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Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares Comentário
Li com atenção alguns dos trabalhos apresentados, uma vez que o tempo não permite
ler todos na íntegra, e decidi comentar o trabalho da Fátima, pois julgo ter conseguido,
de forma clara, analisar os tópicos solicitados.
Nota: Quando o texto se apresentar em itálico, quer dizer que foi retirado texto da
Fátima Pedro.
Pertinência da existência de um Modelo de Avaliação para as BE
A avaliação é sem dúvida um processo pelo qual passamos, directa ou indirectamente
por ele, diariamente. A escola é um espaço onde é possível “verificar, regularmente
através dos seus agentes, quais os pontos fortes e quais os pontos fracos em que
deverá haver intervenção, no sentido de diversificar estratégias que possam levar à
melhoria e, consequentemente, a um maior sucesso educativo.” Ora, a Biblioteca
Escolar (BE) com o seu carácter transversal pode muito bem contribuir para a
avaliação e possíveis melhorias. Quando numa escola se atribui valor à BE, significa
que toda a escola está convicta que a biblioteca desempenha um papel fundamental
nas aprendizagens. Assim sendo, a aplicação do Modelo de Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares (MAABE) pode ser uma oportunidade para a escola reconhecer
o contributo que a BE pode dar ao ensino/aprendizagem e ao sucesso educativo dos
alunos. A Fátima revela isso mesmo quando refere que “…a Biblioteca Escolar (BE)
assumindo-se como um recurso fundamental para o ensino e para a aprendizagem
constitui um contributo essencial para o sucesso educativo, como o próprio Modelo
refere na versão de 2010.”
O Modelo enquanto instrumento pedagógico e de melhoria. Conceitos
implicados
Vários foram os conceitos enumerados: a noção de valor, a auto-avaliação, a
utilização flexível e alargada, etc. Mas, tal como a Fátima, também julgo que a prática
de recolha de evidência é morosa e mais, acrescento eu, de difícil obtenção, uma vez
que depende de “terceiros”. Bem compreendo que é necessária para uma avaliação
mas com certeza não é fácil. Esta operacionalização não depende apenas da vontade
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Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares Comentário
e do desempenho do PB, mas da colaboração das restantes estruturas pedagógicas,
dos alunos, dos pais/encarregados de educação.
Obviamente que todo este processo tem um fim: conseguir obter dados para uma
reflexão conjunta no âmbito de se encontrarem melhorias e traçarem outros
desenvolvimentos, no caso disso.
Organização estrutural e funcional
A Fátima fez uma breve descrição e enumerou os domínios e subdomínios patentes
neste modelo de auto-avaliação, referindo ainda a importância de alguns descritores.
Confirma-se então que, a organização estrutural do MAABE integra as diferentes
funções que são atribuídas à BE, organizando-se em quatro domínios.
Penso ser importante referir que se “Os instrumentos de recolha de informação são
também um recurso valioso para a recolha de informação, embora em algumas
situações a sua aplicação tenha de ser adaptada à realidade de cada Escola” não
podemos esquecer que este modelo é um documento extenso e de natureza complexa
na actual realidade das BE.
Integração / Aplicação à realidade da Escola / Biblioteca Escolar. Oportunidades e constrangimentos
A integração da avaliação na escola pressupõe a motivação e a liderança forte do PB,
mobilizando a escola para a necessidade de implementação deste processo avaliativo.
Mas, tal como a Fátima refere “A primeira dificuldade será conseguir que todos os
intervenientes no processo se apercebam da importância de pô-lo em prática. Depois
da apresentação do Modelo ao Conselho Pedagógico é necessário que as outras
estruturas pedagógicas se envolvam no processo. Mais uma vez, é fundamental o
apelo à participação de todos os departamentos.” Ora isso nem sempre é fácil e a
aplicação do modelo vai exigir uma metodologia de sensibilização muito forte. Por
outro lado, sou da mesma opinião da colega quando acha que deveriam ser realizadas
“acções de sensibilização/formação, neste âmbito, para os órgãos de gestão e
coordenadores de departamento” e também acções na formação inicial dos
professores, acrescento eu.
Gestão das mudanças que a sua aplicação impõe. Níveis de participação da e na
escola
A Fátima faz uma boa análise neste capítulo. Para além de referir outros aspectos de
mudança da BE, dá grande importância às diferentes funções do PB, sendo que este
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“terá de ter qualificação na área, terá de ter características de líder, fazer a articulação
com os vários órgãos da escola e fazer crer no valor da biblioteca e na sua
importância nas aprendizagens, ou seja, na construção do conhecimento. Deverá
ainda informar-se e formar-se permanentemente.”
É pois sem dúvida que cabe ao PB, neste novo cenário das BE dar apoio ao currículo
e aos alunos, para que estes desenvolvam competências de literacia e transformem
informação em conhecimento.
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