coleta e análise de dados anderson ravanello felipe belão iubel luciana piva luis andré w....

55
Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar Filipon

Upload: internet

Post on 18-Apr-2015

103 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Coleta e Análise de Dados

Anderson RavanelloFelipe Belão Iubel

Luciana PivaLuis André W. Fumagalli

Luiz Fernando Nunes da SilvaMilton Saes Júnior

Neimar Filipon

Page 2: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Introdução

•Escolha e Definição de um problema de pesquisa.•Identificação das variáveis e de sua relação.•Verificação empírica do problema de pesquisa, confrontando os dados reais.•Delineamento da pesquisa.

Page 3: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Introdução

•Dados

•Ferramentas de Coleta

•Métodos de Análise

•Escalas

Page 4: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Técnicas de coleta de dados

• Entrevista

• Questionário

Page 5: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Entrevista

• Vantagens do uso de entrevistadores

• Desvantagens do uso de entrevistadores

• O viés do entrevistador

• Minimização do viés

Page 6: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Questionário

• Planejamento

• Layout

• Teste-piloto

• Tipo de instrumento a ser utilizado

• Método de abordagem dos respondentes

• Seqüência e a ordem das questões

• Tipo de questão a ser utilizado

Page 7: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Questionário

• Questões abertas

• Questões fechadas

• Questões de fato

• Questões de atitude

Page 8: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Questionário

• Fidedignidade

• Validade

Page 9: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Mensuração

Para que seja assegurada a precisão de nossas descobertas, devemos considerar como medimos e se nossas medidas são válidas e confiáveis.

Page 10: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Mensuração

• Dificuldades de mensuração

• Definição de “conceito”

• Como mensurar um conceito

Page 11: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

EscalasSão muito utilizadas para medir ATITUDES A elaboração de uma escala requer o desenvolvimento dos seguintes passos :

1. Revisão de literatura;2. Entrevistas em profundidade para explorar origens, complexidades,

ramificações das áreas de atitude, bem como para buscar expressões vívidas dos respondentes;

3. Delineamento de um esboço conceitual daquilo que se procura medir;

4. Composição do pool de questões, entendido este como a " coleção de sentenças atitudinais a partir da qual a escala será construída ";

5. Aplicação do instrumento a uma amostra grande (100 a 200 pessoas);

6. Seleção das sentenças (entre 6 e 24) que irão compor a escala utilizando o uso de coeficientes de correlação. Metade das sentenças são formuladas de forma negativa.

Page 12: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

EscalasExemplo:Escala para medir o comprometimento organizacional :

Uma série de sentenças é listada a seguir para representar possíveis sentimentos que os indivíduos possam ter sobre a organização em que trabalham. Com respeito a seus próprios sentimentos sobre a organização em especial que você está trabalhando, por favor indique o grau em que concorda ou discorda com cada sentença, assinalando uma entre as sete alternativas a seguir :

( 1 ) discorda muito( 2 ) discorda moderadamente( 3 ) discorda levemente( 4 ) nem concorda, nem discorda( 5 ) concorda levemente( 6 ) concorda moderadamente( 7 ) concorda muito

Page 13: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

EscalasSentenças

1. Defino esta organização a meus amigos como um ótimo lugar para se trabalhar;

2. Realmente me importo com o destino desta organização;3. Considero que meus valores são muito semelhantes aos valores da

organização;4. Sinto muito pouca lealdade com relação a esta organização;5. Não há muito a ganhar se ficar nesta organização indefinidamente;6. Decidir trabalhar nesta organização foi definitivamente um engano de

minha parte.

Page 14: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

ANÁLISE DE DADOS LIMITADA

1) NOMINAL

SIM DISTINTA QUALITATIVAS - NÃO MÉTRICAS ( mede a direção da resposta) (ESCALAS COMPARATIVAS)

NÃO

2) ORDINAL

ESCALA

Instrumento DeMensuração

ANÁLISE DE DADOS + EXTENSA

3) INTERVALAR

3 pontos CONTÍNUA QUANTITATIVAS - MÉTRICAS ( mede a direção + intensidade 10 pontos

4) RAZÃO

Page 15: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

1) Escalas NOMINAIS

Dados não podem ser somados ou multiplicados.Ex .setor econômico, ramo de negócios da empresa, sua natureza

jurídica ou nacionalidade .Usa números para identificar e classificar : cargos, funções,marcas e

indivíduos

ANÁLISE ESTATÍSTICA tem pouca satisfação É possível apenas verificar a freqüência e calcular a % de cada

categoria ou subgrupo em relação ao total.Depois disto é possível comparar sub-amostras.Podemos utilizar ainda a Moda e o Qui-Quadrado .

É o mais baixo nível de mensuração .

Ex.. Você está satisfeito com o Mestrado da PUC ?( ) SIM( ) NÃO

Page 16: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

2) Escalas ORDINAIS

Dados não possuem unidades de medida, mas são ordenados num continuum. É uma escala de ranqueamento .

Um nível mais alto de mensuração em relação a escala nominal É possível utilizar as seguintes técnicas estatísticas:

Correlação de Ordem, Testes de Hipóteses, Percentil e Mediana

Ex. Considerando a sua escolha pelo mestrado da PUC classifique os atributos de maior relevância para esta decisão : de -1 a +4

( ) PREÇO( ) NÍVEL DOS PROFESSORES( ) CONCEITO CAPES( ) LOCALIZAÇÃO

Page 17: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

3) Escalas INTERVALARES

Dados expressos em números (salário, faturamento, peças produzidas).

Os cálculos são mais sofisticados. São escalas de classificação .

É possível utilizar uma série de técnicas estatísticas: Média, Desvio-Padrão, Variância, Análise de Variância, Coeficientes de Correlação

Os resultados podem ser testados quanto a sua significância estatística por meio dos testes "t", "F", "Z", ou outros que se encontram em programas de computador.

Ex. O Mestrado da PUC é o melhor do Brasil ?

1 2 3 4 5

DISCORDA DISCORDA NÃO DISCORDA CONCORDA CONCORDA

TOTALMENTE NÃO CONCORDA TOTALMENTE

Page 18: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

4) Escalas RAZÃO

Existe uma única origem ou ponto zero absoluto, o que torna possível computar razões de pontos na escala.

É o mais alto nível de mensuração .

É possível utilizar uma série de técnicas estatísticas: Coeficiente de Variação, Desvio-Padrão, Coeficientes de Correlação

As escalas de razão possuem todas as propriedades das outras escalas, mais um ponto zero absoluto.

Ex. Para se concluir o Mestrado da PUC são necessários 30 créditos, 20 obrigatórios e 10 curriculares .

O número de créditos curriculares é menor que que os obrigatórios computando a razão de ( 20/10) = 2

Page 19: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

TestesSão utilizados para medir como ou o que o indivíduo PENSA

São usados nas organizações, especialmente no processo de seleção e na área de desenvolvimento gerencial, quando se deseja medir o potencial dos indivíduos.

Também são utilizados em terapia e na área de educação. Exemplo são os testes para diagnosticar a inteligência e as habilidades.

Page 20: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

TestesPara os psicólogos, os testes são medidas das características humanas tão precisas quanto as medidas das ciências naturais. Os testes de personalidade, partem das seguintes suposições:

• Que não há respostas certas ou erradas;• Que os escores de um indivíduo em diferentes ocasiões são constantes;• Que é difícil forjar respostas;• E que quem administra o teste tem influência mínima nos resultados.

Para a análise dos resultados, compara-se o padrão de respostas do indivíduo com o padrão dado por respondentes no passado. A comparação permite avaliar se o resultado do indivíduo é normal ou atípico. Isto é, se as respostas daquele indivíduo não são usuais.

Page 21: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

ObservaçãoExemplo é a amostra de atividade, muito aplicada ao estudo do trabalho e ao gerenciamento de operações.

É utilizada para entender como os indivíduos usam seu tempo em situação de trabalho e para estudar e revisar a alocação de recursos ou para calcular a frequência de atrasos. As observações são realizadas em intervalos regulares e dirigem-se aos indivíduos na situação de trabalho ou a processos de trabalho.

1. A natureza da atividade ou do processo é classificada e anotada em cada momento da observação.

2. A frequência de cada categoria é anotada e calculada como um % do total de atividades ou de processos.

Um dos cuidados que se deve ter ao utilizar esta técnica diz respeito aos tempos alocados à mensuraçãoNo sentido de evitar coletar informações em períodos não representativos.

Page 22: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Dados primários - dados para o projeto em andamento, são criados especialmente pelo pesquisador.

Dados secundários - dados que foram coletados para outros propósitos que não as do presente projeto.

• Dificilmente os dados se encontram desagregados na forma em que se desejaria os dados• Podem ser considerados confidenciais nas organizações

Page 23: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Índices e relatórios escritosIndicadores de desempenho organizacional ou dados de controle gerencial são dados secundários normalmente utilizados pela gerência para a tomada de decisões.

Alguns indicadores encontrados em empresas bem organizadas são:• Taxas de rotatividade da mão-de-obra (freqüência mensal );• Taxas de absenteísmo;• Hora/treinamento por empregados; • Índice de refugos;• Índice de produtos com defeito;• Produtividade;• Qualidade ( produtos com índice de rejeição pelos clientes );• Atitudes com relação ao trabalho;• % de estoque em processo.

Page 24: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Técnicas de análise de dados quantitativos

Análise ESTATÍSTICA

1) Análise Univariada

É a análise de freqüências de cada questão pesquisada.Em uma Pesquisa de Mercado compara as características da amostra com a

da população e verifica a representatividade da amostra levantada .Esta análise preliminar poderá indicar a necessidade de coletar um número

adicional de casos.

Page 25: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Técnicas de análise de dados quantitativos

Análise ESTATÍSTICA

2) Análise Bivariada

É a análise que inclui tabulações cruzadas e a possibilidade de calcular diferentes medidas de associação entre as variáveis.

É importante voltar ao delineamento de pesquisa e ter definida de forma clara qual é a

Variável Dependente ( o que se deseja explicar no estudo, ex. satisfação dos empregados na empresa)

Variáveis Independentes ( que explicam a dependente, ex. nível hierarquico, tempo de serviço etc.)

Page 26: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Técnicas de análise de dados quantitativos

Análise ESTATÍSTICA

3) Análise Multivariada

É a análise que busca explorar o padrão de relações entre as variáveis do estudo.

O plano de análise multivariada normalmente é realizado antes de coletar os dados.

As medidas estatísticas permitem determinar quais as variáveis que contribuem mais ou menos para explicar certo comportamento.

Page 27: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Técnicas de análise de dados quantitativos

Análise ESTATÍSTICA

4) Estudos a respeito de certos subgrupos

É a análise que surge após os principais resultados da pesquisa terem sido tabulados e digeridos, e quando se deseja levantar novas questões de pesquisa.

Page 28: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Entrevista em Profundidade

• Entrevista em profundidade é uma técnica fundamental para a pesquisa qualitativa e é considerada como método básico para as ciências sociais, segundo Elton Mayo

• Apresentada quanto ao grau de estruturação: Estruturada, Semi-Estruturada e Não Estruturada

• Estudo de caso de Pesquisa Semi-Estruturada: MOSCAROLLA, 2006

Page 29: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Observação Participante - Etnografia

• A observação participante é o método tradicional da pesquisa em Antropologia

• Encoberta ou Descoberta

• Viés do Entrevistador

Subjetividade

Page 30: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Fatores Críticos

Análise ESTATÍSTICA

4) Estudos a respeito de certos subgrupos

É a análise que surge após os principais resultados da pesquisa terem sido tabulados e digeridos, e quando se deseja levantar novas questões de pesquisa.

Page 31: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Diários

• Distribuir diários aos integrantes da amostra durante certo intervalo de tempo;

• Formato a ser preenchido previamente estabelecidos;

• Pesquisador mais distante do processo;

• Tempo para outras pesquisas;

• Comparar opiniões e percepções de diversas pessoas diferentes.

Page 32: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Técnicas projetivas

• Maior grau de profundidade do respondente em relação às escalas de atitude (Oppenheim, 1992);

• Estabelece estereótipos;

• Análise além do nível de consciência do indivíduo;

• Utilizado tanto para pesquisa exploratória quanto para testar hipóteses.

Page 33: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Técnicas projetivas

Nas exploratórias:

• Podem revelar que os indivíduos apresentam restrições para responder a determinadas questões;

• Técnica projetiva que permite um resultado mais apurado sobre a percepção individual.

Page 34: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Técnicas projetivas

Estímulos ambíguos:

• Contar histórias para completar;

• Solicitar a descrição de figuras;

• Jogos de perguntas;

• Questões que parecem ser factuais;

Dificuldade de interpretar resultados

Page 35: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Documentos organizacionais

• Para pesquisas quantitativas ou qualitativas;

• Complementam dados obtidos por outros métodos de coleta;

• Os documentos têm um valor em si mesmos e representam sistemas e estruturas da organização (Forster, 1994);

• Visão interna da organização

Page 36: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Documentos organizacionais

Passos a serem seguidos:

• Acesso aos dados;

• Verificar a autenticidade;

• Compreensão do documento estudado;

• A análise de dados;

• Elaboração do resultado da pesquisa.

Page 37: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Documentos históricos

Tipos:

• Primários: quando escritos durante o período histórico estudado (manuscritos e materiais impressos);

• Secundários: escritos posteriormente (ivros, teses e revistas)

Page 38: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Documentos históricos

Estar atento ao fato de que os documentos sempre carregam a visão do autor sobre determinado acontecimento

Levar em conta o contexto no qual o documento foi escrito

Parcialidade

Page 39: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Histórias de vida

• Pesquisador - “biógrafo social”, pois procura compreender a natureza de determinado papel, construindo sua história de vida (Orum, Feagin, Sjoberg, 1991);

• Conhecer o impacto da interação social sobre determinado indivíduo ou grupo;

• Pesquisas em profundidade e relatos dos participantes da pesquisa são freqüentemente utilizados;

• “Interacionismo simbólico” (Musson, 1998);

• Analisar os fatos sobre o ponto de vista dos indivíduos.

Page 40: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Técnicas de análise de dados qualitativos

• O pesquisador obtém uma infinidade de dados obtidos através de questionários, depoimentos, notas, transcrições de entrevistas e textos que devem ser organizados e interpretados adequadamente.

• A interpretação dos dados é feita com base em modelos definidos a priori.

• Técnicas de análise de dados em pesquisas qualitativas:• Análise de conteúdo;• Construção da teoria;• Análise de discurso.

Page 41: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Validade

• Validade do Construto

• Validade Interna

• Validade Externa

Page 42: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Confiabilidade

• Teste-reteste

• Formas Alternativas

• Coerência Interna

Page 43: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Testes de Caso

Tática do estudo Fase de Pesquisa

Validade do construto utiliza fontes múltiplas de

evidenciasestabelece encadeamento de evidênciasrevisão do estudo de caso é feito por informações-chave

coleta de dadoscoleta de dadoscomposição

Page 44: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Testes de Caso

Tática do estudo Fase de Pesquisa

Validade interna faz adequação ao padrão

faz construção da explanaçãoestuda explanações concorrentesutiliza modelos lógicos

análise de dados

Page 45: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Testes de Caso

Tática do estudo Fase de Pesquisa

Validade externa utiliza teoria em estudos de

caso únicoutiliza lógica da replicação em estudos de casos múltiplos

projetos de pesquisa

Page 46: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Testes de Caso Tática do estudo Fase de Pesquisa

Confiabilidadeutiliza protocolo de estudo de casodesenvolve banco de dados para o estudo de caso

coleta de dados

Page 47: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Análise de conteúdo

• Os dados são coletados em questionários com perguntas abertas ou em entrevistas, ou por observação.

• Os dados são catalogados e organizados para obter inferências válidas.

• Podem-se utilizar métodos estatísticos (análise fatorial, regressão e análise discriminante) e softwares.

Page 48: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Análise de conteúdo

Roteiro:

1. Definir as unidades de análise (palavra – sentença – tema – parágrafo);

2. Definir as categorias (para estatística devem ser mutuamente exclusivas);

3. Codificar uma parte do texto com base nas categorias;4. Codificar todo o texto;5. Estratificar as respostas, elaborando comparações entre

grupos;6. Apresentar os dados de maneira criativa;7. Interpretar os dados à luz de teorias conhecidas. Procurar

hipóteses.

Page 49: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Construção de teoria

• Chamada grounded theory, que significa a construção da teoria a partir de dados baseados na realidade.

• As respostas dos entrevistados, as citações e os comentários interpretativos do pesquisador combinam-se nos resultados da pesquisa.

• O pesquisador forma uma versão teórica da realidade, provendo um esquema de referência para a ação.

• O pesquisador deverá possuir amplo domínio sobre o campo de estudos e muita experiência para construir uma teoria.

Page 50: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Construção de teoriaProcedimentos:

1. Conceituar, atribuindo nome ao incidente e comparando-o com outros fenômenos similares que recebam o mesmo nome;

2. Categorizar os conceitos formulados e agrupá-los para reduzir o número de unidades de análise;

3. Nomear as categorias da maneira mais lógica possível para relacioná-las com os dados que representam. Pode ser um conceito consagrado, um nome inventado pelo pesquisador ou derivado de frases dos entrevistados;

4. Desenvolver as propriedades e dimensões das categorias para formar a base par estudar as relações entre estas e descobrir padrões nas respostas.

Page 51: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Construção de teoriaRoteiro:

1. Ler todo o material coletado com atenção;2. Analisar a entrevista linha por linha, destacando elementos

do texto;3. Formular conceitos que representem estas unidades;4. Categorizar os conceitos que representem o mesmo

fenômeno, nomeando cada categoria de acordo com o que representa;

5. Identificar propriedades de cada categoria;6. Identificar as dimensões de cada propriedade ao longo de um

continuum;7. Buscar padrões nos casos analisados;8. Procurar levantar hipóteses para futuros estudos.

Page 52: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Análise de discurso• Focaliza a linguagem como é usada em textos sociais, escritos ou falados.

• Analisa-se como e quando ocorre a variação no discurso e com que propósito.

• Os analistas partem da premissa de que os indivíduos se representam de diferentes maneiras, de acordo com a situação.

• Deve-se esperar então, diversidade e fragmentação no discurso individual.

• O interesse não está no indivíduo, mas na regularidade do discurso, preocupando-se com os significados e conceitos compartilhados pelos indivíduos.

Page 53: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Análise de discursoRoteiro:

1. Ler e reler as transcrições das entrevistas;

2. Isolar quaisquer elementos que apresentem similaridade ou diferenças nas repostas;

3. Repetir os processos várias vezes e classificar os extratos em títulos mais amplos.

Page 54: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Critérios de avaliação da pesquisa qualitativa

• Deve-se aplicar critérios de validade e confiabilidade.

• O resultado da pesquisa decorre da interação entre pesquisador e entrevistado.

• O processo de interpretação impede a idéia de objetividade científica implícita na confiabilidade e viabilidade.

• Explicar as suposições básicas do pesquisador é um aspecto cultural da validade do método.

• Só é atingida por meio da congruência das explicações de pesquisa com significados que os membros constroem sobre suas realidades (MUSSOM apud ROESCH).

Page 55: Coleta e Análise de Dados Anderson Ravanello Felipe Belão Iubel Luciana Piva Luis André W. Fumagalli Luiz Fernando Nunes da Silva Milton Saes Júnior Neimar

Conclusão

•Técnicas auto complementares•Interdependentes•Etapa instrumental