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APPROVACAO DO CODIGO SANITARIO PAN-AMERICANO PELO BRASIL Segundo indicar-se-á no numero anterior do BOLETIM, o Congresso Nacional dos Estados Unidos do Brasil approvou a 13 de agosto de 1929 o Codigo Sanitario Pan-Americano, firmado em Havana, a 14 de novembro de 1924 e o Protocollo Annexo a este codigo, assignado em Lima entre 12 e 20 de outubro de 1928 (Diar;o Oficial, 15 de agosto de 1929). Sao, pois, ja 14 os paises americanos que teem ratificado o codigo, verdadeira Carta Magna da hygiene pan-americana, a saber: Bolivia, Brasil, Costa Rica, Cuba, Chile, 0 Salvador, Estados Unidos, Haiti, Honduras, Mexico, Nicaragua, Panamá, Perú e Uruguay. Com esse motivo o BOLETIM publica com todo prazer a continua@o a traduccão em lingua portugueza do Codigo Sanitario Pan-Americano, feita pelo Dr. João Pedro de Albuquerque, distincto membro do Conselho Directivo da Reparticão Sanitaria Pan- Americana. CODIGO SANITARIO PAN-AMERICANO CAPITULO 1 OBJECTO DO CODIGO E DEFINICÁO DOS TERMOS QUE NELLE SAO EMPREGADOS ARTIGO I.-Os fins deste Codigo são os seguintes: (a) Evitar a propaga@0 internacional de infec@es ou de doencas susceptiveis de propagar-se a seres humanos. (b) Estimular a adopcáo ou empregar medidas cooperativas des- tinadas a impedir a introduccáo e propagacáo de doencas nos territo- rios dos Paizes signatarios ou delles procedentes. (c) Uniformisar a reuniáo de dados estatisticos relativos a morbili- dade e mortalidade nos Paizes signatarios. (d) Estimular o intercambio de informacões que sirvam para me- lhorar a Saude Publica e combater as doencas proprias do homem. (e) Uniformisar as medidas empregadas nos lugares de entrada para impedir a importa@0 de doenpas transmissiveis proprias do ‘homem, afim de que se possa conseguir urna proteccáo mais eflicaz contra aquellas e eliminar-se qualquer barreira ou empecilhos des- necessarios para 0 commercio e as communica@ies internacionaes. ART. [email protected] palavras que váo em seguida seráo in- terpretadas no sentido indicado adiante, excepto quando em um artigo especial a palavra ou phrase de que se trate tenham significado dif- ferente ou quando se subentenda claramente do texto o sentido em que se usa o vocabulo. 1257

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APPROVACAO DO CODIGO SANITARIO PAN-AMERICANO PELO BRASIL

Segundo indicar-se-á no numero anterior do BOLETIM, o Congresso Nacional dos Estados Unidos do Brasil approvou a 13 de agosto de 1929 o Codigo Sanitario Pan-Americano, firmado em Havana, a 14 de novembro de 1924 e o Protocollo Annexo a este codigo, assignado em Lima entre 12 e 20 de outubro de 1928 (Diar;o Oficial, 15 de agosto de 1929). Sao, pois, ja 14 os paises americanos que teem ratificado o codigo, verdadeira Carta Magna da hygiene pan-americana, a saber: Bolivia, Brasil, Costa Rica, Cuba, Chile, 0 Salvador, Estados Unidos, Haiti, Honduras, Mexico, Nicaragua, Panamá, Perú e Uruguay. Com esse motivo o BOLETIM publica com todo prazer a continua@o a traduccão em lingua portugueza do Codigo Sanitario Pan-Americano, feita pelo Dr. João Pedro de Albuquerque, distincto membro do Conselho Directivo da Reparticão Sanitaria Pan- Americana.

CODIGO SANITARIO PAN-AMERICANO

CAPITULO 1

OBJECTO DO CODIGO E DEFINICÁO DOS TERMOS QUE NELLE SAO EMPREGADOS

ARTIGO I.-Os fins deste Codigo são os seguintes: (a) Evitar a propaga@0 internacional de infec@es ou de doencas

susceptiveis de propagar-se a seres humanos. (b) Estimular a adopcáo ou empregar medidas cooperativas des-

tinadas a impedir a introduccáo e propagacáo de doencas nos territo- rios dos Paizes signatarios ou delles procedentes.

(c) Uniformisar a reuniáo de dados estatisticos relativos a morbili- dade e mortalidade nos Paizes signatarios.

(d) Estimular o intercambio de informacões que sirvam para me- lhorar a Saude Publica e combater as doencas proprias do homem.

(e) Uniformisar as medidas empregadas nos lugares de entrada para impedir a importa@0 de doenpas transmissiveis proprias do ‘homem, afim de que se possa conseguir urna proteccáo mais eflicaz contra aquellas e eliminar-se qualquer barreira ou empecilhos des- necessarios para 0 commercio e as communica@ies internacionaes.

ART. [email protected] palavras que váo em seguida seráo in- terpretadas no sentido indicado adiante, excepto quando em um artigo especial a palavra ou phrase de que se trate tenham significado dif- ferente ou quando se subentenda claramente do texto o sentido em que se usa o vocabulo.

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Navio aereo: Assim se denominará qualquer vehiculo que possa transportar por via aerea pessoas ou objectos, incluindo-se entre elles os aeroplanos, os aviões maritimos, os deslizadores ou voadores, os helicopteros, as embarcacões aereas e os aerostatos livres ou captivos.

Area: Urna porcáo de territorio bem delimitado. Desinfeqão: Accáo tendo por fim destruir os agentes causadores das

doencas. Fumigacão: Opera@0 modelo, mediante a yual os germens da doen-

Ca ou seus transmissores potenciaes sáo submettidos á accáo de um gaz em concentracão lethal.

Indice dos Aedes aegypti: A percentagem que se determina após um confronto entre o numero de casas de urna determinada area e o nu- mero daquellas nas quaes sáo encontradas as larvas dos mosquitos Aedes aegypti (Stegomyia aegypti) dentro de um periodo de tempo determinado.

InspeqCio: Exame das pessoas, edificios, terrenos ou objectos que possam ser capazes de alojar, transmittir, transportar os agentes in- fecciosos das doencas ou propagar, ou estimular a propaga@0 de taes agentes. Significa tambem o acto de observar as medidas promul- gadas para o exterminio ou prevenpáo das doenFas.

Periodo de incubacão: Este periodo é de seis dias para peste bubo- nica, para o cholera e para a febre amarella; de quatorze dias para a variola e de doze para o typho exanthematico.

Isolamento: Separa@0 de seres humanos ou animaes, de outros seres humanos ou animaes, de maneira a evitar-se o intercambio de doencas.

Peste: Bubonica, septicemica, pneumonica; peste dos roedores. Porto: Qualquer lugar ou area onde urna embarca@0 ou um navio

aereo possa abrigar-se, desembarcar ou receber passageiros, tripulacáo, oarregamento ou viveres.

Roedores: Qualquer roedor domestico ou sylvestre.

CAPITULO II

SECCÁO 1. NOTIFICACÁO E COMMUNICACÁO ULTERIORES A OUTROS PAIZES

ART. III.-Cada um dos paizes signatarios tem o dever de trans- mittir aos outros paizes signatarios e á Reparticáo Sanitaria Pan- Americana, com intervallos que náo excedam de duas semanas, urna relacáo detalhada contendo informacões sobre o estado sanitario, sobretudo no que diz respeito aos respectivos portos.

Sáo de notifioar$o compulsoria as seguintes doencas: peste, cholera, febre amarella, variola ,typho exanthematico, meningite cere- bro-espinal epidemica, encephalite epidemica (lethargica), polyo- mielite aguda epidemica, as febres typhicas ou para-typhicas e quaes-

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quer outras doencas que a Reparticáo Sanitaria Pan Americana, em virtude das necessarias resolucóes, addicione á lista antecedente.

ART. IV.-Cada um dos paizes signatarios tem o dever de notificar immediatamente aos paizes visinhos, assim como á Reparticáo Sani- taria Pan-Americana, pelos meios mais rapidos de communica@o, o

apparecimento em seu territorio de um caso authentico ou official- mente suspeito de peste, colera, febre amarella, variola, typho exan- thematico ou qualquer outra doenca perigosa ou contagiosasusceptivel de propagar-se por intermedio do commercio internacional.

ART. V.-Essa notifica9áo deverá ser acompanhada ou seguida immediatamente das seguintes informacóes addicionaes:

1. A area onde appareceu a doenca. 2. A data de seu apparecimento, sua origem e forma que reveste. 3. A fonte provavel ou paiz do qual ella proveio e a maneira como

se effectuou essa introduc@o.

,

4. 0 numero dos casos confirmados; o numero dos obitos. 5. 0 numero dos casos suspeitos e dos mortos entre elles. 6. Tratando-se de peste a existencia entre os roedores de peste

ou de urna mortalidade anormal entre os ratos e os roedores. 7. Quando se tratar de febre amarella o indice dos Aedes aegypti

da localidade. 8. As medidas que tenham sido applicadas para impedir a propa-

gacáo de doencas e sua erradicagáo. ART. VI.-As notifka@es das informacóes prescriptas nos Artigos

4 e 5 deveráo ser encaminhadas aos representantes diplomaticos ou consulares residentes na capital do paiz infectado e á Repartiqáo Sanitaria Pan-Americana em Washington, a qual inmediatamente transmittirá essas informacóes a todos os Paizes interessados.

ART. VII.-As notiflca~óes e as informapóes prescriptas nos Artigos III, IV, V e VI deverão ser seguidas de outras communica@es ah de que os demaispaizes fiquem ao corrente do curso da doenca ou dasdoen- cas. Estas communica$es deveráo ser feitas, tanto quanto possivel, urna vez por semana e táo completas, tambem, quanto possivel, indi- cando-se detalhadamente as medidas empregadas para impedir a extensáo ou a propaga@0 da doenca. Para esse fim empregar-se-á o telegrapho terrestre, o cabo submarino ou a radio-telegraphia, excepto nos casos em que os dados ou informacões possam ser trans- mittidos rapidamenté pelo correio. As informacóes transmittidas pelo telegrapho, pelo cabo ou pela radio-telegraphia, deveráo ser confirmadas por meio de cartas. Os paizes circumvisinhos procu- raráo fazer accordos especiaes para resolver os problemas locaes que náo tenham um aspecto francamente internacional.

ART. VIII.-Os paizes signatarios accordam em que, quando se manifeste qualqucr das seguintes doencas: cholera, febre amarella, peste, typho exanthematico ou qualquer outra doenca contagiosa de

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caracter epidemico em seus territorios, empregaráo immediatamente as medidas sanitarias apropriadas para impedirem a transmissáo internacional de qualquer dessas doencas que possa ser transmittida por intermedio dos passageiros, da tripula@0 e do carregamento das embarcacóes, assim como, pelos mosquitos, ratos, piolhos e outras sevandijas a bordo dessas embarcacóes, e notificaráo immediatamente a cada um dos Paizes signatarios e á Reparticão Sanitaria Pan- Americana, tudo o que diz respeito á natureza e extensáo das medi- das sanitarias que se tenham applicado para o cumprimento das exigencias prescriptas neste artigo.

SECCÁO II. PUBLICA@0 DAS MEDIDAS PRESCRIPTAS

ART. IX.-A notificacáo do primeiro caso autoctone de peste, cholera, ou febre amarella justificará a s.pplica&o de medidas sani- tarias contra a area em que qualquer dessas doencas haja apparecido.

ART. X.-O Governo de cada um dos paizes signatarios é obrigado a publicar immediatamente quaes as medidas preventivas que as embarcacóes ou outros meios de transportes bem como os passageiros e a tripulacáo, deveráo tomar em qualquer porto de sahida que se encontre na area infectada. Os dizeres dessa publicacáo seráo com- municados aos representantes diplomaticos ou consulares assim como á Repartiqáo Sanitaria Pan-Americana. Os Governos signatarios tambem obrigam-se a notificar de maneira identica a revocacao dessas medidas ou daquellas modificacões das mesmas que se crejera conve- niente fazer.

ART. XI.-Para que urna determinada area possa ser considerada náo infectada dever-se-á provar officialmente:

1. Que durante um periodo de dez dias náo occorreu mais obito algum, nem, caso novo de peste, ou cholera, e em relacáo á febre amarella que nao tenha havido num periodo de vinte dias caso algum novo desde a morte ou restabelecimento do ultimo doente.

2. Que todas as medidas necessarias á erradica@o da doenca hajam sido applicadas: no que concerne á peste, que se tenham applicado todas as medidas prescriptas contra os roedores, e que entre esses náo se haja encontrado a doenca durante seis mezes; e, quando se trate de febre amarella, que o indice do Aedes (Stegomya) aegypti da area infectada tenha se mantido dentro de urna media que nao exceda de 2 por cento durante o periodo dos trinta ultimos dias anteriores e que parte alguma da area infectada haja tido um indice excedente de 5 por cento durante o mesmo lapso de tempo.

SECcÁO III. ESTATISTICA DE MORBILIDADE E MORTALIDADE

ART. X11.-A Classificacáo Internacional das Causas de Obitos B adoptada como a Classificacáo Pan-Americana de Causas de Morte, e deve ser usada pelas nacoes signatarias n’um intercambio de in- formacóes sobre mortalidade e morbilidade.

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ART. X111.-A Reparticão Sanitaria Pan-Americana fica autori- zada e é obrigada a reimprimir periodicamente a Classifica$o Pan- Americana das Causas de Morte.

ART. XIV.-Cada um dos paizes signatarios se obriga a pôr em pratica, o mais depressa possivel, uma organisacão adequada para recolher e catalogar os dados estatisticos e demographicos; organi- sar,%o essa que deverá compreender:

1. Urna Reparticão Central de Estatistica que ficará debaixo da direccão de um funccionario especialista em pesquizas e demais questões de estatistica.

2. Reparticões regionaes de estatistica. 3. Promulga@io de leis, decretos ou regulamentos que obriguem

urna prompta noti.hcac$o dos nascimentos, obitos, e doenpas trans- missiveis por parte das autoridades sanitarias, dos medicos, das parteiras, das administra$es hospitalares, e que comminem penalida- des, sempre que taes notificagões deixem de ser feitas.

ART. XV.-A Reparticão Sanitaria Pan-Americana publicará mode- los apropriados ás informacões dos obitos e dos casos de doencas transmissiveis, bem como, de todos os demais dados demographicos.

CAPITULO III

Documentos Sanitarios

SECCÁO I.CARTASDE SAUDE

ART. XVI.-0 commandante de qualquer embarca@0 ou de navio aereo procedente de um porto qualquer dos paizes signatarios deverá munir-se de uma carta de saude, em duplicato, não só do porto de partida, como dos de escala, de accordo com o modelo annexo.

ART. XVII.-A carta de saude deve ser acompanhada de urna lista dos passageiros, assim como uma lista dos clandestinos encontrados a bordo, listas em que serão consignados o porto de embarque e de destino; será tambem apresentada a lista da tripulacão.

ART. XVIII.-Os consules ou quaesquer funccionarios que ponham o visto nas cartas de saude, deverão manter-se cuidadosamente informados em rela@ío ás condicões sanitarias dos portos onde trabalhem, assim como serão obedecidas as determina@es deste Codigo para embarcacões, seus passageiros e tripulacões, emquanto permanecerem nesses portos. Devem estar informados cuidadosa- mente sobre a mortalidade e morbilidade locaes, bem como das condicões sanitarias que possam affectar as embarcacões surtas no porto. Para tal fim devem-lhes ser proporcionados os dados que solicitem das reparticões competentes, bem como franco accesso aos cáes e embarcacões.

ART. XIX.-Os paizes signatarios poderáo destacar autoridades sanitarias para que sirvam como addidos da saude publica nas

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embaixadas ou legacões e bem como delegados nas conferencias internacionaes.

ART. Xx.-Na hypothese de não existir no porto de partida consul, ou agente consular do paiz de destino, as cartas de saude poderão ser visadas pelo consul ou agente consular de um paiz amigo, para isso authorizado pelo seu Governo.

ART. XXI.-A carta de saude será expedida em um periodo que não exceda 48 horas á sahida da embarcacão, e o visto sanitario não será dado antes de 24 horas da sahida da embarcacão.

ART. XXII.-Qualquer razura ou alterapão na carta de saude annula esse documento a não ser que tal razura ou alteracão baja sido resalvada pela autoridade sanitaria competente.

ART, XXIII.-Será considerada limpa a carta de saude em que se tenha consignado a ausencia completa de cholera, febre amarella, peste bubonica, typho exanthematico, ou de qualquer outra doenca contagiosa de urna forma epidemica grave, susceptivel de ser trans- mittida por intérmedio do commercio internacional. A mera pre- senpa de casos importados de taes doenpas, desde que sejam devida- mente isolados, não obriga a expedi@o de cartas de saude sujas; porém a existencia de taes casos será consignada na seccão de observa- gões da carta de saude.

ART. XXIV.-Por carta de saude suja se comprehenderá aquella que indique a presenta de casos não importados de qualquer das doencas indicadas no Artigo 23.

ART. XXV.-Nã;o se exige carta de saude determinada quando se trate de embarcagões que, em virtude de accidentes temporaes ou de qualquer causa de forca maior, inclusive a mudanca de itinerario motivada por despacho radio-telegraphico, sejam obrigadas a arribar em portos diversos d’aquelles a que se destinam, sendo-lhes exigido porém, a apresentacão das cartas de saude que conduzem.

ART. XXVL-A Reparti@o Sanitaria Pan-Americana deverá publicar informacões apropriadas que devem ser distribuidas pelas autoridades sanitarias dos portos, com o fim de instruir os proprie- tarios, agentes e commandantes de embarcacóes sobre os methodos que devem par em pratica para impedir a propaga@0 internacional das doencas.

SEC@ II. OUTROS DOCUMENTOS SANITARIOS

ART. XXVII.-Toda embarca@0 que tenha a seu bordo um medico deverá conduzir um registro sanitario, escripto pelo proprio punho delle e destinado a annotar as condicões sanitarias da embar- ca@o, dos seus passageiros e da tripulacão que por elle for vaccinada; nome, edade, nacionalidade, domicilio, occupa$io, e natureza das doenpas ou lesões de todos os passageiros e dos tripulantes que tenham sido tratados durante a travessia; a proveniencia e as qualidades sanitarias da agua potavel da embarca@0 os recipientes

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cm que foi ella armazenada a bordo, assim como os methodos empre- gados para a sua purifica@o; as condicões sanitarias dos portos visitados; as medidas tomadas para impedir a entrada ou a sahida dos ratos; as medidas tomadas para resguardar os passageiros e os tripulantes contra os mosquitos e outros insectos e sevandijas. Esse registro deverá ser assignado pelo commandante e pelo medico de bordo e deverá ser apresentado a qualquer autoridade sanitaria ou consular que 0 solicite. Na falta de medico o commandante .preencherá, tanto quanto possivel, essa obrigacão.

ART. XXVIII.-Os modelos de declaracão de quarentena, certi- ficados de fumigapão e certificados de vaccina$o, serão os constantes dos annexos ou analogos a elles.

T

CAPITTJLO IV

CLASSIFICACAO DOSPORTOS

ART. XXIX.-Por porto infectado comprehende-se aquelle onde se hajam manifestado casos autoctones de cholera, febre amarella, peste bubonica ou qualquer outra doenca contagiosa, de caracter epidemico.

ART. XXX-Porto suspeito é aquelle no qual hajam occorrido dentro dos ultimos sessenta dias um ou mais casos autoctones de qualquer das doencas mencionadas no Artigo XX111 ou no qual não hajam sido tomadas medidas preventivas contra as mesmas doenqas, se bem não seja elle considerado porto infectado. A sus- peicão é extensiva ás areas adjacentes.

ART. XXXI.-Considera-se porto limpo de classe A, aquelle em que são preenchidas as seguintes condicóes:

1. Ausencia de casos não importados de qualquer das doencas consignadas no Artigo XXIII, não sórnente no porto propriamente dito, como nas areas circumvisinhas ao mesmo.

2. (a) Existencia de pessoal sanitario sufficiente e habilitado; (b) meios adequados de fumigacão; (c) pessoal habilitado e material sufhciente para captura e des-

truicão de reodores; (d) um laboratorio bacteriologico e anatomo-pathologico sufficiente; (e) abastecimento de agua potavel pura; v> meio apropriado para o colleccionamento de dados sobre a

mortalidade; (g) elementos apropriados para effectuar o isolamento de doentes

suspeitos e para o tratamento das doencas infecciosas. Os paizes signatarios deverão inscrever na Repartiqáo Sanitaria

Pan-Americana os portos que se achem nestas condicóes. ART. XXXII.-Porto limpo de classe B B aquelle no qual sao

cumpridas as condi@es exaradas no Artigo XXXI, 1 e 2 (a) acima citados, porém no qual não exista un ou algum dos outros requisitos mencionados no Artigo XXXI 2.

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1264 OFICINA SANITARIA PANAMERICANA

ART. XxX111.-Por porto não classificado se comprehenderá aquelle acerca do qual as informacóes relativas á existencia ou náo de qualquer das doencas ennumeradas no artigo XXIII e as medidas que se estão applicando para conseguir a elimina@0 de taes doencas não sejam bastantes para classifical-o. Um porto não classificado será considerado provisoriamente como porto suspeito ou como porto infectado conforme se determine ou deduza das informacóes fornecidas em cada caso até que se o classifique definitivamente.

ART. XXXIV.-A Reparticão Sanitaria Pan-Americana publicará de quando em quando a titulo informativo urna relacão dos portos do Hemispherio Occidental mais frequentados, contendo dados sobre as condicões sanitarias dos mesmos.

CAPITULO V

CLASSIFICACAO DAS EMBARCACOES

ART. XXXV.-Embarca@0 limpa é aquella que, procedente de um porto limpo da classe A ou B, nao tenha tido a bordo durante a travessia caso algum de peste, cholera, febre amarella, variola ou typho exanthematico e que haja cumprido extrictamente as deter- minaqóes deste Codigo.

ART. XXXVI-Embarca@0 suspeita ou infectada, será conside- rada aquella:

1. Que durante a sua travessia haja tido um ou mais casos de qualquer das doenpas mencionadas no Artigo XXXV.

2. Que seja procedente de um porto infectado ou suspeito. As autoridades sanitarias levaráo em conta, todavia o facto de não haver a embarca@0 atracado a cáes ou trapiches, afim de que possam ser attenuadas as medidas sanitarias exigidas.

3. Que proceda de um porto onde exista peste ou febre amarella. 4. Aquella em que haja occorrido epizootia murina; 5. Aquellas que hajam violado qualquer das disposicóes deste

Codigo. ART. XXXVII.-Qualquer commandante ou proprietario de em-

barca@0 ou qualquer pessoa que viole qualquer prescripcão deste Codigo ou que infrinja disposicóes determinadas por este Codigo, relativos á inspeccão da embarca@0 á entrada ou sahida de qualquer estagão quarentenaria, terreno ou ancoradouro, ou que commeta qualquer viola@0 referente aos mesmos ou ás prescripgóes sobre importaeáo de doencas contagiosas e infecciosas em qualquer dos paizes signatarios; ou qualquer commandante, proprietario ou agente de embarca@0 que haja fornecido urna declaracao falsa, relativa ás condigoes sanitarias da embarca@0 ou ao que nella se contem com referencia ao estado de saude de qualquer passageiro ou pessoa que se encontre abordo, ou que impeca á autoridade sanitaria o cumprimento do seu dever ou que deixe de apresentar as cartas de saude ou

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quaesquer outros documentos sanitarios ou informaeóes necessarias á autoridade sanitaria, será punida de accordo com as leis ou regula- mentos do paiz, em cuja jurisdic~áo se haja commett,ido a falta.

CAPITULO VI

TRATAMENTO DAS EMBARCACaES

ART. XXXVIII.-As autoridades sanitarias do Porto concederáo livre pratica ás embarcacóes considerad& limpas que apresentem

. provas de que cumpriram devidamente os requisitos enumerados no Artigo XXXV.

ART. XXXIX.-As embarcacóes suspeitas serão sujeitas ás medidas c sanitarias necessarias, de maneira a que se possam verificar suas

verdadeiras cond.i@es. ART. XL.-As embarcacóes infectadas por qualquer urna das

doencas constantes do Artigo Xx111, serao sujeitas a medidas sani- tarias, vizando impedir sua manuten@o a bordo e transmissáo a outra embarca@0 ou porto. A desinfeccáo da carga, dos viveres e objectos pessoaes será limitada á destrui@o dos propagadores das doencas que as possam conter, ficando subentendido que os objectos que hajam sido recentemente conspurcados com excretas humanos capazes de transmittir doencas contagiosas seráo sempre desin- fectados. As embarcacóes em que se encontre um numero excessivo de ratos, mosquitos, piolhos, ou quaesquer outros vectores potenciaes de doencas transmissiveis, devem ser desinfectadas, qualquer que seja a classificacáo das mesmas.

ART. XLI.-As embarcacóes infectadas por peste bubonica seráo submettidas ao tratamento seguinte:

1. A embarcacáo será retida para observacáo e tratamento sani- tario.

.

2. Se houver doentes, seráo elles removidos para o devido trata- mento num local inteiramente isolado.

3. A embarcacáo será toda ella desinfestada para effectuar a destrui@o dos ratos. Para fazer a fumiga@0 mais efficaz, a carga pode ser total ou parcialmente descarregada antes da dita fumigacáo, mas ter-se-a cuidado de náo descarregar carga alguma que possa conduzir ratos,* a náo ser para os fins da fumigaqáo.

4. Todos os ratos colhidos depois da desinfestacáo deveráo ser examinados bacteriologicamente.

5. As pessoas sás, expostas ao contagio, excepto aquellas expostas a casos de peste pneumonica, náo seráo retidas para observa@0 sanitaria.

* Para tal !3m serão consideradas suceptiveis de conducir ratos as mercadorias ou cargas seguintes: Arroz ou outros cereaes (com exceppáo de farinhs de trigo); tortas de substancias oleosasensaccadas; mercadorias conduzidas em jigos ou cestas com palha ou material similar; esteiras em amarrados; legumes seccos acondicionados em cestos ou caixas; peixe secco ou salgado; mandioca em saccos; gengibre secco; objectos raros em caixas frageis; copra, canhamo em massos; cordoalha em saccos; kapok; milho ensaccado; algas em fardos; telhas, manilhas de barro e artigas similares e varas ou bambús em feise.

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1266 OFICINA SANITARIA PANAMERICANA

6. N%o será concedida livre pratica á emharcagão emquanto nao se tenha certeza que esteja ella totalmente livre de ratos e insectos

, perniciosos. ART. XLII.-As embarcacões infectadas pelo oolera serão sub-

mettidas RO seguinte tratamento sanitario. 1. A embarca@0 será retida para observacão e tratamento sanitario. 2. Se houver doentes serão removidos e tratados em local inteira-

mente isolado. 3. Todas as pessoas que estejam a bordo serão submettidas a um

exame bacteriologico e não será permittido o desembarque das mesmas, até que se haja verificado que estão todas isentas de germens de colera.

4. Será feita urna desinfeccão apropriada. ART. XLIII.-As embarcaoões infectadas por febre amarella

receber%o o seguinte tratamento sanitario. 1. A embarca@0 será retida para observa@0 e tratamento sanitario. 2. Se houver doentes serão removidos e tratados em local isolado,

onde não possam penetrar os mosquitos Aedes aegypti. 3. Todas as pessoas que estiverem a bordo e não forem immunes

em relaoão á febre amarella serão sujeitas á necessaria observa@0 sanitaria até que hajam decorrido seis dias apos o ultimo provavel contacto com os mosquitos Aedes aegypti.

4. A embarcagão deverá ficar completamente livre de mosquitos. ART. XLIV.-As embarcapões infectadas por variola, serão sujeitas

ao seguinte regimen sanitario : 1. A embarca@0 será retida para observa@0 e tratamento sanitario. 2. Se houver doentes serão elles removidos e tratados em local

completamente isolado. 3. As pessoas que estiverem a bordo serão vaccinadas. Se porém

o passageiro assim desejar poderá optar por seu isolamento afim de completar quatorze dias a contar da ultima exposicão possivel ao contagio da doenca.

4. Todas as dependencias da embarca@0 que sirvam de habitacao serão limpas mechanicamente e as pecas do vestuario usadas pelo doente, bem como a sua roupa de cama serão desinfectadas.

ART. XLV.-As embarcacões infectadas pelo typho exanthematico serão reiidas para observapão e tratamento sanitario:

1. Se houver doentes serão elles removidos e isolados e tratados em local completamente isolado, isentos de piolhos.

2. Todas as pessoas que se acharem a bordo, assim como os objectos de uso, serão espiolhados.

3. Todas as pessoas que estiverem a bordo e que ficarem snjeitas á infecoão serão sujeitas a urna observagão sanitaria até que haja transcorrido o praso de doze dias a contar da ultima provavel exposicão ou infeccão.

4. A embarcapão deverá ser completamente espiolhada.

.

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CODIGO SANITARIO PAN-AMERICANO 1267

ART. XLVI.-0 tempo em que as embarcacoes ficarão retidas para os fins de inspeccão e tratamento será o mais curto possivel, com- pativel com a seguranca publica, de accordo com os conhecimentos scientificos. As autoridades sanitarias do porto deverão facilitar, tanto quanto possivel, o rapido desembarace das embarcaoões, de accordo kom os requisitos antecedentes.

ART. XLVII.-As medidas sanitarias não serão utilisadas com o intuito de lucros financeiros e a quantia cobrada para a realisaoão

. de taes servicos não deverá exceder a importancia das despesas effectivamente realisadas, accrescidas com urna percentagem razoavel, destinada ás despesas administrativas e a fluctua@0 dos preces que os materiaes empregados tenham no mercado. -

CAPITULO VII

MODELOS DE FUMIGA@0

ART. XLVIII.-0 bi-oxydo de enxofre, o acido cyanhydrico e a mistura de gaz de chlorureto de cyanogeneo, sáo considerados como substancias fumigadoras typicas, desde que sejam usadas de accordo com a tabella do Appendice, no que concerne ao tempo de dura@0 da opera&0 e á proporcão dos gazes por metro cubico.

ART. X.LIX.-Afim de que a fumiga@0 das embarcacões resulte verdadeiramente efhcaz deve ser ella realisada periodicamente com intervallos de seis mezes e deve englobar não somente a embarca@0 como seus escaleres. Para essa operapão deve estar a embarca@0 descarregada.

ART. L.-Antes de iniciar-se a phase de desprondimento do acido cyanhydrico ou do chlorureto de cyanogenio toda a tripula@0 deverá desembarcar e todas as dependencias da embarca@0 deverão ser hermeticamente fechadas e calefetadas.

CAPITULO VIII

MEDICOS DE BORDO

ART. LI.-Mm de melhor proteger a saude dos que viajam por mar e para evitar-se a propagacáo internacional das doencas, e para facilitar-se tambem o movimento commercial e as communicacões internacionaes os paizes signatarios têm a faculdade de designar medicos para bordo.

ART. LII.-Recommenda-se que somente a un medico com todos os requisitos legaes e formado por urna faculdade reconhecida e que haja soffrido um exame relativo ás suas qualidades moraes e mentaes para tal posto, seja permittida a funccáo de medico de bordo. Esse exame será realisado sob a direccáo do chefe do servigo nacional de saude publica, o qual, além da designa@0 para o embarque, terá a faculdade de determinar o desembarque do medico desde que fique provado que o mesmo é inculpado de má conducta profissional, de

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1268 OFICINA SANITARIA PANAMERICANA

delictos que revelem deprava@0 moral ou de infraccáo de qualquer disposicão das leis ou regulamentos sanitarios de algum dos paizes signatarios que estejam baseados nas determinacóes deste Codigo.

ART. LIII.-Desde que estejam devidamente autorisados, poderáo os medicos nas condicões ser aproveitados para a inspeccão sanitaria de accordo com as prescripcões deste Codigo.

CAPITULO LX

DA REPARTICÁO SANITARIA PAN-AMERICANA-FUNC@ES E DEVERES

ART. IIV,-A organisagão, funccóes e deveres da Reparticão Sani- taria Pan-Americana comprehenderáo os que até agora fôram votados pelas varias conferencias sanitarias internacionaes e outras conferen- cias das Republicas Americanas bem como as funcgóes e deveres administrativos addicionaes que para o futuro as Conferencias Sani- tarias Pan-Americanas prescrevam.

ART. LV.-A Repartipáo Sanitaria Pan-Americana constituirá a agencia central coordenadora das varias Republicas que formam a Uni50 Pan-Americana, assim como o centro geral de recebimento e distribuicáo das informacões sanitarias procedentes dessas Republicas ou ás mesmas enviadas. Para tal fim designará de quando em vez representantes que visitem os paizes signatarios, conferenciem com as autoridades sanitarias dos mesmos e com elles tratem sobre assumptos de saude publica. A esses representantes serão fornecidas todas as informacóes sanitarias pelas autoridades sanitarias dos paizes por elles visitados,

ART. LVI.-Além dessas a Reparticão Sanitaria Pan-Americana desempenhará as seguintes funccóes especiaes :

Fornecerá ás autoridades sanitarias dos paizes signatarios por meio de publicacóes ou de qualquer outro modo adequado, todas as informacões de que disponha em relacão ao verdadeiro estado das doencas transmissiveis ao homem no momento; notificará as novas invasóes de taes doencas, quaes as medidas sanitarias que estáo sendo empregadas e o progresso realisado para o estacionamento ou erra- dicacão das mesmas; quaes os novos methodos empregados para combater as doencas; estatisticas de morbihdade e de mortalidade; sobre organisapáo e administra@0 de saude publica; sobre o progresso realisado em qualquer dos ramos da medicina preventiva, bem como outras informacóes relativas ao saneamento e á saude publica sobre qualquer de seus aspectos, incluindo urna bibliographia de livros e jornaes de hygiene.

Afim de com maior efficacia poder desempenhar suas funccóes, a referida Reparticáo poderá emprehender estudos epidemiologicos cooperativos e outros analogos; para isso poderá Iancar máo em sua

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CODIGO SANITARIO PAN-AMERICANO 1269

Séde ou em logares outros dos peritos que julgue necessarios; poderá estimular e facilitar investiga$jes scientificas assim como a applicacáo practica de seus resultados e poderá acceitar dadivas ou legados que seráo administrados de accordo com os preceitos que regem os fundos da citada Reparticáo.

ART. LVII.-A Reparticáo Sanitaria Pan-Americana communicar- se-á com as autoridades sanitarias dos varios paizes signatarios e as consultará sobre tudo o que concerne os problemas da saude publica e á maneira de interpretar e applicar as prescripcóes deste Codigo.

ART. LVIII.-Os funccionarios’ dos Servicos Sanitarios nacionaes poderáo ser designados representantes ex-of%cio da Reparticáo Sanitaria Pan-Americana, sem prejuizo de suas func@es normaes, e nesta conformidade poderão tambem ser designados por um ou mais dos paizes signatarios, desde que para tal sejam devidamente nomea- dos e habilitados.

ART. LIX.-Por solicita@o das autoridades sanitarias de qualquer ‘dos paizes signatarios a Reparticáo Sanitaria Pan-Americana ficará autorisada a tomar as medidas preparatorias necessarias ao inter- cambio de professores, especialistas em medicina sanitaria, peritos ou conselheiros em saude publica ou qualquer sciencia sanitaria, com o fim de mutuo auxilio e de progresso no que se refere á proteccáo da saude publica dos paizes signatarios. ' ART. LX.-Para o bom desempenho das func@es e deveres que

lhe competem a Repart$o Sanitaria Pan-Americana, a Uniáo Pan- Americana deverá levantar um fundo nunca inferior a 50,000 dollares, que será subscripto pelos paizes signatarios na mesma base em que sao feitas as despesas da União Pan-Americana.

CAPITULO x

EMBARCACaES AERIZAS

ART. LXI.-As determina@es desta convencáo devem ser applica- das ás embarca$íes aereas e os paizes signatarios têm o dever de designar os logares de descida dos mesmos, que ficam sujeitos as mesmas sanccóes legaes dos ancoradouros de visita sanitaria.

CAPIT~ULO XI

CONVEN(!ÁO SANITARIA DE WASHINGTON

ART. LXII.-Continuam em vigor os Artigos V, VI, XII, XIV xv, XVI, XVII, XVIII, xxv, XXX, XXXII, XXXIII, XXXIV XXXVII, XXXVIII, XXXIX, XL, XLI XLII, XLIII, XLIV, XLV, XLIX e a Convencáo Sanitaria Pan-Americana celebrada em Washington em 14 de outubro de 1905, excepto os casos em que estejam em desaccordo com as determinagóes da presente convengáo.

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1270 OFICINA SANITARIA PANAMERICANA

CAPITULO XII

Fica subentendido que o presente Codigo náo annula nem altera a validez ou forca de nenhum tratado, convencáo ou accordo que exista entre algum dos paizes signatarios ou qualquer outro Governo.

CAPITULO XIII

DISPOSICOES TRANSITORIAS

Os paizes que não hajam firmado a presente convengão poderão a ella ser admittidos desde que o solicitem e se notificará essa adhesáo por via diplomatica ao Governo da Republica de Cuba.

Feita e assignada na cidade de Havana no dia 14 de novembro de 1924, em 2 exemplares ou originaes em inglez e hespanhol respecti- vamente, os quaes serão depositados na Secretaria de Estado da Republica de Cuba afim que dellas possam ser extrahidas copias authenticadas tanto em inglez como em hespanhol afim de serem remettidos por via diplomatica a cada um dos paizes signatorios.

ADDENDUM

A 8” Conferencia Sanitaria Pan-Americana reunida na cidade de Lima de 12 a 20 de outubro de 1927 approvou o seguinte:

’ Memorandum de Interpreta$io do Codigo Sanitario Parlamentar

Que por doenpa perigosa ou contagiosa a .que se refere a ultima parte do Artigo IV do Codigo sejam comprehendidas todas as doencas que se apresentarem com caracter epidemico.

Que a obrigacáo de notificar-se aos paizes adjacentes seja extensiva a todos os paizes americanos.

Com referencia ao Artigo LX subentende-se que as medidas sanitarias a que se refere o referido artigo seráo applicadas ás procedencias da area infectada.

Para a bôa interpretacáo dos Artigos XI e XXX deve entender-se que o Artigo XI refere-se á classificacáo scientifica de urna area infectada e o Artigo XXX ás regras que na applicacão das medidas do Codig? Sanitario devem seguir as autoridades sanitarias.

No Artigo XX onde se diz “casos autoctones” deve entender-se um ou mais casos.

Que para a interpreta@0 do Artigo XXXV deve entender-se que se chama limpa a embaroacão que proceda de um porto limpo das cIasses A ou B e na qual durante a travessia náo se haja manifestado

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CODIGO SANITARIO PAN-AMERICANO 1271

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a bordo caso algum de peste (inclusive epizootia de ratos), cholera, febre amarella, variola, typho exanthematico ou qualquer outra doenca de caracter epidemico e que tenha estrictamente cumprido as determinacões deste Codigo.

Quanto aos Artigos XLI no V e XLIV no III que se referem a peste humana ou murina, variola, respectivamente, subentende-se que nao haverá opposi@o a que se appliquem aquellas medidas que as autori- dades sanitarias locaes decidam para cada caso particular a vista das circumstancias especiaes.

Que nos casos de duvidosa interpreta@0 dos artigos deste Codigo que se refiram a applicacão de medidas sanitarias das embarcacóes será preferido o criterio relativo ás condi@es actuaes da embarca@0 sobre o criterio relativo á sua origem de procedencia.

APPENDICE

QUADRO 1. QUANTIDADE POR 1,000 PÉS CUBICOS

l Dioxgdo de encofre Acido cianhydrico Mistura de chlorureta de

cyanagenio

Enxofre--------------_. Cyanureto de sodio- _ _ _ _ _ Acido sulfurico _____ _ _ _-_ Chlorato de sodio-------- Acido chlorhydrico - - - _ - _ Agua-----------------.

Li- bras

2

-

__

.

-

Li- Li-

.--_ ---_ yz 5 10 5

.--_ _--- $4 5 10 5 ____---_---_______--_-_-

._-- _--_

- QUADRO II. TEMPO DE DEMORA DA OPERACÁO

Horas-----_--- _________ l 1 11 61 61 W/ 21 21 21 KJ 1x1 131 1%

73597-2-7

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1272 OFICINA SANITARIA PANAMERICANA

CERTIFICADO DE VACCINACAO CONTRA A VARIOLA

Serie No. _ _ _ _ _ _

-----___-___-------_ SERVICO SANITARIO

-_____-_-____-__--_- Estacão Sanitaria de _____ ____ __-__ ___ __ _

Nome--- ___._____ - __________________ - ____.__ Sexo-- ______ - ____________ Idade-___-_-_-_~__-_----- Data davaccinacão_______.._____-____-__--_._ Estatura---- _.___ - _____ - ____ Datadareaccáo--_.__-_---_-_________----------

Resultado:___-_____------~-----------~----------~--~-~---~------- Reaccao de Immunidade. Vaccinoide. Vaccinacáo satisfactoria.

Assignaturas:

-------___--------_--------------- __-__________-____________________ Autoridade sanitaria.

CERTIFICADO DE DESEMBARACO QUARENTENARIO

-______----_._______ SERVIDO SANITARIO

_____-________ Estacão Sanitaria

Porto de------__---_----___-

__-_---___-____--__- (data) ______________-_____

Pelo presente certifico que- _ _ _ _ _ _ _ - - _ _ -_ _ ___ _ _ ___ _ _ __ _ _ __ _ _ _ _-_ _ _ __ _ _ _ de _____ -_-__.~ ________ procedente de _.-_________________ com destino a --------------------> comprindo todas as determinacões do regulamento sanitario de (paiz) _ _ . _ _ _ _ _ _. _ _ _ _ - _ e do Codigo Sanitario Pan-Americano e que tanto a embarcacão, como o carregamento, a tripulacão e os passageiros, segundo minha franca opinião, acham-se livres de doencas que necessitem medidas quarentenarins e isentos de transmitti-las. A esta embarcacáo é concedida livre pratica (completa ou provisoria) _ _ _ _ _ _ _ _ _ _. _ _ _ _ _ - - - _.

1. SerLo collocadas defensas contra os ratos em todos os cabos que prendem a embarcacáo á terra.

2. As pranchas e escadas seráo levantadas ou illuminadas durante a noite. 3. Depois de descarregadas as embarcacóes seráo sujeitas ct fumigacáo.

---_____-_-______-__-------------------- Autoridade sanitaria.

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P

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CODIGO SANITARIO PAN-AMERICANO 1273

CERTIFICADO DE FUMIGA@0

-_-____-_---------_- SERVICO SANITARIO

Porto de _-_--__- _________ ---

PELO PRESENTE cmwrvwoque _______ -___- _________ -_-- ______________ -__ procedente de--- _________ --_-_---__- ____________ -----foi fumigado nesta esta@0 afim de que fossem eliminados-- _ __-_ _ __ _ _ _ ____ _ _-

4__-____-____---_‘-_--- 5-___________~---‘---__

I 6___---___-___-__‘_----

Casa das machinas e tuneldoeixo-------- __-__

Carvoeiras----_---___‘__--- Castello de prBa_ _ _ _ _ _ _‘_ _ _ _ _ PrGa _________ - ________ -__ Salão de jamar 10

classe-~~-~-~~~---~~ _____

Dispensa de lo cLse-- - - _ _ _ - _ Cosinha-------------- _____ Segunda classe- _-__ _ -_ _ _ ___ Dispensa (2 5 classe) - _ _ _ ~ _ _ _ _ _ Paiol de provisóes-- _ _- __ _ -- Salóes- _ _ _ _ _ __ _ _ _ _ _ _ _ _-_ __ Camarotes ______ ----_‘--___ Saláodefumar--_-----j--..--

-

-.

_ _

_

-

_

_ - _ _

_

_ _ - _

_ -

-_ i&-.- ,

_- _-

_-

-- __

.__--_,---__

Total ____________ ‘L--_-J ____ -_ __-__. l /

_ _ _- _- _- _!_

_- _- _- _- _- Li: -/- JI !-

-__-- Tempo de duragáo da operacáo------ ____ -_--_

_-_-_ Vestigios de ratos antes dafumigacáo----..-----_

----------------------------- ___-- Ratos encontrados de-

pois da fumiga@0 _______

-----/----- ____--___-___-_____

-----_----_------__---------- --_-- Inspeccáo feita por- _ -- ------____--___-____--------- --_-- Aberta por- _ _ _ _ _ __ __-

_-_-- Almofadas de estiva ou outras proteccóes contra ratos; modo de tratar antes da fumiga@-----

--_-- 1 _____ -_- ____ --_--_- _-_-

__--- -

_--------__-----__--~~~~~~~~~~~-~~~-~--- Autoridade sanitaria.

No verso faca-se urna relacáo das seccóes que náo fôram fumigadas, porque náo o fôram e determine-se o tratamento sanitario. Registe-se tambem qualquer dado ou informapáo que a isso diga respeito.

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1274 OFICINA SANITARIA PANAMERICANA

DECLARA@0 QUARENTENARIA

_________-__-_______ ESTACAO SANITARIA

____________________---------- (data)

Nome da embarcacgo ____ _ ___ ; destino _ _ _-___ -; nacionalidade _ ____ ___ ; natureza da embarca&0 ________; tonelagem ________; data da chegada; -- - - - - - - ; porto de partida ____________; porto de chegada ____________ portos de escala _ ___ _ ---; dias transcorridos do porto de partida ._ __ _ - _ ; dias transcorridos do ultimo porto de escala _ _ _ - _ _ _ _ ; portos de partida anteriores e escalas _ _ _ -- _ _ -; officiaes e tripula@0 - _ _ _ _ _ _ _ ; passageiros de 10 classe _ - _ _ _ - _ _ ; passageirosdeprôa ______ --;totaldepessõasabordo-- _-____ ;carga ________; lastro (toneladas) _ ____ _ --; classe -___ ____; origem _-__ _ --- ; Se o lastro 6 de agua onde f6ram cheios os tanques; ao mar ou no porto de partida? - _ _ _ _ _ _ _ ; Nos portos de partida e escala permanecia a embarca@0 atracada ao cáes, em trapiches ou ao largo? _ ____ _ --; Se ao largo a que distancia de terra -_ _ __ _ _ -; Teve communicagão com a terra? _ __-_ _ --; houve mudancas na tripulacao? -__---- - ; Casos de doenca no porto de partida ________; numero ___- ____; resultado ________; nos portos de escala ______ -_ numero _- ____; em alto mar ______; numero ________; Fôram removidos os doentes para o hospital ou ficaram a bordo? _ - _ _ _ _ _ _ ; Foram as roupas de cama e de uso frequentemente arejadas e lavadas? _ -_. --; Sabe de alguma circumstancia que possa affectar a saude da tripula@0 ou que possa tornar a embarca@0 perigosa á saude de alguma parte do paiei _ __ - _ -; Se existe, queira declaral-a _ _ - _ _ _ ___ _ _ _ _ _ _ _ __ _ _ _.

Certifico que as declaracões anteriores e as respostas dadas 60 verdadeiras, .conforme minha franca e leal opinião.

______-_-_________-_ Commandante da embarcacão.

-_--_--_-_-__-_.___- Medico de bordo.

Tratamento do navio ____ _ _____ _____ __-..________. Desinfec@o do porão (Inspeccionado, passado ou detido)

* Camarotes e castello de proa ___-__ _____ _____ __-___ --------------------, (Methodo) (Methodo)

roupa de cama, vestuario, etc. -__--__---__---_---- Detido _______ --___ (Methodo)

dias; doenca em quarentena -_ _ __ -_ _ _-- _ _ _- __ _ _ _. Desembarace com livre (Numero de casos, e nstureza)

pratica ___-________________ porto designado no certificado de desembarace

-------------------- Autoridade sanitaria.

, : 1

-c- _ _..

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CODIGO SANITARIO PAN-AMERICANO 1275

c

.

.

MODELO INTERNACIONAL DE CARTA DE SAUDE

INFORMACOES RELATIVAS A EMBARCACAO

Eu _ __ __ _ _ -_ _ __ __ _ __- _ (cargo official do funccionario) __ ___ - _ _ _ _ _ _ -_ (pessaa autorisada a expedir a carta) no porto de _- -______ ______ - ____ certi- fico que a embarcacão que adiante Yae mencionada parte do porto de _ _ _ _ _ _ _ - ---------_-- nas seguintes condicóes:

Nome da embarcacão -__ _ _ _-_ _ _ _- _ _ _ -__ __ Nacionalidade - - _ _ - _ _ _ - _ _ _ - Commandante _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Tonelagem bruta _ ___ _ -_-_ _ _- Tone- ladasliquidas--_-_- ______ Nomedomedico-..------- ____ - ____ -_ Numero de officiaes _ _ _ _ _ ___ _ _ _ _ Familias de officiaes _ _ _ __-_- _ _ __ Passageiros des- tinados a _ _ _ _ _ _ _ - _ __ _ (Pais de destino) -- _ _- _ _ ___ _ _ __ _ _ Embarcados no porto de ________-______ - de primeira classe _______ _____ de segunda classe --_________- Passageiros de pr6a _______ - ____________ Numero total de passageiros _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ Portos visitados nos quatro mezes anteriores - _ _ _ -- -------_-_--

Local em que estava ancorada a embarca@0 _ -_-_ __ ___ _ _ _-_ _ _ __- Caes ou trapiche __ _ ____ _ ___ _ _ _-_ _ _ _- ao largo _________ -__ a que distancia da mar- gem ________________ Se f6ram desembarcados passageiros ou tripulantes por motivo dedoencas ____-__--___ que doencas------..----- Tempo de demora da embarca@0 no porto -_ _ __-_ _ _ --- hora da chegada ____ _ _--_ _ _- data e hora da partida ______________ - _____ Natureza dos meios de communica- cão com a terra __________ -_-_-_-_-_ Condicóes sanitarias da embarcacao -_________-- Medidas sanitarias adoptadas durante a estadia __-____-_-____ Ultima data em que foi feita fumigacáo a bordo-- ____ ____ -__ ___ Numero de ratos mortos ________ Porto em que foi feita essa fumigacáo _---____ Quaes as autoridades sanitarias que inspeccionaram a embarcacão ___-_ ._-____-_____ Qual o metodo de fumigacáo adoptado para matar ratos _ ____ - _-__ __- __ _ __ Idem para mosquitos __- _ _ ___ _ _ _ -_ _ __

INFORMACJÓES RELATIVAS AO PORTO

Condicões sanitarias do porto e seus arredores- _ _ _ _ __ _ _ __-_ _ __-_ _ _-__ _ _-_-_ _ Doencas reinantes no porto e seus arredores--- __ __ _ _- _ _______ _ __ _ _ _ ___ ____ _ _ Numero de Casos e Obitos Causados pelas Seguintes Doencas nas Duas Ultimas

Semanas Anteriores--- _____ - ____ -_- ______ - ________-_____ - ______ -- ____ -

Observacóes

Febre amarella-..----. Cholera asiatico--- _. Cholera nostras ou

cholerina--------... Variola ____ -_-_--__. Typho--- __ __ _ _-_ __. Peste--- ____ - ______. Lepra------ ________.

_______-------_- Quaesquer informacóes relativas á __- _____ _ _ _ _ _ - _ - saúde publica no porto ou em suas

adjacencias devem ser menciona- ___----__-____-_ das. ____ - ___,_____ --_,

----l--------l --__- ___, - _______, -__-- ___, -___- ___/

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1276 OFICINA SANITARIA PANAMERICANA

(Mesmo que náo tenha havido caso algum de doenca deve disso fazer-se mengão). Autoridade sanitaria do porto de _-___--__--__--___-_ (esta certidáo deve

ser sempre assignada pela autoridade sanitaria de porto.)

Data do ultimo caso-- ____ __-__ ____ _ Cholera _____ -___-__---__---__--___ Febre amarella-.. ___ __ _____ ____ _ ____

I Peste humana _____________ --__--r__ Typho---------------------------- Peste murina - _ _ ___ _ _ _ _ - _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _

(Mencionem-se as medidas que hajam sido tomadas em relacão aos ratos no ultimo semestre, caso tenha-se feito isso.)

--___--__---_--_-_-_ Assignatura da autoridade sanitaria do porto.

Certifico que a embarcacáo cumpriu todas as determinagóes regulamentares e as do Codigo Sanitario Pan-Americano.

A embarcacao segue deste porto com destino a -_- ____ -___-___- ____ com escalaspor -___- ____ -__-_- ____ -.

Visado por ---__-------_---__-_

Assignatura da autoridade consular -__--________-___--_

Autoridade sanitaria [SELRO.]

0 Dia de Saude cm São Paulo

0 Dia de Saude em Sáo Paulo constituiu segundo 0 Brasil de Amanhá, urna grandiosa manifestacáo de saude e de belleza physica e um elevado e sadio movi- mento de civismo. Para que maior fosse o seu brilhantismo tomou a si a sua realizacáo o Director Geral do Servico Sanitario, Dr. Waldomiro de Oliveira, que tomou promptas medidas, incumbindo á Inspectoria de Educacao Sanitaria, pelo seu inspector-chefe Dr. Figueira de Mello de organizar o seu programma, visto ser este departamento o que quida da divulga@0 dos conhecimentos neces- sarios á conservacáo da saude, competindo-lhe, portanto, o programma em que se celebrava a “Saude.” 0 programma excedeu a toda a espectativa, tendo occorrido ás muitas solemnidades um grande numero de pessoas interessadas.

0 Sarampo no Brasil

Infante Vieira 1 declara que é cousa hoje acceita pela sciencia e provada pela observacáo que todo enfermo de sarampo deve ser recolhido a aposentos proprios, isolado de quaesquer outros doentes e em quarto amplo e arejado. A coqueluche, cujas symptomas impressionam muito mais 6,s máes, 6 menos perigosa e de cifra mortuaria menor. Ainda o anno passado, segundo as estatisticas publicadas, morreram, no Rio, de coqueluche 223 casos, e de sarampo nada menos de 448. Se as estatisticas de diversos paizes se contradizem, muitas vezes, enquanto ao sarampo ellas se rcforcam e se reaffirmam. Por ellas podemos seguir, em estudos comparativos, cerca de 50 annos de evolucão da variola, escarlatina, coqueluche, sarampo e diphteria. A variola tende a desapparecer com a vaccinacão; a escarln- tina diminuiu; a diphteria, com o largo uso de soro de ROUX, baixou ConsideraveI- mente, e a coqueluche tambem tem seguido marcha decrescente. Unicamente, o sarampo, ao contrario recrudesceu, augmentando na Belgica, Irlanda, Inglaterra

1 Infante Vieira, E. Arch. Eras. Med. 19: 406 (julho) 1929.