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COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ CORONEL PM HERVANO MACÊDO JÚNIOR - CPMCHMJ APOSTILA CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA O PELOTÃO AMBIENTAL SUPERVISÃO ALBANITA FERREIRA LIMA TEN CEL PM COMANDANTE DO CPMCHMJ COORDENAÇÃO ROOSEVELT FRANKLIN PAIVA VIEIRA DE MORAIS - 2º TEN PM COMANDANTE DO CORPO DE ALUNOS DO CPMCHMJ ORGANIZAÇÃO JOSÉ DEMONTIER GUEDES 1º SGT PM MONITOR/PSICÓLOGO ANTONIO ALVES DA SILVA 3º SGT PM MONITOR/1ºANO E PELOTÃO AMBIENTAL A preservação do meio ambiente parte da condição de ampliar as ações através da educação ambiental. José Demontier Guedes

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COLÉGIO DA POLÍCIA MILITAR DO CEARÁ

CORONEL PM HERVANO MACÊDO JÚNIOR - CPMCHMJ

APOSTILA

CURSO DE CAPACITAÇÃO PARA O PELOTÃO AMBIENTAL

SUPERVISÃO ALBANITA FERREIRA LIMA – TEN CEL PM

COMANDANTE DO CPMCHMJ

COORDENAÇÃO

ROOSEVELT FRANKLIN PAIVA VIEIRA DE MORAIS - 2º TEN PM

COMANDANTE DO CORPO DE ALUNOS DO CPMCHMJ

ORGANIZAÇÃO

JOSÉ DEMONTIER GUEDES – 1º SGT PM

MONITOR/PSICÓLOGO

ANTONIO ALVES DA SILVA – 3º SGT PM

MONITOR/1ºANO E PELOTÃO AMBIENTAL

A preservação do meio ambiente parte da condição

de ampliar as ações através da educação ambiental.

José Demontier Guedes

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PRECE PELA NATUREZA

Senhor Deus,

Pai e mãe de todas as criaturas.

Abençoa o ar que respiramos e o vento que suaviza.

A água cristalina das fontes e a chuva que refresca.

A terra que nos dá o alimento, as árvores com saborosos frutos e as flores que

perfumam os campos.

Abençoa também o sol e a lua, o arco íris e as estações do ano, os peixes e os

pássaros, as espécies animais e vegetais.

Com teu sopro divino, afasta as impurezas que mancham o belo espetáculo do

horizonte e o brilho fascinante das estrelas.

Ó mestre do universo dá-nos a coragem de denunciar as injustiças que prejudica a

natureza.

Suscita em nós o espírito ecológico e orienta nossas mentes e corações, pois cabe a

nós, seres humanos, o compromisso de preservar natureza, cenário da vida,

maravilhosa obra de tua criação.

Amém.

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .............................................................................................................................. 4

1. NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................ 5

2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................................ 9

3. FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................................ 16

4. PRÁTICA E ATIVIDADES COMUNITÁRIAS ...................................................................... 17

5. TÉCNICAS DE ORATÓRIA ....................................................................................................... 18

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 26

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APRESENTAÇÃO

O Colégio da Polícia Militar do Ceará Cel. PM Hervano Macêdo Júnior em

Juazeiro do Norte busca possibilitar um ensino eficiente, através de atividades

pedagógicas motivadoras e participativas para despertar nos educandos a

consciência de valorização dos estudos. Para tanto, algumas atividades são

inseridas no cotidiano dos alunos com o objetivo de contribuir para o

desenvolvimento intelectual.

Dentre essas necessidades, criou-se o Pelotão Ambiental do Colégio da

Polícia Militar do Ceará Cel. PM Hervano Macêdo Júnior foi criado com o objetivo de

capacitar alunos para atuarem como multiplicadores na temática ambiental vindo a

despertar a necessidade de preservar os recursos naturais renováveis e não

renováveis para as presentes e futuras gerações.

Para isso, torna-se premente articular toda a capacidade e competência dos

alunos, para promover uma discussão sobre o tema, capacitando-os para

desenvolver atividades referentes à Educação Ambiental e apresentando-os como

referência à sociedade.

Neste sentido, o Projeto Educacional de preservação do Meio Ambiente

com a criação do Pelotão Ambiental (PAM) do CPMCHMJ, foi concebido para

desenvolver ações de educação ambiental, através de uma pedagogia voltada para

o meio ambiente e a inclusão sociocultural dos jovens, estimulando o protagonismo

juvenil, proporcionando melhorias gerais na qualidade de vida.

A metodologia a ser adotada em todo o projeto tem como princípios básicos

focalizar a interação entre sociedade e o meio ambiente, partindo do pressuposto de

que a formação desses jovens viabilizará uma consciência crítica para os problemas

ambientais.

José Demontier Guedes – 1º SGT PM

Antonio Alves da Silva – 3ºSGT PM

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1. NOÇÕES DE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL

Lei 9,605 de 12 de fevereiro de 1998: artigo 29; artigo 32; artigo 33; artigo 34;

artigo 35; artigo 37; artigo 38; artigo 39; artigo 41; artigo 42; artigo 44; artigo

46; artigo 49; artigo 54 e artigo 65.

Art. 29. Matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécimes da fauna silvestre,

nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da

autoridade competente, ou em desacordo com a obtida:

Pena - detenção de seis meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas:

I - quem impede a procriação da fauna, sem licença, autorização ou em desacordo

com a obtida;

II - quem modifica, danifica ou destrói ninho, abrigo ou criadouro natural;

III - quem vende, expõe à venda, exporta ou adquire, guarda, tem em cativeiro ou

depósito, utiliza ou transporta ovos, larvas ou espécimes da fauna silvestre, nativa

ou em rota migratória, bem como produtos e objetos dela oriundos, provenientes de

criadouros não autorizados ou sem a devida permissão, licença ou autorização da

autoridade competente.

§ 2º No caso de guarda doméstica de espécie silvestre não considerada ameaçada

de extinção, pode o juiz, considerando as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.

§ 3° São espécimes da fauna silvestre todos aqueles pertencentes às espécies

nativas, migratórias e quaisquer outras, aquáticas ou terrestres, que tenham todo ou

parte de seu ciclo de vida ocorrendo dentro dos limites do território brasileiro, ou

águas jurisdicionais brasileiras.

§ 4º A pena é aumentada de metade, se o crime é praticado:

I - contra espécie rara ou considerada ameaçada de extinção, ainda que somente no

local da infração;

II - em período proibido à caça;

III - durante a noite;

IV - com abuso de licença;

V - em unidade de conservação;

VI - com emprego de métodos ou instrumentos capazes de provocar destruição em

massa.

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§ 5º A pena é aumentada até o triplo, se o crime decorre do exercício de caça

profissional.

§ 6º As disposições deste artigo não se aplicam aos atos de pesca.

Art. 32. Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres,

domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:

Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.

§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em

animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos

alternativos.

§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.

Art. 33. Provocar, pela emissão de efluentes ou carreamento de materiais, o

perecimento de espécimes da fauna aquática existentes em rios, lagos, açudes,

lagoas, baías ou águas jurisdicionais brasileiras:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas:

I - quem causa degradação em viveiros, açudes ou estações de aqüicultura de

domínio público;

II - quem explora campos naturais de invertebrados aquáticos e algas, sem licença,

permissão ou autorização da autoridade competente;

III - quem fundeia embarcações ou lança detritos de qualquer natureza sobre bancos

de moluscos ou corais, devidamente demarcados em carta náutica.

Art. 34. Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados

por órgão competente:

Pena - detenção de um ano a três anos ou multa, ou ambas as penas

cumulativamente.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem:

I - pescar espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos

inferiores aos permitidos;

II - pescar quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de

aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos;

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III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da

coleta, e pesca proibida.

Art. 35. Pescar mediante a utilização de:

I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito

semelhante;

II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:

Pena - reclusão de um ano a cinco anos.

Art. 37. Não é crime o abate de animal, quando realizado:

I - em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;

II - para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora

de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela autoridade

competente;

III – (VETADO)

IV - por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.

Seção II

Dos Crimes contra a Flora

Art. 38. Destruir ou danificar floresta considerada de preservação permanente,

mesmo que em formação, ou utilizá-la com infringência das normas de proteção:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas

cumulativamente.

Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena será reduzida à metade.

Art. 39. Cortar árvores em floresta considerada de preservação permanente, sem

permissão da autoridade competente:

Pena - detenção, de um a três anos, ou multa, ou ambas as penas cumulativamente.

Art. 41. Provocar incêndio em mata ou floresta:

Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

Parágrafo único. Se o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um

ano, e multa.

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Art. 42. Fabricar, vender, transportar ou soltar balões que possam provocar

incêndios nas florestas e demais formas de vegetação, em áreas urbanas ou

qualquer tipo de assentamento humano:

Pena - detenção de um a três anos ou multa, ou ambas as penas

cumulativamente.

Art. 44. Extrair de florestas de domínio público ou consideradas de preservação

permanente, sem prévia autorização, pedra, areia, cal ou qualquer espécie de

minerais:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Art. 46. Receber ou adquirir, para fins comerciais ou industriais, madeira, lenha,

carvão e outros produtos de origem vegetal, sem exigir a exibição de licença do

vendedor, outorgada pela autoridade competente, e sem munir-se da via que deverá

acompanhar o produto até final beneficiamento:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à venda, tem em

depósito, transporta ou guarda madeira, lenha, carvão e outros produtos de origem

vegetal, sem licença válida para todo o tempo da viagem ou do armazenamento,

outorgada pela autoridade competente.

Art. 49. Destruir, danificar, lesar ou maltratar, por qualquer modo ou meio, plantas

de ornamentação de logradouros públicos ou em propriedade privada alheia:

Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa, ou ambas as penas

cumulativamente.

Parágrafo único. No crime culposo, a pena é de um a seis meses, ou multa.

Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou

possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de

animais ou a destruição significativa da flora:

Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.

§ 1º Se o crime é culposo:

Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.

§ 2º Se o crime:

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I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;

II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea,

dos habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da

população;

III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento

público de água de uma comunidade;

IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;

V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos,

óleos ou substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em

leis ou regulamentos:

Pena - reclusão, de um a cinco anos.

§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de

adotar, quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em

caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.

Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:

Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.

§ 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu

valor artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de

detenção e multa.

§ 2o Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o

patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que

consentida pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem

privado e, no caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a

observância das posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos

governamentais responsáveis pela preservação e conservação do patrimônio

histórico e artístico nacional.

2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

3.1. Recursos naturais renováveis e não renováveis

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O Que é Meio Ambiente?

O meio ambiente é tudo o que compõe o planeta e afeta a nossa vida, o ar

que respiramos, a água que cobre a maior parte da superfície da terra, as plantas e

animais que nos rodeiam.

Muitas pessoas consideram como meio ambiente apenas as coisas naturais,

aquelas áreas intocadas pelo ser humano, mas isso não é verdade. Qualquer

espaço é considerado meio ambiente, mesmo aqueles em que há modificações

causadas pelo ser humano.

Nos últimos anos, cientistas vêm analisando cuidadosamente as maneiras

com as quais as pessoas afetam o meio ambiente. Eles descobriram que nós somos

os causadores da poluição do ar, do desmatamento, da chuva ácida, e de outros

problemas que são perigosas tanto para a terra e para nós mesmos.

ÁGUA

Água no mundo

⚫ Total de água doce no mundo – 2,5%

⚫ Total de água salgada no mundo – 97,5%

Água no Brasil

Apesar dos contrastes, o Brasil é um país privilegiado ante a maioria dos

países quanto ao volume de recursos hídricos (água), possui 13,7% da água doce

do mundo.

Doenças relacionadas com a água

Doenças causadas por agentes microbianos, de caráter infeccioso ou

parasitário. Tem como via predominante a penetração no organismo:

⚫ Via oral - (cólera, febre tifóide, hepatite infecciosa, gastrenterites, ou seja,

diarréia infantil).

⚫ Via cutânea – Pela mucosa (esquistossomose, leptospirose, e outras

doenças adquiridas pelos banhos de piscinas, praias, rios, lagos, associados

à contaminação das águas por bactérias ou vírus).

Como evitar doenças?

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Algumas medidas de prevenção podem ser tomadas colocando em

prática alguns cuidados como:

⚫ Beber água filtrada ou fervida;

⚫ Lavar bem as frutas, verduras, legumes;

⚫ Lavar as mãos ao sair do banheiro e antes das refeições;

⚫ Colocar os resíduos sólidos (lixo) em recipientes fechados para serem

coletados por empresas especializadas;

⚫ Não comer carnes cruas ou mal passadas;

⚫ Eliminar as águas paradas, evitando-se assim o aparecimento de vetores

responsáveis pela disseminação de doenças;

⚫ Implantar sistema de esgotamento sanitário dos imóveis;

⚫ Promover a educação ambiental e sanitária em todos os níveis, informando

sobre as medidas de prevenção ao maior número de pessoas.

DESMATAMENTO

Preservar as matas florestas é muito importante, pois elas...

⚫ Protegem o solo contra erosão;

⚫ Mantêm o clima ameno;

⚫ Garante a manutenção do ciclo da água;

⚫ Protegem as nascentes dos rios, lagos, lagoas e açudes;

⚫ Servem de abrigo para uma grande variedade de espécies animais e

vegetais;

⚫ Fornecem frutos, madeiras, lenha entre tantos outros produtos, dependendo

da região.

QUEIMADAS

Queimar sem planejamento e sem cuidado causa inúmeros prejuízos. Vejam

alguns deles:

⚫ Perda da fertilidade do solo;

⚫ Aumento da erosão;

⚫ Aterramento do leito dos cursos de água, ou seja, assoreamento;

⚫ Extinção de espécies animais e vegetais;

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⚫ Mudança no clima;

⚫ Poluição do ar.

RESÍDUOS SÓLIDOS (LIXO)

São inúmeras formas como o lixo pode nos fazer mal:

⚫ Um conjunto de agressões ao meio ambiente deriva do acúmulo dos resíduos

sólidos;

Por exemplo: a poluição do ar, do solo, da água e, inclusive, a poluição visual das

cidades e dos campos;

⚫ O lixo lançado a céu aberto ainda pode nos atingir através da proliferação de

vetores, como: mosca, ratos, entre outros.

⚫ O lixo lançado nas encostas pode ainda causar deslizamentos. Quando

lançado próximo a rios, canais e córregos provocam o assoreamento e desvio

dos mesmos, impedindo a passagem das águas, provocando entupimentos e

contribuindo para as inundações nos períodos de chuva;

⚫ O lixo acumulado produz um líquido chamado Chorume. Este líquido quando

não recebe um tratamento adequado, provoca contaminação das águas

subterrâneas e superficiais (lagoas, rios, poços e cisternas);

⚫ Nas praias, margens de rios, lagoas e açudes, o lixo pode provocar graves

acidentes, além de comprometer a saúde das pessoas e animais que

dependem daquela água.

O que fazer com o lixo?

Como forma de minimizar os efeitos gerados pelo acúmulo de resíduos

sólidos, causadores de malefícios, devemos desenvolver práticas visando à

realização de uma Coleta Seletiva Satisfatória. Por exemplo:

⚫ Manter sempre o lixo de casa bem embalado e a lata de lixo tampada, assim

você evita proliferação de vetores como insetos, roedores e parasitas, além

de evitar a poluição visual e o mau cheiro;

⚫ Separar o material inorgânico do orgânico. Organizar o lixo que pode ser

reciclado em categorias: metais, vidros, plásticos e papéis;

⚫ Lavar e secar as embalagens de bebidas e alimentos, com cuidado de não

quebrar as garrafas e vidros;

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⚫ Dobrar e secar os papéis e amassar as latinhas de alumínio de forma a que

ocupem menos espaço no lixo;

⚫ Tentar depositar seu lixo em latões de coleta seletiva. Se não houver na sua

rua, procure nas escolas, centros de triagem e resíduos sólidos ou

associações comunitárias da sua região;

⚫ Incentivar seus amigos, parentes e vizinhos a realizar a separação do lixo e

participar da coleta seletiva.

FÓRMULA DOS 04 Rs.

REduzir a geração de lixo – é o primeiro passo e a medida mais racional, que traduz

a essência da luta contra o desperdício. São inúmeros os exemplos domésticos e

industriais para a minimização dos resíduos.

Sempre que for possível, é melhor reduzir o consumo de materiais, energia e

água, a fim de produzir o mínimo de resíduos e economizar energia.

REutilizar os bens de consumo – significa dar vida mais longa aos objetos,

aumentando sua durabilidade e reparabilidade ou dando-lhes nova personalidade ou

uso, muito comum com as embalagens retornáveis, rascunhos, roupas, e nas

oficinas de Arte com Sucatas. Após a utilização de um produto ou material (sólido,

líquido, energia, etc.) deve-se recorrer a todos os meios para reutilizá-lo.

REcuperar os materiais – as usinas de compostagem são unidades recuperadoras

de matéria orgânica. Os catadores recuperam as sucatas, antes de elas virarem lixo.

REpensar atitudes – as ações visam que as pessoas repensem o uso dos recursos

naturais com maior responsabilidade. Se todos usarmos somente o necessário, não

vai faltar para ninguém.

POLUIÇÃO SONORA

Problemas causados por excesso de ruídos

• Diminuição da capacidade de concentração;

• Fadiga e stress;

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• Perturbação do sono;

• Úlcera;

• Problemas cardiovasculares;

• Perdas auditivas;

• Irritabilidade e insônia.

A Educação Ambiental Começa em Casa

Atualmente, as escolas começam a falar a respeito do meio ambiente desde

cedo para as crianças. Elas aprendem que é importante preservar, pois precisamos

de recursos naturais para nossa própria sobrevivência. Além das escolas, sempre

vemos o assunto ser tratado em programas de TV, revistas, livros, na internet.

Mesmo com tanta informação ainda encontramos pessoas que não fazem o básico

necessário para a preservação, como não jogar lixo na rua, não poluir rios,

desperdiçar água, etc.

É importante começarmos com as pequenas ações, pois de nada adianta se

preocupar com o efeito estufa se você joga um papel de bala no chão. Meio

ambiente não são apenas as florestas, meio ambiente é qualquer lugar.

Como Proteger o Meio Ambiente

Se você quer proteger o meio ambiente, pode sim se preocupar com questões

como sustentabilidade, por exemplo, mas não deixe que a sua preocupação fique

apenas na teoria. Pesquise por soluções e aplique-as no dia a dia da sua casa.

Alguns bons exemplos são: economizar papel, separar o seu lixo para reciclagem,

etc.

Para economizar água existem várias soluções, e o reaproveitamento é uma

das mais fáceis de serem feitas. Por exemplo: Usar a água que lavou a roupa para

lavar o chão, deixar baldes para recolher água da chuva e depois usá-la para regar

as plantas e assim por diante. Basta ter um pouco de criatividade e se cada um fizer

a sua parte poderemos colaborar com a preservação do meio ambiente.

Todos nós sabemos que o planeta Terra não está bem! Estamos observando

de perto as mudanças climáticas e, infelizmente, estamos sofrendo diretamente com

todo o impacto negativo que o homem causa ao planeta. Fato é que não podemos

só observar todas as mudanças, devemos buscar melhorias.

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Você deve estar pensando: Como eu, uma única pessoa posso salvar o

planeta? Realmente não é uma tarefa fácil, entretanto, pequenos gestos ajudam a

preservar o meio ambiente e fazer desse planeta um lugar melhor para as futuras

gerações.

Veja a seguir 10 dicas importantes para preservar o meio ambiente:

1. Preserve as árvores. Não realize podas ilegais e nunca desmate uma área. É

importante também não colocar fogo em propriedades, pois isso pode atingir matas

preservadas.

2. Cuide bem dos cursos de água. Nunca coloque lixo em rios, lagos e outros

ambientes aquáticos e, principalmente, preserve a mata em volta desses locais.

Essa mata protege contra erosão e assoreamento.

3. Não pesque em épocas de reprodução e obedeça às regras que indicam a

quantidade de pescado permitida. Também é importante não realizar a caça ilegal.

4. Nunca compre animais silvestres sem registro. Ao comprar animais ilegais,

você está construindo para o tráfico de animais, um problema mundial que afeta a

biodiversidade de uma região, podendo até mesmo levar espécies à extinção.

5. Cuide bem do seu lixo. Nunca jogue lixo no chão, importando-se sempre com o

destino adequado dele. Separar o lixo reciclável é importante para diminuir a

quantidade de lixo nas grandes cidades.

6. Reutilize, reaproveite e recicle tudo que for possível. Caixas e plásticos, por

exemplo, podem ser utilizados para acondicionar alguns objetos. Roupas que você

não utiliza mais podem ser doadas. Alguns produtos podem virar itens de

decoração. O importante é sempre ter em mente que quanto mais diminuímos a

nossa produção de lixo, mais preservamos o meio ambiente.

7. Reduza o consumo de água. Para isso, basta criar maneiras de aproveitar

melhor água, como reutilizar a água da máquina de lavar, armazenar a água da

chuva, não lavar calçadas com água e diminuir o tempo de banho.

8. Reduza o consumo de energia elétrica. Evite o consumo exagerado,

lembrando-se sempre de deixar aparelhos desligados quando não estiverem sendo

usados e apagar as luzes que estão iluminando ambientes desnecessários.

9. Evite andar apenas de carro. Os carros poluem o meio ambiente, por isso,

sempre que possível, opte por deixar o carro em casa. Você sempre pode optar por

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utilizar o transporte público de sua região, criar sistemas de caronas, andar de

bicicleta ou ainda ir a pé, dependendo da distância a ser percorrida.

10. Compre apenas o necessário. A dica aqui é sempre se perguntar antes de

uma compra: Eu realmente preciso? A produção exagerada de produtos ocasiona a

exploração de nossos recursos de maneira descontrolada. Assim sendo, só

consuma o necessário e só adquira produtos realmente importantes.

Viu só? Com dicas simples, você pode preservar o meio ambiente e ajudar o

planeta!

3. FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL

4.1. Estrutura do Batalhão ambiental e ações para prevenir e combater os crimes

ambientais

O BPMA foi criado em 30 de agosto de 1991, com o surgimento do Pelotão de

Policiamento Ecológico, sediado na Avenida Dr. Raul Barbosa, 6801, no Bairro

Aerolândia. Em 23 de novembro de 1998, passou a ser chamada de Companhia de

Polícia Militar Ambiental (CPMA). Neste ano de 2012 foi elevada à condição de

Batalhão, por força da nova Lei de Organização Básica da PMCE, passando a

denominar-se Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA).

O Batalhão da Polícia Militar Ambiental tem atua na fiscalização e repressão

dos crimes ambientais com o objetivo de coibir a prática de crimes contra o meio

ambiente.

Além do trabalho de fiscalização, a Polícia Militar Ambiental desenvolve

atividades de conscientização para preservação do meio ambiente em escolas e

comunidades em geral. Um dos principais projetos educativos foi à criação do

Grupamento Ambiental Mirim, realizado com jovens de bairros diversos em Juazeiro

do Norte e Crato. Esse trabalho capacitou jovens para serem agentes

multiplicadores e valorização da vida por um meio ambiente saudável, visando o uso

sustentável dos recursos naturais renováveis e não renováveis.

O Batalhão ambiental também atua no Policiamento Ostensivo Geral, no

combate a crimes diversos, visando sempre o bem estar social. Em Juazeiro do

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Norte, a sede da Companhia ambiental está situada no interiro do Parque Ecológica

das Timbaúba.

4. PRÁTICA DE ATIVIDADES COMUNITÁRIAS

8.1. Atuando como agente multiplicador

“O Agente Multiplicador precisa conhecer a realidade do seu público alvo,

propor atividades cotidianas saudáveis, ajudar a reativação de laços familiares, de

valores morais de autoestima e autoconhecimento, procurando ser ele mesmo um

modelo positivo”.

José Demontier Guedes

ATUAÇÃO DO FACILITADOR

• Mediador nas discussões;

• Ajuda um grupo a alcançar um determinado propósito;

• Torna o trabalho mais fácil;

• Sabe escutar;

• Facilitar significa tornar menos difícil.

ALGUMAS HABILIDADES DO FACILITADOR

• Mantêm um clima propício à participação;

Escutam ativamente;

• Mantêm o grupo concentrado em seus objetivos;

• Incentiva o diálogo e a interação;

• Ajuda o grupo a chegar a um consenso saudável.

ESCUTAR ATIVAMENTE

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É uma ferramenta fundamental para o êxito em sala de aula e constitui-se de

habilidades para demonstrar que ouvimos e entendemos o que a outra pessoa está

falando.

ESTRATÉGIAS

• Olhe para a pessoa quando ela estiver falando;

• Repita com suas palavras um ponto-chave daquilo que a pessoa está falando;

• Balance a cabeça afirmativamente, quando apropriado;

• Faça comentários que estejam diretamente relacionados com o que a pessoa

esteja falando.

5. TÉCNICAS DE ORATÓRIA

9.1. Falando ao público – sem traumas

Para Karman (2012), há quem sinta calar frios, fique com a boca seca e o

estômago embrulhado à simples ideia de falar em público, talvez sirva de consolo

saber que esses sintomas são comuns a 85% dos mortais. A informação vem de

uma autoridade: Michael T. Motley, catedrático do departamento de retórica e

comunicação da Universidade da Califórnia, Davis. “Ele acha a ansiedade natural.”

Em qualquer situação, o temor da avaliação ou a insegurança sobre como agir

desperta ansiedade. A não ser em casos extremos, em que indivíduos são capazes

de arruinar a própria carreira para não se expor em público. E até esses podem

mudar, nas mãos de terapeutas que lhes ensinem relaxamento e técnicas para

reverter o terror. Resgatada a autoconfiança, os mesmo sintomas passam a ser

interpretados pela ex-vítima como sinais de que está emocionalmente apto a

comunicar-se com o público.

Nos casos menos graves, basta desfazer mal-entendidos, como a suposição

de que a plateia está sempre pronta a crucificar o orador ao menor deslize. Na

verdade, garante o professor Motley, as pessoas ficam muito mais concentradas no

conteúdo do discurso que nas habilidades do orador. E, esclarece, está provado que

sinais de ansiedade são muito menos perceptíveis do que o orador julga. Para quem

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se dispõe a combater o medo de falar em público, ele dita algumas regras

fundamentais:

* Defina objetivos - Antes de tudo, identifique um ou dois pontos que deseja

comunicar. Depois, pense na melhor maneira de obter impacto com eles.

* Ponha-se no lugar do público - Verifique as diferenças entre você e a maior parte

do público quanto a atitudes, interesses, familiaridade com o tema. Fale nos termos

do público, usando a linguagem dele.

* Não decore não leia - Exceto poucas pérolas criteriosamente escolhidas - frases

memoráveis ou exemplos que com certeza funcionam -, seja o mais espontâneo

possível. Não ensaie a ponto de dizer sempre as mesmas coisas da mesma forma.

Para não se desorganizar, use notas breves.

* Fale com uma pessoa de cada vez - Embora pareça absurdo discursar para um

só, olhar e falar para indivíduos na plateia ajuda a manter a naturalidade. Fale com

cada pessoa só o tempo em que o contato for confortável - em geral, uns 15

segundos.

* Tente não pensar em suas mãos e expressões faciais - Concentre-se no que

deseja comunicar e deixe a comunicação não verbal correr solta. Prestar atenção

nos gestos gera inibição ao constrangimento.

* Vá com calma - Algumas pessoas podem querer tomar notas. Colabore, indo

devagar. Faça pausas. Guie o público delineando os itens mais e os menos

importantes. Lembre-se que seu objetivo é ajudá-los a entender e não apresentar

informações em tempo recorde.

* Fale de modo habitual - Exprima-se como se estivesse dirigindo-se a alguém que

respeita. Visar à perfeição é pouco realista e só cria tensões. Ao auditório interessa

o que - e não como - o orador fala.

* Procure conselhos e críticas - Para a maioria, um planejamento cuidadoso e um

estilo informal garantem uma boa exposição. Uns poucos oradores, no entanto, têm

peculiaridades que distraem o auditório. Solicite a crítica de alguém em que confia e

concentre-se naquilo que o desvia de seu objetivo. Em geral, basta estar ciente do

problema para corrigi-lo. Mas, se não bastar, procure um curso ou um professor de

oratória.

COMO DOMINAR O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

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Estudos revelam que o êxito das apresentações em público passa

necessariamente pela voz. Mas não só por ela. Passa também pelo seu gestual e

pela emoção que você transmite através desses dois canais: voz e gesto.

Composto da comunicação

7% voz

38% sua emoção

55% seus gestos e postura

Pesquisa divulgada na Revista Você S/A em 2004 mostra que falar em

público é o terceiro maior medo dos brasileiros.

O que é o medo?

Medo é o temor que aconteça algo que não seja bom para você. No livro

“Como conquistar as pessoas” de Allan e Bárbara Pease, mostra que os seus

medos:

• 87% nunca acontecem

• 6% podem ter o resultado influenciado por nós

• 7% acontecem de fato

Como surge o medo?

Tudo o que pode ser prejudicial a nós, causa medo. Temos que ter medo para

afastarmo-nos dos perigos. E também devemos saber dominá-lo, para não ficar a

mercê de suas sequelas. O medo paralisa, faz suar, dá gagueira, tremedeira. Mas

só existe um remédio para o medo: enfrentá-lo. 90% dos medos ou não acontecem

ou podem ser controlados por nós, através de nossas atitudes.

Por que surge o medo de falar em público?

O medo aparece por causa de três fatores:

1) Desconhecimento do assunto;

2) A falta de autoconhecimento;

3) O desconhecimento das técnicas de apresentação e a falta de prática destas

técnicas;

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Quantos oradores existem em você?

Você já parou para analisar que você pensa que parece de uma forma e os

outros o veem de outra forma? Você tem sempre dois oradores em você: um real e

outro imaginário. O orador imaginário é aquele que você acha que está aparecendo,

tremendo, nervoso. O real é o que deve ser visto por você, por exemplo, diante das

câmeras.

Como combater o medo de falar em público?

• Falta de conhecimento sobre o assunto.

Simples: estude bastante sobre o que irá falar.

• Falta de conhecimento e de prática das técnicas de apresentação. Mais a frente

você encontrará algumas técnicas que o ajudarão.

• Falta de autoconhecimento.

Conhece a ti mesmo, disse Sócrates. Este é o caminho, conhecer suas

qualidades e suas fraquezas. O autoconhecimento nos permitirá elevar nossas

qualidades e treinar ou eliminar nossas fraquezas. Descubra no que você é bom e

também seus pontos positivos – todo mundo tem.

Descubra-se!

Por que as pessoas me querem como amigo?

O que eu faço bem?

O que eu poderia fazer e que ainda não faço?

Técnicas para dominar o medo de falar em público

➢ Relaxamento: para relaxar, faça exercícios de respiração – exercícios

respiratórios

oxigenam o cérebro e, portando, você irá lembrar-se de mais detalhes do que

estudou para falar e apresentar-se com sucesso.

➢ Boceje e dê uma boa espreguiçada: o bocejo, relaxa sua musculatura facial,

deixando-o com a aparência mais tranquila.

Seja positivo e demonstre vigor e energia!

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Não basta só relaxar, tem que ser positivo e vigoroso! Mesmo que sua

apresentação exija uma postura mais austera e rija, você sempre terá que ser

positivo e otimista ao apresentar seu discurso.

Seja autoconfiante sem ser arrogante

Você deve proferir palavras positivas e de conquistas que serão realizadas.

As pessoas não gostam de oradores negativos.

Terapia do riso

Um sorriso abre portas. Mas não é só isso, rir e gargalhar abrem também as

portas da sua autoconfiança. Rir relaxa seu corpo e estimula suas cordas vocais –

exercício necessário para quem irá discursar. E ainda trás benefícios contra a

ansiedade.

Coloque as duas mãos sobrepostas em cima do umbigo e diga bem alto e

exageradamente:

Eu sou feliz! Eu sou alegre!

Eu adoro rir! Eu não estou aguentando segurar!

Eu quero rir! Eu vou morrer de rir!

E a seguir, comece a rir dizendo:

“Uá – há - há - há – há”

Balance seu corpo para frente e para trás repetindo várias vezes:

“Uá – há - há - há – há”

Energizando-se com palavras positivas

Pratique falando bem alto, gesticulando de forma positiva. E, ao final, dê uma

salva de palmas bem sonora para você.

Repita as frases abaixo com bastante energia!

Eu sou inteligente!

Sou capaz!

Eu sou bom!

Eu sou o cara!

Eu quero! Eu posso!

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Eu sou vencedor!

Como eliminar as outras consequências do medo

Pessoas famosas como Jô Soares e Fernanda Montenegro, já revelaram que

sentem um friozinho na barriga toda vez que entram no palco. Não iremos nunca

acabar com o medo, mas sim dominá-lo. Geralmente, este medo dura muito pouco

– alguns segundos apenas, e é praticamente imperceptível.

Suor e tremor antes de iniciar seu discurso

Se isto acontecer, imagine-se no meio de pessoas amigas, familiares.

Imagine que a plateia te ama que todos estão muito felizes com sua presença.

Segure e aperte as mãos uma na outra por alguns segundos. Ajuda a relaxar.

Lembre-se das palavras positivas (hoje será a melhor apresentação da minha vida!)

Respire fundo. Segure, expire.

Pigarro e tosse

Começou a tossir sem motivo ou apareceu um pigarro?

A água deve estar presente em todas as suas apresentações. Beba bastante água.

Se não houver água, engula sua saliva, calmamente.

Gaguejei e agora?

Calma. Ao gaguejar, pare um, dois segundos. Repita a palavra ou tente

achar outra palavra para substituir.

Deu branco

Pode ser atenuado com as seguintes dicas:

Estudar bem o conteúdo;

Treinar bem a apresentação;

Mudar a ordem dos tópicos;

Levar um pequeno roteiro;

Se der o branco na hora, repita a última frase que falou.

Explique com outras palavras.

SEU CORPO FALA POR VOCÊ

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1. Qual a melhor posição para as mãos?

Suas mãos devem estar sempre à frente do corpo.

2. Posso segurar algo com as mãos?

Ao segurar alguma coisa, você reduz sua capacidade de gesticular, de usar o

gesto a seu favor.

3. Transmita energia sempre

Sua energia dará o tom do seu discurso. E essa energia você transmite

através de seus gestos.

4. Seus pés e pernas

Fique sempre sobre seus dois pés.

5. Sua voz

Faça exercícios para melhorar sua pronúncia e dicção:

Pronunciando as vogais;

Usando trava-língua;

Declamando poesias;

6. Corrija os vícios de linguagem.

Né, tá, é, ã, aparecem quase sempre sem que o orador perceba.

7. Alterne o tom da voz

Ora fale mais rápido, ora mais devagar.

8. Sua aparência pessoal

Será que uma pessoa maltrapilha transmite a mesma confiança que uma

pessoa limpa e arrumada?

9. Expressão facial

Quando dizem que os olhos não mentem, é verdade.

Com suas expressões faciais, demonstre: alegria, espanto, tristeza, dúvida,

indignação etc.

10. Seu sorriso abre portas

Sorria com a alma, sinceramente.

11. Saiba ouvir

Todo mundo quer atenção.

12. Trate pelo nome

Todo mundo gosta de ouvir seu nome, sente-se valorizado.

13. Transmita confiança

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Mostre que o outro deve confiar em você.

CONHECENDO SEU PÚBLICO

Conhecer seu público é de vital importância. Sua platéia é quem dará o tom do

seu discurso.

Cumprimentos

Se houver autoridades, comece seus cumprimentos pelas maiores autoridades e

depois dirija-se ao público.

Elogie

Logo após o cumprimento, faça um elogio a platéia.

Posso e devo interagir com a platéia?

Sim. Pode e deve. Se você falar sempre no mesmo tom de voz, fatalmente sua

platéia se cansará.

Interagir fazendo perguntas

Uma forma de interagir é fazer perguntas. E a melhor forma é fazer perguntas

com respostas “sim”.

Para onde olhar?

Você deve “varrer” todo o ambiente com os olhos. Sempre olhando nos olhos

das pessoas.

E os aplausos?

Se você estiver discursando e a plateia começar a aplaudir, pare. Faça uma leve

concordância com a cabeça e agradeça. Aguarde o término dos aplausos. Repita a

última frase. Continue.

Câmeras, gravadores e leitura labial

Evite falar o que não pode ser visto ou publicado. Você não pode ter um

discurso e agir de forma diferente.

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DICAS: Prepare fichas com os dados mais importantes. Não fale sobre o que não

conhece. Estude antes.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996.

BRASIL. Lei dos Crimes Ambientais. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNS. 5º ao 8º anos. Online. Incluindo os temas transversais. Disponível em: http://www.mec.gov.br. 1999.

KARMAN, Graciela. Falando em Público sem Traumas. 2012. MARTINS, Henrique. Apostila: A Arte de Falar em Público. Fortaleza. SENAC, 2008.