[coleÇÃo sissi] - 01 - sydney ann clary - retraro de um casamento (ptbr) (revisar)

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  • 7/22/2019 [COLEO SISSI] - 01 - Sydney Ann Clary - Retraro de Um Casamento (PtBr) (Revisar)

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    Ttulo: Retrato de um casamentoAutor: Sydney Ann Clary

    Ttulo original: Mistifit MatchDados da Edio: Editora Noa Cultural !""!

    #u$lio original: !"%"&'nero: Romance hist(rico

    Digitali)ao e correo: Nina

    Estado da *$ra: Corrigida

    #or um instante+ Catherine sentiu medo: sa$ia ,ue no lu-uoso salo toda a no$re)a aguardaa+ ansiosa./ueriam conhecer a 0oem (rf ,ue se casara com o orgulhoso conde Marcus+ re1elido 1ela noia ao oltar do

    front deformado 1or um ferimento de guerra. Mas essa 1roao era nada diante dadeterminao de Catherine 1ara enfrentar ,ual,uer humilhao e ir at' o fim na,uele casamento em ,ue s( ela

    sa$ia amar.

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    #R23*&*

    * estrondo constante dos 1esados canh4es rom1eu o ar em1oeirado en,uanto caalo e caaleiro su$iam a encosta damontanha at' o local onde o oficial es1eraa. A figura im(el 1arecia no 1erce$er a a1ro-imao do caaleiro+mantendo o olhar fi-o na $atalha deastadora+ l5 em$ai-o. *$seraa os d(lms ermelhos dos soldados das tro1asinglesas ,ue lutaam contra o e-'rcito de Na1oleo+ am$os os lados no demonstrando inten4es de recuar+ a1esar docansao. * som de ao contra ao+ os relinchos de caalos feridos misturaam6se aos gemidos dos homens atingidos eaos gritos+ resultando em um rudo ensurdecedor e a1aorante.

    Marcus+ o conde de 7arrington+ dirigiu a 'gua e-austa 1ara 0unto do caalo do du,ue de 8ellington+ seus olhostam$'m 1resos 9 carnificina.

    *s mem$ros da sociedade $ritnica teriam dificuldade em reconhecer nele seu maior e-1oente+ o caalheiroelegantssimo ,ue lady Sally ;ersey denominara Ad(nis moderno. *s $astos ca$elos+ ,ue ento $rilhaam+ negroscomo asa de um coro+ estaam o1acos+ co$ertos 1ela cin)a e 1oeira dos ,uil(metros 1ercorridos. As cl5ssicas fei4esgregas+ res1ons5eis 1elos sonhos a1ai-onados de muitas 0oens+ mostraam6se marcadas 1elo cansao e1reocu1ao. Sua figura esguia era+ no entanto+ s(lida e transmitia fora 1ela maneira com ,ue se mantinha nasela. Continuaa firme e ereto de1ois de um dia inteiro caalgando+ transmitindo ordens itais 1ara o resultado daiolenta $atalha. *rdens de 8ellington 1ara os soldados.

    < * flanco es,uerdo no resiste como eu es1eraa+ Marcus < o$serou o du,ue+ chamando a ateno deseu a0udante 1ara o indeciso recuo de um es,uadro+ su1erado em n=mero 1elos fu riosos soldados franceses.< Arran0e um caalo descansado e e0a o ,ue 1ode fa)er. > muito im1ortante ,ue eles resistam+ docontr5rio o ,ue ganhamos estar5 1erdido.

    Entendendo a urg?ncia da situao+ Marcus es1oreou sua montaria cansada+ descendo a encosta em 1asso desigual.No. era a 1rimeira e) ,ue rece$ia tal misso. Em todas as ocasi4es a e-ecutara com sucesso.

    Minutos de1ois+ o conde a$andonaa o animal esgotado e saltaa com destre)a so$re o caalo de sir @arryStanton. #erdeu alguns minutos 1reciosos tentando acalmar a a1aorada montaria. Afinal+ o caalo acalmou6se um 1ouco+ de1ois ,ue o caalario a0ustou melhor a cilha+ a1ertando6a.

    < Descul1e+ milorde+ mas no tenho animal melhor. No ' o mais indicado 1ara a luta+ uma e) ,ue sir@arry+ Deus guarde sua alma+ s( o usaa 1ara caar.

    < *$rigado+ Sam. Cuide da 'gua... ela merece um descanso < disse o conde+ oltando 1ara o cam1ode $atalha.

    * caalo o$edeceu aos seus comandos+ em$ora no gostasse do $arulho e da confuso. As mos firmes de

    Marcus mane0aam as r'deas com firme)a+ im1edindo6o de em1inar+ fa)endo6o seguir 1elo amontoado de 5rorescadas+ $uracos de tiros de canho+ homens mortos e feridos. /uanto mais se a1ro-imaa do centro de ao+ maior o$aralho. Seus olhos e nari) ardiam com o neoeiro es1esso de 1(lora+ 1( e fumaa. A1ro-imou6se dos soldados emluta cor1o a cor1o+ com a es1ada desem$ainhada+ soltando gritos de incentio 1ara seus homens e-austos.

    *s gritos animados des1ertaram os soldados+ o cansao 1arecendo diminuir ,uando seus olhos ermelhos1erce$iam o conde. Cada moimento de sua es1ada irradiaa es1erana. *s a)ios foram se fechando+ a linha ded(lms ermelhos ficou mais com1acta e finalmente se mantee. Aos 1oucos+ a situao mudou. Milmetros de1recioso terreno se transformaram em centmetros+ em metros. *s franceses comearam a recuar diante da f=riacrescente dos ins1irados ingleses.

    Marcus era um alo f5cil no meio da infantaria+ montado+ en,uanto todos os outros estaam a 1'. De re1ente+surgiu entre o neoeiro um caaleiro grande+ forte+ ,ue mais 1arecia uma som$ra escura. Ele se dirigia 1ara oconde+ a$rindo caminho a gol1es de es1ada. Marcus+ ,ue lutaa contra um inimigo alente+ conseguiu derru$56lo

    no momento em ,ue o caaleiro cin)ento o atacou. Ele mal tee tem1o de erguer a es1ada a fim de a1arar ogol1e dirigido ao seu 1eito.

    /uando o ao encontrou o ao uma dor dilacerante 1ercorreu6lhe o $rao e sua es1ada 1artiu6se. * caaloa0oelhou6se+ fa)endo6o 1erder o e,uil$rio+ o ,ue lhe salou a ida. Errando o alo+ a es1ada do franc?satingiu6lhe a face es,uerda e o om$ro.

    #reocu1ado em controlar a montaria+ a1esar do $rao es,uerdo agora estar 1endendo+ in=til+ o conde mal tomouconhecimento do gol1e no rosto. sando a1enas uma das mos+ no conseguia corrigir a di6reo ,ue o caalotomaa. S( 1erce$eu ,ue+ de re1ente+ estaa fora da confuso mortal+ a linha da retaguarda mal se delineandodiante de seus olhos+ como mancha incerta. Dei-ou de en-ergar e inclinou6se so$re o 1escoo do caalo+ ,uasedesmaiado. Seu =ltimo ato consciente foi agarrar+ com fora+ as r'deas e a crina esoaante.

    Marcus entrou na sua tenda+ o om$ro ferido late0ando a cada 1asso. /uatro semanas se haiam 1assado.Nas duas 1rimeiras tinha 1ermanecido inconsciente+ delirando de fe$re. S( se acalmaa ,uando a imagem de

    7ar$ara 1ooaa os delrios. E todo esse tem1o 7ates+ seu criado+ no o a$andonara um instante+ cuidandodele com infinita dedicao.

    3ady 7ar$ara CarrB A moa mais linda da tem1orada e era dele. S( deleB *u+ 1elo menos+ logo seria+assim ,ue a,uela maldita guerra terminasse. Corte0ada 1or todos os caalheiros londrinos+ ela lhe concedera

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    a mo em casamentoB * orgulho ,ue ele sentira no $aile de noiado oltaa a encher6lhe o 1eito+ en,uanto aimagem lindssima de lady 7ar$ara oltaa a encant56lo.

    *s olhos de um a)ul6safira $rilhaam mais ,ue os diamantes ,ue ela tra)ia no delicado 1escoo. *s ca$elossoltaam refle-os dourados 9 lu) das milhares de elas.

    Ele sentia o mundo com1leto com a suae mo 1ousada em seu $rao+ en,uanto rece$iam oscum1rimentos dos conidados. @aia encontrado um an0o ,ue se com1araa a sua me+ 1or ,uem tieraerdadeira adorao.

    ormaam um casal 1erfeitoB 7ar$ara era tudo ,ue ele sonhara e mais ainda. A fragilidade da linda moa

    des1ertaa um 1rofundo dese0o de 1roteo. A alegria ,ue ela demonstraa ao rece$er seus 1resentes odei-aa encantado. E-i$ia6os 1ara os amigos+ o ,ue o fi)era ouir mais de um coment5rio malicioso so$resua generosidade. > claro ,ue o 1reo da 1e,uena carruagem a)ul6celeste+ 1u-ada 1or uma elegante 'gua$ranca+ era consider5el at' mesmo 1ara ele. E+ como se trataa de um 1resente fora do comum+ haiasugerido ,ue es1erassem at' de1ois do casamento 1ara com1r56la. No entanto+ no conseguira resistir ao1edido dos l5$ios rosados e 9 e-1resso su1licante dos 1rofundos olhos a)uis.

    Sentia saudades de 7ar$ara e dese0aa estar ao lado dela. Mas+ 1rimeiro+ 1recisaa cum1rir seu deer...* som de 1assos fora da tenda interrom1eu6lhe os 1ensamentos. oltou6se 1ara a entrada.< 7om dia+ milorde. /ueria falar comigo < * m'dico 1articular do du,ue de 8ell ington+ ,ue inha

    cuidando do conde+ o$serou6o com ar crtico.< Sim... @5 ,uatro semanas ,ue estou inatio e ,ueria sa$er ,uando ai me dei-ar oltar 9s

    trincheiras.< #osso me sentar+ 1rimeiro < 1erguntou o m'dico+ com o ar easio de ,uem ,uer ganhar tem1o. * conde

    assentiu e ele continuou: < * ,ue dese0a sa$er+ e-atamente< Dia$oB < e-1lodiu Marcus+ diante da indagao ,ue lhe 1areceu indiferente. < Aca$ei de di)erB /uando 1osso

    oltar ao meu 1osto< No ai oltar < res1ondeu o m'dico+ tran,uilo.< #or ,u? * ,ue oc? e 7ates esto escondendo de mim < *lhou fi-amente 1ara o m'dico e aca$ou 1or

    com1reender o ,ue significaa o sil?ncio 1rolongado. < Ento+ ' 1or isso ,ue est5 demorando tanto 1ara sarar... Noai sarar+ no '

    < Receio ,ue no < o doutor a$anou a ca$ea+ com gestos lentos. < A ferida ai cicatri)ar+ mas seu $rao ficar5 semmoimento. * ferimento no om$ro foi muito fundo. Tee sorte em no 1erder o $rao.

    Marcus 1rague0ou. No es1eraa 1or a,uilo. /ue ironiaB ora considerado louco+ 1elos amigos+ ,uando se alistaa

    oluntariamente 1ara lutar contra os franceses. Sa$ia ,ue deia fa)?6lo 1or sua terra. E+ agora+ nada mais 1oderiafa)er.< Sorte Chama isso de sorte < murmurou+ amargo.< oi sorte+ simB > erdade ,ue seu rosto 05 no est5 mais to $onito... < comeou o m'dico.< Fsso no me im1ortaB #reciso do meu $raoB< #elo menos+ est5 com os dois < re$ateu o m'dico+ ,uase gritando+ tam$'m. < *utros no t?m tanta sorte. Aca$o

    de terminar uma cirurgia. * ra1a) 1erdeu as duas 1ernas... No ' rico+no tem famlia e no 1ode mais andar.

    * conde aguentou a re1reenso sem 1iscar. 7em ,ue a merecera. Sa$ia ,ue haia gente em 1ior estado ,ue ele. Dere1ente+ o raciocnio oltou. A resignao su$stituiu a raia. No 1odia continuar lutando. #aci?ncia. Ainda lherestaam 3ondres e 7ar$ara. * amor da moa era como uma lu) $rilhando na escurido de seu deses1ero. Em$ora nomais estiesse a1to 1ara o serio atio+ tale) 1udesse fa)er outra coisa ao oltar. *lhou 1ara o m'dico+ ,ue o

    contem1laa com e-1resso de sim1atia e com1reenso.< *$rigado... < disse+ sim1lesmente.* doutor aceitou a resignao do conde com alio.Fncrel como a cicatri) no rosto no o incomodaa+ 1ensou+ leantando6se 1ara sair. E 0ulgara ,ue isso iria

    transtornar o no$re+ no a inutili)ao do $rao.Catherine entrou na sala e o$serou se ictoria e Melissa estaam corretamente sentadas diante de lady Carr+ me

    delas e sua tia. S( ento foi acomodar6se na cadeira de es1aldar alto+ na outra e-tremidade da mesa. Cru)ando as mosno colo+ 1re1arou6se 1ara assistir ao ritual do ch5 em famlia. No 1artici1aria dele+ a1enas assistiria. Sua 1osio ali erade goernanta e+ 9s e)es+ de criada. Como 1rima 1o$re+ iendo da caridade da lady+ 0amais conhecera as facilidadesda ri,ue)a. #or isso+ no sentia falta delas. * ,ue lhe faltaa+ ali+ era o amor e a $ondade+ ,ue so$raam em sua casa.*lhando 1ara as mos+ tratou de 1ensar em outra coisa+ afinal o ,ue no 1odia ser mudado+ tinha de ser su1ortado.Seus 1ais acreditaam nesse dito 1o1ular. Tinha de acreditar+ tam$'m.

    < 7ar$ara+ oc? no est5 falando s'rioBA o) irritada de lady Carr ecoou na sala elegante. Ela 1arecia nem se,uer notar a 1resena das duas filhas menores

    e da so$rinha. Concentraa a ateno na filha mais elha.< Como 1Gde fa)er isso+ filha * ,ue lorde 7arrington ai di)erB

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    A 0oem sacudiu os om$ros estidos de eludo+ com e-1resso de 1etulante desafio:< Ah+ mameB > a$surdo ,uerer ,ue eu fi,ue em$olorando+ enfiada a,ui o ano inteiroB ;5 ' um horror fingir ,ue

    1referimos ficar em 3ondres+ em e) de ir 1ara 7ath+ como todos os nossos amigos. A senhora ie di)endo ,ueno 1osso fa)er isto+ fa)er a,uiloB Marcus seria o 1rimeiro a concordar ,ue deo me diertirBEle no ' um homem anti,uadoB

    < e0a como fala comigo+ 7ar$araB E acha ,ue seu noio ai dar6lhe ra)o se oc? irar motio de falat(rio comlorde March en,uanto ele luta 1ela 15tria Cuidado. Essa loucura 1ode chegar ao conhecimento dele... E da Noacredito ,ue oc? se0a tola a 1onto de 1ensar ,ue lorde March significa casamento. Ele ' um conhecido

    con,uistador.3ady Carr ofegaa de nerosismo. Era eidente ,ue es,uecera a 1resena da so$rinha e das filhas menores. S(

    1ensaa em eitar ,ue o com1ortamento indiscreto da filha destrusse o noiado mais $rilhante da tem1orada.A lady sentia ,ue estaa 1erdendo a $atalha+ 1ela e-1resso o$stinada da 0oem. A fortuna dos 7arrington era

    indis1ens5el 1ara os cofres a)ios da famlia Carr. Mais uns ,uatro anos e Melissa e ictoria iriam ser a1resentadas 9sociedade. Com uma irm rica e $oas liga4es+ seria mais f5cil su1erar a 1o$re)a de seus dotes. Era im1ortante tornar6se 1arente dos 7arrington+ mesmo ,ue fosse 1or afinidade.

    A senhora a$ria a $oca 1ara iniciar uma re1reenso a 7ar$ara ,uando 1erce$eu os moimentos de ictoria+ ,ue sereme-ia na cadeira+ im1aciente. Hangada+ ordenou ,ue a adolescente ficasse ,uieta. E oltando6se 1ara a so$rinha:

    < rancamente+ CatherineB oc? est5 a,ui 1ara controlar essas meninas. > a 1essoa mais inca1a) ,ue 05 iBCatherine ergueu a ca$ea+ corando at' a rai) dos ca$elos. *s olhos grandes+ erdes+ $rilharam no rosto afilado e

    15lido.< Descul1e+ tia... /uer ,ue lee as meninas da,ui < a o)+ 05 sussurrada+ morreu na garganta ao o$serar o efeito

    da sugesto.Conhecia $em o mau humor da tia. alara sem ter sido solicitada a fa)?6lo. Conformada+ ficou es1erando+ de ca$ea

    $ai-a+ ,ue a o) estridente da tia a lem$rasse ,ue de1endia da caridade dos 1arentes. De1ois das 1rimeiras 1alaras+Catherine 05 no ouia. Como ,ue 1ara se defender+ sua mente eocaa o 1assado.

    3em$rou6se de sua casa+ no muito grande+ mas ensolarada e alegre+ do cheiro de flores ,ue 1airaa nela+ 0untamentecom o odor dos 1ratos gostosos ,ue sua me 1re1araa. Seus olhos encheram6se de l5grimas ,uando lhe 1areceu ouir ao) suae da me e o tom 1rofundo e carinhoso com ,ue o 1ai lhe res1ondia. ora uma 1erda to grande+ 1or causa dairres1onsa$ilidade de um 0oem $?$ado+ ,ue 1roocara um desastre durante uma das raras iagens ,ue seus 1ais fa)iama 3ondres. Acontecera h5 tr?s anos e ela ainda sentia como se a morte deles houesse ocorrido ontem. 35grimas caramso$re suas mos entrelaadas+ no colo+ en,uanto ouia agamente as 1alaras I1iedade+ caridade+ dida+ gratidoI.

    A tia+ inter1retando o choro como 1roa de arre1endimento+ ficou satisfeita+ achando ,ue a so$rinha fora $emcastigada. ;amais imaginaria a causa real da triste)a ,ue se es1elhaa no rosto da moa e+ se sou$esse+ diria ,ue eratolice ficar remoendo o 1assado.

    < E oc?+ mocinha < disse a lady+ oltando6se 1ara a filha

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    #or instantes+ dei-ou6se lear 1ela imaginao. A cena era o salo de $aile+ mas no lugar da 1rima estaa ela+Catherine+ estida de cetim erde6mar+ ca$elos soltos e encaracolados+ em e) do seero co,ue 1reso atr5s da ca$ea.#e,uenos diamantes $rilhaam em seu colo...

    < Ento+ o ,ue ele di)A o) aguda da tia interrom1eu o sonho de Catherine. /ue loucura imaginar ,ue um dos homens mais ricos do reino

    1oderia olhar na direo delaB< Calma+ mameB... Ele di) ,ue foi ferido+ mas ,ue est5 $em.

    Sente saudade de mim+ claro+ e est5 ansioso 1or oltar. Sa$e No entendo 1or ,ue ele tee de ir lutar contra esses

    francesesBeridoB Catherine em1alideceu+ mas ningu'm re1arou+ feli)mente.

    < S( isso < 3ady Carr estaa desa1ontada. < No disse ,uando olta< No+ mas acho ,ue ser5 logo. E isso im1orta< /ue 1ergunta+ filhaB Deia estar ,uerendo er seu noio.A senhora sentia6se 1er1le-a. Ser5 ,ue a ligao da filha com lorde March era maior do ,ue 1ensaa Sentiu6segelar.< 3orde March irou tanto sua ca$ea ,ue es,ueceu do noiado #are imediatamente com esse modo de agir idiotaB

    oc? est5 com1rometida com um no$re do reino e tem de se com1ortar de acordo. Agora+ 5 1ara seu ,uarto e 1ensena grande sorte ,ue tee encontrando o conde+ antes ,ue eu 1erca a 1aci?nciaB

    7ar$ara ficou ermelha+ seus l5$ios se a1ertaram numa linha fina+ mas no ousou enfrentar a me. Ergueu6se+dei-ando as folhas da carta carem no cho+ e saiu da sala. A 1orta fechou6se com uma 1ancada ,ue foi ouida namanso inteira.

    Com ar su1erior+ indiferente+ a lady tam$'m se retirou+ certa de ,ue suas ordens seriam cum1ridas.Assim ,ue a me saiu+ as duas adolescentes comearam a falar+ e-citadas. Sem olhar 1ara a 1rima+ foram 1ara um

    canto da sala+ cochichando e soltando risadinhas.Catherine sa$ia ,ue no 1odia controlar as duas. *lhou6as+ 1ensando em como crianas to $onitas+ com ar to

    inocente+ 1odiam ser to maldosas e egostas./uando iera morar ali imaginara ,ue iria ter um lar. * sonho de fa)er 1arte da casa da tia+ de ser =til+ desaneceu6

    se logo. A morte tr5gica de seu 1ai+ =nico irmo de lorde Carr+ falecido h5 alguns anos+ a$alara a famlia+ claro+ mas aintruso dela na,uele lar 1arecia t?6la a$alado ainda mais. No entendia 1or ,ue a hostili)aam tanto.

    No era nenhuma $eldade ca1a) de ofuscar as mulheres da casa. @omem algum iria ligar 1ara a,uela moa magra+15lida+ de ca$elos ruios e agressios olhos erdes. #elo menos+ fora o ,ue 1rima 7ar$ara garantira ,uando+ certa e)+

    ela manifestara+ timidamente+ a inteno de um dia se casar. Catherine no 1odia imaginar o contraste lindo de sua 1eledelicada+ $ranca+ com os ca$elos fartos+ cor de co$re. Nem a 1rofundidade dos enormes olhos erdes+ ,ue mudaamconforme seus sentimentos: $rilhantes como o mar no ero ,uando se sentia feli)J escuros como as 1rofunde)as deuma floresta ,uando estaa 1reocu1ada ou triste.

    Sus1irou e ergueu6se da cadeira desconfort5el. Era $om IacordarI antes ,ue a tia a a1anhasse. #assaa6lhe seerasdescom1osturas 1or ier sonhando acordada... Como gostaria de ter li$erdade 1ara ler+ tocar 1iano ou fa)er nadaBA$ai-ou6se 1ara recolher a carta. Com cuidado+ esticou as folhas e 0untou6as. A imagem do conde oltou6lhe ao1ensamento. Fnca1a) de resistir ao dese0o de sa$er se ele estaa $em+ mesmo+ olhou 1ara as meninas. Distradas+conersaam e riam. E es,ueceu ,ue era errado ler a corres1ond?ncia dos outros.

    IMinha ,ueridaB /uanta saudadeB Sei ,ue no ai dar 1ara terminar esta carta antes de ir 1ara a frente de $atalha+mas 1recisaafalar com oc? antes de ir. Es,uisito di)er isso+falar com oc?+ ,uando estamos to longe um do outro.Mas ' assim ,ue sinto. io imaginando n(s dois casados+ em nossa casa+ so)inhos..I

    *s olhos da moa ficaram =midos. Se a,uela carta tiesse sido endereada a ela+ iria guard56la como um tesouro. Noentanto+ 7ar$ara no dera a mnima im1ortncia 1ara as 1alaras ardentes+ de amor. Mas no 1odia continuar lendo+indiscretamente+ a confisso de sentimentos da,uele homem. /ueria+ isso sim+ sa$er se ele estaa $em. Ento+ foiadiante+ 1rocurando+ 5ida+ at' ,ue numa das 15ginas seguintes notou a letra tr'mula. A mudana di)ia mais ,ue as1alaras:

    Iui ferido na semana retrasada+ ,uerida+ 1or isso tardei em continuar esta carta e 1eo ,ue descul1e a letra e a falta denotcias durante esse tem1o todo. No se 1reocu1e+ no ' nada s'rio. * m'dico do du,ue tratou de mim e graas a elelogo estarei $om...I

    * re1entino sil?ncio ,ue 1airaa na sala aisou Catherine ,ue as meninas a o$seraam. Do$rando ra1idamente asfolhas de 1a1el+ deu com dois 1ares de olhos fi-os nela.< * ,ue ' isso a+ Cat < 1erguntou ictoria+ desafiante+ atraessando e 1arando diante dela+ com os olhos na

    carta.

    Estou ,uase com inte anos e sou adultaB+ 1ensou a moa+ enfrentando o olhar da adolescente. Sa$ia ,ue+ do modo,ue agira+ no tinha direito de re1reender a garota 1or maus modos+ mas tentou se im1or:

    < ictoria+ no se fala desse modo com ningu'm. aa o faor de 1edir descul1a < ordenou+ o mais seeramente,ue 1Gde.

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    Fgnorando a ordem da 1rima+ a menina arrancou6lhe a carta das mos e correu+ en,uanto gritaa:< oc? leu a carta de 7ar$araB oc? leu a carta de 7ar$araBNo ,uerendo ficar de lado+ Melissa 0untou6se 9 gritaria. Era demais es1erar ,ue ningu'm ouisse. Em 1oucosminutos lady Carr entraa na sala+ fa)endo im1erar imediato sil?ncio.

    < D?6me isso+ agora mesmo < ordenou a senhora+ 1arada no meio da sala+ os olhos de 5guia fi-os nas duas filhas+,ue se refugiaram atr5s do sof5.

    ictoria a1oiaa6se num 1'+ ora no outro+ 1ou,ussimo 9 ontade. Catherine o$seraa a cena+ sa$endo ,ue foraa1anhada. No era a 1rimeira e) ,ue a garota 1roocaa uma situao ,ue a colocaa mal 1erante a tia. E Melissa+ em

    seus tre)e anos+ sem1re seguia a irm+ a1esar de morrer de medo da seeridade da me. A$ai-ou a ca$ea+ sentindo6seinca1a) de su1ortar a acusao ,ue+ sa$ia com certe)a+ ictoria teria a maior satisfao em fa)er.

    A garota caminhou at' 1erto da ma0estosa me e entregou6lhe os 1a1'is com fingido tremor nas mos.3ady Carr olhou a filha+ desconfiada. #erce$era a aflio da so$rinha.

    < De onde 1egou isto+ ictoriaCatherine ergueu a ca$ea. i)era uma coisa errada e+ agora+ teria de enfrentar as conse,u?ncias. *$serou a 1rima e

    notou ,u? ela continuaa a re1resentar+ 1roaelmente se diertindo com a situao.< > a carta do conde < comeou a garota+ num murm=rio mal audel.< ale alto+ ictoriaBA garota estremeceu 9 ordem $rusca+ de1ois+ com um $rilho nos olhos+ 1or entre as 15l1e$ras semicerradas+ disse:< Catherine estaa lendo a carta do conde+ mame.< Fsso ' erdade < 1erguntou a tia 9 moa+ chocada.< >+ sim+ senhora < res1ondeu ela+ num sussurro+ mas com o) firme.Sentiu medo ao 1erce$er a mudana de cor no rosto da tia. Ela 1arecia 1restes a ter um ata,ue+ a cometer um

    assassinato. * dela+ 1ensou Catherine. Es,uecida das filhas+ a lady 1erdeu a com1ostura.< Sua ingrata miser5elB De1ois de tudo o ,ue fi) 1or oc?+ tra)endo6a 1ara dentro da minha casa+ tratando6a

    como uma 1essoa da famlia. /ue atreimentoB /ue ingratido. #ara sua sorte+ conheo meu deer. Seno+ seria0ogada na ruaB

    Dei-ou6se cair numa 1oltrona+ fu)ilando a so$rinha com o olhar. Ento+ lem$rou6se das meninas e oltou6se 1araelas:

    < o 1ara seus ,uartos. De1ois conersarei com as duas.* tom de o) indicaa castigo 9 ista. *s sorrisos de mofa desa1areceram dos rostinhos+ en,uanto 1raticamente uma

    derru$aa a outra na 1ressa de esca1ar dali.

    Catherine continuou de 1'+ o cor1o esguio enri0ecido na determinao de no se curar. * sil?ncio ,ue se fe) dei-ou6aainda mais tensa.< Ento+ leu a corres1ond?ncia de sua 1rima+ minha cara

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    de 7ar$ara./uando ficou so)inha em seu 1e,ueno ,uarto+ no s(to+ Ca6therine ainda ouia a o) da tia. Como conseguira

    chegar de 1' at' o fim do dia+ no sa$ia. Seu cor1o 1arecia anestesiado+ 1riado de sensa4es. Nada mais 1oderia feri6la tanto+ noamente. #ela 1rimeira e)+ em meses+ no se 0ogou na cama+ e-austa+ 1ara dormir de imediato so$ oco$ertor desgastado 1elo uso. Atra's da 0anela+ olhaa o c'u escuro. * sil?ncio s( se rom1ia ,uando o elhorel(gio $atia as horas.

    Seu corao a1ertaa6se de ang=stia diante da 1ers1ectia do futuro. * amor+ coisa ,ue mais dese0aa+ estaa tolonge ,uanto a lua. ;amais conheceria a segurana e a felicidade de ser amada e dese0ada. 35grimas lhe corriam 1elo

    rosto. A ida se estendia cin)enta e a)ia diante dela.Ser a me dos filhos de outra mulher. endida 1ara ,ue 7ar$ara 1udesse ter mais alguns estidos elegantes no seu

    en-oal. A iso da 1rima iendo com Marcus+ sendo amada 1or ele+ arrancou um doloroso grito mudo do fundo doseu ser. Ela+ ,ue daria tanto alor aos sentimentos dele+ 9,uele amor to grande ,ue ele tinha 1ara dar+ no teria essedireito.

    #ensou+ de re1ente+ em fugir. Mas logo descartou a ideia: suas rou1as eram 1ou,ussimas+ no tinha dinheiro nemamigos ,ue 1udessem a0ud56la. Ainda era muito 0oem 1ara tra$alhar em 1osi4es melhores e+ mesmo ,ue tiesse idade+no haia ,uem 1udesse recomend56la. Sa$ia o 1erigo ,ue mulheres corriam ,uando iiam so)inhas. No 1odia desonrara mem(ria de seu 1ai fugindo de cum1rir seus deeres 1ara com sua tia e guardi. #or 1ior ,ue fosse+ seu destino haiasido traado e teria de aceit56lo.

    3utando 1ara diisar ,ual,uer es1erana no futuro+ en-ugou as l5grimas+ determinada a su1ortar tudo.m homem ,ue era i=o no 1oderia ser to ruim+ caso contr5rio no se teria casado+ 1ensou. Tale) a situao no

    fosse to m5 ,uanto su1unha. #elo menos+ teria uma antagem: ficaria longe da tia e das tias.As semanas ,ue se seguiram foram as 1iores de Catherine na,uela casa. Todos na manso+ desde o caalario at' o

    mordomo+ sa$iam dos 1lanos da lady+ graas 9 tagarelice das meninas. Catherine 1recisou de todas as suas foras 1araignorar os murm=rios e olhares de 1ena dos criados ,uando 1assaa 1or eles. Mais intoler5el ainda era o olhardiertido de 7ar$ara+ ,uando insistia em falar no destino dela. No escondia ,ue achaa diertidssima a situao da1rima e sem1re arran0aa um 0eito de atorment56la+ falando na a1ar?ncia de seu futuro marido: uma descrio cadae) mais maldosa ,ue a outra.

    Catherine o$seraa o constante entra6e6sai do sr. 7lacK+ o homem ,ue cuidaa dos neg(cios da tia+ e 1erce$eu ,ue a$usca do noio a1ro1riado continuaa. Com o 1assar dos dias o humor da senhora 1ioraa+ o ,ue comeou a dares1eranas 9 moa. Tale) nem o nome Carr fosse suficiente 1ara com1ensar a falta de $ele)a e de dote da noia...Tale) o noio nunca a1arecesse.

    3ady Carr andaa to 1reocu1ada em lirar6se da so$rinha 1o$re ,ue no 1restaa ateno ao com1ortamentoestranho da filha mais elha. Mas Catherine no era cega.@5 dias inha 1restando ateno nas atitudes da 1rima e nos acontecimentos.* 1rimeiro sinal foi a entrega di5ria de uma rosa $ranca. A flor chegaa sem nenhum carto+ o ,ue indicaa uma

    homenagem secreta. Sim1lesmente+ o 1ortador di)ia ,ue era 1ara a 0oem+ ,uando entregaa a flor ao mordomo. /uandoa me 1erguntara o ,ue significaa a,uilo+ ela res1ondera ,ue no sa$ia ,uem era o misterioso galante. Mas se a lady1restasse ateno no $rilho dos olhos da filha e em sua e-1resso de enleo+ ,uando se 0ulgaa ino$ser6ada+ eria ,ueisso no era erdade. Al'm da homenagem di5ria+ a moa 1assara a fre,uentar a $i$lioteca ,uase diariamente+ ,uandosem1re declarara a ,uem ,uisesse ouir ,ue 1referia morrer a ler um liro.

    #or acaso Catherine desco$riu o causador da,ueles acontecimentos estranhos. 3orde March. m dia ira6os no 1ar,ue+sem ,ue sou$essem ,ue eram o$serados. A 1ro-imidade dos dois+ o modo enolente com ,ue ele inclinaa o rostomoreno+ magro+ 1ara 7ar$ara e o 0eito derretido ,ue a moa erguia os olhos 1ara ele denunciaram ,ue haia $em mais

    ,ue ami)ade entre os dois.Catherine 0amais se imaginara ca1a) de sentir tanta raia e reolta. Como a,ueles dois se atreiam a encontrar6se emsegredo+ desafiando lady Carr e as conen4es Como 7ar$ara se atreia a trair o noio com um homem ,ue flertaacom todas as mulheres ,ue encontraa+ rica+ 1o$re+ menina+ elha+ senhora ou criada A custo dominou o im1ulso deir falar com os dois+ desmascarando6os em 1=$lico. No 1odia fa)er isso. A 1osio ,ue ocu1aa a faria 1assar 1or loucae 1ossielmente iriam achar ,ue era uma mentirosa+ maliciosa+ criadora de escndalos.

    Tratou de oltar 1ara casa. Nada 1odia fa)er 1ara 1roteger a dignidade do homem ,ue se a1oderara de seus1ensamentos nos =ltimos dias. Sentia6se to aflita ,ue nem se 1reocu1ou com o fato de ,ue seria chamada 9 ateno 1orter demorado mais ,ue deia na com1ra ,ue fora fa)er 1ara lady Carr.

    Sa$ia ,ue no tinha direito de interferir na ida do conde+ 1elo $em dele+ e de ier 1ensando em seu rosto+ em seu0eito de falar+ de andar... A =nica certe)a ,ue 1ossua era ,ue ,ueria ?6lo feli)+ mesmo casado com a 1rima egosta. Afelicidade dele era im1ortante 1ara ela. #or ,u?+ no sa$ia. Tale) 1or admir56lo 1ela coragem com ,ue lutaa contra os

    franceses+ sem lear em conta ,ue 1oderia 1erder a ida.No tinha e-1licao. No conseguia definir o ,ue acontecia com ela. Aceitaa os tumultuados e desconhecidos

    sentimentos como tudo o ,ue acontecia em sua ida.Se 1udesse+ faria tudo 1ara a felicidade da,uele homem.

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    FF

    * grito das gaiotas 0untaa6se ao $arulho do 1orto moimentado. Marcus dirigiu6se 1ara o cais onde estaa atracadoo naio ,ue o learia de olta 9 Fnglaterra. Era um 1e,ueno 1orto holand?s+ como ,ual,uer outro no mundo: su0o+moimentado com a ida e inda de 1assageiros+ de do,ueiros trans1ortando cargas e $agagens+ marinheirosgritando.* conde destacaa6se dos outros homens+ no 1elas rou1as elegantes+ mas 1ela 1resena. A guerra acentuara seu ar

    autorit5rio+ diminuindo a suaidade e cortesia ,ue haia antes em suas maneiras. 5rios olhares o seguiram ,uandosu$iu a 1rancha.

    *$serou o naio+ no muito grande+ im1ressionado com o n=mero de 1essoas a $ordo. Ao lado dele+ um ra1a) com$andagens na ca$ea+ 1roaelmente um ferido de guerra oltando 1ara casa+ olhaa o mar com ar 1ensatio. Ento+iu 7ates+ ,ue cuidaa do em$ar,ue de seus dois caalos. Distrado+ no 1erce$eu os olhares de d( ,ue sua a1ar?nciades1ertaa.

    Durante a conalescena ira tantos com1anheiros horrielmente mutilados+ desfigurados+ ,ue 1assara a no darim1ortncia 9 cicatri) ermelha ,ue lhe atraessaa a face es,uerda. No era nada 1erto dos horrores sofridos 1ortantos outros. Sua ansiedade se concentraa no fato de sa$er ,ue no iria recu1erar o moimento normal do $rao:achaa a $ele)a sem im1ortncia+ se com1arada 9 1erda de um $rao+ uma 1erna+ ou dos olhos.

    < Mame+ olha ,ue cicatri) horrorosaB < e-clamou uma o) infantil.* conde olhou ao redor 1ara er o ,ue im1ressionara a,uela criana. Chocado+ deu um 1asso atr5s+ ao er uma

    senhora de mo dada com uma menina+ ,ue olhaa 1ara ele com ar assustado. A mulher fe) uma reer?ncia+em$araada+ di)endo:

    < Descul1e+ sir. Ela ainda ' uma criana...S( ento ele 1erce$eu a ateno ,ue des1ertaa. Mudo de sur1resa+ com1reendeu ,ue ningu'm re1araa no $rao

    alei0ado+ mas sim no rosto. Nerosa+ a senhora gague0ou+ numa tentatia de suai)ar o coment5rio da garota:< /ual,uer um 1ode er ,ue seu rosto ainda ' $onito...Era isso ,ue im1ressionaa+ ento. A cicatri)B Era a cicatri) ,ue horrori)aa a menina. Dominou com dificuldade oim1ulso de co$rir o rosto. #rocurou acalmar6se e diminuir a aflio da mulher+ mas no conseguiu eliminar todafrie)a de sua o):< No se 1reocu1e+ madame. Entendo... io h5 tanto tem1o com esta marca ,ue me haia es,uecido dela.A e-1resso da 0oem senhora demonstrou descrena+ ia6se ,ue a cicatri) era recente+ mas ela aceitou a descul1a+

    agradecida. Afastou6se+ ,uase arrastando a garota.#ela 1rimeira e) o conde notou como as 1essoas 1odiam ser indelicadas e cru'is com os feridos de guerra. Se umacicatri) como a dele era ca1a) de des1ertar esse ti1o de reao+ o ,ue seria dos homens ,ue estaam 1iores ,ue ele

    Deus+ como ,uisera oltar antes de ter cum1rido todo seu deerB S( mesmo a imagem marailhosa de lady 7ar$arasuai)aa a dor de no 1oder lutar 1ela 15tria. E ela no seria insensel como a,uela gente ,ue olhaa 1ara ele com arde mal disfarada 1iedadeB

    *s relinchos nerosos de sua 'gua afastaram os tristes 1ensamentos. iu marinheiros 1rocurando acalm56la+ aomesmo tem1o ,ue a introdu)iam no 1oro do naio. Sus1irou de alio ao er ,ue+ 1ouco de1ois+ retiraam a enorme0aula a)ia. Agora ,ue sa$ia ,ue o animal estaa em segurana+ 1odia se retirar 1ara a solido da ca$ina. A iagem acaalo+ 1ela rana at' a costa da @olanda+ fora difcil. Seu cor1o doa muito. Sentia6se e-austo e desanimado+1ensando em enfrentar a iagem noturna 1or mar at' a Fnglaterra e+ de1ois+ o tra0eto+ de noo caalgando+ at' 3ondres.

    Encaminhando6se 1ara a ca$ina em 1assos lentos+ imaginou se no fora teimosia in=til a determinao de chegar

    logo+ indo a caalo. #elo menos seu criado 7ates+ atreido como sem1re+ dissera ,ue no alia a 1ena tanto esforo.Entrou na ca$ina. Acomoda4es de 1rimeira classe+ 1ensou+ com um sorriso triste. &raas a Deus seria 1or uma s(

    noite: tudo 1arecia ter sido ideali)ado 1ara um anoJ um homem da altura dele no conseguia moimentar6se 9 ontadeali. Todo es1ao era utili)ado+ desde a mesa com1acta de toalete+ onde 05 se achaam suas coisas+ at' o $eliche comgrade remoel+ 1r(1ria 1ara ser usada com mau tem1o.

    ;ogou a ca1a so$re o $eliche e tirou o d(lm com dificuldade.At' uns dias atr5s+ no conseguia fa)er isso sem a a0uda de 7ates. Aos 1oucos+ ia se acostumando com o $raoimo$ili)ado.

    #assou a mo 1elos ca$elos e sentou6se na $eirada do $eliche. Fa ser difcil dormir na,uilo: era mais duro ,ue acaminha de cam1anha do acam1amento e menor aindaB

    Mas ,uando chegasse a 3ondres tudo ia melhorar. 3ady 7ar$araB * calor da 1ele da moa+ o 1erfume e-(tico de seusca$elos a1oderaram6se dos sentidos dele como se fossem reais e no uma ida lem$rana.

    #ela 1rimeira e) em meses um sorriso suai)ou6lhe o rosto e ele se descontraiu. ;5 no ouia os sons do naio+ osgritos dos marinheiros+ na alga)arra formada 1ela sada do 1orto.

    ma $atida 9 1orta acordou6o. 3em$rou6se de onde estaa. Mandou entrar. Era 7ates+ ,ue acendeu os lam1i4esda ca$ina.

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    < > tarde+ ,uase on)e horas < comentou. < &uardei algo 1ara o senhor comer+ milorde. #osso tra)er* rosto de Marcus escureceu. Dormira noe horas. @5 1oucas6semanas moimentaa6se dia e noite+ com a1enas uma

    ou duas horas de re1ouso. Frritaa6o a olta lenta das foras. Ergueu6se e andou 1ela ca$ina+ in,uieto+ en,uanto ocriado es1eraa.

    < No sei o ,ue faria sem oc?+ 7ates. >... estou com um 1ouco com fome.< olto 05+ milorde...De noo so)inho+ o conde ficou 1ensatio. De1ois das tens4es su1ortadas na guerra no sentia atrao 1ela ida

    social em 3ondres. No conseguia entender como 1udera sentir atrao 1or a,uela ida a)ia+ antes. /ueria+ 1recisaa

    fa)er alguma coisa =til. No se conformaa em ficar inati.o+ ,uando seus camaradas lutaam. Mas como Alei0adocomo estaa+ o ,ue 1oderia fa)er Tale) 7ar$ara tiesse alguma ideia... Sorriu 9,uele 1ensamento+ sentindo6se maisanimado.

    #elos seus c5lculos+ deeriam chegar logo a Doer. Se fosse di6reto 1ara 3ondres+ eria a noia no dia seguinte.Sentou6se diante da $ande0a ,ue 7ates trou-era e comeu com a1etite./uando o naio atracou+ Marcus desceu 1ela 1rancha+ confiante+ sentindo6se em casa entre os sons e a 1aisagem ,ue

    conhecia desde criana. Mesmo as 1ragas $erradas 1or tra$alhadores das docas e marinheiros o fi)eram sorrir. Ansioso1ara 1rosseguir iagem+ usou o 1restgio de sua 1osio 1ara retirar sua $agagem ecaalos em 1rimeiro lugar.

    Ao er o criado s'rio+ o$serando6o+ o sorriso desa1areceu de seus l5$ios. 3em$rou6se de ,ue ele re1roaa a ideiade continuar a caalo. Tinha consci?ncia de ,ue deia gratido 9,uele homem 1elo cuidado com ,ue o tratara+ 1or'mno su1ortaa ser mimado. /ueria entrar logo em ao e 7ar$ara o es1eraa. #recisaa oltar 1ara ela sendo o mesmohomem ao ,ual a moa concedera a moJ no se conformaa em se a1resentar diminudo+ inca1acitado diante damulher ,ue amaa. 7ates di)ia ,ue ele no deia oltar s(+ caalgando+ en,uanto ele seguia a carruagem+ com asmalas.

    Fndiferente 9 o1osio do criado+ ele montou. Mas o homem no desistia:< #osso ir com o senhor+ milorde < 1ediu+ olhos fi-os no rosto do amo+ uma das mos no 1escoo da 'gua

    in,uieta.< Dia$o+ 7ates+ chegaB No acha ,ue 05 sou grandinhoSua 1aci?ncia se esgotara+ na ansiedade de 1artir. Mas a 1reocu1ao e desa1onto ,ue se es1antaram no rosto do

    criado suai)aram6lhe a )anga.< No se0a desmancha61ra)eres+ 7atesB No ai me acontecer nada em uma estrada com moimento+ durante o dia.

    oc? ai seguir logo atr5s de mim e sa$er5 se houer alguma coisa.

    7ates concordou+ sa$endo ,ue nada 1oderia fa)er. * conde acenou um adeus e fe) a fogosa 'gua+ Delila+ semoimentar. En,uanto olhaa o amo distanciar6se+ o homem consolou6se: tale) se 1reocu1asse 9 toa+ o condeconhecia as 1r(1rias foras.

    Ao dei-ar a cidade 1ara tr5s+ Marcus sentia 1ra)er caalgando entre os cam1os erdes. Condu)ia a 'gua a galo1efirme+ s( diminuindo o 1asso ,uando o caminho 1ioraa ou ao encontrar gado atraessando a estrada.

    No meio da tarde a marcha forada fe) sentir seus efeitos. Ainda estaa a horas de 3ondres+ e seu om$ro doa como secaalgasse h5 dias. Cada 1asso da montaria o atingia como um ferro em $rasa. Ao chegar 9 =ltima 1arada antes dacidade+ ele 1recisaa de algo mais ,ue um sim1les descanso. Mesmo as duas doses de brandy ,ue tomara en,uantoalimentaam e cuidaam de Delila+ no conseguiram a1agar a contrada e-1resso de dor em seu rosto. Mantee6se nasela at' o fim+ 1or 1ura teimosia.

    * =ltimo trecho da iagem foi feito entre cerrado neoeiro. * instinto mantinha Marcus n5direo certa. A noite 05cara ,uando chegou ao su$=r$io de 3ondres.

    < alta 1ouco+ agoraB < disse+ 1ara encora0ar a si mesmo e a 'gua.#ensou na noia 1ara afastar a dor e a e-austo. Amanh. Estaa to 1erto dela+ agora. 7ar$ara iria ficar feli) com

    seu regresso: 1edira6lhe tanto ,ue no fosse arriscar a ida+ lutando na rana... Como ela era senselB Como chorarae im1lorara ao sa$er ,ue ele decidira ir lutar contra os francesesB

    Sorriu ao 1erce$er as tochas ,ue iluminaam a entrada 1ara o 1ar,ue ,ue rodeaa sua manso. #ouco de1ois+ erarece$ido 1ela criadagem ,ue lhe daa $oas6indas+ alegre. Seu criado de ,uarto a0udou6o a su$ir. 3ogo mais+ de1ois deum $anho reconfortante+ encontraa6se acomodado em sua cama.

    En,uanto mergulhaa numa sonol?ncia de e-austo+ 1ensou no ,uanto era feli). Al'm de ter tido o1ortunidade decom$ater Na61oleo+ tinha criados fi'is+ amigos e+ acima de todos+ a encantadora lady 7ar$ara de ca$elos dourados.

    #assaa do meio6dia ,uando Marcus leantou. Ls longas horas de sono no o dei-aram resta$elecido como 1ensara.A1esar do rosto a$atido ,ue iu no es1elho+ ao se $ar$ear+ e da rigide) dolorosa do om$ro ferido+ no tinha a menorinteno de se mostrar a0ui)ado. No 1assaria nem se,uer mais um dia san er a noia. estiu a casaca cin)a6escuromais elegante ,ue tinha+ cala cin)a6claro e gostou do resultado: o tra0e alori)aa sua altura+ a cor1o esguio e forte.Mandou 1re1arar o coche com dois dos melhores caalos. Tale) leasse 7ar$ara 1ara um 1asseio to 1ar,ue.

    Catherine recuou+ ocultando6se num canto da asa. 7ar$ara e lorde March aca$aam de chegar e se a 1rima a isseali fora lhe daria uma descom1ostura. Ento+ como no daa 1ara entrar sem ser ista+ ela se escondeu.

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    < Chegamos+ minha ,uerida < disse o ra1a)+ tom o) acariciante.< /uer entrarA e-1resso e a o) de 7ar$ara demonstraam com1leta su$misso da moa 9,uele homem. 3ady Carr no ia

    gostar da,uilo.< Acho ,ue no+ amor... Sua me no me a1oa.*s olhos de 7ar$ara cintilaram de raia. *diaa ser contrariada 1or ,ual,uer 1essoa.< Como se eu me im1ortasse com issoB < aclamou+ comdes1re)o.ma e-1resso de orgulho satisfeito es1elhou6se ! rosto do lorde March e Catherine ,uase chegaram a sentir 1ena da1rima. Fnteressada a1enas em si mesma+ ela no 1erce$ia nada ao redor+ no ia ,ue a,uele homem se diertia+ ,ue osolhos dele no demonstraam calor algum+ ,ue no haia amor em seu corao. Ele era to diferente do conde+ a,uem uma mulher 1oderia confiar at' a 1r(1ria honraB< Eu significo tanto assim 1ara oc? < indagou ele+ chegando $em 1erto da moa.Ela ergueu os olhos e iu uma e-1resso no rosto do ra1a). Ele a dese0aa+ tinha certe)a. Sua me estaa errada.< oc? sa$e ,ue sim < sussurrou+ emocionada.< Ento es1ere um 1ouco mais+ minha criana... Ainda no est5 na hora de insistirmos com sua me.E lorde March desceu do f5eton+ 1ara a0ud56la a saltar.< Como oc? ,uiser+ Ro$ert < concordou a moa+ sus1irando.Catherine a1roeitou a,ueles instantes de distrao dos dois+ correu 1ara a 1arte de tr5s da casa e entrou 1ela 1orta

    dos fundos. Tratou de eitar os olhares da co1eira e da co)inheira. Chegou ao hall no momento em ,ue a 1rima

    entraa em casa e ouiu o mordomo di)er6lhe:< 3ady Carr est5 9 es1era da senhorita na sala de estar.< *$rigada+ ;enKins. < 7ar$ara tirou a ca1a e o cha1'u a)ul6safira. endo Catherine 0unto 9 escada+ fe)6lhe um

    gesto im1erioso: < enha c5+ 1rima Cat.A 0oem 1rocurou controlar a res1irao+ cru)ando o es1ao entre elas o mais deagar 1ossel. A outra 1oderia

    1erce$er ,ue correra+ se continuasse ofegante+ e o ,ue menos ,ueria na,uele momento era um interrogat(rio.< Ande logo+ meninaB < e o 1e)inho de 7ar$ara $atia no cho+ indicando )anga crescente.< /uer alguma coisa < indagou Catherine+ com o) to sua

    e ,uanto a da 1rima era estridente.7ar$ara olhou6a com frie)a+ antes de atirar a ca1a e o cha1'u 1ara ela+ ,ue a1anhou6os com destre)a.

    < Tome. 3ee isso 1ara meu ,uarto. E 1endure direito. Minha criada disse ,ue o amassado do =ltimo estido ,ueoc? 1endurou nunca ai desa1arecer. #recisa a1render a lidar com coisas finas e $onitas com cuidadoB

    A 1rima 1o$re tratou de engolir a raia ,ue lhe su$ia do 1eito. A1rendera ,ue era in=til lutar contra a,uelas1rooca4es in0ustas. Ningu'm a ouia+ ningu'm se im1ortaa com ela. #recisaa aguentar: no tinha escolha. Masno desceria ao nel deles+ fingindo humildade. Seus 1ais a haiam ensinado a ter 1aci?ncia e dignidade.

    A ouira o$serou a 1rima humilhada+ sa$oreando o olhar indefeso+ sem com1reender o ,ue haia no fundo da,uelesgrandes olhos erdes. &ostou de ?6la to 15lida+ a$atida. /uando Catherine chegara+ tiera uma certa 1reocu1ao+1ensando ,ue ela tale) 1udesse ser uma rial. Mas logo desco$rira ,ue no. *lhou o refle-o das duas no enormees1elho do hall: a coitadinha era uma som$ra ao sol radiante de sua $ele)a. Satisfeita com a com1arao+ resoleu1arar de atormentar a 1rima.

    < No fi,ue 1arada aB < falou as1eramente. < aa o ,ue mandei.Catherine su$iu a escada+ r51ida. Dessa e) haia esca1ado. Duas coisas $oas nesse dia: meia hora no 0ardim+ entre as

    flores+ e uma re1reenso a menos. Sorriu de lee ao 1ensar a,uilo. Tinha im1resso de ouir sua me di)endo ,ue tudoera su1ort5el+ desde ,ue se olhasse 1elo lado melhor. E+ 1ara essa noite+ tinha o liro ,ue 1egara na $i$lioteca do tio.

    Fa dar 1ara ler um 1ouco+ com o toco de ela ,ue uma em1regada 0ogara fora e ela recolhera. At' ,ue tinha sido um$om dia.

    #or um momento+ 1ensou em como seria $om se tiesse algu'm com ,uem conersar+ a ,uem falar de seus anseios+algu'm ,ue se interessasse em oui6la contar ,ue na,uela tarde encontrara um 1assarinho com seus filhotes no0ardim...

    Sus1irou. /ue ideia mais $o$aB Fa ter de ficar na,uela casa at' o dia em ,ue se casasse+ a no ser ,ue houesseum milagre.

    Nesse momento som de o)es chamou6lhe a ateno: de$ruou6se no corrimo e iu ,ue a 1rima entrara na sala deestar e no fechara a 1orta.

    < A senhora ,uer falar comigo+ mame< Sim < res1ondeu lady Carr+ colocando o $ordado no colo.

    < oltou muito tarde 1ara casa+ de noo.6 @aia muita gente no 1ar,ue+ ho0e. No daa 1ara as carruagens se moimentarem de1ressa < res1ondeu a 0oem+com um sacudir de om$ros.

    Naturalmente+ es,ueceu6se de falar na 1arada ,ue Ro$ert March ti)era em uma rua isolada. At' agora a lem$rana dos$ei0os a1ai-onados dele fa)iam os olhos dela $rilharem mais.

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    < Ento+ estee com lorde March de nooB At' ,uando acha ,ue ou tolerar esse seu com1ortamento Resoleume desafiar+ encontrando com esse homem 9s escondidas < es$rae0ou a lady+ o$serando atentamente o rosto da filha.< oc? ' uma tola+ menina. ma $o$inha com1leta. #ensei ,ue a tiesse orientado melhor.

    Mais ,ue as 1alaras+ o tom 5cido da me+ cheio de des1re)o+ tocou a moa. ;5 no chegaa Ro$ert estar demorandotanto 1ara 1edi6la em casamento+ agora a,uiloB

    < /uero me casar com eleB < re1licou+ furiosa.#arada no meio da escada+ Catherine a$riu a $oca ao ouir a,uilo. E o conde Era um homem $om+ digno. No

    merecia a,uilo. Era um caalheiro+ e uma mulher se sentiria segura ao lado dele.

    3orde March era uni homem f=til. A,ueles olhos escuros dele indicaam ,ue conhecia demais o mundo e asmulheres. Estremeceu ao lem$rar6se do dia em ,ue ficara a s(s com ele na sala+ antes de a 1rima descer. Ro$ert March aolhara como se 1udesse er atra's das rou1as. Tiera uma ontade louca de se esconder+ de se co$rir com um co$ertor$em grosso. No entanto+ o homem n fi)era se,uer um moimento 1ara toc56la+ falando6lhe num tom aeludado+mon(tono+ ,ue era ,uase hi1n(tico. Reagira como se ele fosse um animal selagem+ diante do olhar ,ue lhe 1arecera as6sustador. ;amais se sentira to feli) em er a 1rima+ ,uando ela entrara na sala+ numa onda de sedas e 1erfume+ dando6lhe chance 1ara esca1ar.

    * som de 1atas de caalo se a1ro-imando e 1arando diante da 1orta chamou6lhe a ateno. No 1odia ser lordeMarch de olta.

    * rel(gio marcaa ,uatro horas da tarde ,uando Marcus 1arou o coche diante da casa dos Carr. /uando sea1ro-imaa da casa+ estranhara ao er sair da frente dela a carruagem ermelho6escura ,ue conhecia $em.

    * ,ue Ro$ert March estaria fa)endo na casa de sua noia Sua futura sogra deia conhecer a re1utao demulherengo da,uele homem. Estranho ,ue concordasse em rece$?6lo. Sa$ia ,ue lady Carr era muito conscienciosacom sua re1utao e a das filhas.

    Su$iu a escada deagar+ ,uando o mordomo a$riu a 1orta. En,uanto entregaa as luas e o cha1'u ao criado+ estearregalou os olhos ao o$serar o rosto do conde. Sua e-1resso+ geralmente im1assel+ alterou6se antes ,ue 1udesse secontrolar.

    Marcus notou a reao do mordomo+ mas no deu im1ortncia. S( 1ensaa em 7ar$ara+ no momento de ?6la.< 3ady 7ar$ara est5+ ;enKins

    < Na sala de estar+ milorde+ com lady Carr. Deo anunci56loSe elas esto so)inhas+ no. /uero fa)er uma sur1resa < res1ondeu o conde+ encaminhando6se 1ara a sala.

    Ao chegar diante da 1orta du1la+ a$erta+ ouiu as o)es irritadas da noia e de lady Carr. Am$as estaam furiosas.;amais ouira a $em6amada falar da,uele 0eito to frio e duro. #arou+ com a testa fran)ida.

    Catherine inclinou6se mais so$re o corrimo e olhou 1ara $ai-o. No... A,uele homem to mais esguio no deia sero conde. Ento+ ele irou a ca$ea e seu 1erfil ficou na lu). Sim. Era lorde 7arrington. Ele estaa de olta+ saloB At'a,uele momento no haia imaginado ,ue o $em6estar do conde era assim to im1ortante 1ara ela. Corou+energonhada 1elo seu atreimento em 1ensar no noio da 1rima da,uele modo. Mas no conseguia afastar os olhosdele.

    As o)es agudas de 7ar$ara e sua me alteraram6se ainda mais+ fa)endo6a estremecer. /ue triste rece1o 1ara ele.< No admito isso+ 05 disseB < e-1lodiu lady Carr e+ ento+ 1erce$eu ,ue 05 no estaam so)inhas.icou to sur1resa ao er o conde ,ue nem re1arou no as1ecto a$atido e nos ferimentos dele. Ao contr5rio da filha. De

    onde 7ar$ara estaa o rosto de Marcus lhe era com1letamente isel. E aos seus olhos+ horrori)ados+ a,uele homem nadatinha a er com a,uele ,ue a cidade a1elidara de Ad(nis.

    Marcus re1arou no sil?ncio nada ha$itual de lady Carr+ com certo diertimento. Mas era 7ar$ara ,ue ele iera er. Seusolhos 1rocuraram a noia e a encontraram de costas 1ara a 0anela a$erta+ 1or onde o sol entraa $anhando6a com uma

    lu) ,ue lhe 1arecia 1aradisaca.Ento+ entrou na sala+ com um sorriso leemente distorcido 1ela cicatri) do ferimento.< #erderam a o) com o susto+ senhoras < $rincou ele+ tomando uma das mos da noia e leando6a aos

    l5$ios.7ar$ara 1arecia congelada. No conseguia se me-er+ nem tirar os olhos do rosto dele. Era a,uilo ,ue seu noio

    ,uisera di)er com um ferimento sem im1ortncia* conde+ ento+ fitou6lhe o rosto e no 1Gde acreditar no horror e re1ulsa ,ue ia nele. Era eidente ,ue 7ar$ara o

    re1elia+ tentando retirar a mo dentre as dele. Sentiu uma dor atreessar6lhe o 1eito. ma dor to intensa ,ue ele1erdeu o controle e soltou a 1e,uena mo. #elo 0eito+ o amor no con,uistaa tudo.

    < oltou antes do ,ue eu es1eraaB* tom hist'rico da o) da noia foi um cho,ue. Ele recuou+ lem$rando6se de todas as e-1ress4es de 1iedade e de

    re1ulso+ de todos os coment5rios ,ue ouira so$re sua cicatri) desde ,ue sair5 da rana. Sentiu uma 1rofundaamargura diante da,uela in0usta e cruel reao. Sua 7ar$ara+ seu amor+ sua ida no o ,ueriaB

    < #ois '... Como ?+ minha ,uerida+ no 1ude es1erar e im logo 1ara seu lado... < Ele falou sem tentar escondero sarcasmo e o deses1ero ,ue sentia.

    3ady Carr trataa de 1ensar de1ressa. Se a filha estaa dis1osta a se 1erder com lorde March+ 1retendia cas56la antes

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    disso. Sua es1erana era ,ue no momento em ,ue a moa oltasse a er o conde es,uecesse o desagrad5el admirador.S( ,ue no contara com a 1ossi$ilidade de lorde 7arrington ficar desfigurado. Sa$endo o ,uanto 7ar$ara detestaaalei04es+ 1erce$eu ,ue a fortuna dele lhe esca1aa das mos. Mas tentou consertar a situao.

    < Ainda $em ,ue assim foi+ milordeB < a1ressou6se a di)er.< Estamos felicssimas com sua olta+ no '+ ,uerida < E fitou a filha com ar autorit5rio.

    7ar$ara tratou de se controlar e concordou:< >+ sim... Claro...Mar cus olhou fi-amente 1ara as duas mulheres+ endo mais do ,ue dese0aa. Sem1re sou$era ,ue lady Carr

    interessaa6se mais 1or seu nome e fortuna do ,ue 1or ele mesmo. Mas a reelao de ,ue 7ar$ara era igual 9 mecausou dor maior ,ue a dos ferimentos. #elo menos+ a lady era mais honesta+ no escondendo sua am$io.

    < #eo descul1a 1or ter a1arecido sem aisar+ mas achei ,ue no era 1reciso tanta cerim(nia entre n(s+ milady o ,ue 1ensa. A,uele homem no 1resta. No ' a sua mo ,ue ele ,uer.

    < Est5 enganada+ mameB< eremos+ De ,ual,uer modo+ no temos escolha+ de1ois do ,ue oc? fe). aa esse homem 1edir sua mo+ se1uder. Mas ande logoB

    /ue horrorB+ 1ensou Catherine. Sa$ia o ,ue lady Carr 1ensaai de Ro$ert March. Todos na casa sa$iam. #ara elaconcordar com 7ar$ara+ as coisas deiam estar mesmo muito ruins. A senhora 1odia ser aarenta e louca 1or dinheiro+mas adoraa as filhas. Seu sonho era ?6las casadas com homens ,ue eleassem o nome Carr.< Ento+ ' isso ,ue oc? fa) ,uando no estou 1or 1erto+ mocinha < 3ady Carr entrara na sala de aulas sem

    Catherine notaiu e sua o) soaa furiosa. < ica dormindo 1elos cantos 5 a0u dar a co)inheira+ sua 1reguiosa+ingrataB

    A 0oem leantou6se de um salto+ assustada.< Sim+ tia... < murmurou+ mas no se me-eu+ com medo de 1assar 1erto da mulher+ ,ue estaa fora de si.< Ento * ,ue est5 es1erandoB

    < Nada+ tia... < e+ erguendo um 1ouco a am1la saia+ ela saiu correndo+ 1assando 1ela tia como um raio./uando chegou 9 co)inha+ sem fGlego+ dei-ou6se cair na 1rimeira cadeira ,ue encontrou e no 1erce$eu o olhar ,ue aco)inheira e a co1eira trocaram. Catherine era muito ,uerida 1elos criados+ com e-ceo das criadas de ,uarto de ladyCarr e de 7ar$ara. Seu modo $em6educado de tratar a todos+ o tem1eramento meigo fa)iam forte contraste com afamlia. ora das istas dos donos da casa+ todos trataam a 0oem como a lady ,ue de fato era.

    A sra. Do$$s+ a co)inheira+ com o rosto magro ermelho 1or causa do calor do fogo+ ergueu os olhos da 1anela ,ueme-ia e fitou Catherine com $ondade.

    < Ela a mandou de noo 1ara c5+ no '< im a0udar oc?s+ at' as meninas oltarem...< 2timo. Ser5 ,ue 1ode fa)er o faor de ir 9 enda 1ara mim #reciso de umas coisas 1ara rechear um 1ato.< Mesmo < *s olhos da moa iluminaram6se diante da 1ossi$ilidade de sair um 1ouco e seu rosto se tornou

    lindo+ todo animado.

    < No 1recisa ter 1ressa < disse a co)inheira+ rindoJ lim1ou as mos no aental e tirou um 1a1el amassado do$olso. < > a lista do ,ue 1reciso. E cuidado com a conta: ;oe Thatcher ' um su0eito muito es1ertoB

    Catherine guardou o 1a1el+ 1egou um dos -ales das em1regadas do ca$ide atr5s da 1orta+ e saiu 1elos fundos.Assim ,ue se iu na rua+ res1irou fundo+ sa$oreando a li$erdade momentnea. oi andando deagar+ o$serando as1essoas+ as casas+ o moimento.

    Ao entrar na enda+ iu ,ue todos estaam muito ocu1ados. * dono+ senhor i=o+ seus filhos Nellie e Ned atendiamos fregueses. oi 1ara 1erto da mocinha. No ,ueria ser atendida 1elo 1ai+ nem 1elo filho: na certa ficaria a$orrecida1or causa deles+ como sem1re. Tinham um modo estranho de trat56la+ ,ue a dei-aa nerosa e em$araada.

    Ela no 1odia 1erce$er+ mas a,uela sim1les deciso re$elde dei-ou um $onito corado em suas faces e urn $rilhoes1ecial nos olhos esmeralda. #ela 1rimeira e) em muito tem1o 1ensaa a1enas em si mesma. Seria atendida 1orNellie+ nem ,ue 1recisasse es1erar o dia inteiro.

    7astante tem1o de1ois foi atendida 1ela mocinha. A enda estaa ,uase a)ia.< A sra. Do$$s 1recisa disto a,ui+ 1or faor < disse+ entregando a lista a Nellie.< Ela ai fa)er um 0antar es1ecial < indagou a garota+ rindo.< NoB > ,ue estamos 1recisando+ mesmo+ dessas coisas.#assou algum tem1o agrad5el conersando com Nellie+ en,uanto ela a seria. Sorria+ descontrada+ ,uando 1egou as

    com1ras 1ara sair. Chegaa 9 1orta ,uando o dono da enda inter1Gs6se em seu caminho.< 7om dia+ miss < disse ;oe Thatcher+ 1ercorrendo6lhe o cor1o esguio com os olhos.Catherine estremeceu so$ o estido fino e o -ale+ com uma sensao desagrad5el. Tinha no0o do olhar da,uele

    homem e ,ueria sair dali o mais de1ressa 1ossel.< 7om dia < murmurou. < Com licena+ 1reciso ir... < e sem mais olhar 1ara o homem+ desiou6se dele e saiu.oltou 1ara casa+ ,uase correndo+ sem mais 1restar ateno no ,ue acontecia ao seu redor. * contentamento ,ue

    sentia se dissolera com o olhar atreido e lascio de Thatcher. &raas a Deus no 1recisaa ir muito 9 enda+ 1ensou.

    Ele lhe daa a sensao de ter 1assado 1or uma 1oa de lama.;oe Thatcher 1arou e olhou 1ara a fachada da casa dos Carr com certo nerosismo. Durante a noite 1assada ea,uele dia inteiro 1ensara no ,ue deia di)er a lady Carr+ ,ue estaa lhe deendo muito dinheiro. Era f5cil imaginar o,ue diria ,uando se encontrasse em sua casa+ 1rinci1almente de1ois de sa$er ,ue a filha da senhora 05 no era maisnoia de lorde 7arrington. Era um direito seu+ 1ensou+ e-igir o dinheiro ,ue lhe deiam. Era um homem tra$alhadorB

  • 7/22/2019 [COLEO SISSI] - 01 - Sydney Ann Clary - Retraro de Um Casamento (PtBr) (Revisar)

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    Com determinao+ a1ro-imou6se da 1orta e $ateu+ ouindo o som cao da aldraa dentro da manso. /ue noiessem ta1ear ;oe ThatcherB /ueria seu 1agamento e ia consegui6lo de ,ual,uer 0eito. Seu olhar se tornou fero),uando ;enKins a$riu a 1orta.

    < /uero falar com ady Carr < e-igiu+ com ar $eligerante. < E no adianta di)er ,ue ela no est5+ 1ois sei ,uenunca sai antes do meio6dia.

    * mordomo 1rocurou im1edir ,ue o homem entrasse 1or ali.< A entrada de serio ' 1elos fundos < disse+ com seerida de+ comeando a fechar a 1orta. Mas ;oe segurou6a e

    retrucou:

    < Ah+ noB Nada dissoB im $uscar meu dinheiro e no saio da,ui at' me 1agarem.#erce$endo ,ue no teria 0eito de se lirar do endeiro+ ;enKins tee de ceder.

    < Ento+ 1or faor+ aguarde a,ui. ou aisar milady ,ue o senhor a 1rocura. < e) o homem entrar 1ara o hall.Su$iu a escada+ relutante+ $ateu 9 1orta dos a1osentos da senhora e+ ,uando a criada de ,uarto atendeu+ contou6lhe o

    ,ue haia. A mulher mandou ,ue ele resolesse o caso e+ como ele disse ,ue era im1ossel+ ela $ateu a 1orta. ;enKinsaguardou e segundos de1ois a1arecia lady Carr+ irritada.

    < * ,ue significa isso Mande esse homem em$ora+ ,ue 5 cuidar da ida deleB Ainda nem tomei o caf' da manhB< Descul1e+ milady+ mas ele se recusa a ir em$ora < aisou o mordomo+ calmo.* 1eito da senhora arfou en,uanto uma e-1resso alarmada es1elhaa6se em seus olhos. A1ro-imou6se do 1atamar

    e olhou o homen)arro sentado l5 em$ai-o. Sentiu ,ue ia e-1lodir de raia. Amaldioando o falecido es1oso+ de ,uem7ar$ara herdara o 1rofundo egosmo+ tratou de 1ensar na situao. #recisaa manter a calma.

    < 3ee6o 1ara a saleta de tra$alhos manuais. ou falar com ele l5 < ordenou e+ sem es1erar 1ara er se erao$edecida+ oltou 1ara seus a1osentos.

    De1ois de introdu)ido na saleta+ sentado numa 1oltrona macia+ ;oe Thatcher comeou a 1ensar e admirou6se do1r(1rio atreimento. 7em+ 1arece ,ue iria dar certo. Se conseguisse rece$er o ,ue lhe deiam... #elo menos+ fora o1rimeiro credor a chegar ali. No fim do dia a notcia do rom1imento do noiado seria do conhecimento de todos+ eningu'm mais 1oderia chegar at' a 1orta+ ,uanto mais dentro da casa.

    *$serou o lu-o ao redor. /uadros de caadas com molduras 1intadas a ouro+ 1eas delicadas e aliosas nasmesinhas $ai-as e em 1edestais de madeira de lei tra$alhada... Afinal+ 1or ,ue a,uelas coisas in=teis no eram endidas1ara 1agar as didas dos Carr &ente rica era engraadaB+ 1ensou. Ele+ ,ue se orgulhaa de no deer nada a ningu'm+era olhado com des1re)o 1or ser comercianteJ a,uela gente+ ,ue deia um dinheiro 9 metade na cidade+ ou mais+ erares1eitada e iia como reiB

    En,uanto o homem fa)ia essas o$sera4es 1rofundas+ a senhora entrou na sala. Ele leantou6se+ com um aceno de

    ca$ea.< 3ady Carr...A dona da casa res1ondeu ao cum1rimento com um erguer das finas so$rancelhas e fe) um gesto+ mandando6o

    sentar.< /ueria falar comigo < Sua o) era distante+ fria+ sem nem um tremor se,uer ,ue indicasse 1reocu1ao.< /ueria. im $uscar meu dinheiro. Es1erei o mais ,ue 1odia. Agora+ ai ter de 1agar < e tirou de um $olso

    um mao de contas. < > isto o ,ue a senhora me dee.Colocou as contas numa mesinha e a senhora mal olhou6as.

    < Eu sei o ,uanto lhe deo e garanto ,ue logo ser5 1ago.< Tale)... #elo ,ue sou$e+ a senhora est5 sem dinheiro e com o rom1imento do noiado de sua filha no sei como

    1oder5 me 1agar < retrucou o homem+ grosseiro.* rosto de lady Carr ficou ermelho de indignao. Era demais uma senhora do nel dela ter de ouir uma coisa

    da,uelas de um negocianteB Dominou6se e falou entre os dentes:< Ento+ o ,ue o senhor sugere< 7em... < sur1reso+ Thatcher tratou de 1ensar de1ressa. < #odemos fa)er uma troca... A senhora me d5 alguma

    coisa no alor da dida e 1ronto.A lady riu+ ir(nica.

    < Se fosse to f5cil+ eu 05 teria feito isso. No tenho nada ,ue alha se,uer a metade dessas contasB < e-clamou+furiosa+ $atendo a mo nos 1a1'is es1alhando6os. A e-1resso do comerciante tornou6se desconfiada.

    < #ense $em+ milady... A senhora tem uma $oa casa+ ern0$ora 1recise de consertos. Tem 0(ias+ o$0etos de alor+,uadros+ criados+ caalos... E di) ,ue no tem nada de alor

    < E-atamente. Essas coisas aca$aram6se h5 muito tem1o. * ,ue ? a,ui so c(1ias+ re1rodu4es. Com e-ceoda estre$aria e dos caalos+ claro. A maioria dos animais est5 elha+ im1rest5el < e-1licou+ sentindo uma satisfao1erersa diante do ar de es1anto do homem.

    *s dois ficaram se olhando+ em sil?ncio+ ,uando uma lee $atida soou na 1orta. A senhora mandou ,ue entrasse.Catherine entrou e 1arou+ sem 1erce$er ,ue a tia tinha isita. #ermanecia de olhos $ai-os+ como lhe fora ensinado.

    < > 1ara tra)er as meninas a,ui+ tia < indagou.Ento+ tee uma desagrad5el sensao na es1inha. Ergueu a ca$ea e iu ,ue a tia a o$seraa com e-1resso

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    es,uisita. A lady oltou a ca$ea 1ara o lado e s( ento a 0oem 1erce$eu ,ue no estaam a s(s. icou gelada ao darcom o olhar fi-o de ;oe Thatcher e no 1Gde dominar o tremor das mos.

    < Claro ,ue simB < res1ondeu a senhora+ $rusca.Dando graas a Deus 1ela descul1a 1ara sair+ Catherine dei-ou a sala e+ na aflio+ $ateu a 1orta. ;5 ia em direo da

    escada ,uando o instinto aisou6a de um 1erigo e a fe) ir escutar 9 1orta. *uira uma conersa entre as criadas maiselhas. Di)iam ,ue ;oe Thatcher no 1restaaJ a co)inheira lhe dissera+ inclusie+ ,ue se mantiesse longe da,uelehomem.

    * 1ouco ,ue ira na saleta lhe dera certe)a de ,ue a tia estaa )angada e+ mais ,ue isso+ com medo. #erce$era a troca

    de olhares entre ela e o endeiro+ antes ,ue sasse. Na certa+ agora falaam nela.< Ento+ no tem nada de alor < ouiu Thatcher 1erguntar. < Claro ,ue tem... essa menina...< 7em < a o) da tia soaa re1assada de c5lculo e interesse 1ouco.

    A 0oem nunca se sentira to ferida e humilhada. 3ady Carr e Thatcher discutiam a res1eito dela como senegociassem a com1ra e enda de um animal.

    < Acho ,ue a senhora no est5 em 1osio de fa)er e-ig?ncias.

    < amos ser honestos #reciso de dinheiro e de tem1o. Se conseguir dinheiro+ terei tam$'m o tem1o e o senhor1ode me 1ro1orcionar isso. Em troca+ ter5 uma es1osa no$re e rece$er5 uma generosa recom1ensa em dinheiro.< Se no me engano+ a senhora disse ,ue no tem dinheiro.< Mas ou ter+ se meu 1lano der certo. Se me ouir+ er5 ,ue

    tenho ra)o...< ale.< Minha filha 1erdeu o conde+ mas tem outro 1retendente to rico ,uanto ele. Eu 1ro1onho ,ue o senhor 1erdoe

    minha dida e trate de fa)er os $oatos so$re o rom1imento do noiado no se es1alharem. Assim+ terei tem1o dereali)ar meu 1lano. De1ois ,ue 7ar$ara se casar+ darei um dote su$stancial a Catherine e minha $?no a oc?s dois+,ue se casaro em seguida.

    < Concordo < res1ondeu a o) animada do homen)arro. < Mas no ou es1erar o casamento de sua filha. Eu,uero...

    A moa sentia6se gelar a cada 1alara ,ue ouia. A tia concordou: na semana seguinte daria uma festa+ ,uer 7ar$araficasse noia ou no+ e Catherine casaria com ele imediatamente. *uiu 1assos e escondeu6se numa cortina. ma criada1assou sem ?6la e ela com1reendeu ,ue era arriscando continuar ali+ ouindo. * hall estaa a)io. Ento+ su$iu aescada correndo+ 1ara a segurana relatia da sala de aulas.

    A,uele dia 1assou como ,ue enolto em es1esso neoeiro frio. Catherine sentia6se entor1ecida. Nada atingia suaconsci?ncia+ nem mesmo as alfinetadas das meninas+ as e-1los4es da 1rima mais elha. No ia a hora de estar em seu,uarto. #recisaa 1ensar no ,ue fa)er.

    A medida ,ue os dias iam 1assando+ como a tia nada dissesse so$re os 1lanos ,ue haia feito 1ara ela+ Catherine iu6se diidida entre as es1erana e o deses1ero+ re)ando todas as noites 1ara ,ue a lady tiesse mudado de ideia.

    No final da semana a casa ficou de 1ernas 1ara o ar. 3ady Carr resolera dar uma grande festa e lorde March seriaum dos conidados. @aia eletricidade no ar e 7ar$ara estaa de (timo humor. Todos tomaam o maior cuidado 1arano contrari56la e destruir a,uela 1a) tem1or5ria.

    Catherine encontraa6se na co)inha+ a0udando nos 1re1aratios. 3ire do desgastante tra$alho de cuidar dasmeninas+ sa$oreaa o calor e a ami)ade das em1regadas.< A1osto ,ue a,ui nunca houe uma festa assim to grande < comentou+ animada.< No+ mesmo+ e no entendo a ra)o desta festa < concordou uma das em1regadas mais 0oens. < E garanto ,ue

    no haeria se o elho Thatcher no tiesse rasgado as contas de milady e contri$udo com os ingredientes... Eleest5 ,uerendo alguma coisaB

    < Chega+ meninaB < interferiu a co)inheira. < 3ae sua loua e 1are de matra,uearB No ligue 1ara ela+ missCatherine.

    A moa estremecera ao ouir o nome do homem. *s olhos dele+ frios+ 1retos e 1e,uenos como contas+ assom$raamseus sonhos. Tentara se conencer de ,ue se a tia ,uisesse cas56la com ele 05 lhe teria dito alguma coisa. Mas sa$er,ue ;oe Thatcher 1agara 1or a,uela festa era uma 1roa das negocia4es ,ue no 1odia ignorar. #erigo. @orror. #odia

    sentir o gosto amargo desses dois sentimentos na $oca seca de medo. #recisaa desco$rir um 0eito de se lirar da,uelasituao. /ual,uer coisa seria melhor ,ue se casar com a,uele homem. Sua =nica es1erana residia no noiado delorde March com 7ar$ara. Na certa o no$re no concordaria em se a1arentar+ mesmo de longe+ com um indiduoda,ueles.

    Tee ontade de sair correndo e ir se refugiar na sala de aulas+ mas haia muito tra$alho na co)inha. A conersa das

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    outras a dei-ou indiferente+ at' ,ue uma delas mencionou o conde.< * ,ue aconteceu ConteB < 1ediu+ ansiosa+ 9 moa.< Di)em ,ue ele eita a lu) do sol como se fosse uma criatura das treas. No ai a festas e no ,uer er os amigos.

    Est5 sem1re estido de 1reto... < a moa contaa essas coisas com certo 1ra)er e maldade. < 3ady Carr < o des1re)oficou eidente no tom de o) < disse 9 criada de ,uarto dela ,ue isso ' falat(rio+ a1enas. Mas o ,ue ela 1ode sa$er

    < *ui di)er ,ue ele 0oga muito e ganha sem1re+ ,ue $e$e demais e no fica $?$ado. Di)em ,ue ele no 'humano+ ,ue tem a marca de satan5s.

    A co)inheira+ ,ue lidaa no fogo+ olhou 1ara as moas com ar de re1reenso.

    < Marca de satan5sB /ue $esteiraB * conde ganhou a,uela cicatri) na rana+ lutando na guerra < e-1licou. muito tarde < indagou+ olhando 1ara a 0anela.Dis1ensara 7ates de seus 1asseios noturns+ coisa ,ue muito contrariaa o criado. Este 1arou+ sur1reso+ ao er o amo

    no ,uarto de estir.< >+ milorde. #odia ter me chamado+ no 1recisaa ficar me es1erando a,ui... < e comeou a a0ud56lo a tirar o

    casaco+ com cuidado.* lorde concentrou6se no ,ue fa)ia+ amaldioando sua de1end?ncia dos outros. Engraado+ no sentira dor alguma

    no om$ro ,uando a1arara a ,ueda de Catherine. Sus1irou+ lire do casaco+ e o$serou 7ates com olhar aaliador. Elelhe era dedicado+ tanto ,ue se recusara a ficar em 3ondres ,uando o conde fora 1ara a guerra. #odia confiar sua ida aele+ se 1recisasse. * criado era um homem muito discreto. Sa$ia ,ue ele iria re1roar o fato de ter leado uma moa1ara casa. Era um homem e-igente ,uanto a certo e errado.

    < ou dormir a,ui. @5 uma 0oem em meu ,uarto. *fereci minha cama a ela. No ,uero ,ue mais ningu'm sai$a,ue ela est5 a,ui. Confio em oc? 1ara conseguir isso.

    < No est5 falando s'rio+ milordeB < disse 7ates+ ,ue ouira admirado.

    < Estou+ sim < res1ondeu ele+ com um sorriso triste.estiu a camisa de dormir e sentou6se na cama. Sacudiu a ca$ea+ tentando lirar as ideias do neoeiro 1roocado1elo e-cesso de $e$ida.

    < Acho ,ue o brandy ,ue tomei foi um erro... < murmurou e a1ontou 1ara uma cadeira. < Sente6se+ homem.Seno+ ai me dar ci$ra no 1escoo 1ara olh56lo. E 05 chega a dor de ca$ea ,ue a em.

    < Descul1e+ senhor+ mas no estou entendendo... < disse 7ates+ sentando6se.< Claro ,ue no. Ainda no e-1li,uei. A moa ,ue est5 no meu ,uarto ai ser minha es1osa.< Es1osa < * criado sentia6se 1er1le-o e indagou+ es,uecendo6se das $oas maneiras: < /uem ' ela< > Catherine Carr < res1ondeu o conde+ fingindo no notar o atreimento. e) uma careta diante do ar de es1anto

    do homem.< A 1rima 1o$re de 7ar$ara. #ara resumir: ela fugiu de casa. 3ady Carr ia o$rig56la a se casar com um homem chamado;oe Thatcher e+ conforme a descrio dela+ 1'ssimo 1artido 1ara uma moa $em6educada. Ela foi negociada...

    < E 1or ,ue essa moa eio 1ara c5< Ela no eio... ,uero di)er+ no 1lane0ou ir 1ara c5

  • 7/22/2019 [COLEO SISSI] - 01 - Sydney Ann Clary - Retraro de Um Casamento (PtBr) (Revisar)

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    1orta ,uando sair+ 1or faor.* dedicado homem 1arou com a mo na maaneta+ olhando 1ara a 1orta ,ue daa 1ara o ,uarto do amo. No 1odia

    dei-56lo enoler6se+ com outra CarrB Se 1udesse+ faria alguma coisa. Silencioso+ desli)ou at' a 1orta de comunicao.;amais+ durante a,ueles anos todos+ es1ionara a Isua famliaI+ como denominaaos 7arrington na intimidade. Mas ia fa)?6lo agora.

    A$riu a 1orta e olhou 1ara a cama do conde. ma fresta de lu) entrando 1or um o das cortinas da 0anela mostrou6lhe as fei4es delicadas de Catherine. No tinha nada a er com a outra+ 1ensou ele+ aliiado. Muito magrinha+ semgrande $ele)a. Tomara fosse diferente tam$'m na 1ersonalidade. ma $ru-a 05 era o suficiente na ida do condeB

    Era meio6dia ,uando Marcus acordou. A$riu os olhos com cuidado+ em res1eito 9 dor de ca$ea. * ,ue estaafa)endo no ,uarto de estir Com certe)a 7ates 1erdera o 0u)o+ dei-ando6o dormir ali. Deia ter $e$ido demais. Tentoulem$rar o ,ue acontecera. Tinha certe)a de ,ue era algo im1ortante. Confuso+ enrolou6se de noo nos len(is.

    < 7oa tarde+ milorde < disse 7ates+ $ai-inho+ entrando com uma $ande0a de caf'.< /ue horas so< /uase uma... A senhora ainda no acordou < contou o criado+ serindo o caf'.< /ue senhora < indagou o conde+ tomando um gole de caf' e sem dar muita im1ortncia 9s 1alaras do outro.< Miss Catherine+ milorde. Ser5 ,ue es,ueceu ;5 arran0ei as rou1as ,ue o senhor 1ediu.< Catherine Rou1as < * lorde fitou o alete ao mesmo tem1o ,ue imagens confusas lhe 1assaam 1ela ca$eaJ um

    rosto delicado+ olhos de gatoJ um menino ,ue no era menino. < Meu Deus+ ' erdadeB #ensei ,ue fosse um sonho... um1esadeloB< echou os olhos+ com um gemido: nunca mais $e$eria da,uele 0eitoB < Tem certe)a de ,ue ela aindaest5 a,ui

    < 7em+ agora 9 tarde eu no fui er... < disse 7ates+ corando.* conde leantou6se. Tale) a moa tiesse ido em$ora. Era o ,ue es1eraa. A$riu a 1orta de comunicao. *,uarto estaa na 1enum$ra e ele 1Gde 1erce$er as formas delicadas so$ as co$ertas+ menores ainda no leito enorme.Fm1elido 1or curiosidade+ ,uis er o rosto de sua noia+ agora ,ue estaa s($rio. Caminhou lentamente 1ara a cama.* res1irar suae da moa era ,uase inaudel ,uando se a1ro-imou. *lhou a mulher ,ue 1edira em casamento. Era

    ,uase to $ranca ,uanto os len(is+ e os magnficos ca$elos ermelhos es1alhaam6se so$re o traesseiro. *s clioseram longos e negros. Deia estar mesmo muito $?$ado 1ara oferecer casamento 9,ue6Fa... 9,uela mulher. 3em$rou6se de ,ue o motio 1rinci1al era a ingana contra 7ar$ara e a me. Mas isso no erae-1licao suficiente 1ara o ,ue fi)era. Coisa de um $?$ado com1leto+ mesmoB

    Fa le56la 1ara o cam1o+ conforme dissera+ mas no se casariam. Ela no seria feli) com ele. A casa era muito grande+

    tinha muitos criados+ era difcil de dirigir. * melhor seria arran0ar uma colocao 1ara a moa: duas crianas 1aracuidar+ numa casa de $oa famlia+ no cam1o. Seu administrador deia conhecer algu'm nessas condi4es+ 1odia tam$'m1edir a um de seus 1rimos 1ara a0ud56lo a arran0ar em1rego 1ara ela.

    Achou a soluo $oa. Fa dar6lhe algum dinheiro+ e ela 1recisaa de rou1as. Sem fa)er $arulho+ oltou ao ,uarto deestir. #reocu1ado com Catherine+ es,uecera6se do 1lano de ingana ,ue fi)era na noite anterior.

    < ou sair um 1ouco+ 7ates. i,ue a,ui e no dei-e ,ue mais ningu'm da casa sai$a da 1resena dessa moa.Com a a0uda do criado+ estiu6se ra1idamente e saiu.Sua 1rimeira 1arada seria numa costureira. &ostaria de sa$er onde uma goernanta com1raria rou1as.Dirigindo o coche 1elas ruas moimentadas do centro+ 1ensaa no 0eito de se lirar da enrascada em ,ue se metera e

    de arran0ar uma situao ra)o5el 1ara Catherine. #ela 1rimeira e) no 1restaa ateno nos olhares ,ue se fi-aam emseu rosto marcado. Em$ora no leasse mais uma ida social+ saa de e) em ,uando durante o dia+ mas sem1re eitaraas horas e ruas de maior moimento.

    < Tome conta < disse+ 1arando o coche e entregando as r'deas ao cocheiro.Desceu e entrou na lo0a de madame Celeste+ uma das modistas mais elegantes e e-clusias de 3ondres.oi discretamente leado 1ara uma sala 1articular 1ela rece1cionista. /uando madame sou$e ,ue ele estaa l5+ seus

    olhos se iluminaram. * conde+ ,ue no a1arecia 1or ali h5 muito tem1o+ sem1re fora um cliente im1ortante: com1raao ,ue haia de melhor e 1agaa no ato da com1ra+ coisa 1ouco comum entre os grandes nomes da alta sociedade.

    < 3orde 7arrington+ ,uanta honraB < e-clamou a modista+ com seu melhor sota,ue franc?s.Ele estaa de costas e oltou6se ao oui6la. Ento+ a senhora no 1Gde conter uma e-clamao e es,ueceu6se 1or

    com1leto de continuar $ancando a francesa+ ao falar.Meu DeusB *s franceses fi)eram isso ao senhor < disse+ sem o menor trao de sota,ue. < Es1ero ,ue tenha matado

    ,uem o feriu assimB Seno+ eu mesma matoB* rosto do conde se contrara ,uando ela comeara a falar+ mas de1ois ele e-1lodiu numa gargalhada. Era diertido

    ?6la es,uecida de sua falsa origem e dis1osta a matar algu'm. De1ois dos cum1rimentos+ ele disse o ,ue 1recisaa.< Tenho e-atamente o ,ue milorde 1recisa 1ara uma

    em1regada: < 5 $uscar a,uele estido a)ul de sar0a+ de1ressa+ 1or faor.No tenho esse ti1o de coisas a,ui+ mas foi 1edido 1or uma cliente ,ue adora 0ardinagem. Ela no gostou da cor... ca1a) de irar as costas a tudo+ ,uando h5 tanto ,ue fa)er* lorde ficou tenso e sentiu raia da facilidade com ,ue ela falaa. Retirou a mo e encarou6a:

    < oc? no sa$e do ,ue est5 falando. Sinto6me $em fora de 3ondres. E o ,ue sei de a1anhar es1i4es+ 1artindo do1rinc1io ,ue um alei0ado 1ossa fa)er isso < 3eantou6se+ ,uase derru$ando o cadeira. < #ensei ,ue oc? fossediferente+ ,ue seria feli) a,ui+

  • 7/22/2019 [COLEO SISSI] - 01 - Sydney Ann Clary - Retraro de Um Casamento (PtBr) (Revisar)

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    sem sonhar com a agitao londrina. Estaa enganado. No fa) mal. A,ui estamos e amos 1ermanecer a,ui.Sur1reendida 1elo ata,ue+ ela ,uase o dei-ou ir. Mas lem$rou6se de ,ue o amaa. No se im1ortaa com o lugar

    em ,ue iessem+ desde ,ue ficassem 0untos. Mas ele no acreditaa nisso e no 1odia dei-ar ,ue a,uela ideia osse1arasse. Ergueu6se e foi 1ara a $i$lioteca+ atr5s dele. * conde se encontraa 1erto da 0anela+ olhando 1ara fora.< Dei-e6me+ Catherine < disse+ sem olh56la. < No 1reciso de oc?.

    < Est5 enganado+ MarcusB < Ela sentia medo+ medo ,ue a in timidade entre os dois+ to recente+ fosse destruda. o ,ue 1arece.

    < /ue 1roas ela tem ,ue 1assei a,uelas duas noites com oc? E isso tem im1ortncia< Muita. A sociedade lea isso em considerao... /uanto a 1roas+ ' mentira. S( 7ates+ oc? e eu sa$amos

    ,uando oc? eio 1ara c5. Ah+ o cocheiro tam$'m.< * ,ue amos fa)er< Rece$?6la+ como ela e-ige. Se estier deses1erada como 1ensamos+ eremos o ,ue fa)er. No 1odemos dei-56la ser

    1resa 1or causa das didas. Afinal+ ' sua tia...< No gosto disso. Ela e 7ar$ara no deiam ter chegado a esse 1onto. No ' 0usto oc? assumir essares1onsa$ilidade 1or minha causa.

    < Eu tam$'m no gosto+ mas no 1or isso. #or,ue no ,uero ter nenhuma ligao com os Carr. Elas maltratarammuito oc?...< A o) dele endureceu ao lem$rar o estado de Catherine ,uando a encontrara. < Fam end?6la 1ara a,ueleThatcher.

    Sur1resa com a raia contida na o) do marido+ ela o$serou6o com mais ateno e comentou:< oc? fala como se o conhecesse...< Conheo+ sim. #rocurei ?6lo e me informar so$re ele. No gostei do ,ue desco$ri. * futuro dele no ai ser

    muito $om...< Marc+ no faa nada a ele < 1ediu ela+ segurando a mo do marido e 1rocurando os olhos dele. < No

    1recisa mais me defender. Ele no 1ode me fa)er nada+ agora.< Eu sei+ mas ,uero ,ue ha0a 0ustia. Sim1lesmente+ ,uero ,ue se sai$a ,ue ele fa) neg(cios su0osJ ai ficar

    desacreditado e sem 1oder mais negociar. > o castigo ,ue merece. < Acariciou a mo da es1osa+ murmurando: < Eudisse a oc? ,ue no sou $om.

    < #ara mim+ '... < disse e se a1ro-imou dele+ amando6o mais a cada instante.Ningu'm+ al'm de seus 1ais+ se 1reocu1ara tanto com ela.Marcus a$raou6a+ os l5$ios dela atraindo os dele+ seu 1erfume+ lee como uma $risa de ero+ lem$rando a delcia do

    cor1o delicado 0unto ao seu.< oc? ' minha mulher+ Uate. * ,ue a atingir+ me atinge tam$'m < disse+ com a o) em$argada de emoo.< Tam$'m sinto assim...< Agradeo ao destino+ ,ue 0ogou oc? nos meus $raos na,uela noite < 1u-ou6a 1ara mais 1erto+ fa)endo6a

    a1oiar a ca$ea no 1eito dele. < Estou feli) 1or ter me casado com oc? e no com 7ar$ara. < iu ,ue fi)era $emconfessando isso ,uando a alegria iluminou os olhos dela. < Sua 1rima 0amais ser5 uma mulher assim. Confio em oc?.Nunca 1ensei ,ue 1recisaria confiar na mulher com ,uem me casasse. oc? ' inteligente+ cora0osa... ,ualidades ,uenunca 1ensei em 1rocurar na mulher ,ue ia ser minha com1anheira. Eu... 7em+ 1reciso de oc? muito+ de um modo ,uenem consigo e-1licar...

    No ntimo+ lorde 7arrington sentia no 1oder demonstrar amor. Mas no 1odia fingir nem mentir 1ara sua mulher.< Eu amo oc?... < disse Catherine+ $ai-inho+ os olhos mare0ados+ 1or'm sorrindo.Ele $ei0ou6a com suaidade+ sa$oreando a doura da,ueles l5$ios macios. *s $raos dela em seu 1escoo daam

    confiana no futuro+ o cor1o ardente+ colado ao dele+ fa)ia com ,ue se sentisse inteiro+ com1leto. As cicatri)es+ o $raosemi6imo$ili)ado no im1ortaam. Nem os falat(rios. Nem os es1i4es. Nada era real+ a no ser sua mulher.

    < Ser5 ,ue amos 1erder o almoo+ minha Uate < ele disse ao ouido dela+ sorrindo ao 1erce$er ,ue Catherinese arre1iaa.

    < *h+ agora+ no meio do dia+ milorde < Ela fingiu 1rostestar: a ideia deia escandali)56la+ 1or'm a e-citaa.< No meio do dia+ 9 tarde+ 9 noite+ milady. Escolha. Estou a,ui 1ara seri6la...< No 1odemos... < ela estaa sem fGlego < a1esar de eu ,uerer muito... oc? tem de ir tra$alhar...< Madame minha mulher+ estou escandali)adoB No 1retendia lear tanto tem1o < e ele riu+ malicioso.Ela corou+ tentando controlar o riso e sustentar o olhar dele.

  • 7/22/2019 [COLEO SISSI] - 01 - Sydney Ann Clary - Retraro de Um Casamento (PtBr) (Revisar)

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    < oc?B < e-clamou. < No deia $rincar assim comigoB< Mas oc? engole a isca to de1ressaB < Rou$ou6lhe um $ei0o antes ,ue ela esca1asse.< > ,ue no tenho e-1eri?ncia...< Eu 1osso ensin56la. Ser5 um grande 1ra)erB< Creio ,ue de am$as as 1artes+ milordeB < afirmou ela+ rindo e a0eitando o estido. Ento+ seus olhos deram

    com a carta.icou s'ria. < Tinha me es,uecido...

    < Eu tam$'mB < De cara feia+ o conde 1egou a carta e 0ogou6 a na lareira. < Amanh iremos falar com sua tia. melhor oc? tratar de fa)er lorde March 1edi6la em casamento. Assim+ 1elo menos oc? fica fora disto...< Tornou a fechar os olhos e fe) um gesto cansado na direo da 1orta. < Agora+ saia da,ui e me dei-edescansar+ filha. No crie mais 1ro$lemas do ,ue 05 tenho.

    FF

    < Acha+ mesmo+ ,ue ai dar certo+ Marcus < 1erguntou Catherine.Ele sentou6se no sof5 e 1u-ou6a 1ara o colo. A$raou6a e encostou a ca$ea dela em seu 1eito. A casa estaa

    silenciosa. *s criados 05 tinham sido dis1ensados e ido 1ara seus ,uartos. * conde 0amais imaginara ,ue seria togostoso ficar a s(s com uma mulher+ conersando.

    < Sir ;ohn achou a ideia (tima+ ,uando falei com ele ho0e 9 tarde. Designou um homem 1ara igiar a casa de suatia. icamos sa$endo ,ue um naio ,ue est5 ancorado em Doer 1artir5 1ara a frana da,ui a duas noites+ com umhomem im1ortante a $ordo+ acom1anhado 1or uma dama.

    < Esse homem seria lorde March e a dama seria 7ar$ara No 1osso acreditar ,ue ela faa issoBAconchegou6se nos $raos do marido+ sentindo6se 1rotegida. Sua felicidade era grande demais 1ara ser e-1ressa em

    1alaras.< oi 1ara conseguir uma reao dela ,ue im1us condi4es to insu1ort5eis a sua tia. 7ar$ara ' orgulhosa e ai

    fa)er ,ual,uer coisa 1ara esca1ar do nosso controle.< E oc? ,uer ,ue ela 5 em$ora com lorde March< /uero 7ar$ara $em longe+ onde no 1ossa magoar oc?. Se ela ficar a,ui+ sem1re dar5 um 0eito de atraessar

    nosso caminho.

    Ela no ' $oa+ minha Uate.< E oc? 1retende dei-ar lorde March ir em$ora< Se for 1ossel+ sim. A morte dele no nos adiantaria nada.

    * ,ue im1orta ' recu1erar o documento e desmascar56lo. Ele nunca mais se atreer5 a oltar a 3ondres.< Eu no sa$ia ,ue a traio dele ia se tornar 1=$lica... < comentou ela+ 1ensatia.< Fsso ' 1ior ,ue a morte+ creia. #ara di)er a erdade+ no lugar dele eu no sa$eria o ,ue fa)er. March tem duas

    15trias e famlia em am$as. Como escolher a ,ual delas ser leal< De fato... Eu no haia 1ensado nissoB< ma falha horrel de sua 1arte+ minha UateB < e-clamou ele+ fingindo6se )angado e desmanchando com os

    dedos a ruga de 1reocu1ao ,ue se formara na testa dela.< No deia caoar de mim+ milordeB < reclamou ela+ mordendo os dedos ,ue agora 1assaam 1or seus l5$ios.* $rilho de dese0o ,ue se acendeu nos olhos do marido alegrou6a. Se ele lhe falasse de amor+ seu mundo e sua

    felicidade seriam com1letos.< No deia+ madame minha mulher * ,ue 1refere ,ue eu faa< Muitas coisas... e oc? sa$e ,uaisB Mas+ 1rimeiro+ conte6me o resto do 1lano.endo a e-1resso teimosa no rostinho dela+ ele com1reendeu ,ue no tinha sada. Mas tentou.< De1ois eu conto+ mulher teimosaB < E $ei0ou6a.Sentindo ,ue ela no corres1ondia ao seu $ei0o+ afastou a ca$ea e olhou6a fi-amente+ colocando toda ardente 1ai-o

    ,ue sentia nesse olhar. Acontecia ,ue a dese0aa na,uele momento+ no de1oisBCatherine sorriu+ meiga+ e acariciou6lhe o rosto.< /uem est5 sendo teimoso+ agora< Milady+ a senhora est5 ficando es1erta demaisB < reclamou+ en,uanto ela ria. < E eu+ muito moleB #reciso

    mudar isso...< oc? est5 fugindo do assuntoB

    Ele estaa+ mas es1eraa ,ue ela no notasse.< Acho ,ue oc? no ai gostar muito < murmurou.< No gosto de nada nesse caso. /uero continuar nossa ida sem desco$rir es1i4es na nossa famlia+ MarcB< &anhou+ ,ueridaB < A1ertou6a mais contra si e a1oiou o ,uei-o na ca$ea dela. < ;5 ,ue ' assim+ amos nos

  • 7/22/2019 [COLEO SISSI] - 01 - Sydney Ann Clary - Retraro de Um Casamento (PtBr) (Revisar)

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    a0eitar confortaelmente...icou alguns momentos calado+ ordenando os 1ensamentos.< * 1lano ' sim1les. * homem ,ue igia a casa de sua tia ai nos aisar ,uando 7ar$ara sair 1ara ir ao encontro de

    March. oc? e eu+ ento+ resoleremos ir 1ara nossa casa+ em Doer...Fgnorou a e-clamao de sur1resa dela e continuou:

    < A+ inter1elo lorde March e o ameao com um 0ulgamento 1or traio+ oferecendo6lhe ento a 1ossi$ilidade de irem$ora do 1as+ desde ,ue me deola o documento. Es1eramos ,ue ele aceite+ mas learei alguns homens+ 1ara 1rend?6lo caso no concorde.

    < E 7ar$ara< > 1or isso ,ue oc? ai comigo. Se ela resoler no ir com lorde March+ fingiremos ,ue sua 1rima ia0ou

    conosco 1ara Doer a fim de re1ousar fora da cidade. ai haer falat(rio+ claro+ mas ningu'm 1oder5 1roar nada+ are1utao dela estar5 sala.Ento+ 1rocuraremos um no$re rural ,ue se case com ela.

    < Acho ,ue ' satisfat(rio... < comentou Catherine+ de1ois de 1ensar um 1ouco. < Mas ela ai nos odiar+,ual,uer ,ue se0a a soluo.

    * sorriso de Marcus+ ,ue a es1osa no iu+ no era nada $onito.< A sorte foi lanada h5 muito tem1o+ ,uerida+ e no 1or n(s < lem$rou ele. < E agora+ amos 1ensar em n(s+

    es1osa. No temos o ,ue fa)er at' o igia se manifestar.Catherine a$raou6o+ 1arecendo derreter6se nele+ com o amor trans$ordando em seu corao.

    < Como sem1re+ 9s suas ordens+ milordeB< Essa ' uma grande mentira+ madameB < e-clamou ele+ rindo e sacudindo6a. < Sou o mais e-1lorado dosmaridosB

    Ergueu6se com ela nos $raos e o 1eso de Catherine no afetou o om$ro dele. Saiu da sala+ su$iu a escada eencaminhou6se 1ara o ,uarto+ carregando6a como se leasse nos $raos o mais 1recioso tesouro do mundo.

    A escurido era rom1ida+ de ,uando em ,uando+ a1enas 1ela lu) amarela dos lam1i4es de rua. * homem ,ue igiaa9 casa dos Carr mantinha6se oculto nas som$ras. ma carruagem+ 1u-ada 1or ,uatro caalos+ desceu a rua lentamente e1arou na es,uina. m homem desceu e dirigiu6se aos fundos da casa.

    Era lorde March.Chegara a hora. A armadilha comeaa a se fechar. a)endo um sinal 1ara seu com1anheiro continuar igiando+ o

    homem saiu correndo.

    Sua 1rimeira 1arada foi na manso dos 7arrington.As fortes $atidas da aldraa acordaram Marcus. Resmungando+ saltou da cama e estiu o ro$e. Catherine a$riu os

    olhos+ to alerta ,uanto ele.< Chegou a hora < indagou+ num sussurro.< #arece ,ue sim. ista6se o mais de1ressa ,ue 1uder.Ela correu 1ara o ,uarto de estir. Num minuto estaa 1ronta+ com um estido escuro e um -ale. oltou 1ara o

    ,uarto ,uando Marcus saa do ,uarto de estir dele+ todo de 1reto. Seu rostomostraa6se im1assel 9 lu) das elas.Estendeu a mo 1ara o marido e disse:

    < Ainda tinha es1eranas de ,ue no fosse lorde March+ ,ue ele no tiesse feito isso...< > ele+ mesmo. * igia o reconheceu+ assim como a 1arelha e-celente de caalos 1retos dele. Ainda $em ,ue os

    meus so ligeiros+ seno 1oderamos no alcan56los. Mas temos de nos a1ressar. < #egou a ca1a de Catherine e

    colocou6a nos om$ros dela.< Dei-ou um $ilhete 1ara Mary Rose+ di)endo6lhe ,ue 5 1ara Doer amanh< E um 1ara a goernanta+ como oc? disse < res1ondeu ela+ en,uanto desciam a escada. < Sa$e ,ue 1arecemos

    um casal de fu04esA1esar da tenso+ Marcus sorriu 9,uela ideia.

    < @5 coisas 1iores... Es1i4es+ 1or e-em1lo < res1ondeu+ ,uando 05 chegaam 9 rua e se dirigiam 1ara a carruagem,ue os es1eraa. 7ates estaa 0unto ao cocheiro. < #arece ,ue mandei oc? ficarB < disse ele ao criado.

    < * senhor 1ode 1recisar de mim e nada tenho a fa)er a,ui+ milorde.* conde $ufou e sua mulher no 1Gde conter um sorriso. Ele a0udou6a a su$ir+ acomodou6se a seu lado e 1artiram.

    As ruas estaam desertas. No falaram 1or algum tem1o.< Se ,uiser+ durma+ minha Uate...Ela fitou o marido e com1reendeu ,ue conhecia uma outra faceta da 1ersonalidade dele+ coisa ,ue raras mulheres

    teriam o 1riil'gio de encontrar em seus maridos.< Acho ,ue no conseguiria dormir < disse.< > uma loucura tra)er oc? comigo 1ara enfrentar uma situao como estaB < desa$afou ele+ in,uieto. < Se

    houesse outra maneira de 1roteger a re1utao de 7ar$ara+ 0amais e-1oria oc? desse 0eito... < A$raou6a. < Se

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    ,uiser+ 1eo a 7ates ,ue a lee diretamente 1ara nossa casa+ de1ois leo sua 1rima 1ara l5+ se ela no ,uiser ir comlorde March.

    < No. ico com oc?. > $om ,ue 1recise de mim. /uero estar sem1re a seu lado.< Tem certe)a+ minha 1e,uenina #ode ser 1erigoso...< oc? me 1rotege < foi a res1osta confiante.Marcus 1erce$eu uma confiana a$soluta nos olhos $rilhantes da es1osa. Nunca se cansaria de a$enoar o im1ulso

    ,ue o fi)era 1edi6la em casamento. E foi na,uele instante ,ue sou$e ,ue a amaa. Se tiessem tem1o+ se fosse o lugara1ro1riado+ se a0oelharia aos 1's dela e faria uma declarao de amor. Mas isso teria de es1erar.

    < Trate de descansar < disse+ com o) rouca+ fa)endo6a a1oiar a ca$ea em seu 1eito. < A noite ai ser longa.Catherine fechou os olhos+ sentindo6se segura nos $raos dele. isso ,ue oc? ,uer < 1erguntou o conde+ olhando 1ara a moa.

    < Sim. E o senhor nada tem a er com issoB < atacou ela.< Calma+ minha menina < 1ediu lorde March+ 1ondo a mo num om$ro de 7ar$ara.< Ento+ minha es1osa e eu lhes dese0amos $oa iagem+ desde ,ue me deola algo ,ue no lhe 1ertence < e lorde

    7arrington sustentou o olhar de March sem 1estane0ar.< No sei o ,ue ,uer di)er < o outro tentou esca1ar+ tornando6se s'rio e atento.< Se ,uiser+ 1osso ser mais claro < disse o conde+ olhando ra1idamente 1ara 7ar$ara+ de1ois oltando a ateno

    1ara o lorde.*s olhos de March se estreitaram e a mo dele desli)ou 1ara a 1e,uena 1istola ,ue tra)ia num $olso.

    < No 1recisa < disse+ frio. < E no ou deoler nada. No imagina o alor ,ue isso tem 1ara mim.Marcus colocou6se diante de Catherine+ sentindo o 1erigo ,ue 1airaa no ar.

    < Entregue6me o documento e oc?s 1odem ir. Se no+ ou lea6lo de olta a 3ondres 1ara ser 0ulgado 1or traio. ar5sofrer suas famlias da,ui e da rana. /uer isso

    < Traio /ue traio+ Ro$ert < 7ar$ara ergueu6se+ aturdida. < Ele est5 mentindo+ no '< No < res1ondeu lorde March+ sem1re fitando Marcus.

  • 7/22/2019 [COLEO SISSI] - 01 - Sydney Ann Clary - Retraro de Um Casamento (PtBr) (Revisar)

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    7ar$ara fitaa Marcus+ fora de si+ sentindo o futuro esca1ar6lhe das mos outra e).< No ou 1ermitir issoB < gritou+ alucinada+ 1egou o $ule de ch5 de so$re a mesinha e atirou6o no rosto de

    Marcus.Catherine gritou e tentou desiar o marido+ mas a ca$ea dele foi atingida e o conde cam$aleou. A am1la saia de

    7ar$ara enroscou6se nas 1ernas de lorde March+ en,uanto ele aanaa+ em1unhando a 1istola. Ele 1erdeu oe,uil$rio e a arma esca1ou de sua mo+ caindo na mesinha+ diante da 0oem. Ela agarrou6a e a1ontou 1araCatherine+ seu alo mais 1r(-imo.

    < Eu atiroB < gritou+ enlou,uecida+ com a mo tr'mula.

    Catherine gelou+ sa$endo ,ue a 1rima 1oderia fa)er o ,ue ameaaa+ 1ertur$ada da,uele 0eito.< No se0a louca+ 7ar$araB No ai esca1ar. @5 homens l5 fora. ai ser 1resaB < Marcus falaa do modo mais calmo

    1ossel.Ro$ert March tirou o documento do $olso. Seus 1lanos no incluam assassinato+ mas ele no ,ueria 1erder.

    < #are+ minha menina < disse+ calmo. < Ele tem ra)o.

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