com maria missionários da misericórdia · precisam da luz do evangelho» (n. 20). precisamente...

Com Mariamissionários da misericórdia

Guião Missionário 2016/2017

Pedidos a: Obras Missionárias PontifíciasPe. António Manuel Batista Lopes

Rua Ilha do Príncipe, 191170-182 Lisboa

Tel: 218 148 428 Fax: 218 139 [email protected]

www.opf.pt

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Índice

ApresentaçãoFinalidade deste GuiãoMensagem para o 90º Dia Mundial das Missões 2016Mensagem Presidente Comissão Episcopal MissõesMensagem do Presidente dos IMAGOraçãoSacrifícioPartilhaVocação Missionária Oração UniversalTema do AnoPáginas CentraisVigília MissionáriaRosário MissionárioInfância MissionáriaVia SacraPreces Diárias

Colaboraram neste Guião:

Papa Francisco, D. Manuel Linda, António Fernandes, António Leite, António Lopes, Tony Neves, Daniel Batalha, Catarina António, Ir. Célia Cabecinhas, Anna Kudelska, João Cláudio Fernandes, Voluntariado Passionista, Secretariado Diocesano Animação Missionária, Tiago Mouta, Rita Tavares, Fundação-Ajuda à Igreja que Sofre, Juan Ambrósio, Carlos Cabecinhas, Ir. Adelaide Varanda, Jovanete Vieira, John Mário, Centro Missionário Arquidiocesano Braga.

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não é a lógica do Evangelho!’ (nº297).‘A família vive a sua espirituali-dade própria, sendo ao mesmo tempo uma igreja doméstica e uma célula viva para transfor-mar o mundo.’ (nº324).É mesmo para ler, meditar e viver!No contexto do Ano da Mise-ricórdia e dos tempos belos que se lhe seguem, este in-vestimento num Amor sem fronteiras é decisivo. O Guião Missionário permite-nos fazer um caminho de oração e refle-xão que nos conduz à Missão. Abramos o coração, calcemos as sandálias e ousemos par-tir em direção às periferias e margens onde se decidem o presente e o futuro da Igreja e da humanidade. Tenhamos a coragem dos profetas e a dis-ponibilidade dos missionários. Continua a ser urgente deixar tudo e partir!

Misericórdia Amor Missão

Apresentação

O Ano da Misericórdia cami-nha para o fim, mas a Missão continua a dar os seus primei-ros passos. A ajudar-nos neste caminho está o Papa Francisco que brindou a Igreja e o mundo com a ‘Alegria do Amor’. Já nos tinha prendado com a ‘Alegria do Evangelho’ e a ‘Louvado Se-jas’. Este novo documento é um texto aberto, lúcido, ousado, cheio de ternura, misericórdia e Missão. Escolhi alguns recortes:‘O que nos faz grandes é o amor que compreende, cuida, integra, está atento aos fracos.’ (nº97)‘Jesus dizia às pessoas: ‘Fi-lho, tem confiança!’ (Mt 9,2). ‘Grande é a tua fé!’ (Mt 15,28). ‘Levanta-te!’ (Mc 5,41). ‘Vai em paz!’ (Lc 7,50). ‘Não temais!’ (Mt 14,27). Não são palavras que humilham, angustiam, irritam, desprezam. Na família, é pre-ciso aprender esta linguagem amável de Jesus.’ (nº100).‘Na família, é necessário usar três palavras: com licença, obri-gado, desculpa. Três palavras--chave.’ (nº133).‘O sentimento de ser órfãos, que hoje experimentam mui-tas crianças e jovens, é mais profundo do que pensamos.’ (nº173).‘Ninguém pode ser condena-do para sempre, porque esta

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Finalidade deste Guião

Dinamizar o mês de Outubro através de reflexões, mo-mentos de oração e celebra-ções de modo a torná-lo um mês especialmente dedicado à Missão. E a partir deste mês, esta dinamica, se possa estender ao longo de todo o ano.

Oferecer material de reflexão, oração e acção para o en-contro semanal do grupo, movimento ou comunidade – escolher o dia e hora mais conveniente. É de toda a vantagem que a reflexão realizada e o compromisso assumi-do pelo grupo sejam partilha-dos com a comunidade paro-quial no âmbito da Eucaristia dominical.

Orientar as comunidades para a participação activa na Vigí-lia Missionária e na celebra-ção do Dia Missionário Mun-dial.

Aprofundar o espírito e a prá-tica da oração paroquial, co-munitária, familiar e pessoal – com preocupações universais – nomeadamente através das «preces diárias».

Sensibilizar as comunidades ecle-siais, no sentido de desper-tarem vocações consagradas e laicais para o serviço missio-nário universal.

Criar uma consciência viva de solidariedade, comunhão e cooperação entre as Igrejas, através de propostas de es-tilos de vida simples seguin-do critérios de sobriedade alegre e fraterna partilha de bens.

Motivar o conhecimento da realidade missionária de modo a descobrir o entusiasmo e vitalidade das jovens Igrejas assim como os valores das ou-tras culturas.

Propor atitudes e gestos que levem a um maior espírito de abertura, diálogo, colabora-ção e compreensão entre as pessoas, grupos e comunida-des.

Favorecer um maior conheci-mento, colaboração, entre aju-da e partilha entre os cristãos, comunidades, associações mis-sionárias laicais, instituições missionárias diocesanas e insti-tutos missionários.

Promover, na Igreja e na socie-dade em geral, a participação activa em acções e campanhas que visem a dignidade de to-das as pessoas, a solidarieda-de para com os mais pobres, excluídos e injustiçados, e a proposta de causas a favor da justiça e da paz entre pessoas, grupos e nações.

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Mensagem para o 90º Dia Mundial das Missões 2016

Queridos irmãos e irmãs,

O Jubileu Extraordinário da Misericórdia, que a Igreja está a viver, proporciona uma luz particular também ao Dia Mundial das Mis-sões de 2016: convida-nos a olhar a missão ad gentes como uma grande, imensa obra de misericórdia quer espiritual quer material. Com efeito, neste Dia Mundial das Missões, todos somos convi-dados a «sair», como discípulos missionários, pondo cada um a render os seus talentos, a sua criatividade, a sua sabedoria e ex-periência para levar a mensagem da ternura e compaixão de Deus à família humana inteira. Em virtude do mandato missionário, a Igreja tem a peito quantos não conhecem o Evangelho, pois de-seja que todos sejam salvos e cheguem a experimentar o amor do Senhor. Ela «tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho» (Bula Misericordiae Vultus, 12), e anunciá-la em todos os cantos da terra, até alcançar toda a mu-lher, homem, idoso, jovem e criança.

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Igreja missionária, testemunha de misericórdia

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A misericórdia gera íntima alegria no coração do Pai, sempre que encontra cada criatura humana; desde o princípio, Ele dirige-Se amorosamente mesmo às mais vulneráveis, porque a sua gran-deza e poder manifestam-se precisamente na capacidade de empatia com os mais pequenos, os descartados, os oprimidos (cf. Dt 4, 31; Sal 86, 15; 103, 8; 111, 4). É o Deus benigno, solícito, fiel; aproxima-Se de quem passa necessidade para estar perto de todos, sobretudo dos pobres; envolve-Se com ternura na realidade humana, tal como fariam um pai e uma mãe na vida dos seus fi-lhos (cf. Jr 31, 20). É ao ventre materno que alude o termo utilizado na Bíblia hebraica para dizer misericórdia: trata-se, pois, do amor duma mãe pelos filhos; filhos que ela amará sempre, em todas as circunstâncias suceda o que suceder, porque são fruto do seu ven-tre. Este é um aspeto essencial também do amor que Deus nutre por todos os seus filhos, especialmente pelos membros do povo que gerou e deseja criar e educar: perante as suas fragilidades e infidelidades, o seu íntimo comove-se e estremece de compaixão (cf. Os11, 8). Mas Ele é misericordioso para com todos, o seu amor é para todos os povos e a sua ternura estende-se sobre todas as criaturas (cf. Sal 144, 8-9).

A misericórdia encontra a sua manifestação mais alta e perfeita no Verbo encarnado. Ele revela o rosto do Pai, rico em misericór-dia: «não somente fala dela e a explica com o uso de compara-ções e parábolas, mas sobretudo Ele próprio a encarna e a perso-nifica» (João Paulo II, Enc. Dives in misericordia, 2). Aceitando e seguindo Jesus por meio do Evangelho e dos Sacramentos, com a ação do Espírito Santo, podemos tornar-nos misericordiosos como o nosso Pai celestial, aprendendo a amar como Ele nos ama e fazendo da nossa vida um dom gratuito, um sinal da sua bonda-de (cf. Bula Misericordiae Vultus, 3). A primeira comunidade que, no meio da humanidade, vive a misericórdia de Cristo é a Igreja: sempre sente sobre si o olhar d’Ele que a escolhe com amor mise-ricordioso e, deste amor, ela deduz o estilo do seu mandato, vive dele e dá-o a conhecer aos povos num diálogo respeitoso por cada cultura e convicção religiosa.

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Como nos primeiros tempos da experiência eclesial, há tantos ho-mens e mulheres de todas as idades e condições que dão testemu-nho deste amor de misericórdia. Sinal eloquente do amor materno de Deus é uma considerável e crescente presença feminina no mundo missionário, ao lado da presença masculina. As mulheres, leigas ou consagradas – e hoje também numerosas famílias –, rea-lizam a sua vocação missionária nas mais variadas formas: desde o anúncio direto do Evangelho ao serviço sociocaritativo. Ao lado da obra evangelizadora e sacramental dos missionários, aparecem as mulheres e as famílias que entendem, de forma muitas vezes mais adequada, os problemas das pessoas e sabem enfrentá-los de modo oportuno e por vezes inédito: cuidando da vida, com uma acrescida atenção centrada mais nas pessoas do que nas estrutu-ras e fazendo valer todos os recursos humanos e espirituais para construir harmonia, relacionamento, paz, solidariedade, diálogo, cooperação e fraternidade, tanto no setor das relações interpes-soais como na área mais ampla da vida social e cultural e, de modo particular, no cuidado dos pobres.

Em muitos lugares, a evangelização parte da atividade educativa, à qual o trabalho missionário dedica esforço e tempo, como o vinhateiro misericordioso do Evangelho (cf. Lc 13, 7-9; Jo 15, 1), com paciência para esperar os frutos depois de anos de lenta formação; geram-se assim pessoas capazes de evangelizar e fazer chegar o Evangelho onde ninguém esperaria vê-lo realiza-do. A Igreja pode ser definida «mãe», mesmo para aqueles que poderão um dia chegar à fé em Cristo. Espero, pois, que o povo santo de Deus exerça o serviço materno da misericórdia, que tanto ajuda os povos que ainda não conhecem o Senhor a encontrá-Lo e a amá-Lo. Com efeito a fé é dom de Deus, e não fruto de proseli-tismo; mas cresce graças à fé e à caridade dos evangelizadores, que são testemunhas de Cristo. Quando os discípulos de Jesus percorrem as estradas do mundo, é-lhes pedido aquele amor sem medida que tende a aplicar a todos a mesma medida do Senhor; anunciamos o dom mais belo e maior que Ele nos ofereceu: a sua vida e o seu amor.

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Cada povo e cultura tem direito de receber a mensagem de salvação, que é dom de Deus para todos. E a necessidade dela redobra ao considerarmos quantas injustiças, guerras, crises humanitárias aguardam, hoje, por uma solução. Os missionários sabem, por experiência, que o Evangelho do perdão e da miseri-córdia pode levar alegria e reconciliação, justiça e paz. O mandato do Evangelho – «Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensi-nando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado» (Mt 28, 19-20) – não terminou, antes pelo contrário impele-nos a todos, nos cenários presentes e desafios atuais, a sentir-nos chamados para uma renovada «saída» missionária, como indiquei na Exortação Apostólica Evangelii gaudium: «cada cristão e cada comunida-de há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho» (n. 20).

Precisamente neste Ano Jubilar, celebra o seu nonagésimo aniversário o Dia Mundial das Missões, promovido pela Pontifícia Obra da Propagação da Fé e aprovado pelo Papa Pio XI em 1926. Por isso, considero oportuno recordar as sábias indicações dos meus Predecessores, estabelecendo que fossem destinadas a esta Opera todas as ofertas que cada diocese, paróquia, comunidade religiosa, associação e movimento, de todo o mundo, pudessem recolher para socorrer as comunidades cristãs necessitadas de ajuda e revigorar o anúncio do Evangelho até aos últimos confins da terra. Também nos nossos dias, não nos subtraiamos a este gesto de comunhão eclesial missionário; não restrinjamos o cora-ção às nossas preocupações particulares, mas alarguemo-lo aos horizontes da humanidade inteira.

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Santa Maria, ícone sublime da humanidade redimida, modelo missionário para a Igreja, ensine a todos, homens, mulheres e famílias, a gerar e guardar por todo o lado a presença viva e mis-teriosa do Senhor Ressuscitado, que renova e enche de jubilosa misericórdia as relações entre as pessoas, as culturas e os povos.

Vaticano, 15 de maio – Solenidade de Pentecostes – de 2016.

Papa Francisco

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não a difundir? Temos o direito de contradizer Jesus Cristo que nos interpelou: “Põe-se, porven-tura, a candeia debaixo do alqueire ou debaixo da cama? Não é para ser colocada no candelabro e assim brilhar para todos?” (Mc 4, 21).

3. Ora, se esta tarefa é ur-gentíssima nas nossas dio-ceses, não o é menos no vasto mundo. Até porque sabemos que, em cada cin-co pessoas, só uma conhece Jesus Cristo. Esta é a verda-de! A terrível verdade: não obstante o imenso trabalho, de suor e martírio, de dois mil anos de fé cristã, só uma minoria conhece que não há outro acesso a Deus que não seja por Jesus Cristo.

4. Por tudo isto, atrevo-me a dizer que a tarefa missionária não é uma opção: é uma con-sequência lógica da nossa fé e do nosso batismo. É a respos-ta atuante de quem sabe que Deus o ama e o envolve na-

Com Maria, Missionários da Misericórdia

+ Manuel Linda

1. Neste “Ano Jubilar”, o Papa Francisco «instituiu» um grupo de sacerdotes para que, no in-terior das nossas dioceses, apa-reça como rosto do acolhimen-to materno da Igreja e ajudem a aproximar-se quantos dela se afastaram. E atribuiu-lhes uma designação: “Missionários da Misericórdia”. No encontro que teve com eles, balizou bem o que os deve caraterizar: “Ser Missionário da Misericórdia é uma responsabilidade, porque se vos pede para serdes testemunhas, em primeira pessoa, da proximidade de Deus e do seu modo de amar.” Sim, ser testemunha da proximidade de Deus e do seu modo de amar!

2. Mas não é isso que se exige a todo o batizado? A presença do cristão na cidade dos ho-mens pode exercer-se de outra maneira que não seja anun-ciando que Deus não se retirou do nosso mundo, não obstante o mal e a injustiça, e que nos ama com amor de Pai e de Mãe, mesmo que uma imensa maio-ria o desconheça? O fiel em Cristo poderá «armazenar» somente para si o conheci-mento desta alegre novidade e

6. Em Fátima, há cem anos, Nossa Senhora veio incutir a certeza de que o amor de Deus misericordioso é mais forte que o mal e o peca-do. E não se limitou a fazer uma revelação privada a três pastorinhos: por intermédio destes, a mensagem é para que o mundo saiba que Deus tem para ele um desígnio de amor e de misericórdia. Se, pela sua participação na história da salvação, Nossa Senhora já era a “estrela da evangelização”, para nós, portugueses, este centená-rio de Fátima não nos impul-sionará a levar ao mundo o desígnio da misericórdia de Deus?

7. Então, que, com Maria, sur-jam muitos e santos “Missio-nários da Misericórdia”.

+ Manuel Linda

quele amor misericordioso que supera as nossas imperfeições, nos eleva à categoria de seus filhos e nos promove em todos os âmbitos da nossa vida. É uma faceta do ser Igreja, pois esta existe para ser no mundo “testemunha da ressurreição do Senhor Jesus” (Act 4, 33).

5. Precisamos, pois, de missio-nários. De homens e mulheres «comuns» que se disponham a dar largas ao impulso de uma fé que é dinamicamente «con-tagiante». E que, em nome da Igreja, vão por esse mundo fora «gerar» novos filhos de Deus, na fé e no batismo. E nutri-los com a formação religiosa e a promoção humana em todas as áreas: na saúde, na educação, na alimentação, na conviviali-dade e até na purificação da-queles aspetos da sua cultura ancestral que não se coadunam com a dignidade humana e com a nobreza dos filhos de Deus.

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P. António Fernandes

Que bom encontrar-nos novamente ao redor da missão que Deus nos confia a cada um a partir do batismo.

O sonho de chegar a todos, sem distinções socioculturais, rompen-do fronteiras, construindo pontes, aproximando pessoas, é um de-safio permanente e atual para todos nós.

Viver e celebrar a missão é proclamar continuamente a misericór-dia e transformar a vida quotidiana num tempo de graça e de paz, impelidos por um desejo de conversão e um sentimento de alegria que contagie a todos: pequenos e grandes, próximos e afastados.

Não há fronteiras nem distâncias que possam impedir que a mise-ricórdia do Pai nos alcance, tornando-se presente no meio de nós. É um enorme desafio que temos diante de nós. Sermos verdadeiros canais da misericórdia do Pai que, alcançando-nos, não nos deixa indiferentes, nos impulsiona a partir e a proclamar a Boa Notícia do Evangelho presente já no meio de nós.

Como Maria, a mulher cheia de graça (Lc 1,28), também nós so-mos chamados a receber o Salvador, o Deus connosco, para que encontre na nossa vida espaço e tempo para habitar e transfor-mar os corações de pedra em carne (Ez 11,19) e possamos viver e construir com espírito novas relações de amor e ternura, de paz e solidariedade, proclamando a glória e a misericórdia, fruto da presença de Deus na vida e na história de cada um de nós e das nossas comunidades.

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Com Maria, caminhamos (Lc 1,39) ao encontro do Outro (Lc 1,40); iluminados pelo Espírito, a vida crescerá e será envolvida pela ale-gria do encontro, o calor do abraço terno e fraterno, a doçura da palavra partilhada, a beleza da mesa, onde todos podem sentar-se e sentir-se em casa.

Envolvidos no amor, testemunhas autênticas da sua presença, pro-motores da vida em todas as suas dimensões (Jo 10,10), sintamo--nos convocados para proclamar as maravilhas de Deus, com um coração agradecido, transbordando de amor e paixão pelo ser hu-mano, alimentados pela esperança que se renova e recria continua-mente na fidelidade ao projeto de Deus.

Na escola de Maria, iluminados pela presença de Deus, não tenha-mos medo de abraçar a vida, principalmente a mais desprotegida e necessitada do Amor de Deus.

Por intercessão de Nossa Senhora de Fátima, peçamos a Deus a graça de sermos verdadeiros instrumentos do amor misericordioso de Deus, hoje e sempre, em cada encontro e em todo o lugar.

António Fernandes, Imc Presidente dos IMAG

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Primeira semana1 a 8 Outubro

Oração

Introdução“Senhor, ensina-nos a rezar.”(Lc 11,1) Este pedido constitui, certamente, a súplica mais verdadeira que alguém pode dirigir a Cristo. Quando alguém entra em oração, limita-se a ir à pro-cura da fonte.A oração é o tesouro dos tesouros. Orar é relaxar sob o olhar do Pai, depondo nas suas mãos todos os cuida-dos e preocupações, entregando-lhe a vida para que seja Ele a conduzi-la.Santo Isaac da Síria dizia: «Quando o Espírito fixa a sua morada no coração do homem, este não pode parar de rezar … e a sua alma exala espontaneamente o perfume da ora-ção.» A este propósito o Papa Francisco diz-nos: «A oração é a respiração da alma: é importante encontrar momentos do dia para abrir o coração a Deus, mesmo com simples e breves ora-ções do povo cristão.» «Quando rezo, Deus respira em mim.»

Cântico inicial

Saudação do Presidente

Escutar a Palavra - Act 1-4«Todos eles tinham os mesmos sentimentos e eram assíduos na oração, juntamente com algumas mulheres, entre as quais Maria, Mãe de Jesus e com os irmãos de Jesus.»

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A Palavra torna-se AçãoSenhor, quando eu tiver fome, dai-me alguém que precise de comida!Quando tiver sede, dai-me alguém que precise de água.Quando sentir frio, dai-me alguém que precise de ser aquecido.Quando estiver ferido, dai-me alguém para consolar.Quando a minha cruz se tornar pesada, dai-me a cruz do outro para par-tilhar.Quando me achar pobre, conduzi-me a alguém necessitado.Quando não tiver tempo, dai-me alguém que possa ajudar por um ins-tante.Quando sofrer uma humilhação, dai-me ocasião para elogiar alguém.Quando estiver desencorajada, dai-me alguém para lhe dar novo ânimo.Quando sentir necessidade da compreensão dos outros, dai-me alguém que precise da minha.Quando sentir necessidade de que cuidem de mim, dai-me alguém que eu tenha de atender.Quando pensar em mim mesma, voltai minha atenção para outra pessoa!Tornai-nos dignos, Senhor, de servir os nossos irmãos que vivem e mor-rem pobres e com fome, no mundo de hoje.

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A Palavra gera OraçãoSenhor, que a fé de Maria nos preceda e acompanhe como farol lu-minoso e como modelo de maturidade cristã! Que ela nos ajude a viver sempre com maior entusiasmo, coragem e coerência a nossa fé cristã, a nossa vocação de filhos de Deus e membros vivos da Igreja, a nossa missão de construtores da fraternidade, da justiça e da paz.Ajuda-nos a encontrar a nossa vocação como o permitiste a Santa Teresinha (padroeira das missões), e que um dia também sejamos capazes de dizer: «Ó Jesus, meu amor! Encontrei finalmente a mi-nha vocação. A minha vocação é o amor. Sim, encontrei o meu lu-gar na Igreja, e este lugar, ó meu Deus, fostes Vós que mo destes: no coração da Igreja, minha Mãe, eu serei o amor; com o amor serei tudo; e assim será realizado o meu sonho.»

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Dai-lhes, através das nossas mãos, o pão de cada dia, e dai-lhes, graças ao nosso amor compassivo, a paz e a alegria.(Oração de Santa Teresa de Calcutá)

Bênção

Cântico final

Segunda semana9 a 15 Outubro

Sacrifício

IntroduçãoO sacrifício surge diante de nós como expressão da infinita beleza do amor, concretizada na doação a Deus e ao próximo. O sacrifício aponta-nos para a aliança, selada pela presença contí-nua de quem nos ama, o Senhor connosco, Emanuel.O Sacrifício urge na vida para propor caminhos novos, um caminho de verdade e de vida = CRISTO. O sacrifício de Cristo reconcilia os que andam longe; traz para perto os que se afastaram; realiza a paz pelo sangue da Cruz. O sacrifício de Cristo convida ao oferecimento da vida de cada um de nós a todas as raças, línguas, povos e nações, para que se con-cretize o doce sabor da Aliança eterna selada por Ele.

Cântico inicial


Escutar a Palavra - Rm 12,1-2; Heb 13,13-16«Por isso, vos exorto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais os vossos corpos como sacrifício vivo, santo, agradável a Deus. Seja este o vosso verdadeiro culto, o espiritual. Não vos acomodeis a este mundo. Pelo contrário, deixai-vos transformar, adquirindo uma nova mentalidade, para poderdes discernir qual é a vontade de Deus: o que é bom, o que lhe é agradável, o que é perfeito.»

«Jesus, para santificar o povo com o seu próprio sangue, padeceu fora das portas. Saiamos, então, ao seu encontro fora do acampa-mento, suportando a sua humilhação, porque não temos aqui cida-de permanente, mas procuramos a futura. Por meio dele, ofereça-mos continuamente a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto

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A Palavra gera Oração(no recolhimento, individual ou em grupo, confia a Maria, a vida sob a Cruz)

Maria, hoje permaneci contigosob a cruz e jamais sentira tão claramenteque foi sob a cruz que te tornaste nossa mãe.Como a fidelidade de uma mãe da terranão escutaria solícita a última vontade do filho?Mas tu, tu eras a Serva do Senhor;o ser e a vida do Deus feito Homemestavam inteiramente inscritosno teu ser e na tua vida.Foi assim que tomaste os teus no teu coração,e foi com o sangue de teus sofrimentosque resgataste cada alma para uma nova vida.Tu nos conheces a todos: nossas feridas, nossas chagas,tu conheces também o esplendor celesteque o amor de teu filhoquer difundir sobre nós na claridade eterna.Assim, guia solícita nossos passos.Nem um preço é para timuito alto para conduzir-nos ao fim.Mas aqueles que escolheste para te seguir,para te rodear, um dia, de perto do trono eterno,devem permanecer aqui contigo sob a cruz;é com o sangue de seus sofrimentosque devem encontrar o esplendor celestedas almas preciosasque o Filho de Deus lhes confiou em herança.

Poema de Edith Stein

dos lábios que confessam o seu nome. Não vos esqueçais de fazer o bem e de repartir com os outros, pois são esses os sacrifícios que agradam a Deus.

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A Palavra torna-se AçãoA Palavra quer habitar em nós, como próprio Cristo. A Palavra quer abundar em nós como fonte que nunca se esgota. A Palavra quer permanecer em nós, porque se fez carne e se fez sangue para que nós permaneçamos n’Ele.

[Num espaço de oração criado por ti, ou em grupo, coloca no centro uma bilha de água e a bíblia, e percorre, por esta ordem, as passa-gens bíblicas: Is 44,3 » Jo 4,10-11 » Jo 4,14 » Jo 7,37-38 » Ap 7,16-17 » Ap 21,6 » Ap 22, 17].

Pai Nosso

Bênção

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Terceira semana16 a 22 Outubro

Partilha

IntroduçãoPartilha! Pode significar pôr em comum, comunicar, repartir, mas é sempre reveladora de um toque de ternura, de atenção ao outro, de sensibilidade para os problemas, as alegrias ou as esperanças, que fazem parte do nosso viver comum. Um ato de partilha não é in-dependente, acarreta sempre um gesto de carinho, solidariedade, amor. Por isto mesmo, o cristão tem de viver para partilhar.Ao longo da Bíblia vemos vários exemplos de partilha, tais como as Bem-Aventuranças, parábolas revelando situações em que Jesus repartiu e convidou a repartir tudo o que podia salvar outros e até o dom da vida, a expressão máxima da partilha que Jesus levou até às últimas consequências, para que todos tivessem vida e a tivessem em abundância.Através destes exemplos, Deus convoca-nos a partilhar Cristo em gestos de solidariedade para com o nosso próximo. O arrependi-mento e a gratidão sem limites pela graça que nos concedeu, im-pele-nos a fazer pelos outros um pouco do muito que Ele fez por nós. Por isso mesmo, é impossível dizermos onde acaba o louvor e começa o serviço; é o amor – o grande amor de Jesus – que nos leva a partilhar Cristo em gestos de solidariedade para com o nosso próximo.

Cântico inicial


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A Palavra gera OraçãoPai, dá-me um coração sensível às carências do meu próximo, fa-zendo-me solidário com ele, a ponto de me desapegar do que te-nho, para ajudá-lo em suas necessidades.

Escutar a Palavra - Mt 25, 34-40Se a Evangelização consiste em pôr em prática os ensinamentos de Cristo, nós precisamos de aprender cada vez mais de Cristo para podermos levar os conhecimentos adquiridos ao nosso semelhan-te. Nós podemos fazê-lo, explanando a doutrina de Cristo – o Evan-gelho – e pondo em prática, nas nossas vidas do dia a dia, ações que Cristo nos ensina com a Sua própria vida, com a Sua conduta e através do Seu relacionamento com os outros: partilhar, ajudar, procurar resolver situações difíceis. Evangelizar é aprender de Cris-to (com todas as nossas limitações), é viver como Cristo (na nossa pequenez e na nossa humildade), é dar a conhecer Cristo (na me-dida das nossas possibilidades), partilhando-O em gestos de soli-dariedade.No entanto, só um coração bom é capaz de viver parábolas de parti-lha. Já Ezequiel dizia: “Dá-me Senhor um coração bom, tira do meu peito o coração de pedra e põe nele um coração de carne, capaz de amar.” (cf. Ez 36, 26). É neste contexto que também os cristãos devem pedir a Deus a capacidade de conversão no coração. Um co-ração capaz de sorrir, capaz de escutar, capaz de servir, capaz de amar, capaz de perdoar e um coração capaz de dar-se sem medida.

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A Palavra torna-se AçãoPartilha! Tem consciência de que tudo o que tens e és serve para pôr em comum. É como diz S. Paulo, na Carta aos Coríntios: “Todas as coisas são vossas, mas vós sois de Cristo e Cristo é do Pai.” O cristão administra os seus bens materiais, sociais, espirituais, como dádiva de Deus que põe ao serviço dos irmãos. Partilhar será para ele servir Jesus presente em cada irmão. Cada gesto de partilha acaba por ser um ato de fé e um ato de amor.

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Quarta semana23 a 31 Outubro

Vocação Missionária

IntroduçãoSer missionário é tão complexo quanto o amor ou a vida, o tem-po ou o espaço. É sentir, bem cá dentro, o chamamento; é ser do mundo, para o mundo; é ir e anunciar o amor de Deus; ser men-sageiro da vida, da misericórdia, do amor das entranhas, do que é incondicional; é estar presente, é ser presença, mas, acima de tudo, é Ser. Apenas Ser. Assim como a Luz, que não se dá, apenas É. Ser missionário é ter medo e ir na mesma. É receber enquanto se dá e ao dar-se, amar…o próximo como a si mesmo.

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Escutar a Palavra - Fl 2, 3-8É-nos dito, na Sagrada Escritura, que nos devemos pautar pela hu-mildade em tudo o que façamos. Sejamos como Cristo: livres da necessidade de bajulação ou admiração, vazios de superioridade, cheios de Deus, servos, semelhantes ao nosso próximo, tendo o próximo como superior a nós, sem inveja, sem escárnio, somente com Amor, o Amor que Cristo nos deixou ao “humilhar-se, sendo obediente até à morte, e morte de Cruz”. Cristo foi Homem, sob a forma de Homem. Não homem, mas Homem. Humano, cheio, ple-no.

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A Palavra gera Oração

Quero, em Cristo, no Pai e na Mãe

Ser missionário de coração cheio

Ser vida, em mim e no próximo

Ser Luz que ilumina

Ser Sal que cresce e faz crescer

Ser os olhos que enxergam

Os ouvidos que escutam

O sangue que corre e faz viver

A energia que sendo faz ser

O pensamento em que sou

A consciência em que estou

A mente, o cérebro em ação

Quero ser missionário de coração.

E ao ser, dar-me

E ao dar-me, ser

Ser um Cristo da atualidade

Seguindo Cristo na prosperidade.

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A Palavra torna-se AçãoTambém nós podemos ser. Podemos ser o que quisermos, podemos ter o mundo nas mãos. Sabendo que tendo Deus em mim, vendo--o no próximo, deixando-me amar incondicionalmente, sou para os outros. E não tenho de ser mais que uma pessoa. Uma pessoa do mundo, mas não mundana. “Um Santo de calças de ganga que come pizza aos fins de semana.” (São João Paulo II), que se zanga e que chora, mas que viva e que tenha alegria nisso, em viver.

Bênção

Cântico final

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Oração Universal

Introdução

Irmãos e irmãs:

Elevemos ao Bom Pastor as nossas orações cheias de zelo e miseri-córdia pelo mundo e pela Igreja, dizendo com alegria:

R: Fazei de nós, Senhor, testemunhas da vossa Misericórdia.

1.Para que o Papa Francisco e os bispos do mundo inteiro a ele unidos conduzam sempre a Igreja por caminhos de santidade e empenho missionário, tornando-se assim imagem viva do amor misericordioso do nosso Deus, oremos.

2.Pelos governantes dos povos e por quantos regem as instituições internacionais que zelam pelo bem comum, para que tenham sempre como bem supremo a dignidade de cada homem e mulher e trabalhem incansavelmente pela causa da paz, oremos.

3.Pelas famílias do mundo inteiro, para que sempre nelas aumente a alegria do amor, sejam protegidos os membros mais frá-geis e se promova uma salutar educação dos filhos, oremos. 4.Por quantos consagram as suas vidas a praticar e a pro-mover as obras de misericórdia, para que encontrem fortaleza nas dificuldades e conforto nas provações ao contemplarem naqueles que servem o rosto sofredor de Jesus, oremos.

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5.Pelos refugiados, forçados violentamente a deixar as suas casas e as suas vidas, pelos homens e mulheres de boa vonta-de que diariamente trabalham para mitigar o seu sofrimento, pelas vítimas inocentes do terrorismo e por quantos são causa de dor e desespero para o seu próximo, oremos.

6.Pelos cristãos perseguidos por causa da sua fé, pelas co-munidades cristãs nos países onde não existe liberdade religiosa e sofrem todo o tipo de dificuldades em professar a sua fé, para que o seu exemplo nos estimule a uma maior coerência e entrega na nossa vida cristã, oremos.

Conclusão

Senhor, nosso Deus e nosso Pai, fazei que o Espírito do Vosso Filho ressuscitado nos conduza pelos caminhos dos homens, dando ale-gre testemunho do Evangelho da Salvação. Ele que convosco vive e reina pelos séculos dos séculos. Ámen.

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O próprio papa Francisco diz--nos qual é o itinerário que vai seguir:

“No desenvolvimento do texto, começarei por uma abertura inspirada na Sagrada Escritura, que lhe dê o tom adequado. A partir disso, considerarei a si-tuação atual das famílias, para manter os pés assentes na ter-ra. Depois lembrarei alguns ele-mentos essenciais da doutrina da Igreja sobre o matrimónio e a família, seguindo-se os dois capítulos centrais, dedicados ao amor. Em seguida destacarei alguns caminhos pastorais que nos levem a construir famílias sólidas e fecundas segundo o plano de Deus, e dedicarei um capítulo à educação dos filhos. Depois deter-me-ei sobre um convite à misericórdia e ao dis-cernimento pastoral perante situações que não correspon-dem plenamente ao que o Se-nhor nos propõe; e, finalmen-te, traçarei breves linhas de espiritualidade familiar.” (nº 6)

Percorrendo este itinerário julgo ser possível afirmar que, neste texto, o papa Francis-co parte da realidade, sem a mascarar; propõe o projeto de

Tema do Ano

“A alegria do amor que se vive na família é também o júbilo da Igreja.” É com estas palavras que se inicia o texto da Exor-tação Apostólica Pós-Sino-dal Amoris Laetitia (A alegria do amor), assinada pelo papa Francisco a 19 de março e pu-blicada a 8 de abril de 2016.

É um texto longo, dividido em 9 capítulos, com 325 parágrafos, que recolhe a reflexão desen-volvida ao longo dos dois anos de caminho sinodal, na qual se analisou a situação das famí-lias no mundo contemporâneo, bem como a necessidade de continuar a anunciar o Evange-lho da Família, com criativida-de e mesmo ousadia, de modo a que possa ser, cada vez mais, compreendido. Seguindo a indicação do Papa, que não aconselha uma lei-tura geral apressada uma vez que pode ser de maior provei-to aprofundar pacientemente uma parte de cada vez (cf. nº 7), limito-me, nas linhas que se seguem, a fazer uma apresen-tação geral do texto, deixando umas breves notas que me pa-recem poder ajudar nesse exer-cício de leitura.

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A alegria do amorNotas breves, para uma leitura

Deus, sem o reduzir; incentiva a procurar caminhos de discer-nimento que ajudem, sem con-denar, a aproximar a realida-de do horizonte oferecido por Deus. É precisamente a este ní-vel que descubro uma das novi-dades do texto. Não se preten-de sublinhar a distância entre a realidade e a proposta cristã, pelo contrário, apresenta-se essa proposta como horizonte e incentivo para a caminhada. Por outro lado olha-se tam-bém para essa realidade como interpelação à reflexão cristã, uma vez que a complexidade das situações reais deve ser convite ao exercício da leitura dos ‘sinais dos tempos’ através dos quais o Senhor continua a falar e a interpelar a sua Igreja. (cf nº 2 e 325)

Neste texto, o Papa não esco-lhe o caminho mais fácil. Por um lado, distancia-se do dese-jo desenfreado de mudar tudo sem a suficiente reflexão ou fundamentação e, por outro, da atitude que pretende resol-ver tudo através da aplicação de normas gerais ou deduzin-do conclusões excessivas de algumas reflexões teológicas (cf nº 2). Também não procura um mero consenso diplomático

entre estas duas posições, mas sugere um caminho de discerni-mento em contínua atitude si-nodal. Chegamos até aqui atra-vés de uma caminhada sinodal, devemos continuar a percorrer o caminho do futuro com essa mesma dinâmica. E nesse ca-minho a marca deve ser sempre a da misericórdia que acompa-nha, discerne e integra, como explicitamente afirma:

“Esta Exortação adquire um significado especial no con-texto deste Ano Jubilar da Mi-sericórdia, em primeiro lugar, porque a vejo como uma pro-posta para as famílias cristãs, que as estimule a apreciar os dons do matrimónio e da famí-lia e a manter um amor forte e cheio de valores como a gene-rosidade, o compromisso, a fi-delidade e a paciência; em se-gundo lugar, porque se propõe encorajar todos a serem sinais de misericórdia e proximidade para a vida familiar, onde esta não se realize perfeitamente ou não se desenrole em paz e alegria.” (nº 5)

Com esta Exortação o papa Francisco como que conclui a apresentação do projeto que decorre da missão para a qual

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foi chamado: uma Igreja reno-vada, missionária e em saída (Evangelii Gaudium), com-prometida com a construção e edificação da casa comum, de modo a que esta possa ser habitada por todos e não haja lugar para ‘descartados’ nem ‘sobrantes’ (Laudato Si). A fa-mília, como bem decisivo para o futuro do mundo e da Igreja (Amoris Laetitia), é a realidade a partir da qual se pode ir de-senvolvendo e concretizando a mudança que é urgente em-preender.Termino com uma nota final, destacando a dimensão da es-perança e encorajamento com que o texto termina:

“[…] Avancemos, famílias; continuemos a caminhar! Aquilo que se nos promete é sempre mais. Não percamos a esperança por causa dos nos-sos limites, mas também não renunciemos a procurar a ple-nitude de amor e comunhão que nos foi prometida.” (325)

Juan Ambrósio

Centenário das aparições de Fátima

Páginas Centrais

No ano de 2017 completa-se o primeiro centenário das aparições de Nossa Senhora, em Fátima. Porém, a celebração do Centenário das Aparições começou já em 2010, com o setenário guiado por um iti-nerário temático, que tem como frase inspiradora e tema geral: “O meu Coração Imaculado conduzir-vos-á até Deus”. A formulação do tema inspira-se na promessa de Nossa Senhora à vidente Lúcia, na aparição de 13 de junho.

Pretende-se que a celebração do Centenário das Aparições não se limite a assinalar uma efeméride histórica, mas que seja veículo de evangelização e caminho para a conversão e para o encontro com Cristo, que é a meta de toda a atividade missionária. A celebração jubilar é uma oportunidade para divulgar e reavivar a consciência da riqueza e atualidade da mensagem de Fátima e para aprofundar os seus conteúdos.

Esta ocasião jubilar põe em destaque a importância evangelizadora da mensagem de Fátima. Como sintetizava o Papa Bento XVI aos Bispos portugueses, em 10 de novembro de 2007: “Apraz-me pen-sar em Fátima como escola de fé com a Virgem Maria por Mestra; lá, Ela ergueu a sua cátedra para ensinar aos pequenos videntes, e depois às multidões, as verdades eternas e a arte de orar, crer e amar.” Escola de fé, a mensagem de Fátima é igualmente escola de oração, de adoração e de celebração da fé. Uma fé que se exprime nas formas da religiosidade popular, mas igualmente nas formas li-túrgicas, sem confusão, mas harmonicamente ligadas. Uma fé com uma dimensão também afetiva, expressa em linguagem simples, mas não menos profunda por isso.

Por outro lado, Nossa Senhora tem para o povo cristão uma enor-me capacidade de atração. No nosso mundo de tradição católica, necessitado da nova evangelização, Nossa Senhora é referência obrigatória. Muitos dos nossos contemporâneos, que foram bati-zados, mas deixaram arrefecer a sua fé, mantêm frequentemente uma íntima e forte relação com Nossa Senhora, como prova a ade-são que têm as ações pastorais de caráter mariano. Este potencial evangelizador não pode ser desaproveitado! Para muitos dos nos-sos contemporâneos, a visita a um santuário mariano como o de

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Fátima oferece-lhes o único contacto que têm com a Palavra de Deus e com a celebração da fé. E fazem-no através de Maria.

Celebrar o Centenário das Aparições é, por isso, oportunidade preciosa para valorizar o dina-mismo missionário inerente, quer à devoção mariana, quer à mensagem de Fátima, deixan-do-nos conduzir pelo Imaculado Coração de Maria até Deus.

“Com Maria missionários da misericórdia”

Vigília Missionária

Preparação*

Acolhimento

Animador:Celebramos esta vigília missionária na conclusão do Ano da Mi-sericórdia e em plena comemoração da data jubilar do Centená-rio das Aparições de Nossa Senhora, em Fátima. “A primeira missão da Igreja é introduzir todos no grande mis-tério da misericórdia de Deus contemplando o rosto de Cristo, sobretudo num momento como o nosso, cheio de grandes espe-ranças e de fortes contradições.” (MV 25) Nesta missão joga‐se também a credibilidade da Igreja que “passa pelo caminho do amor misericordioso e compassivo.” (MV 10)Assim, podemos ver Maria como espelho e paradigma da voca-ção e missão da Igreja missionária, em saída, como na Visitação a Isabel, para levar a ternura e a misericórdia de Deus a todos, sobretudo aos pobres e aos aflitos, lembrados no Magnificat.A partir daqui podemos compreender a missão de Maria, visível neste episódio: é a mãe atenta às dificuldades e necessidades dos homens, que as apresenta ao Filho para que não falte a ale-gria do Evangelho, da ternura e da misericórdia. É simultanea-mente porta-voz e intercessora do povo e porta-voz da vontade do Filho, em cujas mãos põe tudo e n’Ele confia. Celebremos esta vigília missionária com Maria, como missioná-rios da misericórdia.

Cântico inicial: Misericordias Domini (Taizé)

Bênção inicial

Presidente: Missionários da Misericórdia. Como Maria, estamos reunidos em nome do Senhor, para juntos rezarmos por todos nós, missionários

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de Jesus: “Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mis-tério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado Ressus-citado entrou no santuário da misericórdia divina, porque partici-pou intimamente no mistério do seu amor.” (MV 24)

Gesto de misericórdia – 1 *

Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios (1Cor 13, 1-7,13)Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como bronze que ressoa ou como címbalo que retine. Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que eu possua a plenitude da fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou. Ainda que distribua todos os meus bens aos famintos e entregue o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada me aproveita.A caridade é paciente, a caridade é benigna; não é invejosa, não é altiva nem orgulhosa; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. Agora permanecem estas três coi-sas: a fé, a esperança e a caridade; mas a maior de todas é a cari-dade.

Palavra do Senhor.

Salmo: Ó minha alma, louva o Senhor. (M. Luís)

Ó minha alma, louva o Senhor (bis).

1. O Senhor faz justiça aos oprimidos,dá pão aos que tê-em fomee a liberdade aos cativos.

2. O Senhor ilumina os olhos dos cegos,o Senhor levanta os abatidos,o Senhor ama os justos.

3. O Senhor protege os peregrinos,ampara o órfão e a viúvae entrava o caminho aos pecadores.

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4. O Senhor reinará eternamente;o teu Deus, ó Sião,é Rei por todas as gerações.

Aleluia

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Lucas (Lc 1, 39-45)Naqueles dias, Maria pôs-se a caminho e dirigiu-se apressadamen-te para a montanha, em direção a uma cidade de Judá. Entrou em casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, o menino exultou-lhe no seio. Isabel ficou cheia do Espí-rito Santo e exclamou em alta voz: «Bendita és tu entre as mulhe-res e bendito é o fruto do teu ventre. Donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor? Na verdade, logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio. Bem-aventurada aquela que acreditou no cumpri-mento de tudo quanto lhe foi dito da parte do Senhor.»Palavra da salvação.

Cântico: Magnificat (Taizé)

Homilia

Gesto de misericórdia – 2

Animador:Perguntaram ao Papa Francisco: “O QUE É PARA SI A MISERI-CÓRDIA?” Francisco respondeu: “Etimologicamente, misericór-dia significa abrir o coração ao infeliz. E de imediato nos remete para o Senhor: misericórdia é a atitude divina que abraça, é o dom de Deus que acolhe, perdoa. Jesus disse que não viera para os justos, mas para os pecadores. Não veio para os saudáveis, que não precisam de médico, mas para os doentes. Por isso, se pode dizer que misericórdia é o bilhete de identidade do nos-so Deus.” Sentimo-nos abraçados por esta misericórdia? Que-remos que a misericórdia também seja uma palavra do nosso Bilhete de Identidade? Qual é o caminho para sermos missioná-rios da misericórdia ? *

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Obras de misericórdia corporais:

1ª Dar de comer a quem tem fome2ª Dar de beber a quem tem sede3ª Vestir os nus4ª Dar pousada aos peregrinos5ª Assistir aos enfermos6ª Visitar os presos7ª Enterrar os mortos

Obras de misericórdia espirituais:

1ª Dar bom conselho2º Ensinar os ignorantes3ª Corrigir os que erram4ª Consolar os aflitos5ª Perdoar as injúrias6ª Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo7ª Rogar a Deus por vivos e defuntos

Testemunho Missionário

Cântico: Misericordes sicut Pater (Hino Oficial Ano Misericórdia)

Oração Universal

Presidente: Queridos irmãos e irmãs, rezemos por nós e pelas necessidades do mundo, através das intenções mensais do Papa Francisco, dizendo: Ouvi-nos Senhor.

1.Para que, através do diálogo e da caridade fraterna, com a graça do Espírito Santo, sejam superadas as divisões entre os cristãos, oremos.2.Para que cresçam as oportunidades de diálogo e de encontro en-tre a fé cristã e os povos da Ásia, oremos.3.Para que os cristãos discriminados ou perseguidos por causa da sua fé permaneçam fortes e fiéis ao Evangelho, graças à oração in-cessante de toda a Igreja, oremos.4.Para que os cristãos de África deem testemunho do amor e da fé em Jesus Cristo no meio dos conflitos político-religiosos, oremos.5.Para que se difunda nas famílias, comunidades e grupos a prática de rezar o santo Rosário pela evangelização e pela paz, oremos.6.Para que os seminaristas, os noviços e as noviças encontrem for-madores que vivam a alegria do Evangelho e os preparem com sa-bedoria para a sua missão, oremos.

7.Para que a Igreja na América Latina e Caraíbas, através da sua missão continental, anuncie o Evangelho com renovado vigor e en-tusiasmo, oremos.8.Para que os cristãos vivam o seguimento do Evangelho dando testemunho de fé, de honestidade e de amor pelo próximo, oremos.9.Para que os cristãos, participando nos Sacramentos e meditando a Sagrada Escritura, se tornem cada vez mais conscientes da sua missão evangelizadora, oremos.10.Para que a Jornada Missionária Mundial renove em todas as comunidades cristãs a alegria e a responsabilidade de anunciar o Evangelho, oremos.11.Para que, nas paróquias, os sacerdotes e os leigos colaborem no serviço à comunidade sem cederem à tentação do desânimo, ore-mos.12.Para que os povos europeus redescubram a beleza, a bondade e a verdade do Evangelho que dá alegria e esperança à vida, oremos.

Pai Nosso

Oração Missionária Senhora da Anunciação,que corres ligeira sobre os montes,vela por nós,fica à nossa beira.É bom ter a esperança como companheira.Contigo rezamos ao Senhor: Dá-nos, Senhor,um coração sensível e fraterno,capaz de escutar e de recomeçar.Mantém-nos reunidos, Senhor,à volta do pão e da palavra.Ajuda-nos a discernir os rumos a seguir nos caminhos sinuosos deste tempo,por Ti semeado e por Ti redimido.Ensina-nos a tornar a tua Igreja toda missionária,e a fazer de cada paróquia,que é a Igreja a residir no meio das casas dos teus filhos e filhas,uma Casa grande, aberta e feliz,átrio de fraternidade,de onde se possa sempre ver o céu,e o céu nos possa sempre ver a nós.

Bênção final

Cântico final: Nossa Senhora do Sim

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«Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus fei-to homem. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu amor.»

(Papa Francisco, Bula, Mensagem 2015)

Rosário Missionário

MISTÉRIOS GOZOSOS(Segundas e Sábados)

1º Mistério: A Anunciação do Anjo a Nossa Senhora.

‘’Eis a escrava do Senhor faça-se em mim segundo a tua palavra.’’(Lc 1,38)

Maria, a Mãe que cuida de Jesus, agora cuida com carinho e preo-cupação materna deste mundo ferido. A importância de Maria na história da salvação torna-se clara, se considerarmos o título mariano fundamental de Mãe de Jesus, Mãe do Senhor, que lhe é anunciado como Filho do Altíssimo, e por isso Mãe de Deus. Ela é introduzida definitivamente no mistério de Cris-to, mediante o acontecimento da anunciação do Anjo.O mensageiro de Deus visita-a e comunica-lhe precisamente o anúncio do maior acontecimento da nossa história: a encarnação do Filho de Deus.Os Missionários vivem no seu quotidiano o sim de Maria. Ela, ao dar o seu “sim” (faça-se), parte de imediato em missão. Não guarda para si a graça recebida. Dirige-se ‘apressadamente’ a visitar sua prima Isabel para partilhar a boa nova, o segredo íntimo que ambas traziam dentro de si, para lhe levar Cristo e, com Ele, a ternura o afeto da companhia, o apoio. Eis a discípula missionária, a Senhora da prontidão e da afeição.

2º Mistério: Visitação de Nossa Senhora a sua prima santa Isabel

Isabel saúda Maria, exclamando: ‘’ Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!’’ (Luc 1, 42)

Esta última frase da saudação é semelhante àquela que no Antigo Testamento era dirigida à Arca da Aliança. Assim, Maria é a Arca Santa em pessoa e traz em si a presença de Deus que é fonte de consolação e de alegria.

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Maria, a grande Missionária da Misericórdia divina. Maria, por ter acolhido a Boa Notícia que lhe foi dada pelo arcanjo Gabriel, canta no Magnificat a misericórdia com que Deus a predestinou. Deste modo torna-se o ícone perfeito da Igreja missionária que continua a ser evangelizada por obra do Espírito Santo.O acontecimento da visitação de Maria a Isabel, com o canto do Magnificat, é uma imagem admirável da Igreja do Fiat, da miseri-córdia, do louvor e da alegria.Com Maria, os Missionários vencem as distâncias para poder estar junto dos que mais sofrem e precisam da sua presença. Maria per-corre com a Humanidade e connosco todos os caminhos que con-duzem à salvação.

3º Mistério: O Nascimento de Jesus em Belém

O Anjo disse aos pastores. ‘’Não temais! Nasceu-vos hoje um Salvador, que é o Cristo Senhor, na cidade de David. (Lc 2, 10-12)

Maria experimenta, canta e revela o amor fiel e misericordioso de Deus “que se estende de geração em geração” até hoje, até ao nos-so tempo. A nossa geração está incluída nesta promessa.Como Maria, os missionários vivem a experiência da misericórdia de Deus deixando- se salvar por Cristo; descobrindo nos complexos caminhos e dramas do mundo a vitória da misericórdia sobre o mal; testemunhando e vivendo as bem-aventuranças dos misericordio-sos; a compaixão do bom samaritano, promovendo a solidariedade, a justiça e a paz na sociedade.Maria é a mãe atenta às dificuldades e necessidades dos homens. Apresenta-nos ao Filho, para que não nos falte a alegria do Evan-gelho, da ternura, da misericórdia. É simultaneamente porta-voz e intercessora do povo e porta-voz da vontade do Filho, em cujas mãos põe tudo e n’Ele confia.

4º Mistério: A Apresentação do Menino Jesus no templo

Profecia de Simeão: ‘’Eis que este menino foi colocado para queda e ressur-gimento de muitos em Israel e como sinal de contradição.’’ (Lc 2, 34)

Os Missionários, com Maria, a Mãe da Misericórdia, neste Ano San-to, vão descobrindo a alegria da ternura de Deus. Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Cruxificado Ressuscitado entrou no santuário da misericórdia divina porque participou intimamente no mistério do amor. O Missionário, como Igreja, corpo vivo de Cristo, tem a missão de prolongar na terra a presença salvífica de Deus, de abrir o mundo a algo maior do que ele mesmo, ao amor e à luz de Deus.” (Bento XVI, Homilia, 26/03/2012)

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A apresentação de Jesus no templo, pelos seus pais, foi a entrega oficial a Deus, do filho que lhes fora entregue como dom, e a partir desse momento como oferta ao mundo.

5º Mistério: O encontro de Jesus no templo, entre os doutores

Todos os que o ouviam ficavam extasiados com a sua inteligência e com as suas respostas. (Lc 2, 47)

«A Igreja, guiada pelo Evangelho da Misericórdia e pelo amor ao ho-mem, escuta o clamor pela justiça e deseja responder com todas as suas forças.» (Evangelii Gaudium, Nº188)‘’Os missionários, seguindo este apelo e exigência de escutar, devem ter presente os anseios, as esperanças, as aflições, os sofrimentos e a cultura do povo, para lhe anunciar a misericórdia de Deus que não tem fim. Como é insondável a profundidade que este mistério encer-ra, como é inesgotável a riqueza que dele provém!Neste contexto, compreendemos as referências elogiosas de Jesus a sua mãe como ouvinte da Palavra, que a torna membro da grande fa-mília espiritual que é a Igreja. “Minha mãe e meus irmãos são aque-les que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.” (Lc 8, 21)

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MISTÉRIOS DOLOROSOS(Terças e Sextas)

1º mistério A agonia de Jesus no horto das oliveiras

“Vigiai e orai…”(Mt 26,41)

O apelo de Jesus à oração e à vigilância nessa noite de angústia e tristeza permanece até hoje como uma advertência aos cristãos de todos os tempos, para reconhecermos as nossas fraquezas e fragilidades e para suplicarmos a graça de Deus para não cairmos em tentação. A oração e a vigilância são atitudes proféticas que perscrutam os sinais dos tempos e imploram a misericórdia de Deus perante as múltiplas formas do mal que pesam sobre o mundo con-temporâneo e ameaçam a humanidade inteira. Peçamos, por inter-cessão de Maria, a graça de vivermos com fé e confiança os mo-mentos dolorosos da nossa vida

2º mistério: A flagelação de Jesus

O relato que antecede a flagelação de Jesus deixa transparecer cla-ramente que a condenação e a morte de Jesus são o resultado da liberdade humana. O povo pede a crucifixão de Jesus. Pilatos lava as mãos e solta-lhes Barrabás. Jesus é flagelado e entregue para ser crucificado. Pilatos simboliza cada um de nós quando nos deixamos vencer pela indiferença e pela cobardia perante o sofrimento dos inocentes. A multidão que implora a crucifixão de Jesus simboliza cada um de nós quando se deixa dominar pelos vícios e se compraz no pecado. Cada um de nós, enquanto pecador, é cúmplice da flage-lação e da crucifixão de Jesus. Peçamos, por intercessão de Maria, a graça da fidelidade ao amor de Deus e a valentia para denunciarmos as injustiças deste mundo.

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3º mistérioA coroação de espinhos

Os soldados estavam habituados a ser humilhados e espezinhados pelo poder político do Império Romano. Os soldados eram meros instrumentos que serviam para impor, à força, os interesses políti-cos do Império Romano. Perante a mansidão de Jesus, os soldados romanos pervertem o poder que lhes foi concedido e aproveitam a ocasião para fazer de Jesus o bode expiatório do escárnio e das humilhações de que eram alvos. Os soldados simbolizam cada um de nós que responde ao mal com o ódio, e à injustiça com a violên-cia. Os soldados simbolizam aqui cada um de nós que se deixa per-verter pelo poder e se aproveita da força para passar por cima dos outros. Em oposição, a coroa de espinhos que Cristo leva na cabeça é símbolo do poder do amor e do serviço. Cristo coroado de espi-nhos propõe um reino de disponibilidade, de entrega e sacrifício; um reino que vence o mal com o bem e que renuncia à violência e responde com amor, perdão e misericórdia. Peçamos, por interces-são de Maria, a graça de sermos construtores da paz e do perdão e promotores da oração e penitência.

4º mistério A Transfiguração de Jesus no Monte Tabor.

Jesus assume a sua Cruz e, nela, todos os nossos pecados e infide-lidades. A contemplação de Jesus com a cruz às costas a caminho do Calvário é uma oportunidade para recordar o apelo radical de Jesus aos seus discípulos: «Se alguém quiser seguir-me, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.» (Lc 9,23) O cristão, escu-tando o chamamento de Cristo para o seguir, responde-lhe com a sua vida, numa atitude de abandono confiante à vontade de Deus, sobretudo aceitando e suportando com submissão os sofrimentos do dia a dia. É a oração que permite ao cristão sair do isolamento de si próprio e abrir-se à solicitude pela salvação dos outros, numa entrega que se realiza totalmente na Cruz, por amor. Peçamos, por intercessão de Maria, a graça de carregarmos a nossa cruz com fi-delidade e ajudarmos os outros que estão ao nosso lado a suportar o peso da sua própria cruz.

5º mistério A crucifixão e morte de Jesus

Junto à cruz de Jesus contemplamos a presença da Virgem Maria como ícone da perfeita orante figura da Igreja. É aos pés da cruz que Maria se converte na Mãe do discípulo amado de Jesus e na mãe de todos os discípulos, de todos nós. Como o discípulo amado, nós somos convidados a acolher em nossa casa a Mãe de Jesus, que

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se tornou a Mãe de todos os viventes. Podemos orar com Ela e orar--lhe. A oração da Igreja é sustentada pela oração a Maria. Quando oramos a Maria, aderimos com Ela à vontade de Deus Pai, que envia o Seu Filho para salvar todos os homens e todas as mulheres de todos os tempos e todos os lugares. Peçamos, por intercessão de Maria, a graça de respondermos agradecidos à abundância da Mi-sericórdia de Deus que brotou para nós do Coração aberto de Jesus, na Cruz.

MISTÉRIOS DA LUZ(Quintas)

1º Mistério:O Batismo de Jesus no rio Jordão

Depois de batizado, Jesus saiu da água e logo o Céu se abriu e uma voz vinda do Céu dizia: ‘’Este é o meu Filho muito amado, no qual pus o meu

encanto.’’ (Mt 3,16-17)

“Aqui, enquanto Cristo desce à água do rio, como inocente que se faz pecado por nós (cf. 2 Cor 5, 21), o Céu abre-se e a voz do Pai pro-clama-o Filho dileto (cf. Mt 3, 17), ao mesmo tempo que o Espírito vem sobre Ele para investi-lo na missão que O espera.”A revelação, que no Batismo do Jordão é oferecida diretamente pelo Pai e confirmada por São João Baptista, está na sua boca em Caná, e torna-se a grande advertência materna que Ela dirige à Igreja de todos os tempos: «Fazei o que Ele vos disser!» (Jo 2, 5) Esta adver-tência introduz bem as palavras e os sinais de Cristo, durante a vida pública, constituindo o fundo mariano de todos os “mistérios da luz”. (Papa João Paulo II, Rosarium Virginis Mariae, nº 21) Maria é a grande missionária, continuadora da missão de seu Filho e formadora dos missionários. Da mesma forma como Ela deu à luz o Salvador do mundo, trouxe o Evangelho a toda a humanidade.

2º MistérioA revelação de Jesus nas Bodas de Caná

Então, a mãe de Jesus disse: ‘’Eles não têm vinho.’’ Respondeu-lhe Jesus: ’Que queres de mim, mulher? Minha hora ainda não chegou.’’ Sua mãe

disse aos serventes: ’’Fazei tudo o que Ele vos disser.’’ (Jo 2, 3-5)

O Evangelho de S. João apresenta Maria no início do ministério público de Jesus, nas bodas de Caná da Galileia, onde também se encontravam os discípulos. Aí, Jesus realiza o seu primeiro milagre transformando água em vinho para que não se estragasse aquela

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festa. Maria tem aqui um papel importante. É ela a notar a falta de vinho comunicando-a a Jesus: “Não têm vinho.” Manifesta assim a sua atenção terna e concreta e também a confiança incondicio-nal no Filho.Assim, a verdadeira finalidade do episódio de Caná é a manifesta-ção da infinita bondade de Deus e o despertar da fé. “Ele manifes-tou a sua glória e os discípulos acreditaram n’Ele.”Na verdade, todos, sem excluir ninguém, estão chamados a aco-lher o apelo à misericórdia. Que os missionários vivam esta cha-mada, sabendo que podem fixar o olhar em Jesus, «Sumo Sacer-dote misericordioso e fiel.» (Heb 2, 17)

3º MistérioO Anúncio do Reino de Deus, com o convite à conversão

‘’Todos te procuram.’’ Disse Jesus: ’’Vamos a outros lugares, às aldeias da vizinhança, a fim de pregar também ali, pois foi para isso que Eu vim.’’

(Mc 1, 37-38)

”A Igreja é chamada a levar palavras e gestos de consolação aos po-bres, anúncio de libertação aos prisioneiros de qualquer escravidão, devolver a vista aos cegos curvados sobre si mesmos “e restituir dignidade àqueles que dela se viram privados.” (Papa Francisco)O “Mistério de luz é a pregação com a qual Jesus anuncia o advento do Reino de Deus e convida à conversão (cf. Mc 1, 15), perdoando os pecados a quem a Ele se dirige com humilde confiança (cf. Mc 2, 3-13; Lc 7, 47-48), início do ministério da misericórdia que Ele pros-seguirá exercendo até ao fim do mundo, especialmente através do sacramento da Reconciliação confiado à sua Igreja.” (cf. Jo 20, 22-23)Portanto, os missionários são os mensageiros desta Boa Notícia. Com Maria, a grande missionária, aprendem o segredo da alegria cristã, lembrando-nos que o cristianismo é, antes de mais, Evan-gelho, boa notícia, que tem o seu centro e o seu conteúdo na pes-soa de Jesus Cristo, o Verbo feito carne, único Salvador do Mundo.” (João Paulo II, RVM 20)

4º MistérioA Transfiguração de Jesus no Monte Tabor.

“Ainda falava, quando uma nuvem luminosa os cobriu com a sua sombra e uma voz dizia da nuvem: ‘’Este é o meu Filho muito amado, no qual pus o

meu encanto; escutai-o.’’ (Mt 17, 5).

“Mistério de luz por excelência é a Transfiguração que, segundo a tradição, se deu no Monte Tabor. A glória da Divindade reluz no rosto de Cristo, enquanto o Pai O acredita aos Apóstolos extasiados para que O «escutem» (cf. Lc 9, 35) e se disponham a viver com Ele o momento doloroso da Paixão, a fim de chegarem com Ele à glória

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da Ressurreição e a uma vida transfigurada pelo Espírito Santo.”«Em seu diálogo íntimo com o Pai, Ele não sai da história, não foge da missão para a qual veio ao mundo, apesar de saber que, para chegar à glória, terá de passar através da cruz.» «Mais ainda - afirmou -, Cristo entra mais profundamente nesta missão, ade-rindo com todo o seu ser à vontade do Pai, e nos demonstra que a verdadeira oração consiste precisamente em unir a nossa vontade à vontade de Deus.»A Igreja e o missionário devem fazer essa ponte e saber que este é o tempo de prolongar para as pessoas de hoje o mistério salvador de Cristo.

5º MistérioA Última Ceia de Jesus com os Apóstolos e a instituição da Eucaristia

Então, tomando um cálice deu graças e disse: ’’Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até chegar o

Reino de Deus.’’(Lc 22, 17-18)

“Mistério de luz é a instituição da Eucaristia, na qual Cristo se faz alimento com o seu Corpo e o seu Sangue sob os sinais do pão e do vinho, testemunhando «até ao extremo» (Jo 13, 1), o seu amor pela humanidade por cuja salvação se oferecerá em sacrifício.”A Igreja vive a comunhão dos Santos. Na Eucaristia, esta comu-nhão, que é dom de Deus, realiza-se como união espiritual que nos une, a nós crentes, com os Santos e Beatos cujo número é incalcu-lável. (Ap 7, 4)Cristo continua presente na humanidade na forma de pão, pão da Palavra que é comunicada e recebida para ser assumida, e pão na Eucaristia que é distribuído e comungado. Tudo se encaminha para viver e fortalecer a comunidade, a Igreja.“Não nos cansemos de aprender de Maria, de admirar e contemplar a sua beleza, de deixar que ela nos conduza sempre à fonte originá-ria e à plenitude da infinita beleza, a de Deus, que nos foi revelada em Cristo, Filho do Pai e Filho de Maria.”

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MISTÉRIOS GLORIOSOS(Quartas e Domingos)

1º Mistério: A ressurreição de Jesus

“Mas se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã é também a vossa fé.” (1Cor 15, 14).

Com a sua ressurreição Jesus traz-nos vida nova. A condição para acolher esta vida nova é acreditar. O discípulo “viu o sepulcro va-zio e acreditou”. Uma dimensão não pensada e nem compreendida pela humanidade mas revelada por Deus, por pura misericórdia. A existência do Cristão supõe a fé em Cristo Ressuscitado. O Missio-nário é chamado a acreditar e manifestar essa sua fé pelo seu tes-temunho na comunidade onde estiver inserido. É desafiado a levar o rosto misericordioso do Pai. A Ressurreição de Jesus vem confir-mar a esperança que temos em Deus. Jesus está vivo, presente na vida do mundo. Todo aquele que acredita tem a garantia de vida nova, vida para sempre.

2º Mistério: A ascensão de Jesus ao Céu

«Então, o Senhor Jesus, depois de lhes ter falado, foi arrebatado ao céu e sentou-se à direita de Deus.» (Mc 16, 19)

Depois de se manifestar com o seu corpo glorioso aos seus discípulos, Jesus sobe aos céus diante deles. O missionário é desafiado a manifes-tar Jesus Ressuscitado presente na sua vida, assim como os apóstolos que, após testemunhar Jesus que sobe aos céus, já não temem nada nem ninguém, tal era a convicção que tinham. O Missionário é chama-do a continuar a levar ao mundo a verdade da vida nova em Cristo. Não sozinho, mas apoiado na fé dos irmãos é motivado a olhar para Cristo.

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3º MistérioA descida do Espírito Santo sobre Nossa Senhora e os Apóstolos

«Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar outras línguas, conforme o

Espírito Santo lhes concedia que falassem.» (Act 2, 4)

O Espírito Santo anunciado e prometido por Jesus torna-se reali-dade na vida de Maria e dos Apóstolos. O missionário é chamado a acolher este dom. Dom que tornou os discípulos aptos a falar uma linguagem que todos entendiam. A linguagem para transmitir a Boa Nova de Cristo Ressuscitado é a Misericórdia. Esta pode ser entendida em todas as culturas. Peçamos que o Espírito Santo possa continuar a descer e a mani-festar-se na vida das pessoas. É na comunhão, na comunidade, que Ele se manifesta. O Missionário é desafiado a romper barreiras, ir às periferias revelando-se sinal que aponta para o Mistério Pascal.

4º MistérioA Assunção de Nossa Senhora ao Céu

«Por isto, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações, porque realizou em mim maravilhas aquele

que é poderoso e cujo nome é Santo» (Lc 1, 48-49).

Deus manifesta a sua grande misericórdia elevando Maria de corpo e alma aos céus. Dom que não é só para Maria mas é dado em be-nefício de toda a humanidade. Como Maria acolheu o dom de Cristo na sua vida, o missionário também é convidado a acolher a Cristo Misericordioso, contando com a intercessão da Mãe onde estiver, na peregrinação com os irmãos, servindo em missão para a vida nova em Cristo.

5º Mistério:A coroação de Nossa Senhora no céu como Rainha

«Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida de sol, a lua debaixo dos seus pés e, na cabeça, uma coroa de doze estrelas.»

(Ap 12, 1)

Maria diz sim ao chamamento de Deus para acolher Jesus em seu ventre, caminhar com Ele e testemunhar a Ressurreição. Ela é apre-sentada como Rainha, aquela que partilhou todos os momentos da vida de Jesus aqui na terra e, por bondade divina, partilha e desfru-ta da presença definitiva com Cristo ressuscitado. O missionário é convidado a partilhar desde já a sua vida com Jesus vivo e presente nos irmãos, especialmente nos mais frágeis.

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“Crescemos na misericórdia, como presentes de Deus”

Infância Missionária

Amando sem fronteiras em três passos 1, 2, 3.

Objetivo:Fazer com que as crianças reconheçam a misericórdia que Deus nos dá e que devemos entregar, sem limites, aos nossos irmãos. Me-diante três passos levar as crianças a reconhecer o seu caminho missionário: “Crianças evangelizam crianças.”

Saudação e animação do presidente para viver a celebração.

Cântico: O amor do Senhor é maravilhoso...

Ambientação: Num determinado lugar deve estar exposto o logotipo do ano da misericórdia. Numa mesa, colocar folhas com o mesmo logotipo, em branco e negro, para serem pintados pelas crianças e posterior-mente levados para casa, como presente.No lugar da celebração devem dispor-se três caixas embrulhadas como presentes, cada uma com o seu conteúdo e reflexão corres-pondente, que será lida por uma criança. A atividade consiste no seguinte: antes de abrir cada caixa realiza-se uma leitura; depois, através de perguntas já preparadas reflete-se com as crianças os três passos:

• A vida como dom/presente de Deus. • Filhos desobedientes. • O abraço de Deus.

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1º Passo - “A minha vida como dom de Deus”

Antes de abrir a primeira caixa um menino faz a seguinte leitura:

Leitor 1: Somos criados pelo amor de Deus e somos a melhor imagem e se-melhança de Deus para os outros.

Escutemos a palavra de Deus: “Deus criou o ser humano à sua imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher” (Gn 1,27).

Conteúdo do presente: Este primeiro presente deve conter um espelho. Depois, pergun-ta-se a cada criança se quer ver o presente de Deus. Em seguida passamos a caixa aberta por cada uma das crianças, deixando que cada uma se veja no espelho, colocado no fundo da caixa (todos em silêncio), sem deixar que contem umas às outras o que acontece na caixa, até passar por todas as crianças.A pergunta para refletir com as crianças será esta: “Porque gosto deste presente?” Depois de escutar as respostas pedimos a todos para ficarem em silêncio, com os olhos fechados, escutando a se-guinte oração:

Obrigado meu Deus por nos terdes criado por amor. Obrigado pelos nossos pais, pelas nossas famílias, por nos teres feito à tua imagem e semelhança. Obrigado por nos teres dado a vida, o ar, a comida e tudo o que é necessário para crescermos na tua misericórdia. Ajudai aqueles que não têm o necessário para viver. Ajudai todas as crianças do mundo a crescer no teu amor e que o nosso coração nunca perca a alegria de viver e receber os teus presentes de amor. Pai do céu, que nunca nos esqueçamos que nos criaste por amor.

2º Passo - “Filhos desobedientes”

Antes de abrir a segunda caixa uma criança faz a seguinte leitura:

Leitor 2: Quando o coração do homem recusa o amor de Deus, fica vazio e com muitas dificuldades. Vemos isso na família, na sociedade, no

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mundo. Reconhecemos algumas situações que eles estão passan-do atualmente por serem “filhos desobedientes”. Vamos abrir este presente para ver o que estamos oferecendo a Deus, quando não queremos ser seus filhos verdadeiros.

Escutemos a Palavra de Deus: “Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte dos bens que me corresponde.’ E o pai repartiu os bens entre os dois. Poucos dias depois, o filho mais novo, juntando tudo, partiu para uma terra longínqua e por lá esbanjou tudo quanto possuía, numa vida desregrada. Depois de gastar tudo, houve grande fome nesse país e ele começou a passar privações.” (Lc 15, 11-14)

O conteúdo deste presente: no fundo, devemos colocar recortes de revistas que representem discussões familiares, guerras, violência, em especial crianças que sofrem. Passamos agora com a caixa aberta para que as crianças vejam as fotos expostas. Pedimos-lhes que fiquem em silêncio, enquanto todos observam o conteúdo da caixa. Depois, fazemos a seguinte reflexão com eles:

•Ficaram contentes com este presente? Por que é que não gostam deste presente? •O que é que mais nos afasta da alegria de Deus? •Como podemos ajudar a mudar a tristeza que este pre-sente nos causou?

Oração: Terminado o diálogo com as crianças, pedimos-lhes para fazerem a oração do Pai Nosso, por todas as crianças que estão vivendo a tristeza das guerras, por todas as famílias divididas, pelo mundo inteiro, especialmente por Portugal, para que sejamos obedientes à vontade de Deus.

3º Passo – “O abraço de Deus”

Leitor 3: Todos os presentes são importantes, mas este último é o que Deus

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dá a todos: o seu abraço. O abraço de Deus chega-nos através dos seus braços sempre abertos à espera dos seus filhos, porque Deus quer que estejamos sempre junto dele.

Escutemos a Palavra de Deus: “Quando ainda estava longe, o pai viu-o e, enchendo-se de compaixão, correu a lançar-se-lhe ao pescoço e cobriu-o de beijos” … “Filho, tu es-tás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; estava perdido e foi encontrado.” (Lc 15,20.31-32).

O conteúdo deste presente: No fundo da caixa estará a imagem do “ano da misericórdia”. Ao mostrar o conteúdo deste presente va-mos pedir às crianças que digam o que estão a ver, em voz alta.Isto servirá para depois explicar o logotipo do ano da misericórdia. Depois, as crianças vão colorir o seu e levá-lo para casa. Após termos refletido com as crianças sobre a vida como DOM de Deus, e termos visto o que sucede quando DESOBEDECEMOS à sua vontade, passamos a explicar o que significa o ABRAÇO de Deus, deixar-nos abraçar/tocar pela misericórdia, partindo do abraço que o filho pródigo recebe do seu pai, que o perdoa e enche de carinho.

Terminamos o nosso encontro com o cântico da Infância Missio-nária.

Cântico Final“Fogo vim trazer à terra, quero que arda sem descansar, sou missio-nário e embora pequeno, sirvo com alegria o rei celestial.”

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Via Sacra

Oração inicial:Senhor Jesus Cristo, enchei os nossos corações com a luz do vosso Espírito, para que, acompanhando-Vos no vosso último caminho, conheçamos o preço da nossa redenção e, pela imitação das virtu-des e intercessão dos vossos Santos Mártires, nos tornemos dignos de participar nos frutos da vossa paixão, morte e ressurreição, na glória do Pai. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos.

+José, Arcebispo de Évora

PRIMEIRA ESTAÇÃOJESUS NO JARDIM DAS OLIVEIRAS

V- Nós Vos adoramos e bendizemos, ó Jesus.R- Que pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.

Chegaram a um lugar chamado Getsémani e Jesus disse aos dis-cípulos: “Ficai aqui enquanto vou orar.” Tomando consigo Pedro, Tiago e João, começou a sentir medo e a angustiar-Se. E disse-lhes: “A minha alma está numa tristeza de morte; ficai aqui e vigiai.” Adiantando-se um pouco, caiu por terra e orou: “Abbá, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Contudo não se faça o que Eu quero, mas o que Tu queres.” Mc 14, 32-36

Oração: Senhor Jesus, que no Jardim das Oliveiras manifestaste a esperança para além de toda a esperança, confiando-Vos totalmente ao Amor do Pai, fazei que o vosso abandono à sua vontade encoraje as nos-sas escolhas no caminho da fé, entre as dificuldades da vida, tal como encorajou aqueles que perseveraram até ao fim, unidos a Vós, sofrendo por causa da Fé. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.

Pai Nosso, Avé Maria, Glória.

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Via Sacra com os Mártires

SEGUNDA ESTAÇÃOJESUS, TRAÍDO POR JUDAS, É PRESO


Apareceu Judas e com ele uma grande multidão com espadas e va-rapaus, da parte dos príncipes dos sacerdotes, dos escribas e dos anciãos. Logo que chegou, aproximou-se d’Ele, dizendo: “Rabbi” e beijou-o. Os outros deitaram-lhe as mãos e prenderam-no. Mc 14, 43-46

Oração: Senhor Jesus, mestre do amor também diante do ódio, iluminai o mundo com a vossa caridade, sustentai-nos com o vosso Espírito, dai-nos a certeza de que só amando podemos realizar plenamen-te as nossas aspirações e, por intercessão dos Santos Mártires da Ucrânia, fazei-nos amar todos os homens, principalmente aqueles que nos odeiam. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.


TERCEIRA ESTAÇÃOJESUS É CONDENADO PELO SINÉDRIO


Os príncipes dos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um tes-temunho contra Jesus, para Lhe dar a morte, mas não o encontra-vam. O Sumo Sacerdote interrogou Jesus: “És Tu o Messias, Filho do Deus Bendito?” Jesus respondeu: “Eu sou!” E todos sentenciaram que era réu de morte. Mc 14, 55, 60-62, 64

Oração: Senhor Jesus, inocente condenado, tornai-nos pacientes, fazei--nos instrumentos de comunhão e de concórdia para que, no dia da vossa glória, possamos ouvir uma sentença de graça e de perdão e sejamos admitidos na companhia de todos aqueles que, como Vós, foram vítimas de sentenças iníquas. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.


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QUARTA ESTAÇÃOJESUS É NEGADO POR PEDRO


O galo cantou pela segunda vez. Pedro recordou-se, então, do que Jesus lhe havia dito: “Antes de o galo cantar duas vezes, ter-me-ás negado três vezes.” E desatou a chorar. Mc 14, 72

Oração: Senhor Jesus, que olhaste com amor para Pedro que vos havia re-negado, olhai também para nós na hora do medo e da fragilidade, para que nos possamos renovar na vossa misericórdia e sermos teus instrumentos diante de todos os homens. Vós que viveis e rei-nais pelos séculos dos séculos. Ámen


QUINTA ESTAÇÃOJESUS É JULGADO POR PILATOS


A multidão gritou ainda mais: “Crucifica-o!” Pilatos, desejoso de agradar à multidão, soltou-lhes Barrabás e, depois de mandar açoi-tar Jesus, entregou-o para ser crucificado. Mc 15, 14-15

Oração: Senhor Jesus, que a Vossa mansidão e humildade diante da conde-nação à morte conforte os nossos corações nas dificuldades e nos ajude a suportar tudo por amor, sem nunca nos rebelarmos contra o Pai e contra os homens. Fazei, também, que nunca sejamos cúm-plices dos que lavam as mãos diante dos inocentes e indefesos. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.


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SEXTA ESTAÇÃO JESUS É FLAGELADO E COROADO DE ESPINHOS


Pilatos, depois de mandar açoitar Jesus, entregou-o para ser cru-cificado. Os soldados puseram-lhe uma coroa de espinhos, que haviam tecido. Depois, começaram a saudá-Lo: “Salve, ó rei dos judeus!” Batiam-Lhe na cabeça com uma cana e cuspiam-lhe na cara. Mc 15, 17-19

Oração: Senhor Jesus, homem das dores, que no vosso amor sem fim qui-seste unir-vos a cada homem, ajudai-nos a descobrir o vosso rosto em cada irmão que sofre. Ensinai-nos a acolher-vos sempre que vindes ao nosso encontro para continuar em nós a vossa Paixão. Fazei que, olhando para aqueles que sofreram por causa do vosso nome, confiemos na força que vem de Vós na humildade do nosso coração, aceitando todas as adversidades. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.


SÉTIMA ESTAÇÃOJESUS É CARREGADO COM A CRUZ


Depois de O terem escarnecido, tiraram-Lhe o manto de púrpura e vestiram-Lhe as suas roupas. Levaram-no, então, para o crucificar. Mc 15, 20

Oração: Senhor Jesus, que carregais com a cruz, dai-nos a conhecer o mis-tério da salvação, uni à vossa oferta os sofrimentos de todas as na-ções, reuni todos os povos junto à cruz, árvore da vida, para que ela indique a todos o caminho da vida e, a nós, dai-nos a fortaleza e a coragem de suportar tudo, unidos a Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.


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OITAVA ESTAÇÃOJESUS É AJUDADO PELO CIRENEU A LEVAR A CRUZ


Requisitaram, para lhe levar a cruz, um homem que passava, vindo do campo, Simão de Cirene.” Mc 15, 21

Oração: Senhor Jesus, que quiseste ser ajudado pelo homem de Cirene, fa-zei que, tal como vós, aceitemos a ajuda de quem está próximo e que sejamos um Cireneu para cada irmão, de modo que um só seja o peso da fadiga humana, um só o amor que o sustenta, um só o caminho da dor, e sejamos perseverantes no nosso sofrimento e no auxílio àqueles que sofrem. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.


NONA ESTAÇÃOJESUS ENCONTRA AS MULHERES DE JERUSALÉM


Seguiam Jesus uma grande multidão de povo e umas mulheres que se lamentavam e choravam por Ele. Jesus voltou-se para elas e dis-se-lhes: “Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim, chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos.” Lc 23, 27-28

Oração: Senhor Jesus que carregais sobre vós o pecado do mundo e vos compadeceis das criaturas, continuai a fazer ressoar na nossa consciência o conselho dirigido às mulheres, libertai os nossos co-rações do egoísmo e da arrogância, abri-nos ao amor pelos irmãos, de modo a construirmos convosco o caminho da paz. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.


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DÉCIMA ESTAÇÃOJESUS É CRUCIFICADO


Tendo-O crucificado, repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para ver que parte levaria cada um. Mc 15, 24

Oração: Senhor Jesus Cristo, pobre e crucificado por nosso amor, ajudai os nossos irmãos que participam mais perto do vosso sofrimento, a unir a sua vida à vossa; ensinai-nos a deixarmo-nos crucificar em silêncio pelos sofrimentos que tantas vezes acompanham o nosso caminho terreno, perdoando àqueles que, consciente ou incons-cientemente, nos fazem sofrer. Vós que viveis e reinais pelos sécu-los dos séculos. Ámen.


DÉCIMA PRIMEIRA ESTAÇÃOJESUS PROMETE O SEU REINO AO BOM LADRÃO


Chegaram a um lugar chamado Getsémani e Jesus disse aos dis-cípulos: “Ficai aqui enquanto vou orar.” Tomando consigo Pedro, Tiago e João, começou a sentir medo e a angustiar-Se. E disse-lhes: “A minha alma está numa tristeza de morte; ficai aqui e vigiai.” Adiantando-se um pouco, caiu por terra e orou: “Abbá, Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Contudo não se faça o que Eu quero, mas o que Tu queres.” Mc 14, 32-36

Oração: Senhor Jesus, que no Jardim das Oliveiras manifestaste a esperança para além de toda a esperança, confiando-Vos totalmente ao Amor do Pai, fazei que o vosso abandono à sua vontade encoraje as nos-sas escolhas no caminho da fé, entre as dificuldades da vida, tal como encorajou aqueles que perseveraram até ao fim, unidos a Vós, sofrendo por causa da Fé. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.


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DÉCIMA SEGUNDA ESTAÇÃOJESUS NA CRUZ, A MÃE E O DISCÍPULO


Ao ver sua Mãe e junto dela o discípulo que Ele amava, Jesus disse a sua Mãe: “Mulher eis o teu filho!” Depois disse ao discípulo: “Eis a tua Mãe!” E, desde aquela hora, o discípulo recebeu-a em sua casa. Jo 19, 26-27

Oração: Senhor Jesus, bondade infinita, que haveis confiado Maria a cada um de nós, para que na fé e na dor nos ampare como Mãe, reno-vai em nós o mistério da cruz onde vós revelais o amor infinito do Pai, alargai o dom do Espírito Santo, ajudai-nos a levar Maria para nossa casa, para aprendermos, no convívio com Ela, o seu estilo de pensar e de agir, de servir e de amar. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.


DÉCIMA TERCEIRA ESTAÇÃOJESUS MORRE NA CRUZ


E às três da tarde, Jesus exclamou em alta voz: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?” Um deles correu a embeber uma esponja em vinagre e deu-lhe. Mas, soltando um grande brado, Je-sus expirou. Mc 15, 34. 36-37

Oração: Senhor Jesus, que na escuridão das provações experimentaste o afastamento de Deus, mas com supremo ato de amor vos abando-naste nas suas mãos e morreste pelos nossos pecados, concedei--nos o dom da fortaleza para que vivamos e morramos como filhos de Deus. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.


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DÉCIMA QUARTA ESTAÇÃOJESUS É COLOCADO NO SEPULCRO


José de Arimateia, depois de comprar um lençol, desceu o corpo da cruz e envolveu-o nele. Em seguida, depositou-o num sepulcro ca-vado na rocha. Mc 15, 46

Oração: Senhor Jesus Cristo, que assumiste a condição humana na sua to-talidade, exceto no pecado, desde a conceção até ao sepulcro, fazei que, ao longo de toda a nossa vida, vivamos a vida nova que nos vem da vossa Ressurreição e da qual participamos na fidelidade aos sacramentos. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.


Oração final:

Senhor Jesus Cristo, tendo meditado a vossa Paixão e Morte, ilumi-nados pelo testemunho dos vossos Santos Mártires, nós Vos pedi-mos que, pelos frutos da vossa Paixão e pelos méritos e intercessão daqueles que Vos seguiram até ao derramamento do seu sangue, sejamos nós fortalecidos com o dom da fé para perseverarmos, em todas as circunstâncias da nossa vida, no testemunho do vosso amor. Vós que viveis e reinais pelos séculos dos séculos. Ámen.

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Preces Diárias

Dia 1 Outubro – Santa Teresa do Menino JesusPelos cristãos de todo o mundo para que saibam ser na sua vida, a exemplo de Santa Teresa do Menino Jesus, testemunhas credí-veis do Evangelho.

Dia 2 Outubro – Santos Anjos da GuardaPelos responsáveis das comunidades cristãs para que, com simpli-cidade e generosidade, sirvam o povo de Deus e, com fé, possam dizer: “Somos inúteis servos: fizemos o que devíamos fazer.”

Dia 3 OutubroQue aumentem cada vez mais as pessoas de boa vontade, com o espírito do Bom Samaritano, capazes de se preocuparem com o bem estar de todas as criaturas.

Dia 4 Outubro Que todos os esforços em prol da paz no mundo frutifiquem nos corações dos seus intervenientes e que os governantes saibam es-cutar e servir a todos sem distinção.

Dia 5 OutubroPelo diálogo inter-religioso para que os esforços levados a cabo, em prol de uma vivência mais fraterna entre os fiéis de diversas re-ligiões, possam dar os seus frutos.

Dia 6 OutubroPelas famílias em dificuldade para que encontrem nos seus amigos, familiares e na própria comunidade as ajudas necessárias.

Dia 7 Outubro – Nossa Senhora do RosárioPara que as mães eduquem e acompanhem os seus filhos na fé e sejam nos seus lares fonte de alegria.

Dia 8 OutubroQue a Palavra de Deus fecunde os corações dos seus ouvintes para que possam dar frutos em todas as situações de vida.

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Dia 9 OutubroQue saibamos dar graças ao Senhor pelo bem que Ele faz por nós, e através de nós, para podermos testemunhar a Sua presença no nosso meio.

Dia 10 OutubroPelos jovens que se sentem chamados por Deus para uma vida de-dicada ao serviço da Igreja e do povo, para que façam o seu discer-nimento vocacional e respondam com generosidade a esse apelo.

Dia 11 OutubroPara que as leis e as tradições humanas não sejam obstáculos para as práticas religiosas, e que todos os fiéis possam, livremente e com responsabilidade, celebrar e testemunhar a sua fé.

Dia 12 OutubroPelos governantes das nações para que promovam o bem comum em prol da dignidade humana e tenham em particular atenção os direitos dos cidadãos mais vulneráveis.

Dia 13 OutubroPelos cristãos perseguidos, para que perseverem no seu teste-munho de fé, e com a ajuda dos seus irmãos e da comunidade inter-nacional possam um dia viver em plena liberdade.

Dia 14 OutubroPara que a Igreja seja uma comunidade acolhedora, sobretudo aos mais rejeitados da sociedade, e testemunhe com sincera caridade o amor misericordioso do Pai.

Dia 15 Outubro – Santa Teresa de JesusPara que os cristãos não tenham medo de percorrer os caminhos da santidade praticando o mandamento do amor, baseado na oração e na vida mística, a exemplo de Santa Teresa de Jesus.

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Dia 16 Outubro – Santa Margarida MariaPelos que perderam a sua esperança por causa das injustiças deste mundo, para que encontrem na oração e na sua vontade a força de acreditar num futuro melhor.

Dia 17 de Outubro – Santo Inácio de AntioquiaPelos mártires do nosso tempo para que a entrega da sua vida não seja em vão, mas que suscite cada vez mais, homens e mulheres corajosos a defenderem os verdadeiros valores da fé e da fraterni-dade.

Dia 18 Outubro – Dia mundial das missõesPelos anunciadores da Palavra de Deus para que tenham coragem de proclamar, pregar e ensinar a mesma Palavra ao nosso mundo, anunciando que Jesus é o Salvador de todos.

Dia 19 Outubro – São Paulo da CruzPelos professores, para que desempenhem com dedicação a sua missão de ensinar e de educar, e pelos estudantes, para que se de-diquem ao estudo com amor e paixão em prol do seu futuro e do futuro do nosso mundo.

Dia 20 OutubroPelas famílias do mundo inteiro para que saibam respeitar-se mu-tuamente e possam ser fermento de paz e de união.

Dia 21 OutubroPelas instituições da caridade para que possam atender a to-dos, sem distinção, e pelos seus benfeitores, para que conti-nuem a exercer a sua partilha fraterna.

Dia 22 OutubroPelos catecúmenos e batizados, para que neles se acenda o fogo da palavra de Deus, aceitando seguir a Cristo, e pelas famílias di-vididas por causa do Evangelho, para que se mantenham unidas.

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Dia 23 OutubroPelos jovens de todo o mundo para que saibam abrir o seu cora-ção aos apelos do Senhor, e não tenham medo de arriscar por uma vida com mais sentido.

Dia 24 Outubro – Santo António Maria ClaretPela Igreja missionária presente em todo o mundo para que saiba ser uma casa aberta a todos, e testemunhe com fervor a miseri-córdia de Deus para com todos, particularmente para com os mais desfavorecidos.

Dia 25 OutubroPelos leigos, parceiros da mesma missão, para que colaborem da melhor maneira possível para o crescimento do Reino de Deus no mundo, vivendo e testemunhando a sua fé no lugar onde se encon-tram.

Dia 26 OutubroPelos catequistas e por todos os formadores da vida cristã para que desempenhem a sua missão com zelo, para que cresça e amadureça a fé nos corações dos seus formandos.

Dia 27 Outubro – Bem-aventurado Gonçalo de LagosPelos que buscam a fé e pelos que a anunciam, para que encontrem caminhos que levem ao verdadeiro encontro, a exemplo da vida e da missão do Beato Gonçalo de Lagos.

Dia 28 Outubro – São Simão e São JudasQue o anúncio do Evangelho seja acompanhado pelo nas-cimento de novos membros e de novas comunidades cristãs ca-pazes de suscitarem no mundo desejos do bem e da verdade.

Dia 29 OutubroPara que os cristãos vivam a sua fé com simplicidade e humildade e respeitem a fé dos outros.

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Dia 30 OutubroPelos pecadores que se arrependem, à semelhança de Zaqueu, para que não tenham receio de se abeirarem do sacramento da reconciliação e encontrem nas palavras de Jesus uma nova espe-rança para o futuro.

Dia 31 OutubroPara que a Igreja seja um sinal da presença amorosa de Deus no mundo e com os seus ensinamentos possa levar muitos dos seus filhos nascidos no batismo ao banquete eterno do Pai.

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Foto:DR

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