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Lição 13 – 19 a 26 de setembro de 2015 O Que o Mundo Inteiro Precisa Ouvir? Verso para Memorizar 1

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Comentários da lição da Escola Sabatina

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Lição 13 – 19 a 26 de setembro de 2015

O Que o Mundo InteiroPrecisa Ouvir?

Verso para Memorizar “Louvemos a Deus! Pois Ele pode conservar vocês firmes na fé, de acordo com o evangelho que eu anuncio, isto é, a mensagem a respeito de Jesus Cristo. E de acordo também com a verdade secreta que nunca foi revelada no passado. Porém essa verdade foi revelada agora por meio daquilo que os profetas escreveram. E, por ordem do Deus eterno, ela se tornou conhecida em todas as nações, para que todos creiam e

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obedeçam. Ao Deus único e sábio seja dada glória para sempre, por meio de Jesus Cristo! Amém!” (Rm 16:25-27 – NTLH)César Luís Pagani

As perguntas feitas na introdução da lição desta semana nos levam a

ponderar profundamente sobre os critérios do Juízo de Deus aplicados sobre

aqueles que não tiveram a oportunidade de ouvir de Cristo como Salvador.

Serão salvos? Serão destruídos? Seria Deus justo eliminando pessoas que não

tiveram culpa de sua ignorância quanto à revelação salvadora?

Na Idade Média, quando a igreja majoritária ditava autoritariamente o

que os homens deveriam crer, muitos sequer ouviram que existiu um Cristo.

Está escrito, porém: “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância;

agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam.”

(At 17:30). Os que viveram em tempos de ignorância e assim findaram sua vida,

portanto, não têm direito à salvação?

Um ponto a se levar muito em conta é o fato de que o Espírito Santo

trabalha com todas as criaturas humanas da Terra, inda que sejam tribos que

vivam isoladas de todo contato externo. Ele trabalha na consciência da pessoa

ensinando-a o que é justo ou injusto, antecipando-Se até à pregação do

evangelho.

O apóstolo Paulo nos diz algo a respeito: “Quando, pois, os gentios, que

não têm lei, procedem, por natureza, de conformidade com a lei, não tendo lei,

servem eles de lei para si mesmos. Estes mostram a norma da lei gravada no

seu coração, testemunhando-lhes também a consciência e os seus

pensamentos, mutuamente acusando-se ou defendendo-se,

no dia em que Deus, por meio de Cristo Jesus, julgar os segredos dos homens,

de conformidade com o meu evangelho.” (Rm 2:14-16).

DOMINGO Nenhum outro nome debaixo do céu

“Mais de 20 mil pessoas, entre homens e mulheres, já foram canonizados

pela Igreja ao longo destes mais de dois mil anos de história... A Igreja sabe

que os santos intercedem por nós sem cessar diante de Deus. Quando você

invoca os santos ou presta um culto de louvor a um santo, você, na verdade,

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presta um culto de louvor a Deus.” Felipe Aquino, professor de História da

Igreja do Instituto de Teologia Bento XVI. Certamente o Prof. Aquino não

contou como intercessores nesse número, Maria, José e todos os apóstolos e

pais da igreja.

O que diz, entretanto, a Escritura: “E não há salvação em nenhum outro;

porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens,

pelo qual importa que sejamos salvos.” (At 4:12). E mais: “A Este [Jesus] dão

testemunho todos os profetas, de que todos os que nEle creem receberão o

perdão dos pecados pelo Seu nome.” (At 10:43).

Quando o Senhor comissionou Sua igreja para ir e pregar a toda criatura

(Mc 16:15) tinha em mente alcançar todos os seres humanos. Historicamente,

sabemos que o evangelho de Cristo sofreu perseguições, proscrições,

proibições, deturpações, mal-interpretações, torções, e mil outros empecilhos.

Aqueles que, por motivo de força maior, não puderam ouvir o evangelho de

Cristo serão votados à ruína eterna?

Perguntamos: O sacrifício de Jesus no Calvário pagou pelos pecados de

todos os homens ou não? Ele morreu por todos (2Co 5:14-15). Está claro nas

Escrituras que é preciso crer e receber a Jesus como Salvador para desfrutar o

benefício de Sua justiça.

Paulo fala daqueles que, embora não conhecendo a Lei e a salvação,

agem como se as conhecessem por influência do Espírito Santo (Rm 2:14-15).

Sobre esse aspecto, comenta o Dr. Ellet Waggoner: “Embora seja correto que

quando vier o Senhor pela segunda vez, não haverá ninguém sobre a Terra que

não tenha ouvido a pregação da palavra, é um fato que milhões e milhões

morrerão sem saber nada da Bíblia. Trata-se daqueles aos quais o apóstolo diz

como estando ‘sem lei’. Porém, fica claro que de nenhuma forma estão sem lei,

mas somente sem a lei escrita. Nos versículos seguintes é afirmado que eles

têm certo conhecimento da lei, como prova também o fato de que são tidos por

pecadores; sabemos que o ‘mas o pecado não é levado em conta quando não há

lei’.

“Estrita imparcialidade implica em estrita justiça. Os pecadores serão

castigados, vivam eles em terras pagãs ou nas chamadas cristãs. Porém,

ninguém será julgado por aquilo que não conheceu. Deus não castiga a

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ninguém pela violação de uma lei da qual esse não tenha tido conhecimento,

nem o tem por responsável pela luz que não brilhou sobre ele. É evidente que

os que têm a lei devem possuir conhecimento de muitas coisas que não estão

ao alcance de quem não a desfruta em forma escrita. Todo homem tem luz

suficiente para saber que é um pecador; todavia, a lei escrita oferece a quem

tem o conhecimento muitos pormenores que escapam à percepção de quem não

a tem.” Carta aos Romanos.

“Aqueles que Cristo louva no Juízo, talvez tenham conhecido pouco de

teologia, mas nutriram Seus princípios. Mediante a influência do Divino

Espírito, foram uma bênção para os que os cercavam. Mesmo entre os gentios

existem pessoas que têm cultivado o espírito de bondade; antes de lhes

haverem caído aos ouvidos as palavras de vida, acolheram com simpatia os

missionários, servindo-os mesmo com perigo da própria vida. Há, entre os

gentios, almas que servem a Deus ignorantemente, a quem a luz nunca foi

levada por instrumentos humanos; todavia não perecerão. Conquanto

ignorantes da lei escrita de Deus, ouviram Sua voz a falar-lhes por meio da

Natureza, e fizeram aquilo que a lei requeria. Suas obras testificam que o

Espírito Santo lhes tocou o coração, e são reconhecidos como filhos de Deus.”

Beneficência Social, p. 318.

SEGUNDAQuanto alguém precisa saber?

O quanto Deus revelou sobre o conhecimento de Si mesmo. “E a vida

eterna é esta: que Te conheçam a Ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo,

a quem enviaste.” (Jo 17:3). Como bem sabemos, o Senhor Se revela em cada

objeto criado. Desde a humilde haste da relva, passando pelos pássaros que

cruzam os ares, os grandes animais terrestres e marinhos, os animais

domésticos, os insetos, os seres microscópicos e toda criatura viva, até as

estrelas, sóis, planetas e sistemas espaciais, tudo mostra a grandeza, o amor e

a sabedoria divina.

A Divindade dedicou uma Pessoa divina para nos ensinar o quanto

precisamos saber. “Mas o Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará

em Meu nome, Esse vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o

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que vos tenho dito.” (Jo 14:26). Assim nos foram dadas as Escrituras Sagradas

que foram preparadas ao longo de 1.600 anos. “O Ser infinito, por meio de Seu

Santo Espírito, derramou luz no entendimento e coração de Seus servos. Deu

sonhos e visões, símbolos e figuras; e aqueles a quem a verdade foi assim

revelada concretizaram os pensamentos em linguagem humana.” O Conflito dos

Séculos, p. 7, 62o milheiro, edição completa.

Agora, uma coisa é certa. Por mais que estudemos com afinco as

Escrituras, jamais poderemos dominar todas as verdades nela contidas.

“Cumpre-nos considerar a Bíblia como a revelação, a nós feita por Deus, das

coisas eternas — as coisas de maior importância para nosso conhecimento. Pelo

mundo é ela atirada a um lado, como se já se houvesse acabado de manuseá-la;

um milênio de pesquisas, no entanto, não havia de exaurir o oculto tesouro que

ela encerra. Unicamente a eternidade desvendará a sabedoria deste livro;

porquanto é a sabedoria de uma mente infinita.” Conselhos aos Professores,

Pais e Estudantes, p. 443.

“Que preciosos para mim, ó Deus, são os Teus pensamentos! E como é

grande a soma deles! Se os contasse, excedem os grãos de areia; contaria,

contaria, sem jamais chegar ao fim.” (Sl 139: 17, 18).

Pois bem, e aqueles que morreram sem ter tido o privilégio de ter a

Palavra de Deus em mãos, e a quem a salvação nunca foi pregada?

Os versos alistados na lição de hoje nos provam que ninguém que acatou

a influência do Espírito Santo em seu coração, seja ele um aborígene

australiano, um esquimó do Polo Norte ou índios que habitam no interior do

Acre, terá no juízo sua sorte com os ímpios.

“Quando eu fizer a lista das nações que me obedecem, vou pôr nela o

nome do Egito e da Babilônia. Os povos da Filisteia, de Tiro e da Etiópia Eu

tratarei como se eles tivessem nascido em Jerusalém. A respeito de Jerusalém

as pessoas dirão que todos os povos são dali e que o Deus Altíssimo a tornará

uma cidade forte. O Senhor escreverá uma lista dos povos, e nela todos eles

serão cidadãos de Jerusalém.” (Sl 87-4-6 – NTLH).

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João 10:16 registra as palavras de Jesus pelas quais Ele diz que tem

outras ovelhas que não são do rebanho de Israel. É Seu profundo interesse

agregá-las. Ele próprio fará isso mesmo com aqueles que nunca Lhe ouviram o

nome.

Ninguém que esteja isento de preconceito religioso consegue olhar tudo

quanto o cerca e dizer que tudo isso foi resultado de uma “evolução

inteligente” (pois, sim!), que, de “matéria inorgânica surgida não sei de onde e

feita não sei por quem” surgiu a vida com todas as suas complexidades. Deus

nunca Se deixou sem testemunho para os que não conheceram o Evangelho.

Romanos 2:12-16 fala sobre o critério judicial aplicado no juízo das

nações: “Os não-judeus não têm a lei. Mas, quando fazem pela sua própria

vontade o que a lei manda, eles são a sua própria lei, embora não tenham a lei.

Eles mostram, pela sua maneira de agir, que têm a lei escrita no seu coração. A

própria consciência deles mostra que isso é verdade, e os seus pensamentos,

que às vezes os acusam e às vezes os defendem, também mostram isso. E, de

acordo com o evangelho que eu anuncio, assim será naquele dia em que Deus,

por meio de Cristo Jesus, julgará os pensamentos secretos de todas as

pessoas.” (NTLH).

TERÇA

Universalismo e pluralismo Universalismo – “Ensinamento que afirma que todos os homens serão

salvos pela misericórdia de Deus... De modo crescente, o universalismo se

insinua por declarações da Igreja Católica Romana, bem como alguns grupos e

igrejas protestantes de linha mais liberal. Esta doutrina se mantém e se

propaga pela força de dois tipos de argumentação. O primeiro, sendo teológico,

apela para a razão e emoções humanas, enquanto o segundo se fundamenta em

interpretações duvidosas de alguns trechos da Bíblia.” Dr. Russel Shedd.

Uma coisa é dizer que Cristo morreu por todos. “E Ele morreu por todos,

para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que

por eles morreu e ressuscitou.” (2Co 5:15). Outra coisa é dizer que todos serão

salvos. Se todos estão salvos, por que, então pregar o Evangelho a cada

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criatura? Não há necessidade do conhecimento de Cristo onde todos já estão

garantidos para a eternidade.

“Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora,

se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao

evangelho de Deus?” (1Pe 4:17). Para que juízo se todos já receberam “anistia

ampla, geral e irrestrita”?

“A doutrina ortodoxa enraizada no Novo Testamento que oferece a

garantia da salvação a todos que se arrependem e creem no Senhor Jesus não é

o universalismo que ensina que todos os seres humanos serão aceitos por Deus

e gozarão do benefício da morte de Jesus. O universalismo neste sentido foi

condenado no Concílio de Constantinopla como uma heresia em 543 d.C.

Reapareceu entre os mais extremados anabatistas, alguns morávios e outros

poucos grupos não ortodoxos. Schleiermacher, conhecido pai do liberalismo,

abraçou esta posição, seguido por teólogos mais radicais como John A.T.

Robinson, Paul Tillich, Rudolph Bultmann. Até o mais destacado teólogo do

século 20, Karl Barth, não se posicionou contra esta esperança, mesmo sem se

declarar abertamente a seu favor. Os evangélicos, porém, se opõem

contundentemente a essa doutrina. Eles reconhecem no universalismo uma

forma moderna da mentira de Satanás no jardim: ‘Certamente, não morrerás’.”

Dr. Russel Shedd.

Pluralismo – “Se a verdade absoluta não existe [como afirma a

conceituação pós-modernista], e se não houver nenhuma maneira de fazer

distinções significativas entre o certo e errado dos diferentes credos e

religiões, então a conclusão natural é de que todas as crenças devem ser

consideradas igualmente válidas. O termo apropriado para este comportamento

do pós-modernismo é ‘pluralismo filosófico.’ Com o pluralismo, nenhuma

religião tem o direito de pronunciar a si mesma verdadeira e as outras religiões

concorrentes falsas ou até inferiores. Para aqueles que defendem o pluralismo

religioso filosófico, não existe mais nenhuma heresia, exceto talvez a visão de

que há heresias. D.A. Carson reforça as preocupações do evangelicalismo

conservador sobre o que considera ser o perigo do pluralismo: ‘No meu humor

mais sombrio, às vezes me pergunto se a cara feia do que chamo de pluralismo

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filosófico é a mais perigosa ameaça ao evangelho desde o surgimento da

heresia gnóstica no segundo século’.” gotquestions.org.

Jesus era singularista, isto é, apontava o único caminho para a salvação –

Ele mesmo. “Eu Sou o caminho, a verdade e a vida...” O Altíssimo afirmou em Jr

32:39: “Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, para que Me temam todos

os dias, para seu bem e bem de seus filhos.”

O Livro da Vida contém os nomes daqueles que aceitaram a salvação de

Cristo e seguiram fielmente em Suas pisadas. A segunda morte está reservada

“aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros,

aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será

no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Ap 21:8). O

salário do pecado é a segunda morte, a extinção completa e permanente. Se

todos são salvos, se a verdade absoluta não existe, esse salário é

“inconstitucional”.

QUARTAPecadores que necessitam da graça

“Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens”

(Tt 2:11). Por quê? Porque “todos pecaram e carecem da glória de Deus.” (Rm

3:23). Que glória é essa? A glória do caráter de Cristo. Somos incapazes, por

nós mesmos, de viver vida semelhante a de nosso Senhor. Não cumprido esse

requerimento divino, sujeitamo-nos à morte eterna. O pecado não poderá para

sempre prevalecer no reino universal de Deus. Os que a ele se apegarem

desprezando a graça salvadora, serão consumidos juntamente com seu

originador. Está escrito que não se levantará por duas vezes a angústia do

pecado (Naum 1:9).

A Lei de Deus é justiça perfeita. Jamais houve e jamais haverá legislação

mais perfeita que ela. Nunca precisou de revisão, emendas, retificações,

exclusões, etc. Porém, o que os seus dispositivos requerem não pode ser

alcançado pelo homem. Contradição? Em absoluto! A Lei é o padrão de justiça,

um espelho cristalino do caráter do Legislador. Mas o que a Lei não pode fazer,

isto é, justificar seu transgressor, isso fez Deus enviando Seu Filho amado. A

Lei foi posta nas mãos de Moisés como testemunho ao povo de Deus e ao

mundo, porém, a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo (Jo 1:17).

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Sabemos a definição mais simples de graça que é “favor imerecido”. Onde

ela teve origem? No amor de Deus. Mas ela custou muito aos “cofres divinos”.

A vida de Cristo foi a garantia de favores incontáveis da parte de Deus para

com os pecadores. “Graça é favor imerecido ... Foi a graça que enviou nosso

Salvador a buscar-nos, errantes, e restituir-nos ao redil...

“Homem algum pode, olhando para dentro de si, encontrar em seu

caráter o que quer que seja que o recomende a Deus, ou lhe assegure

aceitação. É unicamente por Jesus, a quem o Pai deu para que o mundo vivesse,

que o pecador pode encontrar acesso a Deus. Jesus, unicamente, é nosso

Redentor, nosso Advogado e Mediador; nEle reside nossa única esperança de

perdão, paz e justiça. É por virtude do sangue de Cristo que a alma, ferida de

pecado, pode ser restaurada à santidade...” A Maravilhosa Graça de Deus, p.

181.

Por ela o Senhor pode nos perdoar sem ser injusto e violar o que saiu de

Seus próprios lábios e escrita.

Quando a graça é persistentemente recusada, a desgraça tem lugar.

Assim ocorreu com os antediluvianos, com os habitantes de Sodoma e Gomorra,

com as nações pagãs que habitavam a Palestina, com a própria destruição de

Jerusalém em 70 a.D. É fatal recusar a graça e os convites ao arrependimento.

A graça não será utilizada no juízo executivo. A regra justa da Lei será

aplicada. Suas cominações (ameaças de castigo) se cumprirão sobre os

rejeitadores. A ira de Deus contra o pecado será livremente manifestada no dia

do ajuste de contas. É um ato estranho para Deus destruir Sua criação, mas Ele

fará isso em nome do amor, da santidade e da justiça.

“Graça é favor imerecido e o crente é justificado sem qualquer mérito seu

próprio, sem nenhum direito a alegar a Deus. É ele justificado pela redenção

que há em Cristo Jesus, que está nas cortes do Céu como substituto e penhor

do pecador. Mas, conquanto seja justificado por virtude dos méritos de Cristo,

não é ele livre para praticar a injustiça. A fé opera por amor e purifica a alma.

A fé desabrocha e floresce e traz uma colheita de fruto precioso. Onde há fé,

aparecem as boas obras. Os doentes são visitados, cuidados os pobres, não se

negligenciam os órfãos e as viúvas, são vestidos os desnudos, alimentados os

pobres.” Obra citada, p. 180.

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O chamado para a missãoO que o apóstolo está querendo dizer com: “Fiz-me fraco para com os

fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo para com todos, com o fim

de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço por causa do evangelho, com o

fim de me tornar cooperador com ele.” (1Co 9:22, 23)?

Os mesmos versículos traduzidos segundo a versão A Mensagem: “Ainda

que eu esteja livre das exigências e expectativas de todos, tornei-me um servo

voluntário de todos para alcançar todo tipo de gente: religiosos, não religiosos,

moralistas, libertinos, fracassados, desmoralizados — não importa. Não adoto o

estilo de vida deles. Mantenho meu comportamento baseado em Cristo, mas

entrei no mundo deles e compartilhei da realidade deles.”

Poderíamos falar de contextualização e adaptabilidade? A missão de

Cristo exige que nos aproximemos das pessoas a quem queremos salvar. Para

isso, precisamos ser simples como as pombas e prudentes como as serpentes.

“O ministro não deve julgar que toda a verdade tem que ser apresentada

aos incrédulos em toda e qualquer ocasião. Ele deve estudar com cuidado

quando convém falar, o que dizer, e o que deixar de mencionar. Isso não é usar

de engano; é trabalhar como Paulo fazia. ‘Porque, sendo livre para com todos’,

escreveu ele aos coríntios, ‘fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-

me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para  os que estão

debaixo da lei, como se estivera debaixo da lei, para ganhar os que estão

debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivera sem lei (não

estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os

que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-

me  tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.’ 1

Coríntios 9:19-22.

“Paulo não se aproximava dos judeus de maneira a despertar-lhes os

preconceitos. Não lhes dizia, a princípio, que deviam crer em Jesus de Nazaré;

mas insistia nas profecias que falavam de Cristo, Sua missão e obra. Levava

seus ouvintes passo a passo, mostrando-lhes a importância de honrar a lei de

Deus. Dava a devida honra à lei cerimonial, mostrando que fora Cristo que

instituíra a ordem judaica e o serviço sacrifical. Levava-os, então, até ao

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primeiro advento do Redentor, e mostrava que, na vida e morte de Cristo, se

havia cumprido tudo como estava especificado nesse serviço sacrifical. 

“Dos gentios, Paulo se aproximava exaltando a Cristo, e apresentando os

obrigatórios reclamos da lei. Mostrava como a luz refletida pela cruz do

Calvário dava significação e glória a toda a ordem judaica. 

“Assim variava o apóstolo sua maneira de trabalhar, adaptando sua

mensagem às circunstâncias em que se achava. Depois de paciente labor, tinha

grande medida de êxito; entretanto, muitos havia que não se convenciam.

Alguns há, hoje, que não se convencerão seja qual for o método de apresentar a

verdade; e o obreiro de Deus deve estudar cuidadosamente métodos melhores,

a fim de não despertar preconceitos nem combatividade. Eis onde alguns têm

fracassado. Seguindo suas inclinações naturais, têm fechado portas pelas quais,

com outra maneira de agir, poderiam ter encontrado acesso a corações e, por

intermédio desses, a outros ainda. 

“Os obreiros de Deus devem ser homens de múltiplas facetas; isto é,

devem possuir largueza de caráter. Não devem ser homens apegados a uma só

ideia, estereotipados em sua maneira de agir, incapazes de ver que sua defesa

da verdade deve variar segundo a espécie de pessoas entre as quais trabalham,

e as circunstâncias que se lhes deparam .” Obreiros Evangélicos, p. 117-119.

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