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COLÉGIO TIRADENTES DA PMMG Aula 05 BRASIL COLÔNIA: A ECONOMIA MINERADORA E A QUESTÃO DA MÃO DE OBRA Objetivo Principal: Estudar a Atividade Mineradora e Seus Desdobramentos Socioeconômicos. Objetivo Secundário: Verificar a Ligação Entre O Processo de Emancipação Brasileira e os Desdobramentos da Mineração.

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COLÉGIO TIRADENTES DA PMMG

Aula 05 BRASIL COLÔNIA: A ECONOMIA MINERADORA E

A QUESTÃO DA MÃO DE OBRA

Objetivo

Principal:

Estudar a

Atividade

Mineradora e Seus

Desdobramentos

Socioeconômicos.

Objetivo

Secundário:

Verificar a

Ligação Entre

O Processo de

Emancipação

Brasileira e os

Desdobramentos

da Mineração.

REALIDADE COLONIAL E MUNDIAL NO MOMENTO

INICIAL DA EXPLORAÇÃO AURÍFERA:

* Época de Crise Açucareira;

* Mercantilismo em Declínio;

* Capital Industrial Começava a Substituir o Capital

Comercial;

* Surgia o Sistema Capitalista de Produção;

* Absolutismo em Crise.

O OURO DE ALUVIÃO:

“O importante não é o que se produz,

mas como se produz”

“A Mineração Foi Importante Para a História do Brasil,

Não Por Ter Explorado O Ouro, Mas Pela Maneira

Como Fez Isso E Pelas Implicações Sociais E

Econômicas Desse Modo de Produção”

Como Foi Encontrado? Nas Areias e Barrancos dos Rios.

Como Era a Extração? Rudimentar. Exigência de Utensílios

Mínimos (Poucas Ferramentas).

Investimento Inicial Alto? Qualquer Pessoa da Colônia ou de

Portugal Poderia Dedicar-se à Extração de Ouro (Exigências

Técnicas Pequenas; Pouca Mão de Obra ou Mesmo Um

Indivíduo; Exigências Pequenas Quanto ao Equipamento).

Probabilidade de Sucesso... Bem Razoável! Ouro

Encontrado Pelo Brilho.

CONSEQUÊNCIAS DA MINERAÇÃO

- Grande Imigração Portuguesa (“Corrida do Ouro”) – 800.000 (40% dos

Lusitanos);

- Comércio Interno de Escravos – Sentido Nordeste Leste – 600.000

Deslocados;

- Penetração e Povoamento do Interior (Localização das Minas

Contribuiu Para o Desenvolvimento da Colônia – Exigência de

Investimentos Com Transporte e Estradas Ligando ao Litoral);

- Deslocamento do Centro de Gravidade Econômico, Social e Político;

- Mudança da Capital (1763);

- Maior Desenvolvimento Comercial e Urbano (Crescimento do Sistema

Econômico);

- Maior Mobilidade Social e Constituição de um Forte Mercado Interno;

- Crescimento Demográfico (Expansão do Mercado Consumidor);

- Menor Concentração de Renda (Atividade Sem Exigências de Grande

Capital Inicial – Possibilidade de Maior Iniciativa Particular e de

Trabalho Assalariado);

- Novos Movimentos Culturais e Intelectuais;

- Exigiu Novas Áreas Especializadas Na Criação de Animais Para

Abastecer a Região Mineradora.

A ATIVIDADE MINERADORA

- As Lavras e Faiscações:

1) Lavras = Unidades Maiores com Equipamento

Especializado com Exigência, muitas vezes, de Mais de

Cem Escravos (Valores Iniciais Mais Elevados).

Obs.: Apenas Jazidas Grandes Compensavam O

Investimento.

2) Faiscação = Unidade Pequenas, trabalhavam poucas

pessoas ou, em muitos casos, apenas um minerador.

Obs.: Normal homem livre enviar escravo para a região

mineradora em troca de uma parcela da extração.

IMPORTANTE: Número de Lavras Sempre Foi Menor do

que o de faiscações e essa diferença acentuou-se na época

do declínio aurífero (Esgotamento das Jazidas) – Final do

Séc. XVIII = Lavras desapareceram.

A EXPLORAÇÃO DE DIAMANTES

- Importância Menor Que a do Ouro

Características do Diamante:

* Encontrado em Diversas Regiões da Colônia, mas o

grosso das explorações aconteceram no Distrito

Diamantino (Em torno da atual cidade de Diamantina-MG).

SISTEMAS DE EXPLORAÇÃO:

1) Livre: Qualquer pessoa desde que pagasse os

impostos à Coroa;

2) Por Concessão: Concedia-se a determinadas pessoas

o privilégio da exploração mediante pagamento de quantia

fixa anual (LIVRO DA CAPA VERDE);

3) Monopólio Real: Coroa fazia diretamente a exploração

dos diamantes.

ADMINISTRAÇÃO DA ÁREA MINERADORA

* 1702: Publicação do Regimento dos Superintendentes,

Guardas-Mores e Oficiais-Deputados para as minas de ouro.

- Intendências das Minas: Órgão de Execução do

Regimento, de cobrança de impostos e verificação de todos o

serviço de mineração.

Obs.: Uma Intendência Para Cada Capitania de Extração

Aurífera.

A INTENDÊNCIA DAS MINAS:

- Órgão Totalmente Independente de qualquer outra autoridade

colonial;

- Órgão Administrativo, Judiciário, Fiscal e Policial;

- Acúmulo de Funções Prejudicou Seu Funcionamento;

- Principais Atividades: Cobrança de Impostos Com Brutalidade e

Prepotência e Distribuição de terras Para a Procura de Ouro (A

Descoberta de Nova Jazida Devia Ser Informada Imediatamente

à Intendência que procederia a divisão das DATAS mediante

sorteio).

SISTEMA DE IMPOSTOS

- Quinto: 20% do Ouro Encontrado

* Sonegação Fácil Devido à Inexistência de Controle das Sacas

ou da Barra.

- Finta: Valor Pago Anualmente (Tentativa de Solução da

Sonegação – Não Resolveu o Problema) – Extinta em 1725.

- Casas de Fundição (1725): Ouro Fundido e Transformado em

Barras (Quintadas e Seladas) – Simultaneamente foi estabelecida

a proibição da exportação e comercialização do ouro em pó.

- Capitação (1735): Coroa Fechou as Casas de Fundição e

estabeleceu um Valor Per Capita, pago em ouro, por escravos e

estabelecimentos comerciais da região mineradora.

- Volta da Cobrança do Quinto Nas Casas de Fundição (1750):

Fim da Capitação e estabelecimento de uma arrecadação

mínima de 100 arrobas de ouro por ano (Caso Contrário seria

estabelecida a DERRAMA: Cobrança Para Completar as 100

arrobas mínimas).

DETALHANDO AS PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA

MINERAÇÃO:

1) SURTO DEMOGRÁFICO

- Deslocamento Para o Brasil Central (“A Miragem do

Ouro”) – Deslocamento dos Eixos Populacional e

Econômico do Nordeste para o Sudeste.

- População Colonial aumentou 11 Vezes.

Crescimento da População do Século XVI ao Século XVIII

(excluídos os indígenas “não integrados”

ANO POPULAÇÃO

1600 100.000 habitantes

1700 300.000 habitantes

1800 3.300.000 habitantes

+ 200%

+ 1000%

MODIFICAÇÕES DA ESTRUTURA DE TRABALHO

Antes da Mineração: Colônia Escravista

Depois da Mineração: Colônia Escravista

Mudou Sim!

1) Alargamento da Faixa de Trabalho Livre (Começou a Faiscação –

Homem Livre Pobre Que Não Podia Obter Escravos);

2) Outras Atividades Econômicas Sem Necessidade do Emprego de

Escravos ou Com Uso Secundário:

Ex.: Transporte de Mercadorias e Comércio.

3) Desenvolvimento de Profissões Liberais, do Funcionalismo e dos

Ofícios, que também não necessitavam de Escravos.

4) Alteração da Importância Relativa da População Escrava no

Brasil.

Obs.: O Trabalho Livre Nas Gerais Chegou a Abranger 50% da Mão

de Obra Total.

IMPORTANTE: Ao se encerrar o século do ouro, a importância da

escravidão no Brasil ainda era muito grande, mas, sem dúvida,

menor do que fora antes da mineração.

Nada

Mudou?

OBSERVE O QUADRO A SEGUIR.

Ano População Total (excluídos os

indígenas “não integrados”

Escravos % dos escravos

sobre a população

total

1700 300.000 habitantes 200.000 = 63%

1800 3.300.000 habitantes 1.200.000 = 36%

CRESCIMENTO DO MERCADO INTERNO

Melhor Distribuição da Renda + Melhor Distribuição da Propriedade +

Grande Aumento Populacional = Aumento do Mercado Consumidor e

Desenvolvimento do Comércio Interno.

Para Abastecer o Mercado Surgiram na Região das Minas:

- Novos Comerciantes;

- Novos Mascates;

- Novos Vendedores;

- Novos Transportadores;

Bons Lucros Com Mercadorias

Trazidas da Metrópole ou de outras

Regiões da Colônia.

Um outro aspecto importante foi a integração entre

diversas áreas da colônia:

* Do RJ Saiam Importados Para a Região Das Minas

(Alimentos, Roupas, Tecidos, Ferramentas, Armas e

Utensílios Domésticos);

* Do RS Saiam Couro, Gado Muar e Charque Para as

Gerais;

* SP Se Especializou na Reengorda dos Animais;

* O Nordeste enviou Gado Bovino através do Rio São

Francisco.

Obs.: Tudo Pago em Ouro (Circulação de riquezas)

* Manufaturas chegaram a se desenvolver, levando Dona

Maria I (A Louca) a determina, em 1785, o Alvará que

proibia a existência de qualquer fábrica na colônia (Salvo

Panos Grosseiros de Utilização Escrava)

IMPORTANTE: “O Brasil Deixava De Ser Uma Colônia

Ilhada, Em Que Cada Capitania Estava Isolada Das Demais.

O Germe De Uma Futura Unidade Nacional Estava

Lançado”.

MODIFICAÇÃO NA ESTRUTURA SOCIAL

* Inexistência de Latifúndio Monocultor.

* Índice Elevado de Urbanização.

* Menor Importância da Escravidão.

* Ampliação do Trabalho Livre.

* Maior Integração Regional.

* Crescimento da Camada Média.

IMPORTANTE: “A População Mineradora desconheceu a

Rigidez Típica Da Sociedade Açucareira”

- Em meados do Séc. XVIII, apenas 1/3 da População Livre

Se Dedicava à Exploração de Ouro.

NOVA

ORGANIZAÇÃO

SOCIAL e MAIOR

MOBILIDADE

SOCIAL

REFORMAS ADMINISTRATIVAS PÓS-UNIÃO

IBÉRICA

* Criação do CONSELHO ULTRAMARINO (Órgão Metropolitano)

Objetivos da criação do órgão:

- Resolver os problemas coloniais (Principalmente a Crise do Açúcar

estabelecida principalmente após a concorrência antilhana);

- Centralizar o Poder na Colônia (Lembrando o Governo Geral);

- Reduzir o Poder dos Donatários e Homens Bons;

- Reforçar o Monopólio Sobre Transações Comerciais;

- Reforçar o Pacto Colonial (Proibir o Contato Comercial com Outras

Nações – Criação das Cias de Comércio)

- Criar uma Burocracia Fiscalizadora da colônia.

Obs.: O único órgão que fugia ao controle do Conselho Ultramarino era

a MESA DE CONSCIÊNCIA E ORDENS (órgão metropolitano

responsável pelas questões religiosas)

ATIVIDADES DAS CAMADAS MÉDIAS:

Mercadores; Mestres de Ofício; Boticários; Taberneiros; Advogados;

Médicos; Barbeiros; Burocratas; Padres; Professores; Tropeiros;

Soldados; etc...

IMPORTANTE: Posteriormente Essa Classe Média Teve Muitos De

Seus Membros Jogados de Volta Para a Classe Baixa, Mas Nunca

Mais Deixaria de Existir (É o Embrião Da Classe Média Que Se

Consolidaria No Final do Séc. XIX).

MUDANÇAS POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS

Houve uma Centralização Administrativa, reduzindo a influência das

Vereanças e Ampliando o Poder Dos Governadores Das Capitanias e

Do Governo Geral.

- Reforço do Sistema Arrecadação e de Combate ao

Contrabando.

- Ampliou-se a Interferência da Coroa na Economia (Aperto

do Monopólio e Criação de Cias de Comércio

Privilegiadas)

Obs.: Os Interesses da Colônia Conflitavam cada vez Mais Com os Da

Metrópole.

MUDANÇAS NAS CÂMARAS MUNICIPAIS

PÓS-UNIÃO IBÉRICA

* Poder debilitado nas principais cidades (Rio de Janeiro,

Salvador, Recife).

* Juízes de Fora (indicados pela coroa) passaram a presidir as

Câmaras, substituindo os Juízes Ordinários (escolhidos na

localidade).

Objetivo da Medida: “Diminuição do Poder Local”.

* Na Bahia, os próprios representantes da Câmara foram

nomeados pelo rei.

Consequências: Descontentamento da Elite local por terem

perdido o poder e Questionamentos sobre a autoridade

metropolitana (Origem dos movimentos Nativistas)

ADMINISTRAÇÃO POMBALINA

1750-1777

Como Chega ao Poder: Em 1750, com a subida ao trono

português de D. José I, inicia-se a Era Pombalina,

representada pela importância que assumiu Sebastião José de

Carvalho e Melo, ministro do rei e futuro Marquês de Pombal.

Objetivo: Recuperar a economia portuguesa arrasada pelo

declínio da mineração (Extração de Superfície – Ouro de

Aluvião) – OBS.: Falta de investimento em novas técnicas

mineratórias (Extração Acelerada X Precariedade Técnica).

Importante (Na Visão do Rei): Na visão lusitana a crise tinha

como causa a sonegação por parte dos colonos.

Metodologia: Conciliação entre medidas de reforço do

controle colonial e as ideias iluministas (Representante do

Despotismo Esclarecido no Brasil).

MEDIDAS POMBALINAS MAIS IMPORTANTES EM PROVA:

1) A mudança da capital da colônia de Salvador para o Rio de

Janeiro (1763), ressaltando a importância do centro-sul como região

econômica – Objetivo: Melhor controlar a extração de ouro e

acompanhar as constantes disputas territoriais ocorridas no sul entre

portugueses e espanhóis enfim, aproximar o Governo-Geral da Área

Mineradora;

2) Centralização e controle sobre a colônia, com a redução dos

poderes do Conselho Ultramarino e a extinção do Sistema de

Capitanias hereditárias (1759) – Obs.: A Capitania de Pernambuco foi

a última a ser extinta – Objetivo: A Coroa desejava assumir o controle

total das terras para explorá-las melhor;

3) A criação de órgãos de inspeção sobre os preços e a qualidade

dos produtos brasileiros exportados e Construiu estaleiros;

4) A repressão ao contrabando de ouro, com a extinção da profissão

de ourives na região mineradora e a substituição do quinto pela

capitação, sendo instituída, contudo a cota mínima de 100 arrobas;

5) Expulsou os jesuítas de Portugal e seus domínios coloniais,

alegando que esses representavam ameaça ao Estado – Obs.: A

grande divergência era em relação à questão indígena: Pombal queria

os indígenas livres (mercado consumidor) e Jesuítas desejavam

continuar controlando o trabalho indígena;

OBSERVAÇÃO: Após a Expulsão dos Jesuítas, Pombal enfrentou

séria crise educacional e a queda a produção de Drogas do Sertão.

6) Criou um imposto para construir as primeiras escolas laicas do

Brasil;

7) Estimulou o casamento inter-étnico tentando conseguir apoio dos

indígenas pra a continuidade da extração das Drogas do Sertão.

8) Estabeleceu uma quantia fixa para extração de Diamante na Região

do Arraial do Tejuco (Atual Diamantina) – Isolou a região que ficou a

cargo do Contratador (Mais Famoso Contratador: João Fernandes,

casado com Chica da Silva.

9) Em 1771, implantou a Junta de Administração

Geral de Diamantes, transferindo para a metrópole o

controle da extração de diamantes (Motivo: O grande

contrabando feito pelos próprios contratadores)

OBS.: Tomando como motivo a suposta participação de

jesuítas num atentado à vida do rei, em 1758, Pombal

decreta a expulsão dos membros da Companhia de

Jesus, determinando, ainda, o confisco de seus bens no

Brasil, repassados a grandes comerciantes e

proprietários.

Fim da Era Pombalina: Com a morte de D.José (1777)

e a subida ao trono de D. Maria I (a louca) Pombal é

afastado e sua obra se perde.

EFEITOS EXTERNOS DA MINERAÇÃO DO XVIII * Quase Dobrou a quantidade de Ouro Existente no Mundo;

Obs.: Desde o Tratado de Methuen (Panos e Vinhos) de 1703,

Portugal adquiria na Inglaterra Praticamente todos Os Seus

Manufaturados.

* O Ouro Acabou Acumulando-se Quase Todo Na Inglaterra, o

que permitiu a Burguesia Inglesa a Montagem de Um Parque

Industrial (Sim!!!! Nós Pagamos a Revolução Industrial Inglesa.)

DECLÍNIO DA ATIVIDADE MINERADORA

É possível verificar no quadro abaixo a rapidez do esgotamento

das jazidas de ouro, durante a segunda metade do século XVIII.

Produção de Ouro

Anos Quantidade (Toneladas)

1701-1720 55

1721-1740 100

1741-1760 290

1761-1780 210

1781-1800 110

1801-1821 55

Conforme o Ouro foi acabando o mineradores empobreceram, dividindo-se

em três grupos:

1) Alguns Migraram Para Outras Capitanias;

2) Aqueles Que Dispunham de Certos Recursos e Formaram Grandes

Fazendas e Produção Voltada Para O Mercado Interno;

3) Os Mais Pobres (Maioria) Estabeleceram Pequenas Roças de

subsistência e, com o passar dos anos, foram absorvidos pelos

Latifundiários ou Transformados em Seus Dependentes.

PESQUISA RECENTE:

O Declínio da Mineração Não Gerou Uma Crise

Generalizada na Região Sudeste, Nem Mesmo Na

Capitania de Minas Gerais. A Região Voltou para o

Abastecimento do Mercado Interno (Afinal, a População

Havia Crescido e Carecia de Consumir! Principalmente

no Rio de Janeiro, que a População crescera

rapidamente no final do Século XVIII)

(MACK-SP)

O estabelecimento da atividade mineradora na colônia brasileira, a partir

dos primeiros anos do século XVIII, trouxe assinaláveis consequências

para a vida tanto do Brasil quanto de Portugal. Foram Consequências

Dessa Atividade, EXCETO:

a) a ampliação do comércio interno brasileiro (principalmente entre a zona

mineira e áreas distantes da colônia), como foi o caso do comércio e

alimentos com o Nordeste e o de animais de tração com o Sul.

b) o estabelecimento de um primeiro grande fluxo imigratório para as

regiões mineradoras, proveniente do Reino e das Ilhas do Atlântico.

c) a adoção, por parte da Coroa, de uma mais rígida política reguladora da

atividade de mineração, visando sobretudo ao controle do trânsito de

pessoas na região mineira, à maior arrecadação de tributos e à cobiça do

contrabando.

d) a transferência do centro administrativo da colônia para o Rio de Janeiro,

por onde, ademais, passou a escoar grande volume da produção das

minas.

e) as sucessivas invasões do território da Colônia, organizadas pela

Companhia Holandesa das Índias Ocidentais, Cuja Pretensão Era a de

Controlar a Extração de Ouro e o Comércio de Escravos.

(ENEM)

Leia com atenção as afirmações seguintes, relativas à atividade mineradora no Brasil

do século XVIII;

I. A mineração representou uma das mais importantes etapas do período colonial,

iniciada numa época de crise, resultante da queda no valor do açúcar exportado,

a atividade mineradora imprimiu um novo ritmo à vida econômica da colônia,

gerando nos setores administrativo, político e cultural algumas modificações

cujos efeitos se refletiram até o século XIX.

II. A riqueza gerada pela mineração do século XVIII, produziu poucos benefícios

permanentes à economia luso-brasileira, por grande parte do ouro explorado foi

transferida primeiro para Portugal e depois para a Inglaterra.

Comparando as duas afirmações e levando em consideração seus conhecimentos

sobre o assunto, assinale a alternativa correta.

a) As afirmações não são contraditórias, pois a primeira refere-se a modificações

sociopolíticas, administrativas e culturais, e a segunda restringe-se ao produto da

mineração, ou seja, o ouro.

b) As afirmações são contraditórias, pois a primeira afirma que as mudanças

econômicas foram importantes, e a segunda afirma que não foram.

c) As afirmações não são passíveis de comparação, pois a primeira é correta e a

segunda errada.

d) As afirmações não são contraditórias: são complementares, na medida em que

explicam porque os efeitos econômicos positivos da mineração só apareceriam no

século XIX.

e) s afirmações, embora aparentemente contraditórias, referem-se ao mesmo problema:

o controle da Inglaterra sobre Portugal e o Brasil, obtido a partir do Tratado de Methuen.