comando da academia e ensino bombeiro militar...
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COMANDO DA ACADEMIA E ENSINO BOMBEIRO MILITAR
JANAINE PENTEADO SANTANA
COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL: Proposta de Inclusão da Disciplina nos Cursos de Formação do Corpo
de Bombeiros Militar do Estado de Goiás
GOIÂNIA
2016
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JANAINE PENTEADO SANTANA
COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL: Proposta de Inclusão da Disciplina nos Cursos de Formação do Corpo
de Bombeiros Militar do Estado de Goiás
Artigo Científico, apresentado ao CAEBM como parte das exigências para conclusão de Curso de Formação de Oficiais e obtenção do título de Aspirante a Oficial, sob a orientação do Sr. 2º Ten Weslei Ferreira Teixeira.
GOIÂNIA
2016
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JANAINE PENTEADO SANTANA
COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL: Proposta de Inclusão da Disciplina nos Cursos de Formação do Corpo
de Bombeiros Militar do Estado de Goiás
Goiânia, 29 de fevereiro de 2016.
BANCA EXAMINADORA
________________________________________ TC QOC – Roberto Machado Borges
________________________________________ MAJ QOC – Antônio Carlos Moura
________________________________________ 1º Ten QOC – José Carlos Fávaro Junior
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COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL: Proposta de Inclusão da Disciplina nos Cursos de Formação do Corpo
de Bombeiros Militar do Estado de Goiás
Janaine Penteado Santana1
RESUMO Este artigo propõe a inclusão da disciplina de Combate a Incêndio Florestal nas grades curriculares dos Cursos de Formação ofertados pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, sob a justificativa baseada nos dados estatísticos de ocorrências de incêndios desta natureza, nos domínios de vegetação e a idealização e execução de operações de combate a incêndio florestal na região do Estado de Goiás. Tal proposta visa a capacitação imediata do efetivo no atendimento de ocorrências desta natureza, uma vez que o Curso de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (CPCIF) funciona como elemento de nivelação posterior à primária. A tropa capacitada poderá atuar imediatamente no combate deste tipo de incêndio impedindo o surgimento de grandes focos, já que o retrocitado Curso não está disponível durante todo período de execução da Operação “Cerrado Vivo” e funciona como elemento de resposta posterior durante a execução do curso. A disciplina de incêndio florestal será estruturada de acordo com o posto e graduação, de forma que, no Curso de Formação de Praças o foco será a execução das atividades e já no Curso de Formação de Oficiais será abrangida a execução e o gerenciamento de ocorrências desta natureza.
Palavras-chaves: incêndio florestal; grades curriculares; cursos de formação.
ABSTRATC
This article proposes the inclusion of the discipline Fighting Forest Fire in the curricula of Training courses offered by the Fire Brigade of the State of Goiás, under the justification based on the statistics of fire occurrences of this nature in the fields of vegetation and ideation and execution of combat forest fire operations in Goiás State region. This proposal aims to immediate the actual training in the care of occurrences of this nature, since the CPCIF (Course for Prevention and Combat of Forest Fires) functions as element rear leveling primary. The trained troops may act immediately to combat this type of fire preventing the emergence of large outbreaks, as the last mentioned course is unavailable during the entire duration of the operation "Alive Cerrado" and works as subsequent response element while running the course. Forest Fire course will be structured according to the rank and rank, so that, in Squares Training Course focus will be the implementation of activities and already in Officer Training Course will be covered execution and events management of this nature.
Keywords: Forest fire; Curricula; Training courses; Formation Courses.
1 Cadete do 3º Ano do Curso de Formação de Oficiais do Comando da Academia e Ensino Bombeiro Militar do Estado de Goiás.
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INTRODUÇÃO
A Constituição Federal de 1988 determina aos Corpos de Bombeiros
Militares, por meio do § 5º do artigo 144, “[...] além das atribuições definidas em lei,
[...] a execução de atividades de defesa civil”. No mesmo circunspecto, a
Constituição Estadual do Estado de Goiás, através do inciso II do artigo 125 atribui
ao Corpo de Bombeiros Militar a execução de ações de “prevenção e o combate a
incêndios e a situações de pânico”.2
Constata-se, portanto, que a legitimidade para dirimir situações de incêndio, e
a prevenção, decorrem de institutos constitucionais, a exemplo da supracitadas
Cartas Constitucionais, bem como de elementos legais e normativos
infraconstitucionais que possuem a mesma finalidade, a exemplo da Lei n. 11416/91
e do Decreto Estadual n. 5481/01.
Incêndio é um processo oriundo de uma combinação instantânea entre o
oxigênio e uma substância qualquer suscetível a se queimar, desde que seja, para
tanto, impelida por uma fonte de calor a produzir chamas. Neste sentindo, entende-
se por incêndio, de acordo com os postulados do Manual Básico de Combate a
Incêndio do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal – Módulo I ,2006, como
“todo fogo que foge ao controle do homem queimando tudo aquilo que a ele não é
destinado queimar, capaz de produzir danos ao patrimônio e à vida por ação das
chamas, do calor e da fumaça”.
Historicamente a origem das organizações de bombeiros existe desde à
Antiguidade (dos hebreus aos gregos), porém, a primeira organização oficial de
bombeiros surgiu no século 6 a.C, denominada de “cohortes vigillium”, durante o
Império Romano. É evidente que uma das principais funções dos bombeiros sempre
foi o combate a incêndio, como é possível notar nesta citação de Ortiz “séc. III a.C:
Império Romano - primeiros grupos de escravos bombeiros comunitários, bem como
2 GOIÁS. Constituição do Estado de Goiás. Goiás: Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, 1988. Disponível em: <http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/constituicoes/constituicao_1988.htm> Acesso em 30 out 2015.
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a criação de primeiras guarnições de escravos particulares para combate a
incêndios”3
Tais considerações legais e normativas acima citadas ratificam que é da
competência dos Corpos de Bombeiros Militares, o empreendimento de ações de
prevenção e combate a quaisquer manifestações de incêndios, dentre as quais se
destaca a modalidade florestal, objeto do estudo em tela.
Faz-se necessário destacar que a nomenclatura Incêndio Florestal não
designa apenas as ocorrências de incêndios evidenciadas em ambientes florestais,
mas sim em qualquer tipologia de vegetação. Esta designação foi adotada com o fim
de padronizar o atendimento de ocorrências desta categoria, circunstância fática
legitimada pela Norma Operacional n. 03 de 30 de novembro de 2010 pelo Corpo de
Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO).
As ações de combate a incêndio florestal se revestem de considerável
significância social, uma vez que causam prejuízos em grandes proporções
socioeconômicas e ambientais. Para tanto, torna-se imprescindível a implantação de
uma disciplina que aborde esta temática dentro das matrizes curriculares dos Cursos
de Formação do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, de forma a
capacitar basicamente os profissionais no atendimento de ocorrências deste viés.
Diante deste cenário, o objetivo crucial do trabalho em questão é propor a
implantação da disciplina de Combate de Incêndio Florestal nas matrizes
curriculares para os cursos de formação ofertados pelo Corpo de Bombeiros Militar
do Estado de Goiás.
A linha da pesquisa em questão se delineou através da adoção do método
hipotético-dedutivo, caracterizado como: formulação das hipóteses a partir de um
fato-problema, elenca-se as possíveis soluções para a problemática, através da
análise dos seus aspectos constitutivos e teste das consequências preditivas,
através da experimentação. Realizou-se também a coleta de dados e informações
por meio de pesquisas bibliográficas em artigos científicos, monografias, manuais e
livros, que possuem material relevante em relação ao tema.
3 ORTIZ, Asdrúbal da Silva. A Pré-História do Corpo de Bombeiros. Disponível em: <http://www.defesacivil.rj.gov.br/documentos/sedec/A%20PreHistoria%20dos%20Corpos%20de%20Bombeiros.pdf> Acesso em 25 nov. 2015.
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2. DOS ASPECTOS CARACTERÍSTICOS DO INCÊNDIO FLORESTAL
2.1. Do Processo de Combustão
A combustão é um processo físico resultante da rápida combinação entre o
oxigênio e uma substância combustível qualquer, induzida por uma fonte de calor,
produzindo calor e chamas (SOARES; BATISTA, 2008).
Estes autores afirmam ainda que a combustão somente ocorre na presença
de alguns fatores, conforme veremos:
Analisando-se a reação da combustão completa da madeira, que poderia ser generalizada para todo o material florestal combustível, percebe-se que ela envolve três elementos básicos: combustível, oxigênio e calor. Em qualquer incêndio florestal é necessário haver combustível para queimar, oxigênio para manter as chamas e calor para iniciar e continuar o processo de queima. Essa inter-relação entre os três elementos básicos da combustão é conhecida como triângulo do fogo. A ausência, ou redução abaixo de certos níveis, de qualquer um dos componentes do triângulo do fogo, inviabiliza o processo da combustão. (SOARES; BATISTA,2008)
A exemplo prático da definição acima é possível ilustrar a seguinte situação:
se uma fonte de calor se aproximar de um material, este iniciará uma reação química
devido à elevação da temperatura; a interação entre estes três elementos, que são o
calor (agente ígneo), a matéria (combustível) e o oxigênio (comburente) recebe o
nome de combustão.
2.2. Do Conceito de Incêndio Florestal
O Manual de Combate a Incêndios Florestais do Corpo de Bombeiros Militar
do Estado de São Paulo, 2006, define incêndio florestal como “toda destruição total
ou parcial da vegetação, em áreas florestais, ocasionada pelo fogo, sem o controle
do homem ou qualquer que seja sua origem”.
Por outro prisma temos a seguinte concepção de incêndio florestal, com
sendo um fogo sem qualquer controle que acontece sobre qualquer desenho de
vegetação, podendo ser instigado pelo homem ou por causas naturais. Esses
incêndios se comportam de acordo com o ambiente em que se desenvolvem. O
indicador de fatores exteriores que influem no comportamento do fogo é tão grande
que é impraticável predizer com precisão o que acontecerá quando se inicia um
fogo. (PARIZOTTO, 2006 apud AMARANTE, 2007)
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A definição de combustão está intrinsecamente correlata à definição de
incêndio florestal, uma vez que este é concebido como a manifestação
descontrolada da combustão de combustíveis naturais de um dado ambiente de
vegetação, circunstância que está diretamente relacionada a sua intensidade.
2.3. Do Aspecto Singular do Incêndio Florestal
O Manual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (SOARES et al.,
2008) considera que o incêndio florestal:
[...] é um fogo que queima livremente, respondendo às variações do ambiente. Devido às chances de combinações dos combustíveis naturais, clima, topografia, esse fogo pode permanecer somente como pequeno ponto de combustão lenta ou pode rapidamente se desenvolver num fogo de grandes proporções. Nos dois casos está respondendo livremente ao ambiente local.
O incêndio em áreas florestais se difere das demais tipologias de incêndio,
por não possuir delimitação espacial e, portanto, possuir a capacidade de se
propagar livremente. É diretamente influenciado por aspectos geográficos como a
topografia, condições atmosféricas e tipos de vegetação que formam o triângulo do
fogo no incêndio florestal, circunstâncias que não são evidenciadas nas outras
categorias de incêndio.
É preciso ressaltar que a proposta deste artigo destina-se ao combate a
incêndios florestais específicos da região do Estado de Goiás, e que este apresenta
características peculiares quanto ao bioma predominante, no caso o Cerrado.
2.4. Dos Incêndios Florestais no Bioma Cerrado
Sabe-se historicamente que há anos o cerrado apresenta adaptações quanto
aos incêndios. Este bioma é caracterizado por possuir árvores e galhos tortuosos de
pequeno porte com raízes profundas e casca grossa, que estão sobre um estrato
arbóreo. Devido as características da vegetação, o fogo no cerrado será de
superfície, proporcionando assim uma queima rápida. Insta salientar que esta
informação é inerente deste ambiente. [...] “no Cerrado o fogo é de superfície, com
chamas atingindo, em média, entre 1,2 e 2,9 m”. (CASTRO; KAUFFMAN, 1998 apud
MIRANDA et al., 2010).
Segundo as considerações de Warming ,2002:
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Característica sempre ressaltada para as árvores do Cerrado é a acentuada tortuosidade de troncos e ramos. Em muitos casos, esse fato pode ser considerado como um efeito do fogo no crescimento dos caules, impedindo-os de se tornarem retilíneos, monopodiais. Pelas mortes de sucessivas gemas terminais e brotamento de gemas laterais, o caule acaba tomando uma aparência tortuosa, simpodial.
Nesta mesma seara, (COUTINHO, 1990 apud AMARANTE, 2000) afirma:
As qualidades meteorológicas da estação chuvosa no cerrado permitem o crescimento e acúmulo de combustível, enquanto que as do período de estiagem secam a maior parte desse material, formado principalmente por gramíneas.
As informações acima elencadas, estão amparadas na Norma Operacional n.
03 do CBMGO, 2010, definindo o cerrado goiano, como possuidor de um solo que
se destaca pela deficiência de nutrientes, sendo constituído por plantas de aparência
seca, na maioria arbustos esparsos sob uma manta gramínea, o que favorece ainda
mais a incidência de incêndios florestais.
2.5. Da Classificação dos Incêndios Florestais
A classificação dos incêndios florestais pode ser feita sobre diferentes
aspectos como: quanto ao tipo, morfologia, propagação e comportamento, de acordo
com a Norma Operacional n. 03 do CBMGO (Corpo de Bombeiros Militar de Goiás).
A classificação que nos remetemos neste momento é quanto ao tipo, pois nos
norteia para a relação entre o tipo de vegetação e a combustão. O Manual de
Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, 2008, afirma que os incêndios
florestais são seccionados nas seguintes classes: incêndios de solo que ocorrem
abaixo do piso florestal junto ao solo devido ao acumulo do estrato herbáceo;
incêndios superficiais no qual os combustíveis depositados no piso da floresta são
queimados como os capins, arbustos, troncos caídos e os incêndios das copas que
atingem e se propagam nas copas das árvores e arbustos.
2.6. Da Morfologia e Partes Constitutivas de um Incêndio Florestal
A morfologia que um incêndio demonstra está atrelada ao material
combustível que desencadeou a combustão, às condições climatológicas do espaço
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em que ocorre e à topografia ambiental da vegetação. Nesta esteira teórica,
(SOARES et al., 2007) fazem as seguintes considerações sobre esta conjuntura:
A propagação inicial do fogo, em forma circular, continuaria sempre assim se não fosse a influência de vários fatores que controlam e definem a forma e intensidade de propagação dos incêndios. Em terrenos planos, o vento é o primeiro fator a manifestar sua influência, transformando a forma inicial de propagação de circular para ligeiramente elíptica, com um dos setores se propagando mais rapidamente do que os outros. Daí em diante o incêndio toma uma forma definida, compreendendo as seguintes partes: cabeça ou frente, flancos e cauda ou base. A cabeça ou frente é a parte que avança mais rapidamente e segue a direção do vento, lentamente, e às vezes se extingue por si só; os flancos se propagam perpendicularmente à cabeça do incêndio, ligando esta à cauda. A velocidade de propagação é sempre decrescente da cabeça para os flancos e para a cauda.
Percebe-se que o comportamento do fogo está intimamente correlacionado
aos fatores geográficos do ambiente que o aloja e estes, por conseguinte,
influenciam na secção das partes constituintes do fogo, as quais são a cabeça
(componente frontal da combustão), flancos (partes laterais) e base (parte oposta à
cabeça).
3. DA LEGITIMAÇÃO DA ATUAÇÃO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITARES
EM SITUAÇÕES DE INCÊNDIOS FLORESTAIS
Atualmente no Brasil, a legislação específica para o combate a incêndio se dá
por autonomia dos Estados, pois de acordo com a Constituição Federal os Corpos
de Bombeiros executarão atividades de Defesa Civil, além de outras atribuições
definidas em Lei, através do seu § 5º do art. 144. Neste sentido, a Constituição
Estadual de Goiás, obedecendo ao mandamento constitucional federal, esclarece
com a seguinte redação em seu artigo 125:
Art. 125 - O Corpo de Bombeiros Militar é instituição permanente, organizada com base na hierarquia e na disciplina, cabendo-lhe, entre outras, as seguintes atribuições: I - a execução de atividades de defesa civil; II - a prevenção e o combate a incêndios e a situações de pânico, assim como ações de busca e salvamento de pessoas e bens; III - o desenvolvimento de atividades educativas relacionadas com a Defesa Civil e a prevenção de incêndio e pânico; IV - a análise de projetos e inspeção de instalações preventivas de proteção contra incêndio e pânico nas edificações, para fins de funcionamento, observadas as normas técnicas pertinentes e
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ressalvada a competência municipal definida no Art. 64, incisos V e VI, e no art. 69, inciso VIII, desta Constituição.4 (Grifo nosso)
Além disso a Lei Complementar n. 11416 de 05 de fevereiro de 1991.que
instituiu o Estatuto dos Bombeiros Militares do Estado de Goiás menciona no seu
artigo 2º:
Art. 2° O Corpo de Bombeiros Militar do Estado é uma instituição permanente e regular, organizada com base na hierarquia e na disciplina, força auxiliar e reserva do Exército, destinando-se à execução de serviços de perícia, prevenção e combate a incêndios; de busca e salvamento; de prestação de socorros nos casos de inundações e desabamentos, catástrofes e calamidades públicas, bem assim, à execução de outros serviços que se fizerem necessários à proteção da comunidade, inclusive atividades de defesa civil.5 (Grifo nosso)
As ações específicas de combate a incêndios florestais são encontradas no
Decreto Estadual n. 5481 de 25 de setembro de 2001, diploma responsável pela
constituição do Comitê Estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios, cujo artigo
7º menciona:
Art. 7º - Cabe à Secretaria da Segurança Pública e Justiça, através do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO): I – apoiar os demais órgãos na execução das ações de prevenção; II – coordenar e executar as operações de combate aos incêndios florestais; III – auxiliar na investigação das causas dos incêndios florestais, quando solicitada; IV – implementar ações de educação ambiental e formação de brigadas municipais de prevenção e combate a incêndios florestais; V - cadastrar as brigadas municipais.6 (Grifo nosso)
Através da análise dos diplomas suprapostos, verifica-se que recaem sobre o
CBMGO as responsabilidades de combater, prevenir, coordenar e executar todas as
atividades relativas ao combate aos incêndios, dentre os quais se destaca a
categoria florestal tornando-se indispensável o treinamento dos bombeiros militares
para a execução de tais ações, haja vista, não existir outro órgão que possui o
desiderato constitucional para a execução desta tarefa.
4 GOIÁS. Constituição do Estado de Goiás. Goiás: Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, 1988. Disponível em: <http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/constituicoes/constituicao_1988.htm> Acesso em 03 nov 2015. 5 _____. Lei Estadual n. 11.416, de 5 de fevereiro de 1991. Baixa o Estatuto dos Bombeiros Militares do Estado. Diário Oficial do Estado de Goiás, Goiânia, GO, 13 fev. 1991. 6 GOIÁS. Decreto Estadual n. 5481 de 25 de setembro de 2001. Institui o Comitê Estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. Diário Oficial do Estado de Goiás, Goiânia, GO, 25 dez. 2001.
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4. DA RELEVÂNCIA DA INSERÇÃO DA DISCPLINA DE INCÊNDIO FLORESTAL
NAS GRADES CURRICULARES DOS CURSOS DE FORMAÇÃO E ESTÁGIOS
DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS
É fato que alguns estados brasileiros já possuem em sua grade curricular a
disciplina de combate a incêndio florestal em sua formação de praça ou de oficial.
Dentre algumas corporações podemos citar o estado Rio de Janeiro, do Distrito
Federal, do Paraná e de Mato Grosso do Sul.
Vale ressaltar que a SENASP (Secretaria Nacional de Segurança Pública),
em sua matriz curricular nacional de 2014, elenca no conteúdo programático da
disciplina de Combate a Incêndio, o tópico “Emprego de técnicas de combate a
incêndios florestais”, demonstrando a necessidade do estudo do tema em questão.
A inserção desta disciplina na grade curricular de formação dos bombeiros de
Goiás torna-se indispensável, pois tanto os oficias que realizam funções de
comando - através do planejamento e da estratégia- quanto as praças, que realizam
funções de execução das técnicas, devem possuir conhecimento prévio de combate
a incêndio florestal, levando em consideração que ao final de sua formação todos
irão atuar em qualquer tipo de ocorrência, inclusive as de combate a incêndios
florestais.
A problemática do incêndio florestal é tão contundente para o Estado de
Goiás, que o CBMGO executa anualmente a Operação “Cerrado Vivo”. Pereira,
2013, complementa com as considerações que se seguem:
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás anualmente no mês de maio lança a Operação Cerrado Vivo. O objetivo da Operação, além de combater focos de incêndios florestais, é conscientizar a população sobre algumas práticas prejudiciais ao meio ambiente, como a limpeza de terrenos por meio da queima da vegetação. Todas as unidades do Corpo de Bombeiros participam ativamente da Operação. Sendo que uma força tarefa é mobilizada na capital para confeccionar abafadores que serão utilizados na operação e atuar nas regiões mais problemáticas. A Operação Cerrado Vivo abrange todo o Estado de Goiás, sendo fundamental que o oficial que estiver comandando a operação em qualquer local do Estado esteja preparado para determinar o que fazer e como fazer, por isso, o conhecimento de técnicas e táticas de combate a incêndio florestal se faz necessário para que a ocorrência logre êxito.
A circunstância supracitada justifica prioritariamente a relevância da inserção
da disciplina de combate a incêndio florestal. A conjunção entre a implementação
desta disciplina específica e o Curso de Prevenção e Combate a Incêndios
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Florestais (CPCIF), ofertado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás -
cuja meta é prover o aperfeiçoamento e especialização dos seus bombeiros na
atuação deste tipo de incêndio - promoveria ao efetivo uma aptidão imediata e
mediata para atuação no atendimento de sinistros desta natureza.
A inclusão da matéria de incêndio florestal pode prover suporte ao
atendimento de ocorrências no sentido de evitar que pequenos focos de incêndios
adquiram grandes proporções, visto que, o Curso de Prevenção e Combate a
Incêndios Florestais, durante a execução do curso, é um elemento de resposta que
atua subsidiariamente nos sinistros florestais, e não está disponível durante toda a
execução da Operação “Cerrado Vivo”.
Quantidade de incêndios no período anual compreendido entre 2014 - 2015
Ano Quantidade de focos de incêndios florestais
2014 6050
2015 6694
Fonte: Relatório da Operação “Cerrado Vivo”.
Outro fator preponderante, que denota a necessidade de implantação da
referida disciplina, são os dados alarmantes dos incêndios florestais mencionados
acima, principalmente em época de estiagem no Estado de Goiás. Segundo
informações fornecidas pelo relatório da Operação Cerrado Vivo, conforme quadro
ilustrado acima, no ano de 2014 foram registradas 6050 (seis mil e cinquenta)
ocorrências de incêndios em “vegetação”, já no ano de 2015 houve um aumento por
volta de 10% em relação ao ano anterior, totalizando 6694 (seis mil seiscentas e
noventa e quatro) ocorrências.
Para concluir a relevância desta matéria na grade curricular, é necessário
analisar que o combate ao incêndio florestal abarca um estudo específico sobre o
caráter geográfico da vegetação da região, das práticas econômicas que esta
hospeda e principalmente das demais intervenções antropológicas. É imperioso
destacar que esta modalidade de incêndio se reveste de considerável dinamicidade,
e consequentemente sua mitigação enseja uma capacitação do profissional que a
instrumentalizará.
Neste contexto, França, 2000, corrobora com as seguintes considerações:
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A prática de queimadas no Cerrado está associada principalmente à expansão das fronteiras agrícolas, à conversão de florestas e savanas em pastagens e à renovação de cultivos agrícolas, e, principalmente, de pastagens. Dessa forma, o conhecimento pré-histórico e histórico da ocupação do Cerrado associada a essas atividades pode ser relacionada ao uso do fogo nesse bioma e suprir a falta de informações específicas sobre ocorrência de queimada de origem antrópica.
Destarte, a inserção da disciplina de Combate a Incêndio Florestal
possibilitaria ao bombeiro militar egresso durante seu processo de formação as
seguintes condições:
a) Capacidade de avaliar as ações de combate nos ambientes sinistrados
por incêndios florestais;
b) Habilidade de executar os procedimentos e planejamentos de logísticas
dentro de uma ocorrência de incêndio florestal;
c) Possibilidade de identificar as características do relevo e vegetação do
Estado de Goiás para a aplicabilidade das técnicas e táticas adequadas
para o combate de incêndios neste tipo de espaço;
d) Aquisição de ações táticas e técnicas em incêndio florestal;
e) Habilitação para o manejo de instrumentos, equipamentos e ferramentas
necessárias no atendimento de ocorrências de incêndio florestal;
f) Medidas preventivas.
5 DISCIPLINA DE COMBATE A INCÊNDIO FLORESTAL NOS CURSOS DE
FORMAÇÃO E ESTÁGIOS DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO
DE GOIÁS: DESCRIÇÃO E METODOLOGIA
A proposta da implantação da Disciplina de Combate a Incêndio Florestal
obedece aos princípios descritos na NORCAFE - Normas Reguladoras dos Cursos
de Habilitação, Aperfeiçoamento, Formação e Especialização do CBMGO, mais
especificamente aos princípios da Iniciativa, diante da propositura da disciplina em
questão e dos princípios da flexibilidade e oportunidade, tendo em vista o grande
número de ocorrências registradas no Estado de Goiás, conforme descrito abaixo:
Art. 2º - A aplicação da presente norma reguladora possibilita a padronização dos procedimentos dos diversos setores responsáveis pelo ensino no processo de especialização, formação, aperfeiçoamento, habilitação e adaptação, possibilitando o
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dinamismo dos processos de ensino, com amplo proveito dos mecanismos de coordenação e controle. Parágrafo Único – Na busca da consecução dos objetivos especificados no caput deste artigo, ao ensino militar deverão ser aplicados os seguintes princípios de ensino: [...] IV – Flexibilidade: proporcionando a elasticidade necessária, para adaptar-se à rápida evolução sócio-cultural do Estado e do país; VI – Oportunidade: proporcionando curso que assegure a imediata utilização dos conhecimentos adquiridos e atenda, integralmente, a busca permanente da melhoria dos padrões operacionais necessários; VII – Iniciativa: fazendo, permanentemente, apelo à conscientização da necessidade de pesquisas do indivíduo ou grupo, ao esforço individual de análise e aprofundamento da cultura profissional e geral.7 (grifo do autor)
Desta feita, tais princípios não são meras conjecturas, são efetivos e
necessários para o aprimoramento e aperfeiçoamento das praças e dos oficiais.
Assim, se colocados em prática podem ajudar no ideal funcionamento do Corpo de
Bombeiro Militar do Estado de Goiás.
O Corpo de Bombeiros Militar tem como base a hierarquia e a disciplina, de
forma a distribuir as funções e as responsabilidades de acordo com a graduação ou
posto, como afirma o Estatuto dos Bombeiros Militares do Estado de Goiás em seu
artigo 22:
Art. 22 - Cargo de bombeiro militar é o conjunto de deveres e responsabilidades cometidos ao bombeiro militar em serviço ativo. § 1° - O cargo a que se refere este artigo é o que se encontra especificado ou previsto nos quadros de Organização caracterizado ou definido como tal em outras disposições legais. § 2° - As atribuições e obrigações inerentes ao cargo de bombeiro militar devem ser compatíveis com o correspondente grau hierárquico.
Diante de tal cenário, a propositura da disciplina de incêndio florestal obedece
a tais aspectos, sendo realizada uma diferenciação entre o objetivo da formação das
praças e dos oficiais.
7 GOIÁS. NORCAFE - Normas Reguladoras dos Cursos De Habilitação, Aperfeiçoamento, Formação e Especialização do CBMGO. Disponível em: < http://abmgo.com/wp-content/uploads/2014/02/NORCAFE_2009_completa.pdf> Acesso em 28 dez 2015.
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5.1. Cursos e Estágios de Praças
As praças têm como objetivo a prática da atividade fim da carreira bombeiro
militar, mais especificamente os soldados, que possuem como característica serem
elementos essenciais de execução, como descreve o Regulamento Interno e dos
Serviço Gerais (RISG )8
A disciplina de incêndio florestal a ser ministrada ao Curso de Formação de
Praças (CFP) contará com uma carga horária de 40 horas-aula, com matérias
voltadas a este fim. Os novos soldados receberão instruções sobre os conceitos
básicos do incêndio florestal, como utilizar corretamente os materiais de combate a
incêndio florestal bem como sua manutenção, praticar as técnicas e táticas, executar
marchas e estacionamentos, entre outras, conforme o plano de ensino sugerido em
anexo, ficando evidente que caberá às praças o papel da efetivação da atividade,
ensejador de colocar em prática todos os ensinamentos adquiridos na disciplina em
questão.
5.2. Curso de Formação de Oficiais.
Os oficiais possuem como função o comando, sendo empregados como
gestores e por este fato deverá planejar, organizar, coordenar e controlar todas as
atividades na qual estiver comandando, exercendo, desta forma, seu poder de
decisão.
Tal afirmação está descrita no Estatuto dos Militares em seus artigos:
Art. 34. Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidades de que o militar é investido legalmente quando conduz homens ou dirige uma organização militar. O comando é vinculado ao grau hierárquico e constitui uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício o militar se define e se caracteriza como chefe. Art. 36. O oficial é preparado, ao longo da carreira, para o exercício de funções de comando, de chefia e de direção.9
Como dito anteriormente, caberá às praças a execução do conhecimento
adquirido durante a disciplina de incêndio florestal, porém, nenhuma atividade militar
8 BRASIL. Regulamento Interno e de Serviços Gerais – R 1 (RISG). Disponível em:
<http://www.pm.ba.gov.br/cerimonial/legis/Regulamento%20Interno%20de%20Servicos%20Gerais%20-%20R1.pdf> Acesso em 29 nov 2015. 9 GOIÁS. Lei. n. 6880 de 09 de dezembro de 1990. Estatuto dos Militares. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6880.htm> Acesso em 02 dez 2015.
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ficará a salvo do princípio da hierarquia, por não ser esta uma mera formalidade,
sendo constituída de fundamento e normatização própria.
Assim, a praça poderá realizar uma execução a contento sob o comando de
um oficial gabaritado para comandar tais ocorrências. Essa qualificação poderá ser
adquirida através dos conhecimentos teóricos e práticos repassados nas instruções
de incêndio florestal.
Vale constar que o sucesso ou o insucesso da operação ficará sobre a
responsabilidade do oficial, por isso este deve estar preparado para tomadas de
decisões rápidas e eficazes, como demonstra o Estatuto dos Bombeiros militares de
Goiás, através do seu artigo 42 que afirma in verbis: “Ao bombeiro militar cabe a
responsabilidade integral pelas decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos
atos que praticar”.10
A disciplina de Incêndio Florestal para o Curso de Formação de Oficiais
(CFO) possuirá uma carga horária de 40 horas-aula, devendo ser realizada durante
o CFO II, pois os instruendos já terão recebido aulas de combate a incêndio durante
o CFO I.
Os alunos do CFO II receberão instruções sobre os conceitos de incêndios
florestais, os aspectos do fogo no bioma cerrado, legislação ambiental, prevenção
de Incêndios florestais através do mapeamento das áreas de preservação,
elaboração dos planos de contingêngia e manejo, realização de técnicas e táticas de
incêndio florestal, entre outros assuntos, conforme o plano de ensino sugerido em
anexo. É importante frisar que o foco principal da disciplina é auxiliar os futuros
oficiais em sua função de comando, munindo-os de conhecimento e prática nas
ações de incêndios florestais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O incêndio florestal é o tipo de sinistro ocasionado por uma queima
descontrolada em regiões de vegetação. Para a capacitação no combate deste tipo
de ocorrência, o CBMGO oferece o CPCIF, que é um curso que qualifica os
10 ______. Lei Estadual n. 11.416, de 5 de fevereiro de 1991. Baixa o Estatuto dos Bombeiros Militares do Estado. Diário Oficial do Estado de Goiás, Goiânia, GO, 13 fev. 1991. Disponível em: <http://www.gabinetecivil.go.gov.br/pagina_leis.php?id=4726> Acesso em 30 nov. 2015.
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bombeiros militares na atuação de ocorrências neste segmento, no entanto, o
referido Curso funciona como nível de aperfeiçoamento posterior.
A capacitação do efetivo que atuará primariamente se reveste de considerável
relevância, uma vez que impedirá a propagação de pequenos focos de incêndios
que podem adquirir grandes proporções, já que o mencionado Curso não está
disponível durante toda a instrumentalização da Operação “Cerrado Vivo” e funciona
como elemento de resposta posterior durante sua execução.
Assim, a proposta de inclusão de uma disciplina nas grades curriculares dos
Cursos de Formação do CBMGO funcionaria como um elemento imediato de
capacitação dos egressos para atuar no combate de incêndios de natureza florestal,
sem necessariamente esperar que sejam formados para posteriormente serem
submetidos à qualificação proposta pelo CPCIF. Há de se ressaltar que a
propositura da retrocitada disciplina não possui caráter excludente, mas sim
agregador, visto que a presteza e eficiência do atendimento de sinistros florestais
dependem da interrelação de ambas vertentes de conhecimento.
Funcionam como fatores de relevância para a inserção desta disciplina os
elevados índices de queimadas florestais e em áreas símiles, fato que implica
diretamente na idealização e execução de operações como a “Cerrado Vivo”, pelo
CBMGO, o que denota que esta problemática se reveste de grande impacto social e
necessita de um efetivo apto a dirimi-la de forma imediata e pontual.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, Distrito Federal: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. _________. Lei. n. 6880 de 09 de dezembro de 1990. Estatuto dos Militares. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6880.htm> Acesso em 02 dez 2015. _________. Regulamento Interno e de Serviços Gerais – R 1 (RISG). Disponível em:<http://www.pm.ba.gov.br/cerimonial/legis/Regulamento%20Interno%20de%20Servicos%20Gerais%20-%20R1.pdf> Acesso em 29 nov 2015. CASTRO, E. A.; KAUFFMAN, J. B. Efeitos do regime do fogo sobre a estrutura de uma comunidade de Cerrado. São Paulo: Saraiva, 1998.
19
___________. apud MIRANDA, Heloísa Sinátora. Ecosystem structure in the Braziliam Cerrado: a vegetation gradient of aboveground biomass, root mass and consumption by fire. Journal of Tropical Ecology. V. 14, 1998. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO DISTRITO FEDERAL. Manual Básico de Combate a Incêndio: Módulo 1 – Comportamento do Fogo. Distrito Federal: Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, 2006. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DE SÃO PAULO. Coletânea de Manuais Técnicos de Bombeiros: Volume 04 – Combate a Incêndios Florestais. São Paulo: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo, 2006. COUTINHO, L. M apud AMARANTE, Jefferson da Silva. O Cerrado e a ecologia do fogo. Ciência hoje. 12(68): 22-30, 1990. FRANÇA, Helena. Metodologia de identificação e quantificação de áreas queimadas no Cerrado com imagens AVHRR/NOAA. Disponível em: <http://queimadas.cptec.inpe.br/~rqueimadas/material3os/Helena_Franca.pdf> Acesso em 28 nov. 2015. GOIÁS. Constituição do Estado de Goiás. Goiás: Assembleia Legislativa do Estado de Goiás, 1988. Disponível em: <http://www.gabinetecivil.goias.gov.br/constituicoes/constituicao_1988.htm> Acesso em 30 out 2015. ________. NORCAFE - Normas Reguladoras dos Cursos De Habilitação, Aperfeiçoamento, Formação e Especialização do CBMGO. Disponível em: <http://abmgo.com/wp-content/uploads/2014/02/NORCAFE_2009_completa.pdf> Acesso em 28 dez 2015. ________. Lei Estadual n. 11.416, de 5 de fevereiro de 1991. Baixa o Estatuto dos Bombeiros Militares do Estado. Diário Oficial do Estado de Goiás, Goiânia, GO, 13 fev. 1991. Disponível em: <http://www.gabinetecivil.go.gov.br/pagina_leis.php?id=4726> Acesso em 30 nov. 2015. ________. Norma Operacional n. 03 de 30 de novembro de 2010. Padroniza os procedimentos operacionais e o aprimoramento técnico-profissional nas atividades de prevenção e combate a incêndios florestais no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás – CBMGO. Goiás: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, 2010. Disponível em: <http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2012/06/NO-03-Prevencao-e-Combate-a-Incendio-Florestal.pdf> Acesso em 23 de out 2015. ________. Norma Operacional n. 10 de 22 de maio de 2013. Visa complementar a diretriz anual do Comando Geral da Corporação que trata da Operação Cerrado Vivo no Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás – CBMGO. Goiás: Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás, 2010. Disponível em: <http://www.bombeiros.go.gov.br/wp-content/uploads/2012/06/no-10-planejamento-da-operacao-cerrado-vivo.pdf> Acesso em 23 de out 2015.
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_________. Lei Estadual n. 11.416, de 05 de fevereiro de 1991. Baixa o Estatuto dos Bombeiros Militares do Estado. Diário Oficial do Estado de Goiás, Goiânia, GO, 13 fev 1991. ___________. Decreto Estadual n. 5481 de 25 de setembro de 2001. Institui o Comitê Estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. Diário Oficial do Estado de Goiás, Goiânia, GO, 25 dez. 2001. ORTIZ, Asdrúbal da Silva. A Pré-História do Corpo de Bombeiros. Disponível em: <http://www.defesacivil.rj.gov.br/documentos/sedec/A%20PreHistoria%20dos%20Corpos%20de%20Bombeiros.pdf> Acesso em 25 nov. 2015. ORTIZ, Asdrúbal da Silva. A Pré-História do Corpo de Bombeiros. Disponível em: <http://www.defesacivil.rj.gov.br/documentos/sedec/A%20PreHistoria%20dos%20Corpos%20de%20Bombeiros.pdf> Acesso em 25 nov. 2015. PARIZOTTO, Walter apud AMARANTE, Jefferson da Silva. O controle dos incêndios Florestais pelo Corpo de Bombeiros de Santa Catarina: Diagnóstico e sugestões para o seu aprimoramento. Disponível em: <http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/10303> Acesso em 30 nov. 2015 PEREIRA, Thales Lima. A necessidade de se estudar combate a incêndio florestal no Curso de Formação de Oficiais. Disponível em: <http://abmgo.com/category/tccs> Acesso em 25 nov. 2015. SECRETARIA NACIONAL DE SEGURANÇA PÚBLICA. Matriz curricular nacional para ações formativas dos profissionais da área de segurança pública. Brasília: Secretaria Nacional de Segurança Pública, 2014. SOARES, Ronaldo Viana et al. Manual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. 2 ed. Parana: Departamento de Ciências Florestais, 2008. WARMING, Eugen. Cerrado brasileiro: Um século depois. São Paulo: Editora UNESP, 2002.
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APÊNDICE I
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E JUSTIÇA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
COMANDO DA ACADEMIA E ENSINO BOMBEIRO
MILITAR
PLANO DE ENSINO
Curso de Formação de Praças
CURSO CARGA HORÁRIA ANO
LETIVO
Combate a Incêndio Florestal 40 horas 2016
EMENTA
Incêndios florestais; Aspectos do Incêndio Florestal no bioma Cerrado; Legislação e educação ambiental aplicada ao tema fogo; Materiais de combate a incêndios florestais; Marchas e Estacionamento; Operações Aéreas; Técnica e Tática de combate a incêndio florestal;
OBJETIVO GERAL
Aprimorar os conhecimentos da teoria de incêndio e das técnicas e táticas de combate a incêndio florestal, bem como as habilidades no uso de equipamentos de combate a incêndios e proteção individual.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO HORA-AULA
1. Incêndios florestais 1.1. Princípios da Combustão:
Química da combustão;
Triângulo do fogo. 1.2. Combustíveis:
Tipos de Combustíveis
Poder Calorífico do Combustível Florestal 1.3. Fases da Combustão:
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Fase 1 - Pré-aquecimento;
Fase 2 - Destilação p Combustão Gasosa;
Fase 3 – Incandescência ou Consumo de Carvão. 1.4. Formas de transmissão de calor:
Deslocamento de Corpos Inflamados;
Corrente e/ou Descargas Elétricas. 1.5. comportamento do fogo:
Taxa de Propagação;
Intensidade do Fogo;
Altura de Crestamento Letal;
Tempo de Residência;
Temperatura Letal. 1.6. Tipos de incêndios florestais:
Incêndios Subterrâneos;
Incêndios de Superfície;
Incêndios de Copa. 1.7. Propagação de incêndios florestais:
Triângulo do incêndio florestal.
2. Aspectos do Incêndio Florestal no bioma Cerrado 2.1. Definições e características do cerrado:
Domínio e bioma
Área de distribuição
Clima
Relevo
Solo
Vegetação
Flora
Fauna 2.2. Os efeitos do fogo no bioma cerrado:
A Temperatura do Ar e do Solo;
A Transferência dos Nutrientes;
Fisionomia e Estrutura da Vegetação;
O Rebrotamento e a Floração;
A Dispersão de Sementes e a Germinação;
Efeitos do Fogo sobre a Fauna;
Manejo do Fogo.
03
3. Legislação e educação ambiental aplicada ao tema fogo 3.1. Conceito de Meio Ambiente; 3.2. Sustentabilidade; 3.3. Sistema Nacional de Unidades de Conservação – Lei
9.985/2000; 3.4. Unidades de Conservação no Estado de Goiás; 3.5. Constituição Federal de 1988 – (Art. 225); 3.6. Código Florestal – Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012; 3.7. Código Penal Brasileiro: dos Crimes de Perigo Comum; 3.8. Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81; 3.9. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998: Dispõe sobre as
02
23
sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
3.10. Decreto 6.514/08 (Decreto 6.686/08): regulamenta as infrações e sanções ambientais administrativas ao meio ambiente;
3.11. Decreto 2.661/98 (Decreto 3.010/99): disciplina o uso do fogo;
3.12. Portaria Ibama 94/98: Regulamenta a queima controlada;
3.13. Portaria MMA 345/99: estabelece os procedimentos para autorização de queima controlada durante a colheita da cana de açúcar;
3.14. Lei No 15.834, de 23 de novembro de 2006: Dispõe sobre redução gradativa da queima da palha de cana-de-açúcar em áreas mecanizáveis e dá outras providências;
3.15. Lei nº 18.104, de 18 de julho de 2013: Política Florestal do Estado de Goiás.
4. Materiais de combate a incêndios florestais 4.1. Características (Versatilidade, portáteis, resistentes, simples,
padronização). 4.2. Classificação:
Equipamento de proteção individual;
Equipamento de uso individual;
Ferramentas manuais (Raspantes, cortantes, mistas, múltiplas, combate, auxiliares):
Confecção de abafadores;
Transporte;
Utilização;
Manutenção;
Segurança.
Equipamento manual de água (bomba costal rígida e flexível):
Utilização;
Manutenção;
Segurança.
Equipamento manual de aplicação de fogo (pinga fogo):
Aplicação;
Utilização;
Mistura;
Manutenção;
Segurança.
Equipamentos motorizados leves (motosserra, motobomba, roçadeira, motopoda; motogerador, pulverizador, soprador):
Operação;
Manutenção;
Segurança.
Equipamentos motorizados pesados (tratores e implementos):
10
24
Tipos;
Emprego;
Segurança.
Equipamentos de comunicação (rádio HT, autotrac, telefone celular).
Equipamentos de orientação (bússola e GPS).
Veículos de transporte e combate (aeronave, viaturas terrestres diversas);
Acondicionamento dos equipamentos e ferramentas em viaturas e almoxarifados.
5. Marchas e estacionamento: 5.1. Equipamento de campanha individual:
Nomenclatura dos componentes;
Cuidados na utilização, no uso e na guarda do material;
Arrumação da mochila e ajuste do equipamento;
Equipar e desequipar. 5.2. Marchas a pé.
Generalidades:
Organização e finalidades;
Fatores que influenciam na marcha;
Destacamento precursor: composição e missões;
Medidas de segurança;
Formações;
Velocidades;
Cadências;
Distância entre os homens;
Disciplina de marcha;
Altos;
Sinalização;
Comandos;
Cuidados com os pés antes, durante e após a marcha; 5.3. Marchas Motorizadas:
Definições;
Destacamento precursor;
Conduta dos ocupantes da viatura, durante as marchas;
Conduta dos ocupantes da viatura, durante os altos;
Conduta dos ocupantes da viatura, em caso de acidente;
Segurança durante as marchas;
Deveres e responsabilidades do chefe da viatura.
5.4. Estacionamentos.
Formas de estacionamento;
Fatores que influem na escolha do local de um estacionamento;
Características das diversas instalações de um estacionamento;
Medidas de segurança a serem adotadas na proteção de um estacionamento;
04
25
Normas de higiene e disciplina na área de um estacionamento;
Preservação ambiental da Área de estacionamento. 5.5. Acampamento.
Componentes e finalidades.
Tipos de barracas.
Toldo.
Montagem de barracas, toldos e demais instalações coletivas;
6. Operações Aéreas 6.1. Aviões;
Emprego tático; 6.2. Helicópteros:
Emprego tático;
Procedimentos de embarque e desembarque:
Aproximação e embarque;
Desembarque;
Embarque e desembarque a baixa altura;
Desembarque no rapel;
Embarque e desembarque de material;
Zona de pouso:
Preparação de uma ZPH.
Reservatório aerotransportável Helibalde:
Características gerais;
Helibalde modelo Bambi bucket;
Instalação e preparação do helibalde;
Procedimentos de conexão de desconexão do helibalde;
Preparação diária do helibalde para o combate. 6.3. Medidas de segurança:
Precauções gerais nas operações aéreas;
Procedimentos durante os lançamentos de água;
Precauções helicópteros em terra;
Precauções helicópteros em voo. 6.4. Métodos de combate aéreo:
Combate direto;
Combate indireto .
05
7. Técnica e Tática de combate a incêndio florestal 7.1. Métodos de combate:
Combate direto;
Combate paralelo;
Combate indireto. 7.2. Linhas de defesa:
Localização da linha;
Fatores que devem caracterizar a linha de defesa;
Técnicas de construção da linha de defesa:
10
26
Setor;
Rotativa;
Progressiva Funcional;
Golpe único.
Uso de máquinas e tratores. 7.3. Contra-fogo:
Princípios do uso do Contra-fogo;
Medidas de segurança. 7.4. Fases do combate:
Detecção;
Mobilização;
Reconhecimento;
Ataque inicial;
Controle;
Extinção;
Vigilância;
Desmobilização. 7.5. Técnicas de ataque com uso de água:
Motobombas:
Uso eficiente da água;
Suprimento e abastecimento de água para o combate;
Uso de Retardantes. 7.6. Extinção:
Indicadores de pontos quentes;
Técnicas de rescaldo:
Rescaldo com água;
Rescaldo sem água.
METODOLOGIA DE ENSINO
Exposição oral;
Exposição multimídia;
Oficinas práticas;
Competições de montagem de estabelecimento.
RECURSOS DIDÁTICOS
Data show;
Computador pessoal;
Bonecos de anatomia;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
As avaliações devem respeitar o que prescrevem as Normas Reguladoras dos Cursos de Habilitação, Aperfeiçoamento, Formação e Especialização (NORCAFE) do CBMGO,
27
publicada no BG 92/2009.
BIBLIOGRAFIA
1.BÁSICA
1.1 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS – CBMGO. Norma Operacional - 03. Goiânia. 2010.
1.2 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS – CBMGO. Norma Operacional - 10. Goiânia. 2013
1.3 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – CBMERJ. Manual Prevenção e Combate a Incêndio Florestal. Rio de Janeiro. 2000.
1.4 CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO PARANÁ. Manual Prevenção e Combate a Incêndio Florestal. Curitiba. 2010
1.5 PORTUGAL, ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS. Manual de Combate a Incêndios Florestais para Equipas de Primeira Intervenção. 3ª Ed. 2006
1.6 EXÉRCITO BRASILEIRO. Manual de Campanha C 21-18 Marchas a pé. 1.7 EXÉRCITO BRASILEIRO. Instruções Provisórias IP 21-80 Sobrevivência na Selva 1.8 EXÉRCITO BRASILEIRO. Manual de Campanha C 21-78 Transposição de Obstáculos 1.9 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS – CBMGO. Norma
Administrativa - 02. Goiânia. 2010. 1.10 EXÉRCITO BRASILEIRO. Manual de Convenções Cartográficas C- 21-25 1.11 EXÉRCITO BRASILEIRO. Manual de leitura de cartas e fotografias Aéreas C-21-25 1.12 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS – CBMGO. Protocolo para o
Suporte Básico de Vida. Goiânia. 2011. 2.8. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁVEIS. Investigação de Incêndios Florestais. Brasília. 2011.
2.COMPLEMENTAR
1.1. SOARES, Ronaldo Viana. Manual de prevenção e combate a incêndio florestal. 2. ed. UFPR.
1.2. CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de Busca e Salvamento em Cobertura Vegetal de Risco. São Paulo. 2006.
1.3. BRASIL. Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 fev 1998 e retificado 17 fev 1998.
1.4. BRASIL. Lei n. 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o novo Código Florestal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 set 1965.
1.5. GOIÁS. Lei n. 12.596, de 14 de março de 1995. Institui a Política Florestal do Estado de Goiás e dá outras providências. Diário Oficial do Estado, Goiânia, GO, 14 mar 1995.
1.6. SALOMONE J, Pons P., Prehospital Trauma Life Support: PHTLS Tradução da 6ª Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
1.7. INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Manual para Formação de Brigadista de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. Brasília. 2010.
1.8. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Manual do Brigadista. Brasília. 2010.
1.9. RIBEIRO, Guido Assunção. Formação e Treinamento de Brigada de Incêndio Florestal. Viçosa-MG, CPT, 2009.
1.10. SECRETARÍA DE AMBIENTE Y DESARROLLO SUSTENTABLE. Curso de Manejo y Mantenimiento Básico de Motobombas para Combatientes de Incendios Forestales.
28
Argentina. 2011. 1.11. CONSELLARÍA DO MEDIO RURAL. Manual de Prevención e Defensa Contra os
Incendios Forestais de Galiza. Espanha. 2007.
INSTRUTOR
COMANDO DA ACADEMIA E ENSINO BOMBEIRO MILITAR
Goiânia _____/_____/
CARIMBO/ASSINATURA:
____________________________
29
APÊNDICE II
SECRETARIA DA SEGURANÇA PÚBLICA E JUSTIÇA
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
COMANDO DE ENSINO BOMBEIRO MILITAR
PLANO DE ENSINO
Curso de Formação de Oficiais II
CURSO CARGA HORÁRIA ANO
LETIVO
Combate a Incêndio Florestal 40 horas 2016
EMENTA
Incêndios florestais; Aspectos do Incêndio Florestal no bioma Cerrado; Legislação e educação ambiental aplicada ao tema fogo; Materiais de combate a incêndios florestais; Operações Aéreas; GPS; Prevenção contra incêndios florestais; Técnica e Tática de combate a incêndio florestal;
OBJETIVO GERAL
Aprimorar os conhecimentos da teoria de incêndio e das técnicas e táticas de combate a incêndio florestal, bem como as habilidades no uso de equipamentos de combate a incêndios e proteção individual.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO HORA-AULA
1. Incêndios florestais 1.1. Princípios da Combustão:
Química da combustão;
Triângulo do fogo. 1.2. Combustíveis:
Tipos de Combustíveis
Poder Calorífico do Combustível Florestal 1.3. Fases da Combustão:
03
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Fase 1 - Pré-aquecimento;
Fase 2 - Destilação p Combustão Gasosa;
Fase 3 – Incandescência ou Consumo de Carvão. 1.4. Formas de transmissão de calor:
Deslocamento de Corpos Inflamados;
Corrente e/ou Descargas Elétricas. 1.5. comportamento do fogo:
Taxa de Propagação;
Intensidade do Fogo;
Altura de Crestamento Letal;
Tempo de Residência;
Temperatura Letal. 1.6. Tipos de incêndios florestais:
Incêndios Subterrâneos;
Incêndios de Superfície;
Incêndios de Copa. 1.7. Propagação de incêndios florestais:
Triângulo do incêndio florestal.
2. Aspectos do Incêndio Florestal no bioma Cerrado 2.1. Definições e características do cerrado:
Domínio e bioma
Área de distribuição
Clima
Relevo
Solo
Vegetação
Flora
Fauna 2.2. Os efeitos do fogo no bioma cerrado:
A Temperatura do Ar e do Solo;
A Transferência dos Nutrientes;
Fisionomia e Estrutura da Vegetação;
O Rebrotamento e a Floração;
A Dispersão de Sementes e a Germinação;
Efeitos do Fogo sobre a Fauna;
Manejo do Fogo.
02
3. Legislação e educação ambiental aplicada ao tema fogo 3.1. Conceito de Meio Ambiente; 3.2. Sustentabilidade; 3.3. Sistema Nacional de Unidades de Conservação – Lei
9.985/2000; 3.4. Unidades de Conservação no Estado de Goiás; 3.5. Constituição Federal de 1988 – (Art. 225); 3.6. Código Florestal – Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012; 3.7. Código Penal Brasileiro: dos Crimes de Perigo Comum; 3.8. Política Nacional do Meio Ambiente – Lei 6.938/81; 3.9. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998: Dispõe sobre as
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sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.
3.10. Decreto 6.514/08 (Decreto 6.686/08): regulamenta as infrações e sanções ambientais administrativas ao meio ambiente;
3.11. Decreto 2.661/98 (Decreto 3.010/99): disciplina o uso do fogo;
3.12. Portaria Ibama 94/98: Regulamenta a queima controlada;
3.13. Portaria MMA 345/99: estabelece os procedimentos para autorização de queima controlada durante a colheita da cana de açúcar;
3.14. Lei No 15.834, de 23 de novembro de 2006: Dispõe sobre redução gradativa da queima da palha de cana-de-açúcar em áreas mecanizáveis e dá outras providências;
3.15. Lei nº 18.104, de 18 de julho de 2013: Política Florestal do Estado de Goiás.
4. Materiais de combate a incêndios florestais 4.1. Características (Versatilidade, portáteis, resistentes,
simples, padronização). 4.2. Classificação:
Equipamento de proteção individual;
Equipamento de uso individual;
Ferramentas manuais (Raspantes, cortantes, mistas, múltiplas, combate, auxiliares):
Transporte;
Utilização;
Manutenção;
Segurança.
Equipamento manual de água (bomba costal rígida e flexível):
Utilização;
Manutenção;
Segurança.
Equipamento manual de aplicação de fogo (pinga fogo):
Aplicação;
Utilização;
Mistura;
Manutenção;
Segurança.
Equipamentos motorizados leves (motosserra, motobomba, roçadeira, motopoda; motogerador, pulverizador, soprador):
Operação;
Manutenção;
Segurança.
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Equipamentos motorizados pesados (tratores e implementos):
Tipos;
Emprego;
Segurança.
Equipamentos de comunicação (rádio HT, autotrac, telefone celular).
Equipamentos de orientação (bússola e GPS).
Veículos de transporte e combate (aeronave, viaturas terrestres diversas);
Acondicionamento dos equipamentos e ferramentas em viaturas e almoxarifados.
5. Sistema de Posicionamento Global - GPS:
Introdução ao GPS;
Sistemas de coordenadas e Datum;
Configuração do equipamento;
Conceito de mapas gerenciais e escalas;
Utilização de prática avançada do GPS:
Ponto;
Trajetos;
cálculos de áreas;
projeção de pontos através de mapas.
Tipos de softwares existentes e recomendados
Interface, descarregar, processar dados e imprimir mapa utilizando computador;
Mapas gerenciais a partir de dados coletados no campo com o uso do GPS;
Restaurar e atualizar GPS.
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6. Operações Aéreas 6.1. Aviões;
Emprego tático; 6.2. Helicópteros:
Emprego tático;
Procedimentos de embarque e desembarque:
Aproximação e embarque;
Desembarque;
Embarque e desembarque a baixa altura;
Desembarque no rapel;
Embarque e desembarque de material;
Zona de pouso:
Preparação de uma ZPH.
Reservatório aerotransportável Helibalde:
Características gerais;
Helibalde modelo Bambi bucket;
Instalação e preparação do helibalde;
Procedimentos de conexão de desconexão do helibalde;
Preparação diária do helibalde para o combate.
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6.3. Medidas de segurança:
Precauções gerais nas operações aéreas;
Procedimentos durante os lançamentos de água;
Precauções helicópteros em terra;
Precauções helicópteros em voo. 6.4. Métodos de combate aéreo:
Combate direto;
Combate indireto.
7. Prevenção contra incêndios florestais 7.1. Perigo e risco de incêndios Florestais:
Fatores de risco;
Zoneamento de risco;
Índices de perigo de incêndios;
Principais índices de perigo de incêndio;
Utilidades dos índices de perigo de incêndios. 7.2. Prevenção das fontes de fogo;
Conscientização da população;
Regulamentação do uso do fogo;
Aplicação da legislação; 7.3. Prevenção da propagação do fogo;
Construção e manutenção de aceiros;
Redução do material combustível;
Construção de barragens; 7.4. Planos de proteção:
Plano de Contingência
Plano de Manejo 7.5. Mapeamento das áreas de prevenção 7.6. Sistemas de Zoneamento e detecção digital
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8. Técnica e Tática de combate a incêndio florestal 8.1. Métodos de combate:
Combate direto;
Combate paralelo;
Combate indireto. 8.2. Linhas de defesa:
Localização da linha;
Fatores que devem caracterizar a linha de defesa;
Técnicas de construção da linha de defesa:
Setor;
Rotativa;
Progressiva Funcional;
Golpe único.
Uso de máquinas e tratores. 8.3. Contra-fogo:
Princípios do uso do Contra-fogo;
Medidas de segurança. 8.4. Fases do combate:
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Detecção;
Mobilização;
Reconhecimento;
Ataque inicial;
Controle;
Extinção;
Vigilância;
Desmobilização. 8.5. Técnicas de ataque com uso de água:
Motobombas:
Uso eficiente da água;
Suprimento e abastecimento de água para o combate;
Uso de Retardantes. 8.6. Extinção:
Indicadores de pontos quentes;
Técnicas de rescaldo:
Rescaldo com água;
Rescaldo sem água.
METODOLOGIA DE ENSINO
Exposição oral;
Exposição multimídia;
Oficinas práticas;
Competições de montagem de estabelecimento.
RECURSOS DIDÁTICOS
Data show;
Computador pessoal;
Bonecos de anatomia;
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
As avaliações devem respeitar o que prescrevem as Normas Reguladoras dos Cursos de Habilitação, Aperfeiçoamento, Formação e Especialização (NORCAFE) do CBMGO, publicada no BG 92/2009.
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BIBLIOGRAFIA
1.BÁSICA
1.13 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS – CBMGO. Norma Operacional - 03. Goiânia. 2010.
1.14 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS – CBMGO. Norma Operacional - 10. Goiânia. 2013.
1.15 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – CBMERJ. Manual Prevenção e Combate a Incêndio Florestal. Rio de Janeiro. 2000.
1.16 CORPO DE BOMBEIROS DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO PARANÁ. Manual Prevenção e Combate a Incêndio Florestal. Curitiba. 2010
1.17 PORTUGAL, ESCOLA NACIONAL DE BOMBEIROS. Manual de Combate a Incêndios Florestais para Equipas de Primeira Intervenção. 3ª Ed. 2006
1.18 EXÉRCITO BRASILEIRO. Manual de Campanha C 21-18 Marchas a pé. 1.19 EXÉRCITO BRASILEIRO. Instruções Provisórias IP 21-80 Sobrevivência na Selva 1.20 EXÉRCITO BRASILEIRO. Manual de Campanha C 21-78 Transposição de Obstáculos 1.21 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS – CBMGO. Norma
Administrativa - 02. Goiânia. 2010. 1.22 EXÉRCITO BRASILEIRO. Manual de Convenções Cartográficas C- 21-25 1.23 EXÉRCITO BRASILEIRO. Manual de leitura de cartas e fotografias Aéreas C-21-25 1.24 CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DE GOIÁS – CBMGO. Protocolo para o
Suporte Básico de Vida. Goiânia. 2011. 2.8. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS
RENOVÁVEIS. Investigação de Incêndios Florestais. Brasília. 2011.
2.COMPLEMENTAR
1.12. SOARES, Ronaldo Viana. Manual de prevenção e combate a incêndio florestal. 2. ed. UFPR.
1.13. CORPO DE BOMBEIROS DA POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de Busca e Salvamento em Cobertura Vegetal de Risco. São Paulo. 2006.
1.14. BRASIL. Lei n. 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 fev 1998 e retificado 17 fev 1998.
1.15. BRASIL. Lei n. 4.771, de 15 de setembro de 1965. Institui o novo Código Florestal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 16 set 1965.
1.16. GOIÁS. Lei n. 12.596, de 14 de março de 1995. Institui a Política Florestal do Estado de Goiás e dá outras providências. Diário Oficial do Estado, Goiânia, GO, 14 mar 1995.
1.17. SALOMONE J, Pons P., Prehospital Trauma Life Support: PHTLS Tradução da 6ª Ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
1.18. INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Manual para Formação de Brigadista de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais. Brasília. 2010.
1.19. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS. Manual do Brigadista. Brasília. 2010.
1.20. RIBEIRO, Guido Assunção. Formação e Treinamento de Brigada de Incêndio Florestal. Viçosa-MG, CPT, 2009.
1.21. SECRETARÍA DE AMBIENTE Y DESARROLLO SUSTENTABLE. Curso de Manejo y Mantenimiento Básico de Motobombas para Combatientes de Incendios Forestales. Argentina. 2011.
1.22. CONSELLARÍA DO MEDIO RURAL. Manual de Prevención e Defensa Contra os Incendios Forestais de Galiza. Espanha. 2007.
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INSTRUTOR
COMANDO DE ENSINO BOMBEIRO MILITAR
Goiânia _____/_____/
CARIMBO/ASSINATURA:
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