coluna prestes, contestado, revolta da vacina, revolta da chibata

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Coluna prestes Movimento liderado por militares que faziam oposição à República Velha e às classes dominantes da época. Teve início no mandato de Artur Bernardes. Em 1925 os grupos formados no Sul por Luís C. Prestes e o de SP, por Miguel da Costa, uniram-se e partiram em uma caminhada pelo Brasil. A Coluna Prestes despertava apoio da população e a atenção dos coronéis, que também eram alvo das críticas do movimento. Sempre vigiados por soldados do governo, os revoltosos evitavam confrontos diretos com as tropas, por meio de táticas de guerrilha . Por meio de comícios e manifestos, a Coluna denunciava à população a situação política e social do país. Num primeiro momento, não houve muitos resultados, porém o Movimento ajudou a balançar as bases, já enfraquecidas, do sistema oligárquico e a preparar caminho para a Revolução de 1930 . Desejavam liberdade política, voto secreto e justiça social. Em fevereiro de 1927, a Coluna chegou à Bolívia, onde se desfez. Muitos combatentes se exilaram ali mesmo. Prestes foi para Rússia e, posteriormente, voltou ao país como um dos líderes do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Contestado Conflito armado entre SC e PR, de 1912 a 1916. Ocorreu devido ao descontentamento de famílias de camponeses que moravam nas áreas de terra que haviam sido vendidas para uma empresa norte-americana, a qual também estava construindo uma via férrea que passava no local. Com isso, os camponeses foram expulsos de suas casas. Durante essa época, os camponeses se apegaram à figura de João Maria, um beato. Os ricos coronéis não gostaram da capacidade que o beato tinha em atrair público, e acusaram-no de ser um inimigo da República recém instaurada. Assim, os militares perseguiram João Maria. A guerra terminou em 1916, quando prenderam o último líder do movimento. Revolta da vacina Rio de Janeiro, 1904. O motivo que desencadeou a revolta foi a campanha da vacinação obrigatória contra a varíola, imposta pelo governo federal. A situação da população carioca era precária, careciam de saneamento básico. Isso desencadeava epidemias, entre elas a varíola. Preocupado com isso, o presidente colocou em prática um projeto de saneamento. E o médico Oswaldo Cruz, tinha o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade. A vacinação obrigatória foi imposta em 1904, e apesar de ter um aspecto positivo, foi praticada de modo violento. Muitas vezes os soldados invadiam casas para aplicar a vacina. Muitas pessoas não sabiam o que ela era, e quais eram seus efeitos. A revolta popular aumentava, devido também a crise econômica e a destruição de cortiços. As manifestações foram às ruas, e depredaram

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Page 1: coluna prestes, contestado, revolta da vacina, revolta da chibata

Coluna prestesMovimento liderado por militares que faziam oposição à República Velha e às classes dominantes da época. Teve início no mandato de Artur Bernardes. Em 1925 os grupos formados no Sul por Luís C. Prestes e o de SP, por Miguel da Costa, uniram-se e partiram em uma caminhada pelo Brasil. A Coluna Prestes despertava apoio da população e a atenção dos coronéis, que também eram alvo das críticas do movimento. Sempre vigiados por soldados do governo, os revoltosos evitavam confrontos diretos com as tropas, por meio de táticas de guerrilha. Por meio de comícios e manifestos, a Coluna denunciava à população a situação política e social do país. Num primeiro momento, não houve muitos resultados, porém o Movimento ajudou a balançar as bases, já enfraquecidas, do sistema oligárquico e a preparar caminho para a Revolução de 1930.Desejavam liberdade política, voto secreto e justiça social.Em fevereiro de 1927, a Coluna chegou à Bolívia, onde se desfez. Muitos combatentes se exilaram ali mesmo. Prestes foi para Rússia e, posteriormente, voltou ao país como um dos líderes do Partido Comunista Brasileiro (PCB).

ContestadoConflito armado entre SC e PR, de 1912 a 1916. Ocorreu devido ao descontentamento de famílias de camponeses que moravam nas áreas de terra que haviam sido vendidas para uma empresa norte-americana, a qual também estava construindo uma via férrea que passava no local. Com isso, os camponeses foram expulsos de suas casas. Durante essa época, os camponeses se apegaram à figura de João Maria, um beato. Os ricos coronéis não gostaram da capacidade que o beato tinha em atrair público, e acusaram-no de ser um inimigo da República recém instaurada. Assim, os militares perseguiram João Maria.A guerra terminou em 1916, quando prenderam o último líder do movimento.

Revolta da vacinaRio de Janeiro, 1904. O motivo que desencadeou a revolta foi a campanha da vacinação obrigatória contra a varíola, imposta pelo governo federal. A situação da população carioca era precária, careciam de saneamento básico. Isso desencadeava epidemias, entre elas a varíola. Preocupado com isso, o presidente colocou em prática um projeto de saneamento. E o médico Oswaldo Cruz, tinha o objetivo de melhorar as condições sanitárias da cidade.A vacinação obrigatória foi imposta em 1904, e apesar de ter um aspecto positivo, foi praticada de modo violento. Muitas vezes os soldados invadiam casas para aplicar a vacina. Muitas pessoas não sabiam o que ela era, e quais eram seus efeitos.A revolta popular aumentava, devido também a crise econômica e a destruição de cortiços. As manifestações foram às ruas, e depredaram prédios públicos e espalharam desordem pela cidade. Em novembro de 1904, o presidente revoga a lei e tudo volta ao normal.

Revolta da chibataRio de Janeiro, 22 de novembro de 1910.Neste período, os marinheiros brasileiros eram punidos com castigos físicos. As faltas graves eram punidas com 25 chibatadas (chicotadas). Esta situação gerou uma intensa revolta entre os marinheiros.O líder da revolta, João Cândido (conhecido como o Almirante Negro), redigiu a carta reivindicando o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos que participaram da revolta. Caso não fossem cumpridas as reivindicações, os revoltosos ameaçavam bombardear a cidade do Rio de Janeiro (então capital do Brasil).Houve uma segunda revolta, que foi reprimida pelo governo, que havia aceito as reivindicações, mas exigiu que alguns marinheiros fossem expulsos. Alguns morreram e outros tiveram que fazer serviços forçados. João Cândido foi expulso da Marinha e internado como louco no Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi absolvido das acusações junto com outros marinheiros que participaram da revolta.