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PROJETO POLITICO PEDAGÓGICO
ANO LETIVO 2009
Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha
Ensino Fundamental e Médio
Fone/fax: 46 3243 1183 - CEP 85540 000 - Rod. Pr 281 km 11 - Email –
Canhada Funda - Mangueirinha - Paraná
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................4INTRODUÇÃO.............................................................................................................................5IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO...........................................................................6HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO ................................................................................................8CACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE........................................................................................9OBJETIVOS DA ESCOLA.........................................................................................................10
MARCO SITUACIONAL.........................................................................................................11DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA......................................................................................................................................11
MARCO CONCEITUAL.. ........................................................................................................12CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE................................................................................................12CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA.............................................................................................13CONCEPÇÃO DO CONHECIMENTO......................................................................................14CONCEPÇÃO DE CIDADANIA................................................................................................16CONCEPÇÃO DE CULTURA....................................................................................................17CONCEPÇÃO DE TRABALHO................................................................................................19CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO................................................................................................20CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO ..........................................................................21CONCEPÇÃO DO HOMEM......................................................................................................22CONCEPÇÃO DE CIÊNCIAS...................................................................................................24CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ...............................................................................................25A INSTITUIÇÃO DE ENSINO MANTÉM SUA ORGANIZAÇÃO POR SÉRIE EM REGIME ANUAL........................................................................................................................................28ORGANIZAÇÃO ESCOLAR.....................................................................................................28QUADRO DE TURMAS.............................................................................................................29PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRATICA...........................................................................29PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA.........................................................................30O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA .................................................................................31MATRIZ CURRICULAR............................................................................................................33PRÁTICA TRANFORMADORA................................................................................................35PEDAGOGIA PROGRESSISTA.................................................................................................35DIVERSIDADE ..........................................................................................................................37DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ............................................................42
MARCO OPERACIONAL.......................................................................................................43REDIMENSIOMAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DE TRABALHO PEDAGÓGICO............43ASPECTOS PEDAGÓGICOS ...................................................................................................43AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO ...................................................................................44
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GESTÃO COLEGIADA............................................................................................ .................44PAPEL ESPECÍFICO DA COMUNIDADE.............................................................................45DIREÇÃO....................................................................................................................................45PEDAGOGO...............................................................................................................................46CORPO DOCENTE...................................................................................................................47DA BIBLIOTECA.......................................................................................................................47DA EQUIPE ADMINISTRATIVA..............................................................................................47ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS.......................................................48CONSELHO DE CLASSE..........................................................................................................49CONSELHO ESCOLAR.............................................................................................................50CALENDÁRIO ESCOLAR ........................................................................................................51PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA.............. ................................................................................53FERA...........................................................................................................................................54COM CIÊNCIA...........................................................................................................................54PLURALIDADE CULTURAL: ÍNDIOS....................................................................................55AGENDA 21................................................................................................................................56VIVA A ESCOLA........................................................................................................................56ACOMPANHAMENTO ALUNOS EGRESSOS........................................................................57OFERTA DE ESTÁGIO ............................................................................................................58PRÁTICAS AVALIATIVAS ........................................................................................................58RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS ..............................................................................................59REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.......................................................................................60
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APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha Ensino Fundamental e Médio nasceu do resultado das discussões coletivas ocorridas no estabelecimento de Ensino, portanto, no processo democrático.
Ao pensar na construção coletiva do Projeto Político Pedagógico da Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, pressupõe a superação das relações de poder instauradas na organização do trabalho escolar e a construção de práticas democráticas que contribuem para uma educação de caráter transformador.
A participação, nesta perspectiva, amplia o debate político sobre as práticas sociais e culturais que dão sentido de pertencimento, assim como desmascaram as diversas formas de manifestação das relações autoritárias estabelecidas na prática escolar em suas diferentes instâncias.
Em um cenário de disputa pela socialização daquilo que a sociedade produz, a participação e a construção coletiva transforma o Projeto Político Pedagógico num instrumento de crítica e de transformação da realidade.
“Pensar em uma educação numa perspectiva transformadora é pensar num Projeto da Escola que enfatize o caráter público da educação e o papel do Estado no financiamento e formulação de políticas públicas de educação que assegurem a qualidade da aprendizagem para todos como condição essencial para o exercício da aprendizagem para todos como condição essencial para o exercício da aprendizagem”.
O Projeto Político Pedagógico da Colégio Estadual Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, define na sua proposta a concepção de homem, sociedade, conhecimento, cultura, cidadania, ensino aprendizagem e avaliação articulada à dimensão política pedagógica.
O Projeto Político pedagógico do Estabelecimento de Ensino, está distribuído em três atos distintos: ato Situacional, ato Conceitual e o ato Operacional.
O projeto é político porque pressupõe a opção e compromisso com a formação do cidadão para o determinado tipo de sociedade. É pedagógico,por que reside na possibilidade de efetivação da finalidade da educação/escola: formação do cidadão, crítico, responsável, criativo e participativo. Político e pedagógico são dimensões indissociáveis, pois propiciam a vivência democrática necessária à participação de todos os membros da comunidade escolar e o exercício da cidadania.
O Projeto Político pedagógico é o meio para organizar formas adequadas de desenvolvimento do trabalho pedagógico (conteúdos, espaço, tempo, procedimentos). Essas condições viabilizam o acesso e a apropriação do saber sistematizado no qual define os caminhos e as ações de acordo com a realidade do Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, contemplando os valores, as crenças e as características da nossa comunidade.
Ao elaborar o Projeto Político Pedagógico levouse em conta: A concepção caracterizada pela participação, organização, autonomia e formação do
indivíduo;
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A execução definida pela realidade existente, levando em conta as condições de desenvolvimento e a avaliação.
Enfim, o Projeto Politico Pedagógico, está sempre em construção, porque é produto e processo, ambos interligados, criando as responsabilidades e definições das metas coletivas assumindo assim uma educação voltada ao processo de inserção no mundo, da vida, da formação de convicção, de afetos, de motivações, de significações, de valores e desejos de busca de um ideal comum: “O desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem”.
INTRODUÇÃO
Cada vez mais, tornase evidente a importância da discussão coletiva implementada no Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental E Médio, e o Projeto Político Pedagógico tem a ousadia em assumir a autogestão e a democratização desta.
A revitalização do Estabelecimento de Ensino, depende do comprometimento de todos que fazem parte dela e mantêlos em constante estado de reflexão elaboração e discussão de práticas e superação dos obstáculos enfrentados por ela. Isto só é possível quando todos os seus membros estiverem engajados num mesmo propósito ou objetivos comuns.
Quando por muitas vezes sentamos com a comunidade Escolar do Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, para discutirmos e planejarmos as práticas relativas ao ensino aprendizagem, ao fazer pedagógico e qual concepção está norteada e fundamentada à nossa Instituição de Ensino.
Ao organizar o Projeto Político Pedagógico da Estabelecimento de Ensino, procurouse levar em conta a realidade no qual está inserida, que tipo de alunos temos e qual pretendemos, além de refletir sobre a sociedade, o homem, educação, o conhecimento, a escola, o mundo...
BARCELOS, 1992 diz: Não existe, na construção do Projeto Pedagógico da Escola, um ponto ótimo (final), senão pontos de partida sempre renovados, ritualizados e ampliados em sintonia com o mundo.
Em fim, na elaboração do Projeto Político Pedagógico da Instituição de Ensino, devese permitir que todos os envolvidos se reconheçam nele e sintamse parte viva do Projeto, cada um dentro da sua especificidade, mas com um objetivo comum: “preparar seus alunos para que, ao saírem da Escola, sejam capazes de continuar aprendendo continuamente”.
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOSUPERINTENDÊNCIA DE EDUCAÇÃO
IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Escola: Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha Ensino Fundamental e Médio.
Código: 01463
Município: Mangueirinha.
Código: 1450
Dependência Administrativa: Estadual.
Código: 02
NRE: Pato Branco.
Código: 023
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná.
Ato de autorização da Escola:
Resolução nº. 4632 de 26/04/94
Ato de Reconhecimento da Escola:
Resolução nº. 57/03 de 07/02/03
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar nº. 286. Ano 2000.
1.8 Ato de criação do Ensino Médio:
Resolução nº. 5244/07 de 17/12/07
Parecer do NRE de Aprovação do Ensino Médio nº: 3391/07 CEF/SEED
1.9 Distância da Escola em relação ao NRE: 70 km.
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2.0 Local: ( X) Rural
Indígena ( x )
MODALIDADE DE ENSINO:
Ensino Fundamental de 5ª à 8ª sériesEnsino Médio
Número de turmas: 10 Número de alunos: 260 Número de Professores: 23
Turno de Funcionamento: Manhã 07 turmas. Tarde 03 turmas.
AMBIENTES PEDAGÓGICOS:
BibliotecaOutros: sala de recursos.Sala de ApioSala de informática.
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR:
DisciplinaProjetosBASE NACIONAL COMUM:
Acima de 75 %
FORMAS DE REGISTRO:
Notas
PERIODICIDADE DA AVALIAÇÃO:
Bimestral
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INTERVENÇÕES PEDAGÓGICAS:
Recuperação ParalelaSala de ApoioSala de RecursosAvaliação Formativa.
PROGRESSÃO PARCIAL:Não.
ESTRATÉGIAS DA ESCOLA PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E COMUNIDADE:
Reuniões de Acompanhamento;Bimestrais;
IDENTIFICAÇÃO
HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO:
O Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, foi fundada no ano de 1994, pela Resolução nº 4632 de 26/04 de 1994. O ato de Reconhecimento pela Resolução nº 57/03 de 07/03/03. A mesma está localizada na Comunidade de Canhada Funda a 11 quilômetros da sede, ao lado da Pr 281, no município de Mangueirinha Pr. O Estabelecimento de Ensino, recebeu este nome em homenagem a uma educadora comprometida com tudo o que fazia.
BREVE HISTÓRICO DA ESCOLA:
A nominação ao Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, foi uma homenagem feita para uma educadora exemplar e muito comprometida com tudo o que fazia. Seu maior sonho era concluir a faculdade e continuar desempenhando sua função como professora. Esse sonho foi interrompido devido a seu assassinato, quando tentava proteger seu pai de uma desavença antiga.
Como reconhecimento e admiração quando em vida, a comunidade decidiu por unanimidade que nossa Instituição, seria um Estabelecimento de Ensino, que manteria sempre a lembrança desta pessoa batalhadora tendoa como patronesse.
A Instituição de Ensino, foi criada e autorizada seu funcionamento pela Resolução nº. 4632/94. A prorrogação do prazo de autorização de funcionamento foi aprovada pelo Parecer nº. 2389/99 para mais 4 anos retroativo ao início do ano letivo de 1997.
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CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE:
Atualmente vivemos em uma sociedade pósmoderna e pósindustrial, caracterizada pela globalização da economia, das comunicações, da educação e da cultura pelo pluralismo político, pela emergência do poder local. Nesta sociedade cresce a reivindicação pela participação autonomia e contra toda forma de uniformização; cresce também o desejo de afirmação da singularidade de cada região de cada língua etc. A multiculturalidade e a marca mais significativa do nosso tempo.
O Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, está localizada na Comunidade de Canhada Funda, à 11 km da sede do município ao lado da Pr 281.
No Paraná há aproximadamente 11.500 índios. A maioria é Kaigang e o restante são Guaranis, uma minoria de Xokleng e Xetás. A clientela deste estabelecimento que é caracterizada por: 60 % são indígenas (Kaigang e Guarani), oriundos da Reserva Indígena de Mangueirinha, localizada à 6 quilômetros de distância do Estabelecimento de Ensino. As famílias vivem na sua grande maioria em barracos, casas de madeira e alguns em casa de alvenaria. Entretanto, a situação econômica e social é muito precária, pois a maioria das famílias indígenas não possuem renda, vivendo de pequenas ajudas tendo carência cultural e afetiva muito grande, justificada pela desestruturação familiar repercutindo diretamente na qualidade sendo que estas famílias enfrentam grandes problemas de discriminação e dependência dos programas sociais. Alguns casos, nem energia elétrica possuem na moradia, vivendo ainda de forma primitiva. Dessa forma, a cultura influencia nas relações de ensinoaprendizagem.
Em relação à cultura, esta se encontra perdida, influenciada diretamente pelo aculturamento do branco, sendo que muitos desses não dominam nem a língua materna.
Os 40% restantes, são filhos de pequenos agricultores e agregados das seguintes comunidades: Itá I, Itá II, Canhada Funda, Covózinho, Linha Buscheroli e Linha Bianchesi. Das quais, as comunidades Itá I e II são assentados da barragem do município de Ita, S/C.
A grande maioria vive daquilo que produz nas suas propriedades, incorporando os costumes locais.
As características das turmas de modo geral apresentam um nível de maturidade adequado para a série e com um bom desempenho na aprendizagem e assimilação de conteúdos. No entanto, há turmas onde os alunos estão com a faixa etária avançada para a série, com dificuldades na aprendizagem, com falta de raciocínio lógico, leitura, escrita e cálculo.
A Instituição de Ensino, possui 23 professores, 02 Assistentes Administrativos, 03 zeladoras, 01 merendeira, 01 diretor, 02 pedagogas.
O Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, funciona no período matutino com 07 turmas: 5ª A, 6ª A, 7ª A, 8ª A (Ensino Fundamental) 1ªA, 1ªB e 2A (Ensino Médio) e com uma turma de sala de recursos.
O Estabelecimento de Ensino, tem como espaço físico: 09 salas de aula, 01 biblioteca adaptada, 1 mini laboratório de Química, Física e Biologia, 01 cozinha, 01 sala adaptada onde funciona Secretaria, sala de direção, sala dos professores e sala de equipe pedagógica,
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01 sala de Informática.A Instituição de Ensino, também empresta seu espaço físico para a Escola Municipal
Osvaldo Cruz Educação Infantil e Ensino Fundamental no período matutino e vespertino.A participação da comunidade escolar é bastante atuante, estando sempre prontos e
participativos de todos os eventos da escola, “ sendo este o maior referencial da mesma”.
OBJETIVOS DA ESCOLA
Oportunizar a formação de cidadãos autônomos e críticos, capazes de argumentação sólida;
Oferecer um ensino de qualidade que venha de encontro aos interesses dos educandos integrandoos em nossa sociedade cada vez mais exigente de pessoas competentes e criativas;
Garantir um padrão de qualidade para todos os educandos, e ao mesmo tempo, respeitar as peculiaridades locais, a diversidade cultural, étnica e social;
Formar cidadãos capazes de fazer uma leitura do mundo, compreender e interpretar as informações que recebe, utilizando para sua vida e sendo capaz de transformar a sua realidade social sendo sujeito do processo; Proporcionar aos alunos um ambiente onde haja o respeito mútuo, a solidariedade, o espírito de coletividade, igualdade, justiça e diversidade cultural. Oferecer às comunidades indígenas uma educação escolar em sintonia com seus anseios, interesses e necessidades através de uma abordagem história cultural, envolvendo Cacique, lideranças e Nucleo Regional de Educação, assim como a comunidade escolar, resgatando as tradições e valores da sua cultura e de si mesmos.
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MARCO SITUACIONAL
DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA
A sociedade mundial vive um momento de transformações estruturais: Globalização, formação de blocos econômicos e revolução tecnológica. Atualmente as mudanças ocorrem com tamanha velocidade que muitas vezes a dimensão humana fica relegada a um segundo plano. Por isso, é necessário repensar constantemente nossas atitudes, em uma perspectiva mais humana, propiciando a inclusão social com vistas ao momento histórico em que vivemos e, diferentes linguagens, inclusive a tecnológica, compõe o universo cultural das sociedades contemporâneas.
No Brasil essas transformações trouxeram inúmeros benefícios, mas por outro lado, por ser uma sociedade capitalista, onde o capital prevalece sobre o ser humano, as desigualdades econômicas e sociais são muito grandes. Temos uma economia consolidada, aberta para o mercado internacional, com um grande Parque Industrial e uma fabulosa produtividade no campo (com supersafras) mas contraditoriamente existem milhões de miseráveis; os desprovidos de políticas públicas sociais, resultado da absurda concentração de renda no país.
Essa realidade se reflete nos altos índices verificados na rede Pública: analfabetismo, analfabeto funcional (embora tenham sido formal mente alfabetizados), além dos índices de abandono e repetência, e de crianças que trabalham e estudam.
Esses dados persistem mesmo com as políticas educacionais adotadas nos últimos anos, culminando com as reformas educacionais nos diferentes níveis (LDB, 9394/96).
Tais reformas estiveram atrelados aos interesses de agências internacionais que financiam projetos e modelos de soluções dos problemas educacionais, com a finalidade de adequar a educação ao mundo do trabalho.
As políticas educacionais até então adotadas, induziram os Sistemas Estaduais à municipalização e à nuclearização do ensino.
O Paraná, um dos pioneiros a assumir as Reformas propostas pelo Governo Federal, induziu que os municípios se responsabilizassem pelo ensino de 1ª a 4ª série. Sendo que muitos destes não dispunham de infraestrutura suficiente para dar suporte a uma educação de qualidade. A proposta de municipalização incluiu, como medida administrativa de economia, a nuclearização das Escolas. Com isso, descaracterizou as comunidades rurais, estimulando a migração da população do campo para a cidade, e em Mangueirinha não foi diferente. Apesar da criação do FUNDEF pelo governo Federal, o município não aplica os recursos destinados para a Educação na educação, havendo muitos desvios de recursos e este não chegando as Escolas.
Houve em nosso município um barateamento por parte da administração municipal pela educação do município, que contratam estagiários para trabalhar com regência de classes, sendo que a grande maioria sem formação para exercer a função docente. Assim
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como o próprio sistema educacional e a educação familiar contribuem para a defasagem da aprendizagem inicial do educando. Com isso, a qualidade da educação e principalmente a aprendizagem dos alunos vêm sendo prejudicadas e temos o absurdo de termos alunos na 5ª série sem saber ler, escrever e interpretar, que são prérequisitos básicos para a construção do conhecimento sistematizado e elaborado por parte dos alunos e condição necessária para o exercício da cidadania.
Portanto, quanto mais se falou em qualidade de ensino, mais se fragilizaram as aprendizagens, mas se perdeu a qualidade cognitiva dos alunos.
No ano de 2008 o Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha Ensino Fundamental e Médio, passou a ofertar o Ensino Médio iniciando com a 1ª série, dando assim oportunidade para que esses alunos não precisem se deslocar até a cidade.
MARCO CONCEITUAL
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Para Saviani a sociedade é um agrupamento tendo por uma série de relações diferenciadas. É configurada pelas experiências individuais do homem havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana. Desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais e produzindo bens, garantindo a base econômica e é o jeito especifico do homem realizar sua humildade.
Inês B. Oliveira diz que: “Uma sociedade democrática não é, portanto, aquela no qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma possibilidade de participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os processos decisórios que dizem respeito à sua vida”.
Segundo Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas sim de leis históricas que se constituem historicamente.
Quando se questiona o próprio sentindo da escola, a sua função social e a natureza do trabalho educativo, enquanto docentes, aparecemos sem iniciativa agregados ou deslocados pela força avassaladora dos fatos pela vertiginosa sucessão de acontecimentos que tornam obsoletos os conteúdos e as práticas educativas (Peres Gomes 1998), e para que isso aconteça é que precisamos entender em que tipos de sociedade estão inseridos.
É preciso conhecer o mundo real, aquele em que se vive. A sociedade capitalista aparentemente vitoriosa no confronto histórico com o socialismo, não se baseia na satisfação das necessidades da maioria. Necessidades serão satisfeitas na medida em que deem lucros.
E nesta sociedade denominada de classes o conhecimento que era comum a todos, foi
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se transformando em segredo a ser transmitido só para aqueles que pertenciam ao grupo dominante. Portanto a descoberta de que a transmissão e assimilação dos conhecimentos eram uma coisa importante para a sociedade decorrente da própria experiência histórica da humanidade.
Assim novos instrumentos, novas ferramentas alteram totalmente a cultura ao oferecer novas formas de fazer.
Portanto, neste novo modelo de sociedade o professor precisa ser atuante, inovador, pesquisador, criativo, deixando de lado a educação reprodutora (...), O professor terá que repensar o seu papel, abandonar o poder do saber absoluto e buscar discutir novas práticas pedagógicas compatíveis com as exigências do mundo moderno, pois temos o privilégio de viver um dos mais singulares momentos de transição humana uma transição de paradigma histórico, representada pelo esgotamento da sociedade industrial e sua substituição pela sociedade do conhecimento, mas reverenciar esse momento de transição representa um privilégio, mas impõe a nova geração, o desafio e o dever de ler corretamente as novas realidades e de responder com eficácia a estes desafios.
Do ponto de vista legal, então, temos uma compreensão de que os povos indígenas se organizam socialmente de formas diferenciadas, têm uma identidade étnica, são portadores de conhecimentos, valores, tradições e costumes próprios e transmitem esse universo de significados a cultura – para as gerações mais novas por meio de processos próprios de aprendizagem. No entanto, do ponto de vista das relações sociais interétnicas, ou seja, quando deparamos com estudantes indígenas em uma escola não – indígena ou somos técnicos ou gestores responsáveis por ações ligadas às políticas públicas, muitas daquelas ideias permanecem, dificultando nossa ação e, muitas vezes, gerando conflitos e insatisfações.
É preciso que toda sociedade passe a compreender as características de cada região, que todos se unam para evitar a pressão sobre as reservas.
CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA
A tecnologia tem um impacto significativo não só na produção de bens e serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais vigentes.
A LDB 9394/96 (Lei de Diretrizes de Bases da Educação) ao propor a formação tecnológica como Eixo do Currículo assume segundo Ruerger 2002: “A concepção que aponta como síntese, entre o conhecimento geral e específico determinando novas formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos”.
A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa no contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades, ou para inserção social se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o aluno e o conhecimento em todas as áreas.
São muitos os obstáculos a serem superados, para que possamos incorporar a prática pedagógica dentro de um novo contexto social, uma sociedade com diferentes características e necessidades, onde a educação tem um papel fundamental.
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Não basta o conhecimento das novas tecnologias precisamos de muito estudo (pesquisa) e reflexão para que possamos incorporálos com êxito no processo ensinoaprendizagem, precisamos nos tornar pesquisadores, pois dentro da nova sociedade do conhecimento, a informação é essencial. A troca de experiências também é essencial, através de trabalhos coletivos, deixando de lado o individualismo que impera no meio escolar. Dentro do paradigma emergente, o ser humano passa a ser entendido na sua totalidade e a coletividade tem vital importância.
Vivemos, portanto um momento de constante evolução sócia – científica tecnológica em que as mudanças são constantes em nossas vidas, seja no trabalho, em casa, na escola, ou nas diversas tarefas do dia a dia.
Na educação, da mesma forma, buscamse mudanças para que a escola possa acompanhar as diversas transformações. A educação de cada povo cria ambientes para que seus valores e suas competências passem de geração a geração.
No entanto, são inúmeros os desafios que se apresentam a nossa frente, um deles e a inserção de informáticas educativas no cotidiano escolar. A informática trará novas possibilidades, podendo resultar em uma aprendizagem mais eficiente, mais profunda, mais abrangente, mais confortável, mais motivada.
Não podemos esquecer, entretanto que vivemos em um cenário de poucos recursos de infraestrutura, onde o modelo é o laboratório de informática, mais mesmo assim temos que vislumbrar meios de utilização dos recursos tecnológicos no cotidiano escolar.
Ensinar com as novas mídias será uma revolução, se mudarmos os paradigmas convencionais de ensino que mantêm distantes professores e alunos, caso contrário, conseguirá apenas dar um verniz de modernidade, sem mexer no essencial, as novas tecnologias, a informática em especial, poderão ajudarnos a rever, a ampliar e a modificar muitas das formas atuais de ensinar e de aprender.
CONCEPÇÃO DO CONHECIMENTO
O Conhecimento pressupõe as concepções de homem de mundo e das condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade novo modo de atuação para obtenção do conhecimento mudando, portanto a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz consequências para a escola que foi expropriado do trabalho, nas suas relações.(Veiga 1995, pág.27).
O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando mudanças internas e externas no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma intencional idade.
O conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os homens e a natureza, desta forma o conhecimento é produzido nas relações sociais.
Luckesi destaca aspectos em relação ao conhecimento:È social, e o indivíduo relacionam a outros e encontra saídas para os problemas da
realidade histórico, para solucionar problemas das atualidades contamos com a contribuição
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do passado.É um modo de iluminação da realidade, mesmo quando se dá através de uma
explicação mágica.É necessário para o progresso, para o atendimento do ser humano.E finalmente, o conhecimento, como compreensão da realidade e como necessidades
para o ser humano, pode ter uma função de libertação ou de opressão.Partindo dessa reflexão, nos deparamos com quatro diferentes abordagens de
conhecimento:a) Conhecimento empírico ou popular: é obtido ao acaso baseado na experiência da vida
cotidiana apresenta algumas características, é superficial, subjetivo, sensitivo assistemático e a crítico.
b) Conhecimento científico é o conhecimento real, o qual lida com fatos. Suas hipóteses são testadas pela experimentação e não só pela razão. É sistemático, verificável e falível (não é definitivo), faz novas pesquisas, e proposições e pode rever a teoria existente.
c) Conhecimento filosófico: é constituído de realidades mediatas, não perceptíveis pelos sentidos e que por serem de ordem suprasensível, ultrapassam a experiência (método racional.) procura compreender a realidade no contexto mais universal e o sentido de tudo que envolve o homem.
d) Conhecimento teológico: conjunto de verdades aceita pelos homens a partir da revelação divina. E o resultado da fé humana na existência de uma ou mais divindades.Vemos então que: conhecimento é visto como instrumentalização ou método
primordial da inovação na realidade e para a competitividade (Pedro Demo) neste conceito percebemos um conhecimento mais moderno, pois se torna fundamental por intervir na realidade e na história.
Portanto, cabe a escola como instância mediadora entre o cotidiano do aluno, sua prática social e o ensino formal e é somente nesta relação que a educação irá de fato se efetivar.
Como Instituição responsável pelo ensino formal cabe a escola cumprir sua função social de possibilitar ao aluno o exercício das relações humanas que não estão ao seu alcance, pois é no exercício dessas relações que o conhecimento e a aprendizagem se realiza.
Enfim, “A construção do conhecimento começa com a construção da capacidade de construir”. (Santos F. A. 1990 pág, 42).
Para o Ensino Médio, ensinar e aprender revendo e revitalizado compromissos com a escola e com o aluno. É um desafio para os novos tempos, trabalhar de modo interdisciplinar e contextualizando, a fim de atender a um projeto que não é mais individual, mas coletivo, impõe mudanças, cuja operacionalização exige esforço pessoal de cada um dos agentes envolvidos no processo educacional. Mudança esta que se pode dar na qualidade de educação oferecida no Ensino Médio.
“ Existe experiência de tempo e espaço, de si mesmo, dos outros, das possibilidades e perigos da vida – que é compartilhar por homens e mulheres em todo mundo, atualmente”.
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o
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Ensino Médio inovam ao colocar o mesmo como parte da educação básica, afirmando a necessidade de universalização desse nível de ensino. Inova também ao separar o ensino profissionalizante: ao assegurar terminalidade, o Ensino Médio deve oferecer formação geral, ficando a profissionalização para cursos concomitantes ou posteriores ao Ensino Médio. E inova, por fim, ao propor flexibilidade na organização curricular, nas formas de pensar e tempo na escola e a trajetória escolar do aluno.
A LDB de 1996 define a identidade do Ensino Médio com relação ao seu papel na formação do aluno: parte final da educação básica, o Ensino Médio deixa de ser um curso de “passagem” para o Ensino Superior ou para uma qualificação profissional específica que assegure formação geral do estudante.
A identidade também se define no universo das unidades escolares. Constróise na elaboração do Plano de Ação da Escola. O plano expressa o pensamento, a cultura da comunidade escolar, composta por pais, alunos, professor(es), coordenador(es), diretor. Essa participação legitima o plano na medida em que torna toda a comunidade responsável pela sustentação do que ele propõe.
Plano este, que define os rumos e objetivos do trabalho a ser desenvolvido: o que ensinar; para que ensinar; como ensinar; quais os materiais mais adequados e mais estimulantes para que o aluno se motive e aprenda: como avaliar,entendendose avaliação como bússola que reorienta o trabalho da equipe escolar. O plano também delineia como a escola, em seu conjunto, irá se organizar para desenvolvêlo: os modos de gestão do tempo e da vida escolar; a participação da APMF, do Conselho Escolar, do Grêmio Estudantil; o plano de recursos financeiros recebidos.
CONCEPÇÃO DE CIDADANIA
O grande desafio histórico é dar condições a maioria da população brasileira a se tornar cidadãos conscientes sujeitos de direito organizados e participativos do processo de construção políticosocial e cultural.
Cidadania é um processo históricosocial que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de elaboração de um projeto e de praticas no sentido de deixar de ser massa e ser povo, como sujeito histórico plasmado de seu próprio destino.(Boff, 2000 pág.51).
A luta pela cidadania se concretiza através de lutas contra as discriminações, da abolição das barreiras de segregação entre indivíduos e contra as o pressões e os tratamentos desiguais, isto se dá pelo acesso às políticas públicas de toda a população e participação dos mesmos nas decisões.
Portanto, a educação é como um dos principais instrumentos de formação de cidadania, deve ser entendida como a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na sociedade.
Para Martins, (2000 p. 54), “A cidadania acontece de duas maneiras cidadania Ativa e Passiva. A passiva é aquela outorgada pelo estado com idéia moral e do favor e a cidadania
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ativa como sendo aquela que se institui o cidadão como portador de direitos e deveres abrindo espaços de participação”.
A realidade social e educacional atual de nossos país requer o enfrentamento e a superação da contradição da estrutura que existe entre a declaração constitucional dos direitos sociais, dentre eles a educação e a negação da prática desses direitos, da ideologia que associa a pobreza material e cultural, de reconhecer a escola pública como direito de todos, do acesso ao conhecimento elaborado, recolocar o trabalho como atividade de produção, apropriação de conhecimento, não apenas como nesta operação mecânica, mas em repensar a relação escola e trabalho.
As políticas educacionais atuais para a realidade indígena partem dos fundamentos legais e conceituais presentes na Constituição de 1988, que colocou sobre novas bases os direitos indígenas. São direitos constitucionais dos povos indígenas o reconhecimento e a garantia de seus territórios, de suas formas de organização social e de sua produção sociocultural, o reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem.
As políticas educacionais atuais para a realidade indígena partem dos fundamentos legais e conceituais presentes na Constituição de 1988 que colocou sobre novas bases os direitos indígenas. São direitos constitucionais dos povos indígenas: o reconhecimento e a garantia de seus territórios, de suas formas de organização.
As concepções que alimentam esses direitos superam ideias antigas de que os povos indígenas formariam sociedades em vias de desaparecimento, que suas identidades seriam provisórias e que deveriam ser assimiladas pela cultura dominante. É essa a compreensão que ainda se tem dos povos indígenas, em muito tempo e em muitos casos produzidos no ambiente escolar. É necessário, um esforço crítico de identificação e desconstrução dessas concepções para criarmos as bases de um novo entendimento sobre a questão indígena, no relacionamento de modo positivo com a questão.
CONCEPÇÃO DE CULTURA
Segundo Saviani (1992 pág.19), “a cultura é resultado, são resultados de toda a produção humana para sobreviver, o homem necessita extrair da natureza, os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da natureza, criando um mundo humano ou mundo da cultura”.
Do ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e elaborou, o ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária, até as formas de destruirse a si mesmo a as técnicas de tortura, a arte a ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar. (Sacristam, 2001 pág.105).
Fages (1975 pág.6162), define cultura como sendo todo o comportamento ou toda a orientação, mais ou menos ideológica que se encontra em uma determinada sociedade.
Levi Straus (1968 pág.49) diz que a analise da reciprocidade mostra que os homens não trocam coisas entre si, o que trocam são suas formas simbólicas, ou sejam, o modo como as representam, prosseguindo diz “Toda cultura é um conjunto de sistemas simbólicos”.
A tradição, a situação econômica, a religião o clima, a distância física, são elementos
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que podem incorporar diferenças culturais e, portanto, comunicativas entre grupos humanos distintos, entre sociedades distintas.
“Todo conhecimento, na medida que se constitui num sistema de significação é cultural. Além disso, como sistema de significação, todo conhecimento está estreitamente vinculado com relações de poder (Tomas Tadeu 1999)”.
É necessário considerar, portanto, a importância do texto de Silva tornouse lugar comum destacar a diversidades das formas culturais do mundo contemporâneo. É um fato paradoxal entre tanto, que esta suposta diversidade conviva com fenômenos igualmente surpreendentes de homogeneização cultural.
Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressões culturais de grupos dominados, observase o predomínio de formas culturais em sua dimensão material e não material.
Toda organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar varias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a leválas à produção, de uma cultura erudita como afirma Saviani. “a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita, assume um papel político fundamental, Saviani, Apud, Frigotto, (1994 pág.180).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita.Cabe a Instituição de Ensino, aproveitar essa diversidade existente, para fazer dela
um espaço motivador aberto e democrático.Os índios são atendidos por um programa Provopar, de onde recebem cestas básicas e
tentando resgatar e buscar valorizam a tradição dos mesmos, melhorando a qualidade de vida dos povos nativos.
Essa comunidade ainda tem na agricultura a sua principal fonte de economia. Plantam principalmente milho, mandioca, em alguns casos há plantações de soja e frutos diversos. Também criam aves e suínos. Para complementar a renda, na época do pinhão, comercializam o mesmo, mas eles produzem artesanatos também para vender e tirar o sustento de muitas famílias tais como: cestos de taquara, balaios, chocalhos, arcos e flechas. Ao confeccionarem miniaturas de animais e de seres fantásticos, resgatam e adaptam aspectos de uma estética que simboliza seus valores tradicionais.
A arte indígena é a expressão da cultura dos povos nativos em nossos territórios. A diversidade cultural, o artesanato indígena representam grande parte da riqueza cultural desses povos, que historicamente se espalharam e ainda estão presentes no Brasil.
“O interesse pela cultura indígena também pode contribuir para melhorar a qualidade de vida das comunidades nativas atuais. Isso porque a população se percebe herdeira de saberes que melhoram seu cotidiano, enriquecem a cultura popular, resgatam memória coletiva e amplia a cidadania”.
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CONCEPÇÃO DO TRABALHO
Para Luckesi, (1990 pág 111), “o trabalho é entendido como fator de construção do ser humano, porque é através dele que se faz e se constrói. O ser humano, torna propriamente humana a medida em que conjuntamente com outros seres humanos, pela ação modifica o mundo externo conforme suas necessidades e ao mesmo tempo constróise a si mesmo”..
O trabalho é uma atividade que está na base de todas as relações humanas. Condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana intencional que envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida (Andery,1998 pág.13)
O conhecimento como construção histórica é matéria prima (objeto de estudo do professor e do aluno) que indagando sobre o mesmo irá produzir novos conhecimentos dandolhes condições de entender ou viver, propondo modificações para a sociedade em que vivem permitindo ao cidadão produtor chegar ao domínio intelectual do técnico e das formas de organização social sendo, portanto capaz de criar soluções originais para problemas novos que exigem criatividades, a partir do domínio do conhecimento (Ruenzer,1985 p. 33 e 35).
“O trabalho é uma invenção humana seja como realização que faz história, seja como fardo, obrigação, o trabalho é uma mercadoria cujo preço varia de acordo com a sociedade”. (Arruda ,1990, pág. 20).
Os homens transformam a natureza pelo trabalho mediante o esforço coletivo aram a terra, colhem seus frutos, domesticam animais, modificam paisagens, constroem cidades e pontes, criam instituições como a família, o estado, a escola, obras de pensamentos como o mito, a ciência, a arte, a filosofia, estabelecem valores, criam regras.
A medida que o trabalho muda o jeito de ser e de agir de cada ser humano e de cada cultura, tornase condições de humanização e instrumento de liberdade, porque é pelo trabalho que o homem viabiliza a realização de seus projetos (desejos) no mundo, ao mesmo tempo que se torna propriamente humano.
Entender o trabalho como ação institucional o homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens, porém é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando sobre carregados pelas relações de poder.
Quando produz bens, estes são classificados em materiais e não materiais. Os bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando comércio. Já nos bens não materiais produção e consumo acontecem simultaneamente.
As transformações que os homens realizam na natureza “fazem história”, isto é, mudam conforme a época e o lugar, cada geração humana aprende com os anteriores, aceita certas práticas e modificam outras. Isto é possível porque o homem fala a ao criar palavras para representar uma realidade, tornamse capaz de compreender, fazer projetos e colocálos em prática através do trabalho.
A cultura material era composta por centenas – talvez milhares – de objetos confeccionados para servirem a diversos fins, sendo a maioria feita com materiais perecíveis (ossos, madeiras, penas, palhas, fibras vegetais, conchas etc.) e, em minoria, de não perecíveis (vasilhas cerâmicas, ferramentas de pedra, corantes minerais). Deste conjunto, normalmente, sobrevivem apenas as conchas e ossos usados como ferramentas ou
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enfeites. O reconhecimento da existência desses objetos perecíveis, salvo condições raras de conservação, só é possível através de informações obtidas indiretamente por pesquisas históricas, linguísticas e antropológicas.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO
Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é, ao mesmo tempo, uma exigência para o processo do trabalho, bem como ela própria, um processo de trabalho. (Saviani, 1992, pág. 12).
A educação dentro de uma sociedade não se manifesta como um fim em si mesma, mas sim como instrumento de manutenção ou transformação social.
Para Pinto, (1994), “A educação é um processo histórico de criação do homem para a sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para beneficio do homem”.
O processo pela dimensão histórica do homem, pelo que representa a própria historia individual do ser humano e da sociedade em sua evolução.
É um fato existencial porque o homem só se faz homem sendo processo constitutivo de ser humano.
É intencional ao pretender formar um homem como um conceito prévio do homem.A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados para
pensar sua pratica individuo e sociais para ganhar uma visão globalizante da realidade que o possa orientar a sua vida.
A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento científico, político, cultural acumulado pela humanidade, ao longo da história para garantirlhe a satisfação das suas necessidades e realizar suas aspirações.
A apropriação por parte dos cidadãos da comunidade dos instrumentos de avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclálo acrescentarlhe novos conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas.
A educação também pode ser vista como uma instância dialética que serve como projeto, um modelo a um ideal de sociedade. Ela media este projeto, ou seja, trabalhar para realizar esse projeto na prática.
As transformações tecnológicas, econômicas e culturais colocam cada vez mais a necessidade de conhecimento ético e da educação do homem em toda a sua multiplicidade.
Para além dos conteúdos científicos, buscase uma educação equilibrada que atenda a essa multiplicidade. È fundamental para sua formação. Educar em sentido mais amplo significa considerar as diversas experiências sociais, culturais e intelectuais do aluno, ou seja, respeitar seu histórico de vida, linguagem e costumes, condições sociais moradia e lazer.
Refletir sobre as diretrizes da educação escolar indígena remete para dois amplos campos de estudos sociopolíticos e educacionais. Em primeiro lugar, estaremos lidando com um conjunto de direitos territoriais, políticos e culturais conquistados pelos povos indígenas e que balizam sua relação com o Estado e a sociedade brasileira. Pensar sobre isso é reconhecer que somos uma sociedade plural, multiétnica e plurilíngue, que as culturas
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indígenas são patrimônio cultural da nação brasileira e que nosso sistema educacional deve se reorganizar para a educação em direitos humanos e respeito às diferenças culturais.
Em segundo lugar, formular e implementar políticas educacionais a partir do reconhecimento e valorização da sociodiversidade significa enfrentar grandes desafios, quando se leva em conta a história da educação brasileira, e recoloca em ênfase a relação entre sociedade, cultural e escola. Este então, procurará apresentar algumas reflexões situadas neste campo o dos direitos culturais e o da transformação das praticas pedagógicas, curriculares e gerenciais, quando tomamos por base a diversidade socioculturais indígenas e suas relações com a educação escolar.
As políticas atuais para a realidade indígenas partem dos fundamentos legais e conceituais presentes na constituição de 1988 que colocou sobre novas bases os direitos indígenas. São direitos constitucionais dos povos indígenas: o reconhecimento e a garantia da seus territórios, de suas formas de organização social e de sua produção sociocultural, o ensino ministrado nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos de aprendizagem
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO
É importante fazer uma distinção dos termos “rural” e “campo”. A concepção de rural representa uma perspectiva política presente nos documentos oficiais, que historicamente fizeram referência aos povos do campo como pessoas que necessitam de assistência e proteção, na defesa de que o rural é o lugar de atraso. Tratase do rural pensado a partir de uma lógica economicista, e não como um lugar de vida, de trabalho, de construção de significados, saberes e culturas. Tratase do campo como lugar dos povos que o têm como lugar de vida, de trabalho, de cultura, da produção de conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência.
Já, a concepção de campo tem o seu sentido cunhado pelos movimentos sociais no final do século XX, em referência à identidade dos povos do campo, valorizandoos como sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra.
O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a natureza, o trabalho na terra, a organização das atividades produtivas, mediante a utilização da mãodeobra dos membros da família, cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita, o vínculo com uma rotina de trabalho que nem sempre segue o relógio mecânico.
A identidade dos povos do campo comporta categorias sociais como posseiros, bóiasfrias, ribeirinhos, atingidos por barragens, assentados, acampados, arrendatários, pequenos proprietários, colonos ou sitiantes (dependendo da região do Brasil em que estejam), caboclos dos Faxinais, comunidades negras rurais, quilombolas, e também as etnias indígenas.
Em síntese, o campo retrata uma diversidade sociocultural, que se dá a partir dos povos que nele habitam. Entre estes, há os que estão vinculados à alguma forma de organização popular, outros não. São diferentes gerações, etnias, gêneros, crenças e
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diferentes modos de trabalhar, de viver, de se organizar, de resolver os problemas, de lutar, de ver o mundo e de resistir no campo.
A educação do campo não pode estar desvinculada de um projeto de desenvolvimento do campo que se pretende construir. Esses povos, ao longo da história, foram explorados e expulsos do campo, devido a um modelo de agricultura capitalista, que tem como eixo a monocultura e a produção em larga escala para a exportação, o agronegócio, a utilização de insumos industriais, agrotóxicos, sementes transgênicas, o desmatamento irresponsável, a pesca predatória, as queimadas de grandes extensões de florestas, a utilização de mãodeobra predatória e escrava, entre outros. Considerandose esses fatores é necessário que se assuma na educação do campo a construção de um modelo de desenvolvimento que trata como elemento fundamental o Ser Humano.
É na educação do campo que devem emergir os conteúdos e debates sobre a diversificação de produtos, a utilização de recursos naturais, a agroecologia, as sementes crioulas, a questão agrária e demandas históricas por reforma agrárias, os trabalhadores assalariados rurais e suas demandas por melhores condições de trabalho.
No âmbito da educação do campo, o objetivo é que o estudo tenha a investigação como ponto de partida para a seleção e desenvolvimento dos conteúdos escolares, de forma que possa valorizar as singularidades regionais e localizar as características nacionais, tendo em termos das identidades sociais e políticas dos povos do campo, quanto em termos da valorização da cultura construída nos diferentes lugares do país.
A escola não pode reduzir o processo pedagógico às discussões da realidade do campo, desconsiderando a interdependência campocidade. A escola vai além de um local de produção e socialização do conhecimento, sendo espaço de convívio social, onde acontecem reuniões, festas, celebrações religiosas, vacinação e desenvolvimento de atividades que possibilitam articulações da comunidade, potencializando a permanente (re) construção de uma identidade cultural, possibilitando especialmente a elaboração de novos conhecimentos. CONCEPÇÃO DO HOMEM
O homem é um ser social, ele age na natureza transformandoa segundo suas necessidades e para além delas, nesse processo de transformação, ele envolve múltiplas relações em determinado momento histórico, acumula experiências e em decorrências destas, ele produz conhecimentos sua ação é intencional a planejada, mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não materiais que são apropriadas de diferentes formas pelo homem.
Para Saviani, (1992) “ O homem necessita produzir continuamente sua própria existência para tanto, em lugar de se adaptar a natureza,ele teve que adaptar a natureza a si, isto é transformala pelo trabalho”.
O ser humano se constitui numa trama de relações sociais, na medida em que ele adquire o seu modo de ser, agindo no contexto das relações sociais em que vive produz conforme consome e sobrevive.
O homem é prático, ativo uma vez que é pela ação que modifica o meio ambiente que o
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cerca, tornando satisfatório as suas necessidades, enquanto transforma em realidade, constrói a si mesma no seio das relações sociais determinadas. Na sociedade moderna o homem é um ser pratico que age no contexto da trama das relações sociais desta sociedade, que na ultima instância caracterizase pela posse ou não dos meios sociais de produção.
O homem é social na medida em que vive e sobrevive socialmente vive articulando o conjunto dos seres humanos de gerações passada presente e futura. Não se da isoladamente. A sua pratica e dimensionada pelas suas relações com os outros.
O homem é um ser histórico, uma vez que suas características são fixas e externas, mas determinadas pelo tempo, que passa a ser constitutivo de si mesmo.
O homem através de sua atividade sobre os elementos da natureza no contexto de um conjunto de relações sociais constrói bens para satisfazer suas necessidades, portanto a ação pratica sobre a realidade desperta e desenvolve o entendimento, a capacidade de compreensão e a emergência de níveis de abstração cada vez mais complexa, por esse processo o homem avança e se humaniza.
Considerando o homem um ser social ele atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade. O homem segundo Santoro (...) “é aquele que na sua convivência coletiva compreende suas condições existenciais transcedeas e reorganizaas, superando a condição de objeto caminhando na direção de sua emancipação participante da historia coletiva”.
Para Luckesi, (1990), “ O homem é um ser de relações”(...) O homem manifestase ativo:
a) Trabalha e modifica o meio ambiente para atender as suas necessidades.b) Construindo para a sua atividade: enquanto age se autoconstrói;) dentro de
relações sociais determinadas; condicionantes que atuam sobre eles; c) Como construtor da própria sociedade utilizandose das contradições destas.
Numa dimensão geral o ser humano é o conjunto das relações sociais das quais participa de forma ativa.
Ao nascer a criança recebe um mundo com valores já estabelecidos. Sendo assim, a abordagem cultural, procura mostrar que as culturas estão em permanente construção, pois os homens estão sempre criando novas necessidades que demandam novas respostas culturais. Assim, existirão cidadãos conhecedores de si mesmos e do seu mundo,enraizando em suas perspectivas culturais e, a demais, abertos a cultura diferentes da sua.
A desvalorização da cultura indígena é pratica constante em nosso país e não é diferente em nossa região. Contudo a falta de consciência da população em relação a preservação dessa cultura, agrava mais e coloca em risco e extinção a diversidade de modos, costumes e tradições secularmente construído por esse povo.
O índio ao entrar em contato com o branco muitas vezes, abandona suas raízes fazendo com que os brancos desconheçam sua cultura, desvalorizem seus conhecimentos e ignore o próprio índio e seu povo fazendo com que o mesmo incorpore outra cultura.
Os povo indígenas são um tema que pesa na consciências dos brasileiros. Em 1500, época do descobrimento do Brasil, havia mais de cinco milhões de indígenas, distribuídos em 970 povos. Hoje, são pouco mais de 330mil pessoas, em 250 nações, que falam mais de
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180 línguas diferentes. A histórica luta de resistência dos indígenas nos últimos cinco séculos é uma lição
para nós brasileiros. Apesar de todas as agressões, invasões de suas terras e do aniquilamento de sua cultura, a sobrevivência deles nos anima como comunidade nacional. A população há pelo menos 12 nações na linha vermelha da extinção demográfica.
CONCEPÇÃO DE CIÊNCIAS
As ciências devem voltarse para a compreensão das relações dos seres entre si e com o meio. O homem se relaciona com a natureza e com os outros homens numa sociedade onde exerce e sofre influências do meio, dos costumes, tradições e crenças. Essas influências podem ser vistas como forma de dominação. Sendo assim a ciência deve levar a compreensão das interrelações entre o homem, a natureza e a cultura.
Tal procedimento deve levalo a construir os conceitos científicos interrelacionadoos para que possa tomar decisões e interferir na realidade que o cerca. A leitura crítica das transformações direcionadas e sofridas pelo homem sobre o mundo que o rodeia é condição para uma analise articulada dos conteúdos.
Para ANDERY (1980) “ a ciência é uma das formas do conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua história”. Portanto, as ciências é uma das formas do conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua história. Portanto, as ciências também é determinada pelas necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao mesmo tempo que nela interfere.
O Estabelecimento de Ensino, tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes científicos produzidos pela humanidade.
Demonstrando que transitamos de políticas indigenistas e educacionais sob o paradigma da homogeneização cultural e linguística, da valorização dos saberes indígenas, da negação das identidades étnicas, do papel subalterno dos atores indígenas na educação escolar, para uma política de reconhecimento e valorização da sociodiversidade indígena, do pluralismo e suas comunidades em conduzir os processos educacionais de acordo com seus interesses e necessidades. Entretanto, devemos também tornar claros os impasses que vivemos hoje para a efetivação dos direitos indígenas a uma educação escolar intercultural, bilíngue/multilíngue, comunitária, específica e diferenciada. Nereide Saviani afirma que a ciência merece papel de destaque no ensino como meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento, ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o nível de pensamento dos estudantes, permitelhes o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em que vivem, mas com isto saibam nele atuar e transformálo.
As políticas educacionais formuladas a partir dos novos marcos constitucionais têm como diretrizes “a afirmação das identidades étnicas, a recuperação das memórias históricas, a valorização das línguas e ciências dos povos indígenas e o acesso aos conhecimentos e tecnologias relevantes para a sociedade nacional” (BRASIL, 1996,P.79).
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CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO
A avaliação é um dos elementos do processo ensinoaprendizagem, diretamente vinculada à concepção de educação, à função social do Estabelecimento de Ensino, à especificidade do trabalho pedagógico escolar, à gestão escolar, à seleção e organização dos conteúdos, à metodologia adotada e a relação professor aluno.
Nossa sociedade reserva às instituições escolares o poder de conferir notas e certificados que, supostamente, atestam o conhecimento ou a capacidade do indivíduo, o que torna imensa a responsabilidade de quem avalia.
Nossas escolas, de maneira geral, há grande preocupação com a nota ou conceito atribuído ao aluno ligado diretamente à aprovação ou reprovação dos alunos, muitas vezes a nota acaba se tornando um fim em si mesma, ficando muito distanciada e sem relação com as situações de aprendizagem.
“Não adianta fingir: reprovar sempre será uma violência para os educandos e para os educadores. É o atestado de nosso fracasso. Isso sempre dói. A reprovação é um tapa em nosso profissionalismo”(ARROYO, p.176).
O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a Instituição de Ensino, possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
No entanto uma avaliação educacional, num contexto de uma pedagogia preocupada com a transformação, deve ser efetivamente um: "... julgamento de valor sobre manifestações relevantes da realidade para uma tomada de decisão” (Luckesi, 1996 p.33).
O objetivo maior da avaliação educacional é a transformação social e a tomada de posição do professor, que observa através da avaliação a eficiência ou não do seu trabalho, podendo descobrir em que nível de aprendizagem encontrase o educando dentro de sua atividade escolar, conhecendo seus limites e percebendo a necessidade de progredir.
Estaremos assim recolocando a avaliação no devido lugar de sua ação, que é fazer uma síntese do que os alunos estão aprendendo, sem nenhum julgamento. Esse julgamento seria arbitrário, uma vez que a aprendizagem é complexa o que não nos permite resumila numa nota, conceito ou resultado.
“A avaliação deve ser parte integrante do processo de ensino – aprendizagem e que obtenha informação útil para os estudantes, professores e instituições, que propicie a discussão sobre as falhas detectadas na aprendizagem a fim de por em prática ações para corrigilas” (RICO,1990).
A aprendizagem é um processo que tem a duração de toda a vida e somente pode ser realizado pela pessoa que tem a intencionalidade, ainda que inconsciente, de aprender. A avaliação também, somente pode ser realizada pela pessoa que está vivenciando a
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aprendizagem, porque os dois processos, o de avaliação e o da aprendizagem, estão tão intimamente ligados, que um não existe sem o outro.
Podemos dizer que a avaliação, feita pelo sujeito que aprende, seleciona as aprendizagens significativas, para incorporálas à consciência pela forma da interiorização. É um processo complexo porém fascinante, porque transforma conhecimentos em pensamentos, e esses em atitudes. Meirieu denomina esse passo da aprendizagem de criação do sentido ( Meirieu, 1998:58).
O processo de criação do sentido jamais pode ser avaliado, muito menos julgado. Porém o sistema social no qual vivemos, e que é reproduzido pela Instituição de Ensino, não somente nos julga o tempo todo, comparandonos com os padrões culturais criados e recriados constantemente em sociedade, como também nos classifica através dessa comparação. Assim somos chamados de burros ou inteligentes, segundo nossas manifestações; gordos ou sarados, bonitos ou feios, é tudo ou nada. O sistema não quer saber que todos nós somos ao mesmo tempo bons ou maus. Essa igualdade na diversidade não interessa a ninguém que não esteja empenhado na promoção humana, acima de tudo. As tensões dialéticas não são consideradas pelo sistema, mas sim pelo mundo da vida.
A avaliação formativa é o processo de tomar consciente a aprendizagem, pela seleção do significados. Pode ser externa, como no caso do sistema sobre nós mesmos, e pode ser interna, como no caso da auto – avaliação. Na verdade, a avaliação formativa é externa e interna, ao mesmo tempo, numa tensão dialética entre o que pensamos que somos e o que pensamos que devemos ser.
O paradoxo maior que encontramos na avaliação da Aprendizagem escolar é que , ao respeitar a natureza do processo, não podemos julgar e muito menos classificar as pessoas; mas ao mesmo tempo aprender que a sociedade na qual vivemos nos julga e nos classifica, ou seja, trabalhamos na escola pela contradição, opondonos aos padrões estabelecidos, se quisermos realmente educar. Nosso grande problema é que estamos rompendo padrões culturais, portanto muito fortes porque construídos historicamente, ao longo dos séculos em nosso país, e condicionados por um regime capitalista jamais ameaçado, que valoriza a produção, o consumo, o ter em lugar do ser. As relações do capitalismo atravessam as relações sociais, e determinam as características do sistema, não somente econômicas, mas principalmente culturais.
A tomada de consciência do processo é o que há de mais importante na aprendizagem, porque pode tornarse uma atitude, quando trabalhada durante um tempo sistemático e com a intencionalidade da formação humana.
Estabelecer critérios mais ou menos rigorosos de avaliação de aprendizagem não é tarefa difícil. Difícil é saber trabalhar com os resultados obtidos, de modo a construir instrumentos de análise que permitam intervir no processo ensino aprendizagem e no momento em que o mesmo vem ocorrendo. Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar foram elaborados em consonância com a organização curricular. A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitandose a comparação dos alunos entre si.
A avaliação formativa não pode ocorrer somente após ter concluído um período letivo, mas é um processo sem o uso do qual comprometese irremediavelmente.
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Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
O propósito de uma avaliação educacional é fornecer subsídios para que os responsáveis pela coordenação e desenvolvimento de ações educativas possam tomar decisões que permitam o aperfeiçoamento de processos e condições de ensino.
Dependendo do nível de abrangência das ações educativas e do foco privilegiado em um processo avaliativo, podese classificar a avaliação educacional em várias dimensões: avaliação de sistema, avaliação de currículo, avaliação institucional, avaliação de programa e avaliação do rendimento escolar.
No processo ensino aprendizagem a avaliação possui dupla finalidade:• Acompanhar o processo de construção coletiva e individual da aprendizagem
fornecendo os elemento para a retomada ou continuidade do ensino;• Julgar e atribuir valor à aprendizagem do aluno, a partir dos critérios
definidos na proposta da Instituição de Ensino.Conforme Regimento Escolar:
A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno.
A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o desenvolvimento global do educando e considerar as características individuais deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.Parágrafo Único Darseà relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
A avaliação formativa tem como intenção primeira acompanhar os avanços da aprendizagem dos alunos, enquanto sua significância na formação de sujeitos que instrumentalizados culturalmente, tenham consciência de sua ação transformadora da realidade histórica social.
Segundo essa perspectiva, abandonase a avaliação unilateral (pela qual somente o aluno é avaliado e apenas pelo professor), classificatória, punitiva e excludente, porque a avaliação pretendida comprometese com a aprendizagem e o sucesso de todos os alunos.
A avaliação tem a função de possibilitar o acompanhamento dos avanços e dificuldades no processo de construção coletiva e individual da aprendizagem em sala de aula.
Avaliase para identificar necessidades e prioridades, situar o próprio professor e o aluno no percurso escolar.Uma avaliação democrática pressupõe:
• Considerar o aluno como sujeito do processo de construção da aprendizagem e, portanto, participe do seu processo avaliativo, do início ao fim;
• Reavaliar as relações de poder que são estabelecidas no interior da escola e principalmente na relação entre professor e aluno.
Portanto avaliar é uma atividade intrínseca ao ser humano. Estamos sempre avaliando para tomar decisões durante nossa existência.
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Para Hoffman (2001 p.10) “a avaliação é substancialmente reflexão , capacidade única e exclusiva do ser humano, de pensar sobre seus atos, de analisálos, julgálos, interagindo com o mundo e com os outros seres, influindo e sofrendo influências sobre seu pensar e seu agir.”
A aprendizagem é parte da vida, e parte essencial por sua natureza. Portanto, para registrála é preciso que o professor mantenha a atitude de aprender, enquanto ensina. Talvez mesmo pudéssemos progressivamente abandonar a palavra ensino, e permanecer com a palavra e o conceito de aprendizagem pois na concepção dialética de todos os protagonista da ação educativas aprendem, enquanto trabalham.
A INSTITUIÇÃO DE ENSINO MANTÉM SUA ORGANIZAÇÃO POR SÉRIES EM REGIME ANUAL
HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO
MATUTINO:INÍCIO: 7:30 HORASINTERVALO: 9:50 HORASTÉRMINO: 11:45 HORAS
VESPERTINO:INÍCIO: 13:15 HORASINTERVALO: 14:50 HORASTÉRMINO: 17:15 HORAS
ORGANIZAÇÃO ESCOLAR
O Colégio conta atualmente com 17 professores pósgraduados, 02 professores com ensino superior completo, os quais atuam como decente no Ensino Fundamental e Médio.
Também compõe o quadro, 01 diretora, 02 pedagogos, 01 secretário, 01 auxiliar administrativo e 03 serviços gerais.
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QUADRO DE TURMAS
MATUTINO
SÉRIES 5ªA 6ªA 7ªA 8ªA 1ºA 1ºB 2ºANº ALUNO 23 24 23 37 25 27 40
VESPERTINO
5ªB 6ªB 7ªB SALA RECURSO25 20 16 15
PRINCÍPIOS DE GESTÃO DEMOCRÁTICA
A democracia pressupõe a possibilidade de uma vida melhor para todos, independente de condição social, raça, religião e sexo. É por isso que democracia e educação são processos que caminham juntos. Também na educação está presente a suposição de que homens e mulheres, crianças e jovens merecem viver melhor, por meio da convivência com seus semelhantes (socialização ) e do acesso aos bens culturais. A instituição de Ensino, é um lugar privilegiado onde ocorre a convivência.
É muito comum associarmos a habilidade de comunicação e saber falar, muito embora saber ouvir seja tão ou mais importante quanto saber falar. No diaadia, estamos o tempo todo nos comunicando. Na verdade, nós, seres somos nossas falas, gestos daquilo que somos capazes de comunicar por meio deles.
O ponto de partida para esta reflexão está na necessidade de construção de uma nova sociedade.
Necessidade que passa pela compreensão de mundo em que vivemos, seus determinantes históricos, da função da escola e seus desafios na denuncia do presente que desumaniza e no anúncio de um amanhã como construção a partir do agora, com intencionalidade e conflitos.
Nas lutas do povo brasileiro localizamos os princípios da educação e da escola que desejamos: Pública, Gratuita, Democrática, de Qualidade e para Todos. Em pleno século XXI ainda temos inúmeros desafios para a efetivação destes princípios e um deles é que essa luta precisa ser feita no cotidiano da escola, em seu movimento permanente de reflexão de diálogo, de enfrentamento e de construção coletiva, compreendendo a si mesmo no contexto atual.
Numa sociedade do espetáculo, do descartável, do imediato, do consumismo, a ausência de sentido para a vida, a ausência do sonho e da esperança muitas vezes reduz o
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fazer educativo à mesma lógica do descontínuo, do imediato, do fragmentado. É na reflexão coletiva, sobre o que planejamos e o que fazemos na Instituição de Ensino, que podemos encontrar caminhos para uma escola humanizadora.
Isso significa humanizar a escola e amadurecer a percepção de que seus problemas não são de responsabilidade de indivíduos isolados, fragmentados, mas de um processo social, portanto político e cultural, assim como as saídas para estes problemas exigem ações coletivas.
Considerando que o Estabelecimento de Ensino é espaço de ensino e aprendizagem e que se dá a partir da relação entre sujeitos, mediada pelo conhecimento, a forma de organização e de gestão escolar, a definição dos papéis dos diferentes sujeitos expressam muito da concepção educativas ali existente.
PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA
A figura dos profissionais da educação em todos os tempos teve grande importância. O seu papel na formação de gerações é o seu grande trunfo. Entretanto as políticas educacionais e a própria administração dos sistemas escolares descuidaramse de prover as melhores condições de trabalho para estes profissionais.
Além disso, o temos que enfrentar outros desafios, exigindo de nós profissionais da educação, uma qualificação contínua: o progresso científico e tecnológico, a difusão do conhecimento, a democratização e a modernização dos modos de viver, de produzir de conviver e a competição profissional.
A LDB 9394/96 em consonância com estes desafios do mundo atual, afirma que as instituições de ensino deveram promover a valorização de seus profissionais da educação assegurandolhes aperfeiçoamento profissional continuados e períodos reservados a estudos, planejamento e avaliação, incluídos na sua carga de trabalho.
Conforme a teoria progressista da educação para que a competência docente se desenvolve na experiência individual, social, isto é nas relações interpessoais na experiência formativa e no próprio contexto da Instituição de Ensino. Portanto o Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, propõe a seus profissionais como formação continuada a seguinte proposta:
• Grupos de estudos sobre a LDB 9394/96, estatuto do menor e do adolescente, indígena, e relacionado às disciplinas, com leitura, analise, interpretação e contextualização das ideias.
• Hora atividade qualitativa reunindo os professores da mesma área com assessoramento da equipe pedagógica para estudos sobre a disciplina.
• Estudo do PPP através de reuniões e encontros para reflexão e analise do trabalho que esta sendo realizado, bimestralmente.
• Encontros extraclasse entre os profissionais da escola para leituras da teoria compõe a pedagogia progressista especificamente a pedagogia histórico critica que embasa a educação no Paraná e o PPP das instituições.
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• Conselhos de classe bimestralmente para discutir o processo ensino aprendizagem dos educandos buscando alternativas com o intuito de solucionar as dificuldades de aprendizagem.
• Grupos de estudos com os diversos segmentos da instituição de ensino, Conselho escolar e APMF para leitura e analise dos regimentos que compõe cada segmento.
• Participar de convocações da SEED/NRE para encontros ou cursos de capacitações de responsabilidade desta Secretaria.Mas o mais importante e criar nos profissionais da escola e criar na escola a
capacidade de pensar e agir num processo continuo de reflexão na própria pratica docente, como fator determinante para uma ação pedagógica mais consciente, critica, competente e transformadora.
PORTAL DIA A DIA DA EDUCAÇÃO: espaço aberto pela SEED para subsidiar, informar, dar abertura a toda comunidade escolar do que acontece na Educação no Paraná.
Participação no CADEP (coordenação de apoio à direção e equipe pedagógica), foi criado para dar apoio e subsídio e capacitação aos profissionais que atuam frente às escolas, com cursos, seminários, reuniões e palestras.
O CURRÍCULO DA ESCOLA PÚBLICA
Debater sobre o currículo na escola pública levanos a uma retomada de posição sobre os paradigmas, a qualidade de ensino e as políticas educacionais no Brasil.
Precisase lançar um novo olhar, uma nova postura sobre as práticas, o sistema e o educando para que possase superar a ideia de que o aluno que estuda na escola pública é um fragilizado, um incapaz.
Portanto, a este deve ser ensinado o desejo de superação, o gosto pela autonomia intelectual e o sabor da democracia para que assim possa por si só tomar as suas próprias decisões, sendo este, um educando ativo ao conhecimento e sujeito de sua história.
O currículo, como elemento articulador da organização do trabalho pedagógico na escola, pressupõe a compreensão da função social, da dimensão políticopedagógica e da especificidade da educação e na efetivação da gestão escolar, do projeto político pedagógico, do plano de ação escolar, do plano de trabalho, do regimento escolar, da proposta pedagógica, do planejamento de ensino e do plano de aula.
O currículo é uma questão de poder, pois a definição do sujeito históricosocial a ser formado, da função social e especificada da escola, dos conhecimentos científicos a serem ensinados, do método de ensino e dos critérios e instrumentos a serem utilizados na avaliação, representa uma ação políticopedagógica.
O currículo é uma questão de conhecimento, uma vez que a tomada de decisões a respeito da organização do trabalho pedagógico requer o domínio e a compreensão não só da dimensão política da educação, mas principalmente de sua dimensão pedagógica.
O currículo é uma questão de identidade, já que as decisões tomadas a respeito dos elementos culturais essenciais à formação do sujeito históricosocial e à organização do
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trabalho pedagógico revelam a opção política, os interesses, os ideais e a compreensão da realidade pela comunidade.
Basicamente, o currículo é uma lista de tudo aquilo que uma escola pretende ensinar. Pode também conter informações mais precisas sobre como e quando vai fazêlo e também sobre os processos de avaliação das aprendizagens. Geralmente, resumese a uma relação de matérias, cada uma com seus conteúdos, apresentados na sequência em que devem ser trabalhados com os alunos de cada série.
O currículo pode ser uma referência sobre o modo de ser da escola, especialmente quando apresenta inovações em seus conteúdos. Ideologia e cultura estão ligadas ao currículo, tanto na teoria tradicional como na teoria crítica, pois considerase o currículo uma forma institucionalizada de transmitir a cultura de uma sociedade.
Diante do exposto, a Proposta Curricular deve ser inovadora, ética, transformadora onde o currículo respeita a diversidade cultural, trata das questões ambientais, econômicas, sociais, tecnológicas e culturais. Fica portanto, evidente a nossa responsabilidade na construção da Proposta Curricular, a qual é um desafio para os educadores, haja vista a ampla gamas de temas que este deve englobar, tendo o cuidado para não confabular com a realidade existente.
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MATRIZ CURRICULAR
ESTADO DO PARANÁ SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃONRE: 23 – PATO BRANCO MUNICÍPIO: 1450 MANGUEIRINHA
ESTABELECIMENTO: 01463 VILMA DOS SANTOS DISSENHA, E E PR – E FENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 4000 – ENS. 1 GR. 5/8 SER TURNO: MATUTINO VESPERTINOANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 – SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS / SÉRIE
5 6 7 8
BASE
NACC
OMUM
ARTES CIÊNCIAS EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO RELIGIOSO * GEOGRAFIA HISTÓRIA LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA
23313344
23313344
243
3344
243
3344
SUB –TOTAL 22 22 23 23
PD L.E.M. – INGLÊS ** 2 2 2 2
SUBTOTAL 2 2 2 2
TOTAL GERAL 24 24 25 25
NOTA: MATRIZ CURRICULAR DE ACORDO COM A LDB N. 9394/96
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ESTADO DO PARANÁSECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃONRE: 23 – PATO BRANCO MUNICÍPIO: 1450 MANGUEIRINHA
ESTABELECIMENTO: 01463 VILMA DOS SANTOS DISSENHA, E E PRO. EFENT MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 0009– ENSINO MÉDIO TURNO: MATUTINO ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2008 – GRADATIVA MÓDULO: 40 SEMANAS
DISCIPLINAS / SÉRIE
1 2 3
BASE NAC
COMUM
ARTES BIOLOGIA EDUCAÇÃO FÍSICA FILOSOFIA FÍSICA GEOGRAFIA HISTÓRIA LÍNGUA PORTUGUESA MATEMÁTICA QUÍMICASOCIOLOGIA
232
222442
2222222432
222
2224432
SUB –TOTAL 23 23 23
PD
L.E.M. – INGLÊS ** 2 2 2
SUBTOTAL 2 2 2
TOTAL GERAL 25 25 25
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PRÁTICA TRANSFORMADORA
Pedagogia Progressista
O Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, pais e comunidade com identidade própria, portanto todos os integrantes do processo educativo tem a capacidade de ouvir e serem ouvidos.
A concepção pedagógica está baseada na concepção histórica crítica no qual cabe a Instituição de Ensino, sequenciar o saber sistematizado e o conhecimento científico, tornando o Estabelecimento de Ensino, local de apropriação deste conhecimento, deve propiciar meios que favoreça o estudo,o debate,a tomada de decisões coletivas.
O Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha Ensino Fundamental e Médio, por ser um espaço educativo e por essência lugar social da comunicação humana, da reciprocidade, do diálogo, das aspirações pedagógicas e de realização de práticas pedagógicas relacionadas ao processo ensino aprendizagem e do fazer pedagógico global. Deve oferecer “ensino de excelência à comunidade escolar”, propiciando condições de aprendizagens significativas, atualizadas e eficazes com o objetivo de: “formar alunos competentes, críticos, éticos e com argumentação sólida e conscientes do seu papel na sociedade”.
A pedagogia do século XX sofre forte influência da Psicologia, na preocupação com a natureza da criança, com os processos de aprendizagem e busca de métodos adequados, sofre influência da sociologia, que se vê na educação o instrumento de desenvolvimento da sociedade, a formação de cidadãos e a participação produtiva nas atividades sociais. Sofre influência científica na escolha do conteúdo a ser ensinado, contrapondose ao ensino tradicional e à necessidade da cultura científica exigida pelo avanço tecnológico.
A escola progressista tem suas ideias alicerçadas na filosofia de John Dewei (1952) no geral diz: o conhecimento acontece quando o aluno estimula as atividades dos alunos para que aprendam a fazer fazendo.
Como a experiência é fundamental para Dewei, a vida. O fim da educação não é formar a criança a partir de modelos, nem orientálas para a ação futura, mas darlhe condições para que resolva por si própria os problemas decorrentes da experiência. Não separamos vida experiência aprendizagem e a função da escola esta na reconstrução continuada que a criança faz da experiência.
A pedagogia progressista parte de uma análise crítica das realidades sóciaspolítica da educação, que valoriza a experiência vivida como base da relação educativas e a ideia de auto gestão pedagógica.
A educação possibilita a compreensão da realidade histórica social e explicita o papel do sujeito construtor e transformador dessa mesma realidade. Defende uma escola socializadora dos conhecimentos universais.
A educação possibilita a compreensão da realidade histórico – social e explicita o papel do sujeito, transformador dessa mesma realidade.
O Estabelecimento de Ensino, é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e
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culturais, mas contraditoriamente existe nela um espaço que aponta a possibilidade de transformação social.
A prática pedagógica propõe uma interação entre conteúdo e realidade concreta, visando a transformação da sociedade, (ação compreensão ação).
Dá enfoque no conteúdo como produção históricosocial de todos os homens.Nos pressupostos teóricos da pedagogia progressista, defende a escola como
socializadora dos conhecimentos e saberes universais. A ação educativas pressupõe uma articulação entre o ato pedagógico e o ato político.
A interação social é o elemento de compreensão e intervenção na prática social mediada pelo conteúdo.
Pressupõe a práxis educativas que se revela numa prática fundamentada teoricamente.
A tarefa e a especificidade desta pedagogia em relação a educação escolar implica:
a) identificação das formas mais desenvolvidas em que expressa o saber objetivo produzido historicamente, reconhecendo as condições de suas manifestações, bem como as tendências atuais de transformação.
b) Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a tornalo assimilável pelos alunos das camadas populares no espaço e tempo escolares.
c) Provimento dos meios necessários para os alunos não apenas assimilar o saber objetivo enquanto resultado, mas apreendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.Os principais representantes teóricos desta pedagogia são: Demerval Saviani, Jamil
Cury, Gaudêncio Frigotto, Luiz Carlos de Freitas, José Carlos Libâneo, Marx, MakarenKo, Snyders, Vigostski,Wallon e Paulo Freire entre outros.
Os conteúdos trabalhados devem ser os universais, incorporados pela humanidade ( clássicos) permanente reavaliados face às realidades sociais.
Os conteúdos indispensáveis à compreensão da prática social: revelam a realidade concreta de forma crítica e explicitam as possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformações desta realidade.
Professores e alunos são seres concretos (sujeitos históricos), situados numa classe social numa classe social síntese de múltiplas determinações.
O professor é a autoridade competente, que direciona o processo pedagógico, interfere e cria condições necessárias à apropriação do conhecimento, enquanto especificidade da relação pedagógica.
Pressupõe tomada de decisão no qual o aluno toma conhecimento dos resultados e organizase para as mudanças necessárias.
Método utilizado: A) Prática social: é ponto de partida. Perceber e denotar, isto é, identificar o
objeto e da aprendizagem e lhe dar significado.É comum o professor e o aluno já que sentem e sabem a prática social em nível sincrético, mas ambos encontramse em momentos diferentes ( o professor domina o conteúdo, enquanto o aluno não o domina), por isto o professor realiza uma síntese precária.
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B) Problematização: momentos para pensar as questões que precisam ser resolvidas no âmbito da pratica social em consequência que conhecimentos são necessários a solução destes problemas. C)Instrumentalização: Apropriação pelas camadas populares das ferramentas culturais necessárias a luta social para superar a condição de exploração em que vivem.
D)Catarse – racionar e criticar incorporação dos instrumentos culturais transformados em elementos ativos de transformação social.
O consenso é o ponto de chegada a educação põese a serviço da referida transformação das relações de produção.
As técnicas de ensino utilizadas são: discussão, debates, leituras, aula expositiva, dialogada, trabalhos individuais e trabalhos em grupo, com elaboração de sínteses integradas.
DIVERSIDADE
EDUCAÇÃO DO CAMPO
O Colégio Estadual Vilma Dissenha atende neste ano letivo de 2009, em torno de 40% de alunos oriundos do campo, ou seja filhos de agricultores, assentados, acampados, arrendatários, pequenos proprietários, colonos ou sitiantes, atingidos por barragens, boias frias e indígenas.
O que caracteriza os povos do campo é o jeito peculiar de se relacionarem com a natureza, a organização das atividades produtivas, mediante mão de obra dos membros da família cultura e valores que enfatizam as relações familiares e de vizinhança, que valorizam as festas comunitárias e de celebração da colheita.
Os profissionais da educação que aqui trabalham devem entender “o campo” como um modo de vida social contribuindo para autoafirmação da identidade desses povos valorizando o seu trabalho, a sua história, o seu jeito de ser, os seus conhecimentos, a sua relação com a natureza e como ser da natureza.
Essa diversidade sociocultural e política também deve ser valorizada pelos próprios povos do campo, numa atividade de recriação da sua história.
Todas as disciplina em suas propostas pedagógicas deverão contemplar a educação do campo de forma contextualizada e interdisciplinar assim como no Plano de Trabalho0 Docente pois, a escola é um centro de formação humano e um espaço de construção e sistematização de conhecimentos que contribuem para a intervenção dos estudantes e famílias na realidade onde vivem.
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EDUCAÇÃO INCLUSIVA
O Colégio ainda conta com a sala de recurso e é desenvolvida conforme proposta abaixo.
A Educação Especial é uma área relativamente nova. Como campo de estudo da Pedagogia, foi sistematizada em meados do século XX e, apenas na década de 1960, passou a integrar a organização das Secretarias de Estado da Educação como parte da estrutura e funcionamento dos sistemas de ensino. Isso acontece, de forma pioneira no cenário nacional, no Estado do Paraná, em 1963.Esse marco histórico guarda um significado para a compreensão atual da Educação Especial, já que as concepções sobre a natureza do atendimento realizado, que o antecederam e o sucederam, relacionamse a uma complexa luta de interesses decorrentes das transformações políticas e econômicas por que passaram as diversas formações sociais.
Devese entender o movimento histórico que definiu a Educação Especial como integrante do sistema de ensino em meio às mesmas contradições existentes no contexto geral de educação, encorrentes de suas formas de participação na sociedade capitalista, constituída na dimensão da práxis e do trabalho social.São as mudanças nas formas de organização da vida produtiva e material que determinam as transformações na constituição do alunado da Educação Especial, ao longo da história. Se, em sua origem, no séc. XVIII, prestavase ao atendimento apenas às pessoas com deficiências sensoriais como a surdez e a cegueira, atualmente amplia seu escopo de atuação, incorporando a ampla gama de alunos com necessidades educacionais especiais e que, não necessariamente, apresentam alguma deficiência, como é o caso dos superdotados. A definição desse alunado está condicionada às complexas relações de poder imersas nos movimentos sociais concretos e não à mera relação do meio social com a representação da deficiência.
Neste texto, apresentase um amplo panorama da atenção às pessoas com deficiência na história, desde a Antiguidade aos dias atuais, destacandose as concepções de sujeito subjacentes, em cada uma das etapas que constituíram marcos em relação ao atendimento prestado. Assim, pretendese demonstrar que muitas das práticas, desenvolvidas na contemporaneidade, têm suas raízes fundadas nas primeiras percepções da sociedade em relação a esse grupo de pessoas, fortalecendo mitos e estereótipos acerca de suas limitações e possibilidades.
A organização da Educação Especial sempre esteve determinada por um critério básico: a definição de um grupo de sujeitos que, por inúmeras razões, não corresponde à expectativa de normalidade ditada pelos padrões sociais vigentes. Assim, ao longo da história, ela constitui uma área da educação destinada a apresentar respostas educativas a alguns alunos, ou seja, àqueles que, supostamente, não apresentariam possibilidades de aprendizagem no coletivo das classes comuns, que foram, entre outras denominações estigmatizantes, rotulados como excepcionais, retardados, deficientes...
Essa concepção que motivou a sua natureza de atendimento esteve, portanto, vinculada a um movimento social de sistematização de práticas de disciplinamento relacionadas à ‘caracterização’ dos indivíduos (loucos, marginais, doentes mentais,
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deficientes), a fim de enquadrálos em categorias que facilitariam seu tratamento. Essa situação remete à questão histórica dos diagnósticos e prognósticos que, muitas vezes, perpetuaramse como práticas de exclusão social.A compreensão da Educação Especial como modalidade que dialoga e compartilha os mesmos princípios e práticas da educação geral é recente e exige das famílias, alunos, profissionais da educação e gestores das políticas públicas um novo olhar sobre o aluno com necessidades educacionais especiais. Buscase um novo olhar em que valores como compreensão, solidariedade e crença no potencial humano superem atitudes de preconceito e discriminação em relação às diferenças.
Vale destacar que a Educação Especial, como integrante dos sistemas educacionais, é modalidade de educação que compartilha os mesmos pressupostos teóricos e metodológicos presentes nas diferentes disciplinas dos demais níveis e modalidades de ensino.
Considerase a educação especial uma modalidade da educação escolar definida em uma proposta pedagógica, que assegura um conjunto de recursos, apoios e serviços educacionais especiais organizados institucionalmente para apoiar, complementar e em alguns casos, substituir os serviços educacionais comuns, de modo a garantir a educação escolar e promover o desenvolvimento das potencialidades dos educandos que apresentam necessidades educacionais especiais, em todos os níveis, etapas e modalidades da educação.
A sala de recursos é um serviço especial de natureza pedagógica, desenvolvido por professores habilitados ou especializado em Ed. Especial, que suplementa (no caso de superdotados) e complementar (para demais alunos) e atendimentos educacional realizado em classes comuns da educação Básica.Esse serviço educacional especializado realizase em escolas, em local dotado de equipamentos com recursos pedagógicos adequados as necessidades educacionais especiais dos alunos, podendo estenderse a alunos de escolas próximas, nas quais ainda não exista esse atendimento.
Podem ser realizados atendimentos individuais ou em pequenos grupos, para alunos que apresentam necessidades educacionais especiais semelhantes em horários diferentes daquele em que frequentam classe comum.Recebem esse tipo de atendimento os alunos que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativa, distúrbios de aprendizagem e ou deficiência mental e que necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.
Os grupos de alunos em atendimento serão organizados preferencialmente por faixa etária conforme as necessidades pedagógicas semelhantes entre os mesmos.O atendimento é de acordo com a necessidade do educando, duas vezes na semana recebendo atendimento de uma hora e meia por dia.
Segundo a Deliberação nº. 02/03 aprovada em 02/06/03, esta modalidade assegura a educação de qualidade a todos os alunos com necessidades especiais em todas as etapas da educação básica e apoio, complementação com a substituição dos serviços educacionais regulares, bem como a educação profissional para e progressão no trabalho, formação indispensável para o exercício da cidadania.
Coloca a educação especial como dever constitucional do estado e da família, e será
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oferecida preferencialmente, na rede regular de ensino.As necessidades educacionais especiais são definidas pelos problemas de aprendizagem apresentados pelos alunos, em caráter temporário ou permanente, bem como pelos recursos e apoios, que a escola deverá proporcionar objetivando a remoção das barreiras para a aprendizagem.
Será ofertado atendimento educacional especializado aos alunos com necessidades educacionais especiais decorrentes de dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, não vinculados a uma causa orgânica especifica ou relacionados a transtornos, limitações ou deficiências.
Em seu capítulo III, define que o estabelecimento de ensino regular de qualquer nível ou modalidade garantem em sua proposta pedagógica o acesso e o atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais.A sala de recursos é considerada um serviço de apoio pedagógico especializado, ofertado pela escola regular, para atender as necessidades educacionais especiais do aluno.
A organização da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino deverá tomar como base as normas e diretrizes curriculares Nacionais e Estaduais, atendendo ao principio da flexibilização.O estabelecimento de ensino deve realizar avaliação, no contexto escolar, para a identificação das necessidades educacionais do aluno, pelo professor da sala de recursos com apoio da equipe técnico –pedagógica ou de professores especializado, podendo contar, ainda com profissionais dos serviços especializados sempre que necessário.
Os procedimentos para a classificação, reclassificação e aproveitamento de estudos, previstos nas normas que regem o sistema Estadual de Ensino, aplicase aos alunos com necessidades educacionais especiais.Recebera certificação de escolaridade com terminalidade específica o aluno, que em virtude de suas necessidades educacionais especiais, mesmo com as adaptações, o tempo e os serviços necessários, não atingir o exigido nível fundamental.
O Aluno que apresentar características de superdotado e altas habilidades poderá ser oferecido o enriquecimento curricular, no ensino regular ou salas de recursos, e a possibilidade de aceleração de estudos para contribuir em menor tempo o programa escolar, utilizandose dos procedimentos darseá a classificação compatível como seu desempenho escolar e maturidade sócioemocional.
De acordo com a instrução nº. 05|04 que estabelece critérios para o funcionamento da sala de recursos para Ensino Fundamental de 5ª a 8ª. Series, na área de deficiência mental e transtornos de aprendizagem, os alunos da sala de recursos deverão ser aqueles regularmente matriculados no ensino fundamental de 5ª a 8ª series, egressos da educação especial ou aqueles que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de aprendizagem e ou deficiência mental e que necessitam de apoio especializado complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem na classe comum.
A avaliaçãopedagógica de ingresso deverá ser realizada no contexto do Ensino Regular, devendo enfocar conteúdos de língua portuguesa e matemática das series iniciais,
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alem das áreas do desenvolvimento. A mesma deve estar registrada em relatório, com a indicação dos procedimentos de intervenção e encaminhamentos.
Quando o aluno da sala de recursos frequentar classe comum em outro estabelecimento devera apresentar relatório de avaliação pedagógica no contexto, declaração de matricula e encaminhamento.
Alunos egressos da classe especial e sala de recursos de 1ª a 4ª serie, deverão apresentar o ultimo relatório semestral da avaliação do professor especializado.
A sala de recursos para 20 horas semanais terá um numero Máximo de 30 alunos, sendo atendidos em horário contrário ao que esta matriculado, individualmente ou em grupos de até 10 alunos.
Com atendimentos organizados preferencialmente por faixa etária e ou conforme suas necessidades pedagógicas semelhantes dos mesmos podendo ser de 2 a 4 vezes por semana não ultrapassando 2 horas diárias.
O controle de frequência será feito por formulário elaborado pela escola previsto pelo professor especializado o qual terá contato periódico com a equipe técnica pedagógica da escola, e sempre que possível com os professores da classe comum para o acompanhamento do desenvolvimento do aluno e participar do conselho de classe.
Na pasta individual do aluno, além de conter os documentos exigidos para a classe comum, deverá conter os relatórios de avaliação pedagógica no contexto escolar e de acompanhamento semestral elaborados pelo professor da sala de recursos equipe técnico pedagógica da escola, e sempre que se fizer necessário pelos professores da classe comum, após o conselho de classe.No histórico escolar não devera constar que o aluno frequentou sala de recursos.
O aluno frequentará a sala de recursos para superar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum e quando não necessitar mais de apoio especializado, o desligamento será formalizado por meio de relatório pedagógico elaborado pelo professor da sala de recursos e juntamente com a equipe técnico pedagógica e arquivado na pasta individual do aluno.
De acordo com a resolução CNE|CEB nº. 2|01 de 12 de setembro de 2001, no qual institui as diretrizes nacionais para educação especial na educação básica, diz que a educação especial enquanto modalidade da educação básica considera as situações singulares, os perfis dos estudantes, as características biopsicossociais dos alunos e suas faixas etárias e se pautara em princípios éticos políticos e estéticos de modo a segurar a dignidade humana e a observância do direito de cada aluno de realizar seus projetos de estudo, de trabalho e inserção na vida social.
Assegurarlhe ainda o reconhecimento e valorização de suas diferenças e potencialidades, bem como de suas necessidades educacionais especiais no processo de ensino e aprendizagem como base para a constituição e ampliação dos valores, atitudes conhecimentos, habilidades e competências.
No artigo 16 da resolução 02|01 descreve que e facultativo as instituições de ensino se esgotadas as possibilidades pontuadas nos artigos 24 e 26 da lei 9394|96, viabilizar ao aluno com grave deficiência mental ou múltipla que não apresentar resultado de escolarização previstos no inciso 1º. Do artigo 32 da mesma Lei, terminalidade especifica de
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ensino fundamental, por meio da certificação de conclusão da escolaridade, com histórico escolar que apresentam de formas descritivas as competências desenvolvidas pelo educando, bem como encaminhamento devido para educação de jovens e adultos e para educação profissional.
A LDB nº9394|96 em seu artigo 59, diz que os sistemas de ensino asseguraram os educandos com necessidades especiais currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização especificam para atender as suas necessidades de modo a propiciar o pleno desenvolvimento das potencialidades sensoriais, afetivas e intelectuais do aluno, mediante um projeto pedagógico que contempla, alem das orientações comuns, o comprimento dos 200 dias letivos, horas aulas, meios para recuperação e atendimento do aluno, avaliação e certificação, articulação com as famílias e a comunidade.
Então, a escola, além de assegurar o acesso a matrícula deve assegurar as condições para o sucesso escolar de todos os alunos, isso pode ser feito através de serviços de apoio especializado que são serviços diversificados oferecidos através da sala de recursos para responder as necessidades educacionais e especiais dos educando.
As dificuldades de aprendizagem na escola compreendem desde situações simples ou transitórias que podem ser resolvidas espontaneamente no curso do trabalho pedagógico e ate citações mais complexas ou permanentes que requerem o uso de recursos ou técnicas especiais na sala de recursos para viabilizar o acesso ao currículo por parte do educando.
DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
O Colégio Estadual Vilma Dissenha contemplará em todas as disciplinas e em todas as séries em sua Proposta Curricular os seguintes Desafios Educacionais Contemporâneos :− Educação Ambiental− Educação Fiscal e Educação Inclusiva− Enfrentamento à Violência na Escola− História e Cultura AfroBrasileira, Africana e Indígena− Prevenção ao uso indevido de drogas− Sexualidade
Portanto, entendese que Educação Ambiental é um processo permanente de formação e de busca de informações voltadas para a prevenção do equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio biofísico, e para os problemas relacionados a estes fatores.
A Educação Fiscal visa despertar a consciência de estudantes sobre direitos e deveres em relação ao valor social dos tributos e do controle social do Estado democrático.
O Enfrentamento à Violência na Escola propicia entendimento amplo sobre violência, compreendendo as diversas realidades em que se apresenta.
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História e Cultura AfroBrasileira, Africana e Indígena objetiva promover o reconhecimento da entidade, da história e da cultura da população paranaense, assegurando a igualdade e a valorização das raízes africanas ao lado dos indígenas, europeias e asiáticas.
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, diante de um assunto desafiador propõese aos profissionais da educação junto aos alunos uma abordagem fundamentada em “pesquisas”, desprovida de valores e crenças pessoais.
Sexualidade é compreendida como uma construção social, histórica e cultural. As aprendizagens sobre sexualidade visam ampliar as possibilidades que cada cidadão e de cada cidadã tem de viver com maior liberdade, responsabilidade e prazer.
Portanto, todos os conteúdos que envolvem a sexualidade só ganham sentido quando são trabalhados no contexto da valorização da dignidade da pessoa humana.
Caberá a cada professor em sua Proposta Curricular e em seu Plano de Trabalho Docente especificar a metodologia a ser trabalhada em cada conteúdo considerado como Desafio Educacional Contemporâneo.
MARCO OPERACIONAL
REDIMENSIONAMENTO DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO
ASPECTOS PEDAGÓGICOS
Conceber e praticar uma educação para todos pressupõe a prática de currículos abertos e flexíveis, comprometidos com o atendimento às necessidades educacionais de todos os alunos, sejam elas especiais ou não. Inúmeros estudiosos (CARVALHO, 2001, 2004; FERREIRA; GUIMARÃES, 2003 LANDÍVAR, 1999; GONZÁLEZ, 2001) são unânimes em afirmar que não deve haver um currículo diferenciado ou adaptado para alguns alunos.
Com a implementação da atual Lei de Diretrizes e Bases e a clara intenção do princípio inclusivo que a fundamenta, a adoção e a implementação de currículos abertos e flexíveis, que atendam à diversidade do alunado presente na escola, passou a ser objeto de discussão nas diretrizes curriculares e nos cursos de formação continuada dos sistemas de ensino.
Entendese que o conhecimento sistematizado pela educação escolar deve oportunizar aos alunos idênticas possibilidades e direitos, ainda que apresentem diferenças sociais, culturais e pessoais, efetivandose a igualdade de oportunidades, sobretudo, em condições
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semelhantes aos demais.Nem todos os que apresentam necessidades educacionais especiais são pessoas com
deficiências, já que há um enorme contingente de alunos com problemas e dificuldades em seu processo de aprendizagem, advindos de inúmeros fatores, quase sempre atrelados às condições socioeconômicas e/ou pedagógicas desfavoráveis. E mais: a expressão necessidades educacionais especiais sugere a existência de um problema de aprendizagem, mas não apenas isto. Indica que recursos e serviços educacionais diferenciados daqueles comumente utilizados no contexto escolar, para a maioria dos alunos, serão indicados. Assim, quem apresenta necessidades educacionais especiais não são apenas os alunos, mas, também, as escolas e sistemas de ensino (FERNANDES, 2006a).
O trabalho a ser desenvolvido na sala de recursos, deverá partir dos interesses necessidades e dificuldade de aprendizagem especifica de cada aluno, oferecendo subsídios pedagógicos e contribuindo para aprendizagem dos conteúdos na classe comum.
A programação a ser elaborada deverá observar as áreas do desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio – afetiva emocional) de forma a subsidiar os conceitos de conteúdos defasados no processo de aprendizagem, para atingir o currículo da classe comum.Esses conteúdos defasados, das series iniciais, deverão ser trabalhados com metodologias e estratégias diferenciadas para que o trabalho desenvolvido na sala de recursos não seja confundido com reforço escolar (repetição de conteúdo da prática em sala de aula).
A sala de recursos tem por função ativar a capacidade de construção do conhecimento do educando valorizando suas experiências de vida.
AVALIAÇAO OU ACOMPANHAMENTO
Semestralmente deverá ocorrer uma reavaliação dos processos de intervenção educativa, com a finalidade de realizar ajustes ou modificações no processo ensinoaprendizagem.
Realizar um relatório semestral do acompanhamento do aluno e adequar como for necessárias intervenção e estratégias de suas dificuldades pautando seus progressos e possível desligamento se ao mesmo tempo não necessitar mais do atendimento da sala de recursos.
GESTÃO COLEGIADA
O Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, é uma instituição na medida em que a concebemos como organização das relações sociais entre os indivíduos dos diferentes segmentos, ou então como o conjunto de normas e orientações que regem essa organização.
Pensar no Estabelecimento de Ensino, como instituição é aprender no sentido global de suas estruturas e de seu conjunto de normas, valores e relações numa dinâmica singular e viva. Cabe, portanto, ao P.P.P. os papéis de organizador da diversidade, construtor de
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espaços de autonomia, gerador da descentralização e impulsionado de uma atitude democrática e comunicativa.
O Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, deve ser encarada como uma comunidade educativas, permitindo mobilizar o conjunto dos grupos sociais e profissionais em torno de um projeto comum onde a maioria da clientela são alunos indígenas.
Segundo a Lei 10.639 que estabelece as diretrizes de Base da Educação Nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro – Brasileira e Indígena.
É necessário considerar, portanto, a inter relação das instâncias colegiadas onde o compromisso e a participação ativa dos integrantes da comunidade escolar, mobilizados pela reflexão crítica, de projetaremse para o futuro.
Na Instituição de Ensino, temos pessoas que desempenham diferentes funções, todas de suma importância para o desenvolvimento do trabalho pedagógico, precisamos exercitar o difícil aprendizado de que é na diferença que se faz o todo, onde não há superiores e inferiores, mas trabalhadores e trabalhadoras da educação construindo uma escola pública, cada dia mais humana, democrática e de qualidade.
PAPEL ESPECÍFICO DA COMUNIDADE
Papel específico de cada membro do segmento escolar
No Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, temos pessoas que desempenham diferentes funções, todas de suma importância para o desenvolvimento do trabalho pedagógico, precisamos exercitar o difícil aprendizado de que é na diferença que se faz o todo,trabalhadores em educação construindo uma escola pública a cada dia mais humana, democrática e de qualidade.
DIREÇÃO
Cabe a gestão dos serviços escolares, no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais deste Estabelecimento de Ensino, definidos no Projeto Político Pedagógico da Instituição de Ensino.
Compete ao Diretor:A direção escolar tem como principal atribuição coordenar a elaboração e a execução
da proposta pedagógica, eixo de toda e qualquer ação a ser desenvolvida pelo estabelecimento.
Elaborar os Planos de aplicações financeiras, a respectiva prestação de contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;
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Elaborar e submeter a aprovação do Conselho Escolar as Diretrizes específicas da administração do Estabelecimento em consonância com as normas e orientações gerais emanadas da Secretaria Estadual da Educação;Submeter o calendário escolar à aprovação do Conselho Escolar;
Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor alternativas de solução, para atender aos problemas de natureza pedagógica, administrativa as situações emergências;
Propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela Instituição de Ensino, extinguindo ou abrindo cursos, ampliando ou reduzindo o número de turnos e turmas e a composição das classes;
Propor à Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho Escolar, a implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão administrativa;
PEDAGOGO
Segundo SCHEIBE (1999,pág 22), ao longo das lutas da democratização da sociedade e de mobilização pela educação até a década de 80 educadores organizaramse e discutiram a identidade do pedagogo e a formação necessárias para a construção de uma nova sociedade.
Deste contexto um acúmulo importante foi a compreensão de que o eixo que identifica a função do pedagogo é o trabalho pedagógico, compreendendo como ato educativo coletivo, intencional planejado e que o curso de pedagogia deve constituirse com um espaço de formação deste profissional, permeado de sólida formação teórico – pratica tornandoo capaz de articular, mediar as atividades educativas voltadas para a formação humana e não para o mercado.
Na contramão dos entraves legais defendemos que o pedagogo não deve ser reduzido a mero instrumentalizador ou técnico, deve: agir, intervir, lançar novos desafios para quebrar o equilíbrio e, assim construir novos conhecimentos e práticas libertadoras, na construção da escola Publica, democrática e de qualidade.
Ser pedagogo implica na consciência do que somos, do que desejamos, questionando a nós mesmos.
É trabalho coletivo permanente que exige participação, construção, superação e diálogo. Cabe ao pedagogo fomentar a organização de espaços na escola.
A construção da identidade do pedagogo se afirma à partir da concepção de educação que a escola assume em sua prática cotidiana. Se desejamos uma educação emancipadora, cabe ao pedagogo ser sujeito que:
• Afirmase com o povo excluído;• Busca construir os caminhos da emancipação;• Nesta construção, dialogicamente, desvela a realidade opressora e o opressor que
muitas vezes reproduzimos em nossa pratica cotidiana.
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CORPO DOCENTE
Participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino.Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do
estabelecimento de ensino;Zelar pela aprendizagem dos alunos e estabelecer estratégias de recuperação para os
alunos de menor rendimento;Ministrar os dias letivos e horas aula estabelecidos, além de participar integralmente
dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional.Colaborar com atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade e
escolher juntamente com o pedagogo livros e materiais didáticos comprometidos com a política educacional da Secretaria de Estado da Educação.
DA BIBLIOTECA
A Biblioteca constituise em espaço pedagógico, cujo acervo estará a disposição de toda a Comunidade Escolar.
A Biblioteca deverá ter regulamento próprio, onde estarão explicitados sua organização, funcionamento e atribuições do responsável.
O acervo bibliográfico será fornecido pelo Secretário de Estado da Educação, por recursos próprio da Instituição de Ensino, e por campanhas ou doações de terceiros.
DA EQUIPE ADMINISTRATIVA
A Equipe Administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos os setores do estabelecimento de ensino proporcionando condições para que os mesmos cumpram suas reais funções.Da Secretaria:
• Redigir a correspondência que lhe for confiado e organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
• Rever todo o expediente a ser submetido ao despacho do Diretor e elaborar relatórios e processos a serem encaminhadas à autoridades competentes.
• Apresentar ao Diretor em tempo hábil todos os documentos que devem ser assinados e organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de assentamento dos alunos, de forma a permitir em qualquer época do ano, a verificação:
a)da identidade e regularidade da vida escolar do aluno;b)da autenticidade dos documentos escolares.c) Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência, adaptação e conclusão do curso.
A escala de trabalho dos funcionários será estabelecida de forma que o expediente da
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Secretaria conte sempre com a presença de um responsável, em independentemente da duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do estabelecimento.Dos Serviços Gerais:
Os Serviços Gerais têm a seu encargo o serviço de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar deste Estabelecimento de Ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinada.
Compõem os Serviços Gerais: servente, merendeira, vigia e inspetor de alunos.Compete Ao Servente:Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, solicitando a aquisição
dos produtos;
Compete à Merendeira:Preparar e servir a merenda escolar, controlandoa quantitativamente e
qualitativamente;Informar ao Diretor deste Estabelecimento de Ensino da necessidade da reposição do
estoque e conservar o local de preparação da merenda em boas condições de trabalho, procedendo a limpeza e arrumação;
Compete ao Vigia:Efetuar rondas periódicas de inspeção, com vistas a zelar pela segurança deste
Estabelecimento de Ensino e impedir a entrada no prédio ou áreas adjacentes, de pessoas estranhas e sem autorização, fora do horário de trabalho, como medida de segurança.
Compete ao Inspetor de Aluno:
Zelar pela segurança e disciplina individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas, disciplinares para manter a ordem e evitar acidentes, neste Estabelecimento de Ensino e permanecer nas dependências do Estabelecimento de ensino, observando os alunos que possam apresentar irregularidades, oferecendolhes orientação e auxílio;
Auxiliar a Direção deste Estabelecimento de Ensino, no controle de horários, acionando o sinal, para determinar o início e o término das aulas e observar a entrada e a saída dos alunos, permanecendo nas imediações dos portões, ara prevenir acidentes e irregularidade.
ASSOCIAÇÃO DE PAIS MESTRES E FUNCIONÁRIOS
A.P.M.F ( associação de pais mestres e funcionários) é uma instituição auxiliar na escola. Tem como finalidade colaborar no aprimoramento da educação e na integração família, escola comunidade.
A.P.M.F. deve exercer a função sustentadora jurídica das verbas públicas e aplicadas pela escola, com a participação dos pais no seu cotidiano em cumplicidade com a administração.
O Estabelecimento de Ensino, deve formar para a cidadania e, para isso ela deve dar
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exemplo. A gestão democrática da escola é um passo no aprendizado da democracia. A escola não teve um fim em si mesma. Ela está a serviço da comunidade ( Gadotti, 1997 pág. 95).
A APMF tem como objetivo discutir no seu âmbito de ação, sobre ações de assistência ao educando, de aprimoramento do ensino e integração família, escola, comunidade, enviando sugestões, em consonância com a proposta pedagógica para apreciação do Conselho Escolar, discutindo a política educacional, visando sempre a realidade dessa comunidade.
Gerir e administrar recursos financeiros próprios e os que lhes forem repassados através de convênios, de acordo com as prioridades estabelecidas em reunião, além de colaborar com a manutenção e conservação do prédio escolar e suas instalações, conscientizando sempre a comunidade para a importância desta ação.
Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as alterações que julgar necessário ao Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino, para deferimento ou não.
Reunirse com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos de convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como reunirse para prestação de contas desses recursos.
A diretoria da APMF será composta por presidente, vice presidente, 1º secretário, 2º secretário, 1º tesoureiro, 2º tesoureiro, 1 diretor sóciocultural esportivo e 2º diretor sócio – culturalesportivo.
Os cargos de diretoria serão ocupados somente por integrantes efetivos, eleitos em assembleia geral, convocada especificamente para este fim.
O mandato da diretoria da APMF será de (2) dois anos podendo serem reeleitos por mais (2) dois anos.
CONSELHO DE CLASSE
O conselho de classe é uma instância colegiada que ao buscar a superação da organização prescritiva e burocrática deve se preocupar com os processos avaliativo capazes de reconfigurar o conhecimento de rever as relações pedagógicas buscando alternativas e contribuindo para alterar a própria organização do trabalho pedagógico.
Tem por objetivo a oportunidade de reunir os professores para refletir e planejar as ações futuras sobre a aprendizagem dos aluno e sobre a sua prática e não fazer sessões de julgamento, muitas vezes como réus e culpados ( Hoffamann, 2001).
A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriarse dos conteúdos curriculares estabelecidos.Parágrafo Único É de responsabilidade da equipe pedagógica organizar as informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.
O conselho de classe guarda em si a possibilidade de articular os diversos segmentos
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da escola e tem por objeto de estudo o processo de ensino, que o eixo central em torno do qual se desenvolve o processo do trabalho escolar. O que é tarefa central do ensino é de oportunizar situações didáticas para que a aprendizagem ocorra.
Nesta perspectiva avaliar e efetivar oportunidade de açãoreflexão, num acompanhamento contínuo dos professores levara o aluno a novas questões. Portanto o objeto principal do conselho de classe é o ensino e suas relações com a avaliação da aprendizagem.
Numa tarefa de reconstrução da pratica avaliativo, cabe ao conselho de classe dar conta de importantes questões didática pedagógicas aproveitando seu potencial de gerador de ideias e um espaço educativo. E fundamental que os educadores explorem as possibilidades educativas do conselho de classe, mesmo enfrentando as adversas condições de trabalho, bem como as exigências burocráticas que tem que cumprir. Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos, procedimentos metodológicos, os procedimentos avaliativos e as relações estabelecidas na ação pedagógico educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto PolíticoPedagógico.
O Conselho de Classe constituise em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e propõem ações educativas eficazes que possam vir a sanar necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a), pela equipe pedagógica e por todos os docentes, por meio de:I. Pré Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representação de turma e/ou pelo pedagogo(a);II. Conselho de Classe Integrado, com a participação da equipe pedagógica, da equipe docente e da representação facultativa de alunos e pais.
A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias do Conselho de Classe, deverá ser divulgada, com antecedência de 48 (quarenta e oito) horas.
O Conselho de Classe reunirseá ordinariamente em datas previstas em calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.
As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata, pelo(a) secretário(a) da Escola, como forma de registro das decisões tomadas.
CONSELHO ESCOLAR
O conselho escolar deve ser entendido como local de debate e tomador de decisões. Como espaço de debates e decisões, permite que professores, funcionários, pais e alunos excitem seus interesses, suas reivindicações. A instância de caráter mais deliberativo, de tomada de decisões sobre os assuntos substantivos do Estabelecimento de Ensino, proporciona momentos em que os interesses contraditórios vêm à tona.
O conselho escolar deve, favorecer a aproximação dos centros de decisão dos atores. Facilita a comunicação, pois, rompendo com as relações burocráticas e formais, permite a comunicação entre a escola e a sociedade bem como o seu envolvimento.
O Conselho escolar embora não possa resolver os problemas da instituição de ensino,
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fomentam a gestão compartilhada como um dos possíveis caminhos, para a democratização do poder na escola e na própria sociedade.
O conselho escolar é um órgão colegiado, representativo da comunidade escolar, de natureza deliberativa, consultiva, avaliativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização em conformidade com as políticas e diretrizes educacionais as SEED, observando a Constituição Federal, a LDB, o ECA, o PPP e Regimento do Estabelecimento de Ensino, para o cumprimento da função social e específica da Instituição de Ensino.
O Conselho Escolar é concebido, enquanto um instrumento de gestão colegiada e de participação da comunidade escolar, numa perspectiva de democratização da escola pública, constituindose como órgão máximo de direção do Estabelecimento de Ensino.
O Conselho Escolar, órgão colegiado de direção,deverá ser constituído pelos princípios de representatividade democrática, da legitimidade e da coletividade, sem os quais perde sua finalidade e função político pedagógica na gestão escolar.
Os representantes do Conselho Escolar serão escolhidos entre seus pares, mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo a representatividade de todos os níveis e modalidades de ensino. Terá assegurada na sua constituição a paridade (nº igual de representantes por segmentos) 50% para a categoria dos profissionais da escola e 50% para a categoria comunidade atingida pela escola.
O Conselho Escolar é constituído pelos seguintes conselheiros: diretor, representante da equipe pedagógica, representante do corpo docente, representante dos funcionários administrativos e dos serviços gerais, representante do corpo discente, representante dos pais de alunos.
Representante do Grêmio estudantil e dos segmentos organizados da comunidade.O Conselho Escolar será em fórum permanente de debates, de articulação entre
vários setores da escola, tendo em vista o atendimento das necessidades educacionais e os encaminhamentos necessários à solução de questões pedagógicas, administrativas e financeiras, que possam intervir no funcionamento da mesma.
CALENDÁRIO ESCOLAR
O Calendário escolar do Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha Ensino Fundamental e Ensino, foi elaborado de acordo com a LDB lei 9394/96, a Lei complementar Estadual nº.103 de 15 de março de 2004, que institui o Plano de Carreira do Professor da Rede Estadual de Educação Básica e a Deliberação nº. 02/02 do CEE que inclui no período letivo, dias destinados à atividades pedagógicas.
O Calendário Escolar deve contemplar o mínimo de 800 horas distribuídas por um mínimo de 200 dias letivos de efetivo trabalho escolar.
52SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2009
COLÉGIO EST. PROFª VILMA DISSENHA EFM
JANEIRO FEVEREIRO MARÇOD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6 74 5 6 7 8 9 10 8 9 10 11 12 13 14 15 8 9 10 11 12 13 14 22
11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21 dias 15 16 17 18 19 20 21 dias
18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 22 23 24 25 26 27 2825 26 27 28 29 30 31 29 30 31
1 Dia Mundial da Paz 24 Carnav al
29- Feriado 25 Recesso
ABRIL MAIO JUNHOD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 1 2 1 2 3 4 5 65 6 7 8 9 10 11 8 3 4 5 6 7 8 9 19 7 8 9 10 11 12 13 19
12 13 14 15 16 17 18 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias
19 20 21 22 23 24 25 17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 2726 27 28 29 30 24 25 26 27 28 29 30 28 29 30
3110 – paixao 1 Dia do Trabalho 11 Corpus Christi
19- Dia do Indio 12 Recesso
21 – Tiradentes – 29 – Cons.Classe 25 Conselho de classeJULHO AGOSTO SETEMBRO
D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 1 1 2 3 4 5
5 6 7 8 9 10 11 23 2 3 4 5 6 7 8 20 6 7 8 9 10 11 12 21
12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 2626 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30
30 317 Independência
19 Conselho de classe
OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBROD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 1 2 3 4 54 5 6 7 8 9 10 20 1 2 3 4 5 6 7 20 6 7 8 9 10 11 12 13
11 12 13 14 15 16 17 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias
18 19 20 21 22 23 24 15 16 17 18 19 20 21 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 31 22 23 24 25 26 27 28 27 28 29 30 31
29 3012 N. S.Aparecida 8 Feriado Municipal
04 feriado pad.Com 15 Proclamação da República 07 conselho de classe
16 Dia do Professor 19 Emancipação Política do PR
25 Natal 1º semestre 83
Dias letivos Férias Discentes Férias/Recessos/Docentes 2º semestre 94
1º semestre 102 dias janeiro 31 dias janeiro / férias 30 dias2º semestre 106 dias fevereiro 08 dias jan/fev /reces. 03 dias total 177Subtotal 208 dias Abril 17 dias julho/reces. 14 diasFeriado Mun. 04 dias dezembro 11 dias dez / reces. 11 dias
Conselho de Classe 03 dias Total 67 dias outros recessos 02 dias
Recessos 03 dias Total 60 diasTotal 201 dias
Início/Término Conselho de ClassePlanejamento e Replanejamento Reunião Pedagógica
18 OBMEP-2009 (1ª FASE)
2 Finados
20 Dia Nacional da Consciência Negra
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PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
APRESENTAÇÃO
A tarefa de transformar nosso complexo sistema educacional exige múltiplas ações. As mais importantes são as capazes de procurar impacto significativo na qualidade da formação dos educandos e da prática do professor.
Ser inovador, criativo, é saber e conseguir romper com o desvio. É ser capaz de formular a pergunta ninguém ousa, propor o que ninguém proporia. Para ser criativo é preciso ter desapego pela acomodação, ter a coragem de enfrentar resistências e, principalmente, não ter medo de errar.
Criatividade depende, antes de tudo, de autoconfiança e confiança no outro. No entanto, criar e inovar não são apenas lampejo, iluminação. Não basta Ter uma ideia criativa e pensar que tudo está solucionado, talvez seja o início de um problema. Então é preciso suar, e muito, até a realização concreta da criação. É assim com os escritores, pintores, atores cientistas, um minuto de inspiração é um ano inteiro de trabalho duro.
A maioria das atividades criativa com que nos deparamos hoje em dia nas escolas tem sido feita por meio de projetos. Esta é uma forma inovadora de romper com as prisões curriculares e de dar um formato mais ágil e participativo ao nosso trabalho de professores e educadores.
Aprender fazendo, agindo, experimentando, construindo é o modo mais natural, intuitivo e fácil de aprender. Isso é mais do que uma estratégia fundamental de aprendizagem. É um modo de ver o ser humano que aprende. Ele aprende pela experimentação ativa do mundo.
Os projetos, por sua vez, têm sido a forma pelo qual a escola organiza e viabiliza uma nova modalidade de ensino que, embora essencialmente curricular, busca sempre escapar das limitações curriculares. Os projetos abrem uma brecha naquela coisa meio norma do diaadia da sala de aula. Criam possibilidades de ruptura por se colocarem como espaço corajoso no qual é possível fazer a interdisciplinaridade unindo a matemática a ciência, a história e a geografia, a língua portuguesa à formação de uma identidade cultural.
Trabalhar com projetos é uma forma de facilitar a atividade, a ação, a participação do aluno no seu processo de produzir fatos sociais, de trocar informações, enfim, de construir conhecimento.
As ações que nossa escola propõe são:
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FERA
APRESENTAÇÃO:
O FERA (Festival de Artes da Rede Estudantil) tem como finalidade o desenvolvimento das atividades artísticas culturais para auxiliar a formação do aluno e do professor, enriquecer o espaço escolar e fortalecer a interação comunidade escolar.
Cada ano um tema é trabalhado e desenvolvido pelo FERA sendo que as etapas e os locais são definidos pelo SEED.
O FERA tem diversas programações tais como: programação de estudo, programação de intervalos, atividades culturais diversas (dança livre, teatro de revista, música de raiz, universal, delicias de gastronomia econômica, interação científica, visitações ao patrimônio cultural, e ecológico e histórico entre outros), além das diversas oficinas onde professores e alunos participam.
O FERA também busca estimular experiências nas diversas áreas e linguagens artísticas desenvolvendo a interdisciplinaridade, trabalhando o conhecimento, a arte e a cultura, contribuindo para a reflexão sobre a arte e a educação e ainda promovendo o intercâmbio entre as escolas para enriquecer o tempo e o espaço escolar.
No FERA os alunos e as escolas têm a oportunidade de divulgar um pouco dos trabalhos e atividades desenvolvidas nas escolas, bem como divulgar os talentos tanto individual como coletivo dos alunos.
COM CIÊNCIA
APRESENTAÇÃO:
O projeto COM CIÊNCIA é um encontro que envolve trabalhos realizados pelos estudantes das Escolas Estaduais, que desenvolvem projetos e trabalhos científicos em pesquisa e tecnologia.
O COM CIÊNCIA tem como objetivo principal o favorecimento e a democratização do conhecimento, onde valoriza as atividades desenvolvidas pelos Estabelecimentos de Ensino, juntamente com seus alunos e professores. Oportunizar o envolvimento do coletivo com diversas atividades como: apresentações, visitação, palestras, oficinas...E a oportunidade que as escolas têm de promover e discutir a ética sobre as formas de produção e uso do conhecimento em nossa sociedade, bem como criar espaços e tempos de aprendizagem além da sala de aula.
É uma oportunidade de incentivar os estudantes à prática e o desenvolvimento de pesquisas, dividindoo a outras escolas e comunidade.
Oportunizar subsídios teóricos que formatem a organização dos alunos e escolas a desenvolver clubes de ciência, colecionadores etc.
O tema bem como a etapa e o local de realização do COM CIÊNCIA será definido pela
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SEED.As atividades desenvolvidas dentro do COM CIÊNCIA são: Eventos precursores,
exposição escolar, exposição paralela, oficinas e sala de batepapo temático, eventos especiais entre outros.
PLURALIDADE CULTURAL: ÍNDIOS
A Instituição de Ensino, é o centro irradiador de atitudes e hábitos comportamentais dividindo com a família a responsabilidade de despertar e manter nas crianças e adolescentes a cultura, o hábito e os costumes de sua gente.
Sabemos que a missão do Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, é formar as crianças para o conhecimento, harmonia, união, socialização de forma prazerosa e que todos se tratem humanamente independente da cor, sexo, religião ou raça.
O Colégio Estadual Professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, desenvolve no mês de abril este projeto em homenagem ao ÍNDIO.
Sendo nossa Instituição de Ensino, privilegiada por atender alunos indígenas da Reserva Indígena de Mangueirinha que abriga os índios Kaigang e Guarani. Apesar de procurar trabalhar de forma harmoniosa, respeitando as diferenças, o convívio entre brancos e índios deixa muito a desejar.
Sendo que o Estabelecimento de Ensino, é um dos espaços para aprender a conviver, a ser, a fazer, a conhecer para propiciar a troca, a imaginação, a interação, a partilha e o respeito as diferenças.
O Colégio Estadual professora Vilma dos Santos Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, deve considerar a cultura popular e o multiculturalismo e finalmente excluir as diferenças vividas.
A Instituição de Ensino, é o centro irradiador de atitudes e hábitos compartimentais dividindo com a família a responsabilidade de despertar e manter nas crianças e adolescentes a cultura, o hábito e os costumes de sua gente.
Sabemos que a missão do Estabelecimento de Ensino, é formar as crianças para o conhecimento, harmonia, união, socialização de forma prazerosa e que todos se tratem humanamente independente da cor, sexo, religião ou raça.
Sendo nossa Instituição de Ensino, privilegiada por atender alunos indígenas da Reserva Indígena de Mangueirinha que abriga os índios Kaigang e Guarani. Apesar da escola procurar trabalhar de forma harmoniosa, respeitando as diferenças, o convívio entre brancos e índios deixa muito a desejar.
Sendo que o Estabelecimento de Ensino, é um dos espaços para aprender a conviver, a ser, a fazer, a conhecer para propiciar a troca, a imaginação, a interação, a partilha e o respeito as diferenças.
A Instituição de Ensino, deve considerar a cultura popular e o multiculturalismo e finalmente excluir as diferenças vividas.
Diferentes jeitos, gostos, gestos, modos de falar e se relacionar com a natureza e o homem marcam a diferença entre os povos. Elas podem causar estranheza, dúvidas,
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conflitos e mesmo rejeições e, se não cuidarmos ou não entendermos essas diferenças, podemos correr o risco de achar que nossas formas de agir e pensar são as melhores, mais justas produzindo assim os preconceitos.
Portanto, se reconhecermos e acolhermos os muitos e diferentes saberes que se encontram na diversidade dos grupos existentes em nossa comunidade, certamente vamos aprender muito com essa riqueza.
AGENDA 21
APRESENTAÇÃO
As drásticas alterações que o homem provocou no meio ambiente dizimou milhares de espécies e estão a comprometer o próprio futuro da humanidade.
Uma sociedade que silenciosamente convive com o desprezo pelo meio ambiente, é uma sociedade doente, vivendo uma profunda crise ética.
No entanto temos que acreditar na imensa capacidade do ser humano de reverter suas próprias mazelas. Uma das formas de reverter ou modificar a sociedade é sem dúvida a educação, capaz de contribuir para a formação de uma nova visão ética planetária, em que o homem e tudo que é "vivo" se sobreponha à exploração irracional do capital.
Cabe, portanto, a escola desempenhar seu papel na formação de um cidadão, consciente, sensível e responsável que pense global, mas haja localmente, sendo capaz de intervir e modificar o seu entorno e sua comunidade cuidando o que é seu, e que é dos outros.
A AGENDA 21 na Instituição de Ensino, irá trabalhar com os seguintes temas considerados essenciais: horta, paisagismo, clube da árvore, lixo e diversidade cultural.
Urge que o Estabelecimento de Ensino, hoje supere a visão disciplinar com que tem trabalhado, e complete os temas contemporâneos através de projetos interdisciplinares onde educando e educadores discutam e apontem soluções para os temas elencados.
PROGRAMA VIVA A ESCOLA
LUZ DO SABER
Será aplicado no Colégio Estadual Professora Vilma Dissenha – Ensino Fundamental e Médio, onde há espaço físico adequado (sala) disponível para uso, assim como recursos – didáticos pedagógicos para auxiliar.
Portanto o seu objetivo será de propiciar uma interrelação entre teoria e prática utilizandose de material concreto; estimular o gosto pela leitura; incentivar a valorização pessoal; estimular a criatividade; oportunizar o desenvolvimento do raciocínio lógico e a
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capacidade de concentração; instigar o sendo crítico.Acreditase que através do desenvolvimento das atividades propostas, os educando
possam ser capazes de entender e abstrair os conteúdos transmitidos, participando, interagindo, superando os obstáculos e aceitando novos desafios, participando assim da construção do seu próprio conhecimento. Esperase que após a realização das atividades os estudantes se mostrem motivados e mais participativos no convívio escolar. E, portanto, tornemse um cidadão mais atuante no seu contexto.
Além dos projetos a Instituição de Ensino, desenvolve as seguintes atividades :
Dia Mundial da Água; Dia Mundial do Meio Ambiente; Participação na Conferência Infanto Juvenil pelo Meio Ambiente, etapa Regional,
Estadual e Nacional; Pedágios Educativos e Informativos; Participação na REBU; Qualidade de Vida; Família na escola; Jogos Escolares do Paraná; Hora Física diária; Semana do estudante; Dia do Professor; Dia dos Pais; Dia das Mães; Viagens e excursões; Reuniões bimestrais com pais ( entrega de boletins, informações gerais etc...); Comemorações de datas cívicas.
ACOMPANHAMENTO AOS ALUNOS EGRESSOS
Dentro das possibilidade do colégio farseà o acompanhamento dos alunos matriculados sendo que, caberá aos professores comunicar a direção e/ou equipe pedagógica o nome dos alunos que não estão frequentando.
A direção e/ou equipe pedagógica deverão entrar em contato com o aluno de maior e com os pais e/ou responsáveis nos casos do aluno de menor, para verificação do por que da não frequência e se possível trazer o mesmo para o colégio, garantindo a sua permanência.
Feito isso, e não obtendo resultado a direção e/ou equipe pedagógica encaminhará o caso aos setores competentes, acionando os serviços e programas existentes ( Programa Fica, Conselho Tutelar e/ou Ministério Público).
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OFERTA DE ESTÁGIO
O Conselho Escolar deste estabelecimento de ensino é de parecer favorável à inclusão de estágio não obrigatório ao aluno de ensino médio conforme prevê a Lei nº 11788/2008, pois, possibilitará ao aluno estagiário relacionar ações ocorridas no ambiente de trabalho e na escola, fortalecendo assim os conhecimentos universais necessários para a sua formação de cidadania.
De acordo com a lei citada acima fica determinado que o termo de compromisso pode ser firmado entre o educando (estagiário), a parte cedente do estagiário (empresa contratante) e a instituição de ensino. Fica portanto, vedada a assinatura de todo e qualquer convênio pelo diretor, cabendo este ao Governador do Estado.
O pedagogo será o responsável pelo acompanhamento efetivo do estágio, exigindo relatórios periódicos do estagiário e avaliando suas atividades. Cabelhe ainda zelar pelo cumprimento do termo de compromisso firmado entre as instituições e informar o corpo docente quais são os alunos estagiários e suas respectivas atividades desenvolvidas.
PRÁTICAS AVALIATIVAS
DA AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A avaliação deve ser feita e entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de desenvolvimento dos alunos bem como, diagnosticar seus resultados.
Compete ao professor de cada disciplina e conteúdo específico, avaliar o rendimento do aluno e do seu próprio trabalho.
A avaliação formativa deve proporcionar aos professores, instrumentos reforçadores do próprio sistema de avaliação, prevendo reformulação através de estratégia que permite aferir os resultados obtidos.
A avaliação será contínua, permanente e cumulativa que incidirá sobre o desempenho do educando em diferentes experiências de aprendizagem, utilizando técnicas e instrumentos diferenciados.
As técnicas e instrumentos de avaliação formativa incluem trabalhos individuais ou em grupos, provas ou testes diversificados, pesquisas bibliográficas ou de campo, arguições, relatórios, experiências , trabalhos criativos, leituras complementares, análise de grupo, dinâmica de grupos, seminários, aplicação , senso crítico e participação em atividades de classe e extraclasse.
Na avaliação deverão ser considerados os resultados obtidos durante o período letivo num processo contínuo, cujo resultado venha incorporálo expressando a totalidade do aproveitamento escolar.
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A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez virgula zero).
Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total de horas letivas e média anual igual ou superior à 6,0 (seis virgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados no final do ano letivo.
As situações de avaliações serão frequentes, nunca havendo uma única avaliação, e sim diversificadas e de múltipla escolha.
A Avaliação do aproveitamento escolar será de responsabilidade do professor, que a registrará em documentos próprios, a fim de assegurar a regulamentação e autenticidade da vida escolar do aluno.
Por conseguinte, em caso justificado em que o aluno não tenha participado de alguma avaliação, será dado a ele nova oportunidade.
A avaliação do ensino da Educação Física e de Arte, deverá adotar procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno. Aprendizagem deverá levar em consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e a sua participação nas atividades realizadas.
A disciplina de Ensino Religioso será ofertada pela Instituição de Ensino, caso haja profissional habilitado sendo facultativa ao aluno e, não se constituirá objeto de reprovação, nem terá registro de nota.
RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
Para os alunos de rendimento insuficiente será proporcionada Recuperação de Estudos, de forma paralela, ao longo da série ou período letivo, obrigatoriamente proporcionado pelo estabelecimento.
“Estudos paralelos de recuperação consistem em momentos planejados e articulados ao andamento dos estudos no cotidiano da sala de aula” (Hoffmann, 2001).
A recuperação de Estudos será planejada, constituindose num processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.
A recuperação de estudos será realizada, mediante acompanhamento contínuo do aluno, proporcionandolhe todos os meios de atingir os objetivos e os conteúdos propostos prevalecendo sobre os demais e no final atribuirlhe a maior nota.
A recuperação paralela poderá assumir critérios comuns do processo de avaliação tais como: trabalhos individuais ou coletivos, provas ou testes diversificados, pesquisas bibliográficas ou de campo, arguições, relatórios, trabalhos criativos, leituras complementares, análise de grupo, seminários e participação de atividades de classe e extraclasse.
Conforme o Regimento Escolar:A recuperação de estudos é direito do aluno, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos.A recuperação de estudos darseá de forma permanente e, concomitante ao processo
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ensino e aprendizagem.A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de
procedimentos didáticometodológicos diversificados.Parágrafo Único A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina, sendo que os critérios de avaliações utilizados deverão ser os mesmos da avaliação bimestral.
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Cadernos temáticos Educação Escolar Indígena – CURITIBA SEED/ PR – 2006.Regimento Escolar da ESCOLA
Graduado em matemática e Especialista e Ensino de Matemática pelo CEFET – PB, Mestre em Educação: ênfase em Educação Matemática pela FACIPAL/UNICS e Doutorando pela Universidade de Salamanca – Espanha.(1ª Jornada Pedagógica NRE de Pato Branco).
Lei nº 11645/08 – art26, de 10 de Maio de 2008.
Hoffamam Jussara – 2001.
Vida Indígena no Paraná Memória, Presença e Horizontes PROVOPAR – PR CURITIBA 2006
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PARECER FINAL (aprovando ou solicitando alterações)
O presente Projeto PolíticoPedagógico atende o proposto na LDB nº 9394/96, nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais na Deliberação nº 14/99CEE
_________________,de __________de_________
___________________________________________EQUIPE DE ENSINO DA EDUCAÇAO BÁSICA
_
_____________________________________________COORDENADOR(A) DA EQUIPE DE ENSINO
______________________________________________________EQUIPE DE ESTRUTURA E FUNCIONAMENTO DE ENSINO