comentÁrio geral da prova portuguÊs

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COMENTÁRIO GERAL DA PROVA A prova mudou um pouco: numa primeira leitura, talvez pra melhor. Vejamos: A prova começou com um primeiro texto muito bom: mídia e a sua possibilidade de manipular o espectador, com apenas 5 questões com base em sua leitura. A novidade? Questões cobrando nomenclatura gramatical (regência, por exemplo), o que estava fora das últimas edições. Veio um segundo texto, também muito bom, abordando notícias veiculadas na mídia em geral e nas redes sociais. Em seguida, questões envolvendo a interpretação de tirinhas: uma do Calvin e outra da Mafalda. Surgiram as questões relacionando os textos com uma mesma temática, o que é sempre admirável. Tudo parecia tão bem, mas... Bem, começam os mesmos problemas de anos anteriores, como: 1. A previsibilidade da prova: a mesma sequência de questões, com pouca variação estrutural e de conteúdos. 2. Os erros e as imprecisões: de digitação (questão 28), de elaboração (questão 40) e de escrita (questão 33). Não paramos por aqui. Continuamos com a prova agora de Literatura. Nosso comentário é praticamente control + C / control + V dos anos anteriores: o ITA insiste na ideia de se cobrarem obras clássicas da Literatura Brasileira, sem exigir uma lista de leituras obrigatórias. Neste ano, o aluno deveria ter lido na íntegra obras como Memórias de um sargento de milícias, Til e Fogo morto para responder às questões. Sim, normalmente são questões sobre livros fundamentais, mas que muitas vezes exigem que o aluno conheça mais do que genericamente os enredos. A pergunta é a seguinte: quais e quantas seriam as obras indispensáveis da Literatura Brasileira cujo enredo o candidato deve conhecer a fundo? As 10 principais? As 20? Ou as 30 mais? Algo que, a nosso ver, deveria ser repensado, para que o aluno estude mais e estude melhor a Literatura Brasileira. Quanto às questões envolvendo poemas, uma certa melhora em relação ao ano anterior, mas isso não era muito difícil, dada a mediocridade das questões do ano passado. Questões muito fracas, que pouco ou nada avaliam. PORTUGUÊS

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Page 1: COMENTÁRIO GERAL DA PROVA PORTUGUÊS

COMENTÁRIO GERAL DA PROVA

A prova mudou um pouco: numa primeira leitura, talvez pra melhor. Vejamos:

A prova começou com um primeiro texto muito bom: mídia e a sua possibilidade de manipular o

espectador, com apenas 5 questões com base em sua leitura. A novidade? Questões cobrando

nomenclatura gramatical (regência, por exemplo), o que estava fora das últimas edições. Veio um

segundo texto, também muito bom, abordando notícias veiculadas na mídia em geral e nas redes sociais.

Em seguida, questões envolvendo a interpretação de tirinhas: uma do Calvin e outra da Mafalda.

Surgiram as questões relacionando os textos com uma mesma temática, o que é sempre admirável.

Tudo parecia tão bem, mas... Bem, começam os mesmos problemas de anos anteriores, como:

1. A previsibilidade da prova: a mesma sequência de questões, com pouca variação estrutural e de

conteúdos.

2. Os erros e as imprecisões: de digitação (questão 28), de elaboração (questão 40) e de escrita

(questão 33).

Não paramos por aqui. Continuamos com a prova agora de Literatura. Nosso comentário é

praticamente control + C / control + V dos anos anteriores: o ITA insiste na ideia de se cobrarem obras

clássicas da Literatura Brasileira, sem exigir uma lista de leituras obrigatórias. Neste ano, o aluno deveria

ter lido na íntegra obras como Memórias de um sargento de milícias, Til e Fogo morto para responder

às questões.

Sim, normalmente são questões sobre livros fundamentais, mas que muitas vezes exigem que o

aluno conheça mais do que genericamente os enredos. A pergunta é a seguinte: quais e quantas seriam

as obras indispensáveis da Literatura Brasileira cujo enredo o candidato deve conhecer a fundo? As 10

principais? As 20? Ou as 30 mais? Algo que, a nosso ver, deveria ser repensado, para que o aluno estude

mais e estude melhor a Literatura Brasileira.

Quanto às questões envolvendo poemas, uma certa melhora em relação ao ano anterior, mas isso

não era muito difícil, dada a mediocridade das questões do ano passado. Questões muito fracas, que

pouco ou nada avaliam.

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Page 2: COMENTÁRIO GERAL DA PROVA PORTUGUÊS

Resolução:

Eis o resumo do texto: a mídia “é um poderosoinstrumento de manipulação” (...). TODAVIA, (...) asrelações entre mídia e público são demasiadamentecomplexas, vão muito além de uma simples análisebehaviorista de estímulo/resposta.” Logo, a respostaé letra E.

Alternativa: E

Resolução:

I. INCORRETA. Os “fatores subjetivos/psicológi-cos” estão entre outros fatores citados, como:“contexto social” e “o ambiente informacional”.

II. INCORRETA. Este era o ponto de vista visão deautores como Adorno e Horkheimer, mas não o doautor do texto, Francisco Fernandes Ladeira.

III. CORRETA. É a inferência que se faz da frase jácitada na resolução da questão anterior: “(...) asrelações entre mídia e público são demasiada-mente complexas, vão muito além de uma simplesanálise behaviorista de estímulo/resposta.”

Alternativa: E

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Page 3: COMENTÁRIO GERAL DA PROVA PORTUGUÊS

Resolução:

a) INCORRETA. Na abertura do primeiro parágrafo,a resposta é afirmativa “à primeira vista”, mas háuma contraposição no segundo parágrafo.

b) INCORRETA. O autor mostra posicionamentosdiferentes de alguns estudiosos.

c) INCORRETA. As aspas não distanciam o autordaquilo que é dito. Em duas ocorrências, tem-se acitação de palavras de especialistas; em outrasduas, são expressões rotineiramente usadas nodesenvolver do tema.

d) CORRETA. É o que se percebe, por exemplo, em“devemos duvidar (ou ao menos manter certa res-salva) de proposições imediatistas e aparente-mente frágeis.”

e) INCORRETA. O autor demonstra certa parciali-dade ao expressar que a mídia manipula os seususuários, mas estes interagem com as informa-ções recebidas e não as aceita totalmente.

Alternativa: D

Resolução:

Voz passiva pronominal: o mesmo que voz passivasintética. Trata-se da voz passiva sem locuçãoverbal, mas com o pronome “se”.a) CORRETA.

Fomentou-se a concepção = A concepção foi fomentada.voz passiva sintética voz passiva analítica

b) INCORRETA. Temos aqui uma locução verbal,marca da voz passiva analítica.

c) INCORRETA. Situar-se, no caso é um verbointransitivo pronominal.

d) INCORRETA. O “se”, nesta oração, é um pronomerecíproco.

e) INCORRETA. Novamente temos uma locuçãoverbal, marca da voz passiva analítica.

Boa questão gramatical.

Alternativa: A

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Page 4: COMENTÁRIO GERAL DA PROVA PORTUGUÊS

Resolução:

Boa questão de regência e predicação verbal, exigindo também conhecimentos de pronomes relativos eperíodo composto. Questão com certo grau de complexidade.a) INCORRETA. Duvidar = VTI, exigindo a preposição “de”.

b) INCORRETA. Perde = VTD.

c) CORRETA. Recorre = VTI, exigindo a preposição “a”, que aparece no OI “aos quais”.

d) INCORRETA. Competem = VTI, exigindo a preposição “com”.

e) CORRETA. Tende = VTI, exigindo a preposição “a”.

Alternativa: C

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Page 5: COMENTÁRIO GERAL DA PROVA PORTUGUÊS

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Page 6: COMENTÁRIO GERAL DA PROVA PORTUGUÊS

Resolução:

Pode-se dizer que esta questão se resolviapraticamente com a leitura do título: “Vídeos falsosconfundem o público e a imprensa”.a) CORRETA. Sem comentários.

b) INCORRETA. Não se trata de falta de credibili-dade das redes sociais criadas. O problema é areduplicação, nessas redes, de alguns conteúdosfalsos.

c) INCORRETA. A qualidade de algumas falsifica-ções é que confunde os leitores.

d) INCORRETA. As “organizações jornalísticassérias”, às vezes, publicam conteúdos falsos nãopor dolo, mas por reduplicarem conteúdo não devi-damente verificado em sua veracidade.

e) INCORRETA. Leiamos novamente o que aparecenas linhas 29 – 31: “(...) a rápida divulgação dasnotícias online E a concorrência com as redessociais, também aumentaram a pressão sobre asorganizações jornalísticas para serem as primei-ras a divulgar cada avanço, ao mesmo tempo emque eliminam alguns dos obstáculos que permiteminformações equivocadas.”

Alternativa: A

Resolução:

a) CORRETA. É o que se depreende da leitura daslinhas 32 – 34.

b) CORRETA. A busca pelo furo jornalístico, pelanotícia em primeira mão, pode levar à divulgaçãode fatos falsos, de notícias errôneas.

c) INCORRETA. Alternativa completamente absurda.

d) CORRETA. As redes sociais, diariamente, disse-minam fatos e boatos, verdades e mentiras.

e) CORRETA. Sim, porque muitas vezes cometemequívocos ao compartilharem falsas informações.

Alternativa: C

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Page 7: COMENTÁRIO GERAL DA PROVA PORTUGUÊS

Resolução:

Na internet, um erro pode ser corrigido, o que nãoocorre no jornalismo em sua versão impressa.Observação: houve um pequeno erro de digitação naletra c, na palavra “redes” (grafou-se “reder”).

Alternativa: E

Resolução:

O “que” é um pronome relativo quando retoma osentido do termo antecedente a ele. Sendo assim,vejamos as alternativas:a) CORRETA. (...) editor administrativo do site First

Draft, que é uma coalizão de organizações (...) =retoma a expressão anterior (o site First Draft).

b) CORRETA. (...) uma coalizão de organizações,que se especializam (...) = retoma a expressão“organizações”.

c) INCORRETA. O que, neste caso, é uma conjun-ção integrante.

d) CORRETA. (...) qualquer pessoa que publique emplataformas (...) = retoma a expressão “qualquerpessoa”.

e) CORRETA. (...) aquelas que são atingidas poruma organização jornalística (...) = retoma aexpressão “aquelas”.

Alternativa: C

Resolução:

A tradicional e pertinente questão comparando doistextos da prova. Observe o quadro a seguir:

ALTERNATIVA TEXTO 1 TEXTO 2

A NÃO NÃO

B NÃO NÃO

C NÃO NÃO

D NÃO SIM

�ESIM

(rádio, TV)

SIM(redes sociais,

mídia impressa)

Alternativa: E

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