comentário bíblico texto de ref. lição 3 4º trim

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Comentário Bíblico Barclay A MOEDA QUE UMA MULHER PERDEU E ENCONTROU Lucas 15:8-10 A moeda em questão era uma dracma de prata, cem das quais formavam uma libra de 360 gramas. Não seria difícil que uma moeda se perdesse em uma casa de camponeses na Palestina, e era preciso procurar muito para achá-la. As casas palestinas eram muito escuras, porque estavam iluminadas por uma janela circular de não mais de cinqüenta centímetros de diâmetro. O piso era de terra calcada coberta com canos e juncos secos; e procurar uma moeda em um piso como esse era como “procurar uma agulha num palheiro”. A mulher varreu o piso com a esperança de que veria brilhar a moeda, ou que escutaria a moeda soar entre os juncos. Podem ser duas as razões pelas quais a mulher estava tão ansiosa por encontrar a moeda. (1) Pode que tenha sido por necessidade. Por insignificante que pareça, essa moeda era um pouco mais que o jornal diário de um operário na Palestina. Essa gente vivia sempre com o justo, e pouco faltava para que sofressem fome. Bem pode ser que a mulher a buscasse com intensidade porque se não a encontrasse a família não poderia comer. (2) Mas pode que houvesse uma razão muito mais romântica. Na Palestina o símbolo de uma mulher casada era um toucado feito de dez moedas de prata unidas por uma cadeia de prata. Uma jovem estava acostumada a poupar durante anos para juntar suas dez moedas, porque esse toucado equivalia virtualmente ao anel de bodas. Quando o obtinha era efetivamente dela e não podiam tirar para pagar dívidas. Bem pode ser que a mulher da parábola tivesse perdido uma dessas moedas, e a buscava como qualquer mulher o faria se tivesse perdido seu anel de bodas. Em qualquer caso é fácil pensar na alegria da mulher quando viu o brilho da elusiva moeda e a teve em sua mão novamente. Assim é Deus, disse Jesus. A alegria de Deus, e de todos os anjos, quando um pecador chega ao lar é como a alegria de um lar quando se encontra uma moeda perdida que pode salvá-los da fome; é como a alegria de uma mulher que tinha perdido sua posse mais apreciada, que vale mais que o que vale em dinheiro, e a encontra outra vez. Nenhum fariseu jamais tinha sonhado com um Deus assim. Um grande estudioso judeu admitiu que isto é o absolutamente novo que Jesus ensinou aos homens a respeito de Deus, que realmente Ele procura os homens e quer achá-los. Os judeus teriam admitido que se um homem acudia arrastando-se perante Deus, implorando misericórdia, podia acha-la; mas nunca teriam concebido a um Deus que saísse em busca dos pecadores. É nossa glória crer no amor de Deus que busca, porque vemos esse amor encarnado em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que precisou buscar e salvar o que se havia perdido. Comentário Bíblico Beacon 10. A Dracma Perdida (15.8-10)

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Comentario biblico liçao 3

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Page 1: Comentário Bíblico Texto de Ref. Lição 3 4º Trim

Comentário Bíblico Barclay

A MOEDA QUE UMA MULHER PERDEU E ENCONTROU

Lucas 15:8-10A moeda em questão era uma dracma de prata, cem das quais formavam uma libra de 360 gramas. Não seria difícil que uma moeda se perdesse em uma casa de camponeses na Palestina, e era preciso procurar muito para achá-la. As casas palestinas eram muito escuras, porque estavam iluminadas por uma janela circular de não mais de cinqüenta centímetros de diâmetro. O piso era de terra calcada coberta com canos e juncos secos; e procurar uma moeda em um piso como esse era como “procurar uma agulha num palheiro”. A mulher varreu o piso com a esperança de que veria brilhar a moeda, ou que escutaria a moeda soar entre os juncos.Podem ser duas as razões pelas quais a mulher estava tão ansiosa por encontrar a moeda.(1) Pode que tenha sido por necessidade. Por insignificante que pareça, essa moeda era um pouco mais que o jornal diário de um operário na Palestina. Essa gente vivia sempre com o justo, e pouco faltava para que sofressem fome. Bem pode ser que a mulher a buscasse com intensidade porque se não a encontrasse a família não poderia comer.

(2) Mas pode que houvesse uma razão muito mais romântica. Na Palestina o símbolo de uma mulher casada era um toucado feito de dez moedas de prata unidas por uma cadeia de prata. Uma jovem estava acostumada a poupar durante anos para juntar suas dez moedas, porque esse toucado equivalia virtualmente ao anel de bodas. Quando o obtinha era efetivamente dela e não podiam tirar para pagar dívidas. Bem pode ser que a mulher da parábola tivesse perdido uma dessas moedas, e a buscava como qualquer mulher o faria se tivesse perdido seu anel de bodas.Em qualquer caso é fácil pensar na alegria da mulher quando viu o brilho da elusiva moeda e a teve em sua mão novamente. Assim é Deus, disse Jesus. A alegria de Deus, e de todos os anjos, quando um pecador chega ao lar é como a alegria de um lar quando se encontra uma moeda perdida que pode salvá-los da fome; é como a alegria de uma mulher que tinha perdido sua posse mais apreciada, que vale mais que o que vale em dinheiro, e a encontra outra vez.Nenhum fariseu jamais tinha sonhado com um Deus assim. Um grande estudioso judeu admitiu que isto é o absolutamente novo que Jesus ensinou aos homens a respeito de Deus, que realmente Ele procura os homens e quer achá-los. Os judeus teriam admitido que se um homem acudia arrastando-se perante Deus, implorando misericórdia, podia acha-la; mas nunca teriam concebido a um Deus que saísse em busca dos pecadores. É nossa glória crer no amor de Deus que busca, porque vemos esse amor encarnado em Jesus Cristo, o Filho de Deus, que precisou buscar e salvar o que se havia perdido.

Comentário Bíblico Beacon

10. A Dracma Perdida (15.8-10)Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a

candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar? (8-9). Esta parábola repete o significado da primeira com uma ilustração diferente. Aqui uma mulher que tinha apenas dez dracmas perdeu uma, e procurou-a até encontrá-la. Sua alegria foi tamanha que, tendo-a encontrado, chamou suas amigas e vizinhas para comemorar com ela.

O versículo 10 é praticamente uma repetição do versículo 7. A alegria da mulher por encontrar a moeda perdida ilustra a atitude e a reação no céu quando um pecador se arrepende.

Charles Simeon faz três observações sobre esta parábola: 1) Não há ninguém tão indigno, a ponto de não ser objeto da preocupação do Senhor; 2) Não há esforços, por maiores que sejam, que Ele não faça em prol da recuperação deles; 3) Não há nada tão gratificante para Ele quanto a recuperação daquele que está perdido.

Comentário Bíblico Macarthur

15: 8. dracmas Estas moedas de prata usados pelos gregos tiveram um valor quase equivalente ao denário romano ( veja a nota sobre Mateus 22:19 .) acender a luz. Típica casa

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com um quarto não tinha janelas. , varre a casa . Isto ilustra que a pesquisa foi completa e abrangente.

15:11 12 A história do filho pródigo é uma das parábolas mais conhecidas e amadas de Cristo. É uma das maiores parábolas e detalhes, e ao contrário de quase todos os outros, contém mais de uma lição. O filho pródigo é um exemplo de um arrependimento completo e sincero. O irmão mais velho ilustra a maldade dos fariseus com o preconceito e indiferença para com os pecadores que se arrependem e crêem em feira no mérito. O pai representa Deus, sempre pronto a perdoar e saborosa, com um anseio constante para o retorno do pecador para o coração da sua casa. O tema central, como nas outras duas parábolas neste capítulo é a alegria e as celebrações que transbordam no céu cada vez que um pecador se arrepende de Deus.

Comentário Bíblico W.W. Wiersbe Expositivoovelha perdida (w. 3-7). A ovelha perdeu-se por sua falta de senso de direção. Esses animias têm a tendência de se desencaminhar, por isso precisam de um pastor (Is 53:6; 1 Pe 2:25). Para os escribas e fariseus, era fácil ver os publicanos e pecadores como "ovelhas perdidas", mas não aplicavam essa imagem a si mesmos! No entanto, o profeta deixou claro que todos pecaram e estão perdidos, e isso inclui os religiosos.Cada uma das ovelhas era responsabilidade do pastor; se uma desaparecia e o pastor não era capaz de provar que ela havia sido morta por um predador, precisava pagar por ela (ver Cn 31:38, 39; Êx 22:10-13; Am 3:12). Isso explica por que deixaria o rebanho com outros pastores, sairia em busca do animal perdido e se alegraria ao encontrá-lo. Não encontrar a ovelha perdida pesaria no bolso dele e lhe daria a vergonhosa reputação de pastor descuidado.O fato de deixar as noventa e nove ovelhas não implicava que o pastor não se importasse com elas. Essas noventa e nove estavam em segurança, enquanto a ovelha perdida corria perigo. O fato de o pastor sair à procura de uma ovelha é prova de que cada um dos animais era importante para ele. Jesus não sugeriu, aqui, que os escribas e fariseus não precisavam da salvação, pois certamente não era o caso. Se atribuirmos um significado específico a cada parte da parábola, ela se torna uma alegoria, e distorcemos sua mensagem.Quando um pecador se entrega ao Salvador, sua alegria é quadruplicada. Apesar de a história não dizer coisa alguma a respeito de como a ovelha se sentiu, certamente o coração da pessoa encontrada enche-se de alegria. Tanto as Escrituras (At 3:8; 8:39) quanto nossa experiência pessoal comprovam a alegria da salvação.Mas há também a alegria de quem encontra o perdido. Sempre que ajudamos a conduzir uma alma perdida a Cristo, experimentamos maravilhosa alegria interior. Outros se alegram conosco, quando compartilhamos a boa notícia de que a família de Deus tem mais um filho. Além disso, há alegria no céu (Lc 15:7, 10). Os anjos sabem melhor do que nós que somos salvos de algo para algo e se alegram conosco.A moeda perdida (vv. 8-10). A ovelha perdeu-se por não ter senso de direção, mas a moeda foi perdida por causa do descuido de alguém. É extremamente triste pensar que algum descuido em casa pode resultar na perda de uma alma.Quando uma menina judia se casava, começava a usar na cabeça uma espécie de diadema com dez moedas de prata para indicar que agora era uma esposa. Era a versão judaica da aliança de casamento, e seria uma verdadeira tragédia perder uma dessas moedas. As casas na Palestina eram escuras, de modo que a mulher precisou acender uma candeia e procurar por toda a parte até achar a moeda perdida; podemos imaginar a alegria dela ao encontrá-la.Não devemos estender excessivamente a interpretação de imagens parabólicas, mas vale a pena observar que a moeda poderia ter nela gravada a efígie de um governante (Lc 20:19-25). O

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pecador perdido tem em si a imagem de Deus, mesmo quando essa imagem foi desfigurada pelo pecado. Quando um pecador perdido é "encontrado", Deus começa a restaurar essa imagem divina pelo poder do Espírito, e, um dia, o cristão será como Jesus Cristo (Rm 8:29; 2 Co 3:18; Cl 3:10; 1 Jo 3:1, 2).Essas duas parábolas ajudam a entender o que significa estar perdido. Em primeiro lugar, quer dizer estar fora do lugar. As ovelhas devem ficar com o rebanho, e as moedas, presas à corrente. Os pecadores perderam a comunhão com Deus. Estar perdido também significa estar impossibilitado de servir. Uma ovelha perdida não é de proveito algum para o pastor, assim como não se pode comprar coisa alguma com uma moeda perdida. Um pecador perdido não pode experimentar a plenitude enriquecedora que Deus tem para ele em Jesus Cristo.Mas invertendo tudo isso, ser "encontrado" (salvo) significa estar de volta ao lugar certo (reconciliado com Deus), ter a possibilidade de servir (a vida tem um propósito) e fora de perigo. Não é de se admirar que o pastor e a mulher alegraram-se e convidaram os amigos para compartilhar essa alegria!Hoje em dia, é fácil ler essas duas parábolas sem dar muita atenção a sua mensagem, mas quem as ouve pela primeira vez deve ficar surpreendido. Jesus estava dizendo que Deus procura os pecadores perdidos! Não é de se admirar que os escribas e fariseus tivessem ficado ofendidos, pois em sua teologia legalista não havia lugar para um Deus desse tipo. Haviam esquecido que Deus procurou Adão e Eva quando pecaram e se esconderam dele (Gn 3:8, 9). Apesar de seu suposto conhecimento das Escrituras, os escribas e fariseus se esqueceram que Deus é como um Pai que se compadece de seus filhos rebeldes (SL 103:8-14).Poucas alegrias comparam-se à de encontrar os perdidos e levá-los ao Salvador. Como disse John Wesley: "A igreja não tem outra coisa a fazer senão salvar almas. Portanto, dediquem-se e sejam consumidos por essa obra".2. A ALEGRIA DE VOLTAR (Lc 1 5:11-24)Chamamos essa história de "Parábola do Filho Pródigo" (pródigo quer dizer "esban-jador"), mas poderia ser chamada também de "A Parábola do Pai Amoroso", pois sua maior ênfase não é sobre a pecaminosidade do filho, e sim sobre a benevolência do pai. Ao contrário do pastor e da mulher nas parábolas anteriores, o pai não saiu à procura do filho, mas foi a lembrança da bondade do pai que levou o rapaz ao arrependimento e ao perdão (ver Rm 2:4). A história apresenta três experiências do rapaz.Rebelião - ele foi para uma terra distante (vv. 11-16). De acordo com a lei judaica, a parte da herança do filho mais velho correspondia ao dobro da parte dos outros filhos (Dt 21:17), e, se o pai assim o desejasse, poderia distribuir a riqueza ainda em vida. O filho mais novo agiu dentro da lei quando pediu sua parte dos bens e mesmo quando os vendeu, mas certamente não foi um gesto amoroso de sua parte. Foi como dizer ao pai: "Gostaria que estivesse morto!". Thomas Huxley disse: "As piores dificuldades de um indivíduo começam quando ele tem a possibilidade de fazer o que bem entende". Que grande verdade!Sempre que damos mais valor a coisas do que a pessoas, mais importância ao prazer do que ao dever e nos interessamos mais pelas paisagens distantes do que pelas bênçãos em nosso próprio lar, estamos procurando problemas. Certa vez, Jesus advertiu dois irmãos em conflito: "Tende cuidado e guardai-vos de toda e qualquer avareza" (Lc 12:15). Isso porque, por mais coisas que possa obter, o avarento nunca fica satisfeito, e um coração insatisfeito leva a uma vida de decepção. O filho pródigo aprendeu do jeito difícil que é impossível desfrutar as coisas que o dinheiro pode comprar ao ignorar as coisas que o dinheiro não compra.A "terra distante" não é, necessariamente, um lugar distante para onde vamos viajar, pois ela existe, em primeiro lugar, em nosso coração. O filho mais novo sonhava em "desfrutar" sua

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liberdade longe do pai e do irmão mais velho. Se a ovelha perdeu-se por falta de senso de direção e a moeda foi perdida por falta de cuidado, o filho perdeu-se por obstinação. Desejava fazer as coisas a sua maneira, por isso se rebelou contra o pai, entristecendo profundamente o coração dele.Mas a vida na terra distante não era o que o jovem esperava. Seus recursos esgotaram-se, seus amigos o deixaram, veio a fome, e o rapaz foi obrigado a fazer por um desconhecido o que havia se recusado a fazer pelo pai: trabalhar! Essa cena dramática é a maneira de Jesus enfatizar o que o pecado faz na vida dos que rejeitam a vontade do Pai. O pecado promete liberdade, mas traz apenas escravidão (Jo 8:34); promete sucesso, mas traz fracasso; promete vida, mas "o salário do pecado é a morte" (Rm 6:23). O rapaz pensou que "se encontraria", mas, na verdade, se perdeu! Quando Deus é deixado de fora da vida, o prazer transforma-se em escravidão.Arrependimento - ele caiu em si (vv. 17-19). "Arrepender-se" significa "mudar de idéia", e foi exatamente isso o que o rapaz fez enquanto cuidava dos porcos (que trabalho para um rapaz judeu!). Ele "caiu em si", o que indica que, até então, estava "fora de si". O pecado traz consigo uma "insanidade" que parece paralisar a imagem de Deus dentro do indivíduo e liberar o instinto "animal". Os estudiosos dos textos de Shakespeare gostam de contrastar duas citações que descrevem essa contradição na natureza humana:"Que obra-prima, o homem! Quão nobre pela razão! Quão infinito pelas faculdades! Como é significativo e admirável nas formas e nos movimentos!Nos atos quão semelhante aos anjos!Na apreensão, como se aproxima dos deuses..."(Hamlet, II, ii)

"No seu melhor estado, é pouco pior que homem; no pior, pouco melhor do que animal".(O Mercador de Veneza, I, ii)

O rapaz mudou de idéia sobre si mesmo e sobre sua situação e admitiu que era um pecador. Reconheceu que o pai era um homem generoso e que servir na casa dele era melhor do que ser "livre" naquela terra distante. É a bondade de Deus, não apenas a maldade do homem, que nos conduz ao arrependimento (Rm 2:4). Se o rapaz tivesse pensado apenas em si mesmo - na fome, na saudade e na solidão -, teria entrado em desespero. Mas suas circunstâncias difíceis o ajudaram a ver o pai sob outra ótica, e isso lhe deu esperança. Se o pai era tão bom com os servos, talvez se mostrasse disposto a perdoar um filho.

Se o rapaz tivesse parado nesse ponto, só teria sentido pesar e remorso (2 Co 7:10), mas o verdadeiro arrependimento implica não apenas a mente e as emoções, mas também a volição: "Levantar-me-ei |...] irei [...] lhe direi Nossas decisões podem ser nobres, mas a menos que as coloquemos em prática, jamais trarão qualquer benefício permanente. Se o arrependimento é, verdadeiramente, obra de Deus (At 11:18), o pecador obedecerá a Deus, crerá em )esus Cristo e será salvo (At 20:21).Regozijo - ele foi até o pai (vv. 20-24). Nessa passagem, jesus responde às acusações dos escribas e fariseus (Lc 15:2), pois o pai não apenas correu para receber o filho, mas também honrou sua volta, preparando um grande banquete e convidando o povo de sua vila a participar. O pai nem deixou que o filho mais novo terminasse sua confissão; interrompeu-o, perdoou-o e mandou que começasse a comemoração!É claro que esse pai humano ilustra a atitude do Pai celeste para com os pecadores que se arrependem: ele é rico em misericórdia e graça e grande em amor por eles (Ef 2:1-10). Tudo isso é possível por causa do sacrifício de seu Filho na cruz. Não importa o que alguns pregadores (e cantores) dizem, não somos salvos pelo amor de Deus; Deus ama o mundo todo e, no entanto,

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nem todo mundo é salvo. Somos salvos pela graça de Deus, e a graça é o amor que paga um preço.

No Oriente, não era apropriado a um homem de idade correr, mas o pai correu ao encontro do filho. Um dos motivos óbvios para isso era seu amor por ele e seu desejo de lhe mostrar esse amor. Mas há outra questão envolvida. O filho desobediente havia envergonhado a família e a vila, e, de acordo com Deuteronômio 21:18-21, deveria ter sido morto por apedrejamento. Se os vizinhos tivessem começado a apedrejá-lo, teriam acertado o pai que o abraçava! Que imagem maravilhosa do que Jesus fez por nós na cruz!O filho descobriu no próprio lar tudo o que havia esperado encontrar na terra distante: roupas, jóias, amigos, uma comemoração alegre, amor e segurança para o futuro. O que fez a diferença? Em lugar de dizer: "Pai, dá-me", ele disse, "Pai, trata-me [...] como um de teus trabalhadores". Estava disposto a ser um servo! É claro que o pai não pediu que trabalhasse para merecer seu perdão, pois não há boas obras suficientes para salvar dos pecados (Ef 2:8-10; Tt 3:3-7). Na terra distante, o filho pródigo aprendeu o significado da miséria; mas, de volta ao lar, descobriu o significado da misericórdia.O anel era um sinal de filiação, e "a melhor roupa" (sem dúvida, do pai) era prova de que o filho estava sendo aceito de volta na família (ver Cn 41:42; Is 61:10; 2 Co 5:21). Os servos não usavam anéis, sapatos nem roupas caras. O banquete foi a maneira que o pai escolheu para demonstrar sua alegria e para compartilhá-la com outros. Se o rapaz tivesse sido tratado de acordo com a lei, teria havido um funeral, não um banquete. Que bela ilustração do Salmo 103:10-14!É interessante observar a descrição que o pai faz da experiência do filho: estava morto, mas agora está vivo; estava perdido, mas agora foi encontrado. Essa é a experiência espiritual de todo pecador que vai até o Pai pela fé em Jesus Cristo (Jo 5:24; Ef 2:1-10). Veja os paralelos entre a volta do filho pródigo para o pai e nossa volta para Deus por meio de Cristo (Jo 14:6):O filho pródigo Estava perdido (v. 24) Era ignorante (v. 17) Estava morto (v. 24)Jesus Cristo "Eu sou o caminho' "Eu sou a verdade" "Eu sou a vida"Só há uma forma de chegarmos ao Pai: pela fé em Jesus Cristo. Você já voltou para casa?3. A ALEGRIA DE PERDOAR(Lc 15:25-32)A essa altura da parábola, os escribas e os fariseus estavam certos de que haviam escapado do julgamento de Jesus, pois ele voltara a atenção para os publicanos e os pecadores retratados pelo filho pródigo. Porém, Jesus prosseguiu com a história apresentando o irmão mais velho, claramente uma ilustração dos escribas e fariseus. Os publicanos e pecadores eram culpados dos pecados óbvios da carne, mas os escribas e fariseus eram culpados dos pecados do espírito (2 Co 7:1). Seus atos exteriores podiam ser irrepreensíveis, mas suas atitudes interiores eram abomináveis (ver Mt 23:25-28).Devemos reconhecer que o irmão mais velho possuía algumas virtudes louváveis. Trabalhava arduamente e obedecia ao pai. Não envergonhou sua casa nem sua vila e, ao que parece, tinha amigos suficientes para poder planejar uma boa festa (Lc 15:29). À primeira vista, é um cidadão exemplar e, comparado com o irmão, é quase um santo.No entanto, por mais importantes que sejam a obediência e a diligência, não são as únicas provas de caráter. Jesus ensinou que os dois maiores mandamentos são amar a Deus e amar ao próximo (Lc 10:25-28), mas o irmão mais velho quebrou esses dois mandamentos divinos. Não amou a Deus (representado na história pelo pai) nem amou ao irmão. O irmão mais velho não quis perdoar o irmão que havia desperdiçado a herança e envergonhado o nome da família. Ao

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mesmo tempo, também se encheu de rancor contra o pai que, em sua graça, perdoou o rapaz desses mesmos pecados!Quando consideramos os pecados do irmão mais velho, não é difícil entender por que retrata os escribas e os fariseus. Em primeiro lugar, considerava-se virtuoso. Anunciou abertamente os pecados do irmão, mas não foi capaz de ver os próprios pecados (ver Lc 18:9-14). Os fariseus definiam pecado especialmente em termos de ações exteriores, não de atitudes interiores. Não entenderam coisa alguma da mensagem do Sermão do Monte e sua ênfase sobre as atitudes interiores e a santidade do coração (Mt 5 - 7).Outra de suas faltas era o orgulho. E pensar que havia servido ao pai todos aqueles anos sem jamais desobedecer à vontade dele! Mas em vez de estar fazendo seu trabalho de coração, sempre sonhava em dar uma grande festa, na qual ele e os amigos pudessem se divertir. Fazia seu trabalho por obrigação e sem interesse. Como Jonas, o irmão mais velho fazia a vontade de Deus, mas não de coração (Jn 4; Ef 6:6). Era uma trabalhador diligente e fiel - qualidades louváveis -, mas seu trabalho não era feito com amor, de modo a agradar o pai.Também não podemos deixar de observar certa indiferença para com o irmão desaparecido. Ficou sabendo pelos servos que seu irmão havia voltado! O pai esperava pelo filho mais novo todos os dias, até que, um dia, o viu à distância; o irmão mais velho só ficou sabendo da volta do irmão porque os servos lhe contaram.Apesar de saber que isso alegraria o coração do pai, o irmão mais velho não desejava que o irmão mais novo voltasse para casa. Por que dividir seus bens com alguém que havia desperdiçado a própria herança? Por que compartilhar o amor do pai com alguém que havia envergonhado a família e a vila? Os relatos sobre o estilo de vida do filho pródigo beneficiavam a imagem do irmão mais velho e, talvez, com isso, o pai amasse seu filho obediente ainda mais. A chegada do filho mais novo era uma ameaça ao filho mais velho.Talvez o mais perturbador sobre o irmão mais velho seja sua indignação intensa. Sentia-se irado com o pai e com o irmão e se recusava a entrar na casa e a participar da comemoração alegre.A ira é uma emoção normal e não é, necessariamente, pecaminosa. "Irai-vos, e não pequeis" (Ef 4:26; citação do Sl 4:4). Moisés, Davi, os profetas e Jesus demonstraram ira santa, como também devemos fazer hoje. Como disse o pastor puritano Thomas Fuller: a ira é um dos "tendões da alma". Aristóteles deu um ótimo conselho quando escreveu: "Qualquer um pode irar-se. Isso é fácil. Mas ficar irado com a pessoa certa, na medida certa e da maneira certa, isso é algo difícil e não está ao alcance de todos".O irmão mais velho ficou irado com o pai por haver dado ao mais novo a festa que sempre havia desejado. "Nunca me deste um cabrito sequer", disse ele ao pai, "vindo, porém, este teu filho [...] tu mandaste matar para ele o novilho cevado". Os sonhos do irmão mais velho haviam sido despedaçados, pois o pai perdoara o pródigo.É claro que o irmão mais velho estava indignado por seu irmão mais novo receber toda a atenção e os presentes especiais do pai. A seu ver, o mais novo não merecia nada disso. Havia sido fiel? Não! Havia obedecido ao pai? Não! Então por que ser tratado com tanta bondade e amor?Os fariseus tinham uma religião baseada nas boas obras. Ao jejuar, estudar, orar e ofertar, esperavam conquistar as bênçãos de Deus e merecer a vida eterna. Sabiam pouco ou nada sobre a graça de Deus. Porém, o que os alienava de Deus não era o que faziam, mas o que deixavam de fazer (ver Mt 23:23, 24). Quando viram Jesus receber e perdoar pessoas irreligiosas, se encheram de indignação e, pior ainda, não foram capazes de ver que eles próprios precisavam do Salvador.

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O mesmo pai que correu ao encontro do filho pródigo saiu da casa onde estava acontecendo a festa para pedir que o filho mais velho entrasse e se alegrasse com eles. Como nosso Pai é bondoso e complacente e quanta paciência tem com nossas fraquezas! O pai explicou que não teria problema em oferecer uma festa ao filho mais velho e a seus amigos, mas o lembrou de que ele nunca lhe pedira isso. Além do mais, desde a divisão dos bens, o irmão mais velho era dono de tudo, podendo ter usado como lhe aprouvesse.O irmão mais velho recusou-se a entrar; preferiu ficar amuado do lado de fora. Perdeu a alegria de perdoar o irmão e de restaurar a comunhão rompida, a alegria de agradar o pai e de reunir a família outra vez.É estranho notar que o irmão mais velho era capaz de conversar amigavelmente com um servo, mas não fazia o mesmo com o pai e com o irmão!Se nossa comunhão com Deus está rompida, não conseguimos ter comunhão com nossos irmãos e irmãs. Da mesma forma, se abrigamos em nosso coração algum rancor contra outros, também não somos capazes de ter comunhão com Deus (ver Mt 5:21-26; 1 Jo 4:18-21). Devemos perdoar os que pecam quando demonstram arrependimento e, com graça e humildade, procurar restaurá-los (Mt 18:15-35; Cl 6:1-5; Ef 4:32).O pai deu a última palavra, de modo que não se sabe como a história terminou (ver Jn 4 para uma narrativa paralela). Sabe-se, porém, que os escribas e fariseus continuaram a opor-se a Jesus e a separar-se de seus seguidores e que, por fim, seus líderes foram responsáveis pela prisão e morte de Jesus. Apesar das súplicas do Pai, recusaram-se a entrar.Neste capítulo, todos se alegraram, exceto o irmão mais velho. O pastor, a mulher e seus amigos alegraram-se ao encontrar algo. O filho mais novo alegrou-se ao voltar e ser recebido por um pai amoroso e bondoso. O pai alegrou-se ao receber o filho de volta em segurança. Mas o irmão mais velho não quis perdoar o irmão, de modo que não sentiu alegria alguma. Poderia ter se arrependido e participado da festa, mas se recusou e, assim, ficou do lado de fora, sofrendo.Ao longo de meu ministério pastoral, tenho encontrado irmãos (e irmãs!) mais velhos que preferem alimentar sua indignação a desfrutar a comunhão com Deus e com seu povo. Uma vez que não estão dispostos a perdoar, afastam-se da igreja e até da família; têm certeza de que só eles estão certos e o mundo todo está errado. Podem falar em alta voz sobre os pecados de outros, mas não conseguem enxergar os próprios pecados."Eu nunca perdoo!", disse o general Oglethorpe a John Wesley, o qual, por sua vez, respondeu: "Então, senhor, espero que nunca peques".Não fique de fora! Venha participar da festa!

Comentário Bíblico R.N. Champlin15:8: Ou qual é a mulher que, tendo dei dracmas e perdendo uma dracma, não acende a candeia, e não varre a casa, buscando com diligência até encontrá-la?

«....dez dracmas...perder uma...» A dracma grega era uma moeda de prata que tinha praticamente o mesmo valor do denário romano. O denário (e, por conseguinte, a dracma) era reputado um bom salário por um dia de trabalho. Uma «dracma dupla» é mencionada no trecho de Mat. 17:24, como 0 imposto anual por cabeça que todo homem judeu tinha de pagar ao tesouro do templo. Considerando-se a extrema pobreza em que viviam os habitantes da Palestina naquela época, essas dez dracmas provavelmente representavam as economias daquela mulher, durante toda a sua vida útil; e por isso mesmo, a perda ao menos de uma única moeda, representava dez por cento desse total, o que significava um prejuízo sério. O valor dessa moeda seria mais aumentado ainda se porventura fizesse parte de um ornamento para

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cabelos, exigindo que não se perdesse nenhuma peça, para que pudesse funcionar como tal. Esses ornamentos eram usados pelas mulheres casadas, como sucede naquelas regiões até o dia de hoje. Alguns têm sugerido que a preservação da unidade do ornamento podia ser reputada como símbolo da fidelidade da mulher ao seu marido. Essa interpretação é possível; mas é mais provável que o quadro vise unicamente a uma mulher pobre, cujas difíceis circunstâncias faziam com que a perda até mesmo de uma pequena moeda fosse motivo para tão grande consternação.

«...candeia...» Ela teve de acender uma lâmpada porque as casas pequenas da Palestina, das classes mais humildes, usualmente não tinham janelas, e a única maneira da luz entrar no aposento era mediante a porta. Portanto, foi necessário acender uma lâmpada a fim de possibilitar uma busca mais completa. O chão provavelmente era coberto de poeira; pelo que, de joelhos e mãos no chão, rebuscando no meio da poeira, ela procurou a sua preciosa moeda perdida.

15:9: E achando-a, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu havia perdido.

«...tendo-a achado... ...Eram suas amigas conforme o gênero, no grego, o demonstra. Sua busca, no meio da poeira, foi bem-sucedida, e se regozijou por haver encontrado uma décima parte de tudo quanto possuía, tendo trabalhado diligentemente para economizar. O intuito evidente da parábola é demonstrar aos fariseus que aqueles personagens tão sem importância (publicanos e pecadores), tão desprezados por eles, mas que eram amados por Jesus, possuíam almas e a potencialidade para a vida eterna. Podiam efetuar até 0 estado emotivo dos céus. A moeda que a mulher encontrou era valiosa porque era oficialmente estampada e contava com a efígie, que lhe dava validade. E aquilo que outorga valor à alma do pecador é a estampa de Deus sobre ela, porque Deus é seu criador. A mulher se rejubilou porque encontrou o que havia perdido. Note-se que a ovelha se perdera por sua própria culpa, desviara-se por sua própria vontade; mas que essa moeda se perdera por causa da negligência demonstrada pela mulher. «Em um caso, a atenção é voltada para a condição do objeto perdido; no outro caso, para a tristeza de quem sofrera a perda» (Vincent, in loc.).

Existem muitas interpretações em torno dos pormenores dessa parábola, algumas delas inteiramente destituídas de base. Abaixo damos alguns exemplos: A mulher seria uma crente evangelista que nada deixa por rebuscar, a fim de encontrar o pecador, que é representado pela moeda. A candeia é o evangelho ou o ministério do Espírito Santo. A casa é a igreja. Alguns fazem da mulher habitação do Espírito Santo, ou mesmo o Espírito que convence os homens de pecado. O pecador (moeda) jaz no pó da terra, e não tem valor para quem quer que seja, a menos que seja encontrado. O ato de trazer a candeia e a varredura, descrevem as atividades do Espírito. Os vizinhos que se regozijam representariam os anjos, que ministram às igrejas, como espíritos ministradores.

Essas são interpretações alegóricas, mas não temos meios de saber se o autor tencionava ou não que compreendêssemos aqui tais coisas. Seja como for, a moeda representa, de maneira perfeitamente definida, o pecador perdido. Uma coisa dotada de pequeno valor, no conceito de alguns (como julgavam as autoridades religiosas dos judeus), para outros se revestia de extraordinário valor (como pensavam a mulher, Cristo e as autoridades celestiais). O valor da moeda se devia à efígie do imperador estampada na mesma, e por isso a moeda realmente pertencia ao rei. O valor da moeda, contudo, só pode ser percebido e aproveitado se ela for encontrada. Jesus demonstrava, uma vez mais, o valor da alma na estimativa Deus, e esse valor se deve à sua intenção de transformar a alma conforme a imagem de Cristo, elevando-a a uma

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posição superior à dos anjos. (Ver notas em Rom. 8:28,29 e Ef. 1:23).Ver a nossa participação na divindade, II Ped. 1:4.

15:10: Assim, digo-vos, há alegria na presença dos anjos de Deus por um só pecador que se arrepende.

«...há júbilo diante dos anjos...». Este versículo repete a mensagem da parábola anterior. A alegria é a cena final do drama. Ver Luc. 15:5-7, onde há uma completa anotação expositiva acerca de todas as implicações dessa asseveração. Aprendemos aqui que existe uma solução para o problema do mal (notes, Rom. 3:8). A última palavra da vida humana, por causa da missão de Cristo, é a alegria. Deve se lembrar de que o Calvário foi apenas uma hospedaria que ficava na estrada que guiava para a páscoa. «Todo ser humano conhece a alegria de encontrar coisas perdidas”. “Ê somente na religião que o homem perde o senso do perfume das verdades simples e universais» (Bruce, in loc. , referindo-se a religião farisaica). «Quando um indivíduo descobre petróleo no Texas, não há, necessariamente, alegria no céu...‘Na presença dos anjos’ realmente significa segundo o juízo de Deus.

Se ao menos pudéssemos aprender a julgar a alegria de acordo com o julgamento divino!...Uma alma que se volta para Deus, produz alegria tanto na terra como no céu, sendo um júbilo melhor do que quando ‘...as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e rejubilavam todos os filhos de Deus...’ (Jó 38:7)... Poderiam quaisquer outras palavras falar, com maior intensidade, da simpatia de Deus? ele não pode rejubilar-se sozinho; precisa compartilhar de sua tristeza e de sua alegria, com os homens e com os anjos. ‘Deus aquece as suas mãos no coração do homem, quando este ora’ (John Masefield, The Widow in the Bye Street: Nova Iorque: The Macmillan Co., 1912, par VI, st. XXVIII). ...Em última análise, não pode haver outra alegria além da alegria de Deus, como também não pode haver luz sobre a terra que não tenha sido proporcionada pelo sol. Haverá outras palavras, nos evangelhos, mais repletas da luz matutina do que essas?» (Buttrick, in loc.).