códigos penal e processo penal, 8.ª edição – col. legislação · códigos penal e processo...

15
1 Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P COLEÇÃO LEGISLAÇÃO – Atualizações Online Porquê as atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO? No panorama legislativo nacional é frequente a publicação de novos diplomas legais que, regularmente, alteram outros diplomas, os quais estão muitas vezes incluídos nas compilações da Coleção Legislação. Ao disponibilizar as atualizações, a Porto Editora pretende que o livro que adquiriu se mantenha atualizado de acordo com as alterações legislativas que vão sendo publicadas, fazendo-o de uma forma rápida e prática. Qual a frequência das atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO? Serão disponibilizadas atualizações para cada livro até à preparação de uma nova edição do mesmo, sem- pre que detetada uma alteração legal. O prazo que medeia entre as referidas alterações e a disponibilização dos textos será sempre tão reduzido quanto possível. Onde estão disponíveis as atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO? Pode encontrá-las em www.portoeditora.pt/direito, na área específica de “Atualizações”. Como posso fazer download das atualizações dos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO? Basta aceder à página e área indicadas acima, selecionar um título e os respetivos ficheiros. O serviço é completamente gratuito. Como se utiliza este documento? O documento foi preparado para poder ser impresso no formato do seu livro. Apresenta a página e o local da mesma onde as atualizações devem ser aplicadas, bem como a área por onde pode ser recortado depois de impresso, com vista a ficar com as mesmas dimensões e aspeto do livro que adquiriu. Como devo imprimir este documento, de modo a ficar no formato do meu livro? Deverá fazer a impressão sempre a 100%, ou seja, sem ajuste do texto à página. Caso o documento tenha mais do que uma página, lembramos que não deve proceder à impressão em frente e verso. Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação Atualização IV – Setembro de 2017 A Lei n.º 83/2017, de 18 de agosto, introduziu alterações ao Código Penal e revogou a Lei n.º 25/2008, de 5 de junho. A Lei n.º 88/2017, de 21 de agosto, procedeu à revogação da Lei n.º 25/2009, de 5 de junho. A Lei n.º 94/2017, de 23 de agosto, introduziu alterações ao Código Penal, à Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro e ao Código de Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade. De modo a garantir a atualidade da obra Penal e Processo Penal, são indicados neste documento os textos que sofreram alterações e a sua redação atual. 06705.04

Upload: trinhanh

Post on 20-Jan-2019

250 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

1

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P

COLEÇÃO LEGISLAÇÃO – Atualizações Online

Porquê as atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO?No panorama legislativo nacional é frequente a publicação de novos diplomas legais que, regularmente, alteram outros diplomas, os quais estão muitas vezes incluídos nas compilações da Coleção Legislação. Ao disponibilizar as atualizações, a Porto Editora pretende que o livro que adquiriu se mantenha atualizado de acordo com as alterações legislativas que vão sendo publicadas, fazendo-o de uma forma rápida e prática.

Qual a frequência das atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO?Serão disponibilizadas atualizações para cada livro até à preparação de uma nova edição do mesmo, sem-pre que detetada uma alteração legal. O prazo que medeia entre as referidas alterações e a disponibilização dos textos será sempre tão reduzido quanto possível.

Onde estão disponíveis as atualizações aos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO?Pode encontrá-las em www.portoeditora.pt/direito, na área específica de “Atualizações”.

Como posso fazer download das atualizações dos livros da COLEÇÃO LEGISLAÇÃO?Basta aceder à página e área indicadas acima, selecionar um título e os respetivos ficheiros. O serviço é completamente gratuito.

Como se utiliza este documento?O documento foi preparado para poder ser impresso no formato do seu livro. Apresenta a página e o local da mesma onde as atualizações devem ser aplicadas, bem como a área por onde pode ser recortado depois de impresso, com vista a ficar com as mesmas dimensões e aspeto do livro que adquiriu.

Como devo imprimir este documento, de modo a ficar no formato do meu livro?Deverá fazer a impressão sempre a 100%, ou seja, sem ajuste do texto à página. Caso o documento tenha mais do que uma página, lembramos que não deve proceder à impressão em frente e verso.

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. LegislaçãoAtualização IV – Setembro de 2017

A Lei n.º 83/2017, de 18 de agosto, introduziu alterações ao Código Penal e revogou a Lei n.º 25/2008, de 5 de junho.A Lei n.º 88/2017, de 21 de agosto, procedeu à revogação da Lei n.º 25/2009, de 5 de junho.A Lei n.º 94/2017, de 23 de agosto, introduziu alterações ao Código Penal, à Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro e ao Código de Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade.De modo a garantir a atualidade da obra Penal e Processo Penal, são indicados neste documento os textos que sofreram alterações e a sua redação atual.

06705.04

Page 2: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

2

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

Código Penal

Pág. 43

Na Secção I, onde se lê:Secção I Penas de prisão e de multadeve ler-se o texto seguinte:

43Código Penal

CAPÍTULO II Penas

SECÇÃO I Penas de prisão, de multa e de proibição do

exercício de profissão, função ou atividade[Redação da epígrafe introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Duração e contagem dos prazos da pena de prisão 1 – A pena de prisão tem, em regra, a duração mínima de 1 mês e a dura-

ção máxima de 20 anos.2 – O limite máximo da pena de prisão é de 25 anos nos casos previstos

na lei.3 – Em caso algum pode ser excedido o limite máximo referido no número

anterior.4 – A contagem dos prazos da pena de prisão é feita segundo os critérios

estabelecidos na lei processual penal e, na sua falta, na lei civil. [Redação da Lei

n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

Execução da pena de prisão1 – A execução da pena de prisão, servindo a defesa da sociedade e preve-

nindo a prática de crimes, deve orientar-se no sentido da reintegração social do recluso, preparando-o para conduzir a sua vida de modo socialmente res-ponsável, sem cometer crimes.

2 – A execução da pena de prisão é regulada em legislação própria, na qual são fixados os deveres e os direitos dos reclusos.

[Art. correspondente ao art. 43.º, de acordo com a Lei n.º 59/2007, de 04-09.]

Regime de permanência na habitação 1 – Sempre que o tribunal concluir que por este meio se realizam de forma

adequada e suficiente as finalidades da execução da pena de prisão e o con-denado nisso consentir, são executadas em regime de permanência na habita-ção, com fiscalização por meios técnicos de controlo à distância:

a) A pena de prisão efetiva não superior a dois anos;b) A pena de prisão efetiva não superior a dois anos resultante do des-

conto previsto nos artigos 80.º a 82.º;c) A pena de prisão não superior a dois anos, em caso de revogação

de pena não privativa da liberdade ou de não pagamento da multa previsto no n.º 2 do artigo 45.º.

2 – O regime de permanência na habitação consiste na obrigação de o con-denado permanecer na habitação, com fiscalização por meios técnicos de con-trolo à distância, pelo tempo de duração da pena de prisão, sem prejuízo das ausências autorizadas.

3 – O tribunal pode autorizar as ausências necessárias para a frequência de programas de ressocialização ou para atividade profissional, formação pro-fissional ou estudos do condenado.

4 – O tribunal pode subordinar o regime de permanência na habitação ao cumprimento de regras de conduta, suscetíveis de fiscalização pelos serviços de reinserção social e destinadas a promover a reintegração do condenado na

ARTIGO 41.º

ARTIGO 42.º

ARTIGO 43.º

Págs. 43 e 44

Na epígrafe e no art. 43.º, onde se lê:Artigo 43.º Substituição da pena de prisão1 – A pena de prisão aplicada (…)(…)8 – (…) entrada em vigor: 2007-09-15.]deve ler-se o texto seguinte:

43Código Penal

Regime de permanência na habitação 1 – Sempre que o tribunal concluir que por este meio se realizam de forma

adequada e suficiente as finalidades da execução da pena de prisão e o con-denado nisso consentir, são executadas em regime de permanência na habita-ção, com fiscalização por meios técnicos de controlo à distância:

a) A pena de prisão efetiva não superior a dois anos;b) A pena de prisão efetiva não superior a dois anos resultante do des-

conto previsto nos artigos 80.º a 82.º;c) A pena de prisão não superior a dois anos, em caso de revogação

de pena não privativa da liberdade ou de não pagamento da multa previsto no n.º 2 do artigo 45.º.

2 – O regime de permanência na habitação consiste na obrigação de o con-denado permanecer na habitação, com fiscalização por meios técnicos de con-trolo à distância, pelo tempo de duração da pena de prisão, sem prejuízo das ausências autorizadas.

3 – O tribunal pode autorizar as ausências necessárias para a frequência de programas de ressocialização ou para atividade profissional, formação pro-fissional ou estudos do condenado.

4 – O tribunal pode subordinar o regime de permanência na habitação ao cumprimento de regras de conduta, suscetíveis de fiscalização pelos serviços de reinserção social e destinadas a promover a reintegração do condenado na sociedade, desde que representem obrigações cujo cumprimento seja razoa-velmente de exigir, nomeadamente:

a) Frequentar certos programas ou atividades;b) Cumprir determinadas obrigações;c) Sujeitar-se a tratamento médico ou a cura em instituição adequada,

obtido o consentimento prévio do condenado;d) Não exercer determinadas profissões;e) Não contactar, receber ou alojar determinadas pessoas;f) Não ter em seu poder objetos especialmente aptos à prática de cri-

mes.5 – Não se aplica a liberdade condicional quando a pena de prisão seja

executada em regime de permanência na habitação.[Redação do art. introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Modificação das condições e revogação do regime de permanência na habitação 1 – As autorizações de ausência e as regras de conduta podem ser modi-

ficadas até ao termo da pena sempre que ocorrerem circunstâncias relevan-tes supervenientes ou de que o tribunal só posteriormente tiver tido conheci-mento.

2 – O tribunal revoga o regime de permanência na habitação se o conde-nado:

a) Infringir grosseira ou repetidamente as regras de conduta, o dis-posto no plano de reinserção social ou os deveres decorrentes do regime de execução da pena de prisão;

b) Cometer crime pelo qual venha a ser condenado e revelar que as finalidades que estavam na base do regime de permanência na ha-bitação não puderam, por meio dele, ser alcançadas;

c) For sujeito a medida de coação de prisão preventiva.

ARTIGO 43.º

ARTIGO 44.º

Page 3: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

3

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

Págs. 44-45

Na epígrafe e no art. 44.º, onde se lê:Artigo 44.º Regime de permanência na habitação1 – Se o condenado consentir, (…)(…)4 – (…) entrada em vigor: 2007-09-15.]deve ler-se o texto seguinte:

44 PARTE I – Código Penal e Legislação Conexa

Modificação das condições e revogação do regime de permanência na habitação 1 – As autorizações de ausência e as regras de conduta podem ser modi-

ficadas até ao termo da pena sempre que ocorrerem circunstâncias relevan-tes supervenientes ou de que o tribunal só posteriormente tiver tido conheci-mento.

2 – O tribunal revoga o regime de permanência na habitação se o conde-nado:

a) Infringir grosseira ou repetidamente as regras de conduta, o dis-posto no plano de reinserção social ou os deveres decorrentes do regime de execução da pena de prisão;

b) Cometer crime pelo qual venha a ser condenado e revelar que as finalidades que estavam na base do regime de permanência na ha-bitação não puderam, por meio dele, ser alcançadas;

c) For sujeito a medida de coação de prisão preventiva.3 – A revogação determina a execução da pena de prisão ainda não cum-

prida em estabelecimento prisional.4 – Relativamente ao tempo de pena que venha a ser cumprido em estabe-

lecimento prisional pode ter lugar a concessão de liberdade condicional.[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Substituição da prisão por multa 1 – A pena de prisão aplicada em medida não superior a um ano é substi-

tuída por pena de multa ou por outra pena não privativa da liberdade aplicável, exceto se a execução da prisão for exigida pela necessidade de prevenir o co-metimento de futuros crimes. É correspondentemente aplicável o disposto no artigo 47.º.

2 – Se a multa não for paga, o condenado cumpre a pena de prisão apli-cada na sentença. É correspondentemente aplicável o disposto no n.º  3  do artigo 49.º.

3 – [Revogado pelo art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

4 – [Revogado pelo art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Proibição do exercício de profissão, função ou atividade 1 – A pena de prisão aplicada em medida não superior a três anos é subs-

tituída por pena de proibição, por um período de dois a cinco anos, do exercício de profissão, função ou atividade, públicas ou privadas, quando o crime tenha sido cometido pelo arguido no respetivo exercício, sempre que o tribunal con-cluir que por este meio se realizam de forma adequada e suficiente as finali-dades da punição.

2 – No caso previsto no número anterior é aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto nos n.os 3 a 5 do artigo 66.º e no artigo 68.º.

3 – O tribunal revoga a pena de proibição do exercício de profissão, função ou atividade e ordena o cumprimento da pena de prisão determinada na sen-tença se o agente, após a condenação:

a) Violar a proibição;b) Cometer crime pelo qual venha a ser condenado e revelar que as

ARTIGO 44.º

ARTIGO 45.º

ARTIGO 46.º

Pág. 45

Na epígrafe e no art. 45.º, onde se lê:Artigo 45.º Prisão por dias livres1 – A pena de prisão aplicada (…) (…)4 – (…) estabelecida para cada período.deve ler-se o texto seguinte:

45Código Penal

Substituição da prisão por multa 1 – A pena de prisão aplicada em medida não superior a um ano é substi-

tuída por pena de multa ou por outra pena não privativa da liberdade aplicável, exceto se a execução da prisão for exigida pela necessidade de prevenir o co-metimento de futuros crimes. É correspondentemente aplicável o disposto no artigo 47.º.

2 – Se a multa não for paga, o condenado cumpre a pena de prisão apli-cada na sentença. É correspondentemente aplicável o disposto no n.º  3  do artigo 49.º.

3 – [Revogado pelo art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

4 – [Revogado pelo art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Proibição do exercício de profissão, função ou atividade 1 – A pena de prisão aplicada em medida não superior a três anos é subs-

tituída por pena de proibição, por um período de dois a cinco anos, do exercício de profissão, função ou atividade, públicas ou privadas, quando o crime tenha sido cometido pelo arguido no respetivo exercício, sempre que o tribunal con-cluir que por este meio se realizam de forma adequada e suficiente as finali-dades da punição.

2 – No caso previsto no número anterior é aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto nos n.os 3 a 5 do artigo 66.º e no artigo 68.º.

3 – O tribunal revoga a pena de proibição do exercício de profissão, função ou atividade e ordena o cumprimento da pena de prisão determinada na sen-tença se o agente, após a condenação:

a) Violar a proibição;b) Cometer crime pelo qual venha a ser condenado e revelar que as

finalidades da pena de proibição do exercício de profissão, função ou atividade não puderam por meio dela ser alcançadas.

4 – É correspondentemente aplicável o disposto no artigo 57.º. 5 – Se, nos casos do n.º 3, o condenado tiver de cumprir pena de prisão,

mas houver já cumprido tempo de proibição do exercício de profissão, função ou atividade, o tribunal desconta no tempo de prisão a cumprir o tempo de proibição já cumprido.

6 – Para o efeito do disposto no artigo anterior, cada dia de prisão equivale ao número de dias de proibição do exercício de profissão, função ou atividade, que lhe corresponder proporcionalmente nos termos da sentença, proce-dendo-se, sempre que necessário, ao arredondamento por defeito do número de dias por cumprir.

[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Pena de multa1 – A pena de multa é fixada em dias, de acordo com os critérios estabele-

cidos no n.º 1 do artigo 71.º, sendo, em regra, o limite mínimo de 10 dias e o máximo de 360.

2 – Cada dia de multa corresponde a uma quantia entre € 5 e € 500, que o

ARTIGO 45.º

ARTIGO 46.º

ARTIGO 47.º

Page 4: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

4

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

Na epígrafe e no art. 46.º, onde se lê:Artigo 46.º Regime de semidetenção1 – A pena de prisão aplicada (…) 2 – (…) cumprimento das suas obrigações.deve ler-se o texto seguinte:

45Código Penal

Substituição da prisão por multa 1 – A pena de prisão aplicada em medida não superior a um ano é substi-

tuída por pena de multa ou por outra pena não privativa da liberdade aplicável, exceto se a execução da prisão for exigida pela necessidade de prevenir o co-metimento de futuros crimes. É correspondentemente aplicável o disposto no artigo 47.º.

2 – Se a multa não for paga, o condenado cumpre a pena de prisão apli-cada na sentença. É correspondentemente aplicável o disposto no n.º  3  do artigo 49.º.

3 – [Revogado pelo art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

4 – [Revogado pelo art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Proibição do exercício de profissão, função ou atividade 1 – A pena de prisão aplicada em medida não superior a três anos é subs-

tituída por pena de proibição, por um período de dois a cinco anos, do exercício de profissão, função ou atividade, públicas ou privadas, quando o crime tenha sido cometido pelo arguido no respetivo exercício, sempre que o tribunal con-cluir que por este meio se realizam de forma adequada e suficiente as finali-dades da punição.

2 – No caso previsto no número anterior é aplicável, com as necessárias adaptações, o disposto nos n.os 3 a 5 do artigo 66.º e no artigo 68.º.

3 – O tribunal revoga a pena de proibição do exercício de profissão, função ou atividade e ordena o cumprimento da pena de prisão determinada na sen-tença se o agente, após a condenação:

a) Violar a proibição;b) Cometer crime pelo qual venha a ser condenado e revelar que as

finalidades da pena de proibição do exercício de profissão, função ou atividade não puderam por meio dela ser alcançadas.

4 – É correspondentemente aplicável o disposto no artigo 57.º. 5 – Se, nos casos do n.º 3, o condenado tiver de cumprir pena de prisão,

mas houver já cumprido tempo de proibição do exercício de profissão, função ou atividade, o tribunal desconta no tempo de prisão a cumprir o tempo de proibição já cumprido.

6 – Para o efeito do disposto no artigo anterior, cada dia de prisão equivale ao número de dias de proibição do exercício de profissão, função ou atividade, que lhe corresponder proporcionalmente nos termos da sentença, proce-dendo-se, sempre que necessário, ao arredondamento por defeito do número de dias por cumprir.

[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Pena de multa1 – A pena de multa é fixada em dias, de acordo com os critérios estabele-

cidos no n.º 1 do artigo 71.º, sendo, em regra, o limite mínimo de 10 dias e o máximo de 360.

2 – Cada dia de multa corresponde a uma quantia entre € 5 e € 500, que o

ARTIGO 45.º

ARTIGO 46.º

ARTIGO 47.º

Pág. 47

No n.º 5 do art. 50.º, onde se lê:5 – O período de suspensão (…) entrada em vigor: 2007-09-15.]deve ler-se o texto seguinte:

47Código Penal

SECÇÃO II Suspensão da execução da pena de prisão

Pressupostos e duração1 – O tribunal suspende a execução da pena de prisão aplicada em medida

não superior a cinco anos se, atendendo à personalidade do agente, às con-dições da sua vida, à sua conduta anterior e posterior ao crime e às circuns-tâncias deste, concluir que a simples censura do facto e a ameaça da prisão realizam de forma adequada e suficiente as finalidades da punição. [Redação da

Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

2 – O tribunal, se o julgar conveniente e adequado à realização das finali-dades da punição, subordina a suspensão da execução da pena de prisão, nos termos dos artigos seguintes, ao cumprimento de deveres ou à observância de regras de conduta, ou determina que a suspensão seja acompanhada de regime de prova.

3 – Os deveres e as regras de conduta podem ser impostos cumulativa-mente. [Redação da Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

4 – A decisão condenatória especifica sempre os fundamentos da suspen-são e das suas condições.

5 – O período de suspensão é fixado entre um e cinco anos. [Redação da Lei

n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Deveres1 – A suspensão da execução da pena de prisão pode ser subordinada ao

cumprimento de deveres impostos ao condenado e destinados a reparar o mal do crime, nomeadamente:

a) Pagar dentro de certo prazo, no todo ou na parte que o tribunal con-siderar possível, a indemnização devida ao lesado, ou garantir o seu pagamento por meio de caução idónea;

b) Dar ao lesado satisfação moral adequada;c) Entregar a instituições, públicas ou privadas, de solidariedade so-

cial ou ao Estado, uma contribuição monetária ou prestação de valor equivalente. [Redação da Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

2 – Os deveres impostos não podem em caso algum representar para o condenado obrigações cujo cumprimento não seja razoavelmente de lhe exi-gir.

3 – Os deveres impostos podem ser modificados até ao termo do período de suspensão sempre que ocorrerem circunstâncias relevantes supervenien-tes ou de que o tribunal só posteriormente tiver tido conhecimento.

4 – O tribunal pode determinar que os serviços de reinserção social apoiem e fiscalizem o condenado no cumprimento dos deveres impostos. [Redação da Lei

n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

Regras de conduta1 – O tribunal pode impor ao condenado o cumprimento, pelo tempo de

duração da suspensão, de regras de conduta de conteúdo positivo, suscetíveis de fiscalização e destinadas a promover a sua reintegração na sociedade, no-meadamente:

a) Residir em determinado lugar;

ARTIGO 50.º

ARTIGO 51.º

ARTIGO 52.º

Pág. 48

No n.º 3 do art. 53.º, onde se lê:3 – O regime de prova (…) superior a três anos.deve ler-se o texto seguinte:

48 PARTE I – Código Penal e Legislação Conexa

b) Frequentar certos programas ou atividades; c) Cumprir determinadas obrigações.

2 – O tribunal pode, complementarmente, impor ao condenado o cumpri-mento de outras regras de conduta, designadamente:

a) Não exercer determinadas profissões; b) Não frequentar certos meios ou lugares; c) Não residir em certos lugares ou regiões; d) Não acompanhar, alojar ou receber determinadas pessoas;e) Não frequentar certas associações ou não participar em determi-

nadas reuniões; f) Não ter em seu poder objetos capazes de facilitar a prática de cri-

mes. 3 – O tribunal pode ainda, obtido o consentimento prévio do condenado,

determinar a sua sujeição a tratamento médico ou a cura em instituição ade-quada.

4 – É correspondentemente aplicável o disposto nos n.os 2, 3 e 4 do artigo anterior.

[Redação do art. introduzida pela Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

Suspensão com regime de prova1 – O tribunal pode determinar que a suspensão seja acompanhada de re-

gime de prova, se o considerar conveniente e adequado a promover a reinte-gração do condenado na sociedade.

2 – O regime de prova assenta num plano de reinserção social, executado com vigilância e apoio, durante o tempo de duração da suspensão, dos servi-ços de reinserção social.

3 – O regime de prova é ordenado sempre que o condenado não tiver ainda completado, ao tempo do crime, 21  anos de idade. [Redação da Lei n.º  94/2017, de

23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

4 – O regime de prova é também sempre ordenado quando o agente seja condenado pela prática de crime previsto nos artigos 163.º a 176.º-A, cuja ví-tima seja menor. [Redação da Lei n.º 103/2015, de 24-08; entrada em vigor: 2015-09-24.]

[Redação do art. introduzida pela Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

Plano de reinserção social1 – O plano de reinserção social contém os objetivos de ressocialização a

atingir pelo condenado, as atividades que este deve desenvolver, o respetivo faseamento e as medidas de apoio e vigilância a adotar pelos serviços de re-inserção social.

2 – O plano de reinserção social é dado a conhecer ao condenado, obtendo--se, sempre que possível, o seu acordo prévio.

3 – O tribunal pode impor os deveres e regras de conduta referidos nos artigos 51.º e 52.º e ainda outras obrigações que interessem ao plano de rea-daptação e ao aperfeiçoamento do sentimento de responsabilidade social do condenado, nomeadamente:

a) Responder a convocatórias do magistrado responsável pela execu-ção e do técnico de reinserção social;

b) Receber visitas do técnico de reinserção social e comunicar-lhe ou

ARTIGO 53.º

ARTIGO 54.º

Page 5: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

5

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

Págs. 49-50

No n.º 1 do art. 58.º, onde se lê:1 – Se ao agente dever (…) entrada em vigor: 2007-09-18.]deve ler-se o texto seguinte:

49Código Penal

SECÇÃO III Prestação de trabalho a favor da comunidade e admoestação

Prestação de trabalho a favor da comunidade1 – Se ao agente dever ser aplicada pena de prisão não superior a dois

anos, o tribunal substitui-a por prestação de trabalho a favor da comunidade sempre que concluir, nomeadamente em razão da idade do condenado, que se realizam, por este meio, de forma adequada e suficiente, as finalidades da punição. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

2 – A prestação de trabalho a favor da comunidade consiste na prestação de serviços gratuitos ao Estado, a outras pessoas coletivas de direito público ou a entidades privadas cujos fins o tribunal considere de interesse para a comunidade.

3 – Para efeitos do disposto no n.º 1, cada dia de prisão fixado na sentença é substituído por uma hora de trabalho, no máximo de 480 horas. [Redação da Lei

n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

4 – O trabalho a favor da comunidade pode ser prestado aos sábados, do-mingos e feriados, bem como nos dias úteis, mas neste caso os períodos de trabalho não podem prejudicar a jornada normal de trabalho, nem exceder, por dia, o permitido segundo o regime de horas extraordinárias aplicável. [Re-

dação da Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

5 – A pena de prestação de trabalho a favor da comunidade só pode ser aplicada com aceitação do condenado.

6 – O tribunal pode ainda aplicar ao condenado as regras de conduta pre-vistas nos n.os 1 a 3 do artigo 52.º, sempre que o considerar adequado a pro-mover a respetiva reintegração na sociedade. [Redação da Lei n.º  59/2007, de 04-09;

entrada em vigor: 2007-09-15.]

Suspensão provisória, revogação, extinção e substituição1 – A prestação de trabalho a favor da comunidade pode ser provisoria-

mente suspensa por motivo grave de ordem médica, familiar, profissional, so-cial ou outra, não podendo, no entanto, o tempo de execução da pena ultrapas-sar 30 meses. [Redação da Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

2 – O tribunal revoga a pena de prestação de trabalho a favor da comuni-dade e ordena o cumprimento da pena de prisão determinada na sentença se o agente, após a condenação:

a) Se colocar intencionalmente em condições de não poder trabalhar;b) Se recusar, sem justa causa, a prestar trabalho, ou infringir gros-

seiramente os deveres decorrentes da pena a que foi condenado; ou

c) Cometer crime pelo qual venha a ser condenado, e revelar que as finalidades da pena de prestação de trabalho a favor da comuni-dade não puderam, por meio dela, ser alcançadas.

3 – É correspondentemente aplicável o disposto no artigo 57.º.4 – Se, nos casos previstos no n.º 2, o condenado tiver de cumprir pena

de prisão, mas houver já prestado trabalho a favor da comunidade, o tribunal desconta no tempo de prisão a cumprir os dias de trabalho já prestados, de acordo com o n.º 3 do artigo anterior. [Redação da Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em

vigor: 2007-09-15.]

ARTIGO 58.º

ARTIGO 59.º

PEN

PRO

CPE

NAL

-4

Pág. 51

Na alínea a) do n.º 6 do art. 59.º, onde se lê:a) Substitui a pena de prisão (…) n.º 2 do artigo 43.º; oudeve ler-se o texto seguinte:

51Código Penal

Suspensão provisória, revogação, extinção e substituição1 – A prestação de trabalho a favor da comunidade pode ser provisoria-

mente suspensa por motivo grave de ordem médica, familiar, profissional, so-cial ou outra, não podendo, no entanto, o tempo de execução da pena ultrapas-sar 30 meses. [Redação da Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

2 – O tribunal revoga a pena de prestação de trabalho a favor da comuni-dade e ordena o cumprimento da pena de prisão determinada na sentença se o agente, após a condenação:

a) Se colocar intencionalmente em condições de não poder trabalhar;b) Se recusar, sem justa causa, a prestar trabalho, ou infringir gros-

seiramente os deveres decorrentes da pena a que foi condenado; ou

c) Cometer crime pelo qual venha a ser condenado, e revelar que as finalidades da pena de prestação de trabalho a favor da comuni-dade não puderam, por meio dela, ser alcançadas.

3 – É correspondentemente aplicável o disposto no artigo 57.º.4 – Se, nos casos previstos no n.º 2, o condenado tiver de cumprir pena

de prisão, mas houver já prestado trabalho a favor da comunidade, o tribunal desconta no tempo de prisão a cumprir os dias de trabalho já prestados, de acordo com o n.º 3 do artigo anterior. [Redação da Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em

vigor: 2007-09-15.]

5 – Se a prestação de trabalho a favor da comunidade for considerada sa-tisfatória, pode o tribunal declarar extinta a pena não inferior a setenta e duas horas, uma vez cumpridos dois terços da pena.

6 – Se o agente não puder prestar o trabalho a que foi condenado por causa que lhe não seja imputável, o tribunal, conforme o que se revelar mais ade-quado à realização das finalidades da punição: [Redação da Lei n.º 59/2007, de 04-09;

entrada em vigor: 2007-09-15.]

a) Substitui a pena de prisão fixada na sentença por multa até 240 dias, aplicando-se correspondentemente o disposto no n.º 2 do artigo 45.º; ou [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

b) Suspende a execução da pena de prisão determinada na sentença, por um período que fixa entre um e três anos, subordinando-a, nos termos dos artigos 51.º e 52.º, ao cumprimento de deveres ou re-gras de conduta adequados.

Admoestação1 – Se ao agente dever ser aplicada pena de multa em medida não supe-

rior a 240 dias, pode o tribunal limitar-se a proferir uma admoestação. [Redação

da Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

2 – A admoestação só tem lugar se o dano tiver sido reparado e o tribunal concluir que, por aquele meio, se realizam de forma adequada e suficiente as finalidades da punição.

3 – Em regra, a admoestação não é aplicada se o agente, nos 3 anos ante-riores ao facto, tiver sido condenado em qualquer pena, incluída a de admoes-tação.

4 – A admoestação consiste numa solene censura oral feita ao agente, em audiência, pelo tribunal.

ARTIGO 59.º

ARTIGO 60.º

Pág. 56

No n.º 2 do art. 73.º, onde se lê:2 – A pena especialmente atenuada (…) nos termos gerais.deve ler-se o texto seguinte:

56 PARTE I – Código Penal e Legislação Conexa

3 – Só pode ser tomada em conta uma única vez a circunstância que, por si mesma ou conjuntamente com outras circunstâncias, der lugar simultanea-mente a uma atenuação especialmente prevista na lei e à prevista neste ar-tigo.

Termos da atenuação especial1 – Sempre que houver lugar à atenuação especial da pena, observa-se o

seguinte relativamente aos limites da pena aplicável:a) O limite máximo da pena de prisão é reduzido de um terço;b) O limite mínimo da pena de prisão é reduzido a um quinto se for

igual ou superior a 3 anos e ao mínimo legal se for inferior;c) O limite máximo da pena de multa é reduzido de um terço e o limite

mínimo reduzido ao mínimo legal;d) Se o limite máximo da pena de prisão não for superior a 3  anos

pode a mesma ser substituída por multa, dentro dos limites gerais.2 – A pena especialmente atenuada que tiver sido em concreto fixada é

passível de substituição, nos termos gerais. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; en-

trada em vigor: 2017-11-21.]

Dispensa de pena1 – Quando o crime for punível com pena de prisão não superior a 6 meses,

ou só com multa não superior a 120 dias, pode o tribunal declarar o réu cul-pado mas não aplicar qualquer pena se:

a) A ilicitude do facto e a culpa do agente forem diminutas;b) O dano tiver sido reparado; e c) À dispensa de pena se não opuserem razões de prevenção.

2 – Se o juiz tiver razões para crer que a reparação do dano está em vias de se verificar, pode adiar a sentença para reapreciação do caso dentro de 1 ano, em dia que logo marcará.

3 – Quando uma outra norma admitir, com carácter facultativo, a dispensa de pena, esta só tem lugar se no caso se verificarem os requisitos contidos nas alíneas do n.º 1.

SECÇÃO II Reincidência

Pressupostos1 – É punido como reincidente quem, por si só ou sob qualquer forma de

comparticipação, cometer um crime doloso que deva ser punido com prisão efetiva superior a 6 meses, depois de ter sido condenado por sentença transi-tada em julgado em pena de prisão efetiva superior a 6 meses por outro crime doloso, se, de acordo com as circunstâncias do caso, o agente for de censurar por a condenação ou as condenações anteriores não lhe terem servido de su-ficiente advertência contra o crime.

2 – O crime anterior por que o agente tenha sido condenado não releva para a reincidência se entre a sua prática e a do crime seguinte tiverem de-corrido mais de 5 anos; neste prazo não é computado o tempo durante o qual o agente tenha cumprido medida processual, pena ou medida de segurança, privativas da liberdade.

ARTIGO 73.º

ARTIGO 74.º

ARTIGO 75.º

Pág. 112

Na epígrafe do art. 240.º, onde se lê:Artigo 240.º Discriminação racial, religiosa ou sexualdeve ler-se o texto seguinte:

112 PARTE I – Código Penal e Legislação Conexa

TÍTULO III Dos crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal

Discriminação e incitamento ao ódio e à violência 1 – Quem:

a) Fundar ou constituir organização ou desenvolver atividades de pro-paganda organizada que incitem à discriminação, ao ódio ou à vio-lência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orien-tação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica, ou que a encorajem; ou [Redação introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; en-

trada em vigor: 2017-11-22.]

b) Participar na organização ou nas atividades referidas na alínea an-terior ou lhes prestar assistência, incluindo o seu financiamento;

é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.2 – Quem, publicamente, por qualquer meio destinado a divulgação, no-

meadamente através da apologia, negação ou banalização grosseira de cri-mes de genocídio, guerra ou contra a paz e a humanidade:

a) Provocar atos de violência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, re-ligião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica;

b) Difamar ou injuriar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psí-quica;

c) Ameaçar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica; ou

d) Incitar à violência ou ao ódio contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, re-ligião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica;

é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos.[Redação do n.º introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

[Redação da epígrafe introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

[Revogado pelo art. 3.º da Lei n.º 31/2004, de 22-07.]

[Revogado pelo art. 3.º da Lei n.º 31/2004, de 22-07.]

Tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos1 – Quem, tendo por função a prevenção, perseguição, investigação ou co-

nhecimento de infrações criminais, contraordenacionais ou disciplinares, a execução de sanções da mesma natureza ou a proteção, guarda ou vigilância de pessoa detida ou presa, a torturar ou tratar de forma cruel, degradante ou desumana para:

ARTIGO 240.º

ARTIGO 241.º

ARTIGO 242.º

ARTIGO 243.º

Na alínea a) do n.º 1 do art. 240.º, onde se lê:a) Fundar ou constituir organização (…) entrada em vigor: 2013-03-24.]deve ler-se o texto seguinte:

112 PARTE I – Código Penal e Legislação Conexa

TÍTULO III Dos crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal

Discriminação e incitamento ao ódio e à violência 1 – Quem:

a) Fundar ou constituir organização ou desenvolver atividades de pro-paganda organizada que incitem à discriminação, ao ódio ou à vio-lência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orien-tação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica, ou que a encorajem; ou [Redação introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; en-

trada em vigor: 2017-11-22.]

b) Participar na organização ou nas atividades referidas na alínea an-terior ou lhes prestar assistência, incluindo o seu financiamento;

é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.2 – Quem, publicamente, por qualquer meio destinado a divulgação, no-

meadamente através da apologia, negação ou banalização grosseira de cri-mes de genocídio, guerra ou contra a paz e a humanidade:

a) Provocar atos de violência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, re-ligião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica;

b) Difamar ou injuriar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psí-quica;

c) Ameaçar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica; ou

d) Incitar à violência ou ao ódio contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, re-ligião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica;

é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos.[Redação do n.º introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

[Redação da epígrafe introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

[Revogado pelo art. 3.º da Lei n.º 31/2004, de 22-07.]

[Revogado pelo art. 3.º da Lei n.º 31/2004, de 22-07.]

Tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos1 – Quem, tendo por função a prevenção, perseguição, investigação ou co-

nhecimento de infrações criminais, contraordenacionais ou disciplinares, a execução de sanções da mesma natureza ou a proteção, guarda ou vigilância de pessoa detida ou presa, a torturar ou tratar de forma cruel, degradante ou desumana para:

ARTIGO 240.º

ARTIGO 241.º

ARTIGO 242.º

ARTIGO 243.º

Page 6: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

6

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

No n.º 2 do art. 240.º, onde se lê:2 – Quem, em reunião pública (…)a) (…)(…)c) (…)(…) seis meses a cinco anos.(…) entrada em vigor: 2007-09-15.]deve ler-se o texto seguinte:

112 PARTE I – Código Penal e Legislação Conexa

TÍTULO III Dos crimes contra a identidade cultural e integridade pessoal

Discriminação e incitamento ao ódio e à violência 1 – Quem:

a) Fundar ou constituir organização ou desenvolver atividades de pro-paganda organizada que incitem à discriminação, ao ódio ou à vio-lência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orien-tação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica, ou que a encorajem; ou [Redação introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; en-

trada em vigor: 2017-11-22.]

b) Participar na organização ou nas atividades referidas na alínea an-terior ou lhes prestar assistência, incluindo o seu financiamento;

é punido com pena de prisão de 1 a 8 anos.2 – Quem, publicamente, por qualquer meio destinado a divulgação, no-

meadamente através da apologia, negação ou banalização grosseira de cri-mes de genocídio, guerra ou contra a paz e a humanidade:

a) Provocar atos de violência contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, re-ligião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica;

b) Difamar ou injuriar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psí-quica;

c) Ameaçar pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, religião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica; ou

d) Incitar à violência ou ao ódio contra pessoa ou grupo de pessoas por causa da sua raça, cor, origem étnica ou nacional, ascendência, re-ligião, sexo, orientação sexual, identidade de género ou deficiência física ou psíquica;

é punido com pena de prisão de 6 meses a 5 anos.[Redação do n.º introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

[Redação da epígrafe introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

[Revogado pelo art. 3.º da Lei n.º 31/2004, de 22-07.]

[Revogado pelo art. 3.º da Lei n.º 31/2004, de 22-07.]

Tortura e outros tratamentos cruéis, degradantes ou desumanos1 – Quem, tendo por função a prevenção, perseguição, investigação ou co-

nhecimento de infrações criminais, contraordenacionais ou disciplinares, a execução de sanções da mesma natureza ou a proteção, guarda ou vigilância de pessoa detida ou presa, a torturar ou tratar de forma cruel, degradante ou desumana para:

ARTIGO 240.º

ARTIGO 241.º

ARTIGO 242.º

ARTIGO 243.º

Pág. 123

No n.º 9 do art. 274.º, onde se lê:9 – Quando qualquer dos crimes (…) ocorrência de fogos.deve ler-se o texto seguinte:

123Código Penal

8 – Não é abrangida pelo disposto nos n.os 1 a 5 a realização de trabalhos e outras operações que, segundo os conhecimentos e a experiência da técnica florestal, se mostrarem indicados e forem levados a cabo, de acordo com as regras aplicáveis, por pessoa qualificada ou devidamente autorizada, para combater incêndios, prevenir, debelar ou minorar a deterioração do patrimó-nio florestal ou garantir a sua defesa ou conservação.

9 – [Revogado pela alínea a) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  59/2007, de 04-09; entrada em vigor:

2007-09-15.]

Regime sancionatório 1 – A suspensão da execução da pena de prisão e a liberdade condicional

podem ser subordinadas à obrigação de permanência na habitação, com fis-calização por meios técnicos de controlo à distância, no período coincidente com os meses de maior risco de ocorrência de fogos.

2 – Quando qualquer dos crimes previstos no artigo anterior for cometido por inimputável, a medida de segurança prevista no artigo 91.º pode ser apli-cada sob a forma de internamento coincidente com os meses de maior risco de ocorrência de fogos.

3 – A suspensão da execução do internamento e a liberdade para prova podem ser subordinadas à obrigação de permanência na habitação, com fis-calização por meios técnicos de controlo à distância, no período coincidente com os meses de maior risco de ocorrência de fogos.

4 – Quem praticar crime doloso de incêndio florestal a que devesse apli-car-se concretamente prisão efetiva e tiver cometido anteriormente crime doloso de incêndio florestal a que tenha sido ou seja aplicada pena de prisão efetiva, é punido com uma pena relativamente indeterminada, sempre que a avaliação conjunta dos factos praticados e da personalidade do agente revelar uma acentuada inclinação para a prática deste crime, que persista no mo-mento da condenação.

5 – Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 a 3, à pena relativamente indeter-minada é correspondentemente aplicável o disposto no n.º 2 do artigo 86.º e no artigo 87.º.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Atos preparatórios Quem, para preparar a execução de um dos crimes previstos nos

artigos 272.º a 274.º, fabricar, dissimular, adquirir para si ou para outra pes-soa, entregar, detiver ou importar substância explosiva ou capaz de produzir explosão nuclear, radioativa ou própria para fabricação de gases tóxicos ou as-fixiantes, ou aparelhagem necessária para a execução de tais crimes, é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa. [Redação da Lei n.º 59/2007,

de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

Instrumentos de escuta telefónicaQuem importar, fabricar, guardar, comprar, vender, ceder ou adquirir a

qualquer título, transportar, distribuir ou detiver instrumento ou aparelhagem especificamente destinados à montagem de escuta telefónica, ou à violação de correspondência ou de telecomunicações, fora das condições legais ou em

ARTIGO 274.º-A

ARTIGO 275.º

ARTIGO 276.º

Page 7: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

7

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

É introduzido um novo art. 274.º-A, com o seguinte texto:

123Código Penal

8 – Não é abrangida pelo disposto nos n.os 1 a 5 a realização de trabalhos e outras operações que, segundo os conhecimentos e a experiência da técnica florestal, se mostrarem indicados e forem levados a cabo, de acordo com as regras aplicáveis, por pessoa qualificada ou devidamente autorizada, para combater incêndios, prevenir, debelar ou minorar a deterioração do patrimó-nio florestal ou garantir a sua defesa ou conservação.

9 – [Revogado pela alínea a) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  59/2007, de 04-09; entrada em vigor:

2007-09-15.]

Regime sancionatório 1 – A suspensão da execução da pena de prisão e a liberdade condicional

podem ser subordinadas à obrigação de permanência na habitação, com fis-calização por meios técnicos de controlo à distância, no período coincidente com os meses de maior risco de ocorrência de fogos.

2 – Quando qualquer dos crimes previstos no artigo anterior for cometido por inimputável, a medida de segurança prevista no artigo 91.º pode ser apli-cada sob a forma de internamento coincidente com os meses de maior risco de ocorrência de fogos.

3 – A suspensão da execução do internamento e a liberdade para prova podem ser subordinadas à obrigação de permanência na habitação, com fis-calização por meios técnicos de controlo à distância, no período coincidente com os meses de maior risco de ocorrência de fogos.

4 – Quem praticar crime doloso de incêndio florestal a que devesse apli-car-se concretamente prisão efetiva e tiver cometido anteriormente crime doloso de incêndio florestal a que tenha sido ou seja aplicada pena de prisão efetiva, é punido com uma pena relativamente indeterminada, sempre que a avaliação conjunta dos factos praticados e da personalidade do agente revelar uma acentuada inclinação para a prática deste crime, que persista no mo-mento da condenação.

5 – Sem prejuízo do disposto nos n.os 1 a 3, à pena relativamente indeter-minada é correspondentemente aplicável o disposto no n.º 2 do artigo 86.º e no artigo 87.º.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Atos preparatórios Quem, para preparar a execução de um dos crimes previstos nos

artigos 272.º a 274.º, fabricar, dissimular, adquirir para si ou para outra pes-soa, entregar, detiver ou importar substância explosiva ou capaz de produzir explosão nuclear, radioativa ou própria para fabricação de gases tóxicos ou as-fixiantes, ou aparelhagem necessária para a execução de tais crimes, é punido com pena de prisão até três anos ou com pena de multa. [Redação da Lei n.º 59/2007,

de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

Instrumentos de escuta telefónicaQuem importar, fabricar, guardar, comprar, vender, ceder ou adquirir a

qualquer título, transportar, distribuir ou detiver instrumento ou aparelhagem especificamente destinados à montagem de escuta telefónica, ou à violação de correspondência ou de telecomunicações, fora das condições legais ou em

ARTIGO 274.º-A

ARTIGO 275.º

ARTIGO 276.º

Pág. 148

No n.º 1 do art. 368.º-A, onde se lê:1 – Para efeitos do disposto (…) que com eles se obtenham.deve ler-se o texto seguinte:

148 PARTE I – Código Penal e Legislação Conexa

anteriores, não pode ser superior à prevista na lei para o facto cometido pela pessoa em benefício da qual se atuou.

4 – A tentativa é punível.5 – Não é punível:

a) O agente que, com o facto, procurar ao mesmo tempo evitar que contra si seja aplicada ou executada pena ou medida de segurança;

b) O cônjuge, os adotantes ou adotados, os parentes ou afins até ao 2.º grau ou a pessoa, de outro ou do mesmo sexo, que viva em si-tuação análoga à dos cônjuges com aquela em benefício da qual se atuou. [Redação da Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

Favorecimento pessoal praticado por funcionárioQuando o favorecimento previsto no artigo anterior for praticado por fun-

cionário que intervenha ou tenha competência para intervir no processo, ou por quem tenha competência para ordenar a execução de pena ou de medida de segurança, ou seja incumbido de a executar, o agente é punido com pena de prisão até 5 anos.

Branqueamento1 – Para efeitos do disposto nos números seguintes, consideram-se van-

tagens os bens provenientes da prática, sob qualquer forma de compartici-pação, dos factos ilícitos típicos de lenocínio, abuso sexual de crianças ou de menores dependentes, extorsão, tráfico de estupefacientes e substâncias psi-cotrópicas, tráfico de armas, tráfico de órgãos ou tecidos humanos, tráfico de espécies protegidas, fraude fiscal, tráfico de influência, corrupção e demais infrações referidas no n.º 1 do artigo 1.º da Lei n.º 36/94, de 29 de setembro, e no artigo 324.º do Código da Propriedade Industrial, e dos factos ilícitos típicos puníveis com pena de prisão de duração mínima superior a seis meses ou de duração máxima superior a cinco anos, assim como os bens que com eles se obtenham. [Redação da Lei n.º 83/2017, de 18-08; entrada em vigor: 2017-09-18.]

2 – Quem converter, transferir, auxiliar ou facilitar alguma operação de conversão ou transferência de vantagens, por si ou por terceiro, direta ou in-diretamente, com o fim de dissimular a sua origem ilícita, ou de evitar que o autor ou participante dessas infrações seja criminalmente perseguido ou submetido a uma reação criminal, é punido com pena de prisão de 2 a 12 anos.

3 – Na mesma pena incorre quem ocultar ou dissimular a verdadeira natu-reza, origem, localização, disposição, movimentação ou titularidade das van-tagens, ou os direitos a ela relativos.

4 – A punição pelos crimes previstos nos n.os 2 e 3 tem lugar ainda que se ignore o local da prática do facto ou a identidade dos seus autores, ou ainda que os factos que integram a infração subjacente tenham sido praticados fora do território nacional, salvo se se tratar de factos lícitos perante a lei do local onde foram praticados e aos quais não seja aplicável a lei portuguesa nos ter-mos do artigo 5.º. [Redação da Lei n.º 83/2017, de 18-08; entrada em vigor: 2017-09-18.]

5 – O facto é punível ainda que o procedimento criminal relativo aos factos ilícitos típicos de onde provêm as vantagens depender de queixa e esta não tiver sido apresentada. [Redação da Lei n.º 83/2017, de 18-08; entrada em vigor: 2017-09-18.]

6 – A pena prevista nos n.os 2 e 3 é agravada de um terço se o agente prati-car as condutas de forma habitual.

ARTIGO 368.º

ARTIGO 368.º-A

Page 8: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

8

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

Nos n.os 4 e 5 do art. 368.º-A, onde se lê:4 – A punição pelos crimes previstos (…)5 – (…) entrada em vigor: 2007-09-15.]deve ler-se o texto seguinte:

148 PARTE I – Código Penal e Legislação Conexa

anteriores, não pode ser superior à prevista na lei para o facto cometido pela pessoa em benefício da qual se atuou.

4 – A tentativa é punível.5 – Não é punível:

a) O agente que, com o facto, procurar ao mesmo tempo evitar que contra si seja aplicada ou executada pena ou medida de segurança;

b) O cônjuge, os adotantes ou adotados, os parentes ou afins até ao 2.º grau ou a pessoa, de outro ou do mesmo sexo, que viva em si-tuação análoga à dos cônjuges com aquela em benefício da qual se atuou. [Redação da Lei n.º 59/2007, de 04-09; entrada em vigor: 2007-09-15.]

Favorecimento pessoal praticado por funcionárioQuando o favorecimento previsto no artigo anterior for praticado por fun-

cionário que intervenha ou tenha competência para intervir no processo, ou por quem tenha competência para ordenar a execução de pena ou de medida de segurança, ou seja incumbido de a executar, o agente é punido com pena de prisão até 5 anos.

Branqueamento1 – Para efeitos do disposto nos números seguintes, consideram-se van-

tagens os bens provenientes da prática, sob qualquer forma de compartici-pação, dos factos ilícitos típicos de lenocínio, abuso sexual de crianças ou de menores dependentes, extorsão, tráfico de estupefacientes e substâncias psi-cotrópicas, tráfico de armas, tráfico de órgãos ou tecidos humanos, tráfico de espécies protegidas, fraude fiscal, tráfico de influência, corrupção e demais infrações referidas no n.º 1 do artigo 1.º da Lei n.º 36/94, de 29 de setembro, e no artigo 324.º do Código da Propriedade Industrial, e dos factos ilícitos típicos puníveis com pena de prisão de duração mínima superior a seis meses ou de duração máxima superior a cinco anos, assim como os bens que com eles se obtenham. [Redação da Lei n.º 83/2017, de 18-08; entrada em vigor: 2017-09-18.]

2 – Quem converter, transferir, auxiliar ou facilitar alguma operação de conversão ou transferência de vantagens, por si ou por terceiro, direta ou in-diretamente, com o fim de dissimular a sua origem ilícita, ou de evitar que o autor ou participante dessas infrações seja criminalmente perseguido ou submetido a uma reação criminal, é punido com pena de prisão de 2 a 12 anos.

3 – Na mesma pena incorre quem ocultar ou dissimular a verdadeira natu-reza, origem, localização, disposição, movimentação ou titularidade das van-tagens, ou os direitos a ela relativos.

4 – A punição pelos crimes previstos nos n.os 2 e 3 tem lugar ainda que se ignore o local da prática do facto ou a identidade dos seus autores, ou ainda que os factos que integram a infração subjacente tenham sido praticados fora do território nacional, salvo se se tratar de factos lícitos perante a lei do local onde foram praticados e aos quais não seja aplicável a lei portuguesa nos ter-mos do artigo 5.º. [Redação da Lei n.º 83/2017, de 18-08; entrada em vigor: 2017-09-18.]

5 – O facto é punível ainda que o procedimento criminal relativo aos factos ilícitos típicos de onde provêm as vantagens depender de queixa e esta não tiver sido apresentada. [Redação da Lei n.º 83/2017, de 18-08; entrada em vigor: 2017-09-18.]

6 – A pena prevista nos n.os 2 e 3 é agravada de um terço se o agente prati-car as condutas de forma habitual.

ARTIGO 368.º

ARTIGO 368.º-A

Lei n.º 25/2008, de 5 de junho

Págs. 265 a 295

A Lei n.º 83/2017, de 18 de agosto, que estabelece medidas de combate ao branqueamento de capitais e ao financia-mento do terrorismo, procedeu à revogação da Lei n.º 25/2008, de 5 de junho, com entrada em vigor a 2017-09-18.

Código de Processo Penal

Pág. 542

No Capítulo III do Título II do Livro X do Código de Processo Penal e no art. 487.º, onde se lê:CAPÍTULO III Da execução da prisão (…) na habitaçãoArtigo 487.º Conteúdo da decisão e início do cumprimento1 – A decisão que fixar (…)(…)4 – (…) vida profissional ou familiar.deve ler-se o texto seguinte:

542 PARTE II – Código de Processo Penal e Legislação Conexa

CAPÍTULO III Da execução da prisão por dias livres e em regime de semidetenção ou de permanência na habitação

[Revogado pela alínea b) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

Conteúdo da decisão e início do cumprimento[Revogado pela alínea b) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

Execução, faltas e termo do cumprimento[Revogado pela al. a) do n.° 2 do art. 8.º da Lei n.º 115/2009, de 12-10.]

TÍTULO III Da execução das penas não privativas de liberdade

CAPÍTULO I Da execução da pena de multa

Prazo de pagamento1 – A multa é paga após o trânsito em julgado da decisão que a impôs e

pelo quantitativo nesta fixado, não podendo ser acrescida de quaisquer adi-cionais.

2 – O prazo de pagamento é de 15 dias a contar da notificação para o efeito.3 – O disposto no número anterior não se aplica no caso de o pagamento

da multa ter sido diferido ou autorizado pelo sistema de prestações.

Substituição da multa por dias de trabalho1 – O requerimento para substituição da multa por dias de trabalho é apre-

sentado no prazo previsto nos n.os 2 e 3 do artigo anterior, devendo o conde-nado indicar as habilitações profissionais e literárias, a situação profissional e familiar e o tempo disponível, bem como, se possível, mencionar alguma instituição em que pretenda prestar trabalho.

2 – O tribunal pode solicitar informações complementares aos serviços de reinserção social, nomeadamente sobre o local e horário de trabalho e a re-muneração.

3 – A decisão de substituição indica o número de horas de trabalho e é comunicada ao condenado, aos serviços de reinserção social e à entidade a quem o trabalho deva ser prestado.

4 – Em caso de não substituição da multa por dias de trabalho, o prazo de pagamento é de 15 dias a contar da notificação da decisão.

Não pagamento da multa1 – Findo o prazo de pagamento da multa ou de alguma das suas presta-

ções sem que o pagamento esteja efetuado, procede-se à execução patrimo-nial.

2 – Tendo o condenado bens suficientes e desembaraçados de que o tri-bunal tenha conhecimento ou que ele indique no prazo de pagamento, o

ARTIGO 487.º

ARTIGO 488.º

ARTIGO 489.º

ARTIGO 490.º

ARTIGO 491.º

Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro

Pág. 589

Na alínea b) do art. 1.º, onde se lê:b) Da execução da pena de prisão (…) do Código Penal;deve ler-se o texto seguinte:

589Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro (Vigilância eletrónica)

LEI N.º 33/2010, DE 2 DE SETEMBRO1

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

CAPÍTULO I Parte geral

ÂmbitoA presente lei regula a utilização de meios técnicos de controlo à distância,

adiante designados por vigilância eletrónica, para fiscalização:a) Do cumprimento da medida de coação de obrigação de perma-

nência na habitação, prevista no artigo  201.º do Código de Pro-cesso Penal;

b) Da execução da pena de prisão em regime de permanência na habi-tação, prevista nos artigos 43.º e 44.º do Código Penal; [Redação da Lei

n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

c) Da execução da adaptação à liberdade condicional, prevista no arti go 62.º do Código Penal;

d) Da modificação da execução da pena de prisão, prevista no arti go 120.º do Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade;

e) Da aplicação das medidas e penas previstas no artigo 35.º da Lei n.º 112/2009, de 16 de setembro;

f) Da obrigação de permanência na habitação prevista nos n.os 1 e 3 do artigo 274.º-A do Código Penal. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada

em vigor: 2017-11-22.]

Sistemas tecnológicos1 – A vigilância eletrónica pode ser efetuada por:

a) Monitorização telemática posicional;b) Verificação de voz;c) Outros meios tecnológicos que venham a ser reconhecidos como

idóneos.2 – O reconhecimento de idoneidade e as características dos equipamen-

tos a utilizar na vigilância eletrónica são determinados por portaria do mem-bro do Governo responsável pela área da justiça.

Princípios orientadores da execução1 – A execução da vigilância eletrónica assegura o respeito pela dignidade

da pessoa humana e os direitos e interesses jurídicos não afetados pela deci-são que a aplicou.

2 – A vigilância eletrónica não acarreta qualquer encargo financeiro para o arguido ou condenado.

1 Regula a utilização de meios técnicos de controlo à distância (vigilância eletrónica) e revoga a Lei n.º 122/99, de 20-08, que regula a vigilância eletrónica prevista no art. 201.º do Código de Processo Penal.

ARTIGO 1.º 

ARTIGO 2.º

ARTIGO 3.º

Page 9: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

9

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

É introduzida uma nova alínea f) ao art. 1.º, com o seguinte texto:

589Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro (Vigilância eletrónica)

LEI N.º 33/2010, DE 2 DE SETEMBRO1

A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:

CAPÍTULO I Parte geral

ÂmbitoA presente lei regula a utilização de meios técnicos de controlo à distância,

adiante designados por vigilância eletrónica, para fiscalização:a) Do cumprimento da medida de coação de obrigação de perma-

nência na habitação, prevista no artigo  201.º do Código de Pro-cesso Penal;

b) Da execução da pena de prisão em regime de permanência na habi-tação, prevista nos artigos 43.º e 44.º do Código Penal; [Redação da Lei

n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

c) Da execução da adaptação à liberdade condicional, prevista no arti go 62.º do Código Penal;

d) Da modificação da execução da pena de prisão, prevista no arti go 120.º do Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade;

e) Da aplicação das medidas e penas previstas no artigo 35.º da Lei n.º 112/2009, de 16 de setembro;

f) Da obrigação de permanência na habitação prevista nos n.os 1 e 3 do artigo 274.º-A do Código Penal. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada

em vigor: 2017-11-22.]

Sistemas tecnológicos1 – A vigilância eletrónica pode ser efetuada por:

a) Monitorização telemática posicional;b) Verificação de voz;c) Outros meios tecnológicos que venham a ser reconhecidos como

idóneos.2 – O reconhecimento de idoneidade e as características dos equipamen-

tos a utilizar na vigilância eletrónica são determinados por portaria do mem-bro do Governo responsável pela área da justiça.

Princípios orientadores da execução1 – A execução da vigilância eletrónica assegura o respeito pela dignidade

da pessoa humana e os direitos e interesses jurídicos não afetados pela deci-são que a aplicou.

2 – A vigilância eletrónica não acarreta qualquer encargo financeiro para o arguido ou condenado.

1 Regula a utilização de meios técnicos de controlo à distância (vigilância eletrónica) e revoga a Lei n.º 122/99, de 20-08, que regula a vigilância eletrónica prevista no art. 201.º do Código de Processo Penal.

ARTIGO 1.º 

ARTIGO 2.º

ARTIGO 3.º

Pág. 590

É introduzido um novo n.º 7 ao art. 4.º, com o seguinte texto:

590 PARTE II – Código de Processo Penal e Legislação Conexa

Consentimento1 – A vigilância eletrónica depende do consentimento do arguido ou con-

denado.2 – O consentimento é prestado pessoalmente perante o juiz, na presença

do defensor, e reduzido a auto.3 – Sempre que a vigilância eletrónica for requerida pelo arguido ou con-

denado, o consentimento considera-se prestado por simples declaração pes-soal deste no requerimento.

4 – A utilização da vigilância eletrónica depende ainda do consentimento das pessoas, maiores de 16 anos, que coabitem com o arguido ou condenado.

5 – As pessoas referidas no número anterior prestam o seu consentimento aos serviços de reinserção social, por simples declaração escrita, a qual deve acompanhar a informação referida no n.º 2 do artigo 7.º, ou ser enviada, pos-teriormente, ao juiz.

6 – O consentimento do arguido ou condenado é revogável a todo o tempo.7 – Não se aplica o disposto no n.º 1 se o condenado ou o arguido não pos-

suírem o discernimento necessário para avaliar o sentido e o alcance do con-sentimento. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Direitos do arguido ou condenadoO arguido ou condenado tem, em especial, os seguintes direitos:

a) Participar na elaboração e conhecer o plano de reinserção social delineado pelos serviços de reinserção social em função das suas necessidades;

b) Receber dos serviços de reinserção social um documento onde constem os seus direitos e deveres, informação sobre os períodos de vigilância eletrónica, bem como um guia dos procedimentos a observar durante a respetiva execução;

c) Aceder a um número de telefone de acesso livre, de ligação aos serviços de reinserção social que executam a decisão judicial.

Deveres do arguido ou condenadoRecaem sobre o arguido ou condenado os deveres de:

a) Permanecer nos locais onde é exercida vigilância eletrónica du-rante os períodos de tempo fixados;

b) Cumprir o definido no plano de reinserção social;c) Cumprir as indicações que forem dadas pelos serviços de reinser-

ção social para a verificação de voz;d) Receber os serviços de reinserção social e cumprir as suas orien-

tações, bem como responder aos contactos, nomeadamente por via telefónica, que por estes forem feitos durante os períodos de vigi-lância eletrónica;

e) Contactar os serviços de reinserção social, com pelo menos três dias úteis de antecedência, sempre que pretenda obter autoriza-ção judicial para se ausentar excecionalmente durante o período de vigilância eletrónica, fornecendo para o efeito as informações necessárias;

f) Solicitar aos serviços de reinserção social autorização para se

ARTIGO 4.º

ARTIGO 5.º

ARTIGO 6.º

Pág. 591

No n.º 2 do art. 7.º, onde se lê:2 – O juiz solicita prévia informação (…) da vigilância eletrónica.deve ler-se o texto seguinte:

591Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro (Vigilância eletrónica)

ausentar do local de vigilância eletrónica quando estejam em causa motivos imprevistos e urgentes;

g) Apresentar justificação das ausências que ocorram durante os pe-ríodos de vigilância eletrónica;

h) Abster-se de qualquer ato que possa afetar o normal funciona-mento dos equipamentos de vigilância eletrónica;

i) Contactar de imediato os serviços de reinserção social se ocor-rerem anomalias que possam afetar o normal funcionamento do equipamento de vigilância eletrónica, nomeadamente interrupções do fornecimento de eletricidade ou das ligações telefónicas;

j) Permitir a remoção dos equipamentos pelos serviços de reinserção social após o termo da medida ou da pena.

Decisão1 – Sem prejuízo do disposto no artigo 213.º do Código de Processo Penal,

a utilização de meios de vigilância eletrónica é decidida por despacho do juiz, a requerimento do Ministério Público ou do arguido, durante a fase do inqué-rito, e oficiosamente ou a requerimento do arguido ou condenado, depois do inquérito.

2 – O juiz solicita prévia informação aos serviços de reinserção social sobre a situação pessoal, familiar, laboral e social do arguido ou condenado, e da sua compatibilidade com as exigências da vigilância eletrónica e os sistemas tecnológicos a utilizar. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

3 – A decisão prevista no n.º 1 é sempre precedida de audição do Ministério Público, do arguido ou condenado.

4 – A decisão especifica os locais e os períodos de tempo em que a vi-gilância eletrónica é exercida e o modo como é efetuada, levando em conta, nomeadamente, o tempo de permanência na habitação e as autorizações de ausência estabelecidas na decisão de aplicação da medida ou da pena. [Redação

da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

5 – A decisão que fixa a vigilância eletrónica pode determinar que os servi-ços de reinserção social, quando suspeitem que uma ocorrência anómala seja passível de colocar em risco a vítima ou o queixoso do procedimento criminal, os informem de imediato.

6 – A decisão é comunicada ao arguido ou condenado e seu defensor, aos serviços de reinserção social e, quando aplicável, ao estabelecimento prisio-nal onde aqueles se encontrem, bem como aos órgãos de polícia criminal competentes, para os efeitos previstos no n.º 3 do artigo 8.º e nos n.os 1 e 2 do arti go 12.º.

Início da execução1 – A vigilância eletrónica inicia-se no prazo máximo de quarenta e oito

horas após a receção da decisão do tribunal por parte dos serviços de reinser-ção social, com a instalação dos meios técnicos de vigilância eletrónica, em presença do arguido ou condenado.

2 – O início da vigilância eletrónica é comunicado pelos serviços de rein-serção social ao tribunal.

3 – No caso de reclusos, os serviços de reinserção social acordam com os

ARTIGO 7.º

ARTIGO 8.º

No n.º 4 do art. 7.º, onde se lê:4 – A decisão que fixa (…) da medida ou da pena.deve ler-se o texto seguinte:

591Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro (Vigilância eletrónica)

ausentar do local de vigilância eletrónica quando estejam em causa motivos imprevistos e urgentes;

g) Apresentar justificação das ausências que ocorram durante os pe-ríodos de vigilância eletrónica;

h) Abster-se de qualquer ato que possa afetar o normal funciona-mento dos equipamentos de vigilância eletrónica;

i) Contactar de imediato os serviços de reinserção social se ocor-rerem anomalias que possam afetar o normal funcionamento do equipamento de vigilância eletrónica, nomeadamente interrupções do fornecimento de eletricidade ou das ligações telefónicas;

j) Permitir a remoção dos equipamentos pelos serviços de reinserção social após o termo da medida ou da pena.

Decisão1 – Sem prejuízo do disposto no artigo 213.º do Código de Processo Penal,

a utilização de meios de vigilância eletrónica é decidida por despacho do juiz, a requerimento do Ministério Público ou do arguido, durante a fase do inqué-rito, e oficiosamente ou a requerimento do arguido ou condenado, depois do inquérito.

2 – O juiz solicita prévia informação aos serviços de reinserção social sobre a situação pessoal, familiar, laboral e social do arguido ou condenado, e da sua compatibilidade com as exigências da vigilância eletrónica e os sistemas tecnológicos a utilizar. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

3 – A decisão prevista no n.º 1 é sempre precedida de audição do Ministério Público, do arguido ou condenado.

4 – A decisão especifica os locais e os períodos de tempo em que a vi-gilância eletrónica é exercida e o modo como é efetuada, levando em conta, nomeadamente, o tempo de permanência na habitação e as autorizações de ausência estabelecidas na decisão de aplicação da medida ou da pena. [Redação

da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

5 – A decisão que fixa a vigilância eletrónica pode determinar que os servi-ços de reinserção social, quando suspeitem que uma ocorrência anómala seja passível de colocar em risco a vítima ou o queixoso do procedimento criminal, os informem de imediato.

6 – A decisão é comunicada ao arguido ou condenado e seu defensor, aos serviços de reinserção social e, quando aplicável, ao estabelecimento prisio-nal onde aqueles se encontrem, bem como aos órgãos de polícia criminal competentes, para os efeitos previstos no n.º 3 do artigo 8.º e nos n.os 1 e 2 do arti go 12.º.

Início da execução1 – A vigilância eletrónica inicia-se no prazo máximo de quarenta e oito

horas após a receção da decisão do tribunal por parte dos serviços de reinser-ção social, com a instalação dos meios técnicos de vigilância eletrónica, em presença do arguido ou condenado.

2 – O início da vigilância eletrónica é comunicado pelos serviços de rein-serção social ao tribunal.

3 – No caso de reclusos, os serviços de reinserção social acordam com os

ARTIGO 7.º

ARTIGO 8.º

Pág. 592

No n.º 1 do art. 11.º, onde se lê:1 – As ausências do local (…) autorizadas pelo juiz.deve ler-se o texto seguinte:

592 PARTE II – Código de Processo Penal e Legislação Conexa

serviços prisionais o momento em que aqueles são conduzidos ao local de vigilância eletrónica.

Entidade encarregada da execução1 – Cabe à Direção-Geral de Reinserção Social, adiante designada por

DGRS, proceder à execução da vigilância eletrónica.2 – A DGRS pode recorrer aos serviços de outras entidades para adquirir,

instalar, assegurar e manter o funcionamento dos meios técnicos utilizados na vigilância eletrónica.

3 – Nas respostas a alertas e alarmes, no âmbito da execução da vigilância eletrónica, as viaturas da DGRS podem utilizar os sinais sonoros e luminosos previstos no Código da Estrada para os serviços urgentes de interesse público.

Relatórios1 – Os serviços de reinserção social informam o tribunal sobre a execução

da medida ou da pena, através da elaboração de relatórios periódicos.2 – Os serviços de reinserção social informam o tribunal, através do envio

de um relatório de incidentes, sempre que ocorram circunstâncias suscetíveis de comprometer a execução da medida ou da pena.

3 – O relatório referido no número anterior tem carácter de urgência, de-vendo ser presente ao juiz de imediato, que decide as providências que se afi-gurarem necessárias ao caso, nomeadamente a revogação da vigilância ele-trónica.

Ausências do local de vigilância eletrónica1 – As ausências do local determinado para a vigilância eletrónica são au-

torizadas pelo juiz, mediante informação prévia dos serviços de reinserção so-cial quanto ao sistema tecnológico a utilizar, podendo o despacho ter natureza genérica. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

2 – Excecionalmente, podem os serviços de reinserção social autorizar que o arguido ou condenado se ausente do local de vigilância eletrónica quando estejam em causa motivos imprevistos e urgentes.

3 – As ausências previstas no número anterior dependem de solicitação prévia aos serviços de reinserção social, nos termos do disposto na alínea f) do artigo 6.º, que decidem tendo em conta os fundamentos invocados, a segu-rança da comunidade e o controlo de execução da medida ou da pena.

4 – Os serviços de reinserção social fiscalizam as ausências, conforme as finalidades e horários autorizados, podendo para o efeito recorrer a meios móveis de monitorização eletrónica.

5 – Os serviços de reinserção social informam o tribunal de todas as au-sências concedidas nos termos dos números anteriores, em sede de relatório de execução a enviar periodicamente, conforme definido no artigo anterior, e com as especificidades definidas na parte especial da presente lei.

Ausências ilegítimas do local de vigilância eletrónica1 – Sem prejuízo do n.º  2  do artigo  10.º, em caso de ausência ilegítima

do local de vigilância eletrónica por parte do arguido ou condenado, os ser-viços de reinserção social comunicam este facto ao tribunal competente, ao

ARTIGO 9.º

ARTIGO 10.º

ARTIGO 11.º

ARTIGO 12.º

Page 10: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

10

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

Pág. 594

Nos n.os 1 e 2 do art. 19.º, onde se lê:1 – Para aplicação da pena referida (…)2 – (…) máximo de quarenta e oito horas.deve ler-se o texto seguinte:

594 PARTE II – Código de Processo Penal e Legislação Conexa

SECÇÃO II Pena de prisão em regime de permanência na habitação

Execução1 – Se do processo não resultar a informação necessária para a execu-

ção da pena de prisão em regime de permanência na habitação, referida na alínea b) do artigo 1.º, o tribunal solicita aos serviços de reinserção social a informação prévia prevista no n.º 2 do artigo 7.º, a elaborar no prazo de sete dias úteis.

2 – O tribunal notifica os serviços de reinserção social da sentença tran-sitada em julgado que decida a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação, devendo estes serviços proceder à instalação dos equipamentos de vigilância eletrónica no prazo máximo de quarenta e oito horas.

[Redação do art. introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Individualização da execução1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

orienta-se pelo princípio da individualização e tem por base a avaliação das necessidades de ressocialização do condenado.

2 – Sempre que a duração da pena for superior a seis meses ou sempre que o condenado não tiver ainda completado 21 anos de idade, os serviços de reinserção social elaboram um plano de reinserção social, que planifica as atividades e programas que visem a preparação do condenado para conduzir a sua vida de modo socialmente responsável, sem cometer crimes.

3 – O plano de reinserção social, a elaborar no prazo de 30 dias, é homolo-gado pelo tribunal, bem como as alterações relevantes que venham a justifi-car-se no decurso da execução.

4 – [Revogado pela alínea d) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Apoio social e económico1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

não afeta o direito aos benefícios de segurança social previstos na lei.2 – No decurso da execução da pena de prisão em regime de permanên-

cia na habitação é prestado apoio social e económico ao condenado e ao seu agregado familiar que dele careçam para reforçar as condições de reinser-ção social.

3 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habita-ção não desobriga as entidades públicas competentes da prestação de apoio social e económico no âmbito das respetivas atribuições, designadamente em matéria de segurança e ação social, emprego, formação profissional, ensino e saúde.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Relatórios periódicosOs relatórios periódicos de execução previstos no n.º 1 do artigo 10.º são

elaborados a meio da pena, quando esta for superior a seis meses, e cinco

ARTIGO 19.º

ARTIGO 20.º

ARTIGO 20.º-A

ARTIGO 21.º

Na epígrafe e no art. 20.º, onde se lê:Artigo 20.º Regime de progressividade da execução1 – Com base num prognóstico (…)(…)4 – (…) periódicos, da sua execução.deve ler-se o texto seguinte:

594 PARTE II – Código de Processo Penal e Legislação Conexa

SECÇÃO II Pena de prisão em regime de permanência na habitação

Execução1 – Se do processo não resultar a informação necessária para a execu-

ção da pena de prisão em regime de permanência na habitação, referida na alínea b) do artigo 1.º, o tribunal solicita aos serviços de reinserção social a informação prévia prevista no n.º 2 do artigo 7.º, a elaborar no prazo de sete dias úteis.

2 – O tribunal notifica os serviços de reinserção social da sentença tran-sitada em julgado que decida a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação, devendo estes serviços proceder à instalação dos equipamentos de vigilância eletrónica no prazo máximo de quarenta e oito horas.

[Redação do art. introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Individualização da execução1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

orienta-se pelo princípio da individualização e tem por base a avaliação das necessidades de ressocialização do condenado.

2 – Sempre que a duração da pena for superior a seis meses ou sempre que o condenado não tiver ainda completado 21 anos de idade, os serviços de reinserção social elaboram um plano de reinserção social, que planifica as atividades e programas que visem a preparação do condenado para conduzir a sua vida de modo socialmente responsável, sem cometer crimes.

3 – O plano de reinserção social, a elaborar no prazo de 30 dias, é homolo-gado pelo tribunal, bem como as alterações relevantes que venham a justifi-car-se no decurso da execução.

4 – [Revogado pela alínea d) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Apoio social e económico1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

não afeta o direito aos benefícios de segurança social previstos na lei.2 – No decurso da execução da pena de prisão em regime de permanên-

cia na habitação é prestado apoio social e económico ao condenado e ao seu agregado familiar que dele careçam para reforçar as condições de reinser-ção social.

3 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habita-ção não desobriga as entidades públicas competentes da prestação de apoio social e económico no âmbito das respetivas atribuições, designadamente em matéria de segurança e ação social, emprego, formação profissional, ensino e saúde.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Relatórios periódicosOs relatórios periódicos de execução previstos no n.º 1 do artigo 10.º são

elaborados a meio da pena, quando esta for superior a seis meses, e cinco

ARTIGO 19.º

ARTIGO 20.º

ARTIGO 20.º-A

ARTIGO 21.º

Page 11: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

11

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

É introduzido um novo art. 20.º-A, com o seguinte texto:

594 PARTE II – Código de Processo Penal e Legislação Conexa

SECÇÃO II Pena de prisão em regime de permanência na habitação

Execução1 – Se do processo não resultar a informação necessária para a execu-

ção da pena de prisão em regime de permanência na habitação, referida na alínea b) do artigo 1.º, o tribunal solicita aos serviços de reinserção social a informação prévia prevista no n.º 2 do artigo 7.º, a elaborar no prazo de sete dias úteis.

2 – O tribunal notifica os serviços de reinserção social da sentença tran-sitada em julgado que decida a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação, devendo estes serviços proceder à instalação dos equipamentos de vigilância eletrónica no prazo máximo de quarenta e oito horas.

[Redação do art. introduzida pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Individualização da execução1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

orienta-se pelo princípio da individualização e tem por base a avaliação das necessidades de ressocialização do condenado.

2 – Sempre que a duração da pena for superior a seis meses ou sempre que o condenado não tiver ainda completado 21 anos de idade, os serviços de reinserção social elaboram um plano de reinserção social, que planifica as atividades e programas que visem a preparação do condenado para conduzir a sua vida de modo socialmente responsável, sem cometer crimes.

3 – O plano de reinserção social, a elaborar no prazo de 30 dias, é homolo-gado pelo tribunal, bem como as alterações relevantes que venham a justifi-car-se no decurso da execução.

4 – [Revogado pela alínea d) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Apoio social e económico1 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação

não afeta o direito aos benefícios de segurança social previstos na lei.2 – No decurso da execução da pena de prisão em regime de permanên-

cia na habitação é prestado apoio social e económico ao condenado e ao seu agregado familiar que dele careçam para reforçar as condições de reinser-ção social.

3 – A execução da pena de prisão em regime de permanência na habita-ção não desobriga as entidades públicas competentes da prestação de apoio social e económico no âmbito das respetivas atribuições, designadamente em matéria de segurança e ação social, emprego, formação profissional, ensino e saúde.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Relatórios periódicosOs relatórios periódicos de execução previstos no n.º 1 do artigo 10.º são

elaborados a meio da pena, quando esta for superior a seis meses, e cinco

ARTIGO 19.º

ARTIGO 20.º

ARTIGO 20.º-A

ARTIGO 21.º

Pág. 595

Na epígrafe e no art. 24.º, onde se lê:Artigo 24.º Aplicação do regime de progressividade da execuçãoSem prejuízo do disposto (…) previsto no artigo 20.º.deve ler-se o texto seguinte:

595Lei n.º 33/2010, de 2 de setembro (Vigilância eletrónica)

SECÇÃO IV Adaptação à liberdade condicional com vigilância eletrónica

Execução1 – Tendo em vista o cumprimento do disposto no artigo  62.º do Código

Penal, o tribunal de execução das penas solicita aos serviços de reinserção social, para além do relatório previsto na alínea b) do n.º 4 do artigo 188.º do Código de Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade, a informa-ção prévia prevista no n.º 2 do artigo 7.º da presente lei, a qual pode ser acom-panhada do plano de reinserção social para homologação.

2 – Para além do disposto no n.º  2  do artigo  177.º do Código da Execu-ção das Penas e Medidas Privativas da Liberdade, o despacho que concede o período de adaptação à liberdade condicional determina ainda a data do seu termo, bem como a data de apreciação da liberdade condicional.

3 – O tribunal notifica os serviços de reinserção social da decisão, para os efeitos previstos no disposto no n.º 7 do artigo 188.º do Código de Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade.

4 – A decisão de concessão da adaptação à liberdade condicional com vi-gilância eletrónica pode determinar que o condenado mantenha as condições decorrentes do regime aberto voltado para o exterior a que estava sujeito.

Regime de progressividade da execução1 – Sem prejuízo do disposto no n.º 4 do artigo anterior, o tribunal pode

determinar a execução da adaptação à liberdade condicional em regime de progressividade, com base nos relatórios previstos no n.º 4 do artigo 188.º do Código da Execução das Penas e das Medidas Privativas da Liberdade e em outros elementos que o tribunal solicite aos serviços de reinserção social, nos termos do n.º 5 do artigo 188.º do mesmo Código.

2 – O regime de progressividade consiste no faseamento da execução, de modo a que o confinamento inicial do condenado à habitação possa ser pro-gressivamente reduzido, através da concessão de períodos de ausência desti-nados à prossecução de atividades úteis ao processo de ressocialização.

3 – O período diário de confinamento nunca pode ser inferior a doze horas, salvo situações excecionais a autorizar pelo juiz.

4 – O tribunal pode autorizar os serviços de reinserção social a administrar o regime de progressividade, sem prejuízo de ser informado, nos relatórios periódicos, da sua execução.

[Redação da epígrafe e do art. introduzida pela Lei n.º  94/2017, de 23-08; entrada em vigor:

2017-11-22.]

Relatórios periódicosOs relatórios periódicos de execução previstos no n.º 1 do artigo 10.º são

elaborados a meio do período de adaptação à liberdade condicional e cinco dias úteis antes da data prevista para apreciação da transição para liberdade condicional, salvo se o juiz tiver estabelecido outra periodicidade.

ARTIGO 23.º

ARTIGO 24.º

ARTIGO 25.º

Page 12: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

12

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

Pág. 596

É introduzida uma nova Secção VI, a seguir ao art. 28.º, onde se integram os novos arts. 28.º-A e 28.º-B, com o seguinte texto:

596 PARTE II – Código de Processo Penal e Legislação Conexa

SECÇÃO VI Obrigação de permanência na habitação por crime de incêndio florestal

[Secção aditada pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Execução1 – Se do processo não resultar a informação necessária para a imposição

da obrigação de permanência na habitação referida na alínea f) do artigo 1.º, o tribunal solicita aos serviços de reinserção social a informação prévia prevista no n.º 2 do artigo 7.º, a elaborar no prazo de sete dias úteis.

2 – O tribunal notifica os serviços de reinserção social da decisão transi-tada em julgado que imponha a obrigação de permanência na habitação re-ferida no número anterior, tendo em vista a instalação dos equipamentos de vigilância eletrónica para o período coincidente com os meses de maior risco de ocorrência de fogos.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Ausências do local de vigilância eletrónicaSem prejuízo do disposto no artigo 7.º, a decisão que imponha a agente

inimputável a obrigação de permanência na habitação referida na alínea f) do artigo 1.º especifica as autorizações de ausência necessárias à submissão do condenado a tratamentos e regimes de cura ambulatórios apropriados.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

CAPÍTULO III Do tratamento dos dados da vigilância eletrónica

Base de dados1 – Para efeitos da presente lei é criada e mantida pela DGRS uma base de

dados constituída por:a) Nome completo, data de nascimento, filiação, estado civil, sexo,

naturalidade, nacionalidade, residência atual conhecida e número de identificação civil e fiscal dos arguidos ou condenados sujeitos a vigilância eletrónica;

b) Indicação da medida ou pena aplicada;c) Data de início, suspensão e fim da vigilância eletrónica;d) Tribunal e número de processo à ordem do qual foi decretada;e) Tipos de crimes imputados;f) Tipo de relação existente entre o arguido ou condenado e a vítima,

em caso de prática de crimes de violência doméstica e conexos;g) Data da prática dos factos;h) Local de instalação da vigilância;i) Registos da monitorização da vigilância eletrónica.

2 – A DGRS é a entidade responsável pelo tratamento da base de dados referida no número anterior.

3 – A DGRS pode recolher imagens de rosto dos arguidos ou condenados para inserção no sistema informático de monitorização eletrónica, apenas para acesso dos agentes intervenientes nas operações de vigilância eletrónica,

ARTIGO 28.º-A

ARTIGO 28.º-B

ARTIGO 29.º

Lei n.º 25/2009, de 5 de junho

Págs. 604 a 616

A Lei n.º 88/2017, de 21 de agosto, que aprova o regime jurídico da emissão, transmissão, reconhecimento e execu-ção de decisões europeias de investigação em matéria penal, procedeu à revogação da Lei n.º 25/2009, de 5 de junho.

Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade

Pág. 754

No Capítulo II onde se lê:CAPÍTULO II Prisão por dias livres e em regime de semidetençãodeve ler-se o texto seguinte:

754 PARTE III – Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade

prisionais destinados, por despacho do diretor-geral dos Serviços Prisionais, à guarda de detidos.

2 – Ao detido é aplicável o disposto no presente Código e no Regulamento Geral, com as necessárias adaptações.

3 – O detido tem direito a contactar com o seu advogado a qualquer hora do dia ou da noite.

4 – Quando fundadas razões de saúde o justifiquem, o detido é observado por médico do estabelecimento prisional ou, a expensas suas, por médico da sua confiança.

CAPÍTULO II Prisão por dias livres e em regime de semidetenção

[Revogado pela alínea a) do art. 13.º da Lei n.º 94/2007, de 23-08.]

Execução, faltas e termo do cumprimento[Revogado pela alínea c) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

CAPÍTULO III Medida de segurança de internamento e internamento de imputável portador de anomalia psíquica

Princípios gerais1 – A execução da medida privativa da liberdade aplicada a inimputável ou

a imputável internado, por decisão judicial, em estabelecimento destinado a inimputáveis orienta-se para a reabilitação do internado e a sua reinserção no meio familiar e social, prevenindo a prática de outros factos criminosos e servindo a defesa da sociedade e da vítima em especial.

2 – As medidas referidas no número anterior e o internamento preventivo são executados preferencialmente em unidade de saúde mental não prisional e, sempre que se justificar, em estabelecimentos prisionais ou unidades espe-cialmente vocacionados, tendo em conta o determinado na decisão judicial e os critérios previstos no artigo 20.º, com as necessárias adaptações.

3 – A decisão de afetação a estabelecimento ou unidade prisional especial-mente vocacionado, nos termos do número anterior, compete ao diretor-geral dos Serviços Prisionais e é comunicada ao tribunal de execução das penas.

4 – A execução de medida privativa da liberdade aplicada a inimputável ou a imputável internado em estabelecimento destinado a inimputáveis, bem como do internamento preventivo, obedece ao disposto no presente Código, com as adaptações justificadas pela diferente natureza e finalidades destas medidas e com as especificações fixadas neste capítulo, e no Regulamento Geral.

5 – Quando a execução decorra em unidade de saúde mental não prisional, obedece ao disposto no presente Código, com as adaptações que vierem a ser fixadas por diploma próprio.

Regimes de execução1 – Os regimes de execução previstos no presente Código aplicam-se, com

ARTIGO 125.º

ARTIGO 126.º

ARTIGO 127.º

No art. 125.º, onde se lê:1 – A execução da prisão por dias (…)(…)5 – (…) prisional, ouvido o condenado.deve ler-se o texto seguinte:

754 PARTE III – Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade

prisionais destinados, por despacho do diretor-geral dos Serviços Prisionais, à guarda de detidos.

2 – Ao detido é aplicável o disposto no presente Código e no Regulamento Geral, com as necessárias adaptações.

3 – O detido tem direito a contactar com o seu advogado a qualquer hora do dia ou da noite.

4 – Quando fundadas razões de saúde o justifiquem, o detido é observado por médico do estabelecimento prisional ou, a expensas suas, por médico da sua confiança.

CAPÍTULO II Prisão por dias livres e em regime de semidetenção

[Revogado pela alínea a) do art. 13.º da Lei n.º 94/2007, de 23-08.]

Execução, faltas e termo do cumprimento[Revogado pela alínea c) do art. 13.º da Lei n.º 94/2017, de 23-08.]

CAPÍTULO III Medida de segurança de internamento e internamento de imputável portador de anomalia psíquica

Princípios gerais1 – A execução da medida privativa da liberdade aplicada a inimputável ou

a imputável internado, por decisão judicial, em estabelecimento destinado a inimputáveis orienta-se para a reabilitação do internado e a sua reinserção no meio familiar e social, prevenindo a prática de outros factos criminosos e servindo a defesa da sociedade e da vítima em especial.

2 – As medidas referidas no número anterior e o internamento preventivo são executados preferencialmente em unidade de saúde mental não prisional e, sempre que se justificar, em estabelecimentos prisionais ou unidades espe-cialmente vocacionados, tendo em conta o determinado na decisão judicial e os critérios previstos no artigo 20.º, com as necessárias adaptações.

3 – A decisão de afetação a estabelecimento ou unidade prisional especial-mente vocacionado, nos termos do número anterior, compete ao diretor-geral dos Serviços Prisionais e é comunicada ao tribunal de execução das penas.

4 – A execução de medida privativa da liberdade aplicada a inimputável ou a imputável internado em estabelecimento destinado a inimputáveis, bem como do internamento preventivo, obedece ao disposto no presente Código, com as adaptações justificadas pela diferente natureza e finalidades destas medidas e com as especificações fixadas neste capítulo, e no Regulamento Geral.

5 – Quando a execução decorra em unidade de saúde mental não prisional, obedece ao disposto no presente Código, com as adaptações que vierem a ser fixadas por diploma próprio.

Regimes de execução1 – Os regimes de execução previstos no presente Código aplicam-se, com

ARTIGO 125.º

ARTIGO 126.º

ARTIGO 127.º

Page 13: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

13

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

Pág. 758

Na alínea l) do n.º 4 do art. 138.º, onde se lê:l) Ordenar o cumprimento da prisão (…) em regime de semidetenção;deve ler-se o texto seguinte:

758 PARTE III – Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade

extinta a pena de prisão, e determinar a execução antecipada da pena acessória de expulsão;

f) Convocar o conselho técnico sempre que o entenda necessário ou quando a lei o preveja;

g) Decidir processos de impugnação de decisões dos serviços prisio-nais;

h) Definir o destino a dar à correspondência retida;i) Declarar perdidos e dar destino aos objetos ou valores apreendidos

aos reclusos;j) Decidir sobre a modificação da execução da pena de prisão relativa-

mente a reclusos portadores de doença grave, evolutiva e irrever-sível ou de deficiência grave e permanente ou de idade avançada, bem como da substituição ou da revogação das respetivas moda-lidades;

l) Decidir sobre a homologação do plano de reinserção social e das respetivas alterações, as autorizações de ausência, a modificação das regras de conduta e a revogação do regime, quando a pena de prisão seja executada em regime de permanência na habitação; [Re-

dação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

m) Rever e prorrogar a medida de segurança de internamento de inim-putáveis;

n) Decidir sobre a prestação de trabalho a favor da comunidade e sobre a sua revogação, nos casos de execução sucessiva de medida de segurança e de pena privativas da liberdade;

o) Determinar o internamento ou a suspensão da execução da pena de prisão em virtude de anomalia psíquica sobrevinda ao agente durante a execução da pena de prisão e proceder à sua revisão;

p) Determinar o cumprimento do resto da pena ou a continuação do internamento pelo mesmo tempo, no caso de revogação da presta-ção de trabalho a favor da comunidade ou da liberdade condicional de indivíduo sujeito a execução sucessiva de medida de segurança e de pena privativas da liberdade;

q) Declarar a caducidade das alterações ao regime normal de execu-ção da pena, em caso de simulação de anomalia psíquica;

r) Declarar cumprida a pena de prisão efetiva que concretamente caberia ao crime cometido por condenado em pena relativamente indeterminada, tendo sido recusada ou revogada a liberdade con-dicional;

s) Declarar extinta a pena de prisão efetiva, a pena relativamente in-determinada e a medida de segurança de internamento;

t) Emitir mandados de detenção, de captura e de libertação;u) Informar o ofendido da libertação ou da evasão do recluso, nos

casos previstos nos artigos 23.º e 97.º;v) Instruir o processo de concessão e revogação do indulto e proceder

à respetiva aplicação;x) Proferir a declaração de contumácia e decretar o arresto de bens,

quanto a condenado que dolosamente se tiver eximido, total ou par-cialmente, à execução de pena de prisão ou de medida de interna-mento;

Pág. 763

No n.º 1 do art. 155.º, onde se lê:1 – Para além dos previstos em lei (…) do registo criminal.deve ler-se o texto seguinte:

763Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade

processos que corram termos pelo tribunal de execução das penas são de-vidas custas, em conformidade com o Regulamento das Custas Processuais.

2 – O processo de indulto não está sujeito ao pagamento de quaisquer cus-tas.

3 – A liquidação das custas é efetuada a final pela secção de processos, no prazo de cinco dias.

4 – Em caso de recurso, a liquidação é realizada após o trânsito em jul-gado da decisão final, no tribunal de execução das penas que tiver decidido em 1.ª instância.

5 – Sobre as quantias contadas ou liquidadas incidem juros de mora a par-tir do prazo estabelecido na lei para o respetivo pagamento.

6 – Em tudo o que não estiver previsto nos números anteriores é aplicável subsidiariamente o disposto no Regulamento das Custas Processuais.

Direito subsidiárioSempre que o contrário não resulte da presente lei, são correspondente-

mente aplicáveis as disposições do Código de Processo Penal.

CAPÍTULO II Formas de processo

Formas de processo1 – Para além dos previstos em lei avulsa, existem as seguintes formas de

processo: internamento, homologação, liberdade condicional, licença de saída jurisdicional, verificação da legalidade, impugnação, modificação da execução da pena de prisão, regime de permanência na habitação, indulto e cancela-mento provisório do registo criminal. [Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em

vigor: 2017-11-22.]

2 – A todos os casos a que não corresponda uma forma de processo refe-rida no número anterior aplica-se o processo supletivo.

CAPÍTULO III Internamento

SECÇÃO I Internamento anteriormente decretado

Início do processo1 – Salvo nos casos previstos na subsecção II da presente secção, o pro-

cesso no tribunal de execução das penas inicia-se com a autuação de certidão:a) Da sentença que declare a inimputabilidade, determine o interna-

mento do arguido e fixe o prazo máximo e, quando for caso disso, o prazo mínimo de duração deste;

b) Da sentença condenatória que determine o internamento de ar-guido imputável em estabelecimento destinado a inimputáveis pelo tempo correspondente à duração da pena;

ARTIGO 154.º

ARTIGO 155.º

ARTIGO 156.º

Pág. 782

No Capítulo X, onde se lê:CAPÍTULO X Indultodeve ler-se o texto seguinte:

CAPÍTULO X Regime de permanência na habitação

[Capítulo aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Homologação do plano de reinserção socialÀ homologação do plano de reinserção social e das respetivas alterações é

correspondentemente aplicável a tramitação prevista no artigo 172.º.[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Autorizações de ausência1 – As autorizações de ausência da habitação da competência do juiz são

decididas por despacho, mediante parecer do Ministério Público.2 – O juiz pode solicitar aos serviços de reinserção social a informação adi-

cional que entender necessária para a decisão.3 – A tramitação do pedido de autorização tem natureza urgente, nos ter-

mos do artigo 151.º.4 – O despacho é notificado ao condenado e comunicado aos serviços de

reinserção social.[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Modificação das autorizações de ausência e das regras de conduta1 – A modificação das autorizações de ausência e das regras de conduta

determinadas na sentença que tiver decretado a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação é decidida por despacho do juiz, de-pois de recolhida prova das circunstâncias relevantes supervenientes ou de que o tribunal só posteriormente tiver tido conhecimento.

2 – O despacho é precedido de parecer do Ministério Público, de audição do condenado e de informação dos serviços de reinserção social.

3 – O despacho é notificado ao Ministério Público e ao condenado e comu-nicado aos serviços de reinserção social.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Incidentes1 – A infração grosseira ou repetida das regras de conduta, do disposto no

plano de reinserção social ou dos deveres decorrentes do regime de perma-nência na habitação é imediatamente comunicada ao tribunal de execução das penas pelos serviços de reinserção social, através de relatório de incidentes.

2 – A condenação por crime cometido durante a execução da pena de pri-são em regime de permanência na habitação é imediatamente comunicada ao tribunal de execução das penas, sendo-lhe remetida cópia da decisão conde-natória.

3 – O incidente de incumprimento inicia-se com a autuação da comunica-ção referida nos números anteriores, aplicando-se correspondentemente o disposto no artigo 185.º

4 – O despacho que aplique a medida de coação de prisão preventiva ao condenado em cumprimento de pena de prisão em regime de permanência na habitação é imediatamente comunicado ao tribunal de execução das penas.

5 – A decisão que mantenha ou revogue a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação é recorrível, aplicando-se correspon-dentemente o disposto no artigo 186.º, exceto quanto ao efeito suspensivo do recurso.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

CAPÍTULO XI Indulto

[Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Legitimidade O indulto, total ou parcial, de pena ou medida de segurança pode ser:

a) Pedido pelo condenado, pelo representante legal, pelo cônjuge ou

ARTIGO 222.º-A

ARTIGO 222.º-B

ARTIGO 222.º-C

ARTIGO 222.º-D

ARTIGO 223.º É introduzido um novo Capítulo X, onde se integra os novos arts. 222.º-A a 222.º-D, com o seguinte texto:

✁CAPÍTULO X Regime de permanência na habitação

[Capítulo aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Homologação do plano de reinserção socialÀ homologação do plano de reinserção social e das respetivas alterações é

correspondentemente aplicável a tramitação prevista no artigo 172.º.[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Autorizações de ausência1 – As autorizações de ausência da habitação da competência do juiz são

decididas por despacho, mediante parecer do Ministério Público.2 – O juiz pode solicitar aos serviços de reinserção social a informação adi-

cional que entender necessária para a decisão.3 – A tramitação do pedido de autorização tem natureza urgente, nos ter-

mos do artigo 151.º.4 – O despacho é notificado ao condenado e comunicado aos serviços de

reinserção social.[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Modificação das autorizações de ausência e das regras de conduta1 – A modificação das autorizações de ausência e das regras de conduta

determinadas na sentença que tiver decretado a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação é decidida por despacho do juiz, de-pois de recolhida prova das circunstâncias relevantes supervenientes ou de que o tribunal só posteriormente tiver tido conhecimento.

2 – O despacho é precedido de parecer do Ministério Público, de audição do condenado e de informação dos serviços de reinserção social.

3 – O despacho é notificado ao Ministério Público e ao condenado e comu-nicado aos serviços de reinserção social.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Incidentes1 – A infração grosseira ou repetida das regras de conduta, do disposto no

plano de reinserção social ou dos deveres decorrentes do regime de perma-nência na habitação é imediatamente comunicada ao tribunal de execução das penas pelos serviços de reinserção social, através de relatório de incidentes.

2 – A condenação por crime cometido durante a execução da pena de pri-são em regime de permanência na habitação é imediatamente comunicada ao tribunal de execução das penas, sendo-lhe remetida cópia da decisão conde-natória.

3 – O incidente de incumprimento inicia-se com a autuação da comunica-ção referida nos números anteriores, aplicando-se correspondentemente o disposto no artigo 185.º

4 – O despacho que aplique a medida de coação de prisão preventiva ao condenado em cumprimento de pena de prisão em regime de permanência na habitação é imediatamente comunicado ao tribunal de execução das penas.

5 – A decisão que mantenha ou revogue a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação é recorrível, aplicando-se correspon-dentemente o disposto no artigo 186.º, exceto quanto ao efeito suspensivo do recurso.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

CAPÍTULO XI Indulto

[Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Legitimidade O indulto, total ou parcial, de pena ou medida de segurança pode ser:

a) Pedido pelo condenado, pelo representante legal, pelo cônjuge ou

ARTIGO 222.º-A

ARTIGO 222.º-B

ARTIGO 222.º-C

ARTIGO 222.º-D

ARTIGO 223.º

Page 14: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

14

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

CAPÍTULO X Regime de permanência na habitação

[Capítulo aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Homologação do plano de reinserção socialÀ homologação do plano de reinserção social e das respetivas alterações é

correspondentemente aplicável a tramitação prevista no artigo 172.º.[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Autorizações de ausência1 – As autorizações de ausência da habitação da competência do juiz são

decididas por despacho, mediante parecer do Ministério Público.2 – O juiz pode solicitar aos serviços de reinserção social a informação adi-

cional que entender necessária para a decisão.3 – A tramitação do pedido de autorização tem natureza urgente, nos ter-

mos do artigo 151.º.4 – O despacho é notificado ao condenado e comunicado aos serviços de

reinserção social.[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Modificação das autorizações de ausência e das regras de conduta1 – A modificação das autorizações de ausência e das regras de conduta

determinadas na sentença que tiver decretado a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação é decidida por despacho do juiz, de-pois de recolhida prova das circunstâncias relevantes supervenientes ou de que o tribunal só posteriormente tiver tido conhecimento.

2 – O despacho é precedido de parecer do Ministério Público, de audição do condenado e de informação dos serviços de reinserção social.

3 – O despacho é notificado ao Ministério Público e ao condenado e comu-nicado aos serviços de reinserção social.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Incidentes1 – A infração grosseira ou repetida das regras de conduta, do disposto no

plano de reinserção social ou dos deveres decorrentes do regime de perma-nência na habitação é imediatamente comunicada ao tribunal de execução das penas pelos serviços de reinserção social, através de relatório de incidentes.

2 – A condenação por crime cometido durante a execução da pena de pri-são em regime de permanência na habitação é imediatamente comunicada ao tribunal de execução das penas, sendo-lhe remetida cópia da decisão conde-natória.

3 – O incidente de incumprimento inicia-se com a autuação da comunica-ção referida nos números anteriores, aplicando-se correspondentemente o disposto no artigo 185.º

4 – O despacho que aplique a medida de coação de prisão preventiva ao condenado em cumprimento de pena de prisão em regime de permanência na habitação é imediatamente comunicado ao tribunal de execução das penas.

5 – A decisão que mantenha ou revogue a execução da pena de prisão em regime de permanência na habitação é recorrível, aplicando-se correspon-dentemente o disposto no artigo 186.º, exceto quanto ao efeito suspensivo do recurso.

[Art. aditado pela Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

CAPÍTULO XI Indulto

[Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Legitimidade O indulto, total ou parcial, de pena ou medida de segurança pode ser:

a) Pedido pelo condenado, pelo representante legal, pelo cônjuge ou

ARTIGO 222.º-A

ARTIGO 222.º-B

ARTIGO 222.º-C

ARTIGO 222.º-D

ARTIGO 223.º

Pág. 784

No Capítulo XI, onde se lê:CAPÍTULO XI Cancelamento provisório do registo criminaldeve ler-se o texto seguinte:

784 PARTE III – Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade

Decreto presidencial e libertação imediata do recluso1 – O dia da concessão anual do indulto é o dia 22 de dezembro.2 – O decreto presidencial que conceda o indulto ou o despacho que o

negue é, após baixa dos autos ao tribunal de execução das penas:a) Comunicado ao condenado, ao requerente que não seja o conde-

nado e ao Ministério Público;b) Em caso de concessão, comunicado aos tribunais onde correram os

respetivos processos de condenação e aos serviços de identificação criminal através de boletim do registo criminal.

3 – Quando a concessão do indulto implicar a imediata libertação do in-dultado, o decreto presidencial é logo comunicado, pelo Ministério da Justiça, ao tribunal de execução das penas com vista à emissão do correspondente mandado.

Revogação1 – O indulto pode ser revogado, até ao momento em que ocorreria o termo

da pena, nos seguintes casos:a) Se vierem a revelar-se falsos os factos que fundamentaram a sua

concessão; ou b) Se houver incumprimento de condições a que tenha sido subordi-

nado.2 – A revogação é promovida pelo Ministério Público, oficiosamente ou a

solicitação do Ministro da Justiça.3 – Realizadas as diligências instrutórias pertinentes, o juiz pronuncia-se

e ordena a remessa dos autos ao Ministro da Justiça, que os fará presentes ao Presidente da República para decisão.

4 – O decreto presidencial que revogue o indulto é, após baixa dos autos ao tribunal de execução das penas:

a) Comunicado ao condenado e ao Ministério Público;b) Comunicado aos respetivos processos de condenação e aos servi-

ços de identificação criminal através de boletim do registo criminal.

CAPÍTULO XII Cancelamento provisório do registo criminal

[Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

Finalidade do cancelamento e legitimidade1 – Para fins de emprego, público ou privado, de exercício de profissão ou

atividade cujo exercício dependa de título público, de autorização ou homolo-gação da autoridade pública, ou para quaisquer outros fins legalmente permi-tidos, pode ser requerido o cancelamento, total ou parcial, de decisões que de-vessem constar de certificados de registo criminal emitidos para aqueles fins.

2 – O cancelamento pode ser pedido pelo interessado, pelo representante legal, pelo cônjuge ou por pessoa, de outro ou do mesmo sexo, com quem o condenado mantenha uma relação análoga à dos cônjuges, ou por familiar em requerimento fundamentado, que especifique a finalidade a que se destina o cancelamento, instruído com documento comprovativo do pagamento das in-demnizações em que tenha sido condenado.

ARTIGO 227.º

ARTIGO 228.º

ARTIGO 229.º

Page 15: Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação · Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P ... Serão disponibilizadas

15

Descarregue gratuitamente atualizações online em www.portoeditora.pt/direito

Códigos Penal e Processo Penal, 8.ª Edição – Col. Legislação. Setembro de 2017 P06705.04

Pág. 785

No Capítulo XII, onde se lê:CAPÍTULO XII Processo supletivodeve ler-se o texto seguinte:

785Código da Execução das Penas e Medidas Privativas da Liberdade

3 –

CAPÍTULO XIII Processo supletivo

[Redação da Lei n.º 94/2017, de 23-08; entrada em vigor: 2017-11-22.]

TramitaçãoO processo supletivo segue, com as devidas adaptações, os trâmites do

processo de concessão da liberdade condicional.

TÍTULO V Recursos

CAPÍTULO I Recurso para o tribunal da Relação

Decisões recorríveis1 – Das decisões do tribunal de execução das penas cabe recurso para a

Relação nos casos expressamente previstos na lei.2 – São ainda recorríveis as seguintes decisões do tribunal de execução

das penas:a) Extinção da pena e da medida de segurança privativas da liberdade;b) Concessão, recusa e revogação do cancelamento provisório do re-

gisto criminal;c) As proferidas em processo supletivo.

Legitimidade1 – Salvo quando a lei dispuser diferentemente, têm legitimidade para re-

correr:a) O Ministério Público;b) O condenado ou quem legalmente o represente, das decisões con-

tra si proferidas;c) O requerente, quando não seja o Ministério Público nem o conde-

nado, relativamente às decisões que lhe sejam desfavoráveis.2 – Não pode recorrer quem não tiver interesse em agir.

Âmbito do recurso1 – Salvo o disposto no número seguinte ou quando a lei dispuser diferen-

temente, o recurso abrange toda a decisão.2 – O recurso pode ser limitado à questão de facto ou à questão de direito.3 – A limitação do recurso não prejudica o dever do tribunal de recurso de

retirar da procedência respetiva as consequências legalmente impostas rela-tivamente a toda a decisão recorrida.

ARTIGO 234.º

ARTIGO 235.º

ARTIGO 236.º

ARTIGO 237.º

PEN

PRO

CPE

NAL

-50