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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E EJA Rua XV de Novembro, 413, Centro – Teixeira Soares Fone: (42) 34601358 CEP.: 84530-000 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO TEIXEIRA SOARES / PR 2011 1

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COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E EJA

Rua XV de Novembro, 413, Centro – Teixeira Soares

Fone: (42) 34601358

CEP.: 84530-000

PROJETO

POLÍTICO

PEDAGÓGICO

TEIXEIRA SOARES / PR

2011

1

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SUMÁRIO

Apresentação.............................................................................................................................12

Introdução..................................................................................................................................12

Aspectos Históricos Importantes...............................................................................................12

Organização do Espaço Físico..................................................................................................14

Oferta de Cursos / Modalidades................................................................................................14

Objetivos Gerais........................................................................................................................16

Marco Situacional.....................................................................................................................17

Diagnóstico da Comunidade.....................................................................................................17

Marco Conceitual.....................................................................................................................20

Fundamentação Teórica...........................................................................................................20

Metodologia a Ser Usada no Processo de Ensino Aprendizagem............................................21

Avaliação do Processo Ensino Aprendizagem.........................................................................24

Os Princípios Norteadores do Ensino Fundamental, Médio e EJA..........................................27

Identidade.................................................................................................................................27

A Diversidade...........................................................................................................................28

A Autonomia............................................................................................................................28

A Sociedade que Queremos.....................................................................................................30

O Homem que Queremos.........................................................................................................30

A Escola que Queremos...........................................................................................................30

Professores e Funcionários que Queremos...............................................................................30

O Aluno que Queremos............................................................................................................31

Marco Operacional...................................................................................................................31

Funções da Comunidade Escolar.............................................................................................31

Funções da Direção..................................................................................................................31

Funções da Direção Auxiliar....................................................................................................33

Funções do Professor Pedagogo...............................................................................................34

Funções Docentes.....................................................................................................................36

Funções do Conselho de Classe...............................................................................................38

Funções do Secretário..............................................................................................................39

Funções do Técnico Administrativo.........................................................................................39

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Funções do Técnico Administrativo que Atua na Biblioteca...................................................40

Funções do Técnico Administrativo que Atua no Laboratório de Informática........................40

Funções do Assistente de Execução do Laboratório de Física, Química e Biologia................41

Funções da Equipe Auxiliar Operacional que Atua na Limpeza.............................................42

Funções do Auxiliar Operacional que Atua na Cozinha..........................................................42

Função do Auxiliar Operacional que Atua na Área de Vigilância e da movimentação dos

alunos.......................................................................................................................................43

Plano da Direção......................................................................................................................43

Planejamento da Equipe Pedagógica.......................................................................................45

Equipe Administrativa.............................................................................................................50

Serviços Gerais........................................................................................................................51

Plano de ação do estabelecimento...........................................................................................52

Critérios de Organização.........................................................................................................58

Instâncias Colegiadas..............................................................................................................62

Funções da APMF...................................................................................................................62

Funções do Aluno Representante de Turma............................................................................64

Função do Professor Representante de Turma........................................................................65

Funções do Grêmio Estudantil................................................................................................66

Funções do Conselho Escolar..................................................................................................66

Formação Continuada...............................................................................................................67

Educação de Campo.................................................................................................................68

Programa de Prontidão Escolar Preventiva – PEP...................................................................68

Projetos....................................................................................................................................69

Materiais e Equipamentos........................................................................................................69

Calendário Escolar...................................................................................................................72

Matriz Curricular ….................................................................................................................74

Avaliação do Projeto Político Pedagógico...............................................................................81

Avaliação Institucional.............................................................................................................82

Referências Bibliográficas.......................................................................................................83

Anexos......................................................................................................................................85

Regulamento Interno................................................................................................................86

Regulamento da Biblioteca......................................................................................................92

Regulamento do laboratório de informática - PROINFO........................................................94

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Proposta Curricular Regular....................................................................................................96

Proposta Curricular de Arte.....................................................................................................97

Apresentação da Disciplina......................................................................................................97

Conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental ..................................................................101

Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área da Música..............................................103

Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área das Artes Visuais...................................105

Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área da Dança................................................108

Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental – Área do Teatro...............................................111

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Música................................114

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Artes Visuais......................114

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Teatro.................................115

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio – Área da Dança.................................116

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................116

Avaliação.................................................................................................................................121

Referências Bibliográficas......................................................................................................122

Proposta Curricular de Ciências..............................................................................................123

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................123

Conteúdos Estruturantes..........................................................................................................126

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................128

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................129

Avaliação.................................................................................................................................130

Referências Bibliográficas......................................................................................................134

Proposta Curricular de Educação Física..................................................................................136

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................136

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................140

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................142

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................142

Avaliação.................................................................................................................................143

Referências Bibliográficas......................................................................................................145

Proposta Curricular de Ensino Religioso................................................................................146

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................146

Conteúdos Estruturantes e Básicos ….....................................................................................148

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................149

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Avaliação.................................................................................................................................150

Referências Bibliográficas......................................................................................................151

Proposta Curricular de Geografia............................................................................................155

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................155

Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos e abordagem teórica metodológico do Ensino

Fundamental............................................................................................................................158

Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos e abordagem teórica metodológico do Ensino

Médio......................................................................................................................................164

Avaliação.................................................................................................................................168

Referências Bibliográficas......................................................................................................170

Proposta Curricular de História..............................................................................................171

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................171

Conteúdos Estruturantes contemplados em todas as séries do Ensino Fundamental..............173

Conteúdos Estruturantes contemplados em todas as séries do Ensino Médio........................175

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................175

Avaliação.................................................................................................................................177

Referências Bibliográficas......................................................................................................178

Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Espanhol..........................................................179

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................181

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................184

Avaliação.................................................................................................................................186

Referências Bibliográficas......................................................................................................187

Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Inglês...............................................................188

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................188

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................189

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................191

Avaliação.................................................................................................................................194

Referências Bibliográficas......................................................................................................196

Proposta Curricular de Língua Portuguesa..............................................................................197

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................197

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................201

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................213

Encaminhamento Metodológico do Ensino Fundamental.......................................................221

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Encaminhamento Metodológico do Ensino Médio.................................................................224

Avaliação do Ensino Fundamental..........................................................................................226

Avaliação do Ensino Médio....................................................................................................231

Referências Bibliográficas do Ensino Fundamental...............................................................233

Referências Bibliográficas do Ensino Médio..........................................................................233

Proposta Curricular de Matemática.........................................................................................235

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................235

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................238

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................241

Encaminhamento Metodológico .............................................................................................242

Avaliação.................................................................................................................................244

Referências Bibliográficas......................................................................................................248

Proposta Curricular de Biologia..............................................................................................249

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................249

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................250

Encaminhamento Metodológico .............................................................................................251

Avaliação.................................................................................................................................253

Referências Bibliográficas......................................................................................................255

Proposta Curricular de Filosofia..............................................................................................256

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................256

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................259

Encaminhamento Metodológico .............................................................................................260

Avaliação.................................................................................................................................262

Referências Bibliográficas......................................................................................................263

Proposta Curricular de Física..................................................................................................264

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................264

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................266

Encaminhamento Metodológico .............................................................................................268

Avaliação.................................................................................................................................270

Referências Bibliográficas......................................................................................................274

Proposta Curricular de Química..............................................................................................275

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................275

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................277

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Encaminhamento Metodológico .............................................................................................280

Avaliação.................................................................................................................................281

Referências Bibliográficas......................................................................................................283

Proposta Curricular de Sociologia...........................................................................................284

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................284

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................287

Encaminhamento Metodológico .............................................................................................288

Avaliação.................................................................................................................................291

Referências Bibliográficas......................................................................................................292

Proposta Curricular da Sala de Recursos................................................................................293

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................293

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................301

Encaminhamento Metodológico .............................................................................................303

Avaliação.................................................................................................................................304

Referências Bibliográficas......................................................................................................305

Proposta Curricular de Língua Estrangeira – CELEM ….......................................................306

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................306

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................308

Encaminhamento Metodológico .............................................................................................310

Avaliação.................................................................................................................................311

Referências Bibliográficas......................................................................................................312

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)...................................................................314

Objetivo da oferta da Educação de Jovens e Adultos.............................................................315

Perfil do educando..................................................................................................................315

Caracterização do curso..........................................................................................................315

Nível de Ensino.......................................................................................................................317

Educação Especial...................................................................................................................317

Ações pedagógicas descentralizadas.......................................................................................318

Frequência...............................................................................................................................318

Exame Supletivo......................................................................................................................319

Conselho Escolar.....................................................................................................................319

Materiais de apoio didático.....................................................................................................320

Biblioteca Escolar...................................................................................................................320

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Laboratório............................................................................................................................. 320

Recursos Tecnológicos............................................................................................................321

Filosofia e Princípios didáticos Pedagógicos..........................................................................321

Indicação da fase de estudo.....................................................................................................324

Matriz Curricular do Ensino Fundamental..............................................................................324

Matriz Curricular do Ensino Médio …...................................................................................325

Concepção, conteúdos e seus respectivos encaminhamentos metodológicos.........................325

Processos de avaliação, classificação e promoção ….............................................................326

Regime Escolar …...................................................................................................................327

Organização.............................................................................................................................330

Formas de atendimento …......................................................................................................330

Matrícula.................................................................................................................................330

Material didático ….................................................................................................................332

Avaliação …...........................................................................................................................332

Recuperação de estudo............................................................................................................333

Aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação...................................................333

Área de atuação.......................................................................................................................334

Estágio não Obrigatório..........................................................................................................334

Recursos Humanos................................................................................................................. 334

Plano de avaliação institucional do curso............................................................................... 350

Plano de Capacitação Continuada do Corpo Docente.............................................................351

Considerações Finais...............................................................................................................352

Bibliografia ….........................................................................................................................352

Proposta Curricular de Arte.....................................................................................................354

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................354

Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Música.................................................................358

Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Artes Visuais.......................................................359

Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Teatro .................................................................360

Conteúdos Estruturantes e Básicos – Área Dança..................................................................361

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................361

Avaliação.................................................................................................................................366

Referências Bibliográficas......................................................................................................367

Proposta Curricular de Ciências..............................................................................................368

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Apresentação da Disciplina.....................................................................................................368

Conteúdos Estruturantes..........................................................................................................371

Conteúdos Básicos..................................................................................................................373

Encaminhamento Metodológico.............................................................................................373

Avaliação.................................................................................................................................375

Referências Bibliográficas......................................................................................................378

Proposta Curricular de Educação Física ….............................................................................380

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................380

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental..................................................384

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................384

Avaliação.................................................................................................................................386

Referências Bibliográficas......................................................................................................387

Proposta Curricular de Geografia............................................................................................389

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................389

Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos do Ensino Fundamental................................392

Conteúdos Estruturantes, Básicos, Específicos do Ensino Médio..........................................398

Abordagem Teórico Metodológica.........................................................................................401

Avaliação.................................................................................................................................402

Referências Bibliográficas......................................................................................................403

Proposta Curricular de História …..........................................................................................404

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................404

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental ….............................................406

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................407

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................408

Avaliação.................................................................................................................................409

Referências Bibliográficas......................................................................................................410

Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Inglês …..........................................................412

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................412

Conteúdos Estruturantes e básicos ….....................................................................................416

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................418

Avaliação.................................................................................................................................423

Referências Bibliográficas......................................................................................................426

Proposta Curricular de Língua Portuguesa ….........................................................................427

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Apresentação da Disciplina.....................................................................................................427

Conteúdos Estruturantes do Ensino Fundamental..................................................................431

Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental...........................................................................432

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio............................................................442

Encaminhamento Metodológico – Ensino Fundamental .......................................................448

Encaminhamento Metodológico –Ensino Médio ...................................................................451

Avaliação Ensino Fundamental...............................................................................................452

Avaliação Ensino Médio.........................................................................................................456

Referências Bibliográficas Ensino Fundamental....................................................................457

Referências Bibliográficas Ensino Médio...............................................................................457

Proposta Curricular de Ensino Religioso................................................................................459

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................459

Conteúdos Estruturantes e Básicos ….....................................................................................461

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................462

Avaliação.................................................................................................................................463

Referências Bibliográficas......................................................................................................464

Proposta Curricular de Matemática …....................................................................................465

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................465

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Fundamental...................................................468

Conteúdos Estruturantes e Básicos do Ensino Médio.............................................................470

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................471

Avaliação.................................................................................................................................474

Referências Bibliográficas......................................................................................................479

Proposta Curricular de Biologia ….........................................................................................480

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................480

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................482

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................483

Avaliação.................................................................................................................................485

Referências Bibliográficas......................................................................................................487

Proposta Curricular de Filosofia ….........................................................................................489

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................489

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................492

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................493

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Avaliação.................................................................................................................................495

Referências Bibliográficas......................................................................................................496

Proposta Curricular de Física ….............................................................................................497

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................497

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................499

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................501

Avaliação.................................................................................................................................503

Referências Bibliográficas......................................................................................................507

Proposta Curricular de Química ….........................................................................................509

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................509

Conteúdos Estruturantes e Básicos.........................................................................................512

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................514

Avaliação.................................................................................................................................516

Referências Bibliográficas......................................................................................................518

Proposta Curricular de Sociologia …......................................................................................519

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................519

Conteúdos Estruturantes e Básicos..........................................................................................521

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................523

Avaliação.................................................................................................................................525

Referências Bibliográficas......................................................................................................526

Proposta Curricular de Língua Estrangeira – Espanhol ….....................................................527

Apresentação da Disciplina.....................................................................................................527

Conteúdos Estruturantes e básicos......................................................................................... 528

Encaminhamento Metodológico..............................................................................................531

Avaliação.................................................................................................................................534

Referências Bibliográficas......................................................................................................535

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I – APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico visa a organização da Escola como um todo e

responde a um desejo de todos os segmentos da comunidade escolar, o qual foi construído no

coletivo. Ele dá voz à escola e é a concretização de sua identidade, de suas racionalidades

internas e externas e, consequentemente de sua autonomia.

O Projeto Político Pedagógico é a direção política e a organizacional do trabalho

pedagógico do Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino Fundamental e Médio. Ele será

vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos com o processo educativo. Tem

uma ação intencional, com um compromisso definido coletivamente. É político no sentido de

compromisso com a formação do cidadão e na dimensão pedagógica reside a efetivação da

intencionalidade da escola, que é a formação do cidadão participativo, responsável,

compromissado, crítico, criativo e consciente de suas ações.

II – INTRODUÇÃO

O Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino Fundamental e Médio está situado

na Rua XV de Novembro, número 413, Centro, no Município de Teixeira Soares – PR.

O Colégio tem como Ensino Fundamental (5ª à 8ª Séries) criado e autorizado a

funcionar pela Resolução 1358/81, publicada no Diário Oficial do Estado de 21 de julho de

1981, e o reconhecimento do Estabelecimento pela Resolução 257/85, publicada no Diário

Oficial do Estado de 30 de janeiro de 1985 e na modalidade de Ensino Médio autorizado a

funcionar pela resolução nº 3492/98 e o reconhecimento pela Resolução 3867/02 e publicado

no Diário Oficial do Estado de 11 de novembro de 2002. Oferece-se a modalidade de EJA

Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio aguardando outorização.

O atual Regimento Escolar foi aprovado pelo Núcleo Regional de Educação de Irati

considerando a Resolução nº 2122/2000-SEED e pela Deliberação nº 16/99 CEE de acordo

com o ato administrativo nº 528/2007 do Núcleo Regional de Educação de Irati o qual resolve

homologar o Parecer nº 329/2007 do setor de Estrutura e Funcionamento em 31 de dezembro

de 2007. O Colégio está situado a 25 quilômetros do Núcleo Regional de Educação de Irati.

ASPECTOS HISTÓRICOS IMPORTANTES

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Nossa Escola foi criada em 15 de fevereiro de 1926 com o nome de Grupo Escolar de

Teixeira Soares. Esta funcionava na Rua Travessa Heróis de Monte Castelo, nº 105, fundos da

Igreja Matriz. Funcionou neste lugar até 1940. Seu primeiro diretor foi o Sr. Francisco Ogg

no período de 1926 a 1937.

Em 19 de abril de 1941, foi inaugurado o novo prédio situado à Rua XV de

Novembro, nº 413, com o nome de Grupo Escolar Ministro Gustavo Capanema em

homenagem ao Ministro da Educação da época. Pelo decreto nº 2916/56 de 06 de junho de

1956 foi criado o Ginásio Estadual de Teixeira Soares, instalado em 01 de março de 1957. A

partir daí ambas as escolas passaram a funcionar no mesmo prédio.

Pelo decreto nº 2927/66 de 07 de novembro de 1966 o Ginásio Estadual de Teixeira

Soares passou a denominar-se Ginásio Estadual João Negrão Júnior, nome dado em

homenagem ao primeiro prefeito do nosso município, Sr. João Negrão Júnior. Seu primeiro

diretor foi o padre Ladislau Maibuk, o qual respondeu pela direção no período de 1957 a

1962.

Pela Resolução nº 1358/81 de 08 de julho de 1981, publicada no Diário Oficial nº

10/81 de 21 de julho de 1986, o Grupo Escolar Ministro Gustavo Capanema e o Ginásio

passaram a constituir um único Estabelecimento com o nome Escola João Negrão Júnior –

Ensino de Primeiro Grau. Em 1983 começou a funcionar o 2º Grau com o Curso Básico em

Comércio. Pela Resolução 901/85 de 1º de março de 1985, publicado no Diário Oficial nº

1985 do dia 12 de março de 1985, fica reconhecido o curso de 2º Grau Regular com

habilitação Básico em Comércio.

Pela Resolução 164/85 de 09 de janeiro de 1986, fica autorizado o funcionamento da

habilitação plena em Técnico em Contabilidade. A autorização ora concedida foi pelo prazo

de dois anos, a partir do início de 1986.

Com a criação do Ensino do 2º Grau em 1983 a referida Escola passa denominar-se

Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino de Primeiro e Segundo Graus, sob a direção da

Srª. Alteny Maria de Lourdes Gubert Marquardt.

A partir de 23 de outubro de 1991, houve a municipalização do ensino de 1ª a 4ª

série. Em março de 1992 a professora Luci de Fátima Wiecheteck assumiu a direção de 1ª a 4ª

série e o Professor Aroldo Basso continua com a direção de 5ª a 8ª Séries e 2º grau. Pelo

protocolo 1477.096-8 a direção do Colégio Estadual João Negrão Júnior – Ensino de 1º e 2º

Graus, solicita autorização para habilitação de Magistério. Pela Resolução nº 2136/89 de 31

de julho de 1989 fica autorizado o funcionamento da habilitação magistério pelo prazo de dois

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anos, com série única de ingresso nessa habilitação nos anos de 1989 e 1990 e cessação

gradativa a partir do início do ano de 1991.

Pelo Parecer nº 289/91 de 11 de dezembro de 1991 foi concedido o reconhecimento

da habilitação Magistério ofertada neste Colégio. Com a Resolução nº 3867/94 de 27 de julho

de 1994 ficou autorizado o funcionamento da Habilitação Magistério com a implantação

gradativa do curso neste estabelecimento.

ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

O espaço físico é composto por 11 salas de aula, sendo duas destas pequenas; 01 sala

para direção, uma para equipe pedagógica, e mais 03 salas de aula que são ocupadas como:

uma para biblioteca, uma para secretaria e uma para funcionar a sala de informática; uma sala

de professores, uma sala pequena destinada para atender alunos da turma de recursos; dois

sanitários para uso dos professores e funcionários e dois banheiros para os alunos sendo estes

um masculino com três sanitários, um chuveiro e 3 mictórios; outro feminino com 4 sanitários

e um chuveiro; um almoxarifado, uma cantina (cozinha) e uma quadra de esportes coberta.

Temos uma área coberta que é utilizada para a formação dos alunos, apresentação,

palestras, e outros eventos.

OFERTA DE CURSOS / MODALIDADES

O Colégio oferta o Ensino Fundamental regular nos três períodos, matutino,

vespertino e noturno; sendo que para matrícula no 6º ano é necessária a seguinte

documentação: carta matrícula encaminhada pela Secretaria de Educação, comprovante de

conclusão de 4ª série (Ensino Fundamental de 8 anos) / 5º ano (Ensino Fundamental de 9

anos), cópia da certidão de nascimento, cópia da fatura de energia elétrica; e para as demais

séries as matrículas são automáticas. O Ensino Médio regular é ofertado no período da manhã

e noite, sendo necessária a mesma documentação do fundamental para a matrícula, sendo o

certificado de conclusão do 9º ano. A Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental

Fase II e Ensino Médio é ofertada somente no período da noite, a matrícula para o EJA exige:

• a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;

• será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;

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• educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá matricular-se de

uma a quatro disciplinas simultaneamente;

• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso é de matrícula

facultativa para o educando;

• no Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula facultativa para o

educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas que podem ser cursadas concomitante;

• poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por meio de

cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, ano(s) e de período(s) / etapa(s) /

semestre(s) equivalente(s) à conclusão do ano(s) do ensino regular, mediante apresentação de

comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar;

• para os educandos que não participaram do processo de escolarização formal/escolar;

bem como o educando desistente do processo de escolarização formal/escolar, em anos letivos

anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos

no Regimento Escolar;

• será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais de 02

(dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar

continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas

obtidos, desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da

matrícula inicial;

• educando desistente, por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial na

disciplina, no seu retorno, deverá refazer a matrícula inicial, podendo participar do processo

de reclassificação;

• educando desistente da disciplina de Língua Espanhola, por mais de 02 (dois) meses

consecutivos ou por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial, no seu retorno,

deverá reiniciar a disciplina sem aproveitamento da carga horária cursada e os registros de

notas obtidos, caso opte novamente por cursar essa disciplina.

No ato da matrícula na EJA, conforme instrução própria da mantenedora, o educando

será orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos (individual

ou coletivo), o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a

duração e a carga horária das disciplinas.

O educando de EJA será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que

os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações

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metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que compõem o

Guia de Estudos:

• a organização dos cursos;

• o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar;

• a dinâmica de atendimento ao educando;

• a duração e a carga horária das disciplinas;

• os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;

• o material de apoio didático;

• as sugestões bibliográficas para consulta;

• a avaliação;

• ensino obrigatório de música (Lei nº11.769/08)

• ensino da história e cultura afrobrasileira e africana e relações étnicos raciais (Lei

nº 10.369/03;

• estudo da história e cultura afrobrasileira e indígena;

• ensino de 9 anos (Resolução de 07/12/2010);

• sexualidade (Lei nº11.733/97 e 11.734/97);

• questão de discriminação (Parecer 01/09);

• outras informações necessárias.

III – OBJETIVOS GERAIS

• Desenvolver uma ação político-pedagógica que sustente os elementos básicos para

atingir a democratização da educação escolar, como um meio de desenvolvimento do

educando.

• Dar oportunidade a todos os educandos na busca do conhecimento cientificamente

elaborado, numa visão crítica, capacitando-os para uma participação ativa na vida sócio-

econômica, política e cultural do país.

• Viabilizar uma prática pedagógica avaliativa que assegure o sucesso e permanência do

educando na escola.

• Mostrar a importância do estudo como forma de crescimento pessoal, intelectual e

social, possibilitando assim uma melhor qualidade de vida.

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• Propiciar uma maior integração das famílias com a escola para criação de um ambiente

de corresponsabilidade educativa.

• Garantir aos professores e funcionários o direito de participar de cursos, especialização

em atualização profissional, ofertada pela SEED, cumprindo instruções da mesma.

• Cumprir a legislação vigente, proporcionando uma educação de qualidade a todos,

conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente em seu artigo 53, como também a Lei

de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96.

• A Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade da Educação Básica, direito de

todos, ressaltamos a importância de se oferecer esta modalidade de ensino a educandos que

por diversos motivos não puderam fazer parte da escola na idade apropriada, ou seja, dos 7

aos 14 anos.

• Baseando-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, é necessário oferecer a

todos uma educação de qualidade resgatando-se o tempo perdido e o direito a educação que

foi negado por muito tempo. Portanto a essa população de Jovens e Adultos deve ser dada a

oportunidade de estar novamente em contato com a educação que lhe é de direito,

principalmente com uma pedagogia e uma metodologia apropriada a essa modalidade.

IV – MARCO SITUACIONAL

DIAGNÓSTICO DA COMUNIDADE.

O município de Teixeira Soares possui aproximadamente 10.283 habitantes numa

área de 920 Km2. A comunidade é fixa e suas principais atividades econômicas são:

agropecuária, o extrativismo vegetal, sendo que sua grande maioria é assalariada. A cultura

está diretamente ligada aos princípios morais e religiosos. A renda per capita do município

faz com que a comunidade possua baixo poder aquisitivo, o que desencadeia vários problemas

sociais: falta de saneamento básico, moradias deficientes, alto consumo de álcool e tabagismo,

alto índice de gravidez na adolescência, falta de perspectiva e objetivos por parte da grande

maioria da população, mas isso não faz com que deixem de ser solidárias. A comunidade

dispõe de uma escola profissionalizante Obra Missionária Mensagem da Paz, com diversos

cursos.

O Colégio Estadual João Negrão Júnior atende os alunos provenientes de várias

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comunidades do município. O alunado é heterogêneo proveniente de diferentes segmentos da

sociedade, tais como: bairros, centro e zona rural. O nível sócio econômico e cultural é médio

e baixo.

O Colégio oferece o Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano, Ensino Médio e EJA. No

período da manhã atende alunos de Ensino Fundamental e Médio, sala de apoio, sala de

recursos e CELEM Espanhol, no período da tarde o Ensino Fundamental e sala de recursos, e

a noite Ensino Médio, Ensino Fundamental, CELEM Inglês, e Curso Profissionalizante a

distância E-Tec Brasil (Administração, Técnico em Segurança do Trabalho e Técnico em

Meio Ambiente). Contando atualmente com 448 (quatrocentos e quarenta e oito) alunos do

Ensino Fundamental, 272 (duzentos e setenta e dois) do Ensino Médio, distribuídos num total

de 27 (vinte e sete) turmas, 46 alunos do CELEM, 46 alunos na EJA Ensino Fundamental, 32

alunos na EJA Ensino Médio, totalizando 867 alunos

Os dados levantados no ano de 2010 revelam 11% de alunos reprovados e 6% de

alunos evadidos. Contribuem para essa problemática a falta de estrutura familiar, acarretando

o desenvolvimento psicológico. Famílias com poucas condições no atendimento as

necessidades básicas de seus filhos contribuem para o baixo rendimento escolar dos mesmos.

Estes muitas vezes sem limites, isto é, sem noção de convívio social, sem ética, sem

comprometimento nos estudos, prejudicando o bom andamento dos trabalhos escolares.

Todas as turmas contam com um representante chamado líder e um professor

regente, e estes são eleitos pelos colegas. Os pais participam da escola através do Conselho

Escolar e da APMF.

Esta instituição de ensino conta atualmente com 26 computadores, sendo 2 antigos e

6 “Ilhas Four Head” ( CPU’s para quatro monitores integrados), estas recebidas da Secretaria

de Estado da Educação através do Programa Paraná Digital, em 2006. Estes computadores

estão assim distribuídos: sala de informática: cinco Ilhas Your Head (cinco CPU’s, vinte

Monitores, vinte teclados e vinte mouses) e uma impressora a laser; secretaria: uma Ilha Four

Head (uma CPU, quatro monitores, quatro teclados e quatro mouses), 2 computadores Pentiun

e quatro impressoras sendo , duas a laser e duas jato de tinta.

O Colégio recebeu do Programa PROINFO (MEC), 18 computadores, dos quais

serão instalados 16 na biblioteca escolar e 02 na sala dos professores, também recebeu uma

impressora.

O Colégio João Negrão Júnior possui uma TV 29”, uma 21” e 10 DVDs, dois retro

projetores, dois telões, dois mimeógrafos a álcool, uma filmadora, uma mesa de som com

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duas caixas de som, três microfones sem fio e um com cabo, e uma câmera digital. Cada sala

de aula tem uma televisão de 29” com entrada para pendrive e também um ventilador.

A biblioteca possui um acervo de 7900 (sete mil e novecentos) livros e um acervo de

177 (cento e setenta e sete) fitas de vídeo. O Colégio não tem espaço físico próprio para

instalação do laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia, apesar de contar com

equipamentos específicos recebidos da FUNDEPAR/SEED e adquiridos via Fundo Rotativo.

Estes equipamentos encontram-se em espaço adaptados na sala dos professores, aguardando

espaço físico próprio para instalação dos mesmos.

O corpo docente é composto atualmente por 46 (trinta e oito professores), na sua

maioria com pós-graduação, a equipe administrativa conta com a direção e direção auxiliar, a

equipe pedagógica conta com quatro professores pedagogos, um secretário e seis técnicos

administrativos e dez assistentes de serviços gerais.

O Colégio Estadual João Negrão Júnior apresenta uma rede física insuficiente, pois

falta ainda espaço físico para laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia. O número

de banheiros para alunos continua insuficiente, sendo os mesmos da época da construção do

prédio em 1941.

O Projeto Político Pedagógico justifica-se pela necessidade de mudanças, de

transformações da sociedade, porque vivemos num mundo de internacionalização da cultura,

da globalização dos mercados e o mercado de trabalho num impacto de desenvolvimento

tecnológico acelerado, mudanças sociais e políticas que requerem uma força de trabalho e

uma geração nova com perfil e preparo diferente, com avanço de escolaridade. A escola deve

estar comprometida com a construção de uma nova ordem social. Qualidade de ensino

voltada para os contextos do trabalho e da cidadania, isto é, perceber o aluno em sua

singularidade, ou seja, como um sujeito social, levando-o a apropriar-se dos conhecimentos

humanos e técnicos historicamente produzidos e acumulados na perspectiva desse saber

melhor instrumentalizado, contribuindo para sua inserção crítica no contexto das relações

sociais. Desenvolvendo práticas que contribuam para que o aluno consolide e aprofunde

conhecimentos anteriormente adquiridos, visando uma maior compreensão do significado das

ciências, das artes e das outras manifestações culturais em suas várias linguagens.

O Projeto Político Pedagógico contempla a preocupação com exclusão social,

baseando-se na legislação vigente através do cumprimento dos conteúdos básicos e

contemplando os temas contemporâneos.

O currículo deve contemplar as diferenças individuais e sociais do corpo discente,

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porém ainda há muito a ser feito para que os educadores consigam realizar as suas práticas

pedagógicas levando em conta essas diferenças. Nem todos os professores participam

integralmente da semana pedagógica, bem como nos dias de Planejamento e Replanjamento

porque alguns são professores da rede municipal, e as atividades pedagógicas coincidem.

Outros são contratados pelo regime PSS após a semana pedagógica, e há falta de

comprometimento nos dias de Planejamento e Replanejamento e Conselho de Classe.

Enfrentamos também problemas quando da falta de professores, que muitas vezes faltam sem

comunicação prévia e na maioria das vezes não deixam atividades para os alunos.

Em relação à formação continuada, a maioria dos professores participam de grupos

de estudo, cursos, seminários, mostrando interesse em atualizarem-se para oferecer um ensino

de qualidade.

Pensando no crescimento de nossos jovens e oferecimento de novas oportunidades

também está disponibilizado a todos o CELEM (Centro de Língua Estrangeira Moderna) –

nas disciplinas de Espanhol e Inglês. O Curso é ofertado no contra-turno das aulas normais e

pode ser ofertado 20% das vagas para a comunidade, caso não seja preenchido pelos alunos

do Colégio. Também oferece Cursos Técnicos a Distância de Administração, Técnico em

Segurança do Trabalho e Técnico em Meio Ambiente através do E-Tec Brasil, o qual é

transmitido via satélite, com a presença de um tutor em sala de aula, a frequência dos alunos é

semi-presencial. Esse curso é uma parceria entre SEED, MEC e IFET.

Muitos de nossos alunos do Ensino Médio, participam através dos CIEE e SINE, de

estágios não obrigatórios remunerados segundo a Lei 11.778/08, em diversas empresas do

município. Com isso cria-se uma postura de responsabilidade, no adolescente e é um meio de

ajuda financeira às famílias. Também recebemos acadêmicos para realizarem estágios de

observação-participação, com projetos da Universidade sem Fronteiras.

V – MARCO CONCEITUAL

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A sociedade contemporânea, através de suas inúmeras conquistas tecnológicas, criou

sistemas cada vez mais integrados em nível mundial, ao mesmo tempo mais complexos e

diversificados. Frente a essa realidade vêm-se tentado buscar diretrizes para repensar o papel

da Escola numa sociedade que sofre em seu dia-a-dia rápidas e profundas transformações.

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Almeja-se um ensino de qualidade, para o qual é necessário que a escola exerça sua

função de desenvolver o conhecimento de forma eficiente, instrumentalizando os educandos

dentro de um novo paradigma curricular instituído pela LDB 9.394/96 e pelas Diretrizes

Curriculares Nacional e Estadual para o Ensino Fundamental Regular, Ensino Médio Regular,

Educação de Jovens e Adultos EJA Fundamental Fase II e Médio com o máximo do

conhecimento do saber historicamente acumulado. Considerando a sala de aula como um

local disciplinar, abrindo oportunidades de interações co-responsáveis: professor / aluno,

conteúdo / metodologia, ensino / aprendizagem e forma de avaliar.

De acordo com a LDB e em conformidade com as Diretrizes Curriculares, propõe-se

conduzir o processo pedagógico de construção do conhecimento, de forma condizente com os

interesses dos educandos, para compreensão da realidade e da prática social, formando

cidadãos críticos, participativos, criativos, responsáveis, compromissados, capazes de dirigir e

governar com o conhecimento produzido, contribuindo para a transformação social na qual

está inserido.

Este Projeto Político Pedagógico tem a finalidade de oferecer um ensino de qualidade

a todas as camadas populares com a pedagogia na concepção dialética da educação, tendo em

vista, os parâmetros de qualidade que implicam no crescimento do educando, enquanto um ser

que se humaniza cada vez mais, a partir de suas relações com o mundo do trabalho e da

cidadania.

Para que a escola busque a melhor adequação de ensino às necessidades dos alunos e

do meio social, é necessário desenvolver mecanismos de participação da comunidade e

alternativas de organização institucional possibilitando identidade própria, o uso de várias

possibilidades pedagógicas, organização e articulações entre instituições públicas e privadas,

contemplando a preparação geral para o exercício da cidadania. Para tanto devemos

aproveitar sempre as relações entre conteúdos e contextos para dar significado ao aprendido,

estimulando o aluno a ter autonomia intelectual.

METODOLOGIA A SER USADA NO PROCESSO DE ENSINO – APRENDIZAGEM

A sociedade atual está em constante transformação, as inovações e descobertas

científicas tecnológicas ocorrem de forma acelerada e que o papel do professor nos dias de

hoje já não é de apenas um transmissor de conhecimentos, e sim mediador, orientador, um

provocador no processo ensino aprendizagem. Cabe ao docente fazer uma análise do conteúdo

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curricular do que é essencial, fazendo uma relação com o contexto atual, com que o aluno

percebe o significado e a importância do mesmo no seu cotidiano.

Portanto, usando de uma metodologia que ofereça condições para que o aluno

desenvolva suas potencialidades, fazendo dele um ser pensante, critico e criativo, levando-o a

aprender a aprender. Nessa sistemática o professor é um pesquisador e inovador do processo.

Ele também é um ser inacabado que busca aprender sempre.

A assimilação dos conteúdos sócio-culturais deve se dar pelo processo de uma

aprendizagem intencional pelo qual professor e aluno assumem uma constante tarefa de

construção e reconstrução do conhecimento. Para isso, a sondagem diagnóstica é de suma

importância, pois, servirá de base para o replanejamento das ações pedagógicas, garantindo ao

aluno a efetivação da aprendizagem.

Os conteúdos devem ser articulados entre as áreas do conhecimento e abordados na

sua integridade, proporcionando ao aluno a apropriação gradativa do objeto de conhecimento,

adaptados de acordo com a realidade social, histórica, cultural e política. Dentro de uma

concepção progressista e numa pedagogia histórico crítica e abordados de uma forma

interdisciplinar e laica. Assuntos que exigem pré-requisitos devem ser considerados e

apresentados gradativamente, devendo os conceitos articulados serem abordados

simultaneamente e nunca fragmentados.

Deve-se respeitar a especificidade dos educandos, levando-se em conta sua realidade

e suas diferenças fazendo as adaptações curriculares de acordo com a necessidade dos

educandos, respeitando e compreendendo que cada aluno tem um potencial diferente, seu

tempo e ritmo de aprendizagem, sem empobrecer o currículo, apenas adaptando-o com a

realidade da turma.

Cada disciplina tem a sua importância no processo ensino-aprendizagem, portanto

cada uma contribui para a formação integral do aluno. Para tal, é necessário que o professor

saiba trabalhar sua disciplina voltada para o significado que esta representa para a formação

integral do aluno.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados pelos

professores dentro de suas disciplinas específicas conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

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Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02. Deverão ser abordados em todas as disciplinas e estarem

interligados aos conteúdos básicos e poderão ser trabalhados por meio de debates, palestras,

teatros... com o objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar

sobre a importância de se pensar nos desafios sociais.

A tecnologia está presente no nosso dia-a-dia e através dela muitas informações

podem ser obtidas tanto pelo professor como pelo aluno. O professor tem um papel

importante no sentido de direcionar os alunos a usarem informações obtidas através de

tecnologias de forma responsável e educativa.

A metodologia de trabalho descrito anteriormente deverá ser desenvolvido tanto no

Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos, porém a EJA se diferencia

pelas organizações:

Organização Coletiva

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma

que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada

disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica

ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação

professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada

educando. A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm

possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-

estabelecido.

Organização Individual

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm

possibilidade de frequentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários

alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação,

aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no

momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua

inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma

que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas

condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados. A carga horária prevista

para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem por cento) presencial no Ensino

Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo que a frequência mínima na organização

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coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento) e na organização individual é de 100% (cem por

cento), em sala de aula.

AVALIAÇÃO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Avaliação contínua da aprendizagem dos alunos e a organização do saber escolar são

dimensões indissociáveis no processo de construção do conhecimento. Avaliar o grau de

domínio das noções ensinadas, apenas tem sentido se servir de parâmetros para revisão do

próprio saber escolar e da condução pedagógica do professor.

A inter-relação entre professor / aluno representa um caminho a ser buscado

continuamente, onde as atividades entre ambos tomam um caráter dialógico, momento de

troca de ideias entre educador e educando na busca de um conhecimento gradativamente

aprofundado.

A assimilação ativa dos conteúdos sócio-culturais dentro da escola, se dá pelo

processo de uma aprendizagem intencional que depende de um ensino intencionalmente

estabelecido. Onde a avaliação deve ser compreendida como um processo interativo, pelo

qual o professor e o aluno assumem uma constante tarefa de construção e reconstrução do

conhecimento, assegurando o sucesso. Neste processo de busca desta compreensão, provoca

ao professor um repensar de sua ação metodológica e consciente da prática avaliativa, de

caracterizar a avaliação em seu significado básico, de diagnosticar, de investigar e dinamizar

o processo de conhecimento.

A avaliação da aprendizagem existe propriamente para garantir a qualidade do

processo ensino-aprendizagem. Ela tem a função de possibilitar uma qualificação da

aprendizagem do educando. É preciso detectar através de avaliações constantes no processo,

problemas de aprendizagem dos educandos e, em seguida, efetuar o apoio pedagógico

necessário, tendo em vista evitar as perdas e as repetições desnecessárias que apenas

comprometem o esforço educativo no qual a escola deve e precisa empreender:

• Acompanhar e avaliar passo a passo à construção do conhecimento;

• Detectar na origem, problemas de aprendizagem;

• Utilizar práticas pedagógicas diversificadas, e inovadoras de apoio.

Portanto, a avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o

professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu próprio trabalho com a

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finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos bem como

diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valor.

Os critérios de avaliação do Estabelecimento de Ensino obedecerão a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Deliberação nº 007/99. A educação Básica do

Colégio Estadual João Negrão Júnior – EFM, está organizada por anos e por notas bimestrais.

Durante o bimestre serão desenvolvidas atividades de pesquisas, debates, atividades

interdisciplinares, teatros, dramatizações, trabalhos extraclasse, saída de campo, seminários,

provas, testes, atividades em grupo, exposições orais e escritas, concursos internos, produções

de textos, vídeos e documentários adequados aos conteúdos através da utilização das

tecnologias (TV Pendrive e Laboratório de Informática). Todas estas atividades serão

avaliadas pelo professor.

Será proporcionada recuperação de estudos, de forma paralela, ao longo do ano ou

período letivo a todos os alunos e principalmente os que não atingiram a aprendizagem

esperada conforme prevê a Deliberação 007/99, constituindo-se num conjunto integrado ao

processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos. A recuperação paralela

poderá assumir várias formas: atividades complementares orientadas, pesquisas e provas,

além de aulas de reforço e estudo em grupo com aluno monitor.

A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do aluno

em diferentes situações de aprendizagem. Dar-se-á maior relevância à atividade crítica, à

capacidade de síntese e a elaboração pessoal sobre a memorização.

Na avaliação do aproveitamento escolar deverão preponderar os aspectos qualitativos

da aprendizagem sobre dados quantitativos e entre os resultados obtidos durante o período

letivo e os da recuperação, prevalecerão os melhores resultados. A sistemática da avaliação do

desempenho do aluno e do seu desempenho escolar será contínua e cumulativa com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, e os resultados expressos em

notas 0,0 (zero vírgula zero) a 10,0 (dez vírgula zero), e a comunicação dos resultados aos

alunos e pais será feita através de boletins informativos e contatos diretos.

Os alunos do Ensino Fundamental e Médio, serão submetidos no mínimo a duas

avaliações bimestrais, ficando, portanto a critério do professor, o número de avaliações a

serem aplicadas além do mínimo exigido. Para fins de promoção ou certificação serão

registradas notas por disciplinas, que corresponderão às provas individuais escritas e também

a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino aprendizagem,

conforme descrito no regimento escolar.

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A média final de cada disciplina, corresponderá a média aritmética das avaliações

processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero)

Os alunos do Colégio Estadual João Negrão participam da avaliação da SAEB

(Sistema de Avaliação da Educação Básica), através da prova Brasil, e ENEM (Exame

Nacional do Ensino Médio), que tem como objetivo situar o nível de aprendizagem de nossos

educandos e avaliar a qualidade da escola pública.

Para a Educação de Jovens e Adultos serão utilizados os seguintes procedimentos e

critérios para atribuição de notas:

• as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade

educativa;

• para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis)

notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a

outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que,

obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme

descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações

realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota

para fins de promoção e certificação.

• a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os

resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula

zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e

frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de

cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização

individual;

• o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da

avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a

recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;

• para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média

final corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os

mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

• os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade

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da vida escolar do educando;

• o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por

seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver;

• na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do

processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro) notas para fins de

cálculo da média final;

• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no

processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação escolar, por

não ser objeto de retenção.

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-

aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos

os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos. Será também

individualizada, organizada com atividades significativas, com indicação de roteiro de

estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos

básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos

conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme

o descrito no Regimento Escolar.

A frequência e as notas das avaliações são registradas em Livro Registro e no

Sistema SEJA.

OS PRINCÍPIOS NORTEADORES DO ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO e EJA.

Os princípios norteadores do Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e

adultos são: a Identidade, a Diversidade e a Autonomia.

A Identidade

A função principal do Ensino Fundamental, Médio e Educação de Jovens e Adultos é

o trabalho com o conhecimento que propicie aos alunos oportunidades de aprendizagem para

que adquiram o aprendizado para compreensão do meio em que vivem e do seu tempo. O

conhecimento adquirido deverá contribuir para a compreensão e transformação social do meio

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que o aluno vive.

As ações pedagógicas devem corresponder às necessidades de aprendizagem dos

alunos. Deve ser levado em consideração o perfil dos alunos, a faixa etária, os anos em que

encontram maiores dificuldades de apropriação dos conteúdos, além das condições sociais

econômicas, culturais e religiosas. A capacidade técnica e pedagógica individual dos

professores precisa estar a serviço do coletivo da escola e zelar pela aprendizagem de todos os

alunos.

A comunidade escolar garante a inclusão de todos os indivíduos e trabalho no sentido

de assegurar o acesso, a permanência e a aprendizagem a todos os alunos e valorizar as

diferentes culturas da comunidade.

A Diversidade

A diversidade na vida e na escola, em seu sentido amplo da palavra, diz respeito a

variedade e convivência de ideias ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto,

ambiente ou situação.

A atual política pública tem como principal preocupação a promoção de uma

educação que inclua crianças, jovens e adultos num sistema educacional, garantindo uma

educação de qualidade, o trabalho e a convivência social. A diversidade na escola visa

minimizar as desigualdades nos pontos de partida e assegurar patamares comuns nos pontos

de chegada.

Nesse sentido considera-se o professor como agente essencial, sendo orientador do

processo ensino aprendizagem, responsável pelo repasse do conhecimento historicamente

produzido com o objetivo de fazer com que o educando adquira esse conhecimento

promovendo assim a aprendizagem.

A Autonomia

A expressão de liberdade e iniciativa onde todos protagonizam a formação e

implementação da proposta pedagógica da escola, gerando a responsabilidade dos envolvidos.

A gestão administrativa e pedagógica deve ser democrática, transparente, com

envolvimento de toda a comunidade escolar nas decisões a serem tomadas nos diversos

segmentos. Oportunizar aos pais o direito de participar diretamente na escola, através do

acompanhamento do rendimento escolar do seu filho, dando opiniões e sugestões visando

com isso à melhoria do processo ensino/aprendizagem.

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Para que o Projeto Político Pedagógico alcance seus objetivos propostos demanda um

diálogo constante entre os educadores, funcionários e comunidade. Para tal faz-se necessário

reuniões pedagógicas, planejamentos, avaliações constantes das ações desenvolvidas pela

comunidade escolar.

A gestão dos recursos financeiros é transparente e democrática. Os recursos

recebidos pela escola são gastos atendendo as necessidades de cada setor, secretaria, alunos,

manutenção e limpeza e sempre com a participação da comunidade escolar, como também das

Instâncias Colegiadas (APMF, Grêmio Estudantil e Conselho Escolar). Não há desperdício ou

mau uso dos recursos de qualquer tipo. Ao final de cada semestre é disponibilizada a

comunidade escolar a prestação de contas através de edital.

Esta instituição também conta com parcerias: Rotary Club de Teixeira Soares,

Prefeitura Municipal, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Saúde,

Emater e Secretaria Municipal de Esportes.

Com este propósito pretendemos desenvolver no educando formação global e

integradora, indispensável para o exercício da cidadania proporcionando-lhe:

• Escolarização formal e política; completa e eficaz na construção do conhecimento com

qualidade que oportunize o desenvolvimento da capacidade de pensamento autônomo e

criativo.

• Uma educação sistemática que capacite o educando a adquirir, construir e reconstruir o

conhecimento que lhe dê condições para viver com a multiculturalidade, o pluralismo de

ideias, o respeito ao meio ambiente, a participação ativa e crítica da sociedade;

• A busca do conhecimento cientificamente elaborado, numa visão crítica, capacitando

para uma participação ativa, socioeconômica, política, cultural e tecnológica do país;

• Uma prática pedagógica avaliativa que assegure o sucesso e a permanência na escola;

• Igualdade de condições para acesso e permanência do aluno na escola;

• Valorização e promoção da vida mediante respeito a ela, a busca e vivência de seus

sentidos e a formação da consciência, da cidadania no mundo de hoje projetada para o futuro.

• A convivência partilhada e compartilhada, mediante compreensão e atendimento aos

seus direitos igualitários, a organização da comunidade escolar.

• A compreensão crítica da realidade, mediante análise, avaliação, acompanhamento e

planejamento permanente da educação no contexto local, regional e nacional.

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A SOCIEDADE QUE QUEREMOS

• Uma sociedade fundamentada na dignidade da pessoa humana, justa, crítica, que

compreenda a transformação social;

• Que o trabalho seja fonte de crescimento de realização e transformação social;

• Que todos tenham liberdade de se organizar, de serem ouvidos e respeitados, com

direito a uma vida democrática;

• Que todos tenham assegurado as necessidades básicas de moradia, alimentação, saúde,

educação, trabalho, transporte e lazer;

• Que todas as formas culturais sejam respeitadas e valorizadas através da

democratização da educação e da apropriação do saber elaborado.

O HOMEM QUE QUEREMOS

Queremos um homem que:

• Seja crítico, questionador, ousado e criativo;

• Lute por um espaço na sociedade respeitando o direito do outro;

• Tome atitudes e seja responsável por elas;

• Respeite e promova a dignidade de cada pessoa a partir da comunidade escolar;

• Seja sujeito da transformação social.

A ESCOLA QUE QUEREMOS

Uma Escola que acompanhe o desenvolvimento tecnológico, que seja passível de

mudanças. Uma Escola de qualidade que prepare o indivíduo para o exercício de sua

cidadania com formação cultural e dentro de princípios éticos e morais.

Uma escola integrada com a família e com os diversos segmentos da comunidade.

Buscando parcerias com empresas, universidades, sociedade em geral para tornar a Escola

atrativa.

PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS QUE QUEREMOS

Queremos professor e funcionário que seja:

• Acolhedor, amigo, humano, dedicado, sensato, sensível às características individuais

das nossas crianças e adolescentes;

• Convicto na vivência e na proposta de valores com capacidade de contribuir

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coletivamente para a transformação da sociedade;

• Mediador entre aluno e conhecimento;

• Sujeito organizador, direcionador e condutor da prática pedagógica ensino-

aprendizagem, numa perspectiva de apropriação e de re-elaboração histórica do saber;

• Aberto ao novo, sempre em busca de atualização, abrindo e indicando caminhos

através da formação continuada;

• Consciente de sua dignidade enquanto pessoa, profissional e cidadão;

• Um cidadão que saiba lutar por melhores condições no trabalho e de realização

profissional.

• Formador de seres pensantes, que amplie os horizontes de seus alunos, que fazem do

saber instrumentos para formação de verdadeiros cidadãos, cumpridores de seus direitos e

deveres.

• Responsáveis pelo seu trabalho e persistente para atingir o principal objetivo que é

fazer do aluno um ser verdadeiramente transformador de sua realidade social.

O ALUNO QUE QUEREMOS

Queremos alunos preparados para enfrentar a vida, isto é, alunos críticos para

entender a sua realidade; conscientes de seu valor como cidadãos, capazes de atuarem na

sociedade como agentes transformadores, participantes. Alunos, que não só se apropriem dos

conhecimentos científicos e tecnológicos historicamente acumulados pela humanidade, mas

que saibam utilizá-los para o bem de todos. Alunos capazes de trabalhar com inteligência

suas emoções diante das dificuldades e obstáculos da vida, munidos de valores éticos e

sociais.

MARCO OPERACIONAL

FUNÇÕES DA COMUNIDADE ESCOLAR

FUNÇÕES DA DIREÇÃO:

• Submeter o Plano Anual de Trabalho à aprovação do Conselho Escolar

• Convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar

• Elaborar planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e submeter à

apreciação e aprovação do Conselho Escolar

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• Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar as normas e orientações gerais

emanadas da Secretaria de Educação do Estado;

• Elaborar e encaminhar à Secretaria de Estado da Educação, às propostas de

modificações, aprovadas pelo Conselho Escolar;

• Submeter o Calendário Escolar à aprovação do Conselho Escolar;

• Instituir grupos de trabalho ou comissões encarregados de estudar e propor

alternativas de solução para atender aos problemas de natureza pedagógica, administrativa e

situações emergenciais;

• Propor a Secretaria de Estado da Educação, após aprovação do Conselho Escolar,

alterações na oferta de serviços de ensino prestados pela escola extinguindo ou abrindo curso,

ampliando ou reduzindo os números de turnos e turmas e a composição de classes;

• Propor a Secretaria de Estado da Educação, após aprovação pelo Conselho Escolar, a

implantação de experiências pedagógicas ou de inovações de gestão administrativa;

• Coordenar a implementação das diretrizes emanadas da Secretaria de Estado de

Educação;

• Aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas baixadas pela Secretaria de

Estado da Educação;

• Analisar e aprovar o regulamento da Biblioteca Escolar, e encaminhar ao Conselho

Escolar para aprovação;

• Manter o fluxo de informações entre o Estabelecimento de Ensino e os órgãos da

Administração Estadual de Ensino;

• Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, comunicando ao Conselho Escolar e

aos órgãos da administração: reuniões, encontros, grupos de estudo e outros eventos;

• Identificar interesses, necessidades e recursos do Alunado Escolar;

• Manter o entrosamento entre Alunos, Pais, Professores e Funcionários do

estabelecimento, procurando estabelecer o respeito mútuo, e assim como bom ambiente de

trabalho;

• Levantar no diagnóstico da realidade necessidades e condições de trabalho do

professor, comunidade e recursos disponíveis;

• Participar com a comunidade escolar na construção da proposta pedagógica;

• Favorecer o processo de democratização na escola: através da participação efetiva do

conselho escolar, associação de pais e mestres e funcionários e grêmio estudantil;

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• Participar da capacitação docente, viabilizando oportunidades de aperfeiçoamento

profissional, visando à proposta pedagógica;

• Garantir o cumprimento do regimento escolar e do regulamento interno;

• Ter presença atuante no planejamento curricular, garantir espaços para discussões,

recursos de estâncias superiores e comunidade;

• Acompanhar a execução do currículo, visando a democratização e garantia de

qualidade de ensino, melhor uso de recursos didático-pedagógicos e permanente reposição;

• Avaliação permanente da instituição escolar, do currículo e da aprendizagem;

• Coordenar o conselho de classe;

• Influir para que todos os funcionários da escola se comprometam com a proposta

pedagógica;

• Garantir a conservação e melhoria do acervo bibliográfico;

• Garantir o acesso à matricula das camadas populares e condições para permanência;

• Organizar e distribuir os recursos físicos, materiais e humanos;

• Discutir com a comunidade escolar a qualidade, quantidade, preparo e aceitação da

merenda;

• Organização de documentos: plano curricular, livros ata...;

• Coletar, atualizar e socializar dados da legislação de ensino e administração pessoal;

FUNÇÕES DA DIREÇÃO AUXILIAR:

• Substituir o diretor quando do seu afastamento, sob qualquer título;

• Assessorar o Diretor no cumprimento de suas funções especificas;

• Comunicar ao Diretor tudo aquilo que venha colaborar para manutenção do bom

clima administrativo e pedagógico do Colégio;

• Estabelecer elo de comunicação entre direção e Equipe Pedagógica;

• Coordenar a implementação, gerenciando e acompanhando a execução dos programas

pedagógicos do estabelecimento;

• Acompanhar a execução do regulamento da biblioteca, deixando o Diretor a par de

situações atípicas;

• Acompanhar o Projeto Político Pedagógico, sugerindo realimentações, sempre que

necessário;

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• Programar junto com o Diretor as atividades extraclasse, ajudando na elaboração e

execução das mesmas;

FUNÇÕES DO PROFESSOR PEDAGOGO:

• A equipe pedagógica é o órgão responsável pela ‘coordenação, implantação e

implementação, no Estabelecimento de Ensino das Diretrizes Pedagógicas emanadas da

Secretaria de Estado da Educação;

• Subsidiar a Direção com critérios para definição do Calendário Escolar, organização

de classes, do horário semanal e distribuição de aulas;

• Elaborar com o corpo docente, o Currículo Pleno do Estabelecimento de Ensino, em

consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação;

• Promover a participação de professores e funcionários da escola na elaboração da

Proposta Pedagógica;

• Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos

pedagógicos no Estabelecimento de Ensino;

• Elaborar o regulamento da biblioteca Escolar, juntamente com seu responsável;

• Orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia do seu espaço

pedagógico;

• Acompanhar o processo de ensino, analisando os resultados de aprendizagem com

vistos a sua melhoria;

• Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações, relativas aos

serviços de ensino prestados pelo estabelecimento e o rendimento do trabalho escolar;

• Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o

aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;

• Elaborar com o Corpo Docente os planos de recuperação a serem proporcionados aos

alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;

• Analisar e emitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de

transferências, de acordo com a legislação vigente;

• Propor a direção à implementação de projetos de enriquecimento curricular a serem

desenvolvidos pelo estabelecimento e coordená-los, se aprovados;

• Coordenar o processo de seleção dos livros didáticos, a serem adotados pelo

Estabelecimento, obedecendo às diretrizes e aos critérios estabelecidos pela Secretaria de

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Estado da Educação;

• Participar, sempre que convocado de cursos, seminários, reuniões, encontros, grupos

de estudo e outros eventos;

• Proporcionar condições para participação efetiva do Corpo Docente, estabelecendo

uma unidade de esforços, a fim de que a educação se processe da melhor maneira possível;

• Atuar no desenvolvimento do Currículo, assegurando o relacionamento e a ordenação

sequencial dos conteúdos;

• Participar da elaboração do Plano Anual de Atividades do Estabelecimento;

• Supervisionar a execução do Currículo Pleno do estabelecimento a fim de que se

processe a integração do Corpo Docente em relação a objetivos, conteúdos programáticos,

métodos e técnicas de direção de aprendizagem, sistema de controle de aproveitamento e

normas de conduta;

• Coordenar e convocar com anuência da Direção, as reuniões do Corpo Docente e do

Conselho de Classe e planejar;

• Controlar o rendimento escolar dos alunos, pesquisando sobre as causas de

aproveitamento insuficiente;

• Orientar os professores no planejamento e desenvolvimento de estudos de

recuperação;

• Participar da elaboração do Regimento Escolar e do Regulamento Interno;

• Assessorar os professores no Plano de Ensino;

• Na execução do currículo – assessorar o professor em métodos e técnicas para um

ensino eficiente entre a teoria-prática;

• Avaliação permanente do currículo e da aprendizagem

• Promover e incentivar a elaboração e execução de projetos;

• Orientar os professores novos na dinâmica e funcionamento da escola;

• Promover pesquisas quanto às causas do fracasso escolar;

• Constatar falhas no processo de ensino-aprendizagem e orientar para a superação das

mesmas;

• Promover um bom relacionamento com a comunidade escolar;

• Acompanhar o processo ensino-aprendizagem mediante visitas nas salas de aula;

• Verificar os livros de registros dos professores ao término de cada bimestre ou quando

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for necessário;

• Elaborar relatórios;

• Atuar junto às famílias no sentido de que haja unidade de pensamento e de ação entre

os pais e professores, na orientação do processo ensino-aprendizagem;

• Garantir a reflexão do significado social dos conteúdos, valores, a fim de que se

concretize a concepção de sociedade que queremos, conseqüências sociais dos processos de

rotulação, discriminação;

• Na execução do currículo assessorar o professor nas relações – professor x aluno,

aluno x professor, aluno x aluno, escola x família – e participar na articulação do trabalho

pedagógico;

• Contribuir para que a avaliação se desloque do aluno para o processo pedagógico

como um todo e que seja compatível com a concepção de homem, de mundo e de sociedade

definidos na Proposta Pedagógica da Escola;

• Articular a família e a comunidade, criando processos de interação da comunidade

com a escola;

• Assessorar o professor no trabalho pedagógico na sala de aula;

FUNÇÕES DOCENTES:

• Participar da elaboração da proposta pedagógica do Estabelecimento de Ensino;

• Elaborar e cumprir plano de trabalho segundo a proposta pedagógica do

estabelecimento de ensino;

• Zelar pela aprendizagem dos alunos;

• Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento;

• Ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos além de participar integralmente

dos períodos dedicados ao planejamento, a avaliação e ao desenvolvimento profissional;

• Colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade;

• Elaborar com a equipe pedagógica, o currículo pleno de Estabelecimento de Ensino,

em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria Estadual de Educação;

• Escolher juntamente com a Equipe pedagógica, livros e materiais didáticos

comprometidos com a política educacional da Secretaria Estadual de Educação;

• Desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão do

conhecimento pelo aluno;

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• Proceder ao processo de avaliação, tendo em vista a apropriação ativa e crítica do

conhecimento filosófico-científico pelo aluno;

• Promover e participar de reuniões de estudo, encontros, seminários e outros eventos,

tendo em vista o seu constante aperfeiçoamento profissional;

• Assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra o tratamento discriminante de cor, raça,

sexo, religião e classe social;

• Estabelecer processos de ensino-aprendizagem resguardando sempre o respeito ao

aluno;

• Manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho, com colegas, alunos, pais

e os diversos segmentos da comunidade;

• Participar da elaboração dos planos de recuperação a serem proporcionados aos

alunos, que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo do desejado;

• Proceder a processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola com

vistas ao melhor rendimento do processo-ensino aprendizagem;

• Zelar pela defesa dos profissionais e pela dignidade da classe;

• Zelar pela disciplina geral do estabelecimento;

• Ser assíduo, pontual e manter conduta adequada à sua condição;

• Exigir tratamento e respeito compatíveis com a sua profissão;

• Conhecer e cumprir as normas estabelecidas no Regimento Escolar e Regulamento

Interno;

• Apresentar os projetos de inovações para a Direção, e diferentes metodologias com

atividades para os alunos;

• Guardar sigilo sobre assuntos da escola;

• Manter atualizados os registros escolares (livros de chamada) com anotações

referentes à frequência dos alunos, conteúdos desenvolvidos, resultados de avaliação e outros,

encerrando-os convenientemente para entregá-los a equipe pedagógica do Colégio dentro do

prazo fixado;

• Cooperar com o desenvolvimento de atividades que visam à melhoria do processo

educativo e a integração da escola – família – comunidade;

• Elaborar o planejamento de acordo com as diretrizes curriculares e legislação vigente

dentro das modalidades de Ensino Fundamental e Médio;

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• Não entrar com atraso em sala de aula ou dela sair antes do término da aula ou utilizar

o tempo de aula para correção de provas e cadernos;

• Não abandonar sua turma sob qualquer hipótese, durante a aula;

• Não fumar nas dependências do Colégio Estadual João Negrão Júnior Ensino

Fundamental e Médio;

• Não aplicar penalidades ao educando, exceto as de advertência verbal e retirada de

sala de aula, com encaminhamento para a Equipe Pedagógica;

• Não usar notas, faltas ou avaliação como fator punitivo;

• Não considerar a matéria dada, cancelar aula ou deixar de proceder a correção da

tarefa, sob alegação de indisciplina dos alunos;

• Não usar termos inadequados, gírias, linguagem agressiva ao chamar atenção do

aluno, contar piadas, histórias com fundo ofensivo à moral e aos bons costumes, como

também permitir váias e apelidos em sala de aula;

FUNÇÕES DO CONSELHO DE CLASSE

• Estudar e interpretar os dados da aprendizagem na sua relação como o trabalho do

professor, na direção do processo ensino-aprendizagem, propostos no plano curricular;

• Acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos;

• Analisar os resultados da aprendizagem na relação com o desempenho da turma, com

a organização dos conteúdos e o encaminhamento metodológico;

• Emitir parecer sobre assuntos referentes ao processo ensino-aprendizagem,

respondendo a consultas feitas pelo Diretor e pela equipe pedagógica;

• Analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento

metodológico e processo de avaliação que retêm o rendimento escolar;

• Propor medidas que viabilizem um melhor aproveitamento escolar tendo em vista o

respeito à cultura do educando, integração e relacionamento com os alunos na classe;

• Estabelecer planos viáveis de recuperação do processo ensino aprendizagem dos

alunos, em consonância com o plano curricular do Estabelecimento de ensino;

• Colaborar com a equipe pedagógica na elaboração e execução dos planos de

adaptação e alunos transferidos, quando se fizer necessário;

• Decidir sobre a aprovação ou reprovação do aluno que, após a apuração dos

resultados finais não atinja a média mínima solicitado pelo estabelecimento, conforme prevê a

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Deliberação 007/99 levando-se em consideração o desenvolvimento do aluno até então.

FUNÇÕES DO SECRETÁRIO

• Cumprir e fazer cumprir as determinações dos seus superiores hierárquicos;

• Distribuir as tarefas decorrentes dos cargos da secretaria aos seus auxiliares;

• Redigir a correspondência que lhe for confiada;

• Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de

serviço, circulares, resoluções e demais documentos;

• Rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;

• Elaborar relatórios e processos a serem encaminhados a autoridades competentes;

• Apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser assinados;

• Organizar e manter em dia o protocolo, o arquivo escolar e o registro de

assentamentos dos alunos, de forma a permitir, em qualquer época, a verificação: da

identidade e da regularidade da vida escolar do aluno; da autenticidade dos documentos

escolares;

• Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à matricula,

transferência, adaptação e conclusão do curso;

• Zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos à Secretaria;

• Comunicar a direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria;

• Estar atento na rotina da documentação escolar no geral;

FUNÇÕES DO TÉCNICO ADMINISTRATIVO

• Elaborar, redigir, revisar, encaminhar e digitar cartas, ofícios, circulares, instruções,

normas, memorandos, e outros;

• Coletar dados diversos, consultando pessoas, documentos, publicações oficiais,

circulares, instruções, normas, memorandos e outros;

• Efetuar registros, preenchendo fichas, formulários e outros, a fim de atender às

necessidades do setor;

• Atender as pessoas, pais de alunos e chamados telefônicos, anotando ou enviando

recados para obter ou fornecer informações;

• Efetuar cálculos simples e conferências numéricas;

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• Organizar e/ou atualizar arquivos, fichários e outros classificando documentos por

matéria, ordem alfabética ou outro sistema, para possibilitar o controle dos mesmos;

FUNÇÕES DO TÉCNICO ADMINISTRATIVO QUE ATUA NA BIBLIOTECA

• cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando

organização e funcionamento;

• atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de

livros, de acordo com Regulamento próprio;

• auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino;

• auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, vídeos, DVDs, entre outros;

• encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades

indicadas pelos usuários;

• zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;

• registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;

• receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da biblioteca;

• manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua

manutenção;

• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua

função;

• auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;

• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

FUNÇÕES DO TÉCNICO ADMINISTRATIVO QUE ATUA NO LABORATÓRIO DE

INFORMÁTICA

• cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática,

assessorando na sua organização e funcionamento;

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• auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e

equipamentos de informática;

• preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários para

a realização de atividades práticas de ensino no laboratório;

• assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório;

• zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;

• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua

função;

• receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do laboratório

de Informática;

• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

• exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

FUNÇÕES DO ASSISTENTE DE EXECUÇÃO QUE ATUA NO LABORATÓRIO DE

QUÍMICA, FÍSICA E BIOLOGIA

• cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e

Biologia;

• aplicar, em regime de cooperação e de corresponsabilidade com o corpo docente e

discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos;

• preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a realização de

atividades práticas de ensino;

• receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do laboratório;

• utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do

laboratório;

• assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;

• zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo, instrumentos

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e equipamentos de uso do laboratório;

• participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa

própria, desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua

função;

• comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou acidente

ocorridos no laboratório;

• manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos,

solventes, reagentes e demais materiais de consumo;

• participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

• zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

• manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

• participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas

da sua função.

FUNÇÕES DA EQUIPE AUXILIAR OPERACIONAL QUE ATUA NA LIMPEZA

• Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, providenciando o

material e produtos necessários;

• Efetuar tarefas correlatas a sua função;

• Executar os serviços de limpeza interna e externa e arrumação das dependências que

lhe forem atribuídos;

• Zelar pela conservação do prédio de suas dependências internas e externas e do

mobiliário em geral;

• Executar os serviços rotineiros, verificar a segurança dos portões e janelas, dando

conta de qualquer irregularidade;

• Em caso de falta de material de limpeza comunicar a direção para fazer reposição;

FUNÇÕES DO AUXILIAR OPERACIONAL QUE ATUA NA COZINHA

• Preparar e servir a merenda escolar, controlando-a quantitativamente e

qualitativamente;

• Informar o diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de reposição de

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estoque;

• Conservar o local da preparação da merenda escolar em boas condições de trabalho,

procedendo a limpeza e arrumação referente a do turno de trabalho;

• Efetuar tarefas correlatas a sua função.

FUNÇÕES DO AUXILIAR OPERACIONAL QUE ATUA NA ÁREA DA

VIGILANCIA E DA MOVIMENTAÇÃO DOS ALUNOS

• Coordenar e orientar a movimentação dos alunos, desde o início até o término dos

períodos de atividades escolares;

• Zelar pela segurança individual e coletiva, orientando os alunos sobre as normas

disciplinares para manter a ordem e prevenir acidentes no estabelecimento de ensino;

• Comunicar imediatamente à direção situações que evidenciem riscos à segurança dos

alunos;

• Percorrer as diversas dependências do estabelecimento, observando o comportamento

dos alunos e comunicar a direção em casos de irregularidade.

PLANO DA DIREÇÃO

OBJETIVOS:

• Estabelecer as metas a serem cumpridas no decorrer de 2009/2010/2011.

• Buscar a melhoria da qualidade de ensino-aprendizagem, através do envolvimento

coletivo;

• Motivar a comunidade escolar – professores, funcionários, pais e alunos – a um

maior comprometimento com a educação;

• Fortalecer as parcerias para uma maior expansão das atividades tanto em sala de aula

como extra-classe.

Gestão democrática:

Partindo da gestão participativa e democrática, o primeiro passo para um plano de

ação surtir bons resultados, com certeza é a abertura que deve ser dada a todos os membros

da Comunidade Escolar, para a exposição de suas opiniões, sugestões e críticas.

Uma Instituição Escolar conta com instâncias colegiadas que devem ter uma

participação direta e significativa, em busca da qualidade de ensino. O Conselho Escolar e a

APMF, devem se fazer presentes sempre que necessário para auxiliar a direção e a equipe

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pedagógica na tomada de decisões, que venham a contribuir para o bom andamento das

atividades escolares.

O Conselho de Classe constitui-se como momento de reflexão sobre as ações

desenvolvidas no interior da sala de aula, analisando comportamento, relacionamento, aluno/

aluno, aluno/professor, rendimento escolar, estratégias utilizadas, mudanças de metodologias,

formas de avaliação, deve visar sempre o crescimento do aluno.

Os alunos representantes de turma serão escolhidos democraticamente por seus

colegas após o primeiro mês de aula. Este aluno será responsável por intermediar ações entre

a turma, o professor regente, a equipe pedagógica e direção.

O Grêmio Estudantil, formado por alunos das diferentes séries e modalidades de

ensino, terá a incumbência de articular ações para melhorar as condições pedagógicas,

envolver os alunos em diferentes atividades, fazê-la mais participativa. Todas as instâncias

articuladas terão por objetivo final a melhoria da qualidade de ensino.

PROPOSTA PEDAGÓGICA

Na proposta pedagógica deste Estabelecimento de Ensino está explicitada toda a

reflexão sobre a prática docente.

A escola tem por objetivo formar cidadãos críticos, sabedores de seus deveres e

direitos. A escola tem por função contribuir para o desenvolvimento, ético, moral, cívico de

cada um de seus educandos. Sabe-se que a educação informal está presente em todos os

momentos da vida do aluno, mas para muitos é na escola pública o local onde irão receber

uma educação formal. Sendo assim, devemos ter a certeza de nosso papel enquanto

educadores, pois temos em nossas mãos a possibilidade de contribuirmos para a formação de

pessoas capazes de melhorar sensivelmente as relações sociais.

Para atingirmos um ensino de qualidade, é necessário um engajamento de toda a

comunidade escolar e um único objetivo: a formação integral do homem.

As reuniões pedagógicas devem servir para troca de experiências entre professores,

equipe pedagógica, funcionários e direção, tendo como objetivo a melhoria na qualidade de

ensino. Durante a hora-atividade, é o momento para o professor, preparar suas aulas, provas,

realizar a correção de trabalhos, atividades e atendimento aos pais. Este horário também deve

ser destinado para grupos de estudos, sondagem sobre o rendimento escolar dos alunos, por

isso é importante, tomar cuidado na elaboração do horário visando sempre que possível a

reunião dos professores das mesmas disciplinas ou professores de disciplinas afins, para que

possam trocar ideias e para que a Direção e Equipe Pedagógica aproveitem este momento

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para estudo de texto e reflexões sobre o dia-a-dia escolar.

Direção, professores, equipe pedagógica, devem criar condições para que os alunos

tenham acesso à atividades de recuperação de estudos, caso haja necessidade. A família deve

caminhar lado a lado com a escola, participando de reuniões, comparecendo à escola sempre

que for solicitado e deve principalmente sentir-se a vontade para vir até o colégio e sabendo

que a escola está de portas abertas para recebê-la. Somente com o apoio da família, a escola

poderá realmente exercer o seu papel.

Cronograma: 2011

MesesAtividadesfev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Semana Pedagógica X X

Reunião de Pais X X

Conselho de Classe X X X X

Reunião APMF e Conselho

EscolarX X X

Jogos Escolares X X XEstudos de Textos

(Hora-Atividade)X X X X X X X X X X

X

Passeios Culturais A critério dos professores

Atividades referentes a

Datas ComemorativasA critério dos professores

Atividades Culturais

Encerramento Ano LetivoX

O plano de ação será avaliado semestralmente, ouvindo-se a Comunidade Escolar.

PLANEJAMENTO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

O pedagogo é um profissional que atua com os demais profissionais da escola, no

sentido de fornecer as condições mais adequadas para que esta cumpra sua função de articular

a prática cotidiana da escola. Ele tem um conjunto de tarefas necessárias frente a questões

dos conteúdos, da avaliação e das metodologias, partindo das condições reais existentes para o

redirecioná-las na perspectiva da democratização da escola.

O pedagogo atua no currículo da escola, insere-se na prática pedagógica e deve

contribuir no processo ensino aprendizagem, para tanto deve conhecer a realidade do aluno,

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da comunidade, tendo o educando como ponto de partida neste processo. Isto requer uma

série de responsabilidades e cuidados por parte do profissional. O seu trabalho é de assessoria

ao ensino aprendizagem, desenvolvido na relação professor/aluno.

Como a prática cotidiana da escola é uma prática humana, para atingir a qualidade na

educação, a escola precisa de profissionais compromissados com uma prática coletiva.

Portanto, os pedagogos são profissionais necessários na escola: não somente nas tarefas

administrativas, mas também na assessoria ao professor no ato de ensinar, na articulação entre

os diversos conteúdos e na busca de um projeto político-pedagógico coerente. O trabalho do

pedagogo está voltado tanto para o comportamento como para os problemas de ensino-

aprendizagem dos alunos. Ele precisa lutar também para que a escola não perca a dimensão

orientada pela reflexão permanente do seu fazer, buscando identificar os sinais que apontam

para a necessidade de mudança.

É necessário que o pedagogo seja capaz de discutir com a equipe e na equipe o

currículo e o processo de ensino aprendizagem frente à realidade sócio-econômica do

alunado, analisando as contradições da escola e as diferentes relações que exerçam influência

na aprendizagem, contribuindo efetivamente para a melhoria do ensino e as condições de

aprendizagem do processo educativo, estruturando o seu trabalho a partir da análise e da

crítica da realidade social, política e econômica do país, fundamentando cientificamente sua

ação e buscando novas teorias a partir de sua prática.

QUADRO - PLANEJAMENTO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Atribuições Atividade Estratégias Material

1) Coordenar, junto a

direção, o processo de

distribuição de aulas a partir

de critérios legais

estabelecidos pela SEED

Distribuição de

aulas

A distribuição de aulas deve obedecer

as diretrizes da SEED, do NRE de Irati

e da proposta pedagógica do Colégio

Estadual João Negrão Júnior Ensino

Fundamental e Médio.

Diretrizes da

SEED

Projeto Político

Pedagógico

2) Coordenar a elaboração e

re-elaboração do PPP e

acompanhar a sua efetivação

P.P.P.Leitura, discussões e apresentações de

sugestões para re-elaboração do P.P.P.

Transparências

dos assuntos a

serem discutidos

do P.P.P.

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3) Coordenar a organização

do

espaço-tempo escolar a partir

do P.P.P.

Calendário

escolar, horário

semanal,

formação das

turmas, horário

da hora

atividade.

Intervindo na elaboração do calendário

letivo, na formação de turmas, na

definição e distribuição do horário

semanal das aulas e disciplinas, da

hora atividade e de outras atividades

que interfiram diretamente na

realização do trabalho pedagógico;

Matrícula dos

alunos,

calendário

escolar, mapa da

distribuição das

aulas dos

professores.

4) Orientar o processo de

elaboração dos

planejamentos de ensino

junto ao coletivo de

professores do Colégio

Planejamento

de Ensino

Os professores serão agrupados por

disciplina e farão o planejamento do

ensino de acordo com as diretrizes

curriculares e a Proposta Pedagógica

com a orientação da equipe pedagógica.

Diretrizes

Curriculares

da SEED e

Orientações

da SEED.

5) Avaliar os projetos de

natureza pedagógica a serem

implantados no Colégio.

Projetos

Fazer a análise dos projetos elaborados

pelos professores para a implantação

dos mesmos.

De acordo com

cada projeto e

com recursos

disponíveis da

Escola

6) Participar e intervir, junto

à direção, da organização do

trabalho pedagógico escolar

Participação e

intervenção no

trabalho

pedagógico

No decorrer do ano letivo sempre que

se fizer necessário, sugerindo,

participando em todas as atividades

P.P.P. e Proposta

Pedagógica

Regimento

Escolar e

Regulamento

Interno

7) Promover e coordenar

reuniões pedagógicas e

grupos de estudos

Reuniões

pedagógicas e

grupos de

estudo

Para reflexão e aprofundamento de

temas relativos – ao trabalho

pedagógico e para elaboração de

proposta de intervenção na realidade da

escola.

Políticas

educacionais da

SEED.

Diretrizes

Curriculares

Texto de apoio

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8) Responsabilizar-se pelo

trabalho pedagógico didático

desenvolvido na escola pelo

coletivo dos profissionais

Apresentar propostas alterna-

tivas, sugestões e críticas

que promovam o desenvolvi-

mento e o aprimoramento do

trabalho pedagógico escolar.

Trabalho

Pedagógico

Acompanhando o trabalho do professor

através do planejamento, nas horas

atividades assessorando e refletindo

sobre os procedimentos metodológicos.

No decorrer das atividades no âmbito

escolar e em todas os momentos,

reuniões, grupos de estudo,

hora-atividade.

Planejamentos

dos professores

Projetos

9) Coordenar e elaborar

critérios para a aquisição,

empréstimo de materiais,

equipamentos e livros de uso

didático-pedagógico.

Aquisição de

materiais ou

equipamentos e

livros.

De acordo com o P.P.P. e conforme as

necessidades da instituição escolar e de

acordo com os planejamentos de ensi-

no. O uso do vídeo deve estar previsto

no planejamento do professor e com o

devido agendamento. Os vídeos, livros

e materiais para adquirir ou emprestar,

desde que esteja previsto no plano de

trabalho e com alguma finalidade.

Através de

recursos do

fundo rotativo,a

APMF e o

Governo Federal.

11) Participar da organização

da biblioteca assim como do

processo de aquisição de

livros e periódicos

Biblioteca

Conversando com os bibliotecários,

direção, professores, quanto a aquisição

de livros a serem ser adquiridos de

acordo com o planejamento dos

docentes e proposta curricular.

Regulamento da

biblioteca

Recursos do

SEED e verbas

do PDDE

12) Organizar a

hora-atividade do coletivo de

professores da escola

Hora-atividade

Preferencialmente se possível a organi-

zação da hora-atividade dos professores

por disciplina para que possa ser um

momento de reflexão-ação sobre o pro-

cesso pedagógico a ser desenvolvido

em sala de aula, preparação das aulas,

leituras, recuperação de alunos, corre-

ção de provas e trabalhos e

atendimento de alunos e pais.

Mapa de

distribuição de

aulas

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13) Atuar junto aos

professores na elaboração de

atividades de recuperação de

estudos a partir das

necessidades de

aprendizagem identificados.

Recuperação de

estudos

Assessoria nas atividades de

recuperação deve ocorrer na hora

atividade do professor, com apoio do

professor pedagogo a partir das

dificuldades detectadas.

Mapa de notas

Livros, enfim o

material que for

necessário.

14) organizar a realização

dos Conselhos de Classe e

coordenar a elaboração de

propostas de intervenções

decorrentes do processo.

Conselho de

Classe

O Conselho de Classe deve ser

organizado de forma a garantir um

processo coletivo de reflexão-ação

sobre o trabalho pedagógico

desenvolvido pela escola e em sala de

aula

Ficha do pré-

conselho de

classe. Mapa de

notas. Livro de

registro dos

professores.

15) Durante a Semana

Pedagógica do início do ano

letivo apresentar a

comunidade escolar os

resultados do aproveitamento

das turmas do ano anterior.

Dados

estatísticos

O aproveitamento escolar do ano

anterior será apresentado a comunidade

escolar a partir de dados estatísticos no

inicio de cada ano letivo de forma que

promova o processo de reflexão-ação

sobre os mesmos para garantir a

aprendizagem dos alunos.

Computador

Transparências

Retroprojetor

Telão

16) Participar do conselho

escolar subsidiando teórica e

metodologicamente as

discussões e reflexões.

Reuniões do

Conselho

Escolar

Participando de debates, de articulação

entre os vários setores da escola, tendo

em vista o atendimento de necessidades

comuns e os encaminhamentos

necessários a solução de problemas

administrativos pedagógicos que

possam intervir no funcionamento da

mesma.17)propiciar o

desenvolvimento de

representatividade dos

alunos e sua participação nos

diversos momentos e órgãos

colegiados da escola.

Líder de classe

Será trabalhada liderança em todas as

turmas e cada classe terá um

representante de turma,eleito pelos

mesmos.

Textos que falam

sobre liderança

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EQUIPE ADMINISTRATIVA

I – OBJETIVOS GERAIS

• Estabelecer metas a serem cumpridas no decorrer de 2010 e anos sucessivos.

• Buscar a melhoria da qualidade do atendimento a comunidade escolar através

do envolvimento coletivo.

• Motivar os funcionários a terem um maior comprometimento com a educação.

II – AÇÕES:

Por estarmos envolvidos com a gestão democrática e participativa temos abertura

para expor opiniões, sugestões e críticas assim como recebê-las de volta.

A equipe administrativa é o setor que serve de suporte ao funcionamento de todos

os setores do estabelecimento de ensino, proporcionando condições para que os mesmos

cumpram suas reais funções.

A secretaria é o setor que tem ao seu encargo todo o serviço de escrituração

escolar e correspondência do estabelecimento, os seus serviços são coordenados e

supervisionados pela direção ficando a ela subordinados.

Organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes, ordens de

serviço, circulares, resoluções e demais documentos. Elaborar relatórios e processos a

serem encaminhados a autoridades competentes. Apresentar ao diretor em tempo hábil,

todos os documentos que devam ser assinados.

Organizar e manter em dia o arquivo escolar e o registro de assentamento dos

alunos de forma a permitir, em qualquer época, a verificação:

• da identidade e da regularidade da vida escolar do aluno;

• da autenticidade dos documentos escolares;

• coordenar e supervisionar as atividade administrativas referentes a matrícula,

transferência, adaptação e conclusão do curso.

• zelar pelo uso adequado e conservação dos bens materiais distribuídos na secretaria.

• comunicar a direção toda a irregularidade que venha ocorrer na secretaria.

• recolher dentro dos prazos previstos, os canhotos de registros de notas e freqüência e

atualizar o sistema SERE até quinze dias após cada bimestre;

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• proceder o recolhimento dos livros registro de classe no término do período letivo,

providenciando o seu arquivamento pelo prazo exigido pela legislação.

SERVIÇOS GERAIS

I – OBJETIVOS GERAIS

• Manter a limpeza da escola de forma a garantir a saúde de toda a comunidade

escolar e conscientizar os alunos no sentido de preservar o patrimônio público;

• conscientizar os alunos que todos os funcionários são educadores;

• incentivar os alunos para os hábitos de higiene, respeito e amizade.

II- AÇÕES

Prestar serviços de manutenção, preservação, segurança e merenda escolar do

estabelecimento de ensino, sendo coordenado e supervisionado pela Direção, ficando a ela

subordinado. Conforme o estabelecido no regimento escolar do Colégio, citamos alguns

itens de competência dos funcionários dos serviços gerais:

Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares, providenciando o

material e produtos necessários; executar os serviços de limpeza interna e externa e

arrumação das dependências que lhe forem atribuídos; zelar pela conservação do prédio, de

suas dependências internas e externas e do mobiliário em geral; verificar a segurança dos

portões, portas e janelas, dando conta de qualquer irregularidade; auxiliar na execução de

reparos e reformas de pequena monta no prédio, nas salas de aula, nos equipamentos

didáticos, seguindo sua habilidade pessoal; executar as demais tarefas correlatas à sua

função, a critério da direção. reparar e servir a merenda escolar controlando-a quantitativa

e qualitativamente; informar o diretor do estabelecimento de ensino da necessidade de

reposição do estoque; conservar o local de preparação da merenda escolar em boas

condições de trabalho, procedendo a limpeza e arrumação; efetuar rondas periódicas de

inspeção, com vistas a zelar pela segurança do estabelecimento de ensino; impedir a

entrada, no prédio ou áreas adjacentes, de pessoas estranhas e sem autorização, fora do

horário de trabalho, como medida de segurança; encaminhar ao setor competente do

estabelecimento de ensino os alunos que apresentam problemas, para receberem a devida

orientação ou atendimento; comunicar ao diretor os casos de conduta irregular de alunos;

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PLANO DE AÇÃO DO ESTABELECIMENTO - 2011

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Tópico discutido Problemas levantados Ações da escola em 2010 Período Responsável

Projeto Político

Pedagógico

Regimento

Escolar

Falta de conhecimento

por parte dos professores

contratados pelo regime

especial PSS e QPM que

não participam da

Semana Pedagógica.

Reunião com os professores

PSS e QPM que não

participaram da Formação

Continuada e retomada

constante com toda a

Comunidade Escolar

No

decorrer

do ano

letivo

Direção e

Equipe

Pedagógica

Instâncias

Colegiadas:

Grêmio

Estudantil /

APMF /

Conselho Escolar

Pouco envolvimento,

falta de iniciativa para

tomada de decisões e

sugestões.

Atribuir a liderança do Grêmio

Estudantil aos alunos nos com

maior tempo de escolaridade,

Incentivar a APMF e o

Conselho Escolar para uma

participação mais efetiva por

meio de reuniões constantes

para conscientização de sua

real importância.

No

decorrer

do ano

letivo

Bóris /

Sônia V.

Entidades

Externas

Pouco diálogo e

envolvimento destas

Entidades

Estabelecer parcerias.

Realização de reuniões e

palestras.

Decorrer

do ano

letivo

Direção e

Equipe

Pedagógica

Planejamento

Participativo

Falta de envolvimento

consciente de alguns

profissionais.

Dialogo direto com o profis-

sional para conscientizálo

sobre a sua responsabilidade,

com registro em Ata.

No

decorrer

do ano

letivo

Direção

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Cumprimento do

Calendário

Escolar em dias

letivos e

horas-aula

Falta dos professores,

demora na substituição

de professores em

licença, transporte

escolar.

Troca de aulas entre os

professores diante da

necessidade de faltar.

Elaboração de Projeto em

contra turno para

complementação da carga

horária, reposição de aula nos

horários vagos do professor.

Agilização por parte do NRE

na contratação de professores

substitutos.

No

decorrer

do ano

letivo

Direção e

Equipe

Pedagógica

Relação Escola

Comunidade

Falta de participação

constante

Conscientização da

importância da família e

comunidade no rendimento

escolar, por meio de reuniões,

palestras, solicitação da

presença dos pais sempre que

necessário.

No

decorrer

do ano

letivo

Equipe

Pedagógica

Proposta

Pedagógica

Curricular /

Plano de trabalho

docente

Falta de participação

conjunta na construção

da Proposta e do Plano

devido a demora na

contratação dos

professores PSS.

Agilização na contratação dos

professores PSS, para que os

mesmo participem na Semana

Pedagógica

Início do

ano

Equipe

Pedagógica

Avaliação

escolar

Falta de alguns alunos

nos dias de avaliação e

desinteresse destes em

realizá-las

posteriormente

Conscientização destes sobre

a importância da avaliação

No

decorrer

do ano

letivo

Equipe

Pedagógica

e professores

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Conselho de

Classe

Falta de alguns

professores em dias de

Conselho, falta de

comprometimento, falta

de detectar e discutir os

problemas de ensino-

aprendizagem, e o

confronto dos mesmos.

Obrigatoriedade na

participação de todos os

professores, encaminhamento

da falta no RMF, observar e

detectar os problemas de

ensino-aprendizagem em sala

de aula, discutir e apresentar

possíveis soluções pelo

colegiado

Em todos

os bimes-

tres

Direção e

Equipe

Pedagógica

Hora-Atividade

Dificuldade de colocar

todos os professores da

mesma disciplina no

mesmo horário.

Através da Res. 175/08 os

professores terão Hora

Atividade de acordo com a sua

disciplina nos dias

estabelecidos pela mesma ou

conforme a adequação a carga

horária do professor, pois

muitos trabalham em duas ou

mais escolas.

No

decorrer

do ano

letivo

Direção e

equipe

pedagógica

Recuperação de

estudos

Número elevado de

alunos por sala

dificultando o avanço do

plano de ação docente,

não permitindo o

atendimento individual

dos alunos com

dificuldades de

aprendizagem.

Os alunos das 5ª séries serão

encaminhados para a Sala de

Apoio, e nas demais séries

além da recuperação paralela

será contado com a

colaboração de alunos

monitores.

No

decorrer

do ano

letivo

Equipe

Pedagógica

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Sala de Apoio /

Sala de Recursos

Demora de

encaminhamento dos

alunos por parte dos

professores à Sala de

Apoio e Recursos,

problema de transporte

para o contra turno,

espaço físico inadequado

para atender o número de

alunos, falta de apoio da

família, difícil contato

entre professores de

apoio e professor regente.

Agilização da entrega do

encaminhamento dos alunos

indicados para Sala de Apoio e

Recursos, Conscientização da

família quanto a importância

da frequência assídua nos

programas oferecidos,

Parcerias com entidades

externas (Conselho Tutelar,

Promotoria Pública, Prefeitura)

e Conselho Escolar

Maior

ênfase no

início e

no

decorrer

do ano

letivo

Isabel e

Marilene

Registro e

acompanhamento

de alunos

incluídos

Falta de preparo na

graduação para trabalhar

com estes alunos

Troca de experiências entre

professores e participação de

cursos dentro de cada

disciplina para

aperfeiçoamento do professor,

quando convocado pelo NRE

Maior

ênfase no

início e

no

decorrer

do ano

letivo

Isabel e

Marilene

Reuniões

Pedagógicas /

Semanas

Pedagógicas

Quadro incompleto de

professores

Agilização na contratação dos

professores PSS, para que os

mesmo participem na Semana

Pedagógica. Reunião imediata

após a contratação dos

respectivos professores.

Início do

ano letivo

Direção e

Equipe

Pedagógica

Enfrentamento à

evasão

Falta de incentivo e

compromisso dos pais

com a escolaridade. Falta

de objetivo de alguns

alunos do Ensino Médio.

Retomada do Plano de Ação.

FICA.

No

decorrer

do ano

letivo

Todos os

profissionais

do estabele-

cimento de

ensino

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Jornadas

Pedagógicas

Dificuldade na aplicação

prática da proposta

apresentada

Uso da hora atividade dos

professores para repasse das

informações.

No

decorrer

do ano

letivo

Equipe

Pedagógica

Grupos de

Estudo

( capacitação

oferecida pelo

SEED)

Datas não flexíveis,

exigência de 100% de

frequência, poucos

envolvidos, impossibi-

lidade de terminar o

curso devido a

desistência de

participantes, mínimo

proposto

Realização do Grupo de

Estudos nas Horas Atividades

e em datas já estipuladas pela

SEED

No

decorrer

do ano

letivo

Osíris

NRE Itinerante

Número insuficiente de

encontros reunindo

professores dos

municípios

jurisdicionados ao NRE

Participar dos encontros

promovidos pelo NRE e SEED

Durante o

ano letivo

Direção

Seminários

Encontros

Cursos

Pouca oferta, vagas

limitadas por Escola. Maior oferta no número de

vagas e eventos nas disciplinas

Durante

do ano

letivo

Direção

PDE / GTR

Falta de participação da

maioria dos professores

nos GTRs. Falta de

conhecimento em infor-

mática que impossibilita

maior participação dos

professores. Elevação

mais rápida nas classes

do nível 3, incentivando

professores em fim de

carreira.

Revisão por parte da SEED

dos critérios estabelecidos.

Oferta de curso de informática

aos docentes.

No

decorrer

do ano

letivo

Osíris,

Arlete,

Arlene,

Arieus

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Produção de

material (folhas /

OAC)

Falta de Tempo,coragem,

informação,atitude,

motivação, conhecimento

em informática.

Motivação dos professores

No

decorrer

do ano

letivo

Arieus e

Arlene

Projetos

específicos do

Colégio

Dificuldade em estabele-

cer parcerias, envolvi-

mento de maior número

de professores.

Buscar parcerias, incentivar a

participação de um número

maior de docentes.

No

decorrer

do ano

letivo

Joanita

Jandira

Osíris

Arlete

Semana Cultural

e Esportiva

Falta de participação e

envolvimento dos profes-

sores nas atividades

desenvolvidas visando o

incentivo aos alunos.

Envolver os professores nas

atividades.

Estabele-

cida em

calendá-

rio

Todos

Programas

Institucionais da

SEED: Com

Ciência / JEP's /

CELEM

Com Ciência: falta de

envolvimento de profes-

sores de outras discipli-

nas. JEP's: jogos no

início do ano, falta de

aula treinamento.

Realização dos jogos no

segundo semestre, maior

envolvimento dos professores

de outras disciplinas.

Durante a

realiza-

ção dos

eventos.

Todos os

profissionais

de educação

Desafios contem-

porâneos: edu-

cação ambiental,

sexualidade,

enfrentamento à

violência nas

escolas, preven-

ção ao uso inde-

vido de drogas,

educação fiscal,

História e Cultu-

ra Afro-brasileira

e Africana

Dificuldade de inserir e

trabalhar com as

temáticas em todas as

disciplinas

Maior interação dos

professores em busca de

informações pedagógicas para

o trabalho destas temáticas em

sala de aula.

No

decorrer

do ano

letivo

Inez,

Jandira,

Joanita,

Marilene C.,

Andreia,

Divane

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Materiais e

ambientes

didático-

pedagógicos:

Laboratório de

Ciências e de

Informática/TV

Paulo Freire, TV

Pendrive, acervo

da biblioteca,

Livro Didático

Público

Falta de laboratório de

Ciências. Livros

didáticos insuficientes

para atender a demanda

de alunos do Colégio.

Solicitação junto ao Governo

do Estado para a construção do

Laboratório de Ciências.

Contato com as outras escolas

para efetuar o remanejamento

de livros didáticos. Solicitação

de envio de número suficiente

de livros.

No início

do ano

letivo

Arlene,

Jandira e

Lauren

Recursos

financeiros:

Fundo Rotativo /

PDDE

Pouca autonomia na

aplicação.

Solicitar junto a SUDE maior

autonomia na sua aplicação.

No início

do ano

letivo

Sandra,

Lauro,

André

E-TEC Brasil

Pouca informação sobre

como proceder com a

parte burocrática do

curso.

Divulgação para comunidade.

Primeira

Semana

de fev.

EJA Implantação da EJA

Setem-

bro /

2010

Mirian

CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO

Visando um trabalho que viabilize a transmissão e a apropriação crítica do

conhecimento elaborado, temos como critérios de organização:

• Organização curricular por ano, disciplina e bimestral;

• No início de cada ano letivo far-se-á o planejamento por disciplina;

• A organização sequencial dos conteúdos de cada disciplina será por ano;

• A organização do ensino e da sala de aula fica a critério de cada professor, no

entanto devem desenvolver os objetivos contidos no plano curricular e em conformidade

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com a LDB e as Diretrizes Curriculares.

• Os professores dispõem de laboratório de informática, TV Paulo Freire, TV pen-

drive, data show, televisão, vídeo, DVD e rádio como auxílio no desenvolvimento dos

conteúdos. O uso dos mesmos deve estar de acordo com o planejamento de ensino e

programado com antecedência.

• É indispensável para o bom rendimento escolar de nossos alunos que haja

disciplina em sala de aula, bom relacionamento entre professor/aluno e aluno/aluno, jamais

permitindo agressões verbais e físicas. É de responsabilidade do professor manter a sala de

aula num ambiente agradável e propício para os estudos. As ocorrências indisciplinares

deverão ser registradas no livro registro e bem como as medidas tomadas pelo professor.

Após três ocorrências o aluno deve ser encaminhado para o professor pedagogo com os

devidos registros para que se possa tomar posteriores medidas.

• As atividades curriculares serão desenvolvidas no ambiente escolar ou em

atividades extraclasse, conforme os objetivos previstos em planejamentos de ensino e

projetos.

• Além dos conselhos de classes bimestrais, deverão ser realizados pré-conselhos de

classes com objetivo de obter subsídios para conselho de classe. Essas informações

poderão ser obtidas pelo pedagogo junto aos professores durante as horas atividades dos

mesmos ou pelo professor regente de cada turma que colha dados da classe, os quais serão

analisados e discutidos no dia do conselho de classe, bem como as decisões a serem

tomadas.

• Os conselhos de classe deverão acontecer no final de cada bimestre, conforme o

Calendário Escolar ou quando se fizerem necessários. Os resultados bimestrais serão

comunicados através de boletim escolar ou informativos, podendo ser entregue aos alunos,

ou em reuniões de pais.

• A avaliação deve ser diagnóstica, contínua e cumulativa, através de diversos

instrumentos durante o processo de aprendizagem, oportunizando ao educando a

recuperação paralela dos conteúdos a fim de garantir a qualidade do ensino e da

aprendizagem;

• O horário das aulas será organizado pela direção, direção auxiliar e equipe

pedagógica, possibilitando na medida do possível aulas geminadas para desenvolver os

conteúdos conforme necessidade das disciplinas;

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• As turmas serão organizadas pela secretaria com o acompanhamento da equipe

pedagógica e corpo docente seguindo instruções da resolução nº 864/2001;

• O lanche será servido no pátio interno da escola pela merendeira e serventes;

• Cada turma contará com um aluno líder e vice-líder e um professor regente

escolhidos pela turma sob orientação e coordenação do professor pedagogo;

• A hora cívica será uma vez por semana, na qual toda a comunidade escolar

participa do Hino Nacional ou outros hinos pátrios; as turmas serão acompanhadas pelos

professores;

• A escola conta com a colaboração dos alunos através do grêmio estudantil em

diversas atividades promovidas pela instituição;

• A escola conta com o apoio da APMF e do Conselho Escolar;

• O funcionamento da Biblioteca deve obedecer rigorosamente aos horários

previstos:

Manhã: 7h 15min às 11h 40min, tarde das 13h às 17h 20min e noite das 18h 45min às 22h

45min.

A hora atividade será organizada conforme a instrução nº 02/2004 ou conforme a

adequação da carga horária do professor. A hora atividade é o tempo reservado ao

professor em exercício de docência para estudos, avaliação e planejamento;

A organização da hora atividade deverá favorecer o trabalho coletivo dos

professores, priorizando-se: o coletivo de professores que atuam na mesma disciplina/ ano;

correção de atividades discentes, estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvam

a elaboração e implementação de projetos e ações que visam a melhoria da qualidade de

ensino, propostos por professores, direção, equipe pedagógica, e/ou Núcleo/Secretaria de

Educação, bem como o atendimento de alunos, pais e (outros assuntos de interesse) da

comunidade escolar; a organização da hora atividade deverá garantir, também carga

horária, que permita ao professor a realização de atividades pedagógicas individuais

inerentes ao exercício da docência.

Cabe a equipe pedagógica coordenar as atividades coletivas e acompanhar as

atividades individuais a serem desenvolvidas durante a hora atividade.

Os professores que se ausentarem das aulas para participarem de capacitação

deverão em seu retorno, fazer o repasse aos colegas dos assuntos abordados no curso ou

reunião.

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Os professores que necessitarem faltar por motivos pessoais devem fazer trocas de

aulas com outros professores do mesmo ano para que se garanta ao aluno às efetivas 800

horas, ou duzentos dias letivos com a organização e o assessoramento da equipe

pedagógica.

Os professores que forem convocados pelo Núcleo Regional de Educação ou

SEED deverão deixar atividades para seus alunos para garantir as 800 horas ao aluno.

Quanto à evasão escolar procura-se saber o porquê desta e tenta-se inserir

novamente o aluno evadido da comunidade escolar. Quando isto não é possível aciona-se

o Conselho Tutelar através do FICA (Ficha de Comunicação do Aluno Ausente), que no

insucesso aciona o Ministério Público.

Os alunos que não atingiram a aprendizagem esperada são encaminhados para a

equipe pedagógica para análise da situação para posteriores encaminhamentos.

Especificamente os alunos do 6º e 9º ano, nesta situação, nas disciplinas de Português e

Matemática são encaminhados para a sala de apoio com atividades no contra-turno. Já os

educandos de 6º a 9º ano que apresentam um grau de dificuldade maior na aprendizagem,

são encaminhados para a sala de recursos após avaliação psicológica, onde serão atendidos

com professora especializada em educação especial, a qual realizará atividades

diversificadas para procurar sanar as dificuldades.

Os alunos do Ensino Fundamental e Médio que apresentam dificuldade de

aprendizagem terão atendimento diferenciado, serão avaliados de acordo com suas

potencialidades e dificuldades. O professor fará uma adaptação curricular em seu plano de

ação, para atender a turma na sua heterogeneidade.

Os projetos abordados no PPP deverão ser desenvolvidos durante o ano letivo e

trabalhados nos períodos manhã, tarde e noite.

Os desafios educacionais contemporâneos (Educação Ambiental, Sexualidade,

Enfrentando a Violência, Prevenção ao uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal e História

e Cultura Afro-brasileira e Africana) devem estar inseridos no plano de ação de cada

professor.

O que é definido a cada início de ano com a comunidade escolar, para que se

efetive é necessário que cada profissional execute a sua tarefa com responsabilidade e

compromisso, pensando no mesmo objetivo que é o sucesso no processo de ensino-

aprendizagem. Para tanto faz-se necessário que todos falem a mesma linguagem, defendam

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as mesmas regras e cumpram o que foi estabelecido de comum acordo.

A Educação de Jovens e Adultos (EJA) segue os critérios estabelecidos na proposta

pedagógica aprovada pelo Conselho Estadual de Educação.

INSTÂNCIAS COLEGIADAS

Esta Instituição de Ensino conta com as instâncias colegiadas da APMF, Conselho

Escolar e Grêmio Estudantil que são órgãos que auxiliam no processo da gestão

democrática favorecendo e fortalecendo a participação de toda a comunidade escolar no

processo educativo.

FUNÇÕES DA APMF:

• Acompanhar o desenvolvimento da proposta pedagógica, sugerindo as alterações

que julgar necessárias ao Conselho Escolar do estabelecimento de ensino;

• Observar as disposições legais e regulamentares vigentes, inclusive Resoluções

emanadas da Secretaria de Estado da Educação, no que concerne à utilização das

dependências da Unidade Escolar para realização de eventos próprios do estabelecimento

de ensino;

• Estimular a criação e o desenvolvimento de atividades para pais, alunos,

professores, funcionários, assim como para a comunidade, após análise do Conselho

Escolar;

• Promover palestras, conferências e grupos de estudos, envolvendo pais,

professores, alunos, funcionários e comunidade, a partir de necessidades apontadas por

esses segmentos, podendo ou não ser emitido certificado, de acordo com os critérios da

SEED;

• Colaborar, de acordo com as possibilidades financeiras da entidade, com as

necessidades dos alunos comprovadamente carentes;

• Convocar, através de edital e envio de comunicado, a todos os integrantes da

comunidade escolar, com no mínimo 2 (dois) dias úteis de antecedência, para a Assembléia

Geral Ordinária, e com no mínimo 1 (um) dia útil para a Assembleia Geral Extraordinária,

em horário compatível com o da maioria da comunidade escolar, com pauta claramente

definida na convocação;

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• Reunir-se com o Conselho Escolar para definir o destino dos recursos advindos de

convênios públicos mediante a elaboração de planos de aplicação, bem como, reunir-se

para prestação de contas desses recursos, com registro em ata;

• Apresentar balancete semestral aos integrantes da comunidade escolar, através de

editais e em Assembleia Geral;

• Registrar em livro ata da APMF, com as assinaturas dos presentes, as reuniões de

Diretoria, Conselho Deliberativo e Fiscal, preferencialmente com a participação do

Conselho Escolar;

• Registrar as Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias, em livro ata próprio

e as assinaturas dos presentes, no livro de presença (ambos livros da APMF);

• Registrar em livro próprio a prestação de contas de valores e inventários de bens

(patrimônio) da associação, sempre que uma nova Diretoria e Conselho Deliberativo e

Fiscal tomarem posse, dando-se conhecimento à direção do estabelecimento de ensino;

• Aplicar as receitas oriundas de qualquer contribuição voluntária ou doação,

comunicando irregularidades, quando constatadas, à Diretoria da Associação e à Direção

do Estabelecimento de Ensino;

• Receber doações e contribuições voluntárias, fornecendo o respectivo recibo,

preenchido em 02 vias;

• Promover a locação de serviços de terceiros para prestação de serviços temporários

na forma prescrita no Código Civil ou Consolidação das Leis do Trabalho mediante prévia

informação à Secretaria de Estado da Educação;

• Mobilizar a comunidade escolar, na perspectiva de sua organização enquanto órgão

representativo para que esta comunidade expresse suas expectativas e necessidades;

• Enviar cópia da prestação de contas da Associação à Direção do Estabelecimento

de Ensino, depois de aprovada pelo Conselho Deliberativo e Fiscal e, em seguida, torná-la

pública;

• Apresentar, para aprovação, em Assembleia Geral Extraordinária, atividades com

ônus para os pais, alunos, professores, funcionários e demais membros da APMF, ouvido o

Conselho Escolar do Estabelecimento de Ensino;

• Indicar entre os seus membros, em reunião de Diretoria, Conselho Deliberativo e

Fiscal, o(s) representante(s) para compor o Conselho Escolar;

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• Celebrar convênios com o Poder Público para o desenvolvimento de atividades

curriculares, implantação e implementação de projetos e programas nos Estabelecimentos

de Ensino da rede Pública Estadual, apresentando plano de aplicação dos recursos públicos

eventualmente repassados e prestação de contas ao Tribunal de Contas do Estado do

Paraná dos recursos utilizados;

• Celebrar contratos administrativos com o Poder Público, nos termos da Lei Federal

n°8.666/93, prestando-se contas ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná, dos recursos

utilizados com o acompanhamento do Conselho Escolar;

• Celebrar contratos com pessoas jurídicas de direito privado ou com pessoas físicas

para a consecução dos seus fins, nos termos da legislação civil pertinente, mediante prévia

informação à Secretaria de Estado da Educação;

• Manter atualizada, organizada e com arquivo correto toda documentação referente

a APMF, obedecendo a dispositivos legais e normas do Tribunal de Contas;

• Informar aos órgãos competentes, quando do afastamento do presidente por 30 dias

consecutivos anualmente, dando-se ciência ao Diretor do Estabelecimento de Ensino.

FUNÇÕES DE ALUNO REPRESENTANTE DE TURMA

• Participar de reuniões entre representantes de classe, a Equipe Pedagógica,

professor representante de turma e Direção, para o bom rendimento da turma;

• Encaminhar sugestões necessárias ao conselho de classe;

• Manter sempre presente o objetivo da classe que é crescer junto no sentido

horizontal e vertical;

• Não impor regras, mas solicitá-las ao grupo e zelar pelo seu cumprimento;

• Criar a “Consciência de Turma”. Se esta não existir, não haverá liderança e evitar

assim que destruam a união do grupo;

• Não contribuir para o aparecimento de “grupinhos”, procurando manter um

ambiente sadio na sala de aula;

• Trazer a sua colaboração aos diversos trabalhos e valorizar colegas. Ajuda-los com

perguntas e esclarecimento e quando discordar fazê-lo com elegância e bom humor;

• Evitar que os colegas usem de “apelidos” ou palavras constrangedoras para alguns

membros da turma;

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• Evitar decisões, mas convidar a classe a fazê-lo por votação;

• Recorrer, quando necessário à orientação do professor pedagogo, Direção,

debatendo o problema da turma;

• Zelar pela conservação do material, da ordem na sala de aula;

• Quando da falta de algum professor, avisar o professor pedagogo ou Direção,

voltar assumir a liderança;

• Comunicar a equipe pedagógica se um colega faltar por três dias consecutivos;

• Traçar o perfil da turma mediante observação direta, contando com os demais

professores e acompanhamento dos registros feitos pela equipe pedagógica;

• Ser um elo de ligação entre direção, equipe pedagógica, secretaria e turma;

• Poderá participar do conselho de classe, trazendo informações e reivindicações da

turma. Após o Conselho de Classe retornam aos alunos todas as comunicações e

encaminhamentos determinadas para o Professor representante;

• Colaborar na organização e execução dos eventos promovidos pelo Colégio,

orientando, envolvendo e acompanhando sua turma;

• Acompanhar o rendimento escolar da turma, alertando e orientando os alunos que

não atingiram a aprendizagem esperada;

• Motivar e incentivar os alunos para as atividades propostas pelo Estabelecimento

de Ensino.

• Colaborar e orientar os alunos, para as tarefas solicitadas; concursos, gincanas,

semana cultural, esportes, datas comemorativas.

• Abrir a sala de aula ao término da oração, assim como fechar e abrir no recreio.

FUNÇÕES DO PROFESSOR REPRESENTANTE DE TURMA

• Traçar o perfil da turma mediante observação direta, contando com os demais

professores e acompanhamento dos registros feito pela equipe pedagógica.

• Ser um elo entre direção, equipe pedagógica, secretaria e turma.

• Participar do Conselho de Classe, trazendo informações e reivindicações da turma.

Após o Conselho de Classe retornam aos alunos todas as comunicações e

encaminhamentos determinadas para o Professor Representante.

• Observar os alunos e proceder a distribuições de lugares, remanejando os de

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lugares quando necessário.

• Colaborar na organização e execução dos eventos promovidos pelo Colégio,

orientando, envolvendo e acompanhando sua turma.

• Acompanhar o rendimento escolar da turma, alertando e orientando os alunos que

não atingiram a aprendizagem esperada.

• Motivar e incentivar os alunos para as atividades propostas pelo Estabelecimento

de Ensino.

• Colaborar e orientar os alunos, para as tarefas solicitadas; concursos, gincanas,

semana cultural, esportes, datas comemorativas.

FUNÇÕES DO GRÊMIO ESTUDANTIL

• Congregar e representar os estudantes da escola;

• Defender seus direitos e interesses;

• Cooperar para melhorar a escola e a qualidade de ensino;

• Incentivar e promover atividades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e

sociais;

• Realizar o intercâmbio e a colaboração de caráter cultural e educacional com

outras instituições;

FUNÇÕES DO CONSELHO ESCOLAR

• Estabelecer e acompanhar a Proposta Pedagógica do estabelecimento de ensino;

• Analisar e aprovar o plano anual do Colégio Estadual João Negrão Júnior Ensino

Fundamental e Médio, com base na Proposta Pedagógica do mesmo;

• Acompanhar e avaliar o desempenho do estabelecimento face às diretrizes,

prioridades e metas estabelecidas no Plano Anual, redirecionando as ações quando

necessário;

• Definir critérios para a cessão do prédio escolar para outras atividades que não são

as de ensino, observando os dispostos legais emanados da Secretaria Estadual de

Educação, garantindo um fluxo de comunicação permanente, de modo que as informações

sejam divulgadas a todos em tempo hábil;

• Analisar projetos elaborados com ou em execução por quaisquer dos segmentos

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que compõe a comunidade escolar, no sentido de avaliar a importância dos mesmos

processos ensino-aprendizagem;

• Propor alternativas de solução dos problemas de natureza administrativa e/ou

pedagógica, tanto daqueles detectados pelo próprio órgão, como das que forem a ele

encaminhados por escrito pelos diferentes participantes da comunidade escolar;

• Articular ações com segmentos da sociedade que possam contribuir para a

melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem;

• Elaborar e/ou reformular o Estatuto do Conselho Escolar sempre que se fizer

necessário;

• Discutir, analisar, rejeitar ou aprovar propostas de alterações no Regimento

Escolar, encaminhadas pela equipe pedagógico-administrativa ou membros do Conselho;

• Promover, sempre que possível, círculos de estudos envolvendo os Conselheiros a

partir de necessidades detectadas, visando proporcionar um melhor desenvolvimento do

seu trabalho;

• Tomar ciência do calendário escolar observada à legislação vigente, e diretrizes

emanadas da Secretaria de Estado de Educação;

• Discutir sobre a proposta curricular da escola, visando o aperfeiçoamento e

enriquecimento desta, respeitadas as diretrizes emanadas da Secretaria de Estado da

Educação;

• Assessorar, apoiar e colaborar como diretor em matéria de sua competência e em

todas as suas atribuições, com destaque especial para:

O cumprimento das disposições legais;

A preservação do prédio e dos equipamentos escolares;

A aplicação de penalidades previstas no regimento escolar quando encaminhada

pelo diretor;

Adoção e comunicação aos órgãos competentes das medidas de emergência em

casos de irregularidades graves na escola;

Deliberar sobre a aplicação de verbas existentes na escola.

FORMAÇÃO CONTINUADA

A escola que queremos depende de profissionais comprometidos com ela e

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somente o estudo constante, a formação continuada através de cursos, seminários,

simpósios, farão com que nos envolvamos mais com o processo educativo.

Uma gestão democrática deve favorecer a todos seus segmentos (professores, pais,

funcionários e alunos) a oportunidade de aperfeiçoamento.

Estudo constante sobre as ações educacionais, temas sobre avaliação, evasão,

repetência, indisciplina, alunos com necessidades especiais entre outros, devem ser focos

de estudos no decorrer do ano letivo.

Alunos e professores devem participar ativamente de projetos, tanto locais

proporcionados pela própria escola (gincanas, atividades esportivas / culturais, passeios

educativos) como eventos regionais, e estaduais: Seminários/Conferência do Meio

Ambiente, Educação Com Ciência, FERA e outros, com total apoio da direção e equipe

pedagógica.

EDUCAÇÃO DO CAMPO

A educação do Campo é uma das políticas públicas do Estado do Paraná que tem

por objetivo o resgate histórico, social, econômico e cultural da população residente no

campo, frente a obrigatoriedade da oferta da educação para toda a população.

Com o objetivo de aumentar o acesso à escola, em se tratando, nesse caso dos

alunos do campo, os mesmos são trazidos via transporte escolar para frequentar as aulas na

zona urbana. Fica claro, porém, a necessidade de ser considerado, por parte dos docentes,

os valores, crenças e conhecimentos, trazidos por esses alunos, respeitando uma cultura

própria do meio em quem vivem. Uma educação entendida não como um fim em si

mesma, mas como instrumento de construção da hegemonia de um projeto de sociedade

Includente, Democrática e Plural. Uma educação que contribui para a construção entre

campo e cidade.

PROGRAMA PRONTIDÃO ESCOLAR PREVENTIVA – PEP

Com base na Instrução n º 02110-DAE será implantada nas escolas públicas

estaduais o Programa Prontidão Escolar Preventiva – PEP, cujo objetivo será preparar os

profissionais que trabalham na escola e o corpo discente a executar ações de prevenções de

incêndios e desastres naturais e situações de risco nas escolas.

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PROJETOS

Durante o ano letivo são desenvolvidos alguns projetos interdisciplinares que

visam incrementar os conteúdos das disciplinas desenvolvidas em sala de aula,

contextualizando-os com atividades extra classe visando um olhar mais crítico e uma

formação integral do educando.

MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA

20 Computadores

01 impressora

01 TV 21” Sintonizada ao Canal “Paulo Freire”

LABORATÓRIO PROINFO

18 computadores

01 impressora

LABORATÓRIO DE FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA

04 Suportes Universais com Haste

04 Garras para Bureta

04 Garras para Balão

04 Anéis para Funil

04 Balões de Vidro de Fundo Chato

04 Balões Volumétricos de vidro

06 Bastões de vidro

08 Copos de Becker de vidro

06 Erlenmeyers de Vidro

05 Funis de vidro

05 Funis de separação

05 Pipetas de vidro

01 Manta Aquecedora

01 Agitador Magnético

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02 Balanças Digitais

01 Phmetro Portátil

01 Microscópio Esterioscópio

01 Torso Humano

Conjunto Mov. Cinemática e dinâmica

Conjunto de termologia

Conjunto de ótica e Ondas

Leis de ohm

Kit de vidrarias (Química)

Reagentes Químicos

Lâminas para Microscópio

Cronometro Digital

Termômetro

Trena

O Colégio não possui espaço próprio para o Laboratório de Ciências, Física,

Química e Biologia, realizando suas atividades em espaços improvisados.

Equipamentos Tecnológicos

11 Tvs com Entrada para Pendrive;

11 Aparelhos de DVD;

02 Retroprojetor

02 Vídeo Cassete

01 Datashow

01 caixa de som amplificada

02 caixas de som

03 microfones sem fio

01 microfone com fio

01 filmadora

01 câmera fotográfica digital

02 telões de projeção

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03 rádios com CD

02 mesas de som

Os equipamentos acima citados encontram-se em pleno funcionamento.

– instalações físicas: a colocação de grades nas janelas da biblioteca, a qual vai abrigar o

laboratório PROINFO, colocação de grades na entrada da escola com o objetivo de garantir

maior segurança com relação ao acesso de pessoas ao estabelecimento de ensino, toldos

interligando blocos, grade externa para instalação da central de gás, pinturas nas salas de

aulas e pátio interno, reforma de portas, revisão nas redes elétrica e hidráulica, canaletas

para água da chuva, instalação de luzes de emergência, placa com o nome do

estabelecimento, instalação de bebedouros;

– qualificação do corpo docente: formação continuada, grupo de estudos, equipe

multidisciplinar, reuniões pedagógicas, professores com PDE, oficinas disciplinares

ofertadas pela Secretaria de Estado da Educação e organizadas pelo Núcleo Regional de

Educação;

– recursos pedagógicos: os recursos pedagógicos como blocos lógicos, jogos de xadrez,

jogos de trilha, tangram, filmes educativos, livros para os professores e demais recursos

que são adquiridos durante todo o ano letivo e que enriquecem a biblioteca do professor, a

qual disponibiliza o material para os professores utilizarem em sala de aula, tornando as

aulas mais atraentes, proporcionando mais qualidade no ensino.

- os equipamentos tecnológicos: entre os equipamentos tecnológicos que os professores

utilizam com os alunos podemos citar: rádio, TV pendrive, DVD, laboratório de

informática, data show. Estes equipamentos encontram-se em bom estado de conservação e

são suficientes para os desenvolvimentos das atividades.

72

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73

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFM

Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias); Replanejamento (01 dia); Reuniões Pedagógicas (03 dias) – Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 52 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 18 6 7 8 9 10 11 12 20

9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 3130 31

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 18 1 2 3 4 5 6 7 22 5 6 7 8 9 10 11 20

10 11 12 13 14 15 16 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias

17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30

29 30 31

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 1 2 3 4 5 6 1 2 33 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 4 5 6 7 8 9 10 21

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

17 18 19 20 21 22 23 8 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 dias 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 1 2 3 4 5 1 2 32 3 4 5 6 7 8 19 6 7 8 9 10 11 12 19 4 5 6 7 8 9 10 11

9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31

Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesFeriado Municipal 1 dia janeiro 31 janeiro/férias 30Conselho de Classe 4 dias fevereiro 7 jan/julho/recesso 14Dias letivos 202 julho 18 dez/recesso 13

dezembro 13 outros recessos 3Total 69 Total 60

Início/TérminoPlanejamento e Replanejamento Conselho de ClasseFérias Reunião PedagógicaRecesso

Formação Continuada Teixeira Soares, 09 de Novembro de 2010.

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011 - DIURNO

1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnaval

21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi

22 Paixão

7 Independência

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra 8 Feriado Municipal

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFM

Considerados como dias letivos: Formação Continuada (06 dias);Delib. 02/02-CEE

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 1 2 3 4 5 1 2 3 4 52 3 4 5 6 7 8 6 7 8 9 10 11 12 18 6 7 8 9 10 11 12 20

9 10 11 12 13 14 15 13 14 15 16 17 18 19 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 20 21 22 23 24 25 2623 24 25 26 27 28 29 27 28 27 28 29 30 3130 31

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 19 1 2 3 4 5 6 7 22 5 6 7 8 9 10 11 20

10 11 12 13 14 15 16 dias 8 9 10 11 12 13 14 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias

17 18 19 20 21 22 23 15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 22 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 30

29 30 31

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 4 1 2 3 4 5 6 1 2 33 4 5 6 7 8 9 dias 7 8 9 10 11 12 13 23 4 5 6 7 8 9 10 21

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

17 18 19 20 21 22 23 8 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 2424 25 26 27 28 29 30 dias 28 29 30 31 25 26 27 28 29 3031

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 1 2 3 4 5 1 2 32 3 4 5 6 7 8 20 6 7 8 9 10 11 12 20 4 5 6 7 8 9 10 11

9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias

16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 26 18 19 20 21 22 23 2423 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30 25 26 27 28 29 30 3130 31

Férias Discentes Férias/Recesso/DocentesFeriado Municipal 1 dia janeiro 31 janeiro/férias 30Conselho de Classe 4 dias fevereiro 7 jan/julho/recesso 14Dias letivos 206 julho 18 dez/recesso 13

dezembro 13 outros recessos 3Total 69 Total 60

Início/TérminoPlanejamento Conselho de ClasseFérias Dia LetivoRecesso CELEM

Formação Continuada Teixeira Soares, 09 de Novembro de 2010.

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2011 - NOTURNO

1 Dia Mundial da Paz 7 e 8 Carnaval

21 Tiradentes 1 Dia do Trabalho 23 Corpus Christi

22 Paixão

7 Independência

12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Em ancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclam ação da República 25 Natal

20 Dia Nacional da Consciência Negra 8 Feriado Municipal

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Matriz Curricular do Ensino Fundamental

Estabelecimento: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR

ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO

Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Município: 2720 - TEIXEIRA SOARES NRE:15 - IRATI

Curso: 4000 – ENS.FUND. 5/8 SER Turno: MANHÃ

Ano de Implantação: 2011 - SIMULTÂNEA Módulo:40 SEMANAS

DISCIPLINAS 5ª série 6ª série 7ª série 9

BASE

NACIONAL

COMUM

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 4

Educação Física 3 3 3 3

Ensino Religioso* 1 1 0 0

Geografia 3 3 3 3

História 3 3 4 3

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

SUB-TOTAL 22 22 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

L.E.M. – Inglês ** 2 2 2 2

SUBTOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

* Não computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.

** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.

Data de emissão: 16 de novembro de 2010.

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Matriz Curricular do Ensino Fundamental

Estabelecimento: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR

ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO

Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Município: 2720 - TEIXEIRA SOARES NRE:15 - IRATI

Curso: 4000 – ENS.FUND. 5/8 SER Turno: TARDE

Ano de Implantação: 2011 - SIMULTÂNEA Módulo:40 SEMANAS

DISCIPLINAS 5ª série 6ª série 7ª série 8ª série

BASE

NACIONAL

COMUM

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 3 3 4

Educação Física 3 3 3 3

Ensino Religioso* 1 1 0 0

Geografia 3 3 3 3

História 3 3 4 3

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

SUB-TOTAL 22 22 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

L.E.M. – Inglês ** 2 2 2 2

SUBTOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

* Não computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.

** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.

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Matriz Curricular do Ensino Fundamental

Estabelecimento: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR

ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIO

Entidade Mantenedora: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Município: 2720 - TEIXEIRA SOARES NRE:15 - IRATI

Curso: 4000 – ENS.FUND. 5/8 SER Turno: NOITE

Ano de Implantação: 2011 - SIMULTÂNEA Módulo:40 SEMANAS

DISCIPLINAS5ª série 6ª série 7ª série 8ª série

BASE

NACIONAL

COMUM

Arte 2 2 2 2

Ciências 3 4 3 4

Educação Física 3 3 3 3

Ensino Religioso* 1 1 0 0

Geografia 4 3 3 3

História 3 3 4 3

Língua Portuguesa 4 4 4 4

Matemática 4 4 4 4

SUB-TOTAL 23 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

L.E.M. – Inglês ** 2 2 2 2

SUBTOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25 25

Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96

* Não computada na carga horária da matriz por ser facultativa para o aluno.

** O idioma será definido pelo estabelecimento de ensino.

Obs.: Serão ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.

Data de emissão: 16 de novembro de 2010.

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Matriz Curricular do Ensino Médio ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃONRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2720 - TEIXEIRA SOARESESTABELECIMENTO: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIOENDEREÇO : RUA XV DE NOVEMBRO, 413 – CENTRO FONE: 42 3460-1358 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: MANHÃANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA

DISCIPLINAS1ª série 2ª série 3ª série

BASE

NACIONAL

COMUM

Arte 2 2 2

Biologia 2 2 2

Educação Física 2 2 2

Filosofia 2 2 2

Física 2 2 2

Geografia 2 2 2

História 2 2 2

Língua Portuguesa 2 3 3

Matemática 3 2 2

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2

SUB-TOTAL 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

L.E.M. - Espanhol 2 2 2

L.E.M. – Inglês * 4 4 4

SUB-TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.Data de emissão: 16 de novembro de 2010.

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Matriz Curricular do Ensino Médio ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃONRE: 15 – IRATI MUNICÍPIO: 2720 - TEIXEIRA SOARESESTABELECIMENTO: 00018 - COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JÚNIOR ENS. FUNDAMENTAL E MÉDIOENDEREÇO : RUA XV DE NOVEMBRO, 413 – CENTRO FONE: 42 3460-1358 ENTIDADE MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁCURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITEANO DE IMPLANTAÇÃO: 2011 FORMA: SIMULTÂNEA

DISCIPLINAS 1ª série 2ª série 3ª série

BASE

NACIONAL

COMUM

Arte 2 2 2

Biologia 2 2 2

Educação Física 2 2 2

Filosofia 2 2 2

Física 2 2 2

Geografia 2 2 2

História 2 2 2

Língua Portuguesa 2 3 3

Matemática 3 2 2

Química 2 2 2

Sociologia 2 2 2

SUB-TOTAL 23 23 23

PARTE

DIVERSIFICADA

L.E.M. - Espanhol 2 2 2

L.E.M. - Inglês * 4 4 4

SUB-TOTAL 6 6 6

TOTAL GERAL 29 29 29

Nota: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96* Disciplina de matrícula facultativa ofertada no turno contrário no CELEM.Obs.: Serão Ministradas 03 aulas de 50 minutos e 02 aulas de 45 minutos.Data de emissão: 16 de novembro de 2010.

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MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO

DE JOVENS E ADULTOS - ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES NRE: IRATI

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA

E LITERATURA174 208

LEM – INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE

MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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4 - MATRIZ CURRICULAR

4.1 Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFMENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES NRE: IRATIANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS

DISCIPLINASTotal de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 226 272ARTE 54 64

LEM - INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192

HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192

ENSINO RELIGIOSO* 10 12Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E

DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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EJA Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS -

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES NRE: IRATI

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORASDISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA E

LITERATURA174 208

LEM – INGLÊS 106 128

ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64

SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128

FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128

HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE

MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO:

Este Projeto Político Pedagógico terá êxito se houver união entre todos os

professores, equipe pedagógica e administrativa e funcionários nas ações colegiadas. Se todos

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proporcionarem a construção de novas formas de relação de trabalho, com espaços abertos à

reflexão coletiva, que favoreçam o diálogo, a comunicação entre os diferentes segmentos

envolvidos com o processo educativo e a descentralização do poder.

A importância de se avaliar o projeto reside no fato de poder verificar se atingimos o

objetivo proposto, indicar formas de melhorar sua eficácia e promover a valorização das

pessoas empenhadas no desenvolvimento do processo educacional, além de poder mostrar os

resultados obtidos.

Avaliar é levar permanentemente em consideração, discutir e construir

coletivamente. Para isto, é preciso converter os dados coletados em aplicações práticas, para

mudanças favoráveis, estabelecendo uma relação de abertura para dialogar sobre suas

angústias e ansiedades e trabalhar sob um “clima” favorável para o processo de construção do

conhecimento. Esta Avaliação do Projeto Político Pedagógico será feita sempre que se julgar

necessário.

Os objetivos contidos na Proposta Curricular e no Projeto Político Pedagógico só

serão alcançados com a participação de toda comunidade escolar. Isto é, cada um em seu

setor de trabalho, na sua função, exercendo com qualidade e responsabilidade suas

atribuições, procurando fazer um trabalho em equipe. Sendo indispensável o entrosamento

entre os segmentos do Estabelecimento de Ensino (direção, equipe pedagógica, professores,

agentes de execução e agentes de apoio).

AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL

O Programa de Avaliação Institucional da Educação Básica do Paraná ocorrerá

anualmente, em todas as escolas públicas, podendo acontecer em um ou vários momentos.

O principal objetivo da Avaliação Institucional será a interferência na realidade

educacional, através da participação efetiva de todos os integrantes desta comunidade escolar.

Estes momentos de reflexão servirão para a realização de uma sondagem sobre o

andamento das atividades educativas, levantamento das necessidades, das falhas, corrigindo

pontos negativos e reforçando pontos positivos.

É importante ressaltar a necessidade de participação de todos os profissionais da

escola, assim como os pais, alunos e comunidade na Avaliação Institucional para que o

Projeto Político Pedagógico se concretize.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e

Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.

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(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).

Conselho Estadual de Educação – PR

- Deliberação 011/99 – CEE.

- Deliberação 014/99 – CEE.

- Deliberação 09/01 –CEE.

- Deliberação 06/05 – CEE.

- Indicação 004/96 – CEE.

- Deliberação 06/06 – CEE

- Deliberação 01/06 – CEE

- Deliberação 06/09 – CEE.

- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).

- Conselho Nacional de Educação

- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.

- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.

- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

- Resolução 03/98 – CEB

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Decreto 2494/98 da Presidência da República.

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Parâmetros Curriculares Nacionais 2º segmento do Ensino Fundamental.

Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio.

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ANEXOS

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REGULAMENTO INTERNO

DAS NORMAS GERAIS

Os horários de aulas serão os seguintes:

MANHÃ: das 7h 15min às 11h 40min, sendo assim distribuído:

1ª aula das 7h 15min às 8h 05min

2ª aula das 8h 05min às 8h 55min;

3ª aula das 8h 55min às 9h 45min;

4ª aula das 10h 00min às 10h 50min;

5ª aula das 10h 50min às 11h 40min.

TARDE: das 12h 55min às 17h 20min, sendo assim distribuído:

1ª aula das 12h 55min às 13h 45min;

2ª aula das 13h 45min às 14h 35min;

3ª aula das 14h 35min às 15h 25min;

4ª aula das 15h 40min às 16h 30min;

5ª aula das 16h 30min às 17h 20min.

NOITE: DAS 18h 45min às 22h 55min

1ª aula das 18h 45min às 19h 35min;

2ª aula das 19h 35min às 20h 25min;

3ª aula das 20h 25min às 21h 15min;

4ª aula das 21h 25min às 22h 10min;

5ª aula das 22h 10min às 22h 55min;

1. O início das aulas de cada turno se dará com a forma dos alunos por turma, acompanhados

pelo professor da 1ª aula e com a reflexão. Na segunda-feira será cantado o Hino Nacional

Brasileiro.

2. O aluno líder de cada turma fica encarregado de abrir a sala de aula ao término da reflexão,

assim como fechar e abrir no horário do recreio.

3. Os alunos se dirigem para sala de aula acompanhados pelo professor.

4. Os alunos que eventualmente chegarem atrasados deverão justificar-se perante a Direção,

ou à Equipe Pedagógica ou à Secretaria.

5. O aluno não poderá entrar na sala de aula após o professor. Obs.: O aluno que chegar

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atrasado, será encaminhado à Equipe Pedagógica.

6. Os recreios terão duração de 15 minutos, no período da manhã e tarde e 10 minutos no

período da noite, sendo nos seguintes horários:

MANHÃ: DAS 09h 45min às 10h 00min;

TARDE: DAS 15h 25min ÀS 15h 40min;

NOITE: DAS 21h 15min ÀS 21h 25min;

7. A merenda será servida no pátio interno.

8. O aluno que gazear aula, a mala ficará no Colégio até a vinda dos pais ou responsáveis.

9. Não é permitido assistir aula usando mp3, Celular, Boné e mascando chicletes. O celular só

será permitido aos funcionários e professores em hora-atividade ao entrar em sala de aula o

mesmo deverá ser desligado.

10. O Conselho de Classe será realizado no final de cada bimestre ou quando necessário.

11. As faltas por motivo de doença ou não, deverão ser justificadas pelos pais ou responsáveis

quando menor de idade. Os atestados médicos serão aceitos, mas as faltas não serão

abonadas, salvo em casos especiais (doenças infecto-contagiosas, traumatismo, licença de

gestação); em caso de falta por motivo de trabalho, apresentar declaração da empresa o mais

rápido possível.

12. Os alunos só poderão ausentar-se das dependências do Colégio durante o horário de aula

com autorização dos pais, através de bilhete ou pessoalmente, neste caso fazendo seu registro

e assinatura. Quando maior de idade apresentando justificativa perante a Direção ou equipe

pedagógica.

13. O aluno que não comparecer no dia de avaliação de aprendizagem deverá estar preparado

para realizá-la na aula seguinte, mediante atestado médico apresentado ao professor ou por

meio de justificativa/requerimento (com motivo justo e significativo) feita na secretaria da

Escola. A Direção poderá indeferir a justificativa; quando considerar que o motivo não seja

justo.

14. O aluno quando faltar às aulas deverá copiar os conteúdos, colocando a matéria em dia.

15. O aluno que faltar cinco dias consecutivos ou sete dias alternados, sem justificativa será

preenchida a ficha do FICA e encaminhado ao Conselho Tutelar.

16. Os trabalhos extraclasse com datas pré-fixadas não serão aceitos após o prazo

determinado, ou a critério do professor, conforme conste em seu PTD.

17. Os objetos alheios às atividades escolares não deverão ser trazidos para a escola, pois esta

não se responsabilizará em caso de extravio ou dano. Revistas ou bebidas de qualquer

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natureza, não serão devolvidas. Celulares recolhidos em sala de aula, só serão entregues aos

pais ou responsáveis.

18. Danos causados ao patrimônio da Escola pelo aluno, deverão, por ele serem reparados ou

pagos.

19. Os alunos não poderão permanecer nos corredores durante os intervalos de aula e aulas

vagas.

20. O aluno somente poderá ser dispensado das aulas de Educação Física mediante atestado

médico, ou em conformidade com a lei 7.692; 88 de 20 de dezembro de 1988.

21. Cada turma contará com um professor responsável para dar-lhes atendimento especial

sendo denominado “Professor Regente”.

22. Cada turma contará com líder e vice-líder eleito pelos alunos.

23. O líder que não cumprir com as suas funções relacionadas no PPP terá o mandato tirado e

o novo líder será indicado pela Direção e Equipe Pedagógica.

24. Alunos com dificuldades na aprendizagem podem ser ajudados por alunos que estejam

disponíveis em horário contrário.

25. Os alunos somente poderão usar o telefone da Escola em situação de comprovada

necessidade e com autorização da Equipe pedagógica ou Secretaria.

26. O aluno que não apresentar toda a documentação exigida por lei até 30 (trinta) dias letivos

após a matrícula poderá ter a mesma indeferida.

27. É proibida a entrada de alunos, professores e funcionários na cantina (cozinha).

28. Os professores pedagogos atenderão os pais ou responsáveis nos horários:

MANHÃ: DAS 8h 00min ÀS 11h 00min

TARDE: DAS 13h 30min ÀS 16h 30min

NOITE: DAS 19h 30min ÀS 22h 00min

29. Os pais ou responsáveis para entrar no Estabelecimento deverão identificar-se e receber

autorização da Equipe Administrativa ou pedagógica.

30. A biblioteca ficará aberta nos seguintes horários:

MANHÃ: das 07h 15min às 11h 40min.

TARDE: das 13h 00min às 17h 20min.

NOITE: das 18h 45min às 22h 45mim.

31. A Escola contará com a APMF– Associação de Pais e Mestres e Funcionários, Conselho

Escolar e Grêmio Estudantil como instituições auxiliares.

32. O aluno deverá fazer uso do uniforme escolar (calça e camiseta) nos três turnos conforme

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decidido em ata de APMF e Conselho Escolar, embasado na Lei 14361 de 19/04/2004.

Considerando que o mesmo contribui para identificação de aluno e, consequentemente a sua

segurança. Ao educando que comparecer sem uniforme será fornecido um pela Equipe

Pedagógica, caso contrário, não assistirá as aulas e será encaminhado para a biblioteca com

atividades.

33. As notas bimestrais deverão ser entregues pelos professores na secretaria na data marcada.

34. É vedado ao professor dispensar alunos antes de tocar o sinal.

35. Documentos referentes à transferência para outra escola somente serão expedidos com a

solicitação do pai ou responsável nos casos em que o aluno for de menor e ainda mediante a

entrega dos livros didáticos.

36. O (a) aluno (a) que não cumprir o regulamento interno e tendo sido advertido várias vezes

no decorrer do ano letivo, será proibido de participar do JEP's, passeios e viagens culturais e

de lazer.

AVALIAÇÃO

37. A avaliação do aproveitamento escolar será realizada individualmente ou em grupo,

através de testes, provas, produção de textos, trabalhos orais e escritos, pesquisas, relatórios,

debates, discussões, experimentos, práticas educativas, auto-avaliação, observação direta e

contínua. Serão aplicadas no mínimo duas avaliações por bimestre ou a critério do professor,

de acordo com a Deliberação nº 007/99.

38. Os resultados de avaliação serão traduzidos bimestralmente na forma de notas. Seguindo

a escala de 0 (Zero) a 10 (Dez). A média bimestral e final deverá ser igual ou superior a 6,0

(Seis).

39. Durante o bimestre o professor acompanhará o desempenho dos alunos oferecendo

momento de recuperação imediata de estudos e várias oportunidades de avaliação para que o

aluno venha a ter um melhor rendimento ao final desse período. Visto que não haverá

recuperação ao final do ano letivo.

40. Conforme a nova LDB, (Leis de Diretrizes e Bases da Educação nº 9394/96 ) o artigo 24,

inciso I a avaliação será contínua, cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

41. O aluno que tiver média 6,0 na média anual será promovido para o ano seguinte. A média

anual será calculada da seguinte maneira: 1º bim. + 2º bim. + 3º bim. + 4º bim. / 4.

42. As notas serão comunicadas aos pais ou responsáveis por meio de Boletim Escolar ou

Edital.

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43. O aluno que estiver com todas as notas acima da média poderá levar o boletim para casa.

Se tiver alguma nota abaixo da média levará um comunicado (oral ou escrito) para os pais ou

responsáveis se dirigirem à Escola ou a critério do pedagogo.

DIREITO DOS ALUNOS

44. Solicitar orientação dos diversos setores do Estabelecimento de Ensino, especialmente da

Equipe Pedagógica e Professores.

45. Participar de agremiações estudantis.

46. Utilizar os serviços e dependências escolares respeitando as normas estabelecidas no

Regulamento Interno, mediante autorização de quem é de direito.

47. Tomar conhecimento de seu rendimento escolar e de sua frequência.

48. Solicitar revisão de notas, dentro do prazo de 72 (setenta e duas) horas a partir da

divulgação das mesmas.

49. Receber ensino de qualidade com conteúdos adequados à série, ministrados de forma clara

e compreensível.

50. Conhecer os principais objetivos a serem trabalhados durante o ano letivo.

51. Ser ouvido e respeitado como pessoa.

52. Participar de todas as atividades programadas e desenvolvidas pela escola.

DEVERES

53. Manter e promover relações cooperativas com professores, colegas e comunidade.

54. Atender as determinações dos diversos setores do estabelecimento de Ensino nos

respectivos âmbitos de competência, tratando a todos com igualdade e respeito. Obs:

Desacato ao funcionário público (professor e funcionários) Art. 331 – Desacatar funcionário

público no exercício de sua função ou em razão dela, Pena: detenção de 6 (seis) meses a 2

(dois) anos ou multa.

55. Ser assíduo e pontual com os horários e trabalhos escolares.

56. Assistir e participar das aulas, mesmo que seja horário de outro professor.

57. Tratar com respeito e educação os colegas, funcionários e professores, bem como todas as

pessoas.

58. Uso obrigatório do uniforme escolar (calça e camiseta) nos três turnos.

59. Providenciar e dispor do material básico necessário às aulas (das diversas disciplinas).

60. Fazer todas as atividades escolares solicitadas pelos professores, com interesse e atenção.

61. Cuidar da higiene pessoal, cooperar na manutenção da higiene e na conservação das

instalações escolares.

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62. Devolver as canecas, pratos e talheres após o uso na cozinha.

63. Cuidar e zelar dos materiais e livros didáticos, encapá-los.

64. Cumprir as determinações deste regulamento ao que lhe convir e colaborar com a

disciplina e responsabilidade necessária para o ambiente propício a aprendizagem.

NÃO É PERMITIDO

65. Entrar ou sair da sala de aula depois do início da mesma ou nos intervalos sem autorização

do professor.

66. Ausentar-se de forma individual ou coletiva em horário de aula do Colégio sem

autorização da Direção, Equipe Pedagógica, ou Secretaria e mediante solicitação dos pais.

67. Ocupar-se durante as aulas com trabalho não referente às mesmas.

68. Trazer para o colégio material de qualquer natureza estranho ao estudo e que ofereçam

perigo, bem como dinheiro e objetos de valor, bonés, celular, pelos quais o estabelecimento

não se responsabiliza pelo desaparecimento. Da mesma forma fica proibido o uso do

corretivo em sala de aula.

69. Não é permitido tomar bebidas alcoólicas, fumar nas dependências do Colégio (conforme

a Resolução 2555/08 de 23/06/2008) , bem como lanchar na sala de aula, mascar chicletes

durante as aulas e andar de bicicleta no pátio escolar.

70. Praticar atos de vandalismo de qualquer natureza.

71. Promover jogos, excursões, festinhas, coletas, listas de pedidos, ou vender produtos de

qualquer natureza sem autorização da Direção.

72. Promover desordens nas dependências e mediações do Colégio, bem como fazer se

acompanhar de pessoas estranhas que podem atrapalhar o bom andamento das atividades

escolares.

73. Estar nas dependências da escola, fora do horário de aula, sem atividade escolar.

74. Namorar ou “ficar” nas dependências do colégio.

75. Deixar de assistir aulas estando no Colégio.

76. Impedir a entrada de colegas ou incitá-los à ausência coletiva.

77. Usar de meios fraudulentos em provas e trabalhos escolares.

78. Ofender ou agredir colegas, pais ou responsáveis de colegas, professores e funcionários da

Escola.

79. Gravar nas paredes, carteiras ou qualquer parte do prédio nomes, desenhos ou outros

sinais, caracteriza dano ao patrimônio público, sendo assim o(s) aluno(s) serão obrigados a

reparar o dano.

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80. Divulgar, por meio de publicidade, assuntos que envolvam direta ou indiretamente o

nome da escola, de professores ou funcionários sem autorização da Direção, professores ou

funcionários.

81. Rasurar provas, comunicados ou outros documentos.

82. Falsificar assinatura de pai/mãe ou responsável em documentos ou comunicados.

83. Participar de jogos de azar nas dependências da Escola.

84. Retirar e/ou utilizar qualquer objeto ou material da Escola sem a devida autorização.

85. Atentar contra os bons costumes.

86. Causar danos de qualquer tipo ao patrimônio e/ou material da Escola, caso isto ocorra, o

aluno deverá reparar o dano causado.

MEDIDAS DISCIPLINARES

87. Visando uma convivência harmoniosa e a formação de atitudes responsáveis, honesta e

justa, serão promovidas palestras de caráter preventivo envolvendo todos os alunos.

88. As medidas disciplinares abaixo serão aplicadas em situações provocadas pelos alunos que

transgredirem as normas desse regulamento:

I. Advertência oral.

II. Retratação: Revisão de atitude nos atos.

III. Advertência escrita.

IV. Comunicação aos pais solicitando a presença dos mesmos ao Colégio

V. Assinatura do Termo de Compromisso, quando de maior.

VI. Advertência escrita em documento próprio com a devida ciência dos pais.

VII. Obrigação de reparar o dano causado.

VIII. Encaminhamento ao Conselho Escolar;

IX. Encaminhamento ao Conselho Tutelar e ou Promotor.

REGULAMENTO DA BIBLIOTECA

Parágrafo Único – Cabe a todos os usuários a aceitação do presente regulamento.

Artigo 1º - Para que o leitor possa usufruir do empréstimo é imprescindível que se registre na

Biblioteca.

Artigo 2º - O funcionamento da biblioteca será nos seguinte horários:

Manhã – 07h:15min às 11h:40min

Tarde – 13h:00min às 17h:20min

Noite – 18h:45min às 22h:45min

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Artigo 3º - terão direito ao empréstimo somente alunos, professores e funcionários do Colégio

Estadual João Negrão Júnior Ensino Fundamental, Médio e EJA.

Artigo 4º - cada aluno tem direito a emprestar apenas dois livros didáticos ou de leitura;

Parágrafo Único – Aos integrantes da comunidade, somente será permitido o acesso à

biblioteca para consulta de obras no local.

Artigo 5º - O prazo de empréstimo será de uma semana mais uma renovação.

Artigo 6º - Será feita a renovação somente com a apresentação do livro. Coleções e

enciclopédias não serão emprestados, as pesquisas deverão ser feitas no local.

Artigo 7º - No atraso da entrega de livros o (a) aluno (a) deverá pagar uma multa conforme a

quantidade de dias que o livro está atrasado, não podendo fazer novos empréstimos enquanto

não saldar a dívida. O dinheiro arrecadado com as multa será revertido para aquisição de

novos livros.

Artigo 8º - toda a perda ou estrago do livro, implicará na substituição do mesmo por parte do

usuário dentro do prazo de quinze dias. Findo o prazo previsto, o usuário deverá efetuar o

pagamento do valor do livro, dentro de quinze dias.

Artigo 9º - Fica vedado o empréstimo de livros aos alunos e professores quinze dias antes do

término do período letivo.

Artigo 10º - Deve-se fazer silêncio durante a permanência na biblioteca.

Artigo 11º - É vedada a entrada e permanência de alunos na biblioteca com lanches.

Artigo 12º - É vedado o empréstimo de livros em nome de terceiros.

Artigo 13º - É vedada a entrada de alunos com pastas escolares no interior da biblioteca.

Artigo 14º - são será permitido a permanência de alunos na biblioteca durante o horário de

aula sem a autorização do professor.

Artigo 15º - não será permitido sair da biblioteca portando material bibliográfico sem que seja

registrada a sua saída.

Artigo 16º - não é permitido danificar com lápis, caneta ou mesmo arrancar folhas de obras

pertencentes ao acervo da biblioteca.

Artigo 17º - Os casos omissos serão resolvidos em conjunto com a direção.

Parágrafo Único – A biblioteca não se responsabiliza pelo furto de objetos pessoais em suas

dependências, por descuido do usuário.

Artigo 18º - A biblioteca contempla também o empréstimo de fitas de vídeo e DVDs, para

professores e funcionários.

Artigo 19º - A biblioteca do professor contempla livros e DVDs, para empréstimos a

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professores e funcionários. A responsabilidade quanto o mesmo, está a cargo da Equipe

Pedagógica.

REGULAMENTO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA – PROINFO

Este laboratório está instalado na biblioteca.

Artigo 1º - O aluno poderá usar o laboratório no período de contra turno; em horário de aula, o

laboratório poderá ser usado, com autorização do professor;

Artigo 2º - Quando se tratar de trabalhos em grupos é necessário o agendamento prévio;

Artigo 3º - O uso do uniforme é obrigatório, tanto no horário de aula como no contra turno;

Artigo 4º - Lavar as mãos antes de usar o laboratório;

Artigo 5º - O aluno poderá usar o laboratório durante 1 hora por dia;

Artigo 6º - A responsabilidade pelo uso do computador é do aluno, que deve acessar com sua

senha particular;

Artigo 7º - O aluno que tiver que ficar na biblioteca porque foi advertido por algum motivo,

deverá fazer atividades escolares da aula;

Para manter os laboratórios em bom funcionamento, as seguintes orientações devem ser

respeitadas, sendo terminantemente PROIBIDO:

•Usar o equipamento de forma inadequada como: colar adesivos ou qualquer tipo de material;

•Modificar a localização de periféricos e componentes dos computadores de onde estão

instalados, tais como monitor, teclado e mouse;

•Fazer download e instalação de qualquer tipo de arquivo sem permissão;

•Imprimir arquivos sem permissão;

•Imprimir textos e/ou figuras que não estejam diretamente relacionados com as atividades da

Escola; a cota de impressão será de 5 folhas diárias e o aluno deverá trazer suas folhas;

•Abrir arquivos que podem conter VÍRUS;

•Armazenar trabalhos na memória dos computadores (deve-se usar pen drive), pois ao final do

dia tudo que estiver na memória será deletado;

•Usar PEN-DRIVE ou CD-ROM sem passar o Antivírus;

•Consumir ou portar alimentos e bebidas nas dependências do laboratório;

•Alterar as configurações dos computadores e programas;

•Trocar os papéis de parede;

•Colocar os dedos na tela ou objetos como por exemplo: caneta, lápis...;

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•Acessar chats, páginas de relacionamentos ou de conteúdos impróprios ou outras não

relacionados às atividades escolares;

• Acessar programas de comunicação, sítios de relacionamentos e similares;

•Acessar serviços de jogos on-line que não sejam de caráter educativo.

•Usar o celular no laboratório;

•O aluno não poderá permanecer no laboratório sem a presença de um funcionário;

•Caso o aluno descumpra com as normas, ele terá o seu direito de uso suspenso por tempo

determinado pela direção e/ou equipe pedagógica.

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PROPOSTAS CURRICULARES

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PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A dimensão histórica, destaca alguns marcos do desenvolvimento da Arte no âmbito

escolar. As concepções de alguns artistas e teóricos que se preocupam com o conhecimento

em Arte e instituições criadas para atender esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa

história, permitirá aprofundar a compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em

nosso país e Paraná.

Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação católica

denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem portuguesa, indígena e

africana uma educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte.

Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de

artes e ofícios, por meio de retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes

manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Alta Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se,

também, as manifestações artísticas locais.

Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de

1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira.

Essa influência manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música

caipira em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola), no folclore, com as

cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa,

entre outras, que permanecem com algumas variações.

No mesmo período em que os jesuítas atuaram no Brasil - século XVI ao XVIII - a

Europa passou por transformações de diversas ordens que se iniciaram com o Renascimento e

culminaram com o iluminismo. Nesse processo houve a superação do modelo teocêntrico

medieval em favor do projeto iluminista, cuja característica principal era a convicção de que

todos os fenômenos podem ser explicados pela razão e pela ciência.

Nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do

território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em outras instituições da

Colônia. A chamada Reforma Pombalina fundamentava-se nos padrões da Universidade de

Coimbra, que enfatizava o ensino das ciências naturais e dos estudos literários. Apesar dessa

reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças. Nos espaços dos colégios jesuítas

passaram a funcionar colégios-seminários dirigidos por outras congregações religiosas, onde

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padres-mestres eram responsáveis pelo ensino. Entre esses colégios-seminários, destacaram-

se o de Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro.

Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma série de obras

foram iniciadas e entre essas ações , destacou-se a vinda de um grupo de artistas franceses

encarregados da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender

as artes e ofícios artísticos e esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa cuja

concepção de arte vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica.

Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil, com fim dos colégios-

seminários e sua transformação em estabelecimentos públicos. No Paraná, foi fundado o

Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que seguia o currículo do Colégio

Pedro II e a Escola Normal (1876), atual Instituto de Educação para formação em magistério.

Em 1886 foi criada por Antônio Mariano de Lima, a Escola de Belas Artes e

Industrias que desempenhou um papel importante no desenvolvimento das artes plásticas e da

música na cidade; dessa escola foi criada em 1917, a Escola Profissional Feminina, que

oferecia, além do desenho e pintura, cursos de corte e costura, arranjos de flores e bordados

que faziam parte da formação da mulher; em 1890 ocorreu a primeira reforma educacional do

Brasil republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de ideias positivas e liberais.

Essa proposta educacional procurou atender aos interesses do modo de produção

capitalista e secundarizou o ensino de Arte que passou a abordar, tão somente as técnicas e

artes manuais. Entretanto, o ensino de Arte nas escolas e os cursos de Arte oferecidos nos

mais diversos espaços sociais são influenciados também por movimentos políticos e sociais.

O ensino de Arte passou a ter então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e

criatividade. Pensada inicialmente para as crianças, essas concepções foram gradativamente

incorporadas para o ensino de outras faixas etárias. Pela primeira vez uma tendência

pedagógica – Escola Nova – centrava sua ação no aluno e na sua cultura, esse trabalho

permaneceu nas escolas com algumas modificações até meados da década de 1970, quando o

ensino de música foi reduzido ao estudo da teoria musical e, novamente, a execução de hinos

ou outras canções cívicas.

O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo com a classe

social a qual se destinava, no Paraná houve reflexos desses vários processos pelos quais

passou o ensino da Arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e

entre eles artistas vieram novas ideias e experiências culturais diversas como a aplicação da

Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da

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sociedade. As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da

realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar uma disciplina escolar.

Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e cultural que o

ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto

seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que

minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão

somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua

expressão. No currículo escolar a Educação Artística passou a compor a área de conhecimento

denominada Comunicação e Expressão.

A Parti de 1980, o país iniciou um amplo processo de mobilização social pela

redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em 1988. Nesse processo os

movimentos sociais realizaram encontros, passeatas e eventos que promoviam, entre outras

coisas, a discussão dos problemas educacionais para propor novos fundamentos políticos para

a educação.

Após esses anos de trabalho de implementação das propostas, o processo foi

interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais que se apoiavam em outras

bases teóricas, surge os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de

1997 a 1999, foram encaminhados pelo MEC diretamente para as escolas e residências dos

professores e tornaram-se os novos orientadores do ensino e os PCN em arte tiveram como

principal fundamentação a proposta de Ana Mãe Barbosa, denominada de metodologia

triangular, inicialmente pensada para o trabalho em museus, foi inspirada na DBAE

(Discipline Based Art Education) norte-americana que teve origem no final dos anos de 1960

nos Estados Unidos.

Em 2003 iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da

Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e instituições Superior

(IES), pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes

curriculares estaduais.

Um exemplo dessas políticas e a Instrução Secretarial nº015/2006 que estabelece o

mínimo de 2 e o máximo de 4 aulas semanais/ano para todas as disciplinas do Ensino Médio.

Outro exemplo é a retomada dos concursos públicos para professores principalmente para a

Arte.

Reconhece-se, então, que os avanços recentes podem levar a uma transformação no

ensino de arte. Assim o ensino de arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para

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se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída

historicamente e em constante transformação.

Em pleno século XXI é ainda muito presente e bem aceita na escola a ideia da arte

como representação, em muitos casos assimilada como referência formativa no ensino de arte.

A partir dessa concepção cabe a educação tão somente promover o ajustamento do sujeito que

deve achar seu lugar na sociedade e resignar-se.

Com os filósofos e os artistas românticos do final do século XVIII, a concepção de

Arte mudou de perspectiva e se contrapôs ao modelo fundamentado na representação fiel ou

idealizada da natureza. Passou, então, a ser considerada obra de arte toda expressão

concretizada em formas visível/audível/dramática ou em movimentos de sentimentos e de

emoções.

O ensino da Arte, fundamentado no conhecimento estético, amplia os conhecimentos

e experiências do aluno e o aproxima das diversas representações artísticas do universo

cultural historicamente constituído pela humanidade.

Para isso o ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a

finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais

objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos) e a metodologia proposta.

Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento e de

criação artística para expandir sua capacidade de criação e desenvolver o pensamento crítico a

partir dos campos conceituais que historicamente tem produzido estudos sobre ela, quais

sejam:

-o conhecimento estético relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de

cunho sensível e cognitivo;

-o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da

criação, toma em consideração o artista no processo de criação.

Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em Arte se

efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada nas representações artísticas. Nas

aulas de Arte os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise histórica,

abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de maneira crítica o que

permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e

possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdade e injustiças. O sentido de

cognição implica não apenas o aspecto inteligível e racional, mas também o emocional e o

valorativo, de maneira a permitir a apreensão plena da realidade.

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O homem transformou o mundo e a si próprio pelo trabalho e, por ele, tornou-se

capaz de abstrair, simbolizar e criar arte. Assim, em todas as culturas, constata-se a presença

de maneiras diferentes daquilo que hoje se denomina arte, tanto em objetos utilitários quanto

nos ritualísticos, muitos dos quais vieram a ser considerados objetos artísticos.

A Arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente da

sua existência individual e social; percebe-se e se interroga, é levado a interpretar o mundo e a

si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das obviedades atribuídas aos objetos às

coisas, é desafiadora, expõe contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Por isso

o ensino da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito

crítico para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

MÚSICA

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

harmonia

tonal

Modal

contemporâneas Escalas

Sonoplastia

Estrutura Gêneros: erudita,

folclórica...

Técnicas: instrumental, vocal,

mista, improvisação...

Arte Greco-Romana, Arte Oriental,

Arte Africana, Arte Medieval,

Renascimento, Rap, Tecno, Barroco,

Classicismo, Romantismo,

Vanguardas Artísticas, Arte

Engajada, Música Serial, Música

Eletrônica, Música Minimalista,

Música Popular Brasileira, Arte

Popular, Arte Indígena, Arte

Brasileira, Arte Paranaense, Indústria

Cultural, Arte Latino-Americana...

ARTES

VISUAIS

Ponto

Linha

Superfície

Textura

Figurativa

Abstrata

Figura-fundo

Bidimensional

Tridimensional

Semelhanças

Contrastes

Arte Pré-histórica, Arte no Antigo

Egito, Arte Greco-Romana, Arte Pré-

Colombiana, Arte Oriental, Arte

Africana, Arte Medieval, Arte

Bizantina, Arte Românica, Arte

Gótica, Renascimento, Barroco,

Neoclassicismo, romantismo,

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Volume

Luz

Cor

Ritmo Visual

Gêneros: Paisagem, retrato,

natureza-morta...

Técnicas: Pintura, gravura,

escultura, arquitetura, fotografia,

vídeo...

Realismo, Impressionismo,

Expressionismo, Fauvismo,

Cubismo, Abstracionismo,

Dadaísmo, Construtivismo,

Surrealismo, Op-Art, Pop-art, Arte

Naif, Vanguardas artísticas, Arte

Popular, Arte Indígena, Arte

Brasileira, Arte Paranaense, Indústria

Cultural, Arte Latino-Americana,

Muralismo...

TEATRO

Personagem

(expressões

corporais, vocais,

gestuais e

faciais)

Ação

Espaço

Representação,

Texto Dramático,

Dramaturgia, Roteiro,Espaço

Cênico

Sonoplastia, iluminação,

cenografia, figurino, adereços,

máscara, caracterização

Gêneros: tragédia, Comédia,

Drama, Épico, Rua, etc.

Técnicas: jogos teatro indireto

(manipulação, bonecos,

sombras...), improvisação,

monólogo, jogos dramáticos,

direção, produção...

Arte Greco-Romana, Arte Oriental,

Arte Africana, Arte Medieval,

Renascimento, Barroco,

Neoclassicismo, Romantismo,

Realismo, Expressionismo,

Vanguardas Artísticas, Teatro

Dialético, Teatro do Oprimido,

Teatro Pobre, Teatro essencial,

Teatro do Absurdo, Arte Engajada,

Arte Popular, Arte Indígena,

Arte Brasileira, Arte Paranaense,

Indústria Cultural,

Arte Latino-Americana.

DANÇA

Movimento

Corporal

Temporal

Espaço

Eixo

Dinâmica

Aceleração

Ponto de apoio

Salto e queda

Rotação

Formação

Deslocamento

Sonoplastia

Arte Pré-Histórica, Arte

Greco-Romana, Arte Oriental,

Arte Africana, Arte Medieval,

Renascimento, Barroco,

neoclassicismo, Romantismo,

Expressionismo, Vanguardas

Artísticas, Arte Popular,

Arte Indígena, Arte Brasileira,

Arte Paranaense, Dança Circular,

103

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Coreografia

Gêneros: folclóricas, de solão,

étnica...

Técnicas: improvisação,

coregrafia...

Indústria Cultural, Dança Clássica,

Dança Moderna, Dança

Contempo-rânea, Hip Hop,

Arte Latino-Americana...

CONTEÚDO BÁSICO DA DISCIPLINA DE ARTE

6º ANO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

ATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas:

diatônica

pentatônica

cromática

Improvisação

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

o trabalho é direcionado

para a estrutura e orga-

nização da arte em suas

origens e em outros

períodos.

Compreensão dos

elementos que

estruturam e organizam

a música e sua relação

com o movimento

artístico no qual se

originaram. Desenvol-

vimento da formação

dos sentidos rítmicos e

de intervalos melódicos

e harmônicos.

7º ANO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

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Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros:

folclórico,

indígena,

popular e étnico

Técnicas: vocal,

instrumental e

mista

Improvisação

Música popular

e étnica

(ocidental e

oriental)

Nesta série é

importante relacionar o

conhecimento com

formas artísticas

populares e o cotidiano

do aluno.

Percepção dos modos

de fazer música, através

de diferentes formas

musicais.

Teorias da música.

Produção de trabalhos

musicais com carac-

terísticas populares e

composição de sons da

paisagem sonora.

Compreensão das

diferentes formas

musicais populares,

suas origens e práticas

contemporâneas.

Apropriação prática e

teórica de técnicas e

modos de composição

musical.

8º ANO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e

a fusão de

ambos.

Indústria

Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap, Rock,

Tecno

Nesta série, o trabalho

poderá enfocar o

significado da arte na

sociedade contempo-

rânea e em outras

épocas, abordando a

mídia e os recursos

tecnológicos na arte.

Percepção dos modos

de fazer música, através

Compreensão das

diferentes formas

musicais no Cinema e

nas mídias, sua função

social e ideológica de

veiculação e consumo.

Apropriação prática e

teórica das tecnologias

e modos de composição

musical nas mídias;

105

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Técnicas: vocal,

instrumental e

mista

de diferentes mídias.

(Cinema, Vídeo, TV e

Computador)

Teorias sobre música e

indústria cultural.

Produção de trabalhos

de composição musical

utilizando equipamen-

tos e recursos tecnológi-

cos.

relacionadas à

produção, divulgação e

consumo.

9º ANO – ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas:

vocal,

instrumental e

mista

Gêneros:

popular,

folclórico e

étnico.

Música

Engajada

Música Popular

Brasileira.

Música

Contemporânea

a ênfase é na arte como

ideologia e fator de

transformação social.

Percepção dos modos

de fazer música e sua

função social.

Teorias da Músicas

Produção de trabalhos

com os modos de orga-

nização e composição

musical, com enfoque

na Música Engajada.

Compreensão da

música como fator de

transformação social.

Produção de trabalhos

musicais, visando

atuação do sujeito em

sua realidade singular e

social.

6º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

106

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Figurativa

Geométrica,

simetria

Técnicas:

Pintura,

escultura,

arquitetura...

Gêneros: cenas

da mitologia...

Arte Greco-

Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré-

Histórica

Nesta série o trabalho é

direcionado para a

estrutura e organização

da arte em suas origens

e outros períodos

históricos; nas séries

seguintes, prossegue o

aprofundamento dos

conteúdos.

Compreensão dos

elementos que

estruturam e organizam

as artes visuais e sua

relação com o movi-

mento artístico no qual

se originaram.Apro-

priação prática e teórica

de técnicas e modos de

composição visual.

7º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Proporção

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas:

Pintura, escul-

tura, modela-

gem, gravura...

Gêneros: Paisa-

gem, retrato, na-

tureza morta...

Arte Indígena

Arte Popular

Brasileira e

Paranaense

Renascimento

Barroco

Relacionar o conhe-

cimento com formas

artísticas populares e o

cotidiano do aluno.

Percepção dos modos

de estruturar e compor

as artes visuais na

cultura destes povos.

Teoria das Artes

Visuais. Produção de

trabalhos de artes vi-

suais.

Compreensão das

diferentes formas

artísticas populares,

suas origens e práticas

contemporâneas.

Apropriação prática e

teórica de técnicas e

modos de composição

visual.

107

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8º ANO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Deformação

Técnicas:

desenho,

fotografia,

audio-visual e

mista...

Indústria

Cultural

Arte no Séc. XX

Arte

Contemporânea

significado da arte na

sociedade contem-

porânea e em outras

épocas, abordando a

mídia e os recursos

tecnológicos na arte.

Percepção dos modos

de fazer trabalhos com

artes visuais nas dife-

rentes mídias. Teoria

das artes visuais e

mídias. Produção de

trabalhos de artes

visuais utilizando

equipamentos e

recursos tecnológicos.

Compreensão das artes

visuais em diversos no

Cinema e nas mídias,

sua função social e

ideológica de

veiculação e consumo.

Apropriação prática e

teórica das tecnologias

e modos de composição

das artes visuais nas

mídias, relacionadas à

produção, divulgação e

consumo.

9º ANO – AREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

108

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Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica:

Pintura, grafite,

perfomance...

Gêneros:

Paisagem

urbana, cenas do

cotidiano...

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte

Hip Hop

A arte como ideologia

e fator de

transformação social.

Percepção do modo

de fazer trabalhos com

artes visuais e sua

função social.

Teoria das Artes

Visuais.

Produção de trabalhos

com os modos de

organização e

composição como

fator de transformação

social.

Compreensão da

dimensão das Artes

Visuais enquanto fator

de transformação

social.

Produção de trabalhos,

visando atuação do

sujeito em sua

realidade singular e

social.

6º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS

DE

APRENDIZAGE

M

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Eixo

Ponto de apoio

Movimentos

articulares

Fluxo (livre e

interrompido)

Rápido e lento

Formação

Níveis (alto,

médio e baixo)

Deslocamento

Pré-história

Grego-Romana

Renascimento

Dança Clássica

Nesta série o trabalho

é direcionado para a

estrutura e organiza-

ção da arte em suas

origens e outros perí-

odos históricos; nas

séries seguintes, pros-

segue o aprofunda-

mento dos conteúdos.

Estudos do movimen-

to corporal, tempo,

espaço e sua articula-

Compreensão dos

elementos que

estruturam e

organizam a

dança e sua

relação com o

movimento

artístico no qual se

originaram.

Apropriação

prática e teórica de

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(direito e

indireto)

Dimensões

(pequeno e

grande)

Técnica:

Improvisação

Gênero: Circular

ção com os elementos

de composição e

movimentos e perío-

dos da dança.

Teorias da dança.

Produção de trabalhos

como dança utilizando

diferentes modos de

composição.

técnicas e modos

de composição da

dança.

7º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio

Rotação

Coreografia

Salto e queda

Peso (leve e

pesado)

Fluxo (livre,

interrompido e

conduzido)

Lento, rápido e

moderado

Níveis (alto,

médio e baixo)

Formação

Direção

Gênero:

Folclórica,

popular e étnica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Nesta série é

importante relacionar

o conhecimento com

formas artísticas

populares e o

cotidiano do aluno.

Percepção dos modos

de fazer dança, através

de diferentes espaços

onde é elaborada e

executada.

Teorias da dança.

Produção de trabalhos

com dança utilizando

diferentes modos de

composição.

Compreensão das

diferentes formas de

dança popular, suas

origens e práticas

contemporâneas.

Apropriação prática e

teórica de técnicas e

modos de composição

da dança.

110

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8º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

Corporal

Tempo

Espaço

Giro

Rolamento

Saltos

Aceleração e

desaceleração

Direções

(frente, atrás,

direita e

esquerda)

Improvisação

Coreografia

Sonoplastia

Gênero:

Indústria

Cultural e

espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria

Cultural

Dança Moderna

O significado da arte

na sociedade contem-

porânea e em outras

épocas, abordando a

mídia e os recursos

tecnológicos na arte.

Percepção dos modos

de fazer dança, através

de diferentes mídias.

Teorias da dança de

palco e em diferentes

mídias.Produção de

trabalhos de dança

utilizando equipamen-

tos e recursos

tecnológicos.

Compreensão das

diferentes formas de

dança no Cinema,

Musicais e nas mídias,

sua função social e

ideológica de

veiculação e consumo.

Apropriação prática e

teórica das tecnologias

e modos de

composição da dança

nas mídias;

relacionadas à

produção, divulgação e

consumo.

9º ANO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Movimento

Corporal

Kinesfera

Ponto de Apoio

Peso

Fluxo

Quedas

Vanguardas

Dança Moderna

Dança

Nesta série, tendo em

vista o caráter criativo

da arte, a ênfase á na

arte como ideologia e

fator de transformação

Compreensão da

dimensão da dança

enquanto fator de

transformação social.

111

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Tempo

Espaço

Saltos

Giros

Rolamentos

Extensão

Coreografia

Deslocamento

Gênero:

Performance e

moderna

Contemporânea social . Percepção dos

modos de fazer dança e

sua função social.

Teorias da dança.Pro-

dução de trabalhos

com os modos de orga-

nização e composição

da dança como fator de

transformação social.

Produção de trabalhos

com dança, visando

atuação do sujeito em

sua ralidade singular e

social.

6º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem:

Expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.

Espaço Cênico,

adereços

Técnicas: jogos

teatrais, teatro

indireto e direto,

improvisação,

manipulação,

máscara...

Gênero:

Tragédia,

Comédia e Circo

Greco-romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

estrutura e organização

da arte em suas origens

e outros períodos his-

tóricos; nas séries

seguintes, prossegue o

aprofundamento dos

conteúdos. Estudo das

estruturas teatrais: per-

sonagem, ação dramá-

tica e espaço cênico e

sua articulação com

formas de composição

em movimentos e perí-

odos onde se origi-

naram. Teorias do

teatro. Produção de

trabalhos com teatro.

Compreensão dos

elementos que

estruturam e organizam

o teatro e sua relação

com os movimentos

artísticos nos quais se

originaram.

Apropriação prática e

teórica de técnicas e

modos de composições

teatrais.

112

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7º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Representação,

Leitura

dramática,

Cenografia.

Técnicas: jogos

teatrais, mímica,

improvisação,

formas

animadas...

Gêneros:

Rua e arena,

Caracterização

Comédia

dell'arte

Teatro Popular

Brasileiro e

Paranaense

Teatro Africano

Nesta série é

importante relacionar

o conhecimento com

formas artísticas

populares e o

cotidiano do aluno.

Percepção dos modos

de fazer teatro, através

de diferentes espaços

disponíveis.

Teorias do teatro.

Produção de trabalhos

com teatro de arena,

de rua e indireto.

Compreensão das

diferentes formas de

representação presentes

no cotidiano, suas

origens e práticas

contemporâneas.

Apropriação prática e

teórica de técnicas e

modos de composições

teatrais, presentes no

cotidiano.

8º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Representação

no Cinema e

Mídias

Texto dramático

Maquiagem

Indústria

Cultural

Realismo

Expressionismo

Nesta série o trabalho

poderá enfocar o

significado da arte na

sociedade

contemporânea e em

outras épocas,

abordando a mídia e

Compreensão das

diferentes formas de

representação no

Cinema e nas mídias,

sua função social e

ideológica de

veiculação e consumo.

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Ação

Espaço

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos

teatrais, sombra,

adaptação

cênica...

Cinema Novo os recursos

tecnológicos na arte.

Percepção dos modos

de fazer teatro, através

de diferentes mídias.

Teorias da

representação no

teatro e mídias.

Produção de trabalhos

de representação

utilizando

equipamentos e

recursos tecnológicos.

Apropriação prática e

teórica das tecnologias

e modos de

composição da

representação nas

mídias; relacionadas à

produção, divulgação e

consumo.

9º ANO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem:

expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Técnicas:

Monólogo,

jogos teatrais,

direção, ensaio,

Teatro-Fórum...

Dramaturgia

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Teatro Engajado

Teatro do

Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do

Absurdo

Vanguardas

A ênfase é na arte

como ideologia e fator

de transformação

social. Percepção dos

modos de fazer teatro

e sua função social.

Teorias do teatro.

Criação de trabalhos

com os modos de

organização e

composição teatral

como fator de

transformação social.

Compreensão da

dimensão ideológica

presente no teatro e o

teatro enquanto fator de

transformação social.

Criação de trabalhos

teatrais, visando

atuação do sujeito em

sua realidade singular e

social.

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ENSINO MÉDIO - AREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmos

Melodias

Harmonia

Escalas

Modal, Tonal e fusão de ambos.

Gêneros: erudito, clássicos,

popular, étnico, folclórico, pop..

Técnicas: vocal, instrumental,

eletrônica, informática e mista

Improvisação

Música Popular Brasileira

Paranaense

Popular

Indústria Cultural

Engajada

Vanguarda

Ocidental

Oriental

Africana

Latino-Americana

ENSINO MÉDIO – ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃOMOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Ponto

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura e fundo

Figurativo

Abstrato

Perspectiva

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Simetria

Deformação

Estilização

Arte Ocidental

Arte Oriental

Arte Africana

Arte Brasileira

Arte Paranaense

Arte Popular

Arte de vanguarda

Indústria Cultural

Arte

Contemporânea

Arte Latino-Americana

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Técnica: Pintura, desenho ,

modelagem, instalação, perfor-

mance, fotografia, gravura e

esculturas, arquitetura, história

em quadrinhos... Gêneros:

paisagem, natureza-morta,

Cenas do Cotidiano, Histórica,

Religiosa, da Mitologia...

ENSINO MÉDIO – ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

Personagem:

expressões corporais,

vocais, gestuais e faciais.

Ação

Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro

direto e indireto, mímica,

ensaio, Teatro-Fórum.

Roteiro

Encenação e leitura dramática.

Gêneros: Tragédia, Comédia,

Drama e Épico.

Dramaturgia

Representação nas mídias

Caracterização Cenografia,

sonoplastia, figurino e

iluminação

Direção

Produção

Teatro Greco-Romana

Teatro Medieval

Teatro Brasileiro

Teatro Paranaense

Teatro Popular

Indústria Cultural

Teatro Engajado

Teatro Dialético

Teatro Essencial

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro de Vanguarda

Teatro Renascentista

Teatro Latino-Americano

Teatro Realista

Teatro Simbolista

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ENSINO MÉDIO – ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera

Fluxo

Peso

Eixo

Salto e Queda

Giro

Rolamento

Movimentos

articulares

Lento, rápido e moderado

Aceleração e desaceleração

Níveis

Deslocamento

Direções

Planos

Improvisação

Coreografia

Gêneros: Espetáculo, indústria

cultural. Étnico, folclórica,

populares e salão

Pré-história

Grego-Romana

Medieval

Renascimento

Dança Clássica

Dança Popular

Brasileira

Paranaense

Africana

Indígena

Hip Hop

Indústria Cultural

Dança Moderna

Vanguardas

Dança

Contemporânea

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Propõe-se o ensino de Arte como fonte de humanização, o que implica no trabalho

com a totalidade das dimensões da arte, da parte do artista, para a totalidade humana do

espectador. Além disso é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em

um encaminhamento metodológico, orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a função

artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da

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Educação Básica. Dessa forma devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte três

momentos da organização pedagógica.

-Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem

como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;

-Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte;

-Trabalho artístico: é a prática criativa o exercício com os elementos que compõe uma

obra de arte.

O Trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três

simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno

tenha vivenciado cada um deles.

O conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos estruturantes

elementos formais, composição, movimento e períodos, abordados nas Artes Visuais, Dança,

Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são

trabalhados.

É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos

alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originado pela comunidade e considerando

que existem alunos com necessidades especiais, terão atendimento individual de acordo com a

dificuldade apresentada. Também é importante que discuta como as manifestações artísticas

podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra.

Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório do

conhecimento em arte, em função da mudança de valores cultuais que pode ocorrer através do

tempo nas diferentes sociedades e modos de produção.

Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a

obra artística e a parte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do

trabalho de sujeito, histórica e socialmente datados.

No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro,

Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção artística.

Trata-se de envolver-se a apreciação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão

estética.

O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a percepção e apropriação

dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender

aparência e aprender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e

social.

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Sugere-se para a prática pedagógica que o professor aborde, além de produção

pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de

diferentes aspectos, presentes nas sociedades contemporâneas.

Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno.

Trabalhar com as Artes Visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma

discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a

realidade humano social, e as possibilidades de transformação dessa realidade e o processo

pode ser desenvolvido pelo professor ao estabelecer relações entre os conhecimentos do aluno

e a imagem proposta, explorando a obra em análises e questionamentos dos conteúdos das

Artes Visuais.

Para o ensino de Dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamento das

aulas, a relação dos conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que a compõem,

que são:

-Movimento corporal: o movimento do corpo ou de parte dele num determinado tempo

e espaço;

-Espaço: é onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial de espaço;

-Tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração).

Para se efetivar o trabalho com a dança na escola há que se considerar algumas

questões: com a de gênero, as de necessidades especiais motoras e as de religião, como o caso

de algumas religiões que proíbem a dança, ou por outro lado, do cuidado necessário com as

danças religiosas que podem impor o caráter litúrgico implícito nas mesmas.

Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande oferta

musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança cultural quanto interfere

na formação de comportamento e gostos instigados pela cultura de massa. Por isso ao

trabalhar uma determinada música, é importante contextualiza-la, apresentar suas

características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em

diversas composições musicais.

Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir os sons

com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as

variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição

musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.

A música é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de fazer

compreender a imensa diversidade musical existente, que de uma forma direta ou indireta

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interfere na vida da humanidade.

Dentre as possibilidades de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação,

destacam-se: criatividade, socialização, memorização e a coordenação, sendo o

encaminhamento metodológico, proposto pelo professor o momento para que o aluno se

exercite.

Uma possibilidade seria iniciar o trabalho com exercícios de relaxamento,

aquecimento e com os elementos formais de teatro: personagem – expressão vocal, gestual,

corporal e facial, Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário

para o texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios

cênicos, os desafios educacionais contemporâneos: sexualidade, grupos afro, etc.

O encaminhamento enfatiza o trabalho artístico, contudo o professor não exclui

abordagem da teorização em arte como, por exemplo discutir os movimentos e períodos

artísticos importantes da história do teatro. Durante as aulas, torna-se interessante solicitar aos

alunos uma análise das diferentes formas de representação na televisão e no cinema, tais

como: plano de imagens, formas de expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia

(sentir e perceber).

Para o trabalho de sentir e perceber e essencial que os alunos assistam a peças teatrais

de modo analisá-las a partir de questões como:

• descrição do contexto: nome da peça, autor, direção, local, atores, período histórico da

representação;

• análise da estrutura e organização da peça: tipo de cenário e sonoplastia, expressões

usadas com mais enfase pelos personagens e outros conteúdos trabalhados em aula;

• análise da peça sob ponto de vista do aluno: com sua percepção e sensibilidade em

relação à peça assistida.

Os conteúdos estruturantes devem ser tratados de forma orgânica, ou seja, mantendo

as suas relações:

• Elementos formais: personagem, ação e espaço cênico;

• Composição: representação, cenografia;

• Movimentos e períodos: história do teatro e as relações de tempo e espaço

presentes no espaço cênico, atos, cenografia, iluminação e música.

O trabalho pedagógico com as encenações deve considerar que elas estão presentes

desde os primórdios da humanidade, nos ritos como expressão de diferentes culturas, nos

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gêneros (da tragédia, da comédia, do drama, entre outros) nas correntes estéticas teatrais, nos

festejos populares, nos rituais do nosso cotidianos, na fantasia e nas brincadeiras infantis,

sendo as mesmas, manifestações que pertencem ao universo do conhecimento simbólico do

ser humano.

O Teatro na escola possui características diferenciadas ao oferecer oportunidades que

prezem o direito do aluno ao conhecimento a partir dos conteúdos específicos e metodologias

de aprendizagem e avaliação.

No Ensino Médio será uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e

aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo da experiência escolar e cultural dos

alunos.

Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular

e erudita), dos modos de fazer música e sua função social.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com

enfoque na música de diversas culturas.

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e

mídias.

Produção de trabalho de artes visuais com os modos de organização e composição,

com enfoque nas diversas culturas.

Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os

elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.

Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.

Percepção de trabalhos de fazer teatro e sua função social.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como

fator de transformação social.

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de

composição e movimentos e períodos da dança.

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada

e executada.

Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Nas aulas de arte será dada ênfase as Demanda Sócio Educacionais, abordando a

cultura afro e indígena através do teatro, da música, das artes visuais, da dança, embasado nas

leis 11.645/08 e 10.639/03, reforçando uma sociedade igualitária e democrática.

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AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É

diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é

processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. Avaliação processual

deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas).

O método da avaliação proposta inclui observação e registro do processo de

aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento

pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e

como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo

o aluno também deve elaborar seu registro de forma sistematizada para que possa também

ofertar uma recuperação de conteúdos quando necessários à sua aprendizagem. As propostas

podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar e refletir e discutir

sua produção e a dos colegas.

Portanto o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas

e, ao mesmo tempo constituí-se como referência para o professor propor abordagens

diferenciadas tal como Desafios Educacionais Contemporâneos quando se fizerem

necessários.

Afim de obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários

instrumentos de verificação tais como:

• Trabalhos artísticos individuais e em grupo em forma de apreciação;

• Pesquisas bibliográficas e de campo usando os recursos multimídias;

• Debates em formas de seminários e simpósios criando hipóteses, argumentação;

• Provas teóricas e práticas para demonstração de conhecimentos assimilados.

• Registros em formas de relatório, gráfico portfólio, áudio-visual e outros.

Na recuperação paralela serão revisadas as práticas pedagógicas e será valorizando os

conteúdos mais pertinentes à disciplina.

Por meio desses instrumentos, o professor obterá o diagnóstico necessário para o

planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando as

seguintes expectativas de aprendizagem:

• A compreensão dos elementos que estruturam e organizam a arte e sua relação

com a sociedade contemporânea;

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• A produção de trabalhos de arte visando a atuação do sujeito em sua realidade

singular e social;

• A apropriação prática e teórica dos modos de composição da arte nas diversas

culturas e mídias, relacionadas à produção, divulgação e consumo.

De acordo com a LDB (n.9394/96, art.24, inciso V) a avaliação é “contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a

avaliação almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em

consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas

atividades realizadas.”

Os alunos portadores de Necessidades educacionais especiais terão avaliações

diferenciadas conforme sua necessidade (motora, visual, auditiva).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares de Arte para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino

Médio, Paraná, 2008.

Portal Dia-a-dia Educação www.artes.seed.pr.gov.br/

Paraná, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento de

Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico da Escola Pública do Paraná. Curitiba. 1990

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PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao

ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes

das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimentos, força,

campo, energia e vida.

Segundo Habermas: “O método científico que levou à dominação cada vez mais

eficaz da natureza passo assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para

a dominação cada vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da

natureza. Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas

enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder pelítico em expansão

que absorve todas as esferas da cultura”.

Diante disso, tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica

com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.

Acerca disso, podemos notar que conceituar ciência exige cuidado epistemológico,

pois para conhecer a real natureza da ciência faz-se necessário investigar a história de

construção do conhecimento científico.

A ciência é uma atividade humana complexo, histórica e coletivamente construída,

que influência, sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas.

A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir

da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e Foreraz (1995),

os modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito de

fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõe a Natureza

muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias.

Porém, a historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento

científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de

pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam.

Gaston Bachelard (1884 – 1962) contribuiu de forma significativa com reflexões

voltadas à produção do conhecimento científico. Para esse autor existem três grandes

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períodos do desenvolvimento do conhecimento científico.

• O primeiro período: representa o estado pré-científico, compreenderia tanto a

Antiguidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas.

• O segundo período: representa o estado científico, em preparação no fim do século

XVIII, até o início do século XX.

• O terceiro período: a era do novo espírito científico, momento em que a relatividade de

Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para sempre.

O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período

marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico.

Este estado representa a busca da superação das explicações místicas, com base em

sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de

intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII.

Segundo Ronan: “A magia foi um modo legítimo de expressar uma síntese do mundo

natural e do seu relacionamento com o homem. Há alguma conexão entre o homem e o

mundo que o cerca, algum entendimento primitivo de que, conhecido o procedimento correto,

o homem pode controlar as forças da natureza e colocá-las a seu serviço. A magia exprimiu o

que, de um modo geral, era uma visão anímica da natureza.

Contrapondo-se à ideia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a partir

de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material, porções imutáveis e

indivisíveis, os átomos. Pelo modelo atomista, os átomos podem se mover e se combinar no

espaço vazio e assim, construir uma multiplicidade de sistemas maiores que, por sua vez,

evoluem por meio de recombinações atômicas.

Aristóteles (sec. III a.c.), ao propor um modelo de Universo único, finito e eterno,

composto por esferas se dispunham em círculos concêntricos, em relação à Terra,

descrevendo movimentos circulares perfeitos, formulou as bases para o modelo geocêntrico.

Mais tarde contemporâneos de Aristóteles propunham o modelo de Sol como centro

do Universo, modelo heliocêntrico.

Outras tradições depois das dos modelos helio e geocêntricos surgiram como:

• Modelo organicista: descrição das partes anatômicas e funções dos órgãos e a

organização dos seres vivos.

• Modelo fixista: seres vivos vistos como imutáveis integrantes de uma natureza

estática.

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• Modelo evolutivo: seres vivos mutáveis integrantes de uma natureza dinâmica.

• Modelo mecanicista: conhecimentos físicos sobre a mecânica passaram a ser

utilizados como analogia do funcionamento dos sistemas do organismo.

O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo

estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da

Natureza.

O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por

procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em

leis ou teorias. No período do estado científico buscou-se a universalidade do método

cartesiano de investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do

conhecimento científico em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.

Modelos explicativos construídos e utilizados no período pré-científico foram

questionados, pois no estado científico o mundo passa a ser entendido como mutável e o

universo como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as

evidências de mudanças na crosta terrestre a extinção de espécies, bem como a transformação

da matéria e a conservação de energia.

Dois outros trabalhos se destacaram durante o século XIX e modificaram a

compreensão do funcionamento dos sistemas de organismo: a teoria da célula e os estudos

sobre a geração espontânea da vida. A evolução tecnológica de microscópios com maior

capacidade de resolução possibilitou observações mais detalhadas dos tecidos animais e

vegetais, o que permitiu a proposição da teoria celular, pela qual todos os seres vivos são

formados por células. Com relação à geração espontânea, estudos levaram ao entendimento

de que novos seres vivos não surgiam da matéria em decomposição, mas sim por geração a

partir de ovos, como os resultados das investigações sobre insetos.

Estudos, associados aos conhecimentos relativos a lei da conservação da energia,

contribuíram para o entendimento de que na Natureza ocorrem ciclos de energia, o que se

contrapôs à ideia de criação e destruição e estabeleceu modelos de transformação de energia

na Natureza.

O estado do novo espírito científico configura-se também, como um período

fortemente marcado pela aceleração da produção científica. Segundo Sevonko (2001), mais

de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações técnicas ocorreram nos últimos 100

anos, destes mais de dois terços depois da segunda Gerra Mundial.

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Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a superação dos

estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em que ocorre na atividade

científica e tecnológica o processo de produção do conhecimento científico seria mais bem

vivenciado no âmbito escolar.

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na

socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes

profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades

contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (Marandina, 2005, p. 162).

No entanto, o ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à integração de

campos de referência como a Biologia, a física, a Química, a Geologia, Astronomia, entre

outras. A consolidação desta disciplina vai além e aponta para “questões que ultrapassam os

campos do saber científico e do saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais”

(Macedo e Lopes, 2002, p. 84), de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos

conhecimentos científicos que resultam da investigação na Natureza, em um contexto

histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Na disciplina de ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a partir da

historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, com

vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências de referência que

compõem a área de ciências, ditas naturais, no processo de ensino aprendizagem. No ensino

de ciências, próprio do currículo do Ensino Fundamental, quanto nas disciplinas que abordam

conceitos científicos no Ensino Médio.

As ciências de referência orientam a definição dos conteúdos significativos na

formação dos alunos na medida em que oportunizam o estudo da vida, da astronomia, d a

matéria, dos sistemas biológicos, da energia e da biodiversidade, fornecendo subsídios para a

compreensão crítica e histórica do mundo atual, do mundo construído e da prática social.

Nesse sentido foram elencados os conteúdos estruturantes, astronomia, matéria, sistemas

biológicos, energia, biodiversidade.

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Astronomia: tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de

referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Este conteúdo

possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do universo.

Matéria: no conteúdo matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que

privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos

materiais quais quer que se apresentam à nossa percepção. Os conteúdos básicos que

envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento da constituição e propriedades

da matéria e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de ciências.

Sistemas biológicos: o conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como

suas características específicas e funcionamento, desde os componentes celulares e suas

respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de

seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração. Neste conteúdo

estruturante, apresentam-se os conteúdos básicos que envolvem conceitos científicos

escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos de funcionamento dos

sere vivos e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de ciências.

Energia: o estudo da energia é indispensável pois trata de conhecimentos físicos, químicos e

biológicos e possibilita a compreensão científica desse conceito. Este conteúdo propõe o

trabalho e a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a história

das ciências desde a Antiguidade. No estudo desse conteúdo é importante considerar as

interações, as transformações, as propriedades, as diversas fontes e formas, os modos como se

comportam em determinadas situações, as relações com o ambiente.

Biodiversidade: é o conjunto de diferenças existentes entre os seres vivos, não somente

considerando as distintas espécies de plantas, animais, fungos e micro-organismos, mas

também as referentes a sua constituição genica e a interação de3sses seres entre si e com o

ambiente que o cerca, ou seja, os ecossistemas que os englobam e os processos ecológicos que

os retem.

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Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

6º ano

Astronomia - Universo

- Sistema Solar

- Movimentos terrestres

- Movimentos celestes

- Astros

Matérias - Constituição da matéria

Sistemas biológicos - Níveis de organização celular

Energia - Formas de energia

- Conversão de energia

- Transmissão de energia

Biodiversidade - Organização dos seres vivos

- Ecossistemas

- Evolução dos seres vivos

7º ano

Astronomia - Astros

- Movimentos terrestres

- Movimentos celestes

Matéria - Constituição da matéria

Sistemas biológicos - Célula

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos

Energia - Formas de energia

- Transmissão de energia

Biodiversidade - Origem da vida

- Organização dos seres vivos

- Sistemática

8º ano

Astronomia - Origem e evolução do universo

Matéria - Constituição da matéria

Sistemas biológicos - Célula

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos.

Energia - Formas de energia

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Biodiversidade - Evolução dos seres vivos

9º ano

Astronomia - Astros

- Gravitação universal

Matéria - Propriedades da matéria

Sistemas biológicos - Morfologia e fisiologia dos seres vivos

- Mecanismos de herança genética

Energia - formas de energia

- conservação de energia

Biodiversidade - interações ecológicas

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Faz-se necessário que os educados do processo de ensino e de aprendizagem

partilhem da concepção de Ciências como construção humana, cujos conhecimentos

científicos são passíveis de alterações ao longo da história da humanidade.

Assim, pretende-se fazer com que o aluno crie curiosidade sobre o que acontece a

nossa volta, indo buscar informações na imprensa escrita e falada, trazendo assim à tona suas

ideias e duvidas que sejam amplamente discutidas.

O encaminhamento metodológico para essa disciplina não pode ficar restrito a um

único método. Algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos são: a

observação, o trabalho de campo, os jogos de simulação, visitas a indústrias, museus, projetos

individuais e em grupos, palestras, convidados debates, seminários, conversação dirigida,

painéis, murais, exposições e feiras.

É importante que os conteúdos não sejam simplificados ou tratados de forma

reducionista. Nesse sentido o tratamento dos conteúdos específicos deve considerar as

relações entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, a prática social, o mundo

natural (ciência), o mundo constituído pelo ser humano (tecnologia) e seu cotidiano

(sociedade).

O aluno compreenderá a ciência como resultado histórico, social e político, que

influencia todo nosso comportamento social, assim a responsabilidade maior ao ensinar está

intimamente ligada a um ensino que promova a alfabetização científica, como um conjunto de

conhecimento que facilitariam aos homens e mulheres uma leitura crítica do mundo em que

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vivem, como também o entendimento da necessidade das transformações que ocorrem no

âmbito das ciências.

Ao considerar a concepção e os princípios de ciências proposto, julga-se necessário a

implementação de atividade que possibilitem uma participação do aluno enquanto sujeito

ativo que colabora progressivamente na construção do seu conhecimento.

É importante que os alunos, por meio das atividades práticas, compreendam a inter-

relação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos envolvidos na explicação de

fenômenos naturais, bem como sobre o processo de extração e industrialização da matéria-

prima, os impactos ambientais decorrentes dos processos de extração, os materiais utilizados,

os procedimentos dessas atividades e do ensino dos resíduos, caracterizando uma abordagem

ampla e articulada dos fenômenos estudados.

As atividades práticas têm o seu conceito ampliado quando entendias como qualquer

atividade pedagógica em que os alunos se envolvam diretamente, como por exemplo: na

utilização do computador, leitura, análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, tabelas,

esquemas, elaboração de modelos, estudo de caso, abordando problemas reais da sociedade,

pesquisas bibliográficas e entrevistas.

As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos conteúdos, na

medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas com caráter de

ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos da disciplina de ciência. Qualquer que seja

a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós-atividade,

visando à construção dos aços e conceitos. Essa perspectiva, evita a dicotomia entre teoria e

prática, iluminando o caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de roteiros e

procedimentos que induzem as respostas ou comprovação de uma lei, teórica ou um

fenômeno.

Os conteúdos serão trabalhados de forma articulada, em sala de aula ou com

visitações práticas, utilizando a TV Pendrive, vídeo, palestras, laboratório de informática e

experiências que estejam envolvam os conteúdos obrigatórios da Instrução 009/11 SUED /

SEED devendo ser trabalhados em conjunto aos conteúdos específicos pertencentes a

disciplina de Ciências, propostas nas DCEs.

AVALIAÇÃO

É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de

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critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os

conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses

alunos, o confronto entre esses conhecimentos e o conteúdo específico, as relações e

interações estabelecidas por eles no seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e

de aprendizagem e, no seu cotidiano, considerando os alunos como sujeitos históricos do seu

processo de ensino e de aprendizagem.

Avaliar a análise e a interpretação de fatos e ideias, coletar e organizar informações

estabelecendo relações, formulações de perguntas e respostas, respeito e solidariedade com o

grupo e a sociedade, argumentar a contribuição da ciência com a saúde, meio ambiente,

preservação da saúde e da vida, e também auxiliar a utilização de informações e conceitos em

situações diversas, aumentando a confiabilidade do aluno, para que este apresente o

conhecimento científico contínuo e qualificado na formação global e interdisciplinar.

Dessa forma, tanto a evolução conceitual quanto a aprendizagem de procedimentos e

atitudes estão sendo avaliadas. O erro ou o engano precisa ser tratado não como incapacidade

de aprender, mas como elemento que sinaliza ao professor a compreensão efetiva do aluno,

servindo, então, para reorientar a prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção

mais adequada de seu conhecimento.

Por meio de instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os

avanços na aprendizagem, refletir, analisar, justificar, se posicionar e argumentar defendendo

o seu próprio ponto de vista. A nota bimestral será obtida através de provas, trabalhos e

tarefas, como consta no PPP da escola.

O processo avaliativo para a recuperação será elaborada uma nova prova teórica ou

prática, e até mesmo um trabalho de pesquisa sobre o conteúdo ensinado. A recuperação

ocorrerá a cada instrumento avaliativo aplicado, retomando os conteúdos e estratégias de

avaliação utilizadas.

Os alunos com necessidades especiais, de acordo com a sua deficiência, serão

elaboradas provas teóricas ou práticas, trabalhos artísticos individuais ou em grupos,

pesquisas bibliográficas e de campo, debates em forma de seminários e simpósios, registros

em forma de relatórios gráficos portfólio, áudio-visual e outros para serem avaliados.

Levando em consideração o desempenho e a participação do aluno nas atividades realizadas.

Critérios de avaliação por ano:

6º ano

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O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de

investigar a aprendizagem significativa sobre:

• O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.

• O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas,

satélites naturais cometas, asteroides, meteoros e meteoritos.

• O conhecimento da história das ciências e respeito das teorias geocêntricas e

Heliocêntrico;

• A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do

sistema solar.

• O entendimento da constituição e propriedade da matéria.

• A compreensão da constituição do planeta Terra.

• O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água.

• O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo

integrado.

• O reconhecimento das características gerais dos seres vivos.

• A reflexão sobre a origem e a discussão da teoria celular .

• O conhecimento dos níveis de organização celular

• O conhecimento dos níveis de organização celular.

• A interpretação do conceito de energia.

• O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia.

• A interpretação do conceito de transmissão de energia.

• O reconhecimento das particularidades relativas a energia mecânica, térmica, luminosa,

nuclear.

• A destruição entre ecossistema.

• O conhecimento a respeito da extinção de espécie.

• A formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea.

• A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos.

7º ano

O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de

investigar a aprendizagem significativa sobre:

• A compreensão dos movimentos celestes, dos movimentos aparentes do céu, noites dias,

eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra.

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• O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os

movimentos celestes.

• O entendimento da composição física química do sol, da constituição do planeta Terra

primitivo, antes do surgimento da vida.

• A compreensão da constituição da atmosfera terrestre, primitiva.

• O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula dos mecanismos de

constituição da célula e as diferenças entre os tipos de celulas.

• A compreensão de fenômenos da fotossíntese.

• As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais.

• O entendimento da relação entre energia luminosa, solar e a identificação dos

fundamentos da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e infravioleta.

• O entendimento do conceito de calor com energia térmica, conceito de biodiversidade e

sua amplitude de relações como os seres vivos.

• O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos.

• O entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeias, alimentos, seres

autótrofos e heterótrofos.

• O conhecimento a respeito das eras geológicas.

8º ano

O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de

investigar a aprendizagem significativa sobre:

• A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo.

• As relações entre as teorias e sua evolução histórica.

• A diferenciação das teorias e sua evolução histórica.

• O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica, e também conceito de

matéria e sua constituição.

• O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas e reações

químicas.

• O conhecimento das leis da conservação da massa, dos compostos orgânicos e relações

destes com a constituição dos organismos vivos.

• Os mecanismos celulares e suas estruturas, funcionamentos dos tecidos.

• O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular,

respiratório, escritos e urinário.

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• Os fundamentos da energia química e suas fontes.

• A relação dos fundamentos da energia química com a célula.

• O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, da energia nuclear e

suas fontes e da teoria evolutiva.

9º ano

O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de

investigar a aprendizagem significativa sobre:

• O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas, das leis de Newton no

tocante a gravitação universal.

• A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.

• A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade,

compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade,

maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, bucho,

sabor e fundamentos.

• Teóricos que descrevem os sistemas nervoso sensorial, reprodutor e endócrino.

• O entendimento dos mecanismos de herança genica, os cromossomos, genes, os

processos de mitose meiose.

• A compreensão dos sistemas conversores de energias as fontes de energia e sua relação

com a lei da conservação da energia.

• As relações entre sistemas conservativos.

• O entendimento dos conceitos de energia elétrica e sua relação com o magnetismo,

também conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência.

• O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem

como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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renovação in BARRETO, Elba Siqueira de As. Os Currículos do Ensino Fundamental para as

Escolas brasileiras. Coleção Formação de Professores. São Paulo Editora Autores

Associados, 1998.

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COSTA, Magali Terezinha dos Santos. Vivendo Ciências Nova Edição. FTD: São Paulo,

2002.

GEWANDSZNAYDER, Fernando. Ciências Matéria e Energia. Editora Ática: São Paulo,

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GOWDAK, Demétrio. Coleção Ciências novo pensar. São Paulo: FTD, 2002.

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PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Sendo a Educação Física uma prática pedagógica, podemos afirmar que ela surge de

necessidades sociais concretas que, identificadas em diferentes momentos históricos, dão

origem a diferentes entendimentos do que dela conhecemos.

No âmbito da escola, os exercícios físicos na forma cultural de jogos, ginástica,

dança, equitação, surgem na Europa no final do século XVIII e início do século XIX. Esse é o

tempo e o espaço da formação dos sistemas nacionais de ensino característicos da sociedade

burguesa daquele período.

Esse tempo e espaço constitui-se em palco da construção e consolidação de uma nova

sociedade – a sociedade capitalista – onde os exercícios físicos terão um papel destacado. Para

essa nova sociedade, tornava-se necessário construir um novo homem: mais forte, mais ágil,

mais empreendedor.

Os exercícios físicos, então, passaram a ser entendidos como “receita” e “remédio”.

Julgava-se que, através deles, e sem mudar as condições materiais de vida a que estava sujeito

o trabalhador daquela época, seria possível adquirir o corpo saudável, ágil e disciplinado

exigido pela nova sociedade capitalista. A preocupação com a inclusão dos exercícios físicos

nos currículos escolares remonta ao século XVIII com Guths Muths (1712 – 1838), J. B.

Basedow (1723 – 1790), J. J. Rousseau (1712 – 1778) e Pestalozzi (1746 – 1827).

Contribui para essa inclusão o surgimento, na Alemanha, das Escolas Ginásticas já

no século XIX. Na forma de associações livres, essas Escolas de Ginásticas alemãs

difundiram-se para outros países da Europa e da América e pressionam a inclusão da

ginástica, consideradas como educação física, no ensino formal de todos os países que já

dispunham daquela forma de difusão do saber, ou seja, sistemas nacionais de ensino e escolas.

Desenvolver e fortalecer física e moralmente os indivíduos eram, portanto, uma das

funções a serem desempenhadas pela Educação Física no sistema educacional, e uma das

razões para sua existência. As aulas de Educação Física nas escolas eram ministradas por

instrutores físicos do exercício, que traziam para essas instituições os rígidos métodos

militares da disciplina e da hierarquia.

Após a Segunda Guerra Mundial, surgem outras tendências disputando a supremacia

no interior da instituição escolar. Destaca-se o Método Natural Austríaco desenvolvido por

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Gaulhofer e Streicher e o Método da Educação Física Desportiva Generalizada, divulgado no

Brasil por Auguste Listello. Predomina nesse último a influência do esporte que no período do

pós-guerra, apresenta um grande desenvolvimento, afirmando-se em todos os países sob a

influência da cultura européia como elemento predominante da cultura corporal.

Essa influência do esporte no sistema escolar é de tal magnitude que temos, então,

não o esporte da escola mas sim o esporte na escola. Isso indica a subordinação da educação

física aos códigos / sentido da instituição esportiva, caracterizando-se o esporte na escola

como um prolongamento da instituição esportiva: esporte olímpico, sistema desportivo

nacional e internacional.

O esporte determina, dessa forma, o conteúdo de ensino da Educação Física,

estabelecendo também novas relações entre professor e aluno, que passam da relação

professor-instrutor e aluno-recruta para a de professor-treinador e aluno-atleta.

Outras determinações do esporte podem ser observadas nos princípios da

racionalidade, eficiência e produtividade, os quais serviram para o reordenamento da

Educação Física escolar. Esses princípios são advogados também no âmbito da pedagogia

tecnicista muito difundida no Brasil na década de 70. Os pressupostos dessa pedagogia advém

da concepção de neutralidade científica e reforçam os princípios mencionados no âmbito mais

geral do processo de trabalho escolar, fazendo-o objetivo e racional. Exemplo disso na

Educação Física escolar é a divisão das turmas por sexo, respaldada inclusive pela legislação

específica, o Decreto nº 69.450/71. É assim que, por possuírem idênticos pressupostos como,

por exemplo, a racionalização de meios em busca de eficiência e eficácia, a identidade

esportiva da Educação Física escolar é fortalecida pela pedagogia tecnicista.

Nas décadas de 70 e 80 surgem movimentos “renovadores” na Educação Física.

Entre eles destacam-se a “Psicomotricidade”, que se apresenta como constelação à Educação

Física por considerá-la ligada a uma concepção dualista de homem. Percebe-se nessa

concepção a instrumentalização do “movimento humano” como meio de formação e a

secundarização da transmissão de conhecimentos, que é uma das tarefas primordiais do

processo educativo em geral e da escola em particular.

Relacionando-se aos princípios humanistas, surge uma outra tendência ligada ao

movimento chamado Esporte Para Todos que se caracteriza como movimento alternativo ao

esporte de rendimento. Essa concepção de EPT se impregna de uma antropologia, que coloca

a autonomia do ser humano no centro. Não é o esporte que faz o homem, mas o homem que

faz o esporte, ele determina o que, como, onde, quando, por quanto tempo, com quem, sob

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que regras, com que objetivos, sob que condições de prática.

Na década de 90 surgiu o Currículo Básico, esse documento caracterizou-se por ser

uma proposta avançada em que o mero exercício físico deveria dar lugar a uma formação

humana do aluno em ambas dimensões. A proposta foi fundamentada na concepção histórico-

crítica de educação para resgatar o compromisso social da ação pedagógica da Educação

Física.

Essa proposta representou um marco para a disciplina, destacou a dimensão social da

Educação Física e possibilitou a consolidação de um novo entendimento em relação ao

movimento humano, como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma

forma do homem se relacionar com o mundo. A proposta valorizou a produção histórica e

cultural dos povos, relativa a ginástica, à dança, aos esportes, aos jogos e às atividades que

correspondem às características regionais.

Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação na década de 90 o

Ministério da Educação apresentou os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a

disciplina de Educação Física o que acarretou, sobretudo, num esvaziamento dos conteúdos

próprios da disciplina.

Os PCN abandonaram as perspectivas da aptidão física fundamentadas em aspectos

técnicos e fisiológicos, e destacam outras questões relacionadas às dimensões culturais,

sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos, baseados em concepções teóricas

relativas ao corpo e ao movimento.

Pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) – Lei 9394/96 -, a

obrigatoriedade do ensino da Educação Física na escola refere-se à Educação Básica, sendo

facultativa para o ensino noturno. Concretamente, nestes primeiros anos de vigência da nova

lei, a Educação Física passa por dificuldades para manter-se na grade curricular das escolas.

No ensino noturno ratifica-se uma situação já presente em larga escala: sua quase total

ausência. No entanto, dada a generalidade e flexibilidade da LDB, e enquanto os Conselhos

Estaduais e Municipais de Educação não a interpretarem, oferecendo orientações normativas

no que se refere a sua inserção nos respectivos sistemas de ensino, a Educação Física também

pode ver diminuída sua presença no Ensino Fundamental.

Os PCN não apresentaram uma coerência interna de proposta curricular. Ou seja,

continham elementos da pedagogia construtivista piagetiana, psicomotora, da abordagem

tecnicista, sob a ideia de eficiência e eficácia no esporte e, também, defendia o conceito de

saúde e qualidade de vida do aluno pautado na perspectiva da aptidão física. Nessa tentativa

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de absorver o maior número possível de concepções teóricas, o documento acabava tratando

tais teorizações de forma aligeirada, deixando, inclusive, de destacar os autores responsáveis

pelas diferentes abordagens.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Educação Física para o Ensino

Fundamental abandonaram as perspectivas da aptidão física fundamentadas em aspectos

técnicos e fisiológicos, e destacaram outras questões relacionadas às dimensões culturais,

sociais, políticas, afetivas no tratamento dos conteúdos, baseadas em concepções teóricas

relativas ao corpo e ao movimento.

Apesar de sua redação aparentemente progressista, pode-se dizer que os Parâmetros

Curriculares Nacionais de Educação Física para o Ensino Fundamental e Médio constituíram

uma proposta teórica incoerente. As diversas concepções pedagógicas ali apresentadas

valorizaram o individualismo e a adaptação do sujeito à sociedade, ao invés de construir e

oportunizar o acesso a conhecimentos que possibilitem aos educandos a formação crítica.

Diante da análise de algumas das abordagens teóricas que sustentaram historicamente

as teorizações em Educação Física escolar no Brasil, desde as mais reacionárias até as mais

críticas, opta-se, nestas Diretrizes Curriculares, por interrogar a hegemonia que entende esta

disciplina tão-somente como treinamento do corpo, sem nenhuma reflexão sobre o fazer

corporal.

Dentro de um projeto mais amplo de educação do Estado do Paraná, entende-se a

escola como um espaço que, dentre outras funções, deve garantir o acesso aos alunos ao

conhecimento produzido historicamente pela humanidade. Nesse sentido, partindo de seu

objeto de estudo e de ensino, Cultura Corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao

garantir o acesso ao conhecimento e à reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas

corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir com um ideal

mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo, reconhecendo-se como sujeito,

que é produto, mas também agente histórico, político, social e cultural.

A disciplina de Educação Física tem a proposta de humanizar e diversificar a prática

pedagógica, buscando ampliar o trabalho que incorpora as divisões afetivas, cognitivas e

socioculturais dos alunos. Portanto, a Educação Física deve ser caracterizada de forma

abrangente, incluindo todas as dimensões do ser humano envolvidas em cada prática corporal.

Também devem ser consideradas as dimensões: cultural, social, política e afetiva presentes no

corpo vivo, isto é, corpo das pessoas, que interagem e se movimentam como sujeitos sociais e

cidadãos.

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A Educação Física deve dar oportunidades a todos os alunos para que desenvolvam

suas potencialidades de forma democrática e não seletiva, visando seu aprimoramento como

seres humanos.

6º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO

- Esporte - Coletivos

- Individuais

- Jogos e brincadeiras - Jogos e brincadeiras populares

- Brincadeiras e cantigas de roda

- Jogos de tabuleiro

- Jogos cooperativos

- Dança - Danças folclóricas

- Dança de rua

- Danças criativas

- Ginástica - Ginástica rítmica

- Ginástica circense

- Ginástica geral

- Lutas - Lutas de aproximação

- Capoeira

7º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO

- Esporte - Coletivos

- Individuais

- Jogos e brincadeiras - Jogos e brincadeiras populares

- Brincadeiras e cantigas de roda

- Jogos de tabuleiro

- Jogos cooperativos

- Dança - Danças folclóricas

- Dança de rua

- Danças criativas

- Danças circulares

- Ginástica - Ginástica rítmica

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- Ginástica circense

- Ginástica geral

- Lutas - Lutas de aproximação

- Capoeira

8º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO

- Esporte - Coletivos

- Radicais

- Jogos e brincadeiras - Jogos e brincadeiras populares

- Jogos de tabuleiro

- Jogos dramáticos

- Jogos cooperativos

- Dança - Danças criativas

- Danças circulares

- Ginástica - Ginástica rítmica

- Ginástica circense

- Ginástica geral

- Lutas - Lutas com instrumento mediador

- Capoeira

9º ano

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO

- Esporte - Coletivos

- Individuais

- Jogos e brincadeiras - Jogos e brincadeiras populares

- Jogos de tabuleiro

- Jogos dramáticos

- Jogos cooperativos

- Dança - Danças criativas

- Danças circulares

- Ginástica - Ginástica rítmica

- Ginástica circense

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- Ginástica geral

- Lutas - Lutas com instrumento mediador

- Capoeira

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES CONTEÚDOS BÁSICOS

- Coletivos

Esportes - Individuais

- Radicais

- Jogos de tabuleiros

Jogos e brincadeiras - Jogos dramáticos

- Jogos cooperativos

- Danças Folclóricas

Danças - Danças de salão

- Danças de rua

- Ginástica artística/olímpica

Ginástica - Ginástica de academia

- Ginástica geral

- Lutas com aproximações

Lutas - Lutas que mantêm à distância

- Lutas com instrumento mediador

- Capoeira

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os conteúdos serão trabalhados a partir de uma abordagem histórico crítica, com

aulas expositivas teóricas e práticas, exercícios, trabalhos e pesquisas realizadas em grupos e

individuais, dança, teatro, canto e através de apresentações, exercícios e problemas ligados ao

cotidiano e de aplicações interdisciplinares, buscando desse modo um aprendizado mais

amplo e significativo;desenvolvimento físico e cognitivo, socialização.

Para o desenvolvimento dessas atividades serão utilizados recursos didáticos como:

jogos de xadrez, trilha, memória, materiais como cordas, bambolês, elásticos, será feito uso

dos equipamentos tecnológicos disponíveis na escola como a TV pendrive e DVDs para

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trabalho com conteúdos teóricos. O laboratório de informática também será utilizado durante

o decorrer do ano letivo para a desenvolvimento de atividades.

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, está

articulada ao projeto político pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprio, e

trata de conhecimentos relevantes da escola.

Busca-se superar formas anteriores de concepção e atuação na escola pública, visto

que a superação é entendida como ir além, não como negação de que precedeu, mas

considerada objeto de análise, de crítica, de reorientação e transformação daquelas formas.

Nesse sentido, procura-se possibilitar aos alunos o acesso ao conhecimento produzido pela

humanidade, relacionando-se às práticas corporais ao contexto histórico, político, econômico

e social.

Isso representa uma mudança na forma de pensar o tratamento teórico-metodológico

dado às aulas de Educação Física. Significa, ainda, repensar a noção de corpo e de movimento

historicamente dicotomizado pelas ciências positivistas, isto é, ir além da ideia de que o

movimento é predominantemente um comportamento motor, visto que também é histórico e

social.

Sendo assim, tais consequências na prática pedagógica vão para além da preocupação

com a aptidão física, a aprendizagem motora, a performance esportiva, etc.

A cultura corporal é objeto de estudo e ensino da Educação Física, evidenciando a

formação histórica do ser humano por meio do trabalho e as práticas corporais decorrentes. A

ação pedagógica da Educação Física deve estimular a reflexão sobre o acervo de formas e

representações do mundo que o ser humano tem produzido, exteriorizada pela expressão

corporal em jogos e brincadeiras, danças, lutas, ginásticas e esportes. Essas expressões podem

ser identificadas como formas de representação simbólica de realidades vividas pelo homem.

Os Conteúdos Estruturantes da Educação Física para a Educação Básica são

abordadas em complexidade crescente, isto porque, em cada um dos níveis de ensino os

alunos trazem consigo múltiplas experiências relativas ao conhecimento sistematizado, que

devem ser considerados no processo de ensino-aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo contínuo, permanente e cumulativo, em que o professor

organiza e reorganiza o seu trabalho, sustentado nas diversas práticas corporais, como a

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ginástica, o esporte, os jogos e brincadeiras, a dança e a luta.

A avaliação está relacionada aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-se

na forma de resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de

aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisar o trabalho realizado,

identificando avanços e dificuldades no processo pedagógico com o objetivo de (re)planejar e

propor encaminhamentos que conheçam os acertos e ainda superem as dificuldades

encontradas.

A avaliação vale-se de um apanhado de indicadores que evidenciam, através de

registros de atitudes e técnicas de observação, o que os alunos expressam em relação a sua

capacidade de criação, de socialização, os pré-conceitos sobre determinadas temáticas, a

capacidade de resolução de situações problemas e a compreensão dos objetivos inicialmente

traçados pelo professor.

Instrumentos avaliativos utilizados: dinâmicas em grupo, seminários, debates,

pesquisa em grupo.

As provas e os trabalhos escritos serão utilizados para avaliação das aulas mas não

como maneira de classificar os alunos em melhores ou piores, aprovados e reprovados, mas

para que sirva também, como referência para redimensionar a ação pedagógica.

A avaliação não deve ser pensada à parte do processo de ensino-aprendizado da

escola, deve, sim, avançar dialogando com as discussões sobre as estratégias didático-

metodológicas, compreendendo esse processo como algo contínuo, permanente e cumulativo.

Avaliação deve se considerar os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas

de solucionar os problemas que lhe são propostos e a partir de suas deficiências procurar

ampliar uma visão, os seu saber sobre o conteúdo em estudo.

Todos os conteúdos apontam para a formação de cidadão e também para a formação

do aluno que está frequentando as aulas, independente da idade ou grau de ensino.

Os fundamentos da disciplina serão pautados nos princípios de igualdade, autonomia

e liberdade, oportunizando momentos de reflexão sobre as formas de dominação e que

contribuam para a formação do cidadão, valorizando e enfatizando os valores morais e a ética,

o respeito à individualidade e aos limites de cada um.

O ensino da Educação Física possibilita ao aluno a compreensão do movimento,

valorizando, assim todas as manifestações corporais, durante esse acompanhamento,

diversificando estratégias de abordagens dos conteúdos.

A avaliação deve considerar os caminhos percorridos pelo aluno, as suas tentativas

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de solucionar os problemas que lhe são propostos e a partir de suas deficiências procurar

ampliar sua visão, o seu saber sobre o conteúdo em estudo.

Portanto, a avaliação diagnóstica, contínua e cumulativa que se propõe será expressa

em notas, e serão realizadas em:

• atividades em sala de aula

• trabalhos em grupo

• trabalhos individuais

• testes escritos

• o conteúdo que aborda o tema dança será avaliado através de apresentações

artísticas

Aos alunos que não se apropriarem integralmente dos conteúdos trabalhados, será

oferecida a recuperação paralela dos conteúdos a cada instrumento avaliativo aplicado,

retomando os conteúdos e estratégias de avaliação utilizadas.

Os alunos com necessidades educacionais especiais terão suas avaliações

diferenciadas, respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com suas

limitações.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretaria de Estado da

Educação do Paraná. Educação Física 2008.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez,

1992.

Universidade Estadual de Ponta Grossa – Apostila de Processo de Seleção Simplificado.

FARIA JUNIOR, Alfredo Gomes. Fundamentos pedagógicos: Avaliação em Educação Física.

Rio de Janeiro, ao livro técnico, 1985.

FREIRE, João Batista. Educação do corpo inteiro: Teoria e Prática da Educação Física. 3ª Ed.

São Paulo. Scipione, 1992.

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PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Em cada período histórico, a disciplina de Ensino Religioso assumiu diferentes

características pedagógicas e legais dentro dos currículos escolares no Brasil.

Embora no contexto do Brasil Colônia não seja possível falar em políticas públicas

para a educação e também numa disciplina denominada de Ensino Religioso, a primeira

forma de inclusão dos temas religiosos na educação Brasileira ocorreu várias atividades de

evangelização promovidas pelas instituições religiosas de confissão católica, com meta de

apresentar o conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana.

Com o advento da República e do ideal positivista de separação entre Estado e Igreja,

surgiu, entre os defensores da República, o impulso de dissolver o modelo de educação

baseado na catequese religiosa.

Em 1934, o Estado Novo implantou a disciplina de Ensino Religioso nos currículos

da educação pública, salvaguardando o direito individual de liberdade de credo. Era, portanto,

garantida a existência da disciplina na educação pública e, por outro lado, era de caráter

facultativo para os estudantes não católicos.

Essa orientação formal do Ensino Religioso se manteve nas legislações até meados

da década de 60. A Constituição de 1934 procurava manter um caráter facultativo da

disciplina, mas procurava-se ainda implantar a abertura de um espaço público também para as

religiões minoritárias no quadro da educação, pois a concepção de religião desse período,

abordava unicamente a doutrina cristã.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948, afirmava em

seu XVIII artigo o seguinte:

Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este

direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa

religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou

coletivamente, em público ou em particular.

No Brasil, na década de 60, o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprimido

do inciso IV do artigo 168 da Constituição de 1967: "o ensino religioso, de matrícula

facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e

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médio".

O Ensino Religioso aconfessional e público se concretizou legalmente na redação da

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua respectiva correção, em 1997,

pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33 da LDBEN, o Ensino Religioso recebeu a seguinte

caracterização:

Art. 33 — O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da

formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de

Educação Básica assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer

formas de proselitismo.

§1 — Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos

conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão de

professores.

§2 — Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes

denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.

Foi proposto um modelo laico e pluralista, a perda do aspecto confessional rompeu

com o modelo de ensino dos assuntos religiosos, vigente desde as primeiras formas de

consideração da religião na educação, brasileira, e impôs aos profissionais responsáveis pela

disciplina de Ensino Religioso a tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se

apoiar, os conteúdos a serem trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada no ensino, etc.

Surgiram, desde então, oriundas dos mais diversos setores da sociedade civil, propostas

pedagógicas que pretendem, cada uma delas, encerrar a melhor maneira de se planejar o

Ensino Religioso laico previsto nas leis supracitadas nas Diretrizes Curriculares da Educação

Básica.

Religião e conhecimento religioso estão inter-relacionados aos aspectos culturais,

sociais, econômicos e políticos. Portanto, a disciplina de Ensino Religioso na escola

fundamental deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões e

organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do

conhecimento. Deve-se efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do

preconceito Religioso e voltada ao respeito da diversidade cultural e religiosa.

Assim, a disciplina de Ensino Religioso oferece subsídios para que os estudantes

entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o

Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços por

elas produzidos, em suas marcas de religiosidade.

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Em termos metodológicos propõe-se nessa proposta com base nas diretrizes, um

processo de ensino e de aprendizagem que estimule a construção do conhecimento pelo

debate, pela apresentação da hipótese divergente, da dúvida — real e metódica —, do

confronto de ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente de

conteúdos formalizados.

Serão abordados conteúdos escolares que tratem das diversas manifestações culturais

e religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, e as relações culturais, sociais,

políticas e econômicas de que são impregnadas as formas diversas de religiosidade.

A disciplina de Ensino Religioso deve propiciar a compreensão, comparação e

análise das diferentes manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos

significados.

O objeto de estudo será o Sagrado, termo que se origina do termo latino sacrátus e do

ato de sagrar, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime, inviolável e puro. Assim, o

Sagrado remete sempre a algo que lhe sirva de suporte. O espaço e o sentido do Sagrado,

constitui-se, no contexto da educação laica e republicana, as interpretações e experiências do

Sagrado compreendidas racionalmente como resultado de representações construídas

historicamente no âmbito das diversas culturas e tradições religiosas e filosóficas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Textos Sagrados

CONTEÚDOS BÁSICOS

6º ano

• Organizações Religiosas

- Organizações Monoteístas

- Organizações Politeístas

• Lugares Sagrados:

- Lugares Sagrados Materiais (templos, igrejas, capelas, cemitérios, etc.)

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- Lugares Sagrados Naturais (rios, lagos, montanhas, grutas, caminhos etc.)

• Textos Sagrados orais ou escritos

• Universo Simbólico Religioso

- Tipos de Símbolos Religiosos

- Máscaras religiosas

- Vestimentas religiosas

7º ano

• Temporalidade Sagrada

• Festas Religiosas

• Vida e Morte

• Respeito à diversidade religiosa

- Religiões Tribais

- Religiões Afro-descendentes

- Religiões Cristãs

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à

liberdade religiosa;

- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão;

- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas;

- Direitos Humanos e sua vinculação com o sagrado;

• Rituais Religiosos

- Tipos de Rituais Sagrados

- Ritos de passagem

Serão trabalhados no decorrer do ano, na medida em que surgirem oportunidades:

educação ambiental, sexualidade, enfrentamento a violência na escola, prevenção ao uso

indevido de drogas, educação fiscal, história e cultura afro-brasileira e africana.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Propõem-se aulas de forma dialogada, a partir da experiência religiosa do aluno e de

seus conhecimentos. O professor deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto

ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural, exercendo o papel de mediador

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entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.

Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e dialoga

com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem desse conhecimento

em sua prática social cotidiana. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido

em aula está, de alguma forma, presente na prática social dos alunos. Em seguida, propõe-se a

problematização do conteúdo, levando o aluno para a construção do conhecimento.

Será estabelecida uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações

religiosas, tomando-o como construção histórico- social e patrimônio cultural da humanidade.

Será respeitado o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando.

No desenvolvimento dos referidos conteúdos utilizar-se-a de textos, desenhos,

documentários, entre outros recursos para leitura, interpretação e e resolução de atividades

individuais em duplas e em grupos. Poder-se –a também fazer apresentações (teatro, jogral,

exposições de cartazes, músicas, etc).Serão utilizados os recursos tecnológicos (Tv pen drive,

laboratório de informática) e livros da biblioteca bem como textos, materiais recebidos em

cursos e o caderno pedagógico (O Sagrado no Ensino Religioso).

Durante o ano letivo também serão trabalhados os conteúdos obrigatórios e comuns a

todas as disciplinas conforme a Instrução 009/2011 SUED / SEED, através de debates,

pesquisas, leituras e discussões, que possam contribuir para a construção do conhecimento do

aluno.

AVALIAÇÃO

O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá

registro de notas ou de conceitos na documetação escolar, isso se justifica pelo caráter

facultativo de matrícula na disciplina.

Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos

integrantes do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor

a implementação de práticas evaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação

de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os

seus objetivos.

Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que o

auxiliem o registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado dos

conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer que se busca com o processo

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avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a

compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos e para melhorar a vivência dos

alunos enquanto cidadãos conscientes.

Os alunos com necessidades especiais serão avaliados de forma diferenciada

conforme LDB 9394/96 capítulo V – artigo 58.

A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem, será feita avaliações

escritas individuais ou em grupo, resumos, redações, cartazes, debates, jogos e outros que

possam identificar se existe a necessidade de recuperação de conteúdos ou estudos, que

poderá ser feita através de outras formas de avaliação, como vídeos, debates, seminários e

registros escritos.

Espera-se que o aluno:

- estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;

- desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;

- reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada grupo

social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CADERNO PEDAGÓGICO. O Sagrado no Ensino Religioso. Secretaria do Estado da

Educação, 2008.

BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo, Ática, 1997.

BUENO, Regina Maria da Rocha Louros. Diversidade Religiosa e Direitos Humanos. Círculo

de Cooperação da URI, Curitiba, 2005.

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso par o Ensino Fundamental, Secretaria de Estado

de Educação. Superintendência da Educação.

ASSINTEC. Sugestão de proposta pedagógica para o Ensino Religioso. Curitiba, 2002.

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PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA

A Geografia tem seu desenvolvimento enquanto ciência, juntamente com o

desenvolvimento da sociedade que, na medida em que avançava e evoluía, ia estabelecendo

relações com a natureza, como forma de garantir sua sobrevivência e organizar-se. O homem

assim, passa a “dominar” a natureza, a partir de suas técnicas, adaptando-a às suas

necessidades.

Em meados do século XIX, a Geografia é sistematizada, ganhando status de ciência.

São considerados os precursores da Geografia, os alemães Humboldt e Ritter, mas é com

Ratzel e sua Geopolítica que a Geografia é institucionalizada.

Num primeiro momento, a Geografia se restringiu a mera descrição das paisagens,

servindo de instrumento para o (re)conhecimento do espaço geográfico e para as estratégias

político-militares, que marcaram este período.

Outro nome de destaque no desenvolvimento da Ciência Geográfica é Paul Vidal de

La Blache, representante da escola francesa. A Geografia Lablachiana tem como marca, as

monografias regionais, as quais traziam a descrição das diferentes paisagens naturais e

culturais do globo, pautadas no Gênero de Vida.

Esta visão se destaca por ser contrária as ideias deterministas da Geografia Alemã,

apontando um novo olhar geográfico: o possibilismo e o Gênero de Vida. Embora estas duas

visões sejam contrárias, ambas pertencem à Geografia Clássica ou Tradicional.

O pensamento geográfico brasileiro e, consequentemente, a ciência Geográfica do

Brasil, se constrói a partir do possibilismo de La Blache.

No Brasil a Geografia se consolidou como ciência apenas depois da década de 1930,

tendo como marco a criação do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística pelo

então presidente Getúlio Vargas. O IBGE passou a realizar estudos para o levantamento de

dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do Brasil a fim de

descrever o território brasileiro, servindo aos interesses políticos do Estado, na perspectiva de

um nacionalismo econômico, buscando efetivar as políticas desenvolvimentistas do Estado: a

exploração dos recursos minerais, o desenvolvimento da indústria de base e o povoamento das

áreas de fronteira (DCE, 2009).

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Com relação à Geografia voltada para o ensino, até a década de 1970 os

procedimentos didáticos da Geografia adotados, promoviam principalmente a descrição e a

memorização dos elementos que compõe as paisagens como dimensão do território e do lugar,

era a chamada geografia tradicional ou descritiva.

Com a revolução industrial, e o pós-guerra, tomou-se consciência de que as

diferenças culturais tinham raízes históricas, Portanto, tornou-se importante que o aluno

compreendesse as diferentes formas das sociedades organizarem-se para produzir bens, ou

seja, como eram estruturados os modos de produção nos diferentes contextos históricos.

Surge a Geografia Crítica no final da década de 1970, a qual tinha como proposta,

realizar uma revolução no pensamento geográfico, trazendo uma visão mais crítica acerca dos

fatos geográficos, da produção do espaço, das relações sociedade/ natureza, bem como, das

relações entre os diferentes grupos sociais. A Geografia passa, portanto, por uma

reformulação, deixando o caráter meramente descritivo e conteudista.

A atual Geografia, pautada no materialismo histórico, propõe que o ensino de

Geografia permita ao aluno, compreender o mundo em que vive, as espacialidades dos

fenômenos e da produção e, ainda, deve levar o aluno à uma reflexão acerca de seu papel

enquanto sujeito social, reconhecendo-se como agente, capaz de intervir no meio o qual está

inserido, de emancipar-se.

Assim fazemos com que os nossos educandos tenham uma visão crítica do espaço

ocupado por eles. Deixando de lado a teoria inativa que juntamente com a geografia

tradicional revelou por muito tempo uma sociedade determinista do espaço que ocupávamos.

A realidade nesse início de século tem se transformado numa velocidade nunca antes

experimentada. Pode-se afirmar que vivemos um período de tempo acelerado, onde “a

rapidez, a profundidade e a imprevisibilidade de algumas transformações recentes conferem

ao tempo presente uma característica nova: a realidade parece ter tomado definitivamente a

dianteira sobre a teoria.” (SANTOS, 2000, p. 18).

Nesse sentido Cavalvanti (1998, p. 24) coloca que:

“O ensino de Geografia deve visar o desenvolvimento da capacidade de

apreensão da realidade do ponto de vista de sua espacialidade. Isso porque se tem convicção

que a prática da cidadania, sobretudo nessa virada do século, requer uma consciência

espacial [...] deve ensinar – ou melhor, deixar o aluno descobrir – o mundo em que vivemos,

com especial atenção para a globalização e as escalas local e nacional, deve enfocar

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criticamente a questão ambiental e as relações sociedade/natureza [...] deve realizar

constantemente estudos do meio [...] e deve levar o educando a interpretar textos, mapas,

paisagens.”

Contudo, para além das incertezas e em face mesmo dessas transformações é urgente

a reflexão acerca do ensino, não apenas em relação aos métodos de abordagem utilizados

pelas diferentes disciplinas, como também, acerca da relevância educativa dos conteúdos e

temas trabalhados pela mesma e da própria proposição de diretrizes para o ensino de

Geografia.

Para Pontuschka (1995) a Geografia no Ensino Fundamental e Médio não deve ter

como objetivo formar geógrafos, mas sim, contribuir para a construção da cidadania, em uma

sociedade tão desigual na qual se contesta até mesmo a existência de um cidadão.

Ainda segundo a autora (1994) a escola deve assumir o seu papel fundamental,

subsidiando professores e alunos com informações e relacionamentos que possam contribuir

para uma visão de mundo mais ampla e profunda.

A Geografia na atualidade serve de instrumento para a transformação da sociedade,

ao fornecer subsídios para a reflexão da dinâmica da sociedade, das formas de apropriação do

espaço, bem como das conseqüências desencadeadas no meio por esse processo. A Geografia

Crítica busca, portanto, a formação do cidadão em um perspectiva crítica da realidade. Deve

assim, unir o conhecimento científico-formal da disciplina à realidade do aluno, auxiliando na

junção do saber empírico e do saber formal.

A Corrente Pedagógica atual propõe que a práxis pedagógica deve levar ao aluno o

conhecimento de forma organizada, possibilitando ao mesmo a sistematização dos

conhecimentos adquiridos. Para tanto, organizaram-se os conteúdos da Geografia nos

seguintes conteúdos estruturantes: Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão

Política do Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e Dimensão

Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.

Assim sendo, os conteúdos básicos serão trabalhados dentro dessas perspectivas,

enfatizando a dimensão de acordo com o conteúdo trabalhado. Deverão, portanto, serem

abordados os conceitos básicos da disciplina: lugar, paisagem, região, território, natureza e

sociedade; considerando-se o espaço geográfico como objeto de estudo da Geografia.(DCE,

p.51)

Nesta visão a Geografia no Ensino Fundamental deverá propiciar ao aluno a

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ampliação das noções espaciais, o desenvolvimento da capacidade de análise dos fenômenos

geográficos e de relacioná-los, a partir de reflexões promovidas em torno da aplicação dos

conceitos construídos. Deverá ainda compreender as especificidades naturais e sociais do

espaço e as relações de poder político e econômico que definem as regiões e territórios.

Porém, no Ensino Médio, a Geografia deverá priorizar a compreensão dos conceitos

e aspectos da Geografia, em uma dimensão mais ampla e complexa, de forma que o aluno

seja capaz de compreender as relações Sociedade/Natureza e as relações espaço/temporais a

partir das diferentes escalas geográficas, compreendendo a inter-relação existente entre o local

e o global. Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de uma

perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as diversas áreas do

conhecimento.

Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a qual

contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz de atuar como

sujeito na sociedade atual.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

6º ANO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• dimensão econômica do espaço geográfico

• dimensão política do espaço geográfico

• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

• dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

• formação e transformação das paisagens naturais e culturais

• a formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais

• dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção

• a distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico

• a transformação demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores

estatísticos

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• a mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural

• as diversas regionalizações do espaço geográfico

• conceitos geográficos: paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade;

elementos naturais e culturais do espaço geográfico.

• linguagem cartográfica: noções básicas de cartografia: a legenda, os símbolos, as cores e

as escalas cartográficas; orientação e localização no espaço geográfico; a representação da

Terra; leitura e interpretação de mapas;

• geografia da natureza: estrutura interna da Terra; agentes internos e externos; formas do

relevo terrestre e marítimo; hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos);

os climas da Terra;

• trabalho e as transformações no espaço geográfico: trabalho humano ( as técnicas de

apropriação e a intensa transformação do espaço); atividades econômicas ( os setores da

economia);

• trabalho, as atividades econômicas e suas relações: divisão social e territorial do

trabalho; atividades agropecuárias; atividades urbanas e industriais; integração campo-cidade.

• indicadores demográficos: população relativa e absoluta;as diferenças entre povoado e

populoso; densidade demográfica; indicadores sociais e pirâmide etária; população urbana e

rural.

• movimentos migratórios: evolução e a distribuição espacial da população; fatores de

repulsão e atração; manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.

• regionalizações: diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.

7º ANO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• dimensão econômica do espaço geográfico

• dimensão política do espaço geográfico

• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

• dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

• formação, mobilidade das fronteiras e reconfiguração do território brasileiro

• a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

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população

• as manifestações socioespaciais da diversidade cultural

• distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico

• formação e o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e urbanização

• o espaço rural e a modernização da agricultura

• as diversas regionalizações do espaço brasileiro

• dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção

• movimentos migratórios e suas motivações

• a circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações

• ocupação e povoamento do território Brasileiro: formação do Território Brasileiro;

ciclos econômicos.

• Brasil: localização do território Brasileiro; extensão territorial do Brasil e sua influência

nas paisagens; limites e fronteiras do Brasil; regionalização do território. complexos regionais

e movimentos migratórios e fatores de repulsão e de atração.

• quantos somos e onde vivemos: distribuição da população brasileira; indicadores sociais

e pirâmide etária.

• população e o trabalho no Brasil: população economicamente ativa (PEA); setores da

economia; mapa do trabalho infantil no Brasil.

• pluralidade cultural do povo brasileiro: herança cultural dos povos indígenas e dos

povos africanos; demais etnias (europeus, japoneses e árabes);

• rural e o urbano as duas faces do espaço brasileiro: as diferentes características dos

espaços rural e urbano no Brasil.

• industrialização e urbanização no Brasil: evolução da atividade industrial no Brasil;

crescimento urbano em função da indústria; rede transportes e meios de comunicação;

hierarquia urbana.

• modernização da agropecuária e a integração Campo-cidade: setores da agropecuária;

concentração de terras e a Questão Fundiária;

• características gerais das regiões geográficas brasileiras: aspectos físicos e Humanos.

8º ANO ENSINO FUNDAMENTAL

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• dimensão econômica do espaço geográfico

• dimensão política do espaço geográfico

• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

• dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

• formação, mobilidade das fronteiras e reconfiguração do território brasileiro

• formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do continente

americano

• a nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

• as implicações socioespaciais do processo de mundialização

• o comércio em suas implicações socioespaciais

• a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população

• as manifestações socioespaciais da diversidade cultural

• distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço

geográfico

• regionalização do Continente Americano e seus aspectos políticos, econômicos e

demográficos

• a distribuição espacial das atividades produtivas, a (re) organização do espaço

geográfico

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista

• formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais

• movimentos migratórios e suas motivações

• a circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

• região e regionalização: conceito de região e as diferentes formas de regionalização do

espaço; regionalização pelo nível de desenvolvimento.

• nova regionalização do espaço geográfico: países do Norte e países do Sul;

regionalização de acordo com o IDH

• processos de globalização da economia, das informações e da cultura: economia mundial

atual; transnacionais; órgãos financiadores internacionais e o seu papel na nova ordem

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mundial; (FMI, BANCO MUNDIAL e OMC).

• globalização, meio ambiente e desigualdades socioespaciais: poluição do Ar e da Água;

resíduos sólidos; sustentabilidade; desigualdade, marginalidade.

• blocos econômicos e relações comerciais: principais blocos econômicos.

• Continente Americano: localização, dados gerais e sua regionalização; formação

histórica do continente americano; geografia física do continente americano (relevo, clima,

hidrografia e vegetação);

• população economia da América: características demográficas; setor primário,

secundário e terciário na América;

• América no Norte: características territoriais e populacionais; potência norte americana;

Canadá e suas principais características político-econômicas; México e as implicações de sua

localização entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos;

• América Central, Andina e Guianas: aspectos territoriais, políticos e econômicos;

América Platina: características gerais; Paraguai, Uruguai e Argentina – aspectos territoriais,

políticos e econômicos; Brasil no processo de globalização.

9º ANO ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• dimensão econômica do espaço geográfico

• dimensão política do espaço geográfico

• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

• dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

• formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios

• a nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado

• a circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.

• As diversas regionalizações do espaço geográfico

• a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população

• a dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego e tecnologia

• a revolução técnico – científico – informacional e os novos arranjos no espaço de

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produção

• as implicações socioespaciais do processo de mundialização

• o comércio mundial e as implicações socioespaciais

• as manifestações socioespaciais da diversidade cultural

• movimentos migratórios mundiais e suas motivações

• a distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)

organização do espaço geográfico

• o espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial

• conflitos mundiais e as múltiplas faces do Território: nacionalismo, separatismo e

minorias Étnicas; terrorismo, religião e soberania; Oriente Médio, Território e

Territorialidade; outros conflitos mundiais (recursos naturais); grandes guerras mundiais;

razões dos conflitos atuais: terrorismo, movimentos separatistas, etc.

• Mundo Bipolar à Economia Policêntrica: evolução da atividade Industrial no Mundo;

Mundo Bipolar: A Guerra Fria; novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD,

Banco Mundial); Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral.

• espaço da globalização: conceitos de globalização e de regionalização; redes e o seu

papel no Processo de Globalização; fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na

Era Informacional; conglomerados transnacionais e as Cidades Mundiais; organizações

políticas internacionais e regionais.

• Blocos Econômicos: Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA; União Europeia e a CEI;

Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”; América Latina e o Mercosul.

• novas regionalizações do Globo e das Américas: regionalização dos continentes

(Europa, Ásia, África e Oceania).

• População, e Demografia e Cultura: civilizações asiáticas e sua religião; distribuição

demográfica do continente europeu; crescimento demográfico e a desigualdade social;

desigualdade, marginalidade e violência urbana.

• impactos ambientais rurais e urbanos e segregação socioespacial: problemas ambientais

na Europa; aspectos socioespaciais das regiões polares; poluição do Ar e da Água; resíduos

sólidos; sustentabilidade.

ABORDAGEM METODOLÓGICA DO ENSINO FUNDAMENTAL

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Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os

principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos

básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma forma

crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos

fundamentos teóricos propostos.

Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como:

aulas expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de idéias e experiências e pesquisas

abordando temas da atualidade.

Para isso serão utilizados:

-lousa e giz;

-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);

-leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;

-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV,

rádio, etc) bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de

promover a aprendizagem.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme

previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História

e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08),

Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento

a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

1º ANO DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• dimensão econômica do espaço gráfico

• dimensão política do espaço geográfico

• dimensão socioambiental do espaço geográfico

• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

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CONTEÚDOS BÁSICOS

• a formação e transformação das paisagens

• a dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego das tecnologias de exploração e

produção

• a formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

recente

• a formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais

• linguagem da Geografia: paisagem, lugar e território; as paisagens naturais e as

transformações das paisagens pelas técnicas e tecnologias.

• linguagem Cartográfica: noções básicas de cartografia; coordenadas geográficas; a

representação da Terra.

• Geografia da natureza: estrutura interna da Terra; agentes internos e externos; formas do

relevo terrestre e marítimo; hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos);

climas e domínios morfoclimáticos; biomas terrestres; atmosfera, poluição e mudanças

climáticas (aquecimento global);

• tecnologias e recursos naturais: agropecuária, natureza e tecnologia; os sistemas

agrícolas; agropecuária e meio ambiente.

• recursos minerais: localização e exploração dos recursos minerais;

• estratégias energéticas: fontes de energia; alternativas energéticas.

2º ANO DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• dimensão econômica do espaço gráfico

• dimensão política do espaço geográfico

• dimensão socioambiental do espaço geográfico

• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

• a formação e transformação das paisagens

• a transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da

população

• a formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização

163

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recente

• o espaço rural e a modernização da agricultura

• localização do Brasil no Globo: Coordenadas Geográficas; domínios morfoclimáticos;

Zonas Térmicas; elementos e fatores do clima; classificação climática; estrutura geológica;

relevo do Brasil; bacias hidrográficas brasileiras e do Paraná;

• ocupação e povoamento do Território Brasileiro: formação do Território Brasileiro;

características da população brasileira; crescimento demográfico; movimentos migratórios.

• Urbanização e Redes Urbanas: urbanização no Brasil; hierarquia das cidades brasileiras;

Metropolização no Brasil; problemas ambientais urbanos; industrialização Brasileira;

complexos Regionais Brasileiros (Indústria);

• complexos Agroindustriais Brasileiros: espaço Agropecuário Brasileiro; agricultura e

Fome; Agronegócio no Brasil; Estrutura Fundiária no Brasil;

3º ANO DO ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• dimensão econômica do espaço gráfico

• dimensão política do espaço geográfico

• dimensão socioambiental do espaço geográfico

• dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

• a espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial

• a circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e das informações

• a nova ordem mundial, os territórios supracionais e o papel do Estado

• as diversas regionalizações do espaço geográfico

• formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios

• as implicações socioespaciais do processo de mundialização

• espaço da globalização: conceitos de Globalização e de Regionalização; redes e o seu

papel no processo de Globalização; fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na

Era Informacional; conglomerados transnacionais e as cidades mundiais.

• Mundo Bipolar à Economia Policêntrica: Evolução da Atividade Industrial no Mundo;

Mundo Bipolar: A Guerra Fria; novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD,

164

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Banco Mundial); Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral.

• blocos Econômicos: Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA; União Européia e a CEI;

Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”; América Latina e o Mercosul.

• conflitos Mundiais e as Múltiplas Faces do Território: Nacionalismo, Separatismo e

Minorias Étnicas; Terrorismo, Religião e Soberania; Oriente Médio, Território e

Territorialidade; outros Conflitos Mundiais ( recursos naturais).

• impactos Ambientais Rurais e Urbanos e Segregação Socioespacial: Poluição do Ar e da

Água; Resíduos Sólidos; Sustentabilidade; Desigualdade, Marginalidade e Violência Urbana.

ABORDAGEM METODOLÓGICA DO ENSINO MÉDIO

Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os

principais conceitos norteadores da disciplina, os conteúdos estruturantes, os conteúdos

básicos e os conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma forma

crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos

fundamentos teóricos propostos.

Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como: aulas

expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de idéias e experiências e pesquisas

abordando temas da atualidade.

Para isso serão utilizados:

- lousa e giz;

- recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);

- leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;

- utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV,

rádio, etc) bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de

promover a aprendizagem.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme

previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História

e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08),

Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento

a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

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nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

Tendo em vista a necessidade de mudança, desenvolverá um trabalho de avaliação

baseado nas seguintes modalidades:

diagnóstica – realizada durante todo processo pedagógico para detectar se os alunos

apresentam os requisitos necessários para novas aprendizagens. A partir da avaliação

diagnóstica haverá retomada de conteúdos e elaboração de novas estratégias para que os

objetivos propostos sejam atingidos.

formativa – realizar durante todo o período, com a função de controle, verificando se os

alunos estão atingindo os objetivos previstos para que conheçam os erros e acertos e

encontrem estímulos para os estudos.

contínua e cumulativa – de acordo com o artigo 24 da LDBEN 9394/96, inciso V, a

verificação do rendimento escolar observará o desempenho do aluno, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de

eventuais provas finais.

elaborar avaliações especificas - Para alunos com necessidades especiais, elaborando com o

nível de dificuldade relacionando as pesquisas e questionários feitas por profissionais

capacitados.

No entanto, ao assumir a concepção de avaliação formativa, é importante que o

professor tenha registrado, de maneira organizada e precisa, todos os momentos do processo

de ensino-aprendizagem, bem como as dificuldades e os avanços obtidos pelos alunos, de

modo que esses registros tanto explicitem o caráter processual e continuado da avaliação

quanto atenda às exigências burocráticas do sistema de notas.

Será necessário, então, diversificar as técnicas e os instrumentos de avaliação. Ao

invés de avaliar apenas por meio de provas, o professor pode usar técnicas e instrumentos que

possibilitem várias formas de expressão dos alunos, como:

• interpretação e produção de textos de Geografia;

• interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas;

• pesquisas bibliográficas;

• relatórios de aulas de campo;

• apresentação e discussão de temas em seminários;

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• construção, representação e análise do espaço através de maquetes, entre outros.

A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto acompanhar a

aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor. Ela permite a melhoria do

processo pedagógico somente quando se constitui numa ação reflexiva sobre o fazer

pedagógico. Não deve ser somente a avaliação do aprendizado do aluno, mas também uma

reflexão das metodologias do professor, da seleção dos conteúdos, dos objetivos estabelecidos

e podem ser um referencial para o redimensionamento do trabalho pedagógico.

No cotidiano das aulas é importante a compreensão de que uma atividade de

avaliação situa-se entre a intenção e o resultado e que não se diferencia da atividade de

ensino, porque ambas têm a intenção de ensinar.

Uma resposta insatisfatória, em muitos casos, não revela, em princípio, que o

estudante não aprendeu o conteúdo, mas simplesmente que ele não entendeu o que lhe foi

perguntado. Nesta circunstância, o difícil não é desempenhar a tarefa solicitada, mas sim

compreender o que se pede,os instrumentos de avaliação devem ser pensados e definidos de

acordo , com as possibilidades teórico-metodológicas que oferecem para avaliar os critérios

estabelecidos. Por exemplo, para avaliar a capacidade e a qualidade argumentativa, a

realização de um debate ou a produção de um texto serão mais adequados do que uma prova

objetiva, a utilização repetida e exclusiva de um mesmo tipo de instrumento de avaliação

reduz a possibilidade de observar os diversos processos cognitivos dos alunos, tais como:

memorização, observação, percepção, descrição, argumentação, análise crítica, interpretação,

criatividade, formulação de hipóteses, entre outros, uma atividade avaliativa representa, tão

somente, um determinado momento e não todo processo de ensino-aprendizagem,a

recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples, conteúdos selecionados

para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso investir em todas as

estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda.

Conforme o regimento escolar, na nota bimestral os resultados das avaliações serão

somados e divididos pelo número de avaliações realizadas e os valores de cada avaliação

serão expressas em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), sendo realizadas no mínimo duas

avaliações bimestrais.

Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com suas

especificidades, conforme a Lei nº 9394/96 da LDBEN, capítulo V, artigo 58.

A recuperação de estudos é de caráter obrigatório, após a verificação de rendimento

escolar, proporciona-se-á novas situações de aprendizagem, retomando o conteúdo, esse

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processo educativo é direito de todos os alunos que não atingiram na totalidade do processo

de ensino aprendizagem.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAVALCANTI, Lana de Souza. Ciência Geográfica e Ensino de Geografia. In: ____.

Geografia, Escola e Construção do Conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 15-28.

DCE . Diretrizes Curriculares da Educação Básica Estadual – Geografia – Ensino Médio.

MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia - A Construção do Mundo: Geografia

Geral e do Brasil. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2005.

PONTUSCHKA, Nídia Nacib. A Formação Pedagógica do Professor de Geografia e as

Práticas Interdisciplinares. Tese (doutorado) Faculdade de Educação. Universidade de São

Paulo – SP, 1994.

____. O Perfil do Professor e o Ensino/Aprendizagem da Geografia. In: Cadernos CEDES. N.

39. Campinas: Papirus, 1995.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política

na transição paradigmática. 3ª ed., São Paulo: Cortez, 2001.

TERCIO, Marina L. Geografia Novo Ensino Médio (reformulado). São Paulo: Ática, 2009.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História como disciplina surgiu com a criação do Colégio Pedro II, em 1837, neste

mesmo ano foi criado o Instituto histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que contemplou a

História como disciplina acadêmica. Neste contexto o material didático produzido era

influenciado pela História metódica e pelo positivismo, ou seja, apresentava uma

racionalidade histórica orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos

oficiais, como fontes e verdades históricas, valorizando e idolatrando personagens históricos

como heróis, sem perceber a contribuição dos outros sujeitos que também fizeram parte do

processo histórico.

“ A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira,

vista como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade

expressa na sínteses das raças branca, indígena e negra, com predomínio da ideologia do

branqueamento... o currículo oficial de História conduzido por líderes que excluía a

possibilidade de pessoas comuns serem aceitas como sujeitos históricos.” DIRETRIZES

CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)

Em 1901, o currículo foi alterado pelos docentes, os quais incluíram a História do

Brasil, a qual dificilmente era trabalhada pelos professores devido à sua extensão de fatos. A

efetivação do ensino da História do Brasil deu-se apenas no Estado Novo, no governo de

Getúlio Vargas, relacionada à uma política nacionalista.

Em 1971, pela lei 5.692 foi instituído a disciplina de Estudos Sociais no ensino de

Primeiro Grau, embasada na corrente educacional Escola Nova ( sistematizava as pedagogias

não diretas, as quais se caracterizavam pela valorização de práticas e que o aluno controlaria

por si o seu processo de aprendizagem, dava ênfase no desenvolvimento do intelecto, na

capacidade de julgamento do aluno, em detrimento da memorização dos conteúdos. Anísio

Teixeira, foi um dos grandes divulgadores dos pressupostos do movimento da Escola Nova no

Brasil).

No contexto da Ditadura Militar, o ensino de História assumiu um caráter político e

ideológico do regime, embasado em fontes históricas disponibilizadas pelo Estado e narrada

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do ponto de vista da classe dominadora ( os militares ). Neste período o ensino não tinha

espaço para análise crítica nem objetivava a formação da consciência histórica, pretendia

limitar as ações do aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos.

“ O Estado figurava como o principal sujeito histórico, responsável pelos

grandes feitos da nação, exemplificado nas obras dos governantes e das elites condutoras do

país” (DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)

O ensino de História era abordado de forma linear, cronológico e harmônico,

ressaltando os feitos heróicos cabendo aos alunos a memorização e repetição das informações

como verdades absolutas. Por muito tempo a prática em sala de aula distanciou-se da

produção historiográfica acadêmica. Ocorreu a aproximação apenas com o fim da Ditadura

Militar e o início do processo de redemocratização brasileira. Neste contexto também foi

discutido e contestado o ensino de Estudos Sociais.

No estado do Paraná, em 1990, baseado na Pedagogia Histórico-crítica, foi

disponibilizado aos professores da rede estadual, o Currículo Básico para a Escola Pública do

Estado do Paraná.

As reformas educacionais contaram também com um documento divulgado pelo

Ministério da Educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais ( PCN- 1997/1999 ), no qual a

disciplina de História é parte integrante das Ciências Humanas e suas tecnologias, e assume a

responsabilidade de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno, nesta perspectiva, a

História assume um caráter presencista não contextualizando os fatos históricos estudados.

No ano de 2003, no Estado do Paraná, envolvendo todos os professores da rede, teve

início uma discussão com a finalidade de elaborar Novas diretrizes curriculares para o ensino

de História. Numa perspectiva de inclusão social, valorização da diversidade cultural

paranaense, cumprimento da lei 13.381/01, que torna obrigatório, no ensino Fundamental e

Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná, cumprimento da lei

10.639/03 a obrigatoriedade da História e cultura Afro-Brasileira e cumprimento da lei

11.645/08 que torna obrigatório o ensino da História e cultura dos povos indígenas do Brasil.

A concepção de História deve tratar o conhecimento histórico como resultado do

processo de investigação e sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar

diferentes sujeitos históricos e suas relações, desta forma abre-se inúmeras possibilidades de

reflexão e superação de uma visão histórica linear, eurocêntrica e dogmática dos fatos.

“Fundamental para essa superação é o conceito de experiência. Ideia que se

contrapões ao pensamento dicotômico base/estrutura... Defendem ainda, que a consciência

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de classe se constrói nas experiências cotidianas comuns, a partir das quais são tratados os

comportamentos, valores, condutas, costumes e culturas. Outro conceito fundamental é o de

poder, onde a Nova esquerda Inglesa busca superar a visão mecânica e reducionista de uma

corrente tradicional marxista que prescrevia uma História linear em direção a uma

revolução, e ainda uma História tradicional calcada em fatos históricos determinados e

aliados à figuras de heróis. Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa procuraram analisar

a concepção de poder, o que ficou conhecida como a “história vista de baixo”.

(DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)

Com base nas Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental / 2008,

a qual baseia-se nas teorias das correntes historiográficas Nova Esquerda Inglesa e da Nova

História Cultural, “a História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos

deram às mesmas... as relações condicionam os limites e as possibilidades de ações dos

sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas

sócio-históricas.”

A abordagem e interpretação dos fatos históricos visam sua problematização ao

confrontar ou comparar documentos entre si, possibilitando a formação da consciência

histórica do aluno .

A disciplina de História objetiva oferecer embasamento aos alunos, para a formação

da consciência histórica. Para que esse objetivo seja alcançando, a abordagem dos conteúdos,

nessa perspectiva, possibilita a exploração de novos métodos de produção do conhecimento

histórico para que o aluno, de modo consciente, perceba as diferenças/semelhanças,

transformações/permanências dos processos históricos abordados.

Portanto enfocará o conhecimento histórico como resultado do processo de

investigação e sistematização de análises sobre o passado, valorizando os diferentes sujeitos

históricos e suas contribuições às permanências e as transformações sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL:

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

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6º ano

Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• A experiência humana no tempo;

• Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;

• As culturas locais e cultura comum;

7º ano

A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade

em diferentes tempos e espaços.

CONTEÚDOS BÁSICOS

As relações de poder;

A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;

As relações entre o campo e a cidade;

Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade;

8º ano

O mundo do trabalho e os movimentos de resistência.

CONTEÚDOS BÁSICOS

• História das relações da humanidade com o trabalho;

• O trabalho e a vida em sociedade;

• O trabalho e as contradições da modernidade;

• Os trabalhadores e as conquistas de direito;

9º ano

Relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das Instituições

Sociais.

CONTEÚDOS BÁSICOS

•A constituição das instituições sociais;

•A formação do Estado;

•Sujeitos, guerras e revoluções;

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A seleção dos conteúdos específicos será de responsabilidade do Professor da

disciplina e devem estar articulados com os conteúdos estruturantes e básicos desta Proposta

Pedagógica Curricular, a qual está embasada nas Diretrizes Curriculares da disciplina de

História do Estado do Paraná.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO:

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

CONTEÚDOS BÁSICOS:

• Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre;

• Urbanização e industrialização;

• O Estado e as relações de poder;

• Os sujeitos, as revoltas e as guerras;

• Movimentos sociais, políticos e culturais, as guerras e revoluções;

• Cultura e religiosidade;

A seleção dos conteúdos específicos será de responsabilidade do Professor da

disciplina e devem estar articulados com os conteúdos estruturantes e básicos desta Proposta

Pedagógica Curricular, a qual está embasada nas Diretrizes Curriculares da disciplina de

História do Estado do Paraná.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO DA DISCIPLINA

O trabalho pedagógico com os conteúdos de História será embasado em diversos

autores comparando e refletindo sobre suas diferentes interpretações, numa perspectiva de

mostrar ao aluno que não existe uma verdade histórica única, que o conhecimento histórico é

resultado de um processo de investigação pautado em evidências, fontes históricas diversas, e

para analisar e compreender o fato histórico é necessário uma contextualização social, política

e cultural.

O processo de construção do conhecimento histórico será abordado considerando as

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fontes históricas que foram utilizadas pelo pesquisador, bem como as relações humanas e suas

ações que fazem parte deste processo.

Para entender melhor os diferentes contextos históricos será proporcionado

diferentes interpretações de um mesmo acontecimento, enfatizando a necessidade de ampliar

o número de pesquisas para perceber que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o

passado que pode ser complementada com outras informações. Nesse sentido, algumas

questões serão realizadas, tais como: Como o historiador chegou a essa interpretação? Que

documentos/ fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões? Existem outras pesquisas a esse

respeito? Que dimensões contemplou em sua análise? Existem aspectos que ainda podem ser

pesquisados? Quais?

O livro didático será utilizado como suporte pedagógico, porém não como fonte

única limitando-se às suas informações. Seus conteúdos serão problematizados incentivando

os alunos a buscar novas informações em outros referenciais teóricos, que possam

complementar o conteúdo abordado em sala de aula.

Para ampliar o conteúdo apresentado pelo livro didático será solicitado pesquisas, as

quais serão realizadas de modo que os alunos possam adquirir autonomia na busca do

conhecimento; enfatizando que a pesquisa não consiste na cópia de informações.

Para enriquecer as aulas deverá ser utilizado os recursos disponibilizados pela escola,

como laboratório de informática, aparelhos de DVD, TV pendrive, acervo de textos fílmicos,

internet, considerando que o desenvolvimento tecnológico contribui na prática pedagógica,

O uso de diferentes materiais didáticos amplia as possibilidades de reflexão. Para a

formação da consciência histórica e aquisição do conhecimento histórico serão utilizados

recursos variados tais como: textos explicativos e informativos, atividades reflexivas, imagens

(charges, fotografias...), mapas, jornais, revistas, textos, fílmicos, entre outros. O trabalho com

textos historiográficos, artigos de jornais e revistas serão abordados como novas

possibilidades de interpretações para a formação de uma consciência histórica.

De acordo com a Instrução 009/2011 SUED / SEED, os conteúdos obrigatórios

abaixo serão abordados durante o ano letivo no momento em que se fizer necessário bem

como quando surgirem oportunidades ou de acordo com o conteúdo trabalhado na disciplina:

Educação Ambiental, Educação Tributária, Enfrentamento da Violência contra Criança e

Adolescente, Sexualidade Humana, Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Educação do

Campo, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e História do

Paraná, Música, Direito da Criança e do Adolescente.

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AVALIAÇÃO

A avaliação do aprendizado não pode ser feita em um momento único e de forma

definitiva. Segundo José Carlos Libâneo, a avaliação deve ser vista não como julgamento

definitivo e dogmático do professor, mas como comprovação para o aluno de seu progresso

em direção a noções mais sistematizadas, bem como análise da prática pedagógica.

Várias atividades serão propostas com esse objetivo, tais como: compreensão dos

textos explicativos, análises comparativas de noções de tempo, espaço, lugar, pesquisas,

seminários, debates, análise de documentos e obras, mapas, entrevistas, produção de texto,

trabalhos, provas diversificadas (alternativas, orais ou escritas). Assim será possível fazer um

diagnóstico da aprendizagem, estimulando o aluno refletir sobre o seu desenvolvimento. O

cotidiano na sala de aula é parte integrante do processo da avaliação, pois será observado o

interesse e o envolvimento dos alunos nas tarefas propostas.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa na diminuição das

desigualdades sociais e na luta por uma sociedade justa e mais humana. As práticas

avaliativas serão vinculadas ao processo de aprendizagem, segundo Luckesi para que a

avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a sua utilização de

classificatória para diagnosticar, nesta avaliação tanto professor quanto os alunos poderão

revisar suas práticas e possam superar as dificuldades constatadas.

Assim, o aprendizado e a avaliação, poderão ser compreendidos como fenômeno

compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo uma

análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomadas, reorganizadas pelo

professor e pelos alunos.

Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados em

sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, serão

realizados alguns apontamentos que permitirão analisar se:

* os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos alunos;

* o conceito de Tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes

dimensões e contextos históricos propostos para este nível de ensino;

* os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes contextos

históricos;

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* compreendem a história como prática social, da qual participam como sujeitos

históricos do seu tempo;

* analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômico-

social, política e cultural;

* compreendem que o conhecimento é produzido com base em um método, da

problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisador produz a

narrativa histórica;

* explicativa a respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, a

partir do conhecimento dos processos históricos que os constituíram;

* compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar, refutar ou

complementar a produção historiográfica já existente.

Tais indicativos poderão ser enriquecidos para orientar o planejamento das práticas

avaliativas.

Caso haja necessidade de recuperar conteúdos, serão proporcionadas atividades

variadas que possam revisar a matéria, como pesquisas, seminários, debates, trabalhos,

discussões e outros.

Após a recuperação de estudos será feito avaliações diversificadas como provas

orais, descritivas ou com alternativas, trabalhos, produção de textos individuais ou coletivos

para a verificação da aprendizagem do aluno. E caso de alunos com necessidades

educacionais especiais, tanto os conteúdos quanto o material didático, metodologia e

instrumentos avaliativos serão adaptados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BITTENCOURT, Circe. Livros didáticos: concepções e usos: bolando aulas de História. São

Paulo: Companhia das Letras: 1998.

___________________. O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2005.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica – História. Paraná, 2008.

LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. ANDE, n.6, s.d., p. 18.

LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. Pátio, n. 12,

fev/abr. 2000, p. 6-11.

RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide. A aula operatória e a construção do

conhecimento. 7. ed. Edesp São Paulo: 1996.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Caderno Temático:História e

cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba:SEED-PR,2005.

PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA - ESPANHOL

A aprendizagem de uma língua estrangeira hoje é considerada de vital importância

em um mundo globalizado, em que pessoas de diferentes nacionalidades estão em frequente

contato pelos mais diversos motivos, precisando compartilhar a língua como meio de

comunicação e expressão. A Língua Espanhola vem ganhando espaço nesse contexto

tornando-se um dos principais veículos de comunicação nos meios diplomáticos( Mercosul),

no comércio mundial, nas competições esportivas, no turismo, nos encontros de líderes

políticos mundiais, na tecnologia, nas redes sociais, na arte, etc.

Oferecer o ensino de espanhol vai além de somente seguir uma tendência

internacional de valorização de um idioma. Oportunizar o aprendizado de espanhol é

disseminar a língua espanhola dentro de um país rodeado de hispanohablantes, com

fronteiriças estrangeiras que mesclam com nossa língua materna.

O aprendizado de uma língua estrangeira, ajuda também, na construção de conceitos

importantes para os mais variados campos do saber, fundamentais para que o indivíduo

construa conhecimento significativo para a compreensão dos fenômenos naturais e dos

processos históricos e sociais de formação para compreensão de mundo e de si mesmo.

Sabe-se, ainda, que a língua e a cultura são o meio de comunicação entre as pessoas,

o ensino de língua espanhola vai priorizar os diferentes costumes, cultura, hábitos e tradições

dos povos hispano-americanos e do povo espanhol. Por isso é imprescindível, que desde o

início da aprendizagem de um novo idioma que se desenvolva no aluno a autoconfiança,

para que os mesmos acreditem na capacidade de aprender , se expressar, ler e interpretar

diversidade de textos verbais e não verbais presentes no cotidiano de nossos educandos.

O histórico de língua estrangeira moderna, em nosso país, passou por vários

momentos desde a assinatura do decreto em 22 de junho de 1809, onde D. João VI criou as

cadeiras de Inglês e Francês. A partir de então o ensino de língua estrangeira começou a ser

valorizado.

O Espanhol só ganharia força mais tarde, com o advento do Estado Novo, no

governo de Vargas. Intensificou-se, então, a ênfase por um discurso mais nacionalista e um

modelo de patriotismo com ideais de conhecimentos mais voltados à tradição e a cultura dos

grandes descobridores. Como podemos observar nas ( DCEs, p. 42):

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“[...] o espanhol que até então não havia figurado como componente curricular, é

escolhido para compor os programas oficiais do curso científico, que pertencia à

escola secundária,[...] O espanhol naquele momento, era indicada como língua de

autores consagrados, como Cervantes, Becker e Lope da Veja. Ao mesmo tempo

que era a língua de um povo que[...] ( mesmo) com importante participação na

história ocidental, com episódios gloriosos de conquistas territoriais [...], não

representava ameaça para o governo durante o Estado Novo.”

Mesmo com a valorização do Espanhol no ensino secundário, a busca pelo

aprendizado da língua inglesa era muito grande, uma vez era atribuído a ela o espaço no

campo do trabalho e da cultura. A escola secundária, passou então a preparar o indivíduo para

um currículo cada vez mais técnico e profissionalizante.

Em 1961 foi promulgada a lei 4024, (LDB) Leis das Diretrizes e Bases da Educação

que determinou que a língua estrangeira não era mais obrigatória nos cursos

profissionalizantes que substituíram os cursos clássicos e científicos. Mas, mesmo assim,

devido a demanda de mercado, a língua inglesa permanece, devido ao desenvolvimento do

mercado de trabalho.

Em 1971 com a lei 5692, a língua estrangeira passa a ser vista como:

“...porta de entrada de mecanismos de impregnação cultural

estrangeira,. Assim, evitar-se-ia o aumento da dominação

ideológica de outras sociedades e do colonialismo cultural do

país. “( DCEs, p.45)

“Porém, o reconhecimento da importância do aprendizado de uma língua estrangeira

só veio com a insatisfação dos professores que ministravam essas línguas” Latim , Grego,

Francês, Inglês e Espanhol”. Depois do parecer 581/76, e ainda, a necessidade do ensino de

mais de uma língua, foi criado no Colégio Estadual do Paraná, no ano de 1982 o Centro de

Línguas Estrangeiras, que passou a oferecer aulas de Inglês, Espanhol, francês e Alemão, aos

alunos no contraturno. Nesse mesmo ano, foi incluído no vestibular da Universidade Federal

do Paraná as Línguas Espanhola, Italiana, Inglesa e Alemã. Fato esse que estimulou e abriu

novos campos para professores destes idiomas.

Em 1996, A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determinou que a escola

deveria ofertar uma língua estrangeira moderna obrigatória no Ensino Fundamental. A

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escolha dessa língua ficaria a encargo da escola e da comunidade, de acordo com suas

possibilidades e da disponibilidade de professores nessa área.

No ensino Médio, a lei determinou a obrigatoriedade de uma língua estrangeira

moderna no currículo. A língua escolhida seria de acordo com a escola e a comunidade

escolar. E ainda, a oferta de uma segunda língua estrangeira moderna, facultativo ao aluno,

dentro da disponibilidade de professores.

Em 15 de agosto de 1986, em decorrência da redemocratização do país, e amplo

movimento pela pluralidade de ofertas de língua estrangeira moderna nas escolas públicas, o

estado da educação do Paraná, criou o CELEM ( Centro de Línguas Estrangeira Modernas ),

estes centros têm saído preservados pela SEED até hoje, com um número cada vez maior de

alunos e de línguas ofertadas.

Em virtude da necessidade de aproximar os países hispanohablantes com o Brasil, e

assim, melhorar as relações comerciais com os vizinhos de fala espanhola, e ainda para

destacar o Brasil no Mercosul. O Presidente, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, assinou a lei

11.161 em 05 de agosto de 2005, que tornou obrigatória a oferta da Língua Espanhola nos

estabelecimentos de ensino médio. Ela poderá ser ofertada na matriz curricular ou pelo

CELEM ( com matrícula facultativa para o aluno).

A partir de então a SEED abriu concurso público em 2004 e 2007, para compor o

quadro próprio do magistério, com vagas para professor de espanhol.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O Discurso como prática social. A língua será tratada de forma dinâmica por meio

da escrita, da oralidade e da leitura que são as práticas que efetivam o discurso.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros discursivos e seus elementos composicionais das esferas sociais de

circulação: cotidiana, literário-atística, científica, escolar, imprensa, publicitário, política,

jurídica, produção / consumo e midiáticas:

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LEITURA

* Identificação do tema;

* Intertextualidade;

* Intencionalidade;

*Vozes sociais presentes no

texto;

* léxico;

* coesão e coerência;

* Marcação de discurso;

* Marcadores do discurso;

* Funções das classes

gramáticas no texto;

* Elementos semânticos;

* Discurso direto e indireto;

* Emprego do sentido

denotativo e conotativo;

*Recursos estilísticos

( figuras de linguagem)

* Marcas linguísticas

particularidades da língua,

pontuação, recursos gráficos

( como aspas, travessão,

negrito );

* Variedade linguística;

* Acentuação gráfica;

* Ortografia

ESCRITA

* Tema do texto;

* Interlocutor;

* Finalidade do texto;

* Intertextualidade;

* Intencionalidade do texto;

* Condições de produção;

*Informatividade-informações

necessárias para a coerência do

texto;

* Vozes sociais presentes no

texto;

* Vozes verbais;

*Discurso direto e indireto;

* Emprego do sentido

denotativo e conotativo no

texto;

*Léxico;

* Coesão e coerência;

* Funções das classes

gramaticais no texto;

* Elementos semânticos;

*Recursos estilísticos – figuras

de linguagem;

* Marcas linguísticas:

particularidades da língua,

pontuação, recursos gráficos

( aspas, travessão, negrito);

* Variedade linguística;

* Ortografia;

* Acentuação gráfica.

ORALIDADE

*Elementos extralinguísticos:

entonação, pausas, gestos,

etc...;

* Adequação do discurso ao

gênero;

* Turnos da fala;

* Vozes sociais presentes no

texto;

* Variações linguísticas;

* Marcas linguísticas: coesão

coerência, gírias, repetição;

* Diferenças e semelhanças

entre o discurso oral e o

escrito;

* adequação da fala ao

contexto;

* Pronúncia.

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As diferentes Esferas Sociais de Circulação a serem trabalhadas de acordo com o

nível de compreensão e interpretação de cada turma do ensino médio:

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO EXEMPLOS DE GÊNEROS

COTIDIANAAdivinhas; Álbum de família;

Anedotas; Bilhetes;

Carta; Cartão;

Causos; Comunicado;

Convites; Curriculum vitae;

Diário; Músicas;

Parlendas; Piadas;

Provérbios;. Quadrinhas;

Receitas; Relatos pessoais;

Trava- línguas.

LITERÁRIA / ARTÍSTICA

Autobiografia; Biografias;

Contos diversos; Crônicas diversas;

Fábulas; Lendas;

Histórias em quadrinhos; Paródias;

Letras de música; Poemas;

Romances; Textos diversos

Narrativas de diversos gêneros;

Leitura e releitura de pinturas;

CIENTÍFICADebates; Palestras;

Pesquisas; Relatos;

Relatório; Resumo;

Verbetes;

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ESCOLAR

Cartazes; Exposição oral;

Diálogo; Palestra;

Pesquisas; Relatos;

Resenha; Resumo;

Texto argumentativo e de opinião;

IMPRENSA

Cartum; Charge;

Classificados; Crônica jornalística;

Horóscopo; Noticia;

Reportagens; Resenha crítica;

Sinopse de filme; Tiras;

Entrevista( oral e escrita )

PUBLICITÁRIA

Anúncios; Caricaturas;

Cartazes; Comercial de TV;

E-mail; Folder;

Slogan; Músicas;

Paródias; Placas;

Publicidades; Textos políticos.

MIDIÁTICA

Blog; Chat;

Desenho animado; E-mail;

Entrevista; Filmes;

Fotoblog; Home Page;

Talk show; Telejornal;

Telenovelas; Torpedos;

Vídeo Conferência

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os conteúdos serão explanados de forma contextualizada e interdisciplinar, através

de atividades individuais e coletivas, abordando as diversas formas discursivas: oralidade,

leitura, escrita e interpretação de diversos tipos de textos verbais e não verbais. E dessa forma,

desenvolver as habilidades orais e escritas, possibilitando assim a capacidade de analisar,

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refletir e perceber a LE não só como disciplina, mas como conhecimento de nova cultura.

Para isso, utilizar-se-á aparelhos audiovisuais, DVDs, CDs, Pen drive, TV, músicas,

dicionários, propagandas, jogos e guias de apoio como livro didático.

Os aspectos gramaticais serão abordados dentro do contexto, bem como, de acordo

com a necessidade de entendimento do texto ou música ora em estudo. As traduções não serão

realizadas de forma literal, ao contrário, serão feitas de acordo com o nível de conhecimento e

entendimento da turma.

Os materiais utilizados deverão contemplar os interesses do educando, tendo em

vista que os mesmos podem e devem permitir a flexibilidade para incorporação de

especificidades educacionais.

A construção da linguagem se fará na compreensão dos diversos gêneros textuais na

fluência da leitura, na apresentação oral de textos, nas dramatizações, relatos, histórias e feitos

produzidos pelos alunos.

Escrita – A produção escrita de diversos tipos de textos, oportunizar o educando a

expressar suas idéias através de trabalhos individuais e em grupos, diversificados de acordo

com os conteúdos trabalhados.

Oralidade – O manifestar de um pensar crítico dos temas propostos em textos

variados, oriundos de diversas fontes, de acordo com o conteúdo estudado. E, desta forma

analisar e refletir os fenômenos lingüísticos e culturais como realizações discursivas do

sujeito. Em todos os momentos da fala, propiciar ao educando expressar-se na oralidade de

forma lúdica e prazerosa, perdendo assim a inibição. Será oportunizada a socialização de

idéias dos alunos em debates e seminários realizados durante o processo educacional.

Leitura – A utilização de diversos tipos de textos verbais e não verbais, de diferentes

gêneros discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e

internacional. A leitura se dará de forma interpretativa e dinâmica.

Na produção escrita será realizada a produção e reestruturação de textos diversos

produzidos pelos alunos. A análise linguística e a estruturação dos textos se fará ao longo do

processo de produção. Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados ao longo

do processo educacional, e levarão em conta a clareza e intencionalidade do trabalho em

contemplar valores para auxiliar o educando em seu contexto de vida e cidadania. É na escola

que se faz a construção da identidade e de valores do indivíduo. A Lei 10.639/03, cita a

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obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Africana e Afro-Brasileira. Essa lei foi

substituída em 2008 pela Lei 11.645, que torna obrigatório, também, o ensino de História e

Cultura Indígena. Essas leis modificam a LDB, uma vez que elas têm o objetivo de

conscientizar professores e alunos da importância da cultura e da diversidade que formou o

povo brasileiro.

AVALIAÇÃO

A avaliação é a parte integrante no processo educacional. A função da avaliação não

é apenas constatar um certo nível de aprendizado do aluno. E, sim, deve ser um processo

integrado e contínuo de aprendizagem respeitando as diferenças individuais.

A avaliação deve contemplar todo o aprendizado em todas as atividades

desenvolvidas durantes as aulas. A avaliação terá como objetivo maior averiguar, através da

oralidade e de textos lidos, interpretados e escritos, o nível de compreensão e expressão das

atividades propostas. Todo esse processo levará em conta a improvisação, a criatividade, o

interesse e a participação do aluno nos trabalhos e avaliações individuais ou em grupos.

Os trabalhos serão desenvolvidos em sala de aula ou não, podendo ser de forma

individual, em duplas, ou grupos, podendo ser texto, relatório, cartazes, maquete, teatro,

jogral, etc. A avaliação contemplará três momentos da aprendizagem na:

Leitura – Espera-se que o aluno realize uma leitura compreensiva e a partir dela,

possa identificar a ideia principal do texto, perceber as informações explícitas e implícitas,

posicionar-se e argumentar diante do contexto da escrita. Na leitura, o educando deverá

também, ampliar o léxico, aprimorar a pronúncia e ampliar o horizonte de expectativas diante

de uma língua estrangeira.

Escrita – espera-se que o aluno possa expressar suas idéias com clareza, elabore

textos coesos, saiba trabalhar a linguagem formal e a informal, empregue palavras com

expressão de sentido conotativo e denotativo de acordo com o gênero proposto. Bem como,

saiba utilizar adequadamente os recursos linguísticos como: pontuação, acentuação, artigos,

pronomes, etc.

Oralidade – espera-se que o aluno apresente ideias com clareza, saiba posicionar-se

diante dos vários momentos da fala, saiba interagir com seu interlocutor e utilize

conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, de pausa e entonação nas exposições

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orais.

As avaliações escritas contarão com questões elaboradas de forma diversificada

(ordenar, classificar, explicar, responder, dissertar, enumerar, assinalar, completar, ...),

contendo o valor de cada questão.

Nas avaliações orais será observado: a fluência na leitura, clareza na exposição de

idéias, exposição objetiva de argumentos, organização na seqüência da fala, interação ativa

nos diálogos e postura diante dos colegas de classe.

A recuperação paralela fará a retomada dos conteúdos ainda não assimilados,

seguido de nova avaliação, considerando para fins de promoção a nota maior, ou seja, o

trabalho em que o educando demonstrou maior apropriação do conhecimento. Em casos de

alunos com necessidades especiais, a recuperação se fará de acordo com a sua apropriação de

conhecimento, levando em consideração suas limitações.

Os alunos serão avaliados em todos os momentos do aprendizado, através de

provas, trabalhos, seminários, relatórios, cadernos e tarefas. Salienta-se que sempre que

possível as avaliações deverão privilegiar atividades de leitura, interpretação e produção

escrita, pois a escola tem o objetivo de formar homens informados e críticos.

A nota bimestral será obtida pela média das avaliações realizadas no período com

valor de 10 (dez) pontos cada uma, e depois dividida pelo número de avaliações do período. O

aluno contará com várias oportunidades diversificadas de aferição em cada bimestre.

REFERÊNCIAS

DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná – Curitiba Paraná, 2008.

Língua Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês / vários autores – Curitiba SEED-PR, 2006.

CADERNOS TEMÁTICOS

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PROPOSTA CURRICULAR DE INGLÊS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O cenário de Línguas no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram

constantes mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo

da história. As propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às

expectativas e demandas sociais contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos

conhecimentos historicamente produzidos às novas gerações. Além do aspecto dinâmico do

currículo e dos métodos, o Estado pode orientar mudanças curriculares que se justifiquem

pela atualização dos debates e produções teórico-metodológicas para a disciplina de Língua

Estrangeira Moderna.(Paraná, 2008, p.38)

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.9394 determinou a oferta

obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir

da quinta série, se a escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, conforme suas

possibilidades de atendimento (Art.26,§5.º).Para o Ensino Médio, a lei determinou que fosse

incluída uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela

comunidade escolar, e em uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da

instituição (Art.36,Inciso III).

Linguistas aplicados têm estudado e pesquisado novos teóricos que atendam às

demandas da sociedade brasileira e muitos desses trabalhos analisam a função da Língua

Estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais de poder

que as apoiam. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o

ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro.

Ao contextualizar o ensino de Língua Estrangeira, pretendeu-se problematizar as

questões que envolvem o ensino da disciplina, nos aspectos que o tem marcado, sejam eles

políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais. A partir dessa data estão apresentados

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os fundamentos teóricos-metodológicos que orientam o Ensino de Língua Estrangeira na Rede

Pública Estadual, no que se refere a sua prática e objetivos atribuídos a disciplina, identificou-

se que a abordagem comunicativa tem orientado o trabalho em sala de aula. Esta opção

favorece o uso da língua pelos alunos, mas os professores explicitaram também o

reconhecimento dos limites de tal abordagem ao pretenderem ampliar o papel deste

componente curricular na formação integral dos alunos, a mesma apresenta aspectos positivos

na medida que incorpora em seu modelo o uso da gramática exigida para a interpretação,

expressão e negociação de sentidos no contexto imediato da situação de fala, colocando-se a

serviço dos objetivos de comunicação.

Propõe-se que aula de LEM constitua um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se envolva discursivamente e

perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo em que vive,

espera-se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente

construídos e, portanto passíveis de transformação na prática social.

Ensinar e aprender línguas é também ensinar e aprender percepções de mundo e

maneiras de atribuir sentidos, é formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da

língua os diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de proficiência

atingido. Na Língua Inglesa, espera-se que o aluno:

• use a língua em situações de comunicação oral e escrita;

• vivencie, na aula de Língua Inglesa, formas de participações que lhe possibilitem

estabelecer relações entre ações individuais e coletivas;

• compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformações;

• tenha maior consciência sobre o papel das Línguas na sociedade;

• reconheça e compreenda a diversidade linguística e cultural e seus benefícios.

Ao estudar uma Língua Estrangeira, o aluno/sujeito aprende também como atribuir

significados para entender melhor a realidade. A partir do confronto com a cultura do outro,

torna-se capaz de delinear um contorno para a própria identidade.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos escolares de

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Língua Estrangeira são considerados basilares para a compreensão do objeto de estudo dessa

disciplina. Esses saberes são concebidos como Conteúdo Estruturante, a partir dos quais se

abordam os conteúdos específicos no trabalho pedagógico. O Conteúdo Estruturante se

constituem através da história, são legitimados socialmente e, por isso, são provisórios e

processuais.

O Conteúdo Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao tomar

a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um

conteúdo que atendesse a essas perspectivas. Sendo assim, define-se como Conteúdo

Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o “DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL”. A

língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as

práticas que efetivam o DISCURSO.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros Discursivos

Para os trabalhos das práticas de leitura, escrita, oralidade a análise liguisticas, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de

circulação. Caberá ao professor elencar todos os gêneros que devem ser escolhidos

previamente pelo coletivo da escola, nas diferentes esferas, de acordo com o PPP, com a PPC,

com o PTD, ou seja, em conformidade com as características da escola e com o nível de

complexidade adequada cada uma das séries.

Leitura

Identificação do tema; intertextualidade; intencionalidade; vozes sociais presentes no

texto; léxico, coesão e coerência; marcadores do discurso; funções das classes gramaticais do

texto; elementos semânticos; discurso direto e indireto; emprego do sentido denotativo e

conotativo; recursos estilísticos (figuras de linguagem); marcas linguísticas: particularidades

da língua, pontuação; recursos gráficos (aspas, travessão, negrito) variedades linguísticas;

acentuação gráfica; ortografia.

Escrita

Tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; intencionalidade; intertextualidade;

condição de produção; informatividade; vozes sociais presentes no texto; vozes verbais;

discurso direto e indireto; emprego do sentido denotativo e conotativo; léxico; coesão e

coerência, funções das classes gramaticais no texto; elementos semânticos; recursos

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estilísticos (figura de linguagem); marcas linguísticas: particularidades de língua, pontuação;

recursos gráficos (aspas, travessão, negrito); variedades linguísticas, ortografia, acentuação

gráfica.

Oralidade

Elementos extraliguisticos: entonação, pausa, gesto, etc; adequação do discurso ao

gênero; turnos de fala, vozes sociais presentes no texto, variações linguísticas; marcas

linguísticas: coesão, coerência, gírias e repetição: diferenças e semelhanças entre o discurso

oral e escrito; adequação da fala ao contexto; pronúncia.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Leitura

É importante que o professor:

• Propicie práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;

• Considere o conhecimento prévio dos alunos;

• Formule questionamentos que possibilitem inferência sobre o texto;

• Encaminhe discussões e reflexões sobre o tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situcionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia.

• Propicie análises para estabelecer a referência textual;

• Conduza leituras para a compreensão das partículas conectivas;

• Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

• Utilize textos não verbais diversos: gráficos, fotos, imagens, mapas, etc;

• Relacione o tema com o contexto atual;

• Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

• Instigue o entendimento/reflexão das diferenças decorridas de palavras e /ou

expressões no sentido denotativo e conotativo, bem como de expressões que denotem ironia e

humor;

• Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes

gêneros.

Escrita

É importante que o professor:

• Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor,

intenções, intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situcionalidade, temporalidade e

ideologia;

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• Propicie o uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência

textual;

• Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;

• Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

• Acompanhe a produção do texto;

• Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos

elementos que compõe o gênero;

• Instigue o uso de palavras e/ou expressões no sentido denotativo e conotativo, bem

como de expressões que denotem ironia e humor;

• Estimule produções em diferentes gêneros;

• Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

Oralidade

É importante que o professor:

• Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em

consideração; aceitabilidade, informatividade, situcionalidade, e finalidade do texto;

• Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

• Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em

seu uso formal e informal;

• Estimule contações de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralinguísticos, como: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausa e outros;

• Selecione discursos de outros para analise dos recursos da oralidade como: cenas de

desenhos, programas infantos juvenis, entrevistas, reportagens e outros.

Seguindo as Diretrizes Curriculares nas Escolas Publicas do estado do Paraná, o

trabalho com a Língua estrangeira parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades

como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as Línguas Estrangeiras são

possibilidades de conhecer expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir

significados.

O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira Moderna será o texto verbal e não-

verbal sendo abordados os vários gêneros textuais, em atividades diversificadas, analisando a

função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de informações o grau de

informação e considerando o contexto de uso e os seus interlocutores.

As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os alunos

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dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Elas

servirão como subsídios para a produção textual em Língua Estrangeira.

Os alunos devem entender que ao interagir com/na língua, interagem com pessoas

específicas. Para compreender um enunciado em particular, devem ter em mente: quem disse,

o que, para quem, onde, quando e por que.

A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização do

conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elementos que

podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos produzidos no contato com os

textos.

Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas

que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles há um

sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que

está inserido.

A oralidade tem como objetivo expor os alunos a textos orais, pertencentes aos

diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursiva, a oralidade é muito mais do

que o uso funcional da língua, é aprender e expressar ideias em Língua Estrangeira mesmo

que com limitações e que há uma diversidade de gêneros e que qualquer uso da linguagem

implica e que existe a necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes

situações, tal como ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é importante que o aluno

se familiarize com os sons específicos da língua que esta aprendendo.

O ensino de Língua Estrangeira Moderna será articulado com as demais disciplinas

do currículo para relacionar os vários conhecimentos. As atividades serão abordadas a partir

de textos e envolverão simultaneamente práticas e conhecimentos mencionados, de modo a

proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora com

relação aos discursos apresentados. Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou não

verbal, o professor poderá trabalhar:

a)Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidades, pois cada

atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;

b)Aspecto Cultural / Inter discursivo: influência de outras culturas percebidas no

texto, o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão

ser feitas a partir do texto apresentado;

c)Variedade linguística: formal ou informal;

d)Análise linguística: será utilizada de acordo com a série. Ressaltando a diferença

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entre o ensino da gramática e a prática da análise linguística;

e)Atividades:

-Pesquisa: como uma forma de saber mais sobre o assunto, nos livros ou na internet.

Conversa com pessoas mais experientes, entrevista, etc.

-Discussão: conversa sobre o assunto, valorizando as pesquisas feitas pelos alunos.

Aprofundar e/ou confrontar informações em Língua Materna.

-Produção de texto: com a ajuda dos recursos disponíveis e a orientação do

professor.

Entende-se que muitos professores prefiram o trabalho com o livro didático em

função da previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar aulas, acesso a textos,

figuras, etc. Suas vantagens são percebidas em relação aos alunos que podem dispor de

material para estudo, consultas, exercícios, enfim acompanhar melhor as atividade. Além de

descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se que o professor utilize

outros recursos disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos, vídeo,

DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia, rádio, etc.

A elaboração de materiais pedagógicos pautados na Diretriz permite flexibilidade

para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como contemplar a diversidade

regional. Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna, o professor proporcionará ao

aluno, pertencente a uma determinada cultura o contato e a interação em outras línguas e

culturas. De acordo com a Instrução 009/2011 SUED / SEED, os conteúdos obrigatórios

abaixo serão abordados durante o ano letivo no momento em que se fizer necessário bem

como quando surgirem oportunidades ou de acordo com o conteúdo trabalhado na disciplina:

Educação Ambiental, Educação Tributária, Enfrentamento da Violência contra Criança e

Adolescente, Sexualidade Humana, Prevenção ao Uso indevido de Drogas, Educação do

Campo, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena e História do

Paraná, Música, Direito da Criança e do Adolescente.

AVALIAÇÃO

Leitura

Espera-se do aluno:

• Realize leitura compreensiva do texto;

• Localização de informações explícitas e implícitas no texto;

• Posicionamento argumentativo;

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• Ampliação do horizonte de expectativa;

• Ampliação do léxico;

• Percepção do ambiente no qual circula o gênero;

• Identificação da ideia principal do texto;

• Analise das intenções do autor;

• Identificação do tema;

• Dedução dos sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;

• Compreensão das diferenças decorridas do uso de palavras e e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo.

Escrita

Espera-se do aluno:

• Expressão de ideias com clareza;

• Elaboração de textos atendendo: as situações de produção proposta (gênero,

interlocutor, finalidade...); a continuidade temática.

• Diferenciação do contexto de uso da linguagem formal e informal;

• Uso de recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade,

intertextualidade, etc;

• Utilização adequada de recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, etc;

• Emprego de palavras e ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto;

Oralidade

Espera-se do aluno:

• Utilização do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• Apresentação de ideias com clareza;

• Compreensão de argumentos no discurso de outro;

• Exposição objetiva de argumentos;

• Organização da sequencia da fala;

• Respeite os turnos de fala;

• Analise dos argumentos apresentados pelos alunos em suas apresentações e/ou nos

gêneros orais trabalhados;

• Participação ativa em diálogos, relatos, discussões, quando necessário em Língua

Materna;

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• Análise de recurso da oralidade em cenas de desenho, programas infantos juvenis,

filmes, etc.

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna será articulada aos

fundamentos teóricos explicitados nas diretrizes e na LDB nº 9394/96, conforme previsto no

Projeto Político Pedagógico e Regimento Escolar que contempla no mínimo duas avaliações

bimestrais e no máximo a critério do professor, cada qual com valor 10,0, sendo que a média

para a aprovação é valor 6,0. Ao propor reflexões sobre as práticas avaliativas, objetiva-se

favorecer o processo de ensino e de aprendizagem, norteando o trabalho do professor, e

propiciar ao aluno sua dimensão no percurso pedagógico.

É importante que o professor organize o ambiente pedagógico, observe a participação

dos alunos e considere que o engajamento discursivo pela interação verbal de diferentes

formas: entre os alunos e o professor, entre os alunos na turma; na interação com o material

didático; nas conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira no próprio uso da língua,

que funciona como recurso cognitivo promovendo o desenvolvimento de ideias. Com o

propósito de encarar esse desafio, busca-se em Língua Estrangeira Moderna, superar a

concepção de avaliação como mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos.

A avaliação enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como apropriação

do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo ação reflexão-ação que se passa na

sala de aula através da interação professor/aluno carregado de significados e compreensão. Na

avaliação, serão usados textos escritos, orais, pendrive, partes de filmes, dicionários, diálogos,

bilhetes, pequenas cartas, músicas, todos esses instrumentos com objetivo de formar não

apenas um leitor, mas um estudante capaz de produzir sentidos de leitura, levantar hipóteses,

perceber a intencionalidade, compartilhando o processo ensino aprendizagem formando

cidadãos conscientes, críticos, criativos, solidário e autônomos.

A recuperação ocorrerá sempre após a retomada de conteúdos e ofertada a todos,

independente da nota alcançada pelo aluno.

Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, terão atendimentos e

avaliações diferenciados de acordo com sua necessidade, seja na escrita, na oralidade, visual,

e outras de acordo com as especificidades de cada indivíduo.

Referências Bibliográficas

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Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Secretaria de Estado de Educação do Paraná,

2008; Língua Estrangeira Moderna.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento

de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do Paraná. Curitiba, 1990.

PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Historicamente, o processo de ensino de língua Portuguesa iniciou-se com a

educação jesuítica.

Em 1759, a Reforma Pombalina impôs a Língua Portuguesa como idioma-base do

ensino. Mas, somente nas últimas décadas do século XIX, passou a integrar os currículos

escolares brasileiros. Seguindo os moldes do ensino de Latim fragmentava-se no ensino de

Gramática, Retórica e Poética.

A escola se abria a camadas cada vez maiores da população, o ensino de português

tratava de prover uma determinada classe de uma língua que era considerada “boa língua”. O

conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871, data em que foi criado, no

Brasil, o cargo de Professor de Português.

A literatura veiculada na variedade brasileira foi retomada pelos modernistas em

1922, pois defendiam a necessidade de privilegiar o falar brasileiro.

No contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não

poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades

trazidas por esses alunos. Uma concepção tecnicista de educação gerou um ensino baseado

em exercícios de memorização. Decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na

disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de

comunicação. A disciplina passou a denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no primeiro grau,

Comunicação e Expressão, nos anos iniciais, e Comunicação em Língua Portuguesa, nos anos

finais.

Na década de 70, houve uma tentativa de rompimento com essas práticas. Com o fim

do regime militar, ganham forças as discussões sobre o currículo escolar e o papel da

educação na transformação social, política e econômica da sociedade brasileira. A pedagogia

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histórico-crítica vê a educação como mediação da prática social. Essa pedagogia se revelou

nos estudos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. As

novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram no final da década de 1970 e

início de 1980. O livro de João Wanderley Geraldi marcou as discussões no Paraná.

O currículo orientava os professores a um trabalho focado na leitura e na produção;

um ensino voltado para o domínio efetivo de falar, ter e escrever. Fundamentou-se a

disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista.

Considerando o percurso histórico da disciplina, evidencia-se novos posicionamentos

em relação às práticas de ensino, uma proposta que dá ênfase à língua viva, dialógica, em

contraste com a movimentação, reflexiva e produtiva.

O domínio da linguagem e o ensino da língua são imprescindíveis para a participação

efetiva no meio social em que se vive. Aprender a falar e a escrever não é suficiente para que

o indivíduo seja capaz de interferir e atuar na comunidade em que vive. Ele deve saber

argumentar, defender seu ponto de vista, trocar, emitir e receber opiniões, exercendo assim a

cidadania. A principal função das escolas deve ser a de formar cidadãos com senso crítico e

aguçado e não apenas expectadores.

A nova realidade social desencadeou a ampliação da utilização da escrita, dos meios

de comunicação eletrônicos e as incertezas de alunos pela escola regular colocou novas

demandas e necessidades, tornando ultrapassados os métodos e conteúdos tradicionais.

Apesar de ainda imperar uma atitude preconceituosa em relação às formas não

absorvidas da expressão linguística, que devem consolidar-se em práticas de ensino em que

tanto o ponto de partida quanto o ponto de chegada seja o uso da linguagem.

O ensino da Língua Portuguesa, conforme o documento oficial – as DCEs pauta-se

numa concepção de linguagem enquanto interação que prima, em seu processo de aquisição e

aprimoramento da língua, o sujeito, a história e o contexto, (PARANÁ, 2008, p. 48).

Ensinar a língua materna requer que se considerem os aspectos sociais e históricos

em que o sujeito está inserido, bem como o contexto de produção do enunciado, uma vez que

os seus significados são sociais e historicamente construídos. O ensino-aprendizagem de

Língua Portuguesa visa aprimorar os conhecimentos linguísticos e discursivos dos alunos,

para que eles possam compreender os discursos que os cercam e terem condições de interagir

com esses discursos.

Para isso, é relevante que a língua seja percebida como um espaço em que diversas

vozes se defrontam, manifestando diferentes opiniões.

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Portanto, hoje as práticas discursivas: oralidade, leitura e produção escrita devem

partir do uso possível aos alunos, para permitir ampliar a competência linguístico-discursiva,

particularmente daquelas associadas aos padrões da escrita, sempre considerando que:

•A razão de ser das propostas de leitura e escrita de textos é a compreensão ativa;

•A razão de ser das propostas de uso da fala e da escrita é a interlocução efetiva;

•As situações didáticas têm como objetivo levar os alunos a pensar sobre a

linguagem para poder compreendê-la e utilizá-la apropriadamente às situações e aos

propósitos definidos;

•Há a necessidade de se respeitar que cada indivíduo se diferencia pelas suas

características socais e é através da linguagem que expressa suas ideias, pensamentos e

intenções de forma que assim estabelece relações interpessoais;

A linguagem e o pensamento mantêm vínculo estreito entre si. É por meio da

linguagem que se constroem referenciais em relação às crenças e ao conhecimento geral do

mundo, levando à interpretação da realidade, enquanto que o pensamento resultante da

linguagem dá capacidade de ser alterado, reorganizado ou substituído por outro.

Os conteúdos serão trabalhados em atividades interdisciplinares, uma vez que

interdisciplinaridade questiona a segmentação entre diferentes campos do conhecimento,

visão compartilhada da realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida historicamente,

se constitui, uma vez que procura situar a pedagogia numa visão unitária.

Na prática pedagógica, a interdisciplinaridade expõe as interrelações entre os objetos

de conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho fragmentado, sendo que a

mesma promove a percepção da implicação do sujeito de conhecimento na sua produção.

Por essa mesma via, abre espaço para a inclusão de saberes extraescolares,

possibilitando a referência a sistemas de significados construídos na realidade dos alunos. A

interdisciplinaridade, portanto, dá sentido social a procedimentos e conceitos próprios das

áreas convencionais, superando, assim, o aprender apenas pela necessidade escolar de passar

de ano.

Nessa dimensão, o aluno é sujeito do aprender, é aquele que age com e sobre o objeto

do conhecimento que são os discursos textuais e linguísticos implicados nas práticas sociais

de linguagem. Nessa perspectiva, o professor é o mediador entre o sujeito e o objeto do

conhecimento.

Para isso, ele contempla os seguintes objetivos:

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• Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção

de textos escritos de modo a atender as múltiplas demandas sociais, corresponder às diferentes

condições de produção do discurso;

• Empregar a língua oral em situações de uso, adequando-a ao contexto, interlocutor,

intenção, propiciando a possibilidade de posicionamento;

• Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade operando

sobre as representações construídas em várias áreas de conhecimento, sabendo como proceder

para ter acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o

modo pelo qual se organizam em sistemas coerentes;

• Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio, desenvolvendo a

capacidade de avaliação de textos, contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes

opiniões, inferindo às possíveis intenções do autor marcadas no texto e percebendo os

processos de convencimento utilizados para atuar sobre interlocutor / leitor;

• Conhecer e valorizar as diferentes variedades de português, procurando combater o

preconceito linguístico;

• Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento

adequado e eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo nas

interações com pessoas de outros grupos sociais que se expressam por meio de outras

variedades;

• Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para

expandir sua capacidade de monitoramento das possibilidades de uso da linguagem de análise

crítica;

• Despertar o gosto pela leitura;

• Possibilitar ao aluno conhecer a cultura afro e entendê-la como parte da cultura

brasileira;

• Considerar a língua como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais,

como representação simbólica de experiências humanas manifestadas nas formas de sentir,

pensar e agir na vida social.

• Analisar os recursos repressivos da linguagem verbal, relacionando textos,

contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de

produção, recepção (intenção, época, local e interlocutores participantes na criação e

propagação de ideias e escolhas);

198

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• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre diferentes manifestações da linguagem

verbal, aplicando as tecnologias de comunicação e de informação na escola, no trabalho e em

outros contextos relevantes da sua vida.

• Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de

significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

• Propiciar, através da literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita

a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita bem como

de aprofundar o pensamento crítico e a sensibilidade estética.

• Aprimorar os conhecimentos linguístico-dicursivos de forma a propiciar condições

de adequar a linguagem a diferentes contextos sociais.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE

No processo ensino-aprendizagem é importante saber que quanto maior o contato

com a linguagem, mais possibilidades se tem de entender o texto, portanto, há necessidade de

apresentar um trabalho pedagógico que priorize as práticas sociais.

A escola precisa considerar o discurso enquanto prática social que se manifesta a

partir da oralidade, a escrita e a leitura como ações que possibilitem o aluno a ampliar seus

propósitos comunicativos, posicionando-se e interagindo com as práticas de linguagem da

sociedade e reconheça as vozes sociais e ideologias presentes no texto, no intuito de favorecer

o desenvolvimento da compreensão leitora, assim como a diversidade de procedimentos de

planejamento do texto e obter melhor resultado possível no trabalho com os alunos.

Na disciplina de Língua Portuguesa o conteúdo estruturante contempla o discurso

enquanto prática social e se desdobra nas práticas discursivas de leitura, oralidade e escrita.

CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

Gêneros discursivos:

• Cotidiano: anedotas, carta pessoal, convites, bilhetes, exposição oral, quadrinhas,

lendas, trava-línguas

• Literário: contos, contos de fada, fábulas, histórias em quadrinhos, lenda, literatura

de cordel, narrativas fantásticas e de terror

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• Escolar: cartazes, resumos, exposição oral

• Imprensa: cartum, charge, entrevista, fotos, tiras.

• Publicitária: músicas paródias, folder, fotos

• Científica: pesquisa

• Produção e consumo: bulas, placas

Leitura:

• Tema do texto

• interlocutor

• Finalidade do texto

• Argumentos de texto

• Discurso direto e indireto

• elementos composicionais do gênero

• Léxico

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos

Escrita:

• Contexto de produção

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Informatividade

• Argumentatividade

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero

• Divisão do texto em parágrafos

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito), figuras de linguagem

• Processo de formação de palavras

• Acentuação gráfica

• Ortografia

• Concordância Verbal / Nominal

Oralidade:

• Tema do texto

• Finalidade

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• Argumentos

• Papel do locutor e interlocutor

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, reticências

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos

7º ANO

Gêneros discursivos:

• Cotidiano: cartão postal, piadas, paralendas, músicas

• Literário: crônicas, histórias em quadrinhos, lenda, narrativas fantásticas, causos,

narrativas de terror, diários, narrativas de aventuras, poemas

• Imprensa: entrevista, texto de opinião

• Escolar: resumos, exposição oral

• Publicitária: anúncio, e-mail

• Científica: pesquisa

Leitura:

• Tema do texto

• interlocutor

• Finalidade do texto

• Argumentos de texto

• Contexto de produção

• Intertetualidade

• Informações implícitas e explícitas

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero

• Repetição proposital de palavras

• Léxico

• Anbiguidade

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito, figuras de linguagem

Escrita:

201

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• Contexto de produção

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Informatividade

• Discurso direto e indireto

• Elementos composicionais do gênero

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito), figuras de linguagem

• Processo de formação de palavras

• Acentuação gráfica

• Ortografia

• Concordância Verbal / Nominal

Oralidade:

• Tema do texto

• Finalidade

• Papel do locutor e interlocutor

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Variações linguísticas

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição,

• Semântica

8º ANO

Gênero discursivos:

• Cotidiano: cartão postal, piadas, paralendas, músicas, receitas

• Literário: crônicas, romances, fábulas, lendas, acróstico, memórias

• Imprensa: entrevistas, classificados

• Escolar: resumos, exposição oral, cartazes, mensagens, relatório

• Publicitária: cartazes, paródia

• Científica: debates

Leitura:

• interlocutor

202

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• Intencionalidade do texto

• Argumentos de texto

• Contexto de produção

• Intertextualidade

• Vozes sociais presentes no texto

• Discurso direto e indireto

• elementos composicionais do gênero

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)

• Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido figurado, expressões

que denotam ironia e humor no texto

Escrita:

• Conteúdo temático

• Interlocutor

• Intencionalidade do texto

• Informatividade

• Contexto de produção

• Intertextualidade

• Vozes sociais presentes no texto

• Elementos composicionais do gênero

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito)

• Concordância Verbal / Nominal

• Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto

• Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das palavras,

sentido figurado, expressões que denotam ironia e humor no texto

Oralidade:

• Conteúdo temático

203

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• Finalidade

• Argumentos

• Papel do locutor e interlocutor

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas, ...

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

• Elementos semânticos

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc)

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

9º ANO

Gêneros discursivos:

• Cotidiano: carta pessoal, comunicados, curriculum vitae, convites, exposição oral

• Literário: romance, fábulas contemporâneas, contos e crônicas

• Imprensa: sinopse de filmes e livros, entrevista

• Escolar: exposição oral, resenha, seminário, pesquisas, texto argumentativo,

resumo

• Publicitária: cartazes, e-mail

• Política: carta ao leitor, carta de reclamação, artigo de opinião

• Jurídica: leis e regimentos

Leitura:

• Conteúdo temático

• Interlocutor

• Intencionalidade do texto

• Argumentos de texto

• Contexto de produção

• Intertextualidade

• Discurso ideológico presente no texto

• Vozes sociais presentes no texto

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• elementos composicionais do gênero

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

• Partículas conectivas do texto

• Progressão referencial no texto

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito)

• Semântica: operadores argumentativos, polissemia, expressões que denotam

ironia e humor no texto

Escrita:

• Conteúdo temático

• Interlocutor

• Intencionalidade do texto

• Informatividade

• Contexto de produção

• Intertextualidade

• Vozes sociais presentes no texto

• Elementos composicionais do gênero

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

• Partículas conectivas do texto

• Progressão referencial no texto

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (como aspas, negrito)

• Sintaxe da concordância

• Sintaxe de regência

• Processo de formação de palavras

• Vícios de linguagem

• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, polissemia

Oralidade:

• Conteúdo temático

• Finalidade

• Argumentos

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• Papel do locutor e interlocutor

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas, ...

• Adequação do discurso ao gênero

• Turnos de fala

• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras)

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição

• Semântica

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc)

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

Prática de produção de textos orais e escritos

Antes dos conteúdos referentes a prática de produção de textos orais e escritos, será

apresentada a tabela que organiza os gêneros sugeridos para o trabalho, conforme critérios

apresentados anteriormente.

GÊNEROS SUGERIDOS PARA A PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS

ORAIS E ESCRITOS

LITERÁRIOS

DE IMPRENSA

DE DIVULGAÇÃO

CIENTIFICA

Canção;

Textos dramáticos

Notícia;

Entrevista;

Debate;

Depoimento;

Exposição;

Seminário;

Debate;

LITERÁRIOS

DE IMPRENSA

DE DIVULGAÇÃO

CIENTÍFICA

Crônica;

Conto;

Poema;

Notícia;

Artigo;

Carta do leitor;

Relatório de

experiências;

Esquema resumo de

artigos ou verbetes de

enciclopédia;

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Produção de textos orais:

• Planejamento prévio de fala em função da intencionalidade do locutor, das

características do receptor, das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos;

• Seleção, adequada ao gênero, de recursos discursivos, semânticos e gramaticais

prosódicos e gestuais;

• Emprego de recursos escritos (gráficos, esquemas, tabelas) como apoio para a

manutenção da continuidade da exposição;

• Ajuste da fala em função da reação dos interlocutores, como levar em conta o

ponto de vista do outro para acatá-lo, refutá-lo ou negociá-lo.

Produção de textos escritos:

• Produção de textos considerando suas condições de produção/situação

comunicativo:

▪ Finalidade;

▪ Especificidade do gênero;

▪ Lugares preferenciais de circulação;

▪ Interlocutor eleito;

◦ Utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração do texto:

▪ Levantamento de ideias e dados;

▪ Planejamento;

▪ Rascunho;

▪ Revisão (com intervenção do professor);

▪ Versão final;

◦ Utilização de mecanismos discursivos e linguísticos de coerência e coesão textual,

conforme o gênero e os propósitos do texto, desenvolvendo diferentes critérios:

▪ Manutenção da continuidade do tema e ordenação de suas partes;

▪ Seleção apropriada do léxico em função do eixo temático;

▪ Manutenção do paralelismo sintático e/ou semântico;

▪ Suficiência (economia) e relevância dos tópicos e informações em relação ao tema

e o ponto de vista assumido;

▪ Avaliação da orientação e força dos argumentos;

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▪ Propriedade dos recursos linguísticos (repetição, retomadas, anáforas, conectivos)

na expressão da relação entre constituintes do texto;

◦ Utilização de marcas de segmentação em função do projeto textual:

▪ Pontuação (ponto, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos, ponto de exclamação,

ponto de interrogação, reticências);

▪ Outros sinais gráficos (aspas, travessão, parênteses);

◦ Utilização de recursos gráficos orientadores da interpretação do interlocutor,

possíveis aos instrumentos empregados no registro de texto (lápis, caneta, máquina de

escrever, computador):

▪ Divisão em colunas;

▪ Caixa de texto;

▪ Marcadores de enumeração;

▪ Utilização dos padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de

produção.

Práticas Discursivas

• Reconhecimento das características dos diferentes gêneros de texto, quanto ao

conteúdo temático, construção composicional e ao estilo;

• Reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada texto e gêneros de

texto se inserem, considerando as intenções do enunciador, os interlocutores, os

procedimentos narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos e conversacionais que

privilegiam, e a intertextualidade (explícita ou não);

• Levantamento das restrições que diferentes suportes e espaços de circulação

impõem à estruturação de textos;

• Análise das sequencias discursivas predominantes (narrativa, descritiva,

expositiva, argumentativa e conversacional) e dos recursos expressivos recorrentes no interior

de cada gênero;

• Reconhecimento das marcas linguísticas específicas (seleção de processos

anafóricos, marcadores temporais, operadores lógicos e argumentativos, esquema dos tempos

verbais, dêiticos, etc.).

• Observação da língua em uso de maneira a dar conta da variação intrínseca ao

processo linguístico, no que diz respeito:

◦ Aos fatores geográficos (variedades regionais, variedades urbanas e rurais),

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históricos (linguagem do passado e do presente), sociológicos (gênero, gerações, classe

social), técnicos (diferentes domínios da ciência e da tecnologia);

◦ As diferenças entre os padrões da linguagem oral e os padrões da linguagem

escrita;

◦ A seleção de registros em função da situação interlocutora (formal, informal);

◦ Aos diferentes componentes do sistema lingüístico em que a variação se

manifesta: na fonética (diferentes pronúncias), no léxico (diferentes empregos de palavras), na

morfologia (variantes e reduções do sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estruturação

das sentenças e concordância).

• Comparação dos fenômenos linguísticos observados na fala e na escrita nas

diferentes variedades, privilegiando os seguintes domínios:

Sistema pronominal (diferentes quadros pronominais em função do gênero):

preenchimento da posição de sujeito, extensão do emprego dos pronomes tônicos na posição

de objetivo, desaparecimento dos clíticos, emprego dos reflexivos, etc;

Sistema dos tempos verbais (redução do paradigma no vernáculo) e emprego dos

tempos verbais (predominância das formas compostas no futuro e no mais que perfeito,

emprego do imperfeito pelo “condicional”, predominância do modo indicativo etc.);

Predominância de verbos de significação mais abrangente (ser, ter, estar, ficar, pôr,

dar) em vez de verbos com significação mais específica;

Emprego de elementos dêiticos e de elementos anafóricos sem relação explícita

com situações ou expressões que permitam identificar a referência;

Casos mais gerais de concordância nominal e verbal para recuperação da

referência e manutenção da coesão;

• Realização de operações sintáticas que permitam analisar as implicações

discursivas decorrentes de possíveis relações estabelecidas entre forma e sentido, de modo a

ampliar os recursos expressivos;

• Expansão dos sintagmas para expressar sinteticamente elementos dispersos no

texto que predicam um mesmo núcleo ou o modifica;

• Integração à sentença mediante nominalizações da expressão de eventos,

resultados de eventos, qualificações e relações;

• Reordenação dos constituintes da sentença e do texto para expressar diferentes

pontos de vista discursivos, como a topicalidade, a informação nova, a ênfase;

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• Utilização de recursos sintáticos e morfológicos que permitam alterar a estrutura

da sentença para expressar diferentes pontos de vista discursivos, como, por exemplo, uma

diferente topicalidade ou o ocultamento do agente (construções passivas, utilização do clítico

“se” ou verbo na terceira pessoa do plural), o efeito do emprego ou não de operadores

argumentativos e de modalizadores;

• Redução de texto (omissões, apagamentos, elipses) seja como marca de estilo, seja

para diminuir redundâncias ou para evitar recorrências que não tenham caráter funcional ou

não produzam desejados efeitos de sentido.

• Ampliação do repertório lexical pelo ensino-aprendizagem de novas palavras, de

modo a permitir:

Escolha, entre diferentes palavras, daquelas que sejam mais apropriadas ao que se

quer dizer ou em relação de sinonímia no contexto em que se inserem ou mais genéricas /

mais específicas (hiperônimos e hipônimos);

Escolha mais adequada em relação à modalidade falada ou escrita ou no nível de

formalidade e finalidade social do texto;

Organização das palavras em conjuntos estruturados em relação a um determinado

tema, acontecimento, processo, fenômeno ou mesmo objeto, como possíveis elementos de um

texto;

Capacidade de projetar, a partir do elemento lexical (sobretudo verbos), a estrutura

complexa associada a seu sentido, bem como os traços de sentido que atribuem aos elementos

(sujeito, complementos) que preencham essa estrutura;

Emprego adequado de palavras limitadas a certas condições histórico-sociais

(regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, jargões, gíria);

Elaboração de glossários, identificação de palavras-chave, consulta ao dicionário.

• Descrição de fenômenos linguísticos com os quais os alunos tenham operado, por

meio de agrupamento, aplicação de modelos, comparações e análise das formas linguísticas,

de modo a inventariar elementos de uma mesma classe de fenômenos e construir paradigmas

contrastantes em diferentes modalidades de fala e escrita, com base:

Em propriedades morfológicas (flexão nominal, verbal; processos derivacionais de

prefixação e de sufixação);

• Utilização da intuição sobre unidades linguísticas (períodos, sentenças, sintagmas)

como parte das estratégias de solução de problemas de pontuação.

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• Utilização das regularidades observadas em paradigmas morfológicos como parte

das estratégias de solução de problemas de ortografia e de acentuação gráfica.

• Valorização das variedades lingüísticas que caracterizam a comunidade dos

falantes da Língua Portuguesa nas diferentes regiões do país.

• Valorização das diferentes opiniões e informações veiculadas nos textos — orais

ou escritos — como possibilidades diferenciadas de compreensão do mundo.

• Posicionamento crítico diante de textos, de modo a reconhecer a pertinência dos

argumentos utilizados, posições ideológicas subjacentes e possíveis conteúdos

discriminatórios neles veiculados.

• Interesse, iniciativa e autonomia para ler textos diversos adequados à condição

atual do aluno.

• Atitude receptiva diante de leituras desafiadoras e disponibilidade para a ampliação

do repertório a partir de experiências com material diversificado e recomendações de

terceiros.

• Frequentar os espaços mediadores de leitura — bibliotecas, livrarias,

distribuidoras, editoras, bancas de revistas, lançamentos, exposições, palestras, debates,

depoimentos de autores — sabendo orientar-se dentro da especificidade desses espaços e

sendo capaz de localizar um texto desejado.

• Reconhecimento da necessidade de dominar os saberes envolvidos nas práticas

sociais, mediadas pela linguagem como ferramenta para a continuidade de aprendizagem fora

da escola.

• Reconhecimento de que o domínio dos usos sociais da linguagem oral e escrita

pode possibilitar a participação política e cidadã do sujeito, bem como transformar as

condições dessa participação, conferindo-lhe melhor qualidade.

• Reconhecimento de que o domínio da linguagem oral e escrita pode oferecer ao

sujeito melhores possibilidades de acesso ao trabalho.

• Reconhecimento da necessidade e importância da língua escrita no processo de

planejamento prévio de textos orais.

• Preocupação com a qualidade das produções escritas próprias, tanto no que se

refere aos aspectos formais — discursivos, textuais, gramaticais, convencionais — quanto à

apresentação estética.

• Valorização da linguagem escrita como instrumento que possibilita o

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distanciamento do sujeito em relação a idéias e conhecimentos expressos, permitindo formas

de reflexão mais aprofundadas.

CONTEÚDO BÁSICOS – ENSINO MÉDIO

1ª SÉRIE

GENEROS DISCURSIVOS:

• Histórias que a vida conta

• Crônicas

• Histórias de nossa imaginação

• Narração

• Texto informativo

• Contos

• Haicai

• Poema

• Lendas

• Memorias

• Pesquisas

• Artigo de opinião

• Carta de emprego

• Carta de solicitação

• Carta Pessoal

• Convites

• Músicas

• Crônicas de Ficção

• Entrevista (oral e escrita)

• Anúncio

• Diálogo / Discussão Argumentativa

• Filmes

LITERATURA

• Literatura: A Arte da Palavra (relação dialógica com outros textos)

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• O Texto Literário (leitura coerente do texto)

• O Trovadorismo

• O Humanismo

• O Renascimento

• O Quinhentismo Brasileiro

ESCRITA

• Conteúdo temático

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Intencionalidade

• Intertextualidade

• Vozes sociais presentes no texto

• Elementos composicionais do gênero

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

• Contexto de produção

• Partículas conectivas do texto

• Progressão referencial no texto

• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, funções das classes gramaticais no texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos: aspas, travessão, negrito, etc

• Sintaxe de concordância e regência

LEITURA

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Vozes sociais presentes no texto

• Contexto de produção

• Argumentos do texto

• Marcas Linguísticas: coesão, coerência, funções das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos

• Semântica: figuras de linguagem

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ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

• Intencionalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos da fala;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre discurso oral e o escrito;

2ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS

▪ Curriculum Vitae

▪ Exposição Oral

▪ Entrevistas

▪ Biografias

▪ Poemas

▪ A correspondência: carta familiar, carta de emprego, e-mail

▪ Letras de músicas

▪ Romances

▪ Júri Simulado

▪ Resumo

LITERATURA

• O arcadismo

• O Barroco: Português e Brasileiro

• O Neoclassicismo em Portugal

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• Leitura coerente de textos literários

• A poesia romântica brasileira e portuguesa

• A prosa romântica brasileira e portuguesa

• O Realismo e o Naturalismo: Portugal e Brasil

• Contos: Machado de Assis e Eça de Queirós

• O Simbolismo no Brasil

ESCRITA

• Conteúdo Temático

• Finalidade do texto

• Vozes sociais presentes no texto

• Elementos composicionais do gênero

• Semântica: operadores argumentativos, figuras de linguagem, modalizadores

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos

• Vícios de linguagem

• Sintaxe de concordância e regência

LEITURA

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Papel do locutor / interlocutores Adequação do discurso ao gênero

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

• Contexto de produção da obra literária

• Elementos composicionais do gênero

• Contexto de produção da obra literária

• Relação

• Aula de leitura semanal

ORALIDADE

• Conteúdo temático;

• Finalidade;

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• Intencionalidade;

• Argumentos;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas...;

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos da fala;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

• Diferenças e semelhanças entre discurso oral e o escrito;

3ª SÉRIE

GÊNEROS DISCURSIVOS

• Enredo linear e enredo não-linear das narrativas de ficção

• As linguagens da publicidade: anúncio, e-mail, slogan

• Resenha crítica

• A correspondência: abaixo-assinado, ofício, curriculum vitae, ata, carta de

emprego, requerimento;

• Relatórios

• Discurso Político “de Palanque”

• Poemas

• Crônicas de Ficção

LITERATURA

• Compositores românticos do século XIX

• O Simbolismo

• O Pré-modernismo no Brasil

• Semana de Arte Moderna

• A primeira geração modernista brasileira

• A poesia

• A segunda geração modernista brasileira: poesia e prosa

• A terceira geração modernista brasileira:

• Tendências contemporâneas

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• O desenvolvimento da produção literária africana

• Revisão de obras estudadas

LEITURA

• Vozes sociais presentes no texto

• Elementos composicionais do gênero

• Contexto de produção da obra literária

• Semântica: operadores argumentativos, mobilizadores e figuras de linguagem

PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA

Atividades de linguagem:

• Debate;

• Entrevista;

• Exposição dissertativa;

• Resumo

• Paráfrase, paródia;

• Correspondência familiar e oficial;

• Propaganda;

• Narrativa de ficção;

• Crônicas de ficção;

• Romances;

• Poema;

• Contos;

• Texto argumentativo;

• Resenha crítica;

• Texto político;

• Discurso político;

• Ofício;

• Requerimento;

• Curriculum vitae;

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Atividades de reflexão e operação sobre o texto

• Observar, comparar e compreender;

• Função de texto;

• Adequação da forma a situação de uso a aos propósitos do texto;

• Procedimentos de coesão e coerência do texto;

• Diferentes elementos que estruturam;

O texto

• Episódios e modos de relacioná-los e organizá-los;

• Personagens e modo de apresentá-las caracterização das personagens e de

ambiente;

• Narrador, seu ponto de vista em relação aos acontecimentos;

• Tempo de narração e tempos de história;

• Valor composicional das operações na relação e organização dos elementos;

• Relação com a realidade sócio-cultural;

O texto dissertativo:

• Objetivos do autor

• Argumentos que fundamentam ou contrariam a tese do autor e peso relativo desses

argumentos;

• Conclusões;

• Procedimentos argumentativos;

O texto poético:

• Ideia ou elemento central da construção;

• Recursos sonoros, rítmicos, visuais;

• Recursos verbais de construção ao semântico;

• Relação com a realidade sociocultural;

O texto administrativo/legal:

• A função do texto e situações de uso;

• Sistemas de noções peculiares à área de atuação em questão;

• Elementos da linguagem técnica;

• Modos de redação ou aspectos formais;

O texto publicitário e jornalístico:

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Informações veiculadas;

Procedimentos de informação e persuasão;

Atividades relativas ao estudo da literatura:

Relação sincrônica e diacrônica dos textos literários entre si;

Relação da literatura com a realidade e sociocultural.

Atividades relacionadas ao estudo dos fatos da língua:

• No que se refere ao texto:

Funções dos textos e formas linguísticas a elas associadas;

Variações linguísticas, diferentes registros e variações estilísticas: adequação da

forma à situação de uso e aos propósitos do texto;

Estruturação do texto: os procedimentos de coesão e coerência;

Tipos de modalidade de texto;

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS - ENSINO FUNDAMENTAL

Organizar situações de aprendizado, planejando situações de interação nas quais o

conhecimento seja construído ou tematizado, organizando atividades que recriem situações

enunciativas de outros espaços, planejando e dirigindo atividades didáticas apoiando e

orientando o esforço de ação e reflexão do aluno procurando garantir aprendizagem efetiva.

As atividades de ensino devem contemplar o trabalho de diversidade de textos e gêneros.

O ensino desta disciplina deve considerar a condição afetiva, cognitiva e social do

adolescente, deste modo, implica colocar um fazer reflexivo com o qual se busca construir um

saber sobre a língua e a linguagem e sobre os modos como as opiniões valores e saberes são

veiculados nos discursos orais e escritos.

Deve-se possibilitar o acesso a textos escritos mais complexos, com padrões

linguísticos mais distanciados daqueles da oralidade e com sistema de referência mais

distantes do senso comum e das atividades da vida diária, impondo a necessidade de

percepção da diversidade do fenômeno linguístico e dos valores constituídos em torno das

formas de reflexão.

A mediação do professor deve ser de organizar ações que possibilitem aos alunos o

contato crítico e reflexivo com o diferente e o desvelamento dos implícitos das práticas de

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linguagem, inclusive, aspectos não percebidos inicialmente pelo grupo.

Em língua portuguesa, levando em conta que o texto, unidade de trabalho, coloca o

aluno sempre em frente a tarefas globais e complexas, para garantir a apropriação efetiva dos

múltiplos aspectos envolvidos e introduzindo-os nas práticas de oralidade, leitura e produção.

Apresentando diferentes textos de diferentes gêneros, para que os alunos construam os

diversos conceitos.

O trabalho com a língua oral deve desenvolver a capacidade de falar que será

adquirida por meio de exposições, relatórios de experiências, entrevistas, debates, teatros,

palestras, leituras dramáticas e saraus literários. Dentro dessa temática de trabalho, o professor

deve organizar momentos de leitura livre em que ele próprio leia, criando um circuito de

leitura em que se fala o que se leu, trocam-se sugestões, aprendem com experiências do outro.

Para formar bons leitores exercitar-se-á diversos tipos de leitura: leitura autônoma,

colaborativa, em voz alta pelo professor, programada e livre.

Ao produzir um texto, o aluno precisa coordenar uma série de aspectos: o que dizer, a

quem dizer, e como dizer. O texto será analisado pelo professor, o qual promoverá eventuais

ajustes na redação, localizando e corrigindo possíveis deslizes no uso da norma culta.

Os procedimentos de refracção começam de maneira externa, pela mediação do

professor que elabora os instrumentos e organiza as atividades que permitem aos alunos sair

do complexo (o texto) ir ao simples (as questões linguísticas e discursivas que estão sendo

estudadas) e retomar ao complexo (o texto). Graças à mediação do professor, os alunos

aprendem não só um conjunto de instrumentos linguísticos discursivos, como também

técnicas de revisão (rasurar, substituir, desprezar). Por meio dessas práticas mediadas, os

alunos se apropriam progressivamente, das habilidades necessárias à auto-correção.

Além da oralidade, leitura e produção de texto, faz-se necessário atividades

epilinguísticas, que envolvam manifestações de um trabalho sobre a língua e suas

propriedades, como de atividades que envolvam o trabalho de observação, descrição e

categorização, por meio do qual se constroem explicações para os fenômenos linguísticos

característicos das práticas discursivas.

Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a

aprendizagem dos conteúdos selecionados, fazem-se necessários alguns procedimentos

metodológicos:

• Isolamento entre os diversos componentes da expressão oral ou escrita, do fato

linguístico a ser estudado, tomando como ponto de partida as capacidades já dominadas pelos

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alunos; o ensino deve centrar-se na tarefa de instrumentalizar o aluno para o domínio cada vez

maior da linguagem;

• Construção de um corpus que leve em conta a relevância, a simplicidade, bem

como a quantidade dos dados, para que o aluno possa perceber o que é regular;

• Análise do corpus, promovendo o agrupamento dos dados a partir dos critérios

construídos para apontar as regularidades observadas;

• Organização e registro das conclusões a que os alunos tenham chegado.

Os aspectos polêmicos inerentes aos temas sociais, por exemplo, abrem

possibilidades para o trabalho com a argumentação — capacidade relevante para o exercício

da cidadania, por meio da análise das formas de convencimento empregadas nos textos, da

percepção da orientação argumentativa que sugerem, da identificação dos preconceitos que

possam veicular no tratamento de questões sociais, etc.

Procurando desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos

e de assumir a palavra, produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe

ao ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e

transformadora. O exercício do diálogo na explicitação, contraposição e argumentação de

idéias são fundamentais na aprendizagem da cooperação e no desenvolvimento de atitudes de

confiança, de capacidade para interagir e de respeito ao outro. A aprendizagem desses

aspectos precisa, necessariamente, estar inserida em situações reais de intervenção,

começando no âmbito da própria escola.

Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos

textos produzidos pelos alunos. Tomando como ponto de partida o texto produzido pelo

aluno, o professor pode trabalhar tanto os aspectos relacionados às características estruturais

dos diversos tipos textuais como também os aspectos gramaticais que possa instrumentalizar o

aluno no domínio da modalidade escrita da língua.

• Seleção de um dos textos produzidos pelos alunos, que seja representativo das

dificuldades coletivas e apresente possibilidades para discussão dos aspectos priorizados e

encaminhamento de soluções.

• Apresentação do texto para leitura transcrevendo na lousa, reproduzindo-o, usando

papel, transparência ou a tela do computador.

• Análise e discussão de problemas selecionados. Em função da complexidade da

tarefa, não é possível explorar todos os aspectos a cada vez. Para que o aluno possa aprender

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com a experiência é importante selecionar alguns, propondo questões que orientem o trabalho.

• Registro das respostas apresentadas pelos alunos às questões propostas e discussão

das diferentes possibilidades em função de critérios de legitimidade e de eficácia

comunicativa.

• Reelaboração do texto, incorporando as alterações propostas.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios, conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-

brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao

uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência

contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07,

Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec.

Nº4201/02. Deverão ser trabalhados de forma interligada aos conteúdos básicos com o

objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar sobre a importância

de se pensar nos desafios sociais.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ENSINO MÉDIO

Os conteúdos serão trabalhados através da oralidade, onde se procura clareza na

exposição de ideias, sequência lógica na exposição, consistência argumentativa, expansão das

ideias, reconhecimento das intenções na fala do outro, vocabulário adequado do seu

interlocutor (objetivo e assunto), utilização da norma padrão (concordâncias) e percepção a

flexibilidade da língua, privilegiando conversas, relatos, comentários, debates, entrevistas,

hora da novidade.

A prática dessa atividade proporcionará condições para o aluno reconhecer as

intenções na fala de outro, bem como observar as reações de seus interlocutores e adequar sua

fala a eles, utilizando a norma padrão ou a linguagem coloquial de acordo com as

necessidades a situação, percebendo a flexibilidade da língua.

Na leitura, a necessidade de propiciar ao aluno diversidade de texto, nos quais seja

capaz de perceber a prática da leitura não como mera decodificação e sim distinguir os

diferentes tipos, apropriando-se de seu sentido mais profundo, reconhecendo a intenção e

especificidade nos diferentes tipos de discursos, como o texto de instrução, narrativos e

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opinativos.

Desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos e de

assumir a palavra produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe ao

ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e

transformadora.

Na escrita, “o domínio implica conhecer e saber utilizar as diferentes organizações

textuais, recursos expressivos e sinais gráficos convencionais para que o texto produzido

cumpra sua função”.

Para isso é preciso criar situações, nas quais escrever seja uma necessidade,

observando a função real da escrita na sociedade. Partindo da hipótese de quem será seu

interlocutor, a intenção proposta, o aluno escolherá o gênero discursivo e linguagem adequada

às circunstancias.

Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a

aprendizagem dos conteúdos faz-se necessário o isolamento entre os diversos componentes da

expressão oral ou escrita, do fato linguístico a ser estudado, tomando como ponto de partida

as capacidades já dominadas pelos alunos; o ensino deve centrar-se na tarefa de

instrumentalizar o aluno para o domínio cada vez maior da linguagem e produção. Promover

o agrupamento de dados, organização e registro das conclusões a que os alunos tenham

chegado.

Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos

textos produzidos pelos alunos e reelaboração do texto, incorporando as alterações propostas.

Na literatura, “As atividades promoverão o conhecimento teórico e prático dos

fenômenos literários particulares e gerais, que envolvam problemas sociais, econômicos,

artísticos, culturais e psicológicos”.

Procurarão despertar a prática pela leitura, fazendo da mesma, prazer e lazer,

descobrindo a história de um povo, de uma época, usos e costumes, ideias essenciais e

secundárias, relações com a realidade atual, espaços, ambientes, manejo de tempo,

personagens e suas características, tipos de linguagem.

Os alunos com necessidades especiais terão atendimento individualizado; na

oralidade: auxílio de colegas através de linguagem de sinais, desenhos, gestos; na escrita:

textos fotocopiados, digitados, escritos no quadro de giz; na leitura: através de interpretação

ou sinais,adequando-se às especificidades de cada um

Quanto as temáticas referentes à diversidade, relações técnico-raciais, desafios

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educacionais serão abordadas, sempre que se fizer necessário. À medida que os assuntos

forem aparecendo, os professores desenvolverão atividades por meio de pesquisas, vídeos

educativos, produções de texto e apresentações orais e escritas de forma concomitante aos

conteúdos da língua.

Os recursos didáticos e tecnológicos como TV pendrive, laboratório de informática,

biblioteca, serão utilizados visando à efetivação da aprendizagem.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios, conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-

brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao

uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência

contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07,

Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec.

Nº4201/02. Deverão ser trabalhados de forma interligada aos conteúdos básicos com o

objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar sobre a importância

de se pensar nos desafios sociais.

AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL

A avaliação deve ser compreendida, como conjunto de ações organizadas, com a

finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu. Ela é um instrumento que

possibilita ao professor analisar criticamente sua prática educativa e também possibilita ao

aluno saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades, a qual deve ocorrer durante

todo o processo de ensino e aprendizagem. Deve ser compreendido como constitutiva da

prática educativa, dado que é análise das informações obtidas ao longo do processo de

aprendizagem, possibilitando ao professor a organização de sua ação de maneira adequada e

com melhor qualidade.

A avaliação atua como um elemento balizador das pautas intencionais e das

intervenções pedagógicas, sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos no

processo aprendizagem.

Esta precisa acontecer num contexto que seja possibilitado ao aluno reflexão sobre os

conhecimentos construídos, precisando ser compreendida como reflexiva e autonomista.

Ao se avaliar, deve-se buscar informações não apenas referentes ao tipo de

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conhecimento que o aluno construiu. Para isso, o professor precisa construir formas de

registros obtendo assim informações relevantes à organização da ação pedagógica. Assim, as

anotações, correções e comentários do professor sobre as produções do aluno devem oferecer

indicações claras para que este possa efetivamente melhorar.

Além disso, para a constituição da autonomia do aluno, coloca-se a necessidade de

construção de instrumentos de auto-avaliação que lhe possibilitem a tomada de consciência

sobre o que sabe, o que deve aprender, o que precisa saber fazer melhor e que favoreça maior

controle da atividade, a partir da auto-análise de seu desempenho.

O aluno será avaliado nos seguintes critérios: demonstre compreensão de textos

orais; atribua sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente diante deles; leia,

de maneira independente; compreenda textos a partir do estabelecimento de relações entre

diversos segmentos do próprio texto e entre o texto e outros diretamente implicados por ele;

posicione-se argumentativamente; coordene estratégias de leitura não-lineares utilizando

procedimentos adequados para resolver dúvidas na compreensão e articular informações

textuais com conhecimentos prévios; produza textos, considerando as especificidades das

condições de produção; escreva textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas

pelo gênero, paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em função do projeto textual,

observando regularidades linguísticas e ortográficas; revise os próprios textos com o objetivo

de aprimorá-los, utilize os conceitos e procedimentos constituídos na prática de análise

linguística.

6º ANO

LEITURA

Espera-se que o aluno: identifique o tema; realize leitura compreensiva do texto;

localize informações explícitas no texto; posicione-se argumentativamente; amplie seu

horizonte de expectativas; amplie seu léxico; identifique a ideia principal do texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno: expresse as ideias com clareza; elabore / reelabore textos de

acordo com o encaminhamento do professor, atendendo às situações de produções propostas

(gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade temática, diferencie o contexto de uso da

linguagem formal e informal, use recursos textuais como coesão e coerência,

informatividade; utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função

do artigo, pronome, numeral, substantivo.

ORALIDADE

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Espera-se que o aluno: utilize discursos de acordo com a situação de produção

(formal/informal); apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;

compreenda argumentos no discurso do outro; explane diferentes textos, utilizando

adequadamente entonações, pausas, gestos, etc; respeite os turnos de fala.

7º ANO

LEITURA

Espera-se que o aluno: realize leitura compreensiva do texto; localize informações

explícitas e implícitas no texto; posicione-se argumentativamente; amplie seu horizonte de

expectativas; amplie seu léxico; perceba o ambiente no qual circula o gênero; identifique a

ideia principal do texto; analise as intenções do autor; identifique o tema; deduza os sentidos

das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno: expresse suas ideias com clareza; elabore textos atendendo às

situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), a continuidade temática,

diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal, use recursos textuais como

cesão e coerência, informatividade, etc; utilize adequadamente recursos linguísticos como

pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, etc.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno: utilize o discurso de acordo com a situação de produção

(formal e informal); apresente suas ideias com clareza; expresse oralmente suas ideias de

modo fluente e adequado ao gênero proposto; compreenda os argumentos no discurso do

outro; exponha objetivamente seus argumentos; organize a sequência de sua fala; respeite os

turnos de fala; analise os argumentos dos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos

gêneros orais trabalhados; participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.

8º ANO

LEITURA

Espera-se que o aluno: realize leitura compreensiva do texto; localize de

informações explícitas e implícitas no texto; posicione-se argumentativamente; amplie seu

horizonte de expectativas; amplie seu léxico; perceba o ambiente no qual circula o gênero;

identifique a ideia principal do texto; analise as intenções do autor; identifique o tema;

reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto; compreenda as

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diferentes decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo;

identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto; conheça e utilize os recursos

para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.

ESCRITA

Espera-se que o aluno: expresse suas ideias com clareza; elabore textos atendendo às

situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade temática;

diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informar; utilize recursos textuais como

coesão e coerência, informatividade, etc; utilize adequadamente recursos linguísticos como

pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc; empregue

palavras e/ou expressões no sentido conotativo; entenda o papel sintático e estilístico dos

pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto; perceba a pertinência e use os

elementos discursivos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e

elementos do texto.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno: utilize o discurso de acordo com a situação de produção

(formal/informal); apresenta ideias com clareza; obtenha fluências na exposição oral,em

adequação ao gênero proposto; compreenda os argumentos no discurso do outro; exponha

objetivamente seus argumentos; organize a sequência da fala; respeite os turnos de fala;

respeite os turnos de fala; analise os argumentos dos colegas em suas em suas apresentações

e/ou nos gêneros orais trabalhados; participe ativamente de diálogos, relatos, discussões, etc;

Utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e entonação nas

exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas, infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem, entre outros.

9º ANO

LEITURA

Espera-se que o aluno: realize leitura compreensiva do texto e das partículas

conectivas; localize informações explícitas e implícitas no texto; posicione-se

argumentativamente; amplie seu horizonte de expectativas; amplie seu léxico; perceba o

ambiente no qual circula o gênero; identifique a ideia principal do texto; analise as intenções

do autor; identifique o tema; deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do

contexto; compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

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conotativo e denotativo; conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência

entre as partes e elementos do texto; reconheço palavras e/ou expressões que estabelecem a

progressão referencial; reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.

ESCRITA

Espera-se que o aluno: expresse ideias com clareza; elabore textos atendendo às

situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...), à continuidade temática;

diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal; use recursos textuais como

coesão e coerência, informatividade, intertextualidade, etc; utilize adequadamente recursos

linguísticos como pontuação, uso e função do artigo, pronome, substantivo, adjetivo,

advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.; emprego palavras e/ou expressões no sentido

conotativo; perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto; reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.

ORALIDADE

• utilize o discurso de acordo com situação de produção (formal/informal); apresente

a ideia com clareza; obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;

compreenda argumentos no discurso do outro; exponha objetivamente argumentos; organize a

sequência da fala; respeite os turnos de fala; analise os argumentos apresentados pelos colegas

em suas apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados; participe ativamente de diálogos,

relatos, discussões, etc.; utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais,

pausas e entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos; analise

recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenil, entrevistas,

reportagem entre outros.

Durante o bimestre, o professor acompanhará o desempenho dos alunos nas

produções e reestruturação de texto, avaliações de leitura e escrita, apresentações orais e nas

atividades desenvolvidas diariamente, oferecendo aos educandos momentos de recuperação

imediata de estudos, visto que não haverá recuperação final. A recuperação deve reintegrar o

aluno no processo de aprendizagem e não se limitar apenas a recuperar as notas e conceitos,

permitir ao aluno repensar o conteúdo, auxiliando a descobrir os próprios erros e reconstruir o

conhecimento, privilegiar o aprendizado e ensinar o aluno a aprender. Desta forma, a

avaliação passa a ser compreendida como um processo interativo entre professor e aluno

assegurando o sucesso de ambos.

A oralidade será avaliada por meio de apresentações orais ao grande grupo, relatos,

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debates, dramatizações e declamações.

A leitura será avaliada através da compreensão do texto lido, de discussões, debates e

análises, apresentação da história, crônica, novela ao grande grupo.

A escrita será avaliada por meio das produções de texto verificando a adequação à

proposta e ao gênero solicitado, linguagem de acordo com o contexto exigido, elaboração de

argumentos consistentes, a coesão e a coerência textual da organização de parágrafos, provas

objetivas, provas dissertativas, trabalhos individuais e coletivos.

A análise linguística será avaliada dentro do texto oral e escrito: o uso da linguagem

formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos sentidos causados pelo uso dos

recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores

argumentativos e modalizadores.

As avaliações serão realizadas através de atividades individuais e em grupo, orais,

escritas e objetivas, provas e trabalhos, sendo no mínimo duas por bimestre e no máximo a

critério do professor. O valor atribuído a cada avaliação será 10,0, conforme previsto no

Regimento Escolar e PPP. Os alunos com necessidades especiais, as atividades serão

elaboradas respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com seus limites.

AVALIAÇÃO ENSINO MÉDIO

É um processo de ensino-aprendizagem pelo qual se percebe a apropriação do

conhecimento por meio do progresso e de conquistas numa observação contínua e cumulativa

do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, a

chamada avaliação formativa. O professor registrará todas as observações realizadas durante

todo o processo, para ter condições de ir redirecionando seu trabalho, no sentido de ajudar os

alunos a construírem novos conhecimentos. Além das observações serão organizadas outras

atividades avaliativas, tais como: auto-avaliação do aluno, trabalhos coletivos e individuais,

entrevistas, contação de histórias e produções de texto.

Espera-se que o aluno efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos

verbais e não-verbais, localize informações explícitas e implícitas, produza inferências,

posicione-se argumentativamente, amplie seu léscico, identifique a ideia principal e o tema do

texto. Referente à obra literária: amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes

estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual.

Na escrita espera-se que o aluno expresse ideias com clareza, elabore textos

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atendendo: às situações de produção propostas; diferencie o contexto de uso da linguagem

formal e informal, utilize adequadamente recursos linguísticos, empregue palavras ou

expressões no sentido conotativo, use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos e entenda o estilo próprio de cada gênero.

Na oralidade, espera-se que o aluno utilize seu discurso de acordo com a situação,

apresente ideias com clareza, tenha fluência na exposição oral, compreenda os argumentos do

discurso do outro, defenda claramente suas ideias, respeite os turnos de fala, contra-arguente

ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões,

etc. Utilize elementos extralinguísticos nas associações orais.

Durante o bimestre, o professor acompanhará o desempenho dos alunos, oferecendo

momentos de recuperação imediata de estudos e várias oportunidades de avaliação para que o

aluno venha a ter um melhor rendimento ao final desse período por meio de retomadas de

conteúdos, trabalhos individuais ou em grupos.

O Projeto Político Pedagógico contempla a avaliação contínua da aprendizagem dos

alunos. Avaliar o grau de domínio das noções ensinadas apenas tem sentido se servir de

parâmetros para revisão do próprio saber escolar e da condição pedagógica do professor. A

avaliação deve ser compreendida como um processo interativo, pelo qual o professor e o

aluno assumem uma constante tarefa de construção e reconstrução do conhecimento,

assegurando o sucesso. As atividades de avaliação nunca se esgotam em si mesmas, mas tem

de ser vistas como uma oportunidade de reflexão. Os resultados serão apresentados na forma

de nota de 0,0 (zero) à 10,0 (dez), deverão ser no mínimo duas.

A oralidade será avaliada em função da adequação do discurso aos diferentes

interlocutores e situações. O professor verificará a participação dos alunos nos diálogos,

relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da sua fala e a

argumentação que apresenta ao defender seus pontos de vista.

A escrita será avaliada nos seus aspectos discursivo-textuais, sendo que o aluno deve

se posicionar como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio.

Na análise linguística, os elementos linguísticos usados nos diferentes gêneros

precisam ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que possibilite

compreender esses elementos no interior do texto.

Desse modo, os alunos devem ser avaliados continuamente para que possam obter

aperfeiçoamento linguístico constante.

A oralidade será avaliada por meio de apresentações orais ao grande grupo, relatos,

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debates, dramatizações e declamações. A leitura será avaliada através da compreensão do

texto lido, de discussões, debates e análises, apresentação da história, crônica, novela ao

grande grupo. A escrita será avaliada por meio das produções de texto verificando a

adequação à proposta e ao gênero solicitado, linguagem de acordo com o contexto exigido,

elaboração de argumentos consistentes, a coesão e a coerência textual da organização de

parágrafos, provas objetivas, provas dissertativas, trabalhos individuais e coletivos.

A análise linguística será avaliada dentro do texto oral e escrito: o uso da linguagem

formal e informal, a ampliação lexical, a percepção dos sentidos causados pelo uso dos

recursos linguísticos e estilísticos, as relações estabelecidas pelo uso de operadores

argumentativos e modalizadores.

Os alunos com necessidades educacionais especiais será oferecida avaliação

diferenciada de acordo com suas especificidades.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – ENSINO FUNDAMENTAL

CEREJA, Robert Willian – Português, Linguagens. Volume único. São Paulo; Atual, 2003.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica – Língua Portuguesa;

Curitiba: Julho, 2008.

KLEIMAN, Angela. Oficina da Leitura: teoria e prática – 5ª edição, Campinas – SP: Pontes,

1997.

LUFT, Celso Pedro – minidicionário Luft – 17ª edição. São Paulo: Ática, 1999.

GERALDI, J. W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto na sala de

aula. 5ª edição Cascavel: Assoeste, 1990.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENSINO MÉDIO

AMARAL, Emilia (et. Al). Português: Novas Palavras: Literatura, Gramática e Redação.

São Paulo, FTD, 2000.

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CAMPEDELLI, Samira Youssel e SOUZA, Jesus Barbosa. Literatura Brasileira e Portuguesa.

1ª Edição. São Paulo. Saraiva, 2000.

CEREJA, Willian Roberto. Português: Linguagens. Vol único. São Paulo. Atual, 2003.

FARACO, Carlos Alberto. Oficina de Texto. Cristóvão Tezza. Curitiba: Livro do Eleotório;

1999.

FARACO, Carlos Alberto; Português: Língua e Cultura Ensino Médio, Curitiba, Base

Editora, 2005.

PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, Língua Portuguesa,

Curitiba: 2008.

LUFT, Celso Pedro. Mini dicionário Luft. São Paulo, 17ª ed., 1999.

TERRA, Ernani. Gramática, Literatura e Produção de texto para o Ensino Médio – curso

completo.

TREVISAN, Zizi. O Leitor e o Diálogo dos Signos. São Paulo. Cliper Editora, 2000.

TUFANO, Douglas. Estudos de Literatura Brasileira. 5ª Edição, Revisado e Ampliado. São

Paulo, Moderna, 1995.

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PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As origens da matemática perdem-se no tempo. Os mais antigos registos

matemáticos de que se tem conhecimento datam de 2400 a.C. Progressivamente, o homem foi

refletindo acerca do que se sabia e do que se queria saber. Algumas tribos apenas conheciam o

"um", "dois" e "muitos". Os seus problemas do cotidiano, como a contagem e a medida de

comprimentos e de áreas, sugeriram a invenção de conceitos cada vez mais perfeitos. Os

"Elementos" do grego Euclides (séc. IV a.C.) foram dos primeiros livros de matemática que

apresentaram de forma sistemática a construção dos teoremas da geometria e a matemática

começou por ser "a ciência que tem por objeto a medida e as propriedades das grandezas"

(dicionário), mas atualmente é cada vez mais a ciência do padrão e da estrutura dedutiva.

Como afirmou P. Dirac, as matemáticas são a ferramenta especialmente adaptada ao

tratamento das noções abstratas de qualquer natureza e, neste domínio, seu poder é ilimitado.

foram utilizados no ensino em todo o mundo até ao século XVII. Mesmo a antiquíssima

Astrologia proporcionou o desenvolvimento da matemática, ao exigir a construção de

definições e o rigor no cálculo das posições dos astros.

A matemática sempre desempenhou um papel único no desenvolvimento das

sociedades. Por exemplo, numa situação de guerra, o exército que possui mais conhecimentos

de matemática tem maior poder traduzido nas máquinas mais perfeitas e melhor adaptadas.

Até ao séc. XVI apenas as pessoas com dinheiro ou os sacerdotes poderiam

despender tempo no estudo da matemática. De quatrocentos anos para cá, a monarquia e o

clero, deixaram de ser os únicos que financiaram a matemática, passando este papel a ser

desempenhado pelas universidades e pelas empresas (como por exemplo a IBM). Ao contrário

do que muitos pensam, a matemática não consiste apenas em demostrar teoremas ou em fazer

contas, ela um autêntico tesouro para a civilização devido aos diversos conhecimentos

envolvidos. E sabendo isso, atualmente poucos são os países em que não se cria matemática

nova, publicando-se assim em todo o mundo alguns milhares de revistas exclusivamente de

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matemática.

A matemática é a ciência dos números e dos cálculos. Desde a antiguidade, o homem

utiliza a matemática para facilitar a vida e organizar a sociedade. A matemática foi usada

pelos egípcios nas construções de pirâmides, diques, canais de irrigação e estudos de

astronomia. Os gregos antigos também desenvolveram vários conceitos matemáticos.

Atualmente, esta ciência está presente em várias áreas da sociedade como, por exemplo,

arquitetura, informática, medicina, física, química etc. Podemos dizer, que em tudo que

olhamos existe a matemática.

A matemática que se estuda na escola aplica-se facilmente às necessidades

quotidianas. Isto é obvio até ao 9º ano mas no ensino secundário parece que ela não tem tanta

utilidade. Mas não é por acaso que se estuda matemática nas escolas.

Antes de mais, ela é útil para promover o pensamento estruturado e o raciocínio

rigoroso. Por outro lado, a sociedade evoluiu exigindo cada vez mais conhecimentos

matemáticos a todos os cidadãos. Um arquitecto dirá que a Matemática é útil para auxiliar a

percepção e a criação da beleza; um engenheiro dirá que é útil para reforçar e aprovar

experiências; um físico dirá que é útil por ser a linguagem da ciência; um político dirá que a

Matemática orienta-o na administração e na implementação de leis; um psicólogo afirmará

que auxilia-o no tratamento estatístico de inquéritos; um matemático mostrará que um corpo

matemático é útil quando for aplicável a outro corpo. A matemática é um saber necessário a

todas as disciplinas e ciências, devido ao seu rigor. Deste modo, se mostra que as outras

ciências não se desenvolveriam se a matemática não existisse e não fosse estudada.

De certa forma todos somos matemáticos e fazemos matemática com regularidade:

fazer as contas das compras; escolher itinerários; relacionar conjuntos de bens; inferir e

concluir a partir de premissas; etc. E confiamos sempre na exatidão dos nossos raciocínios até

prova em contrário.

Podemos considerar que a aprendizagem da matemática nas escolas é paralela ao

desenvolvimento da humanidade. O Homem há 10 mil anos mal sabia contar e agora calcula a

trajetória de um satélite. De modo semelhante, uma criança aprende a contar com 6 anos e ao

longo da sua adolescência vai aprendendo em pouco tempo aquilo que levou anos e anos a ser

inventado. A matemática conhecida por um aluno do 9º ano impressionaria o rei D. Afonso V

e certamente o convidaria para trabalhar na corte.

Para saber matemática é indispensável conhecer as suas definições e saber utilizá-las

adequadamente. Ao longo do estudo, cada vez são necessárias mais definições que utilizam as

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já conhecidas. Por isso, não saber a tabuada dificulta ou impossibilita o cálculo das operações

com números relativos e depois prejudicará a resolução de equações e mais tarde o estudo de

funções, . . . A matemática é como um grande arranha-céus: se esquece as bases pode perder o

prédio todo. As definições da matemática são elementares mas relacionadas. Enquanto se

estuda matemática vai-se conhecendo as definições, alguns exemplos, observações e

finalmente resolve-se exercícios.

Para saber matemática é necessário estudar, estudar, estudar. É este o segredo do

sucesso, deve ser entendida no contexto da prática escolar como componente necessário de

um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam a

natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade.

As matemáticas, surgidas na Antiguidade por necessidades da vida cotidiana, tem se

transformado em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas. Como as demais

ciências, refletem as leis do mundo que nos rodeia e servem de potente instrumento para o

conhecimento e domínio da natureza. Pelo alto nível de abstração que caracteriza as

matemáticas trazem consigo que todos os seus ramos sejam inacessíveis aos que não são

especialistas. Esta qualidade abstrata das matemáticas deu lugar, já na antiguidade a noções

idealistas sobre sua independência a respeito do mundo material.(ALEKSANDROV et al.

1985, p.11).

A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na

criação de situações-problemas, na busca de referência para compreender melhor os conceitos

matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados

fatos, raciocínios e procedimentos.

Segundo Miguel & Miorin, 2004, “para promover uma aprendizagem significativa é

importante que o conhecimento matemático seja construído historicamente a partir de

situações concretas e necessidades reais. No entanto, a Matemática é um saber vivo, o qual

vem sendo construído ao longo da história passando por várias tendências com diferentes

concepções.

O desenvolvimento tecnológico no mundo globalizado exige pessoas criativas,

versáteis, capazes de entender o processo de trabalho como um todo, dotados de autonomia e

iniciativa, para resolver problemas em equipe, interpretar informações e adaptar-se a novos

métodos, comunicar-se fazendo uso de diferentes formas de representação e para utilizar

diferentes tecnologias e linguagens que vão além da comunicação oral e escrita.

Cabe a escola desafiar os alunos para que eles possam desenvolver atitudes de

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responsabilidade frente as exigências da sociedade, portanto a matemática considerada como

ciência básica no desenvolvimento científico e tecnológico deve ser fundamentada na ação

reflexiva envolvendo aspectos pedagógicos, cognitivos e sociais.

As finalidades do ensino da Matemática visando a construção da cidadania indicam

com objetivos do ensino fundamental levar o aluno a identificar os conhecimentos

matemáticos com meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o

carácter de jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que estimula o

interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para

resolver problema; fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da

realidade, estabelecendo interrelações entre eles, utilizando o conhecimento matemático

(aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico);

selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las

criticamente; resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados,

desenvolvendo formas de raciocínios e processos, como intuição, indução, dedução, analogia,

estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos

tecnológicos disponíveis, comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e

apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da

linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas;

estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e

conhecimentos de outras áreas curriculares; sentir-se seguro da própria capacidade de

construir conhecimentos matemáticos desenvolvendo a auto estima e a perseverança na busca

de soluções; interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na

busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na

discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL

6º ANO

Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

Números e Álgebra - Sistemas de numeração;

- Números Naturais;

- Múltiplos e divisores;

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- Potenciação e radiciação;

- Números fracionários;

- Números decimais.

Grandezas e medidas - Medidas de comprimento;

- Medidas de massa;

- Medidas de área;

- Medidas de volume;

- Medidas de tempo;

- Medidas de ângulos;

- Sistema monetário.

Geometria - Geometria Plana;

- Geometria Espacial.

Tratamento da informação - Dados, tabelas e gráficos;

- Percentagem

7º ANO

Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

Números e Álgebra - Números Inteiros;

- Números Racionais;

- Equação e Inequação do 1º Grau;

- Razão e proporção;

- Regra de três simples.

Grandezas e medidas - Medidas de temperatura;

- Medidas de ângulos.

Geometria - Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometrias não-euclidianas.

Tratamento da informação - Pesquisa Estatística;

- Média Aritmética, moda e mediana;

- Juros simples.

8º ANO

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Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

Números e Álgebra - Números Racionais e Irracionais;

- Sistemas de Equações do 1º grau;

- Potências;

- Monômios e Polinômios;

- Produtos Notáveis.

Grandezas e medidas - Medidas de comprimento;

- Medidas de área;

- Medidas de volume;

- Medidas de ângulos.

Geometria - Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometria não-euclidianas.

Tratamento da informação - Gráfico e Informação;

- População e amostra.

9º ANO

Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

Números e Álgebra

- Números Rais;

- Propriedades dos radicais;

- Equação do 2º grau;

- Teorema de Pitágoras;

- Equações Irracionais;

- Equações Biquadradas;

- Regra de Três Composta.

Grandezas e medidas- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

- Trigonometria no Triângulo Retângulo.

Funções- Noção intuitiva de Função Afim.

- Noção intuitiva de Função Quadrática.

Geometria - Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

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- Geometria Analítica;

- Geometria não-euclidianas.

Tratamento da informação

- Noções de Análise Combinatória;

- Noções de Probabilidade;

- Estatística;

- Juros compostos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

Números e Álgebra

- Números Reais;

- Números Complexos;

- Sistemas lineares;

- Matrizes e Determinantes;

- Polinômios-

- Equações e Inequações Exponenciais,

- Logarítmicas e Modulares.

Grandezas e medidas

- Medidas de Área;

- Medidas de Volume;

- Medidas de Grandezas Vetoriais;

- Medidas de Informática;

- Medidas de Energia;

- Trigonometria.

Funções

- Função Afim;

- função Quadrática;

- Função Polinomial;

- Função Exponencial;

- Função Logarítmica;

- Função Trigonométrica;

- Função Modular;

- Progressão Aritmética;

- Progressão Geométrica.

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Geometria

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometrias não-euclidianas.

Tratamento da informação

- Análise Combinatória;

- Binômio de Newton;

- Estudo das Probabilidades;

- Estatística;

- Matemática Financeira.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os conteúdos básicos do ensino fundamental deverão ser abordados de forma

articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos

pertinentes à disciplina de matemática. A abordagem dos conteúdos nesse nível de ensino de

ser numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em

anos anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das

vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados ampliando-os e

generalizando-os. É importante a utilização de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos

como instrumentos de aprendizagem.

Os conteúdos básicos de matemática no ensino médio deverão ser abordados

articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também

através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes. Para as abordagens dos conteúdos

ministrados neste nível de ensino, visando desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir

do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das

propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões

através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. É importante a utilização de

recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.

Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam

garantir ao aluno o avanço a estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos

matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas da ciências e da própria ciência

matemática.

Em relação as abordagens, destacas-se a analise e interpretação crítica para realização

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de problemas não somente pertinentes para a ciência matemática para como as demais

ciências que em determinado momento fazem uso da matemática.

Os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos deverão ser articulados

com relações de interdependência, permitindo abordagens não fragmentadas e com vínculos

dos conteúdos de ensino. As tendências metodológicas da Educação matemática que

fundamentam a prática docente são: resolução de problemas, modelagem matemática, mídias

tecnológicas, etnomatemática, história da matemática, investigações matemáticas.

Na resolução de problemas os estudantes deverão ter oportunidade de aplicar

conhecimentos adquiridos em novas situações, para resolver questões propostas, sendo assim,

o professor deverá explorar a exposição oral e resolução de exercícios variados, pois esta

prática possibilita a compreensão dos argumentos matemáticos e ajuda os alunos a perceber o

conhecimento passível de ser aprendido, estimula a discussão, o pensamento, a elaboração de

estratégia, hipóteses, registros, desenhos, ou outros recursos favorecerão a formação do

pensamento matemático livre de regras, para se chegar a uma solução aceitável os alunos

devem: compreender o problema, destacar informações, dados importantes do problema,

elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova

estratégia.

A etnomatemática são as matemáticas produzidas pelas diferentes culturas, seu papel

é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem conhecimento

matemático, portanto deve-se valorizar a história dos estudantes, suas raízes culturais nos

aspectos: memoria cultural, códigos, símbolos mitos e maneiras de relacionar e inferir, o

trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e

suas manifestações culturais e relações de produção e trabalho.

A modelagem matemática propõe a valorização do aluno no contexto social, assim, a

problematização de situações do cotidiano devem ser exploradas valorizando fenômenos

físicos, biológicos e sociais, possibilitando ao aluno a intervenção nos problemas reais, do

meio social e cultural em que vive, este deverá ser compatível com o conhecimento do aluno,

e oportunizando novas aprendizagens, a modelagem é assim, uma arte, ao formular, resolver e

elaborar expressões que sirva de suporte para aplicações e teorias.

Para dinamizar os conteúdos curriculares e potencializar o processo pedagógico o

uso dos recursos tecnológicos da Internet entre outros aplicativos devem ser estimulados.

Construções gráficas devem ser realizadas com o uso dos computadores. Abordar

atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatizando a experimentação e levando

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a argumentação e conjecturas sobre as atividades experimentadas.

A história da matemática no contexto escolar é importante para que os alunos

compreendam sua natureza e sua relevância na vida da humanidade. Vincular as descobertas

matemáticas aos fatos sociais e políticos. Ajuda a elaborar atividades e ao aluno, ajuda

entender e aceitar determinados conceitos matemáticos. Ajuda ao aluno entender o

conhecimento matemático a partir de situações concretas e necessidades reais.

A Investigação Matemática é recomendada pelos estudiosos e não significa que os

alunos tenham que lidar com problemas muito sofisticados, mas sim interessantes. Podem ser

desencadeados a partir da resolução de simples exercícios. O que distingue a resolução de

problemas de um exercício é que na resolução de problemas, o aluno tem que estabelecer uma

estratégia de ação, e no exercício ele pode apenas aplicar um método já conhecido. Na

investigação, o problema é aberto e o professor não explicita o objetivo mas indica o método,

assim uma mesma situação problema poderá ter resultados diferentes. As investigações

matemáticas envolvem conceitos, procedimentos e representações matemáticas e carateriza-se

pelo estilo conjectura – teste - demonstração. A investigação matemática propõe conhecer o

que não se sabe.

Podemos ainda articular as diferentes tendências metodológicas para uma maior

eficácia do processo de ensinar e aprender. Pode-se utilizar da interdisciplinaridade para

facilitar a compreensão ou propiciar a compreensão de um modelo matemático. As mídias,

como softwares com planilhas eletrônicas, facilitando e agilizando a resolução de atividades.

Pretende-se que ao partir de situações vivenciadas do estudante e transcenda para o

conhecimento valido cientificamente, podendo se encontrado na etnomatemática, podendo

transitar por todas as tendências.

A lei nº 10.639/03 tem como objetivo principal divulgar e produzir conhecimentos

bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto a pluralidade étnico-

racial. Tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam o respeito aos

direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana, visando fazer um

resgate histórico para que as pessoas negras afro-brasileiras conheçam um pouco mais o

Brasil, trabalhando o conhecimento da história e cultura da Africa a partir do processo de

escravidão, amenizando os preconceitos em sala desmistificando a inferioridade racial

brasileira.

Os conteúdos obrigatórios da Instrução 09/2011 SUED / SEED, serão tratados em

conjunto aos conteúdos específicos pertencentes à disciplinas propostos nas DCEs.

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AVALIAÇÃO

No processo da avaliação a sondagem diagnóstica antes de um novo conteúdo é de

suma importância, pois servirá de base para o replanejamento de nossas ações.

A avaliação é um processo contínuo, é estimular o avanço do conhecimento através

da auto-avaliação, permitindo a análise dos avanços em relação aos conteúdos trabalhados

pelos próprios alunos, e permitindo ao professor o questionamento e a reorganização destes.

A avaliação deve deixar claro: os objetivos e critérios de avaliação e deve ser fonte

de auxílio aos alunos para superar as dificuldades apresentadas. O professor deve analisar se a

avaliação está coerente com os objetivos, conteúdos e habilidades trabalhados em sala de aula,

levar o aluno a sentir-se responsável no processo de aprendizagem e encarar a avaliação como

um instrumento de medida de sua evolução no processo de conhecimento.

A recuperação deve reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar

a recuperar apenas notas e conceitos, permitir ao aluno repensar o conteúdo, auxiliando a

descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento, privilegiar o aprendizado e ensinar o

aluno a aprender. Os resultados apresentados na forma de nota de 1 à 10, deverão ser no

mínimo duas ou no máximo a critério do professor.

As avaliações serão realizadas através de atividades individuais e em grupo, orais,

escritas e objetivas, provas e trabalhos. Aos alunos com necessidades especiais as atividades

serão elaboradas respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com seus

limites.

Espera-se do aluno:

6º ANO

Conheça os diferentes sistemas de numeração; identifique o conjunto dos números naturais,

comparando e reconhecendo seus elementos; realize operações com números naturais;

expresse matematicamente, oral ou por escrito, situações-problema que envolvam (as)

operações com números naturais; estabeleça relação de igualdade e transformação entre:

fração e número decimal; fração e número misto; reconheça o MMC e MDC entre dois ou

mais números naturais, as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação como

sua operação inversa; relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões

numéricos e geométricos; identifique o metro como unidade-padrão de medida de

comprimento; reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas; opere com múltiplos

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e submúltiplos do quilograma; calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas;

compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume; realize

transformações de unidades de medida de tempo envolvendo seus múltiplos e submúltiplos;

reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos); relacione a evolução do Sistema

Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais; calcule a área de uma superfície

usando unidades de medida de superfície padronizada; reconheça e represente ponto, reta ,

plano, semirreta e segmento de reta; conceitue e classifique polígonos; identifique corpos

redondos, os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e perímetro de diferentes

figuras planas, círculo e circunferência, identificando seus elementos, sólidos geométricos em

sua forma planificada e seus elementos; interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos

e complicações de dados, sendo capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas

em que se apresentam; resolva situações-problemas que envolvam porcentagem e relacione-as

com os números na forma decimal e fracionária.

7º ANO

Reconheça e realize operações com números inteiros e racionais; compreenda o princípio de

equivalência da igualdade e desigualdade; compreenda o conceito de incógnita; utilize e

interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas;

compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada e

a proporção como uma igualdade entre duas razões; Reconheça sucessões de grandezas direta

e inversamente proporcionais; Resolva situações-problema aplicando regra de três simples;

compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos; conceito de ângulo;

classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los; compreenda noções

topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira, vizinhança conexidade, curvas

e conjuntos abertos e fechados; analise e interprete informações de pesquisas estatísticas; leia,

interprete, construa e analise gráficos; calcule a média aritmética e a moda de dados

estatísticos; resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.

8º ANO

Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais; reconheça e realize

operações números irracionais; compreenda, identifique e reconheça o número pi como um

número irracional especial; Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;

opere com sistema de equações do 1º Grau; identifique monômios e polinômios e efetue suas

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operações; utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas que envolvam

expressões algébricas; calcule o comprimento da circunferência; calcule o comprimento e

área de polígonos e círculo; identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas

por transversal; realize cálculo de área e volume de poliedros; reconheça triângulos

semelhantes; identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares;

desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano; compreenda

o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares ordenados

(abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos; conheça os fractais

através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas propriedades; interprete e

represente dados em diferentes gráficos; utilize o conceito de amostra para levantamento de

dados.

9º ANO

Identifique e opere a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as

propriedades para a sua simplificação; extraia uma raiz usando fatoração; identifique uma

equação do 2º grau na forma completa e incompleta, reconhecendo seus elementos; determine

as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos; interprete problemas em

linguagem gráfica e algébrica; identifique e resolva equações irracionais; resolva equações

biquadradas através das equações do 2º grau; utilize a regra de três composta em situações-

problema; conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;

utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo

retângulo; realize cálculo da superfície e volume de poliedros; expresse a dependência de uma

variável em relação à outra; relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;

reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da

parábola em relação ao sinal da função; analise graficamente as funções afins; analise

graficamente as funções quadráticas; verifique se dois polígonos são semelhantes,

estabelecendo relações entre eles; compreenda e utilize o conceito de semelhança de

triângulos para resolver situações-problemas; aplique o Teorema de Tales em situações-

problemas; noções básicas de geometria projetiva; desenvolva o raciocínio combinatório por

meio de situações-problemas que envolvam contagens, aplicando o princípio multiplicativo;

descreva o espaço amostral em um experimento aleatório; calcule as chances de ocorrência de

um determinado evento; resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros

compostos.

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Ensino Médio

Aplique os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos;

compreenda os números complexos e suas operações; conceitue e interprete matrizes e suas

operações; conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio

de determinante; identifique e realize operações com polinômios; identifique e resolva

equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as exponenciais, logarítmicas e

modulares; perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de

diferentes grandezas e compreenda as relações matemáticas existentes nas suas unidades;

aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos

desconhecidos; identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as; aplique os

conhecimentos sobre funções para resolver situações-problemas; realize análise gráfica de

diferentes funções; reconheça, nas sequencias numéricas, particularidades que remetam ao

conceito das progressões aritméticas e geométricas; generalize cálculos para a determinação

de termos de uma sequência numérica; amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria

Plana e Espacial; determine posições e medidas de elementos geométricos através da

Geométrica Analítica; perceba a necessidade das geometrias não euclidianas para a

compreensão de conceitos geométricos; compreenda a necessidade das geometrias não-

euclidianas para o avanço das teorias científicas; articule ideais geométricas em planos de

curvatura nula, positiva e negativa; conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica,

Hiperbólica e Fractal; recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe

uma leitura crítica dos mesmos; realize cálculos utilizando Binômio de Newton; compreenda

a ideia de probabilidade; realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações

estatísticas; compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade

humana; perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da

álgebra para a representação gráfica vice-versa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NETTO, Di Pierrô; SOARES, Elizabeth. Matemática em Atividades. São Paulo; Editora:

Scipione, 2002.

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JR, Giovani & Giovani. Matemática: Pensar e descobrir. São Paulo; Editora FTD, 2002.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica

Matemática, 2008.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, não foi o ser predominante,

e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui

passaram. Por outro lado, ao longo desse processo de humanização, que durou

aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala,

diferenciando-se de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a

socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o

início das atividades agrícolas. Enfim, a humanidade organizou-se em sociedade.

Com o surgimento e desenvolvimento do modo de produção capitalista e sua lógica

produtiva baseada na exploração intensa da natureza, os seres humanos tornaram-se

consumidores reais ou imaginários, fragmentados em diferentes classes sociais, alienados

dentro de sua própria existência. Por outro lado, não percebem quantas necessidades são

criadas pela sedução das inovações tecnológicas e o quanto estão submetidos aos apelos do

mercado de consumo. As organizações sociais, sob o égide do capitalismo, estão permeadas,

cada vez mais, pelo espírito do individualismo e do lucro financeiro.

Sob tais aspectos relevantes, a escola pública, nas últimas décadas, passou a atender

um número cada vez maior de estudantes oriundos de diversas classes populares. Ao assumir

essa função, que historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a

necessidade de discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de sociedade

que se quer para o país.

O avanço no processo de informação transformou o paradigma da educação, que já

NÃO pode mais ser simplesmente o de informar os valores acumulados pela humanidade ao

longo de sua origem e existência. Precisa-se trabalhar os educandos de maneira a ensinar-lhes

como selecionar as informações recebidas e como transformá-las em conhecimentos.

Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido,

mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e

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como dele é possível se integrar e participar ativamente. Esse processo é ao mesmo tempo

critica e avaliação do passado. O passado se concentra no presente e cria a natureza humana,

capaz de julgar objetivamente quanto subjetivamente, tanto as relações materiais e as forças

objetivas, quanto a faculdade de “ver” o mundo e de explicá-los por meio de vários modos de

subjetividade – cientificante, artisticamente, filosoficamente, poeticamente, etc.

A centralidade do conhecimento nos processos de produção e organização da vida

social rompe com o paradigma segundo, o qual a educação seria um instrumento de

“conformação” do futuro profissional ao mundo do trabalho, disciplina, obediência, respeito

restrito às regras estabelecidas, condições até então necessárias para a inclusão social, via

profissionalização, perdem relevância em face das novas exigências colocadas pelo

desenvolvimento tecnológico e social. A nova sociedade, decorrente da revolução

tecnológica e seus desdobramentos na produção e na área da informação, apresenta

características que possibilitam assegurar à educação uma autonomia ainda não alcançada.

Isso ocorre na medida em que o desenvolvimento humano passa a coincidir com o que se

espera na esfera do conhecimento, que no momento é questão fundamental de sobrevivência.

Os objetivos da disciplina são:

A partir do pensamento biológico descritivo para conhecer, compreender, e analisar a

diversidade biológica existente, sem, no entanto, desconsiderar a influencia dos demais

conteúdos estruturantes, introduzindo-se os estudos das características e fatores que

determinaram o aparecimento e/ou extinção de algumas espécies ao longo da espécie.

Partir da visão mecanicista do pensamento biológico, baseada na visão microscópica,

descritiva e fragmentada da natureza, ampliar a discussão sobre a organização dos seres vivos,

analisando o funcionamento dos sistemas orgânicos nos diferentes níveis de organização

destes seres – do celular ao sistêmico; considerando a visão evolutiva a ser introduzida pelo

conteúdo estruturante Biodiversidade, bem como, as influencias dos demais conteúdos

estruturantes.

Discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem modificações, perpetuam

uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas, garantindo a diversidade dos

seres vivos; destacando-se assim a construção do pensamento biológico evolutivo.

Abordar os avanços da biologia molecular; as biotecnologias aplicadas e os aspectos

bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo

compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica e modifica o contexto de

vida; e como requer a participação crítica de cidadãos responsáveis.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Os conteúdos estruturantes propostos evidenciam de que modo a ciência biológica

tem influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas

implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais, Estão relacionados à sua

historicidade para que se perceba a não-neutralidade da construção do pensamento científico e

o caráter transitório do conhecimento elaborado e consequentemente, que a ciência não

apresenta verdades absolutas, uma vez que esta resulta da atividade humana de acordo com o

contexto social, político e econômico. Deve-se considerar que tal contexto corresponde ao que

não aluno pertence e para o qual poderá intervir após a ampliação de seus conhecimentos e

compreensão dos fenômenos que o cercam. Nessa concepção, a disciplina de Biologia, ao

longo do Ensino Médio deve ser capaz de trabalhar de forma integrada,por meio da

interdisciplinaridade e da contextualização, relacionando diversos conhecimentos específicos

entre si e com outras áreas de conhecimento; priorizando o desenvolvimento de conceitos

cientificamente produzidos, e propiciando reflexão constante sobre as mudanças de tais

conceitos em decorrência de questões emergentes.

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

MECANISMOS BIOLÓGICOS

BIODIVERSIDADE

MANIPULAÇÃO GENÉTICA

Classificação dos seres vivos; critérios taxonô-

micos e filogenéticos.

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e

fisiologia.

Mecanismos de desenvolvimento embriológicos.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

Teorias evolutivas.

Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os

seres vivos e interdependências com o ambiente.

Organismos geneticamente modificados.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O grande foco para o século em que estamos é o aprender a aprender. Esse lema não

deve ser desenvolvido apenas com os alunos; ele serve também para nós professores. Para

dar conta das transformações ocorridas no mundo e em especial das que ocorreram com os

jovens, precisa-se buscar caminhos diferenciados para a nossa atuação. Precisa-se aprender a

trabalhar com as novas gerações que chegam nas salas de aula, pois os interesses dos jovens

variam de uma geração para a outra. Assim, cabe ao professor a busca de alternativas para a

construção de competências e valores.

Não se pode parar no tempo, nem ficar à margem desse desenvolvimento que institui

tantas mudanças nos jovens.

O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que

dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e à utilização de

tecnologias que implicam intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação deve levar

em conta à dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, em fim, o modo como a natureza se

comporta e à vida se processa, sendo capaz de:

Descrever processos e características do ambiente onde seres vivos;

Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia:

• Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo.

• Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológicos aprendido, através de

textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc;

• Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura

de texto e imagem, vídeo, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológicos em

estudo;

• Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos,

utilizando-se de: livros didáticos; livros de pesquisa; revistas, jornais, folders; caderno

individual; Tv, vídeo, DVD; Tv pendrive; biblioteca do professor; vídeos informativos;

estereoscópico; retroprojetor; materiais de laboratório; internet; oficinas em parceria com as

universidades; projetos interdisciplinares; outros.

No entanto, mais do que informações, é fundamental que o ensino de Biologia se

volte para o desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as

informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las, quando for o caso, enfim, compreender

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o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia

e da tecnologia. Nessa perspectiva, as relações estabelecidas entre professor-aluno e aluno-

aluno são determinantes na efetivação do processo ensino-aprendizagem, e para que as aulas

sejam dinâmicas, interessantes e produtivas.

É relevante ressaltar, que para a concretização do “pensar, fazer e aprender”; deve-se

valorizar, não só conhecimento biológico da vida, mas a sua essência, as diferentes formas de

expressá-la.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme

previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História

e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08),

Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento

a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

Enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações

entre os seres humanos, entre leis e o meio, entre o ser humano e o conhecimento nos

diferentes ambientes e em diferentes situações, contribuindo para uma educação que formará

indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do

mundo e da vida, capazes, assim, de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar

decisões.

AVALIAÇÃO

Toda relação de saber se dá a partir da interação do sujeito com os objetivos de

conhecimento, da relação com os outros e da relação consigo próprio. Significa que cada

aluno, interativamente, descobre o mundo a sua própria maneira, diferente e única. Mas

aprende o mundo de forma amis rica e desafiadora na medida de sua maior socialização e da

cooperação dos adultos que medeiam o seu saber. É função da avaliação a promoção

permanente de espaços interativos sem, entretanto, deixar de privilegiar a evolução individual

onde promover ações mediadoras que tenham sentido coletivo.

Para que o processo avaliativo tenha sentido, as propostas educativas precisam estar

articuladas em termos de gradação e complexidade. O objetivo é fazer desafios superáveis

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aos alunos, de modo que as respostas de cada um provoquem o professor a fazer outras

perguntas sobre elas, em outras dimensões, sobre outros assuntos, sob diferentes formas e

provocativas também em termos de estratégias de pensamentos. Nesse sentido, a

heterogeneidade, ou seja, os diferentes saberes dos alunos, que cooperam entre si e debatem

os assuntos, é fator fortemente faz oferecedor da melhora das aprendizagens.

Ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma abordagem

crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o

processo cognitivo,contínuo, inacabado, portanto, em construção.

Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino-aprendizagem,

abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do

processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem importantes

elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo professor entre o

conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá

observação e investigação visando à melhoria da qualidade de ensino.

Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é

obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela

intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de

decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e

organize-se para as mudanças necessárias.

Adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do processo de

ensino-aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas penas das e

realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professor e aluno tornam-se observadores dos

avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.

A avaliação é, portanto, uma ação ampla que abrange o cotidiano do fazer

pedagógico e cuja energia faz pulsar o planejamento, a proposta pedagógica e a relação entre

todos os elementos da ação educativa.

É necessário dinamizar os métodos avaliativos uma vez que segundo a LDB, lei nº

9394/96 considera a avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os qualitativos”. A partir dessa concepção, deve ser utilizado

vários recursos como diferentes atividades: escritas, expositivas, reflexivas; com debate,

seminários, pesquisas, apresentações, tanto no âmbito da sala de aula como em atividades

extraclasse; permitindo que o aluno tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e

organize-se para as mudanças necessárias, se necessário, com recuperação de conteúdos e em

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contrapartida a ação docente esteja sujeita, também a uma avaliação, exigindo observação,

investigação e retomada de práticas que visem a melhoria na qualidade do ensino.

Quando fala-se em qualidade do ensino, falamos em qualidade para todos, sejam

alunos ditos “normais” ou alunos com necessidades educacionais especiais. Para estes,

“especiais” deve haver uma adaptação aos conteúdos curriculares, seja qual dor sua

necessidade Para que isso transcorra é necessário que o professor adote uma postura

diferenciada adequando os conteúdos a uma prática flexível que venha a atender e suprir as

necessidades deste aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMABIS & MARTHO. Biologia. São Paulo: Moderna, 2004.

BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez / 2002, p.19.

CARVALHO, Wanderley. Biologia em Foco. São Paulo: FTD, 2002.

CADERNOS TEMÁTICOS: A Educação do Campo: SEED/PR – Curitiba/2005.

CADERNOS TEMÁTICOS: História da Cultura Afro-brasileira e Africana. Lei nº 10.639/09

de janeiro de 2003. Curitiba: SEED/PR – 2005.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. Secretaria de Estado da

Educação. Paraná, 2008.

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO. Resolução

CNE/CEB 03/08.

HISTÓRIA DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA. Lei nº 11.645 de

10/03/2008.

HOFFMANN, Jussara. O Jogo do Contrário em Avaliação. São Paulo: Mediação, 2005;

LAURENCE, J. Biologia, São Paulo: Nova Geração, 2009.

LINHARES & GEWANDSZNAJDER. Biologia. São Paulo: Ática, 2008.

MACHADO, Sídio. Biologia: De Olho no Mundo do Trabalho. São Paulo: Scipione, 2005.

MEC/SEB – Orientações Curriculares do Ensino Médio, Brasília, 2004.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática, 2006.

HTTP://www.diadiaeducação.pr.gov.br – Departamento de Políticas Públicas Educacionais,

CADEP/CGE.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Constituída como pensamento há mais de 2.600 anos, a Filosofia, que tem a sua

origem na Grécia, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o

pensamento de Platão e as teorias sofistas.

Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o

papel da retórica no ensino.

A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de Filosofia é

garantir que os métodos de ensino não lhe disturbem o conteúdo.

O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza.

Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida fora sempre

agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais de seu

tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o

consentimento de uma razão deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar-se finita,

definido, óbvio; para ele, os objetos habituais não regem problemas, e as possibilidades

familiares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrário,

imediatamente caímos na conta de que até os objetos mais ordinários conduzem o espirito a

certas perguntas a que incompletissimamente se dá resposta. A filosofia, se bem que incapaz

de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela

própria evoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos,

descativando-nos da tirania do hábito.

O trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que

e constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e

sociedades diferentes e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial

sentido e significado político, social e educacional.

As Diretrizes fazem a opção pelos seguintes conteúdos estruturantes: Mito e

Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e Estética.

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A escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes Curriculares

excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia. Pelo contrário, elas partilham

a ideia de que sem uma consideração histórica dos temas filosóficos, a filosofia corre o risco

de tornar-se superficial.

A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam constituem,

assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões

realizadas pelo professor e pelos estudantes em sal de aula.

Os problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser

desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos períodos da história da filosofia e as

diversas maneiras através das quais eles discutem as questões filosóficas sejam levados em

consideração.

A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente

no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se constata

pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período.

A partir do final do século XIX, a filosofia é marcada pelo pluralismo de ideias, o

que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados

nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se apresentado,

anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e

perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da Filosofia.

Não se trata de abandonar a história da Filosofia, pois a opção por conteúdos

estruturantes compreende também o trabalho com os textos clássicos dos filósofos. Trata-se

de garantir que o ensino de filosofia não perca algumas características essenciais da

disciplina, como por exemplo, a capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa

com o presente.

No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o ensino

jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum.

Nessa perspectiva, a educação em geral e, consequentemente a Filosofia, eram

entendidas como instrumentos de formação moral e intelectual sob os cânones da Igreja

Católica, dos interesses das elites coloniais e do poder cartorial local.

Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos

oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória.

A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a Lei n.

5,692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos currículos escolares do Segundo

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Grau, sobretudo por não servir aos interesses políticos, econômicos e ideológicos do período.

A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de

redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da filosofia ao Ensino

Médio (à época, denominado Segundo Grau) ocorreu em vários estados do Brasil. Na

Universidade Federal do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram um movimento que

contava com articulações políticas e organização de eventos na defesa da retomada do espaço

da Filosofia, em contestação à educação tecnicista, oficializada pela Lei n. 5692/71.

A mobilização desse período, ocorrida nos grandes centros, foi essencial para a

criação da Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas (Seaf). Esse movimento intelectual

defendeu a presença da Filosofia nos currículos escolares brasileiros e, por isso, constituiu um

importante marco na afirmação dessa disciplina na formação do estudante do nível médio.

Somente em 1994, por indicativa do Departamento de Ensino Médio, (denominado à

época Departamento de ensino de Segundo Grau), e dos professores da rede pública,

iniciaram-se discussões e estudos voltados para elaborar uma proposta curricular para a

disciplina de Filosofia no Ensino Médio, que resultaram na Proposta Curricular de Filosofia

para o Ensino de Segundo Grau.

Com a mudança de governo em 1995, a Proposta Curricular de Filosofia para o

Ensino de Segundo Grau caiu no esquecimento e deixou de ser aplicada na escolas do Estado

do Paraná. A partir desse momento, uma opção neoliberal passou a orientar a re-estruturação

do sistema público de ensino.

A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a ser

discutido.

É no espaço escolar que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é próprio: o

pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos. A Filosofia procura tornar vivo o

espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre

as diferenças a sua convivência e a construção da sua história. É importante aqui ressaltar a

dimensão político do filosofar.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava que, ao

final do Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os conhecimentos de Filosofia e de

Sociologia necessários ao exercício da cidadania”!

Em agosto de 2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a

Sociologia disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da

Educação pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.

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No Estado do Paraná, foi aprovado a lei n. 15.228, em junho de 2006, tornando a

filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.

Quanto ao processo inclusivo fundamenta-se, portanto, em uma filosofia que

possibilita a construção de igualdade de condições a todos no que se refere ao atendimento

educacional, objetivando, oportunizar o acesso e a permanência de alunos com necessidades

educativas especiais no sistema educacional da instituição.

Importante lembrar que vivemos ainda um momento de defesa da disciplina de

Filosofia, da sua consolidação no currículo escolar e da luta pela sua legitimação diante da

sociedade brasileira, uma vez que seu reconhecimento legal se deu na correção da LDB em

junho de 2008 pela lei 11.684.

A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem

compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma contradição

insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a Filosofia desenvolve as

potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação e crítica: qualidades de

sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma de

dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, para repensar,

imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da emancipação humana, do

pensamento e da ação, livres de qualquer forma de dominação.

Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluri dimensional e democrática,

capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo

contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações.

Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao

estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise e

criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão

vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

Mito e Filosofia Saber mítico – passagens do pensamento mítico para o

pensamento racional.

Saber filosófico.

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Relação mito e filosofia.

Atualidade do mito.

O que é a filosofia? Contexto histórico e político. Surgimento

da filosofia.

Teoria e conhecimento

Possibilidade do conhecimento.

As formas de conhecimento.

O problema da verdade.

A questão do método.

Conhecimento e lógica.

Ética

Ética e moral.

Pluralidade ética.

Ética e violência.

Razão, desejo, vontade.

Liberdade, autonomia do sujeito e a necessidade das normas.

Filosofia Política

Relação entre comunidade e poder.

Liberdade e igualdade.

Política e ideologia.

Esfera pública e privada.

cidadania formal e ou participativa.

Filosofia da ciência

Concepções de ciências.

A questão do método científico.

Contribuições e limites da ciência.

Ciência e Ideologia.

Ciência e ética.

Natureza da arte.

Filosofia e arte.

EstéticaCategorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, etc.

Estética e sociedade.

METOLDOLOGIA DA DISCIPLINA

A atividade filosófica centrada, sobre tudo no trabalho com o texto propiciará

entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a

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precisão dos enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e buscando a superação do

caráter fragmentário do conhecimento.

O trabalho do professor poderá assegurar ao estudante a experiencia daquilo que é

específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de conceitos. Esse exercício poderá

manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações, leituras e

análise de textos, organiza debates e sugere pesquisas e sistematizações.

As aulas serão expositivas e dialogadas. Haverá exercícios escritos e oralmente

apresentados e discutidos, apresentação de trabalho em equipe debate de temas relevantes,

fundamentadas em leituras. Serão realizadas atividades individuais e coletivas como: análise

crítica de propagandas de TV, textos clássicos, temas jornalísticos, músicas, filmes, produção

de texto, colagens, interpretação de charges, leituras que propiciem a reflexão inclusive os

assuntos que envolvem os desafios contemporâneos.

O trabalho com os conteúdos de filosofia dar-se-á em quatro momentos:

• a mobilização para o conhecimento;

• a problematização;

• a investigação;

• a criação de conceitos.

O ensino da filosofia pode começar, pela exibição de um filme ou de uma imagem,

da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São inúmeras as

possibilidades de atividades a serem conduzidas pelo professor para instigar e motivar

possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.

Isso se denomina mobilização para o conhecimento.

A partir do conhecimento em discussão, a problematização ocorre quando o

professor e alunos levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo. É

imprescindível recorrer a história da filosofia e aos textos clássicos dos filósofos pois neles o

aluno se defronta com o pensamento filosófico. Pois neles o estudante se defronta com o

pensamento filosófico, com diferentes maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis

soluções já elaboradas, as quais orientam e dão qualidade à discussão.

O ensino de filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso

é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com a

análise da atualidade, com uma abordagem que remeta ao aluno a sua própria realidade.

Dessa forma, o aluno, poderá formular conceitos e construir seu discurso filosófico, e

estará apto a elaborar um texto, no qual terá condições de discutir e comparar ideais e

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conceitos de caráter criativo e de socializá-los. O texto filosófico que ajudou os pensadores a

entender e analisar filosoficamente o problema em questão será trazido para o presente com o

objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, atuar sobre os

problemas de nossa sociedade.

Após este exercício, o estudante terá condições de perceber o que está e o que não

está implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico,

de modo que ele cria a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios

lógicos, num pensar coerente e crítico. É imprescindível que o ensino de Filosofia seja

permeada por atividades investigativas individuais e coletivas que organizem e orientam o seu

trabalho.

Ao articular vários elementos, o ensino de Filosofia pressupões um planejamento que

inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégias, a fim de que a investigação

seja fundamento do processo de criação de conceitos.

AVALIAÇÃO

Conforme a LDB n.9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua

função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o

curso da ação no processo ensino-aprendizagem.

Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e

especializações, espera-se que o aluno possa compreender, pensar, pensar e problematizar os

conteúdos básicos. Com isso o aluno irá desenvolver a atividade filosófica e poderá formular

suas respostas quando tomar posições de forma escrita, oral, argumentar e criar conceitos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de

trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos: qual discurso tinha antes; qual

conceito trabalhou; qual discurso tem após; qual conceito trabalhou.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio

da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com

isso, torna-se possível a avaliação como um processo. Com isso o aluno terá condições de ser

construtor de ideias com caráter inusitado e criativo.

Ao avaliar o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,

mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar

e identificar os limites dessas posições.

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Avaliação é um processo contínuo. Sendo assim, o aluno não será avaliado em um

único momento. No decorrer do bimestre serão realizados no mínimo duas avaliações com

peso dez. Essas avaliações poderão ser através de provas escritas, trabalhos realizados extra

classe e apresentados oralmente e produções textuais. Se necessário no decorrer do bimestre

será oportunizado aos alunos a recuperação paralela referente ao conteúdo que não foi

assimilado. Cada aluno é um ser particular, portanto, será consideradas suas limitações no

desenvolvimento das atividades avaliativas.

Os alunos com necessidades educacionais especiais, serão avaliados de acordo com

suas especificidades, conforme lei nº 9394/96 da LDBEM, capítulo V, artigo 58.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAUÍ, Marilene. Filosofia. São Paulo. Editora Ática, 2005.

OLIVEIRA, Pérsia Santos de. Introdução a Filosofia, São Paulo. Editora Ática 2005.

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Temas de Filosofia. Editora Moderna; São Paulo.

SISTEMA NOBEL, Apostila de Filosofia. Editora Liceu. 2005.

REVISTA, Mundo Jovem.

FILOSOFIA, Consenso e Conflitos. Editora UEPG.

PORTAL DA EDUCAÇÃO, Governo, Pr.

REVISTA, Discutindo a Filosofia. Editora Escala. (mensal);

TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para crianças e Adolescentes: Editora Vozes.

LIVRO DIDÁTICAO, Filosofia, Governo, PR.

GUBERT, Mirian Célia Castellain. Inclusão: uma realidade em discussão. 2ª edição –

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Curitiba: Ibpex, 2007.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUC. BÁSICA. Sec. de Estado do Paraná, 2009.

PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por

isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza. Ressalte-se que os

conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da

natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e

entender essa natureza.

A Física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para cidadania e isso se faz

considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o Universo de fenômenos e

a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e

envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.

Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade observa

a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência.

Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com interesse dos gregos

em explicar as variações cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à

astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos.

Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o contexto social e econômico

favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das máquinas à indústria,

trouxe mudanças no modo de produzir bens e contribuiu para grandes transformações sociais

e tecnológicas e também para o desenvolvimento da termodinâmica.

“O escocês James Clerk Maxwell, por volta de 1861, previu que os campos

eletromagnéticos poderiam se propagar como ondas, o que foi logo confirmado

por Heinrich Hertz. A velocidade destas ondas coincidem com a da luz, levando à

formulação da teoria eletromagnética da luz, completando assim, a unificação

que Faraday iniciara. Ao lado da teoria da gravitação universal, desenvolvida

por Newton, a teoria do eletromagnetismo, sistematizada por Maxwell, completou

uma visão geral de todos os campos de força até então conhecidos, ao mesmo

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tempo em que lançou as bases tanto para a produção e uso da energia elétrica

quanto para as modernas telecomunicações.”(pág. 44, DCE)

Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o início do século XX.

Em 1905, Einstein apresentou a teoria da relatividade especial ao perceber que as equações de

Maxwell não obedeciam às regras de mudança de referencial da teoria newtoniana. Ao decidir

pela preservação da teoria, Einstein alterou os fundamentos da mecânica e apresentou uma

nova visão do espaço e do tempo, sem o éter.

A história da ciência faz parte de um quadro amplo que é a história da humanidade.

Em física, a evolução das ideias e conceitos, nas diversas áreas do conhecimento, traçou um

caminho pouco linear, repleto de erros e acertos, de avanços e retrocessos típicos de um

objeto essencialmente humano, que é a produção científica.

Essa história, deve, também, mostrar a não neutralidade da produção científica, suas

relações externas, sua interdependência com sistemas produtivos, enfim, os aspectos sociais,

políticos, econômicos e culturais dessa ciência.

O que se propõem é que o professor agregue ao planejamento de suas aulas, a

História da Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo.

Entende-se, então, que a física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para a

cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico sobre o

universo de fenômenos e a não neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu

comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos e culturais.

O ponto de partida da prática pedagógica está relacionado aos conteúdos

estruturantes, propostos nas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias

e dos conceitos da Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático

como ditador do trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à

memorização de modelos, conceitos e definições excessivamente matematizados e tomados

como verdades absolutas, como coisas reais.

Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma equação

matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma construção

humana com significado histórico e social.

Assim, serão objetos de análise no trabalho docente: os sujeitos (docente e

estudante), os processos de seleção e socialização dos conteúdos escolares, o processo de

avaliação, a realidade escolar, bem como a sociedade em que vivemos.

Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar a sociedade e o

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contexto histórico em que o conhecimento é produzido. Isso requer considerar as ideias de um

cientista à luz do seu tempo e não limitar-se a contar histórias ou lendas.

Ao preparar a sua aula, o professor deve ter em vista que a produção científica não é

uma cópia fiel do mundo ou da realidade perceptível pelo senso comum, mas uma construção

racional, uma aproximação daquilo que se entende ser o comportamento da natureza. Assim:

•O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento trazido

pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações sociais. Interessam, em

especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que influenciam a

aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico;

•A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que contribui

para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor interação entre

professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no ambiente

escolar;

•Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para essa

disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender Física.

É preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos

conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.

A aprendizagem somente é possível através da interação com o professor, detentor do

conhecimento físico. Nas novas Diretrizes Curriculares, recoloca-se o professor no centro do

trabalho pedagógico como sujeito indispensável nesse processo.

Ao propor um currículo de física para o ensino Médio é preciso considerar que a

educação científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes para uma

atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio que o cerca. Dessa

perspectiva o ensino de física vai além da mera compreensão do funcionamento dos aparatos

tecnológicos.

Assim, esta proposta político-pedagógica implica que o ensino de física aborde os

fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em

construção, porém com uma respeitável consistência teórica. É importante compreender,

também, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na sociedade,

destacando-se a não-neutralidade da produção científica.

C

ONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

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Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje

compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar.

Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo

que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.

O embasamento histórico da física, mostra a necessidade de por objetivo buscar um

quadro conceitual de referência capaz de abordar o objeto de estudo desta ciência – o

Universo – sua evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem.

Os resultados desta busca são grandes sínteses que constituem três campos de estudo

da Física e que completam o quadro teórico desta ciência no final do século XIX:

• Movimento e gravitação, elaboradas por Newton em duas obras: Pilosophiae

naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica);

• A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius,

Kelvin, Helmholtz e outros;

• O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de

homens como Ampére e Faraday.

Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições,

princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses estruturantes

derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares das escolas.

Escolheu-se esses campos porque, embora tenham evoluídos separadamente, elas são

teorias unificadoras: a mecânica de Newton, no século XVII, unificou a estática, a dinâmica e

a astronomia; a termodinâmica, no século XIX, unificou conhecimentos sobre gases, pressão,

temperatura e calor e a teoria eletromagnética, de Maxwell, unificou o magnetismo, a

eletricidade e a óptica.

Os conteúdos estruturantes: movimento, termodinâmica e eletromagnetismo.

Conteúdos Básicos:

Movimento

- Momentum e inércia

- Conservação de quantidade de movimento (momentum)

- Variação da quantidade de movimento = Impulso

- 2ª Lei de Newton

- 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

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- Energia e o Princípio da conservação da energia

- Gravitação

Termodinâmica

- Leis da Termodinâmica

- Lei zero da Termodinâmica

- 1ª Lei da Termodinâmica

- 2ª Lei da Termodinâmica

Eletromagnetismo

- Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnética

- Força eletromagnética

- Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática (Lei de Coulomb, Lei de

Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)

- A natureza da luz e suas propriedades.

Ao abordar o conhecimento científico em seus aspectos qualitativos e conceituas,

filosóficos e históricos, econômicos e sociais, e ensino de física contribuirá para a formação

de estudantes críticos.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

No trabalho com os conteúdos de ensino da Física é importante que o professor

considere o que os estudantes já conhecem a respeito do tema para que ocorra uma

aprendizagem significativa.

O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do professor

como é o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência, assim como a de

outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho pedagógico, responsabilidade do

professor. Em outras palavras, o pedagogo do livro deve ser o professor e não o contrário. O

professor é quem sabe quando e como utilizar o livro didático.

Na escola, o conhecimento científico pode ser tratado por meio dos modelos, mas é

preciso lembrar que modelos físico escolares não são os modelos produzidos pela ciência.

Tanto o conhecimento científico quanto os modelos, ao serem traduzidos para o ensino

escolar, sofrem uma adequação em termos de especificidade conceitual e de linguagem.

Ao partir dessa premissa, o professor abordará os modelos científicos em suas

possibilidades e limitações, de modo a explorar o senso comum e rejeitar o argumento de que

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aprender Física o pré-requisito é saber Matemática.

O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas

entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses além

das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para obter

um valor numérico de grandeza.

Isso pode ocorrer através da resolução literal em contrapondo à resolução

matemática. Ou seja, primeiro o estudante deve encontrar a relação entre todas as grandezas

físicas envolvidas – uma expressão matemática literal para depois realizar o cálculo e chegar a

um valor.

O uso da história no ensino de Física deve, também, mostrar a não neutralidade da

produção científica, suas relações externas, sua interdependência com os sistemas produtivos,

enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência.

O que se propõe é que o professor agregue, ao planejamento de suas aulas, a História

da Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo. As considerações

expostas a respeito da História da Ciência, ao serem incorporadas ao plano de trabalho

docente, podem ajudar o estudante a compreender que a busca do conhecimento físico não foi

e não é um caminho de direção única, tampouco linear, mas repleto de dúvidas, contradições,

erros e acertos, motivado por interesses diversos.

No ensino de Física, deve-se considerar a importância das atividades experimentais

para uma melhor compreensão acerca dos fenômenos físicos. Assim, é fundamental que o

professor compreenda o papel dos experimentos na ciência, no processo de construção do

conhecimento científico. Essa compreensão determina a necessidade (ou não) das atividades

experimentais nas aulas de física.

A utilização de textos, empregando a leitura científica no ensino de Física, é

defendida por pesquisadores, porém, ao trabalhá-los, devem-se tomar alguns cuidados,

sobretudo quanto à escolha, no que diz respeito à linguagem e ao conteúdo, pois o aluno será

o interlocutor nessa proposta de leitura.

O texto não deve ser lido como se fosse um manual. Para isso deve-se evitar

perguntas com respostas diretas que não permitam uma reflexão em torno dos saberes

divulgados no texto. É importante que as questões propostas despertem o interesse do

estudante.

Convivemos, diariamente, professores e estudantes, com aparatos tecnológicos dos

mais simples aos mais sofisticados, em nossas casas e no ambiente escolar: retroprojetores,

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televisões, aparelhos de vídeo cassete e DVD, computador, dentre outros. Portanto, não se

trata mais de ser a favor ou contra, usar ou não usar, mas de planejar o uso do recurso

tecnológico conforme a necessidade, a serviço de uma formação integral dos sujeitos, de

modo a permitir o acesso, a interação e, também, o controle das tecnologias e de seus efeitos.

A presença de laboratórios de informática com acesso à internet, nas escolas, bem

como a chegada de aparelhos de televisão com porta USB para entrada de dados via pendrive,

abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino de Física. Qualquer que seja o

recurso tecnológico utilizado é preciso que esteja de acordo com o plano de trabalho docente

feito pelo professor. O computador, o livro, TV, o filme, são meramente instrumentos e

recursos para o ensino e não substituem o professor.

Os desafios educacionais contemporâneos serão abordados durante o ano letivo no

momento em que se fizer necessário bem como quando surgirem oportunidades ou de acordo

co datas comemorativas ou campanhas sobre esses assuntos: Educação Ambiental,

Enfrentamento da Violência na Escola, Sexualidade, Prevenção ao Uso indevido de Drogas,

Educação do Campo, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-Brasileira e Africana.

Os Desafios Educacionais Contemporâneos – Educação ambiental, Sexualidade,

Enfrentamento à Violência na escola, Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação Fiscal,

História e Cultura Afrobrasileira e africana, serão abordados ao decorrer do ano de acordo

com as circunstâncias, sempre que se fizer necessário.

AVALIAÇÃO

Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que

o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares,

quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo.

Embora o sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado em uma

nota para sua aprovação, a avaliação é um instrumento que compõe o processo de ensino-

aprendizagem dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e sua formação.

A avaliação deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto de

vista instrumental. Do ponto de vista quantitativo, o professor deve orientar-se pelo

estabelecimento no regimento escolar, o qual diz que serão feitas, no mínimo, duas avaliações

que terão valor de 0,0 (zero) à 10,0 (dez) por bimestre, podendo este ser na forma de prova,

trabalho, apresentação de seminário, debates e outros.

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Quanto aos critérios de avaliação em física deve-se verificar: compreensão dos

conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada; a

compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos; compreensão de conceitos

físicos presentes em textos não científicos; a capacidade de elaborar relatórios tendo como

referencia os conceitos as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer evento

que envolva os conhecimentos da física.

Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do conhecimento

pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento. Como ato

educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando cria condições reais para a

condução do trabalho pedagógico.

Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de

intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade.

Após a avaliação espera-se que o aluno:

• formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX;

• compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de partículas

subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios;

• conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico

da mecânica clássica: trajetória;

• compreenda o conceito de massa, como uma construção científica ligada à concepção

de força, entendendo-a como uma resistência à variação do movimento;

• compreenda o conceito de momento de inércia, relacionando este conceito à massa do

objeto e à distribuição dessa massa em relação ao eixo de rotação;

• associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um sistema

(impulso), aceleração ou desaceleração;

• entenda as medidas das grandezas como dependentes do referencial e de natureza

vetorial;

• compreenda, a conservação da quantidade de movimento para os movimentos

rotacionais; que os movimentos acontecem uns acoplados aos outros, tanto os translacionais

como os rotacionais;

• perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a

aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo;

• aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificando na 1ª lei de

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Newton e as noções de equilíbrio estável e instável;

• reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais deferentes situações.

• conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas formas:

mecânica, cinética, potencial elástica e potencial gravitacional;

• compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico.

• associe a gravitação com as leis de Kepler;

• identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial;

• compreenda a Teoria da Relatividade Geral.

• compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para o

contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para o

desenvolvimento das ideias na termodinâmica;

• formule o conceito de pressão de um fluído, e extrapole o conceito a outras aplicações

físicas;

• entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de um

material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema;

• diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das formas de

energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da termodinâmica;

• compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de

Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância para a

Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia;

• associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor;

• compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como propriedade

de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma forma, o

conceito de calor latente;

• identifique dos processos físicos: os reversíveis e os irreversíveis, que vêm

acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei.

• compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e

artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade;

• compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a

fundamentam;

• compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois todos

os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga;

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• compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para a

explicação dos fenômenos eletromagnéticos;

• entenda o campo como uma entidade física dotada de energia;

• aprenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a corrente

elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;

• conheça as propriedades elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e a

condutividade;

• conheça as propriedades magnéticas dos materiais;

• entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao campo;

• reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos, pelas

propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e propriedades dos

gases;

• compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético sobre a

corrente elétrica;

• entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos

constituintes;

• conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação de

energia, como a nuclear e a eólica.

• perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à

transformação/variação de energia elétrica.

• entenda a propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;

• conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as radiações de

alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de partícula;

• entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a mudança

do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de reflexão, no qual

a luz é desviada sem mudança de meio;

• entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa, dispersão e

absorção da luz;

• associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação do

arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos

estudados;

• compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria, apresenta

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alguns comportamentos que são típicos de partículas e outros de ondas;

• extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por exemplo ao

elétron.

De acordo com o PPP a recuperação de conteúdos será realizada a cada avaliação,

após a retomada dos conteúdos, sendo aplicada a todos os alunos que não tenham atingido a

aprendizagem integral.

Em relação aos alunos com necessidades educacionais especiais é necessário que o

professor adote uma postura diferenciada até quando os conteúdos a uma prática flexível que

venha atender e a suprir as necessidades desse aluno. Deve haver uma adaptação aos

conteúdos curriculares seja qual for a sua necessidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SAMPAIO, José Luiz. Física: volume único/ José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. – 2.

ed. – São Paulo: Atual, 2005. – (Coleção ensino médio Atual)

SEED - Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física, 2008.

FÍSICA / VÁRIOS AUTORES – Curitiba: SEED – PR, 2006.

MENEZES, Luis Carlos de. Fundamentos e Fronteiras do Conhecimento Físico, 2005.

TAKIMOTO, Elika. História da Física na sala de aula, 2009.

PIRES, Antonio S. T. Evolução das Ideias da Física, 2008.

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PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A química está relacionada às necessidades dos seres humanos e todos devem

compreender isso. É necessário dessa forma, ter um conhecimento básico da química, para

ver que a química instrumentaliza o cidadão e assim o mesmo ter uma visão mais crítica

quanto aos problemas causados pelo próprio homem, sendo a poluição, o uso de inseticidas, a

fabricação de explosivos entre outros. Sendo assim deve-se haver um estabelecimento da

relação entre aprender química e exercer cidadania. O conhecimento científico, na medida em

que permite uma interpretação mais clara de fenômenos cotidianos, possibilita ao cidadão a

correta tomada de decisões e, por consequência, uma melhor qualidade de vida.

Para o homem, saber como se desenvolve o conhecimento da Química, processará

nele um pensamento crítico mais elaborado. Através do estudo da química levará a

compreensão das formulações de hipóteses, controle de variáveis de um processo,

generalização de fatos por uma lei, elaboração de uma teoria e construção de modelos

científicos.

Os problemas que podem surgir dependem da forma de produção e aplicação desses

produtos e o homem como articulador deve estar consciente de seus atos. Percebe-se em tudo

isso a importância do estudo da Química. A concepção espontânea sobre os conceitos que se

adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência,

faz-se presente no início do processo de ensino-aprendizagem. Por sua vez a concepção

científica envolve um saber socialmente construído e sistematizado, que requer metodologias

específicas para ser disseminado no ambiente escolar. A escola é, por excelência, o lugar

onde se lida com o conhecimento científico historicamente produzidos.

No Brasil as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a química,

surgiram a partir do início do século XIX, provenientes das transformações de ordem política

e econômica que ocorriam na Europa. As recomendações de Coimbra definiram o que seria o

ensino em Portugal e marcaram fortemente todo o período imperial Brasileiro. As diretrizes

para cadeira de química, elaborados pelo Conde da Barca influenciadas por uma carta do Rei

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de Portugal, reconheciam a importância da química para o progresso do estudo da medicina,

cirurgia e agricultura, e além disso, indicavam o ensino dos princípios práticos da química e

seus diferentes ramos aplicados às artes e à farmácia para o perfeito conhecimento dos muitos

e preciosos produtos naturais do Brasil.

O 1º Congresso Brasileiro de Química realizou-se em 1922, no Rio de Janeiro, tendo

como resultados a fundação da Sociedade Brasileira de Química, a criação da Sociedade

Brasileira de Educação e o movimento de modernização para o Ensino Brasileiro. Entre os

anos de 1929 a 1990 ocorreram várias crises econômicas, sociais e políticas favorecendo os

inúmeros movimentos de transformação do ensino de Química.

Nos anos 90, as mudanças neoliberais realizadas no mundo do trabalho colocaram a

educação em pauta, novamente afetando as discussões a respeito do currículo. Encontros e

conferências foram realizadas em âmbito mundial, priorizavam a educação como alvo das

reformas necessárias para a formação do trabalhador, ocorrendo assim a produção e a

aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB 9394/96), bem

como a construção dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais). Nessas Diretrizes a

preocupação central é resgatar a especificidade da disciplina de Química, deixando de lado o

modo simplista como era tratada nos PCNs. A abordagem no ensino de Química, será

norteada, pela construção/reconstrução de significados dos conteúdos científicos vinculada

aos contextos históricos, políticos, econômicos sociais e culturais.

Nas diretrizes, propõe-se que a compreensão e apropriação do conhecimento químico

aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da química: as substancias e

os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa

relação dialógica, em que os conceitos químicos constitua apropriação de parte do

conhecimento cientifico, deve contribuir para a formação de sujeitos que compreendam e

questionam a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é

a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via experimentação.

A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e na sua

função pedagógica de auxiliar o aluno na explicitação, problematização, discussão, enfim, na

significação dos conceitos químicos.

O Estudo da Química em seu caráter geral tem vários objetivos, dentre eles os de:

• Desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das questões

sociais relativas à ciência e a tecnologia;

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• Auxiliar na aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos relativos à natureza da

ciência;

• Encorajar os alunos a relacionar suas experiências na escola em fatos reais;

• Ajudar os alunos a verbalizar, ouvir e argumentar;

• Desenvolver habilidades de raciocínio lógico;

• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;

• Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;

• Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa,

utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas

modificações ao longo do tempo;

• Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o

conhecimento da química (livro, computador, jornais, TV, etc);

• Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógica –

empírica);

• Compreender os fatos químicos dentro de uma visão macroscópica (lógico- formal);

• Compreender dados quantitativos, (estimativa e medida), compreender relações

proporcionais presentes na química;

• Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou de outros dados;

• Saber identificar e traduzir dados, informações, relatos relevantes;

• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à química,

selecionando procedimentos experimentais pertinentes;

• Quanto à seleção dos conteúdos, é comum ser enfatizado o trabalho com temas como:

lixo, efeito estufa, camada de ozônio, água, reciclagem, poluição, drogas, química da

produção, etc.

Propõem-se que o ponto de partida para a organização dos conteúdos curriculares,

sejam os conteúdos estruturantes e seus respectivos conceitos e categorias de análise, tais

como:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes Conteúdos básicos

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MATÉRIA E SUA

NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

MATÉRIA

- Constituição da matéria;

- Estados de agregação;

- Natureza elétrica da matéria;

- Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).

- Estudo dos metais;

- Tabela Periódica.

SOLUÇÃO

- Substância: simples e composta;

- Misturas;

- Métodos de separação;

- Solubilidade;

- Concentração;

- Forças intermoleculares;

- Temperatura e pressão;

- Densidade;

- Dispersão e suspensão;

- Tabela Periódica.

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

- Reações químicas;

- Lei das reações químicas;

- Representação das reações químicas;

- Condições fundamentais para ocorrência das reações

químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes,

teoria de colisão);

- Fatores que interferem na velocidade das reações superfície

de contato, temperatura, catalisador, concentração dos

reagentes, inibidores);

- Lei da velocidade das reações químicas;

- Tabela Periódica.

EQUILÍBRIO QUÍMICO

- Reações químicas reversíveis;

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QUÍMICA SINTÉTICA

MATÉRIA E SUA

NATUREZA

- Concentração;

- Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de

equilíbrio);

- Deslocamento e equilíbrio (principio de Le Chatelier):

concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalizadores;

- Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de

ionização, Ks);

- Tabela Periódica.

LIGAÇÃO QUÍMICA

- Tabela periódica;

- Propriedade dos materiais;

- Tipos de ligações químicas em relação às propriedades dos

materiais;

- Solubilidade e as ligações químicas;

- Interações intermoleculares e as propriedades das

substâncias moleculares;

- Ligações de Hidrogênio;

- Ligação metálica (elétrons semi-livres)

- Ligações sigma e pi;

- Ligações polares e apolares;

- Alotropia.

REAÇÕES QUÍMICAS

- Reações de Oxi-redução;

- Reações exotérmicas e endotérmicas;

- Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;

- Variação de entalpia;

- Calorias;

Equações termoquímicas;

- Princípios da termodinâmica;

- Lei de Hess;

- Entropia e energia livre;

- Calorimetria;

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BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA

SINTÉTICA

- Tabela Periódica.

RADIOATIVIDADE

- Modelos Atômicos (Rutherford);

- Elementos químicos (radioativos);

- Tabela Periódica;

- Reações químicas;

- Velocidades das reações;

- Emissões radioativas;

- Leis da radioatividade;

- Cinética das reações químicas;

- Fenômenos radiativos (fusão e fissão nuclear);

GASES

- Estados físicos da matéria;

- Tabela periódica;

- Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão

x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume);

- Misturas gasosas;

- Diferença entre gás e vapor;

- Leis dos gases.

FUNÇÕES QUÍMICAS

- Funções Orgânicas

- Funções Inorgânicas;

- Tabela Periódica.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O estudo da Química será iniciado pelo histórico da Química para possibilitar ao

aluno a compreensão do processo de elaboração desse conhecimento. Ter noções básicas de

Química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber exigir os benefícios da aplicação

do conhecimento químico para toda a sociedade.

Haverá uma abordagem histórica para cada um dos conteúdos estruturantes, havendo

também abordagem social, ambiental, representacional, experimental e cultural.

Será contextualizado o conteúdo de química na bioquímica com a atmosfera,

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hidrosfera e litosfera. Na química sintética será relacionado o conteúdo com a transformação

de materiais e produção de materiais artificiais. Quanto ao conteúdo estruturante da matéria

será explorado por meio de modelos e representações sempre contextualizando e

demonstrando a natureza em níveis macroscópicos e também microscópicos.

O estudo da química estará presente no cotidiano dos alunos evitando que esta seja

apenas algo descritivo, com repetição de fórmulas, mas sim de maneira clara e

contextualizada mostrando sempre exemplos para o entendimento do aluno.

O ensino da química deve permitir a construção de uma visão de mundo,

contribuindo para que o indivíduo se enxergue como participante de um mundo em constante

transformação. Os conteúdos serão abordados de maneira que permita a contextualização do

conhecimento, sendo trabalhados com a participação efetiva do educando, promovendo um

diálogo mediador da construção do conhecimento.

Os elementos químicos e às substâncias químicas serão estudados de maneira que o

aluno possa conhecer os métodos de obtenção e características procurando compreender

melhor os seus efeitos e a sua utilização nos diversos setores da vida humana. A leitura e a

interpretação de textos científicos, a construção de tabelas e gráficos, análise de embalagens

para conhecer a composição química de produtos industrializados.

Ter noções básicas de química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber

exigir os benefícios da aplicação do conhecimento químico para toda a sociedade.

Para o ensino da Química serão utilizados materiais audio-visuais, televisão,

pendrive, computador, etc., materiais de laboratório que possam ser utilizados em sala de

aula, biblioteca, quadro de giz.

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte integrante do processo de ensino aprendizagem e abarca não

somente o desempenho do aluno, mas também a atuação do professor e a estrutura de

funcionamento da escola e do sistema de ensino. No que diz respeito à avaliação do aluno é

imprescindível que seja contínua com o acompanhamento de suas atividades no dia-a-dia,

fornecendo o retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno.

Seguindo as diretrizes, avaliação deve ser concebida de forma processual e

formativa, sob os condicionantes do diagnostico e da continuidade. Esse processo ocorre em

interações reciprocas, no dia a dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo

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pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento. Esse tipo de avaliação

processual e formativa leva em conta o conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo

de construção e reconstrução de conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem.

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.

Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos

científicos” (Maldaner, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere

os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos

químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens históricas, sociológica,

ambiental e experimental dos conceitos químicos.

Os temas contemporâneos (Educação ambiental, Enfrentamento à Violência na

Escola, Prevenção ao uso de drogas, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e

Africana e Sexualidade) serão abordados durante o ano letivo, considerando-se que são temas

muitas vezes presentes em nossa sociedade, o que os torna relevantes para compreensão e

entendimento às transformações que ocorrem em nossa sociedade.

A avaliação deve ser ainda funcional porque verifica se os objetivos previstos estão

sendo atingidos, orientados e permitindo ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quanto antes

e integral. A avaliação será feita através de trabalhos de pesquisa, trabalho individual ou

coletivo, prova oral, auto-avaliação e provas escritas de tipos variados.

A recuperação será paralela às avaliações, procurando recuperar o aprendizado aos

alunos que necessitaram. Também será proporcionada aos demais alunos poderem também

recuperar apenas alguns conteúdos que sintam necessidade. Da mesma forma que a avaliação,

a recuperação será através de provas escritas e objetivas, trabalhos individuais ou em grupo.

Espera-se que o aluno:

• Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da

Química;

• Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

• Problematize a construção dos conceitos químicos;

• Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela produção do

conhecimento químico

• Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre

modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;

• Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico,

associando substâncias, misturas, solubilidade, concentração, forças intermoleculares, etc.;

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• Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,

representações condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores;

• Compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos:

concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio,

concentração, pressão, temperatura, equilíbrio químico em meio aquoso;

• Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo de um

átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico;

• Entenda as reações químicas como transformações da matéria e a nível microscópico,

associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico;

• Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na

natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;

• Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos gases,

modelo de partículas e as leis dos gases;

• Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra espécie

com a qual estabelece interação.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais, terão atendimento e avaliações

diferenciadas de acordo com as especificidades dos mesmos dentro de suas limitações,

considerando-se os temas propostos.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

COVRE, Geraldo José. Química Total, São Paulo: FTD, 2001.

DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS, Química, 2006.

SARDELLA, Antônio. Química, São Paulo: Ática, 2001.

PERUZZO, Francisco Miragaia, São Paulo: Moderna, 2003.

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PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais, que

trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da

ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar mudanças e a

absorvê-las nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na

Europa, uma ciência, disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da

juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos

sem muito tempo para digeri-los.

O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcada pelas

consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma

social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo,

com sua fé na razão e no progresso da civilização.

No cenário social, a revolução fundamental está no surgimento de uma nova classe

social, e dos operários fabris. No âmbito de novas formas de pensar, a revelação como

explicação do mundo pela fé e tradição é substituída pela razão. Esse caldo histórico deságua

em um pensamento social questionador da mudança na sociedade. A Sociologia, termo

empregado pela primeira vez por Auguste Comte (1798-1857), torna-se uma ciência

conclusiva e síntese de todo o caminhar científico da humanidade e vida social, considerada

capaz de estruturar a sociedade com o auxílio das demais ciências, como cita MORAES

(2004, p. 266):

“Como ciência, a sociologia é constituída por um conjunto de pressupostos que

sedimentam, formam e informam o seu arcabouço teórico. Como ciência da sociedade, esses

pressupostos precisam estar em constante sintonia com o próprio movimento da vida social,

mantendo o rigor da análise sem, contudo, perder a capacidade para perceber as variações

da contemporaneidade.”

Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo , o

período entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção

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do poder político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição

dos Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade

passou por mudanças, com a destruição da servidão e da organização camponesa, a

consequente emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição gradativa

da atividade artesanal em manufatureira.

Nas grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações de trabalho

mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de diferentes interesses na

sociedade.

Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a sociologia faz

emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução

pelos primeiros pensadores sociais, - Comte, Durkheim, Weber e Marx.

A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade

industrial e toda a contradição deste processo e procura explicar o homem envolvido nesse

sistema como cita FERREIRA (1993 p. 17):

“É importante observar que a sociologia é apenas uma das ciências sociais. Em

princípio as ciências sociais são todas aquelas que procuram explicar os vários aspectos da

vida do homem em sociedade.”

Os anos de 1930 foram de plena efervescência para a Sociologia que se

institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no

campo da pesquisa e da editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão sobres

as peculiaridades da cultura e sociedade brasileira.

O período de 1945 a 1974 foi de grandes mudanças econômicas, sociais e

institucionais, no Brasil, e as pesquisas trataram de temas da política e da cultura de forma

simultânea, atualizando-os sob a luz de métodos de investigação científica que se firmavam

na Sociologia. O período da ditadura militar marcou uma inflexão na Sociologia, que se

desenvolvia e teorizava acerca das tendências da revolução brasileira, abortada nos anos

sessenta.

Um pensamento sociológico sobre os problemas latino-americanos floresceu,

sobretudo entre os intelectuais brasileiros exilados em países europeus e da América Latina,

em decorrência do golpe de Estado de 1964 e do Ato Institucional n. 5, em 1968.

Florestan Fernandes foi professor da cátedra de Sociologia na USP e é considerado o

fundador da Sociologia Crítica no Brasil. Fernandes participou do projeto da Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional, concebendo a ciências como racionalizadora da vida social

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por meio da democratização educacional, a instauração de um sistema educativo moderno,

laico, público, com pedagogia voltada às necessidades das classes populares.

A Sociologia Geral e/ou Sociologia da Educação permanecem como programas, a

partir dos anos 1940, apenas nos currículos das Escolas Normais. O vínculo entre a educação

e a Sociologia mostra que as escolas normais. O vínculo ente a educação e a Sociologia

mostra que as escolas normais foram redutos importantes para a disseminação do

conhecimento sociológico, como argumenta Guelfi (2001). A formação de professores para o

ensino secundário foi, sem dúvida, o fator de consolidação da Sociologia como disciplina

curricular.

Quando em 1962, o Conselho Federal de Educação e o Ministério de Educação

publicaram os novos currículos para o Ensino Médio, a sociologia não foi incluída entre as

disciplinas obrigatórias, complementares e optativas, de acordo com Santos (2004).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectivas para

a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em seu art. 36,§ 1º, inciso lll,

expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários

ao exercício da cidadania”. O Conselho Nacional de Educação aprovou, com base na Lei

9.394/96, a inclusão da Sociologia no Ensino Médio, e , a partir de 2007 os conselhos

estaduais de Educação deveriam regulamentar a oferta dessas aulas. No dia 02 de junho de

2008, é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96, para incluir a Filosofia e a

Sociologia como disciplina obrigatória em todas as séries do ensino médio.

A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo

Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de

Ensino Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em que a disciplina será

ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é defendido o princípio de

equidade entre as disciplinas, de modo a garantir um mínimo de duas aulas semanais para

todas as disciplinas nas séries em que são ofertadas.

A Sociologia deve ser vista como construtora histórica e social, desempenhando o

papel de focalizar os problemas que moldura a realidade, questionando profundamente e

buscando respostas múltiplas para construção de caminhos viáveis para a convivência

coletiva, como cita FORACCHI (2008 p. 02):

“O objetivo, ao contrário, é situar o conhecimento, ir a sua raiz, definir os seus

compromissos sociais e históricos, localizar a perspectiva que o construiu, descobrir a

maneira de pensar e interpretar a vida social (…).”

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A partir da construção e concepção de sociedade é possível ao aluno compreender a

emergência dos temas que hoje ocupam o cenário das manifestações sociais. Portanto,

professores e alunos precisam questionar os problemas sociais, da atualidade. A escola deve

sair da rotina e buscar uma integração à nova realidade, fazendo com que disciplinas se

tornem atraentes. Em sociologia devemos deixar claro para o aluno o direito da cidadania,

devendo ter em mente a construção de um amplo campo de debates e pensamentos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

1- O Surgimento da Sociologia e

Teorias Sociológicas

- Formação e consolidação da sociedade

capitalista e o desenvolvimento do pensamento

social.

- Teorias sociológicas clássicas: Comte,

Durkheim, Engels, e Marx Weber.

- O desenvolvimento da sociologia no Brasil.

2 – O Processo de Socialização e as

Instituições Sociais.

- Processo de socialização.

- Instituições Sociais; Familiares; Escolares;

Religiosas.

- Instituição de Reinserção (prisões, manicômios,

educandários, asilos, etc.).

3- Cultura e Indústria Cultural

- Desenvolvimento antropológico do conceito de

cultura e sua contribuição na análise das

diferentes sociedades;

- Diversidade Cultural;

- Identidade;

- Indústria cultural;

- Meios de comunicação de massa;

- Sociedade de consumo;

- Indústria cultural no Brasil;

- Questões de gênero;

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- Cultura afro brasileira e africana;

- Cultura indígena;

- O conceito de trabalho e o trabalho nas

diferentes sociedades;

- Desigualdades sociais; estamentos, castas,

classes sociais;

- Organização do trabalho nas sociedades

capitalistas e suas contradições;

- Globalização e Neoliberalismo.

4- Trabalho, Produção e Classes

Sociais

- Relações de trabalho;

- Trabalho no Brasil.

5- Poder, Política e Ideologia

- Formação e desenvolvimento do Estado

Moderno;

- Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

- Estado no Brasil;

- Conceitos de Poder;

- Conceitos de Ideologia;

- Conceitos de dominação e legitimidade;

- As expressões da violência nas sociedades

contemporâneas;

6- Direito, Cidadania e movimentos

Sociais.

- Diretos: civis, políticos e sociais;

- Direitos humanos;

- Conceito de cidadania;

- Movimentos sociais;

- Movimentos sociais no Brasil;

- A questão ambiental aos movimentos

ambientalistas;

- A questão das ONG's.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de

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problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem

ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos

didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.

Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão

de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passiveis de leitura. A

utilização de filmes, imagens, músicas e charges, constitui importante elemento para que os

alunos relacionem a teoria com sua prática social.

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessário a

articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e

contextualização propostas.

A atuação do docente deverá ser a de levar o educando a pesquisar a contribuição da

sociologia nas suas relações sociais. Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no

Ensino Médio, os conteúdos Estruturantes e os conteúdos Básicos devem ser tratados de

forma articulada.

Considera-se relevante no exercício pedagógico da sociologia manter no horizonte de

análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos

tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos básicos das teorias de

Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos levando-se em consideração o recorte

temporal no qual se erige a Sociologia. Isso requer a retomada do histórico da disciplina em

cada teoria trabalhada.

Como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de

pensamento, avaliando-lhes os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje.

Ao mesmo tempo, o ensino da disciplina deve recusar qualquer espécie de síntese teórica ou

reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a contextualização histórica e

política das teorias seguindo o rigor metodológico que a ciência requer.

A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de ensino-

aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por posições teóricas e

práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas em

suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real.

Trata-se de propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos sociológicos, de

maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações

históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis

mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da

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contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão buscando

fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais,

podendo alterar qualitativamente sua prática social.

O ensino deve contemplar a dinâmica dos fenômenos sociais, explicando-a para além

do senso comum, de modo que favoreça uma leitura da sociedade à luz da ciência, permitindo

que a dimensão analítica do conhecimento sociológico estabeleça um diálogo contínuo com as

transformações socieconômicas, culturais e políticas contemporâneas.

A Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar respostas no

seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na família, nos

programas de televisão, nos noticiários, nos livros de História etc.. O professor pode

despertar no aluno o sentimento de estar integrado à realidade que lhe cerca, desenvolvendo

certa sensibilidade para com os problemas brasileiros de forma analítica e cogitando possíveis

soluções para problemas diagnosticados.

Estudar Sociologia pelo caminho da reflexão crítica, contrastante dos fenômenos e de

suas interpretações, desenvolve-se uma percepção social apoiada em posicionamento

cognitivo e maior sensibilidade em face da realidade social desigual.

As aulas de Sociologia podem ser atraentes e despertar nos alunos processos de

identificação de problemas sociais que estão de forma jornalística presentes nos meios de

comunicação. Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos:

• aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus,

quando possível;

• exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;

• leituras de textos: clássicos-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos,

literários, jornalísticos;

• debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa:

pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;

• análise crítica: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise

crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.

Destacam-se aqui alguns encaminhamentos metodológicos para o ensino de

Sociologia, os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico para a construção do

pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico: pesquisa de campo; análise

crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos.

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De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios, conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura Afro-

brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção ao

uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a Violência

contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF nº11.525/07,

Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF nº9795/99 Dec.

Nº4201/02. Deverão ser trabalhados de forma interligada aos conteúdos básicos com o

objetivo de conscientizar os educandos ao longo de toda sua vida escolar sobre a importância

de se pensar nos desafios sociais.

AVALIAÇÃO

As avaliações da disciplina de Sociologia requer extrair do aluno não respostas

lógicas, mas reflexivas do que somos, de onde viemos e para onde iremos, enquanto

sociedade. Fazer com que o aluno e também nós como seres integrantes da instituição escolar

tragamos para a sala de aula o verdadeiro e mais prático material didático, oriundo da

observação atenta do meio em que vivemos. Organizar debates que demonstrem uma

capacidade de articulação entre a teoria e a prática.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando

aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que apresentam

dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado.

Os instrumentos de avaliação em sociologia, atentando para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da

disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos

ou filmes, produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e

prática, dentre outras possibilidades.

No decorrer do bimestre serão realizadas no mínimo duas avaliações com peso 10,0.

Será oportunizada a recuperação de conteúdos referente ao que não foi assimilado pelo aluno.

Cada aluno é um ser particular, portanto, serão consideradas suas limitações no

desenvolvimento das atividades avaliativas.

Provas (escritas e orais), prevalecerá a opinião crítica, desde que considerado o

conteúdo elaborado no respectivo período. Quanto aos trabalhos e apresentações em grupo

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será avaliado a força e capacidade de união e/ou articulações de ideias, aos moldes dos

fundamentos de sociedade.

A avaliação pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da

disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor.

Pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise desnaturalizar conceitos

tomados historicamente irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista

de uma maior participação na sociedade.

Os alunos com necessidades educacionais especiais terão suas avaliações

diferenciadas, respeitando suas necessidades, procurando atendê-los de acordo com suas

limitações.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Diretrizes Curriculares da Educação Básica –

Sociologia, 2008.

FERREIRA, Roberto Martins, Sociologia da Educação. São Paulo: 1993.

MORAES, Amaury César, Sociologia e Ensino em Debate: Experiências e discussão

Sociologia no Ensino Médio. Ijuí: 2004.

FORACCHI, Marialice M. E MARTINS, José de Souza. Sociologia e Sociedade. Rio de

Janeiro: 2008.

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PROPOSTA CURRICULAR DA SALA DE RECURSOS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A trajetória das pessoas com necessidades especiais foi influenciada por muitos

eventos, circunstâncias e fatos históricos. O conceito de deficiência avançou através dos

tempos. Muitos mitos e estereótipos foram construídos ao longo da história da humanidade,

desde a antiguidade onde a sociedade escondia ou sacrificava os portadores de deficientes, os

quais eram considerados diferentes, incapazes e inferiores. Já na idade Média alguns

acreditavam que os deficientes eram possuídos pelo demônio ou representantes do mal por

isso eram sacrificados, perseguidos e evitados.

Contudo, a sociedade evoluiu em relação ao pensamento sobre as pessoas com

deficiências que passaram a ser mais aceitas e a convivência com as diferenças se tornaram

realidade.

As décadas de 70 e 80 foram marcadas por profundas transformações. Surgiu a

compreensão da diversidade, igualdade de direitos e oportunidades. No Brasil, a Constituição

Federal de 1988 deixa explícita o desejo integrador do aluno com necessidades especiais na

rede comum de ensino, estabelecendo diretrizes para tratar a educação especial como

modalidade de educação escolar obrigatória e gratuita.

Todas as ações e textos legais estavam pautados em documentos internacionais como

a Proposta de Educação para Todos (Jomtien-Tailândia) e a Declaração de Salamanca

( Espanha).Tais documentos abriram espaços para a ampla discussão sobre as necessidades de

os governos contemplarem em suas políticas públicas o reconhecimento da diversidade e o

compromisso em atender às suas necessidades nos contextos escolares comuns.

O Plano Nacional de Educação para Todos (1990), a Política de Educação Especial

(1994) e , especificamente, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) , que

destina o Capítulo V (artigos 58, 59 e 60) à Educação Especial, são emblemáticos em apontar

novos caminhos para essa modalidade de ensino. Além disso reafirmam a perspectiva

progressiva de seu caráter pedagógico ligado à educação escolar e ao ensino público.

Verifica -se uma nova concepção de atendimento especializado que se estende à

diversidade, uma rede de apoio dos recursos humanos, técnicos, tecnológicos e materiais

oferecidos, de modo a apoiar e complementar as práticas do ensino comum.

O termo utilizado " necessidades especiais " não se referem às limitações

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apresentadas pela pessoa, mas às exigências de ampla acessibilidade que oportunize

condições necessárias à independência e autonomia dos sujeitos. Evidencia- se a

responsabilidade social de prever e prover meios de satisfazer essas necessidades, ao invés de

destacar o sujeito que a apresenta.

Em 2001, cinco anos após a promulgação da nova LDB, o Ministério da Educação

instituiu as bases para a elaboração de normas para a Educação Especial, a fim de reorganizar

a proposta de educação escolar dos alunos com necessidades educacionais especiais, no

contexto da educação inclusiva.

De acordo com a LDB nº 9394/96 , a Educação Especial é conceituada e praticada

como modalidade educacional, cujo fim é oferecer recursos e serviços educacionais

especializados aos alunos que apresentam necessidades em todo o fluxo educacional. Percebe-

se que há muitos alunos que apresentam problemas ou dificuldades de aprendizagem, por

razões inerentes à sua condição física, sensorial ou déficits intelectuais. Há também um

grande número de alunos que não atingiram as expectativas de aprendizagem e avaliação da

escola, em decorrência das condições econômicas e culturais desfavoráveis que vivenciam ou

ainda do despreparo dos profissionais da educação no trato das questões pedagógicas.

Assim, o insucesso na escola revela que não são apenas os alunos com deficiência os

que apresentam necessidades referentes ao processo de aprendizagem e que devem ser

beneficiados com recursos humanos, técnicos, tecnológicos ou materiais diferenciados que

promoverão a sua inclusão.

A educação escolar ocupa um lugar de destaque na formação do cidadão. As escolas

inclusivas são escolas para todos, que reconheçam e atendam às diferenças individuais,

respeitando as necessidades de qualquer dos alunos.

A Educação Especial, no âmbito da escola regular, oferece recursos e serviços de

apoio pedagógico especializados que complementem e/ou suplementem a escolarização

formal dos alunos com necessidades educacionais especiais.

Os serviços e apoio especializados se destinam ao atendimento de alunos com

necessidades educacionais especiais decorrentes :

* das deficiências: intelectual, visual, física neuromotora e surdez;

* das condutas típicas de síndromes e quadros neurológicos, psicológicos graves e

psiquiátricos;

* das altas habilidades/ superdotação.

Destacam- se alguns serviços de apoio pedagógico especializados ofertados no contexto

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regular de ensino:

• Profissional intérprete de libras/ língua portuguesa para surdos.

• Instrutor surdo de libras.

• Professor de apoio permanente para alunos com deficiência física neuromotora, com graves

comprometimentos na comunicação e locomoção.

• Sala de Recursos para alunos com deficiência intelectual e transtornos funcionais

específicos, matriculados no Ensino Fundamental.

• Centro de Atendimento Especializado nas áreas da surdez(CAES) e deficiência visual e

Centro de Atendimento Educacional Especializado na área visual (CAEDV).

• Centro de Apoio Pedagógico para atendimento às pessoas com deficiência visual (CAP).

• Classes de Educação bilíngue para surdos, matriculados nas séries iniciais, denominadas

Programa de Escolaridade Regular com Atendimento Especializado (PERAE)

• Classe Especial para alunos com deficiência mental e condutas típicas.

• Escolas Especiais.

• Classes Hospitalares.

• Atendimento domiciliar.

Conforme a INSTRUÇÃO Nº 013/2008 - SUED/SEED que estabelece critérios para

o funcionamento da SALA DE RECURSOS para o Ensino Fundamental - séries iniciais, na

área da Deficiência Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais Específicos, considerando os

preceitos legais que regem a Educação Especial como:

- a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional N º 9394/96; - as Diretrizes

Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica – Parecer CNE Nº17/01; - a

Resolução CNE N ° 02/01; e - a Deliberação N ° 02/03 – CEE – PR; instrui o funcionamento

da Sala de Recursos da seguinte forma:

1. Definição:

Sala de Recursos é um Serviço de Apoio Especializado, de natureza pedagógica que

complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns do ensino fundamental.

2. Alunado:

Alunos regularmente matriculados no ensino fundamental nas séries iniciais que

apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo,

decorrentes de Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.

3 .Do Ingresso:

O aluno deve ser:

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I. egresso de Escola Especial ou de Classe Especial, com avaliação no Contexto

Escolar,realizada por equipe multiprofissional;

II. da classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente da Deficiência

Mental/Intelectual, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe multiprofissional;

III. da classe comum, com Transtornos Funcionais Específicos, com Avaliação no

Contexto Escolar, realizada por equipe multiprofissional.

4. Da Avaliação de Ingresso na Sala de Recursos:

4.1 A avaliação de ingresso na Sala de Recursos deverá ser realizada no contexto do

ensino regular pelos professores da classe comum, professor especializado, pedagogo da

escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional externa – (Universidades,

Faculdades, Escolas Especiais, Secretarias Municipais da Saúde, através do estabelecimento

de parcerias, entre outros) da equipe da Secretaria Municipal de Educação e do Núcleo

Regional de Educação, devidamente orientada pela SEED/DEEIN.

4.2 O processo de avaliação deverá ser orientado e vistado pela equipe pedagógica da

Secretaria Municipal de Educação e/ou pela equipe de Educação Especial do Núcleo Regional

de Educação.

4.3 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com

indicativos de Deficiência Intelectual, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à

aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos, cálculos, sistema de

numeração, medidas, entre outros e das áreas do desenvolvimento considerando as

habilidades adaptativas, práticas sociais e conceituais, acrescida do parecer psicológico.

4.4 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com

indicativos de Transtornos Funcionais Específicos ( Distúrbios de Aprendizagem – dislexia,

disortografia, disgrafia e discalculia), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à

aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração,

medidas, entre outras, acrescida de parecer psicológico e complementada com parecer

fonoaudiológico e/ou de especialista em psicopedagogia e/ou de outros que se fizerem

necessários.

4.5 O processo de avaliação no contexto escolar, para a identificação de alunos com

indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (transtorno de atenção e hiperatividade),

deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita,

interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outras, acrescido de

parecer psiquiátrico e/ou neurológico e complementada com parecer psicológico.

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4.6 Os resultados pertinentes à avaliação realizada no contexto escolar, deverão ser

registrados em relatório, com indicação dos procedimentos de intervenção para o plano de

trabalho individualizado e/ou coletivo, bem como demais encaminhamentos que se fizerem

necessários, devidamente datado e assinado por todos os profissionais que participaram do

processo.

4.7 Todo o trabalho realizado durante a avaliação no contexto escolar, descrito no

Relatório, deverá ser sintetizado em ficha “Síntese - Avaliação Pedagógica no Contexto

Escolar e Complementar”, devidamente datada e assinada por todos os profissionais que

participaram do processo .

4.8 Quando o aluno da Sala de Recursos frequentar a classe comum em outro

estabelecimento, deverá apresentar declaração de matrícula e relatório de avaliação realizada

no contexto escolar por equipe multiprofissional.

4.9 O aluno egresso de escola de Educação Especial ou Classe Especial deverá

apresentar o último Relatório Semestral da Avaliação, indicando a continuidade do

atendimento de Apoio Especializado e cópia do Relatório de Avaliação realizada no contexto

escolar por equipe multiprofissional.

5. Aspectos Pedagógicos :

5.1 O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos, deve constituir um

conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivo,

motor, sócio afetivo emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos.

5.2 O professor da Sala de Recursos deve elaborar o planejamento pedagógico

individual, com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as

intervenções pedagógicas sugeridas na avaliação de ingresso e/ou relatório semestral.

5.3 O planejamento pedagógico deve ser organizado e, sempre que necessário

reorganizado, de acordo com:

a) os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno;

b) as áreas de desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional) de

forma a subsidiar os conceitos e conteúdos defasados no processo de aprendizagem.

5.4 A complementação do trabalho pedagógico desenvolvido pelo professor, na Sala

de Recursos, dar-se-á através de:

a) orientação aos professores da classe comum, juntamente com a equipe pedagógica,

nas adaptações curriculares, avaliação e metodologias que serão utilizadas no ensino regular,

em atendimento aos alunos com Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais

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Específicos;

b) apoio individual ao aluno com Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais

Específicos, na sala de aula comum, com ênfase à complementação do trabalho do professor

da classe comum;

c) participação na avaliação no contexto escolar dos alunos com indicativos de

Deficiência Intelectual e/ou Transtornos Funcionais Específicos.

5.5 O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deve ser confundido com

reforço escolar ou repetição de conteúdos programáticos da classe comum.

5.6 O professor deve registrar sistematicamente, todos os avanços e dificuldades do

aluno, conforme planejamento pedagógico individual.

5.7 O aluno frequentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as

dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum.

6. Da Organização :

6.1. O horário de atendimento na Sala de Recursos deverá ser em período contrário

ao que o aluno está matriculado e frequentando a classe comum.

6.2 O aluno da Sala de Recursos deverá ser trabalhado de forma individualizada ou

em grupos e, o tempo de trabalho coletivo não deverá exceder o tempo do trabalho individual.

6.3 Os atendimentos realizados em grupos deverão ser organizados por faixa etária

e/ou conforme as necessidades pedagógicas.

6.4 Na Sala de Recursos, o número máximo é de 20 (vinte) alunos com atendimento

por cronograma.

6.5 O cronograma para o atendimento do aluno deverá ser elaborado pelo professor

da Sala de Recursos juntamente com o pedagogo da escola e, quando se fizer necessário, com

o professor da classe comum.

6.6 O cronograma de atendimento deverá ser organizado quanto ao:

a) número de atendimento pedagógico, podendo ser de 2 (duas) a 4 (quatro) vezes

por semana, não ultrapassando 2 (duas) horas diárias;

b) contato periódico com os professores da classe comum, para acompanhar o

desenvolvimento do aluno, conforme disposto no item 5.4, alínea “a”;

c) trabalho pedagógico na classe comum, conforme disposto no item 5.4, alínea b;

d) processo de avaliação no contexto escolar, conforme disposto no item 5.4, alínea

c.

6.7 O cronograma de atendimento é flexivel, devendo ser reorganizado, sempre que

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necessário, de acordo com o desenvolvimento e necessidades dos alunos, com anuência da

equipe pedagógica da escola.

6.8 O cronograma de atendimento deverá considerar a hora atividade do professor,

de acordo com a legislação vigente.

6.9 O horário de funcionamento da Sala de Recursos deverá ser o mesmo da escola.

6.10 O professor da Sala de Recursos deverá participar das atividades previstas no

Calendário Escolar, especialmente Conselho de Classe.

6.11 O professor da Sala de Recursos deverá organizar o controle de freqüência dos

alunos em Livro de Registro de Classe próprio.

6.12 Cabe à escola, que mantém a Sala de Recursos, a responsabilidade de manter a

documentação do aluno atualizada.

6.13 Na Pasta Individual do aluno, além dos documentos exigidos para a classe

comum, deverá conter os Relatórios de Avaliação no Contexto Escolar e ficha “Síntese –

Avaliação Pedagógica no Contexto escolar e Complementar”e Relatório de Acompanhamento

Semestral, em formulário próprio.

6.14 Quando o aluno freqüentar a Sala de Recursos em escola diferente ao da classe

comum, esta também deverá manter na Pasta Individual a documentação citada no item

anterior, vistada pela equipe pedagógica de ambas as escolas.

6.15 No Histórico Escolar não deverá constar que o aluno freqüentou Sala de

Recursos.

7. Matrícula:

A matrícula do aluno no SERE deve ser efetuada de acordo com os códigos

específicos e diferenciados para a Deficiência Mental/Intelectual (código 07) e para

Transtornos Funcionais Específicos (código 13).

8 . Recursos Humanos :

8.1 Para atuar na Sala de Recursos o professor, conforme Del. nº 02/03 – CEE, art.

nº 33 e 34, deverá ter:

a) especialização em cursos de Pós-Graduação em Educação ou;

b) licenciatura Plena com habilitação em Educação Especial ou;

c) habilitação específica em nível Médio, na extinta modalidade de Estudos

Adicionais e atualmente na modalidade Normal.

8.2 Equipe pedagógica habilitada ou especializada (Deliberação 02/03 – CEE, art.

11, inciso II) e/ou em Formação Profissional Continuada por meio da oferta de cursos que

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contemplem conteúdos referentes à área de Educação Especial.

9. Recursos Materiais :

9.1 O Espaço Físico deverá ter tamanho adequado, localização, salubridade,

iluminação e ventilação de acordo com os padrões da Associação Brasileira de Normas

Técnicas (ABNT 9050/1994).

9.2 A escola, por intermédio de sua mantenedora, preverá e proverá para a Sala de

Recursos materiais pedagógicos específicos, adequados às peculiaridades dos alunos, para

permitir-lhes o acesso ao currículo.

10. Relatório de Acompanhamento Pedagógico - Semestral :

10.1 Os avanços e necessidades do aluno devem ser registrados no Relatório de

Acompanhamento Pedagógico (ANEXO 2) elaborado semestralmente, pelo professor da Sala

de Recursos juntamente com a equipe pedagógica, com o apoio dos professores da classe

comum.

10.2 No Relatório de Acompanhamento Pedagógico (formulário próprio expedido

pela SEED) devem ser registrados qualitativamente, os avanços e necessidades acadêmicas,

aspectos relativos à promoção , bem como a necessidade de continuidade do apoio ao aluno

em Sala de Recursos.

10.3 Cópia do Relatório de Acompanhamento Pedagógico Semestral deverá ser

arquivado na Pasta Individual do aluno.

11. Avaliação dos Resultados - Anual:

Anualmente, será realizada avaliação dos resultados do trabalho realizado na Sala de

Recursos, através de dados estatísticos, preenchidos em formulário próprio (ANEXO 3).

12. Desligamento :

O desligamento do aluno da Sala de Recursos deverá ser formalizado por meio de

Relatório Pedagógico elaborado pelo professor da Sala de Recursos, juntamente com a equipe

pedagógica e, sempre que necessário, com o apoio dos professores da classe comum, cujo

Relatório deverá ser arquivado na Pasta Individual do aluno.

13. Transferência :

Na documentação de transferência do aluno, além dos documentos da classe comum,

deverão ser acrescentadas cópias do Relatório da Avaliação no Contexto Escolar e do último

Relatório de Acompanhamento Pedagógico - Semestral.

14. Autorização/ Renovação e Cessação da Autorização ;

14.1 A Sala de Recursos poderá funcionar em estabelecimentos de Ensino da Rede

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Pública ou Particular que ofertem as séries/anos iniciais do ensino fundamental.

14.2 A Sala de Recursos só poderá funcionar após estar devidamente autorizada por

Ato próprio da SEED.

14.3 Para legalização de funcionamento da Sala de Recursos (autorização/renovação

e cessação da autorização) o estabelecimento de ensino deverá seguir as orientações do

Manual de Estrutura e Funcionamento na Modalidade de Educação Especial - DEEIN.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos a serem desenvolvidos na Sala de Recursos deverão enfocar as

defasagens de cada aluno em particular, tornando-o individual. De um modo geral, os

conteúdos trabalhados englobam as áreas de desenvolvimento (cognitiva, sócio-afetiva ou

emocional e psicomotora) e conteúdos das séries iniciais conforme a dificuldade do aluno.

ÁREAS DO DESENVOLVIMENTO

ÁREA COGNITIVA:

-Percepção visual;

-Percepção auditiva;

-Percepção olfativa;

-Percepção temporal;

-Percepção gustativa;

-Atenção;

-Memória;

-Raciocínio;

-Organização do pensamento.

ÁREA PSICOMOTORA:

-Coordenação Dinâmica Global;

-Coordenação Dinâmica Manual;

-Esquema corporal;

-Lateralidade;

-Organização e Estruturação Espacial e Ritmo;

-Oraganização e Estruturação Temporal;

-Equilíbrio, Postura e Tônus.

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ÁREA SÓCIO- EMOCIONAL:

Reações frente (a frustração, a figura de autoridade, integração com colegas,

respeito aos limites);

-Ansiedade;

-Auto- estima;

-Relações intra e interpessoais;

-Adaptação e Socialização;

ÁREA ACADÊMICA

MATEMÁTICA:

-Numerais;

-situação

- problema;

-Tabuada;

-Múltiplos; divisores;números primos, fracionários e decimais;

-Tabuada;

-As quatro operações;

-sistema de numeração decimal;

-Conceitos matemáticos;

-Classificação, ordenação; seriação; reversibilidade e equivalência.

PORTUGUÊS:

-Verbalização ( articulação, fluência , ritmo e decodificação );

-Textos ( leitura, interpretação e produção );

-Vocabulário;

-Ortografia;

-Criatividade;

-Pontuação;

-Classe de palavras;

-Concordância;

-Linguagem oral, verbal e escrita.

Objetivos:

-Oferecer recursos pedagógicos diferenciados contribuindo para sanar a dificuldade de

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aprendizagem e diminuir a repetência e a evasão escolar.

-Desenvolver a percepção de detalhes, formas, tamanho, sons, texturas e temperaturas;

-Estimular e desenvolver a memória, atenção,raciocínio lógico e organização do pensamento;

-Desenvolver a noção do conhecimento e consciência do corpo no espaço e no tempo consigo

mesmo, com objetos e com o mundo;

-Oportunizar atividades de relaxamento, equilíbrio, postura e tônus;

-Trabalhar a lateralidade em si e no outro;

-Orientar- se no tempo e no espaço;

-Trabalhar a coordenação motora ampla e fina;

-Expressar sentimentos, pensamentos e desejos;

-Trabalhar a ansiedade;

-Identificar e trabalhar reações positivas e negativas

-Motivar a participação e socialização;

-Trabalhar e desenvolver a auto -estima;

-Relembrar noções já estudadas relativas a número e numeral;

-Resolver situações- problemas que envolvam situações do cotidiano;

-Compreender o mecanismo e fixar a tabuada partindo do concreto para o abstrato;

-Resolver problemas que envolvam as quatro operações;

-Desenvolver o raciocínio lógico matemático, de concretização, identificação, abstração e

amplificação;

-Ler, compreender e interpretar e produzir textos;

-Usar a linguagem oral observando: pontuação, fluência, ritmo, articulação;

-Usar adequadamente a linguagem escrita quanto à pontuação, ortografia, classe de palavras e

concordância verbal;

-Ampliar seu vocabulário;

-Exercitar a escrita, tornando- a rápida e legível;

-Trabalhar a leitura e escrita das dificuldades específicas do aluno.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A metodologia organizada e realizada deve levar em consideração o nível de

compreensão e a motivação de cada aluno. Sendo assim, algumas adaptações metodológicas

deverão ser consideradas:

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• Situar ou agrupar os alunos utilizando critérios específicos ( idade, série, dificuldade,

relacionamento...)

• Adotar métodos e técnicas específicas para cada aluno respeitando sua

individualidade;

• Propiciar apoio físico, visual, verbal, e outros ao aluno impedido em suas capacidades

de modo que permita o desenvolvimento das atividades;

• Desenvolver atividades de percepção de detalhes, figura- fundo, análise e síntese para

desenhos familiares e/ ou abstratos;

• Verbalização,leitura de regras de jogos, adaptações e criação de novas regras;

• Atividades e exercícios que exercitem a criatividade, a imaginação, a expressão, a

emoção e o pensamento criativo;

• Leitura, interpretação e produção de qualquer tipo de texto, atividade. Diálago

constante, direta e indiretamente ;

• Jogos e brincadeiras lúdicas direcionadas as dificuldades do aluno;

• Atendimento pedagógico específico, individual ou em grupos pequenos com

dificuldades semelhantes.

• As atividades variam conforme a área de dificuldade do aluno, com programação

individual, específica, métodos e estratégias diferenciadas, respeitando as diferenças de cada

um.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação é de suma importância para nortear as decisões pedagógicas

e re-estruturar suas ações.

Há necessidades de enfocar alguns aspectos:

* As áreas de desenvolvimento (biológico, intelectual, motor, emocional, social,

comunicação e linguagem);

* O nível de competência curricular (capacidade do aluno em relação aos conteúdos

curriculares anteriores a serem desenvolvidos);

* O nível de aprendizagem de cada aluno considerando as diferenças individuais dos

alunos.

A avaliação deverá ser de forma contínua, diagnóstica e cooperativa. Será possível

observar o progresso do aluno durante as atividades, em relação a área acadêmica e as áreas

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de Desenvolvimento. Em contato direto com os professores da Sala Comum que poderão

relatar como o aluno está em sua aula e o que necessita ser trabalhado com maior ênfase.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares da Educação Especial para a Construção de Currículos Inclusos-

SEED- Curitiba.2006 Textos: Direcional Educador, junho/2008.

-O DIREITO À IGUALDADE E A DIFERENÇA NA ESCOLA: DESAFIOS DA

INCLUSÃO. Maria Teresa Eglér Mantoan

-OS CAMINHOS PARA A INCLUSÃO NO ENSINO REGULAR E A IMPORTÂNCIA DE

CONVIVER COM A DIVERSIDADE. Rosa Maria Gasparini Nazar.

a

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PROPOSTA CURRICULAR DA LINGUA ESTRANGEIRA - CELEM

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A aprendizagem de uma língua estrangeira contribui para o processo educacional

como um todo, indo muito além da simples aquisição de um conjunto de habilidades

linguísticas. Ela leva a uma nova percepção da natureza de linguagem, aumenta a

compreensão de como a língua funciona e desenvolve mais a consciência do funcionamento

da própria língua materna.

O conhecimento em língua estrangeira, em especial o “ Espanhol “ é hoje considerado

um direito, não apenas para os alunos em fase escolar, mas para a grande massa da população.

O acesso à língua estrangeira está intrinsecamente ligada ao tema da diversidade cultural que

vem adquirindo crescente importância na atualidade, na dinâmica diferenciada das diversas

culturas dos povos da América do Sul. Os conflitos mundiais têm recuperado o tema da

diversidade cultural como uma prática prioritária inclusive em nível de práticas globais.

Neste sentido, o ensino de língua estrangeira deve apontar para uma perspectiva plurilíngue,

que considere as especificidades dos grupos com os quais atua.

Conhecer melhor outro idioma é passaporte para o ingresso na sociedade da

informação. A língua estrangeira no Ensino Médio, deve ser vista como uma intermediação

entre o indivíduo e o mundo, ou seja, ela deve ser um elemento de ligação entre os dois, é ela

que vai construir a identidade cultural do aluno, pois é no conhecimento da cultura do outro

que o educando conhece sua própria identidade como ser crítico e transformador.

Hoje cerca de vinte e dois países da América do Sul, Central, e claro, Espanha, na

Europa, têm como língua oficial o Espanhol, ela se tornou mais que uma necessidade, se

tornou sinônimo de sobrevivência e integração das Américas com o mundo. Sabemos que na

Antiguidade, o latim predominou soberano em razão da vastidão do Império Romano. Mas no

século XX, o espanhol foi tomando cada vez mais espaço nas escolas, em virtude de fatores

muito diversos, como, por exemplo,o “ Mercosul”,ou, para atender interesses político-

econômicos e, ainda, para melhorar as relações entre Brasil e seus vizinhos de fronteira

hispanohablantes. A oferta dessa disciplina é obrigatória para a escola e de matrícula

facultativa para o aluno. No entanto, a lei 11.161 de 05 de agosto de 2005, assinada pelo então

Presidente da República Sr. Luiz Inácio Lula da Silva, prevê que as escolas deverão

implementar a dita lei até 05 de agosto de 2010.

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O ensino das línguas estrangeiras Modernas começou a ser valorizado somente depois

da chegada da família real ao Brasil, em 1809. O amplo domínio inglês acabou por gerar

manifestações nacionalistas por parte dos brasileiros e, de modo a abafá-las, as companhias

inglesas passaram a anunciar ofertas de emprego para “engenheiros, funcionários e técnicos

brasileiros em geral”, bastando que os interessados falassem a língua inglesa para que

pudessem entender as instruções e receber treinamento.

O ensino formal da língua inglesa no Brasil teve início com o decreto de 22 de junho

de 1809, assinado pelo Príncipe Regente de Portugal, que mandou criar uma escola de língua

francesa e outra de língua inglesa. Até então, o grego e o latim eram as línguas estrangeiras

ensinadas na escola.

Desde aquela época, o Estado Brasileiro vem mantendo a sua determinação de incluir

o ensino de línguas estrangeiras no currículo da educação pública. Porém, no início, não foi

fácil para as línguas modernas, ou seja, o francês e o inglês, alcançarem o mesmo status que

as línguas clássicas tinham. A fundação do Colégio D. Pedro II em 1837 teve um papel muito

importante neste processo, que foi bastante lento. Em 1889 promovidas pelo ministro

Benjamin Constant as Reformas no âmbito educacional tinham por objetivo modificar todo o

sistema educacional do país, em todos os graus de ensino. Elas também afetaram o ensino de

línguas estrangeiras no Colégio Pedro II, então chamado Ginásio Nacional, na medida em que

o inglês, o alemão e o italiano foram excluídos do currículo obrigatório, assim como o estudo

de literaturas estrangeiras.

O ensino de inglês no Brasil teve um grande impulso na década de 1930, graças às

tensões políticas mundiais que acabaram por culminar na Segunda Guerra Mundial. Neste

contexto, a “difusão da língua inglesa no Brasil passou a ser vista como uma necessidade

estratégica para contrabalançar o prestígio internacional da Alemanha

Em 1930 foi criado o Ministério de Educação e Saúde Pública e em 1931

houve a reforma de Francisco de Campos, que introduziu mudanças não somente no

conteúdo, mas principalmente quanto à metodologia do ensino de línguas estrangeiras.

Quanto ao conteúdo, esta reforma aumentou de modo indireto, a ênfase dada às línguas

modernas em função da diminuição da carga horária do latim. No que diz respeito ao método,

as mudanças foram mais profundas, na medida em que essa reforma introduzia oficialmente o

ensino das línguas estrangeiras através das próprias línguas. Esse método, que recebeu o nome

de ‘método direto’, já havia sido introduzido na França 30 anos antes. O Colégio Pedro II foi

um dos primeiros a adotarem este novo método no Brasil e ainda em 1931 (ano da reforma)

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começou a introduzi-lo em suas salas de aula.

Um ano depois, foi fundada a Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa de

São Paulo, em função de um acordo de cooperação entre a Escola Paulista de

Letras Inglesas e o Consulado Britânico.

Em 1942, houve a reforma Capanema, que teve o mérito de equiparar todas as

modalidades de ensino médio (secundário, normal, militar etc), que priorizava as Ciências.

Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) estabelece que o ensino de uma língua

estrangeira moderna é o único do núcleo comum a ter obrigatoriedade.

Dez anos depois da primeira LDB, foi publicada a LDB de 1971, a Lei 5692 que

reduz drasticamente a carga horária de LE, “agravada ainda por um parecer posterior do

Conselho Federal de que a língua estrangeira seria ‘dada por acréscimo’ dentro das condições

de cada estabelecimento.

Em 15 de agosto de 1986, em decorrência da redemocratização do país, e amplo

movimento para pluralidade de oferta de língua estrangeira nas escolas públicas , o estado da

educação criou os CELEM ( Centros de Línguas Estrangeiras Modernas ), estes centros têm

side preservado pela SEED até hoje.

A LDB de 1996 substitui o 1º e 2º graus por ensino fundamental e médio e deixa bem

clara a necessidade de uma LE no ensino fundamental, cuja escolha ficaria a cargo da

comunidade escolar. Quanto ao ensino médio, a lei estabelece a obrigatoriedade de uma LE

moderna, havendo a possibilidade de uma segunda língua optativa, de acordo com as

disponibilidades da instituição.

Em 1999. O MEC publicou o PCN de Língua Estrangeira para o Ensino Médio, cuja

ênfase está no ensino da comunicação oral e escrita da língua estrangeira.

Em virtude da necessidade de aproximar os países hispanohablantes com o Brasil, e

assim, melhorar as relações comerciais com os vizinhos de fala espanhola, e ainda para

destacar o Brasil no Mercosul. O Presidente em exercício Sr. Luiz Inácio Lula da Silva,

assinou a lei 11.161 em 05 de agosto de 2005, que tornou obrigatória a oferta da Língua

Espanhola nos estabelecimentos de ensino médio. A partir de então a SEED abriu concurso

público para compor o quadro próprio do magistério, com vagas para professor de espanhol.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE E BÁSICOS

O Discurso como prática social, articulando as diversas formas discursivas na escrita, na

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oralidade, na interpretação e na leitura.

Escrita –A produção escrita de diversos tipos de textos, é a oportunidade do aluno expressar

suas ideias através de trabalhos individuais e em grupos, diversificados de acordo com os

conteúdos.

Oralidade- Possibilitar a oportunidade de expressar e manifestar um pensar crítico dos

temas propostos em textos variados, oriundos de diversas fontes, de acordo com o conteúdo

estudado. E, desta forma analisar e refletir os fenômenos linguísticos e culturais como

realizações discursivas do sujeito. Na música e nas canções folclóricas ou não, cantar e

expressar a oralidade de forma lúdica e prazerosa, perdendo assim a inibição.

Interpretação – Todos os temas propostos serão interpretados de forma oral e de forma

escrita, uma vez que as traduções serão de forma livre, dando abertura a várias interpretações.

Leituras – A utilização de diversos tipos de textos verbais e não verbais, de diferentes

gêneros discursivos, abordando assuntos relevantes presentes na mídia nacional e

internacional. A leitura se dará de forma interpretativa e dinâmica.

É a partir dos conteúdos estruturantes que advém os conteúdos básicos: os gêneros

discursivos a serem trabalhados nas práticas discursivas, assim como os conteúdos básicos

que pertencem às préticas da oralidade, leitura e escrita conforme é apontado nas diretrizes.

O trabalho com a língua estrangeira fundamenta-se na diversidade de gêneros

discursivos e busca expandir a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem como a

ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de construção de

significados possíveis.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Gêneros Discursivos e seus elementos composicionais dentro das esferas sociais de

circulação: cotidiana, publicitária, produção, jornalística, artística, escolar, literária e

midiática:

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Leitura:

*Elementos composicionais

do gênero;

* Propriedades estilísticas do

gênero;

* Aceitabilidade do texto;

* Finalidade do texto;

*Informatividade do texto;

*Intencionalidade do texto;

* Situacionalidade do texto;

* Papel do locutor e

interlocutor;

* Conhecimento de mundo;

* Temporalidade;

* Referência Textual

Escrita:

* Tema do texto;

* Finalidade do texto;

* Intencionalidade do texto;

* Informatividade do texto;

* Elementos composicionais

do texto;

* Propriedades estatísticas de

gênero;

* Conteúdo temático do texto;

*Aceitabilidade do texto;

* Situacionalidade do texto;

* Papel do locutor e

interlocutor do texto.

*Conhecimento do mundo;

* Temporalidade;

* Referência Textual;

Oralidade

*Tema do texto;

*Aceitabilidade do texto;

* Informatividade do

texto;

*Intencionalidade do

texto;

*Situacionalidade do

texto;

• Papel do locutor e

interlocutor do texto.

• Conhecimento do

mundo

• Elementos

extralinguísticos:

entonação, pausa, gestos;

• Adequação do discurso

ao gênero; turnos de fala

• Variações linguísticas

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os conteúdos serão explanados de forma contextualizada e interdisciplinar, através de

atividades individuais e coletivas, abordando as diversas formas discursivas: oralidade,

leitura, escrita e interpretação de diversos tipos de textos verbais e não verbais. E dessa forma,

desenvolver as habilidades orais e escritas, possibilitando assim a capacidade de analisar,

refletir e perceber a LEM não só como disciplina, mas como conhecimento de nova cultura.

Para isso, utilizar-se-á aparelhos audiovisuais, DVDs, CDs, Pen drive, TV, músicas,

dicionários, propagandas, jogos e guias de apoio como livro didático.

Os conteúdos gramaticais, sob forma de análise linguística serão abordadas sempre a

partir do gênero, sendo o discurso como prática social, o conteúdo que estrutura a LEM e que

se manifesta sob a forma de gênero discursivo, o trabalho da LEM deve partir do texto /

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gênero discursivo, portanto há necessidade de elencar os gêneros escolhidos pelo coletivo da

escola a serem trabalhados considerando os conteúdos básicos dispostos nas diretrizes

Os materiais utilizados deverão contemplar os interesses do educando, tendo em vista

que os mesmos podem e devem permitir a flexibilidade para incorporação de especificidades

educacionais.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios que serão trabalhados conforme

previsto nas Diretrizes Curriculares Estaduais: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História

e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08),

Prevenção ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento

a Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

A avaliação é a parte integrante no processo educacional. A função da avaliação não é

apenas constatar um certo nível de aprendizado do aluno. E, sim, deve ser um processo

integrado e contínuo de aprendizagem respeitando as diferenças individuais.

A avaliação deve contemplar todo o aprendizado em todas as atividades desenvolvidas

durantes as aulas. A avaliação terá como objetivo maior averiguar, através da oralidade e de

textos lidos, interpretados e escritos, o nível de compreensão e expressão das atividades

propostas. Todo esse processo levará em conta a improvisação, a criatividade, o interesse e a

participação do aluno nos trabalhos e avaliações individuais ou em grupos.

Os trabalhos serão desenvolvidos em sala de aula ou não, podendo ser de forma

individual, em duplas, ou grupos, podendo ser texto, relatório, maquete, teatro, jogral,

cartazes, entre outros.

As provas descritivas contarão com questões elaboradas de forma diversificada

(ordenar, classificar, explicar, responder, enumerar, assinalar, completar...), contendo o valor

de cada questão.

Os alunos serão avaliados através de provas, trabalhos e tarefas. Salienta-se que

sempre deverão ser atividades de leitura, interpretação e produção escrita, pois a escola tem o

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objetivo de formar homens informados e críticos. Os alunos serão avaliados em todas as

atividades desenvolvidas em sala de aula, tendo como objetivo maior averiguar através da

oralidade, textos escritos e leitura o nível de compreensão dos alunos.

Conforme o regimento escolar, na nota bimestral os resultados das avaliações serão

somados e divididos pelo número de avaliações realizadas e os valores de cada avaliação

serão expressas em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), sendo realizadas no mínimo duas

avaliações bimestrais e o máximo fica a critério do professor, devendo o aluno obter a média

6,0 para aprovação.

A recuperação de estudos ocorrerá sempre após a retomada de conteúdos e ofertada

para todos os alunos que não atingirem na totalidade o processo de ensino aprendizagem.

Quanto as provas seguidas de recuperação de estudos, considerar-se-á a maior nota, a

avaliação deve compreender todo o aprendizado.

Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, terão atendimento e

avaliações diferenciadas de acordo com a especificidade de cada indivíduo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ALADRÉN, Márcia Del Carmen. Español actual: textos, gramática, ejercicios. Tercera

edición- Porto Alegre: Sagra: DC Luzzatto, 1995. 240 p.

ALMEIDA FILHO, José Carlos Paes de. Dimensões comunicativas no ensino de línguas.

(Linguagem - Ensino). Pontes, Campinas, São Paulo: 1998.

CASTRO, F. MARÍN, F. MORALES, R. ROSA, S. Curso de Español para Extranjeros- Ven

1. Edelsa Grupo Didascalia., S.A., Madrid:1990

DÍAZ, Rafael Fernández. Jugando y aprendiendo español. Novos Livros: São Paulo, 1994.

DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA

EDUCAÇÃO BÁSICA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação.

Superintendência da Educação. Curitiba, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação.

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Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do

Paraná. Curitiba, 1990.

GARGALLO, Isabel. Lingüística Aplicada a la enseñanza-aprendizaje del español como

lengua extranjera. Arcolibros: Madrid, 1999.

HERMOSO, A. González & CUENOT, J.R. & ALFARO, M. Sánchez.Gramática de español

lengua extranjera (Curso Práctico).Ed.EDELSA Grupo Didascalia, S.A., 2000.

LAROUSSE. Diccionario de la Lengua española: Esencial. México, 1994.

MARTIN, Ivan Rodrigues. Espanhol série Brasil. Editora Ática. São Paulo SP: 2004.

PALOMINO, María Ángeles. Dual pretextos para hablar. Madrid, 1998.

PARO, Vitor Enrique. Reprovação Escolar: renúncia à educação. São Paulo, 2001.

PERRENAUD, PHILIPPE. Dez novas competências para ensinar. trad. Patrícia Chitanú

Ramos, Porto Alegre, Artes Médicas Sul, 2000.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ. Vários autores. Língua

Estrangeira Moderna – Espanhol e Inglês. Curitiba: SEED-PR, 2006.

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EJA

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1 - OBJETIVO DA OFERTA DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Partindo-se da concepção de que a Educação de Jovens e Adultos é uma modalidade

da Educação Básica e que a Educação é um direito de todos, ressaltamos a importância de se

oferecer esta modalidade de ensino a educandos que por diversos motivos não puderam fazer

parte da escola na idade apropriada, ou seja, dos 7 aos 14 anos.

Sabe-se que adquirimos uma bagagem de conhecimentos no decorrer de nossas

vidas, pois participamos de inúmeras instâncias sociais, mas sabe-se também que é a escola, a

única via de acesso ao conhecimento formal, científico, sendo assim a LDBEN 9394/96

garante a todos independente da idade o acesso a escolarização convencional.

Baseando-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais e partindo das

inúmeras transformações sociais, entende-se que é necessário oferecer a todos uma educação

de qualidade resgatando-se o tempo perdido e o direito a educação que foi negado por muito

tempo. Portanto a essa população de Jovens e Adultos deve ser dada a oportunidade de estar

novamente em contato com a educação que lhe é de direito, principalmente com uma

pedagogia e uma metodologia apropriada a essa modalidade.

1.1 PERFIL DO EDUCANDO

Os alunos da modalidade de EJA (Educação de Jovens e Adultos) são na sua maioria

trabalhadores assalariados, que não tiveram oportunidade de frequentar a escola na idade

convencional. Hoje percebem que por exigência do mercado de trabalho ou até mesmo por

satisfação pessoal, necessitam voltar a escola.

O aluno que chega a EJA, traz um vasto conhecimento informal adquirido ao longo

de sua vida o qual deverá ser levado em consideração e que servirá como base para o

conhecimento científico que vai sendo adquirido ao longo das aulas, no contato com colegas e

professores.

A própria modalidade na sua definição, Educação de Jovens e Adultos, já amplia essa

demanda para educandos das mais diferentes idades, do jovem de 18 anos ao idoso com mais

de 60. Cada um chega com um objetivo particular, mas ao final do processo todos devem sair

dotados dos conhecimentos e da cultura historicamente acumulada pela sociedade.

1.2 CARACTERIZAÇÃO DO CURSO

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Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de

escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no

Ensino Fundamental ou Médio, assegurando-lhes oportunidades apropriadas, consideradas

suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-

pedagógicas coletivas e/ou individuais.

Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos –

Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente nos

níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.

Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo a

viabilizar processos pedagógicos, tais como:

•pesquisa e problematização na produção do conhecimento;

•desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;

•registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,

ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização dos

conhecimentos;

•vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos, bem

como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.

Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de estudos e

atividades. O Estabelecimento de Ensino deverá disponibilizar o Guia de Estudos aos

educandos, a fim de que este tenha acesso a todas as informações sobre a organização da

modalidade.

Organização Coletiva

Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma

que estipula o período, dias e horário das aulas, com previsão de início e término de cada

disciplina, oportunizando ao educando a integralização do currículo. A mediação pedagógica

ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma coletiva, na relação

professor-educandos e considerando os saberes adquiridos na história de vida de cada

educando.

A organização coletiva destina-se, preferencialmente, àqueles que têm possibilidade

de freqüentar com regularidade as aulas, a partir de um cronograma pré-estabelecido.

Organização Individual

A organização individual destina-se àqueles educandos trabalhadores que não têm

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possibilidade de freqüentar com regularidade as aulas, devido às condições de horários

alternados de trabalho e para os que foram matriculados mediante classificação,

aproveitamento de estudos ou que foram reclassificados ou desistentes quando não há, no

momento em que sua matrícula é reativada, turma organizada coletivamente para a sua

inserção. Será programada pela escola e oferecida aos educandos por meio de um cronograma

que estipula os dias e horários das aulas, contemplando o ritmo próprio do educando, nas suas

condições de vinculação à escolarização e nos saberes já apropriados.

1.3 NÍVEL DE ENSINO

1.3.1 Ensino Fundamental – Fase II

Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental – Fase II, este

estabelecimento escolar terá como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais,

que consideram os conteúdos ora como meios, ora como fim do processo de formação

humana dos educandos, para que os mesmos possam produzir e ressignificar bens culturais,

sociais, econômicos e deles usufruírem.

Visa, ainda, o encaminhamento para a conclusão do Ensino Fundamental e possibilita

a continuidade dos estudos para o Ensino Médio.

1.3.2 Ensino Médio

O Ensino Médio no Estabelecimento Escolar terá como referência em sua oferta, os

princípios, fundamentos e procedimentos propostos nas Diretrizes Curriculares Nacionais

para o Ensino Médio – Parecer 15/98 e Resolução n.º 02 de 07 de abril de 1998/CNE, nas

Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação de Jovens e Adultos e nas Diretrizes

Curriculares Estaduais da Educação Básica.

1.4 EDUCAÇÃO ESPECIAL

A EJA contempla, também, o atendimento a educandos com necessidades educativas

especiais, inserindo estes no conjunto de educandos da organização coletiva ou individual,

priorizando ações que oportunizem o acesso, a permanência e o êxito dos mesmos no espaço

escolar, considerando a situação em que se encontram individualmente estes educandos.

Uma vez que esta terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de educandos,

desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por razões diversas,

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fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação assegura a oferta de

atendimento educacional especializado aos educandos que apresentam necessidades

educativas especiais decorrentes de:

• deficiências mental, física/neuromotora, visual e auditiva;

• condutas típicas de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou

psiquiátricos;

• superdotação/altas habilidades.

É importante destacar que “especiais” devem ser consideradas as alternativas e as

estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem

e participação de todos os alunos.

Desse modo, desloca-se o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do

especial atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características

diferenciadas decorrentes não apenas de deficiências mas, também, de condições sócio-

culturais diversas e econômicas desfavoráveis, eles terão direito a receber apoios

diferenciados daqueles normalmente oferecidos pela educação escolar.

Garante-se, dessa forma, que a inclusão educacional realize-se, assegurando o direito

à igualdade com equidade de oportunidades. Isso não significa o modo igual de educar a

todos, mas uma forma de garantir os apoios e serviços especializados para que cada um

aprenda, resguardando-se suas singularidades.

AÇÕES PEDAGÓGICAS DECENTRALIZADAS

Este Estabelecimento Escolar desenvolverá ações pedagógicas descentralizadas,

efetivadas em situações de evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e

necessidades próprias e onde não haja oferta de escolarização para jovens, adultos e idosos,

respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado pela SEED/PR,

segundo critérios estabelecidos pela mesma Secretaria em instrução própria.

1.6 FREQUENCIA

A carga horária prevista para as organizações individual e coletiva é de 100% (cem

por cento) presencial no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio, sendo que a

frequência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e cinco por cento) e na

organização individual é de 100% (cem por cento), em sala de aula.

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1.7 Exames Supletivos

Este Estabelecimento Escolar ofertará Exames Supletivos, atendendo ao disposto na

Lei n.º 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de Estado da Educação,

por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de Educação e Trabalho, através da

Coordenação da Educação de Jovens e Adultos.

1.8 CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de

natureza deliberativa, consultiva, avaliadora e fiscalizadora sobre a organização e realização

do trabalho pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidade com as

políticas e diretrizes educacionais da SEED, observando a Constituição a LDB o ECA, o PPP

e o Regimento Escolar do estabelecimento de ensino para o cumprimento da função social e

específica da escola.

O Conselho Escolar é constituído por representantes de todos os segmentos da

Comunidade Escolar, tendo como membro nato o Diretor do estabelecimento e este

constituindo-se como presidente do Conselho.

O Conselho Escolar do Colégio Estadual João Negrão Júnior, de acordo com o

princípio de representatividade e proporcionalidade é constituído da seguinte forma:

a) Diretor;

b) Representante da Equipe Pedagógica;

C) Representante do corpo Docente;

d) Representante dos Funcionários Administrativos;

e) Representante dos Funcionários de Serviços Gerais;

f) Representante do Corpo Discente;

g) Representante dos pais de alunos;

h) Representante do Grêmio Estudantil;

i) Representante de Movimentos Sociais, Organizados da Comunidade (APMF,

Associação de Moradores, Igrejas, Unidades de Saúde, Conselho Tutelar).

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1.9 MATERIAIS DE APOIO DIDÁTICO

Serão adotados os materiais indicados pelo Departamento de Educação e

Trabalho/Coordenação de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da

Educação do Paraná, como material de apoio.

Além desse material, os docentes, na sua prática pedagógica, deverão utilizar outros

recursos didáticos.

1.10 BLBLIOTECA ESCOLAR

A Biblioteca Escolar deve ser um espaço que proporcionará aos alunos momentos de

leitura e complementação de estudos. Neste espaço pedagógico todos o acervo escolar, que

conta com aproximadamente 7.300 livros, estará a disposição dos alunos da EJA. Nos

períodos da manhã, tarde e noite a biblioteca conta com um profissional para dar suporte aos

usuários.

1.11 LABORATÓRIO

Ciência e Tecnologia, teoria e prática, elementos de um mesmo processo e

indispensáveis para que o conhecimento passe do Senso comum ao científico.

A apropriação significativa do conhecimento científico, de modo a contribuir para a

compreensão dos fenômenos do mundo natural, em diferentes tempos e espaços do planeta,

como um todo dinâmico, como elementos em permanente interação, do corpo humano e da

integridade, da saúde como dimensão pessoal e social, do desenvolvimento tecnológico e das

transformações ambientais causadas pelo ser humano são os resultados esperados na área de

ciências do ensino fundamental e médio.

Com relação ao laboratório de Ciências, Física, Química e Biologia não dispomos de

espaço adequado as atividades práticas, relacionadas a essas disciplinas, sendo assim as

atividades possíveis são realizadas em espaços improvisados, seguindo-se o entendimento do

Conselho Estadual de Educação, Expresso no parecer nº “095/99”... indubitavelmente, um

conceito novo para o espaço denominado também o pátio da escola, a beira do mar, o

bosque ou a praça pública... explicitam a não obrigatoriedade de espaço específico e

materiais pré-determinados, para a concretização de experimentos nos estabelecimentos de

ensino, reforçando o princípio pedagógico da contextualização, que se quer implementar nesta

Educação de Jovens e Adultos.

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1.12 RECURSOS TECNOLÓGICOS

O mundo globalizado faz parte do dia a dia de cada cidadão, sendo assim faz-se

necessário o domínio das inúmeras tecnologias existentes. È preciso ensinar o aluno trabalhar

a informação, utilizando-á para colaborar na solução dos problemas da realidade, dessa forma,

o uso da tecnologia (informática, TV, pendrive e DVD) possibilita ensinar de forma

diferentes, transformando a aula em investigação. O Colégio Est. João Negrão Júnior conta

com um Laboratório de Informática com 20 computadores conectados a internet o qual será

disponibilizado aos alunos e professores da EJA desde que cumpridas as normas de uso.

2 - FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do

jovem adulto como sujeito. Coloca-nos o desafio de pautar o processo educativo pela

compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a

diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar

no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscar-se uma

educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e

igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS,

2004)

A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional que

atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso com a

formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo a que os educandos venham a

participar política e produtivamente das relações sociais, com comportamento ético e

compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia intelectual e moral.

Tendo em vista este papel, a educação deve voltar-se para uma formação na qual os

educandos-trabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com

responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportar-se

de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas

novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização

metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos1.

Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e pedagógica

1 KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem

do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000, p.40.319

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verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo ensino-

aprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com

o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores que os

levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;

o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo cognitivo,

crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça;

os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e idosos –

cultura, trabalho e tempo;

Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre cultura,

conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e estabelecida a

partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornando-a mais próxima da realidade e

garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao conhecimento capaz de ampliar

o universo cultural do educando – e, sua função antropológica - que considera e valoriza a

produção humana ao longo da história.

A compreensão de que o educando da EJA relaciona-se com o mundo do trabalho e

que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos bens produzidos

pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as reflexões sobre a função do

trabalho na vida humana.

É inerente a organização pedagógico-curricular da EJA, a valorização dos diferentes

tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os saberes

adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à diversidade de

suas características.

E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de Jovens e

Adultos no Estado do Paraná:

•A EJA deve constituir-se de uma estrutura flexível, pois há um tempo diferenciado de

aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem como os mesmos

possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos processos educativos

formais;

•O tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo educativo

tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um ensino de caráter

enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na relação qualitativa com

o conhecimento;

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•Os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à realidade,

considerando sua dimensão sócio-histórica, vinculada ao mundo do trabalho, à ciência, às

novas tecnologias, dentre outros;

•A escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a capacidade de pensar,

ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade reflexiva. A ação da escola

será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a que o mesmo assimile estes

conhecimentos como instrumentos de transformação de sua realidade social;

•O currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia tradicional, que

fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias escolares, mas sim, como

uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos culturais relevantes, estão

articulados à realidade na qual o educando se encontra, viabilizando um processo integrador

dos diferentes saberes, a partir da contribuição das diferentes áreas/disciplinas do

conhecimento.

Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o desenvolvimento

de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem chegar às finalidades da

educação de jovens e adultos, a saber:

• Traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu processo de

formação, mas são sujeitos sócio-histórico-culturais, com conhecimentos e experiências

acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem;

• Contribuir para a ressignificação da concepção de mundo e dos próprios educandos;

• O processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a objetividade das

relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens desenvolvam o

raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-

históricos;

• Possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na referência, nos

interesses do educando, necessários ao exercício da cidadania e do trabalho;

• Fornecer subsídios para se tornem ativos, criativos, críticos e democráticos;

Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não refere-se

exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade com a

diversidade sócio-cultural de seu público, composta, dentre outros, por populações do campo,

em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais, indígenas, que demandam

uma proposta pedagógica-curricular que considere o tempo/espaço e a cultura desse grupos.

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3 - INDICAÇÃO DA FASE DE ESTUDOS

Propõe-se a oferta do curso de Educação de Jovens e Adultos no nível do Ensino

Fundamental – Fase II e do Ensino Médio a jovens, adultos e idosos que não tiveram o acesso

ou continuidade em seus estudos.

4 - MATRIZ CURRICULAR

4.1 Ensino Fundamental – Fase II

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE IIESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIOR - EFMENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES NRE: IRATIANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS

DISCIPLINASTotal de

Horas

Total de

horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 226 272ARTE 54 64

LEM - INGLÊS 160 192EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 226 272CIÊNCIAS NATURAIS 160 192

HISTÓRIA 160 192GEOGRAFIA 160 192

ENSINO RELIGIOSO* 10 12Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE

ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

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4.2 Ensino Médio

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS -

ENSINO MÉDIOESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL JOÃO NEGRÃO JUNIORENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: TEIXEIRA SOARES NRE: IRATIANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2010 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1568 H/A ou 1200/1306 HORAS

DISCIPLINAS Total de Horas Total de horas/aula

LÍNGUA PORTUGUESA E

LITERATURA174 208

LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128LÍNGUA ESPANHOLA * 106 128

TOTAL 1200/1306 1440/1568* LÍNGUA ESPANHOLA, DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA E DE

MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

5 - CONCEPÇÃO, CONTEÚDOS E ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná é uma modalidade de ensino

da Educação Básica cuja concepção de currículo compreende a escola como espaço sócio-

cultural que propicia a valorização dos diversos grupos que a compõem, ou seja, considera os

educandos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem.

Esse currículo entendido, ainda, como um processo de construção coletiva do

conhecimento escolar articulado à cultura, em seu sentido antropológico, constitui-se no

elemento principal de mediação entre educadores e educandos e deve ser organizado de tal

forma que possibilite aos educandos transitarem pela estrutura curricular e, de forma dialógica

entre educando e educador tornar os conhecimentos significativos às suas práticas diárias.

Nesta ótica o conhecimento se constitui em núcleo estruturador do conteúdo do ensino.

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Nesse enfoque, a organização do trabalho pedagógico na Educação de Jovens e

Adultos, prevendo a inclusão de diferentes sujeitos, necessita ser pensada em razão dos

critérios de uma seleção de conteúdos que lhes assegure o acesso aos conhecimentos

historicamente construídos e o respeito às suas especificidades.

Após a definição das Diretrizes Curriculares Estaduais da Educação Básica, a

Educação de Jovens e Adultos do Estado do Paraná como modalidade da Educação Básica,

passa a adotar os mesmos conteúdos curriculares previstos por essas diretrizes.

No entanto, cabe ressaltar que a organização metodológica das práticas pedagógicas,

dessa modalidade deve considerar os três eixos articuladores propostos nas Diretrizes da

Educação de Jovens e Adultos: Trabalho, Cultura e Tempo, os quais devem se articular tendo

em vista a apropriação do conhecimento que não deve se restringir à transmissão/assimilação

de fatos, conceitos, idéias, princípios, informações etc., mas sim compreender a aquisição

cognoscitiva e estar intrinsecamente ligados à abordagem dos conteúdos curriculares

propostos para a Educação Básica.

6 - PROCESSOS DE AVALIAÇÃO, CLASSIFICAÇÃO E PROMOÇÃO

6.1 Concepção de Avaliação

A avaliação é compreendida como uma prática que alimenta e orienta a intervenção

pedagógica. É um dos principais componentes do ensino, pelo qual se estuda e interpreta os

dados da aprendizagem. Tem a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos educandos, diagnosticar os resultados atribuindo-lhes valor. A avaliação

será realizada em função dos conteúdos expressos na proposta pedagógica.

Na avaliação da aprendizagem é fundamental a análise da capacidade de reflexão dos

educandos frente às suas próprias experiências. E, portanto, deve ser entendida como processo

contínuo, descritivo, compreensivo que oportuniza uma atitude crítico-reflexiva frente à

realidade concreta.

A avaliação educacional, nesse Estabelecimento Escolar, seguirá orientações

contidas no artigo 24, da LDBEN 9394/96, e compreende os seguintes princípios:

89. investigativa ou diagnóstica: possibilita ao professor obter informações necessárias para

propor atividades e gerar novos conhecimentos;

90. contínua: permite a observação permanente do processo ensino-aprendizagem e possibilita

ao educador repensar sua prática pedagógica;

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91. sistemática: acompanha o processo de aprendizagem do educando, utilizando

instrumentos diversos para o registro do processo;

92. abrangente: contempla a amplitude das ações pedagógicas no tempo-escola do educando;

93. permanente: permite um avaliar constante na aquisição dos conteúdos pelo educando no

decorrer do seu tempo-escola, bem como do trabalho pedagógico da escola.

Os conhecimentos básicos definidos nesta proposta serão desenvolvidos ao longo da

carga horária total estabelecida para cada disciplina, conforme a matriz curricular, com oferta

diária de 05 (cinco) horas-aula por turno, com avaliação presencial ao longo do processo

ensino-aprendizagem.

Considerando que os saberes e a cultura do educando devem ser respeitados como

ponto de partida real do processo pedagógico, a avaliação contemplará, necessariamente, as

experiências acumuladas e as transformações que marcaram o seu trajeto educativo, tanto

anterior ao reingresso na educação formal, como durante o atual processo de escolarização.

A avaliação processual utilizará técnicas e instrumentos diversificados, tais como:

provas escritas, trabalhos práticos, debates, seminários, experiências e pesquisas, participação

em trabalhos coletivos e/ou individuais, atividades complementares propostas pelo professor,

que possam elevar o grau de aprendizado dos educandos e avaliar os conteúdos

desenvolvidos.

É vedada a avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única

oportunidade de aferição. O resultado das atividades avaliativas, será analisado pelo educando

e pelo professor, em conjunto, observando quais são os seus avanços e necessidades, e as

consequentes demandas para aperfeiçoar a prática pedagógica.

6.2 Procedimentos e Critérios para Atribuição de Notas

• as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade

educativa;

• para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis) notas

por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a outros

instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que,

obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme

descrito no Regimento Escolar. Na disciplina de Ensino Religioso, as avaliações

realizadas no decorrer do processo ensino-aprendizagem não terão registro de nota

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para fins de promoção e certificação.

• a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os

resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero);

para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis vírgula

zero), em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e

frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária de

cada disciplina na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização

individual;

• o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da

avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a

recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;

• para os educandos que cursarem 100% da carga horária da disciplina, a média final

corresponderá à média aritmética das avaliações processuais, devendo os mesmos

atingir pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero);

• os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos

próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida

escolar do educando;

• o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não por

seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver;

• na disciplina de Língua Espanhola, as avaliações serão realizadas no decorrer do

processo ensino-aprendizagem, sendo registradas 04 (quatro) notas para fins de

cálculo da média final;

• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será avaliada no

processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na documentação

escolar, por não ser objeto de retenção.

6.3 Recuperação de Estudos

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-

aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos

os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

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A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível

de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos

básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos

conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme

o descrito no Regimento Escolar.

6.4 Aproveitamento de Estudos

O aluno poderá requerer aproveitamento de estudos realizados com êxito, amparado

pela legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar, por meio de cursos

ou de exames supletivos, nos casos de matrícula inicial, transferência e prosseguimento de

estudos.

6.5 Classificação e Reclassificação

Para a classificação e reclassificação este estabelecimento de ensino utilizará o

previsto na legislação vigente, conforme regulamentado no Regimento Escolar.

7 - REGIME ESCOLAR

O Estabelecimento Escolar funcionará, preferencialmente, no período noturno,

podendo atender no período vespertino e/ou matutino, de acordo com a demanda de alunos,

número de salas de aula e capacidade, com a expressa autorização do Departamento de

Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação.

As informações relativas aos estudos realizados pelo educando serão registradas no

Histórico Escolar, aprovado pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, será emitido pelo

estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz

curricular.

Este Estabelecimento Escolar poderá executar ações pedagógicas descentralizadas

para atendimento de demandas específicas - desde que autorizado pelo Departamento de

Educação e Trabalho, da Secretaria de Estado da Educação – em locais onde não haja a oferta

de EJA e para grupos ou indivíduos em situação especial, como por exemplo, em unidades

sócio-educativas, no sistema prisional, em comunidades indígenas, de trabalhadores rurais

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temporários, de moradores em comunidades de difícil acesso, dentre outros.

7.1 ORGANIZAÇÃO

Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas no Ensino Fundamental –

Fase II e Médio, conforme dispostas nas Matrizes Curriculares, em concordância com as

Diretrizes Curriculares Nacionais, contidas nos Pareceres n.º 02 e 04/98-CEB/CNE para o

Ensino Fundamental e Resolução n.º 03/98 e Parecer n.º 15/98 - CEB/CNE para o Ensino

Médio e com as Deliberações nº 01/06, nº 04/06, nº 07/06 e nº 03/08, todas do Conselho

Estadual de Educação.

7.2 FORMAS DE ATENDIMENTO

A educação neste Estabelecimento Escolar é de forma presencial, com as seguintes

ofertas :

•organização coletiva e individual para o Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio, em

todas as disciplinas, sendo priorizadas as vagas para matrícula na organização coletiva;

•a disciplina de Língua Espanhola será ofertada somente na organização coletiva.

7.2.1 Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio

No Ensino Fundamental – Fase II e Ensino Médio considerar-se-á, a oferta de 100%

da carga horária total estabelecida.

7.3 MATRÍCULA

Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e Adultos:

• a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;

• será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;

• educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá matricular-se de

uma a quatro disciplinas simultaneamente;

• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso é de matrícula

facultativa para o educando;

• no Ensino Médio, a disciplina de Língua Espanhola é de matrícula facultativa para o

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educando e entrará no cômputo das quatro disciplinas que podem ser cursadas concomitante;

• poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito por meio de

cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e de período(s) / etapa(s) /

semestre(s) equivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino regular, mediante apresentação de

comprovante de conclusão, conforme regulamentado no Regimento Escolar;

• para os educandos que não participaram do processo de escolarização formal/escolar;

bem como o educando desistente do processo de escolarização formal/escolar, em anos letivos

anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos por processo de classificação, definidos

no Regimento Escolar;

• será considerado desistente, na disciplina, o educando que se ausentar por mais de 02

(dois) meses consecutivos, devendo a escola, no seu retorno, reativar sua matrícula para dar

continuidade aos seus estudos, aproveitando a carga horária cursada e os registros de notas

obtidos, desde que o prazo de desistência não ultrapasse 02 (dois) anos, a partir da data da

matrícula inicial;

• educando desistente, por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial na

disciplina, no seu retorno, deverá refazer a matrícula inicial, podendo participar do processo

de reclassificação;

• educando desistente da disciplina de Língua Espanhola, por mais de 02 (dois) meses

consecutivos ou por mais de dois anos, a contar da data de matrícula inicial, no seu retorno,

deverá reiniciar a disciplina sem aproveitamento da carga horária cursada e os registros de

notas obtidos, caso opte novamente por cursar essa disciplina.

No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o educando será

orientado por equipe de professor-pedagogo sobre: a organização dos cursos, o

funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a duração e a

carga horária das disciplinas.

O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que os

receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações metodológicas,

bem como as devidas explicações sobre os seguintes itens que compõem o Guia de Estudos:

• a organização dos cursos;

• o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar;

• a dinâmica de atendimento ao educando;

• a duração e a carga horária das disciplinas;

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• os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;

• o material de apoio didático;

• as sugestões bibliográficas para consulta;

• a avaliação;

• outras informações necessárias.

7.4 MATERIAL DIDÁTICO

O material didático, indicado pela mantenedora, constitui-se como um dos recursos

de apoio pedagógico do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do Paraná de

Educação de Jovens e Adultos.

7.5 AVALIAÇÃO

• avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente, permanente;

• as avaliações utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com

finalidade educativa;

• para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06

(seis) notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e

também a outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a

que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme

descrito no regimento escolar;

• a avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem, sendo os

resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez);

• para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis),

em cada disciplina, de acordo com a Resolução n.º 3794/04 – SEED e frequência

mínima de 75% (setenta e cinco por cento)do total da carga horária de cada disciplina

na organização coletiva e 100% (cem por cento) na organização individual;

• o educando deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis) em cada registro da

avaliação processual. Caso contrário, terá direito à recuperação de estudos. Para os demais, a

recuperação será ofertada como acréscimo ao processo de apropriação dos conhecimentos;

• a média final, de cada disciplina, corresponderá à média aritmética das

avaliações processuais, devendo os mesmos atingir pelo menos a nota 6,0 (seis);

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• os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade

da vida escolar do educando;

• o educando portador de necessidades educativas especiais, será avaliado não

por seus limites, mas pelos conteúdos que será capaz de desenvolver;

• para fins de certificação e acréscimo da carga horária da disciplina de

Língua Espanhola, o educando deverá atingir a média mínima de 6,0 (seis) e

frequência mínima de 75% (setenta e cinco por cento) do total da carga horária da

disciplina;

• no Ensino Fundamental - Fase II, a disciplina de Ensino Religioso será

avaliada no processo de ensino e aprendizagem, não tendo registro de notas na

documentação escola, por não ser objeto de retenção.

• para fins de acréscimo da carga horária da disciplina de Ensino Religioso,

na documentação escolar, o educando deverá ter frequência mínima de 75% (setenta

e cinco por cento) do total da carga horária da disciplina.

7.6 RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese de

construção do conhecimento, de aceitá-lo como parte integrante da aprendizagem,

possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo ensino-

aprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo direito de todos

os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.

A recuperação será também individualizada, organizada com atividades

significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o nível

de aprendizagem de cada educando.

Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos conteúdos

básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição dialogada dos

conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de avaliação, conforme

o descrito no Regimento Escolar.

7.7 APROVEITAMENTO DE ESTUDOS, CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e reclassificação estão

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regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto na legislação vigente.

7.8 ÁREA DE ATUAÇÃO

As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a

Educação de Jovens e Adultos limitam-se à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo

Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas, desde que

autorizadas pela mantenedora.

7.9 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO

Este Estabelecimento Escolar, em consonância com as orientações da SEED,

oportunizará o estágio não-obrigatório, como atividade opcional, desenvolvido no ambiente

de trabalho, conforme a Lei Federal nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.

8 - RECURSOS HUMANOS

8.1 Atribuições dos Recursos Humanos

De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico neste

Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigir-se-á o

profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função social da

EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes Curriculares

Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas regulamentações inerentes à

Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.

8.1.1 Direção

Compete ao diretor(a):

I. cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor;

II. responsabilizar-se pelo patrimônio público escolar recebido no ato da posse;

III. coordenar a elaboração e acompanhar a implementação do Projeto Político-Pedagógico da

escola, construído coletivamente e aprovado pelo Conselho Escolar;

IV. coordenar e incentivar a qualificação permanente dos profissionais da educação;

V. implementar a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, em observância às

Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais;

VI. coordenar a elaboração do Plano de Ação do estabelecimento de ensino e submetê-lo à

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aprovação do Conselho Escolar;

VII. convocar e presidir as reuniões do Conselho Escolar, dando encaminhamento às decisões

tomadas coletivamente;

VIII. elaborar os planos de aplicação financeira sob sua responsabilidade, consultando a

comunidade escolar e colocando-os em edital público;

IX. prestar contas dos recursos recebidos, submetendo-os à aprovação do Conselho Escolar e

fixando-os em edital público;

X. coordenar a construção coletiva do Regimento Escolar, em consonância com a legislação

em vigor, submetendo-o à apreciação do Conselho Escolar e, após, encaminhá-lo ao NRE

para a devida aprovação;

XI. garantir o fluxo de informações no estabelecimento de ensino e deste com os órgãos da

administração estadual;

XII. encaminhar aos órgãos competentes as propostas de modificações no ambiente escolar,

quando necessárias, aprovadas pelo Conselho Escolar;

XIII. deferir os requerimentos de matrícula;

XIV. elaborar o calendário escolar, de acordo com as orientações da SEED, submetê-lo à

apreciação do Conselho Escolar e encaminhá-lo ao NRE para homologação;

XV. acompanhar o trabalho docente, referente às reposições de horas-aula aos discentes;

XVI. assegurar o cumprimento dos dias letivos, horas-aula e horas-atividade estabelecidos;

XVII. promover grupos de trabalho e estudos ou comissões encarregadas de estudar e propor

alternativas para atender aos problemas de natureza pedagógico-administrativa no âmbito

escolar;

XVIII. propor à Secretaria de Estado da Educação, via Núcleo Regional de Educação, após

aprovação do Conselho Escolar, alterações na oferta de ensino e abertura ou fechamento de

cursos;

XIX. participar e analisar da elaboração dos Regulamentos Internos e encaminhá-los ao

Conselho Escolar para aprovação;

XX. supervisionar a cantina comercial e o preparo da merenda escolar, quanto ao

cumprimento das normas estabelecidas na legislação vigente relativamente a exigências

sanitárias e padrões de qualidade nutricional;

XXI. presidir o Conselho de Classe, dando encaminhamento às decisões tomadas

coletivamente;

XXII. definir horário e escalas de trabalho da equipe técnico-administrativa e equipe auxiliar

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operacional;

XXIII. articular processos de integração da escola com a comunidade;

XXIV. solicitar ao NRE suprimento e cancelamento de demanda de funcionários e

professores do estabelecimento, observando as instruções emanadas da SEED;

XXV. organizar horário adequado para a realização da Prática Profissional Supervisionada do

funcionário cursista do Programa Nacional de Valorização dos Trabalhadores em Educação –

Profuncionário, no horário de trabalho, correspondendo a 50% (cinqüenta por cento) da carga

horária da Prática Profissional Supervisionada, conforme orientação da SEED, contida no

Plano de Curso;

XXVI. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino, juntamente com a

comunidade escolar;

XXVII. cooperar com o cumprimento das orientações técnicas de vigilância sanitária e

epidemiológica;

XXVIII. viabilizar salas adequadas quando da oferta do ensino extracurricular plurilingüístico

da Língua Estrangeira Moderna, pelo Centro de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM;

XXIX. disponibilizar espaço físico adequado quando da oferta de Serviços e Apoios

Pedagógicos Especializados, nas diferentes áreas da Educação Especial;

XXX. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

XXXI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XXXII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXXIII. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

8.1.2 Professor Pedagogo

A equipe pedagógica é responsável pela coordenação, implantação e implementação

no estabelecimento de ensino das Diretrizes Curriculares definidas no Projeto Político-

Pedagógico e no Regimento Escolar, em consonância com a política educacional e

orientações emanadas da Secretaria de Estado da Educação.

Compete à equipe pedagógica:

I. coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto Político-Pedagógico

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e do Plano de Ação do estabelecimento de ensino;

II. orientar a comunidade escolar na construção de um processo pedagógico, em uma

perspectiva democrática;

III. participar e intervir, junto à direção, na organização do trabalho pedagógico escolar, no

sentido de realizar a função social e a especificidade da educação escolar;

IV. coordenar a construção coletiva e a efetivação da proposta pedagógica curricular do

estabelecimento de ensino, a partir das políticas educacionais da SEED e das Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais;

V. orientar o processo de elaboração dos Planos de Trabalho Docente junto ao coletivo de

professores do estabelecimento de ensino;

VI. acompanhar o trabalho docente, quanto às reposições de horas-aula aos discentes;

VII. promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para reflexão e

aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico visando à elaboração de propostas

de intervenção para a qualidade de ensino para todos;

VIII. participar da elaboração de projetos de formação continuada dos profissionais do

estabelecimento de ensino, que tenham como finalidade a realização e o aprimoramento do

trabalho pedagógico escolar;

IX. organizar, junto à direção da escola, a realização dos Pré- Conselhos e dos Conselhos de

Classe, de forma a garantir um processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho

pedagógico desenvolvido no estabelecimento de ensino;

X. coordenar a elaboração e acompanhar a efetivação de propostas de intervenções

decorrentes das decisões do Conselho de Classe;

XI. subsidiar o aprimoramento teórico-metodológico do coletivo de professores do

estabelecimento de ensino, promovendo estudos sistemáticos, trocas de experiência, debates e

oficinas pedagógicas;

XII. organizar a hora-atividade dos professores do estabelecimento de ensino, de maneira a

garantir que esse espaço-tempo seja de efetivo trabalho pedagógico;

XIII. proceder à análise dos dados do aproveitamento escolar de forma a desencadear um

processo de reflexão sobre esses dados, junto à comunidade escolar, com vistas a promover a

aprendizagem de todos os alunos;

XIV. coordenar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento do Regimento Escolar,

garantindo a participação democrática de toda a comunidade escolar;

XV. participar do Conselho Escolar, quando representante do seu segmento, subsidiando

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teórica e metodologicamente as discussões e reflexões acerca da organização e efetivação do

trabalho pedagógico escolar;

XVI. coordenar a elaboração de critérios para aquisição, empréstimo e seleção de materiais,

equipamentos e/ou livros de uso didático-pedagógico, a partir do Projeto Político-Pedagógico

do estabelecimento de ensino;

XVII. participar da organização pedagógica da biblioteca do estabelecimento de ensino, assim

como do processo de aquisição de livros, revistas, fomentando ações e projetos de incentivo à

leitura;

XVIII. acompanhar as atividades desenvolvidas nos Laboratórios de Química, Física e

Biologia e de Informática;

XIX. propiciar o desenvolvimento da representatividade dos alunos e de sua participação nos

diversos momentos e Órgãos Colegiados da escola;

XX. coordenar o processo democrático de representação docente de cada turma;

XXI. colaborar com a direção na distribuição das aulas, conforme orientação da SEED;

XXII. coordenar, junto à direção, o processo de distribuição de aulas e disciplinas, a partir de

critérios legais, didático-pedagógicos e do Projeto Político- Pedagógico do estabelecimento de

ensino;

XXIII. acompanhar os estagiários das instituições de ensino superior quanto às atividades a

serem desenvolvidas no estabelecimento de ensino;

XXIV. acompanhar o desenvolvimento do Programa Nacional de Valorização dos

Trabalhadores em Educação – Profuncionário, tanto na organização do curso, quanto no

acompanhamento da Prática Profissional Supervisionada dos funcionários cursistas da escola

e/ou de outras unidades escolares;

XXV. promover a construção de estratégias pedagógicas de superação de todas as formas de

discriminação, preconceito e exclusão social;

XXVI. coordenar a análise de projetos a serem inseridos no Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino;

XXVII. acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de ensino;

XXVIII. participar na elaboração do Regulamento de uso dos espaços pedagógicos;

XXIX. orientar, coordenar e acompanhar a efetivação de procedimentos didático-pedagógicos

referentes à avaliação processual e aos processos de classificação, reclassificação,

aproveitamento de estudos, adaptação e progressão parcial, conforme legislação em vigor;

XXX. organizar as reposições de aulas, acompanhando junto à direção as reposições de dias,

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horas e conteúdos aos discentes;

XXXI. orientar, acompanhar e visar periodicamente os Livros de Registro de Classe;

XXXII. organizar registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

XXXIII. organizar registros para o acompanhamento da prática pedagógica dos profissionais

do estabelecimento de ensino;

XXXIV. solicitar autorização dos pais ou responsáveis para realização da Avaliação

Educacional do Contexto Escolar, a fim de identificar possíveis necessidades educacionais

especiais;

XXXV. coordenar e acompanhar o processo de Avaliação Educacional no Contexto Escolar,

para os alunos com dificuldades acentuadas de aprendizagem, visando encaminhamento aos

serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

XXXVI. acompanhar os aspectos de sociabilização e aprendizagem dos alunos, realizando

contato com a família com o intuito de promover ações para o seu desenvolvimento integral;

XXXVII. acompanhar a freqüência escolar dos alunos, contatando as famílias e

encaminhando-os aos órgãos competentes, quando necessário;

XXXVIII. acionar serviços de proteção à criança e ao adolescente, sempre que houver

necessidade de encaminhamentos;

XXXIX. orientar e acompanhar o desenvolvimento escolar dos alunos com necessidades

educativas especiais, nos aspectos pedagógicos, adaptações físicas e curriculares e no

processo de inclusão na escola;

XL. manter contato com os professores dos serviços e apoios especializados de alunos com

necessidades educacionais especiais, para intercâmbio de informações e trocas de

experiências, visando à articulação do trabalho pedagógico entre Educação Especial e ensino

regular;

XLI. assessorar os professores do CELEM e acompanhar as turmas, quando o

estabelecimento de ensino ofertar o ensino extracurricular plurilingüístico de Língua

Estrangeira Moderna;

XLII. assegurar a realização do processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

XLIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com colegas, alunos, pais e

demais segmentos da comunidade escolar;

XLIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

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XLV. elaborar seu Plano de Ação;

XLVI. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no

administrativo, tais como:

• Orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada disciplina;

• Coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames supletivos

quando, no estabelecimento, não houver coordenação(ões) específica(s) dessa(s) ação(ões).

• Acompanhar o estágio não-obrigatório.

8.1.3 Coordenações

As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral e

Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm como

finalidade a execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e

regulamentadas pela mantenedora.

Cabe ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas:

Coordenador Geral

• Receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.

• Organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.

• Elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.

• Digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção do

Estabelecimento.

• Acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas

Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.

• Acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no Sistema.

• Organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

• Organizar as listas de freqüência e de notas dos educandos.

• Enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas

Descentralizadas.

• Responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.

• Organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o

atendimento aos educandos de todas as turmas.

• Orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas durante

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as horas-atividade dos professores.

• Realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de

experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensino-aprendizagem.

• Elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em comunidades

que necessitam de escolarização.

• Acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.

• Tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.

• Prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE, quando

solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas Ações

Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação;

Coordenador Itinerante

• Acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas Descentralizadas.

• Atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.

• Verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.

• Observar e registrar a presença dos professores.

• Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.

• Solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.

• Solicitar e distribuir as listas de freqüência e de nota dos educandos.

• Encaminhar as notas e freqüências dos educandos para digitação.

• Acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral qualquer

problema neste procedimento.

• Solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.

• Acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as turmas das

Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.

• Participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com os

professores;

Coordenador de Exames Supletivos

•Acompanhar e viabilizar todas as ações referentes aos Exames Supletivos

•Tomar conhecimento do edital de exames.

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•Fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.

•Verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames possam ser

executados.

•Digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.

•Conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da emissão

de Relatório de Inscritos.

•Solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário, para

execução dos exames.

•Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em Braille e

as ampliadas, das etapas à serem realizadas, quando for o caso.

•Solicitar, por e-mail ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o

DET/CEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.

•Comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos Exames.

•Receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.

•Capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização dos

Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial a organização e

o preenchimento dos cartões-resposta.

•Acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e

tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.

•Divulgar as atas de resultado.

•Acompanhar e executar todas as ações referentes aos Exames On Line.

8.1.4 Docentes

Compete aos docentes:

I. participar da elaboração, implementação e avaliação do Projeto Político-Pedagógico do

estabelecimento de ensino, construído de forma coletiva e aprovado pelo Conselho Escolar;

II. elaborar, com a equipe pedagógica, a proposta pedagógica curricular do estabelecimento de

ensino, em consonância com o Projeto Político- Pedagógico e as Diretrizes Curriculares

Nacionais e Estaduais;

III. participar do processo de escolha, juntamente com a equipe pedagógica, dos livros e

materiais didáticos, em consonância com o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de

ensino;

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IV. elaborar seu Plano de Trabalho Docente;

V. desenvolver as atividades de sala de aula, tendo em vista a apreensão crítica do

conhecimento pelo aluno;

VI. proceder à reposição dos conteúdos, carga horária e/ou dias letivos aos alunos, quando se

fizer necessário, a fim de cumprir o calendário escolar, resguardando prioritariamente o

direito do aluno;

VII. proceder à avaliação contínua, cumulativa e processual dos alunos, utilizando-se de

instrumentos e formas diversificadas de avaliação, previstas no Projeto Político-Pedagógico

do estabelecimento de ensino;

VIII. promover o processo de recuperação concomitante de estudos para os alunos,

estabelecendo estratégias diferenciadas de ensino e aprendizagem, no decorrer do período

letivo;

IX. participar do processo de avaliação educacional no contexto escolar dos alunos com

dificuldades acentuadas de aprendizagem, sob coordenação e acompanhamento do pedagogo,

com vistas à identificação de possíveis necessidades educacionais especiais e posterior

encaminhamento aos serviços e apoios especializados da Educação Especial, se necessário;

X. participar de processos coletivos de avaliação do próprio trabalho e da escola, com vistas

ao melhor desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem;

XI. participar de reuniões, sempre que convocado pela direção;

XII. assegurar que, no âmbito escolar, não ocorra tratamento discriminatório em decorrência

de diferenças físicas, étnicas, de gênero e orientação sexual, de credo, ideologia, condição

sócio-cultural, entre outras;

XIII. viabilizar a igualdade de condições para a permanência do aluno na escola, respeitando a

diversidade, a pluralidade cultural e as peculiaridades de cada aluno, no processo de ensino e

aprendizagem;

XIV. estimular o acesso a níveis mais elevados de ensino, cultura, pesquisa e criação artística;

XV. participar ativamente dos Pré-Conselhos e Conselhos de Classe, na busca de alternativas

pedagógicas que visem ao aprimoramento do processo educacional, responsabilizando-se

pelas informações prestadas e decisões tomadas, sendo as do pré-conselho registradas em

fichas e as do Conselho de Classe registradas em ata;

XVI. propiciar ao aluno a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico, visando ao exercício consciente da cidadania;

XVII. zelar pela frequência do aluno à escola, comunicando qualquer irregularidade à equipe

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pedagógica;

XVIII. cumprir o calendário escolar, quanto aos dias letivos, horas-aula e horas-atividade

estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à

avaliação e ao desenvolvimento profissional;

XIX. cumprir suas horas-atividade no âmbito escolar, dedicando-as a estudos, pesquisas e

planejamento de atividades docentes, sob orientação da equipe pedagógica, conforme

determinações da SEED;

XX. manter atualizados os Registros de Classe, conforme orientação da equipe pedagógica e

secretaria escolar, deixando-os disponíveis no estabelecimento de ensino;

XXI. participar do planejamento e da realização das atividades de articulação da escola com

as famílias e a comunidade;

XXII. desempenhar o papel de representante de turma, contribuindo para o desenvolvimento

do processo educativo;

XXIII. dar cumprimento aos preceitos constitucionais, à legislação educacional em vigor e ao

Estatuto da Criança e do Adolescente, como princípios da prática profissional e educativa;

XXIV. participar, com a equipe pedagógica, da análise e definição de projetos a serem

inseridos no Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

XXV. comparecer ao estabelecimento de ensino nas horas de trabalho ordinárias que lhe

forem atribuídas e nas extraordinárias, quando convocado;

XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXVIII. participar da avaliação institucional, conforme orientação da SEED;

XXIX. cumprir e fazer cumprir o disposto no Regimento Escolar.

Aos docentes cabe também:

• Definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das Diretrizes

Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste Estabelecimento

Escolar.

• Conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.

• Utilizar adequadamente os espaços e materiais didático-pedagógicos disponíveis,

tornando-os meios para implementar uma metodologia de ensino que respeite o processo de

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aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e idoso deste Estabelecimento;

O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e nas ações

pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar em todas as

formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais.

8.1.5 Secretaria e Apoio Administrativo

A função de técnicos administrativos é exercida por profissionais que atuam nas

áreas da secretaria, biblioteca e laboratório de Informática do estabelecimento de ensino.

O técnico administrativo que atua na secretaria como secretário(a) escolar é indicado

pela direção do estabelecimento de ensino e designado por Ato Oficial, conforme normas da

SEED.

Parágrafo Único - O serviço da secretaria é coordenado e supervisionado pela

direção.

Compete ao Secretário Escolar:

I. conhecer o Projeto Político-Pedagógico do estabelecimento de ensino;

II. cumprir a legislação em vigor e as instruções normativas emanadas da SEED, que regem o

registro escolar do aluno e a vida legal do estabelecimento de ensino;

III. distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da secretaria aos demais técnicos

administrativos;

IV. receber, redigir e expedir a correspondência que lhe for confiada;

V. organizar e manter atualizados a coletânea de legislação, resoluções, instruções

normativas, ordens de serviço, ofícios e demais documentos;

VI. efetivar e coordenar as atividades administrativas referentes à matrícula, transferência e

conclusão de curso;

VII. elaborar relatórios e processos de ordem administrativa a serem encaminhados às

autoridades competentes;

VIII. encaminhar à direção, em tempo hábil, todos os documentos que devem ser assinados;

IX. organizar e manter atualizado o arquivo escolar ativo e conservar o inativo, de forma a

permitir, em qualquer época, a verificação da identidade e da regularidade da vida escolar do

aluno e da autenticidade dos documentos escolares;

X. responsabilizar-se pela guarda e expedição da documentação escolar do aluno,

respondendo por qualquer irregularidade;

XI. manter atualizados os registros escolares dos alunos no sistema informatizado;

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XII. organizar e manter atualizado o arquivo com os atos oficiais da vida legal da escola,

referentes à sua estrutura e funcionamento;

XIII. atender a comunidade escolar, na área de sua competência, prestando informações e

orientações sobre a legislação vigente e a organização e funcionamento do estabelecimento de

ensino, conforme disposições do Regimento Escolar;

XIV. zelar pelo uso adequado e conservação dos materiais e equipamentos da secretaria;

XV. orientar os professores quanto ao prazo de entrega do Livro Registro de Classe com os

resultados da freqüência e do aproveitamento escolar dos alunos;

XVI. cumprir e fazer cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da

secretaria, quanto ao registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, de

adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e

regularização de vida escolar;

XVII. organizar o livro-ponto de professores e funcionários, encaminhando ao setor

competente a sua freqüência, em formulário próprio;

XVIII. secretariar os Conselhos de Classe e reuniões, redigindo as respectivas Atas;

XIX. conferir, registrar e/ou patrimoniar materiais e equipamentos recebidos;

XX. comunicar imediatamente à direção toda irregularidade que venha ocorrer na secretaria

da escola;

XXI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,

desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

XXII. organizar a documentação dos alunos matriculados no ensino extracurricular (CELEM,

Atividades Complementares no Contraturno – CAICs), quando desta oferta no

estabelecimento de ensino;

XXIII. manter atualizado o Sistema de Controle e Remanejamento dos Livros Didáticos;

XXIV. fornecer dados estatísticos inerentes às atividades da secretaria escolar, quando

solicitado;

XXV. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XXVI. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e

famílias;

XXVII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XXVIII. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas

da sua função.

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Compete aos técnicos administrativos que atuam na secretaria dos

estabelecimentos de ensino, sob a coordenação do(a) secretário(a):

I. cumprir as obrigações inerentes às atividades administrativas da secretaria, quanto ao

registro escolar do aluno referente à documentação comprobatória, necessidades de

adaptação, aproveitamento de estudos, progressão parcial, classificação, reclassificação e

regularização de vida escolar;

II. atender a comunidade escolar e demais interessados, prestando informações e orientações;

III. cumprir a escala de trabalho que lhe for previamente estabelecida;

IV. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,

desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

V. controlar a entrada e saída de documentos escolares, prestando informações sobre os

mesmos a quem de direito;

VI. organizar, em colaboração com o(a) secretário(a) escolar, os serviços do seu setor;

VII. efetivar os registros na documentação oficial como Ficha Individual, Histórico Escolar,

Boletins, Certificados, Diplomas e outros, garantindo sua idoneidade;

VIII. organizar e manter atualizado o arquivo ativo e conservar o arquivo inativo da escola;

IX. classificar, protocolar e arquivar documentos e correspondências, registrando a

movimentação de expedientes;

X. realizar serviços auxiliares relativos à parte financeira, contábil e patrimonial do

estabelecimento, sempre que solicitado;

XI. coletar e digitar dados estatísticos quanto à avaliação escolar, alimentando e atualizando o

sistema informatizado;

XII. executar trabalho de mecanografia, reprografia e digitação;

XIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XIV. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

XV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XVI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

Compete ao técnico administrativo que atua na biblioteca escolar, indicado pela

direção do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso da biblioteca, assegurando organização e

funcionamento;

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II. atender a comunidade escolar, disponibilizando e controlando o empréstimo de livros, de

acordo com Regulamento próprio;

III. auxiliar na implementação dos projetos de leitura previstos na proposta pedagógica

curricular do estabelecimento de ensino;

IV. auxiliar na organização do acervo de livros, revistas, gibis, vídeos, DVDs, entre outros;

V. encaminhar à direção sugestão de atualização do acervo, a partir das necessidades

indicadas pelos usuários;

VI. zelar pela preservação, conservação e restauro do acervo;

VII. registrar o acervo bibliográfico e dar baixa, sempre que necessário;

VIII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos da biblioteca;

IX. manusear e operar adequadamente os equipamentos e materiais, zelando pela sua

manutenção;

X. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,

desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

XI. auxiliar na distribuição e recolhimento do livro didático;

XII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XIII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

XIV. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XV. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que

concernem à especificidade de sua função.

Compete ao técnico administrativo indicado pela direção para atuar no

laboratório de Informática do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir Regulamento de uso do laboratório de Informática, assessorando na

sua organização e funcionamento;

II. auxiliar o corpo docente e discente nos procedimentos de manuseio de materiais e

equipamentos de informática;

III. preparar e disponibilizar os equipamentos de informática e materiais necessários para a

realização de atividades práticas de ensino no laboratório;

IV. assistir aos professores e alunos durante a aula de Informática no laboratório;

V. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos equipamentos;

VI. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,

desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

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VII. receber, organizar e controlar o material de consumo e equipamentos do laboratório de

Informática;

VIII. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

IX. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

X. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com alunos,

com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XI. exercer as demais atribuições decorrentes do Regimento Escolar e aquelas que concernem

à especificidade de sua função.

Compete ao assistente de execução que atua no laboratório de Química, Física e

Biologia do estabelecimento de ensino:

I. cumprir e fazer cumprir o Regulamento de uso do laboratório de Química, Física e

Biologia;

II. aplicar, em regime de cooperação e de co-responsabilidade com o corpo docente e

discente, normas de segurança para o manuseio de materiais e equipamentos;

III. preparar e disponibilizar materiais de consumo e equipamentos para a realização de

atividades práticas de ensino;

IV. receber, controlar e armazenar materiais de consumo e equipamentos do laboratório;

V. utilizar as normas básicas de manuseio de instrumentos e equipamentos do laboratório;

VI. assistir aos professores e alunos durante as aulas práticas do laboratório;

VII. zelar pela manutenção, limpeza e segurança dos materiais de consumo, instrumentos e

equipamentos de uso do laboratório;

VIII. participar de eventos, cursos, reuniões, sempre que convocado, ou por iniciativa própria,

desde que autorizado pela direção, visando ao aprimoramento profissional de sua função;

IX. comunicar imediatamente à direção qualquer irregularidade, incidente e/ou acidente

ocorridos no laboratório;

X. manter atualizado o inventário de instrumentos, ferramentas, equipamentos, solventes,

reagentes e demais materiais de consumo;

XI. participar da avaliação institucional, conforme orientações da SEED;

XII. zelar pelo sigilo de informações pessoais de alunos, professores, funcionários e famílias;

XIII. manter e promover relacionamento cooperativo de trabalho com seus colegas, com

alunos, com pais e com os demais segmentos da comunidade escolar;

XIV. participar das atribuições decorrentes do Regimento Escolar e exercer as específicas da

sua função

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XV. Manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando, considerando a

organização da EJA prevista nesta proposta.

9 - PLANO DE AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DO CURSO

A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma que esta

“deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades e as

fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais

comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da

educação pública ofertada na Rede Estadual.” (SEED, 2004, p.11)

Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os gestores

da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a identificação

dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a permanência dos

educandos numa educação pública de qualidade.

Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o compromisso e a

efetiva implementação das mudanças necessárias.

Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto

responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação, dos

seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração e a

implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos à

população que demanda escolarização.

A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógico-curricular, abrange

todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, ou seja, tanto a

construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele resultantes envolverão,

obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos que fazem a educação na Rede

Pública Estadual. Na escola – professores, educandos, direção, equipe pedagógica e

administrativa, de serviços gerais e demais membros da comunidade escolar. Na SEED, de

forma mais direta, a equipe do Departamento de Educação de Jovens e Adultos e dos

respectivos NRE’s.

A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes instrumentos

para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas relacionadas à

capacitação continuada dos profissionais da educação, bem como estabelecer o diálogo com

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as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as mudanças necessárias na prática

pedagógica.

Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares Estaduais

de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e deve estar

voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil e a função social

da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção da autonomia.” (SEED,

2005, p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico-curricular implementada,

deverá servir para a reflexão permanente sobre a prática pedagógica e administrativa das

escolas.

Os instrumentos avaliativos da avaliação institucional, serão produzidos em regime

de colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos, considerando as diferenças

entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como as especificidades

regionais vinculadas basicamente ao perfil dos educandos da modalidade. Os instrumentos

avaliativos a serem produzidos guardam alguma semelhança com a experiência acumulada

pela EJA na produção e aplicação do Banco de Itens, porém sem o cárater de composição da

nota do aluno para fins de conclusão. A normatização desta Avaliação Institucional da

proposta pedagógico-curricular será efetuada por meio de instrução própria da SEED.

Como se afirma no Caderno Temático “Avaliação Institucional”,

“cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa, mas

dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo o esforço

de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar conectado com

o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence. (SEED, 2005, p.17)

Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo,

especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da Educação de

Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos e idosos.

10 - PLANO DE CAPACITAÇÃO CONTINUADA DO CORPO DOCENTE

O corpo docente da EJA participará de Grupos de Estudos, Semana Pedagógica, e de

todos os eventos ofertados pela SEED e pelo Núcleo Regional de Educação.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O ambiente escolar deve ser um espaço agradável de trabalho e estudo, e, são os

funcionários dos serviços gerais que colaboram para a conservação deste espaço limpo e

organizado, portanto, devem ser valorizados e respeitados nas suas opiniões e críticas, bem

como na ajuda para a educação das crianças e jovens que são recebidos por este

estabelecimento de ensino.

A distribuição dos profissionais da equipe administrativa segue a demanda

estabelecida pela SEED. É importante em todos os turnos, dentro do horário de

funcionamento, haja profissionais responsáveis pelo setor da secretaria e biblioteca.

A escala de trabalho dos funcionários deverá ser estabelecida de forma que o

expediente da secretaria conte sempre com a presença de um responsável, independente da

duração do ano letivo, em todos os turnos de funcionamento do estabelecimento.

BIBLIOGRAFIA

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Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.

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(5ª) Conferência Internacional sobre Educação de Adultos (V CONFINTEA).

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- Deliberação 014/99 – CEE.

- Deliberação 09/01 –CEE.

- Deliberação 06/05 – CEE.

- Indicação 004/96 – CEE.

- Deliberação 06/06 – CEE

- Deliberação 01/06 – CEE

- Deliberação 06/09 – CEE.

- Parecer 095/99 – CEE (Funcionamento dos Laboratórios).

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- Conselho Nacional de Educação

- Parecer 011/2000 – Diretrizes Curriculares Nacionais de EJA.

- Parecer 004/98 – Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.

- Parecer 015/98 –Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.

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DELORS, J. Educação : Um tesouro a descobrir. SP : Cortez; Brasília, DF: MEC: UNESCO,

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SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a

Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.

351

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PROPOSTA CURRICULAR DE ARTE

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A dimensão histórica, destaca alguns marcos do desenvolvimento da Arte no âmbito

escolar. As concepções de alguns artistas e teóricos que se preocupam com o conhecimento

em Arte e instituições criadas para atender esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa

história, permitirá aprofundar a compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em

nosso país e Paraná.

Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação católica

denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem portuguesa, indígena e

africana uma educação de tradição religiosa cujos registros revelam o uso pedagógico da arte.

Nessas reduções, o trabalho de catequização dos indígenas se dava com os ensinamentos de

artes e ofícios, por meio de retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes

manuais. Ensinava-se a arte ibérica da Alta Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se,

também, as manifestações artísticas locais.

Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de

1500 a 1759 e foi importante, pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira.

Essa influência manifesta-se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música

caipira em sua forma de cantar e tocar a viola (guitarra espanhola), no folclore, com as

cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa,

entre outras, que permanecem com algumas variações.

No mesmo período em que os jesuítas atuaram no Brasil - século XVI ao XVIII - a

Europa passou por transformações de diversas ordens que se iniciaram com o Renascimento e

culminaram com o iluminismo. Nesse processo houve a superação do modelo teocêntrico

medieval em favor do projeto iluminista, cuja característica principal era a convicção de que

todos os fenômenos podem ser explicados pela razão e pela ciência.

Nesse contexto, o governo português do Marquês de Pombal expulsou os Jesuítas do

território do Brasil e estabeleceu uma reforma na educação e em outras instituições da

Colônia. A chamada Reforma Pombalina fundamentava-se nos padrões da Universidade de

Coimbra, que enfatizava o ensino das ciências naturais e dos estudos literários.

Apesar dessa reforma, na prática não se registrou efetivas mudanças. Nos espaços

dos colégios jesuítas passaram a funcionar colégios-seminários dirigidos por outras

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congregações religiosas, onde padres-mestres eram responsáveis pelo ensino. Entre esses

colégios-seminários, destacaram-se o de Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro.

Em 1808, com a vinda da família real de Portugal para o Brasil, uma série de obras

foram iniciadas e entre essas ações , destacou-se a vinda de um grupo de artistas franceses

encarregados da fundação da Academia de Belas-Artes, na qual os alunos poderiam aprender

as artes e ofícios artísticos e esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa cuja

concepção de arte vinculava-se ao estilo neoclássico, fundamentado no culto à beleza clássica.

Nesse período, houve a laicização do ensino no Brasil, com fim dos colégios-

seminários e sua transformação em estabelecimentos públicos. No Paraná, foi fundado o

Liceu de Curitiba (1846), hoje Colégio Estadual do Paraná, que seguia o currículo do Colégio

Pedro II e a Escola Normal (1876), atual Instituto de Educação para formação em magistério.

Em 1886 foi criada por Antonio Mariano de Lima, a Escola de Belas Artes e Industrias que

desempenhou um papel importante no desenvolvimento das artes plásticas e da música na

cidade; dessa escola foi criada em 1917, a Escola Profissional Feminina, que oferecia, além

do desenho e pintura, cursos de corte e costura, arranjos de flores e bordados que faziam parte

da formação da mulher; em 1890 ocorreu a primeira reforma educacional do Brasil

republicano. Tal reforma foi marcada pelos conflitos de ideias positivas e liberais.

Essa proposta educacional procurou atender aos interesses do modo de produção

capitalista e secundarizou o ensino de Arte que passou a abordar, tão somente as técnicas e

artes manuais. Entretanto, o ensino de Arte nas escolas e os cursos de Arte oferecidos nos

mais diversos espaços sociais são influenciados também por movimentos políticos e sociais.

O ensino de Arte passou a ter então, enfoque na expressividade, espontaneísmo e criatividade.

Pensada inicialmente para as crianças, essas concepções foram gradativamente incorporadas

para o ensino de outras faixas etárias. Pela primeira vez uma tendência pedagógica – Escola

Nova – centrava sua ação no aluno e na sua cultura, esse trabalho permaneceu nas escolas

com algumas modificações até meados da década de 1970, quando o ensino de música foi

reduzido ao estudo da teoria musical e, novamente, a execução de hinos ou outras canções

cívicas.

O ensino de Arte e os cursos oficiais públicos se estruturaram de acordo com a classe

social a qual se destinava, no Paraná houve reflexos desses vários processos pelos quais

passou o ensino da Arte, assim como no final do século XIX, com a chegada dos imigrantes e

entre eles artistas vieram novas ideias e experiências culturais diversas como a aplicação da

Arte aos meios produtivos e o estudo sobre a importância da Arte para o desenvolvimento da

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sociedade. As características da nova sociedade em formação e a necessária valorização da

realidade local estimularam movimentos a favor da Arte se tornar uma disciplina escolar.

Numa aparente contradição, foi nesse momento de repressão política e cultural que o

ensino de Arte (disciplina de Educação Artística) tornou-se obrigatório no Brasil. Entretanto

seu ensino foi fundamentado para o desenvolvimento de habilidades e técnicas, o que

minimizou o conteúdo, o trabalho criativo e o sentido estético da arte. Cabia ao professor, tão

somente, trabalhar com o aluno o domínio dos materiais que seriam utilizados na sua

expressão.

No currículo escolar a Educação Artística passou a compor a área de conhecimento

denominada Comunicação e Expressão. A Parti de 1980, o país iniciou um amplo processo de

mobilização social pela redemocratização e elaborou-se a nova Constituição, promulgada em

1988. Após esses anos de trabalho de implementação das propostas, o processo foi

interrompido em 1995 pela mudança das políticas educacionais que se apoiavam em outras

bases teóricas, surge os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), publicados no período de

1997 a 1999, foram encaminhados pelo MEC diretamente para as escolas e residências dos

professores e tornaram-se os novos orientadores do ensino e os PCN em arte tiveram como

principal fundamentação a proposta de Ana Mãe Barbosa, denominada de metodologia

triangular, inicialmente pensada para o trabalho em museus, foi inspirada na DBAE

(Discipline Based Art Education) norte-americana que teve origem no final dos anos de 1960

nos Estados Unidos.

Em 2003 iniciou-se no Paraná um processo de discussão com os professores da

Educação Básica do Estado, Núcleos Regionais de Educação (NRE) e instituições Superior

(IES), pautado na retomada de uma prática reflexiva para a construção coletiva de diretrizes

curriculares estaduais. Um exemplo dessas políticas e a Instrução Secretarial nº015/2006 que

estabelece o mínimo de 2 e o máximo de 4 aulas semanais/ano para todas as disciplinas do

Ensino Médio. Outro exemplo é a retomada dos concursos públicos para professores

principalmente para a Arte.

Reconhece-se, então, que os avanços recentes podem levar a uma transformação no

ensino de arte. Assim o ensino de arte deixará de ser coadjuvante no sistema educacional para

se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída

historicamente e em constante transformação.

Em pleno século XXI é ainda muito presente e bem aceita na escola a idéia da arte

como representação, em muitos casos assimilada como referência formativa no ensino de arte.

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A partir dessa concepção cabe a educação tão somente promover o ajustamento do sujeito que

deve achar seu lugar na sociedade e resignar-se.

Com os filósofos e os artistas românticos do final do século XVIII, a concepção de

Arte mudou de perspectiva e se contrapôs ao modelo fundamentado na representação fiel ou

idealizada da natureza. Passou, então, a ser considerada obra de arte toda expressão

concretizada em formas visível/audível/dramática ou em movimentos de sentimentos e de

emoções.

O ensino da Arte, fundamentado no conhecimento estético, amplia os conhecimentos

e experiências do aluno e o aproxima das diversas representações artísticas do universo

cultural historicamente constituído pela humanidade. Para isso o ensino de Arte deve basear-

se num processo de reflexão sobre a finalidade da Educação, os objetivos específicos dessa

disciplina e a coerência entre tais objetivos, os conteúdos programados (os aspectos teóricos)

e a metodologia proposta. Pretende-se que os alunos adquiram conhecimentos sobre a

diversidade de pensamento e de criação artística para expandir sua capacidade de criação e

desenvolver o pensamento crítico a partir dos campos conceituais que historicamente tem

produzido estudos sobre ela, quais sejam:

-o conhecimento estético relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de cunho

sensível e cognitivo;

-o conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer e da criação,

toma em consideração o artista no processo de criação.

Orientada por esses campos conceituais, a construção do conhecimento em Arte se

efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada nas representações artísticas. Nas

aulas de Arte os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma análise histórica,

abordados por meio do conhecimento estético e da produção artística, de maneira crítica o que

permitirá ao aluno uma percepção da arte em suas múltiplas dimensões cognitivas e

possibilitará a construção de uma sociedade sem desigualdade e injustiças. O sentido de

cognição implica não apenas o aspecto inteligível e racional, mas também o emocional e o

valorativo, de maneira a permitir a apreensão plena da realidade.

O homem transformou o mundo e a si próprio pelo trabalho e, por ele, tornou-se

capaz de abstrair, simbolizar e criar arte. Assim, em todas as culturas, constata-se a presença

de maneiras diferentes daquilo que hoje se denomina arte, tanto em objetos utilitários quanto

nos ritualísticos, muitos dos quais vieram a ser considerados objetos artísticos.

A Arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente da

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sua existência individual e social; percebe-se e se interroga, é levado a interpretar o mundo e a

si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das obviedades atribuídas aos objetos às

coisas, é desafiadora, expõe contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Por isso

o ensino da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito

crítico para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica.

ÁREA DE MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

MÚSICA

Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

harmonia

tonal

Modal

contemporâneas Escalas

Sonoplastia

Estrutura Gêneros:

erudita,folclórica...

Técnicas: instrumental,

vocal, mista,

improvisação...

Arte Greco-Romana,

Arte Oriental,

Arte Africana,

Arte Medieval,

Renascimento,

Rap, Tecno,

Barroco,

Classicismo,

Romantismo,

Vangardas Artísticas,

Arte Engajada,

Música Serial,

Música Eletrônica,

Música Minimalista,

Música Popular Brasi- leira,

Arte Popular,

Arte Indígena,

Arte Brasileira,

Arte Paranaense,

Indústria Cultural,

Word Music,

Arte Latino Americana...

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ÁREA DE ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

ARTES

VISUAIS

Ponto

Linha

Superfície

Textura

Volume

Luz

Cor

Figurativa

Abstrata

Figura-fundo

Bidimensional

Tridimensional

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Gêneros: Paisagem, retrato,

natureza-morta...

Técnicas: Pintura, gravura,

escultura, arquitetura,

fotografia, vídeo...

Arte Pré-histórica,

Arte no Antigo Egito,

Arte Greco-Romana,

Arte Pré-Colombiana,

Arte Oriental, Arte Africana,

Arte Medieval,

Arte Bizantina,

Arte Românica,

Arte Gótica,

Renascimento,

Barroco,

Neoclassicismo, romantismo,

Realismo, Impressionismo,

Expressionismo, Fauvismo,

Cubismo, Abstracionismo,

Dadaísmo, Construtivismo,

Surrealismo,

Op-Art, Pop-art,

Arte Naif,

Vanguardas artísticas,

Arte Popular,

Arte Indígena,

Arte Brasileira,

Arte Paranaense,

Indústria Cultural,

Arte Latino-Americana,

Muralismo...

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ÁREA DE TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

TEATRO

Personagem

(expressões

corporais,

vocais,

gestuais e

faciais)

Ação

Espaço

Representação

Texto Dramático

Dramaturgia, Roteiro

Espaço Cênico

Sonoplastia, iluminação, cenografia,

figurino, adereços, máscara,

caracterização e maquiagem

Gêneros: tragédia, Comédia, Drama,

Épico, Rua, etc.

Técnicas: jogos teatro indireto

(manipulação, bonecos, sombras...),

improvisação, monólogo, jogos

dramáticos, direção, produção...

Arte Greco-Romana,

Arte Oriental,

Arte Africana,

Arte Medieval,

Renascimento,

Barroco,

Neoclassicismo,

Romantismo,

Realismo,

Expressionismo,

Vanguardas Artísticas,

Teatro Dialético,

Teatro do Oprimido,

Teatro Pobre,

Teatro essencial,

Teatro do Absurdo,

Arte Engajada,

Arte Popular,

Arte Indígena,

Arte Brasileira,

Arte Paranaense,

Indústria Cultural,

Arte Latino-Americana.

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ÁREA DA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E

PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS

DANÇA

Movimento

Corporal

Temporal

Espaço

Eixo

Dinâmica

Aceleração

Ponto de apoio

Salto e queda

Rotação

Formação

Deslocamento

Sonoplastia

Coreografia

Gêneros: folclóricas, de solão,

étnica...

Técnicas: improvisação,

coregrafia...

Arte Pré-Histórica, Arte

Greco-Romana, Arte

Oriental, Arte Africana,

Arte Medieval,

Renascimento, Barroco,

neoclassicismo,

Romantismo,

Expressionismo,

Vanguardas Artísticas, Arte

Popular, Arte Indígena,

Arte Brasileira, Arte

Paranaense, Dança Circular,

Indústria Cultural, Dança

Clássica, Dança Moderna,

Dança Contemporânea, Hip

Hop, Arte Latino-

Americana...

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Propõe-se o ensino de Arte como fonte de humanização, o que implica no trabalho

com a totalidade das dimensões da arte, da parte do artista, para a totalidade humana do

espectador. Além disso é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em

um encaminhamento metodológico, orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a função

artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da

Educação Básica. Dessa forma devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte três

momentos da organização pedagógica.

-Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística,

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bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;

-Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de

arte;

-Trabalho artístico: é a prática criativa o exercício com os elementos que compõe

uma obra de arte.

O Trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três

simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno

tenha vivenciado cada um deles.

O conhecimento em arte é alcançado pelo trabalho com os conteúdos estruturantes

elementos formais, composição, movimento e períodos, abordados nas Artes Visuais, Dança,

Música e Teatro. Esse conhecimento se efetiva quando os três momentos da metodologia são

trabalhados.

É imprescindível que o professor considere a origem cultural e o grupo social dos

alunos e que trabalhe nas aulas os conhecimentos originado pela comunidade e considerando

que existem alunos com necessidades especiais, terão atendimento individual de acordo com a

dificuldade apresentada. Também é importante que discuta como as manifestações artísticas

podem produzir significado de vida aos alunos, tanto na criação como na fruição de uma obra.

Além disso, é preciso que ele reconheça a possibilidade do caráter provisório do

conhecimento em arte, em função da mudança de valores cultuais que pode ocorrer através do

tempo nas diferentes sociedades e modos de produção.

Assim, o conteúdo deve ser contextualizado pelo aluno, para que ele compreenda a

obra artística e a parte como um campo do conhecimento humano, produto da criação e do

trabalho de sujeito, histórica e socialmente datados.

No processo pedagógico, os alunos devem ter acesso às obras de Música, Teatro,

Dança e Artes Visuais para que se familiarizem com as diversas formas de produção artística.

Trata-se de envolver-se a apreciação dos objetos da natureza e da cultura em uma dimensão

estética.

O trabalho do professor é de possibilitar o acesso e mediar a percepção e apropriação

dos conhecimentos sobre arte, para que o aluno possa interpretar as obras, transcender

aparência e aprender, pela arte, aspectos da realidade humana em sua dimensão singular e

social.

Sugere-se para a prática pedagógica que o professor aborde, além de produção

pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e imagens de

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diferentes aspectos, presentes nas sociedades contemporâneas.

Os conteúdos devem estar relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno.

Trabalhar com as Artes Visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma discussão

sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobre a realidade

humano social, e as possibilidades de transformação dessa realidade e o processo pode ser

desenvolvido pelo professor ao estabelecer relações entre os conhecimentos do aluno e a

imagem proposta, explorando a obra em análises e questionamentos dos conteúdos das Artes

Visuais.

Para o ensino de Dança na escola, é fundamental buscar no encaminhamentos das

aulas, a relação dos conteúdos próprios da dança com os elementos culturais que a compõem,

que são:

-Movimento corporal: o movimento do corpo ou de parte dele num determinado tempo e

espaço;

-Espaço: é onde os movimentos acontecem, com utilização total ou parcial de espaço;

-Tempo: caracteriza a velocidade do movimento corporal (ritmo e duração).

Para se efetivar o trabalho com a dança na escola há que se considerar algumas

questões: com a de gênero, as de necessidades especiais motoras e as de religião, como o caso

de algumas religiões que proíbem a dança, ou por outro lado, do cuidado necessário com as

danças religiosas que podem impor o caráter litúrgico implícito nas mesmas.

Desde o nascimento até a idade escolar, a criança é submetida a uma grande oferta

musical que tanto compõe suas preferências relacionadas à herança cultural quanto interfere

na formação de comportamento e gostos instigados pela cultura de massa. Por isso ao

trabalhar uma determinada música, é importante contextualiza-la, apresentar suas

características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos misturam-se em

diversas composições musicais.

Para se entender melhor a música, é necessário desenvolver o hábito de ouvir o sons

com mais atenção, de modo que se possa identificar os seus elementos formadores, as

variações e as maneiras como esses sons são distribuídos e organizados em uma composição

musical. Essa atenção vai propiciar o reconhecimento de como a música se organiza.

A música é uma forma de representar o mundo, de relacionar-se com ele, de fazer

compreender a imensa diversidade musical existente, que de uma forma direta ou indireta

interfere na vida da humanidade.

Dentre as possibilidade de aprendizagem oferecidas pelo teatro na educação,

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destacam-se: criatividade, socialização, memorização e a coordenação, sendo o

encaminhamento metodológico, proposto pelo professor o momento para que o aluno se

exercite.

Uma possibilidade seria iniciar o trabalho com exercícios de relaxamento,

aquecimento e com os elementos formais de teatro: personagem – expressão vocal, gestual,

corporal e facial, Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário

para o texto dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios

cênicos.

O encaminhamento enfatiza o trabalho artístico, contudo o professor não exclui

abordagem da teorização em arte como, por exemplo discutir os movimentos e períodos

artísticos importantes da história do teatro. Durante as aulas, torna-se interessante solicitar aos

alunos uma análise das diferentes formas de representação na televisão e no cinema, tais

como: plano de imagens, formas de expressão dos personagens, cenografia e sonoplastia

(sentir e perceber).

Para o trabalho de sentir e perceber e essencial que os alunos assistam a peças teatrais

de modo analisá-las a partir de questões como:

• descrição do contexto: nome da peça, autor, direção, local, atores, período histórico da

representação;

• análise da estrutura e organização da peça: tipo de cenário e sonoplastia, expressões usadas

com mais enfase pelos personagens e outros conteúdos trabalhados em aula;

• análise da peça sob ponto de vista do aluno: com sua percepção e sensibilidade em relação a

peça assistida.

Os conteúdos estruturantes devem ser tratados de forma orgânica, ou seja mantendo

as suas relações:

• Elementos formais: personagem, ação e espaço cênico;

• Composição: representação, cenografia;

• Movimentos e períodos: história do teatro e as relações de tempo e espaço presentes

no espaço cênico, atos, cenografia, iluminação e música.

O trabalho pedagógico com as encenações deve considerar que elas estão presentes

desde os primórdios da humanidade, nos ritos como expressão de diferentes culturas, no

gêneros (da tragédia, da comédia, do drama, entre outros) nas correntes estéticas teatrais, nos

festejos populares, nos rituais do nosso cotidianos, na fantasia e nas brincadeiras infantis,

sendo as mesmas, manifestações que pertencem ao universo do conhecimento simbólico do

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ser humano.

O Teatro na escola possui características diferenciadas ao oferecer oportunidades que

prezem o direito do aluno ao conhecimento a partir dos conteúdos específicos e metodologias

de aprendizagem e avaliação.

No Ensino Médio será uma retomada dos conteúdos do Ensino Fundamental e

aprofundamento destes e outros conteúdos de acordo da experiência escolar e cultural dos

alunos.

Percepção da paisagem sonora como constitutiva da música contemporânea (popular

e erudita), dos modos de fazer música e sua função social.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com

enfoque na música de diversas culturas.

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e

mídias.

Produção de trabalho de artes visuais com os modos de organização e composição,

com enfoque nas diversas culturas.

Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os

elementos de composição e movimentos e períodos do teatro.

Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços.

Percepção de trabalhos de fazer teatro e sua função social.

Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral como

fator de transformação social.

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de

composição e movimentos e períodos da dança.

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada

e executada.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

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AVALIAÇÃO

A concepção de avaliação para a disciplina de Arte é diagnóstica e processual. É

diagnóstica por ser a referência do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; é

processual por pertencer a todos os momentos da prática pedagógica. Avaliação processual

deve incluir formas de avaliação da aprendizagem, do ensino (desenvolvimento das aulas).

O método da avaliação proposto inclui observação e registro do processo de

aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do conhecimento

pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os problemas apresentados e

como ele se relaciona com os colegas nas discussões em grupo. Como sujeito desse processo

o aluno também deve elaborar seu registro de forma sistematizada para que possa também

ofertar uma recuperação de conteúdos quando necessários à sua aprendizagem. As propostas

podem ser socializadas em sala, com oportunidades para o aluno apresentar e refletir e discutir

sua produção e a dos colegas.

Portanto o conhecimento que o aluno acumula deve ser socializado entre os colegas

e, ao mesmo tempo constituí-se como referência para o professor propor abordagens

diferenciadas tal como Desafios Educacionais Contemporâneos quando se fizerem

necessários.

Afim de obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários vários

instrumentos de verificação tais como: trabalhos artísticos individuais e em grupo; pesquisas

bibliográficas e de campo; debates em formas de seminários e simpósios; provas teóricas e

práticas; registros em formas de relatório, gráfico portfólio, áudio-visual e outros.

Por meio desses instrumentos o professor obterá o diagnóstico necessário para o

planejamento e o acompanhamento da aprendizagem durante o ano letivo, visando as

seguintes expectativas de aprendizagem: compreensão dos elementos que estruturam e

organizam a arte e sua relação com a sociedade contemporânea; produção de trabalhos de arte

visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social; apropriação prática e teórica

dos modos de composição da arte nas diversas culturas e mídias, relacionadas à produção,

divulgação e consumo.

De acordo com a LDB (n.9394/96, art.24, inciso V) a avaliação é “contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”. Na

Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação almeja

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“o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a

capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades realizadas.”

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE ARTE PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO

FUNDAMENTAL E PARA O ENSINO MÉDIO, PARANÁ, 2008.

a

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PROPOSTA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que

resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico, entende-se por Natureza o

conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda a sua complexidade. Ao

ser humano cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na Natureza, resultantes

das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço, matéria, movimentos, força,

campo, energia e vida.

Segundo Habermas: “O método científico que levou à dominação cada vez mais

eficaz da natureza passo assim a fornecer tanto os conceitos puros, como os instrumentos para

a dominação cada vez mais eficaz do homem pelo próprio homem através da dominação da

natureza. Hoje a dominação se perpetua e se estende não apenas através da tecnologia, mas

enquanto tecnologia, e esta garante a formidável legitimação do poder pelítico em expansão

que absorve todas as esferas da cultura”.

Diante disso, tal conhecimento proporciona ao ser humano uma cultura científica

com repercussões sociais, econômicas, éticas e políticas.

Acerca disso, podemos notar que conceituar ciência exige cuidado epistemológico,

pois para conhecer a real natureza da ciência faz-se necessário investigar a história de

construção do conhecimento científico.

A ciência é uma atividade humana complexo, histórica e coletivamente construída,

que influência, sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e políticas.

A ciência não revela a verdade, mas propõe modelos explicativos construídos a partir

da aplicabilidade de método(s) científico(s). De acordo com Kneller (1980) e Foreraz (1995),

os modelos científicos são construções humanas que permitem interpretações a respeito de

fenômenos resultantes das relações entre os elementos fundamentais que compõe a Natureza

muitas vezes esses modelos são utilizados como paradigmas, leis e teorias.

Porém, a historicidade da ciência está ligada não somente ao conhecimento

científico, mas também às técnicas pelas quais esse conhecimento é produzido, as tradições de

pesquisa que o produzem e as instituições que as apoiam.

Gaston Bachelard (1884 – 1962) contribuiu de forma significativa com reflexões

voltadas à produção do conhecimento científico. Para esse autor existem três grandes

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períodos do desenvolvimento do conhecimento científico.

O primeiro período: representa o estado pré-científico, compreenderia tanto a

Antiguidade clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas.

O segundo período: representa o estado científico, em preparação no fim do século

XVIII, até o início do século XX.

O terceiro período: a era do novo espírito científico, momento em que a

relatividade de Einstein deforma conceitos primordiais que eram tidos como fixados para

sempre.

O pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período

marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico.

Este estado representa a busca da superação das explicações místicas, com base em

sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza, além de

intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do século XVIII.

Segundo Ronan: “A magia foi um modo legítimo de expressar uma síntese do mundo

natural e do seu relacionamento com o homem. Há alguma conexão entre o homem e o

mundo que o cerca, algum entendimento primitivo de que, conhecido o procedimento correto,

o homem pode controlar as forças da natureza e colocá-las a seu serviço. A magia exprimiu o

que, de um modo geral, era uma visão anímica da natureza.

Contrapondo-se à ideia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a partir

de outro modelo ao atribuir à sua estrutura e constituição material porções imutáveis e

indivisíveis, os átomos. Pelo modelo atomista, os átomos podem se mover e se combinar no

espaço vazio e assim, construir uma multiplicidade de sistemas maiores que, por sua vez,

evoluem por meio de recombinações atômicas.

Aristóteles (sec. III a.c.), ao propor um modelo de Universo único, finito e eterno,

composto por esferas se dispunham em círculos concêntricos, em relação à Terra,

descrevendo movimentos circulares perfeitos, formulou as bases para o modelo geocêntrico.

Mais tarde contemporâneos de Aristóteles propunham o modelo de Sol como centro

do Universo, modelo heliocêntrico.

Outras tradições depois das dos modelos helio e geocêntricos surgiram como:

94. Modelo organicista: descrição das partes anatômicas e funções dos órgãos e a organização

dos seres vivos.

95. Modelo fixista: seres vivos vistos como imutáveis integrantes de uma natureza estática.

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96. Modelo evolutivo: seres vivos mutáveis integrantes de uma natureza dinâmica.

97. Modelo mecanicista: conhecimentos físicos sobre a mecânica passaram a ser utilizados

como analogia do funcionamento dos sistemas do organismo.

O século XIX foi, segundo Bachelard (1996), um período histórico marcado pelo

estado científico, em que um único método científico é constituído para a compreensão da

Natureza.

O método científico, como estratégia de investigação, é constituído por

procedimentos experimentais, levantamento e teste de hipóteses, axiomatização e síntese em

leis ou teorias.

No período do estado científico buscou-se a universalidade do método cartesiano de

investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do conhecimento científico

em obras caracterizadas por uma linguagem mais compreensível.

Modelos explicativos construídos e utilizados no período pré-científico foram

questionados, pois no estado científico o mundo passa a ser entendido como mutável e o

universo como infinito. Novos estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as

evidências de mudanças na crosta terrestre a extinção de espécies, bem como a transformação

da matéria e a conservação de energia.

Dois outros trabalhos se destacaram durante o século XIX e modificaram a

compreensão do funcionamento dos sistemas de organismo: a teoria da célula e os estudos

sobre a geração espontânea da vida.

A evolução tecnológica de microscópios com maior capacidade de resolução

possibilitou observações mais detalhadas dos tecidos animais e vegetais, o que permitiu a

proposição da teoria ce3lular, pela qual todos os seres vivos são formados por células.

Com relação à geração espontânea, estudos levaram ao entendimento de que novos

seres vivos não surgiam da matéria em decomposição, mas sim por geração a partir de ovos,

como o resultados das investigações sobre insetos.

Estudos, associados aos conhecimentos relativos a lei da conservação da energia,

contribuíram para o entendimento de que na Natureza ocorrem ciclos de energia, o que se

contrapôs à ideia de criação e destruição e estabeleceu modelos de transformação de energia

na Natureza.

O estado do novo espírito científico configura-se também, como um período

fortemente marcado pela aceleração da produção científica. Segundo Sevonko (2001), mais

de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações técnicas ocorreram nos últimos 100

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anos, destes mais de dois terços depois da segunda Gerra Mundial.

Ressalta-se que, se o ensino de Ciências na atualidade representasse a superação dos

estados pré-científicos e científicos, na mesma expressividade em que ocorre na atividade

científica e tecnológica o processo de produção do conhecimento científico seria mais bem

vivenciado no âmbito escolar.

O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se

estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à educação na

socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre antigas e recentes

profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram nas sociedades

contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (Marandina, 2005, p. 162).

No entanto, o ensino de Ciências na escola não pode ser reduzido à integração de

campos de referência como a Biologia, a física, a Química, a Geologia, Astronomia, entre

outras. A consolidação desta disciplina vai além e aponta para “questões que ultrapassam os

campos do saber científico e do saber acadêmico, cruzando fins educacionais e fins sociais”

(Macedo e Lopes, 2002, p. 84), de modo a possibilitar ao educando a compreensão dos

conhecimentos científicos que resultam da investigação na Natureza, em um contexto

histórico-social, tecnológico, cultural, ético e político.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Na disciplina de ciências, os conteúdos estruturantes são construídos a partir da

historicidade dos conceitos científicos e visam superar a fragmentação do currículo, com

vistas à compreensão das diferenças e inter-relações entre essas ciências de referência que

compõem a área de ciências, ditas naturais, no processo de ensino aprendizagem. No ensino

de ciências, próprio do currículo do Ensino Fundamental, quanto nas disciplinas que abordam

conceitos científicos no Ensino Médio.

As ciências de referência orientam a definição dos conteúdos significativos na

formação dos alunos na medida em que oportunizam o estudo da vida, da astronomia, d a

matéria, dos sistemas biológicos, da energia e da biodiversidade, fornecendo subsídios para a

compreensão crítica e histórica do mundo atual, do mundo construído e da prática social.

Astronomia

Tem um papel importante no Ensino Fundamental, pois é uma das ciências de

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referência para os conhecimentos sobre a dinâmica dos corpos celestes. Este conteúdo

possibilita estudos e discussões sobre a origem e a evolução do universo.

Matéria

No conteúdo matéria propõe-se a abordagem de conteúdos específicos que

privilegiem o estudo da constituição dos corpos, entendidos tradicionalmente como objetos

materiais quais quer que se apresentam à nossa percepção. Os conteúdos básicos que

envolvem conceitos científicos essenciais para o entendimento da constituição e propriedades

da matéria e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de ciências.

Sistemas biológicos

O conteúdo aborda a constituição dos sistemas do organismo, bem como suas

características específicas e funcionamento, desde os componentes celulares e suas

respectivas funções até o funcionamento dos sistemas que constituem os diferentes grupos de

seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a digestão e a respiração.

Neste conteúdo estruturante, apresentam-se os conteúdos básico que envolvem

conceitos científicos escolares para o entendimento de questões sobre os sistemas biológicos

de funcionamento dos sere vivos e para a compreensão do objeto de estudo da disciplina de

ciências.

Energia

O estudo da energia é indispensável pois trata de conhecimento físicos,

químicos e biológicos e possibilita a compreensão científica desse conceito. Este conteúdo

propõe o trabalho e a discussão do conceito de energia, relativamente novo a se considerar a

história da ciência desde a Antiguidade.

No estudo desse conteúdo é importante considerar as interações, as transformações,

as propriedades, as diversas fontes e formas, os modos como se comportam em determinadas

situações, as relações com o ambiente.

Biodiversidade

É o conjunto de diferenças existentes entre os seres vivos, não somente considerando

as distintas espécies de plantas, animais, fungos e micro-organismos, mas também as

referentes a sua constituição genica e a interação de3sses seres entre si e com o ambiente que

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o cerca, ou seja, os ecossistemas que os englobam e os processos ecológicos que os retem.

CONTEÚDOS BÁSICOS

- Universo

- Sistema Solar

- Movimentos terrestres

- Movimentos celestes

- Astros

- Constituição da matéria

- Níveis de organização celular

- Formas de energia

- Conversão de energia

- Transmissão de energia

- Organização dos seres vivos

- Ecossistemas

- Evolução dos seres vivos

- Célula

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos

- Formas de energia

- Origem da vida

- Organização dos seres vivos

- Sistemática

- Origem e evolução do universo

- Gravitação universal

- Mecanismos de herança genética

- interações ecológicas

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Faz-se necessário que os educados do processo de ensino e de aprendizagem

partilhem da concepção de Ciências como construção humana, cujos conhecimentos

científicos são passíveis de alterações ao longo da história da humanidade.

Assim, pretende-se fazer com que o aluno crie curiosidade sobre o que acontece a

nossa volta, indo buscar informações na imprensa escrita e falada, trazendo assim à tona suas

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ideias e duvidas que sejam amplamente discutidas.

O encaminhamento metodológico para essa disciplina não pode ficar restrito a um

único método. Algumas possibilidades de encaminhamentos metodológicos são: a

observação, o trabalho de campo, os jogos de simulação, visitas a indústrias, museus, projetos

individuais e em grupos, palestras, convidados debates, seminários, conversação dirigida,

painéis, murais, exposições e feiras.

É importante que os conteúdos não sejam simplificados ou tratados de forma

reducionista. Nesse sentido o tratamento dos conteúdos específicos deve considerar as

relações entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos, a prática social, o mundo

natural (ciência), o mundo constituído pelo ser humano (tecnologia) e seu cotidiano

(sociedade).

O aluno compreenderá a ciência como resultado histórico, social e político, que

influencia todo nosso comportamento social, assim a responsabilidade maior ao ensinar está

intimamente ligada a um ensino que promova a alfabetização científica, como um conjunto de

conhecimento que facilitariam aos homens e mulheres uma leitura crítica do mundo em que

vivem, como também o entendimento da necessidade das transformações que ocorrem no

âmbito das ciências.

Ao considerar a concepção e os princípios de ciências proposto, julga-se necessário a

implementação de atividade que possibilitem uma participação do aluno enquanto sujeito

ativo que colabora progressivamente na construção do seu conhecimento.

É importante que os alunos, por meio das atividades práticas, compreendam a inter-

relação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos envolvidos na explicação de

fenômenos naturais, bem como sobre o processo de extração e industrialização da matéria-

prima, os impactos ambientais decorrentes dos processos de extração, os materiais utilizados,

os procedimentos dessas atividades e do ensino dos resíduos, caracterizando uma abordagem

ampla e articulada dos fenômenos estudados.

As atividades práticas têm o seu conceito ampliado quando entendias como qualquer

atividade pedagógica em que os alunos se envolvam diretamente, como por exemplo: na

utilização do computador, leitura, análise e interpretação de dados, gráficos, imagens, tabelas,

esquemas, elaboração de modelos, estudo de caso, abordando problemas reais da sociedade,

pesquisas bibliográficas e entrevistas.

As aulas práticas não esgotam as possibilidades de tratamento dos conteúdos, na

medida em que configuram uma das várias estratégias metodológicas com caráter de

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ilustração, concretização e reflexão dos conteúdos da disciplina de ciência. Qualquer que seja

a atividade a ser desenvolvida, deve-se ter clara a necessidade de períodos pré e pós-atividade,

visando à construção das aços e conceitos. Essa perspectiva, e vida a dicotomia entre teoria e

prática, iluminando o caráter autoritário e dogmático, conferido pela utilização de roteiros e

procedimentos que induzem a respostas ou comprovação de uma lei, teórica ou um fenômeno.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

É necessário que o processo avaliativo se dê de forma sistemática e a partir de

critérios avaliativos, estabelecidos pelo professor, que considerem aspectos como os

conhecimentos que os alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses

alunos, o confronto entre esses conhecimentos e o conteúdo específico, as relações e

interações estabelecidas por eles no seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e

de aprendizagem e, no seu cotidiano, considerando os alunos como sujeitos históricos do seu

processo de ensino e de aprendizagem.

Avaliar a análise e a interpretação de fatos e ideias, coletar e organizar informações

estabelecendo relações, formulações de perguntas e respostas, respeito e solidariedade com o

grupo e a sociedade, argumentar a contribuição da ciência com a saúde, meio ambiente,

preservação da saúde e da vida, e também auxiliar a utilização de informações e conceitos em

situações diversas, aumentando a confiabilidade do aluno, para que este apresente o

conhecimento científico contínuo e qualificado na formação global e interdisciplinar.

Dessa forma, tanto a evolução conceitual quanto a aprendizagem de procedimentos e

atitudes estão sendo avaliadas. O erro ou o engano precisa ser tratado não como incapacidade

de aprender, mas como elemento que sinaliza ao professor a compreensão efetiva do aluno,

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servindo, então, para reorientar a prática pedagógica e fazer com que ele avance na construção

mais adequada de seu conhecimento.

Por meio de instrumentos avaliativos diversificados, os alunos podem expressar os

avanços na aprendizagem, refletir, analisar, justificar, se posicionar e argumentar defendendo

o seu próprio ponto de vista. A nota bimestral será obtida através de provas, trabalhos e

tarefas, como consta no PPP da escola.

O processo avaliativo precisa estabelecer critérios e selecionar instrumentos a fim de

investigar a aprendizagem significativa sobre:

- O entendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza.

- O reconhecimento das características básicas de diferenciação entre estrelas, planetas,

satélites naturais cometas, asteroides, meteoros e meteoritos.

- O conhecimento da história da ciência e respeito das teorias geocêntricas e Heliocêntrico;

- A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas constituintes do

sistema solar.

- O entendimento da constituição e propriedade da matéria.

- A compreensão da constituição do planeta Terra.

- O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água.

- O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um todo

integrado.

- O reconhecimento das características gerais dos seres vivos.

- A reflexão sobre a origem e a discussão da teoria celular .

- O conhecimento dos níveis de organização celular

- A interpretação do conceito de energia.

- O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia.

- A interpretação do conceito de transmissão de energia.

- O reconhecimento das particularidades relativas a energia mecânica, térmica, luminosa,

nuclear.

- A destruição entre ecossistema.

- O conhecimento a respeito da extinção de espécie.

- A formação dos fósseis e sua relação com a produção contemporânea.

- A compreensão da ocorrência de fenômenos meteorológicos.

- A compreensão dos movimentos celestes, dos movimentos aparentes do céu, noites dias,

eclipses do Sol e da Lua, com base no referencial Terra.

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- O reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os movimentos

celestes.

- O entendimento da composição física química do sol, da constituição do planeta Terra

primitivo, antes do surgimento da vida.

- A compreensão da constituição da atmosfera terrestre, primitiva.

- O conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula dos mecanismos de

constituição da célula e as diferenças entre os tipos de celulas.

- A compreensão de fenômenos da fotossíntese.

- As relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais.

- O entendimento da relação entre energia luminosa, solar e a identificação dos fundamentos

da luz, as cores, e a radiação ultravioleta e infravioleta.

- O entendimento do conceito de calor com energia térmica, conceito de biodiversidade e sua

amplitude de relações como os seres vivos.

- O conhecimento a respeito da classificação dos seres vivos.

- O entendimento das interações e sucessões ecológicas cadeia alimentos, seres autótrofos e

heterótrofos.

- O conhecimento a respeito das eras geológicas.

- A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do universo.

- As relações e diferenciação entre as teorias e sua evolução histórica.

- O conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica, e também conceito de

matéria e sua constituição.

- O conceito de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações químicas e reações

químicas.

- O conhecimento das leis da conservação da massa, dos compostos orgânicos e relações

destes com a constituição dos organismos vivos.

- Os mecanismos celulares e suas estruturas, funcionamentos dos tecidos.

- O entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório, cardiovascular,

respiratório, escritos e urinário.

- Os fundamentos da energia química e suas fontes.

- A relação dos fundamentos da energia química com a célula.

- O entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, da energia nuclear e

suas fontes e da teoria evolutiva.

- O entendimento das Leis de Kepler para as órbitas dos planetas, das leis de Newton no

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tocante a gravitação universal.

- A interpretação de fenômenos terrestres relacionados à gravidade, como as marés.

- A compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade, compressibilidade,

elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade, impenetrabilidade, maleabilidade,

ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade, dureza, tenacidade, cor, bucho, sabor e

fundamentos.

- Teóricos que descrevem os sistemas nervoso sensorial, reprodutor e endócrino.

- O entendimento dos mecanismos de herança genica, os cromossomos, genes, os processos

de mitose meiose.

- A compreensão dos sistemas conversores de energias as fontes de energia e sua relação com

a lei da conservação da energia.

- As relações entre sistemas conservativos.

- O entendimento dos conceitos de energia elétrica e sua relação com o magnetismo, também

conceitos de movimento, deslocamento, velocidade, aceleração, trabalho e potência.

- O entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclos biogeoquímicos, bem

como, as relações interespecíficas e intraespecíficas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, I. A. Currículo de Ciências das tendências clássicas aos movimentos atuais de

renovação in BARRETO, Elba Siqueira de As. Os Currículos do Ensino Fundamental para as

Escolas brasileiras. Coleção Formação de Professores. São Paulo Editora Autores

Associados, 1998.

COSTA, Magali Terezinha dos Santos. Vivendo Ciências Nova Edição. FTD: São Paulo,

2002.

GEWANDSZNAYDER, Fernando. Ciências Matéria e Energia. Editora Ática: São Paulo,

2005.

GOWDA K, Demétrio, Ciências Novo Pensar, FTD: São Paulo, 2002;

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Currículo Básico para a Escola Pública do

376

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Estado do Paraná, 3ª Ed. Curitiba, PR, SEED, 1997.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental (versão

preliminar). SEED, julho 2006.

SAMPAIO, Maria das Mercês F. Problemas da elaboração e Realização do Currículo. 3ª Ed.

FDE, São Paulo, 1998;

SANCHES et ali. Ciências – entendendo a natureza. São Paulo: Saraiva, 2001.

CRUZ, Ciências & Educação Ambiental. São Paulo: Atica, 1997.

PARAMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Brasília; 1997.

VALLE, Cecília. Vida e ambiente. 1ª Ed. Curitiba: positivo, 2004.

GOWDAK, Demétrio. Coleção Ciências novo pensar. São Paulo: FTD, 2002.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA, Ciências: Paraná, 2008.

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PROPOSTA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A disciplina de Educação Física, no ensino fundamental e médio, visa proporcionar

ao educando vivências diversas que contribuam para um desenvolvimento integral,

contribuindo para uma melhor qualidade de vida.

A Educação Física ao longo da sua história sofreu influências de várias correntes

filosóficas e estas interferiram na ação pedagógica dos profissionais desta área. Além disso, o

ensino da Educação Física esteve atrelado à apropriação do conhecimento, sem permitir ao

aluno a devida reflexão crítica, pautando sua prática no cotidiano escolar sem significado

social e cultural.

Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases nº 5692/71, a Educação Física passa

a ser entendida como atividade, conforme pode ser evidenciado no decreto-lei 69450 de 11 de

novembro de 1971, que apresenta a seguinte concepção de Educação Física: “A atividade que

por seus meios, processos e técnicas desperta, desenvolve e aprimora forças físicas, morais,

psíquicas e sociais do educando, constitui um dos fatores básicos para a conquista das

finalidades da educação nacional”. Passando a Educação Física então, a ter uma legislação

específica, instituindo a integração dessa disciplina como atividade escolar regular e

obrigatória no currículo dos cursos em todos os níveis e sistemas de ensino.

Apesar de ser revogada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB)

nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996, o decreto-lei nº 69450/71 ainda representa a

referencia para a Educação Física nos dias de hoje, pois o mesmo dispõe sobre objetivos,

padrões de referência, planejamento, critérios de avaliação, fundamentos básicos para a

compreensão dos significados da Educação Física contidos em instrumentos legais, sendo que

a lei em vigor não estabelece esses referenciais.

Através dos diferentes contextos históricos definiu-se a Educação Física Escolar, ou

seja, o que deveria ser ensinado aos alunos. Até o final do século XIX, quase toda produção

ligada à Educação Física era de caráter médico-higienista, dando grande importância à

ginástica, com o objetivo de conservar e restabelecer a saúde por meio do exercício. Esta

prática se orientava pela dimensão biológica que essa disciplina ainda não superou

completamente.

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Porém no início do século XX, o panorama de Educação Física escolar, no Brasil,

incorporou um novo determinante para seu ensino, o esporte. Esta tendência pode ser

explicada pelo desenvolvimento do sistema capitalista de produção que incorpora os

princípios de rendimento, competição, da racionalização técnica, na busca constante de sua

superação e vitória. Esta prática, no campo da Educação Física Escolar, persiste até a década

de 70, quando perde sua especificidade. O discurso e prática da psicomotricidade vieram a

substituir o conteúdo até então de natureza esportiva.

As propostas de ensino, mais diretamente voltadas a psicomotricidade, preocupavam-

se com o desenvolvimento da criança nos processos cognitivos, afetivos e psicomotor. A

Educação Física era apenas um meio. Um meio para aprender e também, era um meio de

socialização.

Neste contexto, a Educação física perde sua especificidade, uma vez que não tem

mais conteúdo próprio e este, talvez, passa a ser o momento mais contraditório da sua história.

Em pleno século XXI, o ensino da Educação Física na escola, constitui-se em muitos

momentos na instrumentalização do corpo com movimentos mecânicos e gestos

estereotipados, sem reflexão crítica, geralmente, com a fixação nas práticas esportivas que,

normalmente, desconsideram o ser humano no sentido de sua totalidade. As práticas corporais

se restringem ao âmbito da motricidade.

Com a Educação Física e o Desporto, contava-se que o aluno poderia compreender

de maneira prática, como a atividade física melhoraria a qualidade de vida em todos os

sentidos: físicos, intelectual e psicológico. Reconhecendo o desempenho individual, sem

discriminação por características pessoais, físicas sexuais ou sociais.

O movimento é uma característica fundamental à sobrevivência do ser humano, o que

o leva a aproximar-se da Educação Física e dos esportes integrando-o a sociedade como ser

participativo, crítico e criativo. Segundo Platão: “Todo ser vivo tem necessidade de saltar e

brincar e é portador de um ritmo que produz a dança e o canto".

As relações que estabelecemos com os nossos pares em nossas atividades diárias

ocorrem por meio da expressão oral e corporal que nos foram, e nos são, transmitidas

culturalmente e socialmente. Essas relações são construídas dependendo da preocupação e

objetivo de cada momento histórico, no qual a sociedade está inserida. É importante a escola e

o professor, por meio da sua disciplina, proporcionar ao educando a percepção das relações

que se estabelecem no seu dia-a-dia ligadas a vivência corporal, podendo transformá-la e

entendo como esses entrelaces acontecem.

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A Educação Física, integrada a Proposta Pedagógica da Escola, é componente

curricular do Ensino Fundamental e Médio, ajustando-se a faixas etárias e realidade da

comunidade escolar.

Neste sentido, como enfatizam Taborda e Oliveira (apud PARANÁ, 2005, p.10) os

objetivos da Educação Física devem estar voltados para a humanização das relações sociais,

considerando a noção de corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente do

conjunto das manifestações corporais historicamente produzidas. Esse entendimento permite

ampliar as possibilidades da intervenção educacional dos professores de Educação Física,

superando a dimensão meramente motriz de uma aula, sem no entanto, negar o movimento

como possibilidade de manifestação humana e, desse modo contemplar o maior número

possível de manifestações corporais explorando os conhecimentos já trazidos pelos educandos

e a sua potencialidade formativa.

Segundo Soares et al (1992, p. 50) a Educação Física é conceituada como:

(...) uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas de atividades

expressivas corporais como: o jogo, esporte, dança, ginástica, formas estas que configuram

uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal. Esses conteúdos

expressam um sentido/significado nos quais se interpenetram.

A partir desse entendimento a proposta para a disciplina de Educação Física deve

favorecer o estudo, a integração e a reflexão da cultura corporal de movimentos, formando o

cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o para usufruir

das atividades proposta em beneficio da sua inserção social, levando-o a descobrir motivos e

sentidos nas práticas corporais que favoreçam o desenvolvimento de atitudes positivas,

contemplando assim todas as manifestações corporais e culturais, partindo da realidade local

para as diferentes culturas.

Cabe aos professores de Educação Física mediar o processo de ensino-aprendizagem

deflagrado nas aulas de Educação Física quanto à construção de um ambiente que proporcione

ao aluno a aprendizagem dos conteúdos significativos para o seu processo de conhecimento e

desenvolvimento, incrementando sua capacidade para tomar decisões relacionadas à atividade

física, isto é, movimento corporal humano.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

• Desenvolver o aspecto reflexivo e participativo.

• Demonstrar capacidade para discutir e modificar regras, reunindo elementos de várias

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manifestações de movimento e estabelecendo uma melhor utilização dos conhecimentos

adquiridos sobre a cultura corporal.

• Adquirir consciência da sua importância das atividades físicas

• Participar de atividades em grandes e pequenos grupos, compreendendo as diferenças

individuais e procurando colaborar para que o grupo possa atingir os objetivos a que se

propôs.

• Reconhecer na convivência maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando,

refletindo e adotando uma postura democrática sobre diferentes pontos de vista postos em

debate.

• Interessar-se pelo surgimento das múltiplas variações da atividade física, enquanto objeto de

pesquisa e área de interesse social de mercado de trabalho promissor

• Compreender o funcionamento do organismo humano de forma a reconhecer e modificar as

atividades corporais, valorizando-as como melhoria de suas aptidões físicas.

• Desenvolver as noções conceituadas de esforço, intensidade e freqüência, aplicando-as em

suas práticas corporais.

• Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni-las e

reinterpretá-las em bases científicas, adotando uma postura autônoma, na seleção de

atividades procedimentos para a manutenção ou aquisição da saúde.

• Compreender as diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando

as diferenças de desempenho, linguagem e expressão.

• Estabelecer de forma sadia momentos de lazer.

• Reconhecer as habilidades desportivas coletivas e individuais.

• Adquirir gosto pela atividade física.

• Proporcionar ao aluno a formação necessária para a vida em sociedade, integrando-o em

novos grupos sociais de uma forma consciente, através da atividade física.

• Promover o desenvolvimento dos jogos intelectuais como: dama, xadrez e dominó.

• Consolidar a Educação Física como disciplina escolar com objetivos pedagógicos que

transcendam os objetivos do esporte com um fim na sua prática.

• Proporcionar a compreensão da prática corporal como parte cultural e social do meio em

que vive, possibilitando a prática social, valorizando a diversidade cultural dos educandos e a

riqueza das suas manifestações corporais, a reflexão das problemáticas sociais e a

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corporalidade, entendida como a expressão criativa e consciente do conjunto das

manifestações corporais historicamente produzidas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ESPORTE: Coletivos, individuais e radicais.

JOGOS: Jogos de tabuleiro, jogos dramáticos e jogos cooperativos.

DANÇA: Danças folclóricas, danças de salão e danças de rua.

GINÁSTICA: Ginástica artística/olímpica, ginástica de condicionamento físico e ginástica

geral

LUTAS: Lutas de aproximação, lutas que mantêm à distância, lutas com instrumento

mediador e capoeira.

ELEMENTOS ARTICULADORES

O corpo: As transformações do corpo, ideal de beleza no decorrer dos tempos.

A saúde: Qualidade de vida, alimentação, postura, higiene, primeiros socorros

(noções), aspectos do funcionamento do corpo humano.

A desportivização: Entender a institucionalização das manifestações corporais e sua

evolução.

A tática e a técnica: Seu uso dentro dos esportes, das lutas e das ginásticas.

O lazer: Possibilitar ao educando a percepção das diversas formas em que o lazer

pode estar presente na vida do indivíduo.

A diversidade étnico-racial, de gênero e de pessoas com necessidades

educacionais especiais: Apresentar as inúmeras diferenças que fazem parte da sociedade e

discuti-las a partir da cultura corporal.

A mídia: Função da mídia na sociedade e sua influência na vida do indivíduo.

Os elementos articuladores serão trabalhados em conjunto com os conteúdos

estruturantes durante as aulas.

METODOLOGIA DE ENSINO

Os conteúdos são definidos como conhecimentos necessários à apreensão do

desenvolvimento sócio-histórico das próprias atividades corporais e à explicitação das suas

significações objetivas. Os mesmos foram estruturados de forma a garantir aprendizagens

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novas e significativas, despertando o interesse e a atenção dos educandos a consciência da

necessidade de atitudes favoráveis a prática de atividades físicas ao longo da sua vida,

valorizando a cultura corporal, logo “a cultura humana é uma cultura corporal, uma vez que

o corpo realiza as intenções humanas” (FREIRE, 2003 p. 34).

Desse modo a Educação Física deve considerar conteúdos e práticas que

contemplem:

• A relação entre o conhecimento social e escolar do educando;

• A identidade e as diferenças sócio-culturais dos educandos na proposição das

praticas educativas;

• Ensino com base na investigação e na problematização do conhecimento;

• As diferentes linguagens na medida em que se instituem como significativas na

formação do educando;

• As múltiplas interações entre os diferentes saberes;

• Articulação entre teoria, prática e realidade social;

• Atividades pedagógicas que priorizem o pensamento reflexivo.

Baseado na perspectiva dos educadores, propomos a articulação do trabalho docente

em torno dos seguintes conteúdos: esportes, jogos, ginástica, dança e elementos articulares

(saúde e lazer).

Ultrapassando a tendência dominante de conceber a saúde como investimento

individual, o conteúdo deve oferecer condições de articular o individual com o cultural, social

e político. Ou seja, a saúde é um bem que se adquire, além de, pelas atividades físicas e

corporais, por intermédio de: alimentação, saneamento básico, moradia, educação, informação

e preservação do meio ambiente, enfim, o direito de acesso às condições mínimas para uma

vida digna. Esse conteúdo permite compreender a saúde como uma construção que requer

uma dimensão histórica-política e social.

O esporte pode ser abordado pedagogicamente no sentido de esportes “da escola” e

não “na escola”, como valores educativos para justificá-lo no currículo escolar da EJA. Se

aceitarmos o esporte como prática social, tema da cultura corporal, devemos questionar suas

normas resgatando os valores que privilegiam o coletivo sobre o individual, o compromisso

da solidariedade e respeito humano, que se deve jogar com o outro e não contra o outro. Por

isso esse conteúdo deve ser apresentado aos alunos de forma a criticá-lo, promovendo a sua

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re-significação, e sua adaptação a realidade que a prática cria e recria, colocando-o como um

meio e não fim em si mesmo.

Os jogos oportunizam ao jovem e ao adulto experimentar atividades prazerosas, que

envolvam partilhas, negociações e confrontos que estimulem o exercício de reflexão sobre as

relações entre as pessoas e os papéis que elas assumem perante a sociedade, bem como a

possibilidade de resgatar as manifestações lúdicas e culturais.

O estudo da ginástica pretende favorecer o contato do educando com as experiências

corporais diversificadas, seu caráter preventivo, modismo, melhora da aptidão física, tem o

objetivo de conscientizar os educandos de seus possíveis benefícios, bem como os danos

causados pela sua prática inadequada ou incorreta.

A dança a ser trabalhado na EJA contribui para o desenvolvimento, conhecimento e

ritmo do corpo. Ao relacionar-se com o outro, cada gesto representa sua história, sua cultura,

como manifestação de vida, por meio de um processo continuo de integração e

relacionamento social.

O estudo sobre o lazer proporciona reflexões a cerca do uso do tempo livre, com

atividades que lhe propiciem prazer, descontração, alegria, socialização, conscientização

clareza das necessidades e benefícios que serão adquiridos e que contribuam para o seu bem

estar físico, mental e social.

Os conteúdos propostos poderão ser distribuídos de forma informativa, prática ou

teórica e poderão ser modificados de acordo com cada realidade. Os conteúdos esporte, jogos,

dança, lazer e ginástica são comuns ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio, o tema saúde

mantêm a especificidade de cada ensino.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

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A avaliação esta vinculada ao Projeto Político Pedagógico, sendo contínua,

permanente e cumulativa. A partir da avaliação o professor reorganizará o seu trabalho

atendendo as reais necessidades dos alunos.

A avaliação é compreendida como uma prática reflexiva e diagnóstica que orienta a

intervenção pedagógica, bem como dá indicativos para acompanhar e aperfeiçoar o processo

de aprendizagem dos educandos.

A avaliação será realizada em função dos conteúdos, utilizando técnicas e

instrumentos diversificados como:

- Dinâmicas de grupos em sala;

- Discussão dos temas e exemplos contextualizando o tema com o grupo de alunos

- Entrega de atividades realizadas; com as finalidades educativas, expressas na

Proposta Pedagógica.

É vedada à avaliação em que os educandos sejam submetidos a uma única

oportunidade de aferição.

A verificação do rendimento escolar dar-se-á por meio de Avaliações realizadas no

decorrer do processo ensino-aprendizagem, por meio de variados instrumentos elaborados

pelo professor da disciplina.

Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02(duas) notas, de acordo

com as Propostas Pedagógicas, que corresponderão às provas individuais escritas e / ou outros

instrumentos avaliativos adotados a que, obrigatoriamente, o educando se submeterá na

presença do professor.

Na recuperação paralela de estudos será considerada a aprendizagem do aluno no

decorrer do processo, para aferição do bimestre, prevalecerá à média entre a avaliação e a

recuperação, caso a nota da recuperação seja inferior a nota bimestral, prevalecerá à nota

bimestral.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais a escola deve proporcionar uma

adaptação curricular, para que o aluno possa superar suas dificuldades de aprendizagem e

avançar nos estudos.

REFERÊNCIAS

BETTI, M.; ZULIANI. L.R. Educação Física: uma proposta de diretrizes pedagógicas .

Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. Guarulhos I(I): 73-81.2002

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COLL, C. Psicologia e currículo: uma aproximação psicopedagógica à elaboração do

currículo escolar. 2ª.ed. São Paulo: Ática, 1997.

COLL, C.; POZO, J.I.; SARABIA, B.; VALLS, E. Os conteúdos na reforma: ensino e

aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

CORBIN, C.B. The field of Physical Education: common goals, not common roles.

JOPERD, Reston, p.79-87, 1993.

FREIRE, J.B.; SCAGLIA, A . J. Educação como prática corporal. São Paulo: Scipione,

2003.

LOVISOLO, H. Educação Física: a arte da mediação. Rio de Janeiro: Sprint, 1995.

NEIRA, M.G.; MATTOS. Educação Física na Adolescência: construindo o conhecimento

na escola. São Paulo: Phorte, 2004.

NETO, L.P.X. ; ASSUNÇÃO, J.R. Saiba mais sobre Educação Física. Rio de Janeiro:

Âmbito Cultural Edições, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação, Diretrizes Curriculares da Educação

Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná: Educação Física. Versão

Preliminar. 2005.

SANTO, D. L. Tendências e expectativas da educação física escolar. In: I Semana de

Educação Física, 1993, São Paulo. Anais... São Paulo: Universidade São Judas Tadeu -

Departamento de Educação Física, 1993. v. 1.

SAVIANI, D. Escola e democracia. 35.ed. Campinas: Autores Associados, 2002. SEED.

Diretrizes Curriculares de Educação Física para a Educação Básica. Curitiba. 2006

SOARES, C.L.; et all . Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez,

1992.

SOUZA, E.S. VAGO. T. M. Trilhas e Partilhas: Educação Física na Cultura escolar e nas

práticas sociais. Belo Horizonte: Ed. dos Autores 1997.

ZABALA, A. Aprendizaje significativo: el professor como movilizador de lãs competências

de sus alunos. In: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO E SOCIEDADE, 6., 1997, São Paulo.

Anais... São Paulo: Grupo Associação de Escolas Particulares, 1997. p.1-39.

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PROPOSTA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

APRESENTAÇAO DA DISCIPLINA

A Geografia tem seu desenvolvimento enquanto ciência, juntamente com o

desenvolvimento da sociedade que, na medida em que avançava e evoluía, ia estabelecendo

relações com a natureza, como forma de garantir sua sobrevivência e organizar-se. O homem

assim, passa a “dominar” a natureza, a partir de suas técnicas, adaptando-a às suas

necessidades.

Em meados do século XIX, a Geografia é sistematizada, ganhando status de ciência.

São considerados os precursores da Geografia, os alemães Humboldt e Ritter, mas é com

Ratzel e sua Geopolítica que a Geografia é institucionalizada.

Num primeiro momento, a Geografia se restringiu a mera descrição das paisagens,

servindo de instrumento para o (re)conhecimento do espaço geográfico e para as estratégias

político-militares, que marcaram este período.

Outro nome de destaque no desenvolvimento da Ciência Geográfica é Paul Vidal de

La Blache, representante da escola francesa. A Geografia Lablachiana tem como marca, as

monografias regionais, as quais traziam a descrição das diferentes paisagens naturais e

culturais do globo, pautadas no Gênero de Vida.

Esta visão se destaca por ser contrária as ideias deterministas da Geografia Alemã,

apontando um novo olhar geográfico: o possibilismo e o Gênero de Vida. Embora estas duas

visões sejam contrárias, ambas pertencem à Geografia Clássica ou Tradicional.

O pensamento geográfico brasileiro e, consequentemente, a ciência Geográfica do

Brasil, se constrói a partir do possibilismo de La Blache.

No Brasil a Geografia se consolidou como ciência apenas depois da década de 1930,

tendo como marco a criação do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística pelo

então presidente Getúlio Vargas. O IBGE passou a realizar estudos para o levantamento de

dados demográficos e informações detalhadas sobre os recursos naturais do Brasil a fim de

descrever o território brasileiro, servindo aos interesses políticos do Estado, na perspectiva de

um nacionalismo econômico, buscando efetivar as políticas desenvolvimentistas do Estado: a

exploração dos recursos minerais, o desenvolvimento da indústria de base e o povoamento das

áreas de fronteira (DCE, 2009).

Com relação à Geografia voltada para o ensino, até a década de 1970 os

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procedimentos didáticos da Geografia adotados, promoviam principalmente a descrição e a

memorização dos elementos que compõe as paisagens como dimensão do território e do lugar,

era a chamada geografia tradicional ou descritiva.

Com a revolução industrial, e o pós-guerra, tomou-se consciência de que as

diferenças culturais tinham raízes históricas, Portanto, tornou-se importante que o aluno

compreendesse as diferentes formas das sociedades organizarem-se para produzir bens, ou

seja, como eram estruturados os modos de produção nos diferentes contextos históricos.

Surge a Geografia Crítica no final da década de 1970, a qual tinha como proposta,

realizar uma revolução no pensamento geográfico, trazendo uma visão mais crítica acerca dos

fatos geográficos, da produção do espaço, das relações sociedade/ natureza, bem como, das

relações entre os diferentes grupos sociais. A Geografia passa, portanto, por uma

reformulação, deixando o caráter meramente descritivo e conteudista.

A atual Geografia, pautada no materialismo histórico, propõe que o ensino de

Geografia permita ao aluno, compreender o mundo em que vive, as espacialidades dos

fenômenos e da produção e, ainda, deve levar o aluno à uma reflexão acerca de seu papel

enquanto sujeito social, reconhecendo-se como agente, capaz de intervir no meio o qual está

inserido, de emancipar-se.

Assim fazemos com que os nossos educandos tenham uma visão crítica do espaço

ocupado por eles. Deixando de lado a teoria inativa que juntamente com a geografia

tradicional revelou por muito tempo uma sociedade determinista do espaço que ocupávamos.

A realidade nesse início de século tem se transformado numa velocidade nunca antes

experimentada. Pode-se afirmar que vivemos um período de tempo acelerado, onde “a

rapidez, a profundidade e a imprevisibilidade de algumas transformações recentes conferem

ao tempo presente uma característica nova: a realidade parece ter tomado definitivamente a

dianteira sobre a teoria.” (SANTOS, 2000, p. 18).

Nesse sentido Cavalvanti (1998, p. 24) coloca que:

“O ensino de Geografia deve visar o desenvolvimento da capacidade de

apreensão da realidade do ponto de vista de sua espacialidade. Isso porque se tem convicção

que a prática da cidadania, sobretudo nessa virada do século, requer uma consciência

espacial [...] deve ensinar – ou melhor, deixar o aluno descobrir – o mundo em que vivemos,

com especial atenção para a globalização e as escalas local e nacional, deve enfocar

criticamente a questão ambiental e as relações sociedade/natureza [...] deve realizar

constantemente estudos do meio [...] e deve levar o educando a interpretar textos, mapas,

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paisagens.”

Contudo, para além das incertezas e em face mesmo dessas transformações é urgente

a reflexão acerca do ensino, não apenas em relação aos métodos de abordagem utilizados

pelas diferentes disciplinas, como também, acerca da relevância educativa dos conteúdos e

temas trabalhados pela mesma e da própria proposição de diretrizes para o ensino de

Geografia.

Para Pontuschka (1995) a Geografia no Ensino Fundamental e Médio não deve ter

como objetivo formar geógrafos, mas sim, contribuir para a construção da cidadania, em uma

sociedade tão desigual na qual se contesta até mesmo a existência de um cidadão.

Ainda segunda a autora (1994) a escola deve assumir o seu papel fundamental,

subsidiando professores e alunos com informações e relacionamentos que possam contribuir

para uma visão de mundo mais ampla e profunda.

A Geografia na atualidade serve de instrumento para a transformação da sociedade,

ao fornecer subsídios para a reflexão da dinâmica da sociedade, das formas de apropriação do

espaço, bem como das consequências desencadeadas no meio por esse processo.

A Geografia Crítica busca, portanto, a formação do cidadão em um perspectiva

crítica da realidade. Deve assim, unir o conhecimento científico-formal da disciplina à

realidade do aluno, auxiliando na junção do saber empírico e do saber formal.

A Corrente Pedagógica atual propõe que a práxis pedagógica deve levar ao aluno o

conhecimento de forma organizada, possibilitando ao mesmo a sistematização dos

conhecimentos adquiridos. Para tanto, organizaram-se os conteúdos da Geografia nos

seguintes eixos estruturantes: Dimensão Econômica do Espaço Geográfico, Dimensão Política

do Espaço Geográfico, Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico e Dimensão Cultural

e Demográfica do Espaço Geográfico.

Assim sendo, os conteúdos básicos específicos serão trabalhados dentro dessas

perspectivas, enfatizando a dimensão de acordo com o conteúdo trabalhado. Deverão,

portanto, serem abordados temas como: a paisagem e os elementos naturais e artificiais que a

compõe e, as transformações ocorridas a partir da apropriação desta pelo homem, enfatizando

os aspectos econômicos, políticos, culturais, demográficos e ambientais.

Nesta visão a Geografia no Ensino Fundamental deverá propiciar ao aluno a

ampliação das noções espaciais, o desenvolvimento da capacidade de análise dos fenômenos

geográficos e de relacioná-los, a partir de reflexões promovidas em torno da aplicação dos

conceitos construídos. Deverá ainda compreender as especificidades naturais e sociais do

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espaço e as relações de poder político e econômico que definem as regiões e territórios.

Porém, no Ensino Médio, a Geografia deverá priorizar a compreensão dos conceitos

e aspectos da Geografia, em uma dimensão mais ampla e complexa, de forma que o aluno

seja capaz de compreender as relações Sociedade/Natureza e as relações espaço/temporais a

partir das diferentes escalas geográficas, compreendendo a inter-relação existente entre o local

e o global.

Deverá ainda, se buscar sempre que possível, abordar os temas dentro de uma

perspectiva interdisciplinar, mostrando ao aluno a relação existente entre as diversas áreas do

conhecimento.

Dessa forma estaremos trazendo aos alunos uma Geografia viva e dinâmica, a qual

contribuirá efetivamente para a formação de um indivíduo crítico, ativo e capaz de atuar como

sujeito na sociedade atual.

ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• dimensão econômica do espaço geográfico

• dimensão política do espaço geográfico

• dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico

• dimensão socioambiental do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Formação e Transformação das Paisagens Naturais e Culturais.

• A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.

• Dinâmica da Natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e

produção.

• A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re) organização do espaço geográfico.

• As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista.

• A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos.

• A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

• As diversas regionalizações do espaço geográfico.

• Formação do Território Brasileiro.

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• A Formação das Fronteiras e a Reconfiguração do território Brasileiro.

• As diversas regionalizações do espaço brasileiro.

• As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.

• A Formação o Crescimento das Cidades, a Dinâmica dos Espaços Urbanos e urbanização.

• O espaço rural e a modernização da agricultura.

• A Transformação das paisagens Brasileiras.

• As Diversas Regionalizações do Espaço Geográfico.

• Formação, Mobilidade das Fronteiras e a Reconfiguração dos Territórios do continente

Sulamericano.

• A Nova Ordem Mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.

• As Implicações Socioespaciais do Processo de Mundialização.

• O comércio em suas implicações socioespaciais.

• Regionalização do Continente Americano e seus aspectos políticos, econômicos e

demográficos.

• A Nova Ordem Mundial, os Territórios Supranacionais e o Papel do Estado.

• A Circulação da Mão - de- Obra do Capital, das Mercadorias e das Informações.

• A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores

estatísticos.

• A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego e tecnologia.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

* Os Conceitos Geográficos:

-Paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade;

-Os elementos naturais e culturais do espaço geográfico.

* A Linguagem Cartográfica:

-noções básicas de cartografia: a legenda, os símbolos, as cores e as escalas

cartográficas;

-orientação e localização no espaço geográfico;

-a representação da Terra;

-leitura e interpretação de mapas;

*A Geografia da Natureza:

- a estrutura interna da Terra;

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- agentes internos e externos;

- formas do relevo terrestre e marítimo;

- hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos);

-os climas da Terra;

* O Trabalho e as Transformações no Espaço Geográfico:

- o trabalho humano ( as técnicas de apropriação e a intensa transformação do

espaço);

- as atividades econômicas ( os setores da economia);

* O Trabalho, as Atividades Econômicas e suas Relações:

-a divisão social e territorial do trabalho.

-as atividades agropecuárias;

-as atividades urbanas e industriais;

-a integração campo-cidade.

* Indicadores Demográficos:

- população relativa e absoluta;

- as diferenças entre povoado e populoso;

-densidade demográfica;

- Indicadores sociais e pirâmide etária;

-população urbana e rural.

* Movimentos Migratórios:

-a evolução e a distribuição espacial da população;

-fatores de repulsão e atração;

-as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.

* Regionalizações:

-as diferentes formas de regionalização do espaço geográfico.

* Ocupação e Povoamento do Território Brasileiro:

-Formação do Território Brasileiro;

-Ciclos econômicos.

*Brasil: Dados Gerais:

-Localização do território Brasileiro;

-Extensão territorial do Brasil e sua influência nas paisagens;

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- Limites e fronteiras do Brasil;

- Regionalização do território.

-Complexos regionais e movimentos migratórios e fatores de repulsão e de atração.

*Quantos somos e onde vivemos:

- Distribuição da população brasileira.

- Indicadores sociais e pirâmide etária.

* A população e o trabalho no Brasil:

- População economicamente ativa (PEA);

- Setores da economia;

- Mapa do trabalho infantil no Brasil.

*Pluralidade Cultural do Povo Brasileiro:

- A Herança cultural dos povos indígenas e dos povos africanos;

- Demais etnias (europeus, japoneses e árabes).

*O Rural e o Urbano as duas Faces do espaço Brasileiro:

-As diferentes características dos espaços rural e urbano no Brasil.

*Industrialização e urbanização no Brasil:

- A evolução da atividade industrial no Brasil;

- Crescimento urbano em função da indústria;

-Rede transportes e meios de comunicação;

- Hierarquia urbana.

*Modernização da agropecuária e a Integração Campo-cidade:

-setores da agropecuária;

- A Concentração de Terras e a Questão Fundiária;

*Características Gerais das Regiões geográficas brasileiras:

- Aspectos físicos e Humanos.

*Região e Regionalização:

- conceito de região e as diferentes formas de regionalização do espaço;

- Regionalização pelo nível de desenvolvimento.

*A Nova regionalização do espaço geográfico:

- Países do Norte e países do Sul;

- Regionalização de acordo com o IDH

*Os processos de Globalização da economia, das informações e da cultura:

- A economia mundial atual;

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- As Transnacionais;

Os órgãos financiadores internacionais e o seu papel na nova ordem mundial; (FMI,

BANCO MUNDIAL e OMC).

*Globalização, meio ambiente e desigualdades socioespaciais:

-Poluição do Ar e da Água;

-Resíduos Sólidos;

-Sustentabilidade;

-Desigualdade, Marginalidade.

*Blocos econômicos e relações comerciais:

- os principais blocos econômicos.

*O Continente Americano:

- Localização, dados gerais e sua regionalização;

-formação histórica do continente americano;

-Geografia física do continente americano (relevo, clima, hidrografia e vegetação);

*População economia da América:

-características demográfica;

- o setor primário, secundário e terciário na América;

* América no Norte:

- Características territoriais e populacionais;

- A potência norte americana;

- O Canadá e suas principais características político-econômicas;

- O México e as implicações de sua localização entre os países desenvolvidos e

subdesenvolvidos;

*América Central, Andina e Guianas:

- Aspectos territoriais, políticos e econômicos.

*América Platina:

- Características gerais;

- O Paraguai, Uruguai e Argentina – Aspectos territoriais, políticos e econômicos.

-O Brasil no processo de globalização.

* Os Conflitos Mundiais e as Múltiplas Faces do Território:

-Nacionalismo, Separatismo e Minorias Étnicas;

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- Terrorismo, Religião e Soberania;

-Oriente Médio, Território e Territorialidade;

-Outros Conflitos Mundiais (recursos naturais).

- Grandes guerras mundiais

- As razões dos conflitos atuais: terrorismo, movimentos separatistas, etc.

* Do Mundo Bipolar à Economia Policêntrica:

-A Evolução da Atividade Industrial no Mundo;

-O Mundo Bipolar: A Guerra Fria;

-Os Novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD, Banco Mundial);

-A Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral.

* O Espaço da Globalização:

-Os Conceitos de Globalização e de Regionalização;

-As Redes e o seu papel no Processo de Globalização;

-Os Fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na Era Informacional;

-Os Conglomerados Transnacionais e as Cidades Mundiais.

- Organizações políticas internacionais e regionais.

* Blocos Econômicos:

-Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA;

-A União Européia e a CEI;

-A Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”;

-a América Latina e o Mercosul.

* As novas Regionalizações do Globo e das Américas:

- Regionalização dos continentes (Europa, Ásia, África e Oceania).

*População, e Demografia e Cultura:

-As civilizações asiáticas e suas religião.

-Distribuição demográfica do continente europeu.

-O crescimento demográfico e a desigualdade social.

-Desigualdade, Marginalidade e Violência Urbana.

*Impactos Ambientais Rurais e Urbanos e Segregação Socioespacial:

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- Problemas ambientais na Europa.

-Aspectos socioespaciais das regiões polares.

-Poluição do Ar e da Água;

-Resíduos Sólidos;

-Sustentabilidade;

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• dimensão econômica do espaço geográfico

• dimensão política do espaço geográfico

• dimensão socioambiental do espaço geográfico

• dimensão cultural e demográfico do espaço geográfico

CONTEÚDOS BÁSICOS

• A Formação e Transformação das Paisagens.

• A Dinâmica da Natureza e sua Alteração pelo Emprego das Tecnologias de Exploração e

Produção

• A Formação, o Crescimento das Cidades, a Dinâmica dos Espaços Urbanos e a

Urbanização Recente.

• A Formação, Localização, Exploração e Utilização dos Recursos Naturais.

• A Evolução Demográfica, a Distribuição Espacial da População e os Indicadores

Estatísticos.

• O Espaço Rural e a Modernização da Agricultura

• O Espaço em Rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração territorial.

• A Circulação da Mão-de- Obra do Capital, das Mercadorias e das Informações.

• A Nova Ordem Mundial, os Territórios Supranacionais e o Papel do Estado.

• As Diversas Regionalizações do Espaço Geográfico.

• Formação, Mobilidade das Fronteiras e a Reconfiguração dos Territórios.

• As Implicações Socioespaciais do Processo de Mundialização.

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CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

*A Linguagem da Geografia:

- paisagem, lugar e território;

- as paisagens naturais e as transformações das paisagens pelas técnicas e

tecnologias.

*A Linguagem Cartográfica:

- noções básicas de cartografia;

- coordenadas geográficas;

- a representação da Terra.

*A Geografia da Natureza:

- a estrutura interna da Terra;

- agentes internos e externos;

- as formas do relevo terrestre e marítimo;

- hidrografia (ciclo hidrológico, bacias hidrográficas e os oceanos);

- climas e domínios morfoclimáticos;

- biomas terrestres;

- atmosfera, poluição e mudanças climáticas (aquecimento global);

* Tecnologias e recursos Naturais:

-agropecuária, natureza e tecnologia;

-os sistemas agrícolas;

-agropecuária e meio ambiente.

* Recursos Minerais:

- localização e exploração dos recursos minerais;

*Estratégias Energéticas:

- fontes de energia;

- alternativas energéticas.

*Localização do Brasil no Globo:

-Coordenadas Geográficas;

-Domínios morfoclimáticos;

-Zonas Térmicas;

-Elementos e Fatores do Clima;

-Classificação Climática;

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-Estrutura Geológica;

-Relevo do Brasil;

-Bacias hidrográficas brasileiras e do Paraná;

* Ocupação e Povoamento do Território Brasileiro:

-Formação do Território Brasileiro;

-Características da População Brasileira;

-Crescimento Demográfico;

-Movimentos Migratórios.

*Urbanização e Redes Urbanas:

-Urbanização no Brasil;

-Hierarquia das Cidades Brasileiras;

-Metropolização no Brasil;

-Problemas Ambientais Urbanos;

-Industrialização Brasileira;

-Complexos Regionais Brasileiros (Indústria);

* Os Complexos Agroindustriais Brasileiros:

-O Espaço Agropecuário Brasileiro;

-Agricultura e Fome;

-Agronegócio no Brasil;

-A Estrutura Fundiária no Brasil;

* O Espaço da Globalização:

-Os Conceitos de Globalização e de Regionalização;

-As Redes e o seu papel no Processo de Globalização;

-Os Fluxos de mercadorias, capitais, pessoas e informações na Era Informacional;

-Os Conglomerados Transnacionais e as Cidades Mundiais.

* Do Mundo Bipolar à Economia Policêntrica:

-A Evolução da Atividade Industrial no Mundo;

-O Mundo Bipolar: A Guerra Fria;

-Os Novos Organismos Internacionais (ONU, FMI, OMC, BIRD, Banco Mundial);

-A Economia Policêntrica e o Comércio Multilateral.

* Blocos Econômicos:

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-Estados Unidos: o NAFTA e a ALCA;

-A União Européia e a CEI;

-A Bacia do Pacífico: Japão e os “Tigres Asiáticos”;

-a América Latina e o Mercosul.

* Os Conflitos Mundiais e as Múltiplas Faces do Território:

-Nacionalismo, Separatismo e Minorias Étnicas;

- Terrorismo, Religião e Soberania;

-Oriente Médio, Território e Territorialidade;

-Outros Conflitos Mundiais ( recursos naturais).

*Impactos Ambientais Rurais e Urbanos e Segregação Socioespacial:

-Poluição do Ar e da Água;

-Resíduos Sólidos;

-Sustentabilidade;

-Desigualdade, Marginalidade e Violência Urbana.

ABORDAGEM TEÓRICO METODOLÓGICA

Considerando o objeto de estudo da Geografia que é o Espaço Geográfico, e os

principais conceitos geográficos, os conteúdos estruturantes, os conteúdos básicos e os

conteúdos específicos, deverão ser criadas estratégias de trabalho de uma forma crítica e

dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, mantendo uma coerência dos fundamentos

teóricos propostos.

Para conseguir atender os objetivos traçados, adotar-se-á alguns critérios como: aulas

expositivas e práticas, discussões em grupo, troca de idéias e experiências e pesquisas

abordando temas da atualidade.

Para isso serão utilizados:

-lousa e giz;

-recursos audiovisuais (vídeos, músicas, TV Pendrive e slides);

-leitura e de mapas, tabelas e gráficos, a fim de ampliar a interpretação cartográfica;

-utilização de meios de comunicação e informação (revistas, jornais, internet, TV, rádio, etc)

bem como outros recursos que possam vir a ser necessários, com o objetivo de promover a

aprendizagem.

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De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

Tendo em vista a necessidade de mudança, desenvolverá um trabalho de avaliação

baseado nas seguintes modalidades:

-diagnóstica – realizada durante todo processo pedagógico para detectar se os alunos

apresentam os requisitos necessários para novas aprendizagens. A partir da avaliação

diagnóstica haverá retomada de conteúdos e elaboração de novas estratégias para que os

objetivos propostos sejam atingidos.

-formativa – realizar durante todo o período, com a função de controle, verificando

se os alunos estão atingindo os objetivos previstos para que conheçam os erros e acertos e

encontrem estímulos para os estudos.

-contínua e cumulativa – de acordo com o artigo 24 da LDBEN 9394/96, inciso V,

a verificação do rendimento escolar observará o desempenho do aluno, com prevalência dos

aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de

eventuais provas finais.

-Elaborar avaliações especificas- Para alunos com necessidades especiais

,elaborando com o nível de dificuldade relacionando as pesquisas e questionários feitas por

profissionais capacitados.

Serão utilizados os seguintes instrumentos de avaliação:

• provas orais e escritas,

• relatórios;

• trabalhos de criação individual ou coletiva;

• maquetes;

• pesquisas;

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• apresentações artísticas; e

• experimentações práticas.

Conforme o regimento escolar, na nota bimestral os resultados das avaliações serão

somados e divididos pelo número de avaliações realizadas e os valores de cada avaliação

serão expressas em notas de 0,0 (zero) a 10,0 (dez), sendo realizadas no mínimo duas

avaliações bimestrais.

Os alunos com necessidades educativas especiais serão avaliados de acordo com

suas especificidades, conforme a Lei nº 9394/96 da LDBEN, capítulo V, artigo 58.

A Recuperação Paralela

A recuperação de estudos é de caráter obrigatório e será considerada a aprendizagem

do aluno no decorrer do bimestre. Apões a verificação de rendimento escolar, estará se

proporcionando novas situações de aprendizagem, concomitantemente ao processo educativo

para os alunos de baixo rendimento, considerando sempre a maior nota obtida pelo aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAVALCANTI, Lana de Souza. Ciência Geográfica e Ensino de Geografia. In: ____.

Geografia, Escola e Construção do Conhecimento. Campinas, SP: Papirus, 1998. p. 15-28.

DCE . Diretrizes Curriculares Estaduais – Geografia – Ensino Médio.

MAGNOLI, Demétrio; ARAÚJO, Regina. Geografia - A Construção do Mundo: Geografia

Geral e do Brasil. 1 ed. São Paulo: Moderna, 2005.

PONTUSCHKA, Nídia Nacib. A Formação Pedagógica do Professor de Geografia e as

Práticas Interdisciplinares. Tese (doutorado) Faculdade de Educação. Universidade de São

Paulo – SP, 1994.

____. O Perfil do Professor e o Ensino/Aprendizagem da Geografia. In: Cadernos CEDES. N.

39. Campinas: Papirus, 1995.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política

na transição paradigmática. 3ª ed., São Paulo: Cortez, 2001.

TERCIO, Marina L. Geografia Novo Ensino Médio (reformulado). São Paulo: Ática, 2009.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A História como disciplina surgiu com a criação do Colégio Pedro II, em 1837, neste

mesmo ano foi criado o Instituto histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), que contemplou a

História como disciplina acadêmica. Neste contexto o material didático produzido era

influenciado pela História metódica e pelo positivismo, ou seja, apresentava uma

racionalidade histórica orientada pela linearidade dos fatos, pelo uso restrito dos documentos

oficiais, como fontes e verdades históricas, valorizando e idolatrando personagens históricos

como heróis, sem perceber a contribuição dos outros sujeitos que também fizeram parte do

processo histórico.

“ A narrativa histórica produzida justificava o modelo de nação brasileira, vista

como extensão da História da Europa Ocidental. Propunha uma nacionalidade expressa na

sínteses das raças branca, indígena e negra, com predomínio da ideologia do

branqueamento... o currículo oficial de História conduzido por líderes que excluía a

possibilidade de pessoas comuns serem aceitas como sujeitos históricos.” DIRETRIZES

CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)

Em 1901, o currículo foi alterado pelos docentes, os quais incluíram a História do

Brasil, a qual dificilmente era trabalhada pelos professores devido à sua extensão de fatos. A

efetivação do ensino da História do Brasil deu-se apenas no Estado Novo, no governo de

Getúlio Vargas, relacionada à uma política nacionalista.

Em 1971, pela lei 5.692 foi instituído a disciplina de Estudos Sociais no ensino de

Primeiro Grau, embasada na corrente educacional Escola Nova ( sistematizava as pedagogias

não diretas, as quais se caracterizavam pela valorização de práticas e que o aluno controlaria

por si o seu processo de aprendizagem, dava ênfase no desenvolvimento do intelecto, na

capacidade de julgamento do aluno, em detrimento da memorização dos conteúdos. Anísio

Teixeira, foi um dos grandes divulgadores dos pressupostos do movimento da Escola Nova no

Brasil).

No contexto da Ditadura Militar, o ensino de História assumiu um caráter político e

ideológico do regime, embasado em fontes históricas disponibilizadas pelo Estado e narrada

do ponto de vista da classe dominadora ( os militares ). Neste período o ensino não tinha

espaço para análise crítica nem objetivava a formação da consciência histórica, pretendia

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limitar as ações do aluno ao cumprimento dos seus deveres patrióticos.

“ O Estado figurava como o principal sujeito histórico, responsável pelos grandes

feitos da nação, exemplificado nas obras dos governantes e das elites condutoras do país”

(DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)

O ensino de História era abordado de forma linear, cronológico e harmônico,

ressaltando os feitos heróicos cabendo aos alunos a memorização e repetição das informações

como verdades absolutas. Por muito tempo a prática em sala de aula distanciou-se da

produção historiográfica acadêmica. Ocorreu a aproximação apenas com o fim da Ditadura

Militar e o início do processo de redemocratização brasileira. Neste contexto também foi

discutido e contestado o ensino de Estudos Sociais.

No estado do Paraná, em 1990, baseado na Pedagogia Histórico-crítica, foi

disponibilizado aos professores da rede estadual, o Currículo Básico para a Escola Pública do

Estado do Paraná.

As reformas educacionais contaram também com um documento divulgado pelo

Ministério da Educação, os Parâmetros Curriculares Nacionais ( PCN- 1997/1999 ), no qual a

disciplina de História é parte integrante das Ciências Humanas e suas tecnologias, e assume a

responsabilidade de resolver problemas imediatos e próximos ao aluno, nesta perspectiva a

História assume um caráter presentista não contextualizando os fatos históricos estudados.

No ano de 2003, no Estado do Paraná, envolvendo todos os professores da rede, teve

início uma discussão com a finalidade de elaborar Novas diretrizes curriculares para o ensino

de História. Numa perspectiva de inclusão social, valorização da diversidade cultural

paranaense, cumprimento da lei 13.381/01, que torna obrigatório, no ensino Fundamental e

Médio da Rede Pública Estadual, os conteúdos de História do Paraná, cumprimento da lei

10.639/03 a obrigatoriedade da História e cultura Afro-Brasileira e cumprimento da lei

11.645/08 que torna obrigatório o ensino da História e cultura dos povos indígenas do Brasil.

A concepção de História deve tratar o conhecimento histórico como resultado do

processo de investigação e sistematização de análises sobre o passado, de modo a valorizar

diferentes sujeitos históricos e suas relações, desta forma abre-se inúmeras possibilidades de

reflexão e superação de uma visão histórica linear, eurocêntrica e dogmática dos fatos.

“Fundamental para essa superação é o conceito de experiência. Idéia que se

contrapões ao pensamento dicotômico base/estrutura... Defendem ainda, que a consciência

de classe se constrói nas experiências cotidianas comuns, a partir das quais são tratados os

comportamentos, valores, condutas, costumes e culturas. Outro conceito fundamental é o de

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poder, onde a Nova esquerda Inglesa busca superar a visão mecânica e reducionista de uma

corrente tradicional marxista que prescrevia uma História linear em direção a uma

revolução, e ainda uma História tradicional calcada em fatos históricos determinados e

aliados à figuras de heróis. Os historiadores da Nova Esquerda Inglesa procuraram analisar

a concepção de poder, o que ficou conhecida como a “história vista de baixo”.

(DIRETRIZES CURRICULARES DO ESTADO DO PARANÁ-2008)

Com base nas Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Fundamental / 2008,

a qual baseia-se nas teorias das correntes historiográficas Nova Esquerda Inglesa e da Nova

História Cultural, “a História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos

deram às mesmas... as relações condicionam os limites e as possibilidades de ações dos

sujeitos de modo a demarcar como estes podem transformar constantemente as estruturas

sócio-históricas.”

A abordagem e interpretação dos fatos históricos visam sua problematização ao

confrontar ou comparar documentos entre si, possibilitando a formação da consciência

histórica do aluno .

A disciplina de História objetiva oferecer embasamento aos alunos, para a formação

da consciência histórica. Para que esse objetivo seja alcançando, a abordagem dos conteúdos,

nessa perspectiva, possibilita a exploração de novos métodos de produção do conhecimento

histórico para que o aluno, de modo consciente, perceba as diferenças/semelhanças,

transformações/permanências dos processos históricos abordados.

Portanto enfocará o conhecimento histórico como resultado do processo de

investigação e sistematização de análises sobre o passado, valorizando os diferentes sujeitos

históricos e suas contribuições às permanências e as transformações sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL:

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

Os diferentes sujeitos, suas culturas e suas histórias.

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•A experiência humana no tempo;

•Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;

•As culturas locais e cultura comum;

A constituição histórica do mundo rural e urbano e a formação da propriedade em

diferentes tempos e espaços.

•As relações de poder;

•A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;

•As relações entre o campo e a cidade;

•Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade;

O mundo do trabalho e os movimentos de resistência.

•História das relações da humanidade com o trabalho;

•O trabalho e a vida em sociedade;

•O trabalho e as contradições da modernidade;

•Os trabalhadores e as conquistas de direito;

Relações de dominação e resistência: a formação do Estado e das Instituições Sociais.

• A constituição das instituições sociais;

• A formação do Estado;

• Sujeitos, guerras e revoluções;

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO ENSINO MÉDIO:

• Relações de Trabalho;

• Relações de Poder;

• Relações Culturais;

CONTEÚDOS BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO:

• Trabalho escravo, servil, assalariado e o trabalho livre;

• Urbanização e industrialização;

• O Estado e as relações de poder;

• Os sujeitos, as revoltas e as guerras;

• Movimentos sociais, políticos e culturais, as guerras e revoluções;

• Cultura e religiosidade;

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A seleção dos conteúdos específicos do ensino fundamental e médio – EJA será de

responsabilidade do Professor da disciplina e devem estar articulados com os conteúdos

estruturantes e básicos desta Proposta Pedagógica Curricular, a qual está embasada nas

Diretrizes Curriculares da disciplina de História do Estado do Paraná.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O trabalho pedagógico com os conteúdos de História será embasado em diversos

autores comparando e refletindo sobre suas diferentes interpretações, numa perspectiva de

mostrar ao aluno que não existe uma verdade histórica única, que o conhecimento histórico é

resultado de um processo de investigação pautado em evidências, fontes históricas diversas, e

para analisar e compreender o fato histórico é necessário uma contextualização social, política

e cultural.

O processo de construção do conhecimento histórico será abordado considerando as

fontes históricas que foram utilizadas pelo pesquisador, bem como as relações humanas e suas

ações que fazem parte deste processo.

Para entender melhor os diferentes contextos históricos será proporcionado

diferentes interpretações de um mesmo acontecimento, enfatizando a necessidade de ampliar

o número de pesquisas para perceber que o conhecimento histórico é uma explicação sobre o

passado que pode ser complementada com outras informações. Nesse sentido, algumas

questões serão realizadas, tais como: Como o historiador chegou a essa interpretação? Que

documentos/ fontes o ajudaram a chegar a essas conclusões? Existem outras pesquisas a esse

respeito? Que dimensões contemplou em sua análise? Existem aspectos que ainda podem ser

pesquisados? Quais?

O livro didático será utilizado como suporte pedagógico, porém não como fonte

única limitando-se às suas informações. Seus conteúdos serão problematizados incentivando

os alunos a buscar novas informações em outros referenciais teóricos, que possam

complementar o conteúdo abordado em sala de aula.

Para que ampliar o conteúdo apresentado pelos livro didático será solicitado

pesquisas, as quais serão realizadas de modo que os alunos possam adquirir autonomia na

busca do conhecimento; enfatizando que a pesquisa não consiste na cópia de informações.

Para enriquecer as aulas deverá ser utilizado os recursos disponibilizados pela escola,

como laboratório de informática, aparelhos de DVD, TV pendrive, acervo de textos fílmicos,

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internet, considerando que o desenvolvimento tecnológico contribui na prática pedagógica,

O uso de diferentes materiais didáticos amplia as possibilidades de reflexão. Para a

formação da consciência histórica e aquisição do conhecimento histórico serão utilizados

recursos variados tais como: textos explicativos e informativos, atividades reflexivas, imagens

(charges, fotografias...), mapas, jornais, revistas, textos, fílmicos, entre outros. O trabalho com

textos historiográficos, artigos de jornais e revistas serão abordados como novas

possibilidades de interpretações para a formação de uma consciência histórica.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

A avaliação do aprendizado não pode ser feita em um momento único e de forma

definitiva. Segundo José Carlos Libâneo a avaliação deve ser vista não como julgamento

definitivo e dogmático do professor, mas como comprovação para o aluno de seu progresso

em direção a noções mais sistematizadas, bem como análise da prática pedagógica.

Várias atividades serão propostas com esse objetivo, tais como: compreensão dos

textos explicativos, pesquisas, debates, entrevistas, análise de documentos e obras de arte...

Assim será possível fazer um diagnóstico da aprendizagem, estimulando o aluno refletir sobre

o seu desenvolvimento. O cotidiano na sala de aula é parte integrante do processo da

avaliação, pois será observado o interesse e o envolvimento dos alunos nas tarefas propostas.

Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa na diminuição das

desigualdades sociais e na luta por uma sociedade justa e mais humana. As práticas

avaliativas serão vinculadas ao processo de aprendizagem, segundo Luckesi para que a

avaliação sirva à democratização do ensino, é preciso modificar a sua utilização de

classificatória para diagnosticar, nesta avaliação tanto professor quanto os alunos poderão

revisar suas práticas e possam superar as dificuldades constatadas.

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Assim, o aprendizado e a avaliação poderão ser compreendidos comum fenômeno

compartilhado, que se dará de modo contínuo, processual e diversificado, permitindo uma

análise crítica das práticas que podem ser constantemente retomados reorganizadas pelo

professor e pelos alunos.

Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados em

sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, serão

realizados alguns apontamentos que permitirão analisar se:

* os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos alunos;

* o conceito de Tempo foi construído de forma a permitir o estudo das diferentes dimensões e

contextos históricos propostos para este nível de ensino;

* os alunos empregam os conceitos históricos para analisar diferentes contextos históricos;

* compreendem a história como prática social, da qual participam como sujeitos históricos do

seu tempo;

* analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômico-social,

política e cultural;

* compreendem que o conhecimento é produzido com base em um método, da

problematização de diferentes fontes documentais, a partir das quais o pesquisador produz a

narrativa histórica;

* explicativa a respeito à diversidade étnico-racial, religiosa, social e econômica, a partir do

conhecimento dos processos históricos que os constituíram;

* compreende que a produção do conhecimento histórico pode validar, refutar ou

complementar a produção historiográfica já existente.

E caso de alunos com necessidades educacionais especiais, tanto os conteúdos quanto

o material didático, metodologia e instrumentos avaliativos serão adaptados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BITTENCOURT, Circe. Livros didáticos: concepções e usos: bolando aulas de História. São

Paulo: Companhia das Letras: 1998.

___________________. O saber histórico na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2005.

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SEED. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – História. Paraná, 2008.

LIBÂNEO, Jose Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. ANDE, n. 6, s.d., p. 18.

LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. Pátio, n. 12,

fev/abr. 2000, p. 6-11.

RONCA, Paulo Afonso Caruso; TERZI, Cleide. A aula operatória e a construção do

conhecimento. 7. ed. Edesp São Paulo: 1996.

SEED. Caderno Temático: História e cultura Afro-Brasileira e Africana. Curitiba: 2005.

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PROPOSTA CURRICULAR DE INGLÊS – ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O cenário de Línguas no Brasil e a estrutura do currículo escolar sofreram constantes

mudanças em decorrência da organização social, política e econômica ao longo da história. As

propostas curriculares e os métodos de ensino são instigados a atender às expectativas e

demandas sociais contemporâneas e a propiciar a aprendizagem dos conhecimentos

historicamente produzidos às novas gerações. Além do aspecto dinâmico do currículo e dos

métodos, o Estado pode orientar mudanças curriculares que se justifiquem pela atualização

dos debates e produções teórico-metodológicas para a disciplina de Língua Estrangeira

Moderna.

Com o objetivo de melhorar a instrução pública e de atender às demandas advindas

da abertura dos portos ao comércio, D. João VI, em 1809, assinou o decreto de 22 de junho

para criar as cadeiras de Inglês e Francês. A partir daí, o ensino de línguas modernas começou

a ser valorizado.

Em grande parte do território brasileiro foram criadas as colônias de imigrantes. No

sul do país, particularmente no Paraná, as colônias maiores foram as de imigrantes italianos,

alemães, ucranianos, russos, poloneses e japoneses. Numa tentativa de preservar suas culturas,

muitos colonos se organizaram para construir e manter escolas para seus filhos, uma vez que a

escolarização já fazia parte da vida dessas populações em seus países de origem e o Estado

brasileiro não ofertava atendimento escolar a todas as crianças.

A partir de meados da década de 1910 até a década seguinte, o ideal do nacionalismo

passava a ter uma ampla abrangência envolvendo pessoas e instituições de natureza e posições

ideológicas diversas.

Em 1917 o governo federal decidiu fechar as escolas estrangeiras ou de imigrantes

que funcionavam, sobretudo, no sul do Brasil, e criou, a partir de 1918, as escolas primárias

subvencionadas com recursos federais sob a responsabilidade dos Estados.

Em 1920, a reforma educacional de São Paulo foi exemplo dessa preocupação

nacionalista. A legislação daquele estado admitia oferta do ensino primário por escolas

particulares desde que fossem respeitados as orientações de caráter nacionalista, dentre as

quais se destacaram: o respeito aos feriados nacionais; o ensino em Língua Portuguesa

ministrados por professores brasileiros nato; a proibição do ensino de Língua Estrangeira

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para crianças menores de 10 anos que ainda não dominasse corretamente o português.

Em 1930 quando assumiu o governo brasileiro Getúlio Vargas criou o Ministério de

Educação e saúde e as Secretarias de Educação nos Estados. Naquele contexto, intelectuais

imbuídos por um ideal de modernidade e de construção de uma identidade nacional, iniciaram

estudos com vistas à reforma do sistema de ensino.

A reforma de 1931, intitulada Francisco Campos, em homenagem ao Ministro da

Educação, atribuía à escola secundária a responsabilidade pela formação geral e pela

preparação para o Ensino Superior dos estudantes. A reforma constitui também um marco de

centralização das decisões educacionais ao governo federal, atingindo todas as escolas do

país. Esta primeira iniciativa se acentuou após o golpe de 1937, já que a educação

representava um meio pelo qual o Brasil poderia atingir a modernidade tendo como modelos

de desenvolvimento e de industrialização os Estados Unidos da América e os países europeus.

O diferencial advindo da reforma Francisco Campos foi que, pela primeira vez,

estabeleceu-se um método oficial de ensino de Língua Estrangeira: o Método Direto em

contraposição ao Tradicional, de modo a atender aos novos anseios sociais impulsionados

pela necessidade do ensino das habilidade orais, visando à comunicação na língua alvo.

O Método Direto se baseava na teoria associacionista da psicologia da aprendizagem

que tem n a associação o princípio básico da atividade mental. Nesse método a língua materna

perde seu papel de mediadora no ensino de língua estrangeira e tem como princípio

fundamental a aprendizagem em constante contato com a língua em estudo, sem intervenção

da tradução, dessa forma raciocina-se na língua estrangeira. A transmissão dos significados

acontece por meio de gestos, gravuras, fotos, simulação, enfim, de tudo que possa facilitar a

compreensão. A gramática é aprendida de forma indutiva, os alunos praticam perguntas e

resposta e exercitam a pronúncia com o objetivo de atingir uma competência semelhante a do

nativo. Por isso, dava-se preferência ao professor nato, em oposição ao método anterior-o

Tradicional-, que não exigia do professor dominar a oralmente língua ensinada.

A partir do Estado Novo, essa estrutura de ensino intensificou a ênfase no discurso

nacionalista de fortalecimento da identidade nacional, como um dos resultados da instauração

do governo de Vargas.

Naquela conjuntura, o prestígio das línguas estrangeiras foi mantido no ginásio. O

Francês se apresentava ainda como uma ligeira vantagem sobre o Inglês, e o Espanhol foi

introduzido como matéria obrigatória alternativa ao ensino do Alemão. Além disso Latim

permaneceu como Língua Clássica.

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Desde a década de 1950 o sistema educacional brasileiro se viu responsável pela

formação de seus alunos para o mundo do trabalho. Essa mudança nos rumos da educação

gerou uma crise que se intensificou nas décadas seguintes, exigindo a ampliação da rede

escolar. Diante das exigências do mercado, o ensino das humanidades foi substituídos,

paulatinamente, por um currículo cada vez mais técnico, o que fez diminuir a carga horária

das línguas estrangeiras.

A Lei de Diretrizes e Base da Educação (LDB) 4024, promulgada em 1961 criou os

Conselhos Estaduais de Educação. Cabia-lhes decidir acerca da inclusão ou não da Língua

Estrangeira nos currículos. Essa mesma lei determinou a retirada da obrigatoriedade do ensino

de Língua Estrangeira no colegial e institui o ensino profissionalizante, compulsório, em

substituição aos cursos Clássico e Científico. Ainda assim, identificou-se a valorização da

Língua Inglesa devido às demandas de mercado de trabalho que, então, se expandiam no

passado.

Com a Lei n. 5692/71 e sob égide de um suposto nacionalismo o governo militar

desobrigou a inclusão de línguas estrangeiras nos currículos de primeiro e segundo graus, sob

o argumento de que a escola não deveria se prestar a ser a porta de entrada de mecanismos de

impregnação cultural estrangeira. Assim, evitar-se-ia o aumento da dominação ideológica de

outras sociedades e do do colonialismo cultural do país.

Predominantemente, na década de 1970, o pensamento nacionalista do regime militar

tornava o ensino de Línguas Estrangeiras um instrumento a mais das classe favorecidas para

manter privilégios, já que a grande maioria dos alunos da escola pública não tinha acesso a

esse conhecimento.

Em 1976, o ensino de Língua Estrangeira voltou a ser valorizado, quando a disciplina

se tornou novamente obrigatória somente no segundo grau. Entretanto, não perdeu o caráter

de recomendação para o primeiro grau, desde que a escola tivesse condições de oferecê-la. De

acordo com o parecer n. 581/76 do Conselho Federal, a Língua Estrangeira seria ensinada por

acréscimo, conforme as condições de cada estabelecimento. Isso fez muitas escolas

suprimirem a Língua Estrangeira no segundo grau ou reduzirem seu ensino para uma hora

semanal, por apenas um ano, com um único idioma.

No Estado do Paraná a partir da década de 1970, tais questões geraram movimentos

de professores insatisfeitos com a reforma do ensino. Esses movimentos ecoaram no Colégio

Estadual do Paraná fundado em 1846, o qual contava com professores de Latim, Grego,

Francês, Inglês e Espanhol. Uma das formas então, para manter a oferta de Línguas

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Estrangeiras nas escolas públicas após o parecer n.581/76, bem como a tentativa de superar a

hegemonia de um único idioma ensinado nas escolas, foi a criação do Centro de Línguas

Estrangeiras no Colégio Estadual do Paraná em 1982, que passou a oferecer aulas de Inglês,

Espanhol, Francês e Alemão aos alunos no contra turno.

O reconhecimento da importância da diversidade de idiomas também ocorreu na

Universidade Federal do Paraná (UFPR), a partir de 1982, quando foram incluídas no

vestibular as Línguas Espanholas, Italiana e Alemã. Esse fato estimulou a demanda de

professores dessas línguas.

Em meados de 1980, a redemocratização do país era o cenário propício para que os

professores, organizados em associações, liderassem um amplo movimento pelo retorno da

pluralidade de oferta de Língua Estrangeira nas escolas públicas. Em decorrência de tais

mobilizações, a Secretaria de Estado da Educação criou, oficialmente, os Centro de Línguas

Estrangeiras Modernas (CELEM), em 15 de agosto de 1986, como forma de valorizar o

plurilinguismo e a diversidade étnica que marca a história paranaense, tal oferta tem sido

preservada pela SEED há mais de vinte anos.

Sob a pretensão de tornar o aluno mais competente em sua comunicação, a

concepção de aprendizagem em voga pauta-se no cognitivismo para desenvolver a

competência comunicativa.

Assim, embora a abordagem comunicativa tenha se apresentado como reação à visão

estruturalista da língua, concentrando-se nos aspectos semânticos e não no código linguístico,

ela começões a ser criticada por alguns intelectuais. Esses passaram a questionar as intenções

subjacentes ao ensino comunicativo de proporcionar o uso da língua estrangeira, por meio de

estratégias conversacionais, para se inserir na outra cultura.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.9394 determinou a oferta

obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no Ensino Fundamental, a partir

da quinta série, se a escolha do idioma foi atribuída à comunidade escolar, conforme suas

possibilidades de atendimento (At.26,§5.º).Para o Ensino Médio, a lei determinou que fosse

incluída uma Língua Estrangeira Moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela

comunidade escolar, e em uma segunda, em caráter optativo, dentro das disponibilidades da

instituição (Art.36,Inciso III).

Em 1998, com o desdobramento da LDB/96, o MEC publicou os Parâmetros

Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Língua Estrangeira (PCN)pautados

numa concepção de língua como prática social fundamentada na abordagem comunicativa.

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Em 1999, o MEC publicou também os Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua

Estrangeira para o Ensino Médio, cuja ênfase está no ensino da comunicação oral e escrita,

para atendes as demandas na formação pessoal, acadêmica e profissional.

Linguistas aplicados têm estudado e pesquisado novos teóricos que atendam às

demandas da sociedade brasileira e muitos desses trabalhos analisam a função da Língua

Estrangeira com vistas a um ensino que contribua para reduzir desigualdades sociais de poder

que as apoiam. Tais estudos e pesquisas têm orientado as propostas mais recentes para o

ensino de Língua Estrangeira no contexto educacional brasileiro.

Paralelamente ao âmbito Federal, o MEC tem feito parcerias e promovido discussões

sobre o ensino de Espanhol nas escolas Brasileiras, além de distribuir material de suporte para

professores da disciplina.

Ao contextualizar o ensino de Língua Estrangeira, pretendeu-se problematizaras

questões que envolvem o ensino da disciplina, nos aspectos que o tem marcado, sejam eles

políticos, econômicos, sociais, culturais e educacionais. A partir dessa data estão apresentados

os fundamentos teóricos-metodológicos que orientam o Ensino de Língua Estrangeira na Rede

Pública Estadual.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Os conhecimentos que identificam e organizam os campos de estudos escolares de

Língua Estrangeira são considerados basilares para a compreensão do objeto de estudo dessa

disciplina. Esses saberes são concebidos como Conteúdos Estruturantes, a partir dos quais se

abordam os conteúdos específicos no trabalho pedagógico. Os Conteúdos Estruturantes se

constituem através da história, são legitimados socialmente e, por isso, são provisórios e

processuais.

O Conteúdos Estruturante está relacionado com o momento histórico-social. Ao

tomar a língua como interação verbal, como espaço de produção de sentidos, buscou-se um

conteúdos que atendesse a essas perspectiva. Sendo assim, define-se como Conteúdo

Estruturante da Língua Estrangeira Moderna o “DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL”.

A língua será tratada de forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são

as práticas que efetivam o DISCURSO.

Conteúdos Estruturantes – Discurso como prática social

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Para os trabalhos das práticas de leitura, escrita, oralidade a análise linguísticas,

serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais

de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros, nas diferentes esferas, de

acordo com o PPP, com a PPC, com o PTD, ou seja, em conformidade com as características

da escola e com o nível de complexidade adequada cada uma das séries.

Leitura

Tema do texto; interlocutor; finalidade do texto; aceitabilidade do texto;

informatividade; situacionalidade; intertextualidade; temporalidade; discurso direto e indireto;

elementos composicionais do gênero, emprego do sentido conotativo e denotativo do texto;

palavras e /ou expressões que denotam ironia e humor no texto; polissemia; marcas

linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto; pontuação, recursos

gráficos(como aspas, travessão, negrito); figuras de linguagem; léxico.

Escrita

Tema do texto; papel do locutor e interlocutor; finalidade do texto; discurso direto e

indireto; informatividade; elementos composicionais do gênero; marcas linguísticas: coesão,

coerência, função das classes gramaticais no texto; pontuação, recursos gráficos (como aspas,

travessão, negrito); figuras de linguagem; ortografia; concordância verbal e nominal.

Situacionalidade; Intertextualidade; Vozes sociais presentes no texto; elementos

composicionais do gênero; semântica: operadores argumentativos; ambiguidade; significado

das palavras; figuras de linguagem; sentido conotativo e denotativo:expressões que denotam

ironia e humor no texto; elem composicionais do gênero, relação de causa e consequência

entre as partes e elementos dos texto; polissemia; processo de formação de palavras,

acentuação gráfica, coerência verbal/nominal.

Oralidade

Tema do texto; finalidade; papel do locutor e interlocutor; elementos

extralinguísticos: entonação, pausas, gestos; adequação do discurso ao gênero; turmas de fala;

conteúdo temático; finalidade; aceitabilidade do texto; informatividade; expressões

facial,corporal e gestual, pausas; adequação do discurso ao gênero; turnos de fala; variações

linguísticas marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição; elementos semânticos;

diferenças e semelhanças entre discurso oral e escrito.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Seguindo as Diretrizes Curriculares nas Escolas Publicas do estado do Paraná, o

trabalho com a Língua estrangeira parte do entendimento do papel das línguas nas sociedades

como mais do que meros instrumentos de acesso à informação: as Línguas Estrangeiras são

possibilidades de conhecer expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir

significados.

A partir do Conteúdo Estruturante Discursivo, como prática social, serão trabalhadas

questões linguísticas, sociopragmáticas, culturais e discursivas, bem como as práticas do uso

da língua: leitura, oralidade e escrita. O ponto de partida da aula de Língua Estrangeira

Moderna será o texto verbal e não-verbal.

Propõe-se que o professor aborde os vários gêneros textuais, em atividades

diversificadas, analisando a função do gênero estudado, sua composição, a distribuição de

informações o grau de informação presente ali, a intertextualidade, os recursos coesivos, a

coerência e, somente depois Cabe lembrar que disponibilizar textos aos alunos não é o

bastante. E necessário provocar uma reflexão maior sobre o uso de cada um deles e considerar

o contexto de uso e os seus interlocutores. Por isso, os gêneros discursivos têm um papel tão

importante para o trabalho na escola.

A reflexão crítica a cerca dos discursos que circulam em Língua Estrangeira

Moderna somente é possível mediante o contato com textos verbais e não-verbais. A

produção de um texto se faz sempre a partir do contato com outros textos, que servirão de

apoio e ampliarão as possibilidades de expressões dos alunos.

A Aula de LEM deve ser um espaço em que se desenvolvam atividades

significativas, as quais se explorem diferentes recursos e fontes, afim de que o aluno vincule o

que é estudado com o que o cerca.

As discussões poderão acontecer em Língua Materna, pois nem todos os alunos

dispõem de um léxico suficiente para que o diálogo se realize em Língua Estrangeira. Elas

servirão como subsídios para a produção textual em Língua Estrangeira.

O trabalho pedagógico com o texto trará uma problematização e a busca por sua

solução deverá despertar o interesse dos alunos para desenvolverem uma prática analítica e

crítica, ampliem seus conhecimentos linguísticos-culturais e percebam as implicações sociais,

históricas e ideológicas presentes num discurso no qual se revele o respeito às diferenças

culturais, crenças e valores. Espera-se que o professor crie estratégias para que os alunos

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percebam a heterogeneidade da língua. Nesse caso, pode-se dizer que um texto apresenta

várias possibilidades de leitura.

Espera-se que o trabalho com a leitura vá além daquela superficial, linear. Uma

questão é linear quando busca respostas já as visualizado no próprio texto.

Na medida em que os alunos reconheçam que os textos são representações da

realidade, são construções sociais, eles terão uma posição mais crítica em relação a tais textos.

Poderão rejeita-los ou reconstruí-los a partir de seu universo de sentido, o qual lhes atribui

coerência pela construção de significados.

Assim os alunos devem entender que ao interagir com/na língua, interagem com

pessoas específicas. Para compreender um enunciado em particular, devem ter em mente

quem disse, o que, para quem, onde, quando e por que.

A ativação dos procedimentos interpretativos da língua materna, a mobilização do

conhecimento de mundo e a capacidade de reflexão dos alunos são alguns elementos que

podem permitir a interpretação de grande parte dos sentidos produzidos no contato com os

textos.

Não é preciso que o aluno entenda os significados de cada palavra ou a estrutura do

texto para que lhe produza sentidos. O papel do estudo gramatical relaciona-se ao

entendimento, quando necessário, de procedimentos para construção de significados usados

na Língua Estrangeira. Portanto o trabalho com a análise lingüística torna-se importante na

medida em que permite o entendimento dos significados possíveis das estruturas

apresentadas. Ela deve estar subordinada ao conhecimento discursivo, ou seja, as reflexões

lingüísticas devem ser decorrentes das necessidades específicas dos alunos, afim que se

expressem ou construam sentidos ao texto.

Destaca-se que nenhuma língua é neutra e as línguas podem representar diversas

culturas e maneiras de viver, inclusive podem passar a ser um espaço de comunicação

intercultural, por serem usadas em diversas comunidades, muitas vezes até por falantes que

não as têm como língua materna. Passa a ser função da disciplina possibilitar aos alunos o

conhecimento dos valores culturais estabelecidos nas e pelas comunidades de que queiram

participar. Ao mesmo tempo, o professor propiciará situações de aprendizagem que

favoreçam um olhar crítico sobre essas mesmas comunidades.

Cabe ao professor criar condições para que o aluno não seja um leitor ingênuo, mas

que seja crítico, reaja aos textos com os quais se depare e entenda que por trás deles há um

sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em que

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está inserido. Da mesma forma,. O aluno deve ser instigado a buscar respostas e soluções aos

seus questionamentos, necessidades e anseios relativos a aprendizagem.

As estratégias específicas da oralidade tem como objetivo expor os alunos a textos

orais, pertencentes aos diferentes discursos, lembrando que na abordagem discursivas a

oralidade é muito mais do que o usos funcional da língua, é aprender e expressar ideias em

Língua Estrangeira mesmo que com limitações. Vale explicitar que, mesmo oralmente, há

uma diversidade de gêneros que qualquer uso da linguagem implica e que existe a

necessidade de adequação da variedade linguística para as diferentes situações, tal como

ocorre na escrita e em Língua Materna. Também é importante que o aluno se familiarize com

os sons específicos da língua que esta aprendendo.

Com relação a escrita não se pode esquecer que ela deve ser vista como uma

atividade sociointeracional, ou seja, significativa. É importante que o docente direcione as

atividades de produção textual definindo em seu encaminhamento qual o objetivo da

produção e para quem se escreve, em situações reais de uso. É preciso que no contexto escolar

esse alguém seja definido como um sujeito sóciohistórico-ideológico, com quem o aluno vai

produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção dos seu texto e de sua

coerência. Nesse sentido, a produção deve ter sempre um objetivo claro. A finalidade e o

gênero discursivo serão explicitados ao aluno no momento de orientá-lo para uma produção,

assim como necessidade de adequação ao gênero, planejamento, articulação das partes,

seleção da variedade lingüística adequada formal ou informal.

Outro aspecto importante com relação ao ensino de Língua Estrangeira Moderna é

que ele será, necessariamente articulado com as demais disciplinas do currículo para

relacionar os vários conhecimentos. Isso não significa ter de desenvolver projetos com

inúmeras disciplinas, mas fazer o aluno perceber que alguns conteúdos de disciplinas

distintas podem estar relacionados com a Língua Estrangeira. As atividades serão abordadas a

partir de textos e envolverão simultaneamente práticas e conhecimentos mencionados, de

modo a proporcionar ao aluno condições para assumir uma atitude crítica e transformadora

com relação aos discursos apresentados. Nesta proposta, para cada texto escolhido verbal e/ou

não verbal, o professor poderá trabalhar levando em conta os itens abaixo sugeridos:

a)Gênero: explorar o gênero escolhido e suas diferentes aplicabilidade. Cada

atividade da sociedade se utiliza de um determinado gênero;

b)Aspecto Cultural/Interdiscursivo: influência de outras culturas percebidas no texto,

o contexto, quem escreveu, para quem, com que objetivo e quais outras leituras poderão ser

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feitas a partir do texto apresentado;

c)Variedade linguística: formal ou informal;

d)Análise linguística: será utilizada de acordo com a série. Vale ressaltar a diferença

entre o ensino da gramática e a prática da análise linguística;

e)Atividades:

-Pesquisa: será proposta para o aluno acerca do assunto abordado; Lembrando que aqui que

pesquisa é entendida como uma forma de saber mais sobre o assunto, isso significa que

poderá ser realizada não nos livros ou na internet. Uma conversa com pessoas mais

experientes, uma entrevista, e assim por diante, também serão consideras pesquisas.

-Discussão: conversa na sala de aula a respeito do assunto, valorizando as pesquisas feitas

pelos alunos. Aprofundar e/ou confrontar informações. Essa atividade poderá ser feita em

Língua Materna.

-Produção de texto: o aluno irá produzir um texto na Língua Estrangeira, com a ajuda dos

recursos disponíveis na sala de aula e a orientação do professor. Os conteúdos poderão ser

retomados em todas as séries, porém em diferentes graus de profundidade, levando em conta

o conhecimento do aluno.

Entende-se que muitos professores prefiram o trabalho com o livro didático em

função da previsibilidade, homogeneidade, facilidade para planejar aulas, acesso a textos,

figuras, etc. Suas vantagens são percebidas em relação aos alunos que podem dispor de

material para estudo, consultas, exercícios, enfim acompanhar melhor as atividade. Além de

descortinar os valores subjacentes no livro didático, recomenda-se que o professor utilize

outros matérias disponíveis na escola: livros didáticos, dicionários, livros paradidáticos,

vídeo, DVD, CD-ROM, internet, TV multimídia, rádio, etc. Os desafios educacionais

contemporâneos serão abordados nos momentos que se fizerem necessários, utilizando-se

desses temas.

A elaboração de materiais pedagógicos pautados na Diretriz permite flexibilidade

para incorporar especificidades e interesses dos alunos, bem como contemplar a diversidade

regional. Ao tratar os conteúdos de Língua Estrangeira Moderna, o professor proporcionará ao

aluno, pertencente a uma determinada cultura o contato e a interação em outras línguas e

culturas. Desse encontro espera-se que possa surgir a consciência do lugar que se ocupa no

mundo, extrapolando o domínio linguístico.

Leitura

É importante que o professor:

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-Propicie práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;

-Considere o conhecimentos prévios dos alunos;

-Formule questionamentos que possibilitem inferência sobre o texto;

-Encaminhe discussões e reflexões sobre o tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e edeologia;

-Contextualize a produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;

-Relacione o tema com o contexto atual;

-Oportunize a socialização das ideias dos alunos sobre o texto.

- Utilize textos não verbais diversos que dialoguem com não verbais, como: gráficos,

fotos, imagens mapas e outros;

-Estimule leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, próprio de diferentes

gêneros.

-Incentive a percepção dos recursos utilizados para determinar causa e consequência

entre as partes e elementos do texto.

Escrita

É importante que o professor:

-Planeje a produção textual a partir da delimitação do tema, do interlocutor, do

gênero, da finalidade, da intertextualidade, da aceitabilidade, da informatividade, da

situacionalidade, da temporalidade e ideologia;

-Estimule a ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

-Acompanhe a produção do texto;

-Acompanhe e encaminhe a reescrita textual: revisão dos argumentos das ideias, dos

elementos que compõe o gênero;

-Conduza a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

-Analise se a produção textual está coerente e coesa, se a continuidade temática, se

atende a finalidade, se a linguagem está adequada ao texto.

-Conduza a utilização adequada das partículas conectivas;

-Instigue o uso de palavras e / ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que denotam ironia e humor;

Oralidade

É importante que o professor:

-Oriente sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;

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-Prepare apresentações que explorem as marcas linguísticas típicas da oralidade em

seu uso formal e informal;

-Proponha reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;

-Organize apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração

a: aceitabilidade ,informatividade,situacionalidade e finalidade do texto;

-Estimule contação de histórias de diferentes gêneros,utilizando-se dos recursos

extralinguísticos,como:entonação ,expressões facial,corporal e gestual,pausas e outros;

-Selecione discursos de outros para análise dos recursos da oralidade,como:cenas de

desenhos,programas infanto-juvenis,entrevistas,reportagem,entre outros.

-Selecione discursos de outros para analise dos recursos da oralidade como: cenas de

desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens, entre outros, etc;

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem em Língua Estrangeira Moderna será articulada aos

fundamentos teóricos explicitados nas diretrizes e na LDB nº 9394/96. Ao propor reflexões

sobre as práticas avaliativas, objetiva-se favorecer o processo de ensino e de aprendizagem,

ou seja nortear o trabalho do professor, bem como propiciar que o aluno tenha uma dimensão

do ponto em que se encontra no percurso pedagógico.

É importante nesse processo que o professor organize o ambiente pedagógico,

observe a participação dos alunos e considere que o engajamento discursivo em sala de aula

se faz pela interação verbal a partir da escolha de textos consistentes, e de diferentes formas:

entre os alunos e o professor, entre os alunos na turma; na interação com o material didático;

nas conversas em Língua Materna e Língua Estrangeira no próprio uso da língua, que

funciona como recurso congnitivo ao promover o desenvolvimento de idéias. Com o

propósito de encarar esse desafio, busca-se em Língua Estrangeira Moderna, superar a

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concepção de avaliação como mero instrumento de medição da apreensão de conteúdos.

Espera-se que subsidie discussões a cerca das dificuldades e avanços dos alunos, a partir de

suas produções. Percebe-se, também, como bem sucedido o ensino/aprendizagem quando

todo o trabalho desenvolvido com os alunos são retomados em discussões e analisados tanto

pelo educador, pelo educando.

A avaliação enquanto relação dialógica concebe o conhecimento como apropriação

do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo açãoreflexão-ação que se passa na

sala de aula através da interação professor/aluno carregado de significados e compreensão.

Assim, tanto o professor quantos os alunos poderão acompanhar o percurso desenvolvido até

então, e identificar dificuldades, planejar e propor outros encaminhamentos que busquem

superá-las. O processo avaliativo não se limita apenas à sala de aula. O projeto Curricular, a

programação do ensino em sala de aula e os seus resultados estão envolvidos nesse processo.

A Avaliação deve ser articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das

concepções e encaminhamentos metodológicos das Diretrizes.

Os alunos que apresentam dificuldades especiais terão atendimento diferenciado de

acordo com sua necessidade seja na escrita ou oralidade.

Leitura

É Importante que o professor:

-Identifique o tema;

-Realize leitura compreensiva do texto;

-Localize informações explícitas e implícitas no texto;

-Amplie seu horizonte de expectativa;

-Amplie seu léxico;

-Identifique a ideia principal do texto.

-Perceba o ambiente que circula o gênero;

-Deduza o sentido das palavras e / ou expressões a partir do contexto.

-Posicione-se argumentativamente ;

-Analise as intenções do autor;

-Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

-Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido

conotativo e denotativo;

-Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.

-Realização de leitura compreensiva do texto;

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-Localização de informações explícitas e implícitas no texto;

-Dedução dos sentidos de palavras e / ou expressões a partir do contexto;

Escrita

Espera-se que o aluno:

-Expresse suas ideias com clareza;

-Elabore / reelabore textos atendendo: as situações de produção proposta (gênero,

interlocutor, finalidade...); a continuidade temática.

-Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

-Utilize de recursos textuais como:coesão e coerência,informatividade,etc;

-Utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação,uso e função do artigo,

pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, etc.

-Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo bem como de

expressões que indicam ironia e humor,em conformidade com o gênero proposto.

Oralidade

Espera-se que o aluno:

-Utilize do discurso de acordo com a situação de produção(Formal/informal);

-Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna;

-Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos, etc;

-Respeite os turnos de fala.

-Compreenda os argumentos no discurso do outro;

-Organize a sequência de sua fala;

-Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e

/ ou nos gêneros orais trabalhados;

-Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões quando necessários em língua

materna.

-Explore a oralidade em adequação ao gênero proposto;

-Utilize conscientemente expressões facial,corporal e gestual, pausa e entonação nas

exposições orais,entre outros elementos extralinguísticos;

-Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem, entre outros.

-Utilização do discurso de acordo com a situação de produção(Formal/informal);

-Exposição objetiva de argumentos;

-Análise de recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

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filmes, etc.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Diretrizes Curriculares da Educação Básica, Secretaria de Estado de Educação do Paraná,

2008; Língua Estrangeira Moderna.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. Departamento

de Ensino de Primeiro Grau. Currículo básico da escola pública do Paraná. Curitiba, 1990.

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PROPOSTA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Historicamente, o processo de ensino de língua Portuguesa iniciou-se com a

educação jesuítica.

Em 1759, a Reforma Pombalina impôs a Língua Portuguesa como idioma-base do

ensino. Mas, somente nas últimas décadas do século XIX, passou a integrar os currículos

escolares brasileiros. Seguindo os moldes do ensino de Latim fragmentava-se no ensino de

Gramática, Retórica e Poética.

A escola se abria a camada cada vez maiores da população, o ensino de português

tratava de prover uma determinada classe de uma língua que era considerada “boa língua”. O

conteúdo gramatical ganho a denominação de Português em 1871, data em que foi criado, no

Brasil, o cargo de Professor de Português.

A literatura veiculada na variedade brasileira foi retomada pelos modernistas em

1922, pois defendiam a necessidade de privilegiar o falar brasileiro.

No Contexto da expansão da escolarização, o ensino de Língua Portuguesa não

poderia dispensar propostas pedagógicas que levassem em conta as novas necessidades

trazidas por esses alunos. Uma concepção tecnicista de educação gerou um ensino baseado

em exercícios de memorização. Decorreu a instituição de uma pedagogia tecnicista que, na

disciplina de Língua Portuguesa, pautava-se na concepção de linguagem como meio de

comunicação. A disciplina passou a denominar-se, a partir da Lei 5692/71, no primeiro grau,

Comunicação e Expressão, na s séries iniciais e Comunicação em Língua Portuguesa, nas

séries finais.

Na década de 70, houve uma tentativa de rompimento com essas práticas. Com o fim

do regime militar, ganham forças as discussões sobre o currículo escolar e o papel da

educação na transformação social, política e econômica da sociedade brasileira. A pedagogia

histórico-crítica vê a educação como mediação da prática social. Essa pedagogia se revelou

nos estudos centrados no texto/contexto e na interação social das práticas discursivas. As

novas concepções sobre a aquisição da língua materna chegaram no final da década de 1970 e

início de 1980. O livro de João Wanderley Geraldi marcou as discussões no Paraná.

O currículo orientava os professores a um trabalho focado na leitura e na produção;

um ensino voltado para o domínio efetivo de falar, ter e escrever. Fundamentou-se a

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disciplina de Língua Portuguesa na concepção interacionista.

Considerando o percurso histórico da disciplina, as Diretrizes Curriculares Estaduais

requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino, uma proposta que dá

ênfase à língua viva, dialógica, em contraste movimentação, reflexiva e produtiva.

O domínio da linguagem e o ensino da língua são imprescindíveis para a participação

efetiva no meio social em que se vive. Aprender a falar e a escrever não é suficiente para que

o indivíduo seja capaz de interferir e atuar na comunidade em que vive. Ele deve saber

argumentar, defender seu ponto de vista, trocar, emitir e receber opiniões, exercendo assim a

cidadania. A principal função das escolas de Ensino Fundamental deve ser a de formar

cidadãos com senso crítico e aguçado e não apenas expectadores.

A nova realidade social desencadeou a ampliação da utilização da escrita, dos meios

de comunicação eletrônicos e as incertezas de alunos pela escola regular colocou novas

demandas e necessidades, tornando ultrapassados os métodos e conteúdos tradicionais.

Apesar de ainda imperar uma atitude preconceituosa em relação às formas não

absorvidas da expressão linguística que devem consolidar-se em práticas de ensino em que

tanto o ponto de partida quanto o ponto de chegada seja o uso da linguagem.

Portanto, hoje as práticas discursivas: oralidade, leitura e produção escrita devem

partir do uso possível aos alunos para permitir a conquista de novas habilidades linguísticas,

particularmente daquelas associadas aos padrões da escrita, sempre considerando que:

• A razão de ser das propostas de leitura e escrita de textos é a compreensão ativa;

• A razão de ser das propostas de uso da fala e da escrita é a interlocução efetiva;

• As situações didáticas têm como objetivo levar os alunos a pensar sobre a

linguagem para poder compreendê-la e utilizá-la apropriadamente às situações e aos

propósitos definidos;

• Há a necessidade de se respeitar que cada indivíduo se diferencia pelas suas

características socais e é através da linguagem que expressa suas idéias, pensamentos e

intenções de forma que assim estabelece relações inter pessoais;

A linguagem e o pensamento mantêm vínculo estreito entre si. É por meio da

linguagem que se constroem referenciais em relação às crenças e ao conhecimento geral do

mundo, levando a interpretação da realidade enquanto que o pensamento resultante da

linguagem dá capacidade de ser alterado, reorganizado ou substituído por outro.

Os conteúdos serão trabalhados em atividades interdisciplinares, uma vez que

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interdisciplinaridade questiona a segmentação entre diferentes campos do conhecimento,

visão compartilhada da realidade sobre a qual a escola, tal como é conhecida, historicamente

se constitui, uma vez que procura situar a pedagogia numa visão unitária.

Na prática pedagógica, a interdisciplinaridade expõe as inter-relações entre os objetos

de conhecimento, de forma que não é possível fazer um trabalho fragmentado sendo que a

mesma promove a percepção da implicação do sujeito de conhecimento na sua produção.

Por essa mesma via, abre espaço para a inclusão de saberes extra-escolares,

possibilitando a referência a sistemas de significados construídos na realidade dos alunos. A

interdisciplinaridade, portanto, dá sentido social a procedimentos e conceitos próprios das

áreas convencionais, superando assim o aprender apenas pela necessidade escolar de passar de

ano.

Nessa dimensão o aluno é sujeito do aprender, é aquele que age com e sobre o objeto

do conhecimento que são os discursos textuais e linguísticos implicados nas práticas sociais

de linguagem. Nessa perspectiva o professor é o mediador entre o sujeito e o objeto do

conhecimento.

Para isso, ele contempla os seguintes objetivos:

• Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de textos

escritos de modo a atender as múltiplas demandas sociais, corresponder as diferentes

condições de produção do discurso;

• Utiliza a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade operando sobre as

representações construídas em várias áreas de conhecimento, sabendo como proceder para ter

acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o modo

pelo qual se organizam em sistemas coerentes;

• Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio desenvolvendo a

capacidade de avaliação de textos contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes

opiniões, inferindo as possíveis intenções do autor marcadas no texto e percebendo os

processos de convencimento utilizados para atuar sobre interlocutor / leitor;

• Conhecer e valorizar as diferentes variedades, de português, procurando combater o

preconceito linguístico;

• Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e

eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo nas interações com

pessoas de outros grupos sociais que se expressam por meio de outras variedades;

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• Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para expandir

sua capacidade de monitoramento das possibilidades de uso da linguagem de análise crítica;

• Despertar o gosto pelUtilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e

produção de textos escritos de modo a atender as múltiplas demandas sociais, corresponder as

diferentes condições de produção do discurso;

• Utiliza a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade operando sobre as

representações construídas em várias áreas de conhecimento, sabendo como proceder para ter

acesso, compreender e fazer uso de informações contidas nos textos, reconstruindo o modo

pelo qual se organizam em sistemas coerentes;

• Analisar criticamente os diferentes discursos, inclusive o próprio desenvolvendo a

capacidade de avaliação de textos contrapondo sua interpretação da realidade a diferentes

opiniões, inferindo as possíveis intenções do autor marcadas no texto e percebendo os

processos de convencimento utilizados para atuar sobre interlocutor / leitor;

• Conhecer e valorizar as diferentes variedades, de português, procurando combater o

preconceito linguístico;

• Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social como instrumento adequado e

eficiente na comunicação cotidiana, na elaboração artística e mesmo nas interações com

pessoas de outros grupos sociais que se expressam por meio de outras variedades;

• Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análise linguística para expandir

sua capacidade de monitoramento das possibilidades de uso da linguagem de análise crítica;

• Despertar o gosto pela leitura;

• Possibilitar ao aluno conhecer a cultura afro e entendê-la como parte da cultura brasileira.

• Considerar a língua por como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais como

representação simbólica de experiências humanas manifestadas nas formas de sentir, pensar e

agir na vida social.

• Analisar os recursos repressivos da linguagem verbal, relacionando textos, contextos,

mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com as condições de produção,

recepção (intenção, época, local e interlocutores participantes na criação e propagação de

idéias e escolhas);

• Confrontar opiniões e pontos de vista sobre diferentes manifestações da linguagem verbal,

aplicando as tecnologias de comunicação e de informação na escola, no trabalho e em outros

contextos relevantes da sua vida.

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• Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e

integradora da organização do mundo e da própria identidade.

• Propiciar através da literatura, a constituição de um espaço dialógico que permita a

expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

• Possibilitar ao aluno conhecer a cultura afro e entendê-la como parte da cultura brasileira.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ENSINO FUNDAMENTAL

• Discurso como prática social

GÊNEROS TRABALHADOS

LITERÁRIOS

DE IMPRENSA

DE DIVULGAÇÃO

CIENTIFICA

PUBLICIDADE

Cordel, causos e

similares;

Texto dramático;

Canção;

Comentário

radiofônico;

Entrevista;

Debate;

Depoimento;

Exposição;

Seminário;

Debate;

Palestra;

Propaganda;

LITERÁRIOS

DE IMPRENSA

DE DIVULGAÇÃO

CIENTIFICA

PUBLICIDADE

Conto;

Novela;

Romance;

Crônica;

Poema;

Texto dramático;

Notícia;

Editorial;

Artigo;

Reportagem;

Carta do leitor;

Entrevista;

Charge e tira

Verbete

enciclopédico

(nota/artigo);

Relatório de

experiências;

Didáticos (textos,

enunciados de

questões);

Artigo;

Propaganda;

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CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL

• Entrosamento inicial

• Leitura e textos verbais e não verbais.

• Tipologia Textual – Narrativo, Descritivo, Poético, Informativo.

• Gêneros discursivos

• Produção de texto: bilhete, convite, carta, diálogo, poesia, anúncio publicitário,

texto narrativo, histórias e quadrinhos, texto informativo e poesia concreta.

• Frase

• Dicionário

• Aula de leitura semanal

• A língua em foco

• Língua

• A língua e o contexto

• Intencionalidade lingüística

• A linguagem e adequação social

• Língua oral e língua escrita

• A gíria

• O substantivo e suas classificações

• Ortografia

• Verbos

• Vídeos educativos

• Concordância verbal/nominal

• Discurso direto e indireto

• Divisão silábica

• Acentuação gráfica

• Adjetivo

• Artigo

• Pronome

• Colocação Pronominal

• Reflexões sobre a língua

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• Divisão de textos em parágrafos

• Reestruturação de textos

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,

pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão), figuras de linguagem.

• O Som das Palavras a gente ouve e...vê?

• Para escrever certo com expressividade

• Leitura de textos Verbais e não Verbais

• Tipologia Textual: Narrativo, informativo, Poético

• Gêneros discursivos – Entrevista, jornalístico, crônica, carta, fábulas, textos,

publicitários.

• Interpretação de Textos

• Coerência – uso de mau/mal, há/a

• Tema do texto

• Finalidade do texto

• Poema: rimas / ritmo / imagem

• Oralidade

• Papel do locutor/interlocutor

• Elementos extralinguísticos: entonação, pausa, gestos, etc.

• Semântica.

• Gênero textual: Crônica, Romance, Fábula, texto informativo, texto humorístico,

texto teatral, relatório.

• Produção de Textos Narrativos, Dissertativos e Descritivos.

• Pensando e criando a partir dos textos.

• Tipologia textual: Contos, texto poético, texto jornalístico

• Produção de texto: Notícia, poesia, narração, texto visual.

• Acróstico

• A linguagem do texto

• Gênero Textual: informativo: entrevista e cartazes.

• Produção de textos Coletivos

• Situação comunicativa / Enunciativa

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• Qualidades e defeitos de um texto escrito.

• Refacção textual.

• Produção de textos: Mensagem, comunicação via Internet.

• Variações linguísticas.

• Estudo e comparação de textos

• Gênero textual: Texto jornalístico, anotações, texto informativo, narrativo, poema,

romance, crônica, texto argumentativo / dissertativo.

• Reflexões sobre a língua: estudo e uso

• Pensando e criando a partir dos textos.

• Produção de texto: Anotações, narração, dissertação / argumentação; síntese de

depoimento; poemas.

• Construindo e reconstruindo os sentidos do texto.

• Vozes sociais presentes no texto.

• Elementos composicionais do gênero.

• Operadores argumentativos.

• Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto.

• Expressões que denotam ironia e humor no texto.

• Reflexão sobre a língua

• Entrevista com profissionais da comunidade

• Reflexões sobre a língua: concordância verbal e nominal.

Discurso:

• Compreensão dos gêneros do oral previsto para os ciclos, articulando elementos

lingüísticos a outros de natureza não-verbal;

• Identificação de marcas discursivas para o reconhecimento de intenções, valores,

preconceitos veiculados no discurso;

• Emprego de estratégias de registro e documentação escrita na compreensão de

textos orais, quando necessário;

• Identificação das formas particulares dos gêneros literários do oral que se

distinguem do falar cotidiano.

Leitura

• Explicação de expectativas quanto à forma e ao conteúdo do texto em função das

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características do gênero, do suporte, do autor etc.;

• Seleção de procedimentos de leitura em função dos diferentes objetivos e

interesses do sujeito (estudo, formação pessoal, entretenimento, realização de tarefa) e das

características do gênero e suporte:

• Leitura integral: fazer a leitura seqüenciada e extensiva de um texto;

• Leitura inspecional: utilizar expedientes de escolha de textos para leitura posterior;

• Leitura tópica: identificar informações pontuais no texto, localizar verbetes em um

dicionário ou enciclopédia;

• Leitura de revisão: identificar e corrigir, num dado texto, determinadas

inadequações em relação a um padrão estabelecido;

• Leitura item a item: realizar uma tarefa seguindo comandos que pressupõem uma

ordenação necessária;

Emprego de estratégias não-lineares durante o processamento de leitura:

• Formular hipóteses a respeito do conteúdo do texto, antes ou durante a leitura;

• Validar ou reformular as hipóteses levantadas a partir das novas informações

obtidas durante o processo de leitura:

• Avançar ou retroceder durante a leitura em busca de informações esclarecedoras;

• Construir sínteses parciais de partes do texto para poder prosseguir na leitura;

• Inferir o sentido de palavras a partir do contexto;

• Consultar outras fontes em busca de informações complementares (dicionários,

enciclopédias, outro leitor);

• Articulação entre conhecimentos prévios e informações textuais, inclusive as que

dependem de pressuposições e inferências (semânticas, pragmáticas) autorizadas pelo texto,

para dar conta de ambigüidades, ironias e expressões s, opiniões e valores implícitos, bem

como das intenções do autor;

• Estabelecimento de relações entre os diversos segmentos do próprio texto, entre o

texto e outros textos, diretamente implicados pelo primeiro, a partir de informações adicionais

oferecidas pelo professor ou conseqüentes da história de leitura do sujeito;

• Articulação dos enunciados estabelecendo a progressão temática, em função das

características das seqüências predominantes (narrativa, descritiva, expositora, argumentativa

e conversacional) e de suas especificidades no interior do gênero;

• Estabelecimento da progressão temática em função das marcas de segmentação

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textual, tais como: mudanças de capítulo ou de parágrafo, títulos e subtítulos, para textos em

prosa; colocação em estrofes e versos, para textos em versos;

• Estabelecimento das relações necessárias entre o texto e outros textos e recursos de

natureza suplementar que o acompanham (gráficos, tabelas, desenhos, fotos, boxes) no

processo de compreensão e interpretação do texto;

• Levantamento e análise de indicadores lingüísticos e extralingüísticos presentes no

texto para identificar as várias vozes do discurso e o ponto de visita que determina o

tratamento dado ao conteúdo, com a finalidade de:

• Confrontá-lo com o de outros textos;

• Confrontá-lo com outras opiniões;

• Posicionar-se criticamente diante dele;

• Reconhecimento dos diferentes recursos expressivos utilizados na produção de um

texto e seu papel no estabelecimento do estilo do próprio texto ou de seu autor.

Prática de produção de textos orais e escritos

Antes dos conteúdos referentes á prática de produção de textos orais e escritos, será

apresentada a tabela que organiza os gêneros sugeridos para o trabalho, conforme critérios

apresentados anteriormente.

GÊNEROS PARA A PRÁTICA DE PRODUÇÃO DE TEXTOS ORAIS E ESCRITOSLINGUAGEM ORAL LINGUAGEM ESCRITA

LITERÁRIOS

DE IMPRENSA

DE DIVULGAÇÃO

CIENTIFICA

Canção;

Textos dramáticos;

Notícia;

Entrevista;

Debate;

Depoimento;

Exposição;

Seminário;

Debate;

LITERÁRIOS

DE IMPRENSA

DE DIVULGAÇÃO

CIENTIFICA

Crônica;

Conto;

Poema;

Notícia;

Artigo;

Carta do leitor;

Relatório de

experiências;

Esquema resumo

de artigos ou

verbetes de

enciclopédia;

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Produção de textos orais:

• Planejamento prévio de fala em função da intencionalidade do locutor, das

características do receptor, das exigências da situação e dos objetivos estabelecidos;

• Seleção, adequada ao gênero, de recursos discursivos, semânticos e gramaticais

prosódicos e gestuais;

• Emprego de recursos escritos (gráficos, esquemas, tabelas) como apoio para a

manutenção da continuidade da exposição;

• Ajuste da fala em função da reação dos interlocutores, como levar em conta o

ponto de vista do outro para acatá-lo, refutá-lo ou negociá-lo.

Produção de textos escritos:

• Redação de textos considerando suas condições de produção:

▪ Finalidade;

▪ Especificidade do gênero;

▪ Lugares preferenciais de circulação;

▪ Interlocutor eleito;

◦ Utilização de procedimentos diferenciados para a elaboração do texto:

▪ Estabelecimento de tema;

▪ Levantamento de ideias e dados;

▪ Planejamento;

▪ Rascunho;

▪ Revisão (com intervenção do professor);

▪ Versão final;

◦ Utilização de mecanismos discursivos e lingüísticos de coerência e coesão

textuais, conforme o gênero e os propósitos do texto, desenvolvendo diferentes critérios:

▪ De manutenção da continuidade do tema e ordenação de suas partes;

▪ De seleção apropriada do léxico em função do eixo temático;

▪ De manutenção do paralelismo sintático e/ou semântico;

▪ De suficiência (economia) e relevância dos tópicos e informações em relação ao

tema e o ponto de vista assumido;

▪ De avaliação da orientação e força dos argumentos;

▪ De propriedade dos recursos linguísticos (repetição, retomadas, anáforas,

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conectivos) na expressão da relação entre constituintes do texto;

◦ Utilização de marcas de segmentação em função do projeto textual:

▪ Título e subtítulo;

▪ Paragrafação;

▪ Periodização;

▪ Pontuação (ponto, vírgula, ponto e vírgula, dois-pontos, ponto de exclamação,

ponto de interrogação, reticências);

▪ Outros sinais gráficos (aspas, travessão, parênteses);

◦ Utilização de recursos gráficos orientadores da interpretação do interlocutor,

possíveis aos instrumentos empregados no registro de texto (lápis, caneta, máquina de

escrever, computador):

▪ Fonte (tipo de letra, estilo negrito, itálico, tamanho da letra, sublinhado, caixa alta,

cor);

▪ Divisão em colunas;

▪ Caixa de texto;

▪ Marcadores de enumeração;

▪ Utilização dos padrões da escrita em função do projeto textual e das condições de

produção.

Análise Linguística e as Práticas Discursivas

• Reconhecimento das características dos diferentes gêneros de texto, quanto ao

conteúdo temático, construção composicional e ao estilo;

• Reconhecimento do universo discursivo dentro do qual cada texto e gêneros de

texto se inserem, considerando as intenções do enunciador, os interlocutores, os

procedimentos narrativos, descritivos, expositivos, argumentativos e conversacionais que

privilegiam, e a intertextualidade (explícita ou não);

• Levantamento das restrições que diferentes suportes e espaços de circulação

impõem à estruturação de textos;

• Análise das sequencias discursivas predominantes (narrativa, descritiva,

expositiva, argumentativa e conversacional) e dos recursos expressivos recorrentes no interior

de cada gênero;

• Reconhecimento das marcas linguísticas específicas (seleção de processos

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anafóricos, marcadores temporais, operadores lógicos e argumentativos, esquema dos tempos

verbais, dêiticos, etc.).

• Observação da língua em uso de maneira a dar conta da variação intrínseca ao

processo linguístico, no que diz respeito:

◦ Aos fatores geográficos (variedades regionais, variedades urbanas e rurais),

históricos (linguagem do passado e do presente), sociológicos (gênero, gerações, classe

social), técnicos (diferentes domínios da ciência e da tecnologia);

◦ As diferenças entre os padrões da linguagem oral e os padrões da linguagem

escrita;

◦ A seleção de registros em função da situação interlocutora (formal, informal);

◦ Aos diferentes componentes do sistema lingüístico em que a variação se

manifesta: na fonética (diferentes pronúncias), no léxico (diferentes empregos de palavras), na

morfologia (variantes e reduções do sistema flexional e derivacional), na sintaxe (estruturação

das sentenças e concordância).

• Comparação dos fenômenos lingüísticos observados na fala e na escrita nas

diferentes variedades, privilegiando os seguintes domínios:

◦ Sistema pronominal (diferentes quadros pronominais em função do gênero):

preenchimento da posição de sujeito, extensão do emprego dos pronomes tônicos na posição

de objetivo, desaparecimento dos clíticos, emprego dos reflexivos, etc;

◦ Sistema dos tempos verbais (redução do paradigma no vernáculo) e emprego dos

tempos verbais (predominância das formas compostas no futuro e no mais que perfeito,

emprego do imperfeito pelo “condicional”, predominância do modo indicativo etc.);

◦ Predominância de verbos de significação mais abrangente (ser, ter, estar, ficar,

pôr, dar) em vez de verbos com significação mais específica;

◦ Casos mais gerais de concordância nominal e verbal para recuperação da

referência e manutenção da coesão;

• Expansão dos sintagmas para expressar sinteticamente elementos dispersos no

texto que predicam um mesmo núcleo ou o modificam;

• Integração à sentença mediante nominalizações da expressão de eventos,

resultados de eventos, qualificações e relações;

• Reordenação dos constituintes da sentença e do texto para expressar diferentes

pontos de vista discursivos, como a topicalidade, a informação nova, a ênfase;

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• Utilização de recursos sintáticos e morfológicos que permitam alterar a estrutura

da sentença para expressar diferentes pontos de vista discursivos, como, por exemplo, uma

diferente topicalidade ou o ocultamento do agente (construções passivas, utilização do clítico

“se” ou verbo na terceira pessoa do plural), o efeito do emprego ou não de operadores

argumentativos e de modalizadores;

• Redução de texto (omissões, apagamentos, elipses) seja como marca de estilo, seja

para diminuir redundâncias ou para evitar recorrências que não tenham caráter funcional ou

não produzam desejados efeitos de sentido.

• Ampliação do repertório lexical pelo ensino-aprendizagem de novas palavras, de

modo a permitir:

◦ Escolha, entre diferentes palavras, daquelas que sejam mais apropriadas ao que se

quer dizer ou em relação de sinonímia no contexto em que se inserem ou mais genéricas /

mais específicas (hiperônimos e hipônimos);

◦ Escolha mais adequada em relação à modalidade falada ou escrita ou no nível de

formalidade e finalidade social do texto;

◦ Organização das palavras em conjuntos estruturados em relação a um

determinado tema, acontecimento, processo, fenômeno ou mesmo objeto, como possíveis

elementos de um texto;

◦ Capacidade de projetar, a partir do elemento lexical (sobretudo verbos), a

estrutura complexa associada a seu sentido, bem como os traços de sentido que atribuem aos

elementos (sujeito, complementos) que preencham essa estrutura;

◦ Emprego adequado de palavras limitadas a certas condições histórico-sociais

(regionalismos, estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, jargões, gíria);

◦ Elaboração de glossários, identificação de palavras-chave, consulta ao dicionário.

• Descrição de fenômenos lingüísticos com os quais os alunos tenham operado, por

meio de agrupamento, aplicação de modelos, comparações e análise das formas lingüísticas,

de modo a inventariar elementos de uma mesma classe de fenômenos e construir paradigmas

contrastantes em diferentes modalidades de fala e escrita, com base:

◦ Em propriedades morfológicas (flexão nominal, verbal; processos derivacionais

de prefixação e de sufixação);

◦ No papel funcional assumido pelos elementos na estrutura de sentença ou nos

sintagmas constituintes (sujeito, predicado, complemento, adjunto, determinante,

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quantificador);

◦ No significado protótipo dessas classes.

• Utilização da intuição sobre unidades lingüísticas (períodos, sentenças, sintagmas)

como parte das estratégias de solução de problemas de pontuação.

• Utilização das regularidades observadas em paradigmas morfológicos como parte

das estratégias de solução de problemas de ortografia e de acentuação gráfica.

Valores e atitudes subjacentes às práticas de linguagem

•Valorização das variedades lingüísticas que caracterizam a comunidade dos falantes

da Língua Portuguesa nas diferentes regiões do país.

•Valorização das diferentes opiniões e informações veiculadas nos textos — orais ou

escritos — como possibilidades diferenciadas de compreensão do mundo.

•Posicionamento crítico diante de textos, de modo a reconhecer a pertinência dos

argumentos utilizados, posições ideológicas subjacentes e possíveis conteúdos

discriminatórios neles veiculados.

•Interesse, iniciativa e autonomia para ler textos diversos adequados à condição atual

do aluno.

•Atitude receptiva diante de leituras desafiadoras e disponibilidade para a ampliação

do repertório a partir de experiências com material diversificado e recomendações de

terceiros.

•Interesse pela leitura e escrita como fontes de informação, aprendizagem, lazer e

arte.

•Interesse pela literatura, considerando-a forma de expressão da cultura de um povo.

•Interesse por trocar impressões e informações com outros leitores, posicionando-se

a respeito dos textos lidos, fornecendo indicações de leitura e considerando os novos dados

recebidos.

•Interesse por freqüentar os espaços mediadores de leitura — bibliotecas, livrarias,

distribuidoras, editoras, bancas de revistas, lançamentos, exposições, palestras, debates,

depoimentos de autores — sabendo orientar-se dentro da especificidade desses espaços e

sendo capaz de localizar um texto desejado.

•Reconhecimento da necessidade de dominar os saberes envolvidos nas práticas

sociais, mediadas pela linguagem como ferramenta para a continuidade de aprendizagem fora

da escola.

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•Reconhecimento de que o domínio dos usos sociais da linguagem oral e escrita pode

possibilitar a participação política e cidadã do sujeito, bem como transformar as condições

dessa participação, conferindo-lhe melhor qualidade.

•Reconhecimento de que o domínio da linguagem oral e escrita pode oferecer ao

sujeito melhores possibilidades de acesso ao trabalho.

•Reconhecimento da necessidade e importância da língua escrita no processo de

planejamento prévio de textos orais.

•Preocupação com a qualidade das produções escritas próprias, tanto no que se refere

aos aspectos formais — discursivos, textuais, gramaticais, convencionais — quanto à

apresentação estética.

•Valorização da linguagem escrita como instrumento que possibilita o

distanciamento do sujeito em relação a idéias e conhecimentos expressos, permitindo formas

de reflexão mais aprofundadas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS – ENSINO MÉDIO

DISCURSO COMO PRÁTICA SOCIAL

GENEROS DISCURSIVOS:

• Histórias que a vida conta

• Crônicas

• Histórias de nossa imaginação

• Narração

• Texto informativo

• Contos

• O texto poético

• Lendas

• Memórias

• Pesquisas

• Estudo do texto

▪ O jornal e a publicidade

▪ A construção do enredo (narração)

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▪ Entrevistas

▪ Experiências de aprofundamento da descrição

▪ O mundo dissertativo

▪ Poesia: Análise e interpretação

▪ A correspondência: carta familiar, comercial, solicitação de emprego, e-mail

• Enredo linear e enredo não-linear

• As linguagens da publicidade

• Texto de opinião

• A estrutura do texto dissertativo

• A correspondência: abaixo-assinado, ofício, curriculum vitae, ata, correio

eletrônico, declaração, e-mail

PRODUÇÃO DE TEXTO: narrativo, descritivo, dissertativo.

LITERATURA

• Literatura: A Arte da Palavra

• O Texto Literário

• O Trovadorismo

• O Humanismo

• O Renascimento

• O Quinhentismo Brasileiro

• O arcadismo

• O Barroco: Português e Brasileiro

• O Neoclassicismo em Portugal

• O Romantismo em Portugal

• A poesia romântica brasileira e portuguesa

• A prosa romântica brasileira e portuguesa

• O Realismo e o Naturalismo: Portugal e Brasil

• Contos: Machado de Assis e Eça de Queirós

• O Simbolismo no Brasil

• Compositores românticos do século XIX

• O Simbolismo

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• O Pré-modernismo no Brasil

• Semana de Arte Moderna

• A primeira geração modernista brasileira

• A poesia de Fernando Pessoa

• A segunda geração modernista brasileira: poesia e prosa

• A terceira geração modernista brasileira:

• Tendências contemporâneas

• O desenvolvimento da produção literária africana

• Crônicas de Rubem Braga

• Revisão de obras estudadas

ESCRITA

• Conteúdo temático

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Intencionalidade

• Intertextualidade

• Vozes sociais presentes no texto

• Elementos composicionais do gênero

• Semânticas Operadores argumentativos

• Figuras de linguagem

• Vícios de linguagens

• A origem da Linguagem

• Estrangeirismos

• Fenologia

• Variações Lingüísticas

• Ortografia

• Pontuação

• Acentuação Gráfica

• Estrutura da formação das palavras

• Crase

• Criação de novas palavras

• As classes de palavras

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• Estudo do período simples

• Estudo do período composto

• Concordância verbal / nominal

• Regência verbal / nominal

• Conteúdo temático

• Finalidade do texto

• Operadores argumentativos

• Figuras de linguagem

• Uso de pronomes pessoais e possessivos

• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais o texto,

conectores, pontuação, recursos gráficos (aspas, travessão)

• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto

LEITURA

• Interlocutor

• Finalidade do texto

• Vozes sociais presentes no texto

• Aula de Leitura Semanal

• Aceitabilidade do texto

• Informatividade

• Papel do locutor / interlocutores Adequação do discurso ao gênero

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito

• Contexto de produção da obra literária

• Vozes sociais presentes no texto

• Elementos composicionais do gênero

• Semântica

PRÁTICAS DISCURSIVAS: ORALIDADE, ESCRITA E LEITURA

Atividades de linguagem:

• Produção de texto:

• Debate;

• Entrevista;

• Exposição dissertativa;

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• Resumo

• Paráfrase, paródia;

• Correspondência familiar e oficial;

• Narrativa de ficção e oficial;

• Propaganda;

• Poema;

• Leitura de obras literárias;

• Dramatizações e leitura dramática;

Atividades de reflexão e operação sobre o texto

• Observar, comparar e compreender:

• Função de texto;

• Adequação da forma a situação de uso a aos propósitos do texto;

• Procedimentos de coesão e coerência do texto;

• Diferentes elementos que estruturam;

• O texto narrativo-descritivo:

• Episódios e modos de relacioná-los e organizá-los;

• Personagens e modo de apresentá-las caracterização das personagens e de

ambiente;

• Narrador, seu ponto de vista em relação aos acontecimentos;

• Tempo de narração e tempos de história;

• Valor composicional das operações na relação e organização dos elementos;

• Relação com a realidade sócio-cultural;

• O texto dissertativo:

•Objetivos do autor na narração;

•Argumentos que fundamentam ou contrariam a tese do autor e peso relativo desses

argumentos;

•Conclusões;

•Procedimentos argumentativos;

• O texto poético:

Idéia ou elemento central da construção;

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Recursos sonoros, rítmicos, visuais;

Recursos verbais de construção ao semântico;

Relação com a realidade sócio-cultural;

O texto administrativo/legal:

• A função do texto e situações de uso;

• Sistemas de noções peculiares à área de atuação em questão;

• Elementos da linguagem técnica;

• Modos de redação ou aspectos formais;

• O texto publicitário e jornalístico:

• Informações veiculadas;

• Procedimentos de informação e persuasão;

Atividades relativas ao estudo da literatura:

• Relação sincrônica e diacrônica dos textos literários entre si;

• Relação da literatura com a realidade e sócio-cultural.

Atividades relacionadas ao estudo dos fatos da língua:

• No que se refere ao texto:

• Funções dos textos e formas linguísticas a elas associadas;

• Variações linguísticas, diferentes registros e variações estilísticas: adequação a

forma à situação de uso aos propósitos do texto;

• Estruturação do texto: os procedimentos de coesão e coerência;

• Tipos de modalidade de texto;

• No que se refere à Análise Linguística:

▪ Aspectos descritivos:

▪ Unidades linguísticas (morfemas, palavras, sintagmas, orações);

▪ Categorias gramaticais (gênero, número, grau, pessoa, tempo, modo, orações

reduzidas, etc.);

▪ Relações entre as unidades linguísticas: subordinação e coordenação:

▪ Classificação morfossintática das unidades gramaticais;

▪ Funções determinadas aos elementos dessas relações (sintáticos,: sujeito,

predicado, objetos, semânticas, agente, paciente, instrumento, modo, causa, etc.

▪ Formas-padrão de expressar o tratamento;

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ENCAMINHAMENTO METODOLOGICO ENSINO FUNDAMENTAL

Organizar situações de aprendizado, planejando situações de interação nas quais o

conhecimento seja construído ou tematizado, organizando atividades que recriem situações

enunciativas de outros espaços, planejando e dirigindo atividades didáticas apoiando e

orientando o esforço de ação e reflexão do aluno procurando garantir aprendizagem efetiva.

As atividades de ensino devem contemplar o trabalho de diversidade de textos e

gêneros.

O ensino desta disciplina deve considerar a condição afetiva, cognitiva e social do

adolescente, deste modo implica colocar um fazer reflexivo com o qual se busca construir um

saber sobre a língua e a linguagem e sobre os modos como as opiniões valores e saberes são

veiculados nos discursos orais e escritos.

Deve-se possibilitar o acesso a textos escritos mais complexos, com padrões

linguísticos mais distanciados daqueles da oralidade e com sistema de referência mais

distantes do senso comum e das atividades da vida diária, impondo a necessidade de

percepção da diversidade do fenômeno linguístico e dos valores constituídos em torno das

formas de reflexão.

A mediação do professor deve ser de organizar ações que possibilitem aos alunos o

contato crítico e reflexivo com o diferente e o desvelamento dos implícitos das práticas de

linguagem, inclusive aspectos não percebidos inicialmente pelo grupo.

Em língua portuguesa, levando em conta que o texto, unidade de trabalho, coloca o

aluno sempre em frente a tarefas globais e complexas, para garantir a apropriação efetiva dos

múltiplos aspectos envolvidos e introduzindo-os nas práticas de oralidade, leitura e produção.

Apresentando diferentes textos de diferentes gêneros, para que os alunos construam os

diversos conceitos.

O trabalho com a língua oral deve desenvolver a capacidade de falar que será

adquirida por meio de exposições, relatórios de experiências, entrevistas, debates, teatros,

palestras, leituras dramáticas e saraus literários, organizados pela escola, que envolvam

aspectos temáticos de projetos interdisciplinares. Dentre dessa temática de trabalho, o

professor deve organizar momentos de leitura livre em que ele próprio leia, criando um

circuito de leitura em que se fala o que se leu, trocam-se sugestões, aprendem com

experiências do outro. Para formar bons leitores exercitar-se-á diversos tipos de leitura: leitura

autônoma, colaborativa, em voz alta pelo professor, programada, livre.

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Ao produzir um texto, o aluno precisa coordenar uma série de aspectos: o que dizer a

quem dizer e como dizer. O texto será analisado pelo professor, o qual promoverá eventuais

ajustes na redação, localizando e corrigindo possíveis deslizes no uso da norma culta.

Os procedimentos de refacção começam de maneira externa, pela mediação do

professor que elabora os instrumentos e organiza as atividades que permitem aos alunos sair

do complexo (o texto) ir ao simples (as questões linguísticas e discursivas que estão sendo

estudadas) e retomar ao complexo (o texto). Graças à mediação do professor, os alunos

aprendem não só um conjunto de instrumentos linguísticos discursivos, como também

técnicas de revisão (rasurar, substituir, desprezar). Por meio dessas práticas mediadas, os

alunos se apropriam progressivamente, das habilidades necessárias à auto-correção.

Além da oralidade, leitura e produção de texto, faz-se necessário atividades

epilinguísticas, que envolvam manifestações de um trabalho sobre a língua e suas

propriedades, como de atividades metalinguísticas que envolvam o trabalho de observação,

descrição e categorização, por meio do qual se constroem explicações para os fenômenos

linguísticos característicos das práticas discursivas.

Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a

aprendizagem dos conteúdos selecionados, fazem-se necessários alguns procedimentos

metodológicos:

- Isolamento entre os diversos componentes da expressão oral ou escrita, do fato linguístico a

ser estudado, tomando como ponto de partida as capacidades já dominadas pelos alunos; o

ensino deve centrar-se na tarefa de instrumentalizar o aluno para o domínio cada vez maior da

linguagem;

- Construção de um corpus que leve em conta a relevância, a simplicidade, bem como a

quantidade dos dados, para que o aluno possa perceber o que é regular;

- Análise do corpus, promovendo o agrupamento dos dados a partir dos critérios construídos

para apontar as regularidades observadas;

- Organização e registro das conclusões a que os alunos tenham chegado.

Os aspectos polêmicos inerentes aos temas sociais, por exemplo, abrem

possibilidades para o trabalho com a argumentação — capacidade relevante para o exercício

da cidadania, por meio da análise das formas de convencimento empregadas nos textos, da

percepção da orientação argumentativa que sugerem, da identificação dos preconceitos que

possam veicular no tratamento de questões sociais, etc.

Procurando desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos

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e de assumir a palavra, produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe

ao ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e

transformadora. O exercício do diálogo na explicitação, contraposição e argumentação de

idéias são fundamentais na aprendizagem da cooperação e no desenvolvimento de atitudes de

confiança, de capacidade para interagir e de respeito ao outro. A aprendizagem desses

aspectos precisa, necessariamente, estar inserida em situações reais de intervenção,

começando no âmbito da própria escola.

Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos

textos produzidos pelos alunos. Tomando como ponto de partida o texto produzido pelo

aluno, o professor pode trabalhar tanto os aspectos relacionados às características estruturais

dos diversos tipos textuais como também os aspectos gramaticais que possa instrumentalizar o

aluno no domínio da modalidade escrita da língua.

• Seleção de um dos textos produzidos pelos alunos, que seja representativo das

dificuldades coletivas e apresente possibilidades para discussão dos aspectos priorizados e

encaminhamento de soluções.

• Apresentação do texto para leitura transcrevendo na lousa, reproduzindo-o, usando

papel, transparência ou a tela do computador.

• Análise e discussão de problemas selecionados. Em função da complexidade da

tarefa, não é possível explorar todos os aspectos a cada vez. Para que o aluno possa aprender

com a experiência é importante selecionar alguns, propondo questões que orientem o trabalho.

• Registro das respostas apresentadas pelos alunos às questões propostas e discussão

das diferentes possibilidades em função de critérios de legitimidade e de eficácia

comunicativa.

• Re-elaboração do texto, incorporando as alterações propostas.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

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ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS ENSINO MÉDIO

Os conteúdos serão trabalhados através da oralidade, onde se procura clareza na

exposição de ideias, sequencia lógica na exposição, consistência argumentativa, expansão das

ideias, reconhecimento das intenções na fala do outro, vocabulário adequado do seu

interlocutor (objetivo e assunto), utilização da norma padrão (concordâncias) e percepção a

flexibilidade da língua, privilegiando conversas, relatos, comentários, debates, entrevistas,

hora da novidade.

A prática dessa atividade proporcionará condições para o aluno reconhecer as

intenções na fala de outro, bem como observar as reações de seus interlocutores e adequar sua

fala a eles, utilizando a norma padrão ou a linguagem coloquial de acordo com as

necessidades a situação, percebendo a flexibilidade da língua.

Na leitura, a necessidade de propiciar ao aluno diversidade de texto, nos quais seja

capaz de perceber a prática da leitura não como mera decodificação e sim distinguir os

diferentes tipos, apropriando-se de seu sentido mais profundo, reconhecendo a intenção e

especificidade nos diferentes tipos de discursos, como o texto de instrução, narrativos e

opinativos.

Desenvolver no aluno a capacidade de compreender textos orais e escritos e de

assumir a palavra produzindo textos em situações de participação social, o que se propõe ao

ensinar os diferentes usos da linguagem é o desenvolvimento da capacidade construtiva e

transformadora.

Na escrita, “o domínio implica conhecer e saber utilizar as diferentes organizações

textuais, recursos expressivos e sinais gráficos convencionais para que o texto produzido

cumpra sua função”.

Para isso é preciso criar situações, nas quais escrever seja uma necessidade,

observando a função real da escrita na sociedade. Partindo da hipótese de quem será seu

interlocutor, o aluno escolherá o gênero discursivo e linguagem adequada às circunstancias.

Ao organizar atividades de análise linguística que possibilitam aos alunos a

aprendizagem dos conteúdos faz-se necessário o isolamento entre os diversos componentes da

expressão oral e escrita, do fato linguístico a ser estudado, tomando como ponto de partida as

capacidades já dominadas pelos alunos; o ensino deve centrar-se na tarefa de instrumentalizar

o aluno para o domínio cada vez maior da linguagem e produção. Promover o agrupamento de

dados, organização e registro das conclusões a que os alunos tenham chegado.

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Um dos aspectos fundamentais da prática de análise linguística é a refacção dos

textos produzidos pelos alunos e re-elaboração do texto, incorporando as alterações propostas.

Na literatura, “As atividades promoverão o conhecimento teórico e prático dos

fenômenos literários particulares e gerais, que envolvam problemas sociais, econômicos,

artísticos, culturais e psicológicos”.

Procurarão despertar o hábito e o gosto pela leitura, fazendo da mesma prazer e lazer,

descobrindo a história de um povo, de uma época, usos e costumes, idéias essenciais e

secundárias, relações com a realidade atual, espaços, ambientes, manejo de tempo,

personagens e suas características, tipos de linguagem.

Os alunos com necessidades especiais terão atendimento individualizado; na

oralidade: auxílio de colegas através de linguagem de sinais, desenhos, gestos; na escrita:

textos fotocopiados, digitados, escritos no quadro de giz; na leitura: através de interpretação

ou sinais. As avaliações serão feitas de maneira diferenciada.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL

A avaliação deve ser compreendida, como conjunto de ações organizadas, com a

finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprendeu. Ela é um instrumento que

possibilita ao professor analisar criticamente sua prática educativa e também possibilita ao

aluno saber sobre seus avanços, dificuldades e possibilidades, a qual deve ocorrer durante

todo o processo de ensino e aprendizagem. Deve ser compreendido como constitutiva da

prática educativa, dado que é análise das informações obtidas ao longo do processo de

aprendizagem, possibilitando ao professor a organização de sua ação de maneira adequada e

com melhor qualidade.

A avaliação atua como um elemento balizador das pautas intencionais e das

intervenções pedagógicas, sendo dialeticamente constitutiva dos sujeitos envolvidos no

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processo aprendizagem.

Esta precisa acontecer num contexto que seja possibilitado ao aluno reflexão sobre os

conhecimentos construídos, precisando ser compreendida como reflexiva e autonomista.

Ao se avaliar, deve-se buscar informações não apenas referentes ao tipo de

conhecimento que o aluno construiu. Para isso, o professor precisa construir formas de

registros obtendo assim informações relevantes à organização da ação pedagógica. Assim, as

anotações, correções e comentários do professor sobre as produções do aluno devem oferecer

indicações claras para que este possa efetivamente melhorar.

Além disso, para a constituição da autonomia do aluno, coloca-se a necessidade de

construção de instrumentos de auto-avaliação que lhe possibilitem a tomada de consciência

sobre o que sabe, o que deve aprender, o que precisa saber fazer melhor e que favoreça maior

controle da atividade, a partir da auto-análise de seu desempenho.

O aluno será avaliado nos seguintes critérios:

• Demonstre compreensão de textos orais, nos gêneros previstos para a série, por

meio da retomada dos tópicos do texto.

• Atribua sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente diante deles.

• Leia, de maneira independente, textos com os quais tenha construído familiaridade.

• Compreenda textos a partir do estabelecimento de relações entre diversos

segmentos do próprio texto e entre o texto e outros diretamente implicados por ele.

• Selecione procedimentos de leitura adequados a diferentes objetivos e interesses

(estudo, formação pessoal, entretenimento, realização de tarefa) e a características de gênero e

suporte.

• Posicione-se argumentativamente.

• Coordene estratégias de leitura não-lineares utilizando procedimentos adequados

para resolver dúvidas na compreensão e articular informações textuais com conhecimentos

prévios.

• Produza textos orais, nos gêneros previstos para a série, considerando as

especificidades das condições de produção.

• Produza textos na modalidade escrita em gêneros, considerando as especificidades

das condições de produção.

• Escreva textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas pelo gênero.

• Produza textos utilizando alguns recursos próprios do padrão escrito relativos à

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paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em função do projeto textual.

• Escreva textos sabendo utilizar os padrões de escrita, observando regularidades

linguísticas e ortográficas.

• Revise os próprios textos com o objetivo de aprimorá-los.

• Utilize os conceitos e procedimentos constituídos na prática de análise linguística.

LEITURA

Espera-se que o aluno;

• identifique o tema;

• realize leitura compreensiva do texto;

• posicione-se argumentativamente;

• amplie seu horizonte de expectativas;

• amplie seu léxico;

• identifique a ideia principal do texto.

• analise as intenções do autor;

• localize informações explícitas e implícitas no texto;

• perceba o ambiente no qual circula o gênero;

• deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.

• reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;

• compreenda as diferentes decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo;

• identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;

• conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes

e elementos do texto.

• realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas;

• reconheço palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;

• reconheça o estilo, próprio de diferentes gêneros.

ESCRITA

Espera-se que o aluno:

• expresse as ideias com clareza;

• elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor,

atendendo:

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• às situações de produções propostas (gênero, interlocutor, finalidade...);

• à continuidade temática;

• diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;

• use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, etc;

• empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo;

• entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

sequenciação do texto;

• use recursos textuais como coesão e coerência, informatividade, intertextualidade,

etc;

• utilize adequadamente recursos linguísticos como pontuação, uso e função do

artigo, pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção, etc.;

• perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos, bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do

texto;

• reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.

ORALIDADE

Espera-se que o aluno:

• utilize discursos de acordo com a situação de produção (formal/informal);

• apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;

• compreenda argumentos no discurso do outro;

• explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonações, pausas, gestos,

etc;

• respeite os turnos de fala.

• exponha objetivamente seus argumentos;

• organize a sequência de sua fala;

• analise os argumentos dos colegas de classe em sua apresentações e/ou nos

gêneros orais trabalhados;

• participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, etc.

• obtenha fluências na exposição oral,em adequação ao gênero proposto;

• utilize conscientemente expressões faciais corporais e gestuais, pausas e

entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos.

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• analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas, infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem, entre outros.

Durante o bimestre, o professor acompanhará o desempenho dos alunos nas

produções e reestruturação de texto, avaliações de leitura e escrita, apresentações orais e nas

atividades desenvolvidas diariamente, oferecendo aos educandos momentos de recuperação

imediata de estudos, visto que não haverá recuperação final. Desta forma, a avaliação passa a

ser compreendida como um processo interativo entre professor e aluno assegurando o sucesso

de ambos.

AVALIAÇÃO ENSINO MÉDIO

É um processo de ensino-aprendizagem pelo qual se percebe a apropriação do

conhecimento por meio do progresso e de conquistas numa observação contínua e cumulativa.

O professor registrará todas as observações realizadas durante todo o processo, para ter

condições de ir redirecionando seu trabalho, no sentido de ajudar os alunos a construírem

novos conhecimentos. Além das observações serão organizadas outras atividades avaliativas,

tais como: auto-avaliação do aluno, trabalhos coletivos e individuais, entrevistas, contação de

histórias e produções de texto.

Espera-se que o aluno efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos

verbais e não-verbais, localize informações explícitas e implícitas, produza inferências,

posicione-se argumentativamente, amplie seu léscico, identifique a ideia principal e o tema do

texto. Referente à obra literária: amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes

estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico atual.

Na escrita espera-se que o aluno expresse ideias com clareza, elabore textos

atendendo: às situações de produção propostas; diferencie o contexto de uso da linguagem

formal e informal, utilize adequadamente recursos linguísticos, empregue palavras ou

expressões no sentido conotativo, use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos e entenda o estilo próprio de cada gênero.

Na oralidade espera-se que o aluno utilize seu discurso de acordo com a situação,

apresente ideias com clareza, tenha fluência na exposição oral, compreenda os argumentos do

discurso do outro, defenda claramente suas ideias, respeite os turnos de fala, contra-arguente

ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas, diálogos, discussões,

etc. Utilize elementos extralinguísticos nas associações orais.

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Durante o bimestre o professor acompanhará o desempenho dos alunos, oferecendo

momentos de recuperação imediata de estudos e várias oportunidades de avaliação para que o

aluno venha a ter um melhor rendimento ao final desse período. Visto que não haverá

recuperação final.

O Projeto Político Pedagógico contempla a avaliação contínua da aprendizagem dos

alunos. Avaliar o grau de domínio das noções ensinadas apenas tem sentido se servir de

parâmetros para revisão do próprio saber escolar e da condição pedagógica do professor. A

avaliação deve ser compreendida como um processo interativo, pelo qual o professor e o

aluno assumem uma constante tarefa de construção e reconstrução do conhecimento,

assegurando o sucesso. As atividades de avaliação nunca se esgotam em si mesmas, mas tem

de ser vistas como uma oportunidade de reflexão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS – ENSINO FUNDAMENTAL

CEREJA, Robert Willian – Português, Linguagens.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais; Paraná,. Julho,

2006.

KRAMER, Sônia. Escrita, experiência e formação: múltiplas possibilidades de criação escrita,

In. A experiência da escrita

LUFT, Celso Pedro – Mini Luft – Editora Ática.

SOARES, Magda - Uma proposta para letramento – Editora Moderna.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - ENSINO MÉDIO

AMARAL, Emilia (et. Al). Português: Novas Palavras: Literatura, Gramática e Redação.

São Paulo, FTD, 2000.

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CAMPEDELLI, Samira Youssel e SOUZA, Jesus Barbosa. Literatura Brasileira e Portuguesa.

1ª Edição. São Paulo. Saraiva, 2000.

CEREJA, Willian Roberto. Português: Linguagens. Vol único. São Paulo. Atual, 2003.

FARACO, Carlos Alberto. Oficina de Texto. Cristóvão Tezza. Curitiba: Livro do Eleotório;

1999.

FARACO, Carlos Alberto; Português: Língua e Cultura Ensino Médio, Curitiba, Base

Editora, 2005.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais, Paraná, Julho,

2006.

LUFT, Celso Pedro. Mini dicionário Luft. São Paulo, 17ª ed., 1999.

TERRA, Ernani. Gramática, Literatura e Produção de texto para o Ensino Médio – curso

completo.

TREVISAN, Zizi. O Leitor e o Diálogo dos Signos. São Paulo. Cliper Editora, 2000.

TUFANO, Douglas. Estudos de Literatura Brasileira. 5ª Edição, Revisado e Ampliado. São

Paulo, Moderna, 1995.

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PROPOSTA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Em cada período histórico, a disciplina de Ensino Religioso assumiu diferentes

características pedagógicas e legais dentro dos currículos escolares no Brasil.

Embora no contexto do Brasil Colônia não seja possível falar em políticas públicas

para a educação e também numa disciplina denominada de Ensino Religioso, a primeira

forma de inclusão dos temas religiosos na educação Brasileira ocorreu várias atividades de

evangelização promovidas pelas instituições religiosas de confissão católica, com meta de

apresentar o conjunto de preceitos e sacramentos da Igreja Católica Apostólica Romana.

Com o advento da República e do ideal positivista de separação entre Estado e Igreja,

surgiu, entre os defensores da República, o impulso de dissolver o modelo de educação

baseado na catequese religiosa.

Em 1934, o Estado Novo implantou a disciplina de Ensino Religioso nos currículos

da educação pública, salvaguardando o direito individual de liberdade de credo. Era, portanto,

garantida a existência da disciplina na educação pública e, por outro lado, era de caráter

facultativo para os estudantes não católicos.

Essa orientação formal do Ensino Religioso se manteve nas legislações até meados

da década de 60. A Constituição de 1934 procurava manter um caráter facultativo da

disciplina, mas procurava-se ainda implantar a abertura de um espaço público também para as

religiões minoritárias no quadro da educação, pois a concepção de religião desse período,

abordava unicamente a doutrina cristã.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, promulgada em 1948, afirmava em

seu XVIII artigo o seguinte:

Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este

direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa

religião ou crença pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância isolada ou

coletivamente, em público ou em particular.

No Brasil, na década de 60, o aspecto confessional do Ensino Religioso foi suprimido

do inciso IV do artigo 168 da Constituição de 1967: "o ensino religioso, de matrícula

facultativa, constituirá disciplina dos horários normais das escolas oficiais de grau primário e

médio".

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O Ensino Religioso aconfessional e público se concretizou legalmente na redação da

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 e sua respectiva correção, em 1997,

pela Lei 9.475. De acordo com o artigo 33 da LDBEN, o Ensino Religioso recebeu a seguinte

caracterização:

Art. 33 — O Ensino Religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da

formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de

Educação Básica assegurado o respeito à diversidade religiosa do Brasil, vedadas quaisquer

formas de proselitismo.

§1 — Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição dos

conteúdos do Ensino Religioso e estabelecerão as normas para a habilitação e admissão de

professores.

§2 — Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes

denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.

Foi proposto um modelo laico e pluralista, a perda do aspecto confessional rompeu

com o modelo de ensino dos assuntos religiosos, vigente desde as primeiras formas de

consideração da religião na educação, brasileira, e impôs aos profissionais responsáveis pela

disciplina de Ensino Religioso a tarefa de repensar a fundamentação teórica sobre a qual se

apoiar, os conteúdos a serem trabalhados em sala, a metodologia a ser utilizada no ensino, etc.

Surgiram, desde então, oriundas dos mais diversos setores da sociedade civil, propostas

pedagógicas que pretendem, cada uma delas, encerrar a melhor maneira de se planejar o

Ensino Religioso laico previsto nas leis supracitadas nas Diretrizes Curriculares da Educação

Básica.

Religião e conhecimento religioso estão inter-relacionados aos aspectos culturais,

sociais, econômicos e políticos. Portanto, a disciplina de Ensino Religioso na escola

fundamental deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões e

organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do

conhecimento. Deve-se efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do

preconceito Religioso e voltada ao respeito da diversidade cultural e religiosa.

Assim, a disciplina de Ensino Religioso oferece subsídios para que os estudantes

entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o

Sagrado. Essa abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços por

elas produzidos, em suas marcas de religiosidade.

Em termos metodológicos propõe-se nessa proposta com base nas diretrizes, um

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processo de ensino e de aprendizagem que estimule a construção do conhecimento pelo

debate, pela apresentação da hipótese divergente, da dúvida — real e metódica —, do

confronto de ideias, de informações discordantes e, ainda, da exposição competente de

conteúdos formalizados.

Serão abordados conteúdos escolares que tratem das diversas manifestações culturais

e religiosas, dos seus ritos, das suas paisagens e símbolos, e as relações culturais, sociais,

políticas e econômicas de que são impregnadas as formas diversas de religiosidade.

A disciplina de Ensino Religioso deve propiciar a compreensão, comparação e

análise das diferentes manifestações do Sagrado, com vistas à interpretação dos seus múltiplos

significados.

O objeto de estudo será o Sagrado, termo que se origina do termo latino sacrátus e do

ato de sagrar, refere-se ao atributo de algo venerável, sublime, inviolável e puro. Assim, o

Sagrado remete sempre a algo que lhe sirva de suporte. O espaço e o sentido do Sagrado,

constitui-se, no contexto da educação laica e republicana, as interpretações e experiências do

Sagrado compreendidas racionalmente como resultado de representações construídas

historicamente no âmbito das diversas culturas e tradições religiosas e filosóficas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/ BÁSICOS DA DISCIPLINA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Paisagem Religiosa

Universo Simbólico Religioso

Textos Sagrados

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Organizações Religiosas

- Organizações Monoteístas

- Organizações Politeístas

• Lugares Sagrados:

- Lugares Sagrados Materiais (templos, igrejas, capelas, cemitérios, etc.)

- Lugares Sagrados Naturais (rios, lagos, montanhas, grutas, caminhos etc.)

• Textos Sagrados orais ou escritos

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• Universo Simbólico Religioso

- Tipos de Símbolos Religiosos

- Máscaras religiosas

- Vestimentas religiosas

• Temporalidade Sagrada

• Festas Religiosas

• Vida e Morte

• Respeito à diversidade religiosa

- Religiões Tribais

- Religiões Afro-descendentes

- Religiões Cristãs

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à

liberdade religiosa;

- Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão;

- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas;

- Direitos Humanos e sua vinculação com o sagrado;

• Rituais Religiosos

- Tipos de Rituais Sagrados

- Ritos de passagem

Serão trabalhados no decorrer do ano, na medida em que surgirem oportunidades:

educação ambiental, sexualidade, enfrentamento a violência na escola, prevenção ao uso

indevido de drogas, educação fiscal, história e cultura afro-brasileira e africana.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Propõem-se aulas de forma dialogada, a partir da experiência religiosa do aluno e de

seus conhecimentos. O professor deve posicionar-se de forma clara, objetiva e crítica quanto

ao conhecimento sobre o Sagrado e seu papel sócio-cultural, exercendo o papel de mediador

entre os saberes que o aluno já possui e os conteúdos a serem trabalhados em sala de aula.

Inicialmente o professor anuncia aos alunos o conteúdo que será trabalhado e dialoga

com eles para verificar o que conhecem sobre o assunto e que uso fazem desse conhecimento

em sua prática social cotidiana. Evidencia-se, assim, que qualquer assunto a ser desenvolvido

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em aula está, de alguma forma, presente na prática social dos alunos. Em seguida, propõe-se a

problematização do conteúdo, levando o aluno para a construção do conhecimento.

Será estabelecida uma relação pedagógica frente ao universo das manifestações

religiosas, tomando-o como construção histórico- social e patrimônio cultural da humanidade.

Será respeitado o direito à liberdade de consciência e a opção religiosa do educando.

No desenvolvimento dos referidos conteúdos utilizar-se-a de textos, desenhos,

documentários, entre outros recursos para leitura, interpretação e e resolução de atividades

individuais em duplas e em grupos. Poder-se –a também fazer apresentações (teatro, jogral,

exposições de cartazes, músicas, etc).Serão utilizados os recursos tecnológicos (Tv pen drive,

laboratório de informática) e livros da biblioteca bem como textos, materiais recebidos em

cursos e o caderno pedagógico (O Sagrado no Ensino Religioso).

Durante o ano letivo também serão trabalhados, se necessário, os desafios

educacionais contemporâneos através de debates, pesquisas, leituras e discussões, que possam

contribuir para a construção do conhecimento do aluno.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

O Ensino Religioso não se constitui como objeto de reprovação, bem como não terá

registro de notas ou de conceitos na documetação escolar, isso se justifica pelo caráter

facultativo de matrícula na disciplina.

Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos

integrantes do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor

a implementação de práticas evaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação

de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os

seus objetivos.

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Para atender a esse propósito, o professor terá que elaborar instrumentos que o

auxiliem o registrar o quanto o aluno e a turma se apropriaram ou têm se apropriado dos

conteúdos tratados nas aulas de Ensino Religioso. Significa dizer que se busca com o processo

avaliativo é identificar em que medida os conteúdos passam a ser referenciais para a

compreensão das manifestações do Sagrado pelos alunos e para melhorar a vivência dos

alunos enquanto cidadãos conscientes.

Os alunos com necessidades especiais serão avaliados de forma diferenciada

conforme LDB 9394/96 capítulo V – artigo 58.

A avaliação é parte integrante do processo ensino-aprendizagem, será feita avaliações

escritas individuais ou em grupo, resumos, redações, cartazes, debates, jogos e outros que

possam identificar se existe a necessidade de recuperação de conteúdos ou estudos, que

poderá ser feita através de outras formas de avaliação, como vídeos, debates, seminários e

registros escritos.

Espera-se que o aluno:

- estabeleça discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica;

- desenvolva uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural;

– reconheça que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade de cada

grupo social.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CADERNO PEDAGÓGICO. O Sagrado no Ensino Religioso. Secretaria do Estado da

Educação, 2008.

BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo, Ática, 1997.

BUENO, Regina Maria da Rocha Louros. Diversidade Religiosa e Direitos Humanos. Círculo

de Cooperação da URI, Curitiba, 2005.

Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso par o Ensino Fundamental, Secretaria de Estado

de Educação. Superintendência da Educação.

ASSINTEC. Sugestão de proposta pedagógica para o Ensino Religioso. Curitiba, 2002.

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PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

As origens da matemática perdem-se no tempo. Os mais antigos registos

matemáticos de que se tem conhecimento datam de 2400 a.C. Progressivamente, o homem foi

refletindo acerca do que se sabia e do que se queria saber. Algumas tribos apenas conheciam o

"um", "dois" e "muitos". Os seus problemas do cotidiano, como a contagem e a medida de

comprimentos e de áreas, sugeriram a invenção de conceitos cada vez mais perfeitos. Os

"Elementos" do grego Euclides (séc. IV a.C.) foram dos primeiros livros de matemática que

apresentaram de forma sistemática a construção dos teoremas da geometria e a matemática

começou por ser "a ciência que tem por objeto a medida e as propriedades das grandezas"

(dicionário), mas atualmente é cada vez mais a ciência do padrão e da estrutura dedutiva.

Como afirmou P. Dirac, as matemáticas são a ferramenta especialmente adaptada ao

tratamento das noções abstratas de qualquer natureza e, neste domínio, seu poder é ilimitado.

foram utilizados no ensino em todo o mundo até ao século XVII. Mesmo a antiquíssima

Astrologia proporcionou o desenvolvimento da matemática, ao exigir a construção de

definições e o rigor no cálculo das posições dos astros.

A matemática sempre desempenhou um papel único no desenvolvimento das

sociedades. Por exemplo, numa situação de guerra, o exército que possui mais conhecimentos

de matemática tem maior poder traduzido nas máquinas mais perfeitas e melhor adaptadas.

Até ao séc. XVI apenas as pessoas com dinheiro ou os sacerdotes poderiam

despender tempo no estudo da matemática. De há quatrocentos anos para cá, a monarquia e o

clero deixaram de ser os únicos que financiaram a matemática, passando este papel a ser

desempenhado pelas universidades e pelas empresas (como por exemplo a IBM). Ao contrário

do que muitos pensam, a matemática não consiste apenas em demostrar teoremas ou em fazer

contas, ela um autêntico tesouro para a civilização devido aos diversos conhecimentos

envolvidos. E sabendo isso, atualmente poucos são os países em que não se cria matemática

nova, publicando-se assim em todo o mundo alguns milhares de revistas exclusivamente de

matemática.

A matemática é a ciência dos números e dos cálculos. Desde a antiguidade, o homem

utiliza a matemática para facilitar a vida e organizar a sociedade. A matemática foi usada

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pelos egípcios nas construção de pirâmides, diques, canais de irrigação e estudos de

astronomia. Os gregos antigos também desenvolveram vários conceitos matemáticos.

Atualmente, esta ciência está presente em várias áreas da sociedade como, por exemplo,

arquitetura, informática, medicina, física, química etc. Podemos dizer, que em tudo que

olhamos existe a matemática.

A matemática que se estuda na escola aplica-se facilmente às necessidades

quotidianas. Isto é obvio até ao 9º ano mas no ensino secundário parece que ela não tem tanta

utilidade. Mas não é por acaso que se estuda matemática nas escolas.

Antes de mais, ela é útil para promover o pensamento estruturado e o raciocínio

rigoroso. Por outro lado, a sociedade evoluiu exigindo cada vez mais conhecimentos

matemáticos a todos os cidadão. Um arquitecto dirá que a Matemática é útil para auxiliar a

percepção e a criação da beleza; um engenheiro dirá que é útil para reforçar e aprovar

experiências; um físico dirá que é útil por ser a linguagem da ciência; um político dirá que a

Matemática orienta-o na administração e na implementação de leis; um psicólogo afirmará

que auxilia-o no tratamento estatístico de inquéritos; um matemático mostrará que um corpo

matemático é útil quando for aplicável a outro corpo. A matemática é um saber necessário a

todas as disciplinas e ciências, devido ao seu rigor. Deste modo se mostra que as outras

ciências não se desenvolveriam se a matemática não existisse e não fosse estudada.

De certa forma todos somos matemáticos e fazemos matemática com regularidade:

fazer as contas das compras; escolher itinerários; relacionar conjuntos de bens; inferir e

concluir a partir de premissas; etc. E confiamos sempre na exatidão dos nossos raciocínios até

prova em contrário.

Podemos considerar que a aprendizagem da matemática nas escolas é paralela ao

desenvolvimento da humanidade. O Homem há 10 mil anos mal sabia contar e agora calcula a

trajetória de um satélite. De modo semelhante, uma criança aprende a contar com 6 anos e ao

longo da sua adolescência vai aprendendo em pouco tempo aquilo que levou anos e anos a ser

inventado. A matemática conhecida por um aluno do 9º ano impressionaria o rei D. Afonso V

e certamente o convidaria para trabalhar na corte.

Para saber matemática é indispensável conhecer as suas definições e saber utilizá-las

adequadamente. Ao longo do estudo, cada vez são necessárias mais definições que utilizam as

já conhecidas. Por isso, não saber a tabuada dificulta ou impossibilita o cálculo das operações

com números relativos e depois prejudicará a resolução de equações e mais tarde o estudo de

funções, . . . A matemática é como um grande arranha-céus: se esqueces as bases podes perder

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o prédio todo. As definições da matemática são elementares mas relacionadas. Enquanto se

estuda matemática vai-se conhecendo as definições, alguns exemplos, observações e

finalmente resolve-se exercícios.

Para saber matemática é necessário estudar, estudar, estudar. É este o segredo do

sucesso.

A matemática deve ser entendida no contexto da prática escolar como componente

necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes

compreendam a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade.

As matemáticas, surgidas na Antiguidade por necessidades da vida cotidiana, tem se

transformado em um imenso sistema de variadas e extensas disciplinas. Como as demais

ciências, refletem as leis do mundo que nos rodeia e servem de potente instrumento para o

conhecimento e domínio da natureza. Pelo alto nível de abstração que caracteriza as

matemáticas trazem consigo que todos os seus ramos sejam inacessíveis aos que não são

especialistas. Esta qualidade abstrata das matemáticas deu lugar, já na antiguidade a noções

idealistas sobre sua independência a respeito do mundo material.(ALEKSANDROV et al.

1985, p.11).

A história da Matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades, na

criação de situações-problemas, na busca de referência para compreender melhor os conceitos

matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para aceitação de determinados

fatos, raciocínios e procedimentos.

Segundo Miguel & Miorin, 2004, “para promover uma aprendizagem significativa é

importante que o conhecimento matemático seja construído historicamente a partir de

situações concretas e necessidades reais.

No entanto, a Matemática é um saber vivo, o qual vem sendo construído ao longo da

história passando por várias tendências com diferentes concepções.

O desenvolvimento tecnológico no mundo globalizado exige pessoas criativas,

versáteis, capazes de entender o processo de trabalho como um todo, dotados de autonomia e

iniciativa, para resolver problemas em equipe, interpretar informações e adaptar-se a novos

métodos, comunicar-se fazendo uso de diferentes formas de representação e para utilizar

diferentes tecnologias e linguagens que vão além da comunicação oral e escrita.

Cabe a escola desafiar os alunos para que eles possam desenvolver atitudes de

responsabilidade frente as exigências da sociedade, portanto a matemática considerada como

ciência básica no desenvolvimento científico e tecnológico deve ser fundamentada na ação

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reflexiva envolvendo aspectos pedagógicos, cognitivos e sociais.

As finalidades do ensino da Matemática visando a construção da cidadania indicam

com objetivos do ensino fundamental levar o aluno a identificar os conhecimentos

matemáticos com meios para compreender e transformar o mundo a sua volta e perceber o

carácter de jogo intelectual, característico da matemática, como aspecto que estimula o

interesse, a curiosidade, o espírito de investigação e o desenvolvimento da capacidade para

resolver problema; fazer observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos da

realidade, estabelecendo interrelações entre eles, utilizando o conhecimento matemático

(aritmético, geométrico, métrico, algébrico, estatístico, combinatório, probabilístico);

selecionar, organizar e produzir informações relevantes, para interpretá-las e avaliá-las

criticamente; resolver situações-problema, sabendo validar estratégias e resultados,

desenvolvendo formas de raciocínios e processos, como intuição, indução, dedução, analogia,

estimativa, e utilizando conceitos e procedimentos matemáticos, bem como instrumentos

tecnológicos disponíveis, comunicar-se matematicamente, ou seja, descrever, representar e

apresentar resultados com precisão e argumentar sobre suas conjecturas, fazendo uso da

linguagem oral e estabelecendo relações entre ela e diferentes representações matemáticas;

estabelecer conexões entre temas matemáticos de diferentes campos e entre esses temas e

conhecimentos de outras áreas curriculares; sentir-se seguro da própria capacidade de

construir conhecimentos matemáticos desenvolvendo a auto estima e a perseverança na busca

de soluções; interagir com seus pares de forma cooperativa, trabalhando coletivamente na

busca de soluções para problemas propostos, identificando aspectos consensuais ou não na

discussão de um assunto, respeitando o modo de pensar dos colegas e aprendendo com eles.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO

FUNDAMENTAL

Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

Sistemas de numeração;

- Números Naturais;

- Múltiplos e divisores;

- Potenciação e radiciação;

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Números e Álgebra

- Números fracionários; decimais; inteiros;

- Números Racionais e Irracionais;

- Equação e Inequação do 1º Grau;

- Razão e proporção;

- Regra de três simples.

- Potências;

- Monômios e Polinômios;

- Produtos Notáveis.

- Números Rais;

- Propriedades dos radicais;

- Equação do 2º grau;

- Teorema de Pitágoras;

- Equações Irracionais; Biquadradas;

- Regra de Três Composta.

Grandezas e medidas

- Medidas de comprimento;

- Medidas de massa;

- Medidas de área;

- Medidas de volume;

- Medidas de tempo;

- Medidas de ângulos;

- Sistema monetário.

- Medidas de temperatura;

- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

Trigonometria no Triângulo Retângulo.

Geométricas

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial.

- Geometrias não-euclidianas.

- Geometria Analítica;

- Dados, tabelas e gráficos;

- Percentagem

- Pesquisa Estatística;

- Média Aritmética;

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Tratamento da informação

- Moda e mediana;

- Juros simples.

- Gráfico e Informação;

- População e amostra.

- Noções de Análise Combinatória;

- Noções de Probabilidade;

- Estatística;

- Juros compostos.

Funções - Noção intuitiva de Função Afim.

- Noção intuitiva de Função Quadrática.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS DO ENSINO MÉDIO

Conteúdos estruturantes Conteúdos Básicos

Números e Álgebra

- Números Reais;

- Números Complexos;

- Sistemas lineares;

- Matrizes e Determinantes;

- Polinômios-

- Equações e Inequações Exponenciais,

Logarítmicas e Modulares.

Grandezas e medidas

- Medidas de Área;

- Medidas de Volume;

- Medidas de Grandezas Vetoriais;

- Medidas de Informática;

- Medidas de Energia;

- Trigonometria.

Funções

- Função Afim;

- função Quadrática;

- Função Polinomial;

- Função Exponencial;

- Função Logarítmica;

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- Função Trigonométrica;

- Função Modular;

- Progressão Aritmética;

- Progressão Geométrica.

Geometrias

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometrias não-euclidianas.

Tratamento da informação

- Análise Combinatória;

- Binômio de Newton;

- Estudo das Probabilidades;

- Estatística;

- Matemática Financeira.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Os conteúdos básicos do ensino fundamental deverão ser abordados de forma

articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação dos conceitos

pertinentes à disciplina de matemática. A abordagem dos conteúdos nesse nível de ensino de

ser numa perspectiva de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em

séries anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências provenientes das

vivências dos alunos deverão ser aprofundados e sistematizados ampliando-os e

generalizando-os. É importante a utilização de recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos

como instrumentos de aprendizagem.

Os conteúdos básicos de matemática no ensino médio deverão ser abordados

articuladamente, contemplando os conteúdos ministrados no ensino fundamental e também

através da intercomunicação dos conteúdos estruturantes. Para as abordagens dos conteúdos

ministrados neste nível de ensino, visando desenvolver os conhecimentos matemáticos a partir

do processo dialético que possa intervir como instrumento eficaz na aprendizagem das

propriedades e relações matemáticas, bem como as diferentes representações e conversões

através da linguagem e operações simbólicas, formais e técnicas. É importante a utilização de

recursos didáticos pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de aprendizagem.

Os procedimentos e estratégias a serem desenvolvidas pelo professor objetivam

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garantir ao aluno o avanço a estudos posteriores, na aplicação dos conhecimentos

matemáticos em atividades tecnológicas, cotidianas da ciências e da própria ciência

matemática.

Em relação as abordagens destacasse a analise e interpretação crítica para realização

de problemas não somente pertinentes para a ciência matemática para como as demais

ciências que em determinado momento fazem uso da matemática.

Os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos deverão ser articulados

com relações de interdependência, permitindo abordagens não fragmentadas e com vínculos

dos conteúdos de ensino.

As tendências metodológicas da Educação matemática que fundamentam a prática

docente são: resolução de problemas, modelagem matemática, mídias tecnológicas,

etnomatemática, história da matemática, investigações matemáticas.

Na resolução de problemas os estudantes deverão ter oportunidade de aplicar

conhecimentos adquiridos em novas situações, para resolver questões propostas, sendo assim,

o professor deverá explorar a exposição oral e resolução de exercícios variados, pois esta

prática possibilita a compreensão dos argumentos matemáticos e ajuda os alunos a perceber o

conhecimento passível de ser aprendido, estimula a discussão, o pensamento, a elaboração de

estratégia, hipóteses, registros, desenhos, ou outros recursos favorecerão a formação do

pensamento matemático livre de regras, para se chegar a uma solução aceitável os alunos

devem: compreender o problema, destacar informações, dados importantes do problema,

elaborar um plano de resolução, executar o plano, conferir resultados, estabelecer nova

estratégia.

A etnomatemática são as matemáticas produzidas pelas diferentes cultura, seu papel

é reconhecer e registrar questões de relevância social que produzem conhecimento

matemático, portanto deve-se valorizar a história dos estudantes, suas raízes culturais nos

aspectos: memoria cultural, códigos, símbolos mitos e maneiras de relacionar e inferir, o

trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com o ambiente do indivíduo e

suas manifestações culturais e relações de produção e trabalho.

A modelagem matemática propõe a valorização do aluno no contexto social, assim, a

problematização de situações do cotidiano devem ser exploradas valorizando fenômenos

físicos, biológicos e sociais, possibilitando ao aluno a intervenção nos problemas reais, do

meio social e cultural em que vive, este deverá ser compatível com o conhecimento do aluno,

e oportunizando novas aprendizagens, a modelagem é assim, uma arte, ao formular, resolver e

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elaborar expressões que sirva de suporte para aplicações e teorias.

Para dinamizar os conteúdos curriculares e potencializar o processo pedagógico o

uso dos recursos tecnológicos da Internet entre outros aplicativos devem ser estimulados.

Construções gráficas devem ser realizadas com o uso dos computadores. Abordar

atividades matemáticas com os recursos tecnológicos enfatizando a experimentação e levando

a argumentação e conjecturas sobre as atividades experimentadas.

A história da matemática no contexto escolar é importante para que os alunos

compreendam sua natureza e sua relevância na vida da humanidade. Vincular as descobertas

matemáticas aos fatos sociais e políticos. Ajuda a elaborar atividades e ao aluno, ajuda

entender e aceitar determinados conceitos matemáticos. Ajuda ao aluno entender o

conhecimento matemático a partir de situações concretas e necessidades reais.

A Investigação Matemática é recomendada pelos estudiosos e não significa que os

alunos tenham que lidar com problemas muito sofisticados, mas sim interessantes. Podem ser

desencadeados a partir da resolução de simples exercícios. O que distingue a resolução de

problemas de um exercícios é que na resolução de problemas o aluno tem que estabelecer uma

estratégia de ação, e no exercício ele pode apenas aplicar um método já conhecido. Na

investigação o problema é aberto e o professor não explicita o objetivo mas indica o método,

assim uma mesma situação problema poderá ter resultados diferentes. As investigações

matemáticas envolvem conceitos, procedimentos e representações matemáticas e carateriza-se

pelo estilo demonstração. A investigação matemática propõe conhecer o que não se sabe.

Podemos ainda articular as diferentes tendências metodológicas para uma maior

eficácia do processo de ensinar e aprender. Pode-se utilizar da interdisciplinaridade para

facilitar a compreensão ou propiciar a compreensão de um modelo matemático. As mídias,

como softwares com planilhas eletrônicas, facilitando e agilizando a resolução de atividades.

Pretende-se que ao partir de situações vivenciadas do estudante e transcenda para o

conhecimento valido cientificamente, podendo se encontrado na etnomatematica, podendo

transitar por todas as tendências.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

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nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

No processo da avaliação a sondagem diagnóstica antes de um novo conteúdo é de

suma importância, pois servirá de base para o replanejamento de nossas ações.

A avaliação é um processo contínuo, é estimular o avanço do conhecimento através

da autoavaliação, permitindo a análise dos avanços em relação aos conteúdos trabalhados

pelos próprios alunos, e permitindo ao professor o questionamento e a reorganização destes.

A avaliação deve deixar claro: os objetivos e critérios de avaliação e deve ser fonte

de auxílio aos alunos para superar as dificuldades apresentadas. O professor deve analisar se a

avaliação está coerente com os objetivos, conteúdos e habilidades trabalhados em sala de aula,

levar o aluno a sentir-se responsável no processo de aprendizagem e encarar a avaliação como

um instrumento de medida de sua evolução no processo de conhecimento.

A recuperação deve reintegrar o aluno no processo de aprendizagem e não se limitar

a recuperar apenas notas e conceitos, permitir ao aluno repensar o conteúdo, auxiliando a

descobrir os próprios erros e reconstruir o conhecimento, privilegiar o aprendizado e ensinar o

aluno a aprender. Os resultados apresentados na forma de nota de 0 à 10, deverão ser no

mínimo duas ou no máximo a critério do professor.

• Conheça os diferentes sistemas de numeração;

• Identifique o conjunto dos números naturais, comparando e reconhecendo seus elementos;

• Realize operações com números naturais;

• Expresse matematicamente, situações-problema que envolvam (as) operações com números

naturais;

• Estabeleça relação de igualdade e transformação entre: fração e número decimal; fração e

número misto;

• Reconheça o MMC e MDC entre dois ou mais números naturais;

• Reconheça as potências como multiplicação de mesmo fator e a radiciação.

• Relacione as potências e as raízes quadradas e cúbicas com padrões numéricos e

geométricos.

• Identifique o metro como unidade-padrão de medida de comprimento;

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• Reconheça e compreenda os diversos sistemas de medidas;

• Opere com múltiplos e submúltiplos do quilograma;

• Calcule o perímetro usando unidades de medida padronizadas;

• Compreenda e utilize o metro cúbico como padrão de medida de volume;

• Realize transformações de unidades de medida de tempo;

• Reconheça e classifique ângulos (retos, agudos e obtusos);

• Relacione a evolução do Sistema Monetário Brasileiro com os demais sistemas mundiais;

• Calcule a área de uma superfície usando unidades de medida de superfície padronizada;

• Reconheça e represente ponto, reta , plano, semirreta e segmento de reta;

• Conceitue e classifique polígonos;

• Identifique corpos redondos;

• Identifique e relacione os elementos geométricos que envolvem o cálculo de área e

perímetro de diferentes figuras planas;

• Diferencie círculo e circunferência, identificando seus elementos;

• Reconheça os sólidos geométricos em sua forma planificada e sues elementos.

• Interprete e identifique os diferentes tipos de gráficos e complicações de dados, sendo

capaz de fazer a leitura desses recursos nas diversas formas em que se apresentam;

• Resolva porcentagem, números na forma decimal e fracionária.

• Reconheça números inteiros e diferentes contextos;

• Realize operações com números inteiros;

• Reconheça números racionais em diferentes contextos;

• Realize operações com números racionais;

• Compreenda o princípio de equivalência da igualdade e desigualdade;

• Compreenda o conceito de incógnita;

• Interprete a linguagem algébrica para expressar valores numéricos através de incógnitas;

• Compreenda a razão como uma comparação entre duas grandezas numa ordem determinada

e a proporção como uma igualdade entre duas razões;

• Reconheça sucessões de grandezas direta e inversamente proporcionais;

• Resolva situações-problema aplicando regra de três simples.

• Compreenda as medidas de temperatura em diferentes contextos;

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• Compreenda o conceito de ângulo;

• Classifique ângulos e faça uso do transferidor e esquadros para medi-los;

• Classifique e construa, a partir de figuras planas, sólidos geométricos;

• Compreenda noções topológicas através do conceito de interior, exterior, fronteira,

vizinhança conexidade, curvas e conjuntos abertos e fechados.

• Analise e interprete informações de pesquisas estatísticas;

• Leia, interprete, construa e analise gráficos;

• Calcule a média aritmética e a moda de dados estatísticos;

• Resolva problemas envolvendo cálculo de juros simples.

• Extraia a raiz quadrada exata e aproximada de números racionais;

• Reconheça números irracionais em diferentes contextos;

• Realize operações com números irracionais;

• Compreenda, identifique e reconheça o número pi como um número irracional especial;

• Compreenda o objetivo da notação científica e sua aplicação;

• Opere com sistema de equações do 1º Grau;

• Identifique monômios e polinômios e efetue suas operações;

• Utilize as regras de Produtos Notáveis para resolver problemas.

• Calcule o comprimento da circunferência;

• Calcule o comprimento e área de polígonos e círculo;

• Identifique ângulos formados entre retas paralelas interceptadas por transversal;

• Realize cálculo de área e volume de poliedros.

• Reconheça triângulos semelhantes;

• Identifique e some os ângulos internos de um triângulo e de polígonos regulares;

• Desenvolva a noção de paralelismo, trace e reconheça retas paralelas num plano;

• Compreenda o Sistema de Coordenadas Cartesianas, marque pontos, identifique os pares

ordenados (abscissa e ordenada) e analise seus elementos sob diversos contextos;

• Conheça os fractais através da visualização e manipulação de materiais e discuta suas

propriedades.

• Interprete e represente dados em diferentes gráficos;

• Utilize o conceito de amostra para levantamento de dados.

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• Opere com expoentes fracionários;

• Identifique a potência de expoente fracionário como um radical e aplique as propriedades

para a sua simplificação;

• Extraia uma raiz usando fatoração;

• identifique uma equação do 2º grau na forma completa e incompleta;

• Determine as raízes de uma equação do 2º grau utilizando diferentes processos;

• Interprete problemas em linguagem gráfica e algébrica;

• Identifique e resolva equações irracionais;

• Resolva equações biquadradas através das equações do 2º grau;

• Utilize a regra de três composta em situações-problema.

• Conheça e aplique as relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo;

• Utilize o Teorema de Pitágoras na determinação das medidas dos lados de um triângulo

retângulo;

• Realize cálculo da superfície e volume de poliedros.

• Expresse a dependência de uma variável em relação à outra;

• Reconheça uma função afim e sua representação gráfica, inclusive sua declividade em

relação ao sinal da função;

• Relacione gráficos com tabelas que descrevem uma função;

• Reconheça a função quadrática e sua representação gráfica e associe a concavidade da

parábola em relação ao sinal da função;

• Analise graficamente as funções afins;

• Analise graficamente as funções quadráticas;

• Verifique se dois polígonos são semelhantes, estabelecendo relações entre eles;

• Compreenda e utilize o conceito de semelhança de triângulos para resolver situações-

problemas;

• Conheça e aplique os critérios de semelhança dos triângulos;

• Aplique o Teorema de Tales em situações-problemas;

• Noções básicas de geometria projetiva;

• Desenvolva o raciocínio combinatório por meio de situações-problemas que envolvam

contagens, aplicando o princípio multiplicativo;

• Descreva o espaço amostral em um experimento aleatório;

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• Calcule as chances de ocorrência de um determinado evento;

• Resolva situações-problema que envolvam cálculos de juros compostos.

Ensino Médio

• Aplique os conhecimentos sobre conjuntos numéricos e aplique em diferentes contextos;

• Compreenda os números complexos e suas operações;

• Conceitue e interprete matrizes e suas operações;

• Conheça e domine o conceito e as soluções de problemas que se realizam por meio de

determinante;

• Identifique e realize operações com polinômios;

• Identifique e resolva equações, sistemas de equações e inequações, inclusive as

exponenciais, logarítmicas e modulares.

• Perceba que as unidades de medidas são utilizadas para a determinação de diferentes

grandezas e compreenda a relações matemáticas existentes nas suas unidades;

• Aplique a lei dos senos e a lei dos cossenos de um triângulo para determinar elementos

desconhecidos,

• Identifique diferentes funções e realize cálculos envolvendo-as;

• Aplique os conhecimentos sobre funções para resolver situações-problemas;

• Realize análise gráfica de diferentes funções;

• Reconheça, nas sequencias numéricas, particularidades que remetam ao conceito das

progressões aritméticas e geométricas;

• Generalize cálculos para a determinação de termos de uma sequência numérica.

• Amplie e aprofunde os conhecimentos de geometria Plana e Espacial;

• Determine posições e medidas de elementos geométricos através da Geométrica Analítica;

• Perceba a necessidade das geometrias não euclidianas para a compreensão de conceitos

geométricos, quando analisados em planos diferentes do plano de Euclides;

• Compreenda a necessidade das geometrias não-euclidianas para o avanço das teorias

científicas;

• Articule ideais geométricas em planos de curvatura nula, positiva e negativa;

• Conheça os conceitos básicos da Geometria Elíptica, Hiperbólica e Fractal.

• Recolha, interprete e analise dados através de cálculos, permitindo-lhe uma leitura crítica

dos mesmos;

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• Realize cálculos utilizando Binômio de Newton;

• Compreenda a ideia de probabilidade;

• Realize estimativas, conjecturas a respeito de dados e informações estatísticas;

• Compreenda a Matemática Financeira aplicada ao diversos ramos da atividade humana;

• Perceba, através da leitura, a construção e interpretação de gráficos, a transição da álgebra

para a representação gráfica vice-versa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

NETTO, Di Pierrô; SOARES, Elizabeth. Matemática em Atividades. São Paulo; Editora:

Scipione, 2002.

JR, Giovani & Giovani. Matemática: Pensar e descobrir. São Paulo; Editora FTD, 2002.

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Desde o surgimento do planeta Terra, a espécie humana, não foi o ser predominante,

e muito menos, o ser vivo mais importante dentre todos os diversos seres vivos que por aqui

passaram. Por outro lado, ao longo desse processo de humanização, que durou

aproximadamente três milhões de anos, o homem criou a linguagem, a escrita e a fala,

diferenciando-se de todas as demais formas de vida. Isso possibilitou ao homem a

socialização, a organização dos espaços físicos, a fabricação de instrumentos utilitários e o

início das atividades agrícolas. Enfim, a humanidade organizou-se em sociedade.

Com o surgimento e desenvolvimento do modo de produção capitalista e sua lógica

produtiva baseada na exploração intensa da natureza, os seres humanos tornaram-se

consumidores reais ou imaginários, fragmentados em diferentes classes sociais, alienados

dentro de sua própria existência. Por outro lado, não percebem quantas necessidades são

criadas pela sedução das inovações tecnológicas e o quanto estão submetidos aos apelos do

mercado de consumo. As organizações sociais, sob o égide do capitalismo, estão permeadas,

cada vez mais, pelo espírito do individualismo e do lucro financeiro.

Sob tais aspectos relevantes, a escola pública, nas últimas décadas, passou a atender

um número cada vez maior de estudantes oriundos de diversas classes populares. Ao assumir

essa função, que historicamente justifica a existência da escola pública, intensificou-se a

necessidade de discussões contínuas sobre o papel do ensino básico no projeto de sociedade

que se quer para o país.

O avanço no processo de informação transformou o paradigma da educação, que já

NÃO pode mais ser simplesmente o de informar os valores acumulados pela humanidade ao

longo de sua origem e existência. Precisa-se trabalhar os educados de maneira a ensinar-lhes

como selecionar as informações recebidas e como transformá-las em conhecimentos.

Um sujeito é fruto de seu tempo histórico, das relações sociais em que está inserido,

mas é, também, um ser singular, que atua no mundo a partir do modo como o compreende e

como dele é possível se integrar e participar ativamente. Esse processo é ao mesmo tempo

critica e avaliação do passado. O passado se concentra no presente e cria a natureza humana,

capaz de julgar objetivamente quanto subjetivamente, tanto as relações materiais e as forças

objetivas, quanto a faculdade de “ver” o mundo e de explica-los por meio de vários modos de

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subjetividade – cientificante, artisticamente, filosoficamente, poeticamente, etc.

A centralidade do conhecimento nos processos de produção e organização da vida

social rompe com o paradigma segundo o qual a educação seria um instrumento de

“conformação” do futuro profissional ao mundo do trabalho, disciplina, obediência, respeito

restrito às regras estabelecidas, condições até então necessárias para a inclusão social, via

profissionalização, perdem relevância em face das novas exigências colocadas pelo

desenvolvimento tecnológico e social. A nova sociedade, decorrente da revolução

tecnológica e seus desdobramentos na produção e na área da informação, apresenta

características que possibilitam assegurar à educação uma autonomia ainda não alcançada.

Isso ocorre na medida em que o desenvolvimento humano passa a coincidir com o que se

espera na esfera do conhecimento, que no momento é questão fundamental de sobrevivência.

Os objetivos da disciplina são:

ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS: Pretende-se, a partir do pensamento biológico

descritivo para conhecer, compreender, e analisar a diversidade biológica existente, sem, no

entanto, desconsiderar a influencia dos demais conteúdos estruturantes, introduzindo-se os

estudos das características e fatores que determinaram o aparecimento e/ou extinção de

algumas espécies ao longo da espécie.

MECANISMOS BIOLÓGICOS: Pretende-se, partindo da visão mecanicista do pensamento

biológico, baseada na visão microscópica, descritiva e fragmentada da natureza, ampliar a

discussão sobre a organização dos seres vivos, analisando o funcionamento dos sistemas

orgânicos nos diferentes níveis de organização destes seres – do celular ao sistêmico;

considerando a visão evolutiva a ser introduzida pelo conteúdo estruturante Biodiversidade,

bem como, as influencias dos demais conteúdos estruturantes.

BIODIVERSIDADE: Pretende-se, discutir os processos pelos quais os seres vivos sofrem

modificações, perpetuam uma variabilidade genética e estabelecem relações ecológicas,

garantindo a diversidade dos seres vivos; destacando-se assim a construção do pensamento

biológico evolutivo.

MANIPULAÇÃO GENÉTICA: Pretende-se, abordar os avanços da biologia molecular; as

biotecnologias aplicadas e os aspectos bioéticos dos avanços biotecnologicos que envolvem a

manipulação genética, permitindo compreender a interferencia do ser humano na diversidade

biológica e modifica o contexto de vida; e como requer a participação crítica de cidadãos

responsáveis.

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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Os conteúdos estruturantes propostos evidenciam de que modo a ciência biológica

tem influenciado a construção e a apropriação de uma concepção de mundo em suas

implicações sociais, políticas, econômicas, culturais e ambientais, Estão relacionados à sua

historicidade para que se perceba a não-neutralidade da construção do pensamento científico e

o caráter transitório do conhecimento elaborado e consequentemente, que a ciência não

apresenta verdades absolutas, uma vez que esta resulta da atividade humana de acordo com o

contexto social, político e econômico. Deve-se considerar que tal contexto corresponde ao que

não aluno pertence e para o qual poderá intervir após a ampliação de seus conhecimentos e

compreensão dos fenômenos que o cercam. Nessa concepção, a disciplina de Biologia, ao

longo do Ensino Médio deve ser capaz de trabalhar de forma integrada,por meio da

interdisciplinaridade e da contextualização, relacionando diversos conhecimentos específicos

entre si e com outras áreas de conhecimento; priorizando o desenvolvimento de conceitos

cientificamente produzidos, e propiciando reflexão constante sobre as mudanças de tais

conceitos em decorrência de questões emergentes.

Conteúdos Estruturantes

Organização dos seres vivosMecanismos biológicos BiodiversidadeManipulação genética

Conteúdos Básicos

Classificação dos seres vivos; critérios taxonômicos e filogenéticos.

Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia

Mecanismos de desenvolvimento embriológicos.

Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.

Teorias evolutivas.

Transmissão das características hereditárias.

Dinâmica dos ecossistemas: relação entre os seres vivos e interdependências

com o ambiente.

Organismos geneticamente modificados.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O grande foco para o século em que estamos é o aprender a aprender. Esse lema não

deve ser desenvolvido apenas com os alunos; ele serve também para nós professores. Para

dar conta das transformações ocorridas no mundo e em especial das que ocorreram com os

jovens, precisa-se buscar caminhos diferenciados para a nossa atuação. Precisa-se aprender a

trabalhar com as novas gerações que chegam nas salas de aula, pois os interesses dos jovens

variam de uma geração para a outra. Assim, cabe ao professor a busca de alternativas para a

construção de competências e valores.

Não se pode parar no tempo, nem ficar à margem desse desenvolvimento que institui

tantas mudanças nos jovens.

O conhecimento de Biologia deve subsidiar o julgamento de questões polêmicas, que

dizem respeito ao desenvolvimento, ao aproveitamento de recursos naturais e à utilização de

tecnologias que implicam intensa intervenção humana no ambiente, cuja avaliação deve levar

em conta à dinâmica dos ecossistemas, dos organismos, em fim, o modo como a natureza se

comporta e à vida se processa, sendo capaz de:

Descrever processos e características do ambiente onde seres vivos;

Perceber e utilizar os códigos intrínsecos da Biologia:

• Apresentar suposições e hipóteses acerca dos fenômenos biológicos em estudo.

• Apresentar, de forma organizada, o conhecimento biológicos aprendido, através de

textos, desenhos, esquemas, gráficos, tabelas, maquetes, etc;

• Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura

de texto e imagem, vídeo, entrevista), selecionando aquelas pertinentes ao tema biológicos em

estudo;

• Expressar dúvidas, ideias e conclusões acerca dos fenômenos biológicos,

utilizando-se de:

- Livros didáticos;

- Livros de pesquisa;

- Revistas, jornais, folders;

- Caderno individual;

- Tv, vídeo, DVD;

- Tv pendrive;

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- Biblioteca do professor;

- Vídeos informativos;

- Estereoscópico;

- Retroprojetor;

- Materiais de laboratório;

- Internet;

- Oficinas em parceria com as universidades;

- Projetos interdisciplinares;

• Outros.

No entanto, mais do que informações, é fundamental que o ensino de Biologia se

volte para o desenvolvimento de competências que permitam ao aluno lidar com as

informações, compreendê-las, elaborá-las, refutá-las, quando for o caso, enfim, compreender

o mundo e nele agir com autonomia, fazendo uso dos conhecimentos adquiridos da Biologia

e da tecnologia. Nessa perspectiva, as relações estabelecidas entre professor-aluno e aluno-

aluno são determinantes na efetivação do processo ensino-aprendizagem, e para que as aulas

sejam dinâmicas, interessantes e produtivas.

É relevante ressaltar, que para a concretização do “pensar, fazer e aprender”; deve-se

valorizar, não só conhecimento biológico da vida, mas a sua essencia, as diferentes formas de

expressa-la. E os Desafios Educacionais Comtemporâneos que são: Educação ambiental,

Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao uso de drogas, Educação Fiscal, História

e Cultura Afro-brasileira e Africana e Sexualidade, que a mesma apresenta.

Enfim, é essencial o desenvolvimento de posturas e valores pertinentes às relações

entre os seres humanos, entre leis e o meio, entre o ser humano e o conhecimento nos

diferentes ambientes e em diferentes situações, contribuindo para uma educação que formará

indivíduos sensíveis e solidários, cidadãos conscientes dos processos e regularidades do

mundo e da vida, capazes, assim, de realizar ações práticas, de fazer julgamentos e de tomar

decisões.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

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nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

Toda relação de saber se dá a partir da interação do sujeito com os objetivos de

conhecimento, da relação com os outros e da relação consigo próprio. Significa que cada

aluno, interativamente, descobre o mundo a sua própria maneira, diferente e única. Mas

aprende o mundo de forma amis rica e desafiadora na medida de sua maior socialização e da

cooperação dos adultos que medeiam o seu saber. É função da avaliação a promoção

permanente de espaços interativos sem, entretanto, deixar de privilegiar a evolução individual

onde promover ações mediadora que tenham sentido coletivo.

Para que o processo avaliativo tenha sentido, as propostas educativas precisam estar

articuladas em termos de gradação e complexidade. O objetivo é fazer desafios superáveis

aos alunos, de modo que as respostas de cada um provoquem o professor a fazer outras

perguntas sobre elas, em outras dimensões, sobre outros assuntos, sob diferentes formas e

provocativas também em termos de estratégias de pensamentos. Nesse sentido, a

heterogeneidade, ou seja, os diferentes saberes dos alunos, que cooperam entre si e debatem

os assuntos, é fator fortemente faz oferecedor da melhora das aprendizagens.

Ao assumir fundamentos teórico-metodológicos que garantam uma abordagem

crítica para o ensino de Biologia, propõe-se um trabalho pedagógico em que se perceba o

processo cognitivo,contínuo, inacabado, portanto, em construção.

Nesta perspectiva, a avaliação como momento do processo ensino-aprendizagem,

abandona a ideia de que o erro e a dúvida constituem obstáculos impostos à continuidade do

processo. Ao contrário, o aparecimento de erros e dúvidas dos alunos constituem importantes

elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado pelo professor entre o

conhecimento e o aluno. A ação docente também estará sujeita a avaliação e exigirá

observação e investigação visando à melhoria da qualidade de ensino.

Deste modo, na disciplina de Biologia, avaliar implica um processo cuja finalidade é

obter informações necessárias sobre o desenvolvimento da prática pedagógica para nela

intervir e reformular os processos de ensino-aprendizagem. Pressupõe-se uma tomada de

decisão, em que o aluno também tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e

organize-se para as mudanças necessárias.

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Adota-se como pressuposto a avaliação como instrumento analítico do processo de

ensino-aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas penas das e

realizadas ao longo do ano letivo, de modo que professor e aluno tornam-se observadores dos

avanços e dificuldades a fim de superarem os obstáculos existentes.

A avaliação é, portanto, uma ação ampla que abrange o cotidiano do fazer

pedagógico e cuja energia faz pulsar o planejamento, a proposta pedagógica e a relação entre

todos os elementos da ação educativa.

Espera-se que o aluno:

• Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos;

• estabeleça as características específicas dos micro-organismos, dos organismos

vegetais e animais, e dos vírus;

• Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular),

tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia

(autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada);

• Reconheça e compreenda a classificação filogenética dos seres vivos;

• Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas

biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular,

esquelético, excretor, sensorial e nervoso);

• Identifique a estrutura e funcionamento das organelas citoplasmáticas;

• Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos

que ocorrem no interior das células;

• Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão,

reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias;

• Compare e estabeleça diferentes morfológicas entre os tipos celulares mais

frequentes nos sistemas biológicos ( histologia);

• Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das

espécies;

• Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos

seres vivos;

• Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias;

• Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as

relações existentes entre estes;

• Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do

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equilíbrio dos ecossistemas;

• Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o

meio em que vivem;

• Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados

decorrentes de sua aplicação/utilização;

• Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos

aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-

ambientais;

• Relacione os conhecimento biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem

na diversidade biológica;

• Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioético da

pesquisa científica que envolvem a manipulação genética.

É necessário dinamizar os métodos avaliativos uma vez que segundo a LDB, lei nº

9394/96 considera a avaliação como um processo “contínuo e cumulativo, com prevalência

dos aspectos qualitativos sobre os qualitativos”. A partir dessa concepção, deve ser utilizado

vários recursos como diferentes atividades: escritas, expositivas, reflexivas; com debate,

seminários, pesquisas, apresentações, tanto no ambito da sala de aula como em atividades

extraclasse; permitindo que o aluno tome conhecimento dos resultados de sua aprendizagem e

organize-se para as mudanças necessárias, se necessário, com recuperação de conteúdos e em

contrapartida a ação docente esteja sujeita, também a uma avaliação, exigindo observação,

investigação e retomada de práticas que visem a melhoria na qualidade do ensino.

Quando fala-se em qualidade do ensino, falamos em qualidade para todos, sejam

alunos ditos “normais” ou alunos com necessidades educacionais especiais. Para estes,

“especiais” deve haver uma adaptação aos conteúdos curriculares, seja qual dor sua

necessidade Para que isso transcorra é necessário que o professor adote uma postura

diferenciada adequando os conteúdos a uma prática flexível que venha a atender e suprir as

necessidades deste aluno.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAPTISTA, G.C.S. Jornal a Página da Educação, ano 11, nº 118, dez / 2002, p.19.

CARVALHO, Wanderley. Biologia em Foco. São Paulo: FTD, 2002.

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DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO MÉDIO. Resolução

CNE/CEB 03/08.

HOFFMANN, Jussara. O Jogo do Contrário em Avaliação. São Paulo: Mediação, 2005;

LAURENCE, J. Biologia, São Paulo: Nova Geração, 2009.

MACHADO, Sídio. Biologia: De Olho no Mundo do Trabalho. São Paulo: Scipione, 2005.

MEC/SEB – Orientações Curriculares do Ensino Médio, Brasília, 2004.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS – Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002.

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. São Paulo: Ática, 2006.

HTTP://www.diadiaeducação.pr.gov.br – Departamento de Políticas Públicas Educacionais,

CADEP/CGE.

486

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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Constituída como pensamento há mais de 2.600 anos, a Filosofia, que tem a sua

origem na Grécia, traz consigo o problema de seu ensino a partir do embate entre o

pensamento de Platão e as teorias sofistas.

Naquele momento, tratava-se de compreender a relação entre o conhecimento e o

papel da retórica no ensino.

A preocupação maior com a delimitação de metodologias para o ensino de Filosofia é

garantir que os métodos de ensino não lhe disturbem o conteúdo.

O valor da filosofia, em grande parte, deve ser buscado na sua mesma incerteza.

Quem não tem umas tintas de filosofia é homem que caminha pela vida fora sempre

agrilhoado a preconceitos que se derivam do senso-comum, das crenças habituais de seu

tempo e do seu país, das convicções que cresceram no seu espírito sem a cooperação ou o

consentimento de uma razão deliberada. O mundo tende, para tal homem, a tornar-se finita,

definido, óbvio; para ele, os objetos habituais não regem problemas, e as possibilidades

familiares são desdenhosamente rejeitadas. Quando começamos a filosofar, pelo contrário,

imediatamente caímos na conta de que até os objetos mais ordinários conduzem o espirito a

certas perguntas a que incompletissimamente se dá resposta. A filosofia, se bem que incapaz

de nos dizer ao certo qual venha a ser a verdadeira resposta às variadas dúvidas que ela

própria evoca, sugere numerosas possibilidades que nos conferem amplidão aos pensamentos,

descativando-nos da tirania do hábito.

O trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos basilares, que

e constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em épocas, contextos e

sociedades diferentes e que, tendo em vista o estudante do Ensino Médio, ganham especial

sentido e significado político, social e educacional.

As Diretrizes fazem a opção pelos seguintes pelos seguintes conteúdos estruturantes:

Mito e Filosofia; Teoria do Conhecimento; Ética; Filosofia Política; Filosofia da Ciência e

Estética.

A escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes Curriculares

excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia. Pelo contrário, elas partilham

a ideia de que sem uma consideração histórica dos temas filosóficos, a filosofia corre o risco

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de tornar-se superficial.

A história da filosofia e as ideias dos filósofos que nos precederam constituem,

assim, uma fonte inesgotável de inspiração e devem alimentar constantemente as discussões

realizadas pelo professor e pelos estudantes em sal de aula.

Os problemas, as ideias, os conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser

desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos períodos da história da filosofia e as

diversas maneiras através das quais eles discutem as questões filosóficas sejam levados em

consideração.

A filosofia contemporânea é resultado da preocupação com o homem, principalmente

no tocante à sua historicidade, sociabilidade, secularização da consciência, o que se constata

pelas inúmeras correntes de pensamento que vêm constituindo esse período.

A partir do final do século XIX, a filosofia é marcada pelo pluralismo de ideias, o

que permite pensar de maneira específica cada um dos conteúdos estruturantes apresentados

nestas Diretrizes. Ainda que os problemas pensados hoje também tenham se apresentado,

anteriormente, como problemas, a atividade filosófica deve considerar as características e

perspectivas do pensamento que marcam cada período da história da Filosofia.

Não se trata de abandonar a história da Filosofia, pois a opção por conteúdos

estruturantes compreende também o trabalho com os textos clássicos dos filósofos. Trata-se

de garantir que o ensino de filosofia não perca algumas características essenciais da

disciplina, como por exemplo, a capacidade de dialogar de forma crítica e mesmo provocativa

com o presente.

No Brasil, a Filosofia como disciplina figura nos currículos escolares desde o ensino

jesuítico, ainda nos tempos coloniais sob as leis do Ratio Studiorum.

Nessa perspectiva, a educação em geral e, consequentemente a Filosofia, eram

entendidas como instrumentos de formação moral e intelectual sob os cânones da Igreja

Católica, dos interesses das elites coloniais e do poder cartorial local.

Com a Proclamação da República, a Filosofia passou a fazer parte dos currículos

oficiais, até mesmo como disciplina obrigatória.

A LDB n. 4.024/61 extinguiu a obrigatoriedade do ensino de Filosofia e, com a Lei n.

5,692/71, durante a ditadura, a Filosofia desapareceria dos currículos escolares do Segundo

Grau, sobretudo por não servir aos interesses políticos, econômicos e ideológicos do período.

A partir da década de 1980, com o processo de abertura política e de

redemocratização do país, as discussões e movimentos pelo retorno da filosofia ao Ensino

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Médio (à época, denominado Segundo Grau) ocorreu em vário estados do Brasil. Na

Universidade Federal do Paraná, professores ligados à Filosofia iniciaram um movimento que

contava com articulações políticas e organização de eventos na defesa da retomada do espaço

da Filosofia, em contestação à educação tecnicista, oficializada pela Lei n. 5692/71.

A mobilização desse período, ocorrida nos grandes centros, foi essencial par a

criação da Sociedade de Estudos e Atividades Filosóficas (Seaf). Esse movimento intelectual

defendeu a presença da Filosofia nos currículos escolares brasileiros e, por isso, constituiu um

importante marco na afirmação dessa disciplina na formação do estudante do nível médio.

Somente em 1994, por indicativa do Departamento de Ensino Médio, (denominado à

época Departamento de ensino de Segundo Grau), e dos professores da rede pública,

iniciaram-se discussões e estudos voltados para elaborar uma proposta curricular para a

disciplina de Filosofia no Ensino Médio, que resultaram na Proposta Curricular de Filosofia

para o Ensino de Segundo Grau.

Com a mudança de governo em 1995, a Proposta Curricular de Filosofia para o

Ensino de Segundo Grau caiu no esquecimento e deixou de ser aplicada na escolas do Estado

do Paraná. A partir desse momento, uma opção neoliberal passou a orientar a re-estruturação

do sistema público de ensino.

A partir da LDB n. 9.394/96, o ensino de Filosofia, no Nível Médio, começou a ser

discutido.

É no espaço escolar que a Filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é próprio: o

pensamento crítico, a resistência e a criação de conceitos. A Filosofia procura tornar vivo o

espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre

as diferenças a sua convivência e a construção da sua história. É importante aqui ressaltar a

dimensão político do filosofar.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação n. 9.394/96, no art. 36, determinava que, ao

final do Ensino Médio, o estudante deveria “dominar os conhecimentos de Filosofia e de

Sociologia necessários ao exercício da cidadania”!

Em agosto de 2006, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a

Sociologia disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da

Educação pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.

No Estado do Paraná, foi aprovado a lei n. 15.228, em junho de 2006, tornando a

filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.

Importante lembrar que vivemos ainda um momento de defesa da disciplina de

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Filosofia, da sua consolidação no currículo escolar e da luta pela sua legitimação diante da

sociedade brasileira, uma vez que seu reconhecimento legal se deu na correção da LDB em

junho de 2008 pela lei 11.684.

A Filosofia é filha da ágora e sua origem a vincula à política. Uma Filosofia sem

compromissos com a humanidade e distante da política, seria por si só uma contradição

insuperável. Esse vínculo histórico se fortalece na medida em que a Filosofia desenvolve as

potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação e crítica: qualidades de

sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma de

dogmatismo e autoritarismo; disposição para levantar novas questões, para repensar,

imaginar e construir conceitos, além da sua defesa radical da emancipação humana, do

pensamento e da ação, livres de qualquer forma de dominação.

Um dos objetivos do Ensino Médio é a formação pluri dimensional e democrática,

capaz de oferecer aos estudantes a possibilidade de compreender a complexidade do mundo

contemporâneo, suas múltiplas particularidades e especializações.

Filosofia se apresenta como conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao

estudante desenvolver o próprio pensamento. O ensino de Filosofia é um espaço para análise e

criação de conceitos, que une a Filosofia e o filosofar como atividades indissociáveis que dão

vida ao ensino dessa disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

- Mito e Filosofia

- Saber mítico – passagens do pensamento mítico

para o pensamento racional.

- Saber filosófico.

- Relação mito e filosofia.

- Atualidade do mito.

- O que é a filosofia? Contexto histórico e político.

Surgimento da filosofia.

Teoria e conhecimento - Possibilidade do conhecimento.

- As formas de conhecimento.

- O problema da verdade.

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- A questão do método.

- Conhecimento e lógica.

Ética

- Ética e moral.

- Pluralidade ética.

- Ética e violência.

- Razão, desejo, vontade.

- Liberdade, autonomia do sujeito e a necessidade das

normas.

Filosofia Política

- Relação entre comunidade e poder.

- Liberdade e igualdade.

- Política e ideologia.

- Esfera pública e privada.

- cidadania formal e ou participativa.

Filosofia da ciência

- Concepções de ciências.

- A questão do método científico.

- Contribuições e limites da ciência.

- Ciência e Ideologia.

- Ciência e ética.

- Natureza da arte.

- Filosofia e arte.

Estética

- Categorias estéticas – feio, belo, sublime-

trágico,cômico, grotesco, gosto, etc.

- Estética e sociedade.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

A atividade filosófica centrada, sobre tudo no trabalho com o texto propiciará

entender as estruturas lógicas e argumentativas, levando-se em conta o cuidado com a

precisão dos enunciados, com o encadeamento e clareza das ideias e buscando a superação do

caráter fragmentário do conhecimento.

O trabalho do professor poderá assegurar ao estudante a experiencia daquilo que é

específico da atividade filosófica, ou seja, a criação de conceitos. Esse exercício poderá

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manifestar-se ao refazer o percurso filosófico. O professor propõe problematizações, leituras e

análise de textos, organiza debates e sugere pesquisas e sistematizações.

As aulas serão expositivas e dialogadas. Haverá exercícios escritos e oralmente

apresentados e discutidos, apresentação de trabalho em equipe debate de temas relevantes,

fundamentadas em leituras. Serão realizadas atividades individuais e coletivas como: análise

crítica de propagandas de TV, textos clássicos, temas jornalísticos, músicas, filmes, produção

de texto, colagens, interpretação de charges, leituras que propiciem a reflexão inclusive os

assuntos que envolvem os desafios contemporâneos.

O trabalho com os conteúdos de filosofia dar-se-á em quatro momentos:

• a mobilização para o conhecimento;

• a problematização;

• a investigação;

• a criação de conceitos.

O ensino da filosofia pode começar, pela exibição de um filme ou de uma imagem,

da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição de uma música. São inúmeras as

possibilidades de atividades a serem conduzidas pelo professor para instigar e motivar

possíveis relações entre o cotidiano do estudante e o conteúdo filosófico a ser desenvolvido.

A isso se denomina mobilização para o conhecimento.

A partir do conhecimento em discussão, a problematização ocorre quando o

professor e alunos levantam questões, identificam problemas e investigam o conteúdo.

E imprescindível recorrer a história da filosofia e aos textos clássicos dos filósofos

pois neles o aluno se defronta com o pensamento filosófico.

Pois neles o estudante se defronta com o pensamento filosófico, com diferentes

maneiras de enfrentar o problema e, com as possíveis soluções já elaboradas, as quais

orientam e dão qualidade à discussão.

O ensino de filosofia deve estar na perspectiva de quem dialoga com a vida, por isso

é importante que, na busca da resolução do problema, haja preocupação também com a

análise da atualidade, com uma abordagem que remeta ao aluno a sua própria realidade.

Dessa forma, o aluno, poderá formular conceitos e construir seu discurso filosófico, e

estará apto a elaborar um texto, no qual terá condições de discutir e comparar ideais e

conceitos de caráter criativo e de socializá-los. O texto filosófico que ajudou os pensadores a

entender e analisar filosoficamente o problema em questão será trazido para o presente com o

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objetivo de entender o que ocorre hoje e como podemos, a partir da Filosofia, atuar sobre os

problemas de nossa sociedade.

Após este exercício, o estudante terá condições de perceber o que está e o que não

está implícito nas ideias, como elas se tornam conhecimento e, por vezes, discurso ideológico,

de modo que ele cria a possibilidade de argumentar filosoficamente, por meio de raciocínios

lógicos, num pensar coerente e crítico.

É imprescindível que o ensino de Filosofia seja permeada por atividades

investigativas individuais e coletivas que organizem e orientam o seu trabalho.

Ao articular vário elementos, o ensino de Filosofia pressupões um planejamento que

inclua leitura, debate, produção de textos, entre outras estratégia, a fim de que a investigação

seja fundamento do processo de criação de conceitos.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

Conforme a LDB n.9394/96, no seu artigo 24, avaliação deve ser concebida na sua

função diagnóstica e processual, isto é, tem a função de subsidiar e mesmo redirecionar o

curso da ação no processo ensino-aprendizagem.

Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e

especializações, espera-se que o aluno possa compreender, pensar, pensar e problematizar os

conteúdos básicos. Com isso o aluno irá desenvolver a atividade filosófica e poderá formular

suas respostas quando tomar posições de forma escrita, oral, argumentar e criar conceitos.

Assim, torna-se relevante avaliar a capacidade do estudante do Ensino Médio de

trabalhar e criar conceitos, sob os seguintes pressupostos:

• qual discurso tinha antes;

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• qual conceito trabalhou;

• qual discurso tem após;

• qual conceito trabalhou.

A avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o conhecimento, por meio

da análise comparativa do que o estudante pensava antes e do que pensa após o estudo. Com

isso, torna-se possível a avaliação como um processo.

Com isso o aluno terá condições de ser construtor de ideias com caráter inusitado e

criativo.

Ao avaliar o professor deve ter profundo respeito pelas posições do estudante,

mesmo que não concorde com elas, pois o que está em questão é a capacidade de argumentar

e identificar os limites dessas posições.

Avaliação é um processo contínuo. Sendo assim, o aluno não será avaliado em um

único momento. No decorrer do bimestre serão realizados no mínimo duas avaliações com

peso dez. Essas avaliações poderão ser através de provas escritas, trabalhos realizados extra

classe e apresentados oralmente e produções textuais. Se necessário no decorrer do bimestre

será oportunizado aos alunos a recuperação paralela referente ao conteúdo que não foi

assimilado. Cada aluno é um ser particular, portanto, será consideradas suas limitações no

desenvolvimento das atividades avaliativas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CHAUÍ, Marilene. Filosofia. São Paulo. Editora Ática, 2005.

OLIVEIRA, Pérsia Santos de. Introdução a Filosofia, São Paulo.Editora Ática 2005.

ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Temas de Filosofia. Editora Moderna; São Paulo.

SISTEMA NOBEL, Apostila de Filosofia. Editora Liceu. 2005.

REVISTA, Mundo Jovem.

FILOSOFIA, Consenso e Conflitos. Editora UEPG.

PORTAL DA EDUCAÇÃO, Governo, Pr.

REVISTA, Discutindo a Filosofia. Editora Escala. (mensal);

TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para crianças e Adolescentes: Editora Vozes.

REVISTA, Filosofia. Ciência e Vida. Editora Escala, Ano 2007, número 06.

LIVRO DIDÁTICAO, Filosofia, Governo, PR.

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PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Física tem como objeto de estudo o Universo em toda sua complexidade e, por

isso, como disciplina escolar, propõe aos estudantes o estudo da natureza. Ressalte-se que os

conhecimentos de Física apresentados aos estudantes do Ensino Médio não são coisas da

natureza, ou a própria natureza, mas modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e

entender essa natureza.

A Física, tanto quanto as outras disciplinas, deve educar para cidadania e isso se faz

considerando a dimensão crítica do conhecimento científico cobre o Universo de fenômenos e

a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu comprometimento e

envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais.

Desde tempos remotos, provavelmente no período paleolítico, a humanidade observa

a natureza, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência.

Porém, bem mais tarde é que surgiram as primeiras sistematizações, com interesse dos gregos

em explicar as variações cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à

astronomia, talvez a mais antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos.

Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o contexto social e econômico

favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das máquinas a vapor à

indústria trouxe mudanças no modo de produzir bens e contribuiu para grandes

transformações sociais e tecnológicas e também para o desenvolvimento da termodinâmica.

O escocês James Clerk Maxwell, por volta de 1861, previu que os campos

eletromagnéticos poderiam se propagar como ondas, o que foi logo confirmado por Heinrich

Hertz. A velocidade destas ondas coincidem com a da luz, levando à formulação da teoria

eletromagnética da luz, completando assim, a unificação que Faraday iniciara. Ao lado da

teoria da gravitação universal, desenvolvida por Newton, a teoria do eletromagnetismo,

sistematizada por Maxwell, completou uma visão geral de todos os campos de força até então

conhecidos, ao mesmo tempo em que lançou as bases tanto para a produção e uso da energia

elétrica quanto para as modernas telecomunicações.

Uma nova revolução no campo de pesquisa da Física marcou o início do século XX.

Em 1905, Einstein apresentou a teoria da relatividade especial ao perceber que as equações de

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Maxwell não obedeciam às regras de mudança de referencial da teoria newtoniana. Ao decidir

pela preservação da teoria, Einstein alterou os fundamentos da mecânica e apresentou uma

nova visão do espaço e do tempo, sem o éter.

O ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes, propostos

nas Diretrizes Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos conceitos da

Física. Para isso, os professores devem superar a visão do livro didático como ditador do

trabalho pedagógico, bem como a redução do ensino de Física à memorização de modelos,

conceitos e definições excessivamente matematizados e tomados como verdades absolutas,

como coisas reais.

Ressalta-se a importância de um enfoque conceitual para além de uma equação

matemática, sob o pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma construção

humana com significado histórico e social.

Assim, serão objetos de análise no trabalho docente: os sujeitos (docente e

estudante), os processos de seleção e socialização dos conteúdos escolares, o processo de

avaliação, a realidade escolar, bem como a sociedade em que vivemos.

Para selecionar e abordar os conteúdos de ensino é preciso considerar a sociedade e o

contexto histórico em que o conhecimento é produzido. Isso requer considerar as ideias de um

cientista à luz do seu tempo e não limitar-se a contar histórias ou lendas.

Ao preparar sua aula o professor deve ter em vista que a produção científica não é

uma cópia fiel do mundo ou da realidade perceptível pelo senso comum, mas uma construção

racional, uma aproximação daquilo que se entende ser o comportamento da natureza. Assim:

O processo de ensino-aprendizagem, em Física, deve considerar o conhecimento

trazido pelos estudantes, fruto de suas experiências de vida em suas relações sociais.

Interessam, em especial, as concepções alternativas apresentadas pelos estudantes e que

influenciam a aprendizagem de conceitos do ponto de vista científico;

A experimentação, no ensino de Física, é importante metodologia de ensino que

contribui para formular e estabelecer relações entre conceitos, proporcionando melhor

interação entre professor e estudantes, e isso propicia o desenvolvimento cognitivo e social no

ambiente escolar;

Ainda que a linguagem matemática seja, por excelência, uma ferramenta para essa

disciplina, saber Matemática não pode ser considerado um pré-requisito para aprender Física.

É preciso que os estudantes se apropriem do conhecimento físico, daí a ênfase aos aspectos

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conceituais sem, no entanto, descartar o formalismo matemático.

A aprendizagem somente é possível através da interação com o professor, detentor do

conhecimento físico. Nas novas Diretrizes Curriculares, recoloca-se o professor no centro do

trabalho pedagógico como sujeito indispensável nesse processo.

Ao propor um currículo de física para o ensino Médio é preciso considerar que a

educação científica é indispensável à participação política e capacita os estudantes para uma

atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio que o cerca. Dessa

perspectiva o ensino de física vai além da mera compreensão do funcionamento dos aparatos

tecnológicos.

Assim, esta proposta político-pedagógica implica que o ensino de física aborde os

fenômenos físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em

construção, porém com uma respeitável consistência teórica. É importante compreender,

também, a evolução dos sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na sociedade,

destacando-se a não-neutralidade da produção científica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Entende-se por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje

compõem os campos de estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar.

Esses conteúdos fundamentam a abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo

que o estudante compreenda o objeto de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.

O embasamento histórico da física, mostra a necessidade de por objetivo buscar um

quadro conceitual de referência capaz de abordar o objeto de estudo desta ciência – o

Universo – sua evolução, suas transformações e as interações que nele ocorrem.

Os resultados desta busca são grandes sínteses que constituem três campos de estudo

da Física e que completam o quadro teórico desta ciência no final do século XIX:

• A mecânica e a gravitação, elaboradas por Newton em duas obras: Pilosophiae

naturalis principia mathematica (os Principia) e Opticks (Óptica);

• A termodinâmica, elaborada por autores como Mayer, Carnot, Joule, Clausius,

Kelvin, Helmholtz e outros;

• O eletromagnetismo, síntese elaborada por Maxwell a partir de trabalhos de

homens como Ampére e Faraday.

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Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias, conceitos e definições,

princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria. Desses estruturantes

derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares das escolas.

Escolheu-se esses campos porque, embora tenham evoluídos separadamente, elas são

teorias unificadoras: a mecânica de Newton, no século XVII, unificou a estática, a dinâmica e

a astronomia; a termodinâmica, no século XIX, unificou conhecimentos sobre gases, pressão,

temperatura e calor e a teoria eletromagnética, de Maxwell, unificou o magnetismo, a

eletricidade e a óptica.

Movimento

• Momentum e inércia

• Conservação de quantidade de movimento (momentum)

• Variação da quantidade de movimento = Impulso

• 2ª Lei de Newton

• 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio

• Energia e o Princípio da conservação da energia

• Gravitação

Termodinâmica

• Leis da Termodinâmica

• Lei zero da Termodinâmica

• 1ª Lei da Termodinâmica

• 2ª Lei da Termodinâmica

Eletromagnetismo

• Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnética

• Força eletromagnética

• Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática (Lei de Coulomb, Lei de

Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday)

• A natureza da luz e suas propriedades.

Ao abordar o conhecimento científico em seus aspectos qualitativos e conceituas,

filosóficos e históricos, econômicos e sociais, e ensino de física contribuirá para a formação

de estudantes críticos.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

No trabalho com os conteúdos de ensino, seja qual for a metodologia escolhida, é

importante que o professor considere o que os estudantes conhecem a respeito do tema para

que ocorra uma aprendizagem significativa.

O livro didático é uma importante ferramenta pedagógica a serviço do professor

como é o computador, a televisão, a rede web, etc. Mas, sua eficiência, assim como a de

outras ferramentas, está associada ao controle do trabalho pedagógico, responsabilidade do

professor. Em outras palavras, o pedagogo do livro deve ser o professor e não o contrário. O

professor é quem sabe quando e como utilizar o livro didático.

Na escola, o conhecimento científico pode ser tratado por meio dos modelos, mas é

preciso lembrar que modelos físico escolares não são os modelos produzidos pela ciência.

Tanto o conhecimento científico quanto os modelos, ao serem traduzidos para o ensino

escolar, sofrem uma adequação em termos de especificidade conceitual e de linguagem.

Ao partir dessa premissa, o professor abordará os modelos científicos em suas

possibilidade e limitações, de modo a explorar o senso comum e rejeitar o argumento de que

aprender Física o pré-requisito é saber Matemática.

O professor pode e deve utilizar problemas matemáticos no ensino de física, mas

entende-se que a resolução de problemas deve permitir que o estudante elabore hipóteses além

das solicitadas pelo exercício e que extrapole a simples substituição de um valor para obter

um valor numérico de grandeza.

Isso pode ocorrer através da resolução literal em contrapondo à resolução

matemática. Ou seja, primeiro o estudante deve encontrar a relação entre todas as grandezas

físicas envolvidas – uma expressão matemática literal para depois realizar o cálculo e chegar a

um valor.

O uso da história no ensino de Física deve, também, mostrar a não neutralidade da

produção científica, suas relações externas, sua interdependência com os sistemas produtivos,

enfim, os aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais desta ciência.

O que se propõe é que o professor agregue, ao planejamento de suas aulas, a História

da Ciência, para contextualizar a produção do conhecimento em estudo.

As considerações expostas a respeito da História da Ciência, ao serem incorporadas

ao plano de trabalho docente, podem ajudar o estudante a compreender que a busca do

conhecimento físico não foi e não é um caminho de direção única, tampouco linear, mas

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repleto de dúvidas, contradições, erros e acertos, motivado por interesses diversos.

No ensino de Física, é deve-se considerar a importância das atividades experimentais

para uma melhor compreensão acerca dos fenômenos físicos.

Assim, é fundamental que o professor compreenda o papel dos experimentos na

ciência, no processo de construção do conhecimento científico. Essa compreensão determina a

necessidade (ou não) das atividades experimentais nas aulas de física.

A utilização de textos, empregando a leitura científica no ensino de Física, é

defendida por pesquisadores, porém, ao trabalhá-los, devem-se tomar alguns cuidados,

sobretudo quanto à escolha, no que diz respeito à linguagem e ao conteúdo, pois o aluno será

o interlocutor nessa proposta de leitura.

O texto não deve ser lido como se fosse um manual. Para isso devem-se evitar

perguntas com respostas diretas que não permitam uma reflexão em torno dos saberes

divulgados no texto. É importante que as questões propostas despertem o interesse do

estudante. Convivemos, diariamente, professores e estudantes, com aparatos tecnológicos dos

mais simples aos mais sofisticados, em nossa casa e no ambiente escolar: retroprojetores,

televisões, aparelhos de vídeo cassete e DVD, computador, dentre outros. Portanto, não se

trata mais de ser a favor ou contra, usar ou não usar, mas de planejar o uso do recurso

tecnológico conforme a necessidade, a serviço de uma formação integral dos sujeitos, de

modo a permitir o acesso, a interação e, também, o controle das tecnologias e de seus efeitos.

A presença de laboratórios de informática com acesso à internet, nas escolas, bem

como a chegada de aparelhos de televisão com porta USB para entrada de dados via pendrive,

abrem muitas perspectivas para o trabalho docente no ensino de Física.

Qualquer que seja o recurso tecnológico utilizado é preciso que esteja de acordo com

o plano de trabalho docente feito pelo professor. O computador, o livro, TV, o filme, são

meramente instrumentos e recursos para o ensino e não substituem o professor.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

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AVALIAÇÃO

Considerando sua dimensão diagnóstica, a avaliação é um instrumento tanto para que

o professor conheça o seu aluno, antes que se inicie o trabalho com os conteúdos escolares,

quanto para o desenvolvimento das outras etapas do processo educativo.

Embora o sistema de registro da vida escolar do estudante esteja centrado em uma

nota para sua aprovação, a avaliação será um instrumento auxiliar a serviço da aprendizagem

dos alunos, cuja finalidade é sempre o seu crescimento e sua formação.

A avaliação deve ter um caráter diversificado tanto qualitativo quanto do ponto de

vista instrumental. Do ponto de vista quantitativo, o professor deve orientar-se pelo

estabelecimento no regimento escolar.

Por fim, reitera-se, aqui, que a escola deve oportunizar a construção do conhecimento

pelos estudantes e desempenhar seu papel na democratização deste conhecimento. Como ato

educativo, a avaliação potencializa o papel da escola quando cria condições reais para a

condução do trabalho pedagógico.

Do ponto de vista clássico, o conceito de momentum implica na concepção de

intervalo de tempo, deslocamento, referenciais e o conceito de velocidade.

Espera-se que o estudante:

• formule uma visão geral da ciência (Física), presente no final do século XIX e

compreenda a visão de mundo dela decorrente;

• compreenda a limitação do modelo clássico no estudo dos movimentos de

partículas subatômicas, a qual exige outros modelos físicos e outros princípios (entre eles o da

incerteza);

• perceba (do ponto de vista relativístico e quântico) a necessidade de redefinir o

conceito de massa inercial, espaço e tempo e, como consequência, um conceito básico da

mecânica clássica: trajetória;

• compreenda o conceito de massa (nas translações) como uma construção científica

ligada à concepção de força, entendendo-a (do ponto de vista clássico) como uma resistência à

variação do movimento, ou seja, uma constante de movimento e o momentum como uma

medida dessa resistência (translação);

• compreenda o conceito de momento de inércia (nas rotações) como a dificuldade

apresentada pelo objeto ao giro, relacionando este conceito à massa do objeto e à distribuição

dessa massa em relação ao eixo de rotação. Ou seja, que a diminuição do momento de inércia

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implica num aumento de velocidade de giro e vice-versa;

• associe força à variação da quantidade de movimento de um objeto ou de um

sistema (impulso), à variação da velocidade de um objeto (aceleração ou desaceleração) e à

concepção de massa e inércia;

• entenda as medidas das grandezas (velocidade, quantidade de movimento, etc.)

como dependentes do referencial e de natureza vetorial;

• perceba, em seu cotidiano, movimentos simples que acontecem devido à

conservação de uma grandeza ou quantidade, neste caso a conservação da quantidade de

movimento translacional ou linear;

• compreenda, além disso, a conservação da quantidade de movimento para os

movimentos rotacionais;

• perceba que os movimentos acontecem sempre uns acoplados aos outros, tanto os

translacionais como os rotacionais;

• perceba a influência da dimensão de um corpo no seu comportamento perante a

aplicação de uma força em pontos diferentes deste corpo;

• aproprie-se da noção de condições de equilíbrio estático, identificando na 1ª lei de

Newton e as noções de equilíbrio estável e instável;

• reconheça e represente as forças de ação e reação nas mais deferentes situações.

Espera-se que o estudante perceba a ideia de conservação de energia como uma

construção humana, originalmente concebida no contexto da Termodinâmica, como um dos

princípios fundamentais da Física e, a amplitude do Princípio da Conservação da Energia,

aplicado a todos os campos de estudo da Física, bem como outros campos externos à Física.

Assim, ao se avaliar o estudo espera-se que ele:

• conceba a energia como uma entidade física que pode se manifestar de diversas

formas e, no caso da energia mecânica, em energias cinética, potencial elástica e potencial

gravitacional;

• perceba o trabalho como uma grandeza física relacionada à transformação/variação

de energia;

• compreenda a potência como uma medida de eficiência de um sistema físico. Ou

seja, é importante entender com que rapidez no tempo ocorrem as transformações de energia,

indicada pela grandeza física potência.

Espera-se que o estudante compreenda a Lei da Gravitação Universal como uma

construção científica importante, pois unificou a compreensão dos fenômenos celestes e

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terrestres, cujo resultado sintetiza uma concepção de espaço, matéria e movimento, desde os

primeiros estudos sobre a natureza até Newton.

Assim, ao se avaliar o estudo, espera-se que ele:

• associe a gravitação com as leis de Kepler;

• identifique a massa gravitacional diferenciando-a da massa inercial, do ponto de

vista clássico;

• compreenda o contexto e os limites do modelo newtoniano tendo em vista a Teoria

da Relatividade Geral.

Tem-se como expectativa que o estudante compreenda o quadro teórico da

termodinâmica, composto por ideais expressas nas sua leis e em seus conceitos fundamentais:

temperatura, calor e entropia.

Assim, ao se avaliar os estudantes, espera-se que ele:

• compreenda a Teoria Cinética dos Gases como um modelo construído e válido para

o contexto dos sistemas gasosos com comportamento definido como ideal e fundamental para

o desenvolvimento das ideias na termodinâmica;

• formule o conceito de pressão de um fluído, seja ele líquido ou um gás, e extrapole

o conceito a outras aplicações físicas;

• entenda o conceito de temperatura como um modelo baseado nas propriedades de

um material, não uma medida, de fato, do grau de agitação molecular em um sistema;

• diferencie e conceitue calor e temperatura, entendendo o calor como uma das

formas de energia, o que é fundamental para a compreensão do quadro teórico da

termodinâmica;

• compreenda a primeira lei como a manifestação do Princípio da Conservação de

Energia, bem como a sua construção no contexto da termodinâmica e a sua importância para a

Revolução Industrial a partir do entendimento do calor como forma de energia;

• associe a primeira lei à ideia de produzir trabalho a partir de um fluxo de calor;

• compreenda os conceitos de capacidade calorífica e calor específico como

propriedade de um material identificável no processo de transferência de calor. Da mesma

forma, o conceito de calor latente;

• identifique dos processos físicos: a) os reversíveis e b) os irreversíveis, que vêm

acompanhados de uma degradação de energia enunciada pela segunda lei. Esse princípio

físico deve ser compreendido como tão universal quanto o de conservação de energia e sugere

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um estudo da entropia;

• compreenda a entropia, uma grandeza que pode variar em processos espontâneos e

artificiais, como uma medida de desordem e probabilidade;

Espera-se que o estudante:

• compreenda a teoria eletromagnética, suas ideias, definições, leis e conceitos que a

fundamentam;

• compreenda a carga elétrica como um conceito central no eletromagnetismo, pois

todos os efeitos eletromagnéticos estão ligados a alguma propriedade da carga;

• compreenda que a carga tanto cria quanto sente o campo de outra carga, mas o

campo de uma carga não se altera na presença de outra carga. Assim, a idéia de campo deve

ser entendida como um ente que é inseparável da carga. Deseja-se que o estudante entenda

essa ideia de campo como uma entidade teórica criada no eletromagnetismo, pois ele é básico

para a teoria e mediador da interação entre cargas;

• compreenda as leis de Maxwell como um conjunto de leis que fornecem a base para

a explicação dos fenômenos eletromagnéticos;

• entenda o campo como uma entidade física dotada de energia;

• aprenda o modelo teórico utilizado para explicar a carga e o seu movimento (a

corrente elétrica), a partir das propriedades elétricas dos materiais;

• associe a carga elétrica elementar à quantização da carga elétrica;

• conheça as propriedade elétricas dos materiais, como por exemplo, a resistividade e

a condutividade;

• conheça as propriedades magnéticas dos materiais;

• entenda corrente elétrica e força como entes físicos que aparecem associados ao

campo;

• reconheça as interações elétricas como as responsáveis pela coesão dos sólidos,

pelas propriedades apresentadas pelos líquidos (viscosidade, tensão superficial) e

propriedades dos gases;

• compreenda a força magnética como o resultado da ação do campo magnético

sobre a corrente elétrica;

• entenda o funcionamento de um circuito elétrico, identificando os seus elementos

constituintes;

• conceba a energia potencial elétrica como uma das muitas formas de manifestação

de energia, como a nuclear e a eólica.

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• compreenda a potência elétrica como uma medida de eficiência de um sistema

elétrico;

• perceba o trabalho elétrico como uma grandeza física relacionada à

transformação/variação de energia elétrica.

A partir da formulação das equações de Maxwell e a comprovação experimental de

Hertz, a luz passou a ser entendida como uma entidade eletromagnética. No entanto, estudos

realizados no final do século XIX e início do século XX levaram ao estabelecimento da

natureza corpuscular da luz (os quanta).

Isso contribui para a apresentação da Física como uma ciência construída e em

construção. Dessa forma, ao se avaliar o estudante espera-se que ele:

• entenda a propósito do estudo da luz no contexto do eletromagnetismo;

• conceba a luz como parte da radiação eletromagnética, localizada entre as

radiações de alta e baixa energia, que manifesta dois comportamentos, o ondulatório e o de

partícula, dependendo do tipo de interação com a matéria;

• entenda os processos de desvio da luz, a refração que pode ocorrer tanto com a

mudança do meio quanto com a alteração da densidade do meio, além do processo de

reflexão, no qual a luz é desviada sem mudança de meio;

• entenda os fenômenos luminosos como os de reflexão total, reflexão difusa,

dispersão e absorção da luz, dentre outros importantes para a compreensão de fenômenos

cotidianos que ocorrem simultaneamente na natureza, porém, às vezes um ou outro se

sobressai;

• associe fenômenos cotidianos relacionados à luz como por exemplo: a formação

do arco-íris, a percepção das cores, a cor do céu dentre outros, aos fenômenos luminosos

estudados;

• compreenda a luz como energia quantizada que, ao interagir com a matéria,

apresenta alguns comportamentos que são típicos de partículas (por exemplo, o efeito

fotoelétrico) e outros de ondas (por exemplo, a interferência luminoso), ou seja, entenda a luz

a partir do comportamento dual;

• extrapole o conhecimento da dualidade onda-partícula à matéria, como por

exemplo ao elétron.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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SAMPAIO, José Luiz. Física: volume único/ José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. – 2.

ed. – São Paulo: Atual, 2005. – (Coleção ensino médio Atual)

Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Diretrizes Curriculares da Educação Básica –

Física, 2008.

a

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PROPOSTA CURRICULAR DE QUÍMICA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A química está relacionada às necessidades dos seres humanos e todos devem

compreender isso. É necessário dessa forma, ter um conhecimento básico da química, para

ver que a química instrumentaliza o cidadão e assim o mesmo ter uma visão mais crítica

quanto aos problemas causados pelo próprio homem, sendo a poluição, o uso de inseticidas, a

fabricação de explosivos entre outros. Sendo assim deve-se haver um estabelecimento da

relação entre aprender química e exercer cidadania. O conhecimento científico, na medida em

que permite uma interpretação mais clara de fenômenos cotidianos, possibilita ao cidadão a

correta tomada de decisões e, por consequência, uma melhor qualidade de vida.

Para o homem, saber como se desenvolve o conhecimento da Química, processará

nele um pensamento crítico mais elaborado. Através do estudo da química levará a

compreensão das formulações de hipóteses, controle de variáveis de um processo,

generalização de fatos por uma lei, elaboração de uma teoria e construção de modelos

científicos.

Os problemas que podem surgir dependem da forma de produção e aplicação desses

produtos e o homem como articulador deve estar consciente de seus atos.

Percebe-se em tudo isso a importância do estudo da Química. A concepção

espontânea sobre os conceitos que se adquire no seu dia-a-dia, na interação com os diversos

objetos no seu espaço de convivência, faz-se presente no início do processo de ensino-

aprendizagem. Por sua vez a concepção científica envolve um saber socialmente construído e

sistematizado, que requer metodologias específicas para ser disseminado no ambiente escolar.

A escola é, por excelência, o lugar onde se lida com o conhecimento científico historicamente

produzidos.

No Brasil as primeiras atividades de caráter educativo envolvendo a química,

surgiram a partir do início do século XIX, provenientes das transformações de ordem política

e econômica que ocorriam na Europa. Segundo Chassot (1995) a construção dos currículos

nessa época tiveram por base três documentos históricos que foram produzidos em Portugal,

na França e no Brasil.

As recomendações de Coimbra definiram o que seria o ensino em Portugal e

marcaram fortemente todo o período imperial Brasileiro. As diretrizes para cadeira de

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química, elaborados pelo Conde da Barca influenciadas por uma carta do Rei de Portugal,

reconheciam a importância da química para o progresso do estudo da medicina, cirurgia e

agricultura, e além disso, indicavam o ensino dos princípios práticos da química e seus

diferentes ramos aplicados às artes e à farmácia para o perfeito conhecimento dos muitos e

preciosos produtos naturais do Brasil.

O 1º Congresso Brasileiro de Química realizou-se em 1922, no Rio de Janeiro, tendo

como resultados a fundação da Sociedade Brasileira de Química, a criação da Sociedade

Brasileira de Educação e o movimento de modernização para o Ensino Brasileiro. Entre os

anos de 1929 a 1990 ocorreram várias crises econômicas, sociais e políticas favorecendo os

inúmeros movimentos de transformação do ensino de Química.

Nos anos 90, as mudanças neoliberais realizadas no mundo do trabalho colocaram a

educação em pauta, novamente afetando as discussões a respeito do currículo.

Encontros e conferências foram realizadas em âmbito mundial, priorizavam a

educação como alvo das reformas necessárias para a formação do trabalhador, ocorrendo

assim a produção e a aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional

(LDB 9394/96), bem como a construção dos PCNs (Parâmetros Curriculares Nacionais).

Nessas Diretrizes a preocupação central é resgatar a especificidade da disciplina de Química,

deixando de lado o modo simplista como era tratada nos PCNs. A abordagem no ensino de

Química, será norteada, pela construção/reconstrução de significados dos conteúdos

científicos vinculada aos contextos históricos, políticos, econômicos sociais e culturais.

Nas diretrizes, propõe-se que a compreensão e apropriação do conhecimento químico

aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da química: as substancias e

os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor numa

relação dialógica, em que os conceitos químicos constitua apropriação de parte do

conhecimento cientifico, o qual segundo Oliveira (2001), deve contribuir para a formação de

sujeitos que compreendam e questionam a ciência do seu tempo. Para alcançar tal finalidade,

uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com o objeto de estudo químico, via

experimentação.

A importância da abordagem experimental está no seu papel investigativo e na sua

função pedagógica de auxiliar o aluo na explicitação, problematização, discussão, enfim, na

significação dos conceitos químicos.

O Estudo da Química em seu caráter geral tem vários objetivos gerais, dentre eles os

de:

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• Desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das

questões sociais relativas à ciência e a tecnologia

• Auxiliar na aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos relativos à

natureza da ciência

• Encorajar os alunos a relacionar suas experiências na escola em fatos reais

• Ajudar os alunos a verbalizar, ouvir e argumentar;

• Desenvolver habilidades de raciocínio lógico

• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;

• Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;

• Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa,

utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas

modificações ao longo do tempo;

• Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o

conhecimento da química (livro, computador, jornais, TV, etc)

• Compreender e utilizar conceitos químicos dentro de uma visão macróspica (lógica

- empírica)

• Compreender os fatos químicos dentro de uma a visão macroscópica (lógico-

formal)Desenvolver atitudes e valores em uma perspectiva humanística diante das questões

sociais relativas à ciência e a tecnologia

• Auxiliar na aprendizagem de conceitos científicos e de aspectos relativos à

natureza da ciência

• Encorajar os alunos a relacionar suas experiências na escola em fatos reais

• Ajudar os alunos a verbalizar, ouvir e argumentar;

• Desenvolver habilidades de raciocínio lógico

• Descrever as transformações químicas em linguagens discursivas;

• Compreender os códigos e símbolos próprios da química atual;

• Traduzir a linguagem discursiva em linguagem simbólica da química e vice-versa,

utilizar a representação simbólica das transformações químicas e reconhecer suas

modificações ao longo do tempo;

• Identificar fontes de informação e formas de obter informações relevantes para o

conhecimento da química (livro, computador, jornais, TV, etc)

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• Compreender dados quantitativos, (estimativa e medida), compreender relações

proporcionais presentes na química.

• Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais ou de outros

dados.

• Saber identificar e traduzir dados, informações, relatos relevantes.

• Reconhecer ou propor a investigação de um problema relacionado à química,

selecionando procedimentos experimentais pertinentes.

• Quanto à seleção dos conteúdos, é comum ser enfatizado o trabalho com temas

como: lixo, efeito estufa, camada de ozônio, água, reciclagem, poluição, drogas, química da

produção, etc. e portanto propõem-se que o ponto de partida para a organização dos conteúdos

curriculares, sejam os conteúdos estruturantes e seus respectivos conceitos e categorias de

análise, tais como:

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

MATÉRIA E SUA NATUREZA

BIOGEOQUÍMICA

QUÍMICA SINTÉTICA

CONTEÚDOS BÁSICOS

MATÉRIA

- Constituição da matéria;

- Estados de agregação;

- Natureza elétrica da matéria;

- Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).

- Estudo dos metais;

- Tabela Periódica.

SOLUÇÃO

- Substância: simples e composta;

- Misturas;

- Métodos de separação;

- Solubilidade;

- Concentração;

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- Forças intermoleculares;

- Temperatura e pressão;

- Densidade;

- Dispersão e suspensão;

VELOCIDADE DAS REAÇÕES

- Reações químicas;

- Lei das reações químicas;

- Representação das reações químicas;

- Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos

reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão);

- Fatores que interferem na velocidade das reações 8superfície de contato,

temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores);

- Lei da velocidade das reações químicas;

EQUILÍBRIO QUÍMICO

- Reações químicas reversíveis;

- Concentração;

- Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de equilíbrio);

- Deslocamento e equilíbrio (principio de Le Chatelier): concentração, pressão,

temperatura e efeito dos catalizadores;

- Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks);

LIGAÇÃO QUÍMICA

- Tabela periódica;

- Propriedade dos materiais;

- Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;

- Solubilidade e as ligações químicas;

- Interações intermoleculares e as propriedades das substâncias moleculares;

- Ligações de Hidrogênio;

- Ligação metálica (elétrons semi-livres)

- Ligações sigma e pi;

- Ligações polares e apolares;

- Alotropia.

REAÇÕES QUÍMICAS

- Reações de Oxi-redução;

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- Reações exotérmicas e endotérmicas;

- Diagramas das reações exotérmicas e endotérmicas;

- Variação de entalpia;

- Calorias;

- Equações termoquímicas;

- Princípios da termodinâmica;

- Lei de Hess;

- Entropia e energia livre;

- Calorimetria;

RADIOATIVIDADE

- Modelos Atômicos (Rutherford);

- Elementos químicos (radioativos);

- Tabela Periódica;

- Reações químicas;

- Velocidades das reações;

- Emissões radioativas;

- Leis da radioatividade;

- Cinética das reações químicas;

- Fenômenos radiativos *fusão e fissão nuclear);

GASES

- Estados físicos da matéria;

- Tabela periódica;

- Propriedades dos gases (densidade/difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão

x volume e temperatura x volume);

- Misturas gasosas;

- Diferença entre gás e vapor;

- Leis dos gases.

FUNÇÕES QUÍMICAS

- Funções Orgânicas

- Funções Inorgânicas;

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

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O estudo da Química será iniciado pelo histórico da Química para possibilitar ao

aluno a compreensão do processo de elaboração desse conhecimento. Ter noções básicas de

Química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber exigir os benefícios da aplicação

do conhecimento químico para toda a sociedade.

Haverá uma abordagem histórica para cada um dos conteúdos estruturantes, havendo

também abordagem social, ambiental, representacional, experimental e cultural.

Será contextualizado o conteúdo de química na bioquímica com a atmosfera,

hidrosfera e litosfera. Na química sintética será relacionado o conteúdo com a transformação

de materiais e produção de materiais artificiais. Quanto ao conteúdo estruturante da matéria

será explorado por meio de modelos e representações sempre contextualizando e

demonstrando a natureza em níveis macroscópicos e também microscópicos.

O estudo da química estará presente no cotidiano dos alunos evitando que esta seja

apenas algo descritivo, com repetição de fórmulas, mas sim de maneira clara e

contextualizada mostrando sempre exemplos para o entendimento do aluno.

O ensino da química deve permitir a construção de uma visão de mundo,

contribuindo para que o indivíduo se enxergue como participante de um mundo em constante

transformação. Os conteúdos serão abordados de maneira que permita a contextualização do

conhecimento, sendo trabalhados com a participação efetiva do e4ducando, promovendo um

diálogo mediador da construção do conhecimento. Os elementos químicos e às substâncias

químicas serão estudados de maneira que o aluno possa conhecer os métodos de obtenção e

características procurando compreender melhor os seus efeitos e a sua utilização nos diversos

setores da vida humana.

A leitura e a interpretação de textos científicos, a construção de tabelas e gráficos,

análise de embalagens para conhecer a composição química de produtos industrializados.

Ter noções básicas de química instrumentalizar o cidadão para que ele possa saber

exigir os benefícios da aplicação do conhecimento químico para toda a sociedade.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

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nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

A avaliação é parte integrante do processo de ensino aprendizagem e abarca não

somente o desempenho do aluno, mas também a atuação do professor e a estrutura de

funcionamento da escola e do sistema de ensino. No que diz respeito à avaliação do aluno é

imprescindível que seja contínua com o acompanhamento de suas atividades no dia-a-dia,

fornecendo o retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno.

Seguindo as diretrizes, avaliação deve ser concebida de forma processual e

formativa, sob os condicionantes do diagnostico e da continuidade. Esse processo ocorre em

interações reciprocas, no dia a dia, no transcorrer da própria aula e não apenas de modo

pontual, portanto, está sujeita a alterações no seu desenvolvimento. Esse tipo de avaliação

processual e formativa leva em conta o conhecimento prévio do aluno e valoriza o processo

de construção e reconstrução de conceitos, além de orientar e facilitar a aprendizagem.

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos científicos.

Trata-se de um processo de “construção e reconstrução de significados dos conceitos

científicos” (Maldaner, 2003, p. 144). Valoriza-se, assim, uma ação pedagógica que considere

os conhecimentos prévios e o contexto social do aluno, para (re)construir os conhecimentos

químicos. Essa (re)construção acontecerá por meio das abordagens histórica, sociológica,

ambiental e experimental dos conceitos químicos.

Os temas contemporâneos (Educação ambiental, Enfrentamento à Violência na

Escola, Prevenção ao uso de drogas, Educação Fiscal, História e Cultura Afro-brasileira e

Africana e Sexualidade) serão abordados durante o ano letivo, considerando-se que são temas

muitas vezes presentes em nossa sociedade, o que os torna relevantes para compreensão e

entendimento às transformações que ocorrem em nossa sociedade.

A avaliação deve ser ainda funcional porque verifica se os objetivos previstos estão

sendo atingidos, orientados e permitindo ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quento antes

e integral.

A avaliação será feita através de trabalhos de pesquisa, trabalho individual ou

coletivo, prova oral, auto-avaliação e provas escritas de tipos variados que quando necessário

haja a recuperação paralela.

Espera-se que o aluno:

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• Entenda e questione a Ciência de seu tempo e os avanços tecnológicos na área da

Química;

• Construa e reconstrua o significado dos conceitos químicos;

• Problematize a construção dos conceitos químicos;

• Tome posições frente às situações sociais e ambientais desencadeadas pela

produção do conhecimento químico.

• Compreenda a constituição química da matéria a partir dos conhecimentos sobre

modelos atômicos, estados de agregação e natureza elétrica da matéria;

• Formule o conceito de soluções a partir dos desdobramentos deste conteúdo

básico, associando substâncias, misturas, métodos de separação, solubilidade, concentração,

forças intermoleculares, etc.;

• Identifique a ação dos fatores que influenciam a velocidade das reações químicas,

representações condições fundamentais para ocorrência, lei da velocidade, inibidores;

• Compreenda o conceito de equilíbrio químico, a partir dos conteúdos específicos:

concentração, relações matemática e o equilíbrio químico, deslocamento de equilíbrio,

concentração, pressão, temperatura e efeito dos catalisadores, equilíbrio químico em meio

aquoso;

• Elabore o conceito de ligação química, na perspectiva da interação entre o núcleo

de um átomo e eletrosfera de outro a partir dos desdobramentos deste conteúdo básico;

• Entenda as reações químicas como transformações da matéria e a nível

microscópico, associando os conteúdos específicos elencados para esse conteúdo básico;

• Reconheça as reações nucleares entre as demais reações químicas que ocorrem na

natureza, partindo dos conteúdos específicos que compõe esse conteúdo básico;

• Diferencie gás de vapor, a partir dos estados físicos da matéria, propriedades dos

gases, modelo de partículas e as leis dos gases;

• Reconheça as espécies químicas, ácidos, bases, sais e óxido em relação a outra

espécie com a qual estabelece interação.

Aos alunos com necessidades especiais, os critérios avaliativos levarão em

consideração as especificidades dos mesmos dentro de suas limitações, considerando-se os

temas propostos.

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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

COVRE, Geraldo José. Química Total, São Paulo: FTD, 2001.

DIRETRIZES CURRICULARES ESTADUAIS, Química, 2006.

SARDELLA, Antônio. Química, São Paulo: Ática, 2001.

PERUZZO, Francisco Miragaia, São Paulo: Moderna, 2003.

516

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PROPOSTA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A sociologia é fruto do seu tempo, um tempo de grandes transformações sociais, que

trouxeram a necessidade de a sociedade e a ciência serem pensadas. Nesta encruzilhada da

ciência, reconhecida como saber legítimo e verdadeiro, a sociedade a clamar mudanças e a

absorvê-las nasceu a Sociologia. Portanto, no auge da modernidade do século XIX surge, na

Europa, uma ciência, disposta a dar conta das questões sociais, que porta os arroubos da

juventude e forja sua pretensa maturidade científica na crueza dos acontecimentos históricos

sem muito tempo para digeri-los.

O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina científica é marcada pelas

consequências de três grandes revoluções: uma política, a Revolução Francesa de 1789; uma

social, a Revolução Industrial e uma revolução na ciência, que se firma com o Iluminismo,

com sua fé na razão e no progresso da civilização.

No cenário social, a revolução fundamental está no surgimento de uma nova classe

social, e dos operários fabris. No âmbito de novas formas de pensar, a revelação como

explicação do mundo pela fé e tradição é substituída pela razão. Esse caldo histórico deságua

em um pensamento social questionador da mudança na sociedade. A Sociologia, termo

empregado pela primeira vez por Auguste Comte (1798-1857), torna-se uma ciência

conclusiva e síntese de todo o caminha científico da humanidade, considerada capaz de

estruturar a sociedade com o auxílio das demais ciências.

Com o domínio da razão sobre as formas religiosas de explicação do mundo , o

período entre os séculos XVI a XIX foi marcado por profundas transformações na concepção

do poder político, não mais emanado de Deus, pela reorganização do poder e a constituição

dos Estados-nação. Também, a forma de produzir a sobrevivência material da sociedade

passou por mudanças, com a destruição da servidão e da organização camponesa, a

consequente emigração da população rural para os centros urbanos, a substituição gradativa

da atividade artesanal em manufatureira.

Nas grandes indústrias, trabalhadores e empresários estabelecem relações de trabalho

mediadas por sindicatos e associações representativas e defesa de diferentes interesses na

sociedade.

Com a missão de prever, prover e intervir na realidade social, a sociologia faz

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emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de solução

pelos primeiros pensadores sociais, - Comte, Durkheim, Weber e Marx.

A Sociologia surgiu, portanto, com os movimentos de afirmação da sociedade

industrial e toda a contradição deste processo.

Os anos de 1930 foram de plena efervescência para a Sociologia que se

institucionalizou, no Brasil, graças a um conjunto de iniciativas na área da educação, no

campo da pesquisa e da editoração. Nasce o ensino da disciplina e alavanca a reflexão sobres

as peculiaridades da cultura e sociedade brasileiras.

O período de 1945 a 1974 foi de grandes mudanças econômicas, sociais e

institucionais, no Brasil, e as pesquisas trataram de temas da política e da cultura de forma

simultânea, atualizando-os sob a luz de métodos de investigação científica que se firmavam

na Sociologia. O período da ditadura militar marcou uma inflexão na Sociologia, que se

desenvolvia e teorizava acerca das tendências da revolução brasileira, abortada nos anos

sessenta. Um pensamento sociológico sobre os problemas latino-americanos floresceu,

sobretudo entre os intelectuais brasileiros exilados em países europeus e da América Latina,

em decorrência do golpe de Estado de 1964 e do Ato Institucional n. 5, em 1968.

Florestan Fernandes foi professor da cátedra de Sociologia na USP e é considerado o

fundador da Sociologia Crítica no Brasil. Fernandes participou do projeto da Lei de Diretrizes

e Bases da Educação Nacional, concebendo a ciências como racionalizadora da vida social

por meio da democratização educacional, a instauração de um sistema educativo moderno,

laico, público, com pedagogia voltada às necessidades das classes populares.

A Sociologia Geral e/ou Sociologia da Educação permanecem como programas, a

partir dos anos 1940, apenas nos currículos das Escolas Normais. O vínculo entre a educação

e a Sociologia mostra que as escolas normais. O vínculo ente a educação e a Sociologia

mostra que as escolas normais foram redutos importantes para a disseminação do

conhecimento sociológico, como argumenta Guelfi (2001). A formação de professores para o

ensino secundário foi, sem dúvida, o fator de consolidação da Sociologia como disciplina

curricular.

Quando em 1962, o Conselho Federal de Educação e o Ministério de Educação

publicaram os novos currículos para o Ensino Médio, a sociologia não foi incluída entre as

disciplinas obrigatórias, complementares e optativas, de acordo com Santos (2004).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394, de 1996) abriu perspectivas para

a inclusão da Sociologia nas grades curriculares, uma vez que em seu art. 36,§ 1º, inciso lll,

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expressa a importância do “domínio dos conhecimentos de Filosofia e Sociologia necessários

ao exercício da cidadania”.

O Conselho Nacional de Educação aprovou, com base na Lei 9.394/96, a inclusão da

Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio, e , a partir de 2007 os conselhos estaduais de

Educação deveriam regulamentar a oferta dessas aulas. No dia 02 de junho de 2008, é

aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96, para incluir a Filosofia e a Sociologia

como disciplina obrigatória em todas as séries do ensino médio.

A obrigatoriedade do ensino da disciplina a partir de 2007, determinada pelo

Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão da Sociologia em todas as escolas de

Ensino Médio do estado. A escola é livre para determinar a série em que a disciplina será

ofertada, mas na instrução normativa n. 015/2006 – SUED/SEED é defendido o princípio de

equidade entre as disciplinas, de modo a garantir um mínimo de duas aulas semanais para

todas as disciplinas nas séries em que são ofertadas.

A Sociologia deve ser vista como construtora histórica e social, desempenhando o

papel de focalizar os problemas que moldura a realidade, questionando e buscando respostas

múltiplas para construção de caminhos viáveis para a convivência coletiva.

A partir da construção e concepção de sociedade é passível ao aluno compreender a

emergência dos temas que hoje ocupam o cenário das manifestações sociais.

Portanto, professores e alunos precisam questionar os problemas sociais, da

atualidade. A escola deve sair da rotina e buscar uma integração à nova realidade, fazendo

com que disciplinas se tornem atraentes. Em sociologia devemos deixar claro para o aluno o

direito da cidadania, devendo ter em mente a construção de um amplo campo de debates e

pensamentos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

1- O Surgimento da Sociologia e

Teorias Sociológicas

- Formação e consolidação da sociedade

capitalista e o desenvolvimento do pensamento

social.

- Teorias sociológicas clássicas: Comte,

Durkheim, Engels, e Marx Weber.

-O desenvolvimento da sociologia no Brasil.

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2 – O Processo de Socialização e as

Instituições Sociais.

- Processo de socialização.

- Instituições Sociais; Familiares; Escolares;

Religiosas.

- Instituição de Reinserção (prisões, manicômios,

educandários, asilos, etc.).

3- Cultura e Indústria

Cultural

- Desenvolvimento antropológico do conceito de

cultura e sua contribuição na análise das

diferentes sociedades;

- Diversidade Cultural;

- Identidade;

- Indústria cultural;

- Meios de comunicação de massa;

- Sociedade de consumo;

- Indústria cultural no Brasil;

- Questões de gênero;

- Cultura afro brasileira e africana;

- Cultura indígena;

- O conceito de trabalho e o trabalho nas

diferentes sociedades;

- Desigualdades sociais; estamentos, castas,

classes sociais;

- Organização do trabalho nas sociedades

capitalistas e suas contradições;

- Globalização e Neoliberalismo.

4- Trabalho, Produção e

Classes Sociais

- Relações de trabalho;

- Trabalho no Brasil.

5- Poder, Política e Ideologia

- Formação e desenvolvimento do Estado

Moderno;

- Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

- Estado no Brasil;

- Conceitos de Poder;

- Conceitos de Ideologia;

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6- Direito, Cidadania e movimentos

Sociais.

- Conceitos de dominação e legitimidade;

- As expressões da violência nas sociedades

contemporâneas;

- Diretos: civis, políticos e sociais;

- Direitos humanos;

- Conceito de cidadania;

- Movimentos sociais;

- Movimentos sociais no Brasil;

- A questão ambiental aos movimentos

ambientalistas;

- A questão das ONG's.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Em Sociologia, devemos atentar especialmente para a proposição de

problematizações, contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem

ser realizados a partir de diferentes recursos, como a leitura de textos sociológicos, textos

didáticos, textos jornalísticos e obras literárias.

Esses encaminhamentos podem também partir ou ser enriquecidos se lançarmos mão

de recursos audiovisuais, que assim como os textos, também são passiveis de leitura. A

utilização de filmes, imagens, músicas e charges constitui importante elemento para que os

alunos relacionem a teoria com sua prática social.

Para que o aluno seja colocado como sujeito de seu aprendizado, faz-se necessário a

articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises, problematizações e

contextualização propostas.

A atuação do docente deverá ser a de levar o educando a pesquisar a contribuição da

sociologia nas suas relações sociais.

Para o desenvolvimento da disciplina de Sociologia no Ensino Médio, os conteúdos

Estruturantes e os conteúdos Básicos devem ser tratados de forma articulada.

Considera-se relevante no exercício pedagógico da sociologia manter no horizonte de

análise tanto o contexto histórico do seu aparecimento e a contribuição dos clássicos

tradicionais, quanto teorias sociológicas mais recentes. Os elementos básicos das teorias de

Durkheim, Weber e Marx precisam ser desenvolvidos levando-se em consideração o recorte

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temporal no qual se erige a Sociologia. Isso requer a retomada do histórico da disciplina em

cada teoria trabalhada.

Como disciplina escolar, a Sociologia crítica deve contrastar tradições diversas de

pensamento, avaliando-lhes os limites e potencialidades de explicação para os dias de hoje.

Ao mesmo tempo, o ensino da disciplina deve recusar qualquer espécie de síntese teórica ou

reducionismo sociológico, ou seja, deve tratar pedagogicamente a contextualização histórica e

política das teorias seguindo o rigor metodológico que a ciência requer.

A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de ensino-

aprendizagem estarão relacionadas à Sociologia crítica, caracterizada por posições teóricas e

práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e contextualizadas em

suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação transformadora do real.

Trata-se de propiciar ao aluno do Ensino Médio os conhecimentos sociológicos, de

maneira que alcance um nível de compreensão mais elaborado em relação às determinações

históricas nas quais se situa e, também, fornecendo-lhe elementos para pensar possíveis

mudanças sociais. Pelo tratamento crítico dos conteúdos da Sociologia clássica e da

contemporânea, professores e alunos são pesquisadores, no sentido de que estarão buscando

fontes seguras para esclarecer questões acerca de desigualdades sociais, políticas e culturais,

podendo alterar qualitativamente sua prática social.

O ensino deve contemplar a dinâmica dos fenômenos sociais, explicando-a para além

do senso comum, de modo que favoreça uma leitura da sociedade à luz da ciência, permitindo

que a dimensão analítica do conhecimento sociológico estabeleça um diálogo contínuo com as

transformações socieconômicas, culturais e políticas contemporâneas.

A Sociologia pode e deve ensinar o aluno a fazer perguntas e a buscar respostas no

seu entorno, na realidade social que se apresenta no bairro, na própria escola, na família, nos

programas de televisão, nos noticiários, nos livros de História etc.. O professor pode

despertar no aluno o sentimento de estar integrado à realidade que lhe cerca, desenvolvendo

certa sensibilidade para com os problemas brasileiros de forma analítica e cogitando possíveis

soluções para problemas diagnosticados.

Estudar Sociologia pelo caminha da reflexão crítica, contrastante dos fenômenos e de

suas interpretações, desenvolve-se uma percepção social apoiada em posicionamento

cognitivo e maior sensibilidade em face da realidade social desigual.

As aulas de Sociologia podem ser atraentes e despertar nos alunos processos de

identificação de problemas sociais que estão de forma jornalística presentes nos meios de

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comunicação. Como encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos:

• aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e museus,

quando possível;

• exercícios escritos e oralmente apresentados e discutidos;

• leituras de textos: clássicos-teóricos, teórico-contemporâneos, temáticos, didáticos,

literários, jornalísticos;

• debates e seminários de temas relevantes fundamentados em leituras e pesquisa:

pesquisa de campo, pesquisa bibliográfica;

• análise crítica: de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV; análise

crítica de imagens (fotografias, charges, tiras, publicidade), entre outros.

Destacam-se aqui alguns encaminhamentos metodológicos para o ensino de

Sociologia, os quais devem ser trabalhados com rigor metodológico para a construção do

pensamento científico e o desenvolvimento do espírito crítico: pesquisa de campo; análise

crítica de filmes e vídeos; leitura crítica de textos sociológicos.

De acordo com a Instrução 09/2011 SUED / SEED, as demandas sócio educacionais

devem ser abordadas dentro dos conteúdos obrigatórios conforme previsto nas Diretrizes

Curriculares Estaduais, são eles: História do Paraná (Lei nº 13.381/01), História e Cultura

Afro-brasileira, Africana e Indígena (Lei nº11.645/08), Música (Lei nº 11.645/08), Prevenção

ao uso indevido de Drogas, Sexualidade Humana, Educação Fiscal, Enfrentamento a

Violência contra Crianças e Adolescentes, Direito da Criança e do Adolescente LF

nº11.525/07, Educação Tributária Dec. Nº1143/99 Port. Nº413/02, Educação Ambiental LF

nº9795/99 Dec. Nº4201/02.

AVALIAÇÃO

As avaliações da disciplina de Sociologia requer extrair do aluno não respostas

lógicas, mas reflexivas do que somos, de onde viemos e para onde iremos, enquanto

sociedade. Fazer com que o aluno e também nós como seres integrantes da instituição escolar

tragamos para a sala de aula o verdadeiro e mais prático material didático, oriundo da

observação atenta do meio em que vivemos. Organizar debates que demonstrem uma

capacidade de articulação entre a teoria e a prática.

De maneira diagnóstica, a avaliação formativa deve acontecer identificando

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aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que apresentam

dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado.

Os instrumentos de avaliação em sociologia, atentando para a construção da

autonomia do educando, acompanham as próprias práticas de ensino e aprendizagem da

disciplina e podem ser registros de reflexões críticas em debates, que acompanham os textos

ou filmes, produção de textos que demonstrem capacidade de articulação entre teoria e

prática, dentre outras possibilidades.

No decorrer do bimestre serão realizadas no mínimo duas avaliações com peso 10,0.

Se necessário, será oportunizada a recuperação paralela referente ao conteúdo que não foi

assimilado pelo aluno. Cada aluno é um ser particular, portanto, serão consideradas suas

limitações no desenvolvimento das atividades avaliativas.

Provas (escritas e orais), prevalecerá a opinião crítica, desde que considerado o

conteúdo elaborado no respectivo período. Quanto aos trabalhos e apresentações em grupo

será avaliado a força e capacidade de união e/ou articulações de ideias, aos moldes dos

fundamentos de sociedade.

A avaliação pauta-se numa concepção formativa e continuada, onde os objetivos da

disciplina estejam afinados com os critérios de avaliação propostos pelo professor.

Pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise desnaturalizar conceitos

tomados historicamente irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso crítico e a conquista

de uma maior participação na sociedade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Secretaria de Estado da Educação do Paraná - Diretrizes Curriculares da Educação Básica –

Sociologia, 2008.

a

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PROPOSTA CURRICULAR DA LINGUA ESTRANGEIRA - ESPANHOL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Ao propormos o ensino de qualquer língua, neste caso específico da Língua

Espanhola, precisamos refletir sobre a linguagem, articulando as relações que estabelecemos

com o mundo e a visão que construímos sobre ele, porque tudo o que nós fizermos em sala de

aula deve ter um objetivo próprio, e devemos fazer o melhor de nós professores para que este

objetivo seja alcançado, uma vez que aprender uma nova língua na escola é uma experiência

educacional que se realiza para e pelo aluno como reflexo de valores específicos do grupo

social ou étnico que mantém essa escola.

Considerando que a Língua Espanhola é uma das mais faladas no mundo, e, que a

procura por esse idioma adquiriu um âmbito muito maior, tornou-se fundamental que essa

língua fosse inserida no currículo escolar, para possibilitar a toda comunidade seu acesso. O

ensino da língua espanhola é recente, iniciou-se a partir dos anos 90, impulsionadas por um

ideal de redemocratização do país (devido à abertura política) e pela criação do MERCOSUL,

as escolas voltaram a ofertar o ensino da língua espanhola em seus currículos, porém sem

suplantá-la.

A LDB prevê uma Língua Estrangeira Moderna (LEM) como disciplina obrigatória e

uma segunda, como optativa (Art. 36, inc. III). Assim, o objetivo do ensino da Língua

Estrangeira (LE) é permitir ao educando conhecê-la e usá-la como instrumento de acesso a

informações e a outras culturas e grupos sociais.

Precisa-se pensar o ensino e a aprendizagem das Línguas Estrangeiras Modernas em

termos de competências abrangentes e não estáticas, uma vez que uma língua é o veículo de

comunicação de um povo por excelência e é através de sua forma de expressar-se que esse

povo transmite sua cultura, suas tradições, seus conhecimentos.

A visão de mundo de cada povo altera-se em função de vários fatores e,

conseqüentemente, a língua também sofre alterações para poder expressar as novas formas de

encarar a realidade. Daí ser de fundamental importância conceber-se o ensino de um idioma

estrangeiro objetivando a comunicação real, pois, dessa forma, os diferentes elementos que a

compõem estarão presentes, dando amplitude e sentido a essa aprendizagem.

Se entendermos que nossos alunos têm a necessidade de se introduzir na sociedade,

então o professor é que deve oferecer isso a eles, deverá ser aquele que possibilite essa

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integração. Diante disso, a metodologia a ser aplicada deve ser aquela que satisfaça as

necessidades dos educandos, trabalhando neste contexto a realidade apresentada pelos

mesmos, valorizando as relações estabelecidas entre eles e acreditando que cada um deles têm

condições de aprender.

Propõe-se que a aula de LE constitua um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade linguística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e

perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive. Espera-

se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social.

Uma vez que os alunos deste estabelecimento irão ao mercado de trabalho se faz

necessário o aprendizado do espanhol. Também porque temos como países vizinhos o

Paraguai, Argentina, Uruguai e várias empresas instaladas na cidade e cidades vizinhas cujos

proprietários são argentinos e espanhóis, motivo pelo qual é de suma importância o

conhecimento desta língua para esses alunos, bem como parte da comunidade escolar.

CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes

Na disciplina de Língua Estrangeira Moderna, o Conteúdo Estruturante é o Discurso

como prática social. Eles se constituem através da história, são legitimados socialmente e, por

isso, são provisórios e processuais. Eles estão relacionados com o momento histórico-social.

Quando o discurso toma a língua como interação verbal, como espaço de produção de

sentidos, ele é chamado de discurso como prática social, isto é, nele a língua é tratada de

forma dinâmica, por meio de leitura, de oralidade e de escrita que são as práticas que efetivam

o discurso.

Ao contrário de uma concepção de linguagem que centraliza o ensino na gramática

tradicional, o discurso tem como foco o trabalho com os enunciados (orais e escritos). O uso

da língua efetua-se em forma de enunciados, uma vez que o discurso só existe na forma de

enunciados.

Com isso, nas aulas de espanhol será oportunizado ao aluno a percepção da

interdiscursividade, as condições de produção dos diferentes discursos, das vozes que

permeiam as relações sociais e de poder. Os níveis de organização linguística – fonético-

fonológico, léxico-semântico e de sintaxe – sirvam ao uso da linguagem na compreensão e na

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produção verbal e não verbal.

Conteúdos Básicos

Os conteúdos básicos que irão ser trabalhados pertencem às práticas da oralidade,

leitura e escrita e análise lingüística. Tais conteúdos devem ser abordados a partir de um

gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana, científica, escolar, imprensa,

política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática, jurídica.

Caberá ao professor selecionar um texto significativo pertencente a um gênero, que

deve ser compreendido em sua esfera de circulação. Importa menos a quantidade de gêneros

trabalhados e mais a qualidade do trabalho pedagógico com aqueles selecionados pelo

professor.

Os gêneros serão retomados em diferentes séries respeitando-se o princípio

complexidade crescente. Vale ressaltar que os gêneros indicados não se esgotam nesses

tópicos.

A abordagem teórico-metodológica e a avaliação estão inseridas na sequência para

compreensão da proposta dos conteúdos básicos de Língua Estrangeira Moderna.

LEITURA

• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

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• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Léxico.

ESCRITA• Tema do texto;

• Interlocutor;

• Finalidade do texto;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Situacionalidade;

• Intertextualidade;

• Temporalidade;

• Referência textual;

• Partículas conectivas do texto;

• Discurso direto e indireto;

• Elementos composicionais do gênero;

• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;

• Palavras e/ou expressões que detonam ironia e humor no texto;

• Polissemia;

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;

• Acentuação gráfica;

• Ortografia;

• Concordância verbal/nominal.

ORALIDADE• Conteúdo temático;

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• Finalidade;

• Aceitabilidade do texto;

• Informatividade;

• Papel do locutor e interlocutor;

• Elementos extralingüísticos: entonação, expressões faciais, corporal e gestual, pausas...

• Adequação do discurso ao gênero;

• Turnos de fala;

• Variações lingüísticas;

• Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica;

• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);

• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral ou escrito.

Os alunos poderão pesquisar seus trabalhos em livros, revistas, jornais e outros meios

que possam encontrar para que possam realizar suas pesquisas.

Esses temas serão trabalhados basicamente de uma só forma, ou seja, a

conscientização, esta começando a ser levada primeiramente à sala de aula para ser trabalhada

com os alunos, através de textos e outras formas de exposição do tema, e com isso se espera

que seja transmitida adiante, através dos alunos para sua família, amigos, comunidade e assim

por diante.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O ato de ensinar não se dá através de situações prontas, fechadas, definitivas, mas

sim como processo de reflexão contínua sobre as inúmeras possibilidades de aprender. Os

conteúdos serão desenvolvidos sempre de forma contextualizada, tendo como referencial para

a ação pedagógica a realidade social do aluno, e a intencionalidade do trabalho está em

sintonia com as exigências que o mundo do trabalho faz àqueles que nele desejam ingressar.

Os alunos trabalharão os conteúdos dados de forma individual e em grupo na resolução de

problemas.

O ensino da língua estrangeira se iniciará com um vocabulário básico, que faça parte

do seu eu e do mundo a sua volta. É preciso criar intimidade com a língua para depois chegar

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a objetivos mais específicos como a gramática por exemplo.

As aulas de língua espanhola constituirão um espaço para que o aluno reconheça e

compreenda a diversidade lingüística e cultural, de modo que se engaje discursivamente e

perceba possibilidades de construção de significados em relação ao mundo que vive. Espera-

se que o aluno compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,

portanto, passíveis de transformação na prática social.

Trabalhar com textos de diversos tipos, como música, propagandas, rótulos, poemas

e informes diversos, é parte importantíssima no processo de ensino-aprendizagem da língua

estrangeira. Através de textos pode-se estudar, de uma maneira integrada, estruturas

gramáticas, vocabulário, compreensão, leitura e produção de texto. Por isso, se trabalhará em

sala de aula uma variação de textos, desde os mais simples, ou seja, aqueles que o aluno tem

um conhecimento prévio do assunto, até aqueles mais complexos.

No que se refere a texto e baseados nas Diretrizes Curriculares, a ênfase do ensino

recai sobre a necessidade de os sujeitos interagirem ativamente pelo discurso, sendo capazes

de comunicar-se de diferentes formas, materializadas em diferentes tipos de texto,

considerando a imensa quantidade de informações que circulam na sociedade. Isso significa

participar dos processos sociais de construção de linguagem e de seus sentidos legitimados, e

desenvolver uma criticidade, de modo a atribuir o próprio sentido aos textos.

O discurso entendido como prática social, que se realiza total ou parcialmente por

intermédio de textos. O texto é uma entidade concreta, realizada materialmente e

corporificada em um determinado gênero. O que ele produz, ao se manifestar em alguma

instância discursiva, é o discurso. Assim, o discurso se realiza nos e pelos textos. Nessa visão,

o discurso envolve o texto propriamente dito e os seus aspectos externos, as condições de

produção, ou seja, o contexto sócio-histórico-ideológico no qual foi produzido.

Em sala de aula será trabalhado os mais variados textos de diferentes gêneros, que

levará ao aluno o interesse à pesquisa e à discussão. Será oportunizado ao aluno a escolha das

temáticas dos textos, uma vez que um dos objetivos é possibilitar formas de participação que

permitam o estabelecimento de relações entre ações individuais e coletivas. Por meio dessa

experiência, os alunos poderão compreender a vinculação entre auto interesse e interesses do

grupo. Além disso, esta iniciativa poderá levar a escolhas de conteúdos mais significativos,

porque resultam da participação de todos, e é este o principal objetivo do ensino-

aprendizagem de línguas.

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Com isso, nas aulas de língua espanhola será abordado vários tipos de textos, em

atividades diversificadas, tais como:

• comparação das unidades temáticas, lingüísticas e composicionais de um texto com outros

textos;

• interpretação da estrutura de um texto a partir das reflexões da sala de aula;

• leitura e análise de textos de países que falam o mesmo idioma estudado na escola e dos

aspectos culturais que ambos veiculam;

• leitura e análise de textos publicados nacional e internacionalmente sobre um mesmo tema e

das abordagens de tais publicações;

• comparação das estruturas fonéticas, bem como das formações sintáticas e morfológicas da

LE estudada com a da LM.

O texto como unidade de linguagem em uso, ou seja, de comunicação verbal -

escrita, oral ou visual - será o ponto de partida da aula de LE. Esse texto trará uma

problematização em relação a um tema. A busca por sua solução deverá despertar o interesse

dos alunos para que desenvolvam uma prática analítica e crítica, ampliem seus conhecimentos

linguísticos e percebam as implicações sociais, históricas e ideológicas presentes num

discurso.

Paralelo ao estudo das habilidades acima citadas deverá ser feito um trabalho de

conversação em sala de aula, para que os alunos possam conhecer a modalidade oral através

da simulação de situações reais e proporcionar-lhes uma total integração com a nova língua e

mostrar seu uso no dia-a-dia, fato que os estimulará no processo de assimilação da nova

língua, levando-se em conta as limitações de cada aluno e, explorando ao máximo seu

potencial.

Segundo as DCEs, a escola deve desenvolver um trabalho com os Desafios

Educacionais Contemporâneos (Educação Ambiental, Educação Fiscal, Enfrentamento a

assuntos serão desenvolvidos concomitantes aos conteúdos da disciplina, assim como em

ações interdisciplinares, de forma organizada e sistematizada, embasadas no conhecimento

científico acumulado historicamente.

No decorrer do ano letivo serão trabalhados os temas contemporâneos contemplando

assim a Lei 11645/08. A História e Cultura Afro-brasileira, e Africana e Indígena. Esses

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temas serão abordados através de textos trazidos aos alunos, pesquisas que eles irão efetuar e

discussão e sala de aula.

AVALIAÇÃO

A avaliação em língua estrangeira tem como objetivo verificar o crescimento do

educando e deve ser entendida como um dos aspectos do ensino, através do qual, o professor

interpreta os resultados do ensino/aprendizagem, ou seja, de seu próprio trabalho. Sua

finalidade é acompanhar, diagnosticar, reavaliar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem

dos alunos, seus resultados, atribuindo-lhes valor.

O diagnóstico permeará o trabalho fazendo com que haja reflexão e crítica sobre o

processo de ensino/aprendizagem não só no desenvolvimento dos educandos, mas,

principalmente para verificar o desenvolvimento global da ação pedagógica.

Faz-se necessário termos uma ou mais avaliação por bimestre não somente para

vermos o desempenho do aluno, mas principalmente para poder perceber em qual assunto os

alunos tiveram mais dificuldade para que o professor possa retomar o conteúdo de outra

forma para que possa sanar as dúvidas que os alunos possam ter, uma vez que a avaliação é

parte integrante do processo de aprendizagem e contribui para a construção de saberes.

De acordo com a Proposta Pedagógica Curricular, as avaliações serão diagnósticas,

somativa, onde o aluno deverá obter a média 6,0, freqüência mínima de 75% no coletivo e

100% de freqüência no individual. Nas avaliações se preponderá os aspectos qualitativos da

aprendizagem sobre os quantitativos, uma vez que se dará maior importância crítica, a

capacidade de síntese e a elaboração pessoal e social, sobre a memorização, isto quer dizer

que a avaliação do desempenho do aluno e de seu rendimento escolar será contínua,

cumulativa e permanente.

Aos alunos portadores de necessidades educativas especiais, será feita avaliação

diferenciada como, por exemplo: menor número de exercícios na avaliação, uso de letra maior

aos alunos com dificuldade visual, e outras de acordo com a necessidade que o aluno possa

apresentar.

Como instrumentos, técnicas e metodologias de avaliação serão utilizados

instrumentos variados, ou seja, será trabalhado com os alunos testes ou provas de

aproveitamento, questionamentos orais e escritos,elaboração de relatórios, exposição oral,

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trabalhos de criação, observação que poderão ser espontâneos ou dirigidos, experimentação

prática entre outros.

Porém, às vezes, não é possível ter um diagnóstico real de quanto o aluno aprendeu

somente nas avaliações. O desempenho do aluno durante o processo de aprendizagem também

deve ser levado em conta. Portanto serão criadas outras situações avaliativas, como:

atividades de pesquisa; trabalhos individuais ou em grupo; produção, síntese e análise de

textos, jornais e revistas; exercícios e outras formas mais que se fizerem presentes e

necessárias.

A individualidade do aluno e o seu domínio dos conteúdos necessários deverão ser

assegurados nas decisões sobre o processo de avaliação será respeitada, bem como a sua

participação nas atividades realizadas em sala de aula.

A recuperação será paralela durante o processo de ensino-aprendizagem e entendida

como um dos aspectos do seu desenvolvimento contínuo no qual o aluno, com

aproveitamento insuficiente, ou que não tenha assimilado algum conteúdo e que disponha de

condições próprias que lhe possibilitem a apreensão de conteúdos básicos necessários. A

recuperação paralela se constituirá de um conjunto integrado ao processo de ensino além de se

adequar às dificuldades do aluno. Essa recuperação poderá ser feita através de trabalhos,

pesquisas, textos e outras formas para que o aluno possa rever o conteúdo (ou conteúdos) que

não aprendeu e assim recuperá-los, bem como revisá-lo de uma maneira diferenciada.

A recuperação de estudos será paralela aos conteúdos no período da carga horária da

disciplina, constituindo-se num conjunto integrado ao processo de ensino/aprendizagem. Nela

se desenvolverão estudos paralelos de recuperação propondo aos alunos desafios e atividades

diferenciadas complementares, articuladas aos conteúdos trabalhados anteriormente. Será

feita com atividades ajustadas às necessidades dos alunos.

Aos alunos com necessidades educacionais especiais a escola deve proporcionar uma

adaptação curricular, para que o aluno possa superar suas dificuldades de aprendizagem e

avançar nos estudos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA PARA

EDUCAÇÃO BÁSICA. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação.

Superintendência da Educação. Curitiba, 2006.

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOORDENAÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR/ASSESSORIA DA SUPERINTENDÊNCIA

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO

Parecer Nº 39/2010

Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual João Negrão Júnior- Ensino

Fundamental e Médio

Município: Teixeira Soares

Assunto: Implantação da Língua Espanhola

O Núcleo Regional da Educação de Irati no uso das atribuições que lhe

são conferidas, emite o presente PARECER, resultado da análise da Proposta

Pedagógica Curricular da EJA do Estabelecimento de Ensino.

A alteração da Proposta Pedagógica Curricular, em relação a

implantação do ensino da Língua Espanhola, no curso do Ensino Médio da EJA, a

partir do ano letivo de 2010 está de acordo com o Parecer 638/10.

Irati, 27 de outubro de 2010.

______________________________ ______________________________ Equipe Pedagógica e Disciplinar Coordenação da EJA NRE de Irati NRE Irati

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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOORDENAÇÃO DE GESTÃO ESCOLAR/ASSESSORIA DA SUPERINTENDÊNCIA

NÚCLEO REGIONAL DA EDUCAÇÃO

Parecer Nº 15/2011

Estabelecimento de Ensino: Colégio Estadual João Negrão Jr. - Ensino Fundamental

e Médio

Município: Teixeira Soares

Assunto: Alteração da carga horária do curso do Ensino Fundamental Fase II

O Núcleo Regional da Educação de Irati no uso das atribuições que lhe

são conferidas, emite o presente PARECER, resultado da análise do anexo da

Proposta Pedagógica Curricular da EJA do Estabelecimento de Ensino.

O Estabelecimento de Ensino fez a adequação da carga horária e da

Matriz Curricular do curso do Ensino Fundamental Fase II – EJA, a partir das

matrículas do ano de 2011, de acordo com a Deliberação nº 05/2010 e a Instrução nº

032/2010 – SUED/SEED.

Irati, 04 de março de 2011.

______________________________ ______________________________ Equipe Pedagógica e Disciplinar Coordenação da EJA NRE de Irati NRE Irati

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ANEXO A PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR

Anexo 01/2011 Data 01/03/2011

O Colégio Estadual João Negrão Júnior, município de Teixeira Sopares, manterá a Matriz Curricular vigente em 2010 até o educando concluir disciplinas iniciadas em 2010 com terminalidade prevista par 2011.

A partir do ano de 2011 e amparados na Deliberação Nº 05/2010 e na Instrução 032/2010 – SUED/SEED, este Estabelecimento seguirá a carga horária de 1600/1610 h ou 1920/1932h/a para o curso do Ensino Fundamental Fase II, nas matrículas de novas disciplinas com a seguinte distribuição de carga horária, conforme consta na Matriz Curricular:

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO:

ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: NRE:

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2011 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 h ou 1920/1932 h/a

DISCIPLINAS TOTAL DE HORAS TOTAL DE HORAS/AULA

LÍNGUA PORTUGUESA 280 336

ARTE 94 112

LEM-INGLÊS 213 256

EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112

MATEMÁTICA 280 336

CIÊNCIAS NATURAIS 213 256

HISTÓRIA 213 256

GEOGRAFIA 213 256

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

TOTAL DE CARGA HORÁRIA DO CURSO 1600/1610 Horas ou 1920/1932 Horas/aula

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

_________________________________________Assinatura do(a) Diretor(a) e carimbo da Direção

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