.

ENTREPOSTOS ADUANEIROS: é o regime que permite, seja na importação ou na exportação, o depósito de mercadorias em local determinado, com suspensão de tributos e sob controle fiscal.

ADMISSÃO TEMPORÁRIA: é o regime aduaneiro que permite a importação de bens sem cobertura cambial, e que devem permanecer no país durante prazo fixado, com suspensão de tributos, por exemplo, veículos ou outros bens para competições esportivas, veículos de turistas, animais estrangeiros de competição ou reprodutores, moldes industriais, equipamentos artísticos, etc.

c) OUTROS MINISTÉRIOS

Outros Ministérios podem atuar em comércio Exterior, conforme o tipo de operação a ser realizada, por exemplo:

- armas, munições e explosivos ....................................... Min. da Defesa - laticínios e produtos de origem animal e vegetal ............ Min. da Agricultura - medicamentos e cosméticos .......................................... Min. da Saúde - produtos de informática ................................................. Min. de Ciência e Tecnologia. Podem ser chamados, conforme o caso, a ANVISA, a ANATEL, a ANEEL, e outras agencias e órgãos de governo.

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4.1.1 - OS DESPACHANTES ADUANEIROS

Conforme veremos a seguir, é muito extensa e complexa a documentação envolvida nos processos de importação e exportação. Alem disto, sobrepõe-se às exigências burocráticas relativas ao mercado interno. Face ao exposto, é muito temeroso alguém aventurar-se em realizar todo o trabalho burocrático e das rotinas que envolvem as operações de importação e exportação, onde a probabilidade de erros e prejuízos é elevada, talvez até com 100 % de chance de acontecer problemas.

Ao final deste capítulo, existem algumas informações onde os interessados podem encontrar maiores detalhes. De qualquer forma, UM CURSO ESPECIFICO DE ROTINAS DE EXPORTAÇÃO para todos os funcionários envolvidos nas operações de comércio exterior, em conjunto com um BOM DESPACHANTE ADUANEIRO, serão de imprescindível ajuda nestes trâmites.

Na prática, os DESPACHANTES ADUANEIROS são indispensáveis. Eles são remunerados conforme tabelas próprias, que podem incluir preços prefixados ou percentuais “ad valorem“.

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------http://www.feaduaneiros.org.br/site.FNDA/o-despachante-aduaneiro.asp

O DESPACHANTE ADUANEIROO Despachante Aduaneiro é um profissional que atua no Brasil desde 1850, e que tem contribuído nesses 158 anos para a modernização do desembaraço de mercadorias em importação e exportação, bem como na intermediação de mercadorias em trânsito no país.A principal função do Despachante Aduaneiro é a formulação da chamada Declaração Aduaneira – cujo conceito moderno foi delimitado pela Convenção de Kyoto, das Nações Unidas e absorvido pelas principais legislações aduaneiras do mundo.Os Despachantes Aduaneiros exercem atividades eminentemente de interesse público, conforme já reconhecido pela literatura existente sobre a profissão e mesmo pelas próprias autoridades aduaneiras nacionais e internacionais, tanto que esses profissionais mantêm vínculo operacional diário e intenso com os órgãos públicos que controlam os sistemas aduaneiros, com eles atuando pari passu. Atuam mediante inscrição prévia em Registros próprios das Superintendências Regionais da Secretaria da Receita Federal, após a comprovação de uma série de requisitos e permanência como ajudante de despachante aduaneiro por 2 (dois) anos, no mínimo, da data de sua inscrição. Os Despachantes Aduaneiros somente podem atuar mediante procuração outorgada pelos interessados (importadores, exportadores e viajantes procedentes do exterior) e após credenciamento específico no SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior, sendo ele uma das poucas pessoas elencadas pela lei como capaz de receber senha própria para acessar dito Sistema e praticar os atos relacionados aos despachos aduaneiros de mercadorias importadas ou a exportar. Essa é a razão pela qual os Despachantes Aduaneiros vêm sendo citados expressamente em vários diplomas legais como responsáveis ou co-responsáveis nos processamentos de despachos de mercadorias importadas e a exportar e estão inseridos naquele Sistema como parceiros da Administração Pública na prestação desses serviços que são de interesse público.

É indubitável que o despacho aduaneiro é um procedimento fiscal regrado e regido por normas do Direito Tributário, e, conseqüentemente, ligado a outros ramos do Direito, em especial o Constitucional, o Administrativo, o Comercial e o Civil, motivo pelo qual o contribuinte (importador e exportador) está obrigado a cumprir as normas legais que regem aquele procedimento, que é, como

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se sabe, todo salpicado de atos obrigatoriamente formais. O Despachante Aduaneiro, portanto, é a pessoa que legalmente representa o contribuinte, o que o coloca como responsável perante o tomador de seus serviços (mandante) e perante a Administração Pública, além das normas que disciplinam suas atividades, de natureza ética. Assim, qualquer erro de digitação praticado por esses profissionais pode gerar penalidades face à legislação que dispõe sobre o despacho aduaneiro, a qual, em muitas ocasiões, é interpretada de forma extensiva pela fiscalização. O profissional arca com todo o peso de levar esse procedimento até o fim sem qualquer incorreção, o que às vezes não é fácil se se levar em conta que a legislação é densa e lacunosa, causando dúvidas no próprio seio da fiscalização, haja vista o grande número de consultas existentes em relação às normas tributárias e fiscais, em todos os níveis. O próprio Sistema antes referido não é completo, apesar de se constituir num poderoso e revolucionário instrumento para o Comércio Exterior. Sabe-se que o mesmo está sendo cada vez mais aperfeiçoado. É que esse Sistema foi concebido levando em conta o objetivo de se agilizar e racionalizar os serviços, o que é muito bom para todos, mas a sua natureza virtual conflita, algumas vezes, com a própria legislação maior tributária que norteia esse tipo de procedimento fiscal, pois o contribuinte se vê tolhido em alguns de seus direitos face o Sistema não estar preparado para a prática de certos atos, podendo-se citar como exemplo, entre vários, os casos de retificação de declaração de importação por simples erro. O fato é que o Despachante Aduaneiro está hoje situado no centro de todo esse procedimento, ou seja, no "olho do furacão" obrigando-se, por isso, a se manter permanentemente atualizado não só com as normas gerais do Direito e as praxes operacionais exigidas, assim como com outras obrigações e atos que são baixados todos os dias pelos órgãos competentes, em qualquer nível (local, regional ou central), pertencentes aos diversos Ministérios que compõem o Governo, tais como Ministério da Fazenda ( todos os órgãos da SRF), Ministério da Saúde (Anvisa), Ministério da Marinha (Marinha Mercante), Ministério da Agricultura, Ministério da Indústria e Comércio (Secex e Decex), Ministério do Exército, etc. Essa é a razão pela qual esse profissional tem sido chamado freqüentemente a participar de reuniões com o pessoal dos departamentos de importação e exportação dos interessados e mesmo com as autoridades aduaneiras, de vários níveis, para emprestar seu apoio, mediante críticas e sugestões, às iniciativas que visam a melhoria dos serviços aduaneiros em geral. Os Despachantes Aduaneiros não emitem ou geram eletronicamente os documentos que instruem os despachos (fatura comercial, conhecimento de carga, etc ), a não ser os formulários que corrrespondem aos próprios despachos e as petições e outros atos que exigem acesso àquele Sistema ou mesmo os praticados fora dele, mas nem por isso ele deixa de sofrer injustamente as conseqüências de uma operação ou importação mal formulada ou efetivada no exterior. É o caso de erro de expedição de mercadoria ou da chegada desta em quantidade maior ou menor que a constante dos documentos emitidos no exterior ou, ainda, com preços incompatíveis com o mercado. Estes expedientes provocam a paralisação dos despachos e mesmo a retenção das mercadorias respectivas, dando a impressão aos menos avisados que o despachante aduaneiro errou, o que não corresponde à realidade. Outras vezes – é de citar, a própria fiscalização provoca o trancamento do despacho por exigência incompatível com o conteúdo, alcance e sentido da norma legal que supõe ser a prevista para a hipótese discutida, provocando intermináveis controvérsias que não raro são decididas em favor do contribuinte em

instância superior, mas enquanto o litígio perdura ao despachante é atribuída culpa pelas ocorrências que o geraram. A Lei nº 10.833, de 2003, prevê uma série de sanções às pessoas intervenientes na área aduaneira, citando o Despachante Aduaneiro expressamente. Existem hoje muitos diplomas legais nesse sentido.

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Além de todas essas responsabilidades que caracterizam a profissão, constantes do Decreto que regulamenta as atividades desses profissionais e de outras que vêm sendo sucessivamente criadas ao longo destes anos, é de se dizer que o Sistema ao qual esses profissionais são submetidos, pode expô-los à sanha de pessoas inescrupulosas ou mal intencionadas. Veja-se o seguinte exemplo: uma pessoa que conheça o CPF-MF do Despachante Aduaneiro pode tentar o acesso por mais de 3 (três) vezes seguidas a tal Sistema e errar propositadamente a forma de fazê-lo, fato que bastará para bloquear, automaticamente, a senha do profissional, impedindo-o de dar consecução aos despachos que estão tramitando sob sua responsabilidade. Este expediente tem ocorrido com certa freqüência e tem por objetivo prejudicar voluntariamente o despachante, causando-lhe inegáveis prejuízos de natureza financeira e, sobretudo, comercial. Dever-se-ia inverter a forma de acesso àquele Sistema, indicando-se primeiramente a senha e, em seguida, o número do CPF-MF, o que evitaria esse tipo de ataque. Note-se um outro exemplo: basta um simples erro na citação do armazém ou recinto alfandegado para que o Sistema exija a efetuação de um novo despacho aduaneiro, para o qual já se pagou os tributos e cumpriu todas as demais formalidades. Vale dizer: o estancamento do despacho, a efetuação de nova declaração de importação com todas as seqüelas que disso advém, podendo-se dizer que a retificação é um direito que consta do Código Tributário Nacional. Não se pode negar, portanto, que o Despachante Aduaneiro está cada vez mais sendo reconhecido como profissional participativo do Comércio Exterior, não só pela importância dos serviços que executa, de natureza pública, mas igualmente pelos conhecimentos que é obrigado a deter na execução dos mesmos, daí as responsabilidades que a ele vêm sendo atribuídas, cada vez mais, pelo Poder Público. Cabe-nos, por tudo isso, conclamar os colegas despachantes à união em torno de um ideal comum, qual seja, o da participação efetiva de todos objetivando engrandecer ainda mais a categoria, o que se dá com a prática diária do trabalho eficiente e do cultivo à ética profissional. ////

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4.1.2 - O Sistema Integrado de Comércio Exterior - - SISCOMEX - -

Atualmente, as operações burocráticas foram bastante facilitadas com a implantação do SISCOMEX, o Sistema Integrado de Comércio Exterior, instituído pelo Decreto no. 660 de 25.09.1992, entrando em funcionamento, inicialmente na parte relativa às exportações, em 04.01.1993, e em janeiro de 1997 para as importações, este último regulamentado pelas Instruções Normativas 69 e 70, de 10.12.96 e publicadas no D.O.U, de 11.12.96.

O SISCOMEX é um instrumento administrativo ( sistema informatizado fechado ) que integra as atividades de registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, mediante fluxo contínuo, computadorizado, de informações necessárias ao exercício das operações de exportação e importação.

O Sistema esta sob responsabilidade da Secretaria da Receita Federal, atendendo a funções de controle exercidas por outros órgãos ( BANCO CENTRAL, SECRETARIA DO COMERCIO EXTERIOR DO MIN. DA IND. E COM., SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL, BANCO DO BRASIL, SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOS E OUTROS ), e integrando um projeto mais amplo da Administração Federal em prol da simplificação e maior eficácia dos controles exercidos pelos órgãos do comércio exterior brasileiro.

SIGLAS DOS DOCUMENTOS SISCOMEX: CE - Comprovante de Exportação CI - Comprovante de Importação RE - Registro de Exportação ( substitui a antiga Guia ) RI - Registro de Importação ( idem ) RV - Registro de Venda RC - Registro de Operação de Crédito

Ficam informatizados: contratos de cambio remessas financeiras, inclusive comissões despacho aduaneiro

Continuam inalterados: a Nota Fiscal a Carta Remessa ou Borderô de Exportação

OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:

Cada operação de importação ou de exportação recebe um NUMERO DE REGISTRO, seja um RE ou um RI, e esta operação tem um início, um processo e um fim. O encerramento da operação ocorre após o DESPACHO ADUANEIRO, ou seja, um procedimento da Alfândega (ou Aduana) que libera as mercadorias, seja para entrada no país, seja para saída do pais.

Sendo estes procedimentos bastante variados e complexos, existem empresas com pessoal especializado no apoio administrativo para o encaminhamento e desembaraço destas mercadorias. São os chamados DESPACHANTES ADUANEIROS.

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BANCO CENTRAL MINISTÉRIO MINISTÉRIO DO BRASIL IND. E COM. FAZENDA

SECRETARIA DO SECRETARIA DA COMERCIO EXTERIOR RECEITA FEDERAL

C O N T R O L E SISBACEN SERPRO

Alfândegas, Bancos Comerciais, Corretoras de Seguros, Corretoras de Cambio, Despachantes Aduaneiros, Empresas Cadastradas, etc

Órgãos mais importantes que participam do SISCOMEX

QUEM ESTA LIGADO À REDE SISCOMEX ? - Agências do Banco do Brasil - Bancos que operam em Câmbio; - Corretores de Câmbio; - Despachantes aduaneiros; - Estabelecimentos registrados para Importação e Exportação; - Salas da Receita Federal - Alfândegas.

COMO PARTICIPAR OU SE INTEGRAR NO SISCOMEX ?

Para participar e operar este sistema os interessados deverão:a) cadastrar sua empresa na Secretaria da Receita Federal, b) Após, adquirir o “software” para instalação junto a S.R.F. ou diretamente no SERPRO;c) Após, adquirir o serviço ( ser assinante ) do RENPAC junto a EMBRATEL, para acesso à REDE SISCOMEX;d) a conexão é por computador, via FAX/MODEM.

A operação do SISCOMEX exige uma pessoa devidamente habilitada pela Receita Federal, com SENHA de acesso ao sistema. Contudo, não há necessidade de todas as empresas estarão conectadas ao SISCOMEX, face aos custos envolvidos. Isto somente é interessante para as grandes empresas exportadores e importadoras, que tenham grandes volumes de negócios.

As empresas interessadas em importar e exportar e que estejam cadastradas junto a S.R.F. podem se utilizar do sistema instalado junto aos Bancos que operam cambio, ou despachantes aduaneiros para efetuar os seus processos. A rede bancária esta integrada ao SISBACEN, que por sua vez esta integrado ao SISCOMEX.

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7.2. NOMENCLATURA - CLASSIFICAÇÃO DE MERCADORIAS

Ao preencher o Registro de Exportadores e Importadores (REI) no SISCOMEX, a empresa deverá classificar seus produtos de acordo com duas nomenclaturas: a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e a Nomenclatura Aduaneira da ALADI (Naladi/SH), criadas com base na Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias (SH), firmada em Bruxelas, em 14 de junho de 1983. O SH possui 6 dígitos, mas cada país pode acrescentar até quatro dígitos. Exportação Passo a Passo

A Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) foi criada em 1995, com a entrada em vigor do Mercosul, e aprovada pelo Decreto 2.376, de 13.11.97, juntamente com as alíquotas do imposto de importação que compõem a Tarifa Externa Comum (TEC).

Ao consultar a www.braziltradenet.gov.br , o usuário terá acesso à NCM, nas versões em português, espanhol e inglês. A NCM, que substituiu a Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), possui 8 dígitos e uma estrutura de classificação que contém até 6 níveis de agregação: capítulo, posição, subposição simples, subposição composta, item e subitem:

- Capítulo - a indicação do capítulo no código é representada pelos dois primeiros dígitos;- Posição - a posição dentro do capítulo é identificada pelos quatro primeiros dígitos;- Subposição simples - é representada pelo quinto dígito;- Subposição composta - é representada pelo sexto dígito;- Item - é a subdivisão do SH, representado, no código, pelo sétimo dígito;- Subitem - é a subdivisão do item, representado, no código, pelo oitavo dígito.

Exemplo:

NCM 8445.19.24 (máquinas abridoras de fibras de lã)

84 - capítulo (reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos, e suas partes);

8445 - posição (máquinas para preparação de matérias têxteis; máquinas para fia- ção, dobragem ou torração de matérias têxteis e outras máquinas e aparelhos para fabricação de fios têxteis; máquinas de bobinar - incluídas as bobinadeiras de trama - ou de dobar matérias têxteis e máquinas para preparação de fios têxteis para sua utilização nas máquinas das posições 8446 ou 8447);8445.19 - subposição simples (máquinas para preparação de matérias têxteis);8445.19 - subposição composta (outras máquinas para preparação de matérias têxteis);8445.19.24 - item (máquinas para a preparação de outras matérias têxteis);8445.19.24 - subitem (máquinas abridoras de fibras de lã).

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Nomenclatura Aduaneira da Associação Latino-Americana de Integração (Naladi/SH) .

Possui estrutura semelhante à da NCM (para a qual serviu de base) e o mesmo número de dígitos (8), sendo os seis primeiros sempre idênticos. O SISCOMEX dispõe de tabelas que possibilitam a identificação dos códigos tanto da NCM como da Naladi/SH.

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OUTRO EXEMPLO

Capítulo 64 – CALÇADOS, POLAINAS E ARTEFATOS SEMELHANTES, E SUAS PARTES

Posição 6401 – Calçados impermeáveis de sola exterior e parte superior de borracha ou plástico, em que a parte superior não tenha sido reunida à sola exterior por costura ou por meio de rebites, pregos, parafusos, es- pigões ou dispositivos semelhantes, nem formada por diferentes partes reunidas pelos mesmos processos.

Item 6401.10.00 – Calçados com biqueira protetora de metalItem 6401.9 - Outros calçados

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Posição 6402 – Outros calçados com sola exterior e parte superior de borracha ou plástico

Item 6402.1 – calçados para esporte

Item 6402.20.00 – calçados com a parte superior em tiras ou correias fixadas à sola por pregos, taxas, pinos ou semelhantes.

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 242 FSP - 25/05/2009 - 04h48

Indústria prevê queda recorde na exportação em 2009

As exportações brasileiras de produtos manufaturados e semimanufaturados devem ter uma queda de cerca de 35% em 2009 na comparação com o registrado em 2008, de acordo com estimativa feita pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Os dados constam em reportagem assinada por Denyse Godoy e publicada na Folha desta segunda-feira. Dessa forma, as vendas externas desses itens cairiam para perto de US$ 78 bilhões, contra US$ 119,8 bilhões verificados em 2008. Se confirmada essa projeção, será a primeira diminuição desde 1999, quando houve um recuo de 5,8%, e a maior na série histórica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que teve início em 1980. "A principal explicação para a baixa está no encolhimento do mercado consumidor. Fortemente atingidos pela crise, nossos principais parceiros comerciais --EUA, Europa e América Latina-- passaram a comprar menos", explica Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp. Apesar da retração da demanda global, que derrubou encomendas, especialistas também vêem a baixa competitividade dos itens brasileiros como causa. A estimativa foi feita a partir de uma pesquisa com seus associados e obtida com exclusividade pela Folha.

-------------------------------------------------------------------Leia mais notícias sobre a exportação ← Entrada de dólares supera saída em US$ 2 bi na 1ª quinzena de maio ← Balança tem superávit de US$ 505 milhões na 2ª semana de maio ← Governo anuncia fundo de R$ 4 bi para garantir crédito a empresas

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FSP - 20/05/2009 - 12h52

Entrada de dólares supera saída em US$ 2 bi na 1ª quinzena de maio

O fluxo cambial, que mede a entrada e saída de dólares no país, ficou positivo em US$ 2,06 bilhões nos 15 primeiros dias de maio, segundo dados do Banco Central. Nesse período, houve mais dólares entrando do que saindo do Brasil. Trata-se do maior desde setembro do ano passado (US$ 2,803 bilhões), quando houve o agravamento da crise financeira internacional, e também supera o registrado nos dez primeiros dias úteis do mesmo mês de 2008 (US$ 1,477 bilhão). O valor já supera o resultado positivo de US$ 1,4 bilhão alcançado em todo o mês de abril --o melhor mês desde o início da crise. A entrada de dólares no país é um dos principais motivos a pressionar a cotação da moeda norte-americana para baixo nas últimas semanas. O fluxo é dividido em duas partes. Na área comercial, ficou positivo em US$ 658 milhões no começo de maio, diferença entre os dólares das exportações e importações. O BC considera também nessa conta os dólares que entram por meio de operações financeiras, como aplicações, investimentos, gastos e remessas. Nesse caso, o fluxo ficou positivo em US$ 1,401 bilhão. 2009 Com o resultado da primeira quinzena, o fluxo cambial voltou a ficar positivo no acumulado do ano, com um saldo positivo de US$ 516 milhões. No mesmo período do ano passado, estava positivo em US$ 17,1 bilhões. Em 2009, saíram do país US$ 11,567 bilhões na área financeira. Esse resultado negativo foi compensado pela entrada de US$ 12,083 bilhões no comércio exterior.

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OBSERVAÇÃO:

Escolha o nome: ( ) ESPECULAÇÃO FINANCEIRA ?

( ) CIRANDA FINANCEIRA ?

( ) CASSINO FINANCEIRO ?

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4.1.4 - DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA IMPORTAÇÃO/EXPORTAÇÃO

ATENCAO: Os documentos aqui descritos não são exclusivos do Brasil, mas sim são utilizados em todos os paises do mundo.

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1 - INSERÇÃO DESTA ATIVIDADE NO CONTRATO SOCIAL

Para se considerar exportadora ou importadora, a empresa deve incluir a atividade de exportação e importação em seus atos constitutivos - declaração de Firma Individual, Contrato Social, Estatuto, etc. e estar inscrita no Registro de Exportadores-RE, da Secretaria de Comércio Exterior-SECEX. Este cadastramento pode ser feito junto a Secretaria da Receita Federal ou através de um Despachante Aduaneiro

Já no processo de se concretizar uma importação/exportação, é necessária uma série de outros documentos, também chamados de documentos de importação/exportação, e que são exigidos para  o transporte de mercadorias.

Independentemente do meio de transporte, os documentos para embarque ao exterior serão os mesmos. Apenas o produto exportado ou alguma particularidade na negociação comercial influenciará na sua emissão.

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OS DOCUMENTOS ( VER MODELOS EM ARQUIVO SEPARADO )Os documentos de exportação devem ser emitidos em inglês ou no idioma do país importador.

Fatura Pró-Forma – PROFORMA INVOICE ( ás vezes chamada de “draft” )Semelhante ao pedido de compra, esse documento formaliza a cotação do produto, garantindo as informações necessárias para emissão da carta de crédito ou de outro documento para pagamento. Ele habilita o fechamento de câmbio no caso de pagamento antecipado. Constitui o documento inicial e a BASE para todos os demais procedimentos da operação.

Romaneio de embarque ( Packing List )Descreve o conteúdo de cada volume, facilitando a fiscalização e localização da mercadoria. Acompanha a mercadoria durante o trânsito interno e para o embarque ao exterior.

Nota fiscalDocumento que habilita a circulação interna da mercadoria desde a saída do estabelecimento até o embarque para o exterior. O preenchimento deve ser feito em moeda nacional. Acompanha a mercadoria durante o trânsito interno e para o embarque ao exterior

Certificado de origemDocumento que atesta a origem da mercadoria e que pode ser exigido pelo país importador dependo do produto a ser importado. O exportador pode utilizar este documento para obter a redução ou isenção de tributos. Acompanha a mercadoria durante o trânsito interno e para o embarque ao exterior.

Existem vários modelos de certificado de origem: - certificado de origem comum - certificado de origem para países da Aladi - certificado de origem- Mercosul - certificado de origem- Protocolo de  expansão comercial-PEC - certificado de origem formulário do Sistema Geral de Preferências-SGP

Certificado de inspeçãoDocumento que atesta a qualidade dos produtos e a conformidade com os dados da fatura comercial e que pode ser exigido por alguns países É emitido pelas empresas exportadoras ou por uma empresa especializada neste tipo de atividade. Para efetuar a certificação a empresa deve gerar um relatório preliminar de inspeção e emitir o certificado. Acompanha a mercadoria durante o trânsito interno e para o embarque ao exterior.

Certificado fitossanitárioDocumento que atesta a sanidade de produtos de origem  animal e vegetal. Emitido por órgãos do Ministério da Agricultura quando exigido pelo país importador. Acompanha a mercadoria durante o trânsito interno e para o embarque ao exterior.

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Certificado de análiseDocumento que atesta a composição dos produtos a serem exportados. Este certificado é emitido quando exigido pelo país importador. Acompanha a mercadoria durante o trânsito interno e para o embarque ao exterior.

Certificado de seguro de transporteDocumento que garante a cobertura total das mercadorias em caso de sinistro. É exigido sempre que a transação for efetuada em condições de custo e seguro, ou custo, seguro e frete. Acompanha a mercadoria durante o trânsito interno e para o embarque ao exterior.

Conhecimento de embarqueDocumento que comprova a entrega da mercadoria e confere ao consignatário a sua posse. Sua emissão é feita pelo transportador após o embarque. Acompanha a mercadoria no embarque ao exterior.

Letra de câmbio ou saque de exportaçãoSemelhante à duplicata, é emitida pelo exportador em formulário padrão reconhecido internacionalmente. A venda à vista implica na liquidação da letra cambial antes da retirada da documentação original no banco. Acompanha a mercadoria durante o trânsito interno e para o embarque ao exterior.

Fatura comercialDocumento exigido internacionalmente para desembaraço da mercadoria. Deve ter o carimbo da empresa exportadora, data e assinatura em todas as vias. Quando o pagamento for efetuado através de carta de crédito, a primeira via deverá acompanhar os documentos de negociação.

Fatura consularDocumento emitido pelo consulado do país importador, exigido apenas por alguns países. Dependendo do destino da exportação, para emitir a fatura consular o consulado pode exigir a apresentação da fatura comercial, do certificado de origem, do conhecimento de embarque entre outros.

O SISCOMEX também exige alguns documentos e informações para registrar a operação de importação e/ou de exportação. São eles:

Registro de exportação ou de importaçãoDocumento que reúne um conjunto de informações sobre a natureza da exportação efetuada. É feito através de um terminal de computador interligado ao Siscomex.

Registro de vendaDocumento que reúne um conjunto de informações que caracteriza instrumento de venda de commodities ou de produtos negociados em bolsas de mercadorias. Este registro é efetuado em um terminal interligado ao Siscomex. 

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Registro de operações de créditoDocumento que caracteriza venda externa com um prazo de pagamento superior a 180 dias, independente dos recursos serem próprios ou de terceiros. Este registro é efetuado em um terminal interligado ao Siscomex.

Comprovante de exportaçãoDocumento emitido pela Receita Federal ao final da operação de exportação.

Despacho aduaneiroÉ um conjunto de informações referente ao procedimento fiscal de liberação da mercadoria a ser remetida para o exterior.

Contrato de câmbioDocumento que formaliza a operação de conversão de moeda estrangeira em nacional. É editado pelo pelos bancos e corretoras através do Siscomex, para evitar a duplicidade na coleta de informações

Esta relação é meramente orientativa. Face a sistemática em implantação por força do SISCOMEX, podem ter havido alterações nestas exigências. Para tanto, recomenda-se procurar informações específicas para cada caso de importação ou exportação junto aos órgãos de apoio ao comércio exterior, ou despachante aduaneiro.

- - > a partir da página 180 há mais detalhes a respeito destes documentos.

N O T A:

Incluir cópias destes documentos iria redundar num volume muito grande de papel. O professor exibirá modelos num arquivo anexo. Os interessados pode- rão encontrar mais detalhes na literatura especializada, ou junto aos Depar- tamentos próprios dos Bancos envolvidos com Carteiras de Importação / Ex- portação, ou Despachantes Aduaneiros, ou ainda, junto aos Escritórios do SEBRAE que estejam habilitados para este tipo de Assessoria Empresarial.

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4.2 - PRECAUÇÕES E PECULIARIDADES LIGADAS AO MARKETING E COMÉRCIO INTERNACIONAL

4.2.1 - O ESFORÇO DE COMUNICAÇÃO

O marketing moderno exige mais do que desenvolver bons produtos, definir-lhes preços atrativos e colocá-los à disposição dos consumidores-alvo. AS ORGANIZAÇÕES NECESSITAM DE COMUNICA-SE COM SEUS CLIENTES.

Se no marketing tradicional a comunicação e aquilo que é comunicado não deve ficar ao acaso ou sujeito apenas ao bom senso e/ou gosto pessoal ou preferências dos seus gerentes e proprietários, maior importância assume este fator no marketing internacional. Por que ?

Além das pessoas estarem hoje em dia submetidas a um verdadeiro bombardeio promocional, exigindo das empresas um trabalho muito profissional e especializado para que suas mensagens cheguem até os consumidores-alvo e possam ser recebidas, absorvidas, compreendidas e persuadirem, encontramos no marketing internacional um macroambiente totalmente diferente em termos de idioma, hábitos, usos, costumes, modos de vida e formas de interpretar palavras e os diferentes valores que elas significam.

Existem diversas formas de comunicação, além do que as empresas devem comunicar-se com grupos muito diversos ( revendedores e distribuidores, fornecedores, clientes-alvo, público em geral, etc ).

Para cada um destes grandes agrupamentos e/ou público-alvo deve ser selecionado: - o melhor apelo; - o melhor argumento; - a melhor linguagem; - o melhor veículo ( mídia); - para comunicação social ( jornais, revistas, TV, etc ) - para comunicação empresarial ( cartas, FAX, telex, E.Mail ) - a melhor época; - e o melhor conjunto de técnicas de comunicação (MIX PROMOCIONAL)

Para otimizar a comunicação e os custos envolvidos, antes de trabalhar os instrumentos e ferramentas promocionais, deve-se ter um bom entendimento do PROCESSO DE UMA COMUNICAÇÃO EFICAZ.

De uma forma geral as principais ferramentas promocionais são: * A correspondência tradicional, nas suas diversas formas: - cartas comerciais - cartas pré-contratuais - memorandos, relatórios, etc * Propaganda * Promoção de vendas * Relações públicas e Publicidade * Venda Pessoal * Marketing Direto

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Este conjunto de recursos forma o Composto Promocional ou MIX PROMOCIONAL ou Mix de Comunicação com o mercado. Contudo, elas estão dependentes de uma boa compreensão do PROCESSO DE COMUNICAÇÃO, QUE VEREMOS A SEGUIR.

PROCESSO DE COMUNICAÇÃO

EMISSOR CODIFI MENSAGEM DECODIFI- RECEPTOR CAÇÃO CAÇÃO MEIO ou VEÍCULO

RUÍDO

FEEDBACK RESPOSTA

Fig. ___ - Elementos básicos de um processo de comunicação

----->> explicações verbais

----->> qual é o fluxo correto para o planejamento ?

Resposta: O fluxo de planejamento é o inverso do fluxo físico.

4.2.2 - DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DE COMUNICAÇÃO:

Uma vez definido o mercado-alvo,( ou receptor ), deve-se decidir qual é a resposta desejada deste mercado. Na maioria das vezes é a COMPRA, mas pode ser outra (informação, divulgação, novos usos, etc ).

Há uma graduação a respeito do estado de prontidão do comprador a respeito do produto e/ou serviço de uma empresa, que envolve os níveis cognitivo, afetivo e comportamental, a saber:

NIVEL COGNITIVO a) CONSCIÊNCIA ( sobre o produto e a organização ) b) CONHECIMENTO ESPECIFICO ( do produto e/ou serviço )

NIVEL AFETIVO c) SIMPATIA d) PREFERÊNCIA e) CONVICÇÃO

NÍVEL COMPORTA f) COMPRA ou AÇÃO MENTAL

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Em função do processo de comunicação, para se alcançar um público-alvo, e para a correta integração dos elementos constituintes do processo de comunicação para se alcançar este público-alvo, devem exigir a soluçào de quatro problemas, a saber:

- O QUE DIZER .............................................. Conteúdo da mensagem ( apelo )- COMO DIZER CORRETAMENTE .............. Estrutura da mensagem- COMO DIZER SIMBOLICAMENTE ........... Formato da mensagem- QUEM DEVE DIZER ................................... Fonte da mensagem- PLANO DE DIVULGAÇÀO E ORÇAMENTO

Este trabalho exige o apoio de profissionais especializados.

4.2.3 - ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO DE MARKETING

Para se montar uma boa estratégia de comunicação de marketing internacional, autores sugerem a seguinte cronologia:

1o. Passo: AVALIAR AS OPORTUNIDADES DE COMUNICAÇÃO DE MARKETING

2o. Passo: ANALISAR OS RECURSOS DE COMUNICAÇÃO DE MARKETING

3o. Passo: ESTABELECER OS OBJETIVOS DE COMUNICAÇÃO DE MARKETING

4o. Passo: DESENVOLVER / AVALIAR ALTERNATIVAS ESTRATÉGICAS ( maneiras alternativas de alcançar os objetivos )

5o. Passo : DISTRIBUIR TAREFAS ESPECIFICAS DE COMUNICAÇÃO

INSTRUMENTOS DE COMUNICAÇÃO DISPONÍVEISNO MARKETING INTERNACIONAL

- Jornais e revistas de negócios;- Mala direta;- Exposições, Feiras e Missões Comerciais;- Contatos e Venda Pessoal;- Meios de comunicação em geral ( correio, FAX, E.Mail, etc )

Todas estas atividades de comunicação dependerão de um excelente trabalho de retaguarda, na forma de secretaria-geral (Diretoria e Gerências), assessorias (jurídica, contábil, técnica, de negócios, financeira, etc) e uma AGÊNCIA DE PROPAGANDA de apoio no país de interesse.

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4.2.4 - PRIMEIROS CONTATOS COM OS FUTUROS CLIENTES

Seguem abaixo algumas recomendações a respeito de como se deve fazer nos contatos com o exterior:

a) Inicialmente, o idioma a ser utilizado deve ser o do país importador, ou então, o inglês, desde que seja de comum acordo entre as partes;

b) A pessoa de contato deve dominar com precisão o idioma utilizado. Caso contrário DEVE-SE contratar um interprete ( o que é considerado como respeitoso pelo cliente);

c) Há dois tipos de contato no comércio exterior, a saber: - o contato preliminar, ou exploratório - os contatos de cotação ou de negociação, que vêm em seguida.

OS CONTATOS PRELIMINARES OU EXPLORATÓRIOS:

Sua função básica é dar a conhecer ao possível comprador a existência e informações sobre a empresa exportadora, sobre os produtos oferecidos e outras divulgações, para despertar o interesse do futuro cliente, o que envolve:

- denominação completa ( razão social e nome comercial ); - localização e endereços; - expressão ou alcance dentro dos mercados que opera; - experiências acumuladas em operações de exportação; - mercados alcançados por estas operações; - principais clientes ( nome e endereço de contato ); - denominação popular, cientifica ou técnica dos produtos; - normas técnicas que respeita, acata ou adota; - matérias primas envolvidas na sua elaboração; - normas de controle de qualidade empregadas; - aspectos relativos a embalagem e apresentação; - quantidades mínimas e máximas ofertadas; - outras informações úteis sobre o produto/serviços;

-->> DEVE-SE EVITAR REMETER AMOSTRAS NUM PRIMEIRO CONTATO, USAR APENAS CATÁLOGOS.

-->> O ENTUSIASMO E A EXACERBAÇÃO PODE LEVAR A EFEITOS CONTRÁ- RIOS; P.ex. REMETER OS PREÇOS JÁ NO CONTATO INICIAL.

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4.2.5 - DIFERENÇAS E CARACTERÍSTICAS CULTURAIS QUE INTERFEREM NA COMUNICAÇÃO NO COMERCIO INTERNACIONAL

TÓPICOS IMPORTANTES A SEREM OBSERVADOS:- TEMPO - ESPAÇO - PROTOCOLO - POLÍTICA - IDIOMA- ETIQUETA - IDADE - GENERO(SEXO) - RELIGIÃO - HISTÓRIA- EDUCAÇÃO - SAUDAÇÃO - HIGIENE - PRESENTES - HOSPITALIDADE- PIADAS - VALORES - ATITUDES - LEIS - SUPERSTIÇÃO- FOLCLORE - MÚSICA - PROPRIEDADE - STATUS - CORES- LINGUAGEM - TABUS QUANTO - ADORNOS NO - ORGANIZAÇÃO CORPORAL A ALIMENTOS CORPO SOCIAL

A - QUANTO AO PROTOCOLO: - CUMPRIMENTOS CUIDADO COM A FORMA DE CUMPRIMENTAR, que pode ser: - efusivos e barulhentos, como os latinos; - o distante britânico “hi”; - um firme aperto de mão e olho-no-olho; - o respeitoso e cerimonioso inclinar-se do oriental; - o beijo no rosto dos russos; - etc, etc -->> o visitante deve conhecer a forma mais apropriada, conforme a cultura ( ou subcultura ) local; - PRIMEIRO NOMEos latinos e norte-americanos, em geral, chamam logo pelo primeiro nome; os italianos e alemães gostam de seu título acadêmico e sobrenome; será cortês perguntar como ele gostaria de ser chamado;

- TEMPO ( HORÁRIO ) A PONTUALIDADE É A VIRTUDE MÁXIMA. Contudo, os chineses costumam responder cartas com certa demora;

- HORÁRIO DE TRABALHOde segunda a sexta, das 08:00 às 17:00 é o período mais convencional, mas há variações:-- os árabes descansam na sexta-feira e sábado e domingo são dias normais de tra- balho;-- em alguns países latinos o horário de almoço obedece a “siesta”, indo das 13:00 às 16:00 hs.

- CHEGADASSerá sempre agradável ao chegar num país estrangeiro encontrar alguém aguardando, para orientar sobre hotel, escritório, etc. Receber bem os visitantes irá causar excelente imagem e boa vontade geral.

- SEXONos países árabes há enorme controle sobre sexo nas propagandas, ao passo que em outros não qualquer controle ou restrição. Em outros, a atenção esta voltada para certas partes do corpo ...Por isso que o apoio de uma Agência de Propaganda local será de grande utilidade.

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- CORESAs cores têm significados diferentes nas diversas culturas: P. Ex. BRANCO: ora é pureza, ora é luto, ora é esperança .... PÚRPURA: em muitos países esta associado com a morte ... As cores poder grande influencia inclusive nos envelopes, papel timbrado e embalagens.

- LINGUAGEM CORPORAL Os latinos têm o costume de se aproximarem dos interlocutores; Em muitos povos é ofensivo sentar cruzando as pernas, mostrando a sola dos sapatos; Na Tailândia, balançar a cabeça lateralmente significa “sim”; Para os norte-americanos, fazer um circulo com o polegar e o indicador significa que esta tudo bem(OK) mas para os brasileiros e soviéticos é gesto obsceno; para os franceses significa que algo não tem valor; no Japão significa dinheiro; os japoneses inclinam o corpo em direção ao interlocutor, mostrando interesse, mas a razoável distância;

- SENSO DE HUMOR

- Antes de ser “engraçadinho” é preciso verificar o humor vigente do país anfitrião, pois esta muito ligado a cultura, história, etc.- Evite jogos de palavras ou “trocadilhos”;- Evite de toda forma fazer comentários jocosos sobre política e políticos.

- IDIOMAS Os idiomas podem esconder algumas surpresas, tais como:

- No Brasil “pois não“ significa SIM, em Portugal é NÃO mesmo- Um “tinto” na Colômbia é uma xícara de café;- VIABILIDADE na Itália seria “viabilitá”, mas o significado é de “sistema viário”. O correto seria “fattabilitá” do verbo fare ( fazer );- MOTEL na Itália é uma espécie de “car-center” para assistência aos motoristas; nos EUA é hotel localizado próximo às rodovias- “ESTATE” na Itália significa verão, nos EUA é imóvel;- “SACO” em espanhol é paletó;

- COSTUMES Na Itália, almoços de negócios podem durar 2 a 3 horas com toda uma seqüência de pratos e vários aperitivos e “digestivos”, ao passo que nos EUA é comum almoçar um hambúrguer com refrigerante no carro;

Em muitos países deve-se combinar o preço do taxi ( Nigéria ) e em outros ( Colômbia e Peru ) compartilhar com outros passageiros;

Há países em que, com uma gorjeta, consegue-se lugar em avião ou em hotel lotado, desalojando outro passageiro ou hospede já confirmado;

Nos países árabes, deve-se ter o cuidado de levar em consideração o lado voltado para MECA ( especialmente em projetos, instalações sanitárias, etc )

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- PRESENTES - Oferecer facas aos japoneses significa convida-los a fazer o “harakiri” ( suicídio ); - Na Índia, nunca ofertar objetos de couro; - Na China não se recomenda oferecer relógios, nem presentes envoltos em papel branco, pois significam desejo de morte súbita; - Em muitos países o número 13 significa azar; - Na Coréia e no Japão, evite presentes de 4 unidades - Em Hong Kong, objetos aos pares traz sorte; - É considerado “cafona” dar presentes com o logotipo da empresa. É recomendável juntar ao presente um cartão de visita. - Árabes apreciam bússolas, especialmente quando no estrangeiro; - Cuide para não dar presentes oriundos do país do presenteado; - Procure oferecer coisas fáceis de carregar; - Assegure-se que seja coisa de qualidade.

- TELEFONE - Nos EUA fecham-se negócios por telefone, em outros países não se acredita nos sistemas telefônicos, preferindo-se contatos pessoais;

- COMIDAS E BEBIDAS - Em muitos países há costumes exóticos (sopa de cobra ou formigas fritas). Esteja preparado ... - Em muitos países cozinhar e comer é mais que uma necessidade fisiológica, é uma arte, um ritual. - No México, o café da manhã é um verdadeiro almoço; na Espanha o jantar é servido às 22:00 hs. - para muitos povos, a refeição mais importante é o almoço, para outros é o jantar. - Os judeus não comem carne de porco; - os islâmicos exigem que o abate de animais seja direcionado para MECA; - Na Índia e Paquistão é comum encontrar apenas vegetarianos; - na Itália, pode-se encontrar uma verdadeira maratona alimentar, com 3 ou 4 pratos diferentes; - Churrascaria ( tipo rodízio ) agrada muito aos japoneses.

Todas estas recomendações podem ser úteis para os trabalhos de contatos com estrangeiros, seja no país anfitrião, seja recebendo-os por aqui.

Recomenda-se que, em caso de dúvida, entrar em contato com pessoas que possam dar um aconselhamento, ou então, obter informações junto aos serviços de relações públicas de embaixadas e consulados, para evitar gafes, situações embaraçosas e constrangimentos irreversíveis.

Os livros abaixo trazem muitas informações adicionais sobre estes assuntos:

Minervini, Nicola, “ O Exportador ”, Makron Books, SP, 2a.ed., 2000

Doblinski, Suzana “ Negócio Fechado: Guia Empresarial de Viagens “, Ed. Campus, RJ, 1997

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4.2.6 - NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS

AS COMUNICAÇÕES NAS NEGOCIAÇÕES INTERNACIONAIS

Quando dirigentes de empresas procuram estabelecer contatos de negócios internacionais, seja viajando, seja utilizando meios de comunicação, descobrem a extensão pelas quais as diversas variáveis do comportamento estrangeiro e seus usos e costumes se aplicam a estes esforços.

Tais processos diferem muito da forma como o fazemos no Brasil, o que significa que temos que nos ajustar a tais enfoques para que possamos estabelecer acordos amigáveis, trocas de informações, persuasão, e aceitação de concessões par que seja bem sucedidos os entendimentos com clientes e parceiros ( intermediários ).

ESTÁGIOS NO PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO

Os estudiosos dividem o processo de negociação internacional em cinco estágios, a saber:

1 - A OFERTA 2 - OS ENCONTROS INFORMAIS 3 - A FORMULAÇÃO ESTRATÉGICA 4 - AS NEGOCIAÇÕES PROPRIAMENTE DITAS; e 5 - A IMPLEMENTAÇÃO DOS NEGÓCIOS.

O estágio da OFERTA permite que as duas partes avaliem as necessidades e grau de comprometimento uma da outra. O início do processo e seu desenvolvimento são determinados em grande parte por fatores de retaguarda de cada um ( tais como objetivos pretendidos ), e pela atmosfera ou clima (p.ex. espírito de cooperação ).

Por exemplo, muitos compradores europeus podem estar cépticos ao tratarem com um exportador brasileiro, devido ao “ elevado número de empresas que após um primeiro contato se recolhem e desaparecem quando as vendas estão para serem fechadas, ou então quando há uma inversão nos fatores ambientais “.

Após o comprador receber uma oferta, as partes se encontram para discutir os termos e fechar o negócio. Em muitas partes do mundo os encontros informais podem fechar ou acabar com um negócio. Os compradores estrangeiros podem querem ter certeza de que estão fazendo negócios com alguém que é simpático e em quem podem confiar.

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COMO NEGOCIAR COM OUTROS PAÍSES

Uma combinação de atitudes, expectativas e comportamento habitual influenciam o estilo das negociações. Muito embora as recomendações a seguir podem ir contra o que é utilizado em nosso país, elas podem permitir ao negociador ajustar-se ao estilo da outra parte ou país anfitrião.

1 - ASSISTÊNCIA DE EQUIPE

Utilizar especialistas irá fortalecer bastante a equipe, alem de ser uma excelente forma de treinar futuros negociadores; Estas equipes usualmente são de 2 a 4 pessoas, muito embora os chineses usem até 10 pessoas;

2 - TRADIÇÕES E COSTUMES

Para os iniciantes, as relações de status e os procedimentos de negócios devem ser cuidadosamente considerados, através da ajuda de consultores e representantes locais. Por exemplo, em sociedades muito estruturadas, como na Coréia, é observado muito respeito à idade e posição.

O que é visto como um ritual pode causar problemas. No Oriente nunca se inicia uma reunião ou entendimento sem a prévia troca de cartões comerciais. Ambas as mãos devem ser utilizadas para apresentar e receber cartões, e muito respeito deve ser mostrado através de sua cuidadosa leitura;

3 - HABILIDADE DE LINGUAGEM

O ideal será que todo negociador internacional fale o idioma do país do cliente, mas isto nem sempre é possível. O uso de interpretes permite longos períodos para resposta, assim uma articulação mais cuidadosa dos argumentos;

4 - DETERMINAÇÃO DOS LIMITES DE AUTORIDADE

As desvantagens de se ter total autoridade deve ser ponderada contra as despesas de ter que se comunicar com o escritório central. Anunciar que o negociador não tem autoridade final para concluir o contrato podem ser interpretado negativamente. Contudo, se isto for utilizado como uma tática para analisar os movimentos da outra parte, podem ser bastante efetiva;

5 - PACIÊNCIA

Em muitos países como na China, as negociações podem durar três vezes mais do que o usual em outros países. Mostrar falta de paciência em países como China, Tailândia ou Brasil pode prolongar as negociações ao invés de acelera-las. Os norte-americanos tendem a iniciar as negociações com um preços muito próximos do que eles consideram o ideal ou justo, enquanto os chineses podem iniciar com pedidos “ totalmente fora da realidade “;

6 - ÉTICA NAS NEGOCIAÇÕES

Atitudes e valores de negociadores internacionais podem ser bastante diferentes uns dos outros. Ser ardiloso, manhoso, pode ser útil em alguns países enquanto pode provocar mal estar e rancores em outros. Os russos, por exemplo, costumam causar constrangimentos com pedidos de alterações ou concessões de última hora.

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7 - SILENCIO

Para negociar bem no estrangeiro um executivo deve interpretar corretamente todos os tipos de comunicações. Os norte-americanos usualmente interpretam a falta de ação ou silencio como sinais de negativos.

Como resultado os executivos japoneses tendem a esperar que isto faça os norte-americanos baixarem seus preços ou facilitar o entendimento.

8 - PERSISTÊNCIA

Insistir em respostas e em resultados pode ser interpretado como ameaças por negociadores estrangeiros. Em alguns mercados, as negociações são vistas como meios para se estabelecer relacionamentos comerciais de longo prazo, não uma relação entre ganhador e perdedor. As confrontações devem ser evitadas porque as mentalidades não podem ser alteradas numa mesa de negociações; isto deve ser feito de maneira informal. 9 - VISÃO HOLÍSTICA ( visão do conjunto geral )

Devem ser evitadas as concessões até que todas as questões tenham sido discutidas de forma a evitar a possibilidade de oferecer benefícios desnecessários aos parceiros de negociação. Além disto, em muitos países as concessões são dadas no final dos entendimentos;

10- O SIGNIFICADO DOS ACORDOS

O que constitui um acordo irá variar de um mercado para outro. Em muitos lugares do mundo, os contratos legais não são necessários; o que é pior, há locais onde referências a um conselheiro legal (advogado) pode indicar que o relacionamento esta em perigo.

Quando se alcança um acordo verbal, será importante que ambas as partes saiam com uma clara compreensão do que eles acabaram de acertar, especialmente no caso de projetos de grande escala.

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EXPORTAÇÃO PARA PEQUENAS EMPRESAS 1

De maneira geral, é mais fácil para as grandes e médias empresas o envolvimento nas atividades de importação e exportação.

No final incluímos outras opções, como os CONSÓRCIOS DE EXPORTAÇÀO e a participação em rodadas de negócios nos “TRADE POINTS” ( Pag. 50 ).

Para as pequenas empresas, estas atividades podem constituir uma grande oportunidade, ou então, no mais das vezes, num tremendo problema.

Portanto, é importante que algumas recomendações sejam feitas para os executivos, a fim de que possam transformar oportunidades em sucesso.

As presentes recomendações do SEBRAE são básicas e envolvem:

1 - Analise se o produto esta adequado ao mercado internacional e prepare folhetos e catálogos informativos;

2 - Selecione vários países e procure informações de mercado junto às Câmaras de comércio, setores comerciais das embaixadas, revistas especializadas, na FIESP ou semelhante em seu Estado, no SEBRAE, entre outros;

3 - Informe-se das dificuldades legais de cada país quanto à exportação do seu produto, ou seja, se existem barreiras tarifárias, e como são estas exigências técnicas locais;

4 - Selecionados alguns países que mais se adequaram ao seu produto, peça indicação de importa- dores e representantes junto às câmaras comerciais;

5 - Escreva para alguns 2, exponha os produtos e os preços, e peça mais informações sobre o mer- cado;

6 - Vá pessoalmente aos países prioritários, para fazer um pesquisa de campo e leve amostras do seu produto. Tente coincidir a viagem para uma Feira Internacional ou Nacional do setor;

7 - Só então escolha o seu canal de distribuição. Tente manter uma relação de equilíbrio escolhen- do uma empresa representante também de pequeno porte, que aceite trabalhar com volumes baixos;

1 Estas informações são originadas do SEBRAE e foram objeto de reportagem da Folha de Sâo Paulo, edição 28.02.19932 É imprescindível, nos dias atuais, ter (a) um FAX, (b) E.MAIL num provedor INTERNET. Não esquecer de utilizar o inglês, ou o idioma do país de interes- se, com o auxílio de um tradutor experiente.

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 259 FONTE : http://www.exportnews.com.br/ARTIGOS/aa48.htm

NEGOCIAÇÃO EM VIAGEM DE NEGÓCIOS

Claudio Cardozo*

Vamos falar de negociação em viagem de negócios, um tipo de situação que se bem aproveitado tem muito mais vantagens do que desvantagens. Este texto tem por objetivo orientar executivos em alguns aspectos comuns neste assunto.

A negociação feita em viagem de negócios tem varias particularidades. O processo será conduzido na casa do oponente, fator que pode ser favorável ao viajante. Você pode tentar colher informações ao chegar na empresa visitada, do porteiro, do encarregado da expedição, da secretária....

Se a negociação seguir rumo desfavorável, você pode interrompê-la alegando falta de informações, necessidade de aprovação superior ou até mesmo cansaço.

Uma outra inegável vantagem é o planejamento. Presume-se que antes de fazer uma viagem de negócios todos os passos estejam meticulosamente planejados, as informações estejam organizadas, as metas traçadas. É importante já sair de viagem com as reuniões marcadas, com os horários bem planejados pois imprevistos acontecem e se você estiver com tudo na mão a chance de se atrapalhar é muito menor. Muito cuidado com horários, procure se informar sobre a distância do hotel aos escritórios a serem visitados com antecedência. 

Se for para um país diferente, trate de se informar sobre costumes, comida, segurança, moeda, indicadores econômicos e é claro, TUDO sobre o mercado para seu produto. Estando no país procure orgãos estatísticos, associações de classe, ou seja, qualquer entidade que possa lhe fornecer números mercadológicos que lhe serão muito úteis na elaboração de seu budget de vendas.

Compromissos sociaisEm uma viagem de negócios é inevitável que as negociações se estendam aos compromissos sociais extra escritório. Eles devem ser encarados como uma ótima oportunidade para conseguir aquele “pedido ou desconto”, pois a informalidade de um bar ou restaurante pode favorecer o visitante. Geralmente os assuntos discutidos nestas ocasiões não podem ter muitos detalhes ou nuances que precisem ser totalmente lembrados no dia seguinte.

Nunca recuse convites para almoço, jantar ou uma esticadinha até o bar mais próximo, a não ser que você esteja no “prego” e tenha que acordar cedo no dia seguinte. Muitos negócios são alinhavados e fechados nestas reuniões informais. Não se assuste com comidas e bebidas diferentes, entre na dança.

Nunca recuse uma dose de whisky, a não ser que seja alcóolatra. Ou melhor, se for é melhor nem se aventurar neste ramo de atividades. Em muitos países este tipo de recusa é considerado falta gravíssima.

Outras dicas :

FeirasSe há possibilidade é sempre interessante que a viagem coincida com a realização de feiras ou de eventos internacionais direcionados ao seu produto.

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Feriados Cheque os principais feriados dos países que pretende visitar, pois perder um ou dois dias por causa de uma má programação pode até dar uma demissão por justa causa.

Programa de viagemA programação deve ser a mais detalhada possível, com o nome do(s) hotel(is), telefone(s), fax(es), agenda com horários dos compromissos, endereços das instituições, contato e nome da pessoa que recebe; informações dos países a serem visitados – econömicas, sócio-políticas, históricas, culturais, temperatura no período, moeda, taxa de câmbio, 

Telefones úteisEmbaixada e Consulados do Brasil, Embratel, companhia aérea utilizada, aeroporto, cartões de crédito, seguro viagem...

Outras Informações importantesÉ conveniente levar informações básicas referentes à empresa : localização geográfica, fotografias, informações sobre vendas no mercado interno e exportação, investimentos, etc. É também muito importante levar informações referentes ao produto: catálogos; lista de preços e tarifas na moeda do país e em dólar; descrições técnicas e referências; certificações ISO (caso possua); amostras. Não se esqueça dos cartões de visita(facilita colocar o código internacional do Brasil e o de sua cidade). Vistos e certificados de vacina são exigidos em muitos países, já vi muita gente deixar de viajar por não ter atentado para estes dois detalhes.

Seguindo estas dicas as chances de algum contratempo ocorrer são muito pequenas.

Boa negociação!!!

------------------------------------------------Claudio CardozoPilkington South AmericaExport Sales [email protected]

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EVITE SER BARRADO NO AEROPORTO E DESPACHADO DE VOLTA AO BRASIL

São comuns noticias sobre brasileiros barrados em aeroportos de diversos países da Europa. As noticias abaixo assustam. Têm sido barrados estudantes de pósgraduação, professores e doutores que vão para Congressos, executivos e representantes comerciais e muitos que vão para lá em busca de trabalho e uma vida melhor.----------------------------------------------------------------------------------------------------

FONTE: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL971853-5605,00.htmlVeja o vídeo –basta clicar http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL971853-5605,00.html

Brasileiros barrados em aeroporto na Espanha retornam a SP

Oito brasileiros que foram barrados no aeroporto de Madri, na Espanha, desembarcaram na manhã desta segunda-feira (26) no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, na Grande São Paulo. Os brasileiros foram impedidos de entrar no país europeu neste domingo (25).  O grupo ficou 12 horas isolado em uma sala. Segundo as autoridades espanholas, ninguém tinha os documentos corretos para entrar no país. Já o engenheiro Samuel Magalhães Andrade, que viajou para fazer um curso, informou que todos estavam com a documentação em dia.

Andrade fez imagens do momento em que eles foram levados pelas autoridades espanholas para retornar ao Brasil. Segundo ele, pelo menos dez pessoas, entre elas uma criança de 9 anos, ainda estão retidas no aeroporto espanhol. Elas devem embarcar para o Brasil na terça-feira (27). Em Brasília, nem o Itamaraty nem o Ministério das Relações Exteriores foram informados sobre o ocorrido. ------------------------------------------------------------------------------------------------

Fonte: cafenapolitica.blog.br/blog/index.php?m=03&y=07&entry=entry070305-162727 - 54k -Março, 5, 2007, 04:27 PM

Mais de 500 brasileiros barrados na Europa 

"Nas últimas semanas, mais de quinhentos brasileiros em viagem pela Europa foram barrados nos aeroportos e repatriados, sob a suspeita de tentarem emigrar ilegalmente, informa a Coluna Cládio Humberto (05/03/2007 - 12:37). "Como os judeus eram marcados pelos algozes nazistas", afirma o jornalista, "os brasileiros barrados ganham um carimbo no passaporte, que os torna "suspeitos" para sempre. É a "Operação Amazon".

Para entrar na Europa, os brasileiros são obrigados a mostrar passagens de volta, provar que têm reservas em hotel (por meio de "voucher") e que dispõem de dinheiro para gastar no período que pretendem ficar por lá. Se não atender a qualquer dessas exigências ou se simplesmente o funcionário da imigração não gostar da cara do turista brasileiro, ele é barrado e fica confinado na área internacional do aeroporto até ser levado de volta pela própria companhia aérea em que viajou. Esse processo pode demorar dias. No mesmo período da "Operação Amazon", ao desembarcar no Brasil, nenhum cidadão europeu sofreu constrangimento semelhante, como recomenda o princípio da reciprocidade que rege as relações diplomáticas.-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Leia: A VIDA DE UM DEPORTADO no site abaixo ( basta clicar) http://www.terra.com.br/istoe/1950/brasil/1950_vida_deportado.htm

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FSP...06/03/2008 - 13h38

Saiba quais são os requisitos exigidospara entrar na Espanha ( ou no “Espaço Schenguen”)

Neste ano, dois casos de estudantes brasileiros retidos no aeroporto de Madri (Espanha) tiveram repercussão e mostraram que é grande o número de pessoas barradas diariamente. O cônsul-geral do Brasil em Madri, Gelson Fonseca, afirma que a Espanha rejeita a entrada de mais de dez brasileiros por dia há muito tempo, porque as pessoas não dão atenção aos requisitos para viajar.

Contanto que não exerçam atividades remuneradas, brasileiros não precisam de visto para permanecer no máximo 90 dias (em um período de seis meses) em países participantes do Acordo de Schengen --Espanha, Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, França, Finlândia, Grécia, Itália, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal, Suíça e Suécia.

No entanto, é preciso apresentar:

- passaporte válido por pelo menos mais seis meses;

- comprovante de reserva em estabelecimento de hospedagem ou carta-convite escrita pelo morador que o receberá;

- confirmação de reserva de viagem organizada, com itinerário;

- bilhete de volta;

- ter ao menos 57,06 euros por dia de permanência, por pessoa (o montante total mínimo é de 513,54 euros);

- ter seguro médico internacional ou com cobertura no exterior com, no mínimo, garantia de repatriação em caso de doença grave ou acidente e cobertura de 30 mil euros;

- convite para eventuais feiras, reuniões, convenções, etc com nome da empresa que convida, duração da estadia e propósito;

- comprovante de matrícula de eventuais cursos teóricos ou práticos;

- não estar sujeito a proibição de entrada;

- não indicar perigo à saúde pública, à ordem pública, à segurança nacional ou às relações internacionais entre os países;

- não ter esgotado o período de permanência de três meses em três meses, a contar da pri- meira data de entrada.

Há outros dez países que fazem parte da União Européia, mas ainda não fazem parte do acordo de Schengen: Chipre, República Tcheca, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia, Eslováquia e Eslovênia. ---------------------------------------------------------------------------------FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u379249.shtml

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ENTENDA O ACORDO (ou ESPACO) SCHENGUEN

VIAGEM PARA A EUROPAFormalidades para entrada de turistas brasileiros

em países integrantes do espaço Schengen

Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Itália, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal e Suécia.

De acordo com comunicado da Comissão Européia de Turismo, os brasileiros não precisam de visto para entrar em qualquer um dos países europeus integrantes na área do ACORDO SCHENGEN (território sem fronteiras internas que inclui Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Itália, Islândia, Luxemburgo, Noruega, Países Baixos, Portugal e Suécia), mas existem algumas formalidades válidas para todos os destinos e outras mais específicas que o turista deve saber.

A isenção de visto não exime os turistas brasileiros do cumprimento de algumas formalidades de entrada no espaço Schengen, a saber:

1 - Passaporte com validade superior a seis meses; 2 - Bilhete aéreo de ida e volta, com permanência máxima de 90 dias; 3 - Comprovante de alojamento (hospedagem); * 4 - Seguro saúde; * 5 - Comprovante de meios financeiros para manter-se durante a estada no país. *

Esta obrigatoriedade varia de país para país.

Fica a critério das autoridades fronteiriças de cada país a exigência de cumprimento destas formalidades.Aos estrangeiros que não cumprem os requisitos acima referidos, pode ser recusada/dificultada a entrada no espaço Schengen.

Embora as regras base acima mencionadas sejam comuns a todos os países integrantes do espaço Schengen, as regras de obrigatoriedade do seguro saúde e do comprovante de meios financeiros varia de país para país.

Estas informações foram divulgadas no Brasil pela Comissão Européia de Turismo (CET) com o objetivo de esclarecer as pessoas que vão viajar para a Europa para fazer turismo. A Comissão Européia de Turismo  é uma organização sem fins lucrativos com sede em Bruxelas, na Bélgica. Fundada em 1948, reúne 33 países com um objetivo em comum: promover a Europa e seus destinos turísticos por todo o mundo. Hoje, o grupo operacional da CET  para a América Latina, tem nove países integrantes – Alemanha, Espanha, França, Grã-Bretanha, Irlanda, Itália, Polônia, Portugal e Suíça.

Formalidades específicas de cada país para a entrada de brasileiros. Para saber sobre outros

ALEMANHASeguro de saúde: Caso seja solicitado pelas autoridades fronteiriças da Alemanha, os cidadãos brasileiros deverão apresentar um seguro de saúde com cobertura mínima de 30.000 euros. Este seguro pode ser adquirido no Brasil ou nos aeroportos da Alemanha.

Comprovante de meios financeiros: Para entrar na Alemanha, o turista brasileiro tem que comprovar possuir 50 euros por dia (dinheiro, “Travelers cheques” ou cartões de crédito internacionalmente aceitos).

ESPANHASeguro de saúde:  A Espanha não exige seguro de saúde. Caso o cidadão brasileiro seja

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beneficiário do INSS, não necessita de seguro de saúde para viajar a Espanha.  Existe um acordo bilateral de assistência médica que assegura o sistema de saúde aos cidadãos de ambos os países. No entanto, para usufruir deste benefício, o cidadão brasileiro deve dirigir-se a um escritório do INSS local e solicitar uma declaração dizendo que é beneficiário do INSS, indicando o período de permanência na Espanha.  

Comprovante de meios financeiros: Para entrar na Espanha, o cidadão brasileiro tem que comprovar possuir:1) 300 euros por cada entrada no País (em dinheiro ou “travelers cheques”) mais,2) 50 euros por dia de permanência (em dinheiro ou “travelers cheques”).

FRANÇASeguro de saúde: Os cidadãos brasileiros deverão apresentar um seguro de saúde com cobertura mínima de 30.000 euros.

Comprovante de meios financeiros: Para entrar na França, o turista tem que comprovar possuir 50 euros por dia (dinheiro, “travelers Cheques”, ou cartões de crédito internacionalmente aceitos). Este montante poderá cair para 35 euros/dia, caso seja apresentado termo de responsabilidade (atestado de acolhimento) emitido por um cidadão francês ou por estrangeiro habilitado com título de residência.

ITÁLIASeguro de saúde: Não é obrigatório. Existe um acordo bilateral de assistência médica que assegura o sistema de saúde aos cidadãos de ambos os países. No entanto, para usufruir deste benefício, o cidadão brasileiro deve dirigir-se a um escritório do INSS local e solicitar uma declaração dizendo que é beneficiário do INSS, indicando o período de permanência na Itália (traduzido e reconhecido pelo Consulado Italiano)

Comprovante de meios financeiros: Para entrar na Itália, o cidadão brasileiro tem que comprovar possuir  as seguintes quantias:

Duração Viagem - MontanteDe 1 a 5 dias - 269,60 euros (montante fixo);De 6 a 10 dias - 44,93 euros por dia;De 11 a 20 dias - 51,64 euros (montante fixo) mais 36,67 euros por dia;Mais de 20 dias - 206,58 euros (montante fixo) mais 27,89 euros por dia;

PORTUGALSeguro de Saúde:  Não existe limite de cobertura pré-definido para o valor do seguro de saúde a apresentar em Portugal.  Os cidadãos brasileiros ou dependentes se inscritos no INSS não necessitam de seguro de saúde. Um acordo bilateral assegura o atendimento na rede pública em Portugal. Para usufruir deste benefício, antes da viagem, os interessados deverão procurar o Ministério da Saúde Brasileiro (em São Paulo é na Av. Nove de Julho 611 – 2 andar – Cj 202 – Tel: (11) 3241 2197) munidos de cópias e originais dos seguintes documentos:

Todas as pessoas deverão apresentar:1) Passaporte (3 páginas iniciais)2) RG Identidade3) Passagem Aérea4) Comprovante de residênciaMais comprovante de inscrição no INSS (ex. Empregados deverão apresentar  carteira de trabalho e n.º de inscrição no INSS, autônomos deverão apresentar as três últimas contribuições do Carnê, aposentados deverão apresentar o último extrato do INSS etc).Em Portugal, caso necessite, o turista deverá providenciar a carteirinha para atendimento em qualquer serviço público de saúde no Depto. de Relações Internacionais e Segurança Social  (em Lisboa fica situado na Rua Junqueira, 112) levando a documentação emitida no Brasil , o passaporte e duas fotos 3x4

Comprovante de meios financeiros: Para entrar em Portugal, o cidadão brasileiro tem que

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comprovar possuir: 1) 75 euros por cada entrada no país, e mais2) 40 euros por dia de permanência.

Nota – Estes montantes (em dinheiro, “Travelers cheques” ou cartões de crédito internacionalmente aceitos) poderão ser dispensados, caso seja apresentado termo de responsabilidade emitido por um cidadão português ou por estrangeiro habilitado com título de residência, autorização de permanência, visto de trabalho, estudo, estada temporária, válidos, que garanta a alimentação e o alojamento do interessado durante a sua estada, sem prejuízo da possibilidade de recurso a outros meios de prova. 

DEMAIS PAÍSES EUROPEUSPara todos os outros países Europeus que não integram o Espaço Schengen, o turista deverá consultar os Consulados de cada País para confirmar quais as formalidades de entrada. Uma Agencia de Viagens que atue forte nos países

interessados poderá dar uma boa ajuda no encaminhamento destas questões.

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FONTE : http://www.exportnews.com.br/artigos/0411999_13.htm

A VIAGEM DE NEGÓCIOS : TEXTOS DIVERSOS

Florence Castiel Rosa

No mundo sem fronteiras, organizar viagens de negócios tornou-se tarefa para profissionais especializados. Desafiados pela globalização de economia, empresários e executivos deparam-se com hábitos e costumes desconhecidos que devem ser levados em conta durante as negociações.

Sugerimos um planejamento de viagem, alicerçado em três vertentes, contemplando estudos e análises da conjuntura internacional, estratégias de marketing e logística, fatores que são básicos para o êxito em iniciativas no exterior. Para facilitar a organização de uma viagem, devem ser observadas as seguintes etapas.

Conjuntura internacional e seleção de países – O primeiro passo é o conhecimento da conjuntura internacional, através da leitura de estudos específicos e análises de tendências de mercado publicados em revistas e jornais especializados. Vale sugerir um contato com a Divisão de informações do Departamento de Promoção Comercial (DPC), do Ministério das Relações Exteriores (MRE) e com os Setores Comerciais (SECOMs) de suas representações diplomáticas no exterior. Também a Secretaria do Comércio Exterior (SECEX) do Ministério da Industria Comércio e Turismo (MICT) dispõe de subsídios qualificados.

Abertas “janelas”de oportunidades e mapeados novos ou tradicionais mercados para nossos produtos, é hora de selecionarmos os países. As informações sobre economia, política e comportamento cultural são relevantes para uma negociação bem sucedida. Por exemplo, no Japão, identifique o representante de maior hierarquia no grupo com que se está negociando – ele será seu interlocutor, no Irã, nunca cruze as pernas – deixar a sola do sapato exposta é ofensivo pois é considerada a parte mais impura, na China, não presenteie com objetos que tenham relação com o número quatro – é o número da infelicidade, em todos os países; observe a pontualidade.

A propósito, como andam seus conhecimentos sobre o Brasil ? Recicle-se, pois com certeza você será questionado.

Seleção de datas e programação paralela Um moderno conceito de viagem de negócios nos remete a maximizar as oportunidades durante o período em que estaremos no exterior. Assim, uma data que coincida com a realização de feiras ou de eventos internacionais direcionados ao seu produto parece ser a ideal. Para fechar o período de permanência, não esqueça de observar os feriados.

Podemos obter uma relação das principais programações mundiais junto à Divisão de Operações Comerciais do Dept° de Promoção Comercial – DPR/MRE e na SECEX – MICT. Programe agendas paralelas. É recomendável visitar centros tecnológicos, empresas que utilizam novas tecnologias, entidades que congreguem empresários do seu setor,etc. Para a montagem de um programa paralelo, solicite auxílio aos SECOMs de nossas Embaixadas ou Consulados.

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Elaboração do programa O programa de viagem será sua “bíblia” no exterior, uma companhia permanente.

Uma boa programação deve ser a mais detalhada possível, contemplando o maior número de informações, como nome do hotel, telefone, fax, agenda com horários dos compromissos, endereços das instituições, contato e nome da pessoa que recebe; informações dos países a serem visitados – econömicas, sócio-políticas, históricas, culturais, temperatura no período, moeda, taxa de câmbio, etc; telefones úteis – Embaixada e Consulados do Brasil, Embratel, companhia aérea utilizada, aeroporto, bancos brasileiros, cartões de crédito, seguro viagem,etc; mapa da cidade, entre outras.Leve duas vias do programa e deixe uma no hotel para garantia.

Informações que o empresário deverá levar na viagem

Para os encontros de negócios, é conveniente levar informações referentes à empresa, a saber: histórico apresentando a sua evolução, com dados estatísticos; a organização atual da empresa, sua estrutura e seu organograma; localização geográfica, fotografias e planta; dados financeiros e balanço anual; histórico sobre o desenvolvimento comercial nos mercados interno e internacional, etc. e de informações referentes ao produto: catálogos; lista de preços e tarifas na moeda do país e em dólar; descrições técnicas e referências; certificações ISO (caso possua); amostras – cuidado especial com a embalagem que pode valorizar ou desvalorizar o produto; etc.

Em âmbito pessoal, não esqueça de levar: cartões de visita no idioma do país visitado, ou em inglês – facilite o contato fornecendo o código internacional do Brasil e o código de sua cidade, papel timbrado da firma;

medicamentos utilizados;

no mínimo dois cartões de crédito (use-os sempre separadamente para prevenir-se de roubos ou perdas);

xerox do passaporte;

certificado de vacina (quando necessário);

presentes e brindes ( cuidado com estes itens);

dicionários, etc.

cuide da apresentação, lembrando–se de que bom gosto não significa custo elevado.

Divulgando a empresa

Para o material de divulgação, dê preferência ao idioma do país a ser visitado. No caso de se muito oneroso, escolha o inglês. Você levará fitas de vídeo? Ótimo, desde que sejam compatíveis com o sistema do país e que nunca ultrapassem dez minutos. “Data-show”? Excelente idéia, mas para a sua garantia leve as boas e tradicionais lâminas ou transparencias.

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Orçamento de viagemArme um cenário com todas as possibilidades de custos-transporte (aéreo e terrestre), hotéis, refeições, aluguel de celular, aluguel da sala para encontros de negócios, expedição de amostras e material de divulgação, intérpretes, vistos, seguro-viagem, outros. Adeque os custos ao quanto pretende gastar.

No retornoNa volta, é oportuno o envio de cartas ou cartões de agradecimento. Com as informações obtidas, monte o seu relatório, com as notas de despesas, faça a sua prestação de contas.

O “follow-up” é imprescindível, dele dependerá a concretização de negociações alinhavadas durante a viagem.

Estas informações são instrumentos auxiliares para o êxito de suas negociações. A garantia de sucesso fica por conta de saber dosa-las com a sua capacidade e “feeling”empresarial.

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Veja a seguir como é organizada uma MISSÃO DE NEGOCIOS pelo Governo Brasileiro junto a países da África do Norte

INTRODUÇÃO E OBJETIVO

As Missões Empresariais realizadas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior têm como principal objetivo propiciar a empresários brasileiros encontros com representantes de governos e de setores privados estrangeiros a fim de gerar uma ampliação nas relações bilaterais de comércio com esses países. As Missões destinam-se a regiões selecionadas por seu potencial de incremento econômico e comercial com o Brasil. Nesse sentido, cada Missão é estruturada com base em informações e pesquisas de mercado fornecidas pelo setor privado e por órgãos do governo federal. Geralmente, são de curta duração e cumprem intensa programação composta de reuniões, encontros empresariais, match makings, seminários e visitas a fábricas.

Por que África do Norte ?

Com vistas a promover o incremento da corrente comercial e de investimentos brasileiros no Norte da África, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com o apoio do Ministério das Relações Exteriores, organizará Missão Empresarial abrangendo a Argélia, a Líbia, o Marrocos e a Tunísia, no período de 24 a 30 de janeiro de 2009.

As economias destes países têm apresentado taxas expressivas de crescimento (acima de 5%), superiores à média da expansão da economia mundial e uma potencial complementaridade com a economia brasileira, criando assim novas e amplas oportunidades de negócios e investimentos.Estes países também têm recebido fluxos crescentes de investimentos diretos estrangeiros desde a década de noventa, o que revela os bons resultados obtidos com reformas econômicas efetuadas nos últimos anos, nomeadamente a desregulamentação, as privatizações e a abertura de determinados setores ao capital estrangeiro. Construção, turismo, transportes, telecomunicações e energia são alguns dos setores incluídos nesse processo.

O comércio bilateral do Brasil com a região passa por uma notável expansão, com a corrente comercial registrando US$ 6,1 bilhões no período janeiro-outubro 2008, o que representa uma expansão de 54,6 % em relação a igual período do ano anterior, e confirma a trajetória de crescimento registrada nos últimos cinco anos (crescimento de 178% no período).

A pauta de produtos apresenta um grande nível de concentração, o que gera excelentes possibilidades de negócios, parcerias e investimentos em áreas ainda não exploradas ou com potencialidades pouco desenvolvidas, tais como: produtos agro-alimentares, automotivo, equipamentos de transportes, equipamentos elétricos, telecomunicações e tecnologia da informação, defesa, têxteis, calçados, aeronáutico e energia.

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GRAFICO DEMONSTRATIVO DAS RELAÇÕES COMERCIAIS DE ALGUNS PAISESDO NORTE DA AFRICA COM O BRASIL – Período 2003 a 2008

TRADUTORESTradutores Juramentados Português-Árabe

Issa Bonduki Valor cobrado/Hora: R$ 76 ( tradução de passaporte para obtenção de visto de entrada junto à Embaixada da Líbia)SCLRN 704 Bloco DEntrada 15 Apto. 101Asa Norte - BrasíliaTel.: 61 3328 8552Cel.: 61 9145 6383

Jorge Curi Valor cobrado/Hora: R$ 75 (trabalha no Consulado da Síria, das 9hs às 14hs.)Avenida Paulista, 3266. andar cj. 61São Paulo – Capital Tel.: 11 3288 0060Cel.: 11 9145 6383

Norberto Nabulsi Valor cobrado/Hora R$ 140,00Rua João Lopes, 25 Jardim Vila MarianaSão Paulo - CapitalCEP. 04115 080Tel.: 011 2068 7760011 5574 0035Cel.: 011 9917 1356

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PROGRAMAÇÃO24 a 30 de janeiro de 2009

Dia 24 - sábadoManhã: Partida de Brasília Partida de São PauloTarde: Chegada em Trípoli, Líbia

Dia 25 – domingo em TRIPOLIManhã: Encontro Setorial Tarde: Almoço Seminário Empresarial Noite: Jantar

Dia 26 – segunda-feira em TRIPOLIManhã: Agenda de negócios em Trípoli Tarde: Almoço Partida de Trípoli Argel Chegada em Argel, Argélia Noite: Livre

Dia 27 – terça-feira – em ARGEL Manhã: Seminário Empresarial Tarde: Almoço Encontro Setorial Noite: Coquetel/Jantar (a confirmar)

Dia 28 – quarta-feiraManhã: Agenda de negócios em Trípoli Tarde: Almoço Partida de Argel Chegada em Tunis, Tunísia Em Tunis Noite: Coquetel/Jantar (a confirmar)

Dia 29 – quinta-feira – em TUNISManhã: Seminário Empresarial Local: UTICA – União Tunisiana e Comércio e Artesanato (a confirmar) Tarde: Almoço Encontro Setorial Noite: Partida de Tunis Chegada em Casablanca, Marrocos

Dia 30 – sexta-feira – em CASABLANCAManhã: Seminário Empresarial Tarde: Almoço Encontro Setorial Noite: Partida de Casablanca Chegada em São Paulo

Como se pode ver, é uma agenda apertada, corrida, cujas horas úteis para encontros são reduzidas, mas o fato de ser uma MISSÃO com apoio oficial, abre portas para contatos iniciais, que numa data posterior, poderão ser retomados em maiores detalhes.

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Viagens de Negócios – TEXTO 2

Nos dias atuais, com os meios de comunicação e de transporte eficientes e rápidos, as viagens para o exterior de um representante da empresa têm se tornado, cada vez mais, freqüentes e necessárias. Em linhas gerais, o contato pessoal com clientes serve para estudar o mercado, observar a concorrência, procurar representante ou agente, promover vendas.

A preparação para a viagem deve ser minuciosa e estar voltada para o aproveitamento, ao máximo, do tempo disponível. É necessária a elaboração de roteiro de visitas em que se definam o tempo de duração e a distância a ser percorrida, para que não haja atraso nos deslocamentos.

Precisam ser considerados, antecipadamente, o que a clientela efetivamente deseja, a estação do ano em que o produto será apresentado, os feriados locais, o período de férias das pessoas com as quais o exportador vem mantendo contato e as condições econômica, social, política e climática dos países a serem visitados.

São previamente calculadas as despesas com a viagem, que correspondem às seguintes verbas:

- transporte para o deslocamento ao país de destino e de um ponto a outro, na escala de negócios; - hospedagem e refeição; - meios de comunicação, tais como telefone, fax, internet; - cheques de viagem, cartões de crédito.

Principais ações que justificam a viagem de negócios: - verificar as possibilidades de exportar após explorar o mercado e coletar informações; - procurar o representante ou importador; - avaliar diretamente a clientela; - estudar a implantação comercial ou industrial; - viabilizar acordos, verificar patentes, dentre outras.

Em relação ao objetivo da viagem e à natureza do bem ou serviço a ser exportado, o executivo escolhido poderá ser: - diretor comercial ou encarregado do setor de exportação; - engenheiro ou analista, no caso de explicações técnicas; - diretor comercial e um técnico; - diretor-geral ou advogado, no caso de assinatura de um contrato específico.

Além das aptidões inerentes à função que exerce na empresa, a pessoa encarregada do contato direto com o cliente no exterior deve estar preparada de várias maneiras:

Fisicamente Ter boa saúde, para resistir à maratona de viagens, negociações, climas e fusos horários diversos e regimes alimentares de cada país.

IntelectualmenteTer boa formação geral, capacidade de argumentação, fluência verbal, escrita e oral, em idioma estrangeiro, principalmente em língua inglesa, e conhecimento da história e da geografia do país que pretende visitar.

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Psicologicamente Ter segurança, iniciativa, desembaraço, bom relacionamento humano, senso de observação e de oportunidade.

Profissionalmente Ter conhecimento da empresa, do produto - objeto da negociação - da concorrência interna e externa, experiência em um ou mais mercados e noções financeiras e jurídicas.

Outros Procedimentos Mantidos os contatos preliminares com o pretenso importador, o executivo deve enviar-lhe correspondência em que fixa a data da visita e, ao mesmo tempo, fornece informações sobre a empresa para qual trabalha e sobre o produto que pretende exportar.

Em sua bagagem, o executivo incluirá no kit para negociação o seguinte material: - Reserva de hotel e respectivo “voucher”. Em algumas cidades ir sem reserva é um risco elevado - catálogos e preços na moeda a ser negociada; - documentação técnica; - listas de referências; - amostras; - dossiês sobre o país; - cartões de visita; - papel timbrado da empresa que representa; - notebook.

Na chegada, é necessário colher informações complementares sobre o país visitado, no que se refere às conjunturas comercial, econômica e financeira, ao andamento do setor industrial, à estrutura social e política e à concorrência local.

Tais informações podem ser obtidas nos setores comerciais das embaixadas e dos consulados brasileiros, nas câmaras de comércio, em bancos e correspondentes de empresas brasileiras.

Conclusão da Viagem

Ao realizar uma viagem de negócios, a empresa se envolve com os mais variados procedimentos. Pesquisa, estudo de mercado e busca contínua da qualidade do produto a ser comercializado são etapas necessárias à superação dos obstáculos, para a empresa atuar, com mais desenvoltura, no mercado de seu interesse.

Mesmo não obtendo de imediato os resultados esperados em uma ou outra oportunidade de negócio, o contato direto com o cliente no exterior amplia as perspectivas comerciais ao estabelecer relações com empresas de diferentes continentes.

A viagem de negócios representa, portanto, investimento na cultura empresarial e, por conseqüência, o aumento da lucratividade a curto e a médio prazo.

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COMO FAZER TELEFONEMAS ( ou ENVIAR FAX )PARA O EXTERIOR E DO EXTERIOR PARA O BRASIL

a) Discar 00 -->> acesso ao serviço internacional da EMBRATEL

b) Em seguida, sem interrupção, discar o código do país, p.ex.

Argentina .............. 54 Alemanha ............ 27 Uruguai ................ 598 Bélgica ............. 32 Paraguai ............... 595 Dinamarca ........... 45 Bolívia ................ 591 Espanha ............. 34 Chile .................. 56 França .............. 33 Estados Unidos e Canadá. 1 Itália .............. 39 México ................. 52 Portugal ............ 351 Austrália .............. 61 Reino Unido ......... 44 Japão .................. 81 O número internacional do Brasil é ........ 55 c) Em seguida, sem interrupção, discar da cidade ou região,

P. ex. NA ARGENTINA: - Buenos Aires ....... 1 - Córdoba ............ 51 - La Plata ........... 21 - Mar del Plata ...... 23

d) Em seguida, sem interrupção, discar o número do telefone. Por exemplo, chamar o número 234-5678 em Córdoba, na Argentina

Assim, discar, em seqüência -->> 00 54 51 2345678

INFORMAÇÕES JUNTO A EMBRATEL --------------------------->> 000333 Use este número da EMBRATEL para obter códigos de países e cidades, saber sobre números trocados, informações, transmissão de FAX em outros sistemas, conversão de números telefônicos compostos por letras, chamadas para código 0800, etc TELEFONEMAS COM INTERPRETE, ou COM AJUDA DA TELEFONISTA, via embratel ------------------------------------>> 000111 ( SOLICITAÇÃO PRÉVIA, COM DATA E HORA MARCADA )

--> PARA LIGAR DO EXTERIOR PARA O BRASIL

P. Ex. Chamar dos Estados Unidos o telefone do Depto. ADM/UEL

- Discar o Código de Acesso Internacional ( 011 )- Discar o Código do Brasil ( 55 )- Discar o Código de Área ( 43 ) não precisa discar o 0 - Discar o Número do telefone ( 371-4275 )

Ficará assim a seqüência -->> 011 55 43 3714275

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FONTE: http://businessbrazil.com/sebrae/manual.htm

DOCUMENTOS DE EXPORTAÇÃO

( In Exportação-Procedimentos - Série Comércio Exterior - Volume 3 - SEBRAE-RS)

Nas operações de exportação é necessária a emissão de vários documentos, alguns de caráter obrigatório e que diferem quanto à utilização em externos e internos, conforme segue: Fatura Pró-Forma; Romaneio de Embarque; Fatura Comercial; Fatura Consular; Certificado de Origem; Certificado de Inspeção; Certificado de Seguro de Transporte; Conhecimento de Embarque; Letra de Câmbio. Registro de Exportação; Registro de Venda; Registro de Operações de Crédito; Comprovante de Exportação; Despacho Aduaneiro; Contrato de Câmbio; Nota Fiscal.

Agora, vamos às suas explicações:

FATURA PRÓ-FORMA Depois de concluída a negociação com o cliente no exterior, o exportador deverá elaborar a Fatura Pró-Forma, documento semelhante ao pedido utilizado para vendas dentro do país.

A Fatura Pro-forma é o documento mãe de toda a operação. É na fatura Pro-Forma que estarão inseridos todas as informações básicas relativas à operação de importação ou exportação. Todos os demais documentos terão base nela, de forma que deve ser elaborado com todo cuidado, em seus MINIMOS DETALHES.

Este documento deve conter detalhadamente os pontos acertados na negociação, já que se trata da formalização da oferta, não tem valor contábil e não compõe o conjunto de documentos que são remetidos ao banco, para negociação do câmbio. No entanto, garante ao importador todas as informações necessárias para a emissão da "Carta de Crédito" ou de outro documento, conforme a forma de pagamento. No caso de exportação com pagamento antecipado, a Fatura Pró-Forma é o documento que habilita a operação de fechamento de câmbio.

A Fatura Pro-Forma não tem um formato ou desenho definido, mas deve conter as informações abaixo descritas. Muitas empresas desenham um formulário, redigido em dois ou três idiomas, a saber:inglês(praticamente obrigatório), português e depois o espanhol, francês, alemão, italiano, japonês, chines, árabe, iídiche, etc, conforme o caso. Já se usa faze-la em computador via software adequado.

Detalhamento da Fatura Pró-Forma: Nome do importador; Data de emissão e número da Fatura Pró-Forma; Marcas do exportador; Condições de pagamento; Porto/local de embarque; Via de transporte; Porto/local de destino; Número de caixas ou volumes;

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Peso líquido e / Peso bruto; Dimensões - cubagem.

Romaneio de Embarque Mais conhecido como "Packing List", este documento facilita a fiscalização e, acima de tudo, permite ao importador, de forma facilitada, a localização da mercadoria. No "Packing List" está a descrição do conteúdo de cada volume.

Detalhamento do Romaneio de Embarque: Nome e endereço do importador; Número do Romaneio de Embarque; Origem das mercadorias; Destino das mercadorias; marcas do exportador nos volumes; Número de cada volume; Quantidade de volumes; Tipo de volume; Descrição das mercadorias, em cada volume; Peso líquido e Peso bruto; Volume - cubagem; Número do "container" e sua sigla (no caso de ser utilizada esta modalidade); Descrição do conteúdo de cada "container"; Peso/volume líquidos das mercadorias carregadas.

Fatura Comercial Documento exigido internacionalmente, muito assemelhado à Fatura Comercial usada internamente, contém os mesmos dados da Fatura Pró-Forma e mais alguns dados exigidos pelo importador em função da legislação local. Este documento serve para o desembaraço da mercadoria, não podendo ter erros ou rasuras, devendo ser carimbadas com o nome da empresa exportadora, datadas e assinadas todas as vias. A primeira via é considerada original e acompanha os documentos de negociação, sendo o pagamento através de carta de crédito, ou é remetida ao importador, dependendo da forma de pagamento. O número de vias pode variar conforme solicitação do importador.

Detalhamento da Fatura Comercial: Local e data de emissão; número da fatura, que poderá obedecer seqüência numérica, ou ser o mesmo da Fatura Pró-Forma ou do próprio processo de exportação; nome e endereço do exportador; nome e endereço do importador; número da encomenda, contrato, pedido ou ordem de compra do importador; número da licença de importação, quando houver; modalidade de pagamento (se por carta de crédito, mencionar o número e validade da mesma); modalidade de transporte; porto de embarque e porto de destino; número do conhecimento de embarque; data do conhecimento de embarque; nome da embarcação; quantidade das mercadorias, por tipo; marcas dos volumes; discriminação detalhada das mercadorias; total do peso líquido e do peso bruto; preço FOB unitário;

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preço FOB total; valor do frete (nas vendas CFR ou CIF); valor do seguro (nas vendas CFR ou CIF); valor total (FOB, CFR ou CIF); declaração exigida pelo país importador; outras informações que o exportador julgar necessárias; carimbo e assinatura do exportador.

Fatura Consular É um documento complementar, exigido por alguns países. A emissão da fatura consular é efetuada pelo consulado do país do importador, mediante a apresentação dos documentos de exportação (fatura comercial, certificado de origem, conhecimento de embarque, entre outros). Deve-se considerar o custo da emissão da fatura consular, pois muitas vezes este valor é significativo e deve ser incluído na formação do preço FOB da mercadoria.

Certificado de Origem É o documento que atesta a origem da mercadoria e pode ser exigido pelo país importador, de acordo com o tipo de produto ou para a obtenção de redução ou isenção de impostos no destino por determinação de algum tipo de acordo, de preferência firmado entre os países do exportador e do importador. Os modelos de certificado de origem são variados em função do destino da mercadoria, conforme segue:

No Paraná o Certificado de Origem Comum é emitido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná - FIEP. Em outros Estados procure a Federação de Indústrias local.

Certificado de Origem para Países da ALADI É emitido pela FIEP ou Federação de Indústrias local.Serve para declarar a origem das mercadorias a serem exportadas para os países membros da ALADI.

Certificado de Origem - MercosulÉ emitido pela FIEP ou Federação de Indústrias local.Serve para declarar a origem das mercadorias a serem exportadas para os países signatários do Mercosul.

Certificado de Origem (PEC)É emitido pela FIEP ou Federação de Indústrias local.Serve para declarar a origem das mercadorias a serem exportadas para o Uruguai, enquadradas no Protocolo de Expansão Comercial Brasil-Uruguai. O certificado específico para o Mercosul tem a mesma função.

Certificado de Origem (Formulário "A" - SGP)É emitido pela Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Min. Ind. Com. Desenvolvimento e habilita os exportadores ao tratamento preferencial para os produtos que: correspondem à determinada descrição; satisfazem as regras do país importador; enquadram-se nas condições de transporte, até seu destino.

Países que aceitam o "Formulário A" para fins do Sistema Geral de Preferências (SGP) são:

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Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Bulgária, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Japão, Luxemburgo, Noruega, Nova Zelândia, Países Baixos, Polônia, Portugal, Reino Unido, Suécia e Suíça.

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Informações detalhadas sobre as condições para internação das mercadorias nos países acima, com as vantagens previstas no SGP, podem ser obtidas junto às autoridades dos países beneficiários, credenciadas para este fim, ou junto às autoridades aduaneiras dos países outorgantes de preferências.

Certificado de Origem Para Exportações aos Países ÁrabesÉ emitido pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, em São Paulo, com base na Fatura Comercial.

Certificado de Inspeção Este documento é uma exigência de alguns países para atestar a qualidade dos produtos, que devem estar em conformidade com as especificações constantes na fatura comercial. Este certificado pode ser emitido pela própria empresa exportadora, devendo ser assinado por um responsável técnico ou por uma empresa especializada neste tipo de certificação, que procede à emissão de um relatório preliminar de inspeção e, em seguida, emite o certificado atestando a conformidade dos dados constantes na fatura comercial. Geralmente, os custos desta supervisão são cobertos pelo importador.

Certificado de Seguro de Transporte O Certificado de Seguro é um documento integrante do processo de exportação. Sempre que as vendas forem realizadas nas condições Custo e Seguro ou Custo, Seguro e Frete, cabe ao exportador providenciar a contratação do seguro referente ao transporte internacional até o destino final, com cobertura total da mercadoria.

Conhecimento de Embarque Este documento é a comprovação de que a mercadoria foi entregue ao transportador e confere ao consignatário a posse da mercadoria. A emissão do conhecimento é efetuada pelo transportador e são emitidas, geralmente, três vias originais negociáveis.

Detalhamento do Conhecimento de Embarque Nome do exportador; local de embarque; nome do importador; local de destino; descrição da mercadoria, idêntica aos dados da Fatura Comercial e a da Classificação Tributária; valor das mercadorias; quantidade e marca dos volumes; tipo dos volumes; peso e embalagem dos volumes.

O pagamento do frete poderá ser do tipo "frete pago" (Freight Prepaid) ou "frete a pagar" (Freight Collect). No que se refere à consignação, o conhecimento poderá ser nominativo, quando é expresso à pessoa designada, logo, são transferíveis ou à ordem, neste caso ao portador e podendo ser endossado.

Letra Cambial ou Saque de Exportação Documento que se equivale à duplicata utilizada internamente. É emitida pelo exportador, em formulário padronizado e reconhecido internacionalmente.

No caso de venda à vista, o importador deve liquidar a letra cambial antes de retirar a documentação original no banco. Já, nas vendas a prazo, as letras cambiais terão vencimento nas datas pactuadas,

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devendo o importador dar o aceite em todas elas antes de retirar a mercadoria. Quando ocorre a cobrança não documentária, o exportador entrega o saque ao banco, para cobrança, e remete diretamente para o importador os documentos de embarque.

Registro de Exportação

O Registro de Exportação ( RE ) é o conjunto de informações de natureza comercial, cambial, financeira e fiscal da operação de exportação de uma mercadoria e.que define o seu enquadramento. O Registro de Exportação é realizado diretamente pelo exportador ou por seu representante legal em um terminal interligado ao SISCOMEX. As informações prestadas em tempo de registro só poderão ser alteradas pelo exportador até o momento de início do despacho aduaneiro ou da vinculação de contrato de cambio.

Inicialmente, o sistema solicita as informações de caráter global da operação de exportação que está sendo registrada, tais como CGC, CPF, nome e endereço do importador, país de destino das mercadorias, condições de venda, etc. Concluída esta etapa, o sistema solicita as informações específicas: classificação tarifária, descrição da mercadoria, quantidade, peso e preço. O sistema confere, automaticamente, a cada mercadoria descrita, um número de Registro de Exportação, que é informado ao exportador. Este número passa a comandar toda e qualquer solicitação ao SISCOMEX relativa à mercadoria codificada. Nesta etapa, o sistema indica ao exportador se há necessidade de anuência prévia de outro órgão governamental, que é concretizada "on line" ou por intermédio de documento liberatório, emitido pelo órgão anuente consultado. Indica também se há necessidade de apresentacão de documentos complementares, tais como laudos técnicos e certificado de origem.

Os controles relativos às operações vinculadas como as decorrentes de estabelecimento de cotas por força de acordos internacionais e outros são realizados automaticamente pelo sistema. No caso de exportações sujeitas a Registro de Venda ou a Registro de Operações de Crédito, o sistema solicita o número do correspondente RV ou RC. O Registro de Exportação tem prazo de validade para embarque, informado ao exportador pelo sistema.

Registro de Venda

O Registro de Venda (RV) é o conjunto de informações que caracteriza instrumento de venda de "commodities" ou de produtos negociados em bolsa, que deve ser objeto de registro no SISCOMEX, previamente à solicitação de registro da exportação parcial ou integral da mercadoria. O Registro de Venda é realizado diretamente pelo exportador ou por seu representante legal em um terminal interligado ao SISCOMEX. O sistema confere, automaticamente, a cada Registro de Venda, um número, o qual é informado ao exportador.

Registro de Operações de Crédito

O Registro de Operação de Crédito (RC) é o conjunto de informações de caráter cambial e financeiro que caracteriza venda externa, conduzida com prazo de pagamento superior a 180 dias,seja com recursos próprios ou de terceiros, que deve ser objeto de registro no SISCOMEX, previamente à solicitação de registro da exportação parcial ou integral da mercadoria. O Registro de Operações de Crédito é realizado diretamente pelo exportador ou por seu representante legal em um terminal interligado ao SISCOMEX. O sistema confere, automaticamente, a cada Registro de Operação de Crédito, um número, o qual é informado ao exportador.

Comprovante de Exportação

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O Comprovante de Exportação é o documento oficial emitido pelo sistema na repartição aduaneira da Receita Federal, ao final de uma operação de exportação, e se destina ao exportador. O Comprovante de Exportação relaciona todos os Registros de Exportação objetos de um mesmo despacho, informando suas principais características.

Despacho Aduaneiro Ocorre o Despacho Aduaneiro quando a Aduana libera os produtos para exportação(embarque) ou na importação(retirada). Por ocasião do Despacho Aduaneiro, o exportador ou seu representante legal indica o Registro de Exportação objeto de despacho através de qualquer ponto interligado ao SISCOMEX. Cada Registro de Exportação somente poderá ser utilizado em um único despacho aduaneiro. O sistema solicita o registro das demais informações necessárias ao processamento do despacho aduaneiro e informa os documentos que devem ser apresentados.

Um Despacho Aduaneiro pode conter mais de um Registro de Exportação, desde que se refiram cumulativamente ao mesmo exportador, ao mesmo país de destino no caso de exportação, às mercadorias negociadas na mesma moeda e na mesma condição de venda, à mesma repartição fiscal para despacho e ao mesmo local de embarque e desembaraço, às operações com o mesmo enquadramento e a um único conhecimento de carga. O exportador é notificado pelo sistema sobre o lançamento do montante de tributos devidos.

Contrato de câmbio O Contrato de Cambio (CC) é informatizado e simplificado pela eliminação da duplicidade de coleta de informações já prestadas ao SISCOMEX. Os bancos e corretoras editam o contrato de câmbio no sistema e o imprimem em qualquer ambiente interligado ao SISCOMEX, para coleta de assinaturas. Os controles cambiais exercidos pelo Banco Central do Brasil e demais bancos autorizados a operar em câmbio passaram a ser informatizados a partir da implantação do SISCOMEX. Permanecem inalteradas as sistemáticas de prazos para a celebração e liquidação de contratos de câmbio de exportação e de concessão de Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC).

Nota Fiscal É o documento que habilita a circulação da mercadoria até o ponto do embarque para o exterior. O seu preenchimento deve ser em moeda nacional, cujo valor é obtido pela conversão da moeda, estrangeira à taxa aplicada no contrato de câmbio. O modelo de Nota Fiscal para as operações de exportações é o "Modelo 1", série "B" ou "única".

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O SISCOMEX( In Exportação-Procedimentos - Série Comércio Exterior - Volume 3 - SEBRAE-RS)

A partir de 4 de janeiro de 1993, passou a ser operado o Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX), nova sistemática administrativa do comércio exterior brasileiro, que integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior, da Secretaria da Receita Federal e do Banco Central do Brasil, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das operações de exportação e importação.

Participam também do desenvolvimento e implantação do SISCOMEX, a Secretaria de Administração Geral do Ministério da Fazenda, o Banco do Brasil e o Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO). Ao mesmo tempo em que preserva as funções básicas dos órgãos envolvidos, o SISCOMEX elimina a coexistência de controles paralelos e sistemas de coleta de dados, ao adotar o fluxo de informações tratado pela via informatizada, o que permite, também, harmonizar conceitos e uniformizar códigos e nomenclaturas.

O registro eletrônico das informações desburocratiza, reduz custos e possibilita a emissão de um único documento institucional para cada operação, denominado Comprovante de Exportação (CE) ou Comprovante de Importação (CI). As informações necessárias às atividades de câmbio, transportes, armazenagem e outras serão obtidas pelo prestador de serviço, via sistema.

Registro de Exportador A inscrição no Registro de Exportadores e de Importadores (REI) é condição básica para a realização de operações de exportação ou de importação. O exportador ou importador inscrito no REI anteriormente à implantação do SISCOMEX tem a inscrição mantida, sem necessidade de qualquer providência adicional. O exportador ou importador, ainda não inscrito no REI, inscreve-se no ato de sua primeira operação no SISCOMEX, ao informar o número de inscrição no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC) ou no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).

A ligação de equipamentos ao SISCOMEX se concretiza pela Rede SISBACEN para os bancos e corretoras de câmbio e pela Rede SERPRO nos demais casos. Os interessados podem obter o Manual de Orientações Básicas para interligação à Rede SERPRO de computadores. O acesso ao SISCOMEX poderá ser efetuado, depois de habilitado e credenciado, em:

- agências do Banco do Brasil que operam em comércio exterior; - demais bancos que operam em câmbio; - corretoras de câmbio; - despachantes aduaneiros; - no próprio estabelecimento do exportador ou do importador, observados os critérios específicos para ligação; - outras entidades habilitadas; - salas de contribuintes da Receita Federal.

Exportadores, importadores, despachantes aduaneiros, comissáriOs, transportadores, depositários e outras entidades que desejem operar diretamente o SISCOMEX devem ter uma senha, fornecida pela Secretaria de Comércio Exterior ou pela Secretaria da Receita Federal. As instituições financeiras interligadas ao SISBACEN têm acesso ao SISCOMEX a partir de sua implantação.

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Permanece a possibilidade do exportador ou do importador delegar a um representante legal o registro, o acompanhamento e o cumprimento de exigências, no que concerne aos aspectos comercial, cambial, financeiro e aduaneiro de suas operações de exportação ou de importação. Os requisitos legais para constituição de representante não foram alterados com o advento do SISCOMEX.

São partes intervenientes no Sistema SISCOMEX:

1 - as empresas, para atuar junto a : SECEX - Registro de Empresas, Registro de Exportação/Importação, Registro de Venda e Registro de Crédito; SRF - Solicitação de Despacho, Instrução de Despacho e Notificação da Presença da Carga; BACEN - Edição do Contrato de Câmbio.

2 - as Corretoras de câmbio, para atuar junto a: BACEN - Edição do Contrato de Câmbio; SECEX - Registro de RE/RC/RI.

3 - os Bancos, para atuar junto a : BACEN - Edição do Contrato de Câmbio, Vinculação Provisória e Definitiva do Câmbio; SECEX- Registro de RE/RI/RC.

4 - os Despachantes, para atuar junto a : SRF - Solicitação do Despacho, Identificação da Mercadoria.

5 - os Depositários/Transportadores, também para atuar junto a : SRF - Registro da Presença da Carga, Mercadoria a Exportar.

São funções dos órgãos governamentais - SISCOMEX:

- BACEN - Fiscalização/controle, normas administrativas e implantação do sistema. - SECEX - Registro de importadores e exportadores, de venda, de exportação, de importação, de operação de crédito. - SRF - Fiscalização das mercadorias, exame dos documentos, desembaraço aduaneiro, compro- vante de exportação e registro e recebimento dos tributos incidentes.

Documentos Exigidos e os Acordos Internacionais

Não houve alteração em relação aos acordos internacionais em que o Brasil é signatário, quais sejam ALADI, MERCOSUL, SGP e SGPC. Para serem beneficiados por estes acordos, os exportadores devem providenciar o certificado de origem que habilita as preferências e benefícios"

Registro de Exportação Operações sujeitas ao registro de exportação (em fevereiro de 1998):

É de responsabilidade da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) a administração do comércio exterior brasileiro. As normas administrativas estão centradas na política de comércio exterior, que são implementadas através de portarias, circulares e resoluções dos órgãos intervenientes nos

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processos de exportação. As normas vigentes que regem o sistema administrativo das exportações estão expressas nas Portarias SECEX 02/92, 01/93, 02/93, 04/93, 06/93, 08/93, 09/93 e 10/93.

- - >> EXCEÇÕES À SISTEMÁTICA DO SISCOMEX

A nova sistemática do SISCOMEX determina que todas as operações estão sujeitas ao registro de exportação, com exceção de:

a - pequenas encomendas, sem cobertura cambial, e donativos até o limite de US$ 1.000,00 ou equivalente em outras moedas; b - envio de amostras de pedras preciosas e semipreciosas, bem como de outros minerais preciosos e não-preciosos, manufaturados ou não, sem cobertura cambial, até o limite de US$ 300.00 ou o equivalente em outras moedas; c - envio de matérias-primas, insumos ou produtos acabados, para fins de divulgação comercial em quantidades que não caracterizem destinação comercial, até o limite de US$ 5.000,00 ou equivalente em outras moedas.

Consideram-se bens, para os fins acima:a - pequenas quantidades, fragmentos, ou partes de qualquer mercadoria, estritamente necessários para dar a conhecer sua natureza, espécie e qualidade; b - amostras de valor diminuto ou sem valor comercial, em quantidade necessária para dar conhe- cimento de sua natureza, espécie e qualidade; c - mercadorias nacionais adquiridas no mercado interno, inclusive no comércio fronteiriço; d - fitas gravadas sem cobertura cambial e sem finalidade comercial, com posterior retorno ao país; e - catálogos, folhetos, manuais e publicações semelhantes de natureza técnica e sem valor comercial; f - documentos, assim entendidos quaisquer bases físicas que e prestem únicamente à transformação de informação escrita ou falada, inclusive gravada em meio fisico magnético."

Exportações em Consignação

Nesta modalidade, o exportador compromete-se a ingressar com a moeda estrangeira correspondente às vendas efetuadas ao exterior num prazo máximo de 180 dias contados da data do embarque, ou esgotado este prazo, retornar com a mercadoria ao país em 60 dias.

Exportações Destinadas a Feiras, Exposições e Certames Semelhantes

Neste caso o exportador deverá comprovar, num prazo de 180 dias, contados da data do embarque, o retorno ao país, ou em caso de venda, o ingresso de moeda estrangeira na forma da legislação cambial vigente.

Exportações sem Cobertura Cambial

São operações de exportação realizadas no comércio fronteiriço, em moeda nacional, realizadas para a Bolívia e o Paraguai, para empresas sediadas nas cidades de Bela Vista (MS), Corumbá (MS), Foz do Iguaçú (PR), Guaíra (PR), GuajaráMirim (RO) e Ponta Porã (MS). Conforme o Anexo "E" da Portaria SECEX 02/92, as exportações sem cobertura cambial são permitidas em diversas situações, dentre as quais o envio de amostras sem valor comercial, até o valor de US$ 5.000,00 e a exportação de matérias-primas ou insumos para fins de beneficiamento ou transformação e posterior retorno ao país.

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TRANPORTES INTERNACIONAIS

As mercadorias e serviços podem ser levadas de um ponto a outro por diversos meios, isolados ou combinados, a saber:

- Transporte aéreo;Desenvolveu-se muito nos últimos 20 anos, e seus preços caíram em função da existência de muitos aviões de pela concorrência internacional entre grandes empresas ( FedEx, DHL, UPS, Cargolux, enter centenas de outras). A FedEx (norte-americana) dispõe de mais de 650 aviões, 44.000 veículos e 280.000 colaboradores atuando em quase todos os países. Da mesma forma a DHL (alemã) apresenta números semelhantes. O transporte aéreo permite grande rapidez nas entregas, viabilizando situações de entregas rápidas e de emergência. É muito utilizado para mercadorias de elevado valor agregado.

- Transporte marítimo;É o meio de transporte mais utilizado no comércio internacional. Tem como principal vantagem permitir deslocar cargas de maior tamanho e em maior quantidade com menores custos associados em comparação com o transporte aéreo ou terrestre para deslocações intercontinentais.

As principais desvantagens que existem no transporte marítimo são:

- pouca flexibilidade da carga;- a baixa velocidade de transporte;- necessidade dos produtos transitarem nos portos/alfândega, implica um maior tempo de descarga;- distância dos portos aos centros de produção;- estragos ou perdas de carga.

Há dois tipos de transportadores maritimos, a saber: a) as empresas “liners” , que cumprem itinerário e roteiro previamente estabelecidos, e os “free lancers”, transportadores que pegam cargas e se deslocam para qualquer porto, conforme sua conveniência.

- Transporte rodoviário;O transporte rodoviário internacional é bastante utilizado, mas é limitado em volume, apesar de sua grande flexibilidade. No Brasil, é largamente utilizado para comércio dentro do Mercosul (Argentina e Chile). Na Europa ele compete com outros meios ( ferroviário e hidroviário) pois estes últimos são muito desenvolvidos.

- Transporte ferroviário;É um meio rápido e bastante econômico para transporte de mercadorias. No Brasil, o transporte ferroviário ficou muitas décadas sem investimentos e a malha ferroviária é muito reduzida. Na Europa e na América do Norte é muito desenvolvido e competitivo.

- Transporte fluvial ou hidroviário eO transporte fluvial ou hidroviário, da mesma forma que o transporte ferroviário, nunca foi desenvolvido no Brasil. Na Europa e América do Norte é bastante desenvolvido. Proporciiona transporte de grandes volums a custos bem reduzidos, mas é pouco flexível.

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- Remessas postais internacionais (correios ou courriers).Esta crescendo muito o comércio internacional através de remessas peolos correios. Apesar de sua limitação em peso e dimensões, permite grande flexibilidade quando se trata de remessas pequenas e individualizadas ( livros, peças de reposição, roupas, utensílios domésticos, aparelhos eletrônicos, etc).

Canal do PanamáNavio da classe Panamax (a forma PanMax também é empregada) é um termo que designa os navios que, devido às suas dimensões, alcançaram o tamanho limite para passar nas eclusas do Canal do Panamá, que medem 305 m de comprimento,33,5 m de largura e 26 m de profundidade.Assim, um navio Panamax deve ter tipicamente no máximo um comprimento de 294 m, uma largura de 32,3 m com um calado de 12,04 m. Essas medidas são limites, restando pouco espaço para erros de navegação.Nos padrões atuais, um navio desse tipo é considerado de tamanho médio. Diversos pós-Panamax contêineres são o mais largos possível, para um maior aproveitamento de custo. No entanto, mercadorias como cereais são transportadas principalmente em navios de tipo Panamax.

Após concluidas as obras de expansão do canal do Panama, será possivel o transito de navios com dimensões de 426 m de comprimento, 54m de largura e 18 m de calado, que inclui os atuais cargueiros super conteiners de até 13.000 TEU (Twenty Foot Equivalent) ou 13.000 conteiners de 20 pés, comno os classe E ( Emma Maersk e semelhantes). Um problema adicional é a altura dos navios, dado que a Ponte das Américas, que faz a ligação rodoviária sobre o Canal permite a passagem de navios de até 61m de altura com a maré alta.

Ponte das Américas, construída em 1962 e localizada na cidade do Panamá, é um novo limitador para o transito de grandes navios no Canal, dada a sua altura

de 61 metros com a maré alta.

Navios das dimensões PANAMAX atravessam as eclusas de Colon, no canal do Panamá.

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Canal de SuezO Canal de Suez também é determinante do tamanho de navios, mas como ele não tem eclusas, somente o calado é importante, pelo que também se utiliza a expressão Suezmax.Tem o comprimento de 195 km e cerca de 15.000 navios trfegam por ele anualmente.Suez : Calado de 16,1 m. e largura média de 365 m sendo 190m navegáveis.

Esquemático do canal de Suez, dos túneis rodoviários sob o mesmo e do projeto de expansão.

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FONTE : http://businessbrazil.com/sebrae/pmex3.htm#Informacao

O MARKETING-MIX NO COMERCIO INTERNACIONAL

Através de perguntas esta exposto a seguir alguns comentários sobre aspectos do marketing-mix que são importantes de serem observados .se quiser exportar: o produto o mercado o preço de venda os canais de distribuição recursos e tempo

Produto:

Passo 1- Por que você acha que pode exportar seu produto (qual é o ponto forte de seu produto no mercado externo)

- ele tem características únicas? - o preço dele é mais baixo que o dos concorrentes? - você pode entregar mais depressa? - os produtos concorrentes podem tomar atitudes que eliminem ou reduzam suas vantagens competitivas?

Passo 2- Seu produto atende os requisitos de qualidade exigidos pelo mercado, inclusive no que se refere a certificações internacionais (ISO 9000 etc.) ?

Passo 3- Que alterações de produto o mercado externo vai exigir ?

Alguma alteração técnica exigida pelo clima, condições diferentes de uso, normas técnicas locais etc.? alterações de embalagem impostas por hábitos de consumo ou legislação ? ( quantidade unitária, rótulos com especificações, idioma etc.) Alterações relativas a unidades de medida ou sistema elétrico ? Alteração será feita para um só país ou será melhor já incluirAlterações exigidas pelos mercados de outros países?

Passo 4- Como vai ser prestada assistência técnica ao produto vendido ao exterior?

O volume de vendas previsto justifica a montagem de uma estrutura de assistência técnica pelo distribuidor ? É possível treinar e credenciar empresas locais de assistência técnica ?Você terá que manter estoque local de peças de reposição ? Você tem manuais de operação e de manutenção atualizados ? (lembre-se de que você terá que traduzi-los para um ou mais idiomas)

Passo 5- Suas marcas e patentes estão protegidas no exterior?

Passo 6- Seria possível e vantajoso montar seu produto no estrangeiro para obter vantagens fiscais ou atrair parceiros?

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MercadoPasso 1- Avalie bem sua relação com o mercado interno.

- a queda da demanda local é temporária ou parece ser permanente ? - o seu produto está saindo de moda? está ficando obsoleto ? - se o mercado interno melhorar, você tem condições de continuar a atender a demanda externa ?

Passo 2- Analise o mercado que você já tem em vista (se você tem um)

- por que você acha que pode vender para esse país ? - há produtos similares no mercado ? - há consumidores importando de outras fontes ? - existe algum tipo de demanda reprimida ? - seus preços são adequados para aquele mercado ? - a demanda externa é temporária ou parece ser permanente ? - essa demanda é estacional ? - qual o tamanho dessa demanda ? - essa demanda está crescendo, está diminuindo ou é estacionária ? - os preços externos são firmes ou variam ?

Coisas que você pode fazer para conhecer melhor o mercado identificado para seu produto: Viaje e visite uma feira do setor conheça a economia do país e a concorrência visite clientes potenciais

Passo 3- Identifique um novo mercado

- o esforço de adaptação do produto, tradução de material etc. justifica pensar em trabalhar vários mercados simultâneamente? - você está levando em conta a existência, dentro de países, de regiões com padrões próprios de consumo ? - você está tentando identificar nichos de consumo (grupos étnicos, coletividades religiosas etc.)?

Coisas que você pode fazer para identificar um mercado para seu produto: divulgue sua empresa no exterior (atraia contatos) pesquise em revistas estrangeiras faça uma pesquisa de mercado compareça a uma feira (como visitante ou expositor) faça uma viagem de estudo conheça a economia do país e a concorrência visite potenciais compradores

Passo 4- Certifique-se de que a legislação local não impõe restrições à importação de seu produto Passo 5- Identifique as características do consumidor que afetam o consumo e, por conse- qüência, a forma de vender e divulgar seu produto. Passo 6- Escolha um mercado para começar seu trabalho

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A Revista "Exportação", publicação do Sebrae-MG, recomenda:

- analise primeiramente os mercados onde poderá adquirir experiência com menor custo;

- opte por países que têm acordos comerciais com o Brasil, pois neles o importador do seu produto gozará de benefícios, logo terá mais interesse;

- selecione os países que estão mais próximos do nosso, pois o custo de transporte será minimizado;

- elimine mercados que não estejam de acordo com as pretensões de sua empresa ou que não possam absorver seu produto;

- elimine mercados com excesso de barreiras comerciais e restrições legais;

- elimine mercados com instabilidade política e econômica".

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FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ( FONTE: Departamento de Comércio Exterior do SEBRAE-SP )

CÁLCULO DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO(COTAÇÃO FOB/FCA),

A PARTIR DO PREÇO PRATICADO NO MERCADO INTERNO

1. Tomar o preço do produto no mercado interno com IPI e ICMS;

2. Deduzir o valor do IPI através de regra de 3 simples:

Preço Interno / Valor do IPI a Deduzir = ( 100% + Alíquota do IPI ) / Alíquota do IPI

3. Deduzir os valores relativos a ICMS, PIS e COFINS, mediante aplicação direta da alíquota sobre o preço sem IPI:

preço interno sem IPI x aliq. do ICMS = valor do ICMS a deduzir

preço interno sem IPI x aliq. do PIS = valor do PIS a deduzir

preço interno sem IPI x aliq. do COFINS = valor do COFINS a deduzir

Definir um lote mínimo para a exportação, de forma que a operação tenha um volume suficiente para pagar por despesas básicas (ex.: despachante, documentação, etc...) e ainda obter-se lucro ou resultado positivo.

4. Após a dedução destes impostos, a empresa deve fazer uma análise de todas as despesas agregadas ao preço do produto no mercado interno que NAO ocorrerão em uma operação de exportação, subtraindo-as deste preço, por exemplo:

- Embalagem de mercado interno - Comissão de vendedores internos - Descontos concedidos - Provisão para devedores duvidosos - Propaganda destina a venda no mercado interno - Distribuição do produto no mercado interno

5. Deduzir a margem de lucratividade praticada no mercado interno.

6. Adicionar todos os custos adicionais de produção agregados à mercadoria produzida com destino à exportação, a saber:

- Embalagem especial de exportação - Etiquetagem especial - Gastos adicionais com matéria-prima - Gastos adicionais com mão-de-obra - Gastos adicionais de capital - Remessa de amostras ao exterior - Propaganda no exterior - Certificado de conformidade de qualidade junto a instituições especializadas - Edição de material de propaganda/divulgação em língua estrangeira

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7. Aplicar a margem de lucratividade desejada para a operação de mercado externo.

8. Adicionar todas as despesas específicas das operações de exportação:

- Despesas com paletização - Vistos consulares na documentação - Certificado de Origem - Serviços de despachante aduaneiro - Corretagem de câmbio - Transporte e seguro até o ponto de embarque para o exterior - Despesas portuárias/aeroportuárias (capatazia, estiva, conferência) - Despesas financeiras (associadas às operações cambiais) - Serviços de assistência técnica ao exterior - Ovação (estufagem) de contêineres - Outras despesas acessórias

9. Executando estes passos, teremos o preço FOB ou FCA do produto em R$. Caso as negociações no exterior sejam intermediadas por agente de vendas, o preço FOB/FCA com a respectiva comissão é definido através da seguinte regra de 3:

Preço FOB/FCA sem Comissão / Preço FOB/FCA com Comissão = ( 100% - % da Comissão ) / 100%

10. Converter o preço FOB/FCA em dólar aplicando a taxa comercial de compra.

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Modelo de Planilha para Cálculo do Preço de Exportação(a partir de preços praticados no mercado interno)

ITEM VALOR

Preço Praticado no Mercado Interno......................... ( - ) IPI ( = ) Preço no Mercado Interno sem IPI.................. ( - ) ICMS ( - ) PIS ( - ) COFINS ( - ) Despesas Específicas de Mercado Interno SUBTOTAL 1 ............................................................. ( - ) Lucro Praticado no Mercado Interno ( + ) Custos Adicionais de produção p/exportação SUBTOTAL 2 ............................................................ ( + ) Lucro Praticado no Mercado Externo ( + ) Despesas Específicas de Exportação Preço FOB/FCA sem Comissão do Agente de Vendas Externas ............................... ( + ) Comissão do Agente de Vendas Externas Preço FOB/FCA Final ............................................. ( / ) Taxa do Dólar Comercial - Compra ( + ) Margem de Segurança (Percentual) Preço FOB/FCA de Lista - -- - - - - - - - - - - - - - - >

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CÁLCULO DE FORMAÇÃO DE PREÇO DE EXPORTAÇÃO(COTAÇÃO FOB/FCA).

A PARTIR DOS CUSTOS REAIS DE PRODUÇÃOPARA A MERCADORIA A SER EXPORTADA.

1. Definição dos custos de produção:

Adicionar ao custo de produção de mercado interno:(matéria-prima, custos gerais de produção e mão-de-obra direta/encargos sociais) todos os custos específicos de exportação: alteração de dimensões, densidades, cores, etc.; utilização de mão-de-obra de maior qualificação (controle de qualidade, acabamento, etc.); reformulação de design; inclusão de dispositivos de segurança; embalagem e etiquetagem especiais; refugo de produtos e/ou materiais rejeitados pelo controle de qualidade; peças e componentes sobressalentes; despesas adicionais de comunicação (fax, telefone, courier); despesas com remessa de amostras ao exterior; certificação de conformidade de qualidade junto a instituições especializadas; propaganda no exterior; edição de material de propaganda/divulgação em língua estrangeira. Deduzir dos custos de matéria-prima os créditos fiscais de IPI e ICMS, conforme demonstrado abaixo: Custo do insumo sem IPI x alíq. do ICMS = Valor do ICMS a deduzir

2. Definição das despesas de funcionamento

Despesas Administrativas: salários indiretos; encargos sociais; pró-labore; aluguel do estabelecimento; material de expediente; taxas de contribuição; alvarás e licenças; agua; comunicações; luz; segurança; outras.

Despesas especificas de exportação: Paletização; Vistos consulares (alguns países); Certificados de Origem; Corretagem de câmbio; Transporte e seguro do produto até o porto/aeroporto; Despesas portuárias/aeroportuárias (capatazia e armazenagem); Despesas financeiras (associadas a operações cambiais); Serviço de assistência técnica (acessórios); Carregamento de contêineres; Outras despesas acessórias. Não incluir nestes itens as despesas inerentes à comercialização do produto no mercado interno, principalmente os impostos faturados dos quais a exportação é isenta. As despesas financeiras e de vendas estão incluídas nas despesas de exportação.

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3. Definição da margem de lucratividade desejada no mercado externo.

4. Cálculo do preço de venda FOB/FCA unitário: é a soma do custo de produção, despesas administrativas, despesas de exportação e a margem de lucro desejada, em base unitária.

5. Comissão do Agente:No caso de as negociações no exterior serem intermediadas por agente de vendas comissionado, o preço FOB/FCA com a respectiva comissão sobre vendas é definido através da seguinte regra de 3:

Preço FOB/FCA sem Comissão/Preço FOB/FCA com Comissão = (100% - % da Comissão)/100%

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 297

6. Converter o preço FOB/FCA em dólar aplicando a taxa comercial de compra.

Modelo Planilha para Cálculo do Preço de Exportação (a partir do custo de produção)

ITEM VALOR

Custo da matéria-prima (produção p/mercado interno) ...........................

( + )Custos adicionais de matéria-prima (produção p/ exportação) = Custo da matéria-prima (produção p/exportação) .............................

( - )Manutenção do crédito fiscal do IPI................................................... ( - )Manutenção do crédito fiscal de ICMS................................................

= Custo da matéria-prima s/impostos (produção p/ exportação).........

( + )Custo de mão-de-obra direta............................................................ ( + )Custos gerais de produção............................................................... ( + )Demais custos adicionais p/produção p/ exportação........................

= Custo de produção para Exportação...................................................

( + )Margem de lucro desejada no mercado externo................................ ( + )Despesas administrativas................................................................ ( + )Despesas específicas de exportação (acessórias).............................

= Preço FOB/FCA sem comissão do agente de vendas externas..........

( + )Comissão do agente de vendas externas = Preço FOB/FCA final........................................................................

( / )Taxa do dólar comercial compra.......................................................

= Preço FOB/FCA de lista - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -- - >

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 298

Canais de Distribuição e Vendas

Passo 1- Identifique os canais de distribuição e vendas adequados ao mercado visado: agente comissionado? atacadista local? supermercado ou cadeia de lojas? trader independente? trading company? venda direta por equipe própria localizada aqui? vendedor contratado no local? joint-venture com sócio local? licenciamento para produção local? uma combinação dos canais acima?

Passo 2- Localize empresas e/ou pessoas procure em revistas do ramo, publicadas no exterior anuncie em revistas do ramo, publicadas no exterior faça viagens de prospecção ao exterior participe de missões comerciais ao exterior contate consulados e câmaras de comércio contate Trade Points e assemelhados visite feiras no exterior exponha numa feira no exterior contrate/converse com seu agente/representante/distribuidor no pais pretendido

Passo 3- Faça acordos comerciais estabeleça contatos defina como vai ser feita a promoção dos produtos negocie escolha o(s) parceiro(s)

Passo 4- Negocie e assine contratos Ao negociar e assinar um contrato, lembre-se de que as regras legais locais podem ser diferentes daquelas vigentes no Brasil. Portanto, aconselhe-se com um especialista local. Alguns itens comerciais normalmente constantes de contratos são:

duração condições e procedimentos para renovação do contrato condições e procedimentos para rescisão do contrato delimitação de território produtos incluídos (presentes e futuros) desempenho mínimo exigido bases e listas de preços estoques mínimos a serem mantidos obrigatoriedade de treinamento publicidade e promoção relatórios de andamento exclusividade (ou não) remunerações/comissões

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Recursos e Tempo

Passo 1 - Liste os itens do trabalho de exportação que vão gerar custos Lembre-se de considerar a inclusão de despesas com: viagens participação em feiras preparo de folheto sobre a empresa preparo de folhetos e manuais dos produtos traduções custos de comunicação (telefone, fax, correio etc.) amostras re-engenharia de produtos

Passo 2 - Avalie a repercussão da nova carga de trabalho em sua equipe e na sua carga pessoal de trabalho

Muitas pessoas estarão envolvidas nas questões ligadas a exportação; procure não subestimar o volume de trabalho que isso gera.

Passo 3 - Procure identificar os riscos envolvidos Estão entre os riscos mais comuns: flutuações de câmbio não-pagamento atrasos de pagamento demora na concretização de negócios problemas de atendimento ao mercado interno

Continue seu trabalho indo para a etapa seguinte - Plano de Exportação

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 300

FONTE : http://businessbrazil.com/sebrae/pmex4.htm#Plano

Plano de Exportação

Um conjunto disperso de peças não é um máquina. Você só terá uma máquina quando essas peças forem reunidas segundo certa lógica. São quatro as fases sucessivas que deve ter seu esforço para reunir os elementos necessários à definição de seu esforço de exportação, a saber:

1 - reflexão 2 - informação 3 - preparo do plano de exportação 4 - venda e processamento da exportação

Depois da (1) reflexão, você reuniu informações sobre: o produto o mercado os canais de distribuição recursos e tempo

Com base em todo esse trabalho, você vai - agora - tomar decisões e vai transformar tudo isso num conjunto de estratégias - um plano de exportação - a ser executado. Provavelmente, isso vai exigir que você aprofunde e complemente as informações já colhidas.

Assim, seu plano deverá ter os seguintes capítulos:

Passo 1- Que mercado(s) você decidiu atacar?

Passo 2- Que produtos(s) você vai oferecer?

Passo 3- Quem vai distribuir/vender seu(s) produtos(s)?

Passo 4- Como vai ser feito o marketing-mix do seu produto ? Qual a combinação de produtos, preços, promoção, distribuição e serviços que vai ser usada?

Passo 5- Quando as ações vão ser tomadas? (cronograma de trabalho)

Passo 6- Quanto você vai gastar com esse esforço para exportar? Qual o retorno esperado? Quando esse dinheiro vai voltar? (orçamento e cash-flow)

Venda

Visite .... http://www.edgeonline.com/main/bizbuilders/index.shtmVocê encontrará itens como: write a sales letter, follow up on a prospect, identify and overcome objections, qualify leads and prospects, close a sale, write a sales proposal etc.

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 301 FONTE: http://businessbrazil.com/sebrae/manual.htm

DISTRIBUIÇÃO:FORMAS DE COMERCIALIZAÇÃO

FONTE: In Prospecção de Mercado e Marketing Internacional Série Comércio Exterior - Volume 2 -SEBRAE-RS )

FORMA DIRETAÉ quando ocorre a venda diretamente entre o fabricante e um distribuidor no exterior, ou ainda direto para o consumidor final. Desta forma o exportador fará todo o esforço necessário para alcançar seus objetivos, o que implica uma pesquisa mercadológica prévia, contatos e avaliação dos riscos, Fechamento do negócio, preparação da mercadoria e embarque. Canais de Comercialização da Forma Direta:

Vendas pelo Correioesta modalidade caracteriza-se pela venda de pequenos volumes através do sistema logístico dos Correios.

Distribuidoré a intermediação através da compra de grandes quantidades, onde a venda é efetuada a partir do estoque do distribuidor NO mercado de destino e, geralmente, com a exigência de exclusividade.

Filial de Vendasé a extensão das atividades da empresa no mercado de destino, isto é, no país do importador, e funciona com funcionários da própria empresa. Geralmente, estas filiais possuem armazenagem para seus Produtos, para facilitar a entrega da mercadoria e agilizar o processo de distribuição.

Rack Jobbingesta modalidade garante a administração das vendas por parte do exportador, e, a seu custo, de um espaço dentro da loja do importador, onde, a partir deste ponto, o exportador efetua os contatos com os clientes. Para obter sucesso neste tipo de operação é necessário um aprofundamento sobre a legislação local referente à comercialização do produto a ser vendido.

Associação de Exportadores estabelecida em torno de objetivos comuns e ainda possibilitando a redução de custos, por ser um sistema compartilhado com responsabilidades definidas, proporciona o ingresso junto a mercados internacionais de empresas que teriam dificuldades de operar individualmente.

Vendedor Diretopertence ao quadro funcional da empresa exportadora e atua diretamente junto a importadores, em diversos mercados no exterior.

Agente no Exterioré aquele que faz a intermediação das vendas no país do importador e age em nome do exportador que, na maioria das vezes, arca com os custos das operações. O agente pode ser pessoa física ou jurídica, conforme conveniência das partes, e a comercialização é efetuada sob o regime de comissionamento.

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Consórcio de Exportaçãocaracteriza-se, geralmente, pela união de pequenas e médias empresas com o objetivo de atingir um determinado mercado. Além da redução de custos, os consórcios possibilitam um aumento na capacidade de oferta de um ou mais produtos.

FORMA INDIRETA É quando ocorre a participação de um intermediário na exportação. O contato do exportador se restringe a este intermediário. Este procedimento, geralmente, é utilizado quando o exportador não possui nenhuma experiência nesta atividade ou está no início das atividades, visando o ingresso em determinado mercado. É preciso ter cuidado na escolha deste intermediário.

Lembre-se que ele fará os contatos no exterior em nome do exportador. Por isso, é necessário avaliar a idoneidade da empresa que desejamos contratar, verificar se ela possui experiência neste tipo de produto e no mercado-alvo que desejamos ingressar e, ainda, se a empresa está disposta a fazer um contrato para formalizar as operações. Este agente pode estar domiciliado no Brasil ou no exterior e, geralmente, trabalha sob o regime de comissões sobre as vendas realizadas. Canais de comercialização da Forma Indireta:

Representantesgeralmente estabelecidos e atuantes no mesmo segmento do exportador, operam em nome e com o apoio da empresa exportadora.

Distribuidoré quando a comercialização é efetuada a partir de grandes redes os supermercados, sendo comum, inclusive, a utilização da marca do distribuidor nos produtos a serem comercializados.

Importador / Distribuidoratua por conta própria no processo de importação e também na distribuição dos produtos. As encomendas deste tipo de canal de comercialização são de grandes proporções.

Comissário Importadoré um operador no comércio exterior que compra e vende em diversos mercados, em seu próprio nome e por conta do importador.

Agente de Vendastrabalha sob o regime de comissionamento, de forma autônoma, informando o exportador sobre a evolução do mercado bem como suas exigências e aspectos legais.

Comercial Importadora/Exportadorasão empresas que operam com a compra e venda e intermediação de mercadoria, geralmente atendendo a pequenas e médias empresas. Existe a exigência de capital mínimo para a operacionalização deste tipo de empresa.

Trading Companyeste tipo de empresa tem uma atuação bastante abrangente e está presente em vários mercados, operando geralmente negócios de grandes proporções. Dedica-se à compra, venda, comercialização, industrialização e ao financiamento das operações.

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Export Management Companysão empresas muito utilizadas nos Estados Unidos, assessorando pequenas empresas, sob o regime de comissionamento, em operações de exportações.

Consultores de Exportaçãooperam como pessoa física ou jurídica, utilizando-se de sua experiência em negociações internacionais e do conhecimento dos processos operacionais de comércio exterior, dando apoio aos exportadores e desenvolvendo o marketing internacional. Trabalham através do pagamento de honorários ou comissionamento.

Piggy Backsão empresas conhecidas no mercado de destino da mercadoria e que atuam no mesmo segmento do exportador. Esta modalidade oferece vantagens de custo, pois toda estrutura montada está dentro do campo de atuação do exportador e não é necessário um esforço mercadológico específico, uma vez que a empresa já é conhecida.

Jobberopera como atacadista, importando do fabricante e armazenando a mercadoria para posterior venda e atacadistas e varejistas. Dentro desta modalidade também é possível ocorrer a intermediação, através de comissionamento, o que pode ser pago pelo exportador, pelo importador ou ambos.

Brokeré um intermediário que atua em setores específicos. Trabalha na aproximação de exportadores e importadores.

Agente de Comprasatua no país do exportador, em nome e por conta do importador, levantando oportunidades de negócios e mantendo-o bem-informado a respeito do mercado exportador.

MÉTODO EQUIPARADO

É quando ocorre a intermediação de uma empresa comercial exportadora, também conhecida como Trading Company. Esta modalidade geralmente é utilizada quando a empresa exportadora percebe que existe possibilidade de colocação de seu produto em alguns mercados, mas não possui a estrutura necessária, ou não quer assumir o risco das operações. Neste caso, a empresa efetua a venda para a Trading e esta irá comercializar o produto. Ao vender para uma Trading Company, a empresa exportadora goza de todos os benefícios de uma exportação, mesmo que a mercadoria seja vendida e entregue dentro do país.

Você pode continuar seu trabalho consultando os Perfís Econômicos dos países com os quais você vai fazer negócios.

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FONTE: http://businessbrazil.com/sebrae/manual.htm

INSTRUMENTOS PROMOCIONAIS E A BUSCA DE OPORTUNIDADES

VER SLIDES

FEIRAS E EXPOSIÇÕESAs feiras nacionais ou internacionais são uma excelente ferramenta para quem quer vender seus produtos ou, apenas, conhecer o mercado.

Passo 1- Escolha a feira à qual você vai comparecer O Sebrae organiza participações de empresas em inúmeras feiras no exterior. Procure saber se alguma delas é do seu interesse. Se não for, peça a orientação do Sebrae sobre as feiras que o interessam. Consulados e câmaras de comércio são, também, fontes de informação sobre feiras no exterior.

Passo 2- Defina, claramente, o que você pretende conseguir na feira. Alguns objetivos usuais são: conhecer o mercado conhecer os concorrentes contactar eventuais canais de distribuição vender

Passo 3- Planeje sua viagem com antecedência. Não se esqueça de, o mais cedo possível: reservar passagens verificar validade do passaporte verificar necessidade de visto reservar hotéis

Passo 4- Planeje seus contatos. Não se esqueça de: levar cartões de visita em um ou mais idiomas estrangeiros levar material de apresentação de sua empresa em um ou mais idiomas estrangeiros levar folhetos de oferta de produtos (se for o caso) em um ou mais idiomas estrangeiros agendar, com antecedência, contatos na feira (se possível)

Passo 5- Se você vai expor, planeje - em detalhes - a sua participação Se você não tem experiência de expor em feiras, participe de um grupo organizado pelo Sebrae ou então, faça uma visita de estudo à feira desejada para expor apenas no ano seguinte.

Passo 6- Prepare-se para expor. Alguns itens com os quais você terá que se preocupar (e bastante): definição dos produtos a serem apresentados reserva de espaço regulamento da país normas para ingresso no país de material para feiras montagem do stand decoração do stand pessoal do stand envio da mercadoria para exposição (licenças, transporte, armazenagem etc.)

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material impresso (folhetos, cartões etc.) amostras ou material promocional para distribuição (se for o caso) teste de funcionamento do stand e do equipamento (se algum) "fechamento" do stand no encerramento da feira

Passo 7- Prepare um orçamento. Além dos itens acima mencionados, não se esqueça das despesas com: alimentação transporte local relações públicas (almoços etc.) reserva para imprevistos (você terá vários!)

Passo 8- Dê seqüência aos contatos e negócios Para saber mais sobre a participação em feiras consulte o Sebrae-SP;

VIAGENS DE ESTUDO Uma visita planejada a um país é uma forma eficiente de conhecer mercado e produtos. Combinar isso com a visita a uma feira é, ainda, melhor.

Passo 1- Defina o seu roteiro não coloque coisas demais em seu programa separe claramente o que é negócio do que é turismo inclua visitas a super-mercados, shopping-centers,cenros comerciais e lojas que vendem seu ramo de produtos se viajar com família, deixe claro que os negócios são prioridades e que eles podem alterar o programa inicial

Passo 2- Defina os objetivos de sua viagem Conhecer os produtos e preços dos concorrentes Conhecer os hábitos de compra dos potenciais compradores Avaliar o tamanho do mercado (presente e futuro) Contatar potenciais agentes ou distribuidores Aprofundar informações para seu plano de exportação Visitar lojas e supermercados para avaliar o perfil de consumo Contatar bancos e/ou advogados (leis locais, práticas contratuais, marcas e patentes, impostos, embalagens e metrologia, barreiras não tarifárias etc.)

Passo 3- Informe-se - Converse com gente experiente antes de viajar.

Passo 4- Detalhes pessoais - Pequenos detalhes podem comprometer uma viagem: leve todos os remédios especiais de que você necessita se você não domina o idioma, providencie um tradutor mesmo em países de língua espanhola ( ligue para um consulado brasileiro no país que você vai visitar e peça a indicação de alguém) leve óculos de reserva uma visita a uma feira pode durar horas; leve sapatos muito confortáveis tome redobrado cuidado com a alimentação; qualquer excesso pode pôr a perder toda a sua viagem

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Passo 5- follow up de contatos ou negócios . De volta à sua empresa: mande uma carta de agradecimento a todas as pessoas contactadas envie as informações que você prometeu a seus interlocutores continue a trabalhar as oportunidades de negócio identificadas

RODADAS DE NEGÓCIOS(In Eventos Internacionais - Série Cooperação Internacional - SEBRAE-RS)

Passo 1- Entenda bem a Rodada de Negócios

As Rodadas de Negócios, assim como as Feiras, também são instrumentos de marketing idealizados com o objetivo de promover produtos, serviços e idéias. No entanto, para alcançar este objetivo estas não utilizam da exposição como principal recurso. O principal instrumento utilizado é o agendamento.

Os agendamentos dão às Rodadas de Negócios uma dinâmica particular que consiste em marcar encontros direcionados entre ofertantes e demandantes. Estes encontros são marcados a partir da análise do perfil preenchido pela empresa ao se inscrever e têm duração máxima estipulada pelos organizadores, de forma a garantir a sincronia entre as diversas reuniões."

Passo 2- Conheça os tipos de Rodadas de Negócios As rodadas podem ser classificadas a partir dos dois parâmetros utilizados para classificar as feiras : quanto ao ramo de atividade: são especializadas ou multisetoriais quanto a origem dos participantes: são locais, regionais, estaduais, nacionais ou internacionais."

Passo 3- Veja como participar Na Rodada de Negócios, as figuras do expositor e do visitante desaparecem, sendo substituídas pela empresa âncora e empresa ofertante / demandante. a - Empresa âncora

Chama-se empresas ancoras àquelas que constituem a base do evento, ou seja, é a partir de suas demandas e ofertas que se promove o evento. A empresa ancora é a peça-chave da Rodada de Negócios, assim como o expositor é a peça-chave da Feira.

Ela deve estar preparada para manter um representante disponível para a realização dos encontros empresariais marcados, durante todo o evento, assim como a empresa expositora mantém um ou mais expositores no seu estande. pesar de se encontrar numa posição semelhante a do expositor, ser âncora não envolve os mesmos custos. Em muitos casos, o custo restringe-se às despesas de transporte e alimentação do pessoal da empresa que participará da reunião, além do material promocional (folhetos, brindes, cartões). Nestes casos, o montante a ser investido varia de acordo com o custo do transporte desde a empresa até o local do evento, portanto, ser âncora num evento no exterior implica num gasto maior. Para ser expositor é preciso contratar o espaço, para ser âncora é preciso inscrever-se (ou ser convidado pelo organizador). A inscrição será aceita, caso a empresa atenda aos requisitos estipulados pelos organizadores.

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Seu perfil será usado para convidar empresas com características de produto e serviço complementares. Assim sendo, a âncora somente conhecerá as empresas com quem vai se encontrar muito depois de sua inscrição. Com alguma antecedência, recebe uma agenda preliminar, com a distribuição das reuniões ao longo do(s) dia(s) do evento. A agenda não deve ser considerada definitiva, pois sempre está sujeita a inclusões ou cancelamento. Isto exige o acompanhamento constante durante o evento.

b - Empresa Ofertante / Demandante A empresa ofertante/demandante é o equivalente do visitante na feira.

Uma vez tendo consultado o catálogo com o perfil das âncoras - setor, ramo, porte, atividade, oferta e/ou demanda - esta se inscreve discriminando com quais empresas âncoras deseja se reunir.

Para ter conhecimento de quais solicitações de agendamento foram atendidas, o ofertante/demandante deve buscar sua agenda junto aos organizadores do evento (secretaria do evento). A antecedência com que terá acesso a essa agenda varia de evento para evento. Algumas rodadas permitem que sejam marcadas reuniões entre ofertantes/demandantes.

Cabe ao participante consultar a organização, verificando se há novas solicitações de encontro com sua empresa, sempre que houver um intervalo em seus agendamentos. Desta forma, reduz-se a possibilidade de não comparecimento a um encontro por não ter recebido a informação a tempo. O risco que isso ocorra é diminuído em eventos onde os agendamentos são feitos "on-line".

Algumas rodadas possuem sistemas informatizados que permitem ao ofertante/demandante bloquear sua agenda em horários em estará disponível para realização de reuniões."

Passo 4- Planeje sua participação numa Rodada de Negócios "A Rodada de Negócios também tem um antes, durante e depois. O planejamento coincide em vários pontos com o da feira, no entanto, a existência do contato formal (conversa) é um fato, distintamente da feira, onde o visitante opta por abordar ou não o expositor. O conhecimento prévio de que o contato se dará exige um maior preparo do profissional que representará a empresa. Além de bem informado, recomenda-se que o representante esteja num nível hierárquico ou possua poderes que lhe dê autonomia de decisão.

Lista de verificação: Planejando a participação em uma Rodada .

Antes Reunir informações sobre a Rodada de Negócios, Definir os objetivos e metas da participação na Rodada, especialmente ao tipo de negócio pretendido; Estabelecer um cronograma de viagem; Reservar hotel e vôos; Providenciar documentos de viagem, se for o caso; Reunir informações sobre o país ou região onde se dará o evento; Elaborar cartões de visita e folhetos no idioma local ou em idiomas utilizados em negócios internacionais, se for o caso (nas Rodadas, o portfólio da empresa é um documento impor- tante, assim como os catálogos). Recomenda-se também que se leve documentos que apoiem e ilustrem o que vai ser dito; Elaborar planilhas de preço;

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Elaborar uma lista com os requisitos técnicos e outras informações necessárias para orientar uma compra, seja nacional ou internacional; Solicitar intérprete, quando não tiver domínio, no idioma da conversação, do vocabulário co- mercial.

Durante: As reuniões Conferir a agenda, pelo menos uma vez por dia; Verificar as informações disponíveis sobre a empresa com que vai se reunir e preparar um roteiro com os principais pontos que deseja abordar durante a mesma; Fazer anotações sobre as conversas [...]; Solicitar sempre o cartão e catálogos/folhetos da empresa com que se está reunindo; Sempre deixar com a empresa, com que se está reunindo, seu cartão, folhetos ou outro Material de divulgação que esteja em um idioma que o representante fale ou com- preenda.

Depois: o pós-Rodada ativo Avaliar os contatos realizados; Manter contato com as empresas com que se reuniu , principalmente quando se com- Prometeu a enviar alguma informacão; Fazer uma reavaliacão da posição da empresa no mercado considerando as informações coletadas.--------------------------------------------------------------------------------------------------------- RODADAS DE NEGÓCIOS ENTRE BRSIL E CHILE

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promovem, de 09 a 11 de agosto DE 2010, a Missão Empresarial à capital chilena, Santiago. O objetivo é ampliar o fluxo comercial e de investimentos entre os países e explorar possibilidades de cooperação entre os setores produtivos de Brasil e Chile.

As inscrições para a missão foram encerradas no dia 18 de junho e o processo de seleção encontra-se em andamento. A exemplo do que tem sido adotado como formato nas Missões realizadas em 2010, para aumentar a possibilidade de retorno do investimento, tanto do Governo quanto das empresas que integram a missão, serão selecionadas somente empresas com alguma experiência internacional e potencial exportador, para as quais foi possível agendar um número mínimo de reuniões no país a ser visitado. Dessa maneira, aumentam as chances de que os contatos se traduzam em negócios de fato.

Uma empresa especializada foi contratada para organizar os contatos empresariais, buscando empresas em todo o Chile para os setores de Engenharia e Construção Civil, Produtos Químicos, Instrumentos de Precisão, Materiais Elétricos e Eletro-Eletrônicos, Máquinas e Equipamentos para Indústria da Mineração, Equipamentos e Implementos Agrícolas, Meio Ambiente e Geração de Energia, Produtos Farmacêuticos e Produtos Médicos e Hospitalares. Os setores foram pré-definidos de acordo com estudo de Inteligência Comercial, que avaliou, inclusive, o potencial de negócios.

Programação

09/08 - A delegação brasileira chega a Santiago e, no mesmo dia, promove um seminário de nivelamento, com informações sobre o mercado chileno, para os empresários brasileiros.10/08 - No dia seguinte acontece a Rodada de Negócios, onde cada empresa brasileira recebe vários com- pradores potenciais ao longo do dia.11/08 – O último dia é livre para que os empresários possam visitar as plantas e escritórios de possíveis cli- entes chilenos.

Primeiros passos rumo ao exterior

Para a Missão Empresarial ao Chile foram convidadas empresas, em todo o território nacional, que se cadastraram em programas do MDIC como “Primeira Exportação”, “Redeagentes”, “ENCOMEX” e “Vitrine do Exportador”.  Os Programas citados são coordenados pela Secretaria de Comércio Exterior do MDIC e tem o objetivo de promover a inserção competitiva de micro e pequenas empresas brasileiras no mercado internacional. A iniciativa é uma forma de dar continuidade ao esforço pela criação de uma Cultura Exportadora no País.

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OS PONTOS DE COMÉRCIO ( TRADE POINTS )

Trade Point São Paulo – TEXTO OBSOLETO, MAS SERVE PARA O CONCEITOLinha Direta para Negócios Rápidos e Seguros

Simplificar todas as operações de Comércio Exterior, prestando serviços para qualquer tipo de empresa, é o objetivo do Trade Point. Trata-se de um centro facilitador de negócios que faz parte de uma rede de 145 núcleos semelhantes, disseminados em 108 países interligados eletronicamente.

Seu modelo de funcionamento é ditado pela UNCTAD - Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, entidade responsável pela gestão e coordenação do programa, que foi iniciado a nível mundial em 1992. No Brasil, o programa é coordenado pelo CPEC - Centro de Promoção de Eficiência Comercial do Departamento de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores.

Suas atividades estão centradas na busca e criação rápida e segura de soluções para agilizar o fluxo de produtos e serviços. Por meio de intercâmbio de dados e do atendimento personalizado para necessidades de exportação e importação para qualquer lugar do mundo, o Trade Point São Paulo auxilia a inserção empresarial na economia globalizada. Conta, para isso, com o suporte da estrutura da FIESP e do CIESP - Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, entidades que representam o maior e mais influente parque empresarial do Mercosul.

Seus serviços incluem, entre outros:

Pesquisa e informações de importadores, exportadores e estatísticas de mercado. Divulgação e orientação quanto a feiras, mostras e eventos. Identificação e aproximação de empresas interessadas em operações de importação e exportação. Catalogação e divulgação de oportunidades comerciais nacionais e internacionais (ETOs). Atendimento a empresários brasileiros e estrangeiros em visita a São Paulo no sentido de viabilizar reuniões e encontros com a utilização da estrutura do Trade Point São Paulo.

O Trade Point São Paulo também pode organizar missões comerciais e rodadas de negócios e toma as providências necessárias para promover parcerias entre empresas brasileiras e estrangeiras. Participa, também, de feiras e eventos, tanto nacionais quanto internacionais, para divulgar a indústria paulista e nacional, além de oferecer, in loco, informações por meio de conexão eletrônica com seu banco de dados.

NOTAEm função do acelerado crescimento do uso da Internet, o sistema de TradePoints ficou superado. O único ainda em funcionamento no Brasil é o TRADE

POINT CAMPINAS, situado junto ao Aeroporto de Viracopos.

CONSULTE A PAGINA DO WORLD TRADE POIN T FEDERATION – basta clicarhttp://www.tradepoint.org/

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O "Trade Point" é:

a - centro facilitador de negócios, onde participantes em transações de comércio exterior (alfândega, institutos de comércio exterior, câmaras de comércio, transportadoras, bancos, seguradoras etc.) são agrupados fisicamente ou de maneira virtual.

b - fonte de informações relacionadas ao comércio internacional, apta a fornecer dados sobre oportunidades de negócios e mercados, clientes e fornecedores em potencial, regulamentações e exigências aplicáveis ao comércio exterior.

c - porta de acesso a redes globais de comércio e informações comerciais. Todos os Trade Points estão interligados em uma rede eletrônica mundial e devem estar equipados com eficientes ferramentas de telecomunicação para conectarem-se a outras redes globais via Internet.

Os "Trade Points" têm por principal objetivo estimular a participação no comércio internacional do maior número de empresas, particularmente (mas não exclusivamente) as pequenas e médias. A atuação do "Trade Point" contribui para agilizar as transações e para superar obstáculos operacionais que dificultam a integração das empresas aos fluxos mundiais de bens e serviços.

Os "Trade Points" dão assistência a empresários no que diz respeito à facilitação do comércio e a práticas comerciais eficientes. Fornecem informações sobre legislação comercial (tanto a brasileira quanto a dos parceiros comerciais) e auxiliam na execução das formalidades inerentes às transações de comércio exterior. No Brasil, funcionam em parceria com instituições como o SEBRAE, Associações Comerciais, Governos estaduais, Federações de Indústria e Comércio, Prefeituras e empresas privadas.

Conforme o princípio de auto-sustentação, um dos que norteiam o Programa de "Trade Points", a principal fonte de renda dos "Trade Points" devem ser as remunerações de usuários por serviços prestados.

Os "Trade Points" plenamente operacionais podem trabalhar, também, com entidades associadas ou "extensões" em seus Estados. Estas entidades agem como braço do Trade Point principal, com o objetivo de alcançar empresas numa área geográfica maior, sem a necessidade de se implantar uma estrutura completa de "Trade Point".

A participação brasileira no Programa de "Trade Points", hoje uma das mais significativas no mundo, é coordenada pelo Departamento de Promoção Comercial (DPR) do Ministério das Relações Exteriores - MRE e recai no âmbito de acordo de colaboração entre o MRE e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento - PNUD, firmado em 1995. Dentro do DPR, a coordenação do Programa de "Trade Points" incumbe à Divisão de Programas de Promoção Comercial (DPG), que atua como Secretaria Executiva do Fórum Brasileiro de "Trade Points".

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EXEMPLO DE ANALISE DE SETOR DE EXPORTAÇÃO

Panorama Setorial do Setor MoveleiroBoletim SECEX No. 33 – jan/2003

MOVEIS

Em virtude da variedade de matérias-primas, da mão-de-obra e da experiência acumulada nos pólos existentes nas regiões Sul e Sudeste, o setor moveleiro nacional é bastante competitivo. Nos últimos anos, a indústria aprimorou sua capacidade de produção e investe, cada vez mais, em modernização tecnológica e na adaptação do design, a fim de se moldar às exigências do mercado internacional. A qualidade de seus produtos reflete estas iniciativas, ratificada também pela expansão de suas vendas externas. Atualmente, o número de empresas do setor que destinam parte de sua produção ao mercado externo ainda é reduzido. Das 13.500 micro, pequenas e médias do segmento, apenas 6% ou 7% são exportadoras.

As indústrias estão basicamente localizadas na região Sul, mais precisamente nos estados do Rio Grande do Sul, que exporta 29,7%, e Santa Catarina, este, o maior exportador brasileiro, com 48% das exportações totais. São Paulo é responsável, em média, por 9,6% e Paraná por 8%. Iniciativas bem sucedidas começam a surgir no Norte do País, sendo o Pólo de Paragominas, em Belém (PA), um dos exemplos. O Programa Brasileiro de Incentivo às Exportações de Móveis - Promóvel, criado em 1999 e que conta com o apoio da Apex - Agência de Promoção das Exportações, tem como objetivo capacitar a indústria moveleira a produzir mais e melhor, tornando-a cada vez mais competitiva no mercado internacional. Têm sido realizadas diversas ações para promover o móvel brasileiro no exterior, que incluem a participação em importantes feiras internacionais e rodas de negócios.

Exportações Brasileiras de Móveis

Entre 1990 e 2001, as exportações brasileiras de móveis passaram de US$ 40 milhões para US$ 501 milhões. Contudo, esse valor não representa adequadamente o esforço do exportador nacional, já que os preços dos móveis exportados vêm caindo desde 1999.

Em 2002, considerando-se as NCMs 9401.30.00 a 9401.90.99 e 9403.10.00 a 9403.90.90, foram vendidos US$ 531,1 milhões o que representou aumento de aproximadamente 10% em relação ao ano anterior. Os móveis de madeira respondem por cerca de 70% das exportações do segmento. Os assentos giratórios, assentos transformáveis em camas, assentos de cana, vime, bambu, assentos estofados, móveis de metal para escritório, móveis de madeira para escritório, cozinha e quartos de dormir, móveis de plástico e partes para móveis de madeira estão entre os destaques nas vendas para o mercado externo.

Principais produtores e consumidores de móveis

As exportações brasileiras são destinadas aos países desenvolvidos, principalmente para os Estados Unidos e países europeus. Cerca de 80% do item mais exportado foram direcionados a apenas 5 países: EUA (39%); França (18%); Alemanha (8%); Reino Unido (7,1%) e Países Baixos (6,8%).

Os EUA são os responsáveis pelo maior mercado mundial, movimentando US$ 60 bilhões por ano, dos quais US$ 25 bilhões em importações. Entretanto, a principal região importadora é a Europa, que tem a Alemanha como segundo maior exportador e importador mundial de móveis, e que apresenta grande competitividade em alguns segmentos, como por exemplo, móveis de cozinha.

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Outro país que merece destaque é a França, mercado com alto grau de dependência da produção externa desses produtos (um terço do mercado francês é composto por produtos importados).

Devido à retração do mercado argentino, importante comprador do produto brasileiro, as indústrias produtoras voltaram-se para o mercado norte-americano.

Estados Unidos e Canadá apresentam vínculo comercial intenso, com o Canadá importando quase a metade dos produtos americanos. Por sua vez, os EUA consomem mais de 40% dos móveis canadenses vendidos ao exterior. As exportações norte-americanas são destinadas em quase 60% aos países do NAFTA - Acordo Norte Americano de Livre Comércio. Já a Dinamarca ocupa a quinta posição nas exportações de móveis e apresenta baixa dependência das importações, concentrando-se em produtos mais sofisticados. Deixou de ser a pioneira no ramo de móveis quando a Itália conquistou o mercado a partir da década de 70.

Atualmente, a indústria moveleira italiana é a mais forte e competitiva em todos os segmentos em que atua, e menos de 8% do seu mercado interno dependem das importações. A China é o sétimo exportador de móveis e se destaca como o maior exportador mundial de móveis de vime. Este segmento da indústria moveleira é o que apresenta menor conteúdo tecnológico e maior intensidade de mão-de- obra.

O Japão poderá ser um excelente parceiro no mercado moveleiro. É o quarto maior importador de móveis e apresenta uma tendência de aumento devido à ocidentalização dos costumes. Apresenta menor competitividade nas exportações, visto que sequer está presente entre os vinte principais exportadores.

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Matérias-primas

As matérias-primas mais utilizadas pela indústria de móveis são as chapas de madeiras processadas, conhecidas também como aglomerado e médium density fibreboard (MDF), a madeira maciça (proveniente da mata nativa e com sua utilização em rápido declínio) e tábuas provenientes de plantio das espécies pinus e eucalipto, abundantes na região Sul que vêm ganhando força no mercado, devido à substituição da madeira maciça. O plástico e o sisal são mais encontrados na região do Nordeste, sendo usados para a fabricação de móveis rústicos.

Os painéis de madeira aglomerada e de MDF destinam 90% do volume à fabricação de móveis e toda a sua produção é sustentada por florestas plantadas. Graças aos painéis de madeira, houve uma "massificação" do consumo, especialmente de móveis lineares. Em média, 60% da madeira maciça utilizada pela indústria moveleira também é resultado de plantio, como no caso do pinus, que substituiu a araucária; já o eucalipto se consolida no Brasil devido à implantação da moderna serraria da Aracruz, sendo os segmentos produtores de camas e de salas de jantar os que mais a utilizam. Na Nova Zelândia, Austrália, Chile, entre outros países, o eucalipto também é utilizado.

Em virtude da variedade de matérias-primas, uma tendência se fixa na confecção dos móveis. Misturar diferentes materiais barateia o custo e mantém a qualidade no mesmo patamar, a exemplo do design italiano, que mistura metais, vidro, madeira e couro, entre outros, incrementando ainda mais o design dos produtos.

Design

O novo estilo das sociedades modernas introduziu novos conceitos na fabricação de móveis. O conforto e a funcionalidade passaram a fazer parte dos projetos, os quais

perseguem cada vez mais uma estratégia de diferenciação. É o caso da Itália, que, graças a seu diferencial, se mantém a número um no ramo. Contudo, quando há concorrência através dos preços, o produto é comercializado de forma padrão; nesses casos, sua sobrevivência passa a depender de sua eficiência. No Brasil, a expansão do setor moveleiro para várias regiões do país aumenta a diversidade dos tipos de móveis, o que facilita a exportação. Porém, ainda há uma grande necessidade de aprimorar o design dos móveis, não só para exportar, mas também a fim de vender para os brasileiros que estejam dispostos a pagar razoavelmente bem pelo produto.

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Os avanços tecnológicos contribuíram muito para a horizontalização da produção, ou seja, produtores especializados na produção de componentes mantêm a mesma linha de produção e em maiores escalas, e o caráter artesanal foi deixado de lado. O que tudo indica é que há fortes tendências para um único tipo de móvel prático, padronizado e confeccionado com madeira de reflorestamento, de baixo custo.

No site www.portaldoexportador.gov.br estão disponíveis informações de outros eventos no Brasil e no exterior.

INCENTIVOS A EXPORTAÇÃO

Todos os países incentivam as exportações de seus produtos. A exportação melhora a Balança Comercial e o balanço de Pagamentos, gera empregos, gera tributos, melhora o padrão das empresas em todos os aspectos.

Os incentivos dependem da definição de políticas de natureza econômica e política, o que é uma atribuição da CAMEX e dos órgãos de nível ministerial, conforme já foi visto. Atualmente, existem incentivos de natureza tarifária e crediticia, e os de natureza não tarifaria.

Os de natureza tarifaria e creditica, como a própria palavra diz, envolvem tanto a abertura de linhas de credito quanto a redução, suspensão e mesmo isenção de tributos relativos a exportação de produtos bem como a importação de matérias-primas e componentes para produção de produtos destinados a exportação ( drawback).

Dentre as linhas de crédito para apoio a exportação, temos: - linhas de credito para adiantamento sobre Cartas de Credito; - linhas de credito para drawback; - Linhas de crédito diversas através do Banco Central, do BNDES, Caixa Econômica, etc.

Os de natureza não tarifária são de tipos variados, envolvendo desde programas específicos de apoio até a montagem de estruturas físicas de apoio. Dentro os programas de apoio podemos citar:

a) Participação ativa dos órgãos governamentais, de forma direta ou indireta, nas discussões políticas e técnicas junto aos organismos internacionais;

b) formação de mão-de-obra, através de linhas de financiamento especificas;

c) Outros.

A lista abaixo ilustra os programas atualmente existentes em nível federal

PROGRAMAS DE APOIO AO EXPORTADOR

Agência de Promoção às Exportações - APEXA função principal da APEX é apoiar as empresas de pequeno porte para que aumentem as suas exportações. A APEX apóia as seguintes ações, sempre em parceria com o setor privado e com os SEBRAEs estaduais: projetos de exportação, capacitação e treinamento de pessoal especializado em comércio exterior; pesquisas de mercado; rodadas de negócios; informação comercial; e participação em feiras e seminários.

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Sistema RedeAgentes de Comércio ExteriorA Rede Nacional de Agentes de Comércio Exterior é uma ação articulada da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), voltada para a difusão e consolidação de uma cultura exportadora no País, com o objetivo de incrementar as exportações brasileiras. Tem como objetivo a formação de uma rede nacional de Agentes de Comércio Exterior em todos os Estados da Federação, interligados entre si e com a SECEX, via Internet.

BrazilTradeNet - MREA BrazilTradeNet oferece a empresas brasileiras e estrangeiras um amplo conjunto de serviços e informações de interesse para a atividade exportadora e para a atração de investimentos estrangeiros. Ao cadastrar-se na BrazilTradeNet, sua empresa ou entidade de classe terá acesso a áreas exclusivas, com oportunidades de negócios e estudos de mercado.Consultar http://www.braziltradenet.com

Setores de Promoção Comercial no Exterior - SECOM/MREOs Setores de Promoção Comercial - SECOMs funcionam em mais de 50 Embaixadas e Consulados-Gerais do Brasil no exterior. Entre as suas atribuições de apoio ao exportador, os SECOMs efetuam pesquisas de mercado e de produtos e análise dos potenciais de exportação de produtos brasileiros em sua área de atuação.

Encontros de Comércio Exterior - ENCOMEXO projeto ENCOMEX insere-se como uma das ações do Programa Cultura Exportadora, e tem por objetivo estimular a maior participação do empresariado brasileiro no comércio internacional. A Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) vem promovendo os ENCOMEX em diversas regiões do País, buscando uma aproximação maior com o setor privado, em especial com as micro, pequenas e médias empresas, localizadas fora dos grandes centros comerciais do País.

Programas de Apoio às Exportações do Banco do BrasilAtuando como o principal agente financeiro fomentador do comércio exterior brasileiro, o Banco do Brasil tem colaborado para incrementar os negócios com o mercado externo, mediante iniciativas que vão desde o treinamento de empresários e financiamentos à produção e comercialização até a disponibilização de espaço físico nas agências externas para realização de negócios entre exportadores e importadores.

Rede Brasileira de Trade Points ( já exposto anterior e em fase de desativação)Tem por objetivo facilitar negócios no comércio internacional, mediante pesquisa de mercados e de produtos. A participação brasileira no Programa de Trade Points, desenvolvido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), é coordenada pelo Departamento de Promoção Comercial (DPR) do Ministério das Relações Exteriores - MRE. Atualmente, existem nove Trade Points em funcionalmente no Brasil.

Núcleo de Informações de Comércio Exterior (NUCEX)Setor da Secretaria de Comércio Exterior concebido para prestar assistência especializada, dar orientação, divulgar legislação, manuais, informativos e literatura técnica, inclusive mantendo acervo para pesquisa, além de fornecer dados estatísticos do comércio exterior brasileiro.

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Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Médias Empresas-SEBRAEO Sebrae é uma instituição de apoio ao desenvolvimento da atividade empresarial de pequeno porte, voltada para o fomento e difusão de programas e projetos que visam à promoção e ao fortalecimento das micro e pequenas empresas. Seu propósito é trabalhar de forma estratégica, inovadora e pragmática para fazer com que o universo dos pequenos negócios no Brasil tenha as melhores condições possíveis para uma evolução sustentável.

Rede Brasileira de Centros Internacionais de NegóciosTrata-se de rede de negócios, sob coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o objetivo de promover o comércio exterior brasileiro. Está distribuída na maioria dos Estados brasileiros, oferecendo serviços de consultoria e de oportunidades comerciais e de investimento com empresas brasileiras.

SEGURO DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO 

SIG/CAMEX - SISTEMA DE INFORMAÇÕES COMERCIAIS DO PROGRAMA ESPECIAL DE EXPORTAÇÕES

PROGRAMA DE GERAÇÃO DE NEGÓCIOS INTERNACIONAIS – PGNI

FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS - FINEP

PROGRAMA DE EFICIÊNCIA COMERCIAL – UNICAMP

SETORES DE PROMOÇÃO COMERCIAL (SECOMS) DE EMBAIXADAS E CONSULADOS-GERAIS DO BRASIL

CÂMARAS DE COMÉRCIO, por exemplo, Câmara de Comercio Brasil-Canada, entre outras tantas 

PROGRAMAS DE NATUREZA PRIVADAAlem destes programas e atividades acima citados, existem aqueles de natureza privada, podendo-se citar:

AGENTES DE CARGA AÉREA, MARITIMA E RODOVIÁRIAque tem interesse em atender seus clientes e estabelecer relacionamentos duradouros

ARMADORES ( empresas proprietárias de navios de carga internacional)que tem interesse em atender seus clientes e estabelecer relacionamentos duradouros

ASSESSORIA EM COMÉRCIO EXTERIORprofissionais especializados em assessorar empresas nas atividades de comercio exterior

CORRETORAS DE CÂMBIOque tem interesse em atender seus clientes e estabelecer relacionamentos duradouros

DESPACHANTES ADUANEIROSEmpresas especializadas em apoio aos seus clientes no tramite burocrativo e desembaraço aduaneiro. São inestimáveis colaboradores das empresas e tem interesse em atender seus clientes e estabelecer relacionamentos duradouros

TERMINAIS DE CARGA / EMPRESAS DE ARMAZÉNSempresas que tem interesse em atender seus clientes e estabelecer relacionamentos duradouros

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TREINAMENTO EM COMÉRCIO EXTERIOREmpresas de treinamento e qualificação de mão-de-obra em comercio exterior

PROGRAMA EXPORTA FACIL DOS CORREIOSEspecialmente projetado para exportações de pequeno porte

PROGRAMA PROEX, do Banco do Brasil

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A seguir, material adicional de orientaçãoSobre Plano de Exportação.

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http://altamontemkt.com/Planejamentodemarketing.html

Planejamento de Marketing:

*O Plano de Marketing Internacional consiste no planejamento aplicado ao mercado a ser aberto pela empresa, evitando aventuras e consequentes fracassos.

1.  Análise da empresa- Estudos dos recursos utilizados no mercado nacionalque podem ser aproveitados exterior.

2.  Macroambiente- Análise das forças que influenciam na internacionalização dasua empresa nos ambientes :

            AMBIENTE SÓCIO - CULTURAL                    AMBIENTE ECONÔMICO                    AMBIENTE TECNOLÓGICO            AMBIENTE POLÍTICO-LEGAL

3.  Análise detalhada da  Indústria      

           - Qualitativa- Comportamento de compra dos consumidores no país           - Quantitativa- Dados Estatísticos do Setor

4. Análise da Concorrência

           - Alvo           - Posicionamento           - Mix de Marketing ( Produto, Preço, Distribuição e Promoção)   

5.  Análise de Competitividade

             -Matriz de Pontecialidades, Fraquezas Oportunidades e Ameaças

6. Segmentação, Alvo e Posicionamento

7. Objetivos de Marketing

8. Estratégias

               -  Organizacionais               -  Competitivas               -  Funcionais (produto, preço, distribuição e promoção)

9. Cronograma e Orçamento de implementação do plano.

Além de todos os estudos e análises que envolvem um planejamento de marketing, incorporamos as seguintes ferramentas para maior entendimento do mercado a ser desbravado:

1.        Impostos e taxas incidentes sobre o produto2.        Exigências político-legais junto aos órgãos regulatórios dos Estados Unidos (USDA, FDA, Alfândega...);3.        Estudo para tributação da empresa se incorporada no Exterior.

Outros fatores Chave do plano de marketing internacional

PESQUISA DE MERCADO  - Levanta os dados do mercado e auxilia na decisão apoiado em fatos sem suposições;

ANÁLISE / PLANEJAMENTO DE LINHA DE PRODUTOS – analisa a necessidade de desenvolver ou adaptar um produto que atenda aos desejos e necessidades do consumidor do país;

FORMAÇÃO DOS PREÇOS DE EXPORTAÇÃO – Leva em consideração os custos de produção e alianças estratégícas que podem ser forjadas para diminuição de impostos e custo de produção.

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http://www.mepeldigitus.com/elaborado/adm/196.html

TEMA: Plano de Negócio - Plano de exportação de Pedras São Tomé

ROTEIRO

INTRODUÇÃO

I- DEFINIÇÃO DO PRODUTOII- MERCADO ALVOIII- ESTRATÉGIAS E METAS A SEREM ATINGIDASIV- PONTOS FORTES E FRACOS DA EMPRESAV- OPORTUNIDADES E AMEAÇAS APRESENTADAS PELO MERCADO ALVOVI- OBJETIVOS DE CURTO, MÉDIO E LONGO PRAZO VII- RECURSOS NECESSÁRIOS PARA O LANÇAMENTO DO PRODUTONO MERCADO ALVOVIII- TIPO DE EXPORTAÇÃO MAIS ADEQUADOIX- PLANO DE LANÇAMENTO DO PRODUTO EM FUNÇÃO DA DEMANDA DO MERCADO ALVO X- CRONOGRAMA DE LANÇAMENTOXI- PLANO DE POSICIONAMENTO DA MARCA NO MERCADO ALVO XII- POLÍTICA DE CRESCIMENTO NO MERCADO -----------------------------------------------------REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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TEMA: Plano de Negócio - Exportação de café para Alemanha

INTRODUÇÃO

I- SOBRE A EMPRESA1.1. Visão da Empresa1.2- Missão da Empresa1.3- análise do Ambiente Interno e Externo1.4- Análise da Situação AtualII- CAFÉ BRASILEIRO: HISTÓRIA, PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃOIII- O CAFÉ NO MUNDO: PRODUÇÃO E CONSUMOIV- PLANO DE AÇÃO4.1- Tipo de ExportaçãO4.2- Países-Alvo4.3- Política Cafeeira4.4- AçõesV- O PRODUTO5.1- Ciclo de Vida do Produto5.2- Estratégia de Produto5.3- Preços5.4- Registro de Exportação5.5- Despacho Aduaneiro5.6- Imposto de Exportação5.7- Modalidades de Pagamento5.8- Preço de Exportação5.9- Acordos Comerciais 5.10- Canais de Distribuição: Primeira Etapa5.11- Canais de Distribuição: Segunda Etapa5.12- Canais de Distribuição: Terceira Etapa5.13- Canais de Distribuição: Quarta Etapa5.14- Canais de Distribuição: Quinta EtapaVI- ANÁLISE DE MERCADO6.1- Justificativa6.2- LogísticaVII- O MARKETING7.1- A Venda do Produto7.2- A ExportaçãoCONCLUSÃO-------------------------------REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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TEMA: Plano de Negócio - Plano de exportação de Mel

OBS: Em 2009, a União Européia estabeleceu regras sanitárias muito rígidas para certificação de produtores e importação de mel da América Latina.

MODELO DOS ITENS QUE COINSTITUEM, UM PLANO DE MARKETINGPARA EXPORTAÇÃO DE MEL BRASILEIRO

1.0 – INTRODUÇÃO 06 1.1 Justificativa 07 1.2 Objetivos 08 1.2.1 Geral 08 1.2.2 Específicos 08 1.3 Metodologia 092.0- RESULTADOS E DISCUSSÃO 10 2.1 Aspectos Gerais 10 2.1.1 Instalações 10 2.1.2 Projeto arquitetônico 10 2.1.3 Características gerais da construção 11 2.1.4 Equipamentos e utensílios 12 2.1.5 Higienização 14 2.1.6 Processamento 15 2.1.7 Armazenamento 16 2.1.8 Embalagem 16 2.2 Situação 17 2.2.1 Cenário do mel natural 18 2.2.2 Cenário internacional do mel 18 2.2.3 Comércio Internacional de mel natural 18 2.2.3.1 Exportações 19 2.2.3.2- Importações 19 2.2.4 Cenário Nacional do mel natural 21 2.2.4.1 Histórico da Apicultura ( adaptado de: EMBRAPA - Sistema de produção, 3 versão eletrônica – Janeiro / 2003) 21 2.2.4.2. Apicultura no Brasil 22 2.2.4.3. A Produção de Mel Natural no Brasil 24 2.2.4.4 As Exportações Brasileiras de Mel Natural 25 2.3 Objetivos 26 2.3.1 A empresa Sol Nascente 26 2.3.1.1 Histórico e Características da Sol Nascente 26 2.3.1.2 Situação Atual da Empresa Sol Nascente 27 2.3.2 Plano Internacional de Marketing 27 2.3.2.1 Marketing Estratégico 28 2.3.2.2 Marketing tático ou operacional 28 2.3.2.3 Por que exportar 28 2.3.2.4 O que exportar 30 2.3.2.5 Para quem exportar 30 2.3.3 Cenário do mel natural no Japão 31 2.3.3.1 Produção japonesa de mel natural 31 2.3.3.2 Importação japonesa de mel natural 32 2.3.3.3 Principais exportadores de mel natural para o Japão 32

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2.3.3.4 Perfil do consumo de mel natural no Japão 34 2.3.3.5 Canais de distribuição do mel natural no Japão 35 2.3.3.6 Preços praticados 36 2.3.4 Exportação do mel da China e Argentina 36 2.4 Manutenção de registros 40 2.5 Seguros 40 2.6 Como exportar? 41 2.6.1 Tipo de exportação 41 2.6.2 Paísel-alvo 41 2.6.3 Registro de exportação 41 2.6.4 Despacho aduaneiro 41 2.6.5 Imposto de exportação 42 2.6.6 Modalidade de pagamento 42 2.6.7 Preço de exportação 42 2.6.8 Preço 43 2.6.9 Comercialização 44 2.7 Coeficientes técnicos, custos, rendimentos e rentabilidade 45 2.8 Canais de distribuição 46 2.8.1 Primeira etapa 46 2.8.2 Segunda etapa 49 2.8.3 Terceira etapa 51 2.8.4 Quarta etapa 52 2.8.5 Quinta etapa 543.0 CONCLUSÃO 554.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 56

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http://www.sceconsultoria.com.br/6701/6764.html?*session*id*key*=*session*id*val*

PLANO DE EXPORTACAO

      Exportar é um grande passo para muitas empresas que estão familiarizadas somente com o mercado doméstico. Este passo é importante para a “saúde” da empresa e para realmente saber se a mesma possui competitividade no mercado internacional. 

      Para ingressar em mercados externos, é importante que o exportador elabore um Plano de Exportação consistente. O objetivo é estruturar a operação e direcionar o desenvolvimento da atividade. De forma simplificada, deve auxiliar a tomada de decisões quanto à competitividade do produto, o montante a ser gasto, e as perspectivas de ganho.

      Desse modo, o plano de exportação escrito oferece seis vantagens imediatas:

1. Mostra seus pontos fortes e fracos rapidamente;2. Não pode ser facilmente esquecido ou ignorado pelos encarregados de executá-lo;3. É mais facilmente transmitido e mais fácil de entender;4. Aloca responsabilidades e permite uma avaliação baseada em resultados;5. Pode servir de ajuda para buscar financiamento – indica ao banco que o interessado tem uma abordagem séria sobre a exportação;6. Fornece à administração um entendimento claro sobre o que será necessário, reforçando o compromisso com a exportação.

      Portanto, elaborar um Plano de Exportação é definitivamente, planejar e estruturar suas futuras operações internacionais, proporcionando uma visão mais aprofundada e estratégica para sua empresa. Veja modelo de estrutura abaixo:

PLANO DE EXPORTAÇÃO

Nome da empresa:................CNPJ: ...................................Inscrição Estadual: ..............Endereço:..............................Cidade: .................................                              CEP:..........Telefone(s): ..........................                              Fax:...........E-Mail: ..................................Homepage:...........................Responsável pelo Plano: ...................              Cargo: ........._ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _SUMÁRIO EXECUTIVO

1   DESCRIÇÃO GERAL DA EMPRSA 2   DESCRIÇÃO DO PRODUTO 3   ANÁLISE DO AMBIENTE DE MARKETING INTERNACIONAL 4   ESTRATÉGIAS DE ENTRADA NO MERCADO 5   PLANO DE AÇÃO 6   CONTROLES

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http://www.deltave.com.br/servicos/exportador/plano.htm

PLANO DE EXPORTAÇÃO

Reflexão: Buscamos conhecer bem as razões pelas quais você quer exportar e procuramos definir alguns parâmetros em termos de volume de produção disponível para exportação, valor e tempo mínimos de retorno necessários etc. Identificamos os itens mais importantes para tomar a decisão de investir em exportação.• Levantamento de informações:Reunimos informações sobre produto, mercado, preço de venda, formas de comercialização, canais de distribuição, recursos e tempo. Nesta fase avaliamos se os objetivos definidos na fase de reflexão são viáveis ou devem ser reformulados. Ao tomar a decisão de investir em exportação, lembre-se de duas coisas: sua empresa terá despesas, maiores ou menores, antes de vender ao exterior e essa venda pode ser demorada que uma venda no mercao interno.• Planejamento de marketing internacional:As empresas podem participar do mercado internacional de modo ativo e permanente, ou de maneira eventual. Em geral, o êxito e o bom desempenho na atividade exportadora são obtidos pelas empresas que se inseriram na atividade exportadora como resultado de um planejamento estratégico, direcionado para os mercados externos.

• Definição do mercado a atacar e produtos a oferecer : informações sobre as condições de acesso de produtos ou grupo de produtos a mercados expecíficos, assim como informações sobre tarifas alfandegárias. 

• Tendências de Mercado: análise quantitativa que compara as tendências de evolução das exportações brasileiras de produtos selecionados com as tendências da importações em diversos países. 

• Indicadores econômicos de Blocos Econômicos e países. 

• Estrutura de distribuição. 

• Estratégias de marketing do produto: combinação de produtos, preços, promoção, distribuição e serviços. 

• Cronogramas e orçamentos de despesas.

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http://www.negocioscomflores.com.br/artigos/artigos_publicados_entendendo_exportacao.html

Entendendo a Exportação 

Para quem está pensando com seriedade em exportar flores e plantas uma leitura obrigatória é o livro “O Exportador” de Nicola Minervini – Editora Pearson Prentice Hall.As experiências brasileiras têm mostrado que o mercado lá fora é receptivo e que o produto é um problema maior do que a venda ou a identificação de clientes.Em nível de produto, essa dificuldade manifesta-se de diversas formas:  Falta de volume com padrão exportação Falta de freqüência de produção Processos de pos colheita e de packing house com falhas na preparação dos lotes Mix de produtos oferecidos Valor agregado aos produtos  Assim, as alternativas que tem melhor se apresentado para enfrentar essas dificuldades até esse momento são:

a) Ser um grande produtor em flores – mais de 20 hectares – e ter produto suficiente para bancar a exportação sozinho:Benefícios: fortalecimento da marca do produtor, aprofundamento do conhecimento de mercado, maior cultura exportadora, atuar na revenda dos produtos de outros produtores que lhe interessaremRiscos: aceleração do investimento em varias frentes ao mesmo tempo (produção, assistência técnica, estrutura comercial, estrutura exportadora, marketing).

b)Trabalhar através de uma trading ou integrador, que compra produtos de diversos produtores (em diversos estados) e consolida a carga, atendendo o cliente lá fora em seu nome particular.

Benefícios: menor investimento comercial, eliminação do investimento na estrutura de exportação, porta para desenvolvimento da cultura exportadora, possibilidade de exportação mesmo com produção menor (pelo menos 6 hectares).Riscos: menor conhecimento do mercado, sem divulgação da marca própria, relação comercial com o trading c)Participar de um consorcio, em grupo de produtores “homogêneos” que tenham o mesmo padrão de produto.

Benefícios: viabiliza a exportação para produtores sem escala para exportação individual (mas que tenham área plantada de pelo menos 6 há), contato com o mercado, desenvolvimento de marca própria, desenvolvimento de cultura exportadora, atuação como trading para outros produtores, maior agilidade comercial.

Riscos: heterogeneidade técnica dentro do grupo, falhas de produto, grupos muito grandes perdem mobilidade, custos comerciais e de exportação, ausência de um responsável contratado para parte comercial, estrutura jurídica para operação (essa figura jurídica ainda não existe no Brasil), custos jurídicos para gestão da operação. 

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Com muita propriedade o professor Minervini aponta como 3 elementos essenciais no sucesso de uma operação de exportação:

Cultura ExportadoraConhecimento da estrutura de custos da operação e das possibilidades de engenharia de preços para

uma boa negociação comercialMétodo e alianças

Adiciono a essas ainda algumas questões complementares:Ligação do produtor com sua produção (ele tem o negocio como principal ou secundário)Capacidade de investimento de longo prazo (há recursos próprios suficientes?)Desenvolvimento de novos produtos (que novas opções, como bouquets prontos, kits de produtos e

alternativas que levem a oferta cada vez mais com a cara do consumidor final)Histórico e força de relacionamento entre o exportador aqui e o parceiro importador lá fora (esse é

um mundo bastante perigoso...)Localização geográfica entre a base de operações, os produtores associados e o canal de exportaçãoA amarração entre os produtores envolvidos e a estrutura de exportação (transparência,

comprometimento, fidelidade, objetivos de longo prazo)A existência de um Plano de Exportação formalizado

No livro do professor Minervini, além do aprofundamento dessas questões, são apresentados cerca de 100 check list que ajudam a verificação de todo o processo de planejamento estratégico da operação.Veja por exemplo esse, sobre os principais erros em uma operação de exportação:

Não avaliar a própria capacidade de internacionalização.

Não difundir na empresa a cultura da internacionalização.

Não contar com uma adequada assistência especializada nas várias temáticas, como contratos, aspectos fiscais, marketing, logística etc.

Não considerar os aspectos culturais dos vários países.

Não adaptar o produto às exigências do mercado.

Não selecionar o parceiro com o qual trabalhar no mercado.

Não efetuar pesquisa, registro e monitoramento da marca.

Não conhecer a legislação internacional.

Limitar-se a administrar pedidos e não presidir o mercado.

Não contar com uma adequada estrutura interna administrativa para seguir os mercados nos quais se está presente.

Não avaliar alternativas em relação às várias formas de comercialização, com base na diversidade dos mercados.

Não conhecer as normas de defesa do consumidor do país importador.

Não dispor de um serviço pós-venda.

Não monitorar a atividade dos concorrentes.

Não dispor de uma embalagem adequada.

Visar a um segmento de mercado errado.

Considerar a exportação como uma alternativa a uma eventual cri se no mercado interno.Outro quadro bastante interessante é o que resume o processo de internacionalização:

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A) Gerência de exportação

Avaliação interna da empresa.Criação de um banco de dados e de um fluxo atualizável de informações.Seleção dos produtos exportáveis.Identificação das oportunidades de exportação.Seleção dos mercados.Seleção da forma de ingresso.Plano de comunicação. Identificação da seleção do parceiro.Redação de um plano de ação.Redação de um contrato de distribuição.Início do processo de comercialização.

 B) Administração da exportação

 Recepção da solicitação de orçamento.Orçamento.Negociação.Recepção do pedido.Avaliação do pedido.Aceitação do pedido e confirmação ao cliente.Programação da produção (no caso de flores isso deve vir antes)Produção (no caso de flores isso deve vir antes)Controle de qualidade.Confecção do produto e disposição do rótulo.Embalagem.Preparação de documentos de embarque.Verificação das condições de pagamentos.Despacho interno da mercadoria.Alfândega local.Saída porto/aeroporto/fronteira do país exportador.

 C) Gerência do parceiro (em caso de distribuidor)

 Alfândega do país importador.Pagamento de impostos.Retirada da mercadoria e envio para o armazém do importador.Eventual embalagem ou rótulo diferente.Distribuição do produto e promoção local.Elaboração do relatório para o exportador, sobre o desenvolvimento da

comercialização.Elaboração de um plano de marketing local.Contato constante com o importador.

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Parece ficar claro então que não basta apenas vontade e que improvisos não são bons presságios quando se quer realmente o sucesso em uma operação de exportação (de flores inclusive).

Veja alguns questionamentos apontados pelo professor Minervini:

Por que você quer exportar?(Se queremos exportar somente para fugir de uma crise do mercado interno e, quando a crise acabar, abandonar o mercado internacional, não estamos no caminho certo.)

O seu produto possui características “universais” ou satisfaz apenas às exigências do mercado interno?

A sua capacidade produtiva é suficientemente elástica para cobrir tanto o mercado interno quanto o mercado externo?

Você tem canais internos para escoamento de produtos? Afinal, nem toda produção será exportada.

Os seus fornecedores estão prontos para eventualmente introduzir modificações no próprio controle de qualidade para satisfazer às exigências dos mercados internacionais? (valido para quem quer montar uma trading ou uma integradora)

Você dispõe de uma base mínima de informações para traçar um plano de ação para a internacionalização?

Você dispõe das informações necessárias para promover a própria capacidade produtiva nos mercados internacionais?

A sua empresa está disposta a efetuar possíveis mudanças no produto para satisfazer às exigências do mercado internacional? (valido para consórcios ou para aqueles produtores que farão exportação própria)

Você poderá utilizar o mesmo sistema de comercialização que usa no mercado interno?

Quais problemas fiscais, tributários e jurídicos você poderá enfrentar?

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 PLANO DE EXPORTAÇÃO PRELIMINAR

Livro O exportador – Nicola MinerviniTarefas Motivos

1- Identifique quem pode lhe prestar assistência

Procurar reduzir o custo da inexperiência.

2- Avalie a sua capacidade exportadora

Conhecer a sua efetiva preparação ao mercado internacional

3- Defina os objetivos

Definir os volumes, a gama de produtos, o nível de preços, a qualidade, o tipo de parceiros, os prazos de entrega, as embalagens.

4- Defina a organi- zação necessária

Estabelecer quais as modificações voce terá de efetuar na sua estrutura interna de pessoal, qualificação e formação.

5- Defina o suporte externo

Estabelecer quais entidades, empresas e consultores poderão lhe dar apoio para cobrir as figuras profissionais que voce não tem no interior da empresa.

6- Defina os objeti- vos financeiros

É necessário um programa de custos e receitas por um período de 1 a 3 anos.

7- Organize um ban- co de dados e de- fina as fontes de informação mais confiáveis

É fundamental filtrar as informações mais úteis.

8- Elimine a priori os mercados em que não há pos sibilidades de ex- portação

Selecionar os mercados em que voce possa adquirir a primeira experiência com o menor esforço. Procure clientes que se aproximem do seu próprio tamanho.

9- Defina os merca- dos por onde co- meçar a exportar.

Evitar a extrema diversificação, considerando os poucos recursos que normalmente temos à disposição quando iniciamos a internacionalização. Avaliar bens as dimensões, as perspectivas de crescimento, o poder contratual dos clientes.

10- Defina a apre- sentação do seu produto

É preciso definir as normas que voce deverá seguir, as dimensões, o rotulo, a embalagem, etc.

11- Defina o Plano de comunicação

É preciso divulgar sua empresa: preparar catálogos, cartas, mala direta, website, viagens, feiras internacionais, etc.

12- Faça uma prova de mercado

É mais prudente começar com pequenos passos. Verifique embalagem, mix, produto, embalagem, preço,comunicação, logística e preço

13- Organize o con- trole dos resul- Tados

Definir uma metodologia que lhe permita medir os progressos do seu projeto e corrigir os eventuais erros.

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OESP, 21.03.2010

A AVENTURA BRASILEIRADE COMPRAR NA CHINA

Número de importadores de produtoschineses explode, e empresários criam

pequenos impérios de bugigangas

Victor Hekier nasceu em Buenos Aires, mas construiu seu negócio no Brasil, trazendo bugigangas da China.Quando chegou ao País, em 1996, tinha um armazém de 500 m² na Vila Maria, zona Norte de São Paulo, Com quatro funcionários.“Nós desembarcávamos o contêiner na rua. Os vizinhos e até a polícia reclamavam”, recorda. Hoje, ele é um dos maiores importadores de produtos populares do Brasil. Para armazenar os mais de 3mil itens diferentes que traz do outro lado do mundo, precisa de20mil m² e conta com 50 funcionários. Hekier compra de 200 fornecedores na China.

A Soft Representações e Assessoria, que pertence ao empresário argentino, é uma das companhias que ajudaram a tornar a China o principal parceiro comercial do Brasil. Mais de 16,8 mil empresas compram produtos no gigante asiático. Em 2001, eram 4,4 mil.O comércio com a China explodiu.

Para Stefan Lee, da Meggaton. é preciso cautela na hora de escolher os fornecedores no país

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As importações de produtos chineses saíram de US$ 1,3 bilhão em 2001 para US$ 20 bilhões em 2008. No ano passado, foram US$ 15,9 bilhões.

Os brasileiros tiveram o primeiro contato com os produtos “made in China” na Rua 25 de Março, centro do comércio popular de São Paulo, e nas lojas de R$ 1,99 em todo o País.O conceito veio com os argentinos,que copiaram a “dólar store” americana. Eles trabalhavam com isso na Argentina, que havia adotado antes do Brasil a paridade cambial com o dólar. Naquela época, os importadores compravam os produtos chineses em um centro atacadista de Los Angeles Voltada para o Oceano Pacífico, a cidade era uma janela para a China. O sucesso das lojas de R$ 1,99 foi enorme no Brasil. “No início, as pessoas perguntavam: quando acaba a promoção?”, conta Hekier. Demorou um tempo para que os importadores viajassem até a China, um país de idioma incompreensível e pessoas com hábitos muito diferentes. Dois fatores empurraram os empresários: custo e demanda. Em 1999, veio a desvalorização do real e foi preciso buscar direto na fonte. Ao mesmo tempo, o sucesso do mercado popular exigia mais escala.

Na primeira vez que pisou em solo chinês, Aparecido Oliveira se sentiu um surdo-mudo. “Eu não falava nem inglês. E só andava com um chinês, que me ajudava a fazer negócio.” Ele passou por todas as fases da importação – dos sacoleiros do Paraguai aos atacadistas de Los Angeles. Hoje, o ex-camelô é dono da importadora Miniprice e viaja para a China quatro vezes por ano. A China que os pioneiros conheceram no início dos anos 2000 era bem diferente. “Pareciam cidadezinhas do

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interior. Yiwu era um camelódromo. Nem banheiro tinha”, conta Heiker, referindo-se ao maior centro de R$ 1,99 do país asiático. Só uma coisa não mudou: os preços baixos.Um produto chinês chega até 15 vezes mais caro no Brasil e, ainda assim, tira o sono da concorrência. Um prato de louça sai da China por R$ 0,70, mas chega ao consumidor brasileiro a R$ 10.

As importações de produtos chineses se sofisticaram com o tempo.Os importadores brasileiros descobriram ferramentas, tecidos, confecções, sapatos, eletrônicos e até máquinas. Reginaldo Gil, diretor da Regil Representações Têxteis, de Belo Horizonte(MG), começou a importar tecidos da Coreia do Sul em 1999. “A partir de 2001, tudo passou a ser feito na China. Foi como se tivessem virado uma chave”, lembra.

Na primeira vez em que foi à China, Gil conta que ficou 45 dias “fuçando”, de cidade em cidade, de fábrica em fábrica, comunicando-se em inglês, sem tradutor. Hoje, ele tem seis fornecedores fixos na China,três deles de nacionalidade indiana. “O comércio de tecidos na China está nas mãos dos indianos.” Maratona. Comprar produtos na China está longe de ser uma tarefa fácil. As viagens são maratonas. Em sua última ida ao país asiático, o presidente da Câmara Brasil-China, Tang Wei,visitou sete cidades em 13 dias. Ele recomenda muito cuidado na hora de escolher o fornecedor.“ São milhares para cada produto, e muitos não são qualificados.”

Outra prática comum na China, que Assusta os brasileiros, são as comissões. Francisco Teixeira de Goeye, executivo da Sertrading,conta que um de seus funcionários chineses foi demitido após ter pedido propina a um fornecedor. Goeye é um exemplo do novo profissional que começa a atuar na importação de produtos chineses. Em 2006, mudou-se para Shenzhen, capital da eletrônica na China, para comandar o escritório de uma das tradings mais conhecidas do Brasil.

Para iniciar o negócio,contratou uma funcionária chinesa com experiência no mercado de eletrônicos – ramo que hoje concentra a maior parte das importações vindas da China. “No início, arede de relações dela foi fundamental.” Aos poucos, Goeye assumiu a operação. Ele ficou dois anos no País e lembra que visitou mais de 200 fábricas só em 2007. “São muitos pequenos e médios fornecedores.”Hoje, o executivo se sente à vontade para negociar com os chineses, apesar da diferença cultural. Com suas aulas de mandarim, consegue até resolver alguns pequenos problemas. A Sertrading hoje importa máquinas pesadas para a construção civil. Goeye voltou ao Brasil em abril do ano passado, mas a trading continua com o escritório no gigante asiático, e ele viaja várias vezes ao ano. Na última vez, foram nove cidades em 12 dias. “Para mim, a China não é longe. Quando chego a Xangai, sei onde vou e tenho amigos para encontrar.”

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Amarelo por fora, branco por dentro

“Os chineses me chamam de banana. Amarelo por fora e branco por dentro”,conta Stefan Lee, presidente da Megatton. Filho de chineses, o empresário brasileiro comanda uma das maiores importadoras de máquinas do País. Hoje, a colônia chinesa ainda tem uma participação importante no intercâmbio com a China, mas não é mais predominante.

Lee conta que sua origem ajuda nos negócios com o gigante asiático, mas não tanto como se imagina. “Não tenho dificuldade com a comida, por exemplo. É a comida da minha infância. Mas não falo o idioma.” O empresário sabe que não tem a Mesma familiaridade do pai na hora de negociar com os chineses. Thomas Lee, fundador da companhia, nasceu em Ningbo, cidade próxima a Xangai. O pai também não fala mandarim, porque aprendeu apenas o dialeto de sua cidade natal. Na China, existem muitos idiomas. “Meu pai negocia

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 333 em inglês, mas sabe todos os costumes e conhece a maneira como pensam. Isso ajuda muito”, conta Stephan.

A Megatton surgiu em 1991, comprando máquinas de Taiwan. Ao perceber a abertura da economia brasileira, Thomas começou a fazer contatos antes mesmo de o País liberar a importação de máquinas. A empresa só começou a comprar Máquinas da China em 2006. Os chineses se desenvolveram muito rápido em produtos como têxteis e calçados, mas demoraram mais nesse setor. Atualmente, a Megatton importa mais de mil máquinas, divididas em seis categorias diferentes. A China é o principal fornecedor da empresa, respondendo por 30% do total. O restante é atendido por Taiwan (20%), Coréia do Sul (15%) e outras origens.

Stephan Lee assumiu a empresa há dois anos. Ele trabalhava num banco de investimentos, quando foi convocado pelo pai. “Ele me disse: ou você assume o negócio agora, ou nunca vai ser o dono”, conta. Hoje, o empresário brasileiro viaja para a China várias vezes ao ano, e recomenda muito cautela na hora de escolher os fornecedores. “É importante não ver só o os chineses que querem te mostrar, mas também questionar sobre tudo.” /

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OESP, 21.03.2010

YIWU, O PARAÍSO DE BUGIGANGASQUE ATRAI BRASILEIROS

A economia da cidade chinesa gira em torno de um megacentrode compras de 4 milhões de metros quadrados, com 62 mil boxes,

por onde circulam diariamente 400 mil pessoas

Desde 2008, Antonio Casimiro Lopes atravessou o mundo três vezes para fazer compras em Yiwu, a cidade chinesa que é a fonte global de bugigangas e produtos populares que alimentam as lojas de R$ 1,99 de todo o Brasil e o comércio popular da 25 de Março, em São Paulo. Na mais recente visita, há duas semanas, ele arrematou cerca de mil itens diferentes, que revende a outras lojas por meio de sua atacadista, a Top Tudo.

Os negócios em Yiwu ocorrem dentro de um megashopping center, cujas proporções superam as de muitas cidades pequenas do Brasil. São 4 milhões de metros quadrados, algo como 30 shoppings Iguatemi, com 62 mil boxes, onde circulam diariamente 400mil pessoas. Preço baixo e variedade infinita é o que atrai comerciantes

de todo o mundo. Como aumento do consumo popular no Brasil e o câmbio favorável às importações, o número de brasileiros em Yiwu está em alta. No dia 2 de março, havia pelo menos 26 na cidade, vindos de São Paulo, Fortaleza, Recife, Ouro Preto e Indaial (SC).

No ano passado, as exportações de Yiwu para o Brasil atingiram US$ 67,32 milhões, quase o dobro dos US$ 34,35 milhões registrados em 2008, quando 1.802 brasileiros estiveram na cidade. O governo local não tem o número de Visitantes brasileiros de 2009, mas o salto nas exportações indica que ele aumentou.

No imenso mercado de Yiwu é possível encontrar de tudo, de algemas para sex shops a imagens religiosas vendidas em Aparecida do Norte, cidade de São Paulo. Entre esses dois extremos, há enfeites, bijuterias, botões, zíperes, artigos para casa, canetas, material para esportes, meias, maquiagem, eletrônicos, bolsas, óculos, relógios, embalagens, canetas, brinquedos, acessórios para roupas, lingerie e inúmeras coisas cuja existência é desconhecida pelo comprador até que ele a vê em Yiwu. “Adorei, adorei, adorei”, repetia o paulista Marco Antonio, que se prepara para fechar sua loja de CDs e DVDs “verdadeiros”, diz ele, para abrir uma importadora. “O preço é mais baixo do que eu esperava”, afirmou o comerciante, na sua primeira visita à China. Colares podem ser comprados pelo equivalente a R$ 2,00. Os mais sofisticados chegam a R$ 5,20. Brincos custam em torno de R$ 0,50. Cartelas com 12 presilhas de pressão saem a R$ 0,12. Com R$ 10 é possível comprar um carrinho eletrônico com controle remoto que dá cambalhotas para todos os lados.O conjunto de roupão com chinelo atoalhado é levado por R$ 14,50. Echarpe de algodão com fios prateados custa R$ 1,68 e 12 pares de meia soquete feminina saem por R$ 11,70. Caminho inverso. Fabio Caliman tinha uma loja na 25 de Março e viajou pela primeira vez a Yiwu em 2001. Em 2007, decidiu mudar

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de lado: deixou o negócio no Brasil e se estabeleceu na cidade chinesa, onde abriu uma empresa, a Skiway, para dar apoio aos brasileiros que vão ao local em busca de produtos populares. No primeiro ano, teve 30 clientes. O número subiu para 45 em 2008 e 60, em 2009. O começo de 2010 foi promissor: nos primeiros dois meses do ano, Caliman já levou 30 brasileiros a Yiwu.“ A nossa moeda está estável, o preço aqui é muito baixo e a variedade é fantástica. Não há nenhum outro lugar no mundo com essas características.”

No dia 2 de março, Mauro Eduardo Ricciardi fazia sua quarta viagem a Yiwu em uma no. Sua missão era comprar bijuterias e acessórios femininos para sua rede Mil Opções, que tem 15 lojas no Ceará, Rio Grande do Norte e Maranhão. “Cerca de 30% do que vendemos vêm daqui. O resto vem de São Paulo, de importadoras que também compram aqui”, afirmou Ricciardi, que fazia parte de um grupode12brasileiroslevadosacidade por Caliman.

Os comerciantes não revelam a margem de lucro com que trabalham, mas especialistas no setor acreditam que gira em torno de 100%. Os compradores ressaltam que têm de pagar os impostos sobre entrada das mercadorias no Brasil e arcar com os custos de operação de seus negócios. Entre os cerca de mil itens comprados por Casimiro Lopes estava um lote de 14,4 mil bibelôs de resina, feitos à mão em uma fábrica familiar que emprega 60pessoas. A vendedora informa que elas trabalham de segunda a segunda das 7h30 às 23h e recebem por produção – quanto mais bonequinhos fizerem, mais ganham. O preço de um bibelô pequeno em Yiwu é de R$ 0,36 e Casimiro Lopes acredita que ele pode ser vendido no atacado no Brasil aR$ 1,70 e, no varejo, a algo entre R$ 2,50 e R$ 3,00. A maioria esmagadora dos compradores de Yiwu é de chineses de outras regiões do país. Mas, a cada dia, quase 10 mil compradores estrangeiros circulam pelos corredores do mercado. A cidade recebeu no ano passado 320 mil visitantes estrangeiros e exportou US$ 2,14 bilhões para 189 países.

O Brasil aparece em oitavo lugar na lista de principais mercados de Yiwu, depois de Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Alemanha, Espanha, Rússia, Inglaterra e Itália. Outros grandes destinos das exportações são Irã e Índia.

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OESP, 21.03.2010

Concorrência reduz margens de lucroYIWU, CHINA

Por muito tempo, Yiwu era explorada somente pelos grandes importadores de São Paulo, que se encarregavam de distribuir as mercadorias às lojas da Rua 25 de Março e aos inúmeros negócios populares espalhados pelo Brasil. Mas, há cerca de três anos, comerciantes de todo o País começaram a se aventurar na cidade chinesa, o que aumentou a concorrência e reduziu as margens de lucro dos tradicionais compradores.

Zein Sammour é um dos maiores importadores de mercadorias populares do Brasil e faz compras na China desde 1996. Há sete anos ele vai a Yiwu, duas vezes por ano. “Nos últimos três anos, aumentou a concorrência”, afirmou Sammour no Hotel Best Western de Yiwu, localizado ao lado do mercado e onde se hospeda a maioria dos negociantes

Comércio em mão dupla

MARCELO PEREIRAIMPORTADOR

“Há muitos chineses indo para o Brasil e vendendo a preço muito baixo. Alguns estão trabalhando com margem de lucro de apenas 30%.”

Na foto, um dos centros de compras em Yiwu, na China.

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“Tópicos 7ADM027 - Comércio Exterior” - Prof. L. A. Felix / UEL/Adm Pg. 337 estrangeiros. Em sua importadora, tudo vem da China. De lá, Sammour vende para varejistas de todo o Brasil.

O chileno Herbert Tapia morou durante 24 anos em São Paulo e há três anos se mudou para Yiwu, para dar assessoria a brasileiros na cidade.“ Antigamente só vinha gente de São Paulo. Agora, vêm pequenos importadores de todo o Brasil. Qualquer lojinha de R$1,99 faz compras aqui”, disse Tapia.Donoda loja Fort Tudo, de Fortaleza, Marcílio Fonteles costumava comprar seus produtos de importadoras em São Paulo. Há um ano, foi pela primeira vez a Yiwu. Desde então, já voltou quatro vezes. “Aqui é excelente. Tem preço e variedade”, ressaltou Fonteles, que compra brinquedos, presentes e utilidades domésticas.

José Carlos Bona, dono do Ponto Certo Atacadista, de Indaial (SC), viajou neste mês pela terceira vez a Yiwu. A primeira foi em 2008, mesmo ano em que a rede de varejo e atacadista Arca Mania, de Fortaleza, começou a importar produtos da cidade. “Yiwu agora é o foco”,afirmou Guilherme Pegado, da família dona da empresa.

Segundo Pegado, 40% do que eles vendem é importado da China. Grande parte do restante é de produtos plásticos produzidos em uma fábrica da família. Outro grande importador de São Paulo, Gerson Góis, da Campineira, vai a Yiwu desde 2002 e, até 2008, costumava visitar a cidade duas vezes por ano. Agora, vai apenas uma. “Está difícil encontrar novidades e, no nosso segmento, tem de ter novidades”, observou. Segundo ele, também não é raro encontrar no Brasil produtos de Yiwu com preços mais baixos que os oferecidos na cidade chinesa.

Marcelo Pereira, que tem importadora e loja em São Paulo e vai de cinco a seis vezes ao ano a Yiwu, também reclamada concorrência.“Há muitos chineses indo para o Brasil e vendendo a preço muito baixo. Alguns estão trabalhando com margem de lucro de apenas 30%.”

Segundo o comerciante Fabio Caliman, muitos chineses conseguem condições mais vantajosas de compras e são donos de empresas familiares, o que reduz seus custos e permite a oferta de preços mais baixos. / C.T

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