código tributário municipal de Águas lindas

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LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N. º 001/2005,DE 30 DE DEZEMBRO 2005."Institui o Código Tributário do Município e dá outras providências”.A CÂMARA MUNICIPAL DE ÁGUAS LINDAS DE GOIÁS, Estado de Goiás, APROVOU e o Prefeito Municipal SANCIONA a seguinte Lei: TÍTULO I NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTARIO CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei Complementar Municipal estabelece o Sistema Tributário do Município. Art. 2º O Sistema Tributário do Município é subordinado: I - às Constituiçõe

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LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N. 001/2005,

DE 30 DE DEZEMBRO 2005.

"Institui o Cdigo Tributrio do Municpio e d outras providncias.

A CMARA MUNICIPAL DE GUAS LINDAS DE GOIS, Estado de Gois, APROVOU e o Prefeito Municipal SANCIONA a seguinte Lei: TTULO I NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTARIO CAPTULO I DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1 Esta Lei Complementar Municipal estabelece o Sistema Tributrio do Municpio. Art. 2 O Sistema Tributrio do Municpio subordinado: I - s Constituies Federal e Estadual; II - ao Cdigo Tributrio Nacional institudo pela Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966, e demais Leis Federais Complementares; III - s Resolues Especficas do Senado Federal; IV - Legislao Estadual, nos limites da respectiva competncia; V - Lei Orgnica do Municpio. CAPTULO II LEGISLAO TRIBUTRIA Seo I Disposies Gerais Art. 3 A Legislao Tributria do Municpio, compreende as leis, decretos e normas complementares que visam, no todo ou em parte, tributos de competncia municipal e as relaes jurdicas a eles pertinentes. Pargrafo nico. So normas complementares das leis e dos decretos:1

I - os atos normativos, expedidos pelas autoridades administrativas; II - as decises dos rgos das instncias administrativas; III - a soluo dada consulta, obedecida s disposies legais; IV - os convnios que o Municpio celebre com a Unio, o Estado, o Distrito Federal e outros Municpios. Seo II Aplicao e Vigncia da Legislao Tributria Art. 4 O Cdigo Tributrio Municipal tem aplicao em todo o territrio do Municpio e estabelece relao jurdica tributria no momento em que tiver lugar o ato ou fato tributrio, salvo se este Cdigo dispuser expressamente de forma diferente. Art. 5 Salvo disposies em contrrio, entram em vigor: I - em 1 de janeiro do exerccio seguinte, desde que decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada as disposies legais que institui ou aumentou tributo, bem como, modifica a incidncia e ou a base de clculo de tributo j institudos. II - os atos a que se refere o inciso I do pargrafo nico do artigo 3, na data de sua publicao; III - as decises a que se refere o inciso II do pargrafo nico do art. 3, quanto aos seus efeitos normativos, 30 (trinta) dias aps a data de suas notificaes; IV - a soluo dada consulta a que se refere o inciso III do pargrafo nico do art. 3, na data da publicao da circular expedida pela autoridade fiscal competente; V - os convnios a que se refere o inciso IV do pargrafo nico do art. 3, na data neles prevista; VI em 1 de janeiro do exerccio seguinte quele em que ocorra a publicao dos dispositivos de lei extinguem ou reduzem isenes. CAPTULO III OBRIGAO TRIBUTRIA Seo I Disposies Gerais Art. 6 A obrigao tributria principal ou acessria. 1 A obrigao principal surge com a ocorrncia de fato gerador, que tem por objeto o pagamento do tributo ou penalidade pecuniria e extingue-se juntamente com o crdito dela decorrente.2

2 A obrigao acessria decorre de legislao tributria, que tem por objeto as prestaes nelas previstas no interesse da arrecadao ou da fiscalizao dos tributos. 3 A obrigao acessria, pelo simples fato de sua inobservncia, converte-se em obrigao principal relativamente penalidade pecuniria. Art. 7 As obrigaes acessrias sero cobradas mediante notificao preliminar ou notificao para apresentao de documentos fiscais, com prazo mximo de 8 (oito) dias a partir da data de cincia da notificao. (alterada pela Lei Complementar n 007/2009). Art. 7 Quando no for previsto prazo para cumprimento da obrigao tributria, far-se a intimao do contribuinte fixando-lhe o prazo de 30 (trinta) dias, findo o qual sero adotadas as medidas previstas neste Cdigo. Seo II Fato Gerador Art. 8 Fato gerador da obrigao principal, a situao definida neste Cdigo como necessria e suficiente sua ocorrncia. Art. 9 Fato Gerador da obrigao acessria, qualquer situao que na forma da legislao aplicvel, impe a prtica ou absteno de ato que no configure obrigao principal. Art. 10. Salvo disposio de lei em contrrio considera-se ocorrido o fato gerador e existente os seus efeitos: I - tratando-se de situao de fato, desde o momento em que se verifiquem as circunstncias materiais necessrias a que produzam os efeitos que normalmente lhe so prprios; II - tratando-se de situao jurdica, desde o momento em que esteja definitivamente constituda, nos termos do direito aplicvel. Seo III Sujeito Ativo Art. 11. Sujeito ativo da obrigao tributria o Municpio. Seo IV Sujeito Passivo

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Subseo I Disposies Gerais Art. 12. Sujeito passivo da obrigao principal a pessoa obrigada ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniria. Pargrafo nico. O sujeito passivo da obrigao principal diz-se: I - contribuinte, quando tenha relao pessoal e direta com a situao que constitua o respectivo fato gerador; II - responsvel, quando sem revestir a condio de contribuinte, sua obrigao decorra de disposio expressa neste Cdigo. Art. 13. Sujeito passivo da obrigao acessria a pessoa obrigada s prestaes que constitui o seu objeto. Subseo II Capacidade Tributria Art. 14. A capacidade jurdica para cumprimento da obrigao tributria decorre do fato de a pessoa natural ou jurdica se encontrar nas condies previstas em lei, dando lugar referida obrigao. Art. 15. A capacidade tributria passiva independe: I - da capacidade civil das pessoas naturais; II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privao ou limitao do exerccio de atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da administrao direta de seus bens ou negcios; III - de estar a pessoa jurdica regularmente constituda bastando que configure uma unidade econmica ou profissional. Subseo III Domiclio Tributrio Art. 16. Considera-se domiclio tributrio do sujeito passivo, contribuinte, responsvel ou substituto: I - quanto s pessoas jurdicas de direito privado ou s firmas individuais, a sede da empresa, ou, em relao aos atos ou fatos que derem origem obrigao, o territrio do Municpio; II - quanto s pessoas naturais, a sua residncia habitual, ou, sendo incerta ou desconhecida, o territrio do Municpio; III - quanto s pessoas jurdicas de direito pblico, qualquer de suas reparties no territrio do Municpio.

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Pargrafo nico. A autoridade fazendria poder recusar o domiclio eleito, quando impossibilite ou dificulte a arrecadao ou fiscalizao do tributo, aplicando as regras dos incisos deste artigo ou considerando como domiclio o lugar da situao dos bens ou da ocorrncia dos atos ou fatos que deram origem obrigao. Art. 17. O domiclio tributrio ser sempre consignado nas notas fiscais de servios, guias, peties, termos de abertura de livros fiscais obrigatrios e outros documentos que os contribuintes tenham obrigao de anotar, que dirijam ou devam apresentar Fazenda Pblica Municipal. Art. 18. Uma vez eleito pelo contribuinte ou determinado o domiclio na forma desta Subseo, este se obriga a comunicar a repartio competente, dentro de 30 (trinta) dias, contados a partir da data da ocorrncia, as mudanas de locais. Pargrafo nico. territrio do Municpio. Excetuam-se da regra deste artigo aos que tiveram como domiclio o

Art. 19. Com as ressalvas previstas neste Cdigo, considera-se estabelecimento o local, construdo ou no, onde o contribuinte exerce atividade geradora de obrigao tributria, ainda que pertencente a terceiro. 1 Todos os estabelecimentos do mesmo titular so considerados em conjunto para efeito de responder a empresa pelos dbitos, acrscimos, multas, correo monetria e juros referentes a quaisquer deles. 2 O titular do estabelecimento responsvel pelo cumprimento de todas as obrigaes principais e acessrias que esta Lei atribui ao seu estabelecimento. Seo V Responsabilidade Tributria Subseo I Disposies Gerais Art. 20. Sem prejuzo do disposto neste Cdigo lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crdito tributrio a terceira pessoa vinculada ao fato gerador da respectiva obrigao, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo a este em carter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigao, inclusive no que se refere multa e aos acrscimos legais. Subseo II5

Responsabilidade dos Sucessores Art. 21. O disposto nesta Seo aplica-se por igual aos crditos tributrios definitivamente constitudos ou em curso de constituio data dos atos nela referidos, e aos constitudos posteriormente aos mesmos atos, desde que relativo obrigao tributria surgida at a referida data. Art. 22. A pessoa jurdica de direito privado que resultar de fuso, transformao ou incorporao de outra, responsvel pelos tributos devidos at a data do ato, pelas pessoas jurdicas de direito privado fusionadas transformadas ou incorporadas. Pargrafo nico. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extino de pessoa jurdica de direito privado, quando a atividade for continuada por qualquer scio remanescente, ou seu esplio, sob a mesma ou outra razo social, ou sob firma individual. Art. 23. A pessoa natural ou jurdica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer ttulo, fundo de comrcio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva explorao, sob a mesma ou outra razo social ou sob a firma ou nome individual, responde pelos tributos relativos ao fundo ou estabelecimento, devidos at a data do ato: I - integralmente, se o alienante cessar a explorao do comrcio, indstria ou atividade; II - subsidiariamente, com o alienante, se este prosseguir na explorao ou iniciar, dentro de seis meses a contar da data da alienao, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comrcio, indstria ou profisso. Subseo III Responsabilidade de Terceiros Art. 24. Nos casos de impossibilidade de exigncia do cumprimento da obrigao principal pelo contribuinte, respondem com este nos atos que intervierem ou pelas omisses de que forem responsveis: I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; II - os tutores ou curadores, pelos tributos devidos por seus tutelares ou curatelados; III - os administradores, de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo esplio; V - o sndico e o comissrio, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo concordatrio; VI - os tabelies, escrives e demais serventurios de ofcio, pelos tributos devidos sobre os atos praticados por ele, ou perante eles, em razo de seu ofcio; VII - os scios, no caso de liquidao de sociedade de pessoas; VIII - a pessoa jurdica, tomadora ou intermediria de servios, restrito ao estabelecido6

neste Cdigo. Pargrafo nico. O disposto neste artigo s se aplica, em matria de penalidades, as de carter moratrio. Art. 25. So pessoalmente responsveis pelos crditos correspondentes obrigao tributria resultante de atos praticados com excesso de poderes ou infrao de lei, contrato social ou estatutos: I - as pessoas referidas no artigo anterior; II - os mandatrios, prepostos ou empregados; III - os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado. Subseo IV Substituio Tributria Art. 26. A autoridade fazendria competente poder, atravs de Termo de Acordo de Regime Especial especfico, estabelecer que o responsvel por indstria, comrcio ou outras atividades passe a substituir o contribuinte principal, quanto a obrigao do pagamento do tributo devido. 1 A substituio tributria se dar quando houver um relacionamento comercial obrigatrio entre o contribuinte principal e o substituto tributrio, de forma a evidenciar a possibilidade de sua efetivao, sem nenhum prejuzo para ambas as partes. 2 Aps a vigncia do Termo de Acordo de Regime Especial a substituio tributria passa a ser obrigatria. Subseo V Reteno na Fonte Art. 27. A reteno na fonte do tributo devido Fazenda Municipal, torna-se obrigatria quando do pagamento da prestao de servios a contribuintes no inscritos no Cadastro de Atividades Econmicas do Municpio ou aqueles que embora inscritos, no emitirem a nota fiscal de servios. Pargrafo nico. A obrigatoriedade por este artigo abrange a todas as categorias econmicas, sejam de vinculao ao direito privado ou pblico. Subseo VI Responsabilidade por Infraes Art. 28. Salvo disposio de lei em contrrio, a responsabilidade por infraes da7

legislao tributria, independe da inteno do agente ou do responsvel e da efetividade, natureza e extenso dos efeitos do ato. Art. 29. A responsabilidade pessoal ao agente: I - quanto s infraes conceituadas por lei como crimes ou contravenes, salvo quando praticadas no exerccio regular de administrao, mandato, funo, cargo ou emprego, ou no cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; II - quanto s infraes em cuja definio o dolo especfico do agente seja elementar; III - quanto s infraes que decorram direta ou exclusivamente de dolo especfico: a) das pessoas referidas nos artigos 24, 26 e 37, contra aquelas por quem respondem; b) dos mandatrios, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou empregadores; c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurdicas de direito privado, contra estas. Art. 30. A responsabilidade excluda pela denncia espontnea da infrao, acompanhada, se for o caso, do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depsito da importncia arbitrada pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apurao. Pargrafo nico. No se considera espontnea a denncia apresentada aps o incio de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalizao, relacionados com a infrao. CAPTULO IV CRDITO TRIBUTRIO Seo I Disposies Gerais Art. 31. O crdito tributrio decorre da obrigao principal e tem a mesma natureza desta. Art. 32. As circunstncias que modificam o crdito tributrio, sua extenso, os seus efeitos, ou as garantias, ou os privilgios a ele atribudos, ou que excluem sua exigibilidade no afetam a obrigao tributria que lhe deu origem. Art. 33. O crdito tributrio regularmente constitudo somente se modifica ou extingue, ou tem sua exigibilidade suspensa ou excluda, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais no podem ser dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivao ou as respectivas garantias. Seo II Constituio do Crdito Tributrio Subseo I8

Lanamento Art. 34. Compete privativamente autoridade administrativa constituir o crdito tributrio pelo lanamento, assim entendido o procedimento administrativo necessrio a verificar a ocorrncia do fato gerador da obrigao correspondente, determinar a matria tributvel, calcular o montante do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicao da penalidade cabvel. Pargrafo nico. A atividade administrativa de lanamento vinculada e obrigatria sob pena de responsabilidade funcional. Art. 35. O lanamento reporta-se data da ocorrncia do fato gerador da obrigao e regese pela lei ento vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 1 Aplica-se ao lanamento a legislao que, posteriormente ocorrncia do fato gerador da obrigao, tenha institudo novos critrios de apurao ou processos de fiscalizao, ampliando os poderes de investigao das autoridades administrativas, ou outorgando ao crdito maiores garantias ou privilgios, exceto, neste ltimo caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributria a terceiros. 2 O disposto neste artigo no se aplica aos tributos lanados por perodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido. Art. 36. O lanamento regularmente notificado ao sujeito passivo s pode ser alterado em virtude de: I - impugnao do sujeito passivo; II - recurso de ofcio; III - iniciativa de ofcio da autoridade administrativa, nos casos previstos no art. 40, deste Cdigo. Art. 37. A modificao introduzida de ofcio ou em conseqncia de deciso administrativa ou judicial, nos critrios jurdicos adotados pela autoridade administrativa no exerccio do lanamento somente pode ser efetivada, em relao a um mesmo sujeito passivo, quanto a fato gerador ocorrido posteriormente sua introduo. Subseo II Modalidade de Lanamento Art. 38. O lanamento efetuado com base na declarao do sujeito passivo ou de terceiro, quando um ou outro, na forma da legislao tributria, presta autoridade administrativa informaes sobre matria de fato, indispensveis sua efetivao.

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1 A retificao da declarao por iniciativa do prprio declarante, quando vise a reduzir ou a excluir tributo, s admissvel mediante comprovao do erro em que se funde, e antes de notificado o lanamento. 2 Os erros contidos na declarao e apurveis pelo seu exame sero retificados de ofcio pela autoridade administrativa a que competir a reviso daquela. Art. 39. Quando o clculo do tributo tenha por base, ou tome em considerao, o valor ou o preo de bens, direitos, servios ou atos jurdicos, a autoridade lanadora, mediante processo regular, arbitrar aquele valor ou preo, sempre que sejam omissos ou no meream f s declaraes ou os esclarecimentos prestados, ou os documentos expedidos pelo sujeito passivo ou pelo terceiro legalmente obrigado, ressalvada, em caso de contestao, avaliao contraditria, administrativa ou judicial. Art. 40. Quando das hipteses previstas neste Cdigo, o lanamento revisto de ofcio pela autoridade administrativa nos seguintes casos: I - quando a lei assim o determine; II - quando a declarao no seja prestada, por quem de direito, no prazo e na forma da legislao tributria municipal; III - quando a pessoa legalmente obrigada, embora tenha prestado declarao nos termos do inciso anterior, deixe de atender, no prazo e na forma da legislao tributria, o pedido de esclarecimento formulado pela autoridade administrativa, recuse-se a prest-lo ou no o preste satisfatoriamente, a juzo daquela autoridade; IV - quando se comprove falsidade, erro ou omisso quanto a qualquer elemento definido na legislao tributria, como sendo de declarao obrigatria; V - quando se comprove omisso ou inexatido, por parte da pessoa legalmente obrigada no exerccio da atividade a que se refere o artigo seguinte; VI - quando se comprove ao ou omisso do sujeito passivo, ou de terceiro legalmente obrigado, que d lugar aplicao de penalidade pecuniria; VII - quando se comprove que o sujeito passivo, ou terceiro em benefcio daquele, agiu com dolo, fraude ou simulao; VIII - quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no provado por ocasio do lanamento anterior; IX - quando se comprove que, o lanamento anterior, ocorreu fraude ou falta funcional da autoridade que o efetuou, ou omisso, pela mesma autoridade, de ato ou formalidade essencial. Pargrafo nico. A reviso de lanamento s pode ser iniciada enquanto no extinto o direito da Fazenda Pblica Municipal. Art. 41. O lanamento por homologao, que ocorre quanto aos tributos cuja legislao atribua ao sujeito passivo dever de antecipar o pagamento sem prvio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.

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1 O pagamento antecipado pelo obrigado nos termos deste artigo extingue o crdito, sob condio resolutria da anterior homologao do lanamento. 2 No influem sobre a obrigao tributria quaisquer atos anteriores homologao, praticados pelo sujeito passivo ou por terceiro, visando extino total ou parcial do crdito. 3 Os atos a que se refere o pargrafo anterior sero, porm, considerados na apurao do saldo porventura devido e, sendo o caso, na imposio da penalidade ou sua graduao. 4 Se a lei no fixar prazo homologao, ser ele de 05 (cinco) anos, a contar da ocorrncia do fato gerador; expirado esse prazo sem que Fazenda Pblica se tenha pronunciado, considera-se homologado o lanamento e definitivamente extinto o crdito, salvo se comprovada a ocorrncia de dolo, fraude ou simulao. Seo III Suspenso do Crdito Tributrio Subseo nica Disposies Gerais Art. 42. Suspendem a exigibilidade do crdito tributrio: I - a moratria; II - o depsito do seu montante integral; III - as reclamaes e os recursos, nos termos deste Cdigo; IV - a concesso de medida liminar em mandado de segurana. Art. 43. A concesso de moratria ser objeto de lei especial, atendidos os requisitos do Cdigo Tributrio Nacional. Art. 44. O depsito do montante integral ou parcial da obrigao tributria poder ser efetuado pelo sujeito passivo e suspender a exigibilidade do crdito tributrio a partir da data de sua efetivao nos cofres Pblicos Municipais ou de sua consignao judicial. Art. 45. A impugnao, a defesa e o recurso apresentados pelo sujeito passivo, bem como a concesso de medida liminar em mandato de segurana suspendem a exigibilidade do crdito tributrio, independentemente do prvio depsito. Art. 46. A suspenso da exigibilidade do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias dependentes da obrigao principal ou dela conseqentes. Art. 47. Os efeitos suspensivos cessam pela extino ou excluso do crdito tributrio, pela11

deciso administrativa desfavorvel, no todo ou em parte, ao sujeito passivo e pela cassao da medida liminar concedida em mandado de segurana. Seo IV Extino do Crdito Tributrio Subseo I Disposies Gerais Art. 48. Extinguem o crdito tributrio: I - o pagamento; II - a compensao; III - a transao; IV - a remisso; V - a prescrio e a decadncia; VI - a converso de depsito em renda; VII - o pagamento antecipado e a homologao do lanamento nos termos que dispuser este Cdigo; VIII - a deciso administrativa irreformvel, assim entendida a definitiva na rbita administrativa, que no mais possa ser objeto de ao anulatria; IX - a deciso judicial passada em julgado; X a consignao em pagamento julgado procedente. Subseo II Pagamento Art. 49. O pagamento de tributos e rendas municipais vencem em 31 de janeiro de cada ano ou ser efetuado, dentro dos prazos fixados no Calendrio Fiscal, baixado por Ato Normativo pelo Secretrio da Fazenda ou Prefeito Municipal. 1 O crdito pago por cheque somente considera extinto com o resgate pelo sacado. 2 O pagamento efetuado sempre no rgo arrecadador, sob pena de responsabilidade funcional, ressalvada a cobrana em estabelecimento de crdito, na forma de convnio assinado pelo Chefe do Poder Executivo. Art. 50. O pagamento de um crdito no importa em presuno de pagamento: I quando parcial, das prestaes em que se decomponha; II quando total, de outros crditos referentes ao mesmo ou a outros tributos. Art. 51. Nenhum pagamento intempestivo de tributo poder ser efetuado sem que o infrator pague, no ato, as penalidades correspondentes, sob pena de responsabilidade funcional, ressalvados os12

casos de remisso ou compensao na forma prevista neste Cdigo. Art. 52. A imposio de penalidades no ilide o pagamento integral do crdito tributrio. Art. 53. Existindo simultaneamente dois ou mais dbitos vencidos do mesmo sujeito passivo para o Municpio, relativos ao mesmo ou a diferentes tributos ou proveniente de penalidades pecunirias e de juros de mora, a autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinar a respectiva imputao, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que vo enumeradas: I - em primeiro lugar os dbitos por obrigao prpria, e em segundo os decorrentes de responsabilidade tributria; II - primeiramente as contribuies de melhoria, em seguida as taxas, e por fim, os impostos; III - na ordem crescente dos prazos de prescrio; IV - na ordem decrescente dos montantes. Subseo III Pagamento Parcelado Art. 54. Poder ser concedido pela autoridade fazendria competente, o parcelamento de dbitos fiscais de contribuintes de tributos municipais e penalidades inerentes, independentemente do procedimento fiscal. Art. 55. O parcelamento somente ser concedido quando solicitado pelo contribuinte atravs de processo regular, o qual ter efeito de confisso de dvida, reconhecendo o interessado a certeza e liquidez de seu dbito fiscal. Art. 56. O parcelamento poder ser concedido a critrio da autoridade fazendria competente, em at 24 (vinte e quatro) prestaes mensais, iguais e sucessivas. 1 Os dbitos parcelados acima de 04 (quatro) parcelas, aps atualizaes, sero convertidos em Unidade de Referncia do Municpio URFM. 2 vedada a concesso do parcelamento:

I - quando o contribuinte no se encontrar regularmente cadastrado; II - quando se tratar de dbito ou parcela de dbito j beneficiada anteriormente; III com parcelas mensais inferiores a uma Unidade de Referncia Fiscal do Municpio URFM; IV quando as parcelas mensais, tratando-se do Imposto Sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana, ultrapassarem o prprio exerccio financeiro; V quando se tratar de dbito j ajuizado.

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3 No clculo do parcelamento sero includas as penalidades cabveis, os juros de mora e a correo monetria, se houver. 4 O valor das parcelas mensais decorrentes de parcelamentos concedidos em at quatro vezes, no sofrer atualizao monetria, a partir da data de sua composio. Art. 57. O no pagamento de 02 (duas) parcelas consecutivas, nas datas nelas previstas, importar no cancelamento ex-ofcio do parcelamento e a conseqente inscrio do dbito remanescente na Dvida Ativa. Art. 58. A concesso do parcelamento na forma prevista no artigo 56, obriga ao beneficiado, sob pena de suspenso do benefcio, ao resgate tempestivo dos dbitos fiscais subseqentes, decorrentes de outras operaes tributveis. Art. 59. Ocorrendo o cancelamento do parcelamento, por qualquer motivo previsto neste Cdigo, acrescentar-se-o ao dbito remanescente, os juros moratrios decorridos no perodo de defasagem entre o vencimento da ltima parcela e a data da inscrio. Pargrafo nico. No se aplicaro as disposies deste artigo quando a inscrio se proceder antes do dia do vencimento da ltima parcela, hiptese em que o dbito ser inscrito pelo valor do saldo remanescente. Art. 60. No ato do pedido de parcelamento o contribuinte dever comprovar que recolheu ao rgo arrecadador, o valor correspondente primeira parcela, calculada na forma do artigo 56. Pargrafo nico. O recolhimento da primeira parcela no implicar no deferimento pedido. Art. 61. Indeferido o pedido de parcelamento, o contribuinte ser intimado a recolher o saldo de seu dbito fiscal no prazo de 20 (vinte) dias contados da data do recebimento da notificao do despacho, sob pena de inscrio em Dvida Ativa. Subseo IV Compensao Art. 62. A compensao s ser concedida com a autorizao do Prefeito, mediante demonstrao, pelo sujeito passivo, em processo, da liquidez e certeza dos seus crditos vencidos e vincendos. Pargrafo nico. Sendo vincendo o crdito do sujeito passivo ser feita apurao do seu montante, no podendo haver dedues.

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Subseo V Transao Art. 63. A autoridade competente para prover a transao o Prefeito Municipal. 1 lcito aos interessados prevenirem ou terminarem o litgio mediante concesses mtuas. 2 O poder de transigir no importa o de firmar compromissos. Subseo VI Arrecadao Art. 64. A arrecadao dos tributos, multas, depsitos, ou caues, ser efetuada na forma do artigo 49 deste Cdigo, excetuando-se as hipteses de depsitos ou caues, que ficaro a cargo do Departamento Financeiro da Prefeitura. Art. 65. Pela cobrana a menor de tributos e penalidades, respondem imediatamente perante a Fazenda, em partes iguais, os funcionrios responsveis, aos quais cabe o direito regressivo contra o sujeito passivo, a quem, o erro no aproveita. 1 Os funcionrios enquadrados neste artigo, podero requerer ao fiscal contra o contribuinte que se recusar a atender notificao do rgo arrecadador, no cabendo, porm, nenhuma cominao de multa, salvo em caso de dolo ou evidente m f. 2 No ser de responsabilidade imediata dos funcionrios a cobrana a menor que se fizerem em virtude de declarao falsa do contribuinte, quando ficar provado que a fraude foi praticada em circunstncia e sob forma tais que se tornou impossvel tomar as providncias necessrias defesa do errio municipal. Art. 66. O Executivo Municipal poder contratar com empresas habilitadas em licitao pblica ou com estabelecimento de crdito com sede, agncia ou escritrio no Municpio, o recebimento dos tributos. Pargrafo nico. No compete aos estabelecimentos contratados com base neste artigo, a fiscalizao de declaraes de contribuintes, contendo falhas ou fraudes evidentes. Art. 67. Nenhum procedimento ou ao se intentar contra o contribuinte que pagar tributo ou cumprir outras obrigaes fiscais de acordo com a deciso administrativa irrecorrvel, ainda que posteriormente essa deciso seja revogada ou modificada. Pargrafo nico. O disposto neste artigo aplica-se ao contribuinte que praticar atos nele previstos, de conformidade com as instrues emanadas dos rgos, regularmente publicadas.15

Subseo VII Pagamento Indevido Art. 68. O contribuinte tem direito, independentemente de prvio protesto, restituio total ou parcial do tributo, nos seguintes casos: I - cobrana ou pagamento espontneo do tributo indevido ou maior que o devido em face da legislao tributria municipal aplicvel, ou da natureza ou circunstncias materiais do fato gerador efetivamente ocorrido; II - erro na identificao do sujeito passivo dos tributos diretos, na determinao da alquota, no clculo do montante do dbito ou na elaborao ou conferncia de qualquer documento relativo ao pagamento; III - reforma, anulao, revogao ou resciso de deciso condenatria. 1 Nenhuma restituio se far sem ordem da autoridade fazendria, a quem compete, em todos os casos, conhecer dos respectivos pedidos. 2 Os processos de restituio sero obrigatoriamente informados, antes de receberem despacho decisrio, pelo rgo municipal competente que o houver calculado, ou tiver competncia para calcular os tributos e as penalidades reclamadas, bem como pelo rgo encarregado do registro dos recebimentos. Art. 69. A restituio total ou parcial do tributo d lugar restituio, na mesma proporo, dos juros de mora e das penalidades pecunirias, salvo as referentes a infraes de carter formal no prejudicada pela causa da restituio. 1 O direito de pleitear a restituio extingue-se com o decurso do prazo de 5 (cinco) anos contados: I - nas hipteses dos incisos I e II do artigo 68, da extino do crdito tributrio; II - na hiptese do inciso III do artigo 68, da data em que se tornar definitiva a deciso administrativa ou passar em julgado a deciso judicial que tenha reformado, revogado ou rescindido a deciso condenatria. 2 O prazo de prescrio interrompido pelo incio da ao fiscal, recomeando o seu curso, por metade, a partir da data da intimao validamente feita ao representante judicial da Fazenda Municipal. 3 Para efeito de restituio prevista neste artigo consideram-se tambm restituveis despesas judiciais decorrentes de inscrio indevida em Dvida Ativa. Art. 70. Prescreve em 02 (dois) anos, a ao anulatria da deciso administrativa que16

denegar a restituio. Pargrafo nico. O prazo de prescrio interrompido pelo incio da ao judicial, recomeando o seu curso, por metade, a partir da data da intimao validamente feita ao representante judicial da Fazenda Pblica Municipal. Art. 71. Comprovada a negligncia ou impercia no processo de lanamento ou inscrio do dbito em Dvida Ativa, do qual decorra a arrecadao por via judicial e a conseqente restituio com prejuzo Fazenda Pblica, o funcionrio responder pela diferena entre o valor efetivamente recolhido e a restituio. Subseo VIII Remisso Art. 72. O Prefeito Municipal poder proceder remisso total ou parcial do crdito tributrio, por despacho fundamentado, atendendo: I - a situao econmica do sujeito passivo; II - a importncia do crdito tributrio; III - as consideraes de equidade, em relao com as caractersticas pessoais ou materiais do caso; IV - as condies peculiares a determinado bairro ou setor do Municpio. Pargrafo nico. A remisso, de que trata este artigo, no atinge, sob qualquer hiptese ou aspecto, os crditos tributrios em desfavor de sujeito passivo proprietrio de mais de um imvel. Art. 73. O despacho que conceder a remisso, no gera direito adquirido e ser revogado, de ofcio, sempre que se apure que o beneficirio satisfazia ou deixou de satisfazer as condies exigidas, ou no cumprira os requisitos para concesso do favor, cobrando-se o crdito com acrscimos de multa, juros de mora e correo monetria. Subseo IX Prescrio e Decadncia Art. 74. O direito da Fazenda Pblica Municipal de constituir o crdito tributrio extinguese aps 5 (cinco) anos contados: I - do primeiro dia do exerccio seguinte quele em que o lanamento poderia ter sido efetuado; II - da data que se tornar definitiva a deciso que houver anulado, por vcio formal, o lanamento anteriormente efetuado; 1 O direito a que se refere este artigo, extingue-se definitivamente com o decurso do prazo nele previsto, contado da data em que tenha sido iniciada a constituio do crdito tributrio pela notificao ao sujeito passivo de qualquer medida preparatria indispensvel ao lanamento.17

2 A prescrio se interrompe: I - pela citao pessoal feita ao devedor; II - pelo protesto judicial; III - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; IV - por qualquer ato inequvoco, ainda que extrajudicial, que importe em reconhecimento do dbito pelo devedor. Seo V Excluso do Crdito Tributrio Sub-seo I Disposies Gerais Art. 75. Excluem o crdito tributrio: I iseno; II a anistia. Pargrafo nico. A excluso do crdito tributrio no dispensa o cumprimento das obrigaes acessrias, dependentes da obrigao principal cujo crdito excludo, ou dela conseqente. Sub-seo II Iseno Art. 76. A iseno, ainda quando prevista em contrato, sempre decorrente de lei que especifique as condies e requisitos exigidos para a sua concesso, os tributos a que se aplica e, sendo o caso, o prazo de sua durao. Art. 77. Salvo disposio da lei em contrrio, a iseno no extensiva: I s taxas e s contribuies; II aos tributos institudos posteriormente sua concesso. Art. 78. A iseno salvo se concedida por prazo certo e em funo de determinadas condies, pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, observado o disposto no inciso VI do art. 5, deste Cdigo. Art. 79. A iseno, quando no concedida em carter geral, efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concesso. Pargrafo nico. Tratando-se de tributo lanado por perodo certo de tempo, o despacho referido neste artigo ser renovado antes da expirao de cada perodo, cessando automaticamente os seus efeitos a partir do primeiro dia do perodo para o qual o interessado deixar de promover a continuidade do18

reconhecimento da iseno. Sub-seo III Anistia Art. 80. A anistia abrange exclusivamente as infraes cometidas anteriormente vigncia da lei que a concede, no se aplicando: I aos atos qualificados em lei como crimes ou contravenes e aos que, mesmo sem essa qualificao, sejam praticados com dolo, fraude ou simulao pelo sujeito passivo ou por terceiro em benefcio daquele; II salvo disposio de lei em contrrio, s infraes resultantes de conluio entre duas ou mais naturais ou jurdicas. Art. 81. A anistia pode ser concedida: I em carter geral; II limitadamente: a) s infraes da legislao relativa a determinado tributo; b) s infraes punidas com penalidades pecunirias at determinado montante, conjugadas ou no com penalidades de outra natureza; c) sob condio do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei que conceder, ou cuja fixao seja atribuda pela mesma lei autoridade administrativa. Art. 82. A anistia, quando no concedida em carter geral, efetivada, em cada caso, por despacho da autoridade administrativa, em requerimento com o qual o interessado faa prova do preenchimento das condies e do cumprimento dos requisitos previstos em lei para sua concesso. CAPTULO V ADMINISTRAO TRIBUTRIA Seo I Autoridades Fiscais Art. 83. Autoridades Fiscais so as que tm competncia, atribuies e jurisdio definidas em lei, regulamento ou regimento. Art. 84. Compete ao rgo Fazendrio Municipal, orientar em todo o Municpio a aplicao das leis tributrias, dar-lhes interpretao, dirimir-lhes as dvidas e omisses e expedir Atos Normativos, Regulamentos, Resolues, Ordens de Servios e as demais instrues necessrias ao esclarecimento dos atos decorrentes dessas atividades. Art. 85. Todas as funes referentes a lanamento, cobrana, recolhimento e fiscalizao dos tributos municipais, aplicao de sanes por infrao de disposio deste Cdigo, bem como, as medidas de preveno e represso fraudes sero exercidas pelos setores prprios do rgo Fazendrio19

Municipal, segundo as atribuies constantes da lei que estabelece o sistema administrativo do governo municipal e do respectivo regimento, se houver. Seo II Fiscalizao Art. 86. A fiscalizao direta dos impostos, taxas e contribuies competem ao rgo Fazendrio Municipal e aos fiscais municipais, e a indireta s autoridades administrativas e judiciais, e aos demais rgos da administrao municipal na forma e condies estabelecidas no Cdigo de Processo Civil e Cdigo Judicirio e aos demais, rgos da administrao municipal. Art. 87. Os servidores municipais incumbidos da fiscalizao quando, no exerccio de suas funes, comparecerem ao estabelecimento do sujeito passivo, lavraro obrigatoriamente termos circunstanciados de incio e de concluso da verificao fiscal realizada, nos quais consignaro o perodo fiscalizado, bem como a execuo dos trabalhos, a relao dos livros e documentos examinados, as concluses a que chegar, e tudo mais que for de interesse para a fiscalizao. 1 Os termos sero lavrados no livro fiscal correspondente ao imposto devido, e, na sua falta, em documentos parte, emitido em duas vias, uma das quais ser assinada pelo contribuinte ou seu preposto. 2 Todos os funcionrios encarregados da fiscalizao e arrecadao dos tributos municipais, so obrigados a prestarem assistncia tcnica ao contribuinte, ministrando-lhe esclarecimentos sobre a inteligncia e fiel observncia das leis tributrias. Art. 88. So obrigados a exibir documentos e livros fiscais e comerciais relativos aos impostos, a prestar informaes solicitadas pelo fisco e no embaraar a ao fiscal: I - o sujeito passivo e todos os que participarem das operaes sujeitas aos impostos; II - os serventurios do ofcio; III - os servidores pblicos municipais; IV - as empresas transportadoras e os proprietrios de veculos encarregados do transporte de mercadorias e objetos, por conta prpria ou de terceiros, desde que faam do transporte profisso lucrativa; V - os bancos caixas econmicas e demais instituies financeiras; VI - os sndicos, comissrios e inventariantes; VII - os leiloeiros, corretores, despachantes e liquidatrios; VIII - as companhias de armazns gerais; IX - todos os que, embora no sujeitos ao imposto, prestam servios considerados como etapas do processo de gerao do crdito tributrio. Seo III Dvida Ativa

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Art. 89. Constituem dvida ativa do Municpio os crditos tributrios ou no provenientes dos tributos e multas de qualquer natureza, previstos neste Cdigo, no Cdigo de Posturas, no Cdigo de Obras e/ou Edificaes ou tarifas ou preos de servios pblicos, desde que regularmente inscritos no rgo competente, depois de esgotados os prazos estabelecidos para pagamento ou ainda de deciso em processo administrativo regular, transitada em julgado. Art. 90. Para todos os efeitos legais, considera-se como inscrita a dvida registrada em livros, tipografados ou processados eletronicamente, mantidos pelo rgo Fazendrio Municipal. Art. 91. O termo de inscrio da dvida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicar obrigatoriamente: I - o nome do devedor e, sendo o caso, dos co-responsveis, bem como, sempre que possvel, os seus domiclios; II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - a origem e a natureza do crdito, mencionada especificamente a disposio da lei em que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo o caso, o nmero do processo administrativo de que se originou o crdito. Pargrafo nico. A certido conter, alm dos requisitos deste artigo, a indicao do livro e da folha da inscrio. Art. 92. A dvida regularmente inscrita goza de presuno de certeza e liquidez e tem efeito de prova pr-constituda. Pargrafo nico. A presuno, a que se refere este artigo, relativa e pode ser ilidida por prova inequvoca, a cargo do sujeito passivo ou de terceiro a quem aproveite. Art. 93. Sero considerados legalmente prescritos os dbitos inscritos em Dvida Ativa, no ajuizados ou no, decorridos 5 (cinco) anos, contados da data da inscrio. Pargrafo nico. O prazo, a que se refere este artigo, se interrompe: I - pela citao pessoal do devedor, feita judicialmente ou pela notificao administrativa; II - por qualquer ato judicial que constitua em mora o devedor; III - pela apresentao de documentos comprobatrios da dvida, em juzo, de inventrio ou concurso de credores; IV - pela contestao em juzo. Art. 94. As dvidas relativas ao mesmo devedor, quando conexas ou conseqentes, podero ser reunidas em um s processo. Art. 95. O recebimento de crditos tributrios constantes de certides j encaminhadas para21

cobrana executiva, ser feito exclusivamente vista de guias de recolhimento expedidas pelos escrives ou procuradores. Pargrafo nico. As guias de recolhimento, de que trata este artigo, sero datadas e assinadas pelo emitente e contero obrigatoriamente: I - o nome do devedor e seu endereo; II - o nmero de inscrio da dvida; III - a identificao do tributo ou penalidade; IV - a importncia total do dbito e o exerccio a que se refere; V - a multa, os juros de mora e a correo monetria a que estiver sujeito o dbito; VI - as custas judiciais; VII - outras despesas legais. Art. 96. Encerrado o procedimento administrativo para recebimento do crdito tributrio, o rgo competente providenciar a inscrio dos dbitos fiscais, por contribuinte. 1 Antes da inscrio do dbito fiscal em dvida ativa, poder o contribuinte requerer o seu parcelamento para o pagamento em at 06 (seis) parcelas mensais. 2 Independentemente do trmino do exerccio financeiro, os dbitos fiscais no pagos em tempo hbil podero ser inscritos em dvida ativa, exceto os casos previstos pelo artigo 97 deste Cdigo. 3 As multas por infrao de leis e regulamentos municipais, sero consideradas como dvida ativa, e imediatamente inscritas, assim que findar o prazo para interposio de recurso ou quando interposto no obtiver provimento. 4 Para a dvida ativa, de que tratam os pargrafos anteriores deste artigo, desde que legalmente inscrita, ser extrada imediatamente a respectiva certido a ser encaminhada cobrana executiva. 5 Extrada a certido de inscrio do dbito em dvida ativa, pelo titular do rgo fazendrio ou por quem este delegar competncia, cessa a possibilidade de sua cobrana administrativa. Art. 97. A dvida ativa proveniente do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, bem como, das taxas e contribuies arrecadadas juntamente com este, sero cobradas amigavelmente at 180 (cento e oitenta) dias aps o trmino do exerccio financeiro a que se referir. Pargrafo nico. Findo o prazo previsto neste artigo, a dvida ser encaminhada para cobrana executiva, medida que forem sendo extradas as certides. Art. 98. Ressalvados os casos de autorizao legislativa no se efetuar o recebimento de22

crditos inscritos em dvida ativa com dispensa de multas, juros de mora e correo monetria. Pargrafo nico. Verificada, a qualquer tempo, a inobservncia do disposto neste artigo, fica o funcionrio responsvel obrigado, alm da pena disciplinar a que estiver sujeito, a recolher aos cofres municipais o valor da quantia que houver dispensado. Art. 99. solidariamente responsvel com o servidor quanto reposio das quantias relativas reduo, multa e aos juros de mora mencionada no artigo anterior, a autoridade superior que autorizar ou determinar aquelas concesses, salvo se o fizer em cumprimento de mandado judicial. Art. 100. A inscrio, a cobrana amigvel e a expedio da certido da dvida ativa competem ao rgo Fazendrio Municipal. Pargrafo nico. Encaminhada a certido da dvida ativa para a cobrana executiva, cessar a competncia do rgo fazendrio para agir ou decidir quanto a ela, cumprindo-lhe, entretanto, prestar as informaes solicitadas pelo rgo encarregado da execuo e pelas autoridades judicirias. Art. 101. Aplica-se a dvida ativa do Municpio o que dispe a Lei Federal n. 6.830, de 22 de setembro de 1980 e suas modificaes posteriores. Seo IV Certido Negativa Art. 102. A prova de quitao dos tributos municipais ser feita, quando exigvel, por Certido Negativa, expedida vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informaes necessrias identificao de sua pessoa, domiclio tributrio, ramo de negcio ou atividade, localizao e caracterizao do imvel, inscrio no Cadastro Fiscal, quando for o caso, e o fim a que se destina a certido. 1 A certido negativa tratando-se do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, ser expedida por imvel, conforme sua inscrio junto ao Cartrio de Registro de Imveis. 2 A certido negativa ser expedida nos termos em que tenha sido requerida e no prazo mximo de 03 (trs) dias da entrada do requerimento no rgo competente. Art. 103. A certido negativa expedida com dolo ou fraude que contenha erro contra a Fazenda Pblica considerada nula de pleno direito e responsabilizar pessoalmente o funcionrio que a expedir pelo crdito tributrio e juros de mora acrescidos. Pargrafo nico. O disposto neste artigo no exclui a responsabilidade criminal e funcional que no caso couber. Art. 104. assegurado a qualquer pessoa o direito de requerer, s reparties pblicas23

municipais, certides para defesa de direitos e esclarecimentos de situaes. Pargrafo nico. O pedido ser indeferido se o interessado recusar-se a apresentar provas ou documentos necessrios apurao dos fatos relacionados com a legitimidade do pedido. Art. 105. As certides negativas relativas a tributos anuais tero validade por 03 (trs) meses, as demais por 30 (trinta) dias. Pargrafo nico. Nos casos de dbitos parcelados, a certido, embora positiva, poder, dentro das validades deste artigo, ter efeito de negativa. CAPTULO VI SISTEMA TRIBUTRIO DO MUNICPIO Seo I Disposies Gerais Art. 106. Tributo toda prestao pecuniria compulsria, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que no constitua sano de ato ilcito, instituda em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. Art. 107. A natureza jurdica especfica do tributo determinada pelo fato gerador da respectiva obrigao, sendo irrelevante para qualific-la: I - a denominao e demais caractersticas formais adotadas pela lei; II - a destinao legal do produto de sua arrecadao. Art. 108. Os tributos so impostos, taxas, contribuio de melhoria e contribuio para o custeio da Iluminao Pblica. 1 Imposto o tributo cuja obrigao tem por fato gerador uma situao independentemente de qualquer atividade especfica, relativa ao contribuinte. 2 Taxa o tributo que tem como fato gerador o exerccio regular do poder de polcia, ou a utilizao, efetiva ou potencial, de servio pblico especfico e divisvel, prestado ao contribuinte ou posto a sua disposio; no podendo ter base de clculo prpria de impostos. 3 Contribuies de Melhoria o tributo institudo para fazer face ao custo de obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria. 4 Contribuio para o custeio de Iluminao Pblica o tributo institudo para fazer face ao custeio dos servios de iluminao das vias e logradouros pblicos.

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Seo II Tributos Municipais Art. 109. Compem o sistema tributrio do Municpio os seguintes tributos: I - impostos a) sobre a propriedade predial e territorial urbana; b) sobre a transmisso "inter vivos", a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica, e de direitos reais sobre imveis, exceto os de garantia, bem como cesso de direitos a sua aquisio; c) sobre servios de qualquer natureza, no compreendidos na competncia estadual, definidos em lei complementar. II - Taxas: a) de licena, decorrente do exerccio regular de poder de polcia; b) pela utilizao efetiva ou potencial de servios pblicos. III - Contribuies: a) de melhoria, pela realizao de obras pblicas de que decorra valorizao imobiliria; b) de iluminao pblica, para o custeio dos servios de iluminao de vias e logradouros pblicos. Pargrafo nico. Os servios pblicos a que se refere o inciso II, "b", deste artigo, consideram-se: I - utilizado pelo contribuinte: a) efetivamente, quando por ele usufrudo, a qualquer ttulo; b) potencialmente, quando, sendo de utilizao compulsria, sejam postos disposio mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento. II - especfico, quando possam ser destacados em unidades autnomas de interveno, de utilidade ou de necessidade pblica; III - divisveis, quando suscetveis de utilizao, por parte de cada um dos seus usurios. CAPTULO VII COMPETNCIA TRIBUTRIA Seo I Disposies Gerais Art. 110. A atribuio constitucional de competncia tributria compreende a competncia legislativa plena para instituir, lanar, arrecadar e fiscalizar os tributos municipais, ou de executar leis, servios, atos ou decises administrativas, ressalvadas as limitaes contidas na Constituio Federal, na25

Constituio Estadual e na Lei Orgnica do Municpio e observado o disposto neste Cdigo. Seo II Limitao da Competncia Tributria Art. 111. Por fora de disposies constitucionais, so imunes aos impostos municipais: I o patrimnio, a renda ou os servios da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios; II os templos de qualquer culto; III o patrimnio, renda ou servios dos partidos polticos, inclusive suas fundaes, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituies de educao e assistncia social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos do artigo seguinte; IV o livro, o jornal e os peridicos, assim com o papel destinado sua impresso. 1 O disposto no inciso I deste artigo extensivo s autarquias e s fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico, no que se refere ao patrimnio, renda e aos servios vinculados suas finalidades essenciais ou s delas decorrentes. 2 As vedaes do inciso I, e do pargrafo anterior no se aplicam ao patrimnio, renda e aos servios, relacionados com explorao de atividades econmicas regidas pelas normas aplicveis e empreendimentos privados, ou em que haja contraprestao ou pagamento de preos ou tarifas pelo usurio, nem exonera o promitente comprador da obrigao de pagar imposto relativamente ao bem imvel. 3 O dispositivo no inciso II deste artigo extensivo aos templos manicos. Art. 112. O disposto no inciso III do artigo anterior subordinado observncia dos seguintes requisitos, pelas entidades nele referidas: I no remunerar, por qualquer forma, seus dirigentes pelos servios prestados; II aplicarem integralmente seus recursos na manuteno e desenvolvimento dos seus objetivos; III manter escriturao completa de suas receitas e despesas em livros revestidos das formalidades legais e capazes de assegurar sua exatido; IV conservar em boa ordem, pelo prazo de 5 (cinco) anos, contados da data da emisso, os documentos que comprovem a origem de suas receitas e a efetivao das despesas, bem assim a realizao de quaisquer outros atos ou operaes que venham a modificar a sua situao patrimonial; V recolher os tributos retidos sobre servios prestados por terceiros, na forma da lei; VI apresentar, anualmente, Declarao de Rendimentos da Pessoa Jurdica e da Pessoa Fsica dos dirigentes; VII assegurar, por ato constitutivo, a destinao de seu patrimnio a outra instituio que atenda as condies de gozo da imunidade, no caso de incorporao, fuso, ciso ou de encerramento de suas atividades, ou a rgo pblico.

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1 Os servios a que se refere o inciso III do artigo anterior so, exclusivamente, os diretamente relacionados com os objetivos institucionais das entidades nele referidos, previstos nos respectivos estatutos ou atos constitutivos. 2 As instituies previstas no inciso III devero, requerer no rgo Fazendrio do Municpio, a Declarao de Reconhecimento da Imunidade Tributria. 3 Perder a imunidade tributria a instituio enquadrada neste Cdigo que deixar de atender aos requisitos legais. TITULO II IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIES CAPTULO I DISPOSIES GERAIS Art. 113. So impostos de competncia do Municpio: I - sobre a propriedade predial e territorial urbana; II - sobre a transmisso intervivos, a qualquer ttulo, por ato oneroso, de bens imveis, por natureza ou acesso fsica e de direitos reais sobre imveis, exceto os da garantia, bem como de direitos a sua aquisio; III - sobre servios de qualquer natureza, no compreendidos na competncia estadual, definidos em lei complementar. CAPTULO II IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA Seo I Fato Gerador Art. 114. O Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana tem como fato gerador propriedade, o domnio til ou a posse de bem imvel por natureza ou por acesso fsica como definido na lei civil, localizado na zona urbana do municpio. 1 Entende-se por zona urbana do municpio toda rea assim definida por ato da administrao municipal nos termos da lei pertinente. 2 tambm considerada como zona urbana a rea urbana ou de expanso urbana, constante de loteamentos aprovados pelos rgos competentes, destinados habitao, indstria ao comrcio ou a prestao de servios, observada a legislao federal que regula a espcie.

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3 Na zona urbana definida neste artigo, dever ser observado o requisito mnimo da existncia de pelo menos 2 (dois) dos melhoramentos constantes dos incisos seguintes, construdos ou mantidos pelo poder pblico: I meio-fio ou calamento, canalizao de gua pluvial; II abastecimento de gua; III sistema de esgoto sanitrio; IV rede de iluminao pblica com ou sem posteamento para distribuio domiciliar; V - escola primria ou posto de sade a uma distncia mxima, de trs quilmetros do imvel considerado. Art. 115. A incidncia, sem prejuzo das cominaes cabveis, independem do cumprimento de quaisquer exigncias legais, regulamentares ou administrativas. Art. 116. Considera-se ocorrido o fato gerador em 1 de janeiro.

IV o nico imvel pertencente pessoa fsica com idade superior a 65 (sessenta e cinco) anos ou portadoras de necessidades especiais, encaminhadas com diagnstico situacional encaminhado pela Secretaria de Ao Social do Municpio. Pargrafo nico As isenes constantes do caput deste artigo devero ser reconhecidos pelo rgo fazendrio do municpio. Seo II Isenes Art. 117. So isentos do imposto: I - os imveis cedidos gratuitamente em sua totalidade, para uso de rgos do Municpio, suas autarquias e Fundaes. II - os imveis edificados pertencentes s associaes de bairros, centros comunitrios e, quando usados exclusivamente para as atividades que lhes so prprias; . III - as reas urbanas ou de expanso urbana que constituam reserva florestal definida pelo Poder Pblico; IV o nico imvel pertencente pessoa fsica com idade superior a 65 (sessenta e cinco) anos ou portadoras de necessidades especiais, encaminhadas com diagnstico situacional encaminhado pela Secretaria de Ao Social do Municpio. Pargrafo nico As isenes constantes do caput deste artigo devero ser reconhecidos pelo rgo fazendrio do municpio.28

Seo III Base de Clculo Art. 118. A base de clculo do Imposto o valor venal do imvel, apurado e atualizado, anualmente. 1 Na determinao do valor venal sero tomados, em conjunto ou separadamente, os seguintes elementos: I - quanto ao prdio: a) - o padro ou tipo de construo; b) - a rea construda; c) - o valor unitrio do metro quadrado; d) - o estado de conservao; e) - os servios pblicos ou de utilidade pblicas existentes na via ou logradouro; f) - o ndice de valorizao do logradouro ou quadra em que estiver situado o imvel; g) - o preo do imvel nas ltimas transaes de compra e venda realizadas nas quadras prximas ao imvel, segundo o mercado imobilirio local; h) - a destinao do imvel; i) - quaisquer outros dados informativos obtidos pelo rgo competente. II - quanto ao terreno: a) a rea, a forma, as dimenses, a localizao, os acidentes geogrficos e outras caractersticas; b) os fatores indicados nas alneas e, f, g, do inciso anterior e quaisquer outros dados informativos. 2 Na determinao do valor venal no se consideram: I - o dos bens mveis, mantidos em carter permanente ou temporrio, no imvel, para efeito de sua utilizao, explorao, aformoseamento ou comodidade; II - as vinculaes restritivas de direito de propriedade e o estado de comunho; III - edificaes sem condies de uso; IV - edificaes em estado de runa ou de qualquer modo inadequadas utilizao de qualquer natureza. Art. 119. O valor venal dos imveis ser apurado com base na Planta Genrica de Valores dos Terrenos, na Planta Genrica de valores de glebas e Tabela de Preos de Construes aprovadas anualmente pela Cmara Municipal. Pargrafo nico. Entende-se por gleba, para os efeitos do pargrafo anterior, poro de terras contnuas com valor mtrico igual ou superior a 5.000 m (cinco mil metros quadrados), situada em zona urbanizvel ou de expanso urbana do municpio. (alterada pela lei complementar n 007/2009).29

Pargrafo nico. Entende-se por gleba, para os efeitos do pargrafo anterior, poro de terras contnuas com mais de 10.000 m (dez mil metros quadrados), situada em zona urbanizvel ou de expanso urbana do municpio. Art. 120. As Plantas e Tabela de que tratam o artigo anterior sero elaboradas e revistas, anualmente, por comisso prpria composta de at 7 (sete) membros, a ser constituda pelo Chefe do Poder Executivo. 1 O projeto de lei contendo as Plantas Genricas de Valores e Tabela de Preos de Construes, dever ser encaminhado Cmara Municipal, pelo Executivo, at 60 (sessenta) dias antes do trmino do ano legislativo. 2 No sendo encaminhado o projeto de lei, at a data estabelecida no pargrafo anterior, perde o Poder Executivo o direito de atualizar os valores venais dos imveis, vigorando-se para o ano seguinte os mesmos valores vigentes no ano anterior, reajustados somente pelo percentual da inflao acumulada dos 12 (doze) meses imediatamente anteriores. Seo IV Abatimento da Base de Clculo Art. 121. Ser permitido abatimento no valor da base de clculo do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, individualmente para cada imvel, independentemente de ser o seu prprio proprietrio pessoa fsica ou jurdica, desde que efetivamente cumprida a exigncia estabelecida neste Cdigo, de 10% (dez por cento), quando a edificao obedecer a projeto de arquitetura devidamente aprovado e licenciado pelo rgo competente municipal e possuir o termo de habite-se. Art. 122. O Titular do rgo Fazendrio Municipal estabelecer em Ato Normativo, a forma, o local e o prazo para a comprovao, pelos contribuintes, da exigncia que permita o abatimento de que trata o artigo anterior. Seo V Clculo do Imposto Art. 123. O Imposto ser calculado aplicando-se as seguintes alquotas sobre o valor da base de clculo: (alterado pela Lei Complementar n 006/2009) I - para os imveis edificados 0,25 % (zero vrgula oito por cento); II - para os imveis no edificados 0,40 % (um e meio por cento). Pargrafo nico. O imvel no edificado considerado, em legislao especfica, como imprprio sua finalidade social, nos termos dos artigos 6 e 7 da Lei Federal n 10.257/01 Estatuto da Cidade, ter sua alquota acrescida, a partir da vigncia da Lei e a cada exerccio, em 100% (cem por30

cento), at o limite mximo de 10% (dez por cento) de seu valor venal. Art. 123. O Imposto ser calculado aplicando-se as seguintes alquotas sobre o valor da base de clculo: I - para os imveis edificados 0,6 % (zero vrgula oito por cento); II - para os imveis no edificados 1,5 % (um e meio por cento). Pargrafo nico. O imvel no edificado considerado, em legislao especfica, como imprprio sua finalidade social, nos termos dos artigos 6 e 7 da Lei Federal n 10.257/01 Estatuto da Cidade, ter sua alquota acrescida, a partir da vigncia da Lei e a cada exerccio, em 100% (cem por cento), at o limite mximo de 10% (dez por cento) de seu valor venal. Seo VI Sujeito Passivo Art. 124. Contribuinte do Imposto o proprietrio do imvel, o titular do seu domnio til ou o seu possuidor a qualquer ttulo. 1 Conhecidos o proprietrio ou o titular do domnio til e o possuidor, para efeito de determinao do sujeito passivo, dar-se- preferncia queles e no a este, dentre aqueles tomar-se- o titular do domnio til. 2 Na impossibilidade de eleio do proprietrio ou titular do domnio til devido ao fato de o mesmo ser imune ao imposto, dele estar isento, ser desconhecido ou no localizado, ser considerado sujeito passivo aquele que estiver na posse do imvel. Art. 125. Os crditos tributrios, relativos ao imposto e s taxas que a ele acompanham, sub-roga-se dos respectivos adquirentes, salvo conste do ttulo prova de sua quitao. Art. 126. So pessoalmente responsveis: I - o adquirente ou remitente, pelos tributos relativos aos bens adquiridos ou remidos; II - o sucessor a qualquer ttulo e o cnjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo "de cujus" at a data da partilha ou adjudicao, limitada a esta responsabilidade ao montante do quinho, do legado ou da meao; III - o esplio, pelos tributos devidos pelo "de cujus" at a data da abertura da sucesso. Seo VII Lanamento Art. 127. O lanamento do imposto anual e ser feito um para cada imvel com economia independente, com base nos elementos existentes no Cadastro Imobilirio.31

Pargrafo nico. Considera-se ocorrido o fato gerador em 1 de janeiro do ano a que corresponde o lanamento, ressalvado o caso de prdio novo, cujo fato gerador ocorrer na data de expedio do habite-se ou da carta de ocupao, pelo rgo competente. Art. 128. No caso de condomnio, figurar o lanamento em nome de cada um dos condminos, na proporo de sua parte e, sendo esses desconhecidos em nome do condomnio. 1 Quando se tratar de loteamento figurar o lanamento em nome de seu proprietrio, englobadamente ou individualmente a critrio do rgo lanador, at que seja outorgada e registrada a escritura definitiva da unidade vendida. 2 Equivale a escritura, para efeito do pargrafo anterior, o contrato de promessa de compra e venda ou de cesso de direito, devidamente averbado no Cartrio de Registro de Imveis. 3 Verificando-se o registro de que tratam os pargrafos anteriores, os lotes vendidos sero lanados em nome do comprador ou do promitente comprador, no exerccio subseqente ao que se verificar a modificao no Cadastro Imobilirio. 4 Quando o imvel estiver sujeito a inventrio, figurar o lanamento em nome do esplio e, feita a partilha, ser transferido para os nomes dos sucessores, os quais se obrigam a promover a transferncia perante o Cadastro Imobilirio do Municpio, dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da data da partilha ou da adjudicao. 5 Os imveis pertencentes a esplio, cujo inventrio, esteja sobrestado, sero lanados em nome do mesmo, o qual responder pelo tributo at que, julgado o inventrio se faam s necessrias modificaes. 6 O lanamento dos imveis pertencentes massa falida, ou sociedade em liquidao, ser feito em nome das mesmas, mas a notificao ser endereada aos seus representantes legais, anotando-se os nomes e endereos nos registros. Art. 129. Considera-se regularmente efetuado o lanamento com a entrega da notificao a qualquer das pessoas indicadas nos artigos 124 e 125 ou a seus prepostos. 1 Equivale-se notificao, o prprio talo para pagamento do imposto. 2 Comprovada a impossibilidade, em duas tentativas, de entrega da notificao a qualquer das pessoas referidas neste artigo, ou no caso de recusa de seu recebimento por parte daquelas, a notificao far-se- por edital, na forma deste Cdigo e do Cdigo de Processo Civil. 3 O edital poder ser feito globalmente para todos os imveis que se encontram na situao prevista no pargrafo anterior.

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Seo VIII Pagamento Art. 130. O imposto ser pago de uma s vez ou parceladamente, na forma, local e no prazo previsto na notificao. 1 O contribuinte que optar pelo pagamento em quota nica, gozar de um desconto de 10% (dez por cento) sobre o crdito tributrio, se o pagamento for efetuado at o seu vencimento. 2 O pagamento em quota nica sem desconto e sem nenhum acrscimo, poder ser efetuado at um ms aps o vencimento. Seo IX Reviso de Lanamento Art. 131. O lanamento, regularmente efetuado e aps notificado o sujeito passivo, s poder ser alterado em virtude: I - iniciativa de ofcio da autoridade lanadora, quando se comprove que no lanamento ocorreu erro na apreciao dos fatos, omisses ou falta da autoridade que o efetuou ou quando deva ser apreciado fato no conhecido ou no provado por ocasio do lanamento; II - deferimento, pela autoridade administrativa, de reclamao ou impugnao do sujeito passivo, em processo regular, obedecidas s normas processuais previstas neste Cdigo. Art. 132. Far-se- ainda reviso de lanamento sempre que se verificar erro na fixao do valor venal ou da base tributria, ainda que os elementos indutivos dessa fixao hajam sido apurados diretamente pelo fisco. Art. 133. Uma vez revisto o lanamento com obedincia s normas e exigncias previstas nos artigos anteriores, ser reaberto prazo de 20 (vinte) dias ao sujeito passivo, para efeito do pagamento do tributo ou da diferena deste, sem acrscimo de qualquer penalidade. Art. 134. Aplica-se reviso de lanamento as disposies dos pargrafos 1 e 2 do art. 38 deste Cdigo. Seo X Reclamao Contra o Lanamento Art. 135. A reclamao ser apresentada no rgo competente em requerimento escrito, obedecidas s formalidades regulamentares e assinada pelo prprio contribuinte ou por quem dele fizer s vezes ou ainda por procurador legalmente constitudo, observando-se o prazo de 20 (vinte) dias, contados da cincia na notificao de que trata o art. 129, deste Cdigo.33

1 Do requerimento ser dado recibo ao reclamante. 2 Se o imvel a que se referir reclamao no estiver inscrito no Cadastro Imobilirio, a autoridade administrativa intimar o reclamante para proceder ao cadastramento, no prazo de 08 (oito) dias, esgotado o qual ser o processo indeferido e arquivado. 3 Na hiptese do pargrafo anterior, no caber pedido de reconsiderao ao despacho que houver sido indeferida a reclamao. 4 A reclamao contra o lanamento ser julgada pelas instncias administrativas, forma e condies estabelecidas neste Cdigo, inclusive quanto aos prazos e recursos. Art. 136. A reclamao, apresentada dentro do prazo previsto no artigo anterior ter efeito suspensivo quando: I - houver engano quanto ao sujeito passivo; II - existir erro quanto base de clculo ou do prprio clculo. Pargrafo nico. O contribuinte que tiver sua reclamao indeferida responder pelo pagamento de multas e outras penalidades j incidentes sobre o tributo. Seo XI Cadastro Imobilirio Art. 137. Todos os imveis, inclusive os que gozarem de imunidade ou iseno, situados na zona urbana do Municpio como definida neste Cdigo, devero ser inscritos pelo contribuinte ou responsvel no Cadastro Imobilirio. Art. 138. Em se tratando de imvel pertencente ao poder pblico, a inscrio ser feita, de ofcio, pela autoridade responsvel pelo Setor de Cadastro. Art. 139. A inscrio dos imveis que se encontrarem nas situaes previstas nos pargrafos 4, 5 e 6 do artigo 128 ser feita pelo inventariante, sndico ou liquidante conforme o caso. Art. 140. A fim de efetivar a inscrio no Cadastro Imobilirio o responsvel obrigado a comparecer aos rgos competentes do Municpio, munido de ttulo de propriedade ou de compromisso de compra e venda, para as necessrias anotaes. Pargrafo nico. A inscrio dever ser efetuada no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do registro da escritura definitiva ou averbao de promessa de compra e venda do imvel. Art. 141. Em caso de litgio sobre o domnio do imvel, a ficha de inscrio mencionar tal34

circunstncia, bem como os nomes dos litigantes e dos possuidores do imvel, a natureza do feito, o juzo e cartrio por onde correr a ao. Pargrafo nico. Inclui-se tambm, na situao prevista neste artigo, o esplio, a massa falida, e as sociedades em liquidao. Art. 142. Em se tratando de rea loteada ou remanejada, cujo loteamento ou remanejamento houver sido licenciado pela administrao municipal, fica o responsvel obrigado, alm da apresentao do ttulo de propriedade, a entrega ao rgo cadastrador, e uma planta completa, em escala que permita a anotao dos desdobramentos, logradouros, das quadras e dos lotes, rea total, reas cedidas ao patrimnio municipal, as reas compromissadas e as reas alienadas, com as suas respectivas matrculas junto ao Cartrio de Registro de Imveis. Art. 143. Devero ser obrigatoriamente comunicadas ao rgo cadastrador, no prazo de 30 (trinta) dias, todas as ocorrncias verificadas com relao ao imvel, que possam afetar a base de clculo e a identificao do sujeito passivo da obrigao tributria. Art. 144. Os Cartrios ficam obrigados a exigir, sob pena de responsabilidade na forma do artigo 134, inciso VI do Cdigo Tributrio Nacional, certido negativa de tributos municipais, certido de aprovao de loteamento, de cadastramento, de remanejamento de rea, para efeito de lavratura do instrumento de transferncia ou venda do imvel, bem como, enviar ao rgo fazendrio municipal, relao mensal dos imveis transferidos para as devidas anotaes no Cadastro Imobilirio do novo ttulo de propriedade. Pargrafo nico. A relao de que trata este artigo dever ser remetida at o 10 (dcimo) dia do ms subseqente ao evento. Seo XII Penalidades Art. 145. Pelo descumprimento de normas constantes do Captulo II, do Ttulo II deste Cdigo, sero aplicadas as seguintes multas, relativas ao Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana: I - 0,05% (cinco centsimos por cento) do valor do imposto, por dia de atraso acumulativo, quando pago fora dos prazos regulamentares at o montante mximo de 20% (vinte por cento); II - 1000% (um mil por cento) da Unidade de Referncia Fiscal do Municpio - URFM, aos que deixarem de proceder o cadastramento como previsto no art. 137, deste Cdigo. III - 1000% (um mil por cento) da Unidade de Referncia Fiscal do Municpio - URFM, aos que deixarem de proceder inscrio ou comunicao de que tratam os artigos 138, 140, 142, 143 e 144 deste Cdigo. Art. 146. As alquotas fixadas no artigo 123 sero acrescidas de 20% (vinte por cento), quando o imvel, situado em logradouro pavimentado dotado de meio-fio, no dispuser de passeio e de35

mais 20% (vinte por cento) por falta de muro, mureta ou gradil. Pargrafo nico. A penalidade prevista neste artigo ser imposta, automaticamente, no ato do lanamento, aps um ano de vigncia deste Cdigo, prazo em que todos os contribuintes infratores devero ser notificados. Art. 147. Os dbitos no pagos nos prazos regulamentares ficam acrescidos de multa diria prevista no inciso I do art. 145, dos juros moratrios de 1% (um por cento) ao ms, contado a partir do ms seguinte ao de vencimento e ainda de atualizao monetria com base na Unidade de Referncia do Municpio URFM. Seo XIII Disposies Especiais Art. 148. O imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana constitui nus real e acompanha o imvel em todos os casos de transmisso da propriedade ou de direitos reais a ele relativos. Art. 149. O Executivo Municipal, atendendo a condies prprias de determinados setores ou a fatores supervenientes aos critrios de avaliao j fixados, poder reduzir em at 25% (vinte e cinco por cento) os valores fixados na planta de valores e tabela de preos de construes. Pargrafo nico. Inclui-se nas condies deste artigo ocorrncia de calamidade pblica ou motivo comprovado de fora maior que haja ocasionado a desvalorizao do imvel. Art. 150. Para os efeitos deste imposto, consideram-se no edificados os imveis: I - em que no existir edificao como prevista no artigo seguinte; II - em que houver obra paralisada ou em andamento em condies de inabitabilidade, edificaes condenadas ou em runas ou de natureza temporria, assim consideradas as que, edificadas no exerccio financeiro a que se referir o lanamento, sejam demolveis por fora de disposies contratuais, at o ltimo dia do exerccio. Art. 151. Ressalvadas as hipteses do artigo anterior, considera-se bem imvel edificado, para os efeitos deste Cdigo, o equipamento, a construo ou edificao permanente que sirva para habitao, uso, recreio ou exerccio de qualquer atividade, seja qual for a sua forma ou destino, bem como suas unidades ou dependncias com economia autnoma, mesmo que localizada em um nico lote. Art. 152. Ser exigida certido negativa do imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, nos seguintes casos: I - concesso de habite-se e de licena para construo, ampliao ou reforma; II - remanejamento de reas; III - aprovao de plantas de reurbanizao e de loteamentos; IV - participao em concorrncia pblica, inscrio no Cadastro de Licitantes do Municpio e pedido de concesso de servios de competncia municipal;36

V - contrato de locao de bem imvel a rgos pblicos; VI - pedido de reconhecimento de imunidade para o imposto a que se refere este artigo. Art. 153. Em nenhuma hiptese o valor do Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, ser inferior a 50% (cinqenta por cento) da Unidade de Referncia Fiscal do Municpio URFM. CAPTULO III IMPOSTO SOBRE TRANSMISSO DE BENS IMVEIS Seo I Fato Gerador Art. 154. O Imposto Sobre a Transmisso de Bens Imveis incide sobre a transmisso de bens imveis, mediante ato oneroso, "inter vivos" e tem como fato gerador: Ia transmisso, a qualquer ttulo, da propriedade ou do domnio til de bens imveis, por natureza ou por acesso fsica, conforme definidos no Cdigo Civil; II a transmisso, a qualquer ttulo, de direitos reais sobre imveis, exceto os direitos reais de garantia; III a cesso de direitos relativos s transmisses referidas nos incisos anteriores. Seo II Incidncia Art. 155. A incidncia do imposto alcana as seguintes mutaes patrimoniais: I - compra e venda pura ou condicional e atos equivalentes; II - dao em pagamento; III - permuta; IV - arrematao ou adjudicao em leilo, hasta pblica ou praa; V - incorporao ao patrimnio de pessoa jurdica, ressalvado o previsto nos incisos III e IV do art. 157, deste Cdigo; VI - transferncia do patrimnio de pessoa jurdica para o de qualquer um de seus scios, acionistas ou respectivos sucessores; VII - tornas ou reposies que ocorram: a) nas partilhas efetuadas em virtude de dissoluo da sociedade conjugal ou morte quando o cnjuge ou herdeiro receber, dos imveis situados no Municpio, quota-parte cujo valor seja maior do que o da parcela que lhe caberia na totalidade desses imveis; b) nas divises para extino de condomnio de imvel, quando for recebida por qualquer condmino, quota-parte material, cujo valor seja maior do que o de sua quota-parte ideal. VIII - mandato em causa prpria e seus substabelecimentos, quando o instrumento contiver os requisitos compra e venda; IX - instituies de fideicomisso;37

X - enfiteuse e subenfiteuse; XI - rendas expressamente constitudas sobre imvel; XII - concesso real de uso; XIII - cesso de direitos de usufruto; XIV - cesso de direitos de usucapio; XV - cesso de direitos do arrematante ou adjudicante, depois de assinado o auto de arrematao ou adjudicao; XVI - cesso de promessa de venda ou cesso de promessa de cesso; XVII - acesso fsica, quando houver pagamento de indenizao; XVIII - cesso de direitos sobre permuta de bens imveis; XIX - qualquer ato judicial ou extrajudicial "inter vivos" no especificado neste artigo, que importe ou se resolva em transmisso, a ttulo oneroso, de bens imveis por natureza ou acesso fsica ou de direitos reais sobre o imvel, exceto os de garantia; XX - cesso de direitos relativos aos atos mencionados no inciso anterior; 1 Ser devido novo imposto: III III IV quando o vendedor exercer o direito de prelao; o pacto de melhor comprador; na retrocesso; na retrovenda.

2 Equipara-se ao contrato de compra e venda, para efeitos fiscais: I - a permuta de bens imveis, por bens e direitos de outra natureza; II - a permuta de bens imveis, por outros quaisquer bens fora do territrio do Municpio; III - a transao em que seja reconhecido direito que implique transmisso de imvel ou de direitos a ele relativos. Seo III Isenes Art. 156. So isentas do imposto: I - a extino do usufruto, quando o seu instituidor tenha continuado dono da sua propriedade; II - a transmisso dos bens ao cnjuge, em virtude da comunicao decorrente do regime de bens do casamento; III - a indenizao de benfeitorias pelo proprietrio ao locatrio, consideradas aquelas de acordo com a lei civil; IV - a transmisso decorrente de investidura; V - as reas consideradas como de reservas florestais legais, em cada propriedade rural; VI - a transmisso em que o alienante seja o Poder Pblico;38

VII - a transmisso de gleba rural de rea no excedente a vinte e cinco hectares, que se destine ao cultivo pelo proprietrio e sua famlia, no possuidor de outro imvel no Municpio; VIII - a transmisso decorrente da execuo de planos habitacionais para a populao de baixa renda, patrocinado ou executado por rgos pblicos ou seus agentes; IX - a transmisso cujo valor do imposto seja inferior a 1 unidade de referncia fiscal do municpio URFM; X - as transferncias de imveis desapropriados para fins de reforma agrria. Pargrafo nico. A iseno no inciso V somente ser reconhecida, caso a propriedade rural tenha uma reserva florestal legal, compatvel com a legislao federal pertinente, certificada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovveis IBAMA. Seo IV Imunidade e No Incidncia Art. 157. O imposto no incide: I - nas transmisses de bens imveis em que figurem como adquirentes a Unio, os Estados, o Distrito Federal e os Municpios, vedao que, relativamente aquisio de bens vinculados s suas finalidades essenciais ou delas decorrentes extensivo ainda s autarquias e fundaes institudas e mantidas pelo Poder Pblico; II - nas transmisses em que figurem como adquirentes os partidos polticos, inclusive suas fundaes, as entidades sindicais de trabalhadores, as instituies de educao e de assistncia social, sem fins lucrativos, de bens imveis relacionados com suas finalidades essenciais, desde que atendidos os requisitos estabelecidos no art. 112, deste Cdigo; III - sobre as transmisses de bens ou direitos incorporados ao patrimnio de pessoa jurdica em realizao de Capital, ou sobre a transmisso de bens ou direitos decorrentes de fuso, incorporao, ciso ou extino de pessoa jurdica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for compra e venda desses bens ou direitos, locao de imveis ou arrendamento mercantil; IV - nas transmisses em que figurem como adquirente igreja de qualquer culto, de bens imveis relacionados exclusivamente com o templo. 1 Considera-se caracterizada a atividade preponderante, referida no inciso III do caput Seo V Contribuinte e Responsvel Art. 158. O Imposto devido pelo adquirente ou cessionrio do bem imvel e do direito a ele relativo. Pargrafo nico. Nas permutas, cada contratante pagar o imposto sobre o bem adquirido.

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Seo VI Base de Clculo Art. 159. A base de clculo do Imposto o valor pactuado no negcio jurdico ou o valor venal atribudo ao imvel ou ao direito transmitido, periodicamente atualizado pelo Municpio, se este for maior. 1 O valor dos bens ou direitos transmitidos, em quaisquer hipteses previstas neste Cdigo, ressalvadas as da avaliao judicial ou administrativa, ser apurado pelo rgo Fazendrio. 2 Para efeito de fixao do valor tributvel dos imveis urbanos ser utilizada a planta genrica de valores do Municpio de guas Lindas de Gois, devidamente atualizada. 3 Na arrematao ou leilo, na remisso, na adjudicao de bens imveis ou de direitos a eles relativos, a base de clculo ser o valor estabelecido pela avaliao judicial ou administrativa, ou o preo pago, se este for maior. 4 Nas tornas ou reposies, a base de calculo ser o valor venal da frao ideal. 5 Na transmisso de fideicomisso, a base de clculo ser o valor do negcio jurdico, ou 70% (setenta por cento) do valor venal do bem imvel ou do direito transmitido, se maior. 6 Nas rendas expressamente constitudas sobre imveis, a base de clculo ser o valor do negcio, ou 30% (trinta por cento) do valor venal do bem imvel, se maior. 7 Na concesso real de uso, a base de clculo ser o valor do negcio jurdico, ou 40% (quarenta por cento) do valor venal do bem imvel, sem maior. 8 No caso de cesso de direitos de usufruto, a base de clculo ser o valor do negcio jurdico, ou 70% (setenta por cento) do valor venal do bem imvel, se maior. 9 No caso de acesso fsica, a base de clculo ser o valor da indenizao, ou o valor da frao ou acrscimo transmitido, se maior. 10. Quando a fixao do valor venal do bem imvel ou direito transmitido tiver por base o valor da terra nua estabelecido pelo rgo federal competente, poder o Municpio atualiz-lo monetariamente. 11. A impugnao do valor fixado como base de clculo do imposto, ser endereada ao rgo municipal que efetuar o clculo, acompanhada de laudo tcnico de avaliao do imvel ou direito transmitido.

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Seo VII Alquotas Art. 160. O imposto ser calculado mediante a aplicao das alquotas a seguir especificadas, incidentes sobre as classes de valor definidas por nmero de Unidades Fiscais de Referncia UFRM: (inserido pela lei complementar n 004/2009) Classe de Valor do Imvel em UFRM Alquota At 8.300 1% De 8.301 at 12.000 3% Acima de 12.001 3,5% Classe de Valor do Imvel em UFRM At 5.000 De 5.001 at 200.000 Acima de 200.001 Alquota 2% 3% 3,5%

Pargrafo nico. Para os efeitos do disposto neste artigo, ser considerado o valor da Unidade Fiscal de Referncia UFRM vigente data da efetivao do ato ou contrato. Seo VIII Pagamento Art. 161. O pagamento do imposto efetuar-se-: I nas transmisses e cesses por ttulos pblicos: a) antes da lavratura da respectiva escritura, quando ocorrida no Municpio; b) nos prazos estabelecidos no art. 162 quando lavrada em outros Municpios, Estado ou Pas. II nas transmisses e cesses por ttulo particular, inclusive os do Sistema Financeiro de Habitao mediante a apresentao do instrumento repartio fiscal competente, no prazo de 10 (dez) dias, quando celebrado no Municpio, observando-se que dispe o art. 162 e demais hipteses. III nas arremataes, adjudicaes ou remisses, antes das respectivas cartas; IV no fideicomisso, dentro de 10 (dez) dias de sua efetivao e em 60 (sessenta) dias, contados de sua extino.

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Art. 162. Quando o instrumento de transmisso por lavrado em outro Municpio, Estado ou Pas, o prazo para pagamento do imposto ser de 30 (trinta), 60 (sessenta) e 120 (cento e vinte) dias, respectivamente, incidindo multa de 0,2 (zero vrgula dois) URFM (Unidade de Referncia Fiscal do Municpio) por ms ou frao de atraso. Art. 163. O recolhimento do imposto ser feito mediante apresentao, ao rgo recebedor, do documento de arrecadao municipal e da guia de informao municipal ou laudo de avaliao, previsto em ato do Responsvel pelo rgo Fazendrio, que sero preenchidos: I pelo tabelio que deva lavrar, neste Municpio a escriturao de transmisso ou cesso; II pelo oficial de registro de imveis, antes do registro, quando a escritura houver sido lavrada em outro Municpio, Estado ou Pas; III pelo escrivo, nas transmisses inter vivos, a ttulo oneroso, ocorridas em razo de processo judicial; IV pelo adquirente, nas transmisses ou cesses lavradas por ttulo particular. Art. 164. O rgo arrecadador no poder receber o imposto quando os documentos necessrios ao recolhimento no estiverem preenchidos de acordo com as prescries deste Cdigo. Art. 165. Nos contratos de compra e venda e nas cesses de direito celebrados por escrito particular, todas as vias do instrumento sero levadas ao rgo arrecadador, que nelas certificar o recolhimento do imposto. Seo IX Restituio Art. 166. No se restituir o Imposto pago: Iquando houver subseqente cesso da promessa ou compromisso, ou quando qualquer das partes exercer o direito de arrependimento, no sendo, em conseqncia, lavrada a escritura; II quele que venha a perder o imvel, em virtude de pacto de retrovenda. 1 O imposto, uma vez pago, s ser restitudo nos casos de: Ianulao de transmisso, decretada pela autoridade judiciria, em deciso definitiva; II nulidade do ato jurdico; III resciso de contrato e desfazimento da arrematao, com fundamento do Artigo 1.136, do Cdigo Civil. 2 O direito restituio de que trata o 1 extingue-se em 05 (cinco) anos, contados:42

I da data do recolhimento do imposto, nos casos em que o ato tributvel no se realizou; II da data em que transitar em julgado a sentena que anulou o ato tributado ou que determinou o desconto ou abatimento do imposto. 3 O pedido de restituio ser institudo com os documentos comprobatrios dos fatos alegados pelos interessados, de modo que no remanesam dvidas quanto a eles. Seo X Fiscalizao e Obrigaes Acessrias Art. 167. A fiscalizao da regularidade do recolhimento do imposto compete a todas as autoridades e servidores do fisco municipal, as autoridades judicirias, a junta comercial do estado, serventurios da justia, membros do Ministrio Pblico e Procuradores Jurdicos do Municpio, na forma da legislao vigente. Art. 168. Nas transmisses e cesses por instrumento pblico, sero consignadas todas as informaes constantes do documento de arrecadao municipal comprobatrio do recolhimento do imposto devido. 1 Para os fins deste artigo, entende-se por instrumento pblico o lavrado por tabelio, oficial de registro de imveis, ou escrivo, qualquer que seja a natureza do ato. 2 Uma via da guia de informao, devidamente autenticada pelo rgo recebedor do imposto, dever ser arquivada pelo tabelio, oficial de registro de imveis ou escrivo, de forma que possa ser facilmente apresentada fiscalizao municipal, quando solicitada. Art. 169. Os serventurios da justia facilitaro aos servidores do fisco municipal o exame, em cartrio, dos livros, autos e papis que interessarem verificao da regularidade da arrecadao do imposto. Art. 170. Nos processos judiciais em que houver transmisso inter vivos de bens imveis ou de direitos a eles relativos Fazenda Pblica Municipal indicar representante para acompanhamento do feito.

Seo XI Penalidades Art. 171. As infraes s disposies deste Cdigo sero punidas com multa de: I de 50% (cinqenta por cento) do valor do imposto devido, mediante autuao fiscal43

quando: a) total ou parcialmente omitido a pagamento do imposto devido; b) ocultada a existncia de frutos pendentes ou outra circunstncia que influa positivamente no valor do imvel. II de 10% (dez por cento) ao ms at o limite de 100% (cem por cento) do valor do imposto quando este no for pago no prazo e houver denncia espontnea do contribuinte ou responsvel repartio fazendria, para o respectivo lanamento, desde que recolhido dentro de cinco dias, contados da data da denncia. III de trinta URFM, a ser pago pelo: a) servidor do fisco que no observar as disposies dos arts. 167 e 169 deste Cdigo; b) serventurio da justia que infringir o disposto nos arts. 169 e 170 deste Cdigo; Pargrafo nico. O documento de arrecadao, quitado pelo rgo arrecadador, formaliza a denncia espontnea, dispensando requerimento e formalizao de processo. Art. 172. As pessoas fsicas e jurdicas que explorarem atividades imobilirias, inclusive construtoras e incorporadoras, por conta prpria ou por administrao, que deixarem de cumprir obrigao principal e acessria, dificultando a identificao do sujeito passivo do imposto, poca da ocorrncia do fato gerador e verificao sobre o recolhimento, ficam sujeitas a multa de valor igual ao do tributo devido. Pargrafo nico. A falta de escriturao nos livros fiscais e controles institudos em ato que julgar necessrio o responsvel pelo rgo Fazendrio, sujeitar o enquadramento do contribuinte no caput deste artigo. Seo XII Disposies Finais Art. 173. O crdito tributrio no liquidado na poca prpria fica sujeito atualizao monetria e demais cominaes legais. Art. 174. Poder o Chefe do Poder Executivo, visando uma melhor fiscalizao e arrecadao do imposto, celebrar convnio com rgos e ou instituies pblicas. C12APTULO IV DO IMPOSTO SOBRE SERVIOS DE QUALQUER NATUREZA Seo I Fato Gerador

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Art. 175. O Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza tem como fato gerador prestao de servios por empresa ou profissional autnomo, com ou sem estabelecimento fixo, definidos pela Lei Complementar n 116, de 31 de julho de 2003 e constantes da lista do art. 176 deste Cdigo, ainda que esses no se constituam como atividade preponderante do prestador. Pargrafo nico Considera-se para efeito desta lei o profissional autnomo aquele que possui determinadas habilidades tcnicas, manuais ou intelectuais e decide trabalhar por conta prpria, sem vnculo empregatcio, de carter permanente ou temporrio, inclusive aqueles que utilizam veculos para o comrcio ambulante. J o profissional autnomo estabelecido, aquele com as mesmas qualificaes e atribuies sendo exigido deste, taxa de alvar de funcionamento, at dois empregos diretos formais alm de cadastro no INSS Instituto Nacional de Servio Social, sendo este pr-requisito para o seu cadastramento municipal. Seo II Da Incidncia Art. 176. O Imposto Sobre Servios de Qualquer Natureza incide sobre a prestao de servios constantes da seguinte Lista: 1 Servios de informtica e congneres. 1.01 Anlise e desenvolvimento de sistemas. 1.02 Programao. 1.03 Processamento de dados e congneres. 1.04 Elaborao de programas de computadores, inclusive de jogos eletrnicos. 1.05 Licenciamento ou cesso de direito de uso de programas de computao. 1.06 Assessoria e consultoria em informtica. 1.07 Suporte tcnico em informtica, inclusive instalao, configurao e manuteno de programas de computao e bancos de dados. 1.08 Planejamento, confeco, manuteno e atualizao de pginas eletrnicas. 2 Servios de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza. 2.01 Servios de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza. 3 Servios prestados mediante locao, cesso de direito de uso e congneres. 3.01 (Vetado). 3.02 Cesso de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda. 3.03 Explorao de sales de festas, centro de convenes, escritrios virtuais, stands, quadras esportivas, estdios, ginsios, auditrios, casas de espetculos, parques de diverses, canchas e congneres, para realizao de eventos