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Sumário

Apresentação .................................................................................................................... 4

1 A CSPCCO….. ............................................................................................................. 5

1.1 História ..................................................................................................................... 5

1.2 As Comissões Parlamentares no Congresso ........................................................... 6

1.3 Estrutura e funcionamento ....................................................................................... 7

1.4 Problemática organizacional .................................................................................... 7

1.5 Financiamento de campanha ................................................................................... 8

1.6 Perspectivas........................................................................................................... 10

2 Introdução à segurança pública .............................................................................. 11

2.1 Conceito ................................................................................................................... 11

2.2 O direito à segurança ............................................................................................... 11

3 As forças policiais no Brasil .................................................................................... 12

3.1 História e Criação ..................................................................................................... 12

3.2 Competências e atuação .......................................................................................... 14

3.2.1 Polícias Militares Estaduais .................................................................................... 15

3.2.2 Polícias Civis Estaduais ......................................................................................... 16

3.2.3 Polícia Federal e Rodoviária Federal ..................................................................... 16

3.2.4 Forças Armadas do Brasil ...................................................................................... 16

3.2.5 A indústria da defesa .............................................................................................. 17

3.3 O problema estrutural ............................................................................................. 17

3.3.1 Consequências do sistema .................................................................................... 18

3.4 Abuso de autoridade .............................................................................................. 19

3.5 O genocídio da juventude negra............................................................................. 21

4 Desmilitarização da Polícia Militar ........................................................................... 25

4.1 A desmilitarização .................................................................................................... 25

4.2 Argumentos de figuras públicas, Estatuto do Desarmamento e Desmilitarização ..... 27

4.3 Repercussão no Senado .......................................................................................... 29

4.4 Execução de Marielle Franco e Argumentos favoráveis à Desmilitarização .............. 30

5 Posições dos atores ................................................................................................. 32

1) Alberto Fraga (DEM/DF) ............................................................................................. 32

2) Alexandre Leite (DEM/SP) .......................................................................................... 33

3) Aluísio Mendes (PODE/MA) ........................................................................................ 34

4) Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) .................................................................................... 34

5) Capitão Augusto (PR/SP) ........................................................................................... 35

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6) Delegado Éder Mauro (PSD/PA) ................................................................................ 35

7) Delegado Edson Moreira (PR/MG) ............................................................................. 36

8) Delegado Fernando Francischini (SD/PR) .................................................................. 36

9) Eduardo Bolsonaro (PSC/SP) ..................................................................................... 37

10) Eduardo da Fonte (PP/PE) ..................................................................................... 38

11) Eliziane Gama (PPS/MA) ....................................................................................... 38

12) Gedeão Amorim (PMDB/AM) ................................................................................. 38

13) Gilberto Nascimento (PSC/SP)............................................................................... 39

14) Givaldo Carimbão (PHS/AL) ................................................................................... 40

15) Glauber Braga (PSOL/RJ) ...................................................................................... 40

16) Gonzaga Patriota (PSB/PE) ................................................................................... 41

17) Guilherme Mussi (PP/SP)....................................................................................... 41

18) João Campos (PRB/GO) ........................................................................................ 42

19) Keiko Ota (PSB/SP) ............................................................................................... 43

20) Laerte Bessa (PR/DF) ............................................................................................ 43

21) Laudivio Carvalho (SD/MG) .................................................................................... 44

22) Laura Carneiro (PMDB/RJ) .................................................................................... 44

23) Marcos Reategui (PSD/AP) .................................................................................... 45

24) Mauro Lopes (PMDB/MG) ...................................................................................... 45

25) Moses Rodrigues (PMDB/CE) ................................................................................ 46

26) Onyx Lorenzoni (DEM/RS) ..................................................................................... 46

27) Reginaldo Lopes (PT/MG) ...................................................................................... 47

28) Rocha (PSDB/AC) .................................................................................................. 48

29) Ronaldo Martins (PRB/CE) ..................................................................................... 48

30) Subtenente Gonzaga (PDT/MG) ............................................................................ 49

6 Bibliografia sugerida ................................................................................................ 49

6.1 Documentários e filmes: ......................................................................................... 49

6.2 Músicas .................................................................................................................. 49

7 Referências…. ........................................................................................................... 50

7.1 Documentos ........................................................................................................... 50

7.2 Artigos .................................................................................................................... 51

7.3 Sites ....................................................................................................................... 52

7.4 Blogs ...................................................................................................................... 54

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Apresentação Caros delegados,

É com imenso prazer que a mesa diretora da Comissão de Segurança Pública e

Combate ao Crime Organizado lhes dá as boas-vindas à sexta edição da SiSA! Com o

intuito de orientá-los, elaboramos este guia. O mesmo não deve ser, porém, fonte

exclusiva de consulta, mas, tão somente, um material para orientá-los nos primeiros

passos.

Cada um dos diretores dessa mesa tem suas militâncias e, assim, encontram

divergências quanto às diretrizes que deveria seguir a polícia militar, porém,

cordialmente, todos se preocupam com os rumos da segurança pública no país,

comprovando a importância deste debate para sanar uma das maiores preocupações

da população brasileira: a violência, que, ainda hoje, não recebeu a devida atenção

por parte do poder público.

A falta de integração entre as polícias das unidades da federação acarreta

deficiência na atuação de cada uma delas. Porém, é importante ressaltar que apesar

de parecer a face mais visível do problema, é necessário uma análise da segurança

pública além do julgamento único e exclusivo da atuação das polícias. O colapso da

segurança pública trata-se de um problema estrutural, atingindo diversos setores da

sociedade.

Muito se discute acerca da legitimidade da desmilitarização e o contexto no qual

muitos policiais estão inseridos. Por um lado, acredita-se que o número de homicídios

diminuiria e colocaria fim a um preconceito silencioso. Por outro, é defendido que as

ações demasiadamente violentas se encaixam no atual cenário brasileiro. Os

senhores, delegados, devem juntos reinventar esse organismo e propor medidas que

possam sanar essa problemática.

Sabemos como esse assunto é conflituoso e nosso papel aqui é tentar fornecer

dados e a oportunidade para debater e conhecer melhor essa temática, por mais

ampla e minuciosa que seja. Desejamos que os senhores tenham uma ótima

experiência simulando e, desde já, colocamos-nos às suas disposições para sanar

quaisquer dúvidas e oferecer qualquer tipo de auxílio que venha a ser necessário.

Cordialmente,

Mesa Diretora

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1 A CSPCCO

1.1 História

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado foi

criada em 2002, atendendo a uma das principais recomendações da extinta

CPI do Narcotráfico. Inicialmente, recebeu o nome de Comissão de Segurança

Pública e Combate ao Crime Organizado, Violência e Narcotráfico

(CSPCCOVN), com o principal objetivo de se tornar um espaço para discutir e

cobrar políticas públicas para combater o aumento da violência no país.

Em 2004, a Comissão teve seu nome reduzido para Comissão de

Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) e, embora

mantidas as suas competências, teve o número de membros alterado de 35

titulares em 2003 para 18 em 2004, com igual número de suplentes. Em 2013,

esse número foi elevado para 20, e em 2015, para 30, composição que

permanece até hoje. Quanto a essa distribuição, a comissão sempre foi

relativamente pequena em comparação com outras comissões que lidam com

serviços fundamentais, como a de Educação (32 membros) e a de Seguridade

Social e Família (36).

Ao longo de seus 15 anos de atividade, a CSPCCO deliberou cerca de 1088

projetos de lei e 384 requerimentos. Também se destacaram diversos

seminários, dentre eles alguns sobre porte de armas, violência contra a mulher,

direitos de delinquentes e a eficácia de seu isolamento, direito ao voto eleitoral

dos presos provisórios, abuso de autoridade, e os recorrentes casos de

"justiça com as próprias mãos".

Complementarmente, existe a possibilidade de serem criadas

subcomissões especiais, como ocorrido em 2006, para melhor contribuir com a

minimização das ações criminosas criando, por exemplo, um melhor

planejamento e execução das finanças para a segurança pública, ampliando os

debates de projetos que regulamentam o sistema nacional de segurança e

criando programas para o fortalecimento das instituições policiais e do próprio

policial além de tentar adequar a legislação penal ao atual cenário de

insegurança. O atual presidente da Comissão é o Capitão Augusto (PR/SP)

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1.2 As Comissões Parlamentares no Congresso

Podemos afirmar, superficialmente, que o Poder Legislativo tem 3 funções

básicas: legislar, representar e fiscalizar. Para realizar essas três funções, os

Parlamentos em geral dispõem de um sistema de comissões em sua estrutura.

No caso brasileiro, a Câmara dos Deputados aprovou, em 1989, um novo

Regimento Interno, visando adequar seu funcionamento à Constituição Federal

de 1988. O artigo 24 do Regimento define que é dever das comissões

Permanentes, entre outros, “discutir e votar projetos de lei...”, “realizar

audiências públicas com entidades da sociedade civil” e “exercer a fiscalização

e o controle dos atos do Poder Executivo, incluídos os da administração

indireta”.

Essas comissões, onde de fato ocorre um estudo mais detalhado dos

projetos de lei, têm como responsabilidade discutir de forma concisa e mais

aprofundada os temas de interesse da sociedade sob encargo do poder

legislativo. Elas devem ser consideradas tanto um instrumento para

elaboraração da norma, quanto para buscar respostas aos principais desafios

da sociedade, envoltos em circunstâncias históricas, políticas, sociológicas e

econômicas. Existem hoje no Brasil vinte comissões permanentes.

As leis elaboradas pelos congressistas podem garantir maiores recursos

para a segurança pública, podem aprimorar o trabalho policial e tornar mais

racional nossa justiça criminal. Mas essas mesmas leis podem simplesmente

responder aos apelos populares mais imediatos e buscar as soluções mais

simples aos problemas. Durante a leitura desse guia, apresentaremos as

diversas lacunas às quais está submetida a segurança pública no país.

É importante esclarecer que um projeto de lei, para ser aprovado e

transformado em norma, deve passar por ao menos duas comissões na

Câmara e no Senado. Assim, o trabalho na CSPCCO é apenas parte de um

esforço legislativo mais amplo.

Analisar o trabalho realizado pelo Congresso Nacional, e em particular

pela Câmara dos Deputados, é fundamental para entender melhor o que vem

sendo feito em relação à segurança pública no país, bem como para o

aperfeiçoamento da legislação nacional sobre a mesma. De acordo com

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recente pesquisa do Insituto Datafolha, tal discussão ocupa hoje a 2ª posição

no ranking dos principais problemas dos brasileiros, perdendo apenas para a

saúde pública.

1.3 Estrutura e funcionamento

Em relação às suas competências, o artigo 32 do Regimento Interno

estipula que a Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime

Organizado pode atuar nos seguintes campos temático:

a) assuntos atinentes à prevenção, fiscalização e combate ao uso de drogas

e ao tráfico ilícito de entorpecentes ou atividades conexas;

b) combate ao contrabando, crime organizado, sequestro, lavagem de

dinheiro, violência rural e urbana;

c) controle e comercialização de armas, proteção a testemunhas e vítimas

de crime, e suas famílias;

d) matérias sobre segurança pública interna e seus órgãos institucionais;

e) recebimento, avaliação e investigação de denúncias relativas ao crime

organizado, narcotráfico, violência rural e urbana e quaisquer situações

conexas que afetem a segurança pública;

f) sistema penitenciário, legislação penal e processual penal, do ponto de

vista da segurança pública;

g) políticas de segurança pública e seus órgãos institucionais; Guia para

Orientar Ações de Advocacy no Congresso Nacional Guia para Orientar Ações

de Advocacy no Congresso Nacional ÓRGÃOS Da câmara dos deputados 57

Cap. 5

h) fiscalização e acompanhamento de programas e políticas governamentais

de segurança pública;

i) colaboração com entidades não governamentais que atuem nas matérias

elencadas nas alíneas acima, bem como realização de pesquisas, estudos e

conferências sobre as matérias de sua competência;1

1.4 Problemática organizacional

Na CSPCCO, a estrutura organizacional e a dinâmica política revelam certa

negligência em relação ao tema da segurança pública. A estrutura

organizacional da comissão permite que seus membros exerçam a titularidade

em mais de uma Comissão simultaneamente, fato este que ocorre apenas na

Disponível em: http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/legislacao/regimento-interno-da-

camara-dos-deputados/RICD%20atualizado%20ate%20RCD%2025-2017.pdf; Acesso em: 11/03/2018

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CSPCCO e na Comissão de Legislação Participativa. Essa flexibilidade pode

gerar um enfraquecimento nos trabalhos da Comissão, uma vez que seus

membros podem ter a atenção e dedicação divididas com outra Comissão

como titulares e em comissões como suplentes. No ano de 2014, por exemplo,

85% dos membros titulares da CSPCCO exerciam a titularidade em outra

Comissão, incluindo seu presidente e seus três vice-presidentes.

Em relação à dinâmica política, a composição partidária da presidência da

Comissão desde sua criação teve o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido

do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) como principais partidos

governistas, e tiveram, simultaneamente, as maiores bancadas da Câmara, o

que significa que tinham a prerrogativa de presidir ou indicar partidos de base

aliada as principais comissões de interesse, o que associaria os interesses do

governo a temática da comissão.

No entanto, conforme análise dos presidentes da Comissão,

paralelamente aos respectivos Presidentes da República, na maior parte do

tempo, apenas partidos de oposição e/ou partidos menores da base aliada

lideraram os trabalhos na Comissão. Isso denota, sem dúvida, que o governo

não priorizou a temática da segurança pública e, portanto, não se empenhou

em liderar o debate na área no Congresso Nacional.

1.5 Financiamento de campanha

Vale ressaltar que grande parte da Comissão que trata dos projetos

relativos à segurança pública do Brasil faz parte da chamada “Bancada da

Bala”, sendo parte financiada por grupos como a Taurus Blindagem e a

Associação Nacional de Indústrias de Armas e Munições (ANIAM). Tendo em

vista que na legislatura 2011-2015 28 parlamentares foram eleitos (25

deputados federais e 3 senadores) com financiamento da indústria brasileira de

armas, observa-se que 16% dos deputados federais financiados por essa

indústria faziam parte da CSPCCO.

Nos últimos anos houve uma enorme ênfase midiática quanto à ficha

limpa e os financiamentos de campanha e, com isso, de modo a camuflar o

vínculo direto entre os parlamentares e as empresas do setor, há uma

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tendência crescente que os financiamentos de campanha não sejam mais

realizados pelas próprias indústrias, mas indiretamente por associações que as

representem e que são por elas financiadas. Em 2006, dos 16 deputados

federais financiados pelo setor armamentista, todos haviam recebido recursos

diretamente da indústria – majoritariamente da Forjas Taurus e da Companhia

Brasileira de Cartuchos (CBC). Já em 2010, a prestação de contas indicava

que apenas 25% dos 25 deputados federais financiados pela indústria de

armas haviam recebido recursos de empresas. Nestes casos, a entidade

doadora passou a ser a ANIAM.

O Código de Ética da Câmara dos Deputados proíbe qualquer

parlamentar de relatar propostas de interesse de empresas ou pessoas físicas

que tenham financiado sua campanha eleitoral. Afinal, isso poderia gerar

conflitos de interesse, na medida em que o parlamentar estaria legislando não

em prol da sociedade como um todo, mas de uma empresa ou setor

específicos. A principal punição prevista, que deve ser avaliada pelo Conselho

de Ética, é a suspensão do direito de relatar qualquer proposição por

determinado período.

Porém, na conjuntura do atual congress, estes casos são

surpreendentemente recorrentes. Em 2013, Guilherme Campos (PSD/SP),

deputado financiado pela indústria de armas, teve participação destaque e

relatou 14% de todos os projetos do ano. Dentre esses projetos, um fere o

Código de Ética da Câmara dos Deputados. Trata-se do PL 1450/2011, que

eleva os impostos para armas e munições, onerando a indústria nacional de

armamentos. Nesse sentido, não poderia ter sido relatado por Guilherme

Campos, que recebeu R$ 80 mil em sua campanha de 2010 da Associação

Nacional da Indústria de Armas e Munições (ANIAM).

Em tentativa de moderar essa relação indistinta entre o público e o

privado, o Código de Ética prevê que qualquer cidadão pode entrar com uma

representação na Câmara dos Deputados. Claramente tal medida é insuficiente

e protege os interesses dos parlamentares e da indústria, na medida em que a

população possui poucos mecanismo acessíveis para acompanhar a atuação

dos parlamentares e não possui o menor incentivo ou auxílio para o mesmo, e

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também porque a representação pode ou não ser acatada pelo presidente da

Câmara dos Deputados, fazendo da tentativa apenas um aparato para tentar

sobrepor a grande falha do Código de Ética.

A falta de transparência quanto à divulgação e ao acesso remoto à

informação sobre a origem dos financiamentos de campanha fortalece o

controle social da atividade parlamentar. É visível que a participação dos

deputados varia bastante e está mais relacionada ao interesse pessoal nos

temas tratados na Comissão do que no âmbito público. Portanto, faz-se de

importância imediata o alarde público quanto a essa questão, que deveria ser

vista com maior notoriedade e indignação por parte da população brasileira.

1.6 Perspectivas

Projetos importantes para a segurança pública, como financiamento da

área, regulação do uso da força policial e questões de justiça criminal,

tramitaram na CSPCCO. No entanto, a maior parte dos projetos de lei

apreciados está relacionada, de certa forma, ao aumento de penas e ao

sistema penitenciário, aspectos que não são centrais quando se pensa em

políticas que efetivamente possam reduzir os índices de criminalidade no país,

apenas mascará-los e, de forma ainda mais grave, superlotando as prisões

brasileiras, que contribui para intensificar o ciclo infindo da violência.

É preocupante que a Comissão, que deveria especializar-se em tratar dos

principais desafios para a segurança pública, produza alterações tão

superficiais diante do estado deplorável em que essa função do Estado se

encontra.

O enfoque no sistema penitenciário se faz pelas recorrentes

manifestações da sociedade civil. É sintomática a forte presença de

manifestações extremas e centradas no aumento da punição, por visar algo

mais imediato, como as que tratam da redução da maioridade penal e da

instituição da pena de morte, geralmente precedidas da ampla repercussão de

crimes que geram comoção nacional e motivadas por um impulso de vingança.

É extremamente preocupante, no entanto, o fato de que boa parte do

trabalho da Comissão atenda a essas manifestações. Ainda que o Congresso

tenha que dar uma resposta aos anseios populares, isso não significa atendê-

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los cegamente. É seu papel primordial discutir cada demanda de forma

responsável e racional, pesando nas consequências em longo prazo e visando

o bem público que, por vezes, o ímpeto popular e o imediatismo perdem de

vista.

O Brasil vive hoje um quadro de epidemia de violência. À diferença de

outras áreas, como educação e saúde, nas quais houve significativos avanços

desde a promulgação da Constituição de 1988, a segurança pública parece

ainda não ter encontrado seu rumo.

.

2 Introdução à segurança pública

2.1 Conceito

O termo “segurança” é, conforme definição do dicionário Aurélio o:

"Conjunto de ações e dos recursos utilizados para proteger algo ou alguém".

Essencialmente, é o mecanismo utilizado pelo Estado para assegurar a

proteção dos bens jurídicos tanto em âmbito coletivo quanto em particular.

Pode ser associada ao equilíbrio social e à manutenção do Estado de Direito.

2.2 O direito à segurança

A segurança é um direito fundamental e social, previsto na Constituição

Federal que determina a igualdade de todos perante a lei. No Brasil, os direitos

sociais tomaram forma e passaram a nortear a administração pública somente

com a Constituição "cidadã" de 1988. Nos 20 anos da Constituição, a

Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado fez análise

que permanece atual:

“Ultrapassadas duas décadas, e apesar de inegáveis conquistas em

áreas distintas, a garantia da segurança permanece uma promessa a ser

cumprida. De fato, não há como negar a crise por que passa a segurança

pública no Brasil. Os motivos, entretanto, não são consensuais: ausência de

recursos, desigualdade social, impunidade, corrupção em diferentes níveis do

Estado, entre outros. Tais fatores contribuem para o aumento do crime

organizado, o tráfico ilícito de entorpecentes, a superlotação das penitenciárias

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e o contrabando de armas, de tal forma que a sociedade experimenta uma

verdadeira conjuntura de insegurança.”

O Direito Penal e demais normas vem juntamente à Constituição para

auxilio no quesito de repressão dos delitos, impondo-lhes penas com a

finalidade de preservar a sociedade e proporcionar seu desenvolvimento.

Todavia, mesmo que a legislação, em tese, forneça a base perfeita para uma

segurança funcional, com índices de criminalidade aceitáveis, medidas

preventivas, sócio-educativas, etc., isso só será alcançado com políticas

públicas e investimentos nas instituições e nos profissionais da área de

segurança pública.

3 As forças policiais no Brasil

3.1 História e Criação

Durante o período colonial, a segurança pública brasileira era regida pelos

regulamentos previstos nas Ordenações Reais Manoelinas (1521) e Filipinas

(1603). Tais Ordenações descreviam a competência de cada cargo no sistema

jurídico-policial seguido por Portugal, e, consequentemente, pelas suas

colônias. Como exemplo, a guarda e a administração dessa prisão competia ao

Alcaide-Mor. Os Alcaides Pequenos eram responsáveis por rebater a violência

por parte de terceiros ou do conduzido, nos casos de penhoras, embargos e

prisões.

Em 1808, com a chegada da família real portuguesa, houve a criação de

várias instituições oficiais, dentre elas, a Intendência Geral da Polícia da Corte

e do Reino, sendo Paulo Fernandes Vianna nomeado para o cargo de

Desembargador. Ela foi criada para fornecer a Dom João VI informações

acerca da movimentação de espiões franceses e de propagadores de ideais

revolucionários que contrastavam-se com os objetivos da corte, além de

exercer tarefas relacionadas à mobilidade, segurança pública e saneamento

básico. Paulo Fernandes Vianna criou o cargo de Oficial de Polícia dividido por

competências em três tipos através de uma secretaria, visando assim, uma

maior organização dos serviços da Intendência.

Com o crescimento demográfico ocorrido devido à chegada da família real

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portuguesa no Rio de Janeiro, fez-se necessário o reforço à segurança pública,

sendo criada, assim, a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia. Essa

organização era responsável pelo patrulhamento constante na vila ou cidade,

e pela repressão ao contrabando, a fim de prover a segurança e

tranquilidade pública da corte. Em 1821, a Corte de Lisboa exige o retorno de

D. João VI e D. Pedro I, o que ocasionou a insatisfação do povo brasileiro que

respondeu com um abaixo-assinado com 8 mil assinaturas pedindo pela

permanência de D. Pedro I. A divisão do exército português tentou forçar a

execução da exigência da Corte de Lisboa, mas foi repelida pela Divisão Militar

da Guarda Real comandada pelo Major Miguel Nunes Vidigal.

Após a confirmação da permanência de D. Pedro I no Brasil e da

declaração da Independência, a Divisão Militar da Guarda Real de Polícia

transformou-se na Imperial Guarda de Polícia. Essa polícia teve suas

competências determinadas na Constituição Brasileira de 1824, no artigo 169,

que estatuía:

“O exercício de suas funções municipais, formação de suas

posturas policiais, aplicação de suas rendas, e todas as suas

particulares e úteis atribuições serão decretadas por uma lei

regulamentar.”2

Entende-se como poder regulamentar de uma lei o privilégio garantido à

Administração Pública de editar artigos visando complementar as leis e

possibilitar a sua efetiva aplicação. É importante ressaltar que sua função é

única de complementar uma lei e que se a Administração exceder-se dessa

função, ela estará cometendo um abuso de poder regulamentar. No texto

constitucional, esta lei regulamentar data de 1 de outubro de 1828 e refere-se à

criação e à regulamentação das Câmaras Municipais. Nela, estão presentes 90

artigos divididos em quatro Títulos que objetivam a organização municipal. O

segundo Título (arts. 66 a 73) é o que refere-se às posturas policiais, e, nele,

pode-se notar o poder dado à polícia para tomar suas posturas quanto às

2 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao24.htm; Acesso em

11/03/2018

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“injúrias e obscenidades contra a moral pública” e na autorização de eventos

públicos que não ofendam a moral pública. Além disso, esse título dá a

autonomia para a polícia para aplicar prisões e multas e enaltece que os

cidadãos que se sentirem lesados pelas posturas das Câmaras poderão

recorrer a uma série de órgãos públicos terminando nos Presidentes das

províncias.

É importante ressaltar que há, na lei de 1° de outubro de 1828, uma

proteção ao setor de produção agropecuária, na qual, a polícia se torna

responsável direta pela fiscalização aos matadouros públicos e particulares e

na proteção aos criadores e vendedores de gado. Esse posicionamento na lei

pode-se relacionar diretamente com a economia imperial do Brasil. Não

existem estatísticas certas sobre a produção agropecuária da época, mas,

considerando dados referentes à exportação para mercados externos e

aproximações da produção através de estudos e estimativas, pode-se afirmar

que o setor primário com predominância da agropecuária era grande parte do

produto interno, o que, acaba por “justificar” uma proteção policial prevista em

lei para proteger uma classe econômica.

Em suma, durante toda a história, instituições com funções semelhantes

às da polícia foram usadas para a manutenção da ordem vigente, para a

contenção de movimentos sociais ou para a proteção de um segmento político

ou econômico. Mostrando, assim, que instituições de segurança pública são

separadas por uma linha tênue entre a opressão pública e a primeira.

3.2 Competências e atuação

Como já apresentado, a idealização das forças policiais no Brasil, surgiu

com a Intendência Geral de Polícia da Corte e do Reino e, depois de algumas

mudanças, essas forças se tornaram as forças policiais da República

Federativa do Brasil. Elas são divididas em 5 principais frentes de atuação e

competências, são elas: a Polícia Federal (PF), a Polícia Civil (PC), a Polícia

Militar (PM), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Ferroviária Federal

(PFF). A competência e a área de atuação é evidenciada pela Constituição

Federal de 1988 em seu Capítulo III, Art. 144,

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§1 a §5

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente,

organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:

I–apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em

detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades

autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática

tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,

segundo se dispuser em lei;

II–prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o

contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros

órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;

III–exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras; IV–

exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido

pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao

patrulhamento ostensivo das rodovias federais.

§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido

pela União e estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao

patrulhamento ostensivo das ferrovias federais.

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira,

incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária

e a apuração de infrações penais, exceto as militares. 90 Constituição da

República Federativa do Brasil.

§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da

ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições

definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.3

3.2.1 Polícias Militares Estaduais

A Polícia Militar é uma polícia administrativa e preventiva, considerada

como auxiliar e reserva do Exército. Realiza o patrulhamento ostensivo nas

ruas e atua diretamente contra grandes tumultos e manifestações. É

responsável também pelo serviço de bombeiro e de fiscalização das rodovias

estaduais.

3 Disponível em: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF.pdf;

Acesso em: 11/03/2018

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3.2.2 Polícias Civis Estaduais

A Polícia Civil tem função de Polícia Judiciária, vez que sua principal

atividade é recolher provas e dados para o Poder Judiciário, relativas ao

Inquérito Policial. Suas atividades são em síntese muito mais burocráticas do

que investigativas.

3.2.3 Polícia Federal e Rodoviária Federal

Com a recente criação do Ministério da Segurança Pública, que

desmembrou as atribuições da pasta da justiça, a organização da Polícia

Federal foi alterada em alguns aspectos. Um dos planos de Michel Temer é a

migração das Polícias Federal e Rodoviária Federal, antes subordinadas ao

Ministério da Justiça, à nova pasta. Esses órgãos atuam no combate ao crime

organizado, ao tráfico de drogas, ao contrabando de armas e mercadorias, ao

tráfico de seres humanos, à exploração sexual de crianças e ao trabalho

escravo, bem como na fiscalização das fronteiras nacionais e na investigação

de crimes políticos e eleitorais.

A Instituição tem recebido notoriedade pela imprensa desde a deflagração

da operação "Lava Jato" em 2014, considerada como a maior investigação de

corrupção na história do país, na qual apura esquema bilionário de desvio e

lavagem de dinheiro envolvendo a Estatal Petrobrás.

3.2.4 Forças Armadas do Brasil

As Forças Armadas do Brasil são compostas por: Exército, Marinha e

Aeronáutica e são subordinadas ao Ministério da Defesa. Têm por finalidade

garantir a defesa do Estado, a lei e a ordem. Têm recebido notoriedade no

atual cenário da intervenção federal no estado do Rio de Janeiro por ser a força

responsável pela garantia da lei e da ordem pública no local, que é considerado

pelo Congresso e pelo próprio presidente Michel Temer como tomado pelo

crime organizado.

O número de militares na ativa em 2014 era de 327.000 (a 17ª maior tropa

do mundo).

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3.2.5 A indústria da defesa

Além de ser o maior fabricante de armas pequenas do mundo, o Brasil

tem tradição na indústria de aviões, blindados e bombas. Armamentos feitos no

Brasil são usados em guerras em todo o mundo, fortalecendo suas relações

diplomáticas por meio do apoio a conflitos internos. A Colômbia, por exemplo,

usa aviões Super Tucano, da Embraer, na repressão à guerrilha das FARC, e

há denúncias de que a Arábia Saudita usou bombas brasileiras no Iêmen.

Essa estratégia de aproximação do setor público pela indústria bélica tem

rendido resultados, em especial através dos elevados gastos do Estado

brasileiro com armamentos, empréstimos subsidiados e benefícios fiscais para

as empresas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES) é tradicionalmente um fornecedor de capital subsidiado ao setor.

Com todos esses incentivos à sua indústria de armas, o balanço anual do

Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (IISS) estima que o país tenha

desembolsado US$ 31,9 bilhões para se equipar em 2014, o que o instala na

11ª posição mundial, com gastos maiores do que o de nações como Itália e

Israel. Isso intensifica a falta de interesse por parte do governo com relação a

uma reestruturação desse setor ou a intervenção direta em suas relações.

3.3 O problema estrutural

O termo “polícia de ciclo incompleto” é utilizado hoje para denominar a

atual estrutura preventiva das polícias brasileiras. O ciclo completo de polícia,

proposto nas PECs 51/2013 e 423/2014, prevê que a mesma polícia previne,

reprime, e investiga. No entanto, tal situação não acontece no atual cenário

brasileiro, onde todos os organismos de defesa policial são desconexos entre

si. O que se observa hoje são duas polícias totalmente afastadas, onde nem

os rádiostransmissores das viaturas estão na mesma frequência. Este fato

inviabiliza a troca de informações e a prestação de socorro entre policiais.

Atualmente existe um projeto em tramitação no Senado que faz referência

aos municípios. Se aprovado, podemos dizer que haveria uma municipalização

da polícia, e se criaria ênfase às guardas municipais no combate efetivo aos

crimes nas cidades.

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Diversos especialistas da área acreditam, porém, que a municipalização

pode reforçar problemas já existentes no sistema de segurança pública. Há um

risco em transformar as guardas municipais em uma miniatura da Polícia

Militar. Seria o risco do avanço da “cultura militar”.

Neste contexto, são fortes os incentivos à desmilitarização da polícia

militar. Em 25/05/2012 o Conselho de Direitos Humanos da ONU enviou ao

Brasil um documento com 170 propostas, incluindo o tema, que foi o único a

ser rejeitado integralmente. Entre as escusas está o fato de que a mutação

violaria a Constituição Federal, que prevê a existências das duas polícias.

Por não ter promovido nem a unificação das polícias civis e militares dos

estados, indo contra a carta de recomendação da ONU, acredita-se que nosso

país não está preparado para municipalizar a polícia. A integração é elementar

para a realização do "ciclo completo" de polícia, eliminando burocracias,

rivalidades e desinteligências que prejudiquem a funcionalidade dessas

instituições.

Temos cerca de 84 "polícias" estaduais diferentes, que são divididas e

subdivididas internamente em uma infinidade de repartições com sistemas e

organizações próprias. A falta de integração entre as polícias das unidades da

federação acarreta deficiência na atuação de cada uma delas, que já são

deficientes por natureza, fadadas a "meio ciclo" de polícia, contribuindo para a

demora dos processos do Poder Judiciário, o aumento da criminalidade, a

impunidade e a desigualdade regional.

Por isso, é possível enfatizar a necessidade da uniformização dos

sistemas dessas instituições.

3.3.1 Consequências do sistema

Apesar das dificuldades, é necessário uma análise da segurança pública

além do julgamento único e exclusivo da atuação das polícias. A Comissão de

Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, da Câmara dos

Deputados, inequivocamente, em 2008 defendeu:

“Todos os analistas que lidam com o tema justiça e segurança pública

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tendem a pensá-la a partir das deficiências e/ou virtudes das polícias.

Concordo que as polícias são a face mais visível do aparelho de Estado

responsável pelo controle social. Entretanto, sem querer minimizar a

contribuição dessas para o quadro de insegurança no país, uma menor

atenção tem sido dispensada aos demais operadores envolvidos no sistema.

Ministério Público, Poder Judiciário e, mesmo, instituições carcerárias ganham

menos destaque e, com isso, a lógica do segredo parece possuir muito mais

força nessas instituições do que nas polícias. [...] Com isso, as polícias acabam

sendo responsabilizadas quase que integralmente pela forma de atuação

estatal no controle social, quando são parte de um complexo sistema de

processamento de litígios.” 4

Portanto, pode-se concluir que o colapso da segurança pública é antes

de mais nada de um problema estrutural, atingindo diversos setores, desde o

Congresso Federal, na elaboração de projetos de lei, às unidades municipais

da polícia, no próprio treinamento de seus integrantes. Para o êxito da

reestruturação é necessária uma política de integração entre os operadores

desse complexo sistema. Os projetos em andamento no Senado e na Câmara

dos Deputados ainda são escassos, nos levando novamente ao início desse

ciclo.

3.4 Abuso de autoridade

O crime de abuso de autoridade foi determinado através da sanção da lei

4.898 de 9 de dezembro de 1965, por parte do militar Castelo Branco, a qual

definia em seus artigos 3º e 4º:

Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:

a) à liberdade de locomoção;

b) à inviolabilidade do domicílio;

c) ao sigilo da correspondência;

d) à liberdade de consciência e de crença;

e) ao livre exercício do culto religioso;

f) à liberdade de associação;

4 Disponível em:

bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/6124/seguranca_publica_democracia.pdf?sequence=4 ;

Acesso em: 11/03/2018

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g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;

h) ao direito de reunião;

i) à incolumidade física do indivíduo;

j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.

Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:

a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as

formalidades legais ou com abuso de poder;

b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a

constrangimento não autorizado em lei;

c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou

detenção de qualquer pessoa;

d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que

lhe seja comunicada;

e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança,

permitida em lei;

f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas,

emolumentos ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha

apoio em lei, quer quanto à espécie quer quanto ao seu valor;

g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de

importância recebida a título de carceragem, custas, emolumentos ou de

qualquer outra despesa;

h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica,

quando praticado com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal;

i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de

segurança, deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir

imediatamente ordem de liberdade.5

Assim sendo, qualquer funcionário público que cometer os delitos

mencionados no exercício da função estará sujeito às sanções, tais como:

advertência, repreensão, suspensão do cargo pelo prazo de cinco a cento e

oitenta dias, demissão, indenização, multa, detenção por dez dias a seis

meses, perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra

função pública pelo prazo de até três anos. A sanção aplicada é definida com

base no gravidade do crime cometido.

Apesar da específica definição jurídica quanto ao crime, ocorrem ainda

muitos casos de abuso de autoridade no país por parte, principalmente, da

Polícia Militar. Segundo dados do Conselho Nacional de Justiça, no período de

5 Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4898.htm; Acesso em: 11/03/2018

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2014-2015 houve 10.660 abusos de autoridade registrados no país.

Considerando a natureza do crime, é importante ressaltar a dificuldade que há

em denunciar, registrar e penalizar um oficial criminoso. Inicialmente, devido à

falta de conhecimento e entendimento dos limites à atuação policial, e,

posteriormente, devido às limitações existentes pelo próprio sistema, tal como

a dificuldade de efetuar a denúncia na própria polícia. Assim sendo, o cidadão

deve relatar o caso de abuso de autoridade ao Ministério Público, através de

uma petição.

3.5 O genocídio da juventude negra

Além desse problema, há também muitos relatos que evidenciam a

institucionalização do racismo e do preconceito na PM. O treinamento e

tratamento dos policiais para com os possíveis suspeitos de crimes é uma

evidência dessa situação. Como exemplo, pode-se notar no documento abaixo,

a instrução do capitão da PM para abordar “especialmente indivíduos de cor

parda e negra” (2012). A PM manifestou-se justificando que as características

citadas na ordem do comando foram fornecidas por moradores da região ao

descrever um grupo que praticava roubos a residências naquelas imediações,

através de uma carta.

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Disponível em: http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2013/04/capitao-que-

ordenou-abordagem-negros-e-pardos-e-afastado-pela-pm.html; Acesso em: 11/03/2018

Atentar para a participação dos agentes dos sistemas de justiça e de

segurança pública nesse contexto faz-se mais que necessário. Pesquisas

mostram que são os jovens negros, especialmente os moradores das

periferias, as principais vítimas de violência policial no país: de cada 10 mortos

pela polícia, sete são negros.

A instituição policial é, juntamente com o sistema judiciário, o mais

violento mecanismo estatal, praticando o chamado "racismo de Estado".

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Segundo o Mapa da Violência de 2015, um dos principais bancos de dados do

país sobre segurança pública, o uso disseminado de armas de fogo no Brasil

atinge mortalmente dois grupos específicos: os pobres, que vivem em áreas

periféricas, e a população negra. “Os setores e áreas mais abastadas,

geralmente brancas, têm uma dupla segurança: a pública e a privada”, diz o

estudo. Por outro lado, os “menos abastados, que vivem nas periferias”, têm de

se contentar com “o mínimo de segurança que o Estado oferece”.6

O Estado elegeu o jovem negro como o criminoso e principal suspeito,

garantindo que seja considerado inimigo padrão da sociedade, sobretudo pelas

classes médias e brancas. Nas zonas periféricas e favelizadas, são frequentes

os relatos de jovens negros que desde criança são agredidos e desrespeitados

por policiais em serviço. Esse cenário é denominado genocídio da juventude

negra. "O crime não é exclusivo da população negra, mas a punição parece sê-

la.” (ADORNO, 1996).

Aliada a outros fatores, essa situação faz com que a população negra, de

menor renda média e que habita regiões periféricas, torne-se a vítima mais

comum de armas de fogo. De acordo com o Mapa, entre 2012 e 2013, o

número de pessoas brancas mortas à bala caiu 23% – de 14,5 mortes por

100.000 habitantes para 11,8. Entretanto, a quantidade de vítimas negras

aumentou 14,1% no mesmo período – de 24,9 para 28,5 por 100 mil

habitantes. Apenas em 2012, morreram 2,5 vezes mais negros do que brancos.

O problema ainda repercutia 4 anos depois, quando Rita Izsák, relatora

especial das Nações Unidas, afirmou, em 15 de março de 2016, que, no Brasil,

a violência, a criminalização e a pobreza “continuam a ter uma cor”7, afetando

de forma desproporcional a população negra do país. Segundo suas

informações, as mortes de pessoas negras em virtude das ações policiais -

76,9% -, são três vezes maiores se comparadas às mortes da população

branca - 22,8%, -, além de constituírem mais de 60% da população carcerária

brasileira.

6 Disponível em: http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2015/mapaViolencia2015.pdf; Acesso

em: 11/03/2018 7 Disponível em: https://nacoesunidas.org/brasil-violencia-pobreza-e-criminalizacao-ainda-tem-

cor-diz-relatora-da-onu-sobre-minorias/; Acesso em 11/03/2018

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Em seu relato, ela afirma como um dos elementos integrantes a essa

violência é a impunidade gozada pelos oficiais envolvidos nos crimes.

Ela explica: “Policiais são raramente levados à justiça e a ampla maioria

das vítimas não obtém qualquer tipo de reparação. Por exemplo, uma recente

revisão de 220 investigações de mortes pela polícia, aberta em 2011 na cidade

do Rio de Janeiro, descobriu que, após quatro anos, apenas um oficial de

polícia havia sido acusado”8, o que, somado ao medo de retaliação que

ocasiona a não denúncia de crimes policiais, tem como consequência um

poder muito forte (não institucionalizado) da PM sob a população.

Este poder leva a uma relação extremamente hostil entre o povo e a

polícia, além de passar um sentimento de extrema de insegurança, visto que o

responsável pela segurança pública leva exatamente o sentimento de

insegurança através desses abusos.

Mesmo que o mito da democracia racial no nosso país tenha construído a

blindagem a fim de impedir que se observassem as diversas manifestações do

racismo institucional em detrimento da população negra, não foi possível

resguardar o sistema penal de ter uma imagem totalmente desgastada pela

atuação visivelmente racista. Pode-se observar tal seletividade na rotina de

uma vigilância ostensiva, no encarceramento desproporcional e nas mortes

abruptas injustificáveis, isto é, na perpetuação da marginalização e do

genocídio da população negra brasileira.

8 Disponível em: https://nacoesunidas.org/brasil-violencia-pobreza-e-criminalizacao-ainda-tem-cor-diz-

relatora-da-onu-sobre-minorias/; Acesso em: 11/03/2018

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Disponível em: http://brasil.agenciapulsar.org/mais/politica/brasil-mais/marcha-internacional-denuncia-genocidio-do-povo-negro/; Acesso em: 11/03/2018

4 Desmilitarização da Polícia Militar

4.1 A desmilitarização

Não é raro que seja televisionada alguma notícia ou reportagem

relacionada com o abuso de poder ou a violação dos direitos humanos por

parte de policiais militares. Desde ameaças verbais ou físicas a civis sem justa

causa com o pretexto da autoridade pública até oficiais forjando flagrantes, a

relação entre população e Polícias Militares anda desgastada, uma vez que

quando tentam reivindicar seus direitos básicos, manifestantes são mais uma

vez violentamente reprimidos. As pessoas não mais veem o policiamento como

sinônimo de segurança, mas justamente o oposto: um sistema falho que

afronta a liberdade de expressão e gera medo numa grande parcela da

sociedade.

Frente a tantos problemas, uma suposta solução emerge: a

desmilitarização da Polícia Militar, que trata da unificação das polícias Civil e

Militar em uma única polícia, de caráter e formação civil. Ou seja: ao invés de

haver um grupo com formação voltada ao combate militar e policiamento

ostensivo, o que acaba gerando violações dos direitos humanos resultante de

um treinamento excessivamente violento, e outro grupo de formação civil

voltada à investigação criminal, existiria apenas uma instituição que junta

ambas as funções.

Em conjuntura, a aplicação da desmilitarização seria realizada por meio

de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que alteraria o artigo 144 da

Constituição Federal, artigo esse que cria as polícias e define suas

competências.

“Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de

todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da

incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes

órgãos:

I - polícia federal;

II - polícia rodoviária federal;

III - polícia ferroviária federal;

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IV - polícias civis;

V – polícias militares e corpos de bombeiros militares.

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, estruturado em

carreira, destina-se a:

I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento

de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas

eempresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha

repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,

segundo se dispuser em lei;

II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o

contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de

outros órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;

III - exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras;

IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira,

destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias

federais.

§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, estruturado em carreira,

destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias

federais.

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem,

ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a

apuração de infrações penais, exceto as militares.

§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem

pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas

em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.

§ 6º As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e

reserva do Exército, subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos

Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.

§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos

responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de

suas atividades.

§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à

proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.” 9

Atualmente existem 3 PEC’s em trâmite: a PEC 430/2009 do deputado

9 Disponível em: http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/legislacaoConstituicao/anexo/CF.pdf;

Acesso em: 11/03/2018

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Celso Russomanno (PRB-SP), a PEC 102/2011 do então deputado Blairo

Maggi (PP-MT) e a PEC 51/2013 do senador Lindbergh Farias (PT-RJ). Todas

as três preveem a unificação dos grupos policiais, cada uma com sua

particularidade.

4.2 Argumentos de figuras públicas, Estatuto do Desarmamento e Desmilitarização

No plenário da Câmara e no Senado foram apresentadas diversas

propostas por parte de organizações da sociedade civil para tentar barrar a

popularidade armamentista. Para o Instituto Sou da Paz, que atua na área de

segurança pública, o Estatuto do Desarmamento reduziu o número de

homicídios no Brasil e não deveria ser alterado. Segundo pesquisa da

organização, o banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS) mostra que,

antes de 2003, o número de mortes por armas de fogo no Brasil crescia 8% ao

ano. Dez anos depois, esse avanço passou a apenas 0,2%. Com isso, a

organização estima que 160 mil vidas foram poupadas.

O Instituto Sou da Paz defende, ainda, que impacto do estatuto poderia

ser ainda maior se ele tivesse sido totalmente implementado. Um dos maiores

empecilhos para essa implementação é a não integração dos dois sistemas de

controle de armas no país, o Sistema Nacional de Armas (SINARM), da Polícia

Federal, e o Sistema de Gerenciamento Militar de Armas (SIGMA), do Exército.

De acordo decreto que regulamentou o estatuto, a integração deveria ter

ocorrido até julho de 2005, mas ainda permanecem separados e sem

comunicação entre si. Alguns especialistas atribuem a divisão à histórica

desconfiança mútua entre autoridades civis e militares. O que enfatiza a

necessidade de uma reestruturação que integre todos os segmentos da área

de segurança pública.

A desmilitarização seria o fim de um grupo cruel e facilmente corruptível

cujo treinamento é voltado para o combate letal à inimigos que, ao invés de

garantir a segurança e ordem pública, engendra medo e insegurança pelas

suas ações deveras violentas. Com ela, a nova estrutura daria maior autonomia

para os agentes, assim como permitiria um maior controle social da instituição

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unificada. Cada estado organizaria as suas forças policiais da forma que

considerasse mais adequada, levando em consideração critérios territoriais e

tipos de crime a serem combatidos, sempre com caráter civil e atuando no ciclo

completo da atividade policial (ostensivo e investigativo).

Além disso, os recorrentes casos de abusos de poder praticados por

policiais que não são devidamente julgados cessariam. Hoje, são os Tribunais

Militares, que constantemente utilizam-se da autoridade para julgamentos

baseados em interesses próprios, os responsáveis pelo julgamentos.

Por outro lado, a oposição afirma que a desmilitarização é uma imagem

figurada, uma ação que traria poucos resultados positivos e, ao mesmo tempo,

um investimento enorme e sem retorno. A junção das duas instituições em uma

única organização policial não mudaria em nada a corrupção, visto que a

problemática está nas pessoas que as compõem e não em sua estrutura. Além

disso, a proximidade entre policial e população e o respeito autoritário faz com

que o guarda adquira um senso de direitos e deveres, inclusive considerando,

na medida do possível, os Direitos Humanos, desmitificando a burocracia

jurídica.

Ademais, a ideia de que o país e o cidadão precisam de armas para se

defender, se fortalece por meio de estratégias de marketing sofisticadas, que

entrelaçam conceitos como soberania, segurança nacional e liberdade

individual ao moderno direito de defesa. O Movimento Viva Brasil, por exemplo,

apoiado por empresas da indústria bélicas, é uma organização da sociedade

civil formada por colecionadores de armas e praticantes de tiro desportivo. Por

essa rede, são distribuídas cartilhas como a Mitos e Fatos, que buscam

desvincular a indústria de armas da epidemia de homicídios no país, bem como

a Turma Legal, uma revista em quadrinhos que permite aos pais ensinarem

aos filhos a usarem armas com segurança.

A oposição também utiliza como argumento as ações demasiadamente

violentas que se encaixam no cenário brasileiro, uma vez que vivemos em uma

realidade quase de Guerra. Em números absolutos, o Brasil é o país com mais

homicídios no mundo (aproximadamente 50 mil por ano). Entre 2008 e 2011,

mais de 200 mil pessoas foram assassinadas, sendo esse número 274 vezes

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maior que o de Hong Kong e 137 vezes maior que o da Inglaterra, no mesmo

período. Contribui para esses números elevados o avanço do crime

organizado, sobretudo de diversas facções criminosas como o Comando

Vermelho, que têm total êxito no comando do tráfico de drogas. Portanto, ao se

considerar a total falha na segurança pública e ineficiência da polícia, cria-se

um ambiente mais propenso a emersão defensores armamentistas.

A pergunta que vale ser respondida é: o desarmamento militar resolveria

a lacuna criada na segurança pública do país e, ainda assim, seria eficiente no

combate ao crime organizado?

Disponível em : http://livrevozdopovo.blogspot.com.br/2017/01/armas-de-fogo-ter-ou-nao-ter-como-o.html#.WqWaU-jOWUk; Acesso em: 11/03/2018

Disponível em: http://rothbardbrasil.com/o-direito-de-portar-armas-e-um-direito-humano-essencial/; Acesso em:

11/03/2018

4.3 Repercussão no Senado

O Congresso Nacional foi um dos principais “campos de batalha”. Foram

criadas duas frentes parlamentares, a “Frente Parlamentar por um Brasil sem

Armas” e a “Frente Parlamentar pelo Direito à Legítima Defesa”. Na primeira,

filiaram-se 14,3% do Congresso e na segunda, 23,6%. Segundo os dados

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oficiais do TSE, a campanha contra as armas arrecadou R$ 2.287.311,

enquanto a campanha a favor superou o dobro daquele montante, R$

5.726.491,95.

Representantes do setor armamentista marcam sempre presença nos

encontros da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Em

2012, Salésio Nuhs, diretor comercial e de relações institucionais da CBC e

presidente da Aniam, participou de uma audiência pública e defendeu a revisão

do Estatuto do Desarmamento. No mesmo ano, deputados da Comissão de

Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara visitaram a

Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC), em Ribeirão Pires (SP).

Na ocasião, o então presidente da comissão, deputado Efraim Filho

(DEM-PB), disse que a visita serviu como aprendizado e permitiu galgar novos

parâmetros para agregar o trabalho legislativo dos deputados, levando a

formulação de novas políticas públicas de segurança, assimilando conceitos de

tecnologia e de modernidade desenvolvidos no Brasil. “É importante ter o

conhecimento das tecnologias que a indústria já dispõe para serem utilizadas

pelas forças públicas de segurança”, comentou Efraim.

Uma grande parte da população, desinformada, imagina que com a

desmilitarização haveria uma extinção da utilização de armas de fogo pelos

policiais, ou até a extinção do grupo em si, visão predominantemente

equivocada e, embora de caráter social, a ideia da desmilitarização ainda

assim não é aceita por essas pessoas. Em consulta pública realizada pelo

Senado, até o dia 11 de novembro de 2017 a PEC 51/2013 de Lindbergh

Farias tinha recebido 17.982 votos favoráveis e 20.727 votos contrários. Fica

evidente que, embora polarizada, a atual opinião comum é a de que a proposta

não deveria ser aceita.

4.4 Execução de Marielle Franco e Argumentos favoráveis à Desmilitarização

No dia 14 de março de 2018, foi assassinada, no Rio de Janeiro, a

vereadora Marielle Franco, do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). A

execução levou milhares de pessoas às ruas da capital fluminense e de várias

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outras cidades em todo o Brasil. Contrários à atuação violenta de alguns

integrantes da Polícia Militar do Rio de Janeiro, os manifestantes gritaram as

seguintes palavras de ordem: “Não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da

Polícia Militar!” Há, evidentemente, uma relação entre a morte de Marielle e a

sua luta política pela desmilitarização das forças policiais. Em diversas

ocasiões, a vereadora, que era também especialista em segurança pública,

denunciava ações em que houve violação aos direitos fundamentais. O

posicionamento de Marielle, que defendia publicamente a aprovação da PEC

51, é compartilhado por diversos agentes políticos e especialistas da área de

segurança pública. Em sua dissertação de mestrado pela Universidade Federal

Fluminense, Marielle afirma que:

A luta pela desmilitarização da sociedade, do Estado, em suas

três esferas – Municipal, Estadual e Federal – se tornou uma

prioridade para os que sonham com um mundo onde a vida está

acima do lucro. A desmilitarização da PM, com desvinculação da

polícia das forças armadas, fim do estatuto militar, concessão de

direitos civis e políticos aos servidores da segurança pública, como o

direito à sindicalização dos policiais, e construção de um novo

modelo de polícia de caráter civil são necessários e urgentes.

Entretanto, a desmilitarização da PM não basta para o avanço na política

de Segurança Pública. Reivindica-se a extinção de utilização de aparatos

bélicos pelas polícias, como helicópteros, drones ou armas de guerra. [...]

Nesse quadro, torna-se muito importante a aprovação de propostas que

alterem o viés militarista do Estado e possam contribur para superar a visão

belicista ainda predominante na cultura Brasileira. Descataca-se, nesse

sentido, a importância de aprovar a PEC-51 que será, com certeza, frente ao

quadro atual, um avanço nas políticas de segurança em nível nacional. Unificar

as polícias, desvincula-las do exército, caminhar para desarmar a sociedade e

reforçar uma visão de segurança integrada, muito superior que questões

policiais, são medidas fundamentais. (FRANCO, 2014)

Nesse contexto, destaca-se a intervenção federal na segurança pública

do Estado do Rio de Janeiro. A concessão de amplos poderes às forças

armadas representa uma intensa militarização do aparato estatal. Existe, dessa

forma, um conflito entre dois princípios constitucionais. Por um lado, a Carta

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Magna permite e regulamenta, tendo em vista a garantia da lei e da ordem, o

processo de intervenção. Por outro, vela, em diversos capítulos, pela atuação

democrática das forças armadas. Deve-se ressaltar que a CF 88 foi elaborada

ao final de um período em que todo o aparato estatal era controlado pelos

militares. Dessa forma, diversas regulamentações jurídicas como, por exemplo,

o foro por prerrogativa (foro privilegiado) foram instituidas a fim de evitar-se, ao

máximo, um retorno da ditadura. As quetões que deve ser feita são, portanto: A

militarização da segurança pública no Rio de Janeiro é constitucional? A

concessão de amplos poderes ao exército é, de fato, legal? Ao que tudo indica,

a resposta para tais indagações é não. Por isso, o PSOL, partido de Marielle

Franco, entrou, recentemente, com Ação Direta de Inconstitucionalidade no

Supremo Tribunal Federal, pedindo, até julgamento em plenário, liminar de

suspensão provisória do Decreto 9.288/18. O partido alega que o Decreto, à

medida que concede o cargo de interventor federal a um general do exército,

fere o artigo 93 da Constituição. Além disso, os advogados ressaltam, na ADI,

que a intervenção fere o papel constitucional das Forças Armadas, uma vez

que as aplica no setor de segurança pública.

A desmilitarização da PM representaria, portanto, de acordo com os

seus defensores, um fortalecimento da Constituição de 1988, posto que

desvincularia a segurança pública das forças armadas. Tendo-se em vista a

história brasileira, haveria, com o fim da organização militar, assim o argumento

de Marielle Franco e de muitos outros ativistas, uma “humanização” da PM.

Além disso, eles afirmam que a atuação das forças armadas não deve ir além

da manutenção da soberania nacional e que a segurança pública deve ser

comandada por uma Polícia que atue em concordância com os Direitos

Humanos. O atual sistema, em que há uma aproximação entre a polícia e os

militares, é, para os defensores da desmilitarização, um resquício da ditadura

que deve ser eliminado urgentemente.

5 Posições dos atores

1) Alberto Fraga (DEM/DF)

Coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal, é o atual vice

presidente da comissão e mestre em segurança pública. Aos 18 anos,

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ingressou na Polícia Militar e, em 1996, foi promovido a tenente-coronel por

merecimento. Em 2015, sendo um dos líderes da bancada da bala no

Congresso Nacional, virou réu no STF após uma denúncia por suposto crime

de concussão (exigir vantagem indevida em razão do cargo). Além de ter sido

líder da frente parlamentar pelo direito à legítima defesa, em dezembro de 2017

protestou contra o arquivamento pelo Senado Federal do projeto de lei sobre o

cumprimento de pena em regime fechado, sem direito à progressão, para

condenados por homicídio de policiais.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/deputado/dep_Detalhe.asp?id=5830472

http://deputadofraga.com.br/biografia/

2) Alexandre Leite (DEM/SP)

Empresário e filho do vereador de São Paulo, Milton Leite, realiza críticas

constantes perante ao posicionamento do Partido dos Trabalhadores ante

projetos sobre a segurança pública no Brasil. Foi autor do Projeto de Lei

4629/12, que prevê pena de até trinta anos de reclusão para quem matar

agentes públicos da área de segurança, afirmando que a nação tornou-se

"refém" dos criminosos. É, inclusive, relator do projeto que destina 10% do

Fundo Nacional de Segurança Pública para a estratégia emergencial de

redução de homicídios, aprovado em setembro de 2017 pela CSPCCO. Já

questionou publicamente a Polícia Federal, através da imprensa, a respeito da

dificuldade da liberação do porte de armas para aquelas pessoas que já

comprovaram suas respectivas aptidões no processo.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=160545

http://deputados.democratas.org.br/noticias/com-relatoria-de-alexandre-leite-

comissao-de-segura nca-aprova-projeto-para-frear-homicidios/

http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-

permanentes/cspcco/video Arquivo?codSessao=67660&codReuniao=48886

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3) Aluísio Mendes (PODE/MA)

Com a posse de José Sarney como presidente do Brasil em 1985, o

advogado e político Aluísio Mendes assumiu a assessoria do presidente do

país. Já em 2010, após a renúncia de Raimundo Cutrim, assumiu a Secretaria

de Segurança Pública. Em 2016, já como deputado federal, votou contra o

processo de impeachment de Dilma Rousseff. É defensor do Projeto de Lei

1504/2015, que garante à área de segurança pública recursos da exploração

de petróleo e gás natural no Brasil, sendo assim, relator da matéria na

CSPCCO. Ademais, é autor do Projeto de Lei 7737/14, que concede porte de

arma de fogo a guardas portuários.

Fontes de estudo:

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aluísio_Guimarães_Mendes_Filho

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=178881

4) Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP)

Cumprindo o seu sétimo mandato como deputado federal por São Paulo, é

advogado, contabilista, radialista e professor. Suas opiniões e posturas

polêmicas e conservadoras fizeram-no bastante conhecido. Membro da Frente

Parlamentar de Entidades Civis e Militares em Defesa da Previdência Pública,

destaca-se pela experiência no que toca ao regimento da Câmara Federal, e

na defesa de aposentados. A respeito das competências da Polícia Militar, o

deputado manifestou-se contrário à proposta que as amplia, dando-lhe poderes

de investigação, como ocorre com as polícias Civil e Federal, classificadas

como polícias judiciárias.

Fontes de estudo:

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arnaldo_Faria_de_Sá

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=73434

http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-

permanentes/cspcco/video Arquivo?codSessao=71312&codReuniao=49897

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5) Capitão Augusto (PR/SP)

Fundador do Partido Militar Brasileiro (que não conseguiu o número

suficiente de assinaturas para ser criado antes das eleições de 2014), José

Augusto Rosa é policial militar e conhecido pelo uso da farda em congresso

nacional. Afirma que, nos dias de hoje, há uma conduta errônea em relação à

garantia dos Direitos Humanos, posto que há, de acordo com ele, uma

“vitimização dos marginais”. Tendo em vista que um dos seus princípios é a

ordem, argumenta que o Golpe de 1964 foi, na realidade, “uma revolução

democrática que livrou o país das ameaças de um regime comunista”. Ainda

em 2017, declarou seu apoio à candidatura do deputado Jair Bolsonaro à

presidência.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=178829

http://capitaoaugusto.com

https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://www.camara.

gov.br/sileg/M

ostrarIntegra.asp%3FCodTeor%3D1525114&ved=2ahUKEwjD95abgt7YAhWFk

JAKHS8yCc8 QFjANegQIDBAB&usg=AOvVaw3yo8_7oB3WozfHY26vhgpu

6) Delegado Éder Mauro (PSD/PA)

Delegado de polícia e deputado federal pelo Pará, respondeu a partir de

2009 pelo crime de tortura, sendo absorvido pela segunda turma do STF por

falta de provas. Ao assumir seu atual cargo, exclamou que seria “a pólvora da

bancada da bala” no Congresso. Acredita e disserta sobre uma proposta que

prevê dois grupos fortes em três divisões da segurança: grupos de elite, de

ação e operacionais em três divisões dentro da Polícia Civil. No segundo

semestre do ano de 2017, o deputado exclamou a necessidade de tornar crime

hediondo a posse de armas exclusivas das Forças Armadas e Polícia.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=178908

https://www.google.com.br/amp/politica.estadao.com.br/blogs/fausto-

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macedo/fachin-manda-arqu ivar-inquerito-contra-deputado-eder-mauro-

psdpa/%3famp

https://delegadoedermauro.wordpress.com

7) Delegado Edson Moreira (PR/MG)

Edson Moreira da Silva é o atual vice presidente da comissão e ganhou

notoriedade por trabalhar no caso Eliza Samudio. Em seu primeiro ano como

vereador em Belo Horizonte, em 2013, apresentou alguns projetos de lei em

benefício do município. Dentre eles estão a criação do Departamento de

Operação do Sistema Viário, que iria promover uma circulação segura, sem

falhas na administração pública e a criação do serviço de verificação de óbito,

com o intuito de investigar as causas de mortes naturais. O parlamentar afirma

que a impunidade é uma das principais causas da criminalidade prevalecer em

território nacional.

Fontes de estudo: https://delegadoedermauro.wordpress.com

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Edson_Moreira

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=178893

8) Delegado Fernando Francischini (SD/PR)

Após ter sido oficial do Exército Brasileiro e da Polícia Militar do Paraná,

tornou-se delegado da Polícia Federal, pois é formado em Direito. É um dos

poucos parlamentares a apoiar publicamente a Operação Lava Jato. Afirma

que, por ser delegado da PF, é comprometido em apoiar o bom andamento das

investigações do órgão. Portanto, é um dos formuladores da discussão sobre a

PEC 412/2009, que segundo defensores como ele, concede autonomia à PF.

Em 2011 foi eleito vice-presidente da Comissão de Segurança Pública. O

deputado tem posição clara em favor do direito do cidadão se armar. Em

audiência pública da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime

Organizado sobre o controle de armas, Francischini questionou o foco do

debate. “A preocupação com o controle de armas não é o homicídio? Ou a

preocupação é diminuir o número de pessoas armadas? Acho que não”.

“Várias pesquisas têm mostrado que a atual campanha do desarmamento é

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inócua na questão do crime organizado. O desarmamento serve para diminuir

os homicídios dentro dos lares, com acidente dentro de casa, briga de marido e

mulher, uso de bebida alcóolica, que é um homicídio de pequena monta perto

da quantidade de homicídios que envolvem o tráfico de drogas e o crime

organizado”. Francischini recebeu um montante de R$ 50 mil da empresa

Taurus Blindagens para sua campanha em 2010.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=73434

https://www.google.com.br/amp/amp.brasil247.com/pt/247/parana247/137835

http://portal.blogdogildoalves.com.br/post/13491/delegado_francischini_na_seg

uranca_publica/ar quivo_action.php?tipoConsulta=4&Chave=&Autor=

https://apublica.org/2012/01/bancada-da-bala/

9) Eduardo Bolsonaro (PSC/SP)

Adepto das posições de extrema direita, é conhecido por inúmeras

polêmicas ao lado de seu pai, Jair Bolsonaro. Em 2015, Eduardo ficou em

primeiro lugar do Prêmio Congresso em Foco, na categoria Combate à

corrupção e ao Crime Organizado. Apoia fortemente o porte de arma pela

população, sendo extremamente contra o desarmamento, o que se torna

evidente pelo fato de ter portado uma pistola na cintura em uma manifestação

pelo impeachment de Dilma Rousseff, em outubro de 2014. Ressaltou,

inclusive, que só não levaria a pistola para a Câmara por ser proibido. Além

disso, foi denunciado pela Procuradoria Geral da República, em abril de 2018,

por ameaçar uma jornalista.

Fontes de estudo: https://mobile.twitter.com/bolsonarosp

https://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://m.youtube.c

om/channel/U

CkR6xPOHhpjq3wnFchVI4sg&ved=2ahUKEwjxrpWSvd3YAhVLfZAKHfljA-

8QFjAXegQIBR AB&usg=AOvVaw2dUNBsuRv66skcPsC2zkRt

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=92346

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10) Eduardo da Fonte (PP/PE)

Empresário e deputado federal desde 2007, foi eleito líder do Partido

Progressista em outubro de 2013. Em 2010, o deputado foi autor de um Projeto

de Lei que visa proibir o anonimato na internet. Já em 2015, desistiu de relatar

a MP 664, que altera o pagamento de auxílio-doença e da pensão por morte,

pois estava sob investigação pela Operação Lava Jato de receber propina. É

também autor do Projeto de Lei 7605/16, aprovado pela CSPCCO, que prevê a

criação do Estatuto da Prevenção ao Uso e Abuso de Drogas.

Fontes de estudo:

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/547689-

SEGURANCA-PUB LICA-APROVA-CRIACAO-DE-ESTATUTO-DE-

PREVENCAO-AO-USO-DE-DROGAS.html

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=141421

11) Eliziane Gama (PPS/MA)

Jornalista, iniciou sua carreira política no ano de 2006. Se destacou na

Assembléia Legislativa de seu estado como defensora da causa da criança, do

adolescente, da mulher, do idoso e também dos direitos humanos,

principalmente no combate à pedofilia. Afirma que uma das soluções para o

problema de segurança pública do Brasil é o investimento na humanização da

polícia e a valorização da vida. Aponta a falta de investimento dos governos

nos sistemas prisionais e carcerários no país, esclarecendo a necessidade de

maior tecnologia.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=178883

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eliziane_Gama

https://mobile.twitter.com/elizianegama

12) Gedeão Amorim (PMDB/AM)

Suplente de Sabino Castelo Branco, deputado do Amazonas que sofreu um

AVC no dia 13 de agosto de 2017, Gedeão foi convocado para assumir sua

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vaga no dia 21 de dezembro do mesmo ano e teve 30 dias para assumir. Antes

de iniciar suas atividades como deputado, Gedeão era vereador na Câmara

Municipal de Manaus. Em seus trabalhos como vereador, o deputado redigiu a

proposta parlamentar que prevê a criação de uma política municipal de

segurança pública com a definição das diretrizes de atuação do município para

auxiliar o estado na prevenção e combate ao crime organizado.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/deputado/Dep_Detalhe.asp?id=200153

http://www.cmm.am.gov.br/professor-gedeao-quer-implantar-a-politica-

municipal-de-seguranca- publica/

https://www.google.com.br/amp/s/g1.globo.com/google/amp/https://g1.globo.co

m/am/amazonas/ noticia/gedeao-amorim-deve-assumir-vaga-de-sabino-

castelo-branco-na-camara-federal.ghtml

13) Gilberto Nascimento (PSC/SP)

Evangélico e advogado, se afirma defensor da segurança pública, da

bandeira da Igreja Cristã, do transporte e da saúde pública. Para 2017, foi

eleito presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa.

Quando deputado estadual de São Paulo, clamava que o secretário de

segurança pública tomasse providências contra a violência. Juntamente aos

deputados Alberto Fraga (DEM/DF), Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), Major

Olímpio (SD/SP) e Laerte Bessa (PR/DF), propõe uma audiência na CSPCCO

para discussão do sucateamento da Polícia Civil de São Paulo e do Distrito

Federal, além da polícia judiciária.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=74270

https://www.al.sp.gov.br/noticia/?id=269729

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/536865-

SEGURANCA-DISC UTE-SUCATEAMENTO-DAS-POLICIAS-DE-SAO-

PAULO-E-DO-DF.html

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14) Givaldo Carimbão (PHS/AL)

Comerciante e deputado federal pelo estado de Alagoas, exerceu funções

de vereador em Maceió durante três mandatos consecutivos. Como

coordenador da Frente Parlamentar Católica na Câmara, gerou confusão ao

afirmar, em uma audiência pública da CSPCCO, que queria ver a mãe do

Ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, de pernas abertas como na mostra

"Queermuseu", criticando a exposição por ter recebido dinheiro público através

da Lei Rouanet. Reafirma constantemente seu apoio à paz e sua posição

contrária à liberação do porte de armas para agentes de trânsito.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=74558

https://www.google.com.br/amp/s/g1.globo.com/google/amp/https://g1.globo.co

m/politica/notici a/apos-polemicas-em-museus-deputado-diz-que-queria-ver-

mae-do-ministro-da-cultura-exposta-c om-as-pernas-abertas.ghtml

http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-

permanentes/cspcco/video

Arquivo?codSessao=67536&codReuniao=48678#videoTitulo

15) Glauber Braga (PSOL/RJ)

De Nova Friburgo, Glauber é advogado e ocupou diversas secretarias na

prefeitura de sua cidade. Grande defensor dos direitos humanos e do

desarmamento, acredita que, por falta de políticas públicas substanciais, as

polícias são expostas a combates e confrontos, sem o menor privilégio à

prevenção. Afirma firmemente que a bancada da bala não busca resolver o

problema da segurança pública no país, pois necessitam dele para poderem se

reeleger.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=152605

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Glauber_Braga http://www.glauberbraga.com.br

http://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-

permanentes/cspcco/video Arquivo?codSessao=67526&codReuniao=48672

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16) Gonzaga Patriota (PSB/PE)

Gonazaga é Advogado e, em suas campanhas em seu estado, Pernambuco,

defendeu fortemente um abrandamento da legislação contra o trabalho

informal, principalmente de trabalhadores ambulantes e do transporte público

irregular. Teve ajuda financeira de 40 mil reais da indústria armamentista

nacional em sua campanha. Em novembro de 2017, o parlamentar ressaltou a

iniciativa do programa Pacto Pela Vida, criado pelo ex-governador de

Pernambuco, Eduardo Campos. Além disso, realizou um pedido para

contratação de novos PMs e bombeiros em seu estado. Gonzaga Patriota

defende o poder da indústria bélica no Brasil como forma de fortalecer as

Forças Armadas e a polícia e, como membro da Comissão de Relações

Exteriores e Defesa Nacional na Câmara, acha importante dar apoio a esse

mercado para que o país não dependa de importações para se armar. Sobre as

exportações brasileiras de produtos bélicos para países em estado de violência

interna, o deputado acha que deve haver restrição quando “as violações

extrapolem o limite”. Como outros integrantes da “bancada da bala”, defende o

direito de o cidadão portar uma arma para se defender. Afirma que, no Brasil, a

falta de segurança favorece a confiança dos bandidos, que andam armados

com a certeza da impunidade. “Eu sou cidadão, quero ter uma arma, compro

essa arma, faço o registro da arma e, infelizmente, não consigo o porte da

arma porque a maioria dos pedidos é negada pela Polícia Federal”, diz. “O

bandido está armado, o cidadão se sente inseguro e ele quer ter sua arma em

casa para guardar sua família e seu patrimônio”.

Fontes de estudo: https://gonzagapatriota.com.br

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=74419

https://apublica.org/2012/01/bancada-da-bala/

17) Guilherme Mussi (PP/SP)

Administrador de empresas e com 35 anos, Guilherme é Deputado Federal

por São Paulo. Já foi casado com Rebeca Abravanel, filha do apresentador e

empresário Silvio Santos. Embora já é reeleito, seu número de faltas sem

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justificativas é correspondente a 34% do total de sessões realizadas ao longo

do ano. É autor do Projeto de Lei 7981/14, que prevê a garantia de treinamento

de tiro para policiais federais, rodoviários federais, ferroviários federais, civis e

militares, e de bombeiros militares, além de fornecer recursos individuais para o

treinamento de cada policial.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=160667

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Guilherme_Mussi

http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SEGURANCA/477121-

GARANTIA-DE-TREINAMENTO-DE-TIRO-PARA-POLICIAIS-PODE-VIRAR-

LEI.html

18) João Campos (PRB/GO)

Formado em direito e ordenado pastor auxiliar da Igreja Assembléia de Deus

de Vila Nova, Goiás, atuou como chefe de gabinete da Secretaria de

Segurança Pública de Goiás, entre 1990 e 1991. Se firmou através de uma

atuação conservadora. Em 2010, recebeu 40 mil reais da Associação Nacional

da Indústria de Armas e Munições (Aniam) para financiar sua campanha. Em

relação à nova proposta de plebiscito sobre o comércio de armas, João

Campos se posiciona contra. “Nós realizamos um referendo em data muito

recente. O Estatuto do Desarmamento é uma legislação excelente, no meu

ponto de vista, e ela sequer foi devidamente implementada por falta de meios

do governo, principalmente o governo da União. Se o governo tivesse adotado

uma ação de proteção das nossas fronteiras dentro de uma visão de

enfrentamento do tráfico transnacional de armas, de drogas, daí por diante, o

Estatuto do Desarmamento já teria nos proporcionado resultados altamente

satisfatórios”. É de autoria dele o Projeto de Lei 5982/09, aprovado pela

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, que dá aos agentes e

guardas prisionais, integrantes de escolta de presos e a guardas dos serviços

portuários o direito de portar arma de fogo fora de serviço. A permissão vale

tanto para armas fornecidas pela corporação ou instituição da qual o agente

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faça parte quanto para as de propriedade particular.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=74366

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/João_Campos_(político)

https://apublica.org/2012/01/bancada-da-bala/

19) Keiko Ota (PSB/SP)

Iolanda Keiko Miashiro Ota teve sua trajetória política iniciada em 2010. Em

1997, junta de seu marido, criou o Instituto Ines Ota, uma ONG que atua

ajudando pessoas que sofreram alguma forma de violência. Foi motivada a

criar sua ONG após o sequestro e assassinato de seu filho também em 1997.

Além de ter o intuito de ampliar a pena máxima para crimes hediondos, é

autora da Lei 13.285/16, que determina que processos que apurem crimes

hediondos tenham prioridade em todas as instâncias da justiça. É uma árdua

defensora dos direitos das mulheres. Afirma que as injustiças vêm

prevalecendo no país, inclusive que “a violência não discrimina ninguém”.

Fontes de estudo: http://ivesota.org.br

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=160659

20) Laerte Bessa (PR/DF)

Em novembro de 2003, ainda chefe da Polícia Civil de Brasília, sofreu um

grave acidente de carro, na BR-070, cujo o motorista era o cantor sertanejo

Leonardo. No final de 2017, Laerte cita, em discurso no plenário da Câmara,

práticas de tortura em delegacias de polícia. Um grupo de seis deputados do

PSOL afirmaram que iriam denunciá-lo por apologia à tortura e incitação à

violência. A respeito da redução da maioridade penal, Laerte se posiciona

totalmente contra. Foi acusado, também no ano de 2017, por quebra de decoro

por declarações sobre Rollemberg, governador do DF.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=141478

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https://mobile.twitter.com/laerte_bessa

https://18razoes.wordpress.com/tag/laerte-bessa/

21) Laudivio Carvalho (SD/MG)

Iniciando a carreira em 1977, como repórter em Montes Claros-MG, Laudivio

é jornalista, radialista, redator e apresentador. É considerado um dos mais

importantes nomes do rádio e TV em Minas Gerais. Além de atualmente

presidir a CPI da máfia do futebol, o parlamentar foi o novo relator do Código

de Mineração, durante seu primeiro mandato. Ademais, dois projetos de sua

autoria foram por ele apresentados: o PL 4565/15, que defende o aumento da

pena aplicada ao crime de invasão de domicílio, a ser alterado no Código Penal

Brasileiro; e o PL 374/15, que prevê mecanismos de proteção às vítimas e

testemunhas vulneráveis.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=178894

http://www.politicos.org.br/laudivio-alvarenga-carvalho

22) Laura Carneiro (PMDB/RJ)

Advogada de 54 anos, cumpriu três mandatos de deputada federal pelo Rio

de Janeiro (1995-2007), assumindo novamente em outubro de 2015. Foi

Secretária Municipal de Desenvolvimento Social antes dos 30 anos, e também

líder e vice-líder partidária. Apresentou inúmeras propostas de combate à

violência contra a mulher, tendo atuado nos bastidores do Congresso para

aprovação da Lei Maria da Penha. Em relação à Lei Nº 11.340, é autora do

Projeto de Lei que acrescenta a ela um dispositivo que regula a divulgação do

serviço telefônico de denúncias sobre casos de violência contra a mulher,

determinando ao poder público que faça propaganda intensiva do disque 180

em locais de grande circulação. Isso explica o aumento qualitativo e

quantitativo desse tipo de propaganda, embora ainda não seja suficientemente

eficaz.

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Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=74856

https://www.google.com.br/amp/lauracarneiro.com.br/noticias/tem-que-ser-

votados-projetos-de-s eguranca-publica/amp/

http://lauracarneiro.com.br

23) Marcos Reategui (PSD/AP)

Procurador público e delegado da Polícia Federal, foi eleito pelo Partido

Social Cristão (PSC), mas hoje é filiado ao PSD. Foi preso em novembro de

2013 por ter acessado indevidamente arquivos do Sistema Cartorário da

Polícia (SISCART), cujo conteúdo não fazia parte de suas atribuições. Ao

assumir suas funções de deputado, afirmou ter a questão da segurança pública

como sua prioridade, sendo um reforço na defesa dos interesses das polícias.

Argumenta a necessidade de uma maior capacitação para a categoria dos

delegados. Acredita ser necessário uma melhor articulação com países

vizinhos para melhores resultados nas fiscalizações e atuação na segurança

das fronteiras, esclarecendo as inúmeras falhas e negligências.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=178852

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Marcos_Reátegui

24) Mauro Lopes (PMDB/MG)

Foi ministro da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República do

governo Dilma Rousseff, mas votou a favor do processo de impeachment da

mesma, em uma grande controvérsia. Durante sua carreira política, defendeu o

aumento do número de cadeias e argumenta que os carcereiros são

"maltratados". Afirma que um baixo índice de criminalidade é consequência de

uma integração das polícias Militar, Civil e Rodoviária, pois favorece a

manutenção da segurança social. Destaca também o papel estratégico da

Aviação Civil para um país com as dimensões do Brasil. Ao reafirmar seu forte

apoio aos auditores fiscais da Receita Federal, citou como fator a ser

implementado, visando a valorização do cargo, o porte de arma de fogo a

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esses profissionais.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=74749

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mauro_Lopes

http://www.brasil.gov.br/governo/2016/03/mauro-lopes-assume-secretaria-de-

aviacao

25) Moses Rodrigues (PMDB/CE)

Filho do educador e empresário Oscar Rodrigues Júnior, é bacharel em

administração de empresas e doutorando em gestão, possuindo uma carreira

acadêmica extensa. Acreditando fortemente na municipalização, apresentou

uma PEC com o intuito de transformar a Guarda Civil Municipal em Polícia

Municipal. Visando o fortalecimento da seguranç, acredita que, assim, haveria

um maior controle da segurança pública e diminuição da violência no país.

Estabeleceu mudanças na regra geral de progressão de regime nos casos de

crimes hediondos por meio de um trecho de seu PL 4536/16.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=178997

http://www.politicos.org.br/moses-haendel-melo-rodrigues

http://blogs.diariodonordeste.com.br/robertomoreira/politica/melhoria-para-a-

seguranca-publica- proposta-do-deputado-moses-rodrigues-visa-transformar-

guarda-em-policia-municipal/

26) Onyx Lorenzoni (DEM/RS)

Exercendo o seu quarto mandato de deputado federal atualmente, Onyx é

veterinário e empresário. Conquanto se destaca por lutar contra corrupção e

impunidade, é investigado pelo STF por ter sido citado em depoimentos de

delatores da Odebrecht, no âmbito da chamada “Operação Lava Jato”. Sua

forte atuação em plenário o caracteriza como um dos principais oposicionistas

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ao governo do PT. O PL 3260/15, relatado pelo parlamentar, permite o

empréstimo de arma de fogo para quem responde a processo criminal e teve a

arma particular ou funcional apreendida. Em 2010, as Forjas Taurus e a

Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições doaram juntas o

montante de R$ 250 mil reais para sua campanha. Onyx Lorenzoni talvez seja

um dos nomes na Câmara dos Deputados que mais se destaca quando o

assunto é a defesa pelo direito do porte de armas. Para ele também se trata de

uma questão de defesa pessoal Em um debate em 2011 sobre o controle de

armas na CSPCCO o deputado afirmou que “no Brasil se faz uma confusão

proposital na área de segurança, que é misturar controle de armamento com

controle de criminalidade”. Lorenzoni argumenta que a lógica do Estatuto do

Desarmamento é uma aberração e que aprovação na Câmara e no Senado,

sob o governo petista, teve um componente ideológico. “Isso foi feito

propositalmente para diminuir a condição da sociedade de se defender. Todos

os regimes de inspiração socialista têm este viés. Faz parte do processo de

poder fragilizar a capacidade de reação da sociedade. Isso é do manual

socialista.”

Fontes de estudo: https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Onyx_Lorenzoni

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=74399

http://www.onyxlorenzoni.com.br/index.php/home

https://apublica.org/2012/01/bancada-da-bala/

27) Reginaldo Lopes (PT/MG)

Político bastante atuante em Minas Gerais, presidiu o PT-MG por dois

mandatos. Sendo contra as privatizações e liberação das drogas, Reginaldo vê

o desarmamento, a defesa dos direitos humanos e dos povos indígenas como

algo fundamental para o bem social. É autor do Projeto de Lei que prevê o

acesso à informação na segurança pública, sendo que todos os anos, cada

instituição e órgão de segurança pública deverá criar e publicar bancos de

dados em formato aberto. Afirma que assim, a transparência e a

conscientização prevalecerão. Discute a necessidade das polícias e guardas

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municipais terem uma postura “menos patrimonialista e mais cuidando das

pessoas”, além de mais apoio e orientação, sendo assim a necessidade da

arma de fogo, nessas situações, dispensável.

Fontes de estudo: http://www.reginaldolopes.com.br

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=74161

https://ptnacamara.org.br/portal/2017/11/24/modelo-de-seguranca-publica-esta-

falido-adverte-reg inaldo-lopes/

28) Rocha (PSDB/AC)

Mais conhecido como Major Rocha, é policial militar reformado. Em troca de

acusações com o ex-presidente Lula, Rocha foi autor de uma representação

com denúncia contra o ex-presidente. Participou de inspeções no sistema de

segurança pública do Ceará, apurando as ameaças a parlamentares federais e

estaduais, bem como as denúncias de mortes de policiais militares, vítimas da

ação de facções criminosas e grupos de extermínio. Em uma proposta que

dividiu opiniões, enquanto deputado estadual, buscou que o governo

fornecesse “bolsa arma” para a população em GO. Afirmava que o objetivo era

“garantir a segurança da população”, inclusive se defendeu dizendo que não

estaria ferindo o Estatuto do Desarmamento.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=178840

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Major_Rocha

29) Ronaldo Martins (PRB/CE)

Radialista, compositor e cantor gospel, Ronaldo teve sua trajetória política

marcada pela luta contra a exploração sexual de crianças e adolescentes. É

pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e foi membro da Frente

Parlamentar Evangélica. Em seus trabalhos, buscou incluir a profissão de

agentes penitenciários nos órgãos de segurança pública, pois, de acordo com o

parlamentar, o fato desse ofício não constar no rol da segurança pública é o

principal problema. Enquanto defende um armamento adequado para

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vigilantes, o deputado comemorou em aplausos a sanção da Lei 13.497/2017

que inclui o porte de armas de uso restrito aos crimes de caráter hediondo.

Fontes de estudo:

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=122466

https://www.prb10.org.br/noticias/parlamentares/combate-ao-trafico-de-

pessoas-ronaldo-martins- e-sub-relator-da-materia-na-comissao-de-seguranca-

publica/

30) Subtenente Gonzaga (PDT/MG)

Militar e político brasileiro, é um defensor do regime penitenciário de

segurança máxima no país. É coordenador da frente parlamentar que apoia a

adoção do ciclo completo da polícia, que consiste na concessão de

competências para atuação nas ações ostensivas, preventivas, investigativas e

de inteligência policial. Apoia também a revisão do Código Penal Militar e

Processual Penal Militar. Juntamente ao deputado Marcus Pestana, é autor do

Projeto de Lei 3134/2015 que facilita a obtenção do porte de armas para mais

de cem milhões de brasileiros, pois estes se adequam nas especificações

determinadas no projeto.

Fontes de estudo: http://subtenentegonzaga.com.br/portal/

http://www.camara.leg.br/internet/Deputado/dep_Detalhe.asp?id=177282

6 Bibliografia sugerida

6.1 Documentários e filmes:

● Documentário “Notícias de uma Guerra Particular”

● Filme “Detroit”

6.2 Músicas

● Crime Vai, o Crime Vem - Racionais Mc’s

● Don’t Believe the Hype - Public Enemy

● Letter To The Free - Commom

● Minha Alma (A Paz Que Eu Não Quero) - O Rappa

● Selvagem - Paralamas do Sucesso

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7 Referências

7.1 Documentos Instituto sou da Paz. O papel do Legislativo na segurança pública: análise

da atuação da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados

em 2013. Disponível em:

<http://soudapaz.org/upload/pdf/analise_cspcco_diagramada_vers_o_final.pdf>

. Acesso em: 01 de janeiro de 2018

LEMOS, Nathalia Gama. Paulo Fernandes Viana, o Intendente-Geral de

Polícia na corte joanina(1808-1821). Disponívelem:

<http://www.ichs2.ufop.br/cadernosdehistoria/ojs/index.php/cadernosdehistoria/

article/view/1 13/108>. Acesso em: 18 de janeiro de 2018

Ministério da Justiça. POLÍTICA NACIONAL DO DESARMAMENTO. Disponível em: <http://www.justica.gov.br/desarmamento/publicacoes/documento-tecnico-

politica-nacional-d o-desarmamento.pdf>. Acesso em: 01 de janeiro de 2018

Organização Internacional do Trabalho. Guia para Orientar Ações de

Advocacy no Congresso Nacional. Disponível em:

<http://www.oit.org.br/sites/default/files/topic/gender/pub/guia_advocacy_compl

eto_807.pdf>. Acesso em: 01 de janeiro de 2018

PLANALTO. LEI N° 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4898.htm>. Acesso em: 19 de janeiro de 2018 Portal da Câmara dos Deputados. Legislação Informatizada - LEI DE 1º DE

OUTUBRO DE 1828.Disponível em:

<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei_sn/1824-1899/lei-38281-1-outubro-

1828-566368-pu blicacaooriginal-89945-pl.html>. Acesso em: 19 de janeiro de

2018

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SENADO FEDERAL. Anais do Império. Disponível em: <http://www.senado.leg.br/publicacoes/anais/asp/IP_AnaisImperio_digitalizados

.asp>. Acesso em: 19 de janeiro de 2018

SENADO FEDERAL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO

BRASIL. Art. 144. Disponível em:

<https://www.senado.gov.br/atividade/const/con1988/CON1988_05.10.1988/art

_144_.asp>. Acesso em: 12 de janeiro de 2018

SENADO FEDERAL. Constituições Brasileiras - 1824. Disponível em: <https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/137569/Constituicoes_Br

asileiras_v1_1 824.pdf>. Acesso em: 18 de janeiro de 2018

7.2 Artigos

AGUIAR, Luiz Fernando Ramos. Polícia Francesa X Polícia Brasileira.

Disponível em:

<https://blitzdigital.com.br/artigos/1027-a-policia-francesa/>. Acesso em: 17 de

janeiro de 2018

CABRAL, Bruno Fontenele. Por que sou contra a PEC 51/2013? (conhecida

como “PEC do trem da alegria”). Disponível em:

<https://jus.com.br/artigos/27650/por-que-sou-contra-a-pec-51-2013-conhecida-

como-pec-do- trem-da-alegria>. Acesso em: 19 de dezembro de 2017

LESSI. Tiago. A reestruturação da segurança pública. Projetos e

discussões para consecução. Disponível em:

<https://jus.com.br/artigos/43365/a-reestruturacao-da-seguranca-publica/1>.

Acesso em: 01 de janeiro de 2018

LIMA, José Carlos. Evolução histórica da estrutura judiciária brasileira.

Disponível em:

<https://jornalggn.com.br/blog/jose-carlos-lima-spin/evolucao-historica-da-

estrutura-judiciaria

-brasileira>. Acesso em: 18 de janeiro de 2018

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MEDEIROS, Étore. Afinal, quantos casos de abuso de autoridade foram

registrados?.

Disponível em:

<https://apublica.org/2016/12/truco-afinal-quantos-casos-de-abuso-de-

autoridade-foram-regist rados/>. Acesso em: 20 de janeiro de 2018

MENDONÇA, Olavo. A militarização das polícias norte-americanas.

Disponível em:

<https://blitzdigital.com.br/artigos/a-militarizacao-das-policias-americanas/>.

Acesso em: 17 de janeiro de 2018

MENDONÇA, Olavo. Qual a diferença da polícia dos Estados Unidos e

a do Brasil?.

Disponível em:

<https://blitzdigital.com.br/artigos/713-qual-a-diferenca-da-policia-dos-estados-

unidos-e-a-do- brasil/>. Acesso em: 17 de janeiro de 2018

MOREIRA, Alexandre Magno Fernandes. Poder regulamentar. Disponível

em:

<https://lfg.jusbrasil.com.br/noticias/2537803/poder-regulamentar>. Acesso em:

19 de janeiro de 2018

TAVARES, Heloisa Gaspar Martins. Idade penal (maioridade) na legislação

brasileira desde a colonização até o Código de 1969. Disponível em:

<https://jus.com.br/artigos/5958/idade-penal-maioridade-na-legislacao-

brasileira-desde-a-colo nizacao-ate-o-codigo-de-1969>. Acesso em: 18 de

janeiro de 2018

7.3 Sites

BBC Brasil. Saiba quais são os países onde os policiais não usam armas. Disponível em: <http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160115_policiais_sem_arma

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