combate a incÊndio e primeiros socorros
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TREINAMENTO DE BRIGADA ORGÂNICA
COMBATE A INCÊNDIO
E
PRIMEIROS SOCORROS
2021
COMBATE A INCÊNDIOS E PRIMEIROS SOCORROS - CBMMG
PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS
Assunto PG
Apresentação . 02
Definições 02
Teoria do fogo 04
Combustíveis 04
Oxigênio 05
Calor 05
Pontos de temperatura 05
Processo de transmissão de calor 06
Métodos de extinção de incêndios 07
Classificação dos incêndios 08
MANIPULAÇÃO DOS INSTRUMENTOS PARA CONTROLE E
COMBATE A FOCOS DE INCÊNDIOS
Aparelhos extintores 09
Mangueiras de incêndio 10
Transporte e manuseio 11
Cuidados com as mangueiras 11
Hidrante 12
Esguichos 13
Sistema de segurança 13
PRIMEIROS SOCORROS
Conceito de primeiros socorros 15
Suporte básico da vida 15
Parada cardíaca 15
DEA 18
Obstrução respiratória 19
Estado de choque 19
Hemorragias 20
Fraturas 22
Bibliografia 23
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COMBATE A INCÊNDIOS E PRIMEIROS SOCORROS - CBMMG
TÉCNICA DE PREVENÇÃO E COMBATE A INCÊNDIOS
APRESENTAÇÃO
Este manual contém informações básicas necessárias à prevenção e extinção ao princípio de incêndio, direcionada a todos aqueles que exercem atividades em qualquer tipo de instalação, tanto industrial quanto comercial, ou a qualquer outra modalidade de serviços até mesmo residencial. Situações que atinjam grandes proporções devem ser administradas e resolvidas pelo Corpo de Bombeiros, pois exigem a aplicação de técnicas especiais sendo necessário inclusive, um plano de abandono de área.
DEFINIÇÕES
- Prevenção de incêndio
Uma série de medidas destinada a evitar o aparecimento de um princípio de incêndio ou, no caso deste ocorrer, permitir combatê-lo prontamente para evitar sua propagação.
- Combate de incêndio e ou mitigação de sinistro ambiental
Conjunto de ações táticas, destinadas a extinguir ou isolar o incêndio com o uso de equipamentos manuais ou automáticos.
- Emergência
Sinistro ou risco eminente que requeira ação imediata.
- Exercício simulado
Exercício prático simulado periodicamente para manter a brigada e os ocupantes das edificações em condições de enfrentar uma situação real de emergência.
- Sinistro/Acidente
Ocorrência de prejuízo ou perda, causado por incêndio ou acidente impessoal (instalação / equipamento) ,pessoal ou acidente ambiental.
Ação de Prevenção
Informar ao responsável pela segurança qualquer não conformidade em extintores de incêndio, hidrantes e equipamentos de combate.
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Ações de Emergência
- Acionar o Corpo de Bombeiros; - Identificação da situação; - Acionamento da Seção de Medicina; - Resgate de vitimas; - Combate ao princípio de incêndio; - Recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros; - Corte de energia; - Controle de vazamento de gás;
A fim de primar pela segurança, a proteção geral contra fogo divide-se em duas partes:
a) A Prevenção de Incêndios;
b) O Combate Eficaz.
A Prevenção é o ato de evitar que ocorra o incêndio e o sucesso se dá quando a organização e a educação em todos os setores de atividades atuam em conjunto. O conhecimento das noções básicas de prevenção, praticadas por todos, é o único caminho para evitar acidentes. Quando, apesar da prevenção, ocorre um princípio de incêndio, é importante que ele seja combatido de forma eficiente e segura para que sejam minimizadas suas conseqüências.
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TEORIA DO FOGO
A QUÍMICA DO FOGO
Lavoisier, um cientista francês, afirmou e demonstrou que o fogo é resultado de uma reação química entre o combustível e o oxigênio. A essa reação química deu o nome de COMBUSTÃO.
Mas o que é reação química?
Em linguagem bem simples: quando duas substâncias diferentes são misturadas e dessa mistura se formam outras substâncias totalmente diferentes, aí temos a reação química.
FOGO: Resultado de uma reação química denominada combustão, onde ocorre a decomposição de uma substância sólida, líquida ou gasosa, em presença de um gás comburente (oxigênio), liberando energia em forma de luz e calor.
Mas lembre-se que o tetraedro é apenas uma figura didática que é usada para facilitar a compreensão do fenômeno. O importante é não se esquecer que o fogo é resultado de uma REACÃO QUÍMICA entre combustível e o oxigênio, com a participação do calor.
COMBUSTÍVEL
O COMBUSTÍVEL SÓLIDO queima-se em sua superfície e em sua profundidade, ou seja a queima acontece por fora e por dentro do material. Quando todo o combustível for consumido, restarão resíduos (cinzas).
O TETRAEDRO DO FOGO
A reação química COMBUSTÃO é representada por um TETRAEDRO. Cada lado do tetraedro representa um elemento indispensável para que haja a combustão:
O COMBUSTÍVEL;
O COMBURENTE;
O CALOR;
A REAÇÃO EM CADEIA.
O TETRAEDRO DO FOGO
O COMBUSTÍVEL LÍQUIDO a combustão só acontece na superfície. Assim se colocarmos fogo num copo contendo álcool ou outro líquido combustível qualquer, o fogo irá consumindo o líquido, de cima para baixo, até que o combustível se acabe. Dentro do copo não sobrará nenhum resíduo.
O GÁS INFLAMÁVEL que se encontrar suspenso no ar, em finíssimas gotículas, na forma de névoa, também está sujeito a entrar em combustão ao simples contato com uma fagulha e também de maneira explosiva.
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OXIGÊNIO
O Oxigênio é o gás COMBURENTE que dá vida à chama. Com maior quantidade de oxigênio a combustão também será maior, isto é, mais intensa, havendo o consumo mais rápido do combustível e mais quente será a chama.
Para nosso estudo consideraremos apenas a seguinte composição do ar, em números redondos:
* Nitrogênio................................78,00 %
* Oxigênio..................................21,00 %
* Outros Gases............................1,00 %
total = 100,00 %
OBS: Estudos demonstram que o Nitrogênio não participa da combustão e que o oxigênio é o gás que reage quimicamente com o gás emanado do combustível.
CALOR
O calor é responsável pela produção de vapores inflamáveis nos corpos combustíveis. A temperatura que vai provocar a produção dos vapores inflamáveis varia de um combustível para outro.
Maneiras com a qual se adquire o calor:
- Atrito;
- Reação química;
- Energia elétrica;
- Radioatividade.
O calor é o componente que serve para dar início ao fogo; que mantém e que incentiva a propagação. Os combustíveis em geral, precisam ser transformados em gases para queimar, e a quantidade de calor necessário para vaporiza-los varia de um corpo para corpo. Assim, a gasolina vaporiza a temperatura bem baixa, enquanto que a madeira, o carvão, etc..., exigem mais calor, e assim sucessivamente.
Variando o calor, podemos vaporizar quase todos os combustíveis. Por outro lado, a temperatura de vaporização do combustível não é suficiente para queimá-los, pois, para isto, precisamos após a vaporização, continuar a aquecê-los até determinada temperatura que seria para cada corpo.
PONTOS DE TEMPERATURA
PONTO DE FULGOR
No Ponto de Fulgor o combustível já está produzindo vapores inflamáveis, mas a quantidade é ainda insuficiente para sustentar a combustão. Ao aproximarmos uma chama junto ao combustível ele queima-se momentaneamente, mas ao retirarmos a chama inicial, o fogo se apaga por falta do vapor inflamável.
PONTO DE COMBUSTÃO
No Ponto de Combustão o combustível está produzindo vapores inflamáveis em quantidade suficiente para sustentar a combustão. Ao aproximarmos uma chama junto ao combustível ele queima-se continuamente, mesmo que retiremos a chama inicial.
PONTO DE AUTO-IGNIÇÃO
Neste ponto o combustível está produzindo vapores inflamáveis e esses vapores estão tão aquecidos que, ao simples contato com o oxigênio do ar entram em combustão, sem necessidade da chama inicial. (Ex: fósforo branco).
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PONTO DE IGNIÇÃO DOS COMBUSTÍVEIS SOLIDOS
SUBSTÂNCIAS PONTO DE IGNIÇÃO
ALGODÃO/ABSORVENTE --------------- 267 °C
FIBRAS DE MADEIRA --------------------- 218 °C
FUMO (TABACO) --------------------------- 240 °C
PAPEL DE JORNAL ------------------------ 235 °C
PAPEL SULFITE----------------------------- 360 °C
CARVÃO DE MADEIRA ------------- 140/200 °C
Outro conhecimento, indiscutivelmente importante para fazer prevenção ou combate a incêndios, é conhecer as formas de TRANSMISSÃO DE CALOR.
PROCESSO DE TRANSMISSÃO DE CALOR
RADIAÇÃO
É a transmissão de calor por meio de ondas eletromagnéticas. Todo corpo quente emite radiações que vão atingir os corpos frios. O calor do sol é transmitido por esse processo. São radiações de calor as que as pessoas sentem quando se aproximam de um forno quente. Ondas caloríficas que se transmitem através do espaço.
CONDUÇÃO
A propagação do calor é feita de molécula para molécula do corpo, por movimento vibratório. A taxa de condução do calor vai depender basicamente da condutividade térmica do material, bem como de sua superfície e espessura. É importante destacar a necessidade da existência de um meio físico.
CONVECÇÃO
É uma forma característica dos fluídos. Pelo aquecimento, as moléculas expandem-se e tendem a elevar-se, criando correntes ascendentes a essas moléculas e corrente descendente ás moléculas mais frias.
É um fenômeno bastante comum em edifícios, pois através de aberturas, como janelas, poços de elevadores, vãos de escadas, podem ser atingidos andares superiores. Este fenômeno pode ocorrer tanto no plano vertical como no plano horizontal. É o processo de transmissão de calor, que se faz através da circulação de um meio transmissor, gás ou líquido. É o caso da transmissão do calor, através da massa de ar ou gases quentes, que se deslocam do local do fogo, podendo provocar incêndios em locais distantes do mesmo.
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A proteção contra incêndios, decorrentes de calor transmitido por convecção é feita de forma a não deixar acumular ar ou gases quentes em locais que possuam combustíveis, principalmente os de baixos pontos de ignição.
REAÇÃO EM CADEIA
O fenômeno químico do fogo é uma reação que se processa em cadeia. Após a partida inicial é mantida pelo calor produzido durante o processamento da reação.
A cadeia de reação formada durante o fogo, propicia a formação de produtos intermediários instáveis, principalmente radicais livres, prontos para combinarem com outros elementos, dando origem a novos radicais, ou finalmente a corpos estáveis. Conseqüentemente nas áreas de fogo, sempre temos radicais livres, a quem cabe a responsabilidade de transferência de energia química em calorífica, decompondo as moléculas ainda intactas e, desta maneira, provocando a propagação do fogo, numa verdadeira reação.
Conhecido o "TETRAEDRO DO FOGO", concluímos que são 4 as condições para que haja fogo. Portanto, basta retirar um dos lados do tetraedro do fogo e ele se extinguirá. Portanto são 04 (quatro) os métodos de extinção de incêndios.
COMBATE AO FOGO
Compreende o emprego da técnica e tática corretas no momento que surgir o incêndio.
Técnica: Uso do equipamento correto.
Tática: obter maior proveito do equipamento.
EXTINÇÃO DO FOGO
O fogo se extinguirá quando são retirados uns dos seus elementos.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIOS
a. RESFRIAMENTO b. ABAFAMENTO c. RETIRADA DO MATERIAL d. EXTINÇÃO QUÍMICA
RESFRIAMENTO
- Corte no fornecimento de calor.
É o método de extinção mais empregado. Consiste em roubar calor mais do que ele é produzido na combustão, até que o combustível fique abaixo do ponto de fulgor.
ABAFAMENTO
- Corte do fornecimento de O2.
É um dos métodos mais difíceis: necessita de aparelhos e produtos específicos.
RETIRADA DO MATERIAL
- Corte do fornecimento do combustível.
É o método mais simples, exigido força física, meios de fortuna, não precisando de aparelhos especializados.
EXTINÇÃO QUIMICA
Os pós-químicos utilizados na extinção de incêndios eram considerados como abafantes, devido ao CO2 gerado quando de sua modificação na presença do calor. Mas não era satisfatoriamente explicada esta ação de abafamento, porque as experiências indicam que os pós são mais eficientes que o próprio CO2.
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CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS
CLASSE “A”
- Materiais Sólidos / fibrosos, madeira, tecido, algodão, estopa, etc.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS:
- Deixam resíduos quando queimados, queimam em superfície e profundidade.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO: Resfriamento.
CLASSE “B”
- Combustíveis liquidos, pastosos e/ou gases inflamáveis: gasolina, óleos, tintas, graxas, parafina, GLP, acetileno e etc.
CARACTERISTICAS PRINCIPAIS:
- Queimam em superfície, nunca em profundidade, não deixam resíduos quando queimados.
MÉTODOS DE EXTINÇÃO: Abafamento
Obs: também os gases inflamáveis estão incluídos nesta classe, mas só se deve apagá-los se for possível cortar o fornecimento de combustível.
CLASSE “C”
- São incêndios em equipamentos elétricos quando energizados, o risco maior está na presença da corrente elétrica:
MÉTODOS DE EXTINÇÃO: Desligar a energia elétrica e usar técnicas de abafamento.
CLASSE “D”
- Metais pirofóricos: Alumínio em pó Magnésio, Selênio, Antimônio, Lítio, Cádmio, Potássio, Zinco, Titânio, Sódio e Zircônio. que exigem para sua extinção agentes extintores especiais, que se fundem em contato com o metal combustível formando uma capa que o isola do ar atmosférico interrompendo a combustão.
MÉTODO DE EXTINÇÃO: Abafamento ou Extinção Química.
Obs: a classificação acima e também adotada pela TSIB - Taxa de Seguro Incêndios do Brasil - circular N° 19188.
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MANIPULAÇÃO DOS INSTRUMENTOS PARA CONTROLE E COMBATE A FOCOS DE INCÊNDIOS
AGENTES EXTINTORES
Agente Extintor é todo material que aplicado ao fogo, interfere em sua reação química, provocando uma descontinuidade de um ou mais lados do tetraedro do fogo, alterando as condições para que haja fogo.
Os agentes extintores podem ser encontrados nos estados líquidos, gasosos ou sólidos. Existe uma variedade muito grande de Agentes Extintores. No nosso estudo, citaremos apenas os mais comuns.
São os que possivelmente teremos que utilizar em caso de incêndios:
- Água;
- Espuma mecânica;
- Gás Carbônico (CO2);
- Pó Químico Seco (PQS);
- Outros agentes (areia, cobertor, tampa de vasilhame, etc).
APARELHOS EXTINTORES
Os aparelhos extintores são vasilhames fabricados com dispositivo que possibilitam a aplicação do Agente Extintor sobre os focos de incêndio. Normalmente os Aparelhos Extintores
recebem o nome do Agente Extintor que neles contém. Os Aparelhos Extintores destinam-se ao combate imediato de pequenos volumes. São de grande utilidade, pois podem combater a maioria dos incêndios, cujo princípio são
pequenos focos, desde que, manejados adequadamente e no momento certo.
O êxito no emprego dos extintores depende dos seguintes fatores:
- De uma distribuição adequada dos aparelhos pela área a proteger; - de manutenção adequada e eficiente; - de pessoa habilitada a manejar aparelhos na extinção de incêndios.
Quanto ao tamanho, os extintores podem ser:
- portáteis; - sobre-rodas (carretas);
Os extintores são equipamentos que, contendo uma limitada quantidade de um determinado Agente Extintor, não devem ser considerados como infalíveis e, como tal capaz de realizar milagres. Desde que fabricados e mantidos de acordo com as normas técnicas brasileiras, distribuídos racionalmente e operados tecnicamente, funcionam satisfatoria-mente.
CLASSIFICAÇÃO DOS EXTINTORES
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ÁGUA PRESSURIZADA
1) CAPACIDADE: 10 a 75 litros;
2) APLICAÇÃO: incêndios de classe "A";
3) PRINCÍPIO DE OPERAÇÃO: pressão interna - CO2, N2 no próprio cilindro metálico, arrasta a água quando o gatilho é acionado;
4) MODO DE USAR:
- levar o extintor ao local do fogo;
- colocar-se à distância segura;
- retirar o pino de segurança;
- empunhar a mangueira e dirigir o jato à base do fogo (observar sempre a direção do vento);
5) ALCANCE DO JATO: 12 a 14 metros;
6) ÁREA APROXIMADA DE EXTINÇÃO: 1,5 a 2,0 metros quadrados;
7) TEMPO DE USO: Conforme carga.
PÓ QUÍMICO SECO
1) CAPACIDADE: 1,2, 4, 6,8, 12, 20 kg;
2) APLICAÇÃO: classes "B", “C";
3) PRINCÍPIOS DE OPERAÇÃO: pó expelido pelo gás propelente.
GÁS CARBÔNICO
1) CAPACIDADE: 2, 4, 6, kg;
2) APLICAÇÕES: classes "B” e “C”;
3) CARGA: C02 liquefeito sob pressão;
4) PRINCÍPIO DE OPERAÇÃO: C02 expelido pela própria pressão interna
que exerce (870 lbs/pol2);
PÓ ABC
Na Cidade Administrativa temos aproximadamente 1850 extintores, com carga de fosfato monoamônico.
MANGUEIRA
O QUE É MANGUEIRA DE INCÊNDIO?
Mangueira de incêndio é o nome dado ao condutor flexível utilizado para conduzir a água sob pressão da fonte de suprimento ao lugar onde deva ser lançada.
1) QUANTO AO DIÂMETRO:
As mangueiras de incêndio mais usadas são as de diâmetro 38 milímetros (1 ½¨), 63 milímetros (2 ½¨) e 75 milímetros (3¨). O diâmetro refere-se à medida interna das mangueiras.
2) COMPRIMENTO:
Devem ser adequadas à área a ser protegida.
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3) ACONDICIONAMENTO:
As mangueiras de incêndio devem ser acondicionadas, visando os serviços de brigadista, de duas maneiras:
TRANSPORTE E MANUSEIO
PROCESSO ADUCHADA:
A aduchada deve ser transportada sobre o ombro (do lado direito para profissionais destros e do lado esquerdo para profissionais sinistros) ou sob o braço junto ao corpo.
1) SOBRE O OMBRO:
OBS: Empatação bem junto ao corpo.
2) JUNTO AO CORPO:
OBS: A empatação deverá ficar junto à mão e voltada para trás.
LANÇAMENTO DE MANGUEIRAS
1) Para lançar mangueira aduchada:
a) segure com a mão direita a união que está por dentro, protegida pela última dobra, junto à união, contra o solo;
b) impulsiona-se vigorosamente para frente, de modo a imprimir movimento rotativo mantendo firme cada extremidade (com a mão e o pé), que a mangueira se desenrolará por completo:
c) acopla-se a união que estava mantida pelo pé, e de posse da outra extremidade, caminha.se na direção em que deva ser estendida a mangueira:
ACOPLAMENTO DE MANGUEIRAS
1) Método de acoplamento de mangueira de incêndio por um homem sobre o joelho:
2) Método de acoplamento de mangueiras por um homem usando os pés: 3) Método de acoplamento de mangueira por dois homens: 4) Método para descarga de mangueiras.
CUIDADOS COM AS MANGUEIRAS
1) CONSERVAÇÃO ANTES DO USO:
- As mangueiras novas devem ser retiradas das embalagens fornecidas pelo fabricante e armazenadas em local arejado livre de mofo e umidade, protegido da incidência de raios solares.
2) CONSERVAÇÃO DURANTE O USO:
Lançar ou estender mangueiras de incêndio consiste em colocá-la em condições de trabalho na ocorrência. Mangueira aduchada deve ser lançada. Mangueira em espiral deve ser estendida.
- As mangueiras não devem ser arrastadas sobre pisos asperos, bordas cortantes de muros, caixilhos, etc, nem deve ficar em contato com o fogo, óleos, gasolina, ácidos ou outras substâncias que possam danificá-las. As superfícies
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aquecidas danificam as lonas das mangueiras de fibra sintética.
3) CONSERVAÇÃO DEPOIS DO USO:
- Ao serem recolhidas após o uso, devem sofrer severa inspeção visual, quanto ao estado da lona e das uniões. As mangueiras deverão ser lavadas cuidadosamente observando as instruções fornecidas pelo fabricante.
HIDRANTE
Elementos que compõe o hidrante:
- Reservatório, canalizações; - Registro, Junta de União (engate rápido ou rosca); - Caixa de mangueira; - Esguichos; - Chave de mangueira.
HIDRANTE DE RECALQUE
Os hidrantes são dispositivos existentes em redes hidráulicas, que possibilitam a o fornecimento de água para emprego nos serviços de brigadistas.
HIDRANTE DE PAREDE
São aqueles utilizados nas edificações acima de quatro pavimentos (particulares ou públicas), em instalações de proteção contra incêndios, embutido em paredes (ou encostados a elas), a cerca de um metro do piso, podendo ser disposto em abrigo especial, onde também se acham os lances de mangueiras, esguichos e chaves de mangueiras.
Localizado no logradouro público, com a finalidade de abastecimento do sistema de hidrantes da edificação.
HIDRANTE DE COLUNA
Destinado ao abastecimento de viaturas do Corpo de Bombeiros e pelo serviço de abastecimento de água dos municípios.
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ESGUICHOS
ESGUICHO AGULHETA ESGUICHO REGULÁVEL
É um esguicho com o corpo cilindro cônico, em cuja extremidade de diâmetro maior é incorporado uma junta de união (engate rápido) e na extremidade oposta, de menor diâmetro, podem ser adaptadas e substituídas várias "bocas móveis" ou "requintes" de diversos diâmetros.
Esse tipo de esguicho é utilizado quando se deseja jato em forma de chuveiro, jato em forma de neblina e jato compacto. A mudança de ângulo é obtida, girando-se a parte anterior do esguicho, que se movimenta para frente e para trás, na medida em que é girado.
SISTEMA DE SEGURANÇA
ALARME
Manual: É um equipamento que informa um princípio de incêndio quando acionado por uma pessoa.
Automático: Este equipamento opera quando é influenciado por determinados fenômenos físicos, químicos que acompanham o incêndio.
Ex: fumaça, calor.
DETECTORES
Térmico: Atua numa escala de temperatura pré-determinada.
De Fumaça: Sensível às variações da composição da atmosfera pela percepção dos gases formados na combustão.
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SPRINKLER
É um sistema de proteção através de chuveiros automáticos instalados ao longo de tubulações dotados de dispositivos especiais que funcionam por elevação de temperatura. Possui um bulbo de vidro no qual se encontra determinado volume de fluído especial, controlado com precisão. O aumento da
temperatura sobre esse bulbo irá fazer com que o liquido se expanda e rompa a ampola, dando assim, passagem à água que atua somente sobre as áreas afetadas. Esse sistema é controlado por meio de uma válvula que, ao ser acionada, Dará um alarme mecânico local, remoto ou por indicação em painéis de comando.
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PRIMEIROS SOCORROS
• É o tratamento imediato e provisório dado a um paciente de acidente ou enfermidade imprevista, normalmente se presta no local do acidente, até que se possa colocar o paciente aos cuidados de um médico.
OBJETIVO:
• Estabilizar o paciente e evitar o agravamento das lesões.
bebês de 0 a 01 ano;
Crianças de 01 a 08 anos;
Adultos acima de 08 anos
SUPORTE BÁSICO DE VIDA
PARADA CARDÍACA
Parada cardíaca: cessação dos
batimentos normais do coração,
podendo ser causado por choque
elétrico, traumas violentos, mal súbitos,
infartos, outras;
Diretrizes estabelecidas pela
American Heart Association/2010
Foi criado o algoritmo universal simplificado de SBV para adultos;
Reconhecimento e acionamento imediatos do serviço de emergência/urgência, com base nos sinais de que a vitima não responde;
Inicio da RCP se a vitima não responder, não apresentar
respiração ou apresentar
respiração anormal (isto é,
apenas com gasping);
RCP de alta qualidade (com freqüência e profundidade de
compressão torácicas
adequadas, permitindo retorno
total do tórax após cada
compressão, minimizando
interrupções nas compressões);
A freqüência de compressão deve ser, no mínimo, de 100/minuto;
A profundidade de compressão, em adultos, no mínimo, 2 polegadas (5 cm);
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Aproximadamente 5 cm na criança e 4 cm no bebê – no mínimo 1/3 do diâmetro do tórax.
RESSUSCITAÇÃO . CARDIOPULMONAR
Mantém fluxo sanguíneo para
cérebro e coração;
Prolonga tempo de Fibrilação Ventricular (evita a assistolia);
Aumenta a chance de sucesso da desfibrilação
Cada minuto sem RCP aumenta em 7 a 10% a mortalidade.
PROTOCOLO DA PARADA CARDÍACA
1º Verifique inconsciência;
2º Se estiver inconsciente,peça por ajuda e solicite o DEA;
3º Verifique se está respirando.
Se não respira, Colocar as mãos
entrelaçadas na linha dos mamilos no
centro do tórax (sobre o osso esterno).
Conduta do Socorrista para realizar a compressão Vítima Adulta
Compressões ininterruptas;
Utilize as duas mãos – sobrepostas;
Frequência de no mínimo 100 por minuto;
Rápido e forte (mínimo 05 cm);
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Permita o retorno do tórax a cada compressão.
Conduta do Socorrista para realizar a compressão Vítima Criança
Compressões ininterruptas;
Utilize apenas uma mão;
Freqüência de no mínimo 100 por minuto;
Rápido e forte (aproximadamente 05 cm);
Permita o retorno do tórax a cada compressão.
Conduta do Socorrista para realizar a compressão Vítima Bebê
Compressões ininterruptas;
Utilize apenas dois dedos – linha do mamilo;
Frequência de no mínimo 100 por minuto;
Rápido e forte (aproximadamente 05 cm);
Permita o retorno do tórax a cada compressão.
POR QUE RCP DE QUALIDADE?
Comprimir Forte (pelo menos 5 cm no adulto)
Comprimir Rápido (pelo menos 100 CT/min)
Permitir o retorno completo do tórax
Minimizar as interrupções (< 10 seg)
Realizar o rodízio dos socorristas (a cada 2 min)
Não remover a vitima do local, continue a RCP até a chegada do Corpo de Bombeiros;
O ritmo das compressões será de no mínimo 100 por minuto;
A RCP não poderá ser paralisada por mais de 10 segundos;
A compressão somente poderá ser interrompida se a vítima demonstrar sinais de consciência, ou se chegar o socorro solicitado.
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COMBATE A INCÊNDIOS E PRIMEIROS SOCORROS - CBMMG
DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO
Os desfibriladores são aparelhos projetados para proporcionar um choque
elétrico que interrompe a atividade elétrica anormal (“anarquia”) de um coração
doente; este choque despolariza temporariamente um coração que pulsa de modo
irregular, permitindo que uma atividade de contração mais adequada se inicie.
Quando o DEA estiver disponível, Coloque as pás no tórax desnudo da coloque-o ao lado do paciente. vítima.
Ligue o Desfibrilador
Afaste-se do paciente, enquanto o desfibrilador analisa o ritmo cardíaco; Siga as
instruções do aparelho, se for recomendado o choque, assegure-se que ninguém
esteja encostado na vítima e aperte botão de choque.
Inicie a RCP imediatamente pelas compressões.
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DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS
ADULTO E CRIANÇA CONSCIENTES
Sinais de obstrução das vias aéreas: Troca de ar inadequada;
Ruídos altos e agudos;
Dificuldade respiratória;
Cianose;
Impossibilidade de falar, respirar, tossir eficazmente ou movimentar o ar.
Se a vítima apresentar sinais de engasgo, se posicione atrás do paciente e inicie as compressões abdominais continuas em “J” até desalojar o corpo estranho ou o paciente se tornar inconsciente.
Lembre-se em grávidas e obesos as compressões são efetuadas no osso esterno.
DESOBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS BEBÊ CONSCIENTE
05 pancadas entre as escápulas –
cabeça mais baixa do que o corpo;
05 compressões na linha do mamilo;
Execute até o bebê ficar
desobstruídoouatéficar
inconsciente Se ficar inconsciente, execute RCP.
ESTADO DE CHOQUE
• É o colapso do sistema cardiovascular.
Caracteriza-se por uma deficiência de circulação e oxigenação inadequada dos tecidos do corpo.
CAUSAS:
Hemorragias graves;
Envenenamento por produtos químicos;
Choque elétrico;
Ataque cardíaco;
Infecção grave;
Queimaduras graves.
RECONHECIMENTO: (SINAIS E SINTOMAS)
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COMBATE A INCÊNDIOS E PRIMEIROS SOCORROS - CBMMG
- Pele pálida, úmida e fria; - Pulso fraco e rápido;
- queda de pressão;
- Pupilas dilatadas e opacas;
- Perfusão capilar lenta ou nula;
- Respiração curta e rápida;
- Lábios arroxeados; (descorados);
- Náuseas e vômitos;
- Tremores de frio;
- Tontura e desmaio;
- Sede, temor e agitação (choque hipovolêmico);
- Rosto e peito vermelhos, coçando, queimando e inchados (choque anafilático).
TRATAMENTO
Posicione a vítima deitada na posição de recuperação.
Afrouxe suas vestes (melhora a circulação).
Mantenha a vítima aquecida (temperatura corpórea);
Fique atento para possível PCR
.
HEMORRAGIAS
• É definida como a perda repentina de sangue circulante.
Arterial Venosa Capilar
RECONHECIMENTO: (SINAIS E SINTOMAS)
- Saída de sangue pela ferida ou orifícios naturais do corpo; - Presença de hematoma, (pele arroxeada); - Queixa principal da vítima; - Natureza do acidente;
TRATAMENTO
Nunca tocar na ferida;
Não aplicar medicamento ou
qualquer produto no ferimento;
Não retirar objetos empalados,
fixados ou transfixados no corpo
da vítima.
Utilizar compressas, gases ou
pano limpo, desde que não
tenha característica de
absorção, para conter a
hemorragia provocando a
hemostasia;
Caso o pano encharque de
sangue, colocar outro por
sobre o primeiro;
Se a hemorragia persistir, o
torniquete deverá ser utilizado
em último caso, somente se os
passosanterioresnão
atingirem resultados
satisfatórios.
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TRATAMENTO PARA
HEMORRAGIAS INTERNAS
O controle pré-hospitalar de
hemorragias internas é impossível. O
tratamento é cirúrgico, por isso as
vítimas devem ser transportadas
imediatamente para um hospital;
Nestes casos, deveremos
prevenir o estado de choque;
Manter a vítima aquecida;
Manter as vias aéreas
permeáveis;
Afrouxar as vestes;
Procurar recurso hospitalar.
FERIMENTOS NO CRÂNIO
Os ferimentos no crânio geralmente estão associados a lesões no encéfalo e sempre deveremos considerar a possibilidade de TCE
Tratamento
Será semelhante aos ferimentos em partes moles do corpo;
Fazercurativo compressivo, utilizando bandagens, gases ou panos limpos, para estancar a hemorragia;
FERIMENTO NO TÓRAX
Fazer curativo oclusivo, preso
em três pontos com papel
alumínio ou plástico estéril,
criar um efeito de válvula, que
permite a saída do ar que está
no espaço pleural e obstruir a
entrada de ar para este
espaço;
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Transportar a vítima para o
hospital, deitada sobre o lado
da lesão.
FRATURAS
• É a ruptura total ou parcial da estrutura óssea. Pode ser classificada em aberta, fechada, completa ou incompleta.
RECONHECIMENTO
- Dor local; - Hematoma; (pele arroxeada);
- deformidade ou inchaço;
- Incapacidade ou limitação de movimentos;
- Crepitação óssea (atrito entre as partes fraturadas);
TRATAMENTO
FRATURA FECHADA:
* Manter o membro na posição anatômica; * Imobilizar com talas rígidas ou moldáveis (deve atingir uma articulação acima e outra abaixo da lesão), não amarre no local da fratura; * o enfaixamento deverá ser executado sempre da extremidade para a raiz do membro e nunca ao contrário..
FRATURA EXPOSTA:
* Não tente colocar o osso no lugar; * Curativo com gases, ou pano limpo no local do rompimento; * Colocar a tala para imobilização (uma articulação acima e abaixo);
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BIBLIOGRAFIA
ABNT - NBR 14.276 – Fire Brigada Progam.
IT 12 - Legislação de Segurança Contra Incêndio e Pânico Nas Edificações e Áreas de Risco do Estado de Minas Gerais – CBMMG.
Manual de Emprego Operacional - CBMMG 2005
PHTLS – Prehospital Trauma Life Support (7ª edição)
Diretrizes American Heart Association – 2010.
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