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COLÉGIO ESTADUAL PROFª MARLI QUEIROZ AZEVEDO EFM R. Cyro Correia Pereira, no 3506 Vitória Régia CIC 81460-346. E-mail: [email protected] 1. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa Elaboração da Proposta Curricular da Disciplina DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA CONCEPÇÃO DO ENSINO Considerando-se as indicações das Diretrizes Curriculares Estaduais que propõem o compromisso com a formação humana e com acesso à cultura geral, bem como o respeito à diversidade cultural, à inclusão e ao perfil do educando, o estudo da linguagem na organização da proposta pedagógica do ensino de Língua Portuguesa está pautado na concepção socioenteracionista, a qual dá ênfase ao uso social dos diferentes gêneros textuais. Nesse sentido, a escola esta sendo entendida como um espaço onde se produz o conhecimento e tem por objetivo propiciar uma formação intelectual, cognitiva e politica, por saberes próprios da cultura do educando, preparando -se para produção de seu próprio texto, oral ou escrito, adequado as exigências dos diversos contextos sociais. O trabalho pedagógico proposto para as práticas da linguagem está fundamentado nos pressupostos teóricos de alguns estudiosos que entendem a linguagem como interação. VYGOTSKI (1989) dedicou -se a estudos sobre a origem cultural das funções superiores do ser humano, isto é, o funcionamento psicológico, a partir da interação social e no desenvolvimento mental, inserindo o indivíduo num determinado contexto cultural, a partir da interação com os membros do seu grupo e de suas praticas sociais. Para esse autor, a cultura é uma espécie de palco de negociações. Seus membros estão em movimentação constante de recriação e reinterpretação de informações, conceitos e significados. Nessa mesma direção BAKHTIN (2003) afirma que os seres humanos aprendem a realidade e a constroem na medida em que se relacionam com o outro, atribuindo assim, sentido ao seu próprio viver, permeado pelo exercício efetivo da linguagem. Esse autor propõe o confronto dos diversos discursos a partir de

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COLÉGIO ESTADUAL PROFª MARLI QUEIROZ AZEVEDO – EFM

R. Cyro Correia Pereira, no 3506 – Vitória Régia – CIC – 81460-346. E-mail: [email protected]

1. Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa Elaboração da Proposta Curricular da Disciplina

DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA

CONCEPÇÃO DO ENSINO

Considerando-se as indicações das Diretrizes Curriculares Estaduais que

propõem o compromisso com a formação humana e com acesso à cultura geral,

bem como o respeito à diversidade cultural, à inclusão e ao perfil do educando, o

estudo da linguagem na organização da proposta pedagógica do ensino de Língua

Portuguesa está pautado na concepção socioenteracionista, a qual dá ênfase ao uso

social dos diferentes gêneros textuais.

Nesse sentido, a escola esta sendo entendida como um espaço onde se

produz o conhecimento e tem por objetivo propiciar uma formação intelectual,

cognitiva e politica, por saberes próprios da cultura do educando, preparando -se

para produção de seu próprio texto, oral ou escrito, adequado as exigências dos

diversos contextos sociais.

O trabalho pedagógico proposto para as práticas da linguagem está

fundamentado nos pressupostos teóricos de alguns estudiosos que entendem a

linguagem como interação.

VYGOTSKI (1989) dedicou -se a estudos sobre a origem cultural das funções

superiores do ser humano, isto é, o funcionamento psicológico, a partir da interação

social e no desenvolvimento mental, inserindo o indivíduo num determinado contexto

cultural, a partir da interação com os membros do seu grupo e de suas praticas

sociais. Para esse autor, a cultura é uma espécie de palco de negociações. Seus

membros estão em movimentação constante de recriação e reinterpretação de

informações, conceitos e significados.

Nessa mesma direção BAKHTIN (2003) afirma que os seres humanos

aprendem a realidade e a constroem na medida em que se relacionam com o outro,

atribuindo assim, sentido ao seu próprio viver, permeado pelo exercício efetivo da

linguagem. Esse autor propõe o confronto dos diversos discursos a partir de

temáticas do cotidiano, com enfase na polifonia, dialogismo e polissemia. O Primeiro

constitui as diversas vozes do discurso oral e escrito; o segundo consiste na

interação do “eu” com o “outro” ; por último, a polissemia, que compreende os

diferentes significados da palavra, de acordo com a vivencia sociocultural de cada

sujeito.

As ideias de BAKHTIN e FREIRE (2004) convergem, no sentido de que a

prática pedagógica deve ser dada numa relação dialógica, entre os sujeitos

envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Para FREIRE, a relação pedagógica

consiste no diálogo entre educador e educando, como sujeitos mediatizados pelo

mundo.

As propostas teóricas dos autores citados valorizam o processo interativo como

espaço de construção dos sentidos do texto, confrontando situações a partir do

contexto histórico, político, filosófico, social entre outros.

Nessa perspectiva, GERALDI (2001, p. 41) identifica, historicamente, três

concepções de linguagem: como expressão do pensamento, destacada nos estudos

tradicionais; como instrumento de comunicação; como uma forma de interação

humana.

A linguagem como interação propõe estudar as relações que se constituem

entre os sujeitos no momento em que falam, e não simplesmente estabelecer

classificações e dominar os tipos de sentenças. Portanto, o objeto de estudo da

língua deve ser o texto oral e escrito produzido nas diversas situações de interação

social.

A partir desses pressupostos, VAL (1993, p. 3) estabelece como propriedades

do texto, a unidade sócio - comunicativa – interação social e a unidade simática –

em que a coerência é o fator responsável pela unidade formal e material, ou seja, “

pode – se definir texto ou discurso como ocorrência linguística falada ou escrita, de

qualquer extensão, dotada de unidade sócio -comunicativa , simática ou formal.

Essa autora afirma que, para o texto ser compreendido, precisa ser avaliado

sob três aspectos: o pragmático, que se pontua em situação informal e

comunicativa, o semântico, que depende da coerência, e o formal, que diz respeito à

coesão.

Ainda de acordo com a autora, “a textualidade é o conjunto de características

que fazem com que o texto, e não apenas uma sequencia de frases” (VAL, 1993, p.

5). Embasada em Beugrande e Dreseler, VAL relaciona sete fatores responsáveis

pela textualidade de um discurso qualquer: coerência, coesão, intencionalidade,

aceitabilidade, situacionalidade, informatividade e intertextualidade.

Portanto, pode - se afirmar que o texto, em suas diferentes formas de

apresentação ou funcionais, em constante alteração entre os sujeitos.

Os gêneros, segundo BAKHTIN (1997, p. 179), são caracterizados pelo

conteúdo temático, pelo estilo e pela construção composicional, que numa esfera de

utilização apresentam tipos relativamente estáveis de enunciados, tais como o conto,

o relato, o texto de opinião, a entrevista, o artigo, o resumo, a receita, a conta de luz,

os manuais entre outros. A escolha do gênero depende do contexto imediato e,

consequentemente, da finalidade a que se destina, dos destinatários e do conteúdo.

O trabalho com a diversidade de gêneros textuais possibilita o confronto de

diferentes discursos sobre a mesma temática e ainda, permite uma metodologia

“interdisciplinar com atenção especial para o funcionamento da língua e para as

atividades culturais e sociais” (MARCUSCHI, 2005, p. 18). Além disso, contribui para

que o educando perceba a organização e os elementos de construção dos

diferentes gêneros ou tipos textuais para que o educando possa reconhecer a

finalidade, as características e produzir textos, seja do tipo narrativo, descritivo,

argumentativo ou expositivo, entre outros.

A enunciação é dotada de tema e significação. O tema dá sentido na realização

da enunciação, uma vez que ele é determinado não só pelas formas linguísticas,

mas também pelos elementos não verbais da situação. Segundo BAKHTIN (1986,P.

132) “toda palavra usada na fala real possui não apenas tema e significação no

sentido objetivo, de conteúdo, desses termos, mas também um acento de valor ou

apreciativo, isto é, quando um conteúdo objetivo é expresso (dito ou escrito) pela

fala viva, ele é sempre acompanhado por acento apreciativo determinado. Sem

acento apreciativo não há palavra”.

O tema e a significação indica as particularidades de estilo e composição do

enunciado, esclarecendo a que gênero pertence o texto, se é composto por um ou

diferentes tipos de discurso, considerando um acento de valor, ou seja, “ convém

discernir igualmente o grau de firmeza ideológica, o grau de autoritarismo e de

dogmatismo que acompanha a apreensão do discurso”. BAKHTIN (1986, p. 149).

Nesse enfoque há que se considerar o contexto de produção e o conteúdo temático

que o sujeito utiliza para produzir um texto, envolvendo os três mundos distintos,

interiorizados por ele: O mundo físico, o mundo social e o mundo subjetivo, assim, o

contexto de produção ou a situação comunicativa exercem influências na forma

como um texto se apresenta.

Ler um texto, nessa perspectiva, significa perceber o contexto histórico, social,

econômico, filosófico e político em que ele se insere, assim como a ideologia, a

finalidade do texto, a posição do autor e o possível interlocutor, dentre outros

elementos tais como a escolha pela linguagem utilizada, os elementos gramaticais e

seus efeitos na construção do texto nos diferentes gêneros textuais nos momentos

de reflexão sobre a língua.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A concepção assumida em língua portuguesa pressupõe ações pedagógicas

pautadas na construção do conhecimento de forma crítica, reflexiva, engajada na

realidade, de modo a privilegiar a relação teoria - prática, na busca da apreensão

das diferentes formas de apresentação do saber. Nesse sentido, a organização do

planejamento pedagógico pressupõe a reflexão sobre a linguagem a partir de

temáticas que exploram os diferentes gêneros discursivos e tipos de textos, com o

objetivo de analisar as práticas de linguagem, ou seja, leitura, análise linguística e

produção textual.

A prática de leitura pressupõe a análise de diferentes linguagens, seja na verbal

ou não verbal: iconográfica ( imagens, desenhos, filmes, charges, outdoors, entre

outros ), cinética ( sonora, olfativa, tátil, visual e gustativa ) e alfabética, nos

diferentes níveis.

Os diferentes níveis de leitura constituem – se num meio para identificar, nos

diversos gêneros, os elementos de construção do texto, localizar as informações

explícitas, subentender as implícitas, fazer ligação entre o conhecimento do

educando e o texto, bem como estabelecer relações intertextuais.

Os gêneros textuais apresentados aos educandos precisam contemplar as

possíveis situações de uso social da linguagem nas atividades propostas, tendo por

objetivo identificar a finalidade do texto, a posição assumida pelo autor, o contexto

social, político, histórico, econômico, filosófico, entre outros, com destaque para as

variedades linguísticas, os mecanismos gramaticais e os lexicais na construção do

texto.

Nesse contexto, salienta – se a importância de aprender os dados sobre o autor

(biografia ), a fonte referencial ( data, local, suporte de texto), além do interlocutor a

quem se destina o texto.

Os mecanismos gramaticais e lexicais não são estudados de forma

descontextualizada ou com intenção de apropriação da linguagem, mas a partir do

texto para que o educando possa reconhecê – los como elementos de construção

textual dos gêneros estilísticos e do cotidiano, uma vez que o objetivo de ensino da

língua é orientar para o uso social da linguagem, de acordo com a norma padrão.

Para isso faz – se necessária a prática orientada da produção oral e escrita de

textos dos diferentes gêneros do discurso. O desenvolvimento dessa prática é

importante porque o texto do educando revela, além do conhecimento de mundo, os

conteúdos aprendidos e os que devem ser priorizados no planejamento do

educador.

Para a seleção de conteúdos essenciais do ensino fundamental e médio, bem

como para as práticas de linguagem, foram utilizados os seguintes critérios: a

diversidade cultural, a experiencia social, construída historicamente e os conteúdos

significativos a partir de atividades que facilitem a integração entre os diferentes

saberes. Para o ensino de língua portuguesa destaca-se que os conteúdos são os

mesmos adequando sua complexidade de acordo com com as séries em questão de

acordo como consta nos DCEs. Bem como, serão também privilegiados os

conteúdos como: Prevenção ao uso indevido de drogas; enfrentamento a violência

contra a criança e o adolescente e a Lei 10.639/03- História e cultura Afro-Brasileira.

A avaliação é um processo que dar-se-á de forma de forma diagnóstica,

processual e contínua e cumulativa com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar a

aprendizagem dos alunos. Sendo utilizados como instrumentos de avaliação:

− Exercícios estruturantes ( cruzadinhas, preencher lacunas, complete, caça-

palavras, charadinhas...)

− Provas ( objetivas, subjetivas, oral e escrita )

− Trabalhos ( equipes, duplas, individuais)

− Debates ( ponto de vista )

− Seminários ( argumentação)

Como metodologia de língua portuguesa usar-se- à aulas expositivas e dialogadas.

Trabalhos a partir de textos que circulam na sociedad; cartazes de

eventos,exposições, festas, campanhas de vacinação, promoções de comércios,

avisos com diferentes finalidades destacando a intencionalidade de texto, as

informações contidas, os interlocutores e o contexto de produção. Análise de

imagem, título e subtítulo para antecipar e refletir sobre o assunto a ser lido.

Visionamento de vídeos, audição de músicas, contos e leitura de diversos textos

percebendo as variantes regionais , sociais, de diferentes grupos.

PRESSUPOSTOS DA APRENDIZAGEM E DO ENSINO DA ALFABETIZAÇÃO

Como ponto da partida desta abordagem, serão apresentadas algumas

concepções que fundamentarão esta proposta e que, por essa razão, serão

retomadas.

Língua e Ensino da Língua

Língua

A língua é um sistema que tem como centro a interação verbal, que se faz

através de textos ou discursos falados ou escritos. Isso significa que esse sistema

depende da interlocução (inter + locução = ação linguística entre sujeitos);

Ensino

Partindo desta concepção, uma proposta de ensino de língua deve valorizar o

uso da língua em diferentes situações ou contextos sociais, com sua diversidade de

funções e sua variedade de estilos e modos de falar. Para estar de acordo com essa

concepção, é importante que o trabalho em sala de aula se organize em torno do

uso e que privilegie a reflexão dos alunos sobre as diferentes possibilidades de

emprego da língua.

Com a rejeição de uma tradição de ensino apenas transmissiva, isto é,

preocupada em oferecer ao aluno conceitos e regras prontos, que ele só tem que

memorizar, e de uma perspectiva de aprendizagem centrada em automatismos e

reproduções mecânicas. Por isso é que uma adequada proposta para o ensino da

língua deve prever não só o desenvolvimento de capacidades necessárias às

práticas de leitura e escrita, mas também de fala e escuta compreensiva em

situações públicas (a própria aula é uma situação de uso público da língua).

Alfabetização

Historicamente, o conceito de alfabetização se identificou ao ensino -

aprendizado da “tecnologia da escrita”, quer dizer, do sistema alfabético de escrita, o

que, em linhas gerais, significa na leitura, a capacidade de decodificar os sinais

gráficos, os transformando em “sons”, e, na escrita, a capacidade de codificar os

sons da fala, os transformando em sinais gráficos.

A partir dos anos 1980, o conceito de alfabetização foi ampliado com as

contribuições dos estudos sobre a psicogênese da aquisição da língua escrita,

particularmente com os trabalhos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky. De acordo

com esses estudos, o aprendizado do sistema de escrita não se reduziria ao domínio

de correspondências entre grafemas e fonemas ( a decodificação e a codificação),

mas se caracterizaria como um processo ativo por meio do qual a criança, desde

seus primeiros contatos com a escrita, construiria e reconstruiria hipóteses sobre a

natureza e o funcionamento da língua escrita, compreendida como um sistema de

representação.

Os termos “grafemas” e “fonemas” correspondem, aproximadamente, a “letras” e “sons” usados na linguagem corrente.

LETRAMENTO

Na segunda metade dos anos 1980 é que essa palavra surge no discurso de

especialistas das ciências Linguísticas e da Educação, como uma tradução da

palavra da língua inglesa literacy. Sua tradução se faz na busca de ampliar o

conceito de alfabetização, chamando a atenção não apenas para o domínio da

Tecnologia do ler e do escrever (codificar e decodificar), mas também para os usos

dessas habilidades em práticas sociais em que escrever e ler são necessários.

Nesse conceito está a ideia de que que o domínio e o uso da língua escrita

trazem consequências sociais, culturais, políticas, econômicas, cognitivas,

linguísticas, quer para o grupo social em que seja introduzida, quer para o indivíduo

que aprenda a usá-la.

Letramento

É o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como o

resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado ou

condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de se ter

apropriado da língua escrita e dese ter inserido num mundo organizado

diferentemente a cultura escrita.

Método Analítico

Os métodos analíticos orientam a apropriação do código escrito pelo caminho do

todo para as partes (de palavras, sentenças ou textos para a decomposição das

sílabas em grafemas/fonemas). Apesar de procurarem situar a relação

grafema/fonema em unidades de sentido, como palavras, sentenças e textos, os

métodos analíticos tendem a se valer de frases e textos artificialmente curtos e

repetitivos para favorecer a estratégia de memorização, considerada fundamental.

Essas três tendências podem ser consideradas perseverantes e coexistentes no

atual estado das práticas escolares em alfabetização.

As práticas fundamentadas no ideário construtivista, ao longo das últimas

décadas, trazem como ponto positivo a introdução ou o resgate de importantes

dimensões da aprendizagem significativa e das interações, como dos usos sociais

da escrita e da leitura, articulados a uma concepção mais ampla de letramento. Esta

proposta considera que a alfabetização e letramento são processos diferentes, cada

um com suas especificidades, mas complementares e inseparáveis, ambos

indispensáveis. Não se trata de escolher entre alfabetizar ou letrar; trata-se de

alfabetizar letrando. Também não se trata de pensar os dois processos como

sequenciais, isto é, vindo um depois o outro, como se o letramento fosse uma

espécie de preparação para a alfabetização, ou então, como se a alfabetização

fosse uma condição indispensável para o início do processo de letramento.

O desafio que se coloca para os primeiros anos da Educação Fundamental é o

conciliar esses dois processos, assegurando aos alunos a apropriação do sistema

alfabético - ortográfico e condições possibilitadoras do uso da língua nas práticas

sociais de leitura e escrita.

A ação mais adequada e produtiva é aquela que contempla, de maneira

articulada e simultânea, a alfabetização e o letramento.

AS CAPACIDADES LINGÜÍSTICAS DA ALFABETIZAÇÃO

O desenvolvimento das capacidades linguísticas de ler e escrever, falar e ouvir

com compreensão, em situações diferentes das familiares, não acontece

espontaneamente. Elas precisam ser ensinadas sistematicamente e isso ocorre,

principalmente, nos anos iniciais da Educação Fundamental.

Um sistema de escrita é uma maneira estruturada e organizada com base em

determinados princípios para representação da fala. Há sistemas de escrita que

representam o significado das palavras e há aqueles que representam os sons da

língua, sua “pauta sonora”. Nosso sistema de escrita (chamado de “alfabético” ou

“alfabético - ortográfico”) representa “sons” ou fonemas, em geral cada “letra”

correspondendo a um “som” e vice-versa.

Na organização de um currículo ou de um programa de ensino, “conhecimentos”

costumam se referir a “conteúdos” (como, por exemplo, “a vegetação de uma

região”). O termo “atitudes” se refere a crenças , disposições ou preconceitos em

relação a algo. “Habilidades” , “procedimentos”, “competências” e “capacidades”

abrangem modos de fazer algo, processos mentais ou comportamentos como, por

exemplo, saber ler e escrever, desenhar, costurar, dirigir um carro.

Alguns termos serão utilizados com bastante frequência, alguns verbos para

descrever as capacidades de modo observável. Isso significa que os procedimentos

propostos deverão orientar as ações docentes na definição do tipo de abordagem

que deve enfatizar no trabalho pedagógico. Esses componentes podem auxiliar o

professor ou a professora a levar em conta as capacidades já desenvolvidas por

seus alunos, decidindo o que deverá:

introduzir, levando os alunos a se familiarizarem com os conteúdos e

conhecimentos (ou retomar eventualmente, quando se tratar de conceitos ou

capacidades já dominados ou consolidados em período anterior);

trabalhar sistematicamente, para favorecer o desenvolvimento pelos

alunos;

procurar consolidar no processo de aprendizagem dos alunos,

sedimentando os avanços em seus conhecimentos e capacidades.

OS EIXOS NECESSÁRIOS À AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA

As capacidades selecionadas estão organizadas em torno dos eixos mais

relevantes para a apropriação da língua escrita:

1. compreensão e valorização da cultura escrita;

2. apropriação do sistema de escrita;

3. leitura;

4. produção de textos escritos;

5. desenvolvimento da oralidade.

Na nossa civilização, todo cidadão, qualquer que seja seu grau de

escolaridade ou sua posição social, está, de algum modo, inserido numa cultura

letrada: têm documentos escritos e realiza, bem ou mal, práticas que dependem da

escrita (exemplos: tomar ônibus, pagar contas, entre outros).

A maioria das crianças brasileiras, sobretudo as que são atendidas pelas

redes públicas de ensino, têm acesso mais restrito à escrita, desconhece muitas de

suas manifestações e utilidades. É importante que a escola, pela mediação do

professor ou da professora, proporcione aos alunos o contato com diferentes

gêneros e suportes de textos escritos.

Gêneros de Textos

São as diferentes “espécies” de textos, escritos ou falados, que circulam na

sociedade, reconhecidos com facilidade pelas pessoas. Por exemplo: bilhete,

romance, poema, sermão, conversa telefônica, contrato de aluguel, notícia de jornal,

piada, reportagem, letra de música, entre outros.

Os suportes se referem à base material que permite a circulação desses

gêneros, com características físicas diferenciadas. Por exemplo: o jornal, o livro, o

dicionário, a placa, o catálogo, a agenda e outros.

O contato com esses diferentes textos, poderá proporcionar aos alunos

vivência e conhecimento:

dos espaços de circulação dos textos (no meio doméstico, urbano e

escolar, entre outros);

das formas de aquisição e acesso aos textos (compra, empréstimo e troca

de livros, revistas, cadernos de receitas, etc.);

dos espaços institucionais de manutenção, preservação, distribuição e

venda de material escrito (bibliotecas, livrarias, bancas, etc.);

dos diversos suportes da escrita (cartazes, outdoors, livros, revistas,

folhetos publicitários, murais escolares, livros escolares, entre outros);

dos instrumentos e tecnologias utilizados para o registro escrito (lápis,

caneta, cadernos, máquinas de escrever, computadores, etc.).

Conhecer os Usos e Funções Sociais da Escrita

Nossa vida social se organiza em torno da escrita. No dia a dia dos cidadãos,

as práticas de leitura e escrita estão presentes em todos os espaços, a todo

momento, cumprindo diferentes funções.

Há escritas públicas que funcionam como documentos (a carteira de

identidade, o cheque, as contas a pagar), outras que servem como formas de

divulgação de informações ( o letreiro dos ônibus, os rótulos das embalagens, os

avisos, as bulas de medicamentos, os manuais de instruções) e outras que

permitem o registro de compromissos assumidos entre as pessoas (os contratos, o

caderno de fiado). Há também, outras que viabilizam a comunicação à distância (os

jornais, as revistas, a televisão, as cartas), além das que regulamentam a

convivência social (as leis, os regimentos, as propostas curriculares oficiais) e outras

ainda, que possibilitam a preservação e a socialização da ciência, da filosofia, da

religião, dos bens culturais (os livros, as enciclopédias, a Bíblia). As práticas

pessoais e interpessoais de leitura e escrita nos possibilitam organizar o cotidiano,

nos entender, registrar e rememorar vivências (agendas, listas de compras, diários,

cadernos de receitas), bem como incrementar as trocas, a comunicação, a

convivência (bilhetes, e-mails, cartas de amor).

Trabalhar conhecimentos, capacidades e atitudes envolvidas na compreensão

dos usos e funções sociais da escrita implica em trazer para a sala de aula e

disponibilizar, para a observação e manuseio pelos alunos muitos textos

pertencentes a gêneros diversificados, presentes em diferentes suportes.

Conhecer os Usos da Escrita na Cultura Escolar

Entre os suportes e instrumentos de escrita do cotidiano escolar nos dias de

hoje podemos listar, por exemplo, livro didático, livros de histórias, cadernos, blocos

de anotações, papel ofício, cartaz, lápis, borracha, computadores) e conhecer esses

objetos de escrita significa saber para que servem e como são usados, identificando

suas particularidades físicas (tamanho, peso, formato, disposição e organização do

texto escrito, tipo usual de letra, recursos de formação do texto, interação entre a

linguagem verbal e as linguagens visuais utilizadas com mais frequência, etc.).

Muitas crianças chegam à escola sem ter tido a oportunidade de conviver e se

familiarizar intensa e amplamente com os meios sociais de circulação de escrita.

Pretende-se propiciar aos alunos o desenvolvimento de capacidades cognitivas e

procedimentais necessárias ao uso adequado desses objetos.

Na sala de aula, explicar as especificidades dos suportes e instrumentos de

escrita usuais na escola:

nos livros e nos cadernos, como se faz a sequenciação do texto nas

páginas (frente e verso, página da esquerda e página da direita, numeração);

Letramento Definido Num Poema

Uma estudante norte-americana, de origem asiática, Kate M. Chong, ao

escrever sua história pessoal de letramento, o define em um poema; a tradição do

poema, com as necessárias adaptações, é a seguinte:

O que é Letramento

Letramento não é um gancho em que se pendura cada som enunciado, não é

treinamento repetitivo de uma habilidade nem um martelo quebrando blocos de

gramática.

Letramento é diversão

é leitura à luz de vela

ou lá fora, à luz do sol.

São notícias sobre o presidente,

o tempo, os artistas da TV

e mesmo Mônica e Cebolinha

nos jornais de domingo.

É uma receita de biscoito,

uma lista de compras, recados colados na geladeira,

um bilhete de amor,

telegramas de parabéns e cartas de velhos amigos.

É viajar para países desconhecidos,

sem deixar sua cama,

é rir e chorar

com personagens, heróis e grandes amigos.

É um atlas do mundo,

sinais de trânsito, caças ao tesouro,

manuais, instruções, guias

e orientações em bulas de remédios

para que você não fique perdido.

Letramento é sobretudo,

um mapa do coração do homem,

um mapa de quem você é,

e de tudo que você pode ser.

Explicação do “O Que é Letramento” em cada estrofe.

1. Letramento não é uma alfabetização: esta é um processo de “pendurar”

sons em letras (“gancho”); costuma ser um processo de treino, para que se

estabeleçam as relações entre fonemas e grafemas, um processo de estruturas

linguísticas (“um martelo quebrando blocos de gramática”).

2. Letramento é prazer, é lazer, é ler em diferentes lugares e sob diferentes

condições, não só na escola, em exercícios de aprendizagem.

3. Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e lazer nos

jornais, é interagir com a imprensa diária, fazer uso dela, selecionando o que

desperta interesse, se divertindo com as tiras em quadrinhos.

4. Letramento é usar a leitura para seguir instruções (a receita de biscoitos),

para apoio à memória (a lista daquilo que devo comprar), para a comunicação com

quem está distante ou ausente (o recado, o bilhete, o telegrama).

5. Letramento é ler histórias que nos levam a lugares desconhecidos, sem

que, para isso seja necessário sair da cama onde estamos com o livro nas mãos, é

se emocionar com as histórias lidas, e fazer dos personagens, amigos.

6. Letramento é usar a escrita para se orientar no mundo (o atlas), nas ruas

(os sinais de trânsito), para receber instruções (para encontrar um tesouro..., para

montar um aparelho... para tomar um remédio), enfim, é usar a escrita para não ficar

perdido.

7. Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é se entender

lendo ou escrevendo (delinear o mapa de quem você é) e descobrir alternativas e

possibilidades, descobrir o que você pode ser.

AVALIAÇÃO

A verificação do rendimento escolar permanece sob a responsabilidade da

escola por instrumentos previstos no Regimento Escolar e observadas as diretrizes

da lei, que incluem: Avaliação diagnóstica, processual, contínua cumulativa e

somativa, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos

resultados ao longo do ano sobre os de provas e pesquisas.

A lei, ao estabelecer a necessidade de uma relação entre aspectos

quantitativos e qualitativos, com a prevalência dos últimos em relação aos primeiros

nos processos de avaliação:

A letra “a” do Inciso V, do Artigo 24 da LDB, diz que:

V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período sobre os de eventuais provas finais.

Analisando o Inciso V do Art. 24, letra “a”, interpreta-se que a avaliação das

atividades discentes devem contemplar múltiplas formas e procedimentos. São

múltiplas formas através das quais os seres humanos, cada um na sua

particularidade, aprendem e demonstram que aprenderam, porque são infinitos os

caminhos que os mesmos utilizam para se apossarem do saber, do conhecimento.

O Art. 12 diz que:

“Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu

sistema de ensino, terão a incumbência de:

I - elaborar e executar sua proposta pedagógica”

Interpreta-se que o processo de verificação da aprendizagem é um dos

elementos de maior importância, decidir sobre formas e procedimentos a serem

utilizados na avaliação da aprendizagem dos alunos.

A avaliação não pode se restringir ao julgamento sobre sucessos ou fracassos

do aluno, é compreendida como um conjunto de atuações que têm a função de

alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Avaliação contínua é

sistematicamente através da interpretação qualitativa do conhecimento construído

pelo aluno. Possibilita conhecer o quanto ele se aproxima ou não da expectativa de

aprendizagem que o professor tem em determinados momentos da escolaridade, em

função da intervenção pedagógica realizada. A avaliação das aprendizagens só

pode ocorrer se estas forem relacionadas com as oportunidades que foram

oferecidas, analisando a adequação das situações didáticas propostas aos

conhecimentos prévios dos alunos e aos desafios que estão em condições de

enfrentar.

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua

sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada

de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados

para o processo de aprendizagem individual ou de todo o grupo. Para o aluno, é o

instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e

possibilidades para a reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.

Trabalhar a avaliação nessa perspectiva e em todas estas dimensões, requer que

esta ocorra sistematicamente durante todo o processo de ensino-aprendizagem e

não somente após o fechamento de etapas do trabalho, como é o habitual. Isto

possibilita ajustes constantes, num mecanismo de regulação do processo de ensino

e aprendizagem, que contribui efetivamente para que a tarefa educativa tenha

sucesso.

Para que a avaliação contínua diagnóstica e processual é importante ter claro

que isso não implica a instauração de um longo período, que acabe por se destacar

do processo de aprendizagem que está em curso, no qual o professor não avança

em suas propostas, perdendo o escasso e precioso tempo escolar de que dispõe. A

avaliação pode se realizar no interior mesmo de um processo de ensino e

aprendizagem, já que os alunos põem inevitavelmente em jogo seus conhecimentos

prévios ao enfrentar qualquer situação didática. A avaliação contínua do processo

acaba por subsidiar a avaliação final, isto é, se o professor acompanha o aluno

sistematicamente ao longo do processo pode saber, em determinados momentos, o

que o aluno já aprendeu sobre os conteúdos trabalhados.

A avaliação intenciona averiguar a relação entre a construção do conhecimento

por parte dos alunos e os objetivos a que o professor se propôs, é indispensável

para se saber se todos os alunos estão aprendendo e quais condições estão sendo

ou não favoráveis. A avaliação não pode ser um momento para estigmatizar os

alunos; utilizar a avaliação como instrumento para o desenvolvimento das atividades

didáticas requer que ela não seja interpretada como um momento estático, mas

como momento de observação de um processo dinâmico.

Para obter informações em relação aos processos de aprendizagem, é

necessário considerar a importância de uma diversidade de instrumentos e

situações, para possibilitar por um lado, avaliar as diferentes capacidades e

conteúdos curriculares em jogo e por outro contrastar os dados obtidos e observar a

transferência das aprendizagens em contextos diferentes. É importante e

fundamental a utilização de diferentes códigos como o verbal, ou seja, oral, o escrito,

o gráfico, o numérico, o pictórico, de forma a se considerar as diferentes aptidões

dos alunos. A LDB ampara o aluno de inclusão, mas o professor não foi preparado

para saber trabalhar, isso gera grande desajuste na sala de aula e retenção do

aluno, que, muitas vezes não domina a escrita suficientemente para expor um

raciocínio mais complexo sobre como compreende um fato histórico, mas pode fazê-

lo perfeitamente bem em uma situação de intercâmbio oral ou como diálogos,

entrevistas ou debates.

Observação Sistemática: acompanhamento do processo de aprendizagem dos

alunos, utilizando alguns instrumentos como registros em tabelas, listas de controle,

livro diário, preparação de aula, usar metade desse caderno para suas anotações.

Análise das Produções dos Alunos: considerar a variedade de produções

realizadas pelos alunos, para que se possa ter um quadro real das aprendizagens

conquistadas. Exemplo: se a avaliação se dá sobre a competência dos alunos na

produção de textos, se deve considerar a totalidade dessa produção, que envolve

desde os primeiros registros escritos no caderno, no início do respectivo bimestre.

Atividades Específicas para a Avaliação: os alunos devem ter objetividade ao

expor sobre um tema, ao responder uma pergunta. Para isso é importante, em

primeiro lugar, garantir que sejam semelhantes às situações de aprendizagem

comumente estruturadas em sala de aula, isto é, que não se diferenciem, em sua

estrutura, das atividades que já foram realizadas; em segundo lugar, deixar claro

para os alunos o que se pretende avaliar, pois inevitavelmente, estarão mais atentos

a estes aspectos.

O aluno deve ter clareza dos conteúdos e do grau de expectativa da

aprendizagem que se espera mais terão condições de desenvolver, com a ajuda do

professor, estratégias pessoais e recursos para vencer dificuldades.

O aluno não é só o “objeto” de um processo de avaliação a ser realizado pelo

professor, mas o aluno é também “sujeito” de sua própria avaliação. A avaliação,

apesar de ser responsabilidade do professor, não deve ser considerada função

exclusiva deste: delegá-la aos alunos em determinados momentos, é uma condição

didática necessária para que estes construam instrumentos de auto-regulação para

as diferentes aprendizagens. A auto avaliação é uma situação de aprendizagem em

que o aluno desenvolve estratégias de análise e interpretação de suas produções e

dos diferentes procedimentos para se auto-avaliar. O aprendizado, passa a ser mais

importante, porque é central para a construção da autonomia dos alunos, cumpre o

papel de contribuir com a objetividade desejada na avaliação, uma vez que esta só

poderá ser construída com a coordenação dos diferentes pontos de vista, tanto do

aluno, quanto do professor. O professor deverá a cada início de bimestre passar

para os alunos o conteúdo estruturante, o básico e os específicos, que serão

trabalhados naquele bimestre, conforme a disciplina informar e orientar como serão

trabalhados e prevendo tanto as provas que é de valor 5,0 (cinco vírgula zero),

dividido no mínimo em duas e os trabalhos que é de valor 5,0 (cinco vírgula zero), no

mínimo em dois a cada bimestre conforme o Artigo 100 do Regimento Escolar com

o Adendo neste sistema de avaliação. O aluno terá direito de saber o dia da prova, o

conteúdo que será cobrado e valor. O professor deverá prever suas aulas no

bimestre para ter um trabalho ajustado com o aluno no seu tempo certo. O Artigo 12

contempla: inciso IV - velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente;

isso entende-se que o desempenho do aluno depende do cumprimento do plano de

trabalho que deve ser cumprido, é dever não só das escolas privadas, mas públicas

também.

Os trabalhos devem ser entregues na data prevista, dentro do assunto de aula

e dos conteúdos que estão na preleção , com valor e seguir os passos como deve

ser feito: capa, introdução, tema, bibliografia e conclusão. O professor deve verificar

se tem a fonte de pesquisa na biblioteca do colégio, quantos livros têm e informar a

bibliotecária que os alunos irão usar esses livros para pesquisa, que deve ser

individual e manuscrito. O trabalho de dupla ou grupo somente pode ser feito em

sala de aula. A recuperação tem os princípios que devem ser seguidos.

Os incisos IV e IX do Artigo 3º, chamam a atenção para a tolerância que deve

haver por parte da escola e dos educadores com aqueles alunos que em algum

momento do processo ensino-aprendizagem não tiveram as necessárias condições

para aprender o que deveriam ter aprendido no tempo e com os métodos

determinados pela escola e pelos seus profissionais.

O inciso IV do Artigo 3º da LDB, defende que o ensino deve ter como princípios

o “respeito à liberdade e apreço à tolerância”, devem ser entendidos como valores

humanos, e que, portanto são fundamentais à educação.

Respeitar o limite do aluno com todos os seus direitos conforme o Artigo 206 da

Constituição Federal, Inciso I - Igualdade de condições para o acesso e

permanência na escola; também está no Inciso I da LDB, Artigo 3º . O inciso IX

deste artigo, “garantia de padrão de qualidade”, na LDB e na Constituição Federal,

Artigo 206, Inciso VII. Ao se referir às incumbências da escolas e dos docentes a lei

recomenda “prover meios para recuperação dos alunos de menor rendimento” -

Inciso V, do Artigo 12, afirma que é dever das escolas (públicas e privadas). As

escolas privadas oferecem recuperação efetiva dos conteúdos ministrados no

decorrer do ano. A escola pública não oferece devido a mudanças de governo e

contenção de despesas, professores sem qualificação e preparo para o trabalho. Os

docentes, que devem “zelar pela aprendizagem dos alunos”. Artigo 13, Inciso III; que

é a função do professor zelar pela aprendizagem do aluno. No Artigo 13, Inciso IV :

estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento. É

importante lembrar que no Artigo 12, Inciso V é diferente do Inciso IV do Artigo 13,

pois esse limita-se ao processo educativo realizado dentro da sala de aula, existe a

diferença da escola privada e pública no Artigo 12. No Artigo 24, letra “e” do Inciso V,

a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: aliena “e”:

obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período

letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas

instituições de ensino em seus regimentos; abre precedente alínea “a” Inciso V.

Quanto a Recuperação Paralela Concomitante

Conclui-se desse modo, que não é correto realizar a recuperação somente das

provas, o que visa recuperar são os conteúdos que o aluno ainda não aprendeu e

não somente a nota. A nota deve ser a expressão da qualidade do que o aluno

aprendeu e não resultado com fim em si mesmo: classificar quem sabe e quem não

sabe. O que se denomina “trabalho” que seria pesquisa é um instrumento de

avaliação ou recuperação tão importante quanto a prova deve constituir em mais um

elemento que permite ao professor analisar de que forma os alunos estão se

apropriando dos conteúdos. Quando bem elaborados, com roteiros e critérios claros,

os trabalhos permitem, e isto é o mais importante, analisar a “atividade critica, a

capacidade de síntese e a elaboração pessoal” dos alunos.

Ter em vista os instrumentos e os encaminhamentos metodológicos utilizados

no processo avaliativo e que ações semelhantes ainda serão necessárias –

recuperação, para que o “pleno desenvolvimento do educando” seja realmente

efetivo, um direito assegurado, e não apenas parte, do discurso presente em todos

os referenciais teóricos e legais, incluindo-se ai o Projeto Político Pedagógico e o

Regimento Escolar do estabelecimento de ensino.

CONCEPÇÕES ATUAIS EM RELAÇÃO À AVALIAÇÃO

Na última década, a avaliação educacional passou a ocupar lugar central nas

políticas públicas de educação no Brasil, em documentos oficiais sobre as diretrizes

para a educação básica, fundamental e médio. Do ponto de vista teórico, ampliou-se

bastante o conjunto de referências sobre ações e estratégias de avaliação, em todas

as formas de organização escolar do processo de ensino-aprendizagem.

Em relação ao segmento escolar mais comprometido com a alfabetização

compreendido pelos três anos de escolaridade, a avaliação assume uma dimensão

formadora fundamental.

Nessa perspectiva, duas dimensões têm sido associadas às ações avaliativas:

1. a dimensão técnica ou burocrática da avaliação tem como função a regulação

dos recortes dos tempos escolares (seja um ciclo ou uma série), apresentando um

caráter classificatório, somativo, controlador, com o objetivo de certificação ou de

atendimento ao registro formal exigido pela instituição e pelo sistema. Envolve

sistemas fechados, dominantes em nossa tradição pedagógica, traduzidos em

resultados quantitativos que determinam a promoção ou a reprovação dos alunos.

A dimensão formativa ou continuada da avaliação tem uma função diagnóstica

processual, descritiva e qualitativa capaz de indicar os níveis já consolidados pelo

aluno, suas dificuldades ao longo do processo e as estratégias de intervenções

necessárias a seus avanços. Envolve sistemas mais abertos de avaliação a serviço

das orientações das aprendizagens dos alunos e não apenas do registro burocrático

de seus resultados.

Artigo 24

Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de

acordo com as seguintes regras comuns:

I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um

mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar, excluído o tempo reservado

aos exames finais, quando houver;

II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino

fundamental, pode ser feita:

a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou

fase anterior, na própria escola;

b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas;

c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela

escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita

sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo

sistema de ensino;

III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o

regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada

a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino;

IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas,

com níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas

estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;

V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:

a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do

período sobre os de eventuais provas finais;

b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar;

c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do

aprendizado;

d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao

período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados

pelas instituições de ensino em seus regimentos;

VI - o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu

regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência

mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação;

VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares,

declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de

cursos, com as especificações cabíveis.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA E MONITORAMENTO

Avaliar significa, na forma dicionarizada valorar, estimular o valor ou o

merecimento. É um processo, regulado por valores, que marcarão as concepções

sobre o processo de ensino-aprendizagem.

O conjunto de iniciativas ou procedimentos que utilizamos para avaliar é

entendido como uma ação avaliativa.

Na concepção de avaliação que estamos enfatizando como reguladora e

orientadora do processo de aprendizagem, duas funções ou ações avaliativas são

inseparáveis: o diagnóstico e monitoramento.

A função diagnóstica da avaliação busca responder a duas questões centrais:

a) com quais capacidades (ou conhecimentos e atitudes), o aluno inicia

determinado processo de aprendizagem, em um ciclo;

b) até que ponto o aluno aprendeu e cumpriu metas estabelecidas em termos

de capacidades esperadas, em determinado nível de escolaridade?

Dependendo das respostas desejadas, a avaliação diagnóstica pode ser

utilizada tanto no início de um ano letivo, quando se inicia determinado ciclo, como

ao final de um ciclo.

No processo de alfabetização, a função diagnóstica tem como objetivo o

conhecimento de cada criança e do perfil de toda uma turma, no que se refere a

seus desempenhos ao longo da aprendizagem e à identificação de seus progressos,

suas dificuldades e descompassos em relação às metas esperadas.

Monitorar o processo de alfabetização significa acompanhar e intervir na aprendizagem, para reorientar o ensino e resgatar o sucesso dos alunos.

Utilização de Critérios Observáveis nas Propostas de Avaliação

Não se pode tomar como referência apenas o desempenho dos alunos

entre si, mas principalmente a análise do progresso de cada aluno, tendo em vista a

trajetória particular de sua aprendizagem

Uma mesma conduta, por mais observável que seja, poderá estar

sinalizando progressão em alguns contextos e não em outros, tendo em vista um

mesmo critério de avaliação.

Também na perspectiva da correção dos erros dos alunos, deve prevalecer a

indicação de elementos “observáveis” aos olhos dos educandos e dos familiares,

para que estes saibam objetivamente, em quais aspectos podem auxiliar seus filhos

em casa.

Mas o que significa transformar o erro do aluno em algo “observável”?

Comecemos pelo que não é uma ajuda neste processo. Uma correção vaga,

feita pelo professor ou pela professora, nas produções dos alunos como, por

exemplo, apenas riscar uma resposta considerada errada, ou inserir um ponto de

interrogação em uma parte do texto produzido, sem que sejam apontados

indicadores explícitos que reorientem o aluno em sua revisão, assim não estará

contribuindo para a localização de problemas ou para a reelaboração de atividades.

Quanto ao desenvolvimento ou não na faixa etária é importante. É um nível de

grande significado pedagógico, que diz respeito a um conceito já incorporado no

discurso pedagógico atual: a Zona de Desenvolvimento Proximal, uma das noções

centrais das abordagens sócio-internacionistas de desenvolvimento e aprendizagem.

A “Zona de Desenvolvimento Proximal” é um conceito desenvolvido pelo psicólogo soviético Vygotsky (1896 – 1934), de grande importância para o ensino e a aprendizagem. Este processo é analisado por esse teórico como a “distância entre o que já se encontra consolidado no desenvolvimento da criança e os desempenhos possíveis ou as capacidades que ela poderá vir a desenvolver pela mediação de outros mais experientes ou com maior domínio em determinados conceitos ou habilidades, seja criança, adolescente ou adulto.

Esta concepção é fundamental na discussão da avaliação, pois as

intervenções do(a) professor(a) a partir das dificuldades do aluno serão as

mediações capazes de ajudá-lo a avançar.

Estratégias de Intervenção na Aprendizagem dos Alunos – O Tempo

A ampliação do tempo escolar destinado à alfabetização ao letramento, não

pode deixar invisível o tempo das aprendizagens dos alunos. Esse tempo deve ser

traduzido, de forma observável, em capacidades consolidadas ao final do processo.

Por isso, exige monitoramento constante.

Com base nas avaliações diagnósticas, alguns encaminhamentos podem ser

propostos:

reagrupamento dos alunos na própria classe em horários específicos, para a

realização de atividades monitoradas pelo(a) professor(a) em certos grupos,

enquanto outros realizam atividades com maior nível de autonomia;

reagrupamento de alunos em dias e horários previamente combinados, podendo

envolver alunos de turmas diversas, para atendimento de atividades diferenciadas,

acompanhadas ou monitoradas por professores(as) diferentes;

atendimento de necessidades específicas dos alunos por meio de políticas públicas,

sendo a saúde.

O Tempo da Leitura

Muitos professores(as) resolvem ler nos últimos minutos que ainda têm para

estar em sala de aula com os alunos, por considerarem seu dever, ao final do dia, já

foi cumprido. E nesse caso, talvez esperando que essa possa ser uma maneira mais

descontraída de encerrar o dia, acabam demonstrando, com sua atitude, que a

leitura de histórias em voz alta é algo pouco importante, que não merece atenção já

que pode ser realizada mesmo em condições adversas, como as interrupções, a

dispersão e o esvaziamento da classe.

O fato de orientarmos nossos alunos para que guardem todos os materiais na

mochila, para depois ouvirem a história a ser lida, indicia às crianças que essa leitura

não será seguida de exercícios, o que as coloca, em certa medida, fora das tarefas

próprias da aula.

O Tempo da Escrita na Sala de Aula

A relação com a escrita é interessante para o aluno, eles chegam desejosos

de aprender, ansiosos por escrever e ler.

Planejamento e Interesse dos Alunos Devem se Relacionar

Verificamos que a resolução dos exercícios contidos nos livros didáticos

ocupa a maior parte do tempo das aulas. Resulta dai uma ideia de que trabalhando o

livro didático não se faz necessário um planejamento cuidadoso, detalhado, ou

ainda, de que não se faz necessário planejar “aula a aula”. Já que tudo parece tão

previsto, tão pronto e acabado em suas páginas, mesmo com o livro didático como

nosso material de trabalho permanente, o planejamento e a organização do nosso

trabalho são essenciais. Ler os textos, os exercícios, selecionar páginas, inverter a

ordem das unidades, acrescentar ideias, levar uma música ou um filme relacionados

a um conhecimento abordado no livro, questionar dizeres ali presentes, são posturas

que requerem uma atitude diferente daquela de somente escrever no caderno.

Quando o(a) professor(a) opta por escrever apenas o número da unidade a

que corresponde o trabalho, mostra com essa atitude que o planejamento se reduz

somente a uma aceitação do livro didático, tal como ele é. O livro didático não se

traduz como planejamento em si, ele pode vir a compor parte desse. Os alunos têm

o direito ao acesso e domínio do conhecimento historicamente acumulado pela

humanidade, porém a maneira de trabalharmos com esse conhecimento é que pode

ser distinta daquilo que vem definido e posto pelos livros.

Planejamento Também é Instrumento de Avaliação

Afora o uso do planejamento como um instrumento que organiza a semana

com intencionalidade, também podemos o tomar como material de coleta de

informações e de organização sobre a semana que acabou. O planejamento

semanal ou quinzenal é uma importante ferramenta para o(a) professor(a).

FREQUÊNCIA

Artigo 24, Inciso VI - o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme

o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida

a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para

aprovação;

O controle da frequência escolar de seus alunos se torna uma de suas funções

básicas. A exigência de que o aluno frequente pelo menos “setenta e cinco por cento

do total de horas letivas”. A disciplina de uma ou duas aulas semanais é necessário

passar a coordenação pedagógica a falta. Faz a diferença a ausência do aluno, pois

geralmente as aulas são avaliadas e até mesmo porque conta com 5 faltas

consecutivas ou 7 alternadas para encaminhamentos.

CONTEÚDOS

6º a 9º Ano e Ensino Médio

DIRETRIZES CURRICULARES DA LÍNGUA PORTUGUESA

MATRIZ DE REFERÊNCIA – 6ª ANO

Em Língua Portuguesa (com foco em leitura) são avaliadas habilidades e

competências definidas em unidades chamadas descritores, agrupadas em tópicos

que compõem a Matriz de Referência dessa disciplina.

As matrizes de Língua Portuguesa da Prova Brasil e do Saeb estão

estruturadas em duas dimensões. Na primeira dimensão, que é o “objeto do

conhecimento”, foram elencados seis tópicos, relacionados a habilidades

desenvolvidas pelos estudantes. A segunda dimensão da matriz de Língua

Portuguesa refere-se às “competências”, desenvolvidas pelos estudantes. E dentro

desta perspectiva, foram elaborados descritores específicos para cada um dos seis

tópicos.

Para o 6ª ano do ensino fundamental, a Matriz de Referência completa,

Língua Portuguesa é composta pelo conjunto dos seguintes descritores:

DESCRITORES DO TÓPICO I. PROCEDIMENTOS DE LEITURA

D1- Localizar informações explícitas em um texto.

D3-Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

D4-Inferir uma informação implícita em um texto.

D6-Identificar o tema de um texto.

D11-Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

DESCRITORES DO TÓPICO II. IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GNERO E/OU DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO.

D5 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas,

quadrinhos, foto, etc).

D9- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

DESCRITORES DO TÓPICO III. RELAÇÃO ENTRE TEXTOS.

D5- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação

de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi

produzido e daquelas em que será recebido.

DESCRITORES DO TÓPICO IV. COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO

DO TEXTO.

D2- Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou

substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

D7-Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a

narrativa.

D8- Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do

texto.

D12- Estabelecer relações lógicas-discursivas presentes no texto, marcadas

por conjunções, advérbios, etc.

DESCRITORES DO TÓPICO V. RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS

E EFEITOS DE SENTIDO.

D13- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

D14- Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de

outras notações.

DESCRITORES DO TÓPICO VI. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA.

D 10- Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e interlocutor

de um texto.

Para o 9ª ano do ensino fundamental, a Matriz de Referência completa,

Língua Portuguesa é composta pelo conjunto dos seguintes descritores:

DESCRITORES DO TÓPICO I. PROCEDIMENTOS DE LEITURA

D1- Localizar informações explícitas em um texto.

D3-Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

D4-Inferir uma informação implícita em um texto.

D6-Identificar o tema de um texto.

D11-Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

DESCRITORES DO TÓPICO II. IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GNERO E/OU

DO ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO TEXTO.

D5 - Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas,

quadrinhos, foto, etc).

D12- Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

DESCRITORES DO TÓPICO III. RELAÇÃO ENTRE TEXTOS.

D20- Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação

de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi

produzido e daquelas em que será recebido.

D21- Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao

mesmo fato ou ao mesmo tema.

DESCRITORES DO TÓPICO IV. COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO

DO TEXTO.

D2- Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou

substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

D7- Identificar a tese de um texto.

D8- Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para

sustentá-la.

D9- Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

D10- Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a

narrativa.

D11 – Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do

texto.

D15- Estabelecer relações lógicas-discursivas presentes no texto, marcadas

por conjunções, advérbios, etc.

DESCRITORES DO TÓPICO V. RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS

E EFEITOS DE SENTIDO.

D16- Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

D17- Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de

outras notações.

D18- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma

determinada palavra ou expressão.

D19- Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos

ortográficos e/ou morfossintáticos.

DESCRITORES DO TÓPICO VI. VARIAÇÃO LINGUÍSTICA.

D 13- Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e interlocutor

de um texto.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

- O discurso enquanto prática pedagógica. Prática das três habilidades

fundamentais: Oralidade, leitura e escrita, análise linguística.

CONTEÚDOS BÁSICOS

- Gêneros discursivos nas práticas de oralidade. Leitura e escrita e análise

linguística.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

- Leitura de gêneros textuais: Valorização da leitura como forma de

conhecimento e fruição, leitura de diferentes gêneros discursivos( informativos,

imagens, artigos, resenhas, resumos, artigos, argumentações, poéticas, narrativas,

dissertativas, fazendo uso das estratégias de seleção, antecipação e verificação de

inferências.

- Oralidade: Desenvolvimento da expressão oral adequada aos diferentes

contextos, reconhecimento e compreensão da diversidade nas formas de falar.

- Escrita: compreensão de diferentes discursos orais e escritos em diversas

variantes e registros da Língua Portuguesa, incluindo a norma padrão, construção da

escrita adequada ao leitor e aos objetivos da comunicação, a partir da concepção de

gêneros discursivos, apropriação da língua como meio de expressão, interação e

comunicação.

- Análise linguística: Desenvolvimento dos processos de revisão e reescrita do

próprio texto, com observância a adequação ao leitor, aos objetivos propostos, a

ortografia, a pontuação e a escrita.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e filosofia da linguagem. In:VOLOSHINOV, VN. São

Paulo. Hucitec, 1986. _______________. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992. FARRACO, Carlos Alberto; CASTRO, Gilberto de. Por uma teoria linguística que fundamente o ensino de língua materna (o de como apenas um pouquinho de

gramática nem sempre é bom). In: EDUCAR, no15, Curitiba: UFPR, 1999. GERALDI,João Wanderlei ( org) . O texto na sala de aula. São Paulo: Ática, 2001. MARCUSCHI, Luiz Antonio. Gêneros textuais: configuração, dinamicidade e circulação. In: KARWOSKI,Acir Mario; GAYDECKZKA, Beatriz; BRITO; Karim S. (

orgs) Genêros Textuais: reflexões e ensino .União da Vitória : Gráfica Kaygangue, 2005. PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais do Ensino de Física, 2008. VAL, Maria de Graça Costa. Redação e textualidade. São Paulo: Martins Fontes, 1993. VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente . São Paulo: Martins Fontes,1989.