colegial news edição 10
TRANSCRIPT
Consciência negra ....................................................... Página 2 Dicas de estilo ............................................................ Página 3 Antigamente era assim .............................................. Página 3 Orelha de livro ............................................................ Página 4 Classificados poéticos ................................................. Página 4
Produzido pela EEFM Dep. Joaquim de Figueiredo Correia Edição 10 - Novembro de 2013
COLEGIAL NEWS
EDITORIAL Cada nova edição do Colegial News renovam-se
as expectativas no que será publicado. Nesta
edição destacamos a IX EXEFIC com seus
ganhadores, e matéria especial sobre a
Consciência Negra. 20 de Novembro é uma data
especial marcada no calendário da nossa escola
Figueiredo Correia, em que é tradição
comemorar esta data lembrando a importância
da cultura africana e afro-brasileira na formação
do povo brasileiro. Cumprindo nossa promessa
deixamos o e-mail no jornal para recebermos
contribuições dos leitores e daqueles que gostam
de escrever. E-mail: [email protected]
LEMBRANDO A IX EXCEFIC - EXPOSIÇÃO DE CIÊNCIAS E CULTURA DA ESCOLA FIGUEIREDO
CORREIA – Marca de sucesso e qualidade de ensino com responsabilidade Aconteceu dia 11/10, o maior evento cultural e científico da nossa escola. Dia da culminância das pesquisas e projetos desenvolvidos pelos professores e alunos. Muita expectativa para o evento científico mais esperado da escola, visto que, é nesta ocasião que são selecionados os melhores trabalhos para serem apresentados na feira Regional, na qual nossos jovens pesquisadores podem expor seus trabalhos e serem credenciados para participarem de outras Feiras importantes do Estado, ou em outras localidades do país, e quem sabe até no exterior. Vejam as fotos dos Projetos vencedores em 1º lugar e que estarão na Feira Regional em Jaguaribe na 11ª CREDE.
Blogando na serra
Nutrição escolar
Transformando lixo em
renda
Robótica educacional
Bio controlador doméstico
Por ser negro e mestiço em nosso país se faz necessário, conhecer também
a história de Zumbi e o Quilombo dos Palmares. Conhecer a luta pela
construção de uma sociedade fundamentada na ética, na justiça, na
liberdade; uma sociedade mais humana. Desde o início da colonização do
brasil os negros foram tratados com inferioridade, sem direitos e relegados
a uma vida indigna e desumana. Ainda hoje, os negros brasileiros ou
afrodescendentes têm dificuldade em mostrar o seu valor.
O dia 20 de novembro além de chamar atenção para a exclusão e
discriminação racial negra no brasil é também um chamado para estudar as
lutas pelo poder, as desigualdades sócio raciais, a exclusão da população
negra dos espaços de poder, e das decisões sobre o destino dos esforços e
bens coletivos. Diante do preconceito de cor negra, nosso país já não é o mesmo de antes mesmo que sejam leves mudanças,
estas já promovem novas alterações no contexto contemporâneo.
Não afirmo que no Brasil não existe discriminação de cor, mas que a legislação brasileira mesmo que lentamente vem combatendo
este crime, como a aprovação de uma lei que alterou a forma de ingresso nos cursos superiores das instituições de ensino federais.
Temos a chamada Lei das Cotas (Lei nº 12.711, de 29/08/2012), que obriga as universidades, institutos e centros federais a
reservarem para candidatos cotistas metade das vagas oferecidas anualmente em seus processos seletivos. Essa determinação
deve ser cumprida até 30 de agosto de 2016, mas já em 2013, as instituições têm que separar 25% da reserva prevista, ou 12,5%
do total de vagas para esses candidatos; temos a LEI No 10.639, de 09/01/2003, que obriga a inclusão no currículo oficial da
temática “História e Cultura Afro-Brasileira”; temos a Lei Afonso Arinos (lei 1390/51 de 3/07/1951), que proíbe a discriminação
racial no Brasil.
Apesar da discriminação, a cultura africana e afro-brasileira resiste, e está presente nas diversas expressões da cultura popular e
da elite no Brasil. É preciso persistir na luta com consciência negra. Ter consciência negra é conhecer seus direitos e seus deveres
sociais e lutar para que tenhamos uma sociedade mais justa para todos de todas as cores. Ter consciência negra é saber que
precisamos mudar a realidade de injustiçado sem se deixar transformar em injustos e agir como opressor. Ter consciência negra
é, entender que não basta ser negro(a), sentir-se bonito(a) é preciso perceber-se como mais um na luta para a igualdade de
direitos e deveres para todos
“Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, por sua origem ou ainda por sua religião. Para odiar, as pessoas
precisam aprender, e se podem aprender a odiar, podem ser ensinadas a amar.”
Nelson Mandela
“Só fica escravo aquele que tem medo de morrer sobre donos.”
Zumbi dos Palmares
Colegial News – Edição 10, página 2
Andreza Ferreira Alves – 1º C
Colegial News – Edição 10, página 3
APERTO DE MÃOS
Quem aperta as mãos das pessoas com mão mole
demonstra falta de segurança em si mesmo;
O “triturador de ossos” demonstra desprezo pela
integridade física dos outros;
Não se aperta a mão de quem está à mesa de refeições;
É prerrogativa do mais idoso estender a mão para o mais
jovem;
Quem oferece só a ponta dos dedos demonstra que o
cumprimento não foi bem-vindo;
Não se aperta a mão de quem está à mesa de refeições;
Deixar alguém com a mão estendida perante outras
pessoas é uma afronta. Mesmo entre pessoas cujas
relações estão estremecidas;
É prerrogativa do mais idoso estender a mão para o mais
jovem;
A mulher estende a mão para o homem;
O superior hierárquico é quem detém a precedência do
aperto de mãos;
Com o cliente, a iniciativa deve ser dele.
O OLHAR
Medir as pessoas da cabeça aos pés denota extrema
grosseria e falta de personalidade;
Da mesma forma, os homens que se viram para olhar os
traseiros das mulheres projetam uma imagem de
vulgaridade e de extremo mau gosto;
Também é gafe conversar usando óculos escuros.
POSTURA EM PÉ
Quando conversamos com alguém de braços cruzados,
revelamos que estamos na defensiva, querendo nos
resguardar de algo;
As mãos sempre escondidas nos bolsos também revelam
insegurança;
Mãos na cintura, tanto em homens como em mulheres,
revelam falta de classe;
Devemos evitar que as pernas fiquem afastadas.
Larissa Pinheiro de Freitas – 1º C Lílian Cristina Bezerra Magalhães – 2º B
ORELHA DE LIVRO Livro de Sonetos – Vinicius de Moraes (1913-2013) Pescas feitas na internet
No livro de sonetos compreende-se:
Foi o próprio Vinicius de Moraes quem organizou a primeira edição deste Livro de sonetos, que foi publicado em 1957. Com o
volume, o poeta fazia uma avaliação de sua obra e ratificava, em 35 poemas, sua dedicação a uma das formas mais populares de
poesia: o soneto.
Na segunda edição do livro, dez anos depois, Vinicius acrescentou a ele nada menos que 25 poemas, vários deles inéditos. A edição
que o leitor tem agora em mãos soma àquele conjunto dezesseis sonetos esparsos. O que se pode perceber é que os sonetos
escritos por Vinicius de Moraes acabaram por formar um acervo em tudo singular no quadro da moderna poesia brasileira. Eles
chamam a nossa atenção pela carga emotiva que descreve sua vida, amores, paixões e mulheres, política, mas impressionam pela
austeridade formal.
Em seu prefácio à primeira edição do Livro de sonetos, Otto Lara Resende observa: "Os sonetos, como certas aves, estimam andar em bando, juntos, para juntos enfrentarem os riscos de serem abatidos, quero dizer: de serem lidos, amados e decorados". Nesse sentido, é surpreendente que a popularidade de alguns sonetos de Vinicius não os desgasta; ao contrário, é como se a notoriedade testemunhasse e, simultaneamente, acentuasse a vibração que salta deles. Saboreiem alguns dos sonetos.
CLASSIFICADOS POÉTICOS
Colegial News – Edição 10, página 4
Recomendado pelo Centro de Multimeios e equipe Colegial News
Equipe Colegial News: Ana Larissa Lima Souza - 1º B, Ana Paula de Oliveira Almeida - 3º B, Andreza Ferreira Alves - 1º C, Larissa Pinheiro de Freitas - 1º C, Leandra Ângela Feitosa da Silva - 1º C, Lílian Cristina Bezerra Magalhães - 2º B, Maria Cristina da Silva - 3º B. Professora Orientadora: Norma Holanda Design: Maricélio de Carvalho Apoio: Centro de Multimeios Realização: EEFM Dep. Joaquim de Figueiredo Correia
Recomendado pelo Centro de Multimeios e equipe Colegial News
Mas o instante passou. A carne nova Sente a primeira fibra enrijecer E o seu sonho infinito de morrer Passa a caber no berço de uma cova. Outra carne virá. A primavera É carne, o amor é seiva eterna e forte Quando o ser que viveu unir-se à morte No mundo uma criança nascerá. Importará jamais por quê? Adiante O poema é translúcido, e distante A palavra que vem do pensamento Sem saudade. Não ter contentamento. Ser simples como o grão de poesia E íntimo como a melancolia.
Uma mulher me ama. Se eu me fosse Talvez ela sentisse o desalento Da árvore jovem que não ouve o vento Inconstante e fiel, tardio e doce Na sua tarde em flor. Uma mulher Me ama como a chama ama o silêncio E o seu amor vitorioso vence O desejo da morte que me quer. Uma mulher me ama. Quando o escuro Do crepúsculo mórbido e maduro Me leva a face ao gênio dos espelhos E eu, moço, busco em vão meus olhos velhos Vindos de ver a morte em mim divina: Uma mulher me ama e me ilumina.
O efêmero. Ora, um pássaro no vale Cantou por um momento, outrora, mas O vale escuta ainda envolto em paz Para que a voz do pássaro não cale. E uma fonte futura, hoje primária No seio da montanha, irromperá Fatal, da pedra ardente, e levará À voz a melodia necessária. O efêmero. E mais tarde, quando antigas Se fizerem as fores, e as cantigas A uma nova emoção morrerem, cedo Quem conhecer o vale e o seu segredo Nem sequer pensará na fonte, a sós... Porém o vale há de escutar a voz.