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CC OO LL ÉÉ GG II OO II NN TT EE GG RR AA ÇÇ ÃÃ OO AA NN GG LL OO

ALUNO (A):_____________________________________________________________________ TURMA: ______

3º ANO DO ENSINO MÉDIO

TR1 ROTEIRO / TRABALHO RECUPERAÇÃO FINAL - FILOSOFIA Valor:

40,0 pontos

Atenção para os seguintes procedimentos: 1. Anexe esta folha ao Trabalho, pois a correção será baseada nela.

2. Faça, treine e deixe as resoluções no Trabalho, mas elas não terão valor de correção.

3. Preencha todo o cabeçalho acima.

4. Esta folha deverá ser resolvida somente À TINTA (azul ou preta), portanto, NÃO SERÃO aceitas marcações a lápis, datilografados, digitados e, principalmente, rasuradas.

5. Aproveite este Trabalho para estudar para a recuperação, ou seja, as questões da prova serão baseadas nele e no Roteiro estabelecido.

6. Esta folha (anexada ao Trabalho) deverá ser entregue no dia da aplicação da prova em 2017.

O TRABALHO SERÁ CORRIGIDO SOMENTE PELO QUADRO DE RESPOSTAS QUESTÕES 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

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ROTEIRO

Kant e a Crítica da Razão Pura Maquiavel: O Príncipe Contratualismo: Hobbes, Locke e Rousseau O Estado como Processo Histórico: Hegel e Marx A ética da Justa Medida (Aristóteles) Kant e a Ética Deontológica (Imperativo e Dever) Nietzsche e o Niilismo Positivo Sartre e o Existencialismo

TRABALHO

QUESTÃO 01 "(...) a própria experiência é um modo de conhecimento que requer entendimento, cuja regra tenho que pressupor a priori em mim ainda antes de me serem dados objetos e que é expressa em conceitos a priori, pelos quais portanto todos os objetos da experiência têm necessariamente que se regular e com eles concordar." (KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. São Paulo: Abril Cultural, 1983, p. 13). Com base na filosofia de Kant, assinale o que for correto (a) O método de Kant é chamado empirismo, pois consiste

na crítica ou na análise reflexiva da sensação, a qual, antes de partir ao conhecimento das coisas, deve conhecer a si mesma, fixando as condições de possibilidade do conhecimento, aquilo que pode legitimamente ser conhecido e o que não.

(b) Para Kant, uma vez que os limites do conhecimento científico são os limites da alma, as coisas que não são dadas à intuição sensível (a coisa em si, as entidades metafísicas como Deus, alma e liberdade) podem ser conhecidas.

(c) Kant mantém-se na posição dogmática herdada de Hume. Para os dois filósofos, o conhecimento é um fato

que não põe problema. O resultado da crítica da razão é a constatação do poder ilimitado da razão para conhecer.

(d) O sentido da revolução copernicana operada por Kant na filosofia é que são os objetos que se regulam pelo nosso conhecimento, não o inverso. Ou seja, o conhecimento não reflete o objeto exterior, mas o sujeito cognoscente constrói o objeto do seu saber.

(e) Com a sua explicação da natureza do conhecimento, Kant não supera a dicotomia racionalismo-empirismo. O conhecimento, que tem por objeto o fenômeno, é somente dos dados da experiência.

QUESTÃO 02 (UFU – Adaptada) Kant (séc. XVIII) distinguiu duas modalidades de conhecimentos: os empíricos e os apriorísticos. Segundo ele, esse dois tipos de conhecimentos se exprimem como juízos sintéticos e juízos analíticos. Assim, (I) juízo analítico é aquele em que o predicado é a

explicitação do conteúdo do sujeito. (II) juízo sintético é aquele no qual o predicado não

acrescenta novos dados sobre o sujeito. (III) um juízo, para ter valor científico ou filosófico, deve

ser universal e necessário e verdadeiro. (IV) juízo sintético, a priori, é o conhecimento universal,

necessário e verdadeiro. Estão corretas as afirmativas. (a) I, II e III (b) I, III e IV (c) I, III, e IV (d) I e II (e) Todas as afirmativas estão corretas.

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QUESTÃO 03 Para Maquiavel o Príncipe de possuir carisma e a capacidade de dialogar com seus súditos; seguindo essa temática leia o trecho abaixo: “Deve o príncipe, contudo, cuidar para não deixar escapar dos lábios expressões que não revelem as cinco qualidades mencionadas (piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso), devendo aparentar, à vistas e aos ouvidos, ser todo piedade, fé, integridade, humanidade e religião. (...) Todos vêm o que tu pareces, poucos o que realmente és, e esses poucos não ousam contrariar a opinião dos que têm ao seu favor a majestade do Estado. (...) porque o vulgo se deixa conduzir por aparências e por aquilo que resulta dos fatos consumados, e o mundo é composto pelo vulgo.”

MAQUIAVEL, N. O príncipe. Trad. de Lívio Xavier. São Paulo: Nova Cultural, 1987.

Assinale a alternativa incorreta: (a) O Governante deve aprender a ser mal, contudo, deve

possuir a capacidade de não demonstrar isso ao povo, visto que este legitima e qualifica suas ações.

(b) O vulgo é descomprometido e desinteressado, portanto o príncipe não deve se preocupar em demonstrar ações boas e íntegras; por não terem memória política o povo torna-se um fator insignificante no processo de legitimação do poder.

(c) O povo torna-se o principal alvo do Governante; necessariamente, para que um Governante mantenha seu poder, deve ele adquirir a confiança dos súditos.

(d) A questão da aparência moral é fundamental na Política. Para Maquiavel os Súditos legitimam o poder do Príncipe.

(e) O Príncipe nunca deve deixar escapar de sua boa palavras que não remetam às virtudes cristão.

QUESTÃO 04 O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.

MAQUIAVEL, N. O Príncipe. São Paulo: Martin Claret, 2009. (ENEM – 2010)

No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a monarquia e a função do governante. A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na (a) inércia do julgamento de crimes polêmicos. (b) bondade em relação ao comportamento dos

mercenários. (c) compaixão quanto à condenação de transcrições

religiosas. (d) neutralidade diante da condenação dos servos. (e) conveniência entre o poder tirânico e a moral do

príncipe QUESTÃO 05 Thomas Hobbes explica a origem da sociedade e do Estado mediante a ideia de um pacto ou acordo entre os indivíduos para regulamentar o convívio social e garantir a paz e a segurança de todos. Sobre a teoria política de Thomas Hobbes, assinale o que for correto.

(a) Segundo Thomas Hobbes, no estado de natureza, o comportamento dos homens é pacífico, o que é condição para instauração do pacto de respeito mútuo às liberdades individuais.

(b) Segundo Thomas Hobbes, no estado de natureza, o homem não dispõe de toda liberdade e poder para realizar tudo quanto sua força ou astúcia lhe permitir.

(c) Segundo Thomas Hobbes, o Estado é a unidade formada por uma multidão de indivíduos que concordaram em transferir seu direito de governarem a si mesmos à pessoa ou à assembleia de pessoas que os represente e que possa assegurar a paz e o bem comum.

(d) Na obra Leviatã, para caracterizar o Estado, Thomas Hobbes utiliza a figura do Novo Testamento, o Leviatã, cuja função é salvar os homens do poder despótico dos reis.

(e) Segundo Thomas Hobbes, o Estado não dispõe de poder absoluto algum. É ilegítimo o uso da força pelo soberano para constranger os súditos, pois o controle do poder instituído, como o próprio poder, deve assentar-se no acordo e no convencimento.

QUESTÃO 06 Para Hobbes (1588-1679), o homem reconhece a necessidade de renunciar ao seu direito sobre todas as coisas em favor de um "contrato". Isso implica também na abdicação de sua vontade em favor de "um homem ou assembléia de homens, como representantes" da sua pessoa. Assim para Hobbes o contrato social se justifica porque (a) a situação dos homens, entregues a si próprios, é de

segurança, de estabilidade e de felicidade, graças a esta organização primitiva, os homens vivem sempre em paz e harmonia.

(b) as disputas são importantes para o desenvolvimento da indústria, da agricultura, da ciência, da navegação, enfim, é ela a responsável pelas comodidades e por todo o bem-estar dos homens.

(c) os interesses egoístas predominam entre os homens, a ponto de cada indivíduo representar um perigo eminente aos outros indivíduos, de modo que o homem se torna o lobo do próprio homem.

(d) o homem é sociável por natureza e, por meio dela, é levado a fundar um estado social pautado pela autoridade política, abdicando dos seus direitos em favor de um corpo político.

(e) A guerra entre os indivíduos nunca termina, nenhum estado civil consegue abarrotar a natureza humana e nenhuma lei civil consegue ser superior à lei natural.

QUESTÃO 07 Leia com atenção o texto de Locke abaixo. “Para bem compreender o poder político e derivá-lo de sua origem, devemos considerar em que estado todos os homens se acham naturalmente, sendo este um estado de perfeita liberdade para ordenar-lhe as ações e regular lhes as posses e as pessoas conforme acharam conveniente, dentro dos limites da lei da natureza, sem permissão ou depender da vontade de qualquer outro homem.”

LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 35.

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Assinale a alternativa correta, de acordo com o pensamento de Locke. (a) A condição natural do homem é estar sob a

dependência da vontade de outro homem. (b) Locke separa a origem do Estado da condição natural

do homem. (c) Locke concilia a liberdade dos homens com os limites

da lei de natureza, que não dependem da vontade dos homens.

(d) A origem do poder político está desvinculada do que é conveniente aos homens.

(e) A propriedade é contratual, isto é, não existe na sociedade civil.

QUESTÃO 08 John Locke (1632-1704) é considerado, na História da Filosofia, como o fundador do liberalismo político. Segundo este filósofo inglês, o Estado surge através de um contrato entre os indivíduos e deve ter como função básica (a) controlar, de forma absoluta, a vida de todos os

cidadãos. (b) proteger os interesses dos que não possuem, contra os

que possuem. (c) promover a harmonia entre os grupos rivais,

preservando os interesses do bem comum. (d) garantir os privilégios da realeza e da Igreja na

Inglaterra. (e) preservar o interessa do clero e das famílias nobres. QUESTÃO 09 “O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer isto é meu e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: ‘Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém!’”.

(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdadeentre os homens. Trad. de Lourdes Santos Machado. São Paulo:

Nova Cultural, 1997. p. 87.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento político de Rousseau, é correto afirmar: (a) A desigualdade é um fato natural, autorizada pela lei

natural, independentemente das condições sociais decorrentes da evolução histórica da humanidade.

(b) A finalidade da instituição da sociedade e do governo é a preservação da individualidade e das diferenças sociais.

(c) A sociabilidade tira o homem do estado de natureza onde vive em guerra constante com os outros homens.

(d) Rousseau faz uma crítica ao processo de socialização, por ter corrompido o homem, tornando-o egoísta e mesquinho para com os seus semelhantes.

(e) Rousseau valoriza a fundação da sociedade civil, que tem como objetivo principal a garantia da posse privada da terra.

QUESTÃO 10 A relação homem-natureza consome a maior parte das obras de Rousseau, que seguiu uma direção peculiar assentada na crítica ao progresso das ciências e das artes. A este respeito, pode-se afirmar que (I) prevalece, nos escritos de Rousseau, a moral

fundada na liberdade, a primazia do sentimento sobre a razão e, principalmente, a teoria da bondade natural do homem.

(II) o bom selvagem ou o homem natural é dotado de livre arbítrio e sentido de perfeição, sentimentos esses corrompidos com o surgimento da propriedade privada.

(III) o bom selvagem, descrito por Rousseau, possui uma sabedoria mais refinada que o conhecimento científico, o que confirma a completa ignorância da cultura letrada.

(IV) Rousseau não defende o retorno do homem à animalidade, ao contrário, é preciso conservar a pureza da consciência natural, isto é, alcançar a verdadeira liberdade.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas. (a) I, III e IV (b) II, III e IV (c) I, II e IV (d) I, II e III (e) I, II, III, IV QUESTÃO 11 Leia o texto a seguir. Na Primeira Secção da Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant analisa dois conceitos fundamentais de sua teoria moral: o conceito de vontade boa e o de imperativo categórico. Esses dois conceitos traduzem as duas condições básicas do dever: o seu aspecto objetivo, a lei moral, e o seu aspecto subjetivo, o acatamento da lei pela subjetividade livre, como condição necessária e suficiente da ação.

(DUTRA, D. V. Kant e Habermas: a reformulação discursiva da moral kantiana. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002. p. 29.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria moral kantiana, é correto afirmar: (a) A vontade boa, enquanto condição do dever, consiste

em respeitar a lei moral, tendo como motivo da ação a simples conformidade à lei.

(b) O imperativo categórico incorre na contingência de um querer arbitrário cuja intencionalidade determina subjetivamente o valor moral da ação.

(c) Para que possa ser qualificada do ponto de vista moral, uma ação deve ter como condição necessária e suficiente uma vontade condicionada por interesses e inclinações sensíveis.

(d) A razão é capaz de guiar a vontade como meio para a satisfação de todas as necessidades e assim realizar seu verdadeiro destino prático: a felicidade.

(e) A razão, quando se torna livre das condições subjetivas que a coagem, é, em si, necessariamente conforme a vontade e somente por ela suficientemente determinada.

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QUESTÃO 12 "O imperativo categórico é, portanto só um único, que é este: Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal."

(KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Trad. de Paulo Quintela. Lisboa: Edições 70, 1995. p. 59.)

Segundo essa formulação do imperativo categórico por Kant, uma ação é considerada ética quando: (a) Privilegia os interesses particulares em detrimento de

leis que valham universal e necessariamente. (b) Ajusta os interesses egoístas de uns ao egoísmo dos

outros, satisfazendo as exigências individuais de prazer e felicidade.

(c) É determinada pela lei da natureza, que tem como fundamento o princípio de auto-conservação.

(d) Está subordinada à vontade de Deus, que preestabelece o caminho seguro para a ação humana.

(e) A máxima que rege a ação pode ser universalizada, ou seja, quando a ação pode ser praticada por todos, sem prejuízo da humanidade.

QUESTÃO 13 Leia com atenção o fragmento abaixo, extraído das Lições de Filosofia da História, do filósofo alemão G.W.F. Hegel. “A finalidade do espírito universal é encontrar-se, voltar-se para si mesmo e encarar-se como realidade. Porém, o que poderia ser questionado é se essa vitalidade dos indivíduos e dos povos, quando buscam os seus interesses e os satisfazem, é também meio e instrumento de algo mais sublime e abrangente — a respeito do que eles nada sabem, e que realizam sem consciência.” Analise as assertivas abaixo. (I) Quando Hegel fala da finalidade do espírito

universal, ele refere-se a algo que se concretiza na história sob a forma do Estado, tendo como ápice o Estado Moderno, inspirado na revolução francesa, cuja constituição reuniu os direitos do homem, isto é, os direitos naturais, e os direitos do cidadão, ou seja, os direitos civis.

(II) Aquilo que merece ser questionado conduz à refutação da vitalidade dos indivíduos e dos povos como agentes históricos, pois a edificação do Estado acontece graças à cadeia cega dos eventos humanos, que são arrastados pelo destino e sempre produziram, como resultado, o melhor dos mundos. Essa teoria foi enunciada por Leibniz.

(III) A questão, levantada por Hegel, se a vitalidade “dos indivíduos e dos povos quando buscam os seus interesses e os satisfazem, é também meio e instrumento de algo mais sublime e abrangente”, encontra, no próprio texto da Filosofia da História, uma resposta afirmativa, pois Hegel acreditava que o Estado Moderno é resultado da astúcia da razão.

(IV) O voltar-se para si é típico da visão da história como passado, essa visão não admite o progresso na história universal, de maneira que todos os eventos humanos concorrem para a ruína da sociedade humana. Por isso, o “voltar-se para si mesmo” equivale ao mito do eterno retorno, amplamente

popularizado no século XIX com a filosofia de Nietzsche.

Assinale a alternativa que contém as assertivas verdadeiras. (a) II e IV (b) I e IV (c) II e III (d) I e III (e) III e IV QUESTÃO 14 Leia o texto a seguir. O verdadeiro é o todo. Mas o todo é somente a essência que se implementa através de seu desenvolvimento. Sobre o absoluto deve-se dizer que é essencialmente resultado; que só no fim é o que é na verdade. Sua natureza consiste justo nisso: em ser algo efetivo, em ser sujeito ou vir-a-ser-de-si-mesmo. Embora pareça contraditório conceber o absoluto essencialmente como resultado, um pouco de reflexão basta para dissipar esse semblante de contradição.

HEGEL, G.W.F. Fenomenologia do espírito. Tradução de Paulo Meneses. Petrópolis: Vozes, 2002. p. 36.

Considerando a concepção idealista da História na filosofia de Hegel, assinale a alternativa correta: (a) O absoluto como fim do desenvolvimento histórico é

garantido pelas relações sociais e materiais, necessárias para a concretização da essência da razão e da abolição da contradição reinante na base material da sociedade.

(b) O desenvolvimento do processo histórico é a auto-realização da razão no espírito do povo, a qual se manifesta concretamente no Estado e se conserva graças à vida ética no interior do Estado Moderno.

(c) A natureza do absoluto é inessencial e sua existência é de caráter formal, podendo ser apreendida graças à capacidade infinita da consciência, que confere à idéia de absoluto o status de idéia abstrata e separada do mundo.

(d) As contradições inviabilizam o desenvolvimento do absoluto e impedem a sua realização no mundo, passando a existir apenas como idéia abstrata na consciência individual.

QUESTÃO 15 Considere o texto a seguir. Dostoiévski escreveu: “Se Deus não existisse, tudo seria permitido”. Eis o ponto de partida do existencialismo. De fato, tudo é permitido se Deus não existe, e, por conseguinte, o homem está desamparado porque não encontra nele próprio nem fora dele nada a que se agarrar. Para começar, não encontra desculpas.

SARTRE, Jean-Paul. O Existencialismo é um humanismo. Trad. Rita Correia Guedes. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 9.

Tomando o texto anterior como referência, marque a alternativa CORRETA. (a) Nesse texto, Sartre quer mostrar que sua teoria da

liberdade pressupõe que o homem é sempre responsável pelas escolhas que faz e que nenhuma desculpa deve ser usada para justificar qualquer ato.

(b) O existencialismo é uma doutrina que propõe a adoção de certos valores como liberdade e angústia. Para o

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existencialismo, a liberdade significa a total recusa da responsabilidade.

(c) Defender que “tudo é permitido” significa que o homem não deve assumir o que faz, pois todos os homens são essencialmente determinados por forças sociais.

(d) Para Sartre, a expressão “tudo é permitido” significa que o homem livre nunca deve considerar os outros e pode fazer tudo o que quiser, sem assumir qualquer responsabilidade.

(e) E) Para Sartre tudo é permitido pois o ser humano não possui responsabilidade nenhuma sobre o mundo e a realidade existente ao ser redor.

QUESTÃO 16 “(...) não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta. Assim, não teremos nem atrás de nós, nem na nossa frente, no reino luminoso dos valores, nenhuma justificativa e nenhuma desculpa. Estamos sós, sem desculpas. É o que posso expressar dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado, porque não se criou a si mesmo, e como, no entanto, é livre, uma vez que foi lançado no mundo, é responsável por tudo o que faz”.

SARTRE, Jean-Paul. O existencialismo é um humanismo. 3ª ed. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 9.

Tomando o texto acima como referência, assinale a alternativa correta. (a) Sartre afirma que o homem está condenado a ser livre e

que, por esta razão, deve ser responsável por tudo o que acontece ao seu redor.

(b) Sartre considera que o homem não é responsável por seus atos, “porque não se criou a si mesmo”, sendo, por esta razão, totalmente livre.

(c) Ao dizer que “(...) não encontramos, já prontos, valores ou ordens que possam legitimar a nossa conduta”, Sartre defende que o existencialismo não admite qualquer valor, nem a liberdade.

(d) O existencialismo de Sartre defende a tese da absoluta responsabilidade do homem em relação aos atos que pratica, porque sua moral parte do princípio de uma liberdade coerente e comprometida com o bem comum.

(e) Sartre apresenta um ser humano resignado e determinado por construções sociais, sem exercer nenhum princípio de escolha,

QUESTÃO 17 Para Sartre (1905-1980) o homem a todo momento está escolhendo o caminho a seguir em sua existência, e esta escolha tem valor porque é feita entre outras inúmeras possibilidades; esta situação é de angústia, mas, uma vez feita a escolha, a angústia passa a ser a autonomia do querer. A situação existencialista da escolha, tal como foi descrita, implica (a) a má fé do homem, pois a escolha é feita somente para

satisfação de si mesmo. (b) a responsabilidade do homem, pois ele é sempre o

autor da escolha feita. (c) a falsa consciência, que desconhece a autonomia e

aceita aquilo que fazem de si. (d) a natureza humana imutável do indivíduo, que é a

certeza da liberdade espiritual. (e) a Natureza humana é preexistente, por isso a frase “a

essência precede a existência”.

QUESTÃO 18 “A virtude é, pois, uma disposição de caráter relacionada com a escolha e consistente numa mediania, isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. E é um meio-termo entre dois vícios, um por excesso e outro por falta; pois que, enquanto os vícios ou vão muito longe ou ficam aquém do que é conveniente no tocante às ações e paixões, a virtude encontra e escolhe o meio-termo.“

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco, II, 6. São Paulo: Nova Cultural, 1987. Col. Os Pensadores, p. 33. (UFU – Adaptada)

Considerando o trecho acima e a concepção aristotélica de virtude, assinale a alternativa correta. (a) A virtude consiste na rejeição de todo prazer, resultado

do uso da razão do homem sábio e corajoso que, contendo suas paixões, escolhe viver de modo ascético e agir sempre com piedade e compaixão, dispondo-se a sacrificar a qualquer momento a própria vida pelo próximo, pois, pleno de audácia e entusiasmo, não teme de forma alguma a morte.

(b) A virtude é a firme e irrefletida determinação para superar uma condição viciosa, como a coragem que, por se opor totalmente à covardia, define-se como temeridade ou audácia.

(c) A virtude consiste numa capacidade equilibrada e racional de agir, como, por exemplo, a verificada na coragem, medianeira entre o excesso de audácia que caracteriza a temeridade e a falta de audácia ou excesso de medo do covarde.

(d) A virtude é a capacidade ou força do político corajoso que usa racionalmente os seus recursos para conservar o seu poder.

(e) A virtude pode ser considerada como um esforço para alcançar o extremo de suas características boas.

QUESTÃO 19 Embasados no estudo realizado por Sandro Luiz Bazzanella, aqui naturalmente alterado para atender a necessidade da presente avaliação, solicitamos que assinale "V" para verdadeiro e "F" para falso nas proposições envolvendo o tema "Nietzsche e o Niilismo" e, logo após, marque a alternativa que contenha a ordem correta verticalmente e considerada de cima para baixo. ( ) O niilismo em Nietzsche assume contornos de

denúncia do vazio de sentido começando pelo desmascaramento de Deus, de suas verdades e essências, como demiurgo ordenador do universo, do mundo e da vida.

( ) O niilismo anunciado por Nietzsche apresenta-se como única saída do homem ocidental, onde a vontade de vida apresenta-se em sua multiplicidade de situações e opções, manifestando-se e assumindo-se a si mesma como participante ativa do jogo das forças fisiológicas e cosmológicas.

( ) Na visão nietzschiana captar o que significa niilismo exige que o pensemos em processo, como manifestação do desenrolar histórico da existência, do passado, do presente e do futuro existencial humano.

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( ) Em Nietzsche a característica marcante do primeiro momento do niilismo (passivo) da ocidentalidade seria a passividade do homem frente a dinâmica da vida, da existência.

( ) Para Nietzsche é com Santo Agostinho que o niilismo começa a se estabelecer, quando o filósofo contribui eficazmente para que a vontade de vida comece a ser amordaçada.

(a) V,V,F,F e F (b) V,F,F,F e V (c) F,V,V,F e F (d) F,F,V,V e V (e) V,V,V,F e F QUESTÃO 20 Friedrich Nietzsche (1844 – 1900) opõe à moral tradicional, herdeira do pensamento socrático-platônico e da religião judaica-cristã, a transvaloração de todos os valores. Conforme Aranha e Arruda (2000): “Ao fazer a crítica da moral tradicional, Nietzsche preconiza a ‘transvaloração de todos os valores’. Denuncia a falsa moral, ‘decadente’, ‘de rebanho’, ‘de escravos’, cujos valores seriam a bondade, a humildade, a piedade e o amor ao próximo”. Desta forma, opõe a moral do escravo à moral do senhor, a nova moral.

(ARANHA, M. L. de A. e MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. São Paulo: Moderna, 2000, p. 286.)

Assinale a alternativa que contenha a descrição da “moral do senhor” para Nietzsche. (a) É caracterizada pelo ódio aos instintos; negação da

alegria. (b) É negativa, baseada na negação dos instintos vitais. (c) É transcendental; seus valores estão no além-mundo. (d) É positiva, baseada no sim à vida. (e) É metafísica, pois valoriza uma vida depois da morte.