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COLÉGIO ESTADUAL IZELINA DALDIN GAIOVICZ ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO (EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS) PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES 2010 ENSINO FUNDAMENTAL GENERAL CARNEIRO 2010

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COLÉGIO ESTADUAL IZELINA DALDIN GAIOVICZ

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO (EJA – EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS)

PROPOSTAS PEDAGÓGICAS CURRICULARES 2010

ENSINO FUNDAMENTAL

GENERAL CARNEIRO

2010

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS – ENSINO

FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Ciência sempre esteve presente na vida do homem mesmo ele não se

dando conta disso, pois desde os tempos mais remotos ele já se interessava pelos

fenômenos à sua volta e procurava satisfazer suas necessidades utilizando técnicas

e materiais presentes na natureza para caçar, apanhar alimentos, etc. devido a essa

necessidade, foram surgindo, de forma primitiva, experiências, invenções para

facilitar sua forma nômade de sobrevivência. Passando a cultivar a terra e criar

animais, o homem começou a interferir diretamente na natureza, fixando moradia,

tornou-se um observador atento, formulando teorias a partir de seus

questionamentos sobre os fatos que aconteciam ao seu redor, com objetivo de tirar

melhor proveito da natureza para sua subsistência.

Acontecimentos importantes nortearam o pensamento do homem e,

consequentemente, uma mudança na sua forma de entender o mundo e transmitir

conhecimento. A partir da imprensa o trabalho da ciência pode ser difundido devido

a publicações de textos e livros onde alguns nomes se evidenciam como; Leonardo

da Vinci, Nicolau Copérnico, Galileu Galileu, Isaac Newton, Diderot, d`Alembert,

Lavoisier, Darwin, entre outros.

As contribuições da ciência para humanidade através dos séculos são

incontáveis, sendo essenciais para o desenvolvimento do pensamento humano.

Entretanto, há também feitos negativos como as armas nucleares. Neste contexto,

fica cada vez mais evidente que a ciência é uma construção humana, tem suas

aplicações, é falível, intencional e esta diretamente relacionada com o avanço da

tecnologia e com as relações sociais.

Ao analisar a educação e o currículo de ciências, em cada momento

histórico, percebeu-se que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo

com os interesses políticos, econômicos e sociais de cada período, determinando

assim, a mudança de foco do processo de ensino e de aprendizagem. Isso alterou a

concepção de aluno, professor, ensino, aprendizagem, escola e educação,

contribuindo para a formação em diferentes épocas, de novos cientistas, de

cidadãos pensando lógico e criticamente.

Na medida em que os conteúdos específicos envolvem um vasto campo de

conhecimentos produzidos pela humanidade no decorrer de sua historia, a disciplina

de ciências se constitui num conjunto de conhecimentos científicos necessários para

compreender e explicar os fenômenos da natureza e suas interferências no mundo.

Por isso, estabelece relação entre os diferentes conhecimentos físicos, químicos,

biológico, e o cotidiano, entendido aqui, como os problemas reais, socialmente

importantes, enfim, a pratica social.

Pautado nessa concepção, o processo de ensino aprendizagem de ciências

valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento

das certezas e incertezas.

O currículo de ciências permitira aos alunos estabelecer relações entre o

mundo natural (conteúdo da ciência), o mundo construído pelo homem, seu

cotidiano e os Desafios Educacionais Contemporâneos. Nesse sentido, os

conteúdos estruturantes que organizam teoricamente os campos de estudo da

disciplina são: Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade.

Os conteúdos serão elaborados de forma consistente, crítica, histórica,

considerando as relações entre Universo, Matéria, Energia, Sistemas biológicos e

Biodiversidade, propiciando condições para que os alunos discutam, analisem e

argumentem, portanto, numa perspectiva crítica, o professor provoca a discussão,

análise e reflexão. Para que isso ocorra, o conhecimento anterior do estudante,

construído nas interações e nas relações que estabelece na vida cotidiana, num

primeiro momento, deve ser valorizado. Denomina-se tais conhecimentos científicos

e, por isso, podem ser considerados como primeiros obstáculos conceituais a serem

superados. É também muito importante dar preferência a problemas locais que

possam ser ampliados para problemáticas mais abrangentes. Dentre as novas

propostas que surgem na aplicação dos conhecimentos de ciências, há necessidade

de se abordar outras temáticas que não tratam somente de problemas locais, mas

também de outros mais abrangentes e que vêm amparados em forma de lei, sendo:

História e Cultura Afro-brasileira e Africana, Lei 10639/03; História e cultura dos

povos Indígenas, Lei 11645/08; politica nacional de educação ambiental, Lei

9795/99; sexualidade; prevenção ao uso indevido das drogas; educação fiscal e

enfrentamento à violência na escola, tidos nas Diretrizes Curriculares Educacionais

como Desafios Educacionais Contemporâneos; Lei nº 11.525/2007, que trata dos

direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental.

OBJETIVOS DA DISCIPLINA

A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento

científico que resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista científico,

entende-se por Natureza o conjunto de elementos integrados que constitui o

Universo em toda a sua complexidade.

O objetivo da disciplina de ciências é desenvolver no aluno hábitos de

estudo que lhe proporcionem conhecimentos necessários para a explicação dos

fenômenos científicos e também estimular a capacidade de fazer observações,

experiências, comparações e chegar às conclusões necessárias para o

aprimoramento do espírito lógico sendo capaz de generalizar e transferir suas

conclusões para situações cotidianas de reconhecê-las, nos fenômenos naturais e

nas aplicações praticas. Compreender a tecnologia como meio para suprir

necessidades humanas, distinguindo usos corretos e necessários daqueles

prejudiciais ao equilíbrio da natureza e ao homem.

CONTEÚDOS

5ª Série

ASTRONOMIA

• Universo origem;

• Sistema solar;

• astros;

• movimentos terrestres;

• estações do ano;

• movimentos celestes;

• a Lua, fases e crateras.

MATÉRIA

• Constituição da matéria propriedades e transformações da matéria;

• Constituição do planeta e sua formação.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

• Níveis de organização;

• Constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos; características gerais

dos seres vivos;

• Teoria celular.

ENERGIA

• formas de energia;

• conceitos;

• conversão de energia;

• transformação;

• transmissão de energia;

• interpretação de conceitos;

• poluição, Agenda 21.

BIODIVERSIDADE

• organização dos seres vivos;

• diversidade de espécies, classificação;

• ecossistemas;

• ecossistema, comunidade e população;

• evolução dos seres vivos;

• extinção de espécies; fósseis;

• Educação ambiental.

6ª Série

ASTRONOMIA

• Astros;

• Movimentos terrestres;

• Movimentos celestes.

MATÉRIA

• Constituição da matéria;

• Constituição do planeta antes do surgimento da vida(atmosfera primitiva);

• Fundamentos da estrutura química da célula.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

• Célula;

• Constituição e diferenciação celular; fotossíntese e conversão de energia

na célula;

• Morfologia e fisiologia dos seres vivos;

• Inter-relação entre os órgãos e sistemas animais e vegetais.

ENERGIA

• Formas de energia;

• Luz, cores, radiação ultravioleta e infravermelho; importância da luz para

os seres vivos;

• Agenda 21;

• Transmissão de energia;

• Energia térmica e suas relações com sistemas.

BIODIVERSIDADE

• Origem da vida;

• Relações entre os seres vivos e o ambiente; teorias sobre a origem da

vida e evolução;

• Organização dos seres vivos;

• Interações entre os seres vivos;

• Sistemática;

• Classificação, taxonomia e filogenia;

• Educação ambiental.

7ª Série

ASTRONOMIA

• Origem e evolução do universo;

• Conhecimento sobre origem e evolução do universo.

MATÉRIA

• Constituição da matéria;

• Conceituação de átomo; ligações químicas; reações químicas;

substâncias e elementos químicos; compostos orgânicos e suas relações

com a constituição dos organismos vivos.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

• Célula;

• Mecanismos e estruturas celulares;

• Morfologia e fisiologia dos seres vivos;

• Conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos; conceitos que

fundamentam os sistemas.

ENERGIA

• Formas de energia;

• Energia química e mecânica, suas fontes, transmissão e armazenamento

de energia; relações da energia química com a célula;

• Agenda 21.

BIODIVERSIDADE

• Evolução dos seres vivos;

• teorias evolutivas;

• Educação ambiental.

8ª Série

ASTRONOMIA

• Astros;

• Constituição físico-química dos astros;

• Gravitação universal;

• Leis de Kepler, Newton.

MATÉRIA

• Propriedades da matéria;

• Compreensão das propriedades da matéria.

SISTEMAS BIOLÓGICOS

• Célula;

• Fotossíntese, respiração celular, reserva energética.

ENERGIA

• Formas de energia;

• Conceituação das diferentes formas de energia; fontes de energia;

• Conservação de energia;

• Estabelecimento de relações entre sistemas conservativos;

• Agenda 21.

BIODIVERSIDADE

• Interações ecológicas;

• Ciclos biogeoquímicos;

• Educação ambiental.

No desenvolvimento dos Conteúdos Estruturantes serão inseridas questões

referentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos:

• Sexualidade;

• Prevenção ao uso indevido das drogas;

• Educação fiscal;

• Enfrentamento à Violência na Escola;

• Educação Ambiental.

• Conforme Lei nº 11.525/2007 – que acrescenta § 5º ao art. 32 da Lei

nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, incluiu-se o conteúdo que trata dos

direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do ensino

fundamental, o qual será abordado em todas as séries/anos.

• Essas questões poderão permear também pelos outros conteúdos, bem

como as questões referentes à “História e Cultura Afro-brasileira e

Africana” (Lei 10639/03).

• Lei 11645/08 História e Cultura dos Povos Indígenas. Lei 9795/99 Politica

Nacional de Educação Ambiental.

• Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo: Interdependência Campo

cidade; questões agrarias; desenvolvimento sustentável e cultura e

identidade.

• Resolução CNE/CEB nº 1 - Diretrizes Operacionais para a Educação

Básica nas escolas do Campo e Resolução nº 2 de 28/04/2008,

Diretrizes Complementares da Educação Básica do Campo.

• Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Busca-se incentivar o aluno à absorção de fenômenos desconhecidos

procurando descobrir sua forma de ação, pois, o conhecimento nasce do espanto.

Considerando o nível cognitivo do aluno, procura-se desenvolver atividades que

estimulem seu conhecimento, como trabalhos em grupos e apresentação dos

mesmos que se objetiva em elaborar hipóteses trabalhando com a construção e

reconstrução do conhecimento já produzido articulando com as novas experiências,

levando-se em conta que a produção científica é dinâmica, mas é falível e não deve

ser entendida como verdade absoluta. Busca-se adequar os conteúdos

considerando o nível de conhecimento cognitivo dos estudantes e o aprofundamento

conceitual necessário coerente com a DCE. Através da historia da ciência, pretende-

se instigar o aluno a associar conhecimentos, estabelecendo relações conceituais,

interdisciplinares e contextuais. Os conteúdos serão selecionados de forma a

organizar o trabalho docente respeitando a série/ano, nível cognitivo do aluno,

recursos pedagógicos disponíveis da escola, abordando estratégias diferenciadas

para que a aprendizagem ocorra de forma significativa.

Baseando-se em experiências vivenciadas pelos alunos, aplica-se vários

recursos didáticos, como:

• Aulas expositivas;

• Atividades envolvendo os conteúdos desenvolvidos que podem ser

práticos, (dentro ou fora da sala de aula);

• Textos para a discussão de ideias articulando o passo histórico de

ciências com o conhecimento nos dias atuais;

• Utilização de livros didáticos e questões citadas pelos alunos,

relacionando seu cotidiano;

• Atividades complementares para serem resolvidas em casa, fazendo com

que o aluno tenha um incentivo para melhor assimilação dos conteúdos;

• Atividades lúdicas;

• Desenvolvimento de atividades como: feira interdisciplinar, desafio de

ciências, olimpíada de astronomia, utilização da interdisciplinaridade com

base na diversidade cultural do município de General Carneiro que são:

ucraniana, polonesa, italiana, africana, indígena e alemã;

• Experimentos que demonstram que a ciência é imprevisível e passiva de

falhas;

• Observação: fenômenos;

• Recursos audiovisuais e instrucionais: TV multimídia, Pen-drive,

Laboratório digital, filmes, transparências, data show, sons, mapas

conceituais, organogramas, diagramas, gráficos, tabelas, etc.

• Entrevistas: com explicações de profissionais de diversas áreas podendo

aumentar o nível de conhecimento;

• Visitas:museus, zoológicos fazendo com que o aluno seja capaz de

observar o vasto campo da ciência e construir seus próprios

questionamentos da diversidade do mundo que o cerca. E ainda poderão ser

usados vários outros recursos levando em conta o nível cognitivo de cada

aluno, o ambiente escolar, os recursos que escola dispõe e a localização da

escola (rural ou urbana).

• Abordagem dos Desafios Educacionais Contemporâneos;

• Participação de eventos científicos e demonstração de atividades

experimentais produzidas na escola.

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita sob um ponto de vista dinâmico, considerando os

caminhos percorridos pelo aluno, suas tentativas para cumprir as atividades

propostas e não apenas o resultado final.

O aluno deve ser avaliado num todo, o processo de avaliação será

constante, cumulativo e qualitativo respeitando a individualidade de cada educando.

Primeiramente será feita uma avaliação diagnostica com o intuito de verificar

a aprendizagem significativa do educando.

Os alunos serão avaliados da seguinte maneira;

a) Testes escritos com questões objetivas e discursivas individuais e com

consulta;

b) Atividades práticas, dependendo das possibilidades de cada um;

c) Trabalho individual e em grupo;

d) Participação e realização das atividades propostas;

e) Avaliação oral;

f) Projeto de pesquisa de campo;

g) Relatório de atividades;

h) Construção de murais;

i) Confecção de cartazes;

j) Construção de maquetes;

l) Trabalhos manuais.

m) Debate

n) Atividades com textos literários:

o) Atividades de leitura compreensiva de textos;

p) Produção de textos;

q) Palestra/apresentação oral;

r) Seminário;

Será comparado o resultado adquirido com os objetivos propostos a fim de

constatar o progresso e suas dificuldades orientado às correções necessárias. Ao

aluno, também durante o ano letivo, será oportunizado a recuperação concomitante

de conteúdos, buscando sanar lacunas existentes no processo de ensino

aprendizagem durante as aulas de ciências.

Os conteúdos serão selecionados de forma a organizar o trabalho docente

respeitando a série/ano, nível cognitivo do aluno, recursos pedagógicos disponíveis

da escola, abordando estratégias diferenciadas para que a aprendizagem ocorra de

forma significativa.

REFERÊNCIAS

Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96).

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental. Curitiba: SEED, 2008.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Quadro de Conteúdos Básicos . Curitiba. SEED, 2008.

Projeto político Pedagógico do Colégio Estadual Izelina Daldin Gaiovicz Regimento Escolar da Escola Estadual Izelina Daldin Gaiovicz,2008.

Cadernos temáticos: Educação no Campo/Paraná.

Cadernos temáticos Cultura Afro-brasileira e Africana/Paraná.

VALLE, Cecília. Coleção Ciências.1.ed – Curitiba:nova Didática, 2004.

COSTA, Maria de La Luz M. Coleção Vivendo Ciências – São Paulo:FTD, 1999.

Bortolozzo, Sílvia. Projeto de educação para o século XXI. 1.ed – São Paulo: Moderna, 2002.

PROJETO ARARIBÁ: Ciências/Obra coletiva, concedida, desenvolvida e produzida pela Ed. Moderna. 1ª Ed. São Paulo, 2006.

ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente.

Consultas:<www.diaadiaeducacao.pr.gov.br><www.mec.gov.br>

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE – ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A primeira forma de manifestação de Arte na educação registrada ocorreu

nas vilas e reduções jesuítas durante o período colonial. A chamada companhia de

Jesus veio ao Brasil e desenvolveu uma educação de tradições religiosas, para

grupos de origem portuguesa, indígena e africana. Por todos os lugares que

passava, a companhia ensinava artes e ofícios, esse trabalho perdurou

aproximadamente 250 anos e teve suma importância, pois influenciou a cultura

brasileira. Essa influência pode ser encontrada na cultura paranaense, como por

exemplo, na música caipira em sua forma de tocar e cantar, no folclore, com as

cavalhadas, a folia de Reis, entre outras.

Com a chegada da família Real portuguesa no Brasil em 1808 iniciou-se

uma série de obras e ações para acomodar, tanto em aspectos materiais como

culturais a corte portuguesa. Pode-se destacar a chegada de um grupo de artistas

franceses responsáveis em fundar a Academia de Belas-Artes.

No Paraná foi fundado o liceu de Curitiba, hoje Colégio Estadual do Paraná;

a escola normal, atual Instituto de Educação para formação em magistério e a

Escola Profissional Feminina, que oferecia desenho e pintura, corte e costura entre

outros.

A semana da arte moderna foi um marco importante para a arte brasileira e

influenciou diversos artistas brasileiros que direcionaram seus trabalhos a partir de

raízes brasileiras.

Ensino da arte teve enfoque na expressividade, espontaneidade e

criatividade, primeiramente para crianças e em seguida para outras faixas etárias.

O artista e educador Augusto Rodrigues foi quem criou a 1ª escolinha de

Artes no Brasil em 1948, com a finalidade de desenvolver a criatividade, incentivo e

expressão individual.

O ensino da música foi obrigatório graças a Villa Lobos. A música foi muito

difundida nas escolas e conservatórios e os professores trabalhavam com o canto

orfeônico, ensino de hinos, coral, tendo apresentações para o público.

Em todos os períodos históricos a arte foi ensinada em diversos espaços

sociais.

No Paraná observou-se reflexos de vários processos pelos quais o ensino

de Arte passou até tornar-se disciplina obrigatória. Esses processos acentuando-se

no final do século XX com o movimento imigratório. Eles trouxeram novas idéias e

experiências culturais diferentes.

A artista Emma koch contribuiu muito para o ensino de Arte ao participar da

criação do departamento de Educação Artística da Secretaria de Educação e Cultura

do Estado do Paraná, propondo clubes infantis de cultura e a assistência técnica às

escolas primárias.

As produções e movimentos artísticos tiveram mais intensidade nas Artes

plásticas com as bienais, na música com a bossa nova e festivais, no teatro com o

teatro de rua, oficinas e o teatro de arena de Augusto Boal, e no cinema com o

cinema ideológico, propunham uma nova realidade social e gradativamente

deixaram de acontecer com o endurecimento do regime militar.

Em 1971 foi promulgada a Lei Federal nº 5692/71, que determinou a

obrigatoriedade do ensino de Arte nos Currículos do Ensino Fundamental e Médio.

A nova LDB 9394/96 mantém a obrigatoriedade do ensino de Arte nas

escolas de Educação Básica. Também houve mudanças em relação aos cursos de

Educação Artística que passaram de licenciatura plena em uma habilitação

específica.

O ensino de Arte deve basear-se na construção do conhecimento em Arte

que se efetiva na relação entre o estético e o artístico, materializada nas

representações artísticas. Apesar das suas especificidades, esses campos

conceituais são interdependentes e articulados entre si, abrangendo todos os

aspectos do conhecimento em Arte.

Nas aulas de Arte, os conteúdos devem ser selecionados a partir de uma

análise histórica, abordados por meio de conhecimento estético e da produção

artística de maneira critica, o que permitira o aluno uma percepção da arte em suas

múltiplas dimensões cognitivas.

A arte na Educação Básica tem a função de construir uma maior percepção

e sensibilidade do aluno através do trabalho criador, da apropriação do

conhecimento artístico, do contato com as diversas formas de cultura e assim

desenvolver o pensamento crítico. E isso a DCE nos afirma que:

A Arte é fonte de humanização e por meio dela o ser humano se torna consciente da sua existência individual e social; percebe-se e se interroga, é levado a interpretar o mundo e a si mesmo. A Arte ensina a desaprender os princípios das obviedades atribuídas aos objetos e às coisas, é desafiadora, expõe contradições, emoções e os sentidos de suas construções. Por isso, o ensino da Arte deve interferir e expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico, para que o aluno possa situar-se como sujeito de sua realidade histórica (DCE, p. 56).

É visto que a Arte desempenha um papel importante, pois serve de

mediadora do diálogo entre o indivíduo e sua realidade e possibilita o

desenvolvimento do pensamento, da percepção e da emoção. De acordo com a

DCE temos:

O enfoque dado ao ensino de Arte na Educação Básica funda-se nos nexos históricos entre arte e sociedade. Nesse sentido, são abordadas as concepções arte como ideologia, arte como forma de conhecimento e arte como trabalho criador, tendo como referência o fato de serem as três principais concepções de arte no campo das teorias críticas, as quais têm no trabalho sua categoria fundante ( DCE , p.54).

A disciplina de Arte propicia ao aluno uma interação com as diversas

linguagens artísticas, tais como: artes visuais, música, teatro e dança.

Portanto, educar os alunos em Arte é possibilitar-lhes um novo olhar, um

ouvir mais crítico, um interpretar da realidade além das aparências, com a criação de

uma nova realidade, bem como a ampliação das possibilidades de fruição.

O objetivo do Ensino da Arte é propiciar ao aluno o acesso aos

conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de saberes

em Arte que lhe permitam utilizar-se desses conhecimentos na compreensão das

realidades e amplie o seu modo de vê-las.

Expressar e comunicar-se através das linguagens artísticas, desenvolvendo

sua percepção, imaginação, reflexão e coordenação motora.

Oportunizar ao aluno o entendimento das obras de arte e seus criadores,

fazendo assim com que eles tenham um maior senso crítico e um olhar mais amplo

sobres as artes.

Relacionar os períodos da História da Arte para que se tenha um maior

conhecimento sobre seus contextos históricos.

Estimular a expressão verbal e corporal através da música, da dança e do

teatro.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS

Em todos os anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão

abordadas as leis que obrigam o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e

Africana (Lei 10639/03), História e Cultura dos Povos Indígenas (Lei 11645/08),

Politica Nacional de Educação Ambiental (Lei 9795/99) que serão tratadas nos

conteúdos que resgatam a temática, a exemplo dos movimentos e períodos. Ainda

no Ensino Fundamental será tratado o conteúdo da Lei 11.525/2007 (acrescenta § 5º

ao art.32 da Lei de 20 de dezembro de 1996) que trata dos direitos das crianças e

dos adolescentes. Todas as abordagens farão articulação com o Conteúdo

Estruturante que trata dos Movimentos e Períodos e serão feitas através de

trabalhos de pesquisa, explanação oral, textos argumentativos e trabalhos

expositivos feitos pelos educandos e apresentados à comunidade escolar (cartazes,

murais, panfletos).

Também serão contemplados assuntos relacionados aos Desafios

Educacionais Contemporâneos e à Diversidade Cultural (Educação do Campo;

Educação Escolar Indígena; Educação para as Relações Étnicorraciais e Afro

descendência; Gênero e Diversidade Sexual) que possuem uma grande relevância

para a comunidade escolar, pois estão presentes nas experiências, práticas,

representações e identidades de educandos e educadores, através de relações e

articulações com as temáticas estudadas.

ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE/6º ANO

Será dado enfoque nesta série para a estrutura e organização da Arte em

suas origens e outros períodos históricos.

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Ponto

Linha

Textura

Forma

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Figurativa

Geométrica, simetria

Técnicas: Pintura, escultura,

arquitetura...

Gêneros: cenas da

mitologia...

Arte Greco-Romana

Arte Africana

Arte Oriental

Arte Pré -Histórica

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas: diatônica,

pentatônica,

cromática

Improvisação

Greco-Romana

Oriental

Ocidental

Africana

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera; Eixo; Ponto de

Apoio; Movimentos

articulares; Fluxo (livre e

interrompido); Rápido e

Pré-história

Greco-Romana

Renascimento

Dança Clássica

lento; Formação; Níveis

(alto, médio e baixo);

Deslocamento (direto e

indireto); Dimensões

(pequeno e grande)

Técnica: Improvisação

Gênero: Circular

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem:

expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Enredo, roteiro.

Espaço Cênico, adereços

Técnicas: jogos teatrais,

teatro indireto e direto,

improvisação, manipulação,

máscara...

Gênero: Tragédia, Comédia

e Circo.

Greco-Romana

Teatro Oriental

Teatro Medieval

Renascimento

6ª SÉRIE/ 7º ANO

Será dado enfoque nesta série para a importância de relacionar o

conhecimento com formas artísticas populares e o cotidiano do aluno.

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Ponto Proporção Arte Indígena

Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Tridimensional

Figura e fundo

Abstrata

Perspectiva

Técnicas: Pintura,

escultura,

modelagem, gravura...

Gêneros: Paisagem, retrato,

natureza-morta...

Arte Popular

Brasileira e

Paranaense

Renascimento

Barroco

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Escalas

Gêneros: folclórico,

indígena, popular e étnico

Técnicas: vocal,

instrumental e mista.

Improvisação

Música popular e étnica

(ocidental e oriental)

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Ponto de Apoio; Rotação;

Coreografia; Salto e queda;

Peso (leve e pesado);

Fluxo (livre, interrompido e

conduzido); Lento, rápido e

moderado; Niveis (alto,

médio e baixo); Formação;

Dança Popular:

- Brasileira

- Paranaense

- Africana

- Indígena

Direção

Gênero: Folclórica, popular

e étnica

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem:

expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Representação,

Leitura dramática,

Cenografia.

Técnicas: jogos teatrais,

mímica, improvisação,

formas animadas...

Gêneros: Rua e arena,

Caracterização

Comédia dell’arte

Teatro Popular Brasileiro e

Paranaense

Teatro Africano

7ª SÉRIE/8º ANO

Nesta série o trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade

contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos tecnológicos

na arte.

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Linha

Forma

Textura

Superfície

Semelhanças

Contrastes

Ritmo Visual

Estilização

Indústria Cultural

Arte no Séc. XX

Arte Contemporânea

Volume

Cor

Luz

Deformação

Técnicas: desenho,

fotografia, audiovisual e

mista...

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Altura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Tonal, modal e a fusão de

ambos.

Técnicas: vocal,

instrumental e mista

Indústria Cultural

Eletrônica

Minimalista

Rap

Rock

Techno

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOSMovimento Corporal

Tempo

Espaço

Giro; Rolamento; Saltos;

Aceleração e

desaceleração; Direções

(frente, atrás, direita e

esquerda); Improvisação

Coreografia; Sonoplastia

Gênero: Indústria Cultural e

espetáculo

Hip Hop

Musicais

Expressionismo

Indústria Cultural

Dança Moderna

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem:

expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais

Ação

Espaço

Representação no Cinema e

Mídias

Texto dramático

Maquiagem

Sonoplastia

Roteiro

Técnicas: jogos teatrais,

sombra, adaptação cênica...

Indústria Cultural

Realismo

Expressionismo

Cinema Novo

8ª SÉRIE/9º ANO

Será dado enfoque nesta série ao caráter criativo da arte, a ênfase na arte

como ideologia e fator de transformação social.

ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Linha

Forma

Textura

Superfície

Volume

Cor

Luz

Bidimensional

Tridimensional

Figura-fundo

Ritmo Visual

Técnica: Pintura, grafitte,

performance...

Gêneros: Paisagem urbana,

cenas do cotidiano...

Realismo

Vanguardas

Muralismo e Arte

Latino-Americana

Hip Hop

ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOSAltura

Duração

Timbre

Intensidade

Densidade

Ritmo

Melodia

Harmonia

Técnicas: vocal,

instrumental e mista.

Gêneros: popular, folclórico

e étnico.

Música Engajada

Música Popular Brasileira.

Música Contemporânea

ÁREA DANÇA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Movimento Corporal

Tempo

Espaço

Kinesfera; Ponto de Apoio;

Peso; Fluxo; Quedas;

Saltos; Giros; Rolamentos;

Extensão (perto e longe);

Coreografia; Deslocamento

Gênero: Performance e

moderna

Vanguardas

Dança Moderna

Dança Contemporânea

ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTESELEMENTOS

FORMAIS

COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS Personagem:

expressões corporais,

vocais, gestuais e

faciais

Técnicas: Monólogo, jogos

teatrais, direção, ensaio,

Teatro-Fórum...

Dramaturgia

Teatro Engajado

Teatro do Oprimido

Teatro Pobre

Teatro do Absurdo

Ação

Espaço

Cenografia

Sonoplastia

Iluminação

Figurino

Vanguardas

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos

estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o

conhecimento, as práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os

momentos da pratica pedagógica, em todas as séries da Educação Básica. Para

preparar as aulas é preciso considerar para quem elas são ministradas, como, por

que e o que será trabalhada, tomando-se a escola como espaço de conhecimento.

Dessa forma, sugere-se que os conteúdos estejam relacionados, com a realidade do

aluno e do seu entorno. Nessa seleção, o professor pode considerar artistas,

produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras produções de

caráter universal.

As aulas serão: teóricas e expositivas; técnica e demonstrações, práticas e

de análise coletiva. A partir de uma introdução histórica contextualizada, os

conteúdos serão trabalhados demonstrado técnicas específicas de cada linguagem,

como por exemplo: Artes Visuais – desenho – luz e sombra; teatro – personagem;

música – ritmo; dança – coreografia. A seguir será trabalhado o fazer artístico

individual e coletivo, para posterior avaliação, que será diagnostica e processual.

Todos os conteúdos estarão interligados às ações realizadas pela instituição

educacional onde serão trabalhados elementos formais, composição, movimentos e

períodos, bem como os Desafios Educacionais Contemporâneos: Educação

Ambiental; Educação Fiscal; História e Cultura Afro –Brasileira, Africana e Indígena;

Enfrentamento à Violência nas Escolas; Prevenção ao Uso Indevido de Drogas e

Sexualidade, de acordo com os conteúdos da disciplina, fazendo explanações e

trabalhos de acordo com o tema estudado no momento.

Como recursos didáticos serão utilizados no decorrer das aulas, a TV Pen-

drive, aparelho de DVD, aparelho de som com CD, imagens de obras de arte,

músicas/CD, revistas, livros, internet, fotocópias de imagens e textos e materiais

escolares diversos oferecidos pela escola e/ou trazidos pelos alunos para realização

de diversas atividades, tais como: pesquisa em livro, grupo de estudo, observações,

debates, murais, poesias, dramatização, música, exposições, desenhos, jogos

didáticos, relatórios, etc..

AVALIAÇÃO

A avaliação constitui um processo pedagógico em contínua construção, não

tendo em absoluto a função de classificar alunos.

No mundo contemporâneo, o processo avaliativo necessita de decisões com

base nos sujeitos que dela participam, com estudo, debate e crítica sempre levando

em conta a sociedade em que vivemos, o mundo globalizado, a diversidade cultural,

as desigualdades e diferenças culturais.

Em todas as séries/ano finais do Ensino Fundamental (5ª a 8ª séries/ 6º ao

9º anos), a avaliação será diagnóstica e processual. Diagnóstica por ser referência

do professor para planejar as aulas e avaliar os alunos; e processual por pertencer a

todos os momentos da prática pedagógica.

Nas séries/anos finais do Ensino Fundamental, da-se maior ênfase nos

elementos formais, composição, movimentos e períodos. O aluno deverá descrever,

analisar e interpretar o objeto artístico através das linguagens artísticas – artes

visuais, teatro, música e dança dentro de uma atividade didática, que permita uma

leitura estética do seu contexto sociocultural.

Os trabalhos artísticos serão individuais e em grupos, debates em forma de

seminários e simpósios, provas teóricas e praticas, registros em formas de

relatórios, portfólios e outros, avaliando o individual e o coletivo. Toda a avaliação

será feita através do desenvolvimento dos educandos, observando a aquisição do

conhecimento, as práticas e a fruição artística.

A avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de mediação da

apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas

para o aluno.

A recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma lógica simples: os

conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno,

então, é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele

aprenda. A recuperação é justamente isso: o esforço de retomar, de voltar ao

conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para assegurar a

possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é simples

decorrência da recuperação de conteúdos.

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino. 4ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1999.

BARBOSA, Ana Mae. A imagem no ensino da arte: anos 80 e novos tempos . São Paulo: Perspectiva, 1991.

CALABRIA, Carla Paula Brondi; MARTINS, Raquel Valle. Arte, História e Produção. Vol. 1 e 2. São Paulo: FTD, 1997.

CAMPOS, Neide Pelaez. A construção do olhar estético-crítico do educador. Florianópolis: editora da UFSC, 2002.

FERRAZ, Maria Heloísa C. de Toledo; FUSARI, Maria F. de Rezende. Metodologia do ensino da arte. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1999.

_______________________________. Arte na educação escolar. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2001.

ITAU CULTURAL. Disponível em:<http//:www.itaucultural.org.br/>.

KOHL,MaryAnn F.;SOLGA, Kim. Descobrindo grandes artistas. Porto Alegre: ARTMED, 2001

MORBIN, Dulce Gonçalves; HADDAD, Denise Akel. A Arte de Fazer Arte. 8ª série. São Paulo: Saraiva, 2004.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação do. Departamento de Ensino Médio. LDP: Livro Didático Público de Arte. Curitiba:SEED-PR, 2006.

PARANÁ, Secretaria de estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a

Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO

FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Historicamente a Educação Física vem passando por várias transformações,

ela segue a mesma tendência política que o país atravessou ao longo das últimas

décadas.

Quando Rui Barbosa deu seu parecer sobre o ensino primário em 1882,

enfatizou a importância da ginástica para os cidadãos a Educação física se tornou

obrigatória nos nossos currículos.

Mas como nosso país não tinha uma postura própria sobre este assunto ela

começou a seguir escolas de outros países, como a escola Européia que seguia a

linha militar e ginástica corretiva e saúde, também tivemos influência dos métodos

Franceses de ginástica adotada pelas forças armadas, tivemos a grande

preocupação com os princípios higienistas à preocupação de um corpo saudável.

Iniciou-se também na década de 30 a influência do esporte na atividade

física realizada no nosso país esta tendência se seguiu por várias décadas. Em

1971 foi promulgada a lei 5.692/71 que tornou obrigatória a disciplina de Educação

Física nas escolas brasileiras.

Para a Educação Física brasileira começa então uma nova etapa na nossa

história, transformando esta disciplina dentro da escola um eixo importante no

desenvolvimento do nosso aluno, segue-se então, estudos aprimorando esta ciência

tornando ela não mais apenas para procura de atletas nos bancos das escolas, mas

sim, uma nova visão procurando uma maior qualidade de vida para nossos alunos,

tornando as aulas de Educação Física uma prática agradável a todos não apenas

aqueles que demonstram certa habilidade física para determinado esporte.

A Educação Física Escolar por muito tempo, trilhou um caminho onde os

modelos caracterizados pela performance motora reinaram soberanos. Romper com

as antigas perspectivas da aptidão física, cuja concepção não ultrapassava os

aspectos fisiológicos e técnicos são os desafios dos professores dessa disciplina.

As reflexões acerca da intervenção pedagógica na disciplina viabilizaram

novas perspectivas ressaltando seu valor no processo educativo. Atualmente, é

reconhecida como disciplina capaz de influenciar direta e favoravelmente na

formação integral dos educandos destacando questões históricas, culturais, sociais

e políticas consideradas relevantes.

Neste sentido, os conteúdos devem ser estruturados para que viabilize a

aquisição de elementos significativos à formação d aluno reflexivo, criativo,

consciente que vai usufruir, partilhar e transformar as formas culturais produzidas

historicamente.

As diversas manifestações advindas das práticas corporais representam um

complexo de possibilidades para contribuir à formação humana do aluno do Ensino

Fundamental. Fatores como o desenvolvimento cognitivo, psico-motor e sócio-

afetivo são extremamente relevantes no que diz respeito à formação.

No Ensino Fundamental serão desenvolvidos conteúdos sobre o eixo

estruturante, expressividade corporal envolvendo as seguintes especificidades:

• Manifestações esportivas;

• Recreação: brincadeiras, jogos e raciocínio lógico;

• Ginástica: equilíbrio, força, velocidade, resistência, etc;

• Dança: expressão corporal, ritmo, etc;

• Temas transversais: saúde, qualidade de vida, valores e princípios.

Evidenciamos a importância em desenvolver intervenções pedagógicas

voltadas para problematizações que promovam a reflexão, a fim de produzir

elementos favoráveis à compreensão e conscientização sobre os diversos contextos

da vida em sociedade. Nesta direção, os conteúdos da Educação Física tratados de

forma interdisciplinar, são capaz de trazer alguns elementos nas práticas corporais

que permitirão a ampliação para promover discussões sobre as problemáticas

sociais em busca da formação humana.

Proporcionar ao aluno a cultura corporal do movimento, ajudando a formar o

cidadão, que este seja capacitado para praticar esportes, dança, ginásticas e a

melhoria da qualidade de vida, tendo o professor com um mediador.

Desenvolver o todo do indivíduo e não fazendo apenas movimentos

repetitivos para formar atletas, mas buscando fazer a atividade proposta por prazer.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

As necessidades bio-psico-fisiológicos são desenvolvidas através dos

conteúdos da disciplina de Educação Física, que tem uma enorme responsabilidade

no processo formativo de nosso aluno. Os conteúdos da Educação Física, que

atuam como agente ou de meio da educação global do educando, de acordo com a

proposta curricular e respeitando sempre o nível de cada criança.

• Desenvolver no cotidiano escolar práticas corporais voltadas às

manifestações da expressividade corporal;

• Promover a reflexão frente aos conhecimentos culturalmente

construídos percebendo a importância da consciência da corporeidade;

• Experienciar atividades onde a liberdade de expressão, a oportunidade

de reflexão, discussão e questionamentos, o trabalho em equipe estejam garantidos.

• Vivenciar experiências de aprendizagens significativas, diversificadas,

integradoras e socializadoras.

• Despertar o interesse pela aquisição de hábitos que possibilitam

desfrutar de uma vida saudável.

• Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas

esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na

rede pública de ensino.

• Oportunizar aos alunos a construção de brinquedos, a partir de

materiais alternativos, discutindo a problemática do meio ambiente por meio do

(re)aproveitamento de sucatas e a experimentação de seus próprios brinquedos e

brincadeiras, pode dar outro significado a esses objetos e a essas ações

respectivamente, enriquecendo-os com vivências e práticas corporais.

• Oportunizar através da ginástica a participação de todos, por meio da

criação espontânea de movimentos e coreografias, bem como a utilização de

espaços para suas práticas, que podem ocorrer em locais livres como pátios,

campos, bosques entre outros.

CONTEÚDOS

Pretende-se no Ensino Fundamental e Médio o trabalho na área de

Educação Física ser desenvolvido levando em consideração sobre tudo os

conteúdos estruturantes.

As atividades serão progressivamente trabalhadas a fim de contemplar os

níveis de desenvolvimento dos alunos.

Esses conteúdos estruturantes serão apresentados da seguinte forma:

• Esporte

Garantir aos alunos o direito de acesso e de reflexão sobre as práticas

esportivas, além de adaptá-las à realidade escolar, devem ser ações cotidianas na

rede pública de ensino.

Nesse sentido, a prática pedagógica de Educação Física não deve limitar-se

ao fazer corporal, isto é, ao aprendizado única e exclusivamente das habilidades

físicas, destrezas motoras, táticas de jogo e regras.

Ao trabalhar o Conteúdo Estruturante esporte, os professores devem

considerar os determinantes histórico-sociais responsáveis pela constituição do

esporte ao longo dos anos, tendo em vista a possibilidade de recriação dessa prática

corporal.

Buscará envolver as diferentes modalidades esportivas, suas perspectivas

históricas, regras específicas, elementos técnicos e táticos. Possibilidades dos

esportes como atividade corporal, reflexões sobre o esporte como fenômeno de

massa e análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.

• Ginásticas

Serão contempladas reflexões sobre a evolução da ginástica no decorrer da

história, seus diferentes tipos, noções de postura e movimentos básicos e elementos

ginásticos culturalmente produzidos como a capoeira entre outros.

Ampliando esse olhar, é importante entender que a ginástica compreende

uma gama de possibilidades, desde a ginástica imitativa de animais, as práticas

corporais circenses, a ginástica geral, até as esportivizadas: artística e rítmica.

Contudo, sem negar o aprendizado técnico, o professor deve possibilitar a vivência e

o aprendizado de outras formas de movimento.

• Dança

Para o atendimento deste conteúdo pretende-se realizar atividades

enfocando as bases das manifestações corporais, aspectos históricos dos diferentes

tipos de danças com ênfase nas manifestações tradicionais e folclóricas da região.

Abordando ainda fatores que contemplem o ritmo, a expressão corporal, a

mímica, dramatização e a interpretação.

O professor, ao trabalhar com a dança no espaço escolar, deve tratá-la de

maneira especial, considerando-a conteúdo responsável por apresentar as

possibilidades de superação do limites e das diferenças corporais.

A dança é a manifestação da cultura corporal responsável por tratar o corpo

e suas expressões artísticas, estéticas, sensuais, criativas e técnicas que se

concretizam em diferentes práticas, como nas danças típicas (nacionais e regionais),

danças folclóricas, danças de rua, danças clássicas entre outras.

• Jogos e brincadeiras

Através dos jogos e das brincadeiras os alunos aprendem a se mover entre

a liberdade e os limites, os próprios e os estabelecidos pelo grupo. Além de seu

aspecto lúdico, o jogo pode servir de conteúdo para que o professor discuta as

possibilidade de flexibilização das regras e da organização coletiva. As aulas de

Educação Física podem contemplar variadas estratégias de jogo, sem a

subordinação de um sujeito a outros. É interessante reconhecer as formas

particulares que os jogos e as brincadeiras tomam em distintos contextos históricos,

de modo que cabe à escola valorizar pedagogicamente as culturas locais e regionais

que identificam determinada sociedade.

A produção destas manifestações na comunidade como aproveitamento de

jogos e brincadeiras na perspectiva lúdica englobando os diferentes tipos de jogos,

como recreativos entre outros.

- Lutas

Da mesma forma que os demais Conteúdos Estruturantes, as lutas devem

fazer parte do contexto escolar, pois se constituem das mais variadas formas de

conhecimento da cultura humana, historicamente produzidas e repletas de

simbologias. Ao abordar esse conteúdo, deve-se valorizar conhecimentos que

permitam identificar valores culturais, conforme o tempo e o lugar onde as lutas

foram ou são praticadas.

Valorizar conhecimentos que permitam identificar valores culturais, conforme

o tempo e o lugar onde as lutas foram ou são abordadas.

CONTEÚDOS BÁSICOS:

5ª SÉRIE

ESPORTE:

FUTSAL

BASQUETE

VOLEIBOL

HANDEBOL

ATLETISMO

FUTEBOL

XADREZ

TÊNIS DE MESA

• Origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da história;

• Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico

• Jogo propriamente dito

• Noções das regras;

• Prática dos fundamentos básicos das diversas modalidades esportivas;

LUTAS

LUTAS DE APROXIMAÇÃO

CAPOEIRA

- Origem e históricos das lutas

- Vivenciar movimentos característicos da luta como: a ginga, esquiva e

golpes.

- Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados à luta.

DANÇA

DANÇAS FOLCLÓRICAS

DANÇAS DE RUA

DANÁS CRIATIVAS

- Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças

- Contextualizar a dança.

- Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.

JOGOS E BRINCADEIRAS

JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES

BRINCADEIRAS E CANTIGAS DE RODA

JOGOS DE TABULEIRO

JOGOS COOPERATIVOS

JOGOS ÍNDIGENAS

CONFECCÇÃO DE ARTESANATO INDIGENA ( peteca, arco e flecha etc).

- Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e

brincadeiras.

- Possibilitar a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com

e sem materiais alternativos.

- Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro.

GINÁSTICA

GERAL

CIRCENSE

RÍTMICA

- Estudar a origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações.

- Aprender e vivenciar os movimentos básicos da ginástica.

- Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes

modalidades ginásticas.

- Pesquisar a cultura do circo.

- Estimular a ampliação da consciência corporal.

6ª SÉRIE

ESPORTE:

FUTSAL

BASQUETE

VOLEIBOL

HANDEBOL

ATLETISMO

FUTEBOL

XADREZ

TÊNIS DE MESA

• Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças no decorrer da

história;

• Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico

• Compreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o

sentido da competição esportiva.

• Aprender as regras e os elementos básicos do esporte.

• Vivencia dos fundamentos básicos das diversas modalidades esportivas;

LUTAS

LUTAS DE APROXIMAÇÃO

CAPOEIRA

- Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira,

assim como suas mudanças no decorrer da história.

- Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos

característicos da luta como: a ginga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas.

DANÇA

DANÇAS FOLCLÓRICAS

DANÇAS DE RUA

DANÁS CRIATIVAS

- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.

- Experimentação de movimentos corporais rítmicos/expressivos.

- Criação e adaptação de coreografias.

- Construção de instrumentos musicais.

JOGOS E BRINCADEIRAS

JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES

BRINCADEIRAS E CANTIGAS DE RODA

JOGOS DE TABULEIRO

JOGOS COOPERATIVOS

JOGOS ÍNDIGENAS

CONFECCÇÃO DE ARTESANATO INDIGENA ( peteca, arco e flecha etc).

- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e

brincadeiras.

- Reflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte.

- Construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos.

- Estudar os jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.

GINÁSTICA

GERAL

CIRCENSE

RITMICA

- Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica e geral.

- Aprender sobre as posturas e elementos ginásticos.

- Pesquisar e aprofundar os conhecimentos musicais.

7ª SÉRIE

ESPORTE:

FUTSAL

BASQUETE

VOLEIBOL

HANDEBOL

ATLETISMO

FUTEBOL

XADREZ

TÊNIS DE MESA

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte.

• Estudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade

corporal, como: lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico, assim

como os benefícios e os malefícios do mesmo à saúde.

• Analisar o contexto do esporte e interferência da mídia sobre o mesmo.

• Vivencia prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.

• Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas.

LUTAS

LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR

CAPOEIRA

- Organização de roda de capoeira.

- Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos

direcionados á projeção e imobilização.

DANÇA

DANÇAS CRIATIVAS

- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança.

- Análise dos elementos e técnicas de dança

- Vivencia e elaboração de enquetes.

JOGOS E BRINCADEIRAS

JOGOS E BRINCADEIRAS POPULARES

JOGOS DE TABULEIRO

JOGOS COOPERATIVOS

JOGOS E BRINCADEIRAS DA CULTURA AFRODESCENDENTE.

- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brinquedos e

brincadeiras.

- Elaboração de estratégias de jogo.

GINÁSTICA

GERAL

CIRCENSE

RITMICA

- Recorte histórico delimitando tempos e espaços na ginástica.

- Vivencia prática das posturas e elementos ginásticos.

- Estudar a origem da ginástica com enfoque específico nas diferentes

modalidades

8ª SÉRIE

ESPORTE:

FUTSAL

BASQUETE

VOLEIBOL

HANDEBOL

ATLETISMO

FUTEBOL

XADREZ

TÊNIS DE MESA

• Recorte histórico delimitando tempos e espaços.

• Organização de festivais esportivos.

• Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico.

• Pesquisar e estudar as regras oficiais e sistemas táticos.

• Analisar o contexto do esporte e interferência da mídia sobre o mesmo.

• Vivencia prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas.

• Elaboração de tabelas e súmulas de competições esportivas.

LUTAS

LUTAS COM INSTRUMENTO MEDIADOR

CAPOEIRA

- Pesquisar a origem e os aspectos históricos das lutas.

DANÇA

DANÇAS CRIATIVAS

- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança;

- Elementos e técnicas constituintes da dança.

JOGOS E BRINCADEIRAS

JOGOS DE TABULEIRO

JOGOS COOPERATIVOS

JOGOS DRAMÁTICOS

JOGOS E BRINCADEIRAS DA CULTURA AFRODESCENDENTE.

- Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.

GINÁSTICA

GERAL

RITMICA

- Construção de coreografias;

- Vivencia prática das posturas e elementos ginásticos;

- Estudar a origem da ginástica; trajetória até o surgimento da Educação

física.

METODOLOGIA

A ação educativa se encaminhará com o intuito de viabilizar um ambiente

flexível que contemple a experimentação, a livre expressão e a criatividade assim

como a troca de experiências partindo da realidade vivida pelo aluno permitindo que

o mesmo desenvolva novas possibilidades dentro de contextos significativos.

O professor de Educação Física tem, assim, a responsabilidade de organizar

e sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, o que possibilita a

comunicação e o diálogo com as diferentes culturas. No processo pedagógico, o

senso de investigação e de pesquisa pode transformar as aulas de Educação Física

e ampliar o conjunto de conhecimentos que não se esgotam nos conteúdos, nas

metodologias, nas práticas e nas reflexões.

Os conteúdos serão trabalhados através da problematização, demonstração,

experimentação, discussão, pesquisas, etc.

Para a apreensão crítica dos conteúdos da disciplina de Educação Física,

como: esporte, ginástica, jogos, brincadeiras e brinquedos, dança, sugere-se que as

aulas tenham três momentos:

- primeiro momento: o conteúdo da aula é apresentado aos alunos e

problematizado, buscando as melhores formas de organização para execução das

atividades. Conversa-se com os alunos sobre as práticas corporais a fim de

identificar as possibilidades e os limites de cada um;

- segundo momento: desenvolve-se as atividades relativas à apreensão do

conhecimento.

O professor observa as atividades realizadas pelos alunos e suas diferentes

manifestações.

Cabe ressaltar que tratar o conhecimento não significa abordar o conteúdo

‘teórico’, mas, sobretudo, desenvolver uma metodologia que tenha como eixo central

a construção do conhecimento pela práxis, isto é, proporcionar, ao mesmo tempo, a

expressão corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos Educação

Física

propostos e a reflexão sobre o movimento corporal, tudo isso segundo o

princípio da complexidade crescente, em que um mesmo conteúdo pode ser discutido

tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio.

É notável o número de situações que podem emergir durante o movimento

corporal, sejam elas estimuladas ou então geradas pelos próprios alunos. Dentre

elas, destacam-se a importância do contato corporal e o respeito mútuo. O professor

poderá fazer registros para uma posterior orientação e/ou interromper para uma

intervenção pedagógica, se houver reações desfavoráveis dos alunos ou ainda se

ocorrer uma recusa em participar da aula;

- terceiro momento: reflete-se sobre a prática, num diálogo que propicie a

cada aluno a avaliar a qualidade de sua participação nas aulas. O tratamento

singular permite que o professor conheça melhor cada aluno e que eles interajam e

troquem experiências culturais.

Recursos necessários:

• Bolas diversas (futsal, basquete, vôlei...)

• Arcos

• Bastões

• Cordas

• Cones

• Material de sucata como caixa, saco de areia, etc.

• Tabuleiros para jogos de mesa

• Aparelho de som

• Televisão

• Vídeo

• Dvd

• Quadro negro

• giz

• Sala de aula

• Quadra

• Quadra de areia

• Campo

• Cronômetro

• Apito

• Balança

• Fita métrica

• Tacos

• Revistas

• Jornais

• Livros

• Matérias didáticos (tesoura, regra, etc)

AVALIAÇÃO

Falar de avaliação em Educação Física significa reconhecer a insuficiência

das discussões e teorizações sobre esse tema no âmbito desta disciplina curricular

no Brasil (COLETIVO DE AUTORES, 1992). No entanto, mesmo diante dessa

realidade, é necessário assumir o compromisso pela busca constante de novas

ferramentas e estratégias metodológicas que sirvam para garantir maior coerência

com o par dialético objetivos-avaliação. Isto é, pensar formas de avaliar que sejam

coerentes com os objetivos inicialmente definidos.

Diante das discussões desenvolvidas nestas Diretrizes, é necessário

entender que a avaliação em Educação Física à luz dos paradigmas tradicionais,

como o da esportivização, desenvolvimento motor, psicomotricidade e da aptidão

física, é insuficiente para a compreensão do fenômeno educativo em uma

perspectiva mais abrangente.

Será sistemática e contínua baseada na observação de avanços nos

domínios cognitivo, afetivo-social e psicomotor levando em conta o contexto social

do educando.

Critérios a serem considerados:

Os mesmos critérios de avaliação serão utilizados no ensino fundamental e

médio.

- Capacidade de enfrentar desafios em diferentes contextos;

- Participação nas atividades respeitando as regras e organização;

- Interação de grupo sem estigmatizar ou discriminar por razões físicas,

sociais, culturais ou de gênero;

- Pesquisas, provas e relatórios;

- Rendimento nas atividades propostas.

REFERÊNCIAS

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA EDUCAÇÃO FÍSICA. Curitiba, PR: SEED, 2008.

BRASIL, Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário oficial da união, 23 de dezembro de 1996.

ComplementarAWAD, Hani Zehdi Amine. Brinque, jogue, cante e encante com a recreação: conteúdos de aplicação pedagógica. Jundiaí, SP: Editora Fontoura, 2004.

BRACHT, Valter. Saber e fazer pedagógicos: acerca da legitimidade da educação física como componente curricular. In CAPARROZ, Franscisco Eduardo (org). Educação física escolar: política, investigação e intervenção. Vitória: Proteoria, 2001.

BRACHT, Valter et al. Pesquisa em ação: educação física na escola. Ijuí, Unijui, 2003

SOARES, Carmen Lúcia. Educação física escolar conhecimento e especificidade. São Paulo: Revista Paulista de Educação Física, suplemento 2, nº 2. 1996.

COLETIVO DE AUTORES Metodologia do ensino da Educação Física, São Paulo: Cortez. 1992.

GONÇALVES, Maria Cristina, et all. Aprendendo a Educação Física: da Educação Infantil e 1ª a 8ª séries do Ensino Fundamental. Curitiba: Bolsa Nacional do Livro, 2002. (4 volumes).

GUEDES, Joana Pinto. Sugestões de conteúdo programático para Educação Física 1ª a 4ª e 5ª a 8ª séries direcionados para a promoção da saúde. Apostila didática. 2001.

KUNZ, Elenor. Transformação didático pedagógica do esporte. Ijuí: livraria, Unijui editira, 1994.

Sites de interesse:WWW.scielo.brWWW.efdesportes.comWWW.boletimef.org

PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA A DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO –

ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO.

O Ensino Religioso existiu num primeiro momento no espaço escolar, como o

ensino da Religião Católica. A partir de 1934 ele passa a ser facultativo.

É a partir da década de 60 que ele perde a sua função catequética, pois,

surgiram debates no sentido de referenciar a liberdade religiosa. Mas continua com

as aulas ministradas por leigos e voluntários que viam a possibilidade de conversão

dos alunos à sua própria religião.

A LDB (Lei de Diretrizes e Base) 4024/61, marginaliza o Ensino Religioso no

contexto escolar, já que delegou a responsabilidade sobre a sua organização à

diferentes tradições religiosas.

O Ensino Religioso foi implantado como disciplina escolar em 1972 no Estado

do Paraná através da ASSINTEC, (Associação Interconfessional). A proposta era de

atender a criança carente com suas necessidades de alimentação e também em

relação a dimensão religiosa. Confeccionou-se material pedagógico e cursos de

formação continuada.

A partir de então são oferecidos cursos, apostilas, programas de rádio para

atualização Religiosa dos professores de acordo com o modelo de educação que se

pretendia na época o Regime Militar.

Nos anos 80, quando o país passa por um processo de democratização, há

forte pensamento de assegurar a liberdade de culto e expressão religiosa.

A partir de 1990, o Estado do Paraná elaborou o Currículo Básico e o Ensino

Religioso é entendido como responsabilidade das tradições religiosas.

A LDB (Lei de Diretrizes e Base da Educação) 9394/96, apresenta o Ensino

Religioso como componente de Educação Básica e de importância para a formação

do cidadão, dever do estado. Tencionava o respeito a diversidade cultural e religiosa

do Brasil.

A partir de então, o ensino Religioso passa a ser entendido como disciplina

escolar e sua implementação regulamentada.

Entre 1995 a 2002 houve uma redução da disciplina nas escolas públicas do

Paraná, oferta restrita as escolas onde havia professor efetivo na disciplina..

Em 1997 foi publicado no PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) de

Ensino Religioso, o qual não foi elaborado pelo MEC (Ministério da Educação e

Cultura) e passa a ser referencia para organização do Currículo em todo o país em

todo o país.

Em 2002 o Ensino Religioso passa a ser regulamentado nas escolas públicas

do Paraná e inicia-se um processo de formação continuada, (Simpósios, Grupos de

estudos) aos educadores da disciplina. Há neste contexto uma preocupação em

organizar os conteúdos e novas normas para a disciplina, enfatizando (valorizando)

a diversidade religiosa e os valores as vezes esquecidos em nossa sociedade.

O objetivo da disciplina é promover a oportunidade dos educandos

entenderem os movimentos religiosos específicos de cada cultura, aumentando o

respeito pelas diferenças, percebendo como esses grupos se relacionam com o

Sagrado.

O Ensino Religioso que foi catolicista e laico, hoje é visto pelos teóricos como

Costella, como um ensino que permita a liberdade Religiosa.

Segundo ele a mudança que ocorreram no mundo, a globalização dos meios

de comunicação repercutiram também nas manifestações do Sagrado e na forma de

interpretar o Sagrado.

É necessário que haja a superação do tradicionalismo e que os conteúdos

tratem da diversidade de manifestações religiosas, dos seus ritos, das sua

paisagens e símbolos, sem perder de vista as relações culturais, sociais, políticas e

econômicas de que são impregnadas. Isso traduz nos conteúdos estruturantes: -

Paisagem Religiosa, Texto Sagrado e Símbolos.

O objeto de Ensino Religioso e o estudo das diferentes manifestações do

Sagrado no coletivo.

Atualmente o Ensino Religioso como disciplina no processo de escolarização,

não se compromete em exercer apenas a hegemonia de uma só religião, mas

supera o caráter ecumênico da disciplina historicamente.

Notadamente, leva-se em conta o caráter ecumênico da disciplina, sem uma

manifestação catequética, mas contemplando a manifestação do pluralismo religioso

na sociedade brasileira, respeitando-se as diferentes culturas.

Onde cabe a disciplina de ensino religioso, o estudo de conteúdos

necessários e importantes no processo de escolarização:

• Respeito à diversidade e culturas religiosas;

• Lugares Sagrados;

• Diferentes culturas religiosas;

• Organizações religiosas;

• Universo simbólico religiosa;

• Ritos;

• Festas religiosas;

• Vida e morte.

O objetivo da disciplina é analisar é analisar e compreender o Sagrado como

cerne da experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural.

Capacitar o aluno na compreensão da ampla diversidade cultural e na

reflexão sobre diferentes culturas, sendo que a sociedade brasileira é composta por

diferentes grupos, cabe ao caráter da disciplina superar as divergências e

desigualdades de ordem étnico-raciais, promovidas através do diálogo inter-religioso

e a mobilização das diversas tradições religiosas e culturais.

Proporcionar ao aluno dentro do processo de escolarização fundamental, a

capacidade de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura,

colaborando com a formação do individuo como pessoa.

Também ampliar o conhecimento de valores que são fundamentais para a

formação de um ser social: famílias, amizades, respeito, compreensão, etc.

Conteúdos por série/ano:

Conteúdos estruturantes; Paisagem Religiosa, Texto Sagrado e Símbolo.

5ª série – Ensino Fundamental

Respeito à diversidade religiosa

Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa, declaração

Universal dos Diretos Humanos e Constituição Brasileira – respeito a liberdade

religiosa, direito a professar a fé e a liberdade de opinião e expressão, direito a

liberdade de reunião e associação pacífica, direitos humanos e a sua vinculação

com o sagrado.

Lugares Sagrados

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de

reverencia de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado

nesses locais, lugares na natureza: rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.,

lugares constituídos: templos, cidades sagradas, etc.

Textos orais e escritos – sagradas

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes

culturas religiosas, leitura oral e escrita (cantos, narrativas, poemas, orações,

etc.)

• Organizações religiosas

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente, serão tratadas como conteúdo, destacando-se as suas principais

características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas religiosos

que expressam as diferentes formas de compreensão e de relação com o sagrado,

fundadores e/ou líderes religiosos, estruturas hierárquicas. Vamos fazer um um

estudo sobre a influencia das celebrações religiosas das tradições afros e indígenas

na cultura do Brasil.

6.ª Série – Ensino Fundamental

Universo simbólico religioso

Nos ritos, nos mitos, tradição afros dos Orixás;

Ritos

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas

por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um

acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da

identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem

remeter possibilidades futuras a partir de transformações presentes, rituais de

passagem, mortuários, propiciatórios, entre outros.

Religiosas

São eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos

diversos: confraternização, rememoração dos símbolos sagrados, períodos ou datas

importantes, peregrinações, festas familiares, festa nos templos, datas

comemorativas.

Vida e morte

As respostas elaboradas para a vida além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado, o sentido da vida

nas tradições/manifestações religiosas, re-encarnação, ressurreição, além morte,

ancestralidade – vida dos antepassados, espíritos dos antepassados, outras

interpretações.

Educação Fiscal

Desde o seu nascimento, o individuo começa aprender as regras e os

procedimentos que deve seguir na vida em sociedade. A medida que cresce

entende melhor o mundo em que vive, percebe que em todos os grupos de que

participa existem certas regras muito importantes, certos padrões que a sociedade

considera fundamental. Estamos falando de instituições sociais.

- Metodologia da disciplina

Sendo que o Ensino Religioso deva priorizar as diversidades religiosas e

culturais, bem como os valores que precisamos desenvolver para viver bem em

sociedade, desenvolvemos práticas metodológicas como:

• Leituras de textos e de mundo;

• Dinâmicas;

• Vídeos;

• Imagens;

• Musicas;

• Visitações a entidades como: creches, asilos, hospitais...

• Produção de textos (cantos, poemas, orações...);

• Datas comemorativas;

• Livros sagradas de diversas religiões (Bíblia, Alcorão...);

• Trazer para a sala de aula a própria experiência dos alunos no que se refere

as crenças e culturas locais, através de histórias, contos, simpatias, receitas,

etc.

Referente às temáticas contemporâneas: - Educação Ambiental; - Educação

Fiscal; - História e cultura afro-brasileira, africana e indígena; - Preservação ao uso

de drogas, considera-se que estas podem ser tratadas incluídas dentro dos

conteúdos específicos próprios da disciplina e não de forma transversalizada,

favorecendo a abordagem dos temas o aspecto humano da disciplina.

No desenvolvimento dos conteúdos básicos de ensino religioso, serão

inseridas questões referentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos:

- Sexualidade;

- Prevenção ao uso indevido das drogas;

- Educação fiscal;

- Enfrentamento à Violência na Escola;

- Educação Ambiental.

Conforme Lei nº 11.525/2007 – que acrescenta § 5º ao art. 32 da Lei nº

9.394 de 20 de dezembro de 1996, incluiu-se o conteúdo que trata dos direitos das

crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental o qual será

abordado em ambas as séries/anos.

Essas questões poderão permear também pelos outros conteúdos, bem

como as questões referentes à “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” (Lei

10639/03).

Lei 11645/08 História e Cultura dos Povos Indígenas. Lei 9795/99 Politica

Nacional de Educação Ambiental.

Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo: Interdependência Campo

cidade; questões agrarias; desenvolvimento sustentável e cultura e identidade.

Resolução CNE/CEB nº 1

Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do Campo e

Resolução nº 2 de 28/04/2008, Diretrizes Complementares da Educação Básica do

Campo.

-Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo.

Avaliação

A avaliação devera ocorrer de maneira diagnostica e continuada dentro da

disciplina de ensino religioso pelo fato da diversidade de religiões e pelo próprio

caráter assumido pela disciplina atualmente, cabe a esta não realizar avaliações

tradicionais, nem estipular notas, utilizando-se de ferramentas como nas demais

disciplinas e sim acompanhar a aprendizagem do aluno dentro do conteúdo

proposto.

Considerando que existe uma diversidade religiosa dentro de uma sala de

aula, propõe-se que se realizem atividades de interação entre os alunos, fazendo

com que estes percebam que além de sua crença religiosa existem outras que da a

mesma forma deve ser respeitada.

Através de textos informativos dar ênfase a assuntos como família, amizade,

companheirismo, convivência social entre outros os quais contribuíram para a sua

formação moral, espiritual e cidadania.

REFERÊNCIAS

Cadernos temáticos: Educação no Campo/Paraná.

Cadernos temáticos: Cultura Afro-Brasileira e Africana/Paraná.

CIRCULO DE COOPERAÇÃO DA URI CURITIBA – diversidade religiosa e direitos humanos; gráfica da Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, Curitiba – Pr – 2005.

Educação Religiosa Escolar – Deus é vida: a vida surge da doação – Ed. Vozes.STOR NIOLO, Ivo – Deus dá vida e liberdade – Ed. Paulus, São Paulo – SP, 1993

Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Izelina Daldin Gaiovicz,2009.

Regimento Escolar da Escola Estadual Izelina Daldin Gaiovicz,2009.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes curriculares da educação básica. Ensino Religio. 2008.

PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA A DISCIPLINA DE GEOGRAFIA – ENSINO

FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

Na antiguidade clássica muito se avançou na elaboração dos saberes

geográficos sendo baseada na descrição e na garantia da sobrevivência, já na Idade

Média a visão política foi transformada pela visão da igreja por querer adaptar todas

as ideias e concepções aos ensinamentos bíblicos.

As questões cartográficas foram introduzidas a partir do século XII com os

avanços das expedições marítimas e posteriormente século XVI as expedições

terrestres passaram a descrever e representar detalhadamente o espaço - rios,

lagos, montanhas, desertos, planície e também as relações homem-natureza.

No imperialismo do século XIX foram criadas diversas sociedades

geográficas.

De fato, foi somente no século XIX que apareceu o discurso geográfico

escolar e universitário, destinado, no que tinha de essencial (ao menos

estatisticamente) a jovens alunos. Discursos hierarquizados em função dos graus da

instituição escolar, com seu coroamento sábio, a geografia na sua feição de ciência

é “desinteressada”. Sem duvida, foi somente no século XIX que apareceu a

geografia dos professores que foi apresentada como geografia, a única da qual

convém falar. (LACOSTE, 1929, p. 26)

Desde que as ideias geográficas foram inseridas no currículo escolar

brasileiro no século XIX e apareciam de forma indireta nas escolas de primeiras

letras passou a ser adaptada ao relacionamento “homem/meio” de modo que o

agente transformador colocará em prática, modelos políticos e saberes geográficos

dentro de um processo historiológico, realizando modificações na forma em que o

estudo geográfico passou a ser apresentado, crescendo em conhecimento dirigido a

diferentes áreas, enfatizando a geografia sistematizada, institucionalizada e

considerada cientifica.

(...) vários pontos da superfície terrestre, em cada lugar se adaptou ao meio

que o envolvia , criando um relacionamento constante e cumulativo com a

natureza, um acervo de técnicas, hábitos, usos e costumes, que lhe

permitiria utilizar os recursos disponíveis. Este conjunto de técnicas e

costumes, construídos e passados socialmente, (...) exprimiria uma relação

entre a população e os recursos, uma situação de equilíbrio, construída

historicamente pelas sociedades. A diversidade dos meios explicaria a

diversidade dos gêneros de vida (apud;MORAES,1987,p. 69)

Assim tratando-se a geografia será cabível da forma de organização dos

diferentes grupos humanos nos mais variados e diversificados espaços.

(...) em primeiro lugar, o tempo acelerado, acentuando a diferenciação dos

eventos , aumenta diferenciação dos lugares, em segundo lugar já que o espaço se

torna mundial, o acúmulo se redefine, com a extensão a todo ele do fenômeno de

região. As regiões são o suporte e a condição de relações globais que de outra

forma não se realizaria. Agora exatamente, é que não se pode deixar de considerar

a região, ainda que a reconheçamos como um espaço de conveniência e mesmo

que chamemos por outro nome (apud; SANTOS, 1996, p. 196)

Em 1964 com o golpe militar muitas mudanças ocorreram em todos os

setores sociais com o currículo básico adequado a profissionalização: período militar

com o surgimento das disciplinas de Educação Moral e Cívica e Organização Social

e Política do Brasil.

A década de 80 no Paraná consiste na ênfase para a Geografia Humana

devido a uma questão política: dentro de uma visão Marxista: rompendo com a

Geografia tradicional.

Nos anos 90 as reformas políticas e econômicas em um pensamento

neoliberal sem representar alternativa teórica consistente.

Atualmente se discute praticas pedagógicas para a elaboração das

diretrizes.

O estudo da geografia far-se-á necessário para a interpretação,

compreensão, avaliação e interação do mundo, do espaço da região e da sociedade

da qual se faz parte.

Essa clivagem entre os “geógrafos físicos” e os “geógrafos humanos” se

acentua na medida em que uns devem “seguir” os progressos das ciências físicas e

naturais que se tornam cada vez mais precisas, enquanto outros procuram aplicar os

novos métodos das ciências sociais. A distância se torna tão pronunciada entre

esses dois grupos de geógrafos que alguns reclamaram o abandono explícito do

projeto da geografia unitária para poder tirar proveito dos progressos de uma divisão

do trabalho científico.(LACOSTE, 1929, p.102).

A geografia como fonte de conhecimento é baseada em muitos teóricos

relacionados à geografia humana e política.

Se a geografia serve em princípio, para fazer a guerra e para exercer o

poder, ela não serve só para isso: suas funções ideológicas e políticas, pareçam ou

não, são consideráveis: é no contexto da expansão do pangermanismo ( os

imperialismos francês e inglês se desenvolveram mais cedo, em ambientes

intelectuais diferentes) que Friederich Ratzel (1844-1904) realizou a obra, que, ainda

hoje, influencia consideravelmente a geografia humana; sua Antropogeografia está

estreitamente ligada à sua Geografia Política. (LACOSTE, 1929, p.24).

O pensamento geográfico, da escola alemã, teve como percursores Humbolt

(1769-1859) e Ritter (1779-1859), mas coube a Ratzel (1844-1904) destaque como

fundador da geografia sistematizada, institucionalizada e considerado científica.

De acordo com o embasamento de que a geografia analisa em seu contexto

serão apontados os conteúdos estruturantes do ensino fundamental:

• A dimensão econômica da Produção do/no espaço;

• A dimensão política do espaço geográfico;

• A dimensão socioambiental do espaço geográfico;

• A dimensão cultural e demográfica do espaço geográfico.

Trabalhar a educação no campo de forma generalizada;Tratando de

assuntos como a importância, a necessidade e o respeito por esse meio, e trazer o

aluno para dentro de sua realidade, citando em assuntos variados como ecologia,

desenvolvimento e subdesenvolvimento e a questão agrária no Brasil etc.

Dentre as novas propostas que surgem na aplicação dos conhecimentos de

geografia, há necessidade de se abordar outras temáticas que não tratam somente

de problemas locais, mas também de outros mais abrangentes e que vêm

amparados em forma de lei, sendo: História e Cultura Afro-brasileira e Africana, Lei

10639/03; História e cultura dos povos Indígenas, Lei 11645/08; politica nacional de

educação ambiental, Lei 9795/99; sexualidade; prevenção ao uso indevido das

drogas; educação fiscal e enfrentamento à violência na escola, tidos nas Diretrizes

Curriculares Educacionais como Desafios Educacionais Contemporâneos.

Quanto ao objetivo geral da disciplina, a geografia tem como critério a

consciência crítica do aluno e o aprofundamento de sua visão como ser humano

inserido em uma sociedade e em um mundo que exige o conhecimento a respeito da

atualidade e do meio natural sejam priori para a modificação do espaço.

De maneira que os conteúdos estruturantes, básicos e específicos sejam

trabalhados em inter-relação de modo que para alcançar os determinados objetivos

será necessário.

• Abordar conceitos de região e território;

• Desenvolver no aluno a noção de espaço;

• Acrescentar-lhe noções de lugar e paisagem;

• Fazê-lo analisar a compreensão entre físico e natural;

• Propor uma análise local, regional, nacional e global;

• Inserir ao aluno a linguagem cartográfica, usando-a para mostrar

como os fenômenos são distribuídos e influenciam nesse espaço;

• Relacionar a realidade do aluno e fazê-lo entender sua participação

como agente modificador e transformador do espaço geográfico.

• Procurar desenvolver em todas as atividades realizadas dentro ou

fora da sala de aula, proporcionando o aprendizado do aluno.

CONTEÚDOS POR SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS

5ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoDIMENSÃO

ECONÔMICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

Formação e transformação das paisagens naturais e

culturais;

As relações entre campo e cidade na sociedade

capitalista;

A distribuição espacial das atividades produtivas.

DIMENSÃO POLÍTICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO

SOCIOAMBIENTAL DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO CULTURAL

E DEMOGRÁFICA DO

ESAPÇO GEOGRÁFICO

Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e produção;

As diversas regionalizações do espaço geográfico.

A formação, localização, exploração e utilização dos

recursos naturais;

Educação Ambiental;

As relações entre campo e a cidade na sociedade

capitalista.

A evolução demográfica, a distribuição espacial da

população e os indicadores estatísticos;

A mobilidade populacional e as manifestações

socioespaciais da diversidade cultural.

6ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoDIMENSÃO

ECONÔMICA DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

DIMENSÃO POLÍTICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO

SOCIOAMBIENTAL DO

ESPAÇO GEOGRÁFICO

A dinâmica d natureza e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e produção;

O espaço rural e a modernização da agricultura;

A distribuição espacial das atividades produtivas, a

(re)organização do espaço geográfico;

A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das

informações.

A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração do território brasileiro;

As diversas reorganizações do espaço brasileiro;

A formação, localização, exploração e utilização dos

recursos naturais;

Educação Ambiental.

A evolução demográfica da população, sua

distribuição espacial e indicadores estatísticos;

DIMENSÃO CULTURAL

E DEMOGRÁFICA DO

ESAPÇO GEOGRÁFICO

Movimentos migratórios e suas motivações;

A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica

dos espaços urbanos e a urbanização.

7ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoDIMENSÃO

ECONÔMICA DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO POLÍTICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO

SOCIOAMBIENTAL DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO

CULTURAL E

DEMOGRÁFICA DO

ESAPÇO

GEOGRÁFICO

O comércio em suas implicações socioespaciais;

A circulação da mão-de-obra, capital, das mercadorias

e das informações;

A distribuição espacial das atividades produtivas, a

(re)organização do espaço geográfico.

As diversas regionalizações do espaço geográfico;

A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios do continente americano;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o

papel do Estado.

Formação, localização, exploração e utilização dos

recursos naturais.

As relações entre o campo e a cidade na sociedade

capitalista;

A evolução demográfica da população, sua distribuição

espacial e os indicadores estatísticos, no continente

americano;

Os movimentos migratórios e suas motivações;

As manifestações socioespaciais da diversidade

cultural.

8ª SÉRIE

Conteúdo Estruturante Conteúdo BásicoDIMENSÃO

ECONÔMICA DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO POLÍTICA

DO ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO

SOCIOAMBIENTAL DO

ESPAÇO

GEOGRÁFICO

DIMENSÃO

CULTURAL E

DEMOGRÁFICA DO

ESAPÇO

GEOGRÁFICO

A revolução técnico-científico-informacional e os novos

arranjos no espaço da produção;

O comércio mundial e as implicações socioespaciais;

A distribuição das atividades produtivas, a

transformação da paisagem e a (re)organização do

espaço geográfico.

As diversas reorganizações do espaço geográfico;

A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o

papel do Estado;

A formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios;

O espaço em rede: produção, transporte e

comunicações na atual configuração territorial.

A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego

de tecnologias de exploração e produção.

A evolução demográfica da população, sua distribuição

espacial e os indicadores estatísticos;

As manifestações sócio-espaciais da diversidade

cultural;

Os movimentos migratórios mundiais e suas

motivações.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Inter-relacionado os conteúdos estruturantes específicos de modo que

possam ser passados aos alunos de forma oral, explicativa e dinâmica propondo-se

de utilizar o material didático e recursos do qual a instituição educacional dispõe,

buscando sempre formas de dinâmicas e aulas de campo quando possível .

Utilizando-se de exemplos próximos da realidade do aluno para melhor

compreensão do conteúdo.

Inter-relacionar os conteúdos estruturantes e específicos de modo que

possam ser passados aos alunos da seguinte forma:

- Aulas expositivas;

- Atividades dinâmicas envolvendo os conteúdos;

- Aulas de campo;

- Atividades complementares como: pesquisa, entrevistas, passeios, etc.

- Utilização de material e recursos didáticos, como: Livros didáticos, revistas,

jornais, filmes, internet;

- utilização de exemplos trazidos pelos alunos;

- Desenvolvimentos de projetos: feira interdisciplinar; cultura-afro, com o

objetivo de demonstrar a diversificação na forma de aprendizagem e o respeito às

diversidades culturais. Fazendo com que o aluno perceba a organização do espaço

e que ele é parte integrante podendo participar e interferir nos fatores históricos,

sociais, econômico, culturais e naturais.

Referente às temáticas contemporâneas: - Educação Ambiental; - Educação

Fiscal; - História e cultura afro-brasileira, africana e indígena; - Preservação ao uso

de drogas, considera-se que estas podem ser tratadas incluídas dentro dos

conteúdos específicos próprios da disciplina e não de forma transversalizada,

favorecendo a abordagem dos temas o aspecto humano da disciplina.

No desenvolvimento do conteúdo estruturante Dimensão Cultural e

Demográfica do Espaço Geográfico, serão inseridas questões referentes aos

Desafios Educacionais Contemporâneos:

- Sexualidade;

- Prevenção ao uso indevido das drogas;

- Educação fiscal;

- Enfrentamento à Violência na Escola;

- Educação Ambiental.

Conforme Lei nº 11.525/2007 – que acrescenta § 5º ao art. 32 da Lei nº

9.394 de 20 de dezembro de 1996, incluiu-se o conteúdo que trata dos direitos das

crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental o qual será

abordado pelo conteúdo estruturante Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço

Geográfico em todas as séries/anos..

Essas questões poderão permear também pelos outros conteúdos, bem

como as questões referentes à “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” (Lei

10639/03).

Lei 11645/08 História e Cultura dos Povos Indígenas. Lei 9795/99 Politica

Nacional de Educação Ambiental.

Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo: Interdependência Campo

cidade; questões agrarias; desenvolvimento sustentável e cultura e identidade.

Resolução CNE/CEB nº 1

Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do Campo e

Resolução nº 2 de 28/04/2008, Diretrizes Complementares da Educação Básica do

Campo.

-Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo.

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita sob um ponto de vista dinâmico, considerando os

caminhos percorridos pelo aluno, suas tentativas para cumprir as atividades

propostas e não apenas o resultado final.

O aluno deve ser avaliado num todo, sendo esta formativa, diagnóstica e

processual. O processo de avaliação será constante, quanto ao ensino-

aprendizagem, considera-se os diferentes ritmos, o qual identifica as dificuldades e

possibilita a intervenção pedagógica constante.

Primeiramente será feita uma avaliação diagnóstica com o intuito de verificar

a aprendizagem significativa, considerando os diferentes ritmos de aprendizagem.

O resultado que se espera constatar no processo de avaliação do ensino da

geografia dar-se-á por meio de:

-atividades de leitura compreensiva de textos;

-análise e interpretação de imagens, mapas, gráficos e tabelas;

-debate;

- avaliação escrita com questões objetivas e discursivas;

-avaliação oral;

-projeto de pesquisa;

-relatório da atividade pesquisada;

-confecção de cartazes e painéis;

-construção de maquetes;

-apresentação oral em seminário.

Será comparado o resultado adquirido com os objetivos propostos a fim de

constatar o progresso e suas dificuldades, orientado às correções necessárias. Ao

educando, será possibilitada a dinamização de novas oportunidades de

conhecimento, ou seja, a recuperação concomitante de conteúdos ao término de

cada atividade do processo avaliativo, buscando sanar lacunas existentes no

processo de ensino-aprendizagem durante as aulas da disciplina de geografia.

Os conteúdos serão selecionados de forma a organizar o trabalho docente

respeitando a série/ano, nível cognitivo do aluno, recursos pedagógicos disponíveis

da escola, abordando estratégias diferenciadas, levando o aluno, a avaliar a

realidade socioespacial em que vive, sob a perspectiva de transformá-la, onde quer

que esteja, para que a aprendizagem ocorra de forma significativa.

REFERÊNCIAS:

Cadernos temáticos: Educação no Campo/Paraná.

Cadernos temáticos: Cultura Afro-Brasileira e Africana/Paraná.

LACOSTE, Y. A Geografia- Isso serve em primeiro Lugar para Fazer a Guerra. São Paulo: Papirus, 1928.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.

Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Izelina Daldin Gaiovicz, 2009.

Regimento Escolar da Escola Estadual Izelina Daldin Gaiovicz, 2009.

Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Geografia, 2008.

Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental – Curitiba: SEED-PR, 2005.

PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA A DISCIPLINA DE HISTÓRIA – ENSINO

FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O ensino da História passou por várias mudanças no Brasil, as quais nem

sempre significaram progressos significativos. Essas mudanças começaram a partir

de 1837 com o surgimento do Colégio D. Pedro II, onde a base era positivista,

eurocêntrica e histórico linear, sendo pouco valorizado o sujeito como indivíduo

histórico do Brasil.

Isto é retomado com Getúlio Vargas a partir de 1832 com o surgimento do

Estado Novo e legitimado com o ensino de Educação Moral e Cívica e Estudos

Sociais./ Outro momento marcante na História foi a ditadura militar de 1964

também legitimadora de políticas dominantes, como a história factual e na

construção de heróis, ou seja, o Estado como sujeito histórico.

Outra mudança ocorreu com a introdução da lei nº 5692/71 que trouxe em

seu bojo o tecnicismo nas escolas, tirando o espaço das Ciências Humanas, sendo

tudo condensado na EMC e OSPB tendo o Estado à função controladora e o aluno

um cumpridor de tarefas e de deveres patrióticos. O ensino se distancia de sua

objetividade que é de formar indivíduos críticos e atuantes.

As mudanças efetivas passaram a ocorrer a partir de 1980 num momento

pós ditadura e reformas democráticas, havendo produção de material didático e uma

concepção de história sendo essa mais crítica.

A partir de 1990 a escola pública do Paraná passa a trabalhar uma nova

história tendo como base o currículo básico unificando o conteúdo e rompendo com

o eurocentrismo, valorizando a História local e regional, como a do Paraná e

América Latina, continuando ainda cronológica e linear.

Enfim, a partir de 1997 com os Parâmetros Curriculares Nacionais e maior

autonomia dos professores, estando recentemente explícito na construção de

Diretrizes Curriculares da Disciplina e a introdução da História do Paraná, Cultura

Afro- Brasileira e Africana em conformidade com a Lei nº 10639/03,e cultura dos

povos indígenas sob a Lei 11.645/08, além dos estudos sobre a Nova Esquerda

Inglesa e a Nova História Cultural, trazendo uma nova consciência crítica.

Em 2002, inicia-se o processo das Diretrizes Curriculares para o ensino da

História. Neste sentido há um projeto de formação continuada dos professores,

evidenciando-se assim os fundamentos teóricos metodológicos, base para todo o

ensino da história, seja na construção da Proposta Curricular ou como fonte para o

trabalho dos próprios professores em sala de aula,utilizado pelos próprios

educandos.

A Historiografia recusa uma única verdade, pronta e acabada. Única vertente

sem diálogo com outras vertentes, renegando assim a teoria que afirma o fim da

história.

Destacamos neste contexto a Nova História que engloba a História das

mentalidades, como Marc Bloc e Lucien Febre. A Nova História Cultural com Carlo

Ginzburg e Roger Chartier e a Nova Esquerda Inglesa com Raymond Willians, Eric

Hobsbawn, Cristopher Hill.

O objetivo do estudo da área de História são processos históricos relativos

às ações e relações humanas através dos tempos. Transformações que podem ser

voluntárias ou não.

Esse objetivo tem respaldo necessário para propiciar aos educandos ao

longo do processo de educação a formação da consciência Histórica crítica.

A História estuda os processos relativos a ações do homem no mundo e as

suas transformações sociais, políticas, econômicas e culturais.

Pensar História não é apenas na narração de grandes fatos ou heróis. É

mais que memorização de datas e nomes. Assim é fundamental que se leve em

conta as diversas vertentes do pensamento humano, pois, no contexto histórico é

necessário que haja diálogo entre as concepções históricas distintas umas das

outras. Isto se dá através da investigação histórica. O que se pretende na verdade é

resguardar as diferenças e oposições entre elas.

Ensinar e aprender História é um processo de construção e reconstrução de

conhecimento que tem como base a pesquisa fundamentada nas fontes históricas.

A principal finalidade da História é o processo de construção do

conhecimento, onde o sujeito cresce criticamente para atuar na sociedade,

analisando, interferindo e modificando a realidade. Em acordo com o momento

contemporâneo tendo respaldo para compreender os novos desafios conceituais á

sexualidade. Prevenção ao uso indevido de drogas, a educação fiscal, enfrentando a

violência na escola, educação ambiental. Em outras palavras, a História deixa de ser

apenas fatos do passado para tornar-se construção do presente, feita através de

vestígios encontrados, caracterizando-se como produto social de determinada

época.

Se expressa nesse sentido uma grande preocupação em que não

apresentar os conteúdos da História de forma fragmentada. A História se apresenta

de forma global e não isolada. O mundo não para por algum determinado

acontecimento. Não podemos isolar a história política de uma determinada

sociedade, por exemplo, e estuda-la como única e exclusiva. O que podemos é

considerar os compartimentos criados pelos próprios historiadores para referenciar

diferentes tipos de estudos. O educador necessita localizar-se nos conteúdos que

serão trabalhados em sala de aula, um ponto de partida, uma luz que clareie seus

planejamentos. Nomeados como conteúdos estruturantes, eles apresentam-se

dentro da disciplina de história como: Relações de Trabalho, Relações de poder e

Relações Culturais. Esses devem estar em comum acordo com os fundamentos

teóricos metodológicos.

Tendo por base que os conteúdos estruturantes são fundamentais e que

devemos respeitar a realidade e o coletivo escolar, vemos a necessidade de aludir o

estudo no campo, enfatizando no conteúdo econômico-social o MST, já que grande

parte dos alunos que freqüentam a escola, são assentamentos rurais. Buscamos

nas raízes do movimento a luta social dessa parcela da população pela reforma

agrária. Procuramos entender com o movimento é organizado, o papel do governo

dentro dessa realidade histórica, a vida das famílias assentadas, os incentivos ou

não a agricultura, etc. Isso ocorre também com a cultura Afro-Brasileira e

Africana,além da cultura indígena também esquecida e desvalorizada durante muito

tempo, é preciso lembrar sua importância na contribuição para a constituição da

Nação brasileira, “a figura boa da alma negra que, nos tempos patriarcais, criava o

menino dando-lhe de mamar, que embalava a rede ou o berço, que lhe ensinava as

primeiras palavras em português errado, o primeiro padre nosso”.(Gilberto Freyre).

Nessa fala de Gilberto Freyre percebemos claramente as influências culturais sobre

o brasileiro em formação que sobreviveria a escravidão. Bem como devemos

informar os nossos educandos sobre o Estatuto da Criança e Adolescente criada

pela Lei n9394/96 que foi alterada pela lei 11525/2007 que garante a proteção aos

menores.

CONTEÚDOS

Conteúdos Estruturantes: Relações de Poder, Relações de trabalho e

Relações Culturais.

5ª SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS BÁSICOS

A experiência humana no tempo: A memória local e memória da humanidade; o

tempo (as temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as relações

humanas no tempo).

O local e o Brasil

- O jovem aluno e suas percepções do tempo histórico ( temporalidades e

periodizações): memórias e documentos familiares e locais.

- O jovem e suas relações com a sociedade no tempo ( família, amizade, lazer,

esporte, escola, cidade, estado, país, mundo).

- Sexualidade, prevenção ao uso indevido de drogas, o enfrentamento à violência na

escola, ECA em seus arts. 7,12,13 e 14.

A relação com o mundo

- a formação do pensamento histórico

- os vestígios humanos: os documentos históricos

- o surgimento dos lugares de memórias: lembranças, mitos, museus, arquivos,

monumentos espaços públicos, privados, sagrados.

- as diversas temporalidades nas sociedades indígenas, agrárias e industriais.

- as formas de periodização: por dinastias, por eras, por eventos significativos, etc.

Os sujeitos a sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias.

O local e o Brasil

- os povos indígenas e suas culturas na história do Paraná: xetás, kaigangs,

xoklengs e tupi-guaranis.

- colonizadores portugueses e espanhóis e suas culturas na Américas e no território

paranaense.

- colonizadores espanhóis nas sociedades pré-colombianas.

- os povos africanos e suas culturas no Brasil e no Paraná, ECA.art. 58.

- os imigrantes europeus e asiáticos e suas culturas no Brasil e no Paraná- a

condição das crianças, dos jovens, dos idosos na história do Brasil e do Paraná.

A relação com o mundo

- o surgimento da humanidade na África e na Ásia e a diversidade cultural na sua

expansão: as teorias sobre seu aparecimento.

- as sociedades comunitárias

- as sociedades matriarcais

- as sociedades patriarcais

- o significado das crianças, jovens e idosos nas sociedades históricas.

A cultura local e cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular,festas e

religiosidades: a constituição do pensamento científico; as formas de representação

humana; a oralidade e a escrita; as formas de se narrar a história.Contestado- o lado

da história contada pelos caboclos.

O local e o Brasil

- os mitos, rituais, lendas dos povos indígenas paranaenses.

- as manifestações populares no Paraná: a congada, o fandango, cantos, lendas,

rituais e as festividades religiosas.

- pinturas rupestres e sambaquis no Paraná.

- a produção artística e científica paranaense.

A relação com o mundo

- pensamento científico: a antiguidade grega e Europa moderna.

- a formação da arte moderna.

- as relações entre a cultura oral e a cultura escrita: a narrativa histórica.

6ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de Poder, Relações de Trabalho,

Relações Culturais.

As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a

propriedade privada; a terra.

Campo: trabalho: divisão social e territorial.

O local e o Brasil

- a propriedade coletiva entre os povos indígenas, quilombolas, ribeirinhas, de ilhéus

e faxinais no Paraná.

- a família e os espaços privados: a sociedade patriarcal brasileira a constituição do

latifúndio na América portuguesa e no Brasil imperial e republicano.

- as reservas naturais e indígenas no Brasil.

- a reforma agrária no Brasil; a propriedade da terra nos assentamentos.

A relação com o mundo

- a constituição do espaço público da antiguidade na polis grega e na sociedade

romana, a reforma agrária na antiguidade grego-romana.

- a propriedade coletiva nas sociedades pré-colombianas.

O mundo do campo e o mundo da cidade

O local e o Brasil

- as primeiras cidades brasileiras: formação das vilas e das Câmaras municipais, a

educação fiscal.

- o engenho colonial a conquista do sertão.

- as missões jesuíticas.

- a Belle Époque tropical modernização das cidades.

- cidades africanas e pré-colombianas.

A relação com o mundo

- as cidades na antiguidade oriental.

- as cidades na sociedades antigas clássicas.

- a ruralização do Império Romano e a transição para o feudalismo europeu; a

constituição dos feudos ( Europa Ocidental, Japão e sociedades da áfrica

meridional) e glebas servis ( Europa Ocidental).

- as transformações no feudalismo europeu.

- o crescimento comercial e urbano na Europa.

As relações entre o campo e a cidade

O local e o Brasil

- as cidades mineradoras.

- as cidades e o tropeirismo no Paraná.

- os engenhos da erva mate no litoral e o Primeiro Planalto.

A relação com o mundo

- as relações campo-cidade no Oriente.

- as feiras medievais.

- o comércio com o Oriente.

- os cercamentos na Inglaterra moderna.

- o início da industrialização na Europa, educação ambiental.

- a reforma agrária na América Latina no século XX.

- a interdependência campo cidade, questão agrária e desenvolvimento sustentável

Conflitos, resistências e produção cultural campo/cidade

O local e o Brasil

- a relação entre senhores e escravos, o sincretismo religioso (formas de resistência

afro-brasileira).

- as cidades e as doenças, a prevenção ao uso indevido de drogas

- a aquisição da terra e da casa própria.

- o MST e outros movimentos pela terra.

- Campo: interdependência campo, cidade, questão agrária e desenvolvimento

sustentável.

- os movimentos culturais camponeses e urbanos no Brasil republicano nos séculos

XIX, XX E XXI.

- O Contestado, o movimento religioso e a fé da população.

A relação com o mundo

- a peste negra e as revoltas camponesas.

- as culturas teocêntrica e antropocêntrica.

- as manifestações culturais na América Latina, África e Ásia.

- as resistências no campo e na cidade: América Latina e continente africano.

- a história das mulheres orientais, africanas e outras.

-ECA. Art. 8, art. 9, art.10.

7ª SÉRIE

– ENSINO FUNDAMENTAL

Conteúdos Estruturantes: Relações de Poder, Relações de Trabalho e Relações

Culturais.

Histórias das relações da humanidade com o trabalho

O local e o Brasil

- o trabalho nas sociedades indígenas.

- sociedade patriarcal e escravocrata.

- Mocambos/ Quilombos as resistências na colônia.

- remanescentes de quilombos.

A relação com o mundo

- a história do trabalho nas primeiras sociedades humanas.

- o trabalho e a vida cotidiana nas colônias espanholas: a mita.

- o trabalho assalariado.

O trabalho e a vida em sociedade

O local e o Brasil

- a desvalorização do trabalho no Brasil Colônia e Império.

- a busca pela cidadania no Brasil Império.

- os saberes nas sociedades indígenas: mitos e lendas que perpetuam as tradições.

- corpos dóceis: o papel da escola no convencimento para um bom trabalhador.

A relação com o Mundo

- os significados do trabalho na Antiguidade-Oriental e Antiguidade Clássica.

- as três ordens do imaginário feudal.

- as corporações de ofício.

- o entretenimento na corte e nas feiras.

- o nascimento das fábricas e a vida cultural ao redor, a questão ambiental no Brasil

e no mundo.

O mundo e o trabalho

O local e o Brasil

- a desvalorização do trabalho.

- o latifúndio no Paraná e no Brasil.

- a sociedade oligárquico-latifundiária

- a vida cotidiana das classes trabalhadoras no campo e as contradições da

modernização.

- campo: trabalho- divisão social e territorial.

- ECA.art.60 à 69.

A relação com o mundo

- a produção e a organização social capitalista.

- a ética e moral capitalista.

As resistências e as conquistas de direito

O local e o Brasil

- o movimento sufragista feminino.

- a discriminação racial e lingüística ( o caipira no contexto do capital ).

-campo: cultura e identidade.

- as congadas como resistência cultural.

- a consciência negra e o combate ao racismo.

- movimentos sociais e emancipacionistas.

- o Contestado movimento social e ações do governo para combater os rebeldes.

- os homens, as mulheres e os homossexuais no Brasil e no Paraná, a questão da

sexualidade.

A relação com o mundo

- o movimento sufragista feminino.

- a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.

- o Ludismo.

- a constituição dos primeiros sindicatos de trabalhadores.

- os homens, as mulheres e os homossexuais no mundo contemporâneo.

8ª SÉRIE – ENSINO FUNDAMENTAL

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: Relações de poder, Relações de trabalho e

Relações Culturais.

A formação das instituições sociais: as instituições políticas; as instituições

econômicas; as instituições religiosas; as instituições culturais; as instituições civis.

O local e o Brasil

- a formação do cacicado nas sociedades indígenas do Brasil.

- a Igreja Católica e as reduções jesuíticas na América portuguesa.

- as irmandades católicas e as religiões afro-brasileiras na América portuguesa.

- o surgimento dos cartórios, hospitais, prisões, bancos, bibliotecas, museus,

arquivos, escolas e universidades no Brasil.

- a formação dos sindicatos no Brasil.

- as associações e clubes esportivos no Brasil.

A relação com o mundo

- a instituição da igreja no Império Romano.

- as ordens religiosas católicas.

- as guildas e as corporações de ofício na Europa medieval.

- o surgimento dos bancos, escolas e universidades medievais.

- a organização do poder entre os povos africanos.

- a formação das associações de trabalhadores e dos sindicatos no Ocidente.

- o surgimento das empresas transnacionais e instituições internacionais (ONU, FMI,

OMC, OPEP, FIFA, Olimpíadas).

A formação do Estado: a monarquia; a república ( aristocracia, ditadura e

democracia); os poderes do Estado.

O local e o Brasil

- nas relações entre o poder local e o Governo Geral da América Portuguesa.

- os quilombos na América Portuguesa e no Brasil Imperial.

- a formação do estado – nação brasileira.

- as constituições do Brasil Imperial e republicano.

- a instituição da república no Brasil: as ditaduras e a democracia.

- os poderes do estado brasileiro: executivo, legislativo e judiciário, a educação

fiscal.

- as empresas públicas brasileiras.

- a constituição do Mercosul.

A relação com o mundo

- o surgimento da monarquia nas sociedades da antiguidade no Crescente Fértil.

- a monarquia e a nobreza na Europa medieval.

- a formação dos reinos africanos.

- o Estado Absolutista europeu.

- a constituição da república no Ocidente.

- o Imperialismo no século XIX.

- a formação dos Estados nacionais nos séculos XIX a XXI: as ditaduras e as

democracias.

- a constituição dos Estados socialistas e dos Estados de Bem–Estar Social,

ECA,art. 71.

- a formação dosa blocos econômicos.

Guerras e revoluções: os movimentos sociais: políticos, culturais e religiosos; as

revoltas e revoluções sociais ( políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras

locais e guerras mundiais.

O local e o Brasil

- as guerras e revoltas indígenas e quilombos na América Portuguesa e no Brasil

Imperial.

-as revoltas republicanas na América Portuguesa.

- as revoltas sociais no Brasil Imperial e Republicana.

- a Guerra do Contestado.

- as guerras cisplatinas e a Guerra do Paraguai.

- os movimentos republicanos e abolicionistas no Brasil Imperial.

- o movimento anarquista, comunista e tenentista no Brasil.

- o Brasil nas Guerras Mundiais.

- os movimentos pela redemocratização do Brasil ( carestia,feministas, etnoraciais e

estudantis),ECA, art.227, art.229, art.230.

A relação com o Mundo

- as revoltas democráticas na polis gregas.

- as revoltas plebéias, escravas e camponesas na República Romana.

- as heresias medievais.

- as guerras feudais na Europa Ocidental e as cruzadas.

-as revoltas religiosas na Europa Moderna.

- a conquista e a Colonização da América pelos povos europeus.

- as revoluções modernas.

- os movimentos nacionalistas.

- as guerras mundiais.

- as revoluções socialistas no século XX.

- as guerras de independência das nações africanas e asiáticas.

- os movimentos camponeses latinos americanos e asiáticos .

- campo – organização política, movimentos sociais e cidadania.

Metodologia

Os conteúdos básicos da 5ª,6ª,7ª,8ª séries do Ensino Fundamental deverão

ser problematizados por meio da contextualização – temporal das ações e relações

dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica,de gênero e de gerações.

Deverão ser privilegiados os contextos ligados a história local e do Brasil em relação

a História da América Latina, da África, da Europa e Ásia. Pretendem desenvolver a

análise das temporalidades ( mudanças, permanências, simultaneidades e

recorrências) e das periodizações. Os conteúdos Básicos devem estar articulados

aos conteúdos estruturantes. Metodologicamente o confronto de interpretações

historiográficas e documentos históricos permitem aos estudantes formularem idéias

históricas próprias e expressa-las por meio de narrativas históricas.

Segundo Rüsen, a aprendizagem histórica é uma das dimensões e

manifestações da consciência histórica. Está articulada ao modo como a experiência

histórica é vivenciada e interpretada de maneira a fornecer uma compreensão do

presente e a construir projetos de futuro. Para Rüsen as orientações e os métodos

da pesquisa histórica são distintos das orientações e dos métodos do ensino de

Historia.

Para Rüsen, existem quatro tipos de consciência histórica: tradicional,

exemplar crítica e ontogenética. Esses tipos de consciência são expressos por

diferentes narrativas históricas fundamentadas em quatro condições de orientação

intencional da vida prática dos sujeitos no tempo: afirmação, regularidade,negação e

transformação.

Tomando por base que a história contribui para que se construa a

consciência crítica nos indivíduos e estes tornem-se atuantes na sociedade.

Para que esse objetivo ligado a aprendizagem histórica seja alcançado, sob

a exploração de metodologias ligadas à epistemologia da História, é importante

considerar, na abordagem dos conteúdos temáticos:

- múltiplos recortes temporais;

- diferentes conceitos de documentos;

- múltiplos sujeitos e suas experiências, numa perspectiva de diversidade.

- formas de problematização em relação ao passado;

- condições de elaborar e compreender conceitos que permitam ensinar

historicamente; superação da idéia de História como verdade absoluta por meio de

percepção dos tipos de consciência histórica expressas em narrativas históricas.

Desenvolvemos atividades metodológicas que justifiquem tal afirmativa:

- leituras e compreensão de textos como: cartas, revistas, jornais...

- pesquisas

-interpretação de imagens e mapas

- vídeos

- produção de textos

- iconografia

- música

- debates (seminários)

- trabalhos apresentados pelos alunos em sala de aula

- visitações a lugares históricos ( exemplo: história e memória – estudo no

cemitério)

- história oral – depoimentos

- aulas expositivas

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

Os conteúdos de História do ensino fundamental, tem como finalidade

analisar e avaliar processualmente a formação do pensamento histórico e cultural

que orienta o agir, dos sujeitos históricos no tempo. Pretende fazer com que os

jovens alunos percebam que são sujeitos históricos e compreendam a formação de

sua cultura local e das diversas culturas que com ela se relacionam e que instituem

um processo histórico distinto. Essa compreensão deve se fundamentar em

narrativas e documentos históricos que demarquem espaço – temporalmente,

verifiquem e confrontem os vestígios dos eventos que produziram esse processo

histórico constituído pelas relações de poder, de trabalhos culturais.

É inegável a urgência de se construir novos referenciais de avaliação,

procurando superar uma cultura escolar que a prática como sendo apenas um

instrumento que permite a constatação de resultados finais ou quantitativa,

desacompanhada da análise e do aprofundamento da sua dimensão pedagógica. A

avaliação não pode ser portanto, entendida como separada do próprio processo

ensino aprendizagem. Muitas das atividades da avaliação realizadas representam

oportunidades para os professores e para o próprio educando identificarem as

dificuldades a serem superadas,as capacidades já adquiridas, ou seja os progressos

e obstáculos da aprendizagem.

É importante que se alcance as atitudes necessárias ao trabalho em grupo e

a convivência social. Os instrumentos de avaliação propostos devem contemplar as

atitudes dos alunos na esfera de sua sociabilidade. O compromisso de cada aluno

com seu grupo de estudo e com a escola, manifesto por meio de respeito ao

outro,ao patrimônio e ao cumprimento com as tarefas que lhe cabem,não podem

estar ausentes de um processo de educação histórica.

A avaliação deve assumir uma perspectiva global,ou seja, deve incluir todos

os sujeitos e dimensões envolvidos nos processos educativos: aluno, escola e

professor,e, desejavelmente, a comunidade dos seus responsáveis.

Esse processo de inclusão representa um grande avanço, pois os olhos dos

avaliadores tendem, a incidir seu foco somente sobre os alunos. A avaliação

representa uma ação que deve ser, contínua em diagnósticos.

A avaliação se dará através dos seguintes instrumentos: atividades escritas,

oral,pesquisas, debates, trabalhos em grupo, avaliação das atividades realizadas no

caderno, relatórios,etc.

REFERÊNCIAS

RIBEIRO,Maria Luisa S. História da Educação Brasileira: A organização Escolar. São Paulo: Ed. Morais, 6ª edição. 1986 , p. 78

GILBERTO, Freyre. Casa Grande Senzala. 47ª Ed. S. I. ; Editora Global 2003.

HOLLANDA, Sergio Buarque de. Raízes o Brasil 26ª Ed. São Paulo: companhia das Letras 1999.

SCHIMIDT, Maria Auxiliadora Moreira dos Santos; Tânia Maria F. Braga. A formação da consciência histórica de alunos e professores e o cotidiano em aulas de História. In;Caderno Cedes. Campinas, vol. 25., nº67, p.297 – 300, setembro/dezembro, 2005.

HOBSBAWN, Eric. A era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras 2002.Lei n9394/96 que alterada pela lei 11525/2007PARANÁ, Secretaria do Estado da Educação . Currículo Básico para Escola Pública do Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.

JUNIOR, Caio Prado. História Econômica do Brasil. 33ed. São Paulo: Ed.Brasiliense: A época colonial, v.2: administração ECONOMIAS, SOCIEDADE/ POR Aziz N. Ab. Saber...et. AL.Introdução Geral de Sergio Buarque de Hollanda – 11ª Ed.- Rio de Janeiro:Bertrand Brasil 2004.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de História para o ensino Fundamental. SEED, VERSÃO FINAL, 2008.

PROPOSTA CURRICULAR DA LÍNGUA PORTUGUESA – ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Língua Portuguesa, enquanto disciplina escolar passou a integrar os

currículos escolares brasileiros somente nas últimas décadas do século XIX, e

desde então vem colaborando para o processo que permite a todos a convivência

com o outro, influenciando uns no comportamento dos outros, modificando-se

mutuamente. Esse processo de interação chamamos de socialização do indivíduo,

mas a preocupação com a formação do professor dessa disciplina teve inicio apenas

nos anos 30 do século XX.

A formação da nação brasileira deve à língua muito de sua identidade.

Nesse aspecto, tencionando o uso culto da língua, emergem o nível popular,

coloquial, práticas de língua que definem muitos aspectos da tradição que, hoje,

correm o risco de desaparecer sob os influxos da industria cultural massiva.

Nos primeiros tempos da colônia, houve um confronto de culturas. O

isolamento dos primeiros colonos fez com que também adquirissem alguns hábitos

dos indígenas. Nesse período, não havia uma educação em moldes institucionais e

sim a partir de práticas restritas de alfabetização, determinadas mais por caráter

político, social e de organização e controle de classes do que pelo pedagógico.

Depois de institucionalizada e controle como disciplina, as primeiras práticas de

ensino moldavam-se ao ensino do latim, para os poucos que tinha acesso a uma

escolarização mais prolongada.

Em meados do século XVIII, o marquês de Pombal torna obrigatório o

ensino de Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o ensino de Língua

Portuguesa foi incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática,

Retórica e Poética e por ultimo a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo

gramatical ganhou a denominação de Português e, em 1871 foi criado, no Brasil, por

decreto imperial, o cargo de Professor de Português.

No Brasil, a partir de 1967, iniciou um processo de democratização do

ensino, com ampliação de vagas, e eliminação dos chamados exames de admissão.

O processo de Industrialização, iniciado no governo de Getúlio Vargas,

institucionou-se a evolução da educação voltada para o trabalho. Desse vínculo

decorreu, para o ensino, a instituição de uma pedagogia tecnicista, na Língua

Portuguesa, estava pautada nas teorias da comunicação.

Nos anos 80, iniciaram-se os estudos sociológicos da linguagem

interacionista da literatura.

Final dos anos 90 PCNs – concepção interacionista discursiva – abordagem

dessa concepção com conceitos pouco reconhecidas pelos professores, habilidades

e competências (visão do currículo no mercado de trabalho), apresentam assim, a

leitura de forma utilitarista, o ler para subsidiar o que e como escrever, e uma

abordagem meramente conceitual da literatura no Ensino Fundamental, ou mesmo,

a sua desconsideração no Ensino Médio.

A disciplina de Língua Portuguesa e Literatura dentro das diretrizes são

vistas antes de tudo como uma ação, onde se concretizam práticas de uso real da

língua materna. Esta delimitação do campo contrapõe à prática que determina o

estudo das regras gramáticas como objetivo maior do trabalho com a língua, dando

ênfase ao direcionamento mais amplo e expressivo no processo ensino-

aprendizagem, ou seja, visando à manipulação das práticas de oralidade, leitura e

escrita como alicerces de assimilação da norma padrão.

A proposta política pedagógica relaciona as prioridades particulares da

realidade escolar. E com base nessas concepções é que foram elaborados os

conteúdos básicos de língua portuguesa, reflexões e práticas estabelecidas pelos

profissionais da educação. Ao comparar a proposta com os conteúdos básicos

observa-se que no PPP os conteúdos não estão sugeridos por série, mas obedecem

as quatro habilidades oralidade, leitura, escrita e análise linguística, tal qual está

contemplado nos dois documentos.

Nos conteúdos básicos há um acréscimo de sugestões de gêneros

discursivos: poético, dramático e em prosa, tanto na expressão oral como na escrita.

Tais gêneros no processo de ensino-aprendizagem estão apresentados como

elementos fundamentais que auxiliam no trabalho de elaboração no plano docente

do professor.

Assim sendo, a análise dos conteúdos básicos apresenta exposição de

várias facetas de um mesmo gênero, pois demonstra e valoriza todos os aspectos

dos elementos textuais, assim como promove sugestões metodológicas e avaliativas

com o intuito de formar cidadãos competentemente letrados que possam interpretar

e reproduzir as ideias apresentadas no texto, em diversos níveis e aspectos.

No mesmo âmbito, observa-se que a análise linguística ganha nova

abordagem sugerida pelos professores, seus conteúdos perpassam pela prática da

escrita, leitura e oralidade fortalecendo os elementos textuais e sua compreensão.

Há uma necessidade de melhorar alguns aspectos na proposta, quanto fazer

a junção das práticas tal qual estão nos conteúdos básicos, não seria uma cópia,

pois eles estão interligados, mas melhorar e esclarecer cada conteúdo, já que os

conteúdos básicos foram produzidos pelos próprios professores do Paraná.

Os desafios Educacionais Contemporâneos podem ser abordados a cada

situação apresentada no cotidiano escolar, seja através de textos, filmes, músicas,

conhecimentos culturais históricos de outros povos, onde o professor demonstra

suas ideias através de métodos que contenham os assuntos sociais, políticos,

históricos e culturais, paralelamente aos conhecimentos básicos, contemplando o

ensino para uma formação social.

Os conteúdos básicos de língua portuguesa vêm ajudar na produção do

plano de trabalho docente de cada professor, pois nesse documento estão

especificados cada conteúdo e ao mesmo tempo proporciona liberdade para cada

profissional produzir seu planejamento respeitando as particularidades de suas

turmas. Os conteúdos básicos estão apresentados de forma clara e objetiva,

facilitando assim a produção e a prática dos planos de cada professor.

Consequentemente, os planos de trabalho docentes organizam o ensino e

dão ênfase às prioridades de cada turma e suas características organizando e

proporcionando continuidade entre um conteúdo e outro e de uma série à outra, etc.

Por outro lado, têm como função o acompanhamento e a reflexão do

desempenho pedagógico, estando aberto a mudanças, adaptações e

replanejamentos, visando a eficácia do processo de ensino-aprendizagem.

OBJETIVO GERAL – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

Ensinar a Língua Portuguesa é mostrar a sua função social, fazendo com

que o aluno se identifique com a língua materna, percebendo que o domínio desse

emprego lhe garantirá mecanismos para expressar suas ideias em diferentes

situações, e que lhe possibilitarão ainda o desenvolvimento de sua criticidade e da

sua autonomia dentro da escola.

O objetivo do ensino da Língua Portuguesa é formar críticos que possam

participar ativamente e, que sejam capazes de identificar e interagir com diversos

tipos de textos que circulam socialmente, pois não basta ler, é preciso aprimorar a

linguagem para participar com sucesso da vida do bairro, da sociedade e do país.

Ao final do processo educativo espera-se que o aluno consiga compreender

o mundo e suas evoluções de forma mais articulada e expresse uma visão menos

fragmentada do que a que tinha no início. Os educandos devem aprimorar-se de

novos conhecimentos e experiências, de modo que reflitam e posicionem-se sobre o

aprendizado, assumindo a concepção da língua como discurso que se efetive nas

diferentes práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentam todo o processo de

ensino.

Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas no

discurso do cotidiano.

Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizada por

meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o

assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção e leitura.

Incluir a diversidade étnico-social em um caráter interacional dentro da

pluralidade cultural, visando erradicar o preconceito linguístico como imperativo a

uma formação igualitária.

Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e

tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua

organização.

Aprimorar pelo contato com os textos literários, a capacidade de

pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da

leitura, a constituição de um especo dialógico que permita a expansão lúdica do

trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

CONTEÚDO

O gênero discursivo, de acordo com as diretrizes curriculares do Estado do

Paraná, antes de constituir um conceito, é uma prática social e é esta a perspectiva

que deve orientar a ação pedagógica com a língua, privilegiando o contato real do

estudante com a diversidade de textos que são produzidos e circulam socialmente.

Esse contato com os gêneros, portanto, tem como ponto de partida a experiência e

não o conceito. Essa percepção é fundamental para que não se caia na

normatização no gênero.

Nessa concepção de língua, o texto é visto como lugar onde os participantes

da interação dialógica se constrói e são construídos. Todo texto é, assim, articulação

de discursos, são vozes que se materializam, e o ato humano, a linguagem em uso

efetivo.

A perspectiva é que toda reflexão sobre a língua só tem sentido se

considerar como ponto de partida a dimensão dialógica da linguagem, presente em

atividades que possibilitem aos alunos e professores experiências reais de uso da

língua materna. Os conceitos de texto e de leitura não se restringem à linguagem

escrita, eles abrangem, além dos textos escritos e falados, a integração da

linguagem verbal.

A palavra texto designa toda e qualquer manifestação da capacidade textual

do ser humano (quer se trate de um poema, música, pintura, filme ou escultura), isto

é, qualquer tipo de comunicação realizada por meio da comunicação linguística.

A prática da oralidade, leitura e escrita é vivenciada através de experiências

com a língua em uso, aplicadas em atividades de leitura, produção de textos e

reflexões com e sobre a língua, norteada por uma concepção teórica que vê a língua

em permanente constituição e interação entre sujeitos históricos e socialmente

situados.

Os temas referentes à História e Cultura Afro-brasileira e Africana e demais

desafios contemporâneos serão contemplados paralelo aos conteúdos específicos,

ao decorrer do ano letivo.

Para atender as leis nº10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam o ensino

dos conteúdos relacionados à História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Cultura

dos povos Indígenas, a Educação do Campo (quando houver esta especificidade),

as questões de Gênero e Diversidade Sexual, os Desafios Educacionais

Contemporâneos (Educação Ambiental Lei nº9795/99, Prevenção ao Uso indevido

de drogas, Enfrentando à violência na Escola, Cidadania e Direitos Humanos e

Educação Fiscal), Direitos das Crianças e dos adolescentes conforme prevê o ECA

Lei de nº11525/2007, bem como os conteúdos que possam ser relacionados com o

PEP - Prontidão Escolar Preventiva, serão contemplados em todas as séries, na

medida em que serão trabalhados os gêneros textuais. Apresenta-se alguns

exemplos de como ocorrerá o atendimento a essas demandas:

• Trabalho e desenvolvimento de atividades com: contos africanos,

lendas indígenas, escritores (as) negros (as); reportagens sobre o português falado

em alguns países do continente africano; artigo de opinião sobre preconceito e

discriminação, autores como Castro Alves, Machado de Assis, Dalton Trevisan

(questões de gênero), gráficos estatísticos, leis, mapas (educação ambiental),

notícias, filmes, músicas e poemas dentre outros gêneros que abordem estas

questões.

Conteúdos Básicos / específicos dentro das práticas de oralidade, leitura, escrita,

análise lingüística e literatura:

― Tema do texto;

― finalidade;

― intencionalidade;

― interlocutor;

― intertextualidade;

― situacionalidade;

― Aceitabilidade;

― condições de produção

― vozes sociais presentes nos textos;

― informatividade;

― elementos semânticos, lingüísticos e extralingüísticos;

― variedade lingüística;

― léxico, ortografia, acentuação e pontuação;

― coesão e coerência;

― Processo de formação de palavras;

― turnos de fala;

― Concordância verbal e nominal;

― tipos de discurso: direto, indireto, direto livre;

― polissemia;

― Relação entre as partes do texto;

― Aspectos estéticos nos textos literários;

― Inferências.

Conteúdos da Disciplina:

Conteúdo Estruturante: Discurso enquanto Prática Social

6º ano (5ª série)

Conteúdos básicos: gêneros textuais, elementos composicionais, forma e estilo.

Gêneros textuais que serão trabalhados:

• Literários/artísticos: contos de fadas, lendas, causos e fábulas, história em

quadrinhos, poema, cantigas, parlendas, trovas e trava línguas;

• Argumentativos: comentários, carta do leitor, propaganda;

• Prescritivos: regras de jogos, verbetes de dicionário, receita culinária;

• Correspondência: carta pessoal, e-mail, cartão postal, aviso;

• Imprensa/midiática: notícia, classificados;

• Outros: diário

Conteúdos específicos (em relação aos gêneros que serão trabalhados):

• Linguagem: noções gramaticais desenvolvidas a partir dos textos.

7º ano (6ª série)

• Literários/artísticos: contos fantásticos, provérbios, poema, contra-fábulas, não-

verbais, memórias;

• Argumentativos: resenha de filme, enquete, assembléia;

• Prescritivos: bula de remédio, manual de instrução, mapas;

• Correspondência: carta comercial, panfletos, folder;

• Imprensa/midiática: reportagem, manchete, notícia;

• Linguagem: noções gramaticais desenvolvidas a partir dos textos.

8º ano (7ª série)

• Narrativos/literários: crônica, dramáticos, contos de aventuras, fábula moderna,

música;

• Argumentativos: depoimento, carta ao leitor, carta de reclamação;

• Prescritivos: estatutos, regulamentos;

• Publicitários: comercial televisivo, propaganda, slogan;

• Imprensa/mídia: reportagem televisiva, entrevista, vídeo clip, infográfo;

• Outros: resumo.

• Linguagem: noções gramaticais desenvolvidas a partir dos textos.

9º ano (8ª série)

• Narrativos/literários: romance, fábulas contemporâneas, cordel, pinturas, crônica;

• Argumentativos: editorial, debate regrado, júri simulado, resenha de artigo de

opinião;

• Prescritivos/jurídicos: leis, regimentos;

• Científicos: relato histórico, artigos científicos, verbetes de enciclopédias,

pesquisa;

• Imprensa/mídia: sinopse de filmes e livros, cartum, entrevista;

• Outros: seminário, ata.

• Linguagem: noções gramaticais desenvolvidas a partir dos textos.

Ensino Médio:

Primeira Série:

• Literários: crônica, fábulas contemporâneas, biografia, letras de músicas, contos;

• Argumentativos: resenha crítica de filmes e documentários;

• Científicos: relatório, relato de experiências, Seminário, pesquisa;

• Jurídicos: ofício, requerimentos, procuração;

• Midiáticos: reportagem televisiva, blog, fotoblog;

• Estilos literários;

• Língua: uso e reflexão.

Segunda série:

• Literários: contos contemporâneos, romance, música, pintura, poema;

• Argumentativos: artigo de opinião, debate regrado, júri simulado;

• Científicos: resenha de textos, filmes e livros, seminário, palestra, pesquisa;

• Jurídicos: contrato, petição, procuração, leis;

• Midiáticos: filmes, telenovelas, vídeo clip, documentários;

• Estilos literários;

• Língua: uso e reflexão.

Terceira série:

• Literários: romance, dramáticos, música, poemas, crônica;

• Argumentativos: artigo de opinião, editorial, carta ao leitor;

• Científicos: resenha, seminário, pesquisa;

• Jurídicos: leis, decretos, edital, artigos, emenda;

• Midiáticos/imprensa: caricatura, charge, mesa redonda, infográfos;

• Estilos Literários;

• Língua: uso e reflexão.

Metodologia

O ensino da Língua Portuguesa estará pautado nas orientações das

Diretrizes Curriculares, as quais definem o processo para o desenvolvimento das

atividades. O ensino de Língua Portuguesa, em uma visão contemporânea, precisa

ser realizado de forma que proporcione aos alunos e alunas a maior compreensão

sobre as práticas de leitura, oralidade, escrita, análise lingüística e literatura. A sala

de aula, então, será um espaço de exercer a leitura e reflexão dos gêneros

trabalhados, bem como de produção oral e escrita.

A Língua Portuguesa fundamenta-se em três grandes eixos: a leitura, a

escrita e a oralidade. O trabalho desses três eixos deve possibilitar elementos para

analise, comparação, associação, confrontação, generalização e síntese a partir das

categorias do método dialético.

O professor deve trabalhar atividades de Língua Portuguesa que explorem

as diferentes variantes linguísticas, por exemplo: diferença do texto oral para o

escrito, respeitando a diversidade cultural; análise da linguagem popular e

elaboração de textos que abordem traços da linguagem de grupos específicos:

diferentes gerações, grupos profissionais e classe social, estabelecendo uma

comparação entre textos sobre o mesmo tema, porém, produzidos em épocas

diferentes. Dentro do desenvolvimento do trabalho de produção o professor conduz

o aluno à reflexão ortográfica e linguística dentro de um trabalho interdisciplinar e

contínuo, tendo início por meio de sondagens realizadas no começo do ano letivo.

A partir de textos já conhecidos pelos alunos, que poderão ser retirados de

outras disciplinas, o professor poderá expor excelentes situações de reflexão, como

as seguintes: releitura, audição musical e reescrita com transgressão utilizando o

texto de historia em quadrinhos, texto literário, informativo, publicitário, dissertativo e

colocar essas linguagens em confronto, não apenas as suas formas particulares ou

composicionais, mas o próprio conteúdo vinculado nelas como as diferenças étnicas

e religiosas e o racismo que são questões complexas que o mundo terá de resolver

se quiser criar uma sociedade igualitária.

A realidade local, em observância à diversidade cultural, étnica, religiosa,

urbana e rural, prevê os conteúdos contemporâneos (sexualidade, prevenção ao uso

de drogas, violência, educação ambiental) trabalhados paralelamente, abordando a

interdisciplinaridade necessária através de textos, pesquisas e palestras realizadas

por profissionais capacitados. Tendo em vista esta diversidade, predomina a

educação do campo, a qual nasceu colada ao trabalho e à cultura do campo. Assim

sendo, pensar a educação vinculada à esta cultura significa construir uma visão de

educação em uma perspectiva de longa duração. Os temas a serem trabalhados na

escola devem ser ligados ao mundo do trabalho e ao desenvolvimento do campo.

Portanto, os temas devem articular as experiências e os estudos ao mundo do

trabalho e seu desenvolvimento social.

LEITURA: A leitura é um processo de produção e de sentido que se dá a partir de

interações sociais ou relações dialógicas que acontecem entre o texto e o leitor. O

aluno deve interagir com os diversos gêneros textuais, textos literários e não

literários, o quadrinho, o anúncio publicitário, a noticia, o outdoor e a jornalística,

textos literários (contos, crônicas, romances, poesias, músicas).

ORALIDADE: O espaço escolar deve propiciar e promover atividades que

possibilitem ao aluno tornar-se um falante cada vez mais ativo e competente, capaz

de compreender os discursos do outro e de organizar os seus de forma clara, coesa

e coerente, propiciando aos alunos situações práticas, como: debates, mini-aulas,

relatos de historias, exposições de ideias, diálogos, declamações de poesias, peças

teatrais, musicas.

ESCRITA: Em relação à escrita, deve-se verificar as condições em que a produção

acontece. O aluno deve ter um objetivo para escrever (para quem escreve, o que

escreve, pó que escreve e como escreve). Para isso, o aluno deve vivenciar e

contextualizar, respeitando a estrutura, o estilo textual e os diversos gêneros como:

um poema, um bilhete, receitas, textos de opinião, textos literários, textos formais

como carta, narração, descrição, dissertação e argumentação.

ANÁLISE LINGUÍSTICA: Deve-se criar condições para atividades interativas e

efetivas em sala de aula partindo das produções orais e escritas dos alunos. A partir

daí parte-se para a reestruturação individual ou coletiva, percebendo a multiplicidade

de usos e funções da língua, o reconhecimento das diferentes possibilidades de

ligações e de construções frasais, a reflexão sobre estas e outras particularidades

linguísticas levando o aluno ao conhecimento da variação linguística e ao uso da

norma padrão.

LITERATURA: Contemplar o estudo de textos literários, conhecer os autores

brasileiros e suas obras, inseridos no contexto histórico-social de determinada

época.

Através de reflexão literárias intercalar o estilo, o texto à realidade

vivenciada pelo aluno. Com aulas expositivas, demonstrar o uso de linguagem

literária e a diferença da linguagem coloquial. Proporcionar debates, seminários,

para expor as idéias que os alunos absorveram do texto. Diferenciar gêneros

textuais e seus elementos composicionais através de atividades de interpretação.

Acompanhar a reflexão dos textos com produção de relatos, resumos, teatro e

declamações.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

A avaliação deve ser compreendida a partir de ações organizadas com a

finalidade de obter informações sobre o que o aluno aprende de que forma e quais

condições. A avaliação não deve ser tratada como uma função meramente

classificatória, mas deve funcionar como instrumento que possibilite ao professor

analisar criticamente sua prática educativa, e por outro, como instrumento que

apresente ao aluno a possibilidade de saber sobre seus avanços, dificuldades e

possibilidades. Nesse sentido deve ocorrer durante todo o processo ensino-

aprendizagem e não apenas em momentos específicos caracterizados como

fechamento de grandes etapas de trabalho.

A avaliação é como um diagnóstico, contínua, cumulativa e somativa,

acontecendo gradativamente sempre tendo em vista o processo dos alunos e sua

aproximação aos alvos pretendidos, tendo em vista um forte traço qualitativo.

De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais, a avaliação deve ser

formativa, vista como mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula e como grande

avanço em relação à avaliação tradicional. Por isso, em lugar de avaliar somente por

meio de provas, o professor pode usar a observação diária e instrumentos variados,

selecionados de acorde com cada prática ou conteúdo.

A avaliação formativa considera que os alunos possuem ritmos e processos

de aprendizagem diferentes e, por ser contínua e diagnostica, aponta dificuldades,

possibilitando que a intervenção pedagógica aconteça a todo tempo.

Sob essa perspectiva, estas diretrizes recomendam:

• Oralidade: será avaliada em função da adequação do discurso/ texto aos

diferentes interlocutores e situações. Num seminário, num debate, numa troca

informal de ideias, numa entrevista, num relato de historia, as exigências de

adequação da fala são diferentes e isso deve ser considerado numa análise de

produção oral. Assim, o professor verificará a participação do aluno nos diálogos,

relatos e discussões, a clareza que ele mostra ao expor suas ideias, a fluência da

sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que apresenta ao defender seus

pontos de vista. O aluno também deve se posicionar como avaliador de textos orais

com os quais convive, como: noticiários, discursos políticos, programas televisivos,

etc e de suas próprias falas, mais ou menos formais, tendo em vista o resultado

esperado.

• Leitura: ao ser avaliada, deve-se considerar as estratégia que os estudantes

empregaram em seu decorrer, a compreensão do texto lido, o sentido construído,

sua reflexão e sua resposta ao texto. Não é demais lembrar que a avaliação deve

considerar as diferenças de leituras de mundo e o repertório de experiências dos

alunos. O professor pode propor questões abertas, discussões, debates e outras

atividades que lhe permitam avaliar a reflexão que o aluno faz a partir do texto.

• Escrita: é preciso ver o texto do aluno como uma fase do processo de

produção, nunca como produto final. O que determina a adequação do texto escrito

são as circunstâncias de sua produção e o resultado dessa ação. Não produção

textual, os critérios e parâmetros de avaliação devem estar bem claros para o

professor e definidos para o aluno, que precisa estar inserido em contextos reais de

interação comunicativa. É a partir daí que o texto escrito será avaliado nos seus

aspectos textuais e gramaticais. Tal como na oralidade, o aluno deve se posicionar

como avaliador tanto dos textos que o rodeiam quanto de seu próprio.

• Análise Linguística: Como é no texto – fala e escrita – que a língua se

manifesta em todos os seus aspectos discursivos, textuais, ortográficos e

gramaticais, os elementos linguísticos usados nas produções dos alunos precisam

ser avaliados sob uma prática reflexiva e contextualizada que lhe possibilite

compreender esses elementos no interior do texto. Uma vez entendidos, os alunos

podem incluí-los em outras operações linguísticas, de reestrutura do texto, inclusive.

Como o uso da língua oral e escrita em práticas sociais, os alunos são avaliados

continuamente, pois efetuam operações com a linguagem e refletem sobre as

diferenças possibilidades do uso da língua, o que lhes permite, de modo gradativo,

chegar à almejada proficiência em leitura e escrita, ao letramento. O trabalho com a

língua oral e escrita supõe uma formação inicial e continuada que possibilita ao

professor estabelecer as devidas articulações entre teoria e prática, na condição de

sujeito que usa o estudo e a reflexão como alicerces para sua ação pedagógica e

que, simultaneamente, parte dessa ação para o sempre necessário aprofundamento

teórico

• Literatura: Para avaliar através da literatura observa-se os seguintes

aspectos:

― Compreensão textual através de atividades de reflexão.

― Trocas de idéias e confronto de idéias através de relatos, seminários e

debates.

― Ampliação das habilidades de leitura e escrita do texto literário, somado a

história literária e seus diferentes gêneros textuais, acompanhar a evolução

cronológica da literatura de determinado povo e cultura.

Recuperação Concomitante: Para reestabelecer o processo efetivo de ensino

aprendizagem é preciso recorrer a outra estratégia, que inclua a revisão do(s)

conteúdo(s), para que o aluno tenha a oportunidade de organizar seu pensamento

em relação ao que não aprendeu e que foi também reorganizado e ensinado pelo

professor de outra forma e com um novo instrumento para reavaliar o quanto o aluno

avançou ou quais as dificuldades que ainda persistem.

REFERÊNCIAS

BACHARA, E. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo: Ática, 1991.

BAKHTIN, M. Estética da Criação Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

CAMARA JR., J. M. Manual de expressão oral e escrita. Petrópolis: Vozes, 1983.

FREIRE, P. A educação na cidade. São Paulo: Cortez, 1996.

GERALDI, J. W. Portos de passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

KRAMER, S. Alfabetização, leitura e escrita. São Paulo: Contexto, 1990.

LAJOLO, M. Do mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática, 2001.

MEC/ SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: língua portuguesa/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília, 1998.

SAVIOLI, F. P.; FIORIN, J. L. Lições de texto: leitura e redação. São Paulo: Ática, 1996.

SEED. Diretrizes Curriculares da rede pública de educação básica do estado do Paraná: Língua Portuguesa. Curitiba, 2008. LDB 9394/96.

PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA – ENSINO FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A matemática ao longo dos anos tem se mostrado uma ferramenta

indispensável na vida das pessoas. Os avanços tecnológicos demonstram que a

matemática tem perfil elementar a diversas áreas do conhecimento onde as mesmas

fazem uso dos conhecimentos matemáticos. Este conhecimento se desenvolveu

devido a necessidades surgidas durante a evolução da humanidade, desde

problemas elementares até complexas situações em que a matemática serve para

estruturar uma série de acontecimentos.

A ciência como conhecimento tem sido repassada e aprimorada geração após

geração, seja de maneira formal ou informal. Dada sua importância para o

conhecimento da humanidade a matemática passou a ser ensinada como parte do

conjunto de conhecimentos elementares da educação formal.

Inicialmente, a Matemática ensinada se baseava nos conhecimentos de

aritmética, geometria, álgebra e trigonometria. O avanço das navegações,

juntamente com as atividades comerciais e industriais, possibilitou novas

descobertas na Matemática, enfatizando um ensino experimental.

No Brasil, o ensino de Matemática tinha caráter técnico, com o objetivo de

preparar os estudantes para as academias militares, influenciado pelos

acontecimentos políticos que ocorriam na Europa e, posteriormente, destinava-se ao

domínio de técnicas com o objetivo de formar profissionais como engenheiros,

geógrafos e topógrafos. A Matemática escolar demarcava os programas de ensino

da época, por ser ciência que daria a base do conhecimento para solucionar os

problemas de ordem prática.

As discussões no decorrer dos anos mostraram que é necessário que o

processo Pedagógico em matemática contribua para que os estudantes tenham

condições de constatar regularidades, generalizações e apropriação de linguagem

adequada para descrever e interpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do

conhecimento. Assim concebe-se a matemática como algo vivo e dinâmico

construído historicamente, para atender as necessidades sociais e teóricas. A

importância do ensinar matemática não se dá somente por sua beleza ou pela

consistência de suas teorias, mas, para que, a partir dela, o homem amplie seu

conhecimento e, por conseguinte, contribua para o desenvolvimento da sociedade.

A ação do professor é articular o processo pedagógico, a visão de mundo do

educando, suas concepções diante da vida, da história e do cotidiano.

Nesse sentido propõe-se que o currículo da Educação Básica ofereça ao

estudante a formação necessária para o enfrentamento com vistas a transformação

da realidade social, econômica e politica de seu tempo, proporcionando uma

formação, a um só tempo, humanista e tecnológica.

A história da matemática, enquanto ciência demarca a construção histórica do

objeto matemático. Esse objeto é composto pelas formas espaciais e as quantidades

segundo Ribnikov (1987). Um dos objetivos da disciplina matemática é transpor para

a prática docente o objeto matemático construído historicamente e possibilitar ao

estudante ser um conhecedor desse objeto. Segundo Fiorentini & Lorenzato, 2001, o

objeto de estudo do conhecimento Matemático ainda está em construção, porém,

está centrado na prática e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o

conhecimento matemático.

A matemática, enquanto ciência deve participar deste processo de formação

do cidadão de maneira integral, pois não é possível exercer plenamente a cidadania

sem um conhecimento mínimo de tudo que nos rodeia e esse conhecimento inclui o

conhecimento matemático, seja de maneira explícita ou implícita. Debater sobre a

aplicabilidade do conhecimento só é possível se houver uma apropriação mínima

deste conhecimento. A vida das pessoas é rodeada por números o tempo todo e

somente com certo conhecimento podemos identificá-los e fazer uso adequado

deles.

O ensino da Matemática trata a construção do conhecimento matemático por

meio da visão histórica, em que os conceitos ou conteúdos são apresentados,

discutidos, construídos ou reconstruídos e dessa maneira os saberes da

humanidade foram perpetuados ao longo dos anos. Os saberes que identificam e

organizam os campos de estudos, considerados basilares, são os conteúdos

estruturantes: NUMEROS E ALGEBRA, GRANDEZAS E MEDIDAS, GEOMETRIAS

, TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO E FUNÇÕES.

Dentre as novas propostas que surgem na aplicação dos conhecimentos

matemáticos, há necessidade de se abordar outras temáticas que não tratam

somente de problemas locais, mas também de outros mais abrangentes e que vêm

amparados em forma de lei, sendo: História e Cultura Afro-brasileira e Africana, Lei

10639/03; História e cultura dos povos Indígenas, Lei 11645/08; politica nacional de

educação ambiental, Lei 9795/99; Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo

(Resolução CNE/CEB nº 1 e Resolução nº 2 de 28/04/2008), sexualidade;

prevenção ao uso indevido das drogas; educação fiscal e enfrentamento à violência

na escola, tidos nas Diretrizes Curriculares Educacionais como Desafios

Educacionais Contemporâneos; Lei nº 11.525/2007 acrescenta § 5º ao Art. 32 da Lei

nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 para incluir o conteúdo que trata dos direitos

das crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental.

CONTEÚDOS

SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

5ª Série

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Sistemas de numeração;

• Sistemas de numeração indígena;

• Números Naturais;

• Múltiplos e divisores;

• Potenciação e Radiciação;

• Números Fracionários;

• Números Decimais

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de comprimento;

• Medidas de massa;

• Medidas agrárias;

• Medidas de área;

• Medidas de volume;

• Medidas de tempo;

• Medidas de ângulos;

• Sistema Monetário;

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria espacial;

• divisão social e territorial;

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Dados, tabelas e gráficos;

• Porcentagem;

• dados referentes os direitos das crianças e adolescentes;

6ª Série

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números inteiros;

• Números racionais;

• Equação e Inequação do 1º grau;

• Razão e proporção;

• Regra de três.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medidas de temperatura;

• Ângulos.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana.

• Geometria espacial;

• Geometrias Não-Euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Pesquisa Estatística;

• Média Aritmética;

• Moda e Mediana;

• Juros Simples.

7ª Série

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Irracionais;

• Sistemas de Equações do 1º grau;

• Potências;

• Monômios e Polinômios;

• Produtos Notáveis.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Medida de comprimento;

• Medida de área;

• Medidas de ângulos.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometrias Não-Euclidianas.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Gráficos e Informação;

• População e amostra

8ª Série

NÚMEROS E ÁLGEBRA

• Números Reais;

• Propriedades dos radicais;

• Equação do 2º grau;

• Teorema de Pitágoras;

• Equações Irracionais;

• Equações Biquadradas;

• Regra de Três Composta.

GRANDEZAS E MEDIDAS

• Relações Métricas no Triângulo retângulo;

• Trigonometria no Triângulo Retângulo.

FUNÇÕES

• Noção Intuitiva de Função Afim;

• Noção Intuitiva de Função Quadrática.

GEOMETRIAS

• Geometria Plana;

• Geometria Espacial;

• Geometria Analítica;

• Geometria Não-Euclidiana.

TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Noções de Análise Combinatória;

• Noções de probabilidade;

• Estatística;

• Juro Composto.

No desenvolvimento do conteúdo estruturante Tratamento da Informação serão

inseridas questões referentes aos Desafios Educacionais Contemporâneos:

- Sexualidade;

- Prevenção ao uso indevido das drogas;

- Educação fiscal;

- Enfrentamento à Violência na Escola;

- Educação Ambiental.

Conforme Lei nº 11.525/2007 – que acrescenta § 5º ao art. 32 da Lei nº 9.394

de 20 de dezembro de 1996, incluiu-se o conteúdo que trata dos direitos das

crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental o qual será

abordado pelo conteúdo estruturante TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO em todas

as séries/anos.

Essas questões poderão permear também pelos outros conteúdos, bem como as

questões referentes à “História e Cultura Afro-Brasileira e Africana” (Lei 10639/03).

Lei 11645/08 História e Cultura dos Povos Indígenas. Lei 9795/99 Politica Nacional

de Educação Ambiental.

Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo: Interdependência Campo cidade;

questões agrarias; desenvolvimento sustentável e cultura e identidade.

Resolução CNE/CEB nº 1

Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas escolas do Campo e

Resolução nº 2 de 28/04/2008, Diretrizes Complementares da Educação Básica do

Campo.

-Diretrizes Curriculares Estaduais do Campo.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A construção de um conceito matemático deve ser iniciada através de

situações reais que possibilitem ao aluno estabelecer relações entre o conhecimento

empírico e o conhecimento historicamente construído.

Sem pretender estabelecer prioridades, alguns aspectos, conceitos ou

instrumentos didáticos partilhados no ensino da matemática, consideremos o papel

do professor, que, conhecendo os conteúdos de sua disciplina e estando convicto

da importância e da possibilidade de seu aprendizado por todos os seus alunos, é

quem: seleciona conteúdos instrucionais, compatíveis com os objetivos definidos no

projeto pedagógico; problematiza tais conteúdos, promove e media o diálogo

educativo; favorece o surgimento de condições para que os alunos assumam o

centro da atividade educativa, tornando-se agentes do aprendizado; articula abstrato

e concreto, assim como teoria e prática; cuida da contínua adequação da

linguagem, com a crescente capacidade do aluno, evitando a fala e os símbolos

incompreensíveis, assim como as repetições desnecessárias e sem motivação.

Busca-se articular os conteúdos estruturantes com os conteúdos específicos em

relação de interdependência que enriqueça o processo pedagógico de forma a

abandonar abordagens fragmentadas.

Sabendo que o aluno é agente da construção de seu conhecimento, a

metodologia adotada para o ensino da matemática pretende priorizar o aprendizado

que integre a realidade que é própria dela, com os conteúdos descritos nas

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental , incluindo os

Desafios Educacionais Contemporâneos e a História e Cultura Afro-brasileira e

Africana, no desenvolvimento destes. O trabalho em sala de aula deve ser feito de

modo articulado, sob os pressupostos teóricos das diretrizes, não é coerente

trabalhar medidas sem os números, geometria sem as medidas, álgebra e

tratamento da informação sem os números, medidas e geometria, entre outros.

Nenhuma das tendencias metodológicas apresentadas na Diretriz esgota todas as

possibilidades para realizar com eficácia o complexo processo de ensinar e

aprender matemática.

A prática docente ganhará significado na medida em que o desenvolvimento

dos conteúdos parta de relações estabelecidas com contextos históricos, sociais e

culturais e que inclua, nos contextos internos, a própria matemática. Os conteúdos

estruturantes e seus desdobramentos não estão apresentados de forma linear,

definitiva, limitada, nem se esgotam entre si.

Os conceitos básicos serão desenvolvidos com ênfase no trabalho de ideias,

de conceitos matemáticos intuitivos, antes da simbologia, antes da linguagem

matemática. Também deve dar destaque na demonstração dos conteúdos

matemáticos por meio de situações-problemas próprias da vivência do aluno e que

façam realmente pensar, analisar, julgar e decidir pela melhor solução.

O trabalho no decorrer do conteúdo deve ter significado, levando o aluno a

sentir que é importante saber aquilo para sua vida em sociedade ou que o conteúdo

trabalhado será útil para entender o mundo em que vive. A aprendizagem deve

facilitar a compreensão das ideias matemáticas associáveis a situações problema,

ou seja, aprender por compreensão;

No decorrer das aulas devem ser proporcionadas atividades envolvendo os

conteúdos trabalhados, que proporcionem aos alunos o desenvolvimento de

estratégias, estabelecendo relações, verificando regularidades, fazendo uso dos

próprios erros cometidos para buscar novas alternativas. Estas atividades podem ser

práticas (dentro ou fora de sala de aula) e/ou escritas. Também devem ser utilizados

jogos, pois envolvem a compreensão e aceitação de regras, promovem o

desenvolvimento sócio-afetivo e cognitivo, desenvolvem a autonomia, o pensamento

lógico, exigem que os alunos interajam, tomando decisões.

Serão encaminhadas pesquisas para que o aluno aprenda a consultar, a

experimentar, a organizar dados, sistematizar resultados e validar soluções e

também trabalhos ou projetos coletivos expositivos, seminários e debates, com o

objetivo de desenvolver o senso crítico e a capacidade de analisar situações

diversas, o que auxilia na ampliação da autonomia e comunicação do aluno, além de

atividades complementares para serem resolvidas em casa, fazendo com que o

aluno tenha um incentivo para melhor assimilação dos conteúdos, adquira

autoconfiança, sentido de responsabilidade, e principalmente o hábito de estudar e

praticar o que já estudou.

Serão utilizados livros didáticos e problemas citados pelos alunos

relacionados ao seu cotidiano, considerando o seu conhecimento prévio. Também

serão abordadas temáticas como: pipalina, feira interdisciplinar, olimpíada de

matemática, utilização da etnomatemática com base na diversidade cultural do

município de General Carneiro que são: ucraniana, polonesa, italiana, africana,

indígena e alemã. Busca-se através dessas abordagens temáticas a diversificação

do aprender matemática de modo que o aluno possa conhecer e respeitar as

diversas culturas locais e entenda a matemática como parte de nossa vida, sendo

uma disciplina que está sempre contribuindo para o nosso desenvolvimento

intelectual e social.

Para auxiliar no desenvolvimento dos conteúdos, os professores contarão

com o apoio das mídias tecnológicas como a TV multimídia, Pendrive, TV Paulo

Freire, Laboratório Digital, material concreto como dobradura, origami, quadro, giz,

planilhas, jogos, atividades práticas com medidas de superfície, entre outras

Visando a inserção do cidadão no mundo do trabalho e frente aos Desafios

Educacionais Contemporâneos, e para que desenvolvam a crítica diante das

questões sociais, é importante que a matemática desempenhe seu papel na

formação de capacidades intelectuais, na construção do pensamento, na aceleração

do raciocínio, na aplicação nas situações da vida cotidiana, no apoio à construção

de conhecimentos em outras áreas, contemplando a interdisciplinaridade.

A metodologia de trabalho pedagógico também terá como base a cultura, os saberes

da experiencia, a dinâmica do cotidiano dos povos do campo, pois essa escola

atende uma grande parcela de alunos do campo.

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita sob um ponto de vista dinâmico, considerando os

caminhos percorridos pelo aluno, suas tentativas para cumprir as atividades

propostas e não apenas o resultado final. O aluno deve ser avaliado num todo, o

processo de avaliação será constante respeitando a individualidade de cada

educando.

É preciso criar formas alternativas de avaliação e que seja possível observar

as manifestações de aprendizagem em vários âmbitos, o que não seria possível se

fossem utilizados apenas os métodos tradicionais de se avaliar.

Alguns métodos que podem ser utilizados são de fundamental importância

como a avaliação diagnóstica, aquela realizada no início de um período letivo, com a

intenção de constatar se os alunos estão ou não preparados para adquirir novos

conhecimentos e identificar as dificuldades de aprendizagem.

Todos os instrumentos de avaliação são eficientes desde que usados com

cautela e de acordo com os objetivos na proposta curricular. A metodologia de um

instrumento de avaliação eficiente enfoca os conceitos assimilados com objetividade

e praticidade.

Cabe ao professor observar constantemente o desenvolvimento de seus

alunos em seu desenvolvimento e suas relações interpessoais, utilizando vários

critérios de avaliação, tais como: comunicação oral e escrita; compreensão por meio

da leitura , o problema matemático, a elaboração de um plano que possibilita a

solução de um problema; fazer retrospecto solução de um problema. A observação

pode se processar de modo informal e é uma das técnicas de que o professor

dispõe para conhecer seus alunos com o intuito de avaliá-los.

A escolha dos métodos de avaliação é uma tarefa crucial no processo

educacional, pois uma escolha equivocada desse método pode comprometer

totalmente o processo de aprendizagem de um longo período. Para tal escolha é

necessário considerar diversos fatores de alta relevância como realidade sócio-

cultural dos alunos, condições físico-estrutural da escola e tempo hábil para

execução de tarefas e avaliações entre outros.

Os alunos serão avaliados da seguinte maneira;

a) testes escritos com questões objetivas e discursivas individuais e com consulta;

b) atividades práticas, dependendo das possibilidades de cada um;

c) Trabalho individual e em grupo;

d) participação e realização das atividades propostas.

e)Avaliação oral

f)projeto de pesquisa de campo;

g)relatório de atividades;

h)construção de murais;

i)confecção de cartazes;

j)construção de maquetes;

l)trabalhos manuais.

Será comparado o resultado adquirido com os objetivos propostos a fim

de constatar o progresso e suas dificuldades orientado às correções necessárias. Ao

aluno, também durante o ano letivo, será oportunizado as recuperações

concomitantes de conteúdos, buscando sanar lacunas existentes no processo de

ensino aprendizagem durante as aulas de matemática.

Os conteúdos serão selecionados de forma a organizar o trabalho docente

respeitando a série/ano, nível cognitivo do aluno, recursos pedagógicos disponíveis

da escola, abordando estratégias diferenciadas para que a aprendizagem ocorra de

forma significativa.

REFERÊNCIAS

Lei de Diretrizes e Bases da Educação (9394/96).

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação.

Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental. Curitiba:

SEED, 2008

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica.

Quadro de Conteúdos Básicos . Curitiba. SEED, 2008.

Projeto político Pedagógico do Colegio Estadual Izelina Daldin gaiovicz

LONGEN, Adilson. Matemática em Movimento. 1. Ed. São Paulo: Editora do Brasil,

1999.

VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. 3. ed. São Paulo: Martins Fontes,

2000,

TEDESCO, J.C. O novo pacto educativo. Trad. Otacílio Nunes. São Paulo, ÁTICA,

2001.

DANTE, Luís Roberto. Tudo é matemática. 1 ed. São Paulo, Ática, 2004.

Projeto Araribá

DANTE, Luís Roberto. Matemática. Ensino Médio- volume único. São Paulo: Ática,

2008.

ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente

www.diaadiaeducacao.pr.gov.br

www.mec.gov.br

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR LEM/INGLÊS – ENSINO

FUNDAMENTAL

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A língua estrangeira começa a ser valorizada após a chegada da família real

portuguesa ao Brasil, em 1808. Em 1809, criaram-se as cadeiras de inglês e francês

com o objetivo de melhorar a instrução pública e atender às necessidades do

comércio.

A abordagem tradicional, de raízes europeias, utilizada desde a educação

jesuítica, segundo a tradição do ensino das línguas clássicas — o grego e o latim,

prevaleceu no ensino das línguas modernas. Essa abordagem concebia a língua

como um conjunto de regras e privilegiava a escrita, partindo dos pressupostos de

que o aluno, ao estudar a gramática, teria um melhor desempenho tanto na fala

quanto na escrita.

A partir do início do século XX, devido ao aumento migratório, instituíram-se

colônias de imigrantes que tentaram preservar suas culturas através de escolas

criadas para seus filhos, pois a educação já fazia parte da vida dessas crianças em

seus países de origem, sendo que o Brasil não ofertava atendimento escolar a todas

as crianças.

Em 1917, o governa federal, com propósitos nacionalistas, decide fechar as

escolas estrangeiras ou de imigrantes que funcionavam principalmente no sul do

país, criando, em 1918, as escolas primárias subvencionadas com recursos federais.

Com essa medida o governo federal busca impedir a desnacionalização da escola e

da infância.

Com a Reforma de Capanema em 1942, a solidificação dos ideais

nacionalistas aparece com muita evidência ao atribuir ao ensino secundário um

caráter patriótico por excelência.

Com esse propósito, o currículo oficial buscava atrelar todos os conteúdos ao

nacionalismo. O curso secundário foi dividido em dois níveis: ginasial (quatro anos) e

colegial (três anos) que passaram a ter como finalidade principal à formação geral

dos alunos e não a preparação para o acesso ao ensino superior. Assim, o ensino

retomava a tradição clássica, priorizando-se, então, o estudo das humanidades,

intensificando-se também a ênfase no discurso nacionalista, como um dos

resultados da instauração do governo autoritário de Getúlio Vargas a partir de 1937.

Após a Segunda Guerra Mundial, a dependência econômica e cultural do

Brasil em relação aos EUA intensificou-se, e com isso, a necessidade de aprender

inglês tornou-se cada vez maior.

Nos anos 50, com o desenvolvimento da Ciência Linguística e o crescente

interesse pela aprendizagem de línguas, surgem mudanças significativas quanto às

abordagens e aos métodos de ensino. Os linguistas estruturalistas da época:

Leonardo Bloomfield, Charles Fries e Robert Lado, dentre outros, apoiavam-se na

psicologia da escola behaviorista de Pavlov e Skinner para trabalhar a língua, a

partir da forma para se chegar ao significado. Pautados nessa concepção e oriundos

de uma visão estruturalista, tais linguistas sistematizaram os métodos audiovisual e

áudio-oral, surgidos nos EUA por ocasião da Segunda Guerra Mundial, quando da

necessidade de formar rapidamente pessoas que falassem outras línguas, e o

sistema educacional brasileiro viu-se responsável pela formação de seus alunos

para o trabalho. Essa mudança nos rumos da educação gerou uma crise que se

intensificou nas décadas seguintes. Diante das exigências do mercado, o ensino de

humanidades foi sendo substituído paulatinamente por um currículo cada vez mais

técnico, acarretando a diminuição da carga horária das línguas estrangeiras.

Em 1976 o ensino de língua estrangeira volta a ser valorizado, obrigatório no

2º grau e recomendado para o 1º grau, desde que em condições favoráveis na

escola. Isso fez com que muitas escolas suprimissem a língua estrangeira ou

reduzissem seu ensino para uma hora semanal, no então chamado segundo grau —

e, às vezes, por apenas um ano, sendo ofertado apenas um único idioma.

Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394

determinou a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna,

escolhida pela comunidade escolar, no Ensino Fundamental, a partir da 5ª série.

Com relação ao Ensino Médio, a lei determinou que seja incluída uma língua

estrangeira moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade

escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dependendo das disponibilidades da

educação.

Ao historializar o ensino da língua estrangeira, pretendeu-se, sucintamente,

problematizar as questões que envolvem o ensino da disciplina, de modo a

desnaturalizar os aspectos que têm marcado o seu ensino, sejam eles políticos,

econômicos, sociais, culturais ou educacionais.

A Língua Estrangeira é uma disciplina que envolve diversos

condicionamentos relevantes ao seu estudo e aprendizagem, pois é fruto de um

processo histórico - ideológico – social perante o povo que a fala. De forma dinâmica

e reflexiva, constitui-se num envolvimento cultural em seu sistema linguístico e

discursivo, portanto, aprender uma LE é obter contato com esse espaço, em

princípio desconhecido, e interagir com o mesmo de forma a conhecer e

compreender uma comunidade linguística, aliado a um contexto dos aprendizes

dessa língua.

O trabalho com a LE na escola não deve ser entendido apenas como um

instrumento para que o aluno tenha acesso a novas informações, mas como uma

nova possibilidade de ver e entender o mundo e de construir significados.

O objeto de estudo da LEM será o discurso, embasado no estudo de gêneros

textuais para o processo de aprendizagem o aluno enquanto produtor e receptor de

textos, capacitando-o para o desenvolvimento das quatro habilidades: leitura,

escrita, oralidade e compreensão auditiva, juntamente com a aprendizagem de

conteúdos linguísticos; conteúdos lexicais relacionados às situações básicas de

comunicação e conteúdos culturais envolvendo temas sociais, históricos, atuais e

literários.

Conhecer fatores culturais e sociais, refletindo sobre a língua, ampliando seu

conhecimento de mundo.

Proporcionar a oralidade a partir de conteúdos vocabulares comunicativos;

Experimentar, na aula de língua Estrangeira, formas de participação entre

ações individuais e coletivas;

Desenvolver conteúdos linguísticos e textuais para inter aquisição da LE;

Conduzir o aluno a perceber o mundo no que se refere a outras maneiras de

expressão, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir/interagir com as visões

de sua própria esfera social, possibilitando maior entendimento da pluralidade

cultural e de seu papel como cidadão de seu país.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS

O conteúdo estruturante é o discurso como prática social, o qual efetiva-se

a partir da leitura, escrita, oralidade e análise linguística.

Na prática da leitura, o aluno entrará em contato com diferentes gêneros

textuais. O professor deverá providenciar meios para que o aluno olhe o texto de

forma crítica, analisando-o e comparando-o com os acontecimentos do meio em que

vive e interagir com o mesmo.

Na prática da escrita, o aluno deverá saber o que é significativo para a

adequação ao gênero: a forma, a intenção de quem escreve prevendo a reação de

quem lê.

Na prática da oralidade são fundamentais o desenvolvimento da expressão

oral e compreensão de enunciados orais. Para que isso ocorra efetivamente, é

necessário o aluno estar envolvido em atividades que exijam sua participação ativa,

que responda a perguntas significativas e que manifeste e expresse sua opinião

como sujeito ativo e social.

Nas práticas discursivas são fundamentais o trabalho com gêneros textuais:

diálogos, história em quadrinhos, músicas, cartas de apresentação, poemas,

receitas, propagandas, contos, textos informativos, entrevistas, notícias, biografias,

filmes, previsões meteorológicas e astrológicas, bilhetes, mensagens e datas

comemorativas.

Na prática da leitura, os alunos estarão concomitantemente adquirindo o

conhecimento vocabular para a compreensão e produção de significados, bem como

interagindo e refletindo sobre as diferentes manifestações culturais de um povo.

A habilidade de produzir textos dar-se-á com a elaboração de apresentações:

perguntar e informar em situações básicas de comunicação; descrever previsões;

elaborar narrações de sua vida pessoal; expressar opiniões nas compreensões de

textos literários e informativos; produzir descrições físicas e sociais; textos

publicitários sobre alimentos; resumos de estórias; elabora bilhetes para

comunicação em sala; relacionar a linguagem verbal e não-verbal para o

conhecimento vocabular.

Na continuidade do trabalho docente, os conteúdos linguísticos estarão

interligados em uma aprendizagem de forma progressiva, visto que a escrita requer

a devida análise em seu processo de realização. Para isso, esse conhecimento

linguístico terá como ponto de partida o texto, sendo que essa aquisição será

progressiva e adequada ao conteúdo em questão conforme o gênero textual

selecionado.

Quanto às práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão

adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas

sociais de circulação. Caberá ao professor fazer a seleção de gêneros de acordo

com o Projeto Político Pedagógico, proposta pedagógica e plano de trabalho

docente, sempre de acordo com as especificidades e realidades da escola, de cada

classe e de cada aluno.

Ressaltar os desafios contemporâneos educacionais e oportunizar a cultura

afro-brasileira, sexualidade, prevenção do uso de drogas, enfrentamento à violência

na escola, educação ambiental, etc., mas sem deixar os conteúdos básicos em

segundo plano, interligar estes conteúdos ao estruturante, através de filmes, textos,

músicas, teatro e outras atividades reflexivas que leve a uma compreensão e

sensibilização do assunto, sempre contemplando formas diversas de gêneros

discursivos.

O conteúdo estruturante para o ensino da LEM é o Discurso: conhecimentos

linguísticos, discursivos, culturais, sócio-pragmáticos, práticas de leitura, escrita e

oralidade que poderão ser praticados a partir de diferentes gêneros discursivos –

textos orais, escritos, imagéticos – sob a proposta de construção de significados,

mediante a interação aluno/texto/realidade, onde se configuram como formas

estáveis da atividade humana através do tempo.

A seleção de textos precisa contemplar elementos linguísticos discursivos

com fins educativos, de acordo com a faixa etária e interesse do aluno, valorizando

sua participação na escolha dos mesmos, evitando textos estereotipados.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O conceito metodológico de LE envolve o desenvolvimento discursivo e

cultural, os quais partem da orientação de conteúdos linguísticos e vocabulares,

exposição e interpretação de textos, tomando-os como base para práticas orais e

produções escritas, evidenciando a competência do aluno como sujeito ativo

receptor e transmissor de significados.

Para o desenvolvimento comunicativo e cultural serão utilizados os seguintes

recursos: textos, imagens para interpretação textual; atividades em grupo com o uso

de dicionários. Livros didáticos e para didáticos; recursos audiovisuais e

tecnológicos; textos produzidos pelos alunos para apresentação oral; atividades

lúdicas para a fixação de conteúdos.

Tomando por base que o aluno é principal integrante do processo e deve ser

considerado como agente ativo, a aprendizagem se concretizará através de

atividades significativas e de seu interesse, respeitando a faixa etária e o

desenvolvimento físico intelectual do aluno, bem como sua individualidade, suas

limitações e habilidades.

As atividades contemplam a diversidade textual e cultural que buscam a

interação do educando e sua percepção linguística, de formas flexíveis e que variam

conforme o contexto e a situação onde a prática social do uso da língua ocorre.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser contínua e cumulativa, partindo de todo um conjunto de

propostas apresentadas ao aluno: atividades em sala de aula; elaboração de

trabalhos extraclasse, de forma a levar o aluno à busca de algo a mais do que

aprendeu, levando-se em conta os objetivos propostos para a atividade

desenvolvida, ressaltando a capacidade do aluno de interagir com os conteúdos

assimilados e de que forma serão utilizados na prática, conforme suas produções,

avanços e limites, bem como avaliações orais e escritas.

Assim, os critérios de avaliação estarão voltados à aquisição do conteúdo

programático, pragmático e estruturante da linguagem, onde o aluno formará sua

base linguística para a prática e reflexão básica da língua.

Neste ínterim, serão adotados os seguintes instrumentos: A oralidade será

avaliada a considerar a desenvoltura e pronúncia desenvolvidas pelo aluno no

decorrer das aulas. A leitura estará também ligada a estes aspectos, juntamente

com o nível de entendimento que o aluno possui da mesma. A escrita será avaliada

considerando o ponto em que o aluno norteará o conhecimento exposto. A análise

linguística trará à tona todas as demais práticas, resultante da sua capacidade de ler

e falar para poder registrar seu entendimento sobre o assunto.

Para tanto, ressalta-se a necessidade de um envolvimento por parte de toda a

comunidade escolar: O professor avaliará o desempenho do aluno, seu progresso e

verificará se a sua metodologia está sendo adequada. O aluno, por sua vez,

necessita saber como está progredindo na aquisição de conhecimentos. Os pais,

envolvidos no processo, devem acompanhar os degraus avançados e as

dificuldades apresentadas. E, finalmente a sociedade, esta a quem a educação deve

comprovar a sua eficiência no papel de sujeito crítico e participativo no meio que o

cerca.

REFERÊNCIAS

SEED. Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna. Curitiba: SEED,

2006.

CALENDÁRIO ESCOLAR 2010

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃOCOLÉGIO ESTADUAL IZELINA DALDIN GAIOVICZ

CALENDÁRIO ESCOLAR – 2010

Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 63 4 5 6 7 8 9 7 8 9 10 11 12 13 15 7 8 9 10 11 12 13 23

10 11 12 13 14 15 16 14 15 16 17 18 19 20 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 21 22 23 24 25 26 2724 25 26 27 28 29 30 28 28 29 30 3131

1 Dia Mundial da Paz

Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 1 1 2 3 4 54 5 6 7 8 9 10 20 2 3 4 5 6 7 8 19 6 7 8 9 10 11 12 21

11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 22 20 21 22 23 24 25 2625 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29 27 28 29 30

30 31

2 Paixão 1 Dia do Trabalho 3 Corpus Christi

21 Tiradentes 8 OBMEP-2010 (1ª FASE)

Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 44 5 6 7 8 9 10 12 8 9 10 11 12 13 14 15 5 6 7 8 9 10 11 21

11 12 13 14 15 16 17 dias 15 16 17 18 19 20 21 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 2525 26 27 28 29 30 31 29 30 31 26 27 28 29 30

7 Independência

11 OBMEP - 2010 - 2ª FASE

Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 1 2 3 4 5 6 1 2 3 43 4 5 6 7 8 9 19 7 8 9 10 11 12 13 19 5 6 7 8 9 10 11 16

10 11 12 13 14 15 16 dias 14 15 16 17 18 19 20 dias 12 13 14 15 16 17 18 dias

17 18 19 20 21 22 23 21 22 23 24 25 26 27 19 20 21 22 23 24 2524 25 26 27 28 29 30 28 29 30 26 27 28 29 30 3131

12 N. S. Aparecida 19 Emancipação Política do PR

15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal

Calendário Escolar 2010 Férias Discentes Férias/Reces/Docentes

Feriado Municipal 1 dia janeiro 31 janeiro / férias 30Cons. de Classe sábados fevereiro 7 julho/agosto/reces. 23NRE Itinerante 3 dias julho 28 dez/reces. 9Dias letivos 200 dias dezembro 9

Total 75 Total 62

Início/Término NRE Itinerante/Reunião Pedagógica Planejamento/Replanejamento Jogos EscolaresFérias Feriado MunicipalFormação Continuada FormaturaConselho de ClasseFERA COM CIÊNCIA/ Semana Cultural

30 Dia de luta e luto

2 Finados

20 Dia Nacional da Consciência Negra

Obs.: Turno Matutino 5 aulas de 50 min / Turno Vespertino 5 aulas de 50 min

MATRIZ CURRICULAR 2010 – MANHÃ

Município : GAL CARNEIROEstabelecimento : IZELINA D.GAIOVICZ, C E - E FUND MEDIOPeríodo Letivo : 2010-1Curso : ENS. FUNDAMENTAL DE 5/8 SERIE Turno : ManhãCódigo Matriz : 66546

Nº Nome da Disciplina (Código SAE)

Composição Curricular

Carga Horária Semanal das Seriações

GrupoDisciplina

O (*)

5 6 7 8

1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S

2 CIENCIAS (301) BNC 3 3 4 4 S

3 EDUCACAO FISICA (601)

BNC 3 3 3 3 S

4 ENSINO RELIGIOSO (7502)

BNC 1 1 0 0 S

5 GEOGRAFIA (401) BNC 3 3 3 3 S

6 HISTORIA (501) BNC 3 3 3 3 S

7 LINGUA PORTUGUESA (106)

BNC 4 4 4 4 S

8 MATEMATICA (201) BNC 4 4 4 4 S

9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 2 S

Total C.H. Semanal

25 25 25 25

(*) Indicativo de Obrigatoriedade

MATRIZ CURRICULAR 2010 – TARDE

Município : GAL CARNEIRO Estabelecimento : IZELINA D.GAIOVICZ, C E - E FUND MEDIO Período Letivo : 2010-1 Curso : ENS. FUNDAMENTAL DE 5/8 SERIETurno : Tarde Código Matriz : 66547

Nº Nome da Disciplina (Código SAE)

Composição Curricular

Carga Horária Semanal das Seriações

GrupoDisciplina O (*)

5 6 7 8

1 ARTE (704) BNC 2 2 2 2 S

2 CIENCIAS (301) BNC 3 3 4 4 S

3 EDUCACAO FISICA (601)

BNC 3 3 3 3 S

4 ENSINO RELIGIOSO (7502)

BNC 1 1 0 0 S

5 GEOGRAFIA (401) BNC 3 3 3 3 S

6 HISTORIA (501) BNC 3 3 3 3 S

7 LINGUA PORTUGUESA (106)

BNC 4 4 4 4 S

8 MATEMATICA (201) BNC 4 4 4 4 S

9 L.E.M.-INGLES (1107) PD 2 2 2 2 S

Total C.H. Semanal

25 25 25 25

(*) Indicativo de Obrigatoriedade