com-vida - agenda 21 na escola
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Formando
COM-VIDAComisso de Meio Ambiente eQualidade de Vida na Escola
Construindo
Agenda 21 na Escola
vamoscuidarBrdo asil
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Repblica Federativa do Brasil
Ministrio da Educao Secretaria Executiva Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade Diretoria de Educao Integral, Direitos Humanos e Cidadania Coordenao Geral de Educao Ambiental
Ministrio do Meio Ambiente Secretaria Executiva Secretaria de Articulao Institucional e Cidadania Ambiental Departamento de Educao Ambiental Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental Coordenao da Agenda 21 Brasileira
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Formando
COM-VIDAComisso de Meio Ambiente eQualidade de Vida na Escola
Construindo
Agenda 21 na Escola
2. edio Revisada e ampliada
Braslia, 2007
Ministrio do Meio Ambiente Ministrio da Educao
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Texto e EdioRachel Trajber, Neusa Barbosa, Soraia Mello, Teresa Moreira, Maria Thereza Teixeira, Fbio Deboni.
Projeto GrficoLuiz Dar
RevisoMarcos Aurlio Villegas Martins
DiagramaoSatyro Design - Mnica Satyro Sales e Rejane Megale
Fotos e IlustraesTodas as ilustraes e fotos so de autoria das escolas que participaram da II Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente 2005.
ColaboradoresLuiz Ferraro, Mariana Mascarenhas, Marcos Sorrentino, Daisy Elizabete de Vasconcelos Cordeiro, Michelle Silva Milhomem, Srgio Bueno da Fonseca e equipe do Programa Agenda 21/ MMA.
Tiragem: 85 mil exemplares
Ministrio da EducaoCoordenao Geral de Educao AmbientalSGAS Av. L2 Sul Quadra 607 Lote 502o andar sala 212 CEP: 70200-670 Braslia DFTel (61) 2104-6142 Fax (61) 2104-61100800 61 61 [email protected] www.mec.gov.br/secad
Brasil. Ministrio da Educao. Secretaria de EducaoContinuada, Alfabetizao e Diversidade.
Formando Com-vida, Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola : construindo Agenda 21 na escola / Ministrio da Educao, Ministrio do Meio Ambiente. - 2. ed., rev. e ampl. Braslia : MEC, Coordenao Geral de Educao Ambiental, 2007.
56 p. : il. ; 20 x 28 cm.
ISBN 978-85-60731-00-8
1. Educao ambiental. 2. Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola. 3. Agenda 21 na escola. I. Brasil. Secretaria de Educao Continuada, Alfabetizao e Diversidade. II. Brasil. Secretaria de Polticas para o Desenvolvimento Sustentvel. III. Ttulo.
Equipe responsvel pela elaborao e produo editorial:
CDD 304.2CDU 37:504
B823
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5SumrioIntroduo ................................................................................................................................ 7
Parte I - Com-vidaUma comisso comprometida com a escola e a comunidade ................................................... 11O que a Com-vida? ............................................................................................................. 13Para que a Com-vida? ........................................................................................................... 15Por que a Com-vida? ............................................................................................................. 16Quem participa da Com-vida? ............................................................................................... 17Como formar a Com-vida na escola? .................................................................................... 17
Parte II - Construindo a Agenda 21 na EscolaPara compreender a Agenda 21 ........................................................................................... 21Agenda 21 Brasileira ............................................................................................................. 21Agenda 21 Local ................................................................................................................... 21Agenda 21 na Escola ............................................................................................................ 22Oficina de Futuro: construindo projetos coletivos ................................................................ 22Etapas da Oficina de Futuro ................................................................................................ 23 rvore dos Sonhos ......................................................................................................... 23 As Pedras no Caminho ................................................................................................... 24 Jornal Mural: viagem ao passado e ao presente ........................................................... 25 Com-vida para a ao ....................................................................................................... 26Que tal monitorar e avaliar? ................................................................................................ 27Amizades e parcerias ........................................................................................................... 28Bibliografia ........................................................................................................................... 31
Parte III Anexos Acordo de Convivncia da Com-vida...................................................................................... 35Principais organizaes da escola ..................................................................................... 37Leis e diretrizes que reforam a existncia da Com-vida ................................................... 38Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global ................................................................................................. 39Carta da Terra ...................................................................................................................... 44Carta das Responsabilidades Vamos Cuidar do Brasil - Deliberaes da II Conferncia Infanto-Juvenil ..................................................................... 50Plataforma das aes prioritrias da Agenda 21 Brasileira .............................................. 52Para abrir novas janelas ....................................................................................................... 53
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Tudo o que acontece no mundo, seja no meu pas, na minha cidade
ou no meu bairro, acontece comigo. Ento, eu preciso participar das
decises que interferem na minha vida.
Hebert de Souza, o Betinho
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7IntroduoEsta publicao convida para a mobilizao da comunidade escolar. Suas pginas apresentam
uma proposta dos passos para se criar a Com-vida - Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola.
A primeira proposta de se criar Com-vida vem das deliberaes da I Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, realizada pelo Ministrio do Meio Ambiente em parceria
com o Ministrio da Educao, em 2003, quando os estudantes envolvidos propuseram a criao de conselhos jovens de meio ambiente nas escolas do pas.
Desde ento, foi idealizado o Programa Vamos Cuidar do Brasil com as Escolas, que envolveu as 16 mil escolas que participaram do processo da I Conferncia, em centenas de seminrios de formao de professores em Educao Ambiental. Nesses seminrios participaram tambm 21 mil estudantes, delegados e delegadas eleitos em todas as escolas, que foram mobilizados pelos Coletivos Jovens de Meio Ambiente em todos os Estados do pas para liderarem a estruturao da Com-vida, um espao permanente e dinmico para Cuidar do Brasil.
Coletivo Jovem (CJ)
Grupos informais de jovens e organizaes juvenis existentes
em todos os estados do Brasil e em diversos municpios, que se mobilizam em torno da temtica socioambiental.
O CJ atua a partir dos princpios: jovem escolhe jovem, jovem educa jovem e uma gerao aprende com a outra. A
formao de COM-VIDAS baseada nesses princpios e sua fora mostra que muitas vezes, especialmente para termos uma
relao mais saudvel e de respeito com o meio ambiente, as geraes mais velhas
podem aprender muito com as mais jovens.
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8Agenda 21 uma agenda de compromissos e aes sustentveis para o Sculo XXI. Ela foi assinada na
Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de
Janeiro, conhecida como Rio-92. Na Agenda 21 esto definidos os compromissos que 179 pases assumiram de construir um novo modelo de desenvolvimento que resulte em melhor qualidade de vida para a humanidade e que seja econmica, social e ambientalmente sustentvel. Desde 2002, o nosso pas tem a Agenda 21 Brasileira, feita com a participao de cerca de 40 mil
pessoas. A Agenda 21 tem como referncia a Carta da Terra, um docu-
mento internacional que trata de como cuidar do nosso Planeta.
Para apoiar o fortalecimento da Com-vida, trabalhamos com Agenda 21 na Escola - isso mesmo, na escola como um espao de educao permanente, bem junto e integrado com a comunidade escolar - contando com a ajuda de uma metodologia divertida para a construo de projetos coletivos, chamada Oficina de Futuro. A Agenda 21 um importante instrumento para ampliar as aes da Com-vida, pois ela possibilita o dilogo com a comunidade da rua, do bairro, da quadra, do municpio e nos faz perceber que comunidades sustentveis s acontecem por meio de parcerias. Isso fica ainda mais fcil se seu municpio tiver a Agenda 21 Local funcionando (pesquise no stio www.mma.gov.br/agenda21).
Em 2005, aconteceu o processo de organizao da II Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, com 12 mil escolas debatendo temas globais e locais como: Mudanas Climticas, Biodiversidade, Segurana Alimentar e Nutricional e Diversidade tnico-Racial, sempre a partir dos acordos internacionais que governos assinaram para cada um deles. Como grande parte dessas escolas j tinham Com-vidas implantadas, estas contriburam bastante para realizar suas Conferncias de Meio Ambiente, envolvendo milhes de pessoas em um debate mais rico e aprofundado.
Comunidade sustentvel
Em uma comunidade sustentvel as pessoas cuidam das relaes que estabelecem com os outros, com a
natureza e com os lugares onde vivem. Essa comunidade aprende, pensa e age
para construir o seu presente e seu futuro com criatividade, liberdade e respeito
s diferenas. Entende-se que cada comunidade deve construir seus prprios
passos em direo sustentabilidade.
Veja documento em anexo na
pgina 44.
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9Desenvolvimento sustentvelEm 1987, a Comisso Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento definiu desenvolvimento sustentvel como a capacidade de satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a
capacidade das geraes futuras de suprirem suas prprias necessidades. Essa famosa definio bastante contraditria, pois desenvolvimento, entendido como crescimento econmico com produo e consumo desenfreados, esgota a capacidade da Terra e torna a vida insustentvel.
Vrios documentos, como o Tratado de Educao Ambiental para Sociedades
Sustentveis e Responsabilidade Global e a Carta da Terra dizem que precisamos da Terra, da sociedade e da vida humcaana sustentveis.
Com isso tudo, a Com-vida vai continuar aprendendo e crescendo. De-pois da II Conferncia, as Com-vida ganharam mais uma base para atuao: a Carta das Responsabilidades Vamos Cuidar do Brasil, que traz ainda mais caminhos e idias para as novas aes de cada Com-vida e de cada Agenda 21 na Escola. E assim vamos construindo novos projetos, como diz o poeta Caetano Veloso que o novo d lugar ao mais novo, claro que sem perder a memria e a histria.
Agora apresentamos uma nova verso da Com-vida, j em plena Dcada da Educao para o Desenvolvimento Sustentvel, que vai de 2005 a 2014, uma iniciativa da ONU para o mundo inteiro, com a qual compartilhamos a percepo de que a educao ambiental trabalha com mudanas de valores e de atitudes para a construo de sociedades sustentveis, justas, eqitativas e felizes.
Por essa razo os projetos da Com-vida integram o meio ambiente, nossas cidades e campos; as florestas, os animais, a gua, o ar e a terra; como tambm a nossa vida, nosso corpo e as relaes que temos com outras pessoas e outras culturas.
Para saber mais: www.unesco.org.br e www.deds.cjb.net
Veja documento em anexo
na pgina
50.
Veja documento em anexo na
pgina 39.
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COM-VIDAUma comisso comprometida com a escola e a comunidade
Parte I
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O que a COM-VIDA?A Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida - Com-vida - uma nova forma de organizao na
escola, que junta a idia dos jovens da I Conferncia de criar conselhos de meio ambiente nas escolas, com os Crculos de Aprendizagem e Cultura. Estudantes so os principais articuladores da Com-vida, podendo ser:
O delegado ou delegada eleitos na Conferncia de Meio Ambiente na escola;
Grupos de estudantes que j realizam aes na rea;
Grmio estudantil preocupado com o tema.
Pensando bem, Com-vidas podem ocorrer tambm em outros espaos e juntando gente de empresas, organizaes da comunidade, Associaes (de bairro, de moradores), em Organizaes No-Governamentais (ONGs), igrejas, Comits de Bacias Hidrogrficas...
Crculos de Aprendizagem e CulturaUm grande educador brasileiro, Paulo Freire, props a criao dos Crculos de Aprendizagem e Cultura em cada quarteiro, em cada comunidade do nosso pas. Para ele, esse um lugar onde todos tm a palavra, onde todos lem e escrevem o mundo. um espao de trabalho,
pesquisa, exposio de prticas, dinmicas, vivncias que possibilitam a construo coletiva do conhecimento.
A Com-vida - Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola um tipo de Crculo de Aprendizagem e Cultura, pois segue essa idia.
H outras formas de Com-vida essas so as Comunidades de Aprendizagem para Qualidade
Ambiental e de Vida e aparecem como resultado do trabalho de educadores ambientais populares.
Esse faz parte de um esforo para que a Educao Ambiental encontre os coraes e mentes das pessoas, em todos os lugares, alm da escola.
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O mais importante que a idia da Com-vida seja implementada por gente interessada pelos temas ligados melhoria da qualidade de vida a partir do meio ambiente conservado e recuperado. Na escola, a partir da iniciativa dos estudantes, sempre contando com o apoio dos professores, ampliando pouco a pouco para toda a escola e comunidade.
A Com-vida chega para colaborar e somar esforos com outras organizaes da escola, como o Grmio Estudantil, a Associao de Pais e Mestres e o Conselho da Escola, trazendo a Educao Ambiental para todas as disciplinas e projetos da escola. Ela pode tambm fazer parcerias com outras organizaes da comunidade, como os processos de Agendas 21 Locais, as Associaes (de bairro, de moradores), as Organizaes No-Governamentais (ONGs), a prefeitura, as empresas, e muitas outras. Este , acima de tudo, um espao educador na medida em que possibilita a aprendizagem entre a escola e a comunidade.
Educao Ambiental uma maneira de educar e se educar com o nosso pequeno planeta azul em mente.
A Educao Ambiental pode ser realmente transformadora ao trazer novas maneiras de conviver
com o mundo em sua totalidade e complexidade, respeitando as diversas formas de vida, cultivando
novos valores e criando uma cultura de paz.
Mas para que isso acontea, precisamos ter uma postura observadora e crtica, estudar como a nossa sociedade foi se constituindo ao longo da sua histria e adotando comportamentos de uso
e abuso dos sistemas vivos.
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Para que a COM-VIDA?O principal papel da Com-vida realizar aes voltadas melhoria do meio ambiente e da qualidade
de vida, promovendo o intercmbio entre a escola e a comunidade, e contribuir assim para um dia-a-dia participativo, democrtico, animado e saudvel.
Os grandes objetivos da Com-vida na escola so:
Desenvolver e acompanhar a Educao Ambiental na escola de forma permanente.
Ajudar a cuidar do Brasil, assumindo como orientao a Carta das Responsabilidades Vamos Cuidar do Brasil (ver anexo);
Fazer a Agenda 21 na Escola;
Mas a Com-vida pode ter muitos outros objetivos, como:
Participar da construo do Projeto Poltico-Pedaggico da escola;
Realizar a Conferncia de Meio Ambiente na Escola;
Promover intercmbios com outras Com-vidas e com as Agendas 21 locais;
Observar, pesquisar, conservar e ajudar a recuperar o meio ambiente;
Contribuir para tornar a escola um espao agradvel, democrtico e saudvel.
Alm desses objetivos que so comuns para todas as Com-vida, cada escola vai debater e definir outros objetivos e responsabilidades da sua comisso.
Assim cada Com-vida vai envolver a comunidade escolar para pensar nas solues para os problemas atuais e na construo de um futuro desejado por todos.
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Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio AmbienteO processo de conferncia mobilizou, em suas duas verses (2003 e 2005), cerca de 28 mil escolas. Na conferncia, as escolas se transformam em espaos de debates sobre problemas
socioambientais, mobilizando milhes de pessoas.
A Conferncia Nacional Infanto-Juvenil tem dois momentos de debates. O primeiro, com as
Conferncias nas Escolas, onde se encontra toda a riqueza da diversidade e da participao. Alguns municpios e estados j fizeram suas Conferncias Infanto-Juvenis pelo Meio Ambiente. O outro momento a Conferncia Nacional, realizada no final do processo, em Braslia, num encontro das delegaes de jovens de todos os estados, representando as idias e compromissos de todas as escolas e comunidades envolvidas; Para saber mais: www.mec.gov.br/conferenciainfanto
Por que a COM-VIDA?Como sabemos, a proposta das COM-VIDAS est ligada ao processo da Conferncia Nacional
Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, que em sua primeira edio, em 2003, produziu a Carta Jovens Cuidando do Brasil, que pedia a criao de espaos de participao em defesa do meio ambiente nas escolas. A Comisso de Meio Ambiente e Qualidade de Vida - COM-VIDA uma resposta a esse pedido.
J na II Conferncia, em 2005, muitas COM-VIDAs ajudaram suas escolas na organizao das Conferncias de Meio Ambiente. A Com-vida to importante que na Carta das Responsabilidades Vamos Cuidar do Brasil (ver anexo), os jovens reforam logo no incio:
Para cuidarmos do Brasil precisamos de sua colaborao. Estamos fortalecendo as aes estudantis e nos unindo nas Com-vidas - Comisses de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola, nos Coletivos Jovens de Meio Ambiente e em tantos outros grupos.
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Quem participa da COM-VIDA?A Com-vida faz parte da comunidade escolar. Todas as pessoas e organizaes envolvidas com o
tema na escola podem participar. Alm delas, a escola pode convidar outras pessoas e organizaes comprometidas com o meio ambiente. A melhor forma de participar tomar a iniciativa e reunir pessoas em torno desse movimento por um mundo melhor.
De uma forma geral, participam da Com-vida na escola: estudantes, professores, funcionrios (como por exemplo, as merendeiras, vigilantes, pessoal da limpeza, secretrias...), pessoas da comunidade, como pais, mes, avs, vizinhos...
Como formar a COM-VIDA na escola?A Com-vida comea reunindo quem participou da Conferncia de Meio Ambiente na Escola, de projetos e aes a partir do meio ambiente na escola e outras pessoas que se interessam pelo
tema. Vale tambm convidar organizaes j existentes na escola, como Grmio Estudantil, Associao de Pais e Mestres e Conselho Escolar para verificar se existem outras aes
acontecendo e unir foras para as prximas.
Organizar e divulgarUm grupo de estudantes organiza e divulga a primeira reunio com o apoio dos
professores. Isso pode ser feito por meio de boletins, avisos em murais, rdio, alto-falante e de tudo o que a imaginao criar.
apenas um pontap inicial para comear a criar a Com-vida na escola. Uma vez iniciado esse processo, outras pessoas podem se inserir e participar.
Fazer um Acordo de ConvivnciaO objetivo da primeira reunio debater e aprovar a Com-vida. Para isso h uma
sugesto de acordo de convivncia em anexo. Os objetivos especficos da Com-vida na escola, a forma de organizao, a definio dos participantes e das datas para as
Participar
Participar quer dizer compartilhar opinies, informaes e poder para
sermos mais livres e atuantes, enfim... mais felizes. Participar importante
para termos a chance de, juntos, transformar a realidade. Se estivermos
descontentes com algo, podemos propor solues. Se estivermos
satisfeitos com alguma coisa, podemos divulgar e contribuir para que outras
pessoas aprendam com nossas experincias.
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atividades sero discutidos nessa reunio. Para facilitar a conversa, os participantes podem ser divididos em grupos e tentar responder a algumas perguntas. Por exemplo, para definir os objetivos especficos da Com-vida a pergunta pode ser:
ParaqueserveaCOM-VIDAnanossaescola?
Em cada grupo, as pessoas escrevem na lousa ou no papel as suas idias sobre o que esperam da Com-vida. Depois, debatem essas idias at chegarem a uma frase curta que mostre o objetivo do grupo. Este o momento de negociar o sonho de todos, por meio de debates, e de colocar no papel as idias que surgirem. Essas idias sero os objetivos especficos da Com-vida na escola. Os objetivos ajudaro a no perder o rumo e ficaro registrados no Acordo de Convivncia.
Essa mesma forma de agir pode ser usada para preencher as outras partes do Acordo de Convivncia. Outras perguntas podem orientar os debates:
ComodeveserorganizadaaCOM-VIDA?
QuaissoosacordosparaaentradaesadadaspessoasnaCOM-VIDA?
QuaissoasresponsabilidadeseaformadefuncionamentodaCOM-VIDA?
Comootrabalhoserrepartidoentreosparticipantes?
O Acordo de Convivncia pode ser detalhado, procurando cobrir todas as situaes que o grupo possa viver. Ou pode ser resumido, deixando para mais tarde como sero resolvidos os problemas que surgirem da prpria convivncia dentro da Comisso.
IMPORTANTE: As decises de todas as reunies precisam ser registradas e assinadas pelos participantes. O registro importante para documentar a histria do grupo e servir como memria.
Fazer planos e agirS tem sentido criar a Com-vida se for para modificar para melhor o dia-a-dia da escola e da
comunidade.
Para isso acontecer preciso muita dedicao, estudo, planejamento e principalmente vontade de pr a mo na massa.
Acordo de Convivncia
um conjunto de entendimentos feitos entre as pessoas para facilitar
o funcionamento da Com-vida. Uma vez que todos ajudam a construir e concordam, tornam-se responsveis
por cumprir este acordo.
Veja documento
em anexo na pgina
35.
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Construindo aAgenda 21 na Escola
Parte II
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Para compreender a Agenda 21A Agenda 21 Global um programa de ao que 179 pases assumiram para cuidar do planeta. Ela
tem 40 captulos, que mexem com tudo, do ar ao mar, da floresta aos desertos; prope estabelecer uma nova relao entre pases ricos e pobres.
Na Agenda 21, como em qualquer agenda, esto marcados os compromissos da humanidade com o Sculo XXI, para garantir um futuro melhor para o planeta, respeitando o ser humano e o seu ambiente. Alm desse compromisso global, os pases participantes da Conferncia Rio-92 decidiram criar Agendas 21 nacionais e propor que todos os municpios, bairros e comunidades realizassem Agendas 21 Locais.
Agenda 21 BrasileiraDepois da Rio-92 cada pas teve como tarefa elaborar a sua Agenda 21. No Brasil este processo
comeou com a criao, em 1997, da Comisso de Polticas para o Desenvolvimento Sustentvel e da Agenda 21 Brasileira CPDS. A comisso, seguindo as orientaes da Agenda 21 Global, envolveu 40 mil pessoas no pas todo e concluiu a Agenda 21 Brasileira em 2002.
Ela tem 21 objetivos (ver anexo) que buscam tornar o nosso pas um exemplo de proteo da natureza, fortalecendo a economia e a justia social.
Agenda 21 LocalQualquer grupo ou comunidade pode organizar a sua prpria Agenda 21 local para desenvolver um
processo de planejamento local, sempre em parceria entre o governo e sociedade.
Na Agenda 21 local so sempre bem-vindos pessoas e grupos que queiram cooperar, discutindo, reformando e propondo aes que transformem a realidade atual naquela desejada por todos.
Para saber se o seu municpio tem Agenda 21 local, acesse: www.mma.gov.br/agenda21 ou entre em contato com a prefeitura, IBAMA, rgos municipais e estaduais de meio ambiente ou ONGs Organizaes No-Governamentais.
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22
A Com-vida tambm vai construir a sua Agenda 21, convidando a comunidade escolar (estudantes, funcionrios, professores, direo, pais de alunos, vizinhana) para participar. Se em seu municpio tiver outros grupos trabalhando com a Agenda 21 local, interessante levar ao conhecimento destes grupos os projetos desenvolvidos pela escola para que a discusso seja mais ampla e permita integrar diferentes propostas.
Agenda 21 na EscolaNo nosso caso, a Agenda 21 um instrumento para a Com-vida planejar suas atividades, fazer projetos
coletivos que possam realmente transformar a realidade, aumentar seu dilogo com a comunidade de seu municpio, e se ligar em uma proposta de Agenda global.
Como existem inmeras maneiras e metodologias de se construir projetos conjuntos, trazemos aqui a proposta da Oficina de Futuro, que, alm de divertida e fcil, pode ser til em outras situaes que pedem a criao conjunta de um projeto.
Oficina de Futuro1: construindo projetos coletivosNo dicionrio, oficina significa um lugar onde ocorrem grandes transformaes.
A Oficina de Futuro consiste em uma srie de passos ou etapas para a construo de projetos coletivos, com durao que pode variar de acordo com o ritmo e o aprofundamento que o grupo deseje.
1 Metodologia criada pela ONG Instituto ECOAR para a Cidadania. (www.ecoar.org.br)
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Etapas da Oficina de Futuro
rvore dos SonhosPara realizar algo de valor preciso ter espao para sonhar. Durante a Rio-92 foi construda uma
imensa rvore na Praia do Flamengo, no Rio de Janeiro. Nesse local, onde era realizada a conferncia da sociedade civil, as pessoas escreviam em folhas de papel seus sonhos de um futuro digno para a humanidade e penduravam nessa rvore.
Para criar conjuntamente os objetivos do grupo, podemos seguir a mesma idia, construindo a rvore dos Sonhos. Uma rvore grande pode ser desenhada na lousa ou recortada em papis. As pessoas devem se reunir em pequenos grupos para responder a uma pergunta:
Comoaescoladosnossossonhos?
Outra pergunta que podem responder:
Comoacomunidadedosnossossonhos?
Cada grupo escreve os seus sonhos num papel em forma de folha e coloca na rvore dos Sonhos. A negociao coletiva vai mostrar que h muitos sonhos parecidos entre as pessoas e que, por serem sonhados juntos, eles podem se tornar realidade. Estes sonhos agrupados so os objetivos do grupo, como dizia o poeta Raul Seixas: sonho que se sonha s s um sonho, mas sonho que se sonha junto realidade. Portanto, se muitos estiverem sonhando juntos, a chance de transformar a realidade bem maior. Que tal comearmos?
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As Pedras no CaminhoFalar das pedras no caminho serve para a turma desabafar e pensar nas dificuldades que ter de
enfrentar para chegar aos sonhos.
Um grande caminho de pedras pode ser desenhado na lousa, no cho ou sobre um papel. Novamente os participantes so divididos em pequenos grupos para facilitar a conversa e respondem pergunta:
Quaissoosproblemasquedificultamalcanarmosnossossonhos?
Cada grupo debate, escolhe e escreve um problema sobre uma das pedras desenhadas. Depois de examinarem todas as dificuldades, os participantes da oficina escolhem quais desejam ver resolvidas em primeiro, em segundo e em terceiro lugar e assim por diante.
Sabemos que a realidade complexa e que muitos so os desafios para se construir um futuro melhor. Por outro lado, so estes desafios que do mais motivao para a nossa atuao na Com-vida e deixam claro que somente em conjunto, com cooperao e solidariedade, ser possvel transformar nossa escola, nosso bairro e nosso planeta.
No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida das minhas retinas to fatigadas.
Nunca me esquecerei de que no meio do
caminho tinha uma pedratinha uma pedra no meio do caminhono meio do caminho tinha uma pedra.
Poema de Carlos Drummond de Andrade
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Jornal Mural: viagem ao passado e ao presenteTodos os problemas e dificuldades tm uma razo de existir. Por isso, o terceiro passo da Oficina de
Futuro consiste em reunir informaes, para conhecer a histria da nossa escola e da nossa comunidade. Um caminho responder s perguntas:
Comoessesproblemassurgiram?
Comoeraaescolaeacomunidadeantes?
As pessoas mais velhas podem contar como as coisas eram antigamente. Coletar fotos, desenhos, filmes e outras informaes sobre o passado ajuda a compor essa memria. Mas preciso tambm conhecer a situao atual. Novamente, vale a pena reunir todo tipo de informao e de documentos pensando em responder pergunta:
Queexperinciasinteressantesjaconteceramporaqui?
Para se conhecer a situao atual, preciso construir um diagnstico considerando:
Comoestasituaosocial,ambiental,econmica,culturalepolticadacomunidadeondeestaescola?
Oqueaescolatemfeitoparamelhoraressarealidade?
Serqueexistemoutrosprojetossociais,ambientaisouculturaisacontecendonaescola?Acomunidadeparticipadeles?
Ondesepodeconseguir informaesmaisatuaissobreasituaodaescolaecomunidade?SerqueaprefeituraouaCmaradeVereadorestemcondiesdenosinformar?
Algumas informaes podem ser encontradas em ONGs, em empresas, universidades, rdios, jornais, TVs.
Toda a documentao coletada pode virar um Jornal Mural da Com-vida na Escola. O jornal mural vai facilitar a divulgao e a compreenso da situao local.
Jornal Mural
Um atraente jornal mural pode ser afixado em painis na parede do
ptio ou do corredor da escola, com as matrias coladas. importante colocar no jornal diferentes informaes, como
dados, fotos, matrias, depoimentos, desenhos, e quantas mais
a criatividade deixar. Lembre-se que o Jornal Mural
dinmico e, portanto, precisa ser atualizado com freqncia.
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COM-VIDA para a aoAgora preciso organizar as atividades e preparar um plano de ao. Esta parte vai ajudar o grupo
a tomar uma atitude para transformar a sua situao atual e realizar os sonhos. Para isso, preciso responder a novas perguntas:
Quaisaesdevemserrealizadas?
Oquesernecessriopararealiz-las?
Quandocadaaoserrealizada?
Quemseresponsabilizaporelas?
Comoavaliarseogrupoconseguiurealizaroqueplanejou?
Comodivulgarasaesrealizadas?
PLANO DE AO
Ao Significa aquilo que deve ser feito para alcanar um objetivo
Materiais e custos preciso lembrar de todo material e mo-de-obra necessrios para realizar determinada ao. Cada produto e servio tm um custo.
PrazoAt quando cada ao deve ser realizada? Quais os prazos para realizar cada ao?
ResponsveisQuem faz o qu? preciso que cada grupo ou pessoa se responsabilize por uma ou mais aes.
Como avaliarO grupo escolhe coisas que possam ser avaliadas e que indiquem se est conseguindo ou no realizar a ao.
Divulgao das aes
As aes realizadas podem ser divulgadas na escola e na comunidade por meio de apresentaes, jornais murais, programas de rdios comunitrias, panfletos, TVs e eventos como atividades culturais.
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Um plano de ao como um mapa de orientao. Ele s vezes pode demorar para ser construdo, mas se for cuidadoso e completo pode evitar muita dor de cabea. Afinal planejar nada mais do que pensar antes de agir. Vale lembrar que os planos existem para serem executados. Portanto, importante acompanhar e avaliar a realizao de todos os passos, perguntando sempre se os sonhos da rvore dos Sonhos esto sendo alcanados.
Que tal monitorar e avaliar?Monitorar. Durante o projeto, importante a equipe responsvel acompanhar o andamento
das aes para corrigir rumos e adequar materiais e prazos em funo do alcance dos objetivos.
Oplanodeaoestsendocumprido?Porqu?
Avaliar. Ao longo do projeto e depois de finalizado, temos que verificar se as nossas aes ajudaram a resolver os problemas identificados e causaram os impactos que desejamos. Para isso preci-samos de indicadores que funcionam como termmetros para que possamos medir e depois comparar os resultados. Por exemplo, podemos considerar como indicadores a quantidade de lixo produzido na escola ou o nmero de pessoas da comunidade escolar participando de aes ambientais.
Qualeraasituaoantesdoprojeto?
Comoestasituaoduranteoprojeto?
Qualasituaodepoisdoprojeto?
Dicas de InstrumentosPara o Monitoramento - Depois de cada atividade, fazer uma rodada com os participantes respondendo a trs questes: Que bom que... Que pena que... Que tal se...Para a Avaliao
- Realizar entrevistas com as pessoas e com os parceiros que se envolveram no projeto.- Aplicar questionrios antes e depois do projeto para comparar os resultados ao longo do tempo. Podemos at aproveitar os dados que j existem, como os formulrios do Censo Escolar.
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Por fim, vale lembrar que quanto mais dados e informaes a Com-vida tiver, mais fcil ser a avaliao. Uma coisa fazer uma avaliao a partir de informaes da nossa cabea, outra coisa ter em mos, alm do plano de ao traado, informaes e registros de aes j realizadas.
Amizades e parceriasCom parcerias dentro e fora da escola aumentam as chances da Agenda 21 na Escola dar
certo. Afinal, vrios dos problemas para os quais a Com-vida pretende buscar soluo no so apenas assunto da escola.
Por isso, o trabalho em equipe fundamental! Diversas cabeas pensando num mesmo problema tm mais chances de alcanar melhores solues. Da a importncia de:
Conhecer e apoiar as diversas experincias existentes na escola e na comunidade;
Descobrir se j existe um Frum da Agenda 21 local;
Divulgar as aes da Com-vida, utilizando os meios de comunicao disponveis;
Fazer parcerias com outras escolas, entidades da sociedade civil, poder pblico como prefeitura, secretarias (especialmente de educao e de meio ambiente), estabelecimentos comerciais, empresas, indstrias. Lembrando que os nomes dos parceiros devem ser divulgados nas aes;
Todos podem trabalhar junto na Com-vida, sendo co-responsveis nessa caminhada, em igualdade de condies e de representao. Isso vale especialmente para a juventude, que deve ser ouvida e participar das decises aqui e agora.
Assim a Com-vida tecer sua rede de relaes.
Uma Com-vida pode contar para outra como esto suas aes, por meio de diversas formas de comunicao, como reunies, encontros, cartas, jornais, grupos de discusso na internet.
Redes
Redes so espaos de participao em que todos so iguais. Pessoas e instituies podem se organizar em redes para trocarem informaes, se
comunicarem, planejarem projetos, entre outras atividades. Elas no tm chefe e nem dono e todos podem entrar ou sair
quando quiserem.
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Uma rede de Com-vidas j est em formao e, para facilitar encontros, a troca de informaes e a comunicao entre elas, j existe um stio na internet. Para participar, basta cadastrar sua Com-vida e disponibilizar informaes sobre suas atividades no stio: www.mec.gov.br/comvida
ResponsabilidadeA palavra responsabilidade vem do latim respondere, isto , responder, assumir um compro-
misso ou dar garantia. Cada pessoa pode assumir as conseqncias de seus atos: so as responsabilidades individuais. Podemos tambm pensar em responsabilidades de grupos de pessoas, como dos polticos, dos jornalistas, dos professores, dos empresrios chamadas de responsabilidades coletivas.
De qualquer maneira, importante reconhecermos que a responsabilidade de cada pessoa, de cada comunidade ou de cada grupo proporcional ao acesso informao e ao poder
de cada um. Quanto mais conhecimento ou poder algum tem, tanto maior deve ser o seu
compromisso com o bem-estar da sociedade. Essas idias foram baseadas na Carta das
Responsabilidades Humanas (www.carta-responsabilidades-humanas.net).
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31
Bibliografia
BOSCH, E.R.V.D. Caderno de propostas: mtodos e atitudes para facilitar reunies participativas. So Paulo: Fundao Friedrich Ebert/ Ildes, 2004.
BRASIL. Ministrio da Educao. Ministrio do Meio Ambiente. Manual Orientador para Coletivos Jovens de Meio Ambiente. 2 ed. Braslia, 2006.
______. Ministrio da Educao. Ministrio do Meio Ambiente. Passo a passo para a conferncia na escola: vivendo a diversidade na escola. Braslia, 2005.
______. Ministrio da Educao. Secretaria de Educao Fundamental. Programa Parmetros em ao: meio ambiente na escola. Braslia: SEF, 2001.
______. Ministrio do Meio Ambiente. Deliberaes da Conferncia Nacional do Meio Ambiente e da Conferncia Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. Braslia, 2004.
______. Ministrio do Meio Ambiente. Passo a passo para a Conferncia de Meio Ambiente na escola. Braslia, 2003.
______. Ministrio do Meio Ambiente. Secretaria de Desenvolvimento Sustentvel/Agenda 21. Construindo a Agenda 21 local. 2 ed. Braslia: SDS, 2003.
______. Ministrio do Meio Ambiente. Secretaria de Desenvolvimento Sustentvel/Agenda 21. Passo a passo da Agenda 21 local. Braslia: SDS, 2005.
______. Ministrio do Meio Ambiente. Ministrio da Educao. Programa Nacional de Educao Ambiental ProNEA. 3 ed. Braslia, 2005
CARTA DAS RESPONSABILIDADES HUMANAS. Disponvel em: . Acesso em: setembro de 2006
COMISSO DA CARTA DA TERRA. Carta da Terra. 2000. Disponvel em: . Acesso em: setembro de 2006.
CORNELL, J. Alegria de aprender com a natureza. So Paulo: Senac/ Melhoramentos, 1997.
DIETZ, L.A.; TAMAIO, I. Aprenda fazendo: apoio aos processos de educao ambiental. Braslia: WWF-Brasil, 2000.
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32
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessrios prtica educativa. So Paulo: Paz e Terra, 1996.
INSTITUTO ECOAR PARA A CIDADANIA. Agenda 21 do pedao. So Paulo, 2001.
INSTITUTO SOU DA PAZ. Grmio em forma. Rio de Janeiro, 2003.
MARTINHO, C. Redes. Braslia: WWF-Brasil, 2003.
VIEZZER, M.; OVALLES, O. Manual latino-americano de Educao Ambiental. So Paulo: Gaia, 1994.
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Anexos
Parte III
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SUGEST
O
Acordo de Convivncia da COM-VIDA2
Definio e Objetivo GeralA Com-vida uma organizao na escola que tem
por objetivo geral desenvolver e acompanhar a Educao Ambiental de forma permanente e continuada, envolvendo a comunidade.
Objetivos Especficos Construir a Agenda 21 na Escola;
Organizar a Conferncia de Meio Ambiente na Escola;
Promover intercmbios com outras Com-vidas das escolas de seu municpio, regio ou estado.
Quais so os objetivos na nossa escola?
ComposioA Com-vida composta por estudantes, professores,
funcionrios e membros da comunidade que participaram da
Conferncia de Meio Ambiente na Escola e outros convidados interessados no tema.
Quem deve fazer parte na nossa escola/ comunidade?
Formas de OrganizaoPara garantir seu funcionamento, a Com-vida se organiza
com um Ncleo Mobilizador. O Ncleo Mobilizador coordena e orienta a execuo das atividades. composto por 04 (quatro) pessoas que fazem parte da Com-vida3, sendo:
02 (dois) estudantes delegado ou delegada e suplente eleitos na Conferncia de Meio Ambiente na Escola4;
01 (um) professor ou funcionrio escolhido pela Com-vida;
01 (um) membro da comunidade escolhido pela Com-vida.
Nesse ncleo, o delegado ou a delegada e o suplente
devero exercer a funo de facilitadores.
A Com-vida ter vigncia de dois anos, mudando a cada Conferncia de Meio Ambiente na Escola.
2 Esta uma proposta de Acordo de Convivncia. A partir desta sugesto geral, cada escola poder discutir e detalhar objetivos especficos, funes e atividades da sua Com-vida.3 Cada escola precisa definir o nmero de participantes do Ncleo e a composio da Com-vida de acordo com sua realidade.4 Nos casos em que o/a delegado/a ou suplente no sejam mais alunos da escola, pode-se fazer um processo especial para escolher quem vai atuar no Ncleo Mobilizador da Com-vida.
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SUGEST
O
Como est organizada a Com-vida na escola?
Responsabilidades e forma de funcionamento responsabilidade da Com-vida cumprir com os
objetivos definidos coletivamente.
A Com-vida se reunir de acordo com as datas definidas ou, extraordinariamente, quando necessrio.
responsabilidade do Ncleo Mobilizador:
Convidar, organizar e coordenar os participantes da Com-vida;
Zelar pelo cumprimento de todas as atividades pla-nejadas;
Divulgar as atividades, os resultados e as conquistas na comunidade escolar;
Facilitar a comunicao entre os membros da Com-vida;
Promover a interao com Comisses de Meio Am-biente e Qualidade de Vida de outras escolas;
Dialogar com experincias j existentes na escola e na comunidade, interagindo, para isso, com a direo escolar, o Grmio, o Conselho Escolar, a Associao de Pais e Mestres, entre outras;
Buscar parcerias para viabilizar as atividades;
Fazer o registro de suas atividades.
O Ncleo Mobilizador se reunir regularmente durante o ano letivo a cada 15 dias, ou quando necessrio5.
A escola providenciar infra-estrutura para facilitar as atividades da Com-vida: espao para reunies, horrio para utilizao de equipamentos, arquivos, materiais etc.
Qual a forma de funcionamento da Com-vida?
Esse acordo de convivncia reconhecido e apoiado pela direo escolar.
Data ______/______/______
Escola ________________________________________
Municpio ____________________________UF________
Assinatura da Assinatura de representante Direo da Escola do Ncleo Mobilizador
5 Cada escola precisa definir a periodicidade das reunies de acordo com sua realidade.
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Grmio Estudantil a organizao que representa
os interesses dos estudantes na escola. Tem finalidades educacionais, culturais, cvicas, desportivas e sociais. Possui
autonomia, ou seja, seu funcionamento independe da vontade
da direo da escola e sua diretoria eleita pelos estudantes.
O Grmio permite que os alunos discutam, criem e fortaleam
inmeras possibilidades de ao tanto no prprio ambiente
escolar como na comunidade. Em vez de competir com o
Grmio, a Com-vida pode se tornar uma importante aliada do
Grmio na mobilizao da juventude.
Associao de Pais e Mestres (APM) Tem como
objetivo contribuir com o processo educacional e a integrao
famlia-escola-comunidade. Parcerias com a APM podem ser
teis na mobilizao de recursos e na identificao de aes necessrias.
Conselho de Escola Este o maior rgo de deciso
da escola. composto por professores, pais, alunos, espe-
cialistas e funcionrios, eleitos no incio do ano. A Com-vida
precisa dialogar com este conselho e definir uma pauta de assuntos comuns.
Principais organizaes na escola
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Leis e diretrizes que reforam a existncia da COM-VIDA
Leis so acordos coletivos criados pela sociedade e
institudos pelo poder legislativo (Cmaras de Vereadores,
Assemblias Legislativas e Congresso Nacional) para manter
a ordem e o desenvolvimento da sociedade. Existem muitas
leis, mas as criadas pela presso popular so aquelas que, de
fato, permanecem.
A Constituio Federal um exemplo disso. Vamos
conhecer um de seus artigos que trata da defesa do meio
ambiente.
Todos tm direito ao meio ambiente ecologicamente
equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder pblico e coletividade o dever de defend-lo e
preserv-lo para as presentes e futuras geraes.
Constituio Federal de 1988, Art. 225.
Alm da Constituio, outras leis encorajam iniciativas como a da criao da Com-vida:
A Poltica Nacional de Educao Ambiental PNEA (Lei n 9.795/99), estabelece os princpios e os objetivos
da Educao Ambiental, regulamenta e formaliza a sua
incluso em todos os nveis de ensino, permeando todas
as disciplinas, e em todos os setores da sociedade.
A Lei n 10.172, de 2001, institui o Plano Nacional de Educao e trata a Educao Ambiental de forma
transversal, ou seja, como tema que deve ser desenvolvido
a partir de uma prtica educativa integrada, contnua e
permanente, conforme proposto pelos Parmetros e
Diretrizes Curriculares Nacionais.
O captulo 25 da Agenda 21 determina que os gover-
nos, de acordo com suas estratgias, devem tomar
medidas para permitir a participao da juventude nos
processos de tomada de decises relativas ao meio
ambiente. E o captulo 36 deste documento refora o
carter transversal da Educao Ambiental. A Agenda
21 Brasileira recomenda instituir a Agenda 21 da escola
e do bairro.
A Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996 que es-
tabelece as diretrizes e bases da educao nacio-
nal (LDB), e a Lei n 10.172, de 2001, estabelecem a
criao de processos de integrao da sociedade com
a escola. Garantem a participao da comunidade na
gesto das escolas, a partir de comisses escolares ou
rgos equivalentes. As organizaes estudantis, como
espao de participao e exerccio da cidadania, deve-
ro ser apoiadas e incentivadas.
A Lei n 7.398, de novembro de 1985, dispe sobre a
organizao de entidades estudantis de 1 e 2 graus
e assegura aos estudantes o direito de se organizarem
em grmios e de participarem de entidades estudantis.
Esse direito tambm garantido pelo Estatuto da
Criana e do Adolescente, no artigo 53, inciso IV.
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Tratado de Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global
Este Tratado, assim como a educao, um processo
dinmico em permanente construo. Deve portanto propiciar
a reflexo, o debate e a sua prpria modificao. Ns signa-trios, pessoas de todas as partes do mundo, comprometidos
com a proteo da vida na Terra, reconhecemos o papel
central da educao na formao de valores e na ao social.
Nos comprometemos com o processo educativo transformador
atravs do envolvimento pessoal, de nossas comunidades
e naes para criar sociedades sustentveis e eqitativas.
Assim, tentamos trazer novas esperanas e vida para nosso
pequeno, tumultuado, mas ainda assim belo planeta.
I IntroduoConsideramos que a educao ambiental para uma
sustentabilidade eqitativa um processo de aprendizagem
permanente, baseado no respeito a todas as formas de
vida. Tal educao afirma valores e aes que contribuem para a transformao humana e social e para a preservao
ecolgica. Ela estimula a formao de sociedades socialmente
justas e ecologicamente equilibradas, que conservam entre
si relao de interdependncia e diversidade. Isto requer
responsabilidade individual e coletiva em nvel local, nacional
e planetrio.
Consideramos que a preparao para as mudanas necessrias depende da compreenso coletiva da natureza
sistmica das crises que ameaam o futuro do planeta. As
causas primrias de problemas como o aumento da pobreza,
da degradao humana e ambiental e da violncia podem ser
identificadas no modelo de civilizao dominante, que se baseia em superproduo e superconsumo para uns e subconsumo e
falta de condies para produzir por parte da grande maioria.
Consideramos que so inerentes crise a eroso dos valores
bsicos e a alienao e a no participao da quase totalidade
dos indivduos na construo de seu futuro.
fundamental que as comunidade planejem e imple-
mentem suas prprias alternativas s polticas vigentes. Den-
tre estas alternativas est a necessidade de abolio dos pro-
gramas de desenvolvimento, ajustes e reformas econmicas
que mantm o atual modelo de crescimento com seus terrveis
efeitos sobre o ambiente e a diversidade de espcies, incluin-
do a humana. Consideramos que a educao ambiental deve
gerar com urgncia mudanas na qualidade de vida e maior
conscincia de conduta pessoal, assim como harmonia entre
os seres humanos e destes com outras formas de vida.
II - Princpios da Educao para Sociedades Sustentveis e Responsabilidade Global
1. A educao um direito de todos, somos todos apren-
dizes e educadores.
2. A educao ambiental deve ter como base o pensa-
mento crtico e inovador, em qualquer tempo ou lugar, em seus
modos formal, no formal e informal, promovendo a transfor-
mao e a construo da sociedade.
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3. A educao ambiental individual e coletiva. Tem o
propsito de formar cidados com conscincia local e plane-
tria, que respeitem a autodeterminao dos povos e a sobe-
rania das naes.
4. A educao ambiental no neutra, mas ideolgica.
um ato poltico, baseado em valores para a transformao
social.
5. A educao ambiental deve envolver uma perspectiva
holstica, enfocando a relao entre o ser humano, a natureza
e o universo de forma interdisciplinar.
6. A educao ambiental deve estimular a solidariedade,
a igualdade e o respeito aos direitos humanos, valendo-se de
estratgias democrticas e interao entre as culturas.
7. A educao ambiental deve tratar as questes globais
crticas, suas causas e inter-relaes em uma perspectiva sis-
tmica, em seus contexto social e histrico. Aspectos primor-
diais relacionados ao desenvolvimento e ao meio ambiente
tais como populao, sade, democracia, fome, degradao
da flora e fauna devem ser abordados dessa maneira.
8. A educao ambiental deve facilitar a cooperao m-
tua e eqitativa nos processos de deciso, em todos os nveis
e etapas.
9. A educao ambiental deve recuperar, reconhecer,
respeitar, refletir e utilizar a histria indgena e culturas locais, assim como promover a diversidade cultural, lingstica e eco-
lgica. Isto implica uma reviso da histria dos povos nativos
para modificar os enfoques etnocntricos, alm de estimular a educao bilinge.
10. A educao ambiental deve estimular e potencializar o
poder das diversas populaes, promover oportunidades para
as mudanas democrticas de base que estimulem os setores populares da sociedade. Isto implica que as comunidades devem retomar a conduo de seus prprios destinos.
11. A educao ambiental valoriza as diferentes formas de conhecimento. Este diversificado, acumulado e produzido socialmente, no devendo ser patenteado ou monopolizado.
12. A educao ambiental deve ser planejada para ca-pacitar as pessoas a trabalharem conflitos de maneira justa e humana.
13. A educao ambiental deve promover a cooperao e o dilogo entre indivduos e instituies, com a finalidade de criar novos modos de vida, baseados em atender s neces-sidades bsicas de todos, sem distines tnicas, fsicas, de gnero, idade, religio, classe ou mentais.
14. A educao ambiental requer a democratizao dos meios de comunicao de massa e seu comprometimento com os interesses de todos os setores da sociedade. A comu-nicao um direito inalienvel e os meios de comunicao de massa devem ser transformados em um canal privilegia-do de educao, no somente disseminando informaes em bases igualitrias, mas tambm promovendo intercmbio de experincias, mtodos e valores.
15. A educao ambiental deve integrar conhecimen-tos, aptides, valores, atitudes e aes. Deve converter cada oportunidade em experincias educativas de sociedades sus-tentveis.
16. A educao ambiental deve ajudar a desenvolver uma conscincia tica sobre todas as formas de vida com as quais compartilhamos este planeta, respeitar seus ciclos vitais e impor limites explorao dessas formas de vida pelos seres humanos.
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III - Plano de Ao As organizaes que assinam este tratado se propem
a implementar as seguintes diretrizes:
1. Transformar as declaraes deste Tratado e dos demais produzidos pela Conferncia da Sociedade Civil durante o processo da Rio 92 em documentos a serem utilizados na rede formal de ensino e em programas educativos dos movimentos sociais e suas organizaes.
2. Trabalhar a dimenso da educao ambiental para sociedades sustentveis em conjunto com os grupos que ela-boraram os demais tratados aprovados durante a Rio 92.
3. Realizar estudos comparativos entre os tratados da sociedade civil e os produzidos pela Conferncia das Naes Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento - UNCED; utilizar as concluses em aes educativas.
4. Trabalhar os princpios deste tratado a partir das realidades locais, estabelecendo as devidas conexes com a realidade planetria, objetivando a conscientizao para a transformao.
5. Incentivar a produo de conhecimentos, polticos, metodologias e prticas de Educao Ambiental em todos os espaos de educao formal, informal e no formal, para todas as faixas etrias.
6. Promover e apoiar a capacitao de recursos humanos para preservar, conservar e gerenciar o ambiente, como parte do exerccio da cidadania local e planetria.
7. Estimular posturas individuais e coletivas, bem como polticas institucionais que revisem permanentemente a coe-rncia entre o que se diz e o que se faz, os valores de nossas culturas, tradies e histria.
8. Fazer circular informaes sobre o saber e a memria
populares; e sobre iniciativas e tecnologias apropriadas ao uso
dos recursos naturais.
9. Promover a co-responsabilidade dos gneros femini-
no e masculino sobre a produo, reproduo e manuteno
da vida.
10. Estimular a apoiar a criao e o fortalecimento de
associaes de produtores e de consumidores e redes de
comercializao que sejam ecologicamente responsveis.
11. Sensibilizar as populaes para que constituam Con-
selhos populares de ao Ecolgica e Gesto do Ambiente vi-
sando investigar, informar, debater e decidir sobre problemas
e polticas ambientais.
12. Criar condies educativas, jurdicas, organizacio-
nais e polticas para exigir dos governos que destinem parte
significativa de seu oramento educao e meio ambiente.
13. Promover relaes de parceria e cooperao entre
as ONGs e movimentos sociais e as agncias da ONU
(UNESCO, PNUMA, FAO entre outras), em nvel nacional,
regional e internacional, a fim de estabelecerem em conjunto as prioridades de ao para educao, meio ambiente e
desenvolvimento.
14. Promover a criao e o fortalecimento de redes
nacionais, regionais e mundiais para a realizao de aes
conjuntas entre organizaes do Norte, Sul, Leste e Oeste
com perspectiva planetria (exemplos: dvida externa, direi-
tos humanos, paz, aquecimento global, populao, produtos
contaminados).
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15. Garantir que os meios de comunicao se transfor-mem em instrumentos educacionais para a preservao e conservao de recursos naturais, apresentando a pluralida-de de verses com fidedignidade e contextualizando as infor-maes. Estimular transmisses de programas gerados pelas comunidades locais.
16. Promover a compreenso das causas dos hbitos consumistas e agir para a transformao dos sistemas que os sustentam, assim como para com a transformao de nossas prprias prticas.
17. Buscar alternativas de produo autogestionria e apropriadas econmica e ecologicamente, que contribuam para uma melhoria da qualidade de vida.
18.. Atuar para erradicar o racismo, o sexismo e outros preconceitos; e contribuir para um processo de reconheci-mento da diversidade cultural dos direitos territoriais e da au-todeterminao dos povos.
19. Mobilizar instituies formais e no formais de educa-o superior para o apoio ao ensino, pesquisa e extenso em educao ambiental e a criao, em cada universidade, de cen-tros interdisciplinares para o meio ambiente.
20. Fortalecer as organizaes e movimentos sociais como espaos privilegiados para o exerccio da cidadania e melhoria da qualidade de vida e do ambiente.
21. Assegurar que os grupos de ecologistas popularizem suas atividades e que as comunidades incorporem em seu cotidiano a questo ecolgica.
22. Estabelecer critrios para a aprovao de projetos de educao para sociedades sustentveis, discutindo priori-dades sociais junto s agncias financiadoras.
IV - Sistema de Coordenao, Monitoramento e Avaliao
Todos os que assinam este Tratado concordam em:
1. Difundir e promover em todos os pases o Tratado de
Educao Ambiental para Sociedades Sustentveis e Respon-
sabilidade Global atravs de campanhas individuais e coletivas,
promovidas por ONGs, movimentos sociais e outros.
2. Estimular e criar organizaes, grupos de ONGs e
Movimentos Sociais para implantar, implementar, acompanhar
e avaliar os elementos deste Tratado.
3. Produzir materiais de divulgao deste tratado e de seus
desdobramentos em aes educativas, sob a forma de textos,
cartilhas, cursos, pesquisas, eventos culturais, programas na mdia,
feiras de criatividade popular, correio eletrnico e outros.
4. Estabelecer um grupo de coordenao internacional
para dar continuidade s propostas deste Tratado.
5. Estimular, criar e desenvolver redes de educadores
ambientais.
6. Garantir a realizao, nos prximos trs anos, do 1
Encontro Planetrio de Educao Ambiental para Sociedades
Sustentveis.
7. Coordenar aes de apoio aos movimentos sociais
em defesa da melhoria da qualidade de vida, exercendo assim
uma efetiva solidariedade internacional.
8. Estimular articulaes de ONGs e movimentos sociais
para rever estratgias de seus programas relativos ao meio
ambiente e educao.
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V - Grupos a serem envolvidosEste Tratado dirigido para:
1. Organizaes dos movimentos sociais-ecologistas, mulheres, jovens, grupos tnicos, artistas, agricultores, sindi-calistas, associaes de bairro e outros.
2. ONGs comprometidas com os movimentos sociais de
carter popular.
3. Profissionais de educao interessados em implantar e implementar programas voltados questo ambiental tanto
nas redes formais de ensino, como em outros espaos edu-
cacionais.
4. Responsveis pelos meios de comunicao capazes
de aceitar o desafio de um trabalho transparente e democrtico, iniciando uma nova poltica de comunicao de massas.
5. Cientistas e instituies cientficas com postura tica e sensveis ao trabalho conjunto com as organizaes dos
movimentos sociais.
6. Grupos religiosos interessados em atuar junto s
organizaes dos movimentos sociais.
7. Governos locais e nacionais capazes de atuar em
sintonia/parceria com as propostas deste Tratado.
8. Empresrios (as) comprometidos (as) em atuar dentro
de uma lgica de recuperao e conservao do meio am-
biente e de melhoria da qualidade de vida, condizentes com
os princpios e propostas deste Tratado.
9. Comunidades alternativas que experimentam novos
estilos de vida condizentes com os princpios e propostas
deste Tratado.
VI RecursosTodas as organizaes que assinam o presente Tratado
se comprometem:
1. Reservar uma parte significativa de seus recursos para o desenvolvimento de programas educativos relacionados
com a melhoria do ambiente e com a qualidade de vida.
2. Reivindicar dos governos que destinem um percentual
significativo do Produto Nacional Bruto para a implantao de programas de Educao Ambiental em todos os setores da
administrao pblica, com a participao direta de ONGs e
movimentos sociais.
3. Propor polticas econmicas que estimulem empresas
a desenvolverem e aplicarem tecnologias apropriadas e a cria-
rem programas de educao ambiental, parte de treinamentos
de pessoal e para comunidade em geral.
4. Incentivar as agncias financiadoras a alocarem re-cursos significativos a projetos dedicados educao am-biental: alm de garantir sua presena em outros projetos a
serem aprovados, sempre que possvel.
5. Contribuir para a formao de um sistema bancrio
planetrio das ONGs e movimentos sociais, cooperativo e
descentralizado que se proponha a destinar uma parte de seus
recursos para programas de educao e seja ao mesmo tempo
um exerccio educativo de utilizao de recursos financeiros.
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A Carta da TerraPrembuloEstamos diante de um momento crtico na histria da
Terra, numa poca em que a humanidade deve escolher o seu futuro. medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frgil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adian-te, devemos reconhecer que, no meio da uma magnfica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma famlia humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos somar foras para gerar uma sociedade sustentvel global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justia econmica e numa cultura da paz. Para chegar a este propsito, imperativo que ns, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os
outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras
geraes.
Terra, Nosso LarA humanidade parte de um vasto universo em evolu-
o. A Terra, nosso lar, est viva com uma comunidade de vida nica. As foras da natureza fazem da existncia uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as con-dies essenciais para a evoluo da vida. A capacidade de recuperao da comunidade da vida e o bem-estar da huma-nidade dependem da preservao de uma biosfera saudvel com todos seus sistemas ecolgicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos frteis, guas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos uma preocu-pao comum de todas as pessoas. A proteo da vitalidade,
diversidade e beleza da Terra um dever sagrado.
A Situao GlobalOs padres dominantes de produo e consumo esto
causando devastao ambiental, reduo dos recursos e uma
massiva extino de espcies. Comunidades esto sendo
arruinadas. Os benefcios do desenvolvimento no esto sendo
divididos eqitativamente e o fosso entre ricos e pobres est
aumentando. A injustia, a pobreza, a ignorncia e os conflitos violentos tm aumentado e so causa de grande sofrimento.
O crescimento sem precedentes da populao humana tem
sobrecarregado os sistemas ecolgico e social. As bases da
segurana global esto ameaadas. Essas tendncias so
perigosas, mas no inevitveis.
Desafios Para o FuturoA escolha nossa: formar uma aliana global para cuidar
da Terra e uns dos outros, ou arriscar a nossa destruio e a da diversidade da vida. So necessrias mudanas fundamentais dos nossos valores, instituies e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades bsicas forem atingidas, o desenvolvimento humano ser primariamente voltado a ser mais, no a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessrios para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global est criando novas oportunidades para construir um mundo democrtico e humano.
Nossos desafios ambientais, econmicos, polticos, so-ciais e espirituais esto interligados, e juntos podemos forjar
solues includentes.
Responsabilidade UniversalPara realizar estas aspiraes, devemos decidir viver
com um sentido de responsabilidade universal, identificando-
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nos com toda a comunidade terrestre bem como com nossa
comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidados de
naes diferentes e de um mundo no qual a dimenso local e
global esto ligadas. Cada um compartilha da responsabilidade
pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da famlia humana
e de todo o mundo dos seres vivos. O esprito de solidariedade
humana e de parentesco com toda a vida fortalecido quando
vivemos com reverncia o mistrio da existncia, com gratido
pelo dom da vida, e com humildade considerando em relao
ao lugar que ocupa o ser humano na natureza.
Necessitamos com urgncia de uma viso compartilha-
da de valores bsicos para proporcionar um fundamento tico
comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na espe-
rana, afirmamos os seguintes princpios, todos interdepen-dentes, visando um modo de vida sustentvel como critrio
comum, atravs dos quais a conduta de todos os indivduos,
organizaes, empresas, governos, e instituies transnacio-
nais ser guiada e avaliada.
PrincpiosI. Respeitar e Cuidar da Comunidade da Vida1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
a. Reconhecer que todos os seres so interligados e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
b. Afirmar a f na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artstico, tico e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreenso, compaixo e amor.
a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
b. Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica responsabilidade na promoo do bem comum.
3. Construir sociedades democrticas que sejam justas, participativas, sustentveis e pacficas.
a. Assegurar que as comunidades em todos os nveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada um a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
b. Promover a justia econmica e social, propiciando a todos a consecuo de uma subsistncia significativa e segura, que seja ecologicamente responsvel.
4. Garantir as ddivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras geraes.
a. Reconhecer que a liberdade de ao de cada gerao
condicionada pelas necessidades das geraes futuras.
b. Transmitir s futuras geraes valores, tradies e
instituies que apiem, em longo prazo, a prosperidade das
comunidades humanas e ecolgicas da Terra.
Para poder cumprir estes quatro amplos compromissos,
necessrio:
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II. Integridade Ecolgica5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas
ecolgicos da Terra, com especial preocupao pela diversidade biolgica e pelos processos naturais que sustentam a vida.
a. Adotar planos e regulamentaes de desenvolvimento
sustentvel em todos os nveis que faam com que a conser-
vao ambiental e a reabilitao sejam parte integral de todas
as iniciativas de desenvolvimento.
b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza
vivel e da biosfera, incluindo terras selvagens e reas
marinhas, para proteger os sistemas de sustento vida da
Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herana
natural.
c. Promover a recuperao de espcies e ecossiste-
mas ameaados.
d. Controlar e erradicar organismos no-nativos ou
modificados geneticamente que causem dano s espcies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introduo desses
organismos daninhos.
e. Manejar o uso de recursos renovveis como gua,
solo, produtos florestais e vida marinha de forma que no excedam as taxas de regenerao e que protejam a sanidade
dos ecossistemas.
f. Manejar a extrao e o uso de recursos no-renovveis,
como minerais e combustveis fsseis de forma que diminuam
a exausto e no causem dano ambiental grave.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor mtodo de proteo ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precauo.
a. Orientar aes para evitar a possibilidade de srios
ou irreversveis danos ambientais mesmo quando a informa-
o cientfica for incompleta ou no conclusiva.b. Impor o nus da prova queles que afirmarem que a
atividade proposta no causar dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano ambiental.
c. Garantir que a deciso a ser tomada se oriente pelas
conseqncias humanas globais, cumulativas, de longo prazo,
indiretas e de longo alcance.
d. Impedir a poluio de qualquer parte do meio ambiente
e no permitir o aumento de substncias radioativas, txicas
ou outras substncias perigosas.
e. Evitar que atividades militares causem dano ao
meio ambiente.
7. Adotar padres de produo, consumo e repro-duo que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitrio.
a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos
sistemas de produo e consumo e garantir que os resduos
possam ser assimilados pelos sistemas ecolgicos.
b. Atuar com restrio e eficincia no uso de energia e recorrer cada vez mais aos recursos energticos renovveis,
como a energia solar e do vento.
c. Promover o desenvolvimento, a adoo e a transfe-
rncia eqitativa de tecnologias ambientais saudveis.
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d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de
bens e servios no preo de venda e habilitar os consumidores
a identificar produtos que satisfaam as mais altas normas sociais e ambientais.
e. Garantir acesso universal assistncia de sade que
fomente a sade reprodutiva e a reproduo responsvel.
f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de
vida e subsistncia material num mundo finito.
8. Avanar o estudo da sustentabilidade ecolgica e promover a troca aberta e a ampla aplicao do conhe-cimento adquirido.
a. Apoiar a cooperao cientfica e tcnica internacional relacionada a sustentabilidade, com especial ateno s ne-
cessidades das naes em desenvolvimento.
b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais
e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuam
para a proteo ambiental e o bem-estar humano.
C. Garantir que informaes de vital importncia para
a sade humana e para a proteo ambiental, incluindo
informao gentica, estejam disponveis ao domnio pblico.
III. Justia Social e Econmica9. Erradicar a pobreza como um imperativo tico,
social e ambiental.
a. Garantir o direito gua potvel, ao ar puro,
segurana alimentar, aos solos no-contaminados, ao abrigo
e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e
internacionais requeridos.
b. Prover cada ser humano de educao e recursos
para assegurar uma subsistncia sustentvel, e proporcionar
seguro social e segurana coletiva a todos aqueles que no
so capazes de manter-se por conta prpria.
c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulnerveis,
servir queles que sofrem, e permitir-lhes desenvolver suas
capacidades e alcanar suas aspiraes.
10. Garantir que as atividades e instituies econ-micas em todos os nveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqitativa e sustentvel.
a. Promover a distribuio eqitativa da riqueza dentro
das e entre as naes.
b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, tc-nicos e sociais das naes em desenvolvimento e isent-las
de dvidas internacionais onerosas.
c. Garantir que todas as transaes comerciais apiem o
uso de recursos sustentveis, a proteo ambiental e normas
trabalhistas progressistas.
d. Exigir que corporaes multinacionais e organizaes
financeiras internacionais atuem com transparncia em bene-fcio do bem comum e responsabiliz-las pelas conseqncias
de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqidade de gnero como pr-requisitos para o desenvolvimento sustentvel e as-segurar o acesso universal educao, assistncia de sade e s oportunidades econmicas.
a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das
meninas e acabar com toda violncia contra elas.
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b. Promover a participao ativa das mulheres em todos
os aspectos da vida econmica, poltica, civil, social e cultural
como parceiras plenas e paritrias, tomadoras de deciso,
lderes e beneficirias.c. Fortalecer as famlias e garantir a segurana e a
educao amorosa de todos os membros da famlia.
12. Defender, sem discriminao, os direitos de to-das as pessoas a um ambiente natural e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a sade corporal e o bem-estar espiritual, concedendo especial ateno aos direitos dos povos indgenas e minorias.
a. Eliminar a discriminao em todas as suas formas, como as baseadas em raa, cor, gnero, orientao sexual, religio, idioma e origem nacional, tnica ou social.
b. Afirmar o direito dos povos indgenas sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como s suas prticas
relacionadas a formas sustentveis de vida.
c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades,
habilitando-os a cumprir seu papel essencial na criao de
sociedades sustentveis.
d. Proteger e restaurar lugares notveis pelo significado cultural e espiritual.
IV. Democracia, No Violncia e Paz13. Fortalecer as instituies democrticas em to-
dos os nveis e proporcionar-lhes transparncia e pres-tao de contas no exerccio do governo, participao inclusive na tomada de decises, e acesso justia.
a. Defender o direito de todas as pessoas no sentido de
receber informao clara e oportuna sobre assuntos ambien-
tais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que
poderiam afet-las ou nos quais tenham interesse.
b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e
promover a participao significativa de todos os indivduos e organizaes na tomada de decises.
c. Proteger os direitos liberdade de opinio, de expresso,
de assemblia pacfica, de associao e de oposio.d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos
administrativos e judiciais independentes, incluindo retifica-
o e compensao por danos ambientais e pela ameaa
de tais danos.
e. Eliminar a corrupo em todas as instituies pblicas
e privadas.
f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a
cuidar dos seus prprios ambientes, e atribuir responsabilidades
ambientais aos nveis governamentais onde possam ser
cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar, na educao formal e na aprendizagem
ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades
necessrias para um modo de vida sustentvel.
a. Oferecer a todos, especialmente a crianas e jovens,
oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativa-
mente para o desenvolvimento sustentvel.
b. Promover a contribuio das artes e humanidades, assim
como das cincias, na educao para sustentabilidade.
c. Intensificar o papel dos meios de comunicao de massa no sentido de aumentar a sensibilizao para os desa-
fios ecolgicos e sociais.d. Reconhecer a importncia da educao moral e espi-
ritual para uma subsistncia sustentvel.
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15. Tratar todos os seres vivos com respeito e con-siderao.
a. Impedir crueldades aos animais mantidos em socie-
dades humanas e proteg-los de sofrimentos.
b. Proteger animais selvagens de mtodos de caa, ar-
madilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolonga-
do ou evitvel.
c. Evitar ou eliminar ao mximo possvel a captura ou destruio de espcies no visadas.
16. Promover uma cultura de tolerncia, no vio-lncia e paz.
a. Estimular e apoiar o entendimento mtuo, a solida-
riedade e a cooperao entre todas as pessoas, dentro das e
entre as naes.
b. Implementar estratgias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaborao na resoluo de problemas para
manejar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.c. Desmilitarizar os sistemas de segurana nacional at
chegar ao nvel de uma postura no-provocativa da defesa
e converter os recursos militares em propsitos pacficos, incluindo restaurao ecolgica.
d. Eliminar armas nucleares, biolgicas e txicas e outras
armas de destruio em massa.
e. Assegurar que o uso do espao orbital e csmico
mantenha a proteo ambiental e a paz.
f. Reconhecer que a paz a plenitude criada por relaes
corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas,
outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual
somos parte.
O Caminho AdianteComo nunca antes na histria, o destino comum nos
conclama a buscar um novo comeo. Tal renovao a promessa dos princpios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudana na mente e no corao. Re-quer um novo sentido de interdependncia global e de res-ponsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginao a viso de um modo de vida sustentvel aos nveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural uma herana preciosa, e diferentes culturas encontraro suas prprias e distintas formas de realizar esta viso. Devemos aprofundar expandir o dilogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca imi-nente e conjunta por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tenses entre valores im-portantes. Isto pode significar escolhas difceis. Porm, ne-cessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade
com a unidade, o exerccio da liberdade com o bem comum,
objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo in-
divduo, famlia, organizao e comunidade tm um papel vital
a desempenhar. As artes, as cincias, as religies, as institui-
es educativas, os meios de comunicao, as empresas, as
organizaes no-governamentais e os governos so todos
chamados a oferecer uma liderana criativa. A parceria entre
governo, sociedade civil e empresas essencial para uma go-
vernabilidade efetiva.
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Para construir uma comunidade global sustentvel, as
naes do mundo devem renovar seu compromisso com as
Naes Unidas, cumprir com suas obrigaes respeitando os
acordos internacionais existentes e apoiar a implementao
dos princpios da Carta da Terra com um instrumento interna-
cional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao desen-volvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de
uma nova reverncia face vida, pelo compromisso firme de alcanar a sustentabilidade, a intensificao da luta pela justi-
a e pela paz, e a alegre celebrao da vida.
Carta das Responsabilidades Vamos Cuidar do Brasil - Deliberaes da II Conferncia Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente
Somos jovens do Brasil inteiro envolvidos no processo da II Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. Buscamos construir uma sociedade justa, feliz e sustentvel. Assumimos responsabilidades e aes cheias de sonhos e necessidades. Esta carta carrega as idias coletivas de 12 mil escolas e comunidades de todo o pas que realizaram suas Conferncias em 2005, com os desejos de 4 milhes de pessoas.
Este um meio de expressar nossas vontades e nosso carinho pela vida e sua diversidade. Compreendemos que sem essa diversidade o mundo no teria cor. Encontramos caminhos para trabalhar temas globais, complexos e urgentes: Mudanas Climticas, Biodiversidade, Segurana Alimentar e Nutricional e Diversidade tnico-Racial. Queremos sensibilizar e mobilizar as pessoas para juntos encararmos os grandes desafios socioambientais que a nossa gerao enfrenta.
Para cuidarmos do Brasil precisamos de sua colaborao. Estamos fortalecendo as aes estudantis e nos unindo nas Com-vidas Comisses de Meio Ambiente e Qualidade de Vida na Escola, nos Coletivos Jovens de Meio Ambiente e em tantos outros grupos.
Compartilhamos a responsabilidade com os governos, empresas, meios de comunicao, ONGs, movimentos sociais e culturais, alm de nossas comunidades.
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Assim, assumimos estas responsabilidades:
1. Divulgao da informao e ampliao dos co-nhecimentos por meio da educao ambiental. Criaremos grupos de intercmbio para realizar palestras, seminrios, campanhas, pesquisas e apresentaes culturais de jovens para jovens e de jovens para adultos. Iremos proteger e valo-rizar o local em que vivemos e suas culturas com a produo e apropriao de diversas linguagens de comunicao des-contradas e criativas.
2. Proteo e valorizao da biodiversidade. neces-srio manter a vegetao nativa dos nossos biomas, protegen-do a existente e recuperando reas degradadas no campo e nas cidades. importante reflorestar matas ciliares, construir viveiros e sementeiras para o cultivo de plantas nativas.
3. Transformao das cidades, comunidades e esco-las em espaos ambientalmente saudveis. Vamos unir for-as com toda a comunidade escolar para arborizar as escolas e bairros com espcies frutferas e criar hortas, pomares, praas, parques e jardins.
4. Diminuio da produo de lixo praticando os 5 Rs: repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar. Vamos repensar os modos de produo e as reais necessidades de consumo, recusar descartveis, optar por produtos reciclados, praticar a separao do lixo para apoiar a coleta seletiva e criar adubos a partir da matria orgnica. Iremos incentivar as cooperativas e exigir o apoio das prefeituras.
5. Reduo da emisso de gases poluentes que provocam o aquecimento global. Praticar a carona solidria e incentivar o uso de transporte coletivo e bicicletas. Estimular a utilizao de energias alternativas como solar, elica e biodiesel.
6. Preveno do desmatamento e das queimadas.
Iremos pesquisar e dialogar sobre prticas sustentveis com
os fazendeiros e agricultores: uso e manejo do solo e das
florestas, o que contribui para a reduo do aquecimento global.
Organizaremos mutires de distribuio de sementes nativas,
campanhas publicitrias, fruns e caminhadas ecolgicas.
7. Respeito, entendimento e reconhecimento da diversi-
dade cultural. Promover eventos para a socializao das culturas
e etnias. Garantir a visibilidade e a prtica das leis que incluem a
histria de outras culturas no contedo escolar, como a afro-
brasileira. Divulgar pela mdia o valor das diversas culturas.
8. Valorizao da produo e do consumo de ali-
mentos naturais e orgnicos. Precisamos mudar nossos
hbitos alimentares para a escolha de alimentos saudveis;
sensibilizar agricultores para prticas de cultivo com adubos
orgnicos e inseticidas naturais; e dizer no para o plantio e o
consumo de transgnicos.
9. Reeducao alimentar respeitando os hbitos
dos povos. Elaborao de projetos de segurana alimentar
como: cardpio escolar balanceado, resgate e socializao de
conhecimentos tradicionais, receita de alimentos saudveis e
hortas escolares.
Convidamos voc para cuidar do Brasil!
Luzinia (GO), 26 de abril de 2006.
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Plataforma das aes prioritrias da Agenda 21 BrasileiraA economia da poupana na sociedade do conhecimentoObjetivo 1: Produo e consumo sustentveis contra a cultura do desperdcioObjetivo 2: Ecoeficincia e responsabilidade social das empresasObjetivo 3: Retomada do planejamento estratgico, infra-estrutura e integrao regionalObjetivo 4: Energia renovvel e a biomassaObjetivo 5: Informao e conhecimento para o desenvolvimento sustentvel
Incluso social para uma sociedade solidriaObjetivo 6: Educao permanente para o trabalho e a vidaObjetivo 7: Promover a sade e evitar a doena, democratizando o SUSObjetivo 8: Incluso social e distribuio de rendaObjetivo 9: Universalizar o saneamento ambiental protegendo o ambiente e a sade
Estratgia para a sustentabilidade urbana e ruralObjetivo 10: Gesto do espao urbano e a autoridade metropolitanaObjetivo 11: Desenvolvimento sustentvel do Brasil ruralObjetivo 12: Promoo da agricultura sustentvelObjetivo 13: Promover a Agenda 21 Local e o desenvolvimento integrado e sustentvelObjetivo 14: Implantar o transporte de massa e a mobilidade sustentvel
Recursos naturais estratgicos: gua, biodiversidade e florestasObjetivo 15: Preservar a quantidade e melhorar a qualidade da gua nas bacias hidrogrficasObjetivo 16: Poltica florestal, controle do desmatamento e corredores de biodiversidade
Governana e tica para a promoo da sustentabilidadeObjetivo 17: Descentralizao e o pacto federativo: parcerias, consrcios e o poder localObjetivo 18: Modernizao do Estado: gesto ambiental e instrumentos econmicosObjetivo 19: Relaes internacionais e governana global para o desenvolvimento sustentvelObjetivo 20: Cultura cvica e novas identidades na sociedade da comunicaoObjetivo 21: Pedagogia da sustentabilidade: tica e solidariedade
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Plataforma das aes prioritrias da Agenda 21 BrasileiraA economia da poupana na sociedade do conhecimentoObjetivo 1: Produo e consumo sustentveis contra a cultura do desperdcioObjetivo 2: Ecoeficincia e responsabilidade social das empresasObjetivo 3: Retomada do planejamento estratgico, infra-estrutura e integrao regionalObjetivo 4: Energia renovvel e a biomassaObjetivo 5: Informao e conhecimento para o desenvolvimento sustentvel
Incluso social para uma sociedade solidriaObjetivo 6: Educao permanente para o trabalho e a vidaObjetivo 7: Promover a sade e evitar a doena, democratizando o SUSObjetivo 8: Incluso social e distribuio de rendaObjetivo 9: Universalizar o saneamento ambiental protegendo o ambiente e a sade
Estratgia para a sustentabilidade urbana e ruralObjetivo 10: Gesto do espao urbano e a autoridade metropolitanaObjetivo 11: Desenvolvimento sustentvel do Brasil ruralObjetivo 12: Promoo da agricultura sustentvelObjetivo 13: Promover a Agenda 21 Local e o desenvolvimento integrado e sustentvelObjetivo 14: Implantar o transporte de massa e a mobilidade sustentvel
Recursos naturais estratgicos: gua, biodiversidade e florestasObjetivo 15: Preservar a quantidade e melhorar a qualidade da gua nas bacias hidrogrficasObjetivo 16: Poltica florestal, controle do desmatamento e corredores de biodiversidade
Governana e tica para a promoo da sustentabilidadeObjetivo 17: Descentralizao e o pacto federativo: parcerias, consrcios e o poder localObjetivo 18: Modernizao do Estado: gesto ambiental e instrumentos econmicosObjetivo 19: Relaes internacionais e governana global para o desenvolvimento sustentvelObjetivo 20: Cultura cvica e novas identidades na sociedade da comunicaoObjetivo 21: Pedagogia da sustentabilidade: tica e solidariedade
Para abrir novas janelasStios na Internet
Educao Ambiental - Ministrio da Educao
www.mec.gov.br/secad
II Conferncia Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente
www.mec.gov.br/conferenciainfanto
Com-vida COMISSO DE MEIO AMBIENTE E QUALIDADE DE VIDAwww.mec.gov.br/comvida
Agenda 21 Ministrio do Meio Ambiente
www.mma.gov.br/agenda21
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IBAMA
www.ibama.gov.br
Educao Ambiental Ministrio do Meio Ambiente
www.mma.gov.br/educambiental
Sistema Brasileiro de Informaes sobre Educao Ambiental
www.mma.gov.br/port/sdi/es/sibea/index.cfm
Rede Brasileira de Educao Ambiental
www.rebea.org.br
Propostas da I Conferncia de Meio Ambiente nas Escolas
www.mma.gov.br/propostasdasescolas
Carta das Responsabilidades Humanas
www.carta-responsabilidades-humanas.net
Carta da Terra
www.mma.gov.br/estruturas/agenda21/_arquivos/carta_terra.doc
Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade
www.rejuma.org.br
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Escola Estadual Amri-co Sarmento RR