coluna cervical

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Fraturas da coluna cervical Dr. Álvaro Miranda

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Fraturas da coluna cervical

Dr. Álvaro Miranda

Osso occipital Coluna cervical alta: C1-C2 Coluna cervical baixa: C3-C7 Atlas Áxis Transição occipito-cervical Ligamentos

Aspectos anatômicos

Fraturas do côndilo occipital◦ Classificação de Anderson e Montesano

Fratura do Atlas (C1) – Jefferson Fratura de odontóide – Anderson e D’Alonzo Fratura do “enforcado” – Levine e Rhyne Lesões da coluna cervical baixa (C3-C7)

Fraturas

Bell (1817): 1 caso clínico TCE

Kissinger (1900): 1 caso Wackenhein (1974): 6 casos Werne (1957): “violência de

aceleração” Dvorak e Panjabi (1987):

anatomia funcional Anderson e Montesano

(1988): classificação das fraturas do côndilo occipital

Fraturas do côndilo occipital

Classificação de Anderson e montesano

TIPO IFratura impactada. Carga axial

Sem ou com mínimo desvio dos fragmentos para o forame magno

Membrana tectória e ligamento alar contralateral íntegros

Classificação de Anderson e montesano

TIPO IIFratura do côndilo como parte de uma fratura de base do crânio com traço na direção do forame

magnoTrauma direto. Estável

Membrana tectória e ligamentos alares íntegros

Classificação de Anderson e montesano

TIPO IIIFratura-avulsão do côndilo occipital pelo ligamento

alarRotação ou inclinação da cabeça ou associaçãoLesão do ligamento alar e membrana tectória

Fratura instável

Jefferson (1920): fratura em 4 partes por compressão axial (clássica)

Tipo explosão Impacto dos

côndilos occipitais sobre o arco ósseo do Atlas

Duas ou três partes – mais comuns

Fraturas do Atlas – C1

Fratura em 4 partesClássica de Jefferson

Trauma de alta velocidade, geralmente em flexão

Em extensão: rara Lesões associadas: anel de C1 Envolvimento neurológico raro Classificação de Anderson e

D’Alonzo◦ Tipo I: ápice do odontóide◦ Tipo II: base do odontóide◦ Tipo III: corpo do áxis

Fraturas do processo odontóide

Classificação de Anderson e D’Alonzo

Tipo I: ápice do odontóide

Tipo II: base do odontóide

Tipo III: corpo do áxis

Mecanismo lesional: entensão + carga axial

Levine e Rhyne◦ Tipo I: hiperextensão com ou sem carga axial.

Não há angulação. Fragmentos com separação < 3mm

◦ Tipo II: hiperextensão com carga axial e um componente de flexão levando ao deslocamento

◦ Tipo III: fratura através do arco neural com luxação facetária e ruptura do espaço discal C2-C3. Muito instável.

Espondilolistese traumática do Áxis – “fratura do enforcado”

TIPO I TIPO II TIPO III

Classificação de Levine e Rhyne

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A mechanistic classification of closed, indirect fractures and dislocations of the lower Cervical

spine. 1. Compressão-flexão (1 a 5)2. Compressão vertical (1-3 flexão/extensão)3. Flexão-distração (1-5)4. Compressão-extensão (1-5)5. Extensão-distração (1 e 2)6. Flexão Lateral (1 e 2)

* A intensidade da lesão é graduada em estágios (S), variando de S1 a S5.

Diagramas baseados no artigo publicado por Allen BL, Ferguson RL, Lehmann TR et Al: Spine 1982; 7: 1-27.

Lesões da coluna cervical baixa CLASSIFICAÇÃO DE ALLEN et al (1982)

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Compressão-Flexão 5 (CFS5)

Compressão-Flexão 4 (CFS4)

CFS2 + Traço de fraturaDa parte ventral do corpo ao centro e a porção Sub-condral inferior.Fratura do bico

Compressão-Flexão3 (CFS3)

Obliqüidade da parte anterior docorpo vertebral e perda de altura anteriorAparência de “bico” da porção antero - inferior

Compressão-Flexão1 (CFS1)

Compressão-Flexão 2 (CFS2)

Aplanamentoântero-superiorda margem vertebralpara uma forma maisarredondada

Deslocamento<3mm da borda postero-inferior do corpo em direção ao canal

Lesões ósseas vistas em CFS3+deslocamento da porção posterior do fragmento do corpo vertebral em direção ao canal Vertebral. O arco vertebral permanece caracteristicamente integro.As facetas articulares estão separadas e há aumento da distancia Inter-espinhosa.O deslocamento indica que o sistema ligamentar anterior e posterior falharam. O fragmento em bico permanece anterior.A margem postero- inferior da vértebra acima pode aproximar da lamina da vértebra subjacente.

Compressão-flexão

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Compressão vertical

O centro é fragmentado. Há deslocamento de fragmentos em todas direções. A porção posterior do corpo vertebral é fraturada e pode estar deslocada para o canal. O arco vertebral pode estar Intacto mas pode estar grosseiramente destruído com lesão do sistema ligamentar posterior.

Fratura do platôsuperior ou inferiorem taça, central, semlesão ligamentar.

Compressão Vertical 1(VCS1) Fratura de ambos

Platôs, central.Pode haver traço de fraturaAtravés do centro

Compressão Vertical 2(VCS2)

Compressão Vertical 3(VCS3)Tipo flexão tardia(Late flexion type)

Compressão Vertical 4(VCS4)

Tipo Extensão Tardia(Late extension type)

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Deslocamento completo do corpo vertebral ouVértebra flutuante.

Flexão-distraçãoFlexão-distração1

(DFS1)Flexão-distração 2(DFS2)

Flexão-distração 3(DFS3)

Flexão-distração4 (DFS4)

Falência do complexo ligamentar anterior:Subluxação facetaria em flexão com grande divergência dos processos espinhosos. Arredondamento do platô da vértebraInferior.

Deslocamento facetario Unilateral.Listese rotatória com alargamento da articulação uncovertebral do lado da subluxação e desvio do processo espinhoso para o mesmo lado.

Deslocamento facetariobilateral com 50% de deslocamentodo corpo vertebral.Pode haver arredondamento do platô superior do corpo de baixo.

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Compressão-extensão

Fratura linear do processo articular com listese rotatória

Fratura linear da faceta articular, do pedículo e lamina resultando na chamada “faceta transversa” . Listese rotatória pode ocorrer mas não é essencial.Quando presente é menor que aquela vista em lesões DFS2.

Compressão-extensão 1(CES1)

Compressão-extensão 2 (visão obliqua)(CES2)

Compressão-extensão 2(CES2) Compressão-extensão 5

(CES5)Fratura bilaminar sem evidencia de outras falências no segmento motor. Tipicamente ocorrem fraturasLaminares em níveis múltiplos contíguos.

Compressão-extensão 3 e 4(CES3)

Como não ocorreram na amostrados autores, são hipotéticos.Tipo 3: Fratura do processo articular bilateral e “córner” do arco vertebral, pedículos, lâminas ou alguma combinação bilateral sem deslocamento do corpo vertebral.Tipo 4: Fratura do arco vertebral bilateral com deslocamento parcial do corpo vertebral anteriormente.

Fratura do arco vertebralBilateral com deslocamento anterior.

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Extensão-distração

Extensão-distração 1(DES1)

Extensão-distração 2(DES2)

Falência do complexo ligamentar anteriorou fratura transversa do “centrum”.Quando a lesão é ligamentar (frequentemente) pode ou não haver discreta fratura da margem anterior do corpo vertebral.Característica: alargamento do espaço discal. Não há deslocamento posterior.

Características doTipo 1 + falência ligamentar posteriore deslocamento do parte posterior do Corpo vertebral em direção ao canal (raramente >3mm).

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Flexão Rotação

Flexão Lateral 1 (LFS1)AP Flexão Lateral 1-Perfil (LFS1)

Flexão Lateral 2 (LFS2)

Falência Em tensão

Compressão assimétricado “centrum” + fraturado arco vertebral no lado ipsilateral. Pode haver fratura vertical do“Centrum”Planigrafias ou aquisições especiaispodem revelar compressão do processo articular ou do arco vertebral (córner).

Compressão lateral assimétricado centrum e fratura ipsilateral do arco com deslocamentovisível na visão em ap ou falêncialigamentar no lado contralateral comseparação dos processos articulares.Em alguns casos, tanto a compressãoIpsilateral e ruptura do arco vertebralcontralateral estão presentes.