coleção cadernos eja - professor - 11 tecnologia e trabalho

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A o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi- ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação que os acolha. Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer- cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras. Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti- nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for- mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino Fundamental. Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei- tando as experiências e os conhecimentos dos alunos. Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o 2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos. A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con- cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões para o trabalho com esses textos. A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário, com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação e a integração das diversas áreas do conhecimento. Bom trabalho! Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Secad/MEC Apresentação CP_iniciais.qxd 21.01.07 14:33 Page 1

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Page 1: Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho

A o longo de sua história, o Brasil tem enfrentado o problema da exclusão social que gerou

grande impacto nos sistemas educacionais. Hoje, milhões de brasileiros ainda não se benefi-

ciam do ingresso e da permanência na escola, ou seja, não têm acesso a um sistema de educação

que os acolha.

Educação de qualidade é um direito de todos os cidadãos e dever do Estado; garantir o exer-

cício desse direito é um desafio que impõe decisões inovadoras.

Para enfrentar esse desafio, o Ministério da Educação criou a Secretaria de Educação Conti-

nuada, Alfabetização e Diversidade – Secad, cuja tarefa é criar as estruturas necessárias para for-

mular, implementar, fomentar e avaliar as políticas públicas voltadas para os grupos tradicionalmente

excluídos de seus direitos, como as pessoas com 15 anos ou mais que não completaram o Ensino

Fundamental.

Efetivar o direito à educação dos jovens e dos adultos ultrapassa a ampliação da oferta de vagas

nos sistemas públicos de ensino. É necessário que o ensino seja adequado aos que ingressam na

escola ou retornam a ela fora do tempo regular: que ele prime pela qualidade, valorizando e respei-

tando as experiências e os conhecimentos dos alunos.

Com esse intuito, a Secad apresenta os Cadernos de EJA: materiais pedagógicos para o 1.º e o

2.º segmentos do ensino fundamental de jovens e adultos. “Trabalho” será o tema da abordagem

dos cadernos, pela importância que tem no cotidiano dos alunos.

A coleção é composta de 27 cadernos: 13 para o aluno, 13 para o professor e um com a con-

cepção metodológica e pedagógica do material. O caderno do aluno é uma coletânea de textos

de diferentes gêneros e diversas fontes; o do professor é um catálogo de atividades, com sugestões

para o trabalho com esses textos.

A Secad não espera que este material seja o único utilizado nas salas de aula. Ao contrário,

com ele busca ampliar o rol do que pode ser selecionado pelo educador, incentivando a articulação

e a integração das diversas áreas do conhecimento.

Bom trabalho!

Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade – Secad/MEC

Apresentação

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Page 2: Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho

Caro professor

Este caderno foi desenvolvido para você, pensando no seu trabalho cotidiano de educar jovens

e adultos. Esperamos que ele seja uma ferramenta útil para aprimorar esse trabalho. O cader-

no que você tem em mãos faz parte da coleção “Cadernos de EJA”, e é um dos frutos de uma

parceria entre as universidades brasileiras ligadas à Rede Unitrabalho e o Ministério da Educação.

As atividades deste caderno contemplam assuntos e conteúdos destinados a todas as séries

do ensino fundamental e seguem a seguinte lógica:

• Cada texto do caderno do aluno serve de base para uma ou mais atividades de diferentes áreas

do conhecimento; cada atividade está formulada como um plano de aula, com objetivos, des-

crição, resultados esperados, etc.

• As atividades admitem grande flexibilidade: podem ser aplicadas na ordem que você considerar

mais adequada aos seus alunos. Cabe a você escolher quais atividades irá usar e de que forma.

Os segmentos para os quais as atividades se destinam estão indicados pelas cores das tarjas

laterais: as atividades do nível I (1-ª a 4-ª séries) possuem a lateral amarela; as do nível II (5-ª a 8-ª

séries) têm a lateral vermelha. Se a atividade puder ser aplicada em ambos os níveis, a lateral

será laranja. Essa classificação é apenas indicativa. Cabe a você avaliar quais atividades são as

mais adequadas para a turma com a qual está trabalhando.

• Graças à proposta de um trabalho multidisciplinar, uma atividade indicada para a área de

Matemática, por exemplo, poderá ser usada em uma aula de Geografia, e assim por diante.

As atividades de Educação e Trabalho e Economia Solidária também poderão ser aplicadas aos

mais diversos componentes curriculares.

Ao produzir este material pedagógico a equipe teve a intenção de estimular a liberdade

e a criatividade. Se a partir das sugestões aqui apresentadas, você decidir escolher outros textos

e elaborar suas próprias atividades aproveitando algumas das idéias que estamos partilhando,

estaremos plenamente satisfeitos. Acreditamos profundamente na sua capacidade de discernir

o que é melhor para as pessoas com as quais está dividindo a desafiadora tarefa de se apropriar

da cultura letrada e se formar cidadão.

Bom trabalho!

Equipe da Unitrabalho

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Page 3: Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho

Como utilizar a página de atividade

Numeração: indica otexto correspondenteao caderno do aluno.

Área: indica a área do conhecimento.

Nível: sugere o segmento do ensino fundamental para aplicação da atividade.

Materiais e tempo:materiais indicados para a realização da atividade, especialmente aqueles que nãoestão disponíveis em sala de aula (opcional), e o tempo sugerido para o desenvolvimentoda atividade.

Contexto:insere o tema no cotidiano do aluno.

Dicas:bibliografia de suporte,

sites, músicas, filmes, etc. que ajudam o professor

a ampliar o tema (opcional).

Cor lateral:indica o nível sugerido.

Descrição:passos que o professor

deve seguir para discutircom os alunos os

conceitos e questõesapresentados na

atividade proposta.

Introdução:pontos principais dotexto transformados

em problematizaçõese questões para o

professor.

Objetivos:ações que tanto aluno

como professorrealizarão.

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Page 4: Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho

1 A cidade ideal Artes I e II 8Conservando a madeira Ciências I e II 9Remédios e o nosso organismo Ciências I 10La vida y el trabajo en las ciudades, un reto para el siglo XXI Espanhol II 11O que é uma cidade? Viver e trabalhar no meio rural e urbano Geografia I e II 12Onde você quer viver? História I e II 13City facilities and directions Inglês II 14É ou não é uma cidade? Matemática I 15O observador Português I e II 16

2 O jornal Artes II 17Precarização do trabalho no campo Geografia I e II 18O setor agrícola em gráfico Matemática II 19

3 O rito Artes I e II 20Rotação e translação Ciências I 21O contador de causos Português I e II 22

4 Carimbo Portinari Artes II 23Mais trabalho, menos salário Matemática I e II 24Visualizando o salário Matemática II 25O trabalho extenuante do cortador de cana Matemática I e II 26La precariedad de las condiciones de los trabajadores en la caña de azúcar Espanhol II 27

5 A terra e sua relação com o modo de vida Xavante História I e II 28Qual é a minha relação com a terra? História II 29Terra, trabalho e vida História II 30Quantas castanhas! Ciências I e II 31Paráfrase criativa Português II 32

4 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Sumário das atividades

Texto Atividade Área Nível Página

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Page 5: Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho

Caderno do professor / Trabalho no Campo • 5

Texto Atividade Área Nível Página

6 Simbólico Artes I e II 33Sabores e cheiros do associativismo Ed. e Trabalho I e II 34“Do caju brasileiro se aproveita até o cheiro” Geografia I e II 35O caju e o trabalhador rural brasileiro História I e II 36Você só come a Castanha? Português I e II 37

7 Carta às crianças do MST Ed. e Trabalho I 38“Sem-terrinha” Ed. e Trabalho I 39A infância e a luta pela terra: múltiplos olhares História I e II 40Reportagem Português I e II 41

8 Módulo Fiscal. O que é? Matemática I e II 42Quantas vezes maior? Matemática I e II 43La agricultura familiar reconocida Espanhol II 44

9 H-bio, que combustível é esse? Ciências II 45Chuva ácida Ciências I e II 46Biodiesel: impactos sociais e ambientais Geografia II 47Mais trabalho, menos poluição Matemática II 48A importância do biodiesel Matemática II 49

10 O paradoxo no mundo do trabalho Ed. e Trabalho I 50Salário inversamente proporcional à produção? Que absurdo é esse? Matemática II 51Jogo das simulações: a agência de empregos Português II 52

11 O que fazer quando a máquina chega Artes I e II 53Processo de trabalho e processo educativo Ed. e Trabalho I e II 54El desempleo alcanza el 70% en el àrea rural de Pernambuco Espanhol II 55Desemprego na entressafra Geografia I e II 56Desemprego e exploração humana: uma relação degradante Matemática II 57Encontre seu par! Português II 58

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Page 6: Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho

6 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

12 Violação dos direitos humanos Ed. e Trabalho II 59Conflito e violência no campo História II 60Os números dos crimes do latifúndio Matemática I 61Criação de um painel Português II 62

13 “Vida! Vida! Por que tens que ser tão dividida?” Ed. e Trabalho I 63O valor vital da terra Geografia I 64Terra chão, terra pão! História I e II 65Haicai Português I e II 66

14 Os povos indígenas e a expropriação de suas terras Ed. e Trabalho I e II 67O mapa do Brasil Geografia I e II 68Ouvi dizer que... Português II 69

15 Segredos Inglês II 70

16 Economia solidária e o trabalho do seringueiro Econ. Solidária I e II 71Bens naturais Artes I e II 72O que a borracha pode apagar? História I e II 73O poema do aluno Português I e II 74

17 Tic tac toe Inglês II 75Pesquisa Inglês II 76Falando sério: reforma agrária Ed e Trabalho II 77É terra grande demais Matemática I e II 78Dialogando Português I e II 79

18 Coro de gritos Artes I e II 80As lutas camponesas como objeto de pesquisa Ed. e Trabalho II 81A organização camponesa e a luta dos trabalhadores rurais Geografia I e II 82

Texto Atividade Área Nível Página

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 7

18 Reforma agrária e direitos dos trabalhadores rurais: histórias e lutas História I e II 83Desenhando mapa, estimando área Matemática II 84

19 Economia solidária e agroecologia Econ. Solidária I e II 85Educação Física no campo Ed. Física I e II 86O que fazer com o dinheiro? Português II 87

20 Economia solidária e o trabalho de artesanato Econ. Solidária I e II 88Novas tecnologias e emprego no meio rural História II 89

21 Condições precárias de existência, o que fazer? Econ. Solidária I e II 90Você já se percebeu respirando? Ed. Física I e II 91O teatro na escola: Morte e vida severina Português I e II 92

22 A união faz a força Econ. Solidária I e II 93

Texto Atividade Área Nível Página

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8 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Artes Nível I e II

1. A classe deverá reler o texto selecionado e dis-cutir os critérios dos portugueses para definiçãodo que é uma cidade.

2. Baseado em critérios individuais, cada alunodesenhará desenhar uma planta baixa de suacidade ideal.

3. Depois de desenhar, cada um fará uma pe-quena exposição sobre sua “cidade ideal” ediscutirá sua proposta com os demais.

4. Os alunos deverão comparar suas “cidadesideais” com o local onde vivem.

Descrição da atividade Materiais indicados:P Papel, caneta ou lápis

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P A cidade ideal

Resultados esperados:a) Que o aluno possa criar critérios de definição

para uma cidade ideal.b) Que o aluno possa comparar com os demais o

que foi esquecido na elaboração e o que podeser acrescentado ou retirado.

c) Que o aluno possa comparar as cidades e formaropiniões sobre como deveria ser uma cidade.

1T e x t o

Objetivos • Desenhar a planta baixa de uma cidade ideal.• Discutir os critérios que caracterizam as regras

para a constituição de uma cidade.• Comparar a cidade em que vive com os cri-té-

rios apontados pelos portugueses para defi-nição do que é uma cidade.

IntroduçãoO texto selecionado aponta alguns critérios práticosadotados pelos portugueses para classificar uma vilacomo cidade. Dentre esses critérios podemos sele-cionar alguns muito importantes: hospital com inter-nação, farmácias, museu e bibliotecas, casa de es-petáculo ou centro cultural, parques e jardins pú-blicos. O texto selecionado indica como no Brasil

esses critérios não são considerados na caracteriza-ção de uma cidade, tampouco seriam respeitadoscaso fossem assim determinados. Chico Buarque,Enriquez e Bardotti ao escreverem o espetáculomusical Saltimbancos criaram uma música chamada“A cidade ideal”. Para o cachorro, ela teria um postepor metro quadrado e não teria carros. Para a gali-nha, teria as ruas cheias de minhoca, a barriga ficariaquentinha, transformando milho em pipoca. Para agata, a cidade seria um prato de tripa fresquinha,com sardinha num monte de latas e alcatra no finalda linha. Já o jumento, que é sabido, acha que a ci-dade é uma grande senhora que hoje sorri e amanhãte devora. Como seria a nossa cidade ideal? Valeriamaqui os critérios portugueses?

Dicas do professor: site: www.cliquemusic.com.br/artistas/artistas.asp?Status=DISCO&Nu_Disco=919

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 9

Área: Ciências Nível I e II

1. Peça aos alunos que observem a presença depeças de madeira em seu ambiente domésti-co, social, profissional e na escola.

2. Os alunos devem fazer anotações sobre otipo de madeira encontrada e verificar se elasofreu algum tratamento para preservação.

3. É importante que observem se há diferençano estado de conservação de madeiras tra-tadas e não tratadas e em sua coloração.

4. As observações dos alunos devem ser docu-mentadas em um relatório com informaçõessobre a madeira nos ambientes doméstico,social, profissional e escolar.

Descrição da atividade Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Conservando a madeira

Resultados esperados: Distinguir diferentestécnicas para conservação da madeira.

1T e x t o

Objetivo• Conhecer algumas técnicas para conservação

da madeira.

IntroduçãoO texto menciona a cidade gaúcha União daSerra, que possui apenas quatro casas, sendouma delas de um madeireiro, o trabalhador que cor-ta a madeira na mata. Após o corte, há necessidadede se tratar a madeira para prevenir sua deterio-ração e aumentar a sua durabilidade e tempo devida útil. Substâncias químicas como preservativossão muito utilizadas com o objetivo de prevenir aação de insetos e fungos, sendo mais necessária asua utilização se a madeira ficar em contato diretocom o solo ou a água. Os preservativos são aplica-dos na madeira usando-se uma solução, que im-pregna a parte interna e fica ali retida quando ocorrea secagem. Preservantes solúveis em óleo são em-

pregados para madeiras que ficarão em contatodireto com o solo, sendo um exemplo o creosato.Preservantes hidrossolúveis são compostos de mis-turas de vários sais, como os de potássio, sódio ouzinco e ácidos crômico, arsênico e bórico, etc. Oprocesso de termorretificação, que trata a madeirasem o uso de produtos químicos, não é utilizado emescala industrial em nosso país. A madeira é preser-vada por meio de calor, quando exposta a tempera-turas elevadas (entre 120 e 200 graus), temperatu-ra que não degrada a madeira em suas substânciasbásicas. Uma conseqüência deste processo é o es-curecimento da cor da madeira.

Contexto no mundo do trabalho: madeira tem usosdiversos no cotidiano na sua utilização é fonte de empre-gos nos meios rural e urbano, pela fabricação de móveis eutensílios, na construção civil, etc.

Dicas do professor: O processo de tratamento manualempregando o uso de preservativos químicos pode ser uti-lizado para a proteção de mourões, sem usar pressão e tra-balhando em galpões abertos e ventilados. O piso tambémdeve ser impermeabilizado, para não contaminar o solo. Amadeira do mourão, que deve ser verde e descascada, éimersa em um tambor aberto, que é pintado na sua parteinterna com impermeabilizante. A porção mais grossa écolocada no tambor e, após o tratamento, o mourão é secoao ar durante algumas semanas. O uso de preservantesquímicos, por sua toxidez ao homem e ao meio ambiente,deve ser feito cuidadosamente e obedecer às instruções dofabricante dos produtos.

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10 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Ciências Nível I

1. Peça aos alunos que façam um levantamentode todos os remédios que possuem em casa.

2. Os alunos devem elaborar uma lista, contendoo nome do medicamento, o princípio ativo e asua função: antibiótico, analgésico, antipiréti-co, antigripal, antiinflamatório etc.

3. É importaqnte que os alunos informem se omedicamento é de marca ou é genérico.

4. Os alunos devem ainda atentar para os efeitosadversos informados pelos fabricantes.

Descrição da atividade Materiais indicados:P Bulas de remédios.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Remédios e o nosso organismo

Resultados esperados:Conhecimento da históriae da ação de alguns medicamentos em nosso orga-nismo.

1T e x t o

Objetivo• Conhecer a história e a ação de alguns medica-

mentos em nosso organismo.

IntroduçãoO texto menciona alguns critérios válidos paraPortugal para que uma vila se transforme emcidade, dentre eles a existência de farmácias. Far-mácias são locais para a venda de medicamentos,que têm sua ação em nosso organismo estudadahá muitos anos. Um dos medicamentos comer-cializados há mais de cem anos é o ácido acetil-salicílico, a conhecida aspirina. Esta droga é amais utilizada no mundo. Seu princípio ativo foiinicialmente extraído da árvore salgueiro, em1853, pelo químico francês Charles Gerhardt. Aaspirina abaixa a febre, por isso ela é uma droga.É vendida separadamente ou em associação comoutros medicamentos, sendo muito comum a suapresença em remédios para diminuir os sintomasda gripe. O paracetamol, outro medicamento muitovendido no mundo todo, também é um analgésicoe antipirético, sendo Tylenol o seu nome comer-

cial mais conhecido. Assim como a aspirina, tam-bém é vendido isoladamente ou em associaçõescom outros medicamentos. A descoberta e fabri-cação de antibióticos representou uma ver-dadeira revolução no tratamento de doençascausadas por bactérias. O primeiro antibiótico foidescoberto no início do século passado porAlexander Fleming, um cientista que pesquisavauma colônia de bactérias causadoras deinfecções em seres humanos. Acidentalmente, asbactérias foram contaminadas por um fungo, oPenicillium notatum, e Fleming observou que ofungo produzia uma substância que destruía asbactérias. Essa substância, quando separada,recebeu o nome de penicilina. Essa descobertaacidental salvou milhares de vidas e deu início àprodução dos mais diversos antibióticos.

Contexto no mundo do trabalho: Os medicamentos sãoresponsáveis pela geração de empregos em indústrias etambém em estabelecimentos comerciais, já que hánecessidade de serem vendidos em farmácias devida-mente autorizadas.

Dicas do professor: A substância química que é respon-sável pela ação do medicamento em nosso organismo éconhecida pelo nome de princípio ativo. Medicamentosgenéricos devem, necessariamente, possuir o mesmo princí-pio ativo do medicamento original. Além disso, tanto aquantidade do princípio ativo como a via de administração –oral, injeção, inalação etc. – devem ser as mesmas entremedicamentos genéricos e originais. Por lei, os medicamen-tos genéricos são identificados por uma faixa amarela coma letra G maiúscula.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 11

Área: Língua estrangeira – Espanhol Nível II

1. Desenvolva uma atividade relacionada com acidade onde vivem e trabalham os seus alunos.Ofereça material escrito com dados sobre acidade, folhetos ou jornal, por exemplo.

2. Prepare a aula com cartazes escritos emespanhol sobre o tema.

3. Divida a classe em dois grupos: um quedefenderá a permanência na cidade pequenapara obter melhor qualidade de vida; e ooutro que defenderá a permanência nasgrandes cidades.

4. Proponha ainda as seguintes questões emespanhol:a. ¿Cuál es la población de tu ciudad?b. ¿Tu ciudad ha crecido o disminuído en años

recientes? ¿Cuál sería las razones por lascuáles esto está ocurriendo?

c. ¿Qué clase de economía tiene tu ciudad?

Descrição da atividaded. ¿Cuál es el lazo entre economía y cre-cimien-

to urbano?e. Describe por qué querrías vivir en tu ciudad.

O de otra manera, por qué quieres dejar tuciudad.

f. ¿Piensas que la pobreza urbana extrema podráser eliminada? ¿Por qué?

5. Os alunos deverão, em grupo, responder àsquestões propostas e outras que surgirem.

6. Promover a discussão entre os grupos man-tendo-se imparcial.

7. Corrigir e comente as respostas dos alunos.

Atividade P La vida y el trabajo en las ciudades, un reto para el siglo XXI

Resultados esperados: O aluno deverá ver-balizar sua opinião utilizando dados concretos sobrea própria cidade, expressando-se em espanhol.

1T e x t o

Objetivos• Discutir possíveis alternativas ao trabalho e à

qualidade de vida nas pequenas e grandescidades.

• Ampliar a aproximação ao espanhol.

IntroduçãoQual é a dimensão do Brasil em territórios, rurale urbano? De acordo com o texto, uma cidadetão pequena, com apenas 18 habitantes. poderiarealmente ser considerada uma cidade? Sabe seque em outros lugares do mundo há uma combi-nação de critérios e não somente os administra-tivos como no Brasil. Os cidadãos são tanto habi-tantes de uma grande cidade como de uma cida-de pequena e necessitam serviços indispensáveisà vida. Por exemplo, vejamos em Portugal, onde

todos os serviços oferecidos aos cidadãos estãocontemplados na ilustração. No Brasil, muitaspessoas saíram do campo e também das peque-nas cidades para buscar trabalho e melhorescondições de vida nas grandes cidades. Quase sem-pre essas pessoas se instalam na periferia dasgrandes cidades e vivem em condições precárias detrabalho, saúde e educação. Mas nos últimos anosessa situação está mudando, porque o campobrasileiro está se modernizando, oferecendo tra-balho e, também, porque buscar uma vida maissaudável é prioridade para muita gente; começa aacontecer uma mobilização ao contrário. O novodestino da qualidade de vida e de trabalho será avia cidade-campo? A força das economias e ambi-entes rurais serão as vantagens competitivas doséculo XXI?

Materiais indicados:P Folhetos, revistas, jornais etc. sobre o tema

Tempo sugerido: 2 horas

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Page 12: Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho

12 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Geografia Nível I e II

1. Questionar os alunos: o que é uma cidade?Quais as diferenças entre meio rural e meiourbano? Quem vive no meio rural e urbano?Quais as vantagens e desvantagens, proble-mas e dificuldades de viver e trabalhar nosdois espaços? Onde preferem viver? Por quê?

2. Ler o texto com o grupo. Procurar os signifi-cados das palavras desconhecidas.

3. Retirar do texto os dados: a. número de cidades do Brasil, de acordo com

o censo de 2000; b. menor cidade do Brasil e número de habi-

tantes; c. número de cidades com menos de 500 habi-

tantes; d. número de municípios do Brasil; e. número total de habitantes dos municípios; f. critério utilizado no Brasil para se definir o

que é uma cidade; g. critérios utilizados em Portugal para se de-

finir uma cidade.

Descrição da atividade4. Segundo o autor do texto, há um mito de que

ser “rural é ruim, sinônimo de miséria”. Ques-tione: vocês acham que é um mito ou um pre-conceito? Por que o rural é considerado o lu-gar do atraso? E a cidade do progresso?

5. Propor que, a partir dos critérios apresentadosno texto, analisem a cidade onde moram ouuma cidade próxima.

6. Debater as prováveis causas que levam ao êxo-do rural; o que se poderia fazer, em termos emrelação à política governamental, para valori-zar “as economias e os ambientes rurais”.

7. Escrever, coletivamente, uma proposta de umambiente rural ideal; o que os alunos conside-ram importante para o trabalhador que viveno campo.

Atividade P O que é uma cidade? Viver e trabalhar no meio rural e urbano

1T e x t o

Objetivo• Discutir o que é “cidade” no Brasil e em outras

partes do mundo, confrontando modos econdições de viver e trabalhar no meio urbanoe rural.

IntroduçãoO texto apresenta uma discussão importante paranós brasileiros: a definição e as condições dos es-paços rurais e urbanos. O que é considerado cidadeno Brasil? E em outros lugares do mundo? O Brasiltem cidades demais? Segundo o autor, no Brasil háum mito difundido que considera o meio ruralcomo lugar do atraso, da miséria e a cidade, o lugar

do progresso, da vida moderna. Com esse mito, ospreconceitos não seriam reforçados pela maneiracomo se define a cidade no Brasil? Quais as vanta-gens e desvantagens de viver e trabalhar nocampo? O que pode ser feito para melhorar a qual-idade da vida das pessoas que moram na cidade etambém no meio rural? O que pode ser feito paraevitar o êxodo rural? Essas questões merecem serdebatidas, pois estão diretamente ligadas à vidados alunos, aos problemas vividos pelas popu-lações das grandes cidades e também por aquelesque vivem no meio rural. Trata-se de uma dis-cussão multi e interdisciplinar, pois envolve váriastemáticas e áreas do conhecimento.

Materiais indicados:P Mapa do Brasil

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: Produção de um textocoletivo apresentando uma proposta de soluçãopara o êxodo rural.

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Page 13: Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho

Caderno do professor / Trabalho no Campo • 13

Área: História Nível I e II

1. Conversar com os alunos a respeito do que sa-bem do modo de vida no campo e na cidade.

2. Solicitar que, em grupos, a partir de seus co-nhec-imentos prévios, os alunos respondam às ques-tões no caderno: o que significa viver no campo?O que podemos chamar de campo? Como é avida nesse local que chamamos de campo? O quesignifica viver na cidade? O que é a cidade? Co-mo é a vida na cidade? Questionar se preferemviver no campo ou na cidade e por quê.

3. Propor um debate com as respostas. Ao longo dodebate, anotar no quadro-negro, em duas colu-nas, os valores (qualidades ou problemas) atri-buídos ao modo de vida do campo e da cidade.

4. A partir dos valores identificados na produçãodos alunos, debater com eles quais são os va-lores construídos para a vida urbana e para avida rural (por exemplo, se existe ou não aidéia de riqueza na cidade e pobreza no cam-po etc.).

5. Ler coletivamente o texto Cidades demais. De-pois, promover um debate, por exemplo: oque diz o título? Qual a idéia nele defendida?Qual a crítica que o texto faz? O que o autorquer dizer com artificialidade urbana? Há ou

Descrição da atividadenão artificialidade no campo? Quando se falaem paisagens cultivadas não se está falandoem artificialidade?

6. Pedir aos alunos que façam uma pesquisa arespeito do modo de vida de uma localidadebrasileira, distinguindo nela o que é o campoe o que é a cidade, a qualidade de vida e seusproblemas (tanto na cidade como no campo).

7. Com os dados, organizaar murais com o resul-tado da pesquisa e espalhá-los pela sala etambém pela escola.

Atividade P Onde você quer viver?

1T e x t o

Objetivo• Refletir criticamente a respeito dos valores so-

ciais criados para a cidade e para o campo.

IntroduçãoDesde o desenvolvimento industrial e a grandeconcentração populacional nas cidades, o sensocomum difunde a idéia de que a qualidade de vidaé maior na cidade do que no campo. Porém, essaafirmação só tem sido válida para algumas classessociais que usufruem de determinadas comodi-

dades urbanas. Para a grande maioria, nos últimosdois séculos, a cidade tem sido um local com mora-dias insalubres, pouco acesso à água limpa, esgo-tos a céu aberto, desemprego etc. Contudo, a ima-gem do campo tem sido relacionada à pobreza oua uma paisagem idílica de plenitude da natureza.Diante dessas representações diversas, que reper-cutem no modo de vida contemporâneo e naspolíticas públicas, é importante debater nossasidéias e confrontá-las com as realidades urbanas erurais brasileiras.

Tempo sugerido: 4 horas

Resultados esperados: Espera-se que os es-tudantes reflitam criticamente a respeito dos valo-res sociais criados para a cidade e para o campo.

Dicas do professor: livros – O homem e o mundo natural,de Thomas Keith (Cia. das Letras); A cidade e o urbano nomundo atual, de Roberto Giansanti (GLobal/AçãoEducativa).

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14 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Língua estrangeira – Inglês Nível II

1. Pedir aos alunos que identifiquem os nomes deinstalações que o texto menciona como necessáriospara a formação de uma cidade. Fazer uma lista noquadro-negro com esses nomes.

2. Depois, perguntar aos alunos o nome encontradoem inglês.

3. Escrever o significado na frente da palavra de mo-do que montem coletivamente um voca-bulárioem inglês:

4. Depois de pronto o vocabulário, pedir aos alunosque formem grupos. Cada grupo receberá umafolha de cartolina deverá desenhar um bairro(planta) que contenha todo o vocabulário quefoi apresentado em inglês.

5. Quando tiverem terminado a planta e identifi-cado os locais em inglês, ensinar-lhes como se

Descrição da atividadeperguntam as direções de sentido e como se orientaalguém sobre essas direções em inglês. Usa-seWHERE IS + nome do lugar.Where is the bus stop? (Onde fica o ponto deônibus?)Para dar instruções, usamos o imperativo:Turn right – vire à direita;Turn left – vire à esquerda;Go ahead – siga em frente;Cross the street – atravesse a rua.Exemplo: Go down the street 2 blocks, turn leftin 7 Street and go ahead. It’s on the corner.Desça a rua por 2 quarteirões, vire à esquerdana Rua 7 e siga em frente. Fica na esquina. Pedir que, em grupos, formulem aos colegas 4perguntas sobre aonde querem ir. Tanto as per-guntas quanto as respostas devem ser feitas eminglês. Avaliar com a turma.

Atividade P City facilities e directions

1T e x t o

Objetivos• Ensinar alguns nomes de lugares aos alunos

em inglês.• Instruir os alunos sobre as direções de sentido,

em inglês.

IntroduçãoO texto fala do que seria necessário para queuma vila fosse considerada como cidade.Apresenta o exemplo português e nos ofereceparâmetros para refletir sobre a questão da for-

mação das cidades, especialmente no Brasil.Alguns desses parâmetros incluem as instalaçõese instituições. Nesse sentido, é interessantemostrar aos alunos os nomes dos estabelecimen-tos em inglês. Posteriormente, podemos intro-duzir a idéia de direção e locomoção na cidade.

Materiais indicados:P Folhas de cartolina,

canetinhas, lápis de cor

Tempo sugerido:2 h e 30 min

Resultados esperados: Os alunos deverãoaprender alguns nomes de locais e como pedir edar informações de itinerários em inglês.

Parque – park Escola – school

Banco – bank Biblioteca – library

Hotel – hotel Farmácia – drugstore

Hospital – hospital Restaurante – restaurant

Igreja – church Ponto de ônibus – bus stop

Padaria – bakery Supermercado – supermarket

Açougue – butchery Loja de ferragens – hardware store

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 15

Área: Matemática Nível I

1. Após a leitura do texto, propor aos alunos quelocalizem no mapa do Brasil a cidade de Uniãoda Serra – RS.

2. Pedir que calculem a densidade demográficade União da Serra, sabendo que o total dehabitantes do município é 1.545 (IBGE 2000)e sua área que calculem 131 km2.

3. Pedir para calcularem a densidade demográficado município onde estão estudando. (Localizecom eles esses dados no site do IBGE).

4. Escolher cinco ou seis cidades próximas àescola onde estão estudando para analisar seem Portugal elas seriam definidas comocidade. Para tal, pode-se usar uma legendasimples, com um sinal qualquer que marqueSIM ou NÃO para cada um dos critérios usa-dos em Portugal, em um mapa da cidade.

5. Propor que os alunos criem critérios paradefinir uma cidade e, com eles, avaliem acidade onde moram para saber se seria ou nãouma cidade.

6. O que seria positivo e o que seria negativo,caso o lugar onde moram não fosse umacidade?

Descrição da atividade

Atividade P É ou não é uma cidade?

Resultados esperados:

• Domínio do conceito de densidade demográfica.• Capacidade de análise usando critérios defi-

nidos.

1T e x t o

Objetivos• Calcular densidade demográfica.• Usar critérios para fazer análise de definição

de um conceito de cidade.

IntroduçãoUma classificação depende de critérios. Segundoo texto, os critérios de definição de uma cidadeno Brasil são diferentes de Portugal. Sua cidadeseria uma cidade em Portugal? A política de clas-sificação das cidades no Brasil é adequada? Quevantagens e desvantagens ela traz?

Tempo sugerido: 2 horas

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16 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Português Nível I e II

1. Ler o texto com os alunos. Estabelecer relaçõesentre os critérios portugueses para aceitação deuma região como cidade e o espaço geográficohabitado pelos alunos. A cidade em que moramseria considerada como tal?

2. Relacionar, no quadro-negro, as cidades vizi-nhas. Pedir que os alunos falem sobre elas(vantagens e desvantagens de morar lá).

3. Informar aos alunos que, farão um exercíciode SINÉTICA. Esclarecer que é uma palavragrega que significa “juntar ou combinar ele-mentos aparentemente diferentes ou irrele-vantes”. Esse conceito foi desenvolvido porWillian Gordon (1961) como um modo deauxiliar a procura de soluções para um pro-blema por meio de analogias e metáforas. Dêum exemplo e peça que os alunos escrevam,no caderno, uma resposta: suponha que vocêé o prefeito de uma das cidades vizinhas.Recebe todos os dias, queixas sobre a falta desinalização nas ruas e sobre a imprudênciados motoristas. Você sabe que não há verbaspara contratar novos funcionários, para con-feccionar placas ou construir um programa deeducação no trânsito, pois você e seus colegasvereadores resolveram priorizar a saúde dacidade. Como você, que é o prefeito, se senteao ouvir as reclamações?a. Como uma bolha de sabão voando?b. Como um pirilampo em volta da luz?

Descrição da atividade c. Como um cachorrinho faminto e molhado?d. Como uma rolha de cortiça no oceano?e. Como um pato gordo e pesado?

Qual seria uma solução possível para evitartantas reclamações? a. Transformar-se num revólver?b. Transformar-se numa fada?c. Virar letreiro luminoso?d. Transformar-se numa raposa?e. Virar milho picadinho?

4. Pedir aos alunos que expliquem o porquê desuas respostas.

5. A seguir, iniciar a analogia da fantasia. Peçaaos alunos que se imaginem como prefeito deuma cidade. Peça que listem todas as situa-ções em que eles, como prefeitos, podem sesentir: a. entediados. – b. confusos – c. felizes– d. amedrontados – e. desajeitados – f. orgu-lhosos – g. abandonados – h. respeitados.

6. Solicitar, então, aos alunos que, com toda aliberdade possível, criem uma história chama-da “Se eu fosse uma cidade”.

Atividade P O observador

1T e x t o

Objetivo• Estimular a criatividade por meio de exercícios

que desenvolvam as habilidades de fluência,humor e analogia.

Introdução

Proponha a seus alunos a seguinte reflexão: sevocê fosse uma cidade, qual gostaria de ser? Porquê?

Resultados esperados: Fluência e desinibi-ção do ato de escrever.

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: Essa atividade pode ser desenvolvidaem conjunto com outras atividades propostas para o texto 1.Ficará um belo trabalho!

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 17

Área: Artes Nível II

1. Dividir a classe em grupos e distribuir umjornal para cada grupo.

2. Os grupos deverão analisar as partes queconstituem um jornal.

3. Ler o texto “agricultura familiar” e destacaros diferentes assuntos tratados.

4. Fazer duas listas no quadro-negro: a pri-meira com a relação dos assuntos destaca-dos pelos grupos e a segunda com as partesconstitutivas de um jornal.

5. Pedir aos grupos que escolham o assuntosobre o qual escreverão e a partir de queenfoque (econômico, político, esportivo, cul-tural, climático, imobiliário, esotérico etc.).

6. Cuidar para que todos os cadernos do jornalestejam presentes (Um mesmo assunto poderáser analisado por ângulos diferentes).

7. Os grupos redigirão suas matérias, que de-verão ter um título.

8. A classe escolherá um nome para o jornal.

Descrição da atividade

Atividade P O jornal

Resultados esperados:• Que o aluno aprenda a criar textos.• Que o aluno exercite diferentes ângulos de aná-

lise de um mesmo assunto.• Que o aluno perceba a importância da pesquisa

e do conhecimento para a criação de um textojornalístico.

• Que o aluno perceba que a divulgação de umfato passa também por questões de ordem pes-soal e ideológica.

2T e x t o

Objetivo• Criar e organizar a impressão de um jornal.

IntroduçãoFundamentais para a existência de um jornal sãoo papel e a impressão. O papel foi criado no sécu-lo II pelos chineses e teria chegado à Europa porvolta do século VIII, via Espanha. A impressãocom tipos móveis foi criada pelo alemãoGuttemberg, no século XV, e o primeiro livro a serimpresso foi a Bíblia. Antes da imprensa de Guttemberg, os livros, ospoemas, a cultura de modo geral e as infor-mações eram manuscritos, o que já dá uma níti-

da noção da dificuldade de acesso ao conheci-mento e à informação. Com a invenção da imprensa, um novo mundo seabre. Obras e idéias são publicadas, portanto,tornam-se acessíveis a mais pessoas. A conse-qüência direta é que mais pessoas aprenderão aler e a buscar conhecimento. O jornal, a imprensa como conhecemos hoje,data do final do século XVIII. No Brasil, a imprensa oficial é trazida por D.João VI (a Imprensa Régia) e o primeiro jornalinteiramente impresso e publicado no país é aGazeta do Rio de Janeiro, em 1808.

Materiais indicados:P Jornais completos

Tempo sugerido: 2 h (eta-pas 1 a 7) e 1 h (etapa 11)

9. A classe formará um grupo editorial que fi-cará responsável pela organização das ma-térias nos diferentes cadernos.

10. Cópias serão feitas para que todos tenham umexemplar.

11. Deve ser feita a leitura do jornal e discussão doexercício tendo por foco a criação de notícias.

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18 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Geografia Nível I e II

1. Realizar a leitura do texto em sala.

2. Resgatar no texto os dados de: número de tra-balhadores no campo, quantos possuemcarteira de trabalho assinada, quantos sãoempregadores e quantos trabalham por contaprópria.

3. Comparar a quantidade de trabalhadores comregistro em carteira no campo e na cidade eanalisar os motivos que levam à discrepância.

4. Debater com os alunos a situação apontada notexto sobre a ocorrência concomitante docrescimento na atividade produtiva no campoe a redução do número de empregos. Comoisso é possível?

5. Enfatizar para os alunos que o crescimentoeconômico verificado no campo no períodoanalisado se deu através da expansão da“monocultura de exportação”, conceito esteque deve ser esmiuçado em classe.

6. Associar o agronegócio à monocultura de expor-tação, mostrando aos alunos que o crescimentoda atividade no campo relacionou-se a ele.

7. Apontar ainda que o agronegócio se distinguepela reduzida geração de emprego e renda.Ele recebe incentivos do Estado, é bastante

Descrição da atividademecanizado e gera poucos empregos, além deproduzir para o mercado externo. Além disso,mesmo os trabalhadores rurais empregadosrecebem salários muito baixos.

8. Solicitar aos alunos que elaborem um pequenotexto, individual ou coletivamente, sobre as con-dições de trabalho atualmente no campo.

Atividade P Precarização do trabalho no campo

2T e x t o

Objetivos• Possibilitar aos alunos o conhecimento sobre o

mundo do trabalho camponês e o predomíniodo trabalho precarizado e familiar.

• Avaliar a contradição entre o crescimento doagronegócio nos últimos anos e a ampliaçãodas condições de miséria e pobreza no campo.

IntroduçãoNas últimas décadas, os investimentos do agrone-gócio foram intensos: maquinário, grãos seleciona-dos, pesticidas e herbicidas, correções de solo, den-

tre outros. O resultado econômico é que o Brasilampliou sua capacidade de exportação de produ-tos agrícolas, especialmente os grãos, dentre elesa soja. Ao mesmo tempo que o campo passa pelamodernização agrícola, as condições de trabalhoe de vida de grande parte dos agricultores bra-sileiros permanecem marcadas pela pobreza epela miséria. Perda da terra, trabalho familiar etrabalho precário são algumas das condiçõesexperimentadas pela maioria dos camponeses noBrasil.

Resultados esperados: • Compreender a existência de duas formas dis-

tintas de produção no Brasil: o agronegócio ea agricultura familiar.

• Compreender a necessidade da Reforma Agrá-ria no desenvolvimento da produção no mer-cado interno, para melhorar a distribuição daterra no Brasil e reduzir as desigualdades so-ciais no campo.

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: A visita aos sites do MST – Movimentodos Trabalhadores Rurais Sem Terra (www.mst.org.br/), doIncra – Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(www.incra.gov.br/) são boas referências para o assunto,bem como o livro Geografia das lutas no campo, de AriovaldoU. de Oliveira (editora Contexto).

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 19

Área: Matemática Nível II

1. Após a leitura atenta do texto com os alunos,organizá-los em grupos e pedir que montemuma tabela organizando os dados do primeiroparágrafo. Para isso, sugerir: primeiro, sublin-har no texto e anotar na primeira coluna asdiferentes situações de trabalho dos ocupadosno setor agrícola. Na segunda coluna, os alu-nos deverão anotar as quantidades de traba-lhadores em cada situação, transformandocada informação do texto no número cor-respondente (valor absoluto). Na terceira co-luna, colocar as porcentagens de cada situaçãoem relação ao total de ocupados no campo.

2. A partir da tabela, orientar a elaboração deum gráfico de setores.

3. Pedir aos alunos que, analisando o gráfico, ava-liem as conclusões do professor Sérgio Leite:vale a pena investir no agronegócio? Que tipode emprego ele está gerando? Que indicaçõesos alunos fariam ao poder público para melho-rar a vida do trabalhador no setor agrícola?

Descrição da atividade

Atividade P O setor agrícola em gráfico

2T e x t o

Objetivos• Organizar dados em uma tabela e apresentá-

los na forma de um gráfico de setor.• Analisar a situação dos trabalhadores no setor

agrícola.

IntroduçãoOs números do texto expressam a precariedadedo trabalhador no setor agrícola. O texto trazainda uma avaliação do professor Sérgio Leite.Você concorda com ele? Por quê? Quais políticasdeveriam ser desenvolvidas para solucionar aprecariedade revelada no texto? Para ajudarnesta análise, propomos, na atividade a seguir,uma organização dos dados na forma de umatabela e de um gráfico. Ele permite visualizar asituação com mais clareza.

Resultados esperados: Gráfico de setoresdesenhado e analisado com base no texto.

Oriente os alunos no uso da calculadora para encontrar asporcentagens solicitadas.

Materiais indicados:P Papel milimetrado.

Tempo sugerido: 4 horas

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20 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Artes Nível I e II

1. Após ler o texto, os alunos deverão destacarpassagens ou assuntos ligados à cultura.

2. Os alunos realizarão pesquisas sobre os temassugeridos, especialmente sobre o rito doKuarup.

3. Apresentação e discussão dos resultados daspesquisas.

4. Dividir a classe em grupos. Os grupos deverãoestabelecer paralelos entre o texto e um trabal-hador da metrópole e sua família. Como asfamílias lidam com a ausência do traba-lhador?O que é cultural e o que é individual ou própriodo comportamento de uma família? Existe apresença de algum tipo de rito?

5. Apresentação das discussões dos grupos.

6. Discussão final tendo por foco as semelhançase diferenças culturais.

Descrição da atividade Tempo sugerido: 2 horas (itens 3 a 6)

Atividade P O rito

Resultados esperados:• Que o aluno analise a presença ou ausência de

ritos nas sociedades urbanas.• Que os aluno estabeleça paralelos entre cultu-

ras diferentes.

3T e x t o

Objetivo• Discutir similaridades e diferenças culturais.

IntroduçãoUma conseqüência do trabalho apontada no textoé a ausência. Na tribo, o índio passa um ano fazen-do uma roça e a família o considera morto. Cria-seassim uma interessante ligação entre trabalho,ausência e morte. O Kuarup é um ritual que encena o mito da cria-ção, homenageando os mortos, que os índios con-sideram terem sido, na origem, criados da madeiramavunhá pelo herói criador Mavotsinin. Em todos os povos, observa-se a presença de ritosde vida e morte. O teatro nasceu na Grécia dessesritos. É da natureza humana a necessidade de

encerrar um capítulo de sua história para que opróximo possa ser iniciado. Homenagear quem sefoi e celebrar quem chegou.A agitação da vida moderna e a supervalorizaçãodo trabalho, entretanto, disfarçam e mascaramesses ritos, que também estão ligados ao tempoque necessitamos para elaborar internamente amorte e o nascimento.Que paralelos podemos estabelecer entre o queacontece com o índio e a sua família na tribo e umtrabalhador e sua família em uma metrópole?

Dicas do professor:Sites: www5.estadao.com.br/villasboas/kuarup.html.www.inteligentesite.com.br/modelos/modelo70/subconteudo.asp?ID=358&IDSUBLINK=1871www.sitecurupira.com.br/indios/exib_caiapo.htmwww.terrabrasileira.net/indigena/ritos/kuarup/kuarup.html

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 21

Área: Ciências Nível I

1. Ler o texto e discutir com os alunos algumassituações ali apresentadas. Por exemplo: épossível alguém trabalhar todos os dias, semparar, durante um ano inteiro?Como nosso corpo reagiria se isso fossefeito? Somos capazes de perceber os movi-mentos de rotação e translação? Por quê?

2. Pedir aos alunos que façam um desenho doplaneta Terra e do Sol, mostrando a órbitaelíptica do planeta em seu movimento detranslação.

3. Os alunos devem mostrar (na elaboração deum cartaz) a Terra girando em seu próprioeixo, identificando ainda o eixo imaginário

Descrição da atividade

Materiais indicados:Cartolina e lápis de cor.

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Rotação e translação

Resultados esperados:• Compreensão do movimento de rotação.• Compreensão do movimento de translação.

3T e x t o

Objetivos• Compreender o movimento de rotação.• Compreender o movimento de translação.

IntroduçãoO texto informa que um homem trabalhou um anointeiro roçando sem dormir e descansar, 24 horaspor dia. Dias e noites são conseqüência do movi-mento de nosso planeta ao redor de si próprio, emtorno de um eixo imaginário, que vai do PóloNorte ao Pólo Sul e é inclinado. Esse movimentorecebe o nome de rotação e dura aproximada-mente 24 horas. Quando uma parte do planetaestá direcionada para o Sol, dizemos que ali é dia.O lado oposto, que não está direcionado para oSol, não recebe luz e, portanto, ali é noite. Aospoucos, a Terra gira e passa a ser noite onde era diae dia onde era noite. Aparentemente, o que vemosé diferente, pois parece que é o Sol que se movi-menta, pois, para nós que estamos na Terra, elaestá sempre parada. Da mesma forma, quando via-jamos, temos a impressão de que é a paisagem quese movimenta ao olharmos pela janela do carro. O

planeta Terra, além da rotação ao redor de seueixo, realiza também um movimento ao redor doSol, denominado translação. A translação ocorreem uma órbita elíptica. A Terra demora cerca de365 dias para dar uma volta completa ao redor doSol, que é a duração de um ano em nosso planeta.As estações do ano são conseqüência do movimen-to de translação e também do eixo de rotação doplaneta, que é de cerca de 23° em relação ao planoda órbita da Terra. Verão e inverno ocorrem emperíodos diferentes nos hemisférios Sul e Norte.No Hemisfério Sul, o verão inicia-se em 21 dedezembro e termina em 21 de março, e o inverno,em 21 de junho e vai até 23 de setembro. Issoocorre porque no verão do Hemisfério Sul há umamaior incidência de Sol nesta porção do planeta.No inverno do Hemisfério sul, essa parte do plane-ta está menos inclinada para o Sol, recebendo me-nor incidência de luz.

Contexto no mundo do trabalho: O trabalhador docampo, por força de suas atividades, é um grande co-nhecedor dos ciclos da natureza.

Dicas do professor: As naves espaciais giram ao redor daTerra, ficando em órbita, numa velocidade maior do que aprópria velocidade de rotação do planeta. Por isso, duranteum período de 24 horas, os astronautas visualizam pordiversas vezes o nascer e o pôr-do-Sol.

de rotação (cerca de 23° em relação ao planode órbita).

4. Pedir aos alunos que representem na figura asquatro estações do ano: primavera, verão, ou-tono e inverno.

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22 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Português Nível I e II

1. Ler o texto com os alunos e perguntar se ele apre-senta uma situação real. Explicar que contos datradição oral permitem espaço para o maravi-lhoso, para o inverossímil; destacar a frase“Naquele dia minha esposa já estava começan-do a ficar noiva de outro homem”.

2. Pedir a um aluno que se imagine como o “noivo”e conte para a sala o que fez quando descobriuque a noiva voltaria para o marido.

3. Pedir a uma aluna que conte para a sala os acon-tecimentos ocorridos no instante em que pre-cisou comunicar ao noivo que o marido haviavoltado.

4. Informar aos alunos que participarão de umjogo de perguntas e respostas e que, depois,escreverão um texto – provavelmente nadaverossímil. A missão é tentar juntar os elos e, dealgum modo, ainda que permitindo a presençado maravilhoso, criarem um texto que possa sercontado oralmente.

JOGO: O diálogo-surpresaa. Entregue uma folha em branco para o

primeiro aluno de cada fileira.b. Solicite que escreva, na parte superior da

folha, uma pergunta qualquer que se inicie

Descrição da atividade

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P O contador de “causos”

Resultados esperados: Ampliação da capaci-dade de expressão oral e escrita.

3T e x t o

Objetivo• Ampliar o conhecimento dos alunos sobre con-

tos e lendas populares.

IntroduçãoVamos suscitar entre os alunos discussões sobre asituação apresentada no texto a partir das per-guntas: você já pensou em trabalhar vinte e qua-

tro horas por dia em um lugar bem distante desua casa e sem recursos para comunicação? Oque pensariam seus parentes depois de um anosem notícias? Como você se sentiria na solidão?

com “Por que” (Exemplo: Por que você estátão triste?).

c. Em seguida, peça que dobre para trás aárea da folha que contém a pergunta e pas-se a folha para o colega de trás.

d. Pedir que o colega crie uma resposta qual-quer para uma suposta pergunta que se ini-ciou com “Por que”. Deverá, pois, iniciar aresposta com “Porque” e escrevê-la no altoda folha. (Exemplo: Por que dormi no galhoda amoreira?).

e. Pedir que dobre novamente a folha e a passepara trás. O colega, então, deverá escreveruma nova pergunta. E o jogo prossegue.

f. Quando a folha chegar à ultima carteira, con-vidar um voluntário a desdobrá-la e a ler todasas perguntas e suas respectivas respostas.

g) A seguir, reúna a fileira e peça que, de algummodo, os alunos escrevam uma história quecontenha os diálogos criados. O texto podeser maravilhoso, irreal, fantasioso ou livre.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 23

Área: Artes Nível II

1. A classe deverá pesquisar o trabalho deCandido Portinari, bem como sua biografia.

2. Os resultados serão apresentados e os dadoscolhidos nas diferentes pesquisas serão reu-nidos em um mural.

3. Cada aluno escolherá uma obra que con-sidere importante para observá-la com maiorcuidado.

4. Desssa obra o aluno escolherá um detalhe.

5. Com sabão em pedra, o aluno esculpirá odetalhe escolhido para que se transformenum carimbo.

6. Os carimbos serão apresentados, e a classeplanejará uma nova obra com as estampas.

7. Em um saco de açúcar (ou farinha) a classecriará a nova obra utilizando os carimbos.

8. Exposição e discussão da obra.

Descrição da atividade

Atividade P Carimbo Portinari

Resultados esperados:• Que o aluno conheça melhor o trabalho de

Candido Portinari.• Que o aluno crie uma estampa para tecido ou

papel.

4T e x t o

Objetivos•Conhecer as obras do artista plástico brasileiro

Candido Portinari.•Observar algumas obras e procurar identificar

detalhes marcantes.•Discutir a obra e os estilos de Candido Portinari.•Utilizar material doméstico para a criação de

carimbos.

IntroduçãoA situação do campo no Brasil é injusta, comproblemas graves desde o “Descobrimento”.Muito se fala e se promete para diminuir as desi-gualdades. Pouco foi realmente modificado. Opapel do artista em uma realidade como a nossaé retratar aquilo que vê. Candido Portinari foi umdos maiores artistas plásticos brasileiros. Muitas

de suas obras retratam o trabalhador do campo,em especial o trabalhador do café, cultura daregião de sua terra natal Brodowski. Portinari eraum artista com convicções. Desde os anos 1930mostrou interesse pela temática social. Manteveestreitas relações com poetas e escritores, emespecial, os modernistas. Com uma vocaçãomuralista, suas obras hoje podem ser vistas naVia Dutra (Eixo Rio–São Paulo) e na igreja daPampulha em Belo Horizonte, por exemplo.Dentre suas principais obras individuaispodemos destacar: O café, O trabalhador do café,Retirantes, Mestiço, Morro e Futebol. Premiadointernacionalmente, ele sempre esteve preocupa-do com uma arte que retratasse o povo brasileiro.

Dicas do professor: www.culturabrasil.org/portinari.htmlwww.ocaiw.com/catalog/index.php?lang=pt&catalog=pitt&author=594

Materiais indicados:Sabão em pedra, saco deaçúcar ou farinha, tintapara tecido, rolo deespuma

Tempo sugerido: 2 horas(itens 3 a 5) e 1h30min(itens 6, 7 e 8)

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24 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Matemática Nível I e II

1. Ler o texto com os alunos e peça que, em gru-pos, responderem as seguintes questões:

a. Considerando a ampliação da jornada detrabalho, quanto deveriam ganhar os cor-tadores de cana, se fossem mantidos osníveis salariais da década de 1990?

b. Qual a taxa de apropriação de salários queos donos da cana-de-açúcar retêm?

c. Se com oito horas de trabalho cada traba-lhador desfere 12 a 30 mil golpes por mi-nuto, quantos golpes desfere em dozehoras de trabalho?

d. Quais as conclusões podemos tirar com osresultados das questões anteriores?

e. Quais as conseqüências da ampliação dajornada de trabalho?

f. Qual a opinião dos alunos sobre a soluçãoque o texto aponta para o corte da cana epara os trabalhadores? Que outras soluçõesapontariam?

Descrição da atividade

Atividade P Mais trabalho, menos salário

4T e x t o

Objetivos• Resolver problemas usando regra de três sim-

ples e porcentagem.• Identificar causas, conseqüências e soluções de

uma situação-problema.

IntroduçãoO texto apresenta o problema político social eeconômico dos cortadores de cana, com dadosnuméricos, análise de causas e conseqüências epossibilidades de solução. Pode-se dizer que esse étambém um problema matemático. Que soluçõesos alunos poderiam apresentar para esse proble-ma? Que outras perguntas poderiam fazer?Quantos alunos da EJA vivenciam o problema dotrabalho no corte de cana? Que perspectivas apon-tariam para o futuro desses trabalhadores?

Resultados esperados: • Reconhecimento do aumento da exploração dos

cortadores de cana, explicitado na redução desalário e ampliação da jornada.

• Apontamentos de ações políticas para a situa-ção dos cortadores e cana.

Tempo sugerido: 2 horas

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Área: Matemática Nível II

1. Fazer uma leitura atenta do texto com os alunos.

2. Apresentar a eles o valor do salário fixo e ovalor recebido por tonelada de cana cortada.Fixo = R$ 410,00 e valor por tonelada cortada= R$ 2,40 (esses valores podem variar de acor-do com a região). Os trabalhadores cortam, emmédia, de 10 a 12 toneladas de cana por dia.

3. Completar os dados da tabela.

4. Montar com os alunos uma função relacionando:salário (variável dependente) e toneladas colhi-das (variável independente). São essas variá-veis que serão substituídas por letras. Assim anossa função será S(x) = 410 + 2,4.t, em queS(x) é o salário recebido pelo trabalhador e té o total de toneladas colhidas por esse tra-balhador de acordo com os dias trabalhados.

5. A partir da função (função ou tabela), cons-truir o gráfico da situação, se possível empapel milimetrado ou quadriculado. No eixoOx represente o número de dias trabalhados eno eeixo Oy, o valor do salário.

6. Observando o gráfico, propor aos alunos osseguintes questionamentos matemáticos:a. Durante um mês, qual o total máximo de

dias trabalhados que podem ser represen-tados no gráfico?

b. Qual o maior salário recebido durante ummês de trabalho?

Descrição da atividade c. Esse salário máximo representa que por-centagem do salário mínimo?

7. Dividir a turma em grupos e refazer essa ativi-dade, inclusive os questionamentos, com ou-tros valores para o salário fixo e para a tonela-da de cana.

8. Se sua escola possuir laboratório de informáti-ca, utilizar os programas que produzam tabelase gráficos para realizar a atividade. Alguns edi-tores de texto possuem esses recursos.

Materiais indicados:P Régua e, se possível,

papel milimetrado /quadriculado

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Visualizando o salário

Resultados esperados: Que os alunos pos-sam construir o gráfico da função de 1.º grau apartir de uma situação real e após a construçãoda função.

4T e x t o

Objetivo• Aprender o desenho do gráfico da função de 1.º

grau.

IntroduçãoA indústria sucroalcooleira é uma grande ge-radora de empregos diretos e indiretos. O textofala de 440 mil trabalhadores nesse segmentoem todo o país. Entretanto, sob quais condições

de trabalho, higiene e remuneração estão traba-lhando? De acordo com o Pacto Internacionaldos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, doqual o Brasil é signatário, todos os trabalhadorestêm direito a receber uma remuneração eqüitati-va? Recebendo por produtividade, qual deve sero salário máximo que um cortador de canarecebe? Podemos visualizar esse crescimento dequal forma?

Dicas do professor: Pacto Internacional dos Direitos Econô-micos, Sociais e Culturais (www.pge.sp.gov.br/centrodeestudos/bibliotecavirtual/instrumentos/direitos.htm), www.pastoral-domigrante.org.br), Ministério Público do Trabalho – 15.ªRegião (www.prt15.gov.br/site/ imprensa/noticia_detalhe.php?tipo=C&seq=3621)Se possível utilizar o laboratório de informática para auxiliarno desenvolvimento da atividade.

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Área: Matemática Nível I e II

1. Ler o texto com os alunos, explorando e deba-tendo as informações nele contidas.

2. O texto oferece inúmeros dados que, podemser convertidos em situações-problema. Porexemplo, pedir aos alunos que calculem:quantas toneladas o cortador de cana tem decortar, hoje, por mês a mais do que cortavanos anos 1980? Tendo em vista seu saláriomensal e a meta diária em toneladas, quantoele ganha por tonelada? Se um cortador decana desfere, em média, 12 mil golpes defacão por dia de trabalho (considerando-se odia de 8 horas) e sua meta é cortar 12toneladas/dia, quantos quilos, em média, elecorta num golpe? Inúmeras outras situaçõespodem ser criadas a partir do texto.

Descrição da atividade Materiais indicados:P Calculadora

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P O trabalho extenuante do cortador de cana

Resultados esperados:

• Adquirir habilidade em transformações do sis-tema de unidade de medidas (massa e tempo).

• Utilizar operações matemáticas que evidenciemo trabalho escravizante do cortador de cana.

4T e x t o

Objetivo• Mostrar por meio de cálculos que os cortadores

de cana efetuam trabalho escravo, com conse-qüências que levam a doenças e até a morte.

Introdução: A cana-de-açúcar é um dos princi-pais cultivos no Brasil. Desde o início da colo-nização, esse produto foi destinado à exportação.Os maiores produtores de cana-de-açúcar são osestados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas

Gerais. Em 1975, iniciou-se a utilização do pro-duto na produção de álcool para carros e cami-nhões. A produção tem crescido, no entanto, ostrabalhadores em canaviais submetidos a situ-ações precárias de trabalho, ganham pouco e tra-balham muito. O trabalho é extenuante e fazcom que trabalhadores, trabalhadoras e até crian-ças sofram as conseqüências, como o envelheci-mento precoce e doença, como LER/Dort, pelomovimento repetitivo.

Dicas do professor: CD “Irmãos coragem”, música deMilton Nascimento e composição de Nonato Buzar.

26 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

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Área: Língua estrangeira – Espanhol Nível II

1. Com base nas discussões sobre o texto, fazer,juntamente com os alunos, um levantamentosobre:a. Las precariedades de las condiciones de vida

de los trabajadores.b. Las enfermedades que contraen estos traba-

jadores.c. ¿Qué luchas podrían ellos levar a cabo para

la mejoría de sus condiciones?d. Las propuestas de soluciones para mejorar o

acabar con la explotación de los trabajadores.

Descrição da atividade Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P La precariedad de las condiciones de los trabajadores en la caña de azúcar

Resultados esperados:• Emitir opinião e identificar causas e situações

de trabalho na cana-de-açúcar.• Produzir uma lista das condições de trabalho e

das soluções apontadas pelos alunos paraacabar com a exploração dos trabalhadores.

4T e x t o

Objetivos• Reconhecer criticamente a importância de se

implementar políticas públicas que promovama saúde do trabalhador no campo.

• Ampliar os conhecimentos da língua estran-geira moderna.

IntroduçãoEstima-se que a produção brasileira na safra dacana-de-açúcar em 2006/2007 será a maior dahistória desse segmento. Com a alta do petróleo,o álcool novamente está ganhando espaço comoalternativa à gasolina. A febre dos carros bi-com-bustíveis (Flex) reacendeu o vigor das destila-rias. O novo ciclo da cana-de-açúcar é reflexo demudanças que redesenharam o perfil desse setordo agronegócio. Mas certamente o sucesso nofaturamento da indústria de açúcar e do álcoolnão vai favorecer os trabalhadores que cortamtoneladas e toneladas de cana por dia. Os salárioscontinuam muito baixos e o pagamento ainda éfeito por produção. Isso obriga os trabalhadores

ao esforço em excesso, levando a problemas desaúde, como tontura, náusea, desmaio e até mor-tes. Aliada a isso está a carência nutricional que,agravada pelo excesso de esforço, colabora com oaumento de acidentes de trabalho, e das enfermi-dades das vias respiratórias, da coluna, de ten-dinites, e câimbras, produzidas pela perda de po-tássio em razão dos suores intensos. Os traba-lhadores se sentem pressionados a trabalhar cadavez mais para conseguir uma melhor renda evivem em condições desumanas. Há, portanto, umparadoxo da sociedade contemporânea: o traba-lho que produz essa enorme riqueza é o mesmoque mutila e mata os trabalhadores. Quais seriamas soluções para a melhoria da qualidade de vidae de trabalho desses trabalhadores?

Dicas do professor: Se na região onde o aluno vive e tra-balha houver atividade do setor explorado no texto, prepa-rar atividades baseadas nessa realidade.

Caderno do professor / Trabalho no Campo • 27

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28 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: História Nível I e II

1. Questionar os estudantes a respeito do quesabem sobre o povo xavante: quem são, ondemoram, como vivem, suas crenças etc. Apre-sente o texto dizendo que foi escrito pelo pró-prio povo xavante.

2. Debater com os alunos a idéia de que, nessecaso, o autor do texto é a tradição, preserva-da na memória, e não necessariamente umapessoa.

3. Coletivamente, ler o texto inteiro. Conversarcom eles sobre o motivo pelo qual os xavantescontam essa história.

4. Identificar, então, os títulos para montar umatabela no quadro-negro (Da terra nós tiramosnossa comida; Da terra nós tiramos muita coisa;Nós usamos a coisa da terra; Nosso jeito de tra-balhar).

5. Ler o texto com os alunos e colher infor-mações para completar a tabela. Instigar osalunos a formularem questões para o texto: oque eles tiram da terra? O que fazem com amandioca? Quais os tipos de mandioca?Como comem a mandioca? Qual a alimentaçãodeles? O que é plantado e o que é colhido nomato? O que fazem com o que tiram? Qual é

Descrição da atividade

Atividade P A terra e sua relação com o modo de vida xavante

5T e x t o

Objetivo• Conhecer e identificar o modo de viver e os

valores culturais do povo xavante na sua rela-ção com a terra.

IntroduçãoO texto produzido pelo povo xavante pode serconsiderado como um documento histórico e,nessa perspectiva, é possível desenvolver com osalunos uma análise que evidencie informações arespeito de como esse povo vive e pensa e proje-

tar valores para suas relações com o mundo eentre si. No trabalho de análise de texto, é impor-tante considerar que os conteúdos trabalhadosabarcam também o domínio de procedimentos decoleta de dados, discernimento de quem escrevee por quê, identificação de valores e idéias doautor e solicitação de outros textos que con-tribuam para ampliar a compreensão do tema edo texto lido. Nesse último caso, significa procu-rar dados fora do texto, por meio de pesquisas.

Resultados esperados: Espera-se que os alunos conheçam e identifiquemo modo de viver e os valores culturais do povoxavante na sua relação com a terra.

Tempo sugerido: 4 horas

Dicas do professor: Sobre o povo xavante, ver:www.socioambiental.org/pib/epi/xavante/xavante.shtmwww.pnglanguages.org/americas/brasil/LangPage/PortXVPg.htm

o seu jeito de plantar e cultivar? Qual a impor-tância da terra para o povo xavante? Como éo modo de vida xavante?

6. Depois da discussão e de completada a tabela,propor aos alunos a organização de um cader-no sobre o povo xavante, com textos de auto-ria deles.

7. Solicitar aos alunos uma pesquisa de imagensem jornais, revistas e Internet (leve você mes-mo esse material) para montar o caderno,feito pela classe, com textos e imagens sobreesse povo indígena – mapa dos locais ondevivem, das aldeias, de homens, mulheres ecrianças xavante, das diferentes plantas, dascomidas, dos objetos feitos por eles etc.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 29

Área: História Nível II

1. Ler o texto coletivamente com os alunos. Vácomentando e trocando informações eimpressões ao longo da leitura. Conversarcom eles sobre o valor da terra para o povoxavante, sobre o fato de que cada sociedadeconstrói uma relação diferente com a terra.

2. Propor uma comparação da relação com aterra – dos xavantes e da nossa sociedade oci-dental. Para isso, organizar no quadro-negrouma tabela partindo de temas semelhantesaos do texto.

3. Solicitar que os alunos digam como obtêm suacomida, as coisas que usam e como é organi-zado o trabalho onde vivem (quem trabalhana terra, de quem é a terra e quem não traba-lha na terra como consegue o alimento outrosobjetos que usa etc.).

4. Conversar com os alunos sobre as diferençasentre a relação com a terra do povo xavante e

Descrição da atividade

Atividade P Qual é minha relação com a terra?

5T e x t o

Objetivo• Refletir a respeito das relações que as socieda-

des estabelecem com a terra.

Introdução A relação que as pessoas mantêm com a terradepende do modo de vida e da sociedade em quevivem. A mulher xavante tem uma alimentação àbase de mandioca e depois de plantar, colher eralar essa raiz, ela faz o beiju. Mas na sociedadeocidental é diferente. Qual a nossa relação com aterra? Quem planta o que come-mos? Comoobtemos nossos alimentos? Nosso trabalho tam-bém é coletivo? A terra tem um valor diferentena sociedade ocidental em relação à culturaxavante. A terra é considerada uma mercadoria.

Mais do que fornecer alimentos, a terra tem umvalor de mercado. Pode ser comprada e vendida.Assim, antes de adquirir valor de uso, a mandio-ca também é algo para ser vendido e comprado.Ela é adquirida através de um pagamento em din-heiro, obtido por meio da venda do tempo de tra-balho do trabalhador. Assim, quando um operáriocome beijus, nem sempre foi ele quem plantou eprocessou a raiz etc. Pode ter adquirido de umvendedor ambulante, que comprou a goma nosupermercado, que a adquiriu de um pequenoprodutor rural... O operário freqüentemente nãoconhece esse produtor que vive da terra. Se arelação do operário com a terra é diferente, tam-bém muda o valor que ele atribui a ela.

Resultados esperados: Espera-se que os alunosreflitam a respeito das relações que as sociedadesestabelecem com a terra.

Tempo sugerido: 3 horas

das populações da sociedade ocidental, o valorque os alunos atribuem para a terra e suassemelhanças e diferenças em relação ao valoratribuído a ela pelo povo xavante. Solicitar aescrita, em grupo, de poemas que tratam dovalor da terra e peça que compartilhem os poe-mas com os outros grupos.

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30 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: História Nível II

1. Painel integrado: Dividir a turma em quatrogrupos.

2. Cada grupo ficará encarregado de realizar asatividades de um dos textos: Grupo 1: Da terranós tiramos nossa comida; Grupo 2: Da terranós tiramos muita coisa; Grupo 3: Nós usamosas coisas da terra; Grupo 4: Nosso jeito de tra-balhar.

3. Orientar o trabalho nos grupos: a. Ler, interpretar e procurar os significados das

palavras desconhecidas.b. Destacar e analisar os produtos retirados e cul-

tivados na terra, a divisão de tarefas, o jeitode trabalhar, os donos da terra e de seus fru-tos; os significados da terra, da floresta e domeio ambiente para os indígenas.

4. Cada grupo deverá elaborar um cartaz/painelcom desenhos, imagens e frases sobre o textoanalisado e apresentar ao restante da turma.

5. Promover a integração dos painéis, coordenandoo debate e facilitando a interpretação das ques-tões dos textos. Afixar os painéis na escola com

Descrição da atividadeo título: Terra, trabalho e vida – modos de ser,pensar e viver dos grupos indígenas.

Materiais indicados:P Papel pardo ou cartolina,

pincéis, tesoura, cola,

imagens (recortes derevista, jornais etc.)

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Terra, trabalho e vida

Resultados esperados: Produção de um painelintegrado que expresse o significado da relaçãodos povos indígenas com a terra.

5T e x t o

Objetivo• Refletir sobre o significado da terra para os

povos indígenas.

IntroduçãoOs povos indígenas e não-indígenas, historica-mente, se relacionam de maneira distinta com aterra. O meio ambiente, os modos de viver etrabalhar, de conceber o tempo, o espaço são tam-bém diferentes. Logo, quando falamos em trabal-ho rural não nos referimos a uma maneira únicade tratar as relações sociais e de trabalho, bem

como as relações entre homem e natureza. Desdea chegada dos portugueses e o início da coloniza-ção, muitas transformações ocorreram no modode ser e viver dos povos indígenas e dos não-indí-genas que trabalham no meio rural. Os textosapresentam nos diversos significados da terra paraos indígenas. A partir deles, é possível compreen-der melhor o jeito de ser e de viver dos povos indí-genas no Brasil, que, como se sabe, não é único,nem melhor, nem pior que o dos não-indígenas.São diferentes culturas que merecem respeito!

Dicas do professor: Site da Funai – Fundação Nacional doÍndio: www.funai.gov.brLivro: A temática indígena na escola: novos subsídios para pro-fessores de 1.º e 2.º graus, de Aracy L. Silva; L.D.B. Grupioni(orgs.) (MEC/MARI/Unesco).

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 31

Área: Ciências Nível I e II

1. Trazer rótulos de produtos industrializados decastanhas (amendoins, amêndoas, castanha-do-pará, castanha-de-caju, nozes etc.). Pediraos alunos que tragam também.

2. Usando as informações nutricionais contidasnos rótulos de cada produto, os alunos devemidentificar o valor calórico por cada 100 g e oconteúdo protéico, de colesterol, de vitaminase espécies químicas importantes para nossasaúde, como cálcio, magnésio, potássio etc.

3. Pedir aos alunos que cosntruam uma escala decastanhas com melhor potencial nutricional,avaliando e comparando a composição identi-ficada para cada um dos produtos.

4. Depois, essa escala pode ser distribuída para aturma, na escola e também na comunidade.

Descrição da atividade Materiais indicados:P Rótulos de produtos

industrializados de cas-tanhas (amendoins, cas-

tanha-do-pará, castanhade caju, nozes etc.)

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P Quantas castanhas!

Resultados esperados:

• Identificação das substâncias importantes paranossa saúde contidas na castanha.

• Conhecimento das funções de nosso organismoque são beneficiadas pelas substâncias conti-das na castanha.

5T e x t o

Objetivos• Identificar as substâncias contidas na castanha

importantes para nossa saúde. • Conhecer as funções de nosso organismo que

são beneficiadas pelas substâncias contidas nacastanha.

IntroduçãoNo texto, o autor exalta a terra que nos dá, entreoutras coisas, toda sorte de frutos da mata, até acastanha. As castanhas são ricas em nutrientes.Além de fibras e proteínas, possuem cálcio, ferro,potássio, zinco, selênio, vitamina E, ácido fólicoetc. Algumas castanhas possuem selênio, queajuda na regulação dos hormônios da tireóide,do sistema imunológico e na prevenção doaparecimento dos tumores. O zinco (encontradona castanha-do-pará e de caju) auxilia na pro-dução de glóbulos brancos; o magnésio (encon-

trado em quase todas) auxilia a controlar apressão e os sintomas de tensão pré-menstrual; opotássio é importante para os músculos. Por pos-suírem gorduras insaturadas, as castanhas auxi-liam a manutenção do equilíbrio entre o colesterolruim e o colesterol bom, ajudando, portanto, naprevenção de doenças do coração. A presença deproteínas também é de muita importância emnossa dieta, principalmente, para pessoas quenecessitam substituir a carne, como é o caso dosvegetarianos. As castanhas são bastante calóricase se utilizadas de forma inadequada, sem moder-ação, podem resultar em gordura em nosso corpo.No entanto, nutricionistas recomendam a suaingestão em dietas de emagrecimento, pois aamêndoa, por exemplo, que contém gorduramono-insaturada, auxilia no processo de queimade gorduras, além de manter estabilizado o açú-car do sangue.

Dicas do professor: O amendoim, quando mal armazena-do, pode conter toxinas. Para preservar amendoins e outrostipos de castanhas, deve-se guardá-los em ambiente seco esem umidade. Quando forem industrializados, verifique oprazo de validade.

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32 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Português Nível II

1. Ler o texto com os alunos. Perguntar: qual,fundamentalmente, é a diferença entre nossoscostumes e os costumes indígenas?

2. Pedir ao alunos que leiam novamente os poe-mas, mas, agora, a partir do último verso parao primeiro. Perguntar: O que notaram? Aforma de construção do poema permite essainversão drástica? Será que isso ocorre comtodos os poemas?Atividade de criação de textos:1) Segundo Samir Curi Meserani, a paráfrase

criativa é aquela que ultrapassa os limitesda simples reafirmação ou resumo do textooriginal. O texto, nesse caso, se desdobra ese expande. Peça aos alunos que substituama palavra “mandioca” – no poema Da Terranós tiramos nossa comida - por um substan-tivo abstrato (amor, saudade, ciúme).

Exemplo:É na terra que a gente planta a nossa roçaA gente planta amor

Tem muito tipo de amorAmor de fazer farinhaE de fazer beijuTem amor de fazer bebidaTem amor de comer cozidoDe comer assadoOs índios têm roça grande de amor.

2) Perguntar o que mudou no significado dopoema. Como o texto, no caso, é apenaspretexto, perguntar quais as sensações pro-

Descrição da atividade

Tempo sugerido: 3 horas

Atividade P Paráfrase criativa

Resultados esperados:• Compreensão de um recurso lingüístico e habi-

lidade na criação de uma paráfrase.

5T e x t o

Objetivo• Estimular a criatividade por meio de paráfrases.

IntroduçãoQuais são os alimentos que saem da terra e sãosaborosos? Abóbora com chuchu é uma boa pedida?

Dicas do professor: O intertexto escolar. Meserani, Samir.(Cortez).

vocadas pela substituição do termo. O queseria “amor de fazer farinha”? O que seria“amor de fazer beiju”? “amor de fazer bebi-da”? E os demais versos?

3. Pedir que substituam amor por “ciúme”. Oefeito de sentido será o mesmo?

4. Pedir aos alunos que substituam, nos outrospoemas, os substantivos concretos por abstra-to e que, livremente, façam as modificaçõesque julgarem necessárias.

5. Solicitar que leiam os poemas criados para asala. Se o resultado for positivo, sugerir queescrevam em cartazes, com ilustrações, e osexponham no mural da sala ou da escola.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 33

Área: Artes Nível I e II

1. Cada aluno deverá sortear o nome de um cole-ga para retratá-lo em forma de um símbolo.

2. O símbolo deverá levar em conta as carac-terísticas pessoais deste colega.

3. Depois de criado e desenhado, cada alunofará uma pequena exposição do seu símbolo,sem citar o nome da pessoa. Os demais cole-gas deverão tentar identificá-la.

4. Com todos já devidamente identificados, serácriada uma lista de chamada formada de sím-bolos.

5. Discussão do exercício.

Descrição da atividade Materiais indicados:P papel sulfite, lápis preto e

de cor

Tempo sugerido:1 h 30min

Atividade P Simbólico

Resultados esperados:• Que o aluno possa criar desenhos e símbolos

com significação.• Que o aluno possa sintetizar as características

de uma pessoa ou de um pensamento.• Que o aluno possa discutir as representações

simbólicas de uma sociedade.

5T e x t o

Objetivos• Criar uma lista de chamada com os símbolos

de cada um dos alunos.• Comparar símbolos (signos) e seus significados.

IntroduçãoA castanha de caju, além de ser muito cobiçadapelo mercado consumidor nacional e interna-cional, passou a ser também confundida com aprópria fruta. O texto selecionado nos dá estatís-ticas do quanto é desperdiçado dessa fruta e comopoderia ser usada de forma mais eficaz. Por causade sua grande utilização a castanha passa muitasvezes a representar ou mesmo ser confundidacom a própria fruta. Um símbolo, de acordo como Dicionário Houaiss, pode, entre outros, ter oseguinte significado: “aquilo que, por pura con-venção, representa ou substitui outra coisa”. Muitossímbolos substituem nomes de empresas, fábric-as, produtos. Se observarmos bem no caminho denossas casas, encontraremos símbolos por todo o

trajeto. Ao chegar em casa vamos encontrar algunssímbolos em aparelhos domésticos ou nas ima-gens transmitidas pela TV. Acostumamo-nos aeles como parte da cultura de nossa sociedade. Ossímbolos (signos) representam as coisas do mundo,criadas ou não pela mão humana. Representam anatureza, empresas, objetos, serviços, leis e até pes-soas. Que símbolo teríamos nós?

6T e x t o

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34 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Depois da leitura do texto, solicitar aos alunosque procurem em dicionários os significadosdas palavras: altaneiro, alvissareiro e outrasque lhes são desconhecidas.

2. Interpretação do texto: por que o pobre setorna altaneiro? Por que o caju tornou-se umfruto alvissareiro?

3. Com a ajuda dos alunos, no quadro-negro,anotar o nome das marcas de sucos e castan-has-de-caju que podem ser encontradas nossupermercados e mercados populares. Tentardistinguir aquelas que pertencem aos peque-nos e aos grandes produtores. Refletir com osalunos se há características que permitem essadistinção do produto.

4. Em grupos, os alunos devem anotar: a. o que é preciso para que as marcas dos

pequenos produtores possam permanecerno mercado?.

b. o associativismo pode contribuir para for-talecer o mercado dos pequenos produtores?

c. que experiência de associativismo você játeve ou ouviu falar?

Descrição da atividade

Atividade P Sabores e cheiros do associativismo

6T e x t o

Objetivo• Refletir sobre a importância do associativismo

para driblar a lógica excludente do mercado.

IntroduçãoQuem será que fez essa poesia? Vamos refletir? Osabor do suco ou da castanha de caju não revelaquem plantou o caju e muito menos em quecondições se deu o processo de trabalho. Issoquer dizer que é preciso decifrar o que está nasentrelinhas do texto, indo mais além das aparên-cias. Quem são esses 255 mil agricultores fami-

liares? Será que eles estão tão ricos quanto osproprietários das famosas marcas de suco de cajuou de castanha-de-caju? Ou será que se tornaraminvisíveis? Quem usufrui dos frutos de seu traba-lho? O que é preciso para que estes agricultoresfamiliares não sucumbam à lógica de mercado dasociedade atual? O associativismo pode ajudar?Para que você e seus alunos possam refletir sobrerelações de mercado, que tal se inventassem ou-tras poesias que trouxessem à tona outros saborese cheiros dos processos de comercialização e dis-tribuição das riquezas de trabalho?

Resultados esperados: Perceber a importância do associativismo, espe-cialmente para os pequenos produtores.

Dicas do professor: 1. Veja o verbete “associativismo” nodicionário A outra economia, organizado por Antonio DavidCattani (Editora Verz). 2. Sobre como a sociedade tornou-sedominada pelas imagens, leia O nome da marca: MacDonald’s,fetichismo e cultura descartável, de Isleide Fontenelle (EditoraBoitempo).

5. Apresentação das respostas e debate.

6. Sugerir que cada um dos alunos escreva umtexto, em forma de poesia ou prosa, sobreassociativismo.

7. Pedir a ajuda dos alunos para afixar as poesiase prosas nas paredes da sala de aula.

Materiais indicados:P Papel pardo, caneta pilot

Tempo sugerido: 6 horas

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 35

Área: Geografia Nível I e II

1. Levar para a sala de aula uma fruta “caju”, ouum suco para a turma, ou gravuras, fotos dafruta. Motivar a turma para um estudo que podeser multi e interdisciplinar. Levantar questões,provocar questionamentos e dialogar sobre afruta, produção e comercialização.

2. Localizar no mapa do Brasil as principais re-giões produtoras: Nordeste e Centro-Oeste.

3. Solicitar que os alunos leiam e interpretem otexto.

4. Analisar de que maneira a produção e a comercia-lização podem gerar emprego, renda e cida-dania no meio rural.

Descrição da atividade

Atividade P “Do caju brasileiro se aproveita até o cheiro”

6T e x t o

Objetivo• Analisar como a exploração sustentada do caju con-

stitui-se uma alternativa de geração de emprego,renda e cidadania no meio rural, nas regiõesNordeste e Centro-Oeste do Brasil.

Introdução O caju é hoje importante fonte de empregos,renda e cidadania no Brasil, especialmente nasregiões nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Se-gundo os especialistas “o nome caju é oriundo dapalavra indígena “acaiu”, que, em tupi, quer dizer“noz que se produz”. O cajueiro é uma planta rús-tica, típica de regiões de clima tropical. NaAmazônia, as árvores apresentam porte bastanteelevado; nos estados do Nordeste brasileiro, aprincipal espécie de ocorrência é o Anacardiumoccidentale L., cujas árvores apresentam pequenoe médio porte. Nas regiões de cerrado do BrasilCentral as espécies nativas podem apresentarporte médio, como o cajueiro-arbóreo-do-cerra-do (A. othonianum), porte arbustivo, como ocajueiro-do-campo (A. humile) ou até porte rasteiro

(A. nanum e A. corymbosum). O A. occidentale L. éa única espécie do gênero que é cultivada comfinalidade comercial. As demais espécies são ex-ploradas apenas por extrativismo. O cajuí nativono cerrado brasileiro é largamente consumido aonatural ou mesmo sob a forma de sucos, doces egeléias (www.embrapa.br, acesso em 20/11/06). Aspesquisas têm demonstrado uma extraordináriariqueza protéica da fruta e castanhas. Isso tem in-centivado a produção, a comercialização, a ger-ação de renda e emprego para a população. Vamosanalisar como se dá esse processo?

5. História em quadrinhos: motivar a turma aproduzir, individualmente e em grupo, umahistória em quadrinhos, sobre o caju brasileiro,tendo como referência o texto, o diálogo e osconhecimentos prévios.

6. Apresentar os textos em sala e fazer uma expo-sição das produções.

Resultados esperados: História em quadrinhos enfocando a “história”do caju e sua importância no meio rural brasi-leiro, em especial, o meio nordestino.

Materiais indicados:P Mapa do Brasil em regiões

Tempo sugerido: 2 horas

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36 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: História Nível I e II

1. Perguntaar aos alunos o que sabem sobre ocaju e o cajueiro.

2. Ler o texto coletivamente. A partir dele iden-tifique o uso do caju, a importância dele paraos trabalhadores rurais nordestinos e qual aidéia defendida no texto.

3. Propor uma pesquisa a respeito da história docaju, onde ele tem sido plantado, sua relaçãocom as sociedades indígenas, a sua dissemi-nação pelo mundo, os diferentes tipos de plan-tações de caju atualmente e quem é o trabal-hador rural que vive dessa economia.

4. Socialize a pesquisa dos alunos na sala deaula e proponha a organização de um muralsobre o tema.

Descrição da atividade Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P O caju e o trabalhador rural brasileiro

Resultados esperados: Espera-se que osalunos conheçam a relação do caju com a vida dotrabalhador rural brasileiro que vive do cajueiro.

6T e x t o

Objetivo• Conhecer a relação do caju com a vida do tra-

balhador rural brasileiro.

IntroduçãoConta Câmara Cascudo que o cajueiro é naturaldas terras brasileiras e já era uma árvore muitoconhecida das populações indígenas quando osportugueses aqui chegaram. Com o caju, os índiosfaziam uma bebida fermentada consumida emmomentos de festas. Torravam também a castan-ha no fogo para comer. Foram os indígenas queespalharam a fruta por várias regiões do ter-ritório brasileiro. E conta-se que, como a flor docaju tem sua regularidade, comunidades indíge-nas marcavam o tempo de um ano quando elaaparecia. Hoje em dia o caju pode ser encontra-do em supermercados: seu suco engarrafado, suapolpa congelada e suas castanhas enlatadas. Passou

a ser também a base da economia de países dis-tantes do Brasil, como é o caso de Guiné -Bissau,na África.

Dicas do professor: Livros: História da Alimentaçãono Brasil, de Luís da Câmara Cascudo (Itatiaia / Edusp);Frutas no Brasil, de Silvestre Silva e Helena Tassaía(Empresa das Artes). Biblioteca Virtual dos Estudantes – Frutasno Brasil: http://bibvirt.futuro.usp/especiais/frutasnobrasil/

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 37

Área: Português Nível I e II

1. Ler o texto com os alunos. Pedir que veri-fiquem, no poema, os adjetivos e seus efeitosde sentido (tamanha, brasileiro, saborosa, mar-avilhoso, prazenteiro, benfazeja, cruel, certo,altaneiro, cultivado, alvissareiro).

2. Para melhor sentir o efeito dos adjetivos notexto, pedir que o leiam sem mencioná-los.Destacar a importância, sobretudo, do adjeti-vo “altaneiro”. Sem ele, o poema muda desentido.

3. Dividir a turma em grupos. Pedir a cada grupoque escolha três adjetivos dos versos lidos e osescrevam no quadro-negro.

4. Estabelecer um tempo para que os alunos li-bertem a imaginação e busquem associar a ca-da palavra quadro-negro o maior número deadjetivos possível. Se quiserem, podem usar odicionário.

5. Se achar a competição saudável, atribuir um pontopara cada adjetivo relacionado.

6. A seguir, peça aos alunos que substituam osadjetivos constantes do poema original poroutros que eles encontraram e relacionaram.

Descrição da atividade

Atividade P Você só come a castanha?

Resultados esperados:Ampliação do léxico e uso dos adjetivos.

6T e x t o

Objetivo• Ampliar a capacidade de adjetivação.

IntroduçãoVocê só come a castanha do caju? Dizem os espe-cialistas que do caju brasileiro se aproveita até ocheiro! Vamos refletir sobre isso com nossos alunos!

Tempo sugerido: 1 hora

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38 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Depois de apreciar o ensaio de Ruy Fraga,pedir aos alunos que escrevam frases sobre oMST, dando destaque às crianças que lá apa-recem. Expor as frases num mural.

2. Divida a turma em quatro grupos para que pes-quisem na biblioteca dados sobre: a. As Capitanias Hereditárias e a gênese da

propriedade privada da terra no Brasil. b. História da luta no campo no Brasil. c. As formas de luta do MST. d. Princípios, organização do trabalho e da

educação.

3. Apresentação dos grupos.

4. A partir dos dados levantados, analise junto comos alunos o que de diferente as crianças doMST podem aprender e que se constitui num

Descrição da atividade

Tempo sugerido: 6 horas

Atividade P Carta às crianças do MST

Resultados esperados:Inferir sobre como as crianças percebem o movi-mento de luta pela terra.

7T e x t o

Objetivo• Perceber a dimensão educativa do MST para os

filhos da classe trabalhadora.

IntroduçãoO ensaio de fotografias de Ruy Fraga traduz oclaro e escuro tempo da vida, de ser criança e, aomesmo tempo, filhos e filhas de trabalhadoresexpropriados do acesso a terra. A beleza dessetempo de vida cheio de descobertas e vigor,transbordante em fantasia e criatividade, própriode nossa capacidade, salta aos olhos. No entan-to, muitas oportunidades são negadas a essesseres humanos em seus primeiros tempos davida. O caminho da cultura e da educação, porexemplo, é negado para essas crianças oriundasda classe trabalhadora. Mas apesar das condiçõesprecárias de moradia, segurança, saúde e alimen-

tação, talvez o que as crianças do MST tenham amais em relação a outras, seja às oportunidadede viver a dimensão educativa de um movimen-to que questiona a propriedade privada da terra.Este movimento tem sido uma grande escola nãoapenas para seus participantes – homens, mu-lheres e crianças – que lutam em busca de justiçasocial, mas para todos os trabalhadores docampo e da cidade. Dessa escola, a lição que ficapara todos é devemos teimar em ser felizes. Ascrianças sabem muito bem disso.

Dicas do professor: 1. Veja no site www.mst.org.br“Manifesto dos Sem-Terra ao Povo Brasileiro” e “Manifestodas Educadoras e dos Educadores da Reforma Agrária aoPovo Brasileiro” 2. Para refletir sobre a dimensão educativado MST, consulte o livro Pedagogia do Movimento Sem-Terra,de Roseli Salete Caldart (Vozes).

saber importante para superação da lógica daconcentração da propriedade privada daterra?

5. Ler as frases feitas inicialmente e solicite aosalunos que escrevam uma carta às crianças doMST. (Se possível, enviem ao movimento).

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 39

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Se possível, projetar as fotos de Ruy Fragapara seus alunos ou pedir a eles que observemas fotos em seu livro. Pergunte-lhes se conhe-cem algo da vida das crianças do MST.Apresentar-lhes as “sem-terrinhas”.

2. Em duplas, pedir-lhes que registrem como foia sua infância.

3. À medida que as duplas forem apresentandoos resultados, promover uma discussão, apre-sentando questões: vocês participavam da vidados adultos? Como participavam e em quaisâmbitos? Seus pais participaram de algum mo-vimento por melhores condições de trabalhoe/ou por uma vida melhor? Vocês tiveramalgum tipo de participação nesse movimento?Quais as semelhanças/diferenças entre a in-fância de vocês e a das “sem-terrinhas” no quese refere ao protagonismo infantil por condi-ções dignas de trabalho e de vida?

Descrição da atividade

Tempo sugerido: 4 horas

Atividade P ”Sem-Terrinha”

Resultados esperados: Discussão sobre ainfância dos “sem-terrinhas” e comparação com ainfância dos alunos. Organização de um pequenolivro intitulado: Brincadeiras de infância.

7T e x t o

Objetivo• Conhecer aspectos da infância dos “sem-terri-

nhas” e compará-la às dos alunos.

Introdução“Sem-Terrinhas” é um nome carinhoso dado àscrianças do Movimento dos Trabalhadores RuraisSem-Terra que vivem a construção do presentecom muitos desafios, mas com enormes possibi-lidades pela frente. Elas têm uma grande van-tagem em relação a outras crianças que vivem nocampo ou em comparação à infância de seuspróprios pais: estão organizadas. Ainda que hajadiferenças nos grupos distribuídos em todo opaís, as crianças do MST são protagonistas dacriação de condições propícias à formação

humana, sobretudo em relação à educação esco-lar e à formação política. Ao lado de seus pais,lutam pela reforma agrária e cultivam o amorpela terra. Elas já conquistaram o direito à esco-la nos acampamentos e, hoje, algumas universi-dades oferecem cursos de graduação específicospara a formação de professores integrantes doMST. Porém, como são crianças, as “sem-terri-nhas” têm a oportunidade de viver aquilo quedesejam todas as crianças: brincar. Ruy Fragaregistrou momentos do cotidiano dessas criançascomo realmente são: bonitas e alegres, descon-traídas e brincalhonas. Suas fotos fazem um con-traponto com a grande maioria daquelas queapresentam o lado miserável dessas crianças.

Dicas do professor: Projeto Escola Itinerante. O Paranápossui 11 escolas, localizadas em assentamentos de novemunicípios do estado, que atendem 100% de crianças ejovens do MST: www.mstpr.org.br Pedagogia da Terra, curso de graduação ofertado pelaFaculdade de Educação da UFMG: www.ufmg.com.br“Olhares (com)prometidos”, de Rodrigo Rossoni. Dissertaçãode mestrado. Faculdade de Educação/UFES: www.ufes.com.br

4. Para finalizar, pedir a cada aluno que escolha abrincadeira que mais gostava na infância eanote-a no quadro-negro. A turma deve descre-ver essas brincadeiras, detalhadamente, ilustrá-las e organizá-las num pequeno livro intitulado:Brincadeiras de infância, que pode ser incorpo-rado ao acervo da biblioteca da escola.

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40 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: História Nível I e II

1. Solicitar que os alunos observem detalhada-mente as imagens.

2. Questionar e debater, oralmente, com osalunos:a. O que as imagens retratam?b. Quem as produziu?c. Quando?d. O que você, aluno, vê nas imagens?

Como vê?e. Qual mensagem elas transmitem?

3. Debater, confrontar as diferentes leituras dasimagens, narradas pelos alunos, destacandoas condições de moradia, o lazer, a educação,as brincadeiras, a infância dos “sem-terrinha”.

4. Em conjunto, os alunos deverão produzir ummural coletivo, dividido em três partes. De umlado escrever os problemas relacionados à desi-gualdade em nosso país, à concentração deterras, à infância; do outro lado as possíveis

Descrição da atividade

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P A infância e a luta pela terra: múltiplos olhares

Resultados esperados: Mural coletivo expres-sando um olhar crítico sobre a questão da infânciae da luta pela terra no Brasil.

7T e x t o

Objetivo• Refletir sobre a questão da infância e da luta

pela terra no Brasil.

IntroduçãoComo você sabe, as imagens fotográficas sãoimportantes fontes para o estudo da nossaHistória. Elas sugerem possibilidades, ampliamos nossos olhares, permitem múltiplas e váriasinterpretações. Para alguns a “foto é um tram-polim para a realidade”, para outros umaimagem da imagem. Como toda fonte histórica afotografia não é neutra, ela seleciona, recorta,amplia, é carregada de intencionalidades. Logo,deve ser tratada com criticidade, para não ser

compreendida como verdade absoluta dos fatos.As fotos apresentadas retratam, difundem umaimagem de duas questões importantes do nossopaís: a infância e a luta pela terra. Quais ascondições de vida das crianças nos assentamen-tos? Como vivem? Como estudam? Como brin-cam? Segundo o autor, “a idéia era fotografar ascrianças felizes. Acho que consegui. Não pormérito meu, mas porque são crianças realmenteinteligentes, lindas, felizes; já abraçando a lutade seus pais: a reforma agrária e o amor pelaterra”. E você como vê as crianças represen-tadas? E os seus alunos? Estimule os alunos a vere a pensar sobre a construção de outras históriasem nosso país.

Dicas do professor: Livros de fotos de Sebastião Salgado,dentre eles: Retratos de crianças no êxodo (Schwarcs).Terra (Schwarcs). Site do MST: www.mst.org.br

causas e, por último, as propostas de ações,destacando a opinião do grupo sobre a luta dosmovimentos dos sem-terra no Brasil. Todos osalunos devem participar, levantando os pro-blemas e sugerindo ações políticas que possamsignificar ampliação dos direitos de cidadaniae justiça social no Brasil.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 41

Área: Português Nível I e II

1. Atividades de Pré-LeituraIniciar a aula dizendo que, às vezes, é possí-velbrincar com a imaginação e criar perso-nagens.Peça aos alunos para registrar no cadernorespostas às perguntas que serão feitas porvocê. Devem numerar as respostas de 1 a 12 enão é necessário escrever as perguntas. Inicie ojogo:

1. Escrevam um nome de pessoa, homemou mulher.

2. Escrevam o nome de um lugar distante.3. Escrevam um número entre 1 e 500.4. Anotem um espaço de tempo (segundos,

minutos, horas, dias, meses, anos, séculos).5. Escrevam um número qualquer.6. Escrevam um desejo qualquer, seu ou fictício.7. Escrevam a palavra SIM ou a palavra

NÃO.8. Escrevam uma cor.9. Escrevam um hábito que classificam

como defeito.10. Escrevam um certo valor em dinheiro.11. Escrevam o nome de uma música ou de

um grupo musical.12. Escrevam o nome de um lugar muito

próximo. A seguir, pedir a um aluno que dê respostaspara as questões que você fará. Todas asrespostas já estão dadas. Basta que ele con-sulte a lista acima, lendo-a na ordem.

Descrição da atividadePerguntar:

1. Qual o nome de seu (sua) noivo(a)? 2.Onde se encontraram pela primeira vez? 3.Que idade tem ele(a)? 4. Quanto temponamoraram? 5. Qual o número do sapatodele(a)? 6. Qual o maior desejo dele(a)? 7.É bonito e inteligente? 8. Qual a cor dosolhos dele(a)? 9. Qual o pior defeito dele(a)?10. Quanto dinheiro levarão para a lua-de-mel? 11. Qual a canção que gostariam deouvir no casamento? 12. Onde vai ser a lua-de-mel?Por certo, as respostas serão estapafúrdias.Repita as perguntas para outros alunos.Peça que escrevam um texto literário curtoque tenha por título “A lua-de-mel”.

2. Atividades de leitura e produção de texto:Peça que observem bem as fotos das criançasfotografadas por Ruy Fraga. Solicitar quesoltem a imaginação, observem uma delas elhe dêem nome, idade, gostos, qualidades,defeitos, anseios, frustrações, amores, raivasetc. e registrem essas características numa fo-lha. Depois, pedir que criem uma reportagemsobre a visita que fizeram às crianças numacampamento dos sem-terrinha.

Atividade P Reportagem

Resultados esperados: Desenvolvimento dogosto pela escrita.

7T e x t o

Objetivo• Incentivar a criação de textos a partir de estí-

mulos não-verbais.

IntroduçãoJunto com nossos alunos, vamos dar vida a essasfotos, imaginado a dinâmica do universo que elasrepresentam. Observando o ensaio vamos pensar:quem serão essas pessoas? Como vivem? O quelêem? Quais seriam seus sonhos?

Tempo sugerido: 3 horas

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42 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Matemática Nível I e II

1. Dividir a turma em, pelo menos, cinco grupos(um para cada região do país) e determinar,em hectares, o tamanho que cada propriedadedeve ter para encaixar-se em cada uma dasclassificações (pequena, média e grande).

2. Apresentar os resultados em uma tabela. Paraisso, coloque os seguintes dados, em hectares:

MF MF MF Estado Máx. Mín. Mais freq.Rondônia 60 60 60Acre 100 70 100Amazonas 100 80 100Roraima 100 80 80Pará 75 5 70Amapá 70 50 60Tocantins 80 70 80Rio Grande do Sul 40 5 20Santa Catarina 24 7 20Paraná 30 5 18Maranhão 75 15 75Piauí 75 15 70Ceará 90 5 55

Descrição da atividade

Atividade P Módulo Fiscal. O que é?

8T e x t o

Objetivo• Utilizar a multiplicação e divisão para auxiliar

a compreensão de Módulo Fiscal (MF)

Introdução A idéia de estabelecer um limite máximo para apropriedade da terra no Brasil não é nova. Naépoca da Constituição de 1988, o projeto de ini-ciativa popular para a questão agrária já tratavadisso, estabelecendo, na época, um limite de 50módulos fiscais. Cada região possui o seu MF. Alémdisso, pode haver outros valores para o MF dentroda mesma região. Isso ocorre, pois a definição levaem consideração fatores como: tipo de solo, relevo,

acesso etc. O número de MF do imóvel rural deque trata o art. 4.º da Lei n.º 8.629/93 será calcula-do dividindo-se sua área total pelo módulo fiscaldo município de sua localização, com precisão decentésimos (duas casas decimais). Assim podemosdefinir as propriedades, de acordo com a área, em:minifúndios (< 1 MF), pequenas (1 a 4 MF),médias (superior a 4 e até 15 MF) e grandes(maiores que 15 MF). Como vimos, o tamanho dapropriedade, em hectares, não define uma grandepropriedade, mas sim a sua área em MF. E essetamanho representa quantos hectares? Podemosfalar que uma grande propriedade em Alagoas étambém grande no Amazonas?

Rio Grande do Norte 70 7 35Paraíba 60 7 55Pernambuco 70 5 14Alagoas 70 7 16Sergipe 70 5 70Bahia 70 5 65Espírito Santo 60 7 20Minas Gerais 70 5 30Rio de Janeiro 35 5 10São Paulo 40 5 16Distrito Federal 5 5 5Goiás 80 7 30Mato Grosso 100 30 80Mato Grosso do Sul 110 15 45

3. Propor que cada grupo estipule o tamanho decada propriedade, em hectares e transforme-aem MF para cada uma das regiões. Para isso,deve utilizar o MF máximo, mínimo e freqüente.

4. Responder as perguntas propostas na intro-dução utilizando como base a leitura do texto.

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados:Que os alunos possam utilizar as operações fun-damentais para analisar problemas sociais.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 43

Área: Matemática Nível I e II

1. Dividir a sala em grupos e pedir que cada umdetermine a área de uma propriedade ruralem hectares. Áreas acima de 1.500 hectaressão grandes propriedades em todo o país. Umhectare possui 10.000 metros quadrados o queequivale à área de um quadrado de 100 me-tros de lado ou, por exemplo, equivale aprox-imadamente à área de um campo de futebol).

2. De acordo com a tabela abaixo, determinar aquantidade em MF que esta propriedade pos-sui em cada estado de cada região do país(Norte, Nordeste, Sudeste, Centro-Oeste eSul). Utilizar os valores máximo, mínimo efreqüente. O valor do MF está em hectares:

MF MF MFEstado Máx. Mín. mais freq.Rondônia 60 60 60Acre 100 70 100Amazonas 100 80 100Roraima 100 80 80Pará 75 5 70Amapá 70 50 60Tocantins 80 70 80Rio Grande do Sul 40 5 20Santa Catarina 24 7 20Paraná 30 5 18Maranhão 75 15 75Piauí 75 15 70Ceará 90 5 55

Descrição da atividade

Materiais indicados:Papel - cenário, régua e

mapa político do BrasilTempo sugerido: 1 hora

Atividade P Quantas vezes maior?

8T e x t o

Objetivo• Ensinar alunos a comparação entre grandezas.

IntroduçãoCom a utilização dos Módulos Fiscais (MF) paradeterminar a definição de pequena, média e grandepropriedade, as propriedades definidas como

grandes, quando utilizada a área em hectares oualqueires, em alguns estados (ES, AL, SE, RJ).podem não ser vistas assim em outros, principal-mente em estados com áreas pequenas (AM, PA,TO, MS, MT, GO). Mas como visualizar essa com-paração? Como proceder para realizar essa com-paração? O MF é uma boa forma de comparação?

Rio Grande do Norte 70 7 35Paraíba 60 7 55Pernambuco 70 5 14Alagoas 70 7 16Sergipe 70 5 70Bahia 70 5 65Espírito Santo 60 7 20Minas Gerais 70 5 30Rio de Janeiro 35 5 10São Paulo 40 5 16Distrito Federal 5 5 5Goiás 80 7 30Mato Grosso 100 30 80Mato Grosso do Sul 110 15 45

3. Para turmas do 1.º Segmento utilize a divisãocomo estratégia para a resolução do problemae, para turmas do 2.º segmento, utilizar aregra de três.

4. Cada grupo deve colocar os resultados em umatabela e apresentá-la à turma.

5. De posse das informações dos grupos, a turmadeve responder às perguntas propostas na In-trodução.

Resultados esperados: Que os alunos pos-sam utilizar diferentes formas e estratégias paracomparar grandezas.

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44 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Língua estrangeira – Espanhol Nível II

1. Solicitar aos alunos que leiam o texto silen-ciosamente.

2. Ler o texto em voz alta para os alunos e apre-sente a eles o vocabulário; complemente-o sehouver dificuldades.

3. Pedir que cada um leia uma parte do texto.Oriente a leitura dos números. Pedir que obser-vem o uso do masculino em el porcentaje,diferente do português que é uma palavra dogênero feminino; o uso do artigo antes de el84%, un 84% também merece atenção;

4. Apresentar no quadro-negro as seguintes ques-tões em espanhol para a compreensão da leitura:a. ¿Qué es la agricultura familiar?b. ¿Con qué porcentaje contribuye la agricul-

tura familiar con la producción agropecua-ria en Brasil?

Descrição da atividade

Atividade P La agricultura familiar reconocida

8T e x t o

Objetivo• Oferecer aos alunos a oportunidade para que

conheçam as conquistas da agricultura fami-liar brasileira e o vocabulário espanhol especí-fico.

IntroduçãoO debate sobre a Política Nacional de AgriculturaFamiliar no Brasil remonta 1993. Em 1996,graças à luta dos trabalhadores rurais por umapolítica pública específica para a agriculturafamiliar, surgiu o Pronaf – Programa Nacional deagricultura familiar. E, recentemente, veio agrande conquista do reconhecimento oficial daagricultura familiar. A lei confirma a descentra-lização das ações para a sustentabilidade ambien-tal e socioeconômica, a eqüidade da aplicação depolíticas públicas e a participação de agricultores

familiares na formulação e implementação dessaspolíticas. Aproximadamente 85% do total de pro-priedades rurais do país pertencem a gruposfamiliares. Sua importância é ainda maior con-siderando-se que esse segmento cria oportu-nidades de trabalho local, reduzindo o êxodorural, diversifica a atividade econômica e buscapromover o desenvolvimento de pequenos emédios municípios. O crescimento da miséria, daviolência e da insegurança nas grandes cidades fezcom que também crescesse o apoio da sociedadeurbana às políticas de valorização do meio rural. Nesse contexto, faça um levantamento sobrequal é a procedência de seus alunos?Converse com eles sobre as oportunidades detrabalho no campo? Reflita sobre a importânciadesse setor para o desenvolvimento político,econômico e social do país.

c. ¿Cuáles son los requisitos para que se considereun ciudadano como agricultor familiar?

d. ¿Qué beneficios otorga la nueva ley a losagricultores familiares?

5. Corrigir as questões no quadro-negro.

Materiais indicados:Revistas e folhetos sobreagricultura

Tempo sugerido: 02 horas

Resultados esperados: Identificar os avançosno campo da agricultura familiar no Brasil e emi-tir opinião usando o léxico espanhol.

Dicas do professor: Sites: www.mda.gov.br/saf/ (Ministériodo Desenvolvimento Agrário) e www.comciencia.com.br

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Page 45: Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho

Caderno do professor / Trabalho no Campo • 45

Área: Ciências Nível II

Cada vez mais, identificamos a ampliação dostipos de combustível utilizados em nosso cotidia-no. Essa atividade convida os alunos a refletiremsobre potenciais efeitos benéficos/prejudiciais doscombustíveis, tanto em termos ambientais quantoeconômicos e sociais.

1. Lerr o texto com os alunos.

2. Pedir aos alunos que elaborem uma lista dos com-bustíveis que são utilizados nos carros, ônibus,tratores, caminhões, motores de equipamen-tos, barcos, aviões etc.

3. Para cada combustível selecionado, o alunodeverá relacionar seu tipo (diesel, gasolina,álcool etc.) e seus efeitos ambientais. Casoseja possível, o aluno deve procurar identi-

Descrição da atividade

Tempo sugerido: 1 hora

Atividade P H-bio, que combustível é esse?

Resultados esperados:• Identificação dos constituintes do combustível

H-Bio.• Reconhecimento da necessidade de se pesquisarem

formas alternativas de obtenção de energia.

5T e x t o

Objetivos• Identificar os constituintes do H-Bio, um novo

combustível.• Reconhecer a necessidade de se pesquisarem

formas alternativas de obtenção de energia.

Introdução

No texto, o autor faz referências ao H-Bio, umnovo combustível que está sendo pesquisadopela Petrobras. O Brasil, por meio do Centro dePesquisas e Desenvolvimento (Cenpes) da Petrobras,é pioneiro no desenvolvimento de um novo com-bustível, chamado H-Bio, que é uma mistura deóleo de soja e petróleo. Neste combustível essamistura acontece durante a produção do diesel,isto é, no refino. Para compararmos, nobiodiesel, a adição de óleo vegetal é feita nas dis-tribuidoras ao diesel já refinado. A maior vantagemdesse novo combustível é que não haverá necessi-

dade de adaptações e testes adicionais emmáquinas e veículos que usam como combustív-el o diesel de petróleo. O H-BIO não causa mod-ificações químicas no diesel, isto é, o novo pro-duto pode ser utilizado sem a necessidade deadaptações em motores. Em termos ambientais,o uso de óleo de soja durante o processo de refi-no do diesel permite reduzir a quantidade deenxofre no combustível final. A queima de com-bustíveis sem enxofre é fundamental parareduzirmos a incidência de chuva ácida, evitan-do seus efeitos deletérios. Acredita-se que o novocombustível será disponibilizado comercial-mente em 2007.

9T e x t o

Contexto no mundo do trabalho: O trabalhador docampo está diretamente envolvido na produção do H-bio,já que para sua produção será necessário o cultivo de sojae outras oleaginosas.

ficar se há diferença econômica/social quepossa ser avaliada no uso desse combustível.Por exemplo, o uso de combustíveis usandoóleo vegetal certamente aumentará a oferta detrabalho no campo.

4. Discutir os resultados da avaliação, buscandoidentificar quais serão os combustíveis do futuro,face ao fato do petróleo ser um combustível não-renovável.

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46 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Ciências Nível I e II

Podemos produzir uma água ácida misturandouma porção de ácido muriático a nove porçõesde água. Embora o ácido muriático não seja umdos ácidos da chuva ácida, a água assim pro-duzida também terá uma acidez maior do que aágua normal. Deve-se manipular cuidadosa-mente o ácido muriático, que é corrosivo.1. Pedir aos alunos que preparem uma solução

usando uma parte de ácido muriático (ácidoclorídrico) e 9 partes de água.

2. Os alunos devem utilizar essa solução paramolhar diversos pedaços de giz, contidos emcopos transparentes.

3. O experimento deve ser feito, em coposseparados, com giz branco e com giz decores diferentes. Não misturar giz de coresdiferentes.

Descrição da atividade

Atividade P Chuva ácida

9T e x t o

Objetivo• Identificar as fontes poluentes que desencadeiam

a chuva ácida.

IntroduçãoO autor explica no texto que o uso do óleo vege-tal misturado ao diesel convencional – obiodiesel - diminui a emissão de enxofre, sub-stância que causa a chuva ácida, entre outrosefeitos. Chama-se de chuva ácida a chuva quepossui um conteúdo de acidez mais elevado doque o normal. Usualmente isso acontece devidoà combinação da água natural, na atmosfera,com poluentes emitidos em processos como aqueima de combustível de petróleo ou a base decarvão, por exemplo. Esses materiais que pos-suem nitrogênio ou enxofre em sua composição,quando sofrem combustão, liberam óxidos de

enxofre ou óxidos de nitrogênio, que, quandocombinados com água, dão origem a ácidos comoo ácido sulfúrico etc. É a presença desses ácidosna chuva que lhe conferem uma acidez acima donormal. Chuvas ácidas podem afetar a composiçãodas águas superficiais e subterrâneas, destruir avegetação ou mesmo corroer monumentos de cal-cário, de mármore e as estruturas metálicas deconstruções. Isso ocorre devido ao poder corrosi-vo de águas ácidas. O benefício potencial da mis-tura de um óleo vegetal ao diesel de petróleo, sedá pela redução dos teores de enxofre enitrogênio, que não se encontram presentes nosóleos vegetais.

Resultados esperados: Identificar as fontes poluentes que desencadeiama chuva ácida.

4. Pedir aos alunos que anotem suas observações– formação de bolhas de ar (liberação de gáscarbônico-CO2), dissolução do giz etc.

5. A dissolução do giz, com emissão de gases, éuma simulação do que ocorre com os monu-mentos danificados pela chuva ácida.

6. A solução de ácido muriático deve ser descar-tada CUIDADOSAMENTE na pia, utilizandomuita água corrente.

Materiais indicados:P Ácido muriático, água,

copos e giz branco e gizde cor

Tempo sugerido: 2 horas

Contexto no mundo do trabalho: Os trabalhadores docampo participam diretamente no desenvolvimento dessanova tecnologia, a partir do cultivo das oleaginosas.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 47

Área: Geografia Nível II

1. Investigar em jornais, revistas e sites, notíciassobre a produção e utilização do biodiesel noBrasil. Ler, comentar, discutir com os alunos.

2. Motivá-los a acompanhar o noticiário sobre otema.

3. Localizar no mapa do Brasil as principaisregiões produtoras de biodiesel.

4. Debater a importância da nova fonte de ener-gia para o desenvolvimento, econômico,social e o meio ambiente; analisar como issose insere na proposta de desenvolvimento sus-tentável.

5. Ler o texto com os alunos, situando-o no tempoe no espaço em que foi produzido.

6. Confrontar com as informações atualizadassobre a produção e a atuação do agronegócioe da agricultura familiar no processo de pro-dução.

Descrição da atividade

Atividade P Biodiesel: impactos sociais e ambientais

9T e x t o

Objetivo• Analisar os impactos sociais e ambientais da

produção e utilização do biodiesel no Brasil.

Introdução Nos últimos tempos muito se fala em biodiesel,não é? Mas o que isso significa? Qual a importân-cia do debate? Quais os impactos para o Brasil?Como o próprio nome indica, é uma fonte deenergia, em que se utiliza óleo extraído de plan-tas oleaginosas como soja, girassol, mamona,pinhão manso e dendê. Segundo o texto “a prin-cipal utilização do biocombustível é em misturacom o diesel que, a partir de janeiro de 2008,será obrigatória. Todo diesel brasileiro terá pelomenos 2% de biodiesel”. Essa medida terá váriosimpactos sociais, econômicos e ambientais paraas populações rurais e urbanas nas diferentes

regiões do Brasil. Nas regiões produtoras, espe-cialmente o Nordeste e o Centro-Oeste, o agro-negócio e a agricultura familiar incrementarão ocultivo de plantas oleaginosas. As empresasenergéticas cuidaram da produção do biodiesel.Este processo gerará mais empregos e renda,desenvolvimento econômico e social. Além disso,há um outro impacto: a diminuição da poluiçãodo ar o que, por sua vez, contribuirá para adiminuição de doenças e de problemas ambien-tais. O biodiesel se insere no âmbito dos objetivosde um desenvolvimento sustentável. Vamos inves-tigar essa temática com os alunos? Por ser algonovo, merece nossa atenção, no sentido de acom-panharmos o processo, os riscos, os desdobra-mentos. Faz-se necessária uma atualização per-manente dos dados sobre essa nova frente deprodução econômica em nosso país.

7. Produzir um texto coletivo sobre o biodiesel esua importância para a economia e o desen-volvimento sustentável do nosso país – (avaliarse está claro para os alunos o conceito dedesenvolvimento sustentável).

Resultados esperados: Produção de um texto abordando os impactos daprodução e utilização do biodiesel para o desen-volvimento econômico, social e para o meioambiente.

Dicas do professor: Sites: www.mda.gov.br Ministério doDesenvolvimento Agrário; site da Petrobras: www.petrobras.com.br. Ministério do Meio Ambiente: www.mma.gov.br

Materiais indicados:P Artigos de jornais, revis-tas, sites com noticiasatualizadas sobre a

questão

Tempo sugerido: 2 horas

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48 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Matemática Nível II

1. Pedir aos alunos que lieam o texto em silên-cio, enquanto assinalam as grandezas mate-máticas e suas respectivas unidades de medi-da que lá aparecem;

2. Listar no quadro-negro as grandezas que osalunos encontraram com suas respectivasquantidades: (800 postos; 600 milhões delitros de diesel; 208 mil agricultores; 35 milfamílias).

3. Escrever na lousa e peça que os alunos resolvam oseguinte problema:

Se para abastecer 800 postos com 600 milhõesde litros de biodiesel, serão necessários 208 milagricultores, quantos postos e quantos litros debiodiesel as 35 mil famílias atualmente abaste-cem? Quantas famílias mais poderão ser envolvi-das a partir de 2008? Quais as vantagens de usarbiodiesel?(Na avaliação das respostas encontradas, expli-que a regra de três composta, chamando atençãopara as grandezas diretamente proporcionais).

4. Resolvido o problema, peça que eles, em gru-pos, escrevam uma resposta às duas pergun-tas do problema.

Descrição da atividade

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Mais trabalho, menos poluição

Resultados esperados: Texto com respostaao problema formulado, revelando compreensãoda relação entre produção de biodiesel e polui-ção da atmosfera.

9T e x t o

Objetivos• Resolver uma regra de três composta.• Perceber a relação entre aumento da produção

de biodiesel, criação de postos de trabalho epoluição da atmosfera.

IntroduçãoA humanidade tem vários problemas pararesolver atualmente. Um deles é o desemprego.Outro, a redução do efeito estufa. É possívelresolver o problema do desemprego sem ampliar

os problemas ambientais? Alternativas de em-prego e renda que reduzem os prejuízos ambientaisexistem. O que impede que elas se realizem? Otexto “Biodiesel, alternativa de emprego e renda”nos traz uma possibilidade. Usando regra de trêscomposta – utilizada em problemas com mais deduas grandezas, direta ou inversamente propor-cionais – propõe-se uma reflexão sobre as possi-bilidades de aliar-se criação de empregos, cuida-dos ambientais e economia.

5. Para finalizar, chamar a atenção dos alunos parao fato de que a razão entre o aumento dobiodiesel é diretamente proporcional ao aumentodo número de ocupações e inversamente pro-porcional ao aumento da poluição da atmos-fera, porque aumentando o biodiesel diminuia poluição.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 49

Área: Matemática Nível II

1. Ler o texto com os alunos e discutir as vantagensque esse tipo de combustível pode oferecer. Porexemplo: aumenta o número de empregos e arenda do pequeno agricultor; contribuir para amelhoria das condições do ar nas grandescidades; é um recurso natural renovável (discu-tir o conceito de renovável). Questionar se teriaalguma desvantagem. Qual(is)?

2. Em seguida, propor o cálculo: se cada litro decombustível destinado ao consumo final tem0,02 litro (2%) de biodiesel, calcule o volumetotal que é possível obter com 600 milhões debiodiesel. Para efetuar esse cálculo, e outrosque possam ser propostos, trabalhar compotência de dez.

Descrição da atividade

Atividade P A importância do biodiesel

9T e x t o

Objetivos• Discutir a importância do biodiesel para a agri-

cultura familiar.• Verificar, por meio de cálculos matemáticos, o

expressivo volume de produção de combustível.

IntroduçãoO biodiesel é o combustível obtido por reaçãoquímica, a partir do óleo extraído de grãosoleaginosos, tais como: girassol, mamona, soja eoutros. Dessa forma, esse combustível ganhaimportância por ser uma nova fonte de energiaecológica e poderá beneficiar os pequenos agri-cultores que terão a oportunidade para se estab-elecer na terra. O emprego do biodiesel temcomo objetivo substituir parte do óleo conven-cional em cerca de 2%, sendo obrigatório a par-tir de 2008. A produção do biodiesel oportunizarecuperação da agricultura familiar? Por que obiodiesel é um produto renovável? Quais serãoas regiões mais beneficiadas com o Programa doBiodiesel?

Materiais indicados:P Calculadora

Tempo sugerido: 4 horas

Resultados esperados:• Avaliar se o biodiesel é realmente alternativa de

emprego, renda e benefícios ambientais.• Utilizar a matemática como ferramenta para cál-

culo e registro de volume.• Apreender e aplicar conceitos de regra de três,

porcentagem, medida e potência.

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50 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Por meio de conversa informal, perguntar aosalunos se conhecem alguém que trabalha nocorte da cana. Em caso afirmativo, pedir aosalunos que relatem a experiência.

2. Explicar a eles que o texto “O paradoxo nomundo do trabalho” trata das reais condiçõesdo trabalho no corte de cana e das conse-qüências para o trabalhador com a chegadade novas tecnologias nesse setor atualmente.

3. Fazer a leitura coletiva do texto, por partes,solicitando o entendimento dos alunos eesclarecendo possíveis dúvidas.

4. Propor aos alunos que, em grupos, retratemcenas da vida desses trabalhadores. Cena 1: aviagem do migrante para o canavial; cena 2: otrabalho no canavial; cena 3: o trabalhador emseu alojamento; cena 4: a relação entre o tra-balhador e os contratantes de mão-de-obra.

5. Cada grupo escolherá a melhor forma deexpressar: música, teatro, colagem, históriaem quadrinhos, charge, escultura.

Descrição da atividade

Atividade P O paradoxo no mundo do trabalho

10T e x t o

Objetivo• Identificar a crescente precarização das con-

dições de vida e de trabalho dos migrantes noagronegócio diante do processo de inovaçãotecnológica.

Introdução Hoje, podemos colocar questões muito impor-tantes relacionadas ao trabalho dos migrantes noagronegócio, nas usinas de açúcar e álcool, nocorte da cana. Houve uma intensificação do ritmoe um aumento da jornada de trabalho, por um

salário cada vez menor. O trabalhador passou a terde competir com a máquina. As conseqüências sãoacidentes de trabalho e deterioração da saúde edas condições de vida do trabalhador. Nesse con-texto, quais são as vantagens da inovação tec-nológica? De que forma as novas tecnologias têmmelhorado ou piorado as condições de vida e detrabalho? Quanto tempo um trabalhador con-segue permanecer numa jornada de trabalho commais de 12 horas e no limite de sua força física?

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados:

Análise crítica da atual situação dos trabalha-dores nesse setor e apresentação das cenas pormeio das produções dos alunos.

Dicas do professor: Entrevista: O paradoxo no mundo dotrabalho: www.amaivos.uol.com.br Reportagem sobre oVale do Jequitinhonha, de onde sai boa parte dos corta-dores de cana que migram para a região de Ribeirão Preto,na época da safra: www.jornalacidade.com.br/geral/ ver_newsAs condições de higiene e saúde do trabalhador no canavial:www.feb.unesp.br/.../Anais%20XI%20SIMPEP_Arquivos//copiar.php?arquivo=723-lucena_acll_riscosbiologicos.pdfCotidiano de semi servidão dos cortadores de fazenda naregião de Ribeirão Preto: www.revistapesquisa.fapesp.br/?art. Por que morrem os cortadores de cana? www.adi-tal.com.br/site/noticia. asp?lang=PT&cod=21279 - 73k -\Poesia: A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Editora doAutor, 1966. Documentário: Pilões, os jovens da reformaagrária. Dia-a-dia e opiniões dos jovens assentados na regiãode Pilões. Vinícius Lima Nunes. Para assistir o filme, copie ecole no seu navegador:www.youtube.com/ watch?v=85J4a 3mEOiA

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 51

Área: Matemática Nível II

1. Pedir aos alunos que façam uma leitura atentado texto e localizem as quantidades de cana-de-açúcar cortadas pelo trabalhador há quinzeanos atrás e nos dias de hoje.

2. Pedir que os alunos calculem quantos porcento aumentaram as toneladas cortadas equal deveria ser o aumento do salário. Pedir aeles que justifiquem suas respostas, contra-pondo ao que acontece com os cortadores decana, revelado pelo texto.

3. Destacar o parágrafo em que se diz que os tra-balhadores não sabem controlar a área decana que cortam por dia e perguntar: como oscortadores poderiam controlar sua área decorte?

4. Para encontrarem respostas, organizar os alu-nos em grupos e distribuir papel milimetrado.Pedir que representem dois quadriláteros: umcom área de 200 m2 e outro com área de 150 m2.Eles devem usar a escala: 1:100 (um centí-metro quadrado para um metro quadrado).

Descrição da atividade

Atividade P Salário inversamente proporcional à produção? Que absurdo é esse?

10T e x t o

Objetivo• Compreender razão inversa em matemática e a

incongruência entre esse conceito matemáticoe o trabalho dos cortadores de cana.

IntroduçãoO texto “Paradoxo no mundo do trabalho” expressauma relação que em matemática chamamos pro-porção inversa, isto é, quanto mais uma coisa,menos a outra. Mas, no caso tratado no texto, o

que acontece parece um absurdo, pois qualquerespecialista em matemática colocaria salário ehoras trabalhadas em razão direta, isto é, quantomais horas de trabalho, mais salário. No entanto, oabsurdo acontece com os cortadores de cana-de-açúcar. Qual seria o salário justo? Como os corta-dores de cana poderiam controlar sua produção? Oque explica que duas grandezas matemáticas –produção e salários – sejam colocadas em relaçãoinversamente proporcional, quando deveria serdiretamente proporcional?

5. Feitos os trabalhos, sugerir aos alunos que com-parem os resultados e verifiquem quantosquadriláteros diferentes com a mesma áreaencontraram.

6. Propor que discutam as causas de os corta-dores receberem menos por mais trabalho enão saberem controlar a quantidade de canaque cortam.

Materiais indicados:P Papel milimetrado

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados:• Quadriláteros de 200 cm2 e 150 cm2 e reconhe-

cimento das difíceis condições de trabalho doscortadores de cana.

• Identificação de uma razão inversa.

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52 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Português Nível II

1. Atividades de pré-leitura: entregar aos alunosdiversos classificados de jornais. Pedir queobservem a variedade e a forma sucinta comosão oferecidos os produtos, os empregos, aspessoas.

2. Ler o texto com os alunos. Comentá-lo. Pediropiniões sobre o assunto, principalmente so-bre o subtítulo “O trabalhador máquina”.

3. Dizer a eles que, hoje, a classe irá transformarnuma agência de empregos. Os alunos deverão,pois, de acordo com o que foi analisado nasatividades de pré-leitura, criar vários anúnciospara recrutar trabalhadores para o corte decana em seu estado.

4. Recortar vários anúncios reais e remontar umapágina em que os anúncios feitos pelos alunosapareçam entre os demais.

Descrição da atividade

Atividade P Jogo das simulações: a agência de empregos

10T e x t o

Objetivo• Ampliar a capacidade de redigir um texto para

o jornal a partir de anúncios reais

IntroduçãoPergunte aos alunos: se vocês fossem empregado-res, como redigiriam um classificado para con-tratar colhedores de cana?

Resultados esperados:

Redigir, com clareza e correção, um anúncio declassificado.

Materiais indicados:P Várias páginas de classi-

ficados jornalísticosFolhas de jornais comanúncios classificados

Tempo sugerido:1 h 30 min

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 53

Área: Artes Nível I e II

1. Ler e discutir o texto, destacando aspectospassíveis de serem transformados em históriasou que se remetam a histórias conhecidaspelos alunos.

2. Cada aluno deverá escolher um dos aspectosdestacados pela classe.

3. Escrever um conto sobre a máquina e a mão-de-obra, relacionando o tema ao aspectoescolhido. A base do conto poderá ser umahistória real ou fantástica.

4. Os alunos organizarão uma roda de leitura eapresentarão suas histórias.

5. Discutir o exercício.

Descrição da atividade Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P O que fazer quando a máquina chega?

Resultados esperados:• Que o aluno possa refletir sobre a influência da

máquina no trabalho.• Que o aluno possa experimentar a criação de

um conto.

5T e x t o

Objetivo• Criar um conto sobre o tema máquina x mão-

de-obra.

IntroduçãoHá muito se discute a substituição da mão-de-obrapela máquina também no campo. Alguns consi-deram a substituição nociva por causa do númerode trabalhadores desempregados. Outros consi-deram que, se houvesse um maior investimento naspequenas propriedades e nas produções familiares– que são hoje na verdade as maiores compradorasde tratores para a agricultura –, muito se conquis-taria em termos de racionalização do trabalho agrí-cola e um maior número de trabalhadores seriabeneficiado.No entanto, um problema estrutural ainda per-siste: com o desemprego elevado, principalmenteem áreas como os dos municípios da Zona daMata. Nessas áreas, houve um aumento da prosti-

tuição infantil, o analfabetismo atinge 45% e60% das crianças sofrem de desnutrição, comoaponta o texto selecionado. O trabalho mecan-izado existe para que o trabalhador e seus filhospossam ocupar seu tempo com atividades tam-bém importantes. O aumento da produção possi-bilita maior poder de compra e, por conseqüên-cia, mais comida na mesa. A discussão deste tema, longe de ser teórica,passa pelo indivíduo e traz em si material suges-tivo para a criação ou rememoração de histórias.

11T e x t o

Dicas do professor: Sites: www.riototal.com.br/coojornal/contosbrasileiros-arquivo.htm; www.amoliteratura.hpg.ig.com.br/contos.htm; www.amoliteratura. hpg.ig.com.br/moriconi.htm; www.professorosvaldo.hpg.ig.com.br/Conto.htm

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54 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Educação e Trabalho Nível I e II

Leia o texto com os alunos.

1. Estimule a participação dos alunos para reflexãosobre o texto, por meio de questões como: porque as formas não capitalistas de produção pas-saram a ser consideradas atrasadas? Em quecenário econômico-social surge a EconomiaSolidária? Quais seus princípios?

2. Perguntar se alguém conhece ou participa dealguma unidade econômica desta natureza? Oque eles acham que é necessário para garantira viabilidade econômica dos empreendimen-tos geridos pelos trabalhadores? Anote asrespostas no quadro-negro;

3. Imaginando que a turma é composta de traba-lhadores associados, solicitar que os alunos seorganizem em grupos e propor as questões: Oque produzimos? Qual nosso projeto de traba-lho? Com que tecnologias trabalhamos? O queconhecemos sobre o processo de trabalho? Quesaberes foram adquiridos na escola e nopróprio processo de trabalho? O que mais pre-cisamos saber para tornar viável o empreendi-mento? O que temos de fazer para continuar aaprender? Qual nosso projeto educativo?

Descrição da atividade

Atividade P Processo de trabalho e processo educativo

11T e x t o

Objetivo• Refletir sobre as relações entre trabalho asso-

ciativo e educação..

IntroduçãoOs trabalhadores (e não mais o capitalista) sendoos senhores do seu trabalho, as experiências auto-gestionárias são, em si, educativas. O conheci-mento se produz na prática e é a partir dela quedescobrimos a necessidade de obter novos saberessobre o mundo do trabalho. Mas não é nada fácil

fazer com que os princípios da Economia Solidária(alguns deles indicados no texto), estejam pre-sentes no cotidiano de trabalho. Os princípios daeducação/formação de trabalhadores associadosna produção seguem os mesmos princípios daEconomia Solidária: o trabalhador é sujeito doprocesso de trabalho e de seu processo de conhe-cimento, por isso o processo educativo deve ser,também, autogestionário. Sem dúvida, os estu-dantes de EJA terão muito a contribuir na reflexãosobre as relações entre trabalho associativo e edu-cação. O que eles têm a nos ensinar?

Resultados esperados: Identificar os desafios da educação/formação detrabalhadores associados na produção.

Dicas do professor: 1. O documento final da I OficinaNacional de Educação/Formação em Economia Solidária,realizada em outubro/2005, está disponível nos sites doFórum Brasileiro de Economia Solidária (www.fbes.org.br) eda Secretaria Nacional de Economia Solidária/Mte(www.mte.gov.br). 2. Sobre as relações entre processo detrabalho e processo educativo, veja também a coletânea deartigos no livro Trabalho e educação: arquitetos, abelhas eoutros tecelões da economia popular solidária, organizado porLia Tiriba e Iracy Picanço (Editora Idéias e Livros).

4. Apresentação escrita e oral dos grupos.

5. Solicitar que cada aluno escreva um pequenotexto sobre os princípios da educação/forma-ção em economia solidária.

6. Se possível, enviar os textos para o FórumBrasileiro de Economia Solidária (FBES) e paraa Secretaria Nacional de Economia Solidária(Senaes).

Tempo sugerido: 6 horas

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 55

Área: Língua estrangeira – Espanhol Nível II

1. Apresentar aos alunos as seguintes questõespara discussão e reflexão sobre o texto:Resultados de la investigación de un equipomédico en municipios rurales de Pernambuco:

a) El desempleo afecta el 70% de los traba-jadores en la entrezafra de la caña de azúcar.

b) El hambre lleva a niñas entre cinco y diezaños a prostituirse en las autovías.

c) El 60% de los niños padecen de desnutrición

d) El índice de trabajo infantil en el cultivo dela caña de azúcar llega a un 10%.

e) El analfabetismo alcanza un 45% de lapoblación de las ciudades visitadas.

Descrição da atividade

Atividade P El desempleo alcanza el 70% en el área rural de Pernambuco

11T e x t o

Objetivo• Refletir sobre as condições de desemprego e

fome em que vivem muitos brasileiros emzonas rurais.

Introdução O período de entressafra da cana-de-açúcar nazona rural de Pernambuco afeta muitas famíliasque trabalham no campo, gerando problemasprovocados pela fome. As conseqüências sociaisdessa crise já são muito graves: assaltos a caminhõescom mercadorias nas estradas da região, movi-mentos migratórios do campo para as cidades,provocando problemas urbanos, aumento dapobreza e insegurança pública. Se nada for feitopara combater o desemprego, a crise se agravaráa tal ponto que a própria estrutura social do

Estado poderá ser comprometida. A série de pro-blemas que colaborou para que a situação daZona da Mata nordestina chegasse ao atualquadro de gravidade é de toda ordem, inclusivede natureza cultural, que gera hábitos incom-patíveis com a economia moderna de mercado.Cultiva-se a cana-de-açúcar em toda área, semlevar em consideração as aptidões agrícolas dossolos. Há resistências à diversificação econômicae à modernização dos processos gerenciais e pro-dutivos. Ocorrem conflitos de interesses políticose ideológicos e forte concentração de renda e daestrutura fundiária, além de escassez de recursospúblicos para investimentos em infra-estruturaeconômica e social. Qual seria a solução para oproblema do campo? Como enfrentar esse tipode problema em sua região?

Resultados esperados: Diantes das discussões e reflexões sobre as con-dições da população agrícola e as causas desseproblema social, os alunos deverão:• Elaborar cartazes relacionando o tema discuti-

do à realidade vivida em sua cidade ou região.• Colar os cartazes na sala.• Construir coletivamente um texto sobre o tema

trabalhado.

Materiais indicados:P Papel, cola, lápis, pincel,

revistas, folhetos

Tempo sugerido: 2 horas

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Page 56: Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho

56 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Geografia Nível I e II

1. Realizar a leitura do texto em sala de aulacoletivamente.

2. Identificar o percentual de desempregados noperíodo de entressafra da cana de açúcar, quala região brasileira a que se refere o texto, emqual estado da república e em que área desteestado ocorre a plantação.

3. Debater com os alunos sobre o significado doconceito de entressafra.

4. Identificar com os alunos como se dá o ciclode plantação e colheita da cana de açúcar,durante o ano, e contextualizar a entressafra.

5. Debater com os alunos que a produção nocampo é mais dependente do ciclo danatureza do que na cidade, pois as plantas eanimais possuem uma maturação própria decada espécie, além de outras condições influen-tes, como o clima, a disponibilidade de água,a insolação, a fertilidade dos solos, a presençade predadores entre outros.

6. Associar com os alunos o desemprego e ascondições precárias de vida, especialmente naentressafra, com o alto percentual de analfa-betismo, desnutrição e trabalho infantil.

Descrição da atividade

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Desemprego na entressafra

Resultados esperados:• Conhecer a realidade do trabalho rural a par-

tir de sua relação direta com o ciclo da nature-za e dos produtos.

• Conhecer as estratégias de sobrevivências dostrabalhadores desempregados durante operíodo da entressafra.

• Incorporar o conceito de entressafra em seuvocabulário.

11T e x t o

Objetivos• Avaliar as condições de vida e emprego das po-

pulações do interior do estado de Pernambuco.• Tomar conhecimento das condições de vida

dessas populações e suas estratégias de sobre-vivência diante das dificuldades.

• Conhecer as peculiaridades da produção no cam-po diante das maior dependência das condiçõesnaturais para a sua efetivação.

IntroduçãoO trabalho no campo, diferente do trabalhourbano, sofre a influência direta das condiçõesnaturais. A entressafra, que é o período quemedeia uma safra e outra imediata, de determi-nado produto, colcoa boa parte da mão-de-obraempregada na cultura em condição de desem-prego. Desprovidos de rendimentos, os traba-lhadores são forçados a lançar mão de serviçosmal remunerados, em condições precárias, alémde circunstâncias extremas, como a prostituição.

7. Solicitar que os alunos apontem quais as pro-postas da equipe de médicos para reduzir asdificuldades vividas pelos plantadores decana-de-açúcar.

8. Solicitar aos alunos que associem a cultura dacana-de-açúcar com outras culturas que pos-suam as mesmas características de safra eentressafra.

9. Registrar a síntese das discussões no caderno.

Dicas do professor: A Fundação Banco do Brasil(www.fbb.org.br/portal/pages/publico/expandir.fbb?codConteudoLog=2703) possui material sobre a entressafra eo desemprego.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 57

Área: Matemática Nível II

1. Fazer a leitura do texto e organizar um debate,tendo como eixo as perguntas formuladas naIntrodução desta atividade;

2. O texto apresenta muitos dados em forma deporcentagem. Utilizar esses dados para exerci-tar a correspondência entre porcentagem, fra-ção e decimais. Encontrar por meio de leiturae cálculos, os números: 0,45; 9/20; 0,7; 3/5;1/10 e 0,6. Faça uma nova leitura e interpre-tação do texto, colocando esses valo-res nosrespectivos lugares.

Descrição da atividade

Atividade P Desemprego e exploração humana: uma relação degradante

11T e x t o

Objetivos• Questionar a situação degradante a que são sub-

metidos crianças, homens e mulheres em funçãodo desemprego.

• Realizar transformações numéricas.

IntroduçãoA exploração de crianças, como nos mostra otexto em questão, continua ocorrendo em várioslugares do Brasil, não obstante, o MinistérioPúblico e o Estatuto da Criança e do Adolescentetentem coibir esse tipo de exploração. Na co-lheita de cana-de-açúcar, para citar um dosmuitos exemplos, crianças de 5 anos de idade sãoempregadas e chegam a cortar 5 toneladas decana por dia. Por que continua ocorrendo explo-ração de mão-de-obra infantil se ela é proibida?No lugar onde você mora notícias de exploraçãodo trabalho infantil? Que fatores levam a criançaa um trabalho escravo ou à prostituição? Qual opapel do Ministério Público nessas situações?Qual o papel de cada cidadão comum diante dessefato? Na sua região tem-se conhecimento de algumtipo de trabalho escravo? A quem interessa essasituação de exploração do ser humano? O quedeve ser feito para que isso não ocorra?

Material indicado:P Calculadora

Tempo sugerido: 4 horas

Resultados esperados:• Perceber a relação entre desemprego e explo-

ração do ser humano em nosso país.• Realizar transformações de porcentagem, em

frações e em números decimais.

Dicas do professor: Livro: Violência no campo: o latifúndio ea reforma agrária. Chiavenato, José Júlio. 1996. (Ed. Moderna).

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58 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Português Nível II

1. Reescrever o texto em folhas de papel e recortaras frases, de modo que o sentido fique truncado.Entregar as folhas a alunos diferentes. Assim,um deles terá o início de uma frase e deveráencontrar a parte final com um outro colega.

2. O objetivo é verificar se conseguem reconsti-tuir o sentido original. O jogo terá a seguinteordem:a. Entrega das folhas com meia-frase, retiradas

do primeiro parágrafo, para seis alunos.b. Num primeiro momento, deverão procurar

seus pares e reconstituir o parágrafo original.c. Proceder da mesma forma com os demais

parágrafos, de modo que cada equipe seencarregue de um parágrafo do texto.

d. A seguir, deverão, todos num só grupo, ve-rificar a ordem possível dos parágrafos dotexto original. Quando chegarem a um con-senso, devem montar o texto, no chão dasala, juntando as diversas frases de umúnico parágrafo e separando, com espaçoadequado, aquelas que pertencem a umnovo parágrafo.

Sugestão de recortes para o primeiro parágrafo:1. O desemprego atinge 70% dos trabalhadores;2. rurais de municípios da Zona da Mata de;3. Pernambuco no período da entressafra da;

Descrição da atividade4. Cana-de-açúcar, e a fome;5. Está levando meninas de 5 a 10 anos ao;6. Eixo das rodovias federais e estaduais.

Atividade P Encontre seu par!

Resultados esperados:

Ampliar a capacidade de trabalho em grupo e deobter coesão e coerência textuais em um texto deinformação.

11T e x t o

Objetivo• Exercitar a capacidade de construir a coesão e

coerência textuais.

IntroduçãoAlguém sabe com quem está o resto da frase?Sugira que os alunos conversem com seus cole-gas, pois eles também estão procurando o quefalta na frase que têm em mãos!

Tempo sugerido: 2 horas

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 59

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Ler coletivamente o texto Crimes do latifúndioe questione: Pessoas que participam de atoscontra os direitos humanos são punidas emnosso país? Por quê? Quando são identifi-cadas, estas pessoas são levadas a julgamen-to? De que forma podemos trabalhar para queos direitos humanos sejam preservados e osconflitos contra trabalhadores sejam mini-mizados? Que outras questões o texto suscita?

2. Organizar com os alunos, um tribunal simula-do para julgar crimes do latifúndio. Elegertrês alunos para que ocupem os seguintespapéis: juiz, advogado de defesa e advogadode acusação. Divida o restante da turma empequenos grupos. Cada grupo deverá:a. Tomar depoimentos de testemunhas que

sofreram despejos, massacres, prisões arbi-trárias, agressões e ameaças de morte. Essegrupo deverá anotar as acusações.

b. Outro grupo deverá preparar um documentoclaro e organizado contendo todas informaçõesde acusação e provas coletadas pelo grupo ante-

Descrição da atividade

Atividade P Violação dos direitos humanos

5T e x t o

Objetivo• Propiciar a criação de uma posição de repúdio

às violações do direito à vida, à liberdade, aotrabalho, denunciando violações.

IntroduçãoCriada em Goiânia em junho de 1975 por umgrupo de religiosos e leigos, com o objetivo de“interligar, assessorar e dinamizar os trabalhos e aslutas em função dos pobres da terra e das águas”,a Comissão Pastoral da Terra – CPT–, é um orga-nismo da Igreja ligado à CNBB – ConferênciaNacional de Bispos do Brasil. Despejos, assassi-natos, massacres, prisões arbitrárias, execuções,

agressões, lesões corporais, ameaças de morte etortura são crimes e violação dos direitos huma-nos. A violência no campo já deixou muitas vítimasno Brasil. Os números são alarmantes. Como en-contrar respostas para essa questão? O relatório“Violação dos direitos humanos na Amazônia: con-flito e violência na fronteira paraense” propõe umapolítica séria de reforma agrária que promova umaverdadeira desconcentração da terra, coibindo eretomando terras griladas e aplicando punição paraos crimes contra trabalhadores e outros defensoresde uma reforma agrária que seja sustentável.

12T e x t o

rior. Esse será lido pela defesa diante do juiz.c. Outro grupo deverá trabalhar junto com o

advogado que representa o latifúndio,preparando sua defesa.

d. Outro grupo fará o papel do júri popular,que participará por meio do voto.

e. Depois de ouvir defesa e acusação, o juiz daráo veredicto lendo a sentença.

3. Para finalizar, propor a organização de um atopúblico após a sentença, em favor dos trabal-hadores que tiveram seus direitos violados.

Tempo sugerido: 4 horas

Resultados esperados:Realização do tribunal simulado e organizaçãode um ato público após a sentença.

Dicas do professor: CPT: www.cpt.org.brwww.chicomendes.org www.consciencia.net/brasil/agraria www.reportersocial.com.br Revista Época nº 393, 28/11/2005www.epoca. com.br. Filme: Cabra marcado para morrer

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60 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: História Nível II

1. Fazer um levantamento do que os alunossabem sobre o MST e sua história. Anote essesconhecimentos e as opiniões dos alunos sobreo movimento.

2. Ler o texto coletivamente, parando para de-bater as informações. Questione, por exem-plo, quem escreveu o texto, onde foi publica-do, de onde são os dados apresentados, o queos dados mostram, de que anos são os dados,são relativos a quais lugares, quais as medidasque têm sido tomadas diante dos dados daviolência no campo, quais os efeitos dessasmedidas, quais os motivos dos conflitos, quaisos sujeitos históricos neles envolvidos, qualtem sido o papel da Igreja Católica, quais assoluções possíveis para o conflito etc.

3. Na seqüência, organizar as informações maisimportantes do texto para entender os conflitos

Descrição da atividade

Atividade P Conflito e violência no campo

12T e x t o

Objetivo• Refletir a respeito dos conflitos e da violência

no campo.

IntroduçãoOs conflitos e a violência no campo no Brasilatual remontam a uma história relacionada aocontrole da terra no processo de ocupação doterritório. Conflitos existiram entre as popu-lações indígenas, entre os índios e os europeus, eentre as populações aqui instaladas no Brasil.Sob o domínio português, a posse da terra pas-sou a ocorrer pelo sistema de sesmarias, conce-didas pelo rei. A partir de 1850, a Lei de Terrasimplantou a propriedade privada, passando a sersua aquisição através da compra: a terra tornou-se mercadoria, restringindo a possibilidade de

ser adquirida por quem não tivesse riqueza.Assim, a terra passou a expressar as desigual-dades sociais e econômicas brasileiras. Nos últi-mos 50 anos alguns fatores agravaram essasdesigualdades e acirraram os conflitos: os baixossalários dos trabalhadores rurais; a gradativaconscientização de que o domínio sobre a terratem sido de poucos; a organização dos traba-lhadores rurais na luta pela reforma agrária; aresposta violenta dos proprietários de terra emrelação às lutas dos trabalhadores rurais; aestratégia de luta das organizações de traba-lhadores rurais (como as invasões das fazendasconsideradas improdutivas); a incapacidade doEstado de mediar as relações dos grupos em con-flito; e a parcialidade da justiça brasileira quenão tem punido os autores da violência nocampo.

Resultados esperados: Espera-se que os estudantes reflitam a respeitodos conflitos e da violência no campo.

que ocorrem no campo no Brasil e identificarcom os alunos quais informações precisam serpesquisadas para aprofundar o tema.

4. Propor uma pesquisa a partir dos temas iden-tificados, sobre as lutas por reforma agrária noBrasil e as lutas do MST. Para a pesquisa, levardiversos materiais, divida a classe em grupos,para que cada um possa pesquisar um tema.

5. Organizar no final um debate coletivo a respeitodas causas dos conflitos e da violência no campoem nosso país.

Tempo sugerido: 4 horas

Dicas do professor: Comissão da Pastoral da Terra -www.cptnacional.org.br/ Movimento dos TrabalhadoresRurais Sem Terra – www.mst.org.br/ mst/pagina.php?cd=1

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 61

Área: Matemática Nível I

1. Ler o primeiro parágrafo do texto e peça que osalunos responderem às seguintes perguntas:

a. Qual a média anual de trabalhadores liga-dos à luta pela terra que foram assassina-dos entre os anos 1985 e 2002?

b. Quantos por cento dos assassinatos foramlevados a julgamento?

c. Quantos executores não foram condenados?

d. Que conclusões eles tiram a partir das res-postas encontradas para as perguntas ante-riores?

2. Dividir a turma em 4 grupos. Cada deve ficarresponsável por apresentar oralmente umasíntese dos dados de um estado apresentadono texto.

3. Finalizar, solicitando que escrevam uma cartaao Congresso Nacional com sugestões de polí-ticas para reduzir a violência contra os traba-lhadores rurais.

Descrição da atividade

Atividade P Os números dos crimes do latifúndio

12T e x t o

Objetivos• Analisar e resolver situações-problema extraí-

das do texto.• Elaborar síntese de um texto, destacando

dados numéricos.

Introdução Os números do texto revelam os crimes do lati-fúndio. Quantos alunos e alunas da EJA no Brasilvivenciam situações semelhantes? Quem não asvivencia, que opinião tem sobre elas? O que expli-ca essa violência? Qual é o perfil dos trabalha-dores que sofrem violência do latifúndio? O quepoderia se fazer para evitar tantos crimes?

Resultados esperados: • Elaboração de uma carta ao Congresso Nacional

com sugestões de ações para reduzir a violên-cia contra os trabalhadores rurais.

• Capacidade de encontrar dados em um textopara responder a uma pergunta de Matemática.

Tempo sugerido: 4 horas

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62 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Português Nível II

1. Atividades de pré-leitura: Seria interessantetrazer para a sala uma série de reportagens eartigos sobre violência contra trabalhadores.Pontos de vista diferentes são bem-vindospara acalorar a discussão. Peça para cadaaluno que leia um texto sobre o tema e faça asanotações que julgar convenientes. Se tiverreportagens de televisão sobre o assunto,seria interessante mostrar para os alunos. Oimportante é que se informem sobre o assun-to para, depois, discutirem com conhecimentode causa.

2. Atividades de leitura: ler, com os alunos, otexto Os crimes do latifúndio. Solicitar comen-tários e a participação dos alunos. Mostrar, senecessário, que nem todos concordam com asatitudes dos trabalhadores rurais. Por outrolado, a violência traz benefícios aos con-tendores?

3. Diga à classe que será montado um painel paradiscutir a violência no campo. O painel deveser entendido como uma exposição informal,dialogada, de um tema por pessoas compe-tentes. Comumente, o número de membrosparticipantes de um painel varia entre três eseis. O mediador encaminha, faz mediações ecomentários. A platéia indaga e integra opainel. Pode haver um ou dois interrogadores.Pela dinâmica do painel, é recomendável

Descrição da atividade

Atividade P Criação de um painel

12T e x t o

Objetivo• Desenvolver a habilidade de opinar com base

em dados concretos.

IntroduçãoLendo o texto e tentando relembrar o episódiodivulgado no mundo inteiro, vamos refletir comnossos alunos: como o massacre de Eldorado dosCarajás atingiu você? A violência é a melhorforma de eliminar nossos inimigos?

escolher os alunos que tenham algum conhe-cimento do assunto. Por isso, para efeitodidático, é interessante fazer um estudoprévio do tema.

4. Depois que todos estiverem preparados, abriro painel, que terá por tema “A violência nocampo e na cidade”.

Materiais indicados:P Várias reportagens, arti-

gos, filmes, propagandassobre a violência nocampo

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados:

Ampliação da capacidade dos alunos de opinarsobre discussões complexas com base em estudosprévios.

Dicas do professor: É interessante também que peça aosalunos que escrevam uma narrativa sobre o conhecimentoque têm do assunto.Assim você terá o conhecimento daqui-lo que os alunos sabem sobre o tema e poderá encaminharnovas discussões ou mesmo aprofundá-las com base nosmateriais encontrados para desenvolvimento do trabalho.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 63

Área: Educação e Trabalho Nível I

1. Explicar para os alunos quem é o poetaAdemar Bogo. Declame para eles sua poesia,se possível, ouvindo uma música.

2. Peça a cada um que faça um desenho inspira-do na poesia. Montar um varal com os dese-nhos.

3. Em pedaços de papel, escrever 4 vezes aspalavras retiradas da poesia: rasteira, alta,baixa, chão, morena, pálida, escura, clara, pen-hascos, pântanos, desertos, fundo do mar, dosrios, vales, vida, campos, germinação, raízes,festa, canção, seca, curtida, folhas, flores, per-fumes, tradição, terra, planta, colheita, braço,mão. Colocar as palavras em quatro saquin-hos, sem repeti-las.

4. Dividir a turma em quatro grupos e entregarum saquinho para cada grupo. Proponha aosgrupos que reescrevam a poesia com o título“Vida! Vida! Por que tens que ser tão dividi-da?” a partir das palavras retiradas do saqui-nho. Caso queiram, pedir que acrescentemoutras palavras ou frases.

5. Colocar as poesias no varal com os desenhos edeixá-los em exposição.

Descrição da atividade

Atividade P ”Vida! Vida! Por que tens que ser tanto dividida?”

5T e x t o

Objetivo• Refletir sobre a importância da terra para o tra-

balhador rural.

IntroduçãoAdemar Bogo, poeta e militante do MovimentoSem-Terra, sistematiza em livros e nos Cadernosde formação diversos aspectos da cultura do MST,como a mística, a educação e a música. Bogo é

conhecido pela autoria de letras de músicas uti-lizadas pelo MST, notadamente o seu hino. “Ésempre chão. Do fundo do mar aos desertos.Terra gentil, terra molhada, terra plantada: évida. É alimento. Pão, chão: terra dividida. Atéquando?” Sua produção artística remete à lutados trabalhadores do campo pela garantia dodireito à terra, ao trabalho, a uma vida digna.

13T e x t o

Tempo sugerido: 4 horas

Resultados esperados: • Que as produções reflitam as analogias feitas

pelos alunos sobre a importância da terra parao trabalhador.

• Elaboração de varal com os desenhos e com aspoesias “Vida! Vida! Por que tens que ser tãodividida?” a partir das palavras retiradas dotexto e colocadas no saquinho.

Dicas do professor: Programa de educação de trabalha-dores rurais em Projetos de Assentamento da ReformaAgrária, desenvolvido pelo Ministério do DesenvolvimentoAgrário: www.interlegis.gov.br/cidadania/ Vozes Sem Terra:As Imagens e as Vozes da Despossessão: www.landlessvoices.org/vieira/contributors. Poesia: Oração de envio, NancyCardoso e Isabel Diniz, inspirada em Cora Coralina,www.cptnac.com.br/?system=news&action=read&id=1514&eid=85. Funeral do lavrador, de João Cabral de Melo Netoe Chico Buarque: www.natura.di.uminho.pt/~jj/musica/html/zeliaduarte_02.html. Cio da Terra: Milton Nascimento,Chico Buarque: www.chicobuarque.letras. terra.com.br/letras/86011. Pastoral da Terra: www.cptnac. com.br/ pub/publicacoes. Documentário: Os sem-terra pelos caminhosda América, Miguel Barros e Clara Bilbao Expedito: Embusca de outros nortes, o documentário acompanha a tra-jetória de sem-terra e mostra a ocupação da Amazônia nadécada de 70.

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64 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Geografia Nível I

1. Realizar a leitura do poema em sala de aula,coletivamente, sugerindo inclusive umaalternância entre os alunos.

2. Identificar na primeira estrofe quais os tipos deterras a que o autor está se referindo, destacan-do os atributos e características de cada uma.

3. Nas três estrofes seguintes, solicitar aosalunos que façam um apanhado das idéiasprincipais e identifiquem as palavras desco-nhecidas. Registrar os resultados no caderno.

4. A partir da compreensão do poema, levantarentre os alunos a questão de como a terra éimportante para a sustentação da sociedade,da manutenção da vida, sob a ótica da pro-dução de bens.

5. Destacar qual a importância da terra para acultura humana, levantando as passagens quefazem menção a ela.

6. Registrar os resultados dos itens 4 e 5 no caderno.

7. Solicitar aos alunos que destaquem uma linhado poema com a qual mais se identificaram.Peça que eles justifiquem a sua opção, pormeio de uma resposta pessoal.

Descrição da atividade

Atividade P O valor vital da terra

13T e x t o

Objetivo• Levar o aluno a perceber o sentido produtivo

da terra, como fonte de vida, como elementoessencial ao desenvolvimento social. Mais doque um bem que se compra e vende, que seacumula e se guarda, a terra é uma dádiva danatureza que sua importância prioritariamentepelo alimento que produz.

IntroduçãoDurante a maior parte do tempo de nosso proces-so civilizatório, a terra sempre foi um bem cole-tivo, cuja posse se dava pelos que nela produziam.Com o passar do tempo, ela foi se transformandoem bem privado, num processo que se completoucom a hegemonia do sistema capitalista. Namedida da sua apropriação, também se desen-volveu um processo de expulsão do homem daterra e a restrição ao seu acesso.

Resultados esperados: • Reconhecer a terra como um meio de produção

essencial ao desenvolvimento da sociedade.• Posicionar-se na defesa da prioridade da terra

como um bem a serviço da vida.

8. Fazer com que os alunos leiam os resultadosde suas opções, bem como as suas justificati-vas para a classe.

9. Concluir a atividade destacando o valor daterra como meio de sobrevivência, de desen-volvimento da vida, além do seu valor cultu-ral, por sua relação com nossos antepassados,no presente e no futuro.

Tempo sugerido: 2 horas

O texto de Maria da Conceição Tavares (www.eco.unicamp.br/artigos/tavares/artigo44.htm) trata da questão da terra erelações de poder, o CEDEFES também possui extensomaterial sobre o tema (www.cedefes.org.br/new/ index.php).

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 65

Área: História Nível I e II

1. Conversar com os alunos sobre o significadoda terra para eles. Motivá-los a pensar sobre aquestão da terra, lembrando questões comoos alimentos, a natureza, a paisagem, o lugarde moradia etc. até a sepultura.

2. Recitar o poema com a turma. Pedir que algunsalunos leiam os versos em voz alta.

3. Localizar a produção no contexto social. Oautor é militante do MST. O que quer dizerMST? Quais as principais bandeiras de luta doMovimento dos Trabalhadores Ruruais SemTerra?

4. Destacar algumas frases e discutir, por exem-plo: é terra, é vida, germinação; húmus davida; coisas, costumes da tradição; fome saci-ada; é sempre pão. Vida! Por que tens que sertão dividida?

5. Refletir e confrontar os significados da terrapara o grupo, para os trabalhadores do MST,para os grandes proprie-tários de terra, paraos jovens e adultos urbanos, para os indígenasetc.

Descrição da atividade

Atividade P Terra chão, terra pão!

13T e x t o

Objetivo• Refletir sobre os significados da terra para a

vida dos trabalhadores brasileiros.

Introdução É muito difícil pensar, escrever, falar sobre aquestão dos significados da terra para os sereshumanos, sem lembrar de tantos poetas, cantores,religiosos, professores, pensadores, lavradores quejá expressaram em verso e prosa, em narrativasorais e escritas os seus sentimentos sobre a terra. Aoler o poema de Ademar Bogo, lembramos, porexemplo, de Morte e vida severina, de João Cabral

de Melo Neto, cantada por Chico Buarque: “Estacova em que estás, com palmos medida/É a contamenor que tiraste em vida/É de bom tamanho,nem largo, nem fundo/É a parte que te cabe destelatifúndio.” Os versos nos remetem à experiência davida que está ligada à terra, do nascer ao morrer.Remete-nos à posse e à propriedade da terra nasociedade capitalista, na qual a sepultura, a cova, éo único pedaço da terra que cabe ao trabalhador. Oslatifúndios e os seus frutos pertencem a poucos,não é? Enfim, a terra é chão, é pão, é vida e muitomais. Refletir sobre isso com os alunos.

Resultados esperados: • Refletir sobre o significado da terra em sua

vida e na vida de cada trabalhador da terra.• Produção individual de texto.

Tempo sugerido: 2 horas

6. Motivá-los a escrever, individualmente, umpoema, um verso, uma frase, ou mesmo pa-lavras expressando o significado da terra, os sen-timentos, as relações e as experiências vividas.

Dicas do professor: Site da Sociedade Brasileira de Eco-nomia e Sociologia Rural: www.sober.org.br /Revista daSociedade SOBER. Morte e vida Severina e outros poemas emvoz alta, de João Cabral de Melo Neto (Nova Fronteira).

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66 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Português Nível I e II

1. Ler o poema com os alunos. Permitir que, livre-mente, falem de suas sensações e façamcomentários sobre o texto. Comentar o títuloe estabelecer relações com nosso dia-a-dia.

2. Observar a irregularidade dos versos e estro-fes. Comentar que o poeta moderno se per-mite fugir das regras tradicionais de versifi-cação para deixar fluir mais livremente suasemoções. Se necessário, esclarecer que verso éuma linha do poema, estrofe é um conjuntode versos e poema é a concretização daexpressão em versos. Poesia, por sua vez, éum fenômeno. É um fenômeno criador quetransforma em linguagem as emoções.

3. Falar e, se possível, mostrar os seguintes hai-cais, colhidos da Internet, sem autoria, no sitehttp://universodohaicai.vilabol.uol.com.br/premiados.html:

a) Por entre as garrafas.

Na espreita, uma lagartixa caça pernilongos.

b) Vê-se da janela.

O cinza tomar a tarde.

Árvores desnudas

c) Na manhã fria.

Em frente à escola, um desfile.

De gorros de lã.

d) Ao bater dos sinos.

O povo, palmas na mão, saúda o padroeiro.

4. Deixar que os alunos comentem livremente oshaicais. Depois, informar que esse tipo depoema é forma tradicional da cultura japone-

Descrição da atividade

Atividade P Haicai

13T e x t o

Objetivo• Sensibilizar os alunos para o sintetismo e a poe-

sia do haicai.

IntroduçãoOs alunos sabem o que é haicai? Sugira que façama atividade proposta e, depois, criem-nos à vontade!

sa. Tradicionalmente, o haicai é um poemacom 17 sílabas poéticas, dispostas em três li-nhas de 5, 7 e 5 sílabas métricas. Sempretematiza sensações advindas da observaçãoda natureza e, antigamente, devia obrigato-riamente citar uma das estações do ano.Trata-se de um momento de reflexão que con-duz a uma descoberta. Hoje, o haicai perdeumuito de suas características originais e foi-semoldando ao gosto de seus praticantes.Sempre, porém, representa um encantamen-to da observação, do sintetismo e da poesia.

5. Solicitar que os alunos criem, a partir dopoema Terra Chão, terra Pão, vários haicais.Podem utilizar as lembranças da sua realidade,sua vida e seu trabalho para essa produção.

6. Se houver interesse, podem pesquisar naInternet os sites de haicais e aprender, comdetalhes, a história desses poemas. Podem,também, organizar um “Dia do Haicai” paramostrar a produção dos próprios alunos e acapacidade de sintetizar emoções em versos.

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados:

Ampliação da sensibilidade poética, conhecer aestrutura do haicai.

Dicas do professor: Site: http://universodohaicai.vilabol.uol.com.br//premiados.html

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 67

Área: Educação e Trabalho Nível I e II

1. Leitura e interpretação do texto: atualmente,como vivem os povos indígenas? Por que,depois da chegada dos colonizadores por-tugueses, os indígenas precisaram começar alutar para viver em suas terras? Que tipos deviolência os indígenas vêm sofrendo até hoje?

2. Solicitar que, em pequenos grupos, os alunosfaçam uma pesquisa sobre as CapitaniasHereditárias. O que dizem os livros de Histó-ria do Brasil? Por que Portugal achava que asterras eram dele? Quais os critérios para a dis-tribuição das terras? É feita alguma referênciaà expropriação das terras indígenas? E sobre aescravização e o massacre dos índios?

3. Apresentação escrita e oral dos resultados.

4. Debate: qual a gênese da propriedade privadada terra no Brasil? Se, originalmente, as terrasbrasileiras pertenciam aos indígenas, por quehoje é preciso demarcá-las?

Descrição da atividade

Atividade P Os povos indígenas e a expropriação de suas terras

5T e x t o

Objetivo• Reconstituir a gênese da propriedade privada

da terra no Brasil.

IntroduçãoQuando Portugal, então império colonial, dividiuo Brasil em Capitanias Hereditárias e as distribuiuarbitrariamente a nobres e protegidos da corte,esmagou direitos de milhões de seres humanosnativos, indígenas que aqui viviam há milhares deanos. Nessa época, pouco depois da chegada dosportugueses, inicia-se o processo de usurpação eocupação da terra dos mais fracos pelos maisfortes. Aos que recebiam as imensas quantidadesde terra (os donatários das Capitanias Hereditá-rias), bastava reunir meios econômicos para ocu-

par e produzir e, além disso, meios militares parasubjugar pela força os nativos (os verdadeirosproprietários das terras, que aqui viviam). Essa égênese da propriedade privada da terra no Brasil:uns poucos se tornaram, pela força, proprietáriosprivados de todas as terras. Aos milhões de indí-genas que aqui viviam e aos habitantes que vier-am depois em busca de trabalho e oportunidadessó restava serem explorados trabalhando nas ter-ras dos donatários e seus sucessores, os lati-fundiários. Assim é que começou o massacre dospovos do campo – o que, das mais variadas for-mas e com os mais variados métodos, continuaaté hoje, conforme nos indica o texto que você eseus alunos acabaram de ler.

14T e x t o

Tempo sugerido: 6 horas

Resultados esperados: Relacionar as lutas dos povos indígenas com agênese da propriedade privada no Brasil.

Dicas do professor: Sobre a demarcação das terras indígenas,ver os sites da Fundação Nacional do Índio (www.funai.gov.br)e do Instituto Sócioambiental (www.institutosocioambien-tal.org.br). Sobre a questão indígena, leia Do desenvolvi-mento comunitário à mobilização política: o projeto KaiovaÑamdéua – uma experiência antropológica, de Rubem Thomazde Almeida (Editora Contra Capa).

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68 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Geografia Nível I e II

1. A classe deverá pesquisar sobre os povos indí-genas no território brasileiro.

2. Os alunos compararão os resultados da pes-quisa, e, em papel kraft, desenharão o mapa doBrasil, procurando determinar, dentro do pos-sível, as localizações dos diferentes povos indí-genas.

3. Cada aluno deverá escolher um povo indígenae pesquisar sua organização social, organiza-ção de trabalho, cultura e religião.

4. Em uma das paredes da classe, os resultadosda pesquisa serão afixados em um grandepainel junto ao mapa do Brasil.

5. Discussão das pesquisas e da atividade.

Descrição da atividade

Atividade P O mapa do Brasil

14T e x t o

Objetivos• Pesquisar sobre os diferentes povos indígenas

que vivem no território brasileiro.• Criar um no mapa do Brasil considerando ape-

nas os povos indígenas.• Conhecer melhor pelo menos um povo indíge-

na existente no Brasil.

IntroduçãoQuando desenhamos o mapa político do Brasil,incluímos as divisões por estados e as posiçõesde suas capitais. Outras vezes, desenhamos omapa climático ou físico. Não determinamos alocalização das nações indígenas existentes emnosso país. Os povos indígenas estão espalhadosem diversos países do mundo. Só no Brasil exis-tem mais de 200 povos diferentes, os mais conhe-cidos são os povos xavantes, guajajaras, tamoios,guaranis, yanomamis, entre muitos outros. Comoseria o mapa do Brasil indígena?

Materiais indicados:P Papel kraft, fita

crepe,tinta ou lápis ceraou de cor.

Tempo sugerido: 1h parao item 2 e 2 horas para ositens 4 e 5.

Resultados esperados: • Que o aluno possa olhar o mapa do Brasil sob

outra perspectiva.• Que o aluno tenha a possibilidade de conhecer

melhor pelo menos um povo indígenabrasileiro.

• Que o aluno estabeleça paralelos entre a suacultura e a indígena.

Dicas do professor: Site: /www.socioambiental.org/pib/portugues/quonqua/quemsao/indexqu.shtm

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Descrição da atividade

Caderno do professor / Trabalho no Campo • 69

Área: Português Nível I e II

Atividade P Ouvi dizer que…

14T e x t o

Objetivo• Ampliar a capacidade de ouvir com atenção,

compreender, parafrasear, interpretar e recor-dar o que foi dito.

Introdução Quem tem boa memória? Vamos fazer um teste?

Resultados esperados: • Desenvolvimento da expressão oral e com-

preensão auditiva; comprovação da defor-mação natural da fala quando transmitimosinformações a outros.

Tempo sugerido: 2 horas

8. Da mesma forma, esse aluno contará o que ou-viu para o seguinte, que estava do lado de fora.

9. Provavelmente, muitos detalhes desaparece-rão durante o reconto da história. Discutir asomissões, as trocas, as discrepâncias e os erroscometidos ao longo dos diversos relatos.

Dicas do professor: www.sober.org.br Site da SociedadeBrasileira de Economia e Sociologia Rural / Revista daSociedade Sober. Morte e vida severina e outros poemas em vozalta. Mleo Neto, João Cabral de. 34.a. edição. Nova Fronteira.

1. Antes da leitura, verificar o conhecimentoprévio dos alunos a respeito da situação efeti-va dos índios no Brasil. O que eles conhecemou ouviram falar sobre o assunto? Conhecemalguma comunidade indígena? Em caso afir-mativo, peça que citem sobre o modo de vidae costumes

2. Ler o texto com os alunos e verificar se oscomentários anteriores se confirmaram.

3. Solicitar três voluntários e pedir a eles que seretirem da sala.

4. Pedir aos alunos que ficaram na sala de aulaque releiam a primeira parte do texto(Demarcação...) e que resumam o conteúdodos três parágrafos. Esclarecer que devemficar atentos, pois deverão, posteriormente,passar o conteúdo do texto, usando apenas amemória, para um colega que está esperandolá fora.

5. Feita a tarefa, pedir que entre um dos alunosque ficaram do lado de fora da classe.

6. Pedir a um aluno da sala que passe o conteú-do do texto lido para seu colega. A sala devefuncionar apenas como platéia, sem interferirna fala do colega.

7. Chame outro aluno. O colega que ouviu a histó-ria deverá, então, contá-la, valendo-se apenasda memória, ou seja, contar de acordo com oque ouviu de seu colega de classe.

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70 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Língua estrangeira – Inglês Nível II

1. Ler o texto com os alunos. Conversar sobre osprincipais aspectos tratados no texto.

2. Os alunos deverão formar grupos de 3 ou 4pessoas. Cada grupo receberá um envelopecom palavras em inglês.

3. Informar aos grupos que essas palavras for-mam um parágrafo do texto que eles leram.

4. Trata-se de uma competição; então, todos de-verão abrir seus envelopes ao mesmo tempo.

5. Os alunos deverão montar o parágrafo. Pode-rão consultar o texto.

6. O grupo que conseguir montar o parágrafocorretamente mais rápido ganha.

Descrição da atividade

Atividade P Segredos

15T e x t o

Objetivo• Rever com os alunos as estruturas de formação

de sentenças.

Introdução O texto trata dos trabalhadores do campo, princi-palmente, do movimento dos sem-terra. O textoutiliza bastante o passado simples e por estar eminglês, favorece o estudo da ordem das palavrasem uma sentença.

Materiais indicados:P Um envelope para cadagrupo de 4 alunos contendoum parágrafo do texto 19(working the land to feed thepeople) cortado em palavras

Tempo sugerido:1 hora

Resultados esperados:

Auxiliar os alunos a memorizarem a ordem daspalavras nas frases em inglês.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 71

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Depois da leitura do texto, pedir aos alunosque façam uma pesquisa na Internet, procu-rando saber mais sobre a organização e tec-nologia desenvolvida pelo Programa Tecbor.

2. Organizar a sala em grupos e pedir a eles que,façam um resumo do que encontraram, paraem seguida, expor cada resumo numa conver-sa coletiva em sala de aula.

3. Nessa conversa, chamar a atenção dos alunospara a diferença entre os interesses do grandemercado e suas conseqüências para os traba-lhadores, bem como o desenvolvimento local e odesenvolvimento exógeno, fazendo correlaçãocom a economia solidária destacando que:A economia solidária é formada por traba-lhadores que se organizam em seus locais deorigem para gerar trabalho e renda, a exem-plo dos seringueiros.Ao fazer isso, potencializam e fortalecem o desen-volvimento local ou endógeno, evitando que asmudanças de interesses da produção gerem de-semprego em regiões pouco produtivas.A economia solidária tem foco no bem-estardo trabalhador, do meio ambiente e da comu-nidade onde vive e seu entorno.Na economia solidária, a acumulação de capi-tal individual não é um fim em si mesma, mas

Descrição da atividade

Atividade P Economia solidária e o trabalho do seringueiro

5T e x t o

Objetivo• Mostrar que a economia solidária privilegia o

trabalho, a preservação do meio ambiente e aqualidade de vida.

IntroduçãoA atividade procura chamar a atenção para a ló-gica implícita na economia solidária (que é dife-rente daquela do capital) que viabiliza a estrutu-ra produtiva para trabalhadores em seu ambientede origem e que precisam de trabalho e renda,preservando o meio ambiente e a sua qualidadede vida.

16T e x t o

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados:

Demonstrar que a economia solidária promoveum modo de produzir e gerar trabalho e rendaaos trabalhadores e pequenos produtores que seconcretiza, na prática cotidiana, por meio de umprocesso agregador que envolve setores da socie-dade civil de forma responsável, como a saúde, omeio ambiente e a qualidade de vida, fomentando,inclusive, o desenvolvimento local.

o ganho coletivo em benefício de todos, tra-balhadores e coletividade. Ao agregar produtores, concretiza condiçõesde produzir otimizando recursos, viabilizandoinserção maior de seus produtos no mercadoe, conseqüentemente, maior renda.O aumento de renda incentiva a permanênciados trabalhadores em seus locais de origem etrabalho, evitando o êxodo para os centros urba-nos, fomentando o desenvolvimento local.

4. Após as discussões propor aos alunos uma pes-quisa conjunta sobre iniciativas de economiasolidária em sua localidade ou nas proximi-dades. Divulgar os resultados pela escola depainéis e cartazes.

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72 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Artes Nível I e II

1. Após a leitura, listar no quadro-negro outrosbens naturais cuja exploração resultou emsituações semelhantes às apresentadas notexto.

2. A classe formará grupos e cada grupo esco-lherá um bem natural para discutir. A dis-cussão deverá se concentrar em aspectoshistóricos, sociais e culturais.

3. Apresentação dos resultados da discussão dosgrupos.

4. Individualmente, tomando como exemplo opoema do seringueiro, os alunos escreverãoum poema sobre um dos bens naturais lista-dos e discutidos pela classe.

5. Apresentação dos poemas.

6. Discussão final do exercício. Explorar a moti-vação do aluno ao escolher o tema e os aspec-tos analisados pelos grupos que foramaproveitados na construção do poema.

Descrição da atividade

Atividade P Bens naturais

16T e x t o

Objetivo• Criação de poema.

IntroduçãoAssim como a borracha, outros bens naturais doBrasil também despertaram e despertam interesseseconômicos, que mobilizam o capital e abremfrentes de trabalho, em ondas temporárias. Mas oque acontece com o trabalhador quando a “febre”passa e os investimentos somem?

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: • Que o aluno perceba que fatos e situações são

decorrentes do entrelaçamento de fatores dediversas naturezas.

• Que o aluno expresse seu ponto de vista deforma criativa.

• Que o aluno fique estimulado a buscar maisinformações sobre um determinado assunto.

7. Pode-se sugerir um enriquecimento da expe-riência através de pesquisa sobre os temas.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 73

Área: História Nível I e II

1. Solicitar a todos os alunos que observem assuas borrachas. Aqueles que não a tiverem emmãos, fazem a atividade com o colega. Ques-tionar, conversar sobre este material escolar:para que serve, como foi produzida, a históriada produção, região produtora, etc. Levantaros conhecimentos dos alunos sobre o materialescolar, refletindo sobre o trabalho, a históriae a finalidade do produto/mercadoria.

2. Ler o texto, coletivamente. Procurar o signifi-cado das palavras desconhecidas.

3. Localizar no mapa do Brasil as regiões produ-toras. Localizar a região amazônica e os esta-dos que a compõe.

4. Analisar com o grupo os dois aspectos focali-zados: a. A crise da produção e as conseqüências

para a vida dos seringueiros. b. As tecnologias alternativas e os impactos

sociais, econômicos e ambientais. Motivara turma para investigar a questão.

Descrição da atividade

Atividade P O que a borracha pode apagar?

16T e x t o

Objetivo• Refletir sobre a crise da produção da borracha e

as alternativas para acabar com problemas so-ciais, gerar emprego e renda e promover partici-pação cidadã.

Introdução A borracha é um produto tão amplamente uti-lizado em nosso cotidiano que, muitas vezes, nãoparamos para pensar sobre as complexasquestões sociais, econômicas e ambientais que acercam. Em dezembro de 1988, o seringueiro,sindicalista e ativista ambiental Chico Mendes foicruelmente assassinado na cidade de Xapuri, noAcre. A morte do seringueiro teve grande reper-

cussão nacional e internacional, pois havia umarelação direta com os interesses contrários à defe-sa do meio ambiente e do desenvolvimento sus-tentável da Amazônia. Entretanto, no Brasil, emmuitas localidades, professores e alunos pouco ounada conhecem sobre esse fato histórico. Isso nosdesperta a atenção para o fato de que muitosproblemas que fazem parte da história de regiõesmais distantes do centro-sul, como a Amazônia,por exemplo, não são estudados e debatidos nasescolas. A produção da borracha tem profundasraízes na história do Brasil e, nesse sentido,merece ser debatida em todas as suas dimensões.Por isso o questionamento: o que a borracha podeapagar? Vamos buscar possíveis respostas?

Resultados esperados: Texto coletivo contendo a síntese do debate reali-zado sobre a produção de borracha e seus impac-tos econômicos e sociais na história do país.

5. Debater o tema: o que a borracha pode e oque não pode apagar?

6. Elaborar, coletivamente, uma síntese dodebate sobre o tema.

Dicas do professor: Sites: www.ibama.gov.br / InstitutoBrasileiro do Meio Ambiente; www.fva.org.br Fundação VitóriaAmazônica; Fundação Chico Mendes: www.chicomendes.org

Materiais indicados:P Borrachas

Tempo sugerido: 2 horas

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74 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Português Nível I e II

1. Ler o poema com os alunos. Estimular paraque falem de suas impressões sobre o queleram. Incentivar os alunos a exporem suasidéias; anotá-las no quadro-negro.

2. Se possível, ler outros poemas. Analisar a estru-tura de cada um deles, as características mar-cantes, a presença ou não de rimas.

3. Questionar os alunos se conhecem de cor algunspoemas e se poderiam falar para a sala.

4. Mostrar que o poema retrata a luta do serin-gueiro para sobreviver. Propor à sala que crie,nos moldes do poema lido, um outro queateste os desafios de um estudante trabalha-dor para viver dignamente.

5. En seguida a tarefa, deixar que os alunosdeclamem, livremente, seus poemas.

6. Num segundo momento, entregar aos alunosrecortes de revistas que possam despertar sen-sibilidade, causar emoção, suscitar a poesia.

7. Pedir que, livremente, criem poemas a partirdo que vêem. Se os alunos gostarem do resul-tado, podem expor as figuras e os poemas nomural da escola.

Descrição da atividade

Atividade P O poema do aluno

16T e x t o

Objetivos• Adquirir familiaridade com a linguagem poética.• Exercitar a escrita poética.

IntroduçãoPropor aos alunos as seguintes questões: quemgosta de ler poemas? Conhece alguns de cor?Gosta de escrevê-los?

Materiais indicados:P Material: recortes de

paisagens, cenastocantes, pessoas ematividade etc.

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: Ampliação da capacidade de criação do textopoético.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 75

Área: Língua estrangeira – Inglês Nível II

1. Colocar no quadro-negro a seguinte frase:I cut myself while shaving (Eu me cortei en-quanto me barbeava).

2. Dizer aos alunos que quando o sujeito e o obje-to da frase são a mesma pessoa, usam-seospronomes reflexivos. Um outro exemplo é:She put herself in a difficult situation (Elacolocou-se numa situação difícil)Quem praticou a ação PUT? She.Quem sofreu a ação PUT? She.Então utilizamos HERSELF.

Segue a lista dos reflexivos:Myself – IYourself – YouHimself – HeHerself – SheItself – ItOurselves – WeYourselves – YouThemselves – Theya) Para exercitar o que aprenderam, pedir aos

alunos que formem dois times. Cada umdeverá escolher um símbolo para represen-tá-lo (X ou O).

Descrição da atividade

Atividade P Tic Tac Toe

17T e x t o

Objetivo• Aprender a identificar os pronomes reflexivos.

IntroduçãoO texto de Luiz Fernando Veríssimo trata de umpersonagem que criticava latifúndios e que era afavor da reforma agrária. No entanto, ele próprioera filho de um latifundiário. Trata-se de umaboa oportunidade para trabalharmos os pro-nomes reflexivos com os alunos.

Tempo sugerido: 1 hora

Resultados esperados: Saber identificar os pronomes reflexivos e seuuso.

b) Desenhar então no quadro um grid de jogo-da-velha e colocar um pronome reflexivoem cada quadradinho (repita um dos refle-xivos para completar o nono espaço). Dizera eles que farão um jogo-da-velha.

3. O objetivo é colocar três símbolos iguais nahorizontal, vertical ou diagonal. O grupo quecomeçar deve escolher um quadrado e formaruma frase com o reflexivo correspondente. Sea frase estiver correta, o grupo marca seu sím-bolo no quadrado. Se errar, marca o símbolodo adversário e deve escolher outro quadradoe jogar de novo.

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76 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Língua estrangeira - Inglês Nível II

1. Relembrar com os alunos os pronomes refle-xivos apresentados na atividade anterior. Pediralguns exemplos de uso aos alunos e verificarse eles compreenderam o primeiro tipo de usopara esses pronomes (SUJEITO da ação =OBJETO da ação).

Ex.: He killed himself. Ele se matou.

2. Explicar então que há uma 2.ª forma de utiliza-ção os reflexivos, que é quando queremos dizerque se faz algo sozinho, sem auxílio externo.

Por exemplo: She did the homework herself – Elafez a lição de casa sozinha (sem auxílio). Depois daexplicação dos exemplos, peça então para queeles escrevam cinco perguntas para os colegassobre coisas que conseguem fazer sozinhos, semauxílio. Por exemplo: Can you cook by yourself?(Você consegue cozinhar sozinho?) ou Can youprogram the VCR by yourself? (Você consegueprogramar o videocassete sozinho?)

Quando terminarem de escrever as questões, pe-dir aos alunos que andem pela classe, escolhamum colega e entrevistem-no. Eles devem anotar onome do colega escolhido para a entrevista, bem

Descrição da atividade

Atividade P Pesquisa

5T e x t o

Objetivo• Aprender o uso dos pronomes reflexivos como

“sozinho”, “sem auxílio”.

IntroduçãoA personagem do texto mostra-se contrária asuas próprias opiniões quando o problema afetaela mesma ou sua família. É interessante que elamesma, sozinha, demonstra a contradição entreprática e discurso, ou seja, “... as terras do velhoe a teoria”. Essa é uma boa introdução para outrautilização dos pronomes reflexivos, significando“ele mesmo” ou “sem auxílio”.

17T e x t o

Tempo sugerido: 1 hora

Resultados esperados: Saber utilizar os pronomes reflexivos correta-mente.

como sua resposta. Dica importante: os alunos sópoderão perguntar e responder em inglês.

Quando terminarem, pedir a alguns alunos quesocializarem com a classe as questões que fizerame as respostas obtidas. Se todos quiserem socia-lizar a atividade fica muito mais interessante!

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 77

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Pedir aos alunos que escrevam numa folha depapel o conceito que eles têm de reforma agrá-ria, latifúndio e latifundiário.

2. Após a leitura individual do texto, reler o textocom os alunos buscando encontrar, coletiva-mente, o conceito de latifúndio, latifundiário ereforma agrária e faça o registro no quadro.

3. O texto dá muitas pistas: “Você quer que ovelho divida as terras dele? Quantos hectaresele tem? Ou acres? É acres ou hectares? Olha,eles pegam no jipe da fazenda e, num dia, nãoconseguem chegar ao fim das nossas terras.Ele tem terra improdutiva? Exatamente a par-te que ele está guardando pra me dar quandoeu casar. Justiça social. A insensibilidade dosricos no Brasil. Os escândalos dos sem-terranum país deste tamanho. ... toda a proprie-dade é um roubo. ... são as terras do velho.”

4. Pedir aos alunos que revejam e, se necessário cor-rijam o conceito escrito por eles, inicialmente.

5. Propor que escrevam, em duplas, um diálogocujo tema seja reforma agrária, com argumen-tos a favor ou contra.

Descrição da atividade

Atividade P Falando sério: reforma agrária

17T e x t o

Objetivo• Emitir opinião, com argumentos, sobre a

questão da reforma agrária.

Introdução De acordo com o Estatuto da Terra, lei que regu-la direitos e obrigações concernentes aos bensimóveis rurais, reforma agrária é um conjunto demedidas que visam promover a melhor distri-buição das terras mediante modificação noregime de sua posse e uso, a fim de atender aosprincípios da justiça social e ao aumento de pro-dutividade. A primeira lei, n.º 4.504, dispondo

sobre o Estatuto da Terra, foi promulgada em30/11/64 e alterada por muitas outras que seseguiram. A existência de movimentos sociaisque, ainda hoje, lutam pela reforma agráriamostra que a questão fundiária divide o Brasilem segmentos sociais que têm interesses anta-gônicos. “Todo mundo é a favor, desde que sejacom a terra dos outros. Quando envolve suaprópria fazenda, o raciocínio fundiário encara areforma agrária como uma ameaça ao direito depropriedade”. E você, é contra a reforma agráriaou a favor dela? De que forma você acredita quepoderíamos avançar nesse processo?

Resultados esperados: Produção, em duplas, do diálogo sobre a reformaagrária, com argumentos a favor ou contra.

6. Apresentação oral do trabalho das duplas.

Dicas do professor: Reforma agrária é compatível com con-servação dos campos. Entrevista: Valério Pillar (www.amaivos.uol.com.br/templates/amaivos/noticia/noticia.asp?cod_Canal=41&cod_noticia, veja.abril.uol.com.br/idade/exclusivo/reforma_agraria/index.html) Instituto Nacional deColonização e Reforma Agrária – Incra: perguntas erespostas sobre a reforma agrária: (www.incra.gov.br.www.wikipedia. org/wiki/Reforma_agrária). Reforma agrária,Linha de tempo (www.terra.com.br). Documentário: João semterra, de Tatiana Barbosa. A reforma agrária tratada em umcordel, criado por Claudio Ferrario. Depoimentos de assen-tados e acampados na região do Pontal de Paranapanema/SPque discutem a necessidade de implantação de uma realpolítica de reforma agrária.

Tempo sugerido: 3 horas

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78 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Matemática Nível I e II

1. Perguntar aos alunos: quem é a favor da refor-ma agrária? Anote o resultado no quadro-negro.

2. Propor aos alunos que façam uma leitura silen-ciosa do texto.

3. Pedir que façam uma estimativa do tamanho dasterras do pai do personagem de Luiz FernandoVeríssimo, considerando uma velocidade médiado jipe de 30 km/h.

4. Orientar os alunos a transformar o valor encon-trado em hectares e acres. Perguntaar se elesfazem idéia da dimensão dessa área. Ajudá-losprocurando áreas conhecidas para comparar, co-mo o tamanho da cidade, de algum estado etc.

5. Organizar os alunos em grupos para discu-tirem e registrar: 1) quem se beneficiaria dareforma agrária? 2) Quais seriam alguns dessesbenefícios? 2) Quem e o que perderia com areforma agrária?

6. Após as apresentações dos grupos, voltar àpergunta inicial da aula e perguntar se alguémmudou de idéia.

Descrição da atividade

Atividade P É terra grande demais!

17T e x t o

Objetivos• Calcular área.• Transformar unidades de medidas de áreas.• Refletir sobre a necessidade da reforma agrária.

IntroduçãoPor que a reforma agrária tarda tanto no Brasil?O que cada um de nós tem com isso? Refletirsobre essas e outras questões é a proposição daatividade a seguir.

Resultados esperados: • Estimativa de uma área usando velocidade de

um carro.• Transformação de km2 para acres, ares e

hectares.• Posicionamento dos alunos quanto à reforma

agrária.

Tempo sugerido: 2 horas

Dicas do professor: Acre – unidade de medida agrária de al-guns países. O acre inglês e americano equivale a 40,47 ares.Are – unidade de medida agrária equivalente a 100 metrosquadrados..Hectares (Ha) – unidade de medida agrária equivalente a100 ares ou um hectômetro quadrado.Essa atividade pode ser trabalhada de modo interdisciplinarcom Português, Inglês e Educação e Trabalho.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 79

Área: Português Nível I e II

1. Pedir a um casal de alunos que faça a leituraoral do texto.

2. Perguntar aos alunos como Veríssimo consegueo efeito de humor. (Ouvir os comentários).Depois, fazer os alunos perceberem que o textoé narrado em forma de discurso direto para daragilidade à narrativa. A pontuação é muitoexpressiva. Mostrar aos alunos vários exem-plos de pontuação expressiva. Pedir queobservem que as frases curtas dão ritmo à nar-rativa e o humor se concentra bem mais nacomposição do contexto: uma personagem querdiscutir seriamente um assunto que envolveideologia, a outra tem outras intenções e nen-huma convicção de seu discurso.

3. Perguntar se já viveram experiências com pes-soas que afirmam uma idéia na teoria, mas,na prática, mostram o contrário.

4. Escrever no quadro-negro as duas piadasabaixo sem qualquer sinal de pontuação oudivisão de parágrafos.a. — Desculpe, querida, mas eu tenho a

impressão de que você quer casar comigo sóporque eu herdei uma fortuna do meu tio.— Imagina, meu bem! Eu casaria com vocêmesmo que tivesse herdado a fortuna deoutro parente qualquer!

b. — Você tem aí quinhentos reais para meemprestar?— Não.

Descrição da atividade — E em casa?— Tudo bem, obrigado.

5. Pedir aos alunos que pontuem o texto com amáxima expressividade possível.

6. Pedir que alguns leiam as piadas que pon-tuaram.

7. Dialogar com a classe sobre a importância daexpressividade marcada pela pontuação paraa compreensão da mensagem.

Atividade P Dialogando

Resultados esperados:Obter expressividade ao transcrever o oral para oescrito por meio da pontuação.

17T e x t o

Objetivo• Praticar a habilidade de criar textos em discur-

so direto e de dar expressividade à pontuação.

IntroduçãoRefletir sobre a questão da reforma agrária?Contra ou a favor? Na teoria ou na prática.

Tempo sugerido: 2 horas

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80 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Artes Nível I e II

1. Ler e discutir o texto.

2. Formar dois ou três grupos.

3. Com base na discussão do texto, os gruposdefinirão sua interpretação particular sobre aquestão da mecanização do trabalho nocampo.

4. Cada grupo deverá criar uma imagem sonoraque expresse a sua visão do tema.

5. De acordo com os elementos da teoria musical(ritmo, harmonia e melodia), a imagem sono-ra é construída a partir da exploração derecursos vocais, em especial de gritos (agudos,graves, fortes, fracos, longos, breves, altos,baixos).

6. Apresentação dos coros de gritos.

7. Discussão do exercício tendo por foco a com-paração entre a recepção da obra e o objetivoinicial de cada um dos grupos, além da cons-trução do coro segundo os elementos da teo-ria musical.

Descrição da atividade

Atividade P Coro de gritos

18T e x t o

Objetivo• Explorar recursos vocais para a criação de uma

imagem sonora.

Introdução Não há vestígios sobre o tipo de música produzi-do na origem do homem, porém, observando-seas chamadas culturas primitivas que ainda sobre-vivem em nosso planeta, podemos inferir queessa música tinha por instrumento o corpo, e quesua base encontra-se no som produzido por bati-das de pés e mãos e pela voz.

Segundo a teoria musical, a música é formadapor três elementos principais: o ritmo, a harmo-nia e a melodia. O ritmo marca a cadência e é a base de todaexpressão musical.A harmonia é responsável pela organização desons simultâneos.A melodia pela sucessão de sons de tal forma queo padrão rítmico e harmônico torne-se reco-nhecível.

Resultados esperados:• Que o aluno explore a criação de imagens

sonoras a partir da voz.• Que o aluno exercite outras formas de dis-

cussão de temas, nesse caso, a musical.

Dicas do professor: Sites: www.musicaeadoracao.com.br/tecnicos/historia_musica/historia_lindquist/index.htmwww.musicaeadoracao.com.br/tecnicos/historia_musica/pequena_historia_musica.htm

Tempo sugerido: 1 h 30 min

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Page 81: Coleção Cadernos EJA - Professor - 11 Tecnologia e Trabalho

Caderno do professor / Trabalho no Campo • 81

Área: Educação e Trabalho Nível II

1. Antes da leitura do texto, pergunte aos estudanteso que eles sabem e quais suas dúvidas sobre ahistória da luta dos trabalhadores no campo.

2. Dividir o quadro em duas partes e anotar asrespostas dos alunos.

3. Solicitar a leitura silenciosa do texto.

4. Debate: em que medida o texto contribui paraesclarecer as questões escritas no quadro? Oque mais precisamos saber para reconstituiressa história?

5. Depois de falar sobre a importância da pes-quisa como instrumento de compreensão darealidade, sugerir uma pesquisa sobre a his-tória das lutas camponesas.

6. Debate: o que já sabemos? Como e onde pode-remos obter outros dados? Temos alguma coi-sa na biblioteca que fale sobre isso? Alguém

Descrição da atividade

Atividade P As lutas camponesas como objeto de pesquisa

18T e x t o

Objetivo• Perceber que a compreensão da história da or-

ganização dos trabalhadores no campo requeruma pesquisa sobre o tema.

IntroduçãoPor que o campo grita? Desde que os portugueseschegaram ao Brasil, a terra tornou-se propriedadede poucos e, cada vez mais, têm se acentuado ascondições de exploração de milhões de traba-lhadores e trabalhadoras do campo. A partir de1930, com o Estado Novo, implementaram-seesforços para a modernização do país, superandoas práticas e concepções das velhas oligarquiasagrárias. O movimento de 1930 tinha como per-spectiva incrementar a industrialização, fortale-cendo o poder político da burguesia industrial emdetrimento das oligarquias agrárias. A industrial-

ização se intensificou com a Segunda GuerraMundial quando as circunstâncias internacionaispermitiram, e mesmo exigiram, um esforço desubstituição das importações que, devido à guer-ra, não chegavam dos países industrializados.Neste contexto, a classe operária começa a cres-cer e se fortalecer, reproduzindo as reivindicaçõese formas de luta já experimentadas pelas organi-zações operárias européias. Era só uma questãode tempo para que as experiências de lutas e con-quistas da jovem classe operária estimulassem asorganizações dos trabalhadores do campo. Nadécada de 1950, surgem organizações com carac-terísticas sindicais, reivindicando a reforma agrá-ria e denunciando as condições degradantes e abrutal exploração do trabalho do campo. Mas issonão é tudo! Como saber mais sobre as lutas cam-ponesas?

conhece algum trabalhador rural que possanos conceder uma entrevista? Por onde come-çar a pesquisa?

7. Discussão e deliberação sobre o processo depesquisa.

8. Execução da pesquisa.

9. Apresentação/discussão dos resultados.

Tempo sugerido: 12 horas

Resultados esperados: Reunir elementos para compreensão da históriadas lutas dos trabalhadores do campo.

Dicas do professor: 1. Sobre as Ligas Camponesas, veja ofilme Cabra marcado para morrer, de Eduardo Coutinho. 2.Veja também o filme Jango, de Silvio Tendler. 3. Consulte osite da Comissão Pastoral da Terra (www.cptnac.com.br/) eda Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura(www.contag.org.br/)

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82 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Geografia Nível I e II

1. Realizar a leitura de imagem, por meio dafoto do texto. Fazer a leitura do texto em salade aula com os alunos.

2. Solicitar aos alunos que associem o texto coma foto.

3. Destacar no texto a informação da concen-tração da terra no Brasil e o ano em que odado é apresentado.

4. Sugerir aos alunos que destaquem, de acordocom o texto:a. Que evento ocorreu no início da década de

1960.b. Qual foi uma das principais reivindicações

aprovadas pelo evento.c. Qual foi o desfecho da reivindicação.d. Identificar quem governava o Brasil naque-

le momento.

5. Requisitar aos alunos que apontem como oscongressistas qualificavam o movimento dostrabalhadores na ocasião do Congresso Nacio-

Descrição da atividade

Atividade P A organização camponesa e a luta dos trabalhadores rurais

18T e x t o

Objetivo• Levar o aluno a compreender a organização do

movimento camponês de luta por direitoscomo um movimento histórico no Brasil.

• Conhecer a realidade da distribuição fundiária,marcada pela concentração das terras nasmãos de poucos e pela intensa atividade espe-culativa com terras rurais.

IntroduçãoO Brasil transformou-se, paulatinamente, numpaís de latifúndios após a colonização. Na medi-da que a terra se transformou em bem essencialao desenvolvimento da atividade colonial (expor-tação de bens primários e matérias-primas), a sua

condição comunal foi sendo transformada empropriedade privada, num ritmo ace-lerado atéos dias de hoje. O Brasil se transformou numanação onde a concentração da propriedade atin-giu patamares que nos colocam dentre as maisinjustas do mundo. A concentração da terra nocampo é a principal responsável pelo êxodorural. A manutenção do trabalhador no camporequer medidas que alterem o desigual quadroda concentração da terra, sendo a luta dos tra-balhadores uma delas.

nal de Lavradores e Trabalhadores Agrícolas (I CNLTA)

6. Debater sobre a luta pela terra e por direitos dostrabalhadores. Falar da resistência dos latifun-diários, marcada geralmente pela violência.

7. Anotar no caderno as conclusões.

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: • Compreender a concentração da terra rural co-

mo um traço marcante do desenvolvimento dasrelações capitalistas de produção no campo.

• Compreender que a propriedade da terra no Brasilé um processo que tem origem na colonização eno modelo econômico implantado.

• Discutir a organização e a luta dos trabalhadoresrurais.

Dicas do professor: Sites: para aprofundar o tema: MST(www.mst.org.br/), CIMI (www.cimi.org.br/), ADITAL(www.adital.com.br/site/ index.asp?lang=PT), CONTAG(http://www.contag.org.br/).

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 83

Área: História Nível I e II

Motivar uma pesquisa sobre o tema.

1. Dialogar com os alunos sobre o tema, moti-vando-os para a atividade.

2. Observar, ler e interpretar o texto. Dividir aturma em grupos de trabalho.

3. Solicitar que investiguem o tema e, se possí-vel, levem informações para a sala de aula:notícias, reportagens, rádio, TV, Internet, livrosdidáticos, registros, evidências da história.

4. O professor deve também levar material paraa sala de aula.

5. Construir uma linha de tempo dividindo osanos em uma faixa de papel em cinco blocos:1960-1970,1970-1980,1980-1990,1990-2000,2000 etc.

6. Os alunos devem representar em cada época osacontecimentos, problemas, lutas, vitórias e der-rotas que a marcaram. Não se esqueça de situar

Descrição da atividadeos acontecimentos no tempo e no espaço: o quê?Quando ocorreu? Onde? Quem? Como? Etc.Use fotos, frases, palavras, reportagens, docu-mentos para construir a linha de tempo sobre“Reforma agrária e direitos dos trabalhadoresrurais: histórias e lutas”. Ao final, apresentar, dis-cutir e afixar na sala.

Materiais indicados:P Papel, livros, reportagens,

tesoura, pincéis, cola

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Reforma agrária e direitos dos trabalhadores rurais: histórias e lutas

Resultados esperados: Refletir sobre a lutados trabalhadores rurais pela reforma agrária eregistrar numa linha de tempo.

18T e x t o

Objetivo• Registrar e discutir as histórias e as lutas pela

reforma agrária e direitos dos trabalhadores ru-rais no Brasil a partir dos anos 1960.

Introdução

O texto e a imagem nos levam ao início dos anos1960. Isto quer dizer que a questão da luta pelaterra está presente na história do Brasil há váriasdécadas, com força política e social. Especialmentea partir de meados do século XX, o Brasil sofreuprofundas transformações econômicas, sociais epolíticas. Entretanto, a concentração da terra per-maneceu. A modernização tecnológica, a diversifi-cação das atividades produtivas, as políticas públi-cas para os diversos setores, pela via de moder-

nização conservadora não colocaram fim nas reivin-dicações pela reforma agrária. Ao contrário, osmovimentos, as demandas, as bandeiras de lutapassaram por mudanças que revelam, na atuali-dade, a complexidade das relações campo-cida-de, urbano-industrial-rural, movimentos sociais-partidos políticos-estado, não é? É interessanteobservar como no contexto neoliberal, de glo-balização econômica e desenvolvimento tecno-lógico, o movimento social de luta pela terra, comoo MST, apresenta força e vitalidade. A partir dotexto e da imagem, sugerimos ampliar a análiseno tempo histórico, discutindo as transformaçõesocorridas nas lutas em defesa da reforma agráriae dos direitos dos trabalhadores rurais.

Dicas do professor: Site do MST (www.mst.org.br). Livros:Reforma agrária no Brasil: história e atualidade da luta pelaterra, de L. S. de Medeiros (Fundação Perseu Abramo); Aquestão agrária no Brasil. vols.I, II, III e IV, de João PedroStedile (org.). Expressão popular (várias edições).

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84 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Matemática Nível II

1. Escrever no quadro a informação: em 1961,62,33% da área total do Brasil pertencia a 70mil proprietários. Convidar os alunos então averificar no mapa do Brasil esta área.

2. Sobre um papel quadriculado, pedir que osalunos elaborem um desenho simplificado domapa do Brasil. Você pode orientá-los a qua-dricular um mapa maior ou menor para trans-feri-lo ao papel milimetrado.

3. Pedir então que estimem no mapa os 62% deárea citada. Pergunte: esta área equivale a, apro-ximadamente, quantos estados?

4. Solicitar que calculem 62% da área total do Brasil,sabendo que corresponde a 8.547.403,5 km2.

Descrição da atividade Materiais indicados:P Papel quadriculado,

mapa do Brasil

Tempo sugerido: 2 horas

Atividade P Desenhando mapa, estimando área

Resultados esperados:Estimativa no mapa da área ocupada pelas pro-priedades do latifúndio de 1961 no Brasil.

18T e x t o

Objetivo• Estimar área em um mapa.

IntroduçãoSegundo o texto, em 1961, 3,39% das proprie-dades cadastradas, cerca de 70 mil, se estendiam

por nada menos que 62,33% da área total doBrasil. Isto é muita terra para pouca gente. Queimplicação isto tem para a vida dos que traba-lham na terra? Quais as conseqüências da con-centração de terra?

Dicas do professor: Trabalhe essa atividade em parceriacom os professores de Artes, Geografia e Educação eTrabalho.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 85

Área: Economia Solidária Nível I e II

Depois da leitura do texto, explicar o que é agroe-cologia.Em seguida, destacar as frases do texto:

“ A agroecologia, por sua própria natureza,é integradora”“(...) o desenvolvimento da produção agro-ecológica em Santa Catarina e no Brasil deve-se, em muito, ao pioneirismo de grupos eassociações de agricultores (...)”

“Na área social, ajuda a manter o homem nocampo, pois a tendência é utilizar mais o traba-lho, e com isso agrega mais a família, valoriza otrabalho e traz dignidade ao ser humano.” O professor, a partir das frases destacadas, faz acorrelação entre agroecologia e economia soli-dária, frisando que:A economia solidária como a agroecologia, é inte-gradora, pois reúne trabalhadores que se organi-zam para produzir e gerar renda de forma dife-rente, preocupados com a saúde e preservaçãodo meio ambiente, portanto, é inovadora;Tanto uma como a outra, pequenos produtores emtorno de associações e cooperativas, com os mes-mos objetivos.Ao agregar esses produtores, ambas concretizamcondições de produzir, otimizando recursos, viabi-lizando inserção maior de seus produtos no merca-do e, conseqüentemente, maior retorno financeiro.O aumento de renda desses produtores incentiva

Descrição da atividade sua permanência em suas pequenas proprie-dades, evitando o êxodo para os centros urbanos,fortalecendo a agricultura familiar.Há muitas associações e cooperativas de produtoresagroecológicos organizados seguindo os princípiosda economia solidária, pois é próprio dela agregarou organizar coletivamente e solidariamentepequenos produtores, tanto rurais como urbanos.As atividades, tanto na economia solidária comona agroecologia, são intensivas em mão-de-obra. Na organização coletiva, há mais espaço paraestimular a criatividade, a troca de informações,desenvolvimento das potencialidades individuaise coletivas. Propor aos alunos a elaboração individual de umtexto expressando sua compreensão sobre cultivoorgânico e seus benefícios econômicos, sociais, am-bientais e para a saúde.

Atividade P Economia solidária e agroecologia

19T e x t o

Objetivo• Mostrar que a agroecologia tem conexão com a

economia solidária, pois ambas se apresentamcomo uma alternativa inovadora concreta, privi-legiando o trabalho e a qualidade de vida.

IntroduçãoA atividade procura chamar a atenção para a agroe-cologia e a economia solidária como uma alternati-va concreta e criativa em relação à estrutura pro-dutiva, ao meio ambiente, trabalho, a relação comsetores da sociedade civil e qualidade de vida dostrabalhadores(as) e pequenos produtores(as).

Resultados esperados: Demonstrar que a agroecologia e a economia soli-dária têm muito em comum. Ambas promovemum modo inovador de produzir e gerar trabalho erenda aos trabalhadores e pequenos produtores.

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86 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Educação Física Nível I e II

1. Orientar a classe na execução dos seguintes exer-cícios: Relaxamentoa) Posição inicial: escolha uma posição confor-

tável em pé; b) Encolha os ombros. Mantenha a tensão enquan-

to coloca a cabeça entre os ombros. Relaxe osombros. Deixe-os soltos e sinta o relaxamento.

2. a) Posição inicial: escolha uma posição con-fortável em pé;

b) Deixe todo o seu corpo relaxado, sinta oconforto e o peso;

c) Inspire e encha completamente os pulmões.Prenda a respiração. Perceba a tensão;

d) Expire, deixe o tórax ficar relaxado, deixe oar sair. Continue relaxando e respirando livre.

3. a) Posição inicial: escolha uma posição confor-tável em pé;

b) Contraia o estômago e mantenha-o assimpor alguns instantes. Repare na tensão en-quanto relaxa;

c) Agora coloque a mão sobre o estômago. Ins-pire profundamente pelo estômago, empur-rando a mão para cima. Segure e relaxe.

d) Arqueie as costas sem tencionar, mantenhao resto do corpo tão relaxado o quanto pos-sível. Concentre-se na tensão na região in-

Descrição da atividadeferior das costas. Relaxe cada vez mais;

4. a) Posição inicial: escolha uma posição con-fortável em pé;

b) Contraia as nádegas e as coxas; c) Flexione as coxas forçando os calcanhares

para baixo, o máximo que puder. Relaxe e sin-ta a diferença. Incline os dedos dos pés parabaixo tencionando a barriga da perna (pan-turrilha). Analise a tensão. Relaxe. Incline osdedos dos pés em direção do rosto, criandotensão na canela. Relaxe novamente;

5. Pedir aos alunos que desenvolvam um muralcom as várias posições do relaxamento e suaimportância no bem-estar.

Atividade P Educação física no campo

19T e x t o

Objetivo• Identificar as diversas maneiras de apoio ao

combate do estresse, integrando exercícios derelaxamento no dia-a-dia.

IntroduçãoO texto trata da melhoria da qualidade de vida,da saúde, do contato direto com a natureza etambém mostra um pouco da vida no campo coma agricultura sustentável, agroecológica, que den-

tre tantos benefícios também mantém o trabal-hador rural no campo. O trabalho no campo,ainda que esteja repleto de tecnologia com o usode novos equipamentos e novas técnicas, é umtrabalho pesado, que exige a necessidade do desen-volvimento de novas posturas corporais para aprevenção de doenças, o controle das fadigasmusculares, além do estresse e dos problemasque chegam junto com ele. A Educação Física seinsere nesse contexto.

Materiais indicados:P Papel pardo, recortes de

revistas, caneta pilot

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados: Reconhecer a importância do relaxamento comoinstrumento de combate ao estresse. Produçãode texto.

Dicas do professor: Ao realizar os exercícios de relaxa-mento, procure sentir o peso em toda a parte inferior docorpo enquanto o relaxamento se aprofunda. Relaxe os pés,tornozelos, panturrilhas, canelas, joelhos, coxas e nádegas.Deixe o relaxamento se espalhar até o estômago, a regiãoinferior das costas e o tórax. Solte-se cada vez mais e sintao relaxamento.

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Área: Português Nível II

1. Atividades de leitura: ler o texto com os alunos,comentar os benefícios das cooperativas e ana-lisar a situação de seu estado em relação aoincentivo para pequenos agricultores.

2. Atividades de decisão em grupos: Reflexão individual:a. Entregar a cada participante dez cédulas

que imitam dinheiro. Todas com o mesmovalor. Sugerimos a criação de uma cédulainexistente, por exemplo, R$ 250,00.

b. Pedir a cada um que pense seriamente: comoaquele dinheiro poderia ser gasto? Pedirtambém que escrevam o destino escolhido.Reflexão em grupo:

a. Dividir a classe em grupos. b. Pedir que os alunos coloquem todo o dinheiro

de cada um em um monte único, no centrode cada grupo.

c. Pedir que cada participante retire de suaparte apenas cinco cédulas e repense a for-ma como gastaria esse dinheiro, pois orestante pertence ao grupo. Essa atividade éoral. Cada participante diz o que teria com-prado se tivesse todo o dinheiro e, agora, oque comprará (ou empreenderá) com aparte que lhe coube.

d. Como as cédulas restantes pertencem ago-ra ao grupo perguntar que destino seusmenbros darão ao dinheiro: causas sociais?Aquisições para o grupo? Outros fins? Emprés-timo para um dos membros do grupo? Iní-cio de um negócio? Depois de tomada a

Descrição da atividade decisão, pedir que cada grupo escreva odestino que será dado ao dinheiro e osmotivos da escolha dessa alternativa.

e. Formar um grande grupo. f. Pedir que um representante de cada equipe

mostre à classe o destino dado ao dinheiro eas razões para esse gesto. Falará tambémsobre a facilidade ou dificuldade da decisão.

g. Perguntar, então, ao grande grupo, qual a re-lação dessa dinâmica com a vida cotidiana.O dinheiro é fim ou meio? Pedir que, porfim, relacionem a dinâmica à seguinte fra-se: um velho índio descreveu certa vez osseus conflitos internos: “Dentro de mimexistem dois cachorros: um deles chega aser cruel de tão mau; o outro é muito bome dócil. Os dois estão sempre brigando”.Quando então lhe perguntaram qual doscachorros ganharia a briga, o sábio índioparou, refletiu e respondeu: “Aquele queeu alimentar”.(sabedoria indiana)

h. Retomar o texto da antologia e perguntarqual a relação que estabelecem entre adinâmica e o conteúdo do texto.

3. Atividades de produção de texto: registrar asimpressões vividas durante a dinâmica e,depois, ler o texto resultante para os colegas.

Atividade P O que fazer com o dinheiro?

19T e x t o

Objetivo• Ampliar a capacidade de argumentar em situa-

ções concretas.

IntroduçãoComo o trabalho em grupo pode beneficiar todaa sociedade?

Caderno do professor / Trabalho no Campo • 87

Tempo sugerido: 5 horas

Resultados esperados:

Ampliação da capacidade de trabalhar metáforase relacioná-las à vida cotidiana.

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88 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Depois da leitura do texto, pedir aos alunos quefaçam uma pesquisa no seu bairro ou regiãoonde moram, procurando saber: se existe algu-ma organização coletiva de trabalhadores outrabalhadoras (associação, cooperativa ou gru-po informal) que produza artesanato; se exis-te feira de artesanato.

2. Organizar a sala em grupos e pedir que façamanotações sobre o que encontraram, para emseguida, cada grupo expor para a turma.

3. Auxiliar na organização dos dados coletados epreparar com eles uma segunda etapa da pes-quisa, que é a visita dos alunos às organiza-ções e/ou feiras que encontraram.

4. Para as visitas, construir com eles um pequenoquestionário ou roteiro de entrevista, abordan-do os seguintes pontos:natureza da organização (cooperativa, associa-ção ou grupo informal);quantas pessoas trabalham;quantos são homens e mulheres;em que local trabalham;que produtos produzem;que matéria-prima utilizam para produzir;como e onde vendem (feiras, bairros, vende-dores externos, etc.);

Descrição da atividade

Atividade P Economia solidária e o trabalho de artesanato

20T e x t o

Objetivo• Mostrar que o artesanato é uma atividade ca-

racterística da economia solidária por privile-giar o trabalho, preservar o meio ambiente efazer aproveitamento de recursos.

Introdução A atividade procura chamar a atenção para a lógi-ca implícita na economia solidária ao viabilizar

uma estrutura produtiva para trabalhadores etrabalhadoras em seu ambiente natural, propor-cionando trabalho e renda, preservando o meioambiente e promovendo o reaproveitamento derecursos gerando arte, despertando talentos ecriatividade.

como dividem o que ganham com a venda dosprodutos;quanto ganha, em média, cada pessoa.

5. Cada grupo deve apresentar o resultado desua pesquisa para a sala, procurando relacio-nar as características das organizações visi-tadas com os princípios da economia solidá-ria. Por exemplo, no artesanato descobrem-setalentos e desenvolve-se a criatividade dos tra-balhadores e trabalhadoras ao proporcionarliberdade para criar; é um empreendimento,geralmente, localizado próximo dos locais demoradia, tem o objetivo de gerar trabalho erenda familiar, a exemplo das mulheres arte-sãs do texto.

Resultados esperados:

Demonstra que o artesanato é característico daeconomia solidária e promove um modo de pro-duzir e gerar trabalho e renda aos trabalha-dores(as) num processo agregador e responsá-vel com o meio ambiente, reaproveitando ma-teriais, produzindo arte, despertando talentos ecriatividade, fomentando, inclusive, o desenvol-vimento local.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 89

Área: História Nível II

1. Conversar com os alunos sobre os tipos detrabalho, os instrumentos, as ferramentas e asnovas tecnologias usadas no meio rural.Levantar com eles os tipos de trabalho, deprodução que eles conhecem.

2. Levar para a sala de aula imagens, fotografiasde instrumentos, de atividades, reportagensque representam novas tecnologias (por exem-plo, máquinas modernas) e antigas (arado) epedir aos alunos também pesquisem sobre isso.

3. Ler o texto com a turma. Procurar os significa-dos das palavras desconhecidas.

4. Interpretar oralmente o texto com os alunos,destacando as mudanças e as permanências, astransformações ocorridas no trabalho rural.

5. Produzir um mural coletivo com imagens efrases dos alunos, destacando: MUDANÇAS,PERMANÊNCIAS, PROBLEMAS, DESAFIOSDO MEIO RURAL.

Descrição da atividade

Atividade P Novas tecnologias e emprego no meio rural

20T e x t o

Objetivo• Analisar as transformações ocorridas no traba-

lho no meio rural brasileiro com o emprego denovas tecnologias.

IntroduçãoQuando se fala em uso de novas tecnologias nocampo, logo vem a nossa mente a substituição demão-de-obra por máquinas, o que provoca desem-prego e êxodo rural. Os impactos desse fenô-meno são bem conhecidos: inchaço das periferiasdas grandes cidades, fome, precárias condiçõesde vida e muitos outros problemas sociais agra-vados em nosso país nas últimas décadas do sécu-lo XX. Entretanto, as mudanças verificadas na

produção agropecuária, as atividades rurais nãoagrícolas, como o turismo rural; o agronegócio, aagricultura familiar e a reforma agrária nos in-dicam que está ocorrendo uma mudança profun-da no setor, que pode gerar novas atividades, no-vos empregos, melhorar a renda e as condiçõesde vida e de trabalho do homem no campo.Entretanto, de acordo com o texto esse tema nãopode ser analisado de forma superficial, masexige um olhar crítico sobre a complexidade daprodução econômica no meio rural, interligada aoutros setores da cadeia produtiva como fábri-cas, comércio etc. O texto oferece interessanteselementos para repensarmos essa problemática.

Materiais indicados:P Papel, fotografias, recortes

de jornais, revistas, cola,tesoura, pincéis

Tempo sugerido: 2 horas

Resultados esperados: Produção de um mural coletivo destacando asmudanças no meio rural, a introdução de novastecnologias e a permanência ainda de técnicasmais antigas.

Dicas do professor: Livro: Tecnologia & agricultura familiar,de José Graziano da Silva (Edurgs).Site: www. www.agroanalysis.com.br

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90 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Solicitar aos alunos que leiam o texto.

2. Colocar no quadro-negro o parágrafo abaixo:

“Olha, emprego até tem. Mas eu lhe per-gunto: a vida é só comer? (...) Por que nãopodemos construir um futuro melhor paraque nossos filhos produzam para eles mes-mos”.

3. Em seguida, explicar que:

A economia solidária é uma alternativa quepode facilitar a vida de trabalhadores(as) quese encontram em situações difíceis para obtertrabalho e renda.

A economia solidária, além de gerar renda, émais acolhedora, integradora e desperta sen-timentos de solidariedade, autonomia, auto-estima e cidadania que podem ter sido perdi-dos na vivência do desemprego.

Nos empreendimentos coletivos, como ascooperativas/associações ou grupos autogeri-dos, não há patrão que os demitam, pois sãotodos associados, e as decisões são tomadas

Descrição da atividade

Atividade P Condições precárias de existência, o que fazer?

21T e x t o

Objetivo• Estabelecer relação entre as condições precá-

rias de existência de trabalhadores(as) pobrese o movimento da economia solidária comoalternativa.

Introdução A atividade se insere no contexto da discussãodas difíceis condições de vida de uma parcelasignificativa da população trabalhadora, que,sem muita opção de trabalho e renda em seuslocais de origem, engrossa o fluxo migratórioentre regiões em busca de alternativas. Nessabusca, querem construir um futuro melhor quepode ser encontrado numa forma diferente darelação de emprego tradicional – a economiasolidária é uma alternativa possível.

por eles, coletivamente, pois eles são os res-ponsáveis pelos negócios e pela gestão do seuempreendimento.

Experimentam uma forma de produzir dife-rente da tradicional, que pode abrir umaperspectiva de futuro ainda não conhecida.Como disse o educador Paulo Freire “(...) ofuturo é problemático e deve ser construídoporque não está pré-dado”.

4. Após o debate sobre o texto e sobre a econo-mia solidária como alternativa de trabalho erenda para regiões menos favorecidas, comoas citadas no texto, propor ao alunos que ela-borem, individual ou coletivamente, um textoexpressando a compreensão da frase que foicolocada no quadro-negro.

Resultados esperados: A possibilidade de reflexão sobre a economiasolidária como alternativa concreta de geraçãode trabalho e renda e de um futuro que pode sermelhor, ficando menos dependente do mercadode trabalho dos grandes centros produtivos.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 91

Área: Educação Física Nível I e II

1. Promover uma discussão com as seguintesquestões: a) Você já se percebeu respirando?Como é sua respiração? Descreva todos osmovimentos dela: por onde entra o ar, poronde sai etc. Quando respiramos, fazemosintencionalmente? Por quê? Que outros movi-mentos no nosso corpo são autônomos, nãodependem de nossa vontade? Descreva-os.

2. Respiração natural e completa: a) Comece sen-tado ou em pé, ereto, mantendo uma boa pos-tura. Respire pelo nariz. b) Enquanto inspira,encha em primeiro lugar a parte inferior (debaixo) dos pulmões. O seu diafragma em-purrará o abdômen para dar espaço ao ar. c)Em segundo lugar, encha a parte central dospulmões, enquanto as costelas inferiores e otórax movem-se ligeiramente para a frente paraacomodar o ar. d) Em terceiro lugar, encha aparte superior dos pulmões, enquanto elevaligeiramente o tórax, encolhendo o abdômenpara sustentar os pulmões. Esses três passospodem ser executados em uma única inspiraçãosuave e contínua que, com a prática, pode serrealizada em alguns segundos. e) Prenda a res-

Descrição da atividade

Atividade P Você já se percebeu respirando?

21T e x t o

Objetivo• Refletir sobre os movimentos no cotidiano de

forma intencional e não mecânica. Reconhecera importância da Educação Física para a vida.Executar a respiração natural completa.

IntroduçãoO texto trata de uma região rural do nordestebrasileiro, o agreste e a Zona da Mata, que inspi-rou o poema Morte e vida severina. Como vemos,trata-se do velho e insolúvel problema da seca edas dificuldades de sobrevivência. Devido à pre-cariedade e pobreza do local imaginamos como

deve ser esse trabalho. Que técnicas existem parao cultivo de um solo pobre e seco? Como é o dia-a-dia dessas pessoas em busca do mínimo paraviver? Apesar da tecnologia, os marginalizadosda sociedade ainda no século XXI necessitam dovigor físico para a sobrevivência em condiçõesextremas de vida, como é no sertão nordestino.Um dos principais aspectos para uma boa saúdeé a oxigenação do sangue de maneira profunda ecorreta, algo que fazemos durante toda a nossavida, mas que passa desapercebido por todos.Você já se percebeu respirando?

piração durante alguns segundos. f) Enquantoexpira lentamente, retraia ligeiramente o abdô-men e levante-o lentamente, enquanto os pul-mões esvaziam. Quando tiver expirado com-pletamente, relaxe o abdômen e o tórax. g) Devez em quando, no final da fase de inspiração,erga ligeiramente os ombros e a clavícula, paraque a parte superior dos pulmões fique nova-mente cheia de ar fresco.

3. Ao final desenvolver com os alunos um muralou um texto que contenha a discussão, osmovimentos autônomos e a importância darespiração.

Tempo sugerido: 3 horas

Resultados esperados: Reconhecer a importância da Educação Física nodia-a-dia. Refletir sobre a intencionalidade domovimento. Produção de texto.

Dicas do professor: Provavelmente, você já se surpreendeususpirando ou bocejando durante o dia. Geralmente, isso ésinal de que você não está obtendo oxigênio suficiente. Osuspiro e o bocejo são formas utilizadas pelo corpo pararemediar a situação.

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92 • Caderno do professor / Trabalho no Campo

Área: Português Nível I E II

Atividades de pré-leitura: testar o conhecimentoprévio dos alunos. Perguntar se já ouviram o poemade João Cabral, se gostariam de conhecê-lo.

Atividades de leitura: ler o texto com os alunos ecomentar as relações estabelecidas pelo autor. Sepossível, mostrar as canções de Chico Buarquepara os versos do poema.

Atividades de expressão oral:a. Mostrar, na íntegra, o poema de João Cabral.

Divida a sala em grupos e fazer a leitura emforma de jogral.

b. Pedir aos alunos que imaginem como aquelahistória ficaria no palco. Converse sobre aspossibilidades de montagem, as ações das per-sonagens, a criação dos cenários, as falas daspersonagens, o sentido da história.

c. Por fim, convidar os alunos a encenar a peçapara as outras salas da escola. Os alunos quequi-serem participar poderão marcar ensaios edividir os papéis.

d. Os demais, baseados no texto da antologia,poderão criar textos para chamar a atenção dopúblico para a peça, elaborar sinopses, prepa-

Descrição da atividade

Atividade P O teatro na escola: Morte e vida severina

Resultados esperados:Ampliação da capacidade de expressão oral e noçãode montagem e adaptação de textos para o teatro.

21T e x t o

Objetivos• Desenvolver a capacidade de expressão oral e

de adaptação e textos para teatro.

IntroduçãoA sala de aula pode ser um ótimo ambiente paradesenvolvimento da expressão oral, por meio demanifestações artísticas.

Tempo sugerido: 5 horas

Dicas do professor: texto integral em: www.culturabrasil.pro.br/ joaocabraldemelonetoo.htm

rar cartazes, ajudar na montagem como ceno-grafistas, iluminadores ou contra-regras.

e. O texto da antologia também poderia ser adap-tado para o teatro e, assim, uma nova visão dopoema poderia ser dada para a platéia.

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Caderno do professor / Trabalho no Campo • 93

Área: Economia Solidária Nível I e II

1. Inicialmente os alunos fazem a leitura dotexto.

2. Terminada a leitura, o professor deve pediraos alunos que identifiquem no texto, a parteque eles acham que tem alguma similaridadecom a organização dos empreendimentos daeconomia solidária, indicando algumas pala-vras-chaves, a seguir:• União de pessoas;• Produção;• Gestão coletiva da produção;• Utilização de técnicas;

3. Depois de identificado o trecho, escrever essespontos no quadro-negro para possibilitar o diá-logo com a classe, explicando que toda uniãotem um objetivo em comum, exemplificandocom o caso do Sítio Caldeirão, fazendo umparalelo com a economia solidária que con-hecemos hoje:a) a economia solidária é um movimento con-

temporâneo de trabalhadores que buscamuma maneira de produzir trabalho e gerarrenda praticando a solidariedade e demo-cracia de forma autogestionária;

b) a união fortalece os interessados em tornode um objetivo e os torna mais fortes paraenfrentar as dificuldades;

Descrição da atividade d) a união possibilita o crescimento conjunto,quando de forma individual seria muitodifícil acontecer;

e) possibilita produzir respeitando a natureza,potencializando os resultados com aplica-ção de técnicas inteligentes e criativas;

f) propicia dignidade e cidadania às pessoas.

4. Ao final, solicitar aos alunos que elaborem umpequeno texto relacionando os princípios fun-damentais da economia solidária com as pos-sibilidades de dignidade e cidadania na vidado trabalhador.

Atividade P A união faz a força

22T e x t o

Objetivo• Mostrar que a união sempre faz a força. Não

são novos os exemplos concretos de movimen-tos coletivos que criam condições de as pessoasproduzirem eficientemente, defenderem seusdireitos e interesses por meio da organizaçãocoletiva.

IntroduçãoA atividade procura chamar a atenção para osaspectos positivos da união de pessoas por meiodo trabalho coletivo, característico da economiasolidária no Brasil contemporâneo. Chamar a aten-ção para o fato de que o trabalho coletivo nãoimpede a utilização de técnicas de produção cria-tivas e de alta produtividade, aproveitando osrecursos naturais e respeitando o meio ambiente.

Resultados esperados: Que os alunos possam compreender que na eco-nomia solidária todos estão unidos em torno deum objetivo comum: gerar trabalho e renda deforma coletiva, produzir eficientemente, defen-der seus direitos e construir condições de traba-lho mais estáveis, democráticas e solidárias.

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Área:

Proposta de atividade

Nível

Nome da atividade P

21T e x t o

Objetivos:

Descrição:

Lista de materiais:

Coleção Cadernos de EJA

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Anotações:

Coleção Cadernos de EJA

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ExpedienteComitê Gestor do ProjetoTimothy Denis Ireland (Secad – Diretor do Departamento da EJA)Cláudia Veloso Torres Guimarães (Secad – Coordenadora Geral da EJA)Francisco José Carvalho Mazzeu (Unitrabalho) – UNESP/UnitrabalhoDiogo Joel Demarco (Unitrabalho)

Coordenação do ProjetoFrancisco José Carvalho Mazzeu (Coordenador Geral)Diogo Joel Demarco (Coordenador Executivo)Luna Kalil (Coordenadora de Produção)

Equipe de Apoio TécnicoAdan Luca ParisiAdriana Cristina SchwengberAndreas Santos de AlmeidaJacqueline BrizidaKelly MarkovicSolange de Oliveira

Equipe PedagógicaCleide Lourdes da Silva Araújo Douglas Aparecido de CamposEunice RittmeisterFrancisco José Carvalho MazzeuMaria Aparecida Mello

Equipe de ConsultoresAna Maria Roman – SPAntonia Terra de Calazans Fernandes – PUC-SPArmando Lírio de Souza – UFPA – PACélia Regina Pereira do Nascimento – Unicamp – SPEloisa Helena Santos – UFMG – MGEugenio Maria de França Ramos – UNESP Rio Claro – SPGiuliete Aymard Ramos Siqueira – SPLia Vargas Tiriba – UFF – RJLucillo de Souza Junior – UFES – ESLuiz Antônio Ferreira – PUC-SPMaria Aparecida de Mello – UFSCar – SPMaria Conceição Almeida Vasconcelos – UFS – SPMaria Márcia Murta – UNB – DFMaria Nezilda Culti – UEM – PROcsana Sonia Danylyk – UPF – RSOsmar Sá Pontes Júnior – UFC – CERicardo Alvarez – Fundação Santo André – SPRita de Cássia Pacheco Gonçalves – UDESC – SCSelva Guimarães Fonseca – UFU – MGVera Cecilia Achatkin – PUC-SP

Equipe editorialPreparação, edição e adaptação de texto: Editora Página Viva

Revisão:Ivana Alves Costa, Marilu Tassetto, Mônica Rodrigues de Lima, Sandra Regina de Souza e Solange Scattolini

Edição de arte, diagramação e projeto gráfico: A+ Desenho Gráfico e Comunicação

Pesquisa iconográfica e direitos autorais: Companhia da Memória

Fotografias não creditadas: iStockphoto.com

Apoio

Editora Casa Amarela

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro. SP, Brasil)

Trabalho no campo : caderno do professor /

[coordenação do projeto Francisco José Carvalho Mazzeu,

Diogo Joel Demarco, Luna Kalil]. -- São Paulo :

Unitrabalho-Fundação Interuniversitária de Estudos

e Pesquisas sobre o Trabalho ; Brasília, DF : Ministério

da Educação. SECAD-Secretraria de Educação Continuada,

Alfabetização e Diversidade,2007, -- (Coleção Cadernos de EJA)

Vários colaboradores.

Bibliografia.

ISBN 85-296-0079-7 (Unitrabalho)

ISBN 978-85-296-0079- 6 (Unitrabalho)

1. Atividades e exercícios (Ensino Fundamental)

2. Livros-texto (Ensino Fundamental) 3. Vida no campo - Trabalho

I. Mazzeu, Francisco José Carvalho. II. Demarco, Diogo Joel.

III. Kalil, Luna. IV. Série.

07-0421 CDD-372.19

Índices para catálogo sistemático:

1. Ensino integrado : Livros-texto :

Ensino fundamental 372.19

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