código sanitário do município

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COVISAO Departamento de Vigilncia Sade COVISA, da Secretaria Municipal de Sade, sente-se grato em oferecer a cpia do novo CDIGO SANITRIO DE MANAUS, revisado e atualizado. Esperamos que o trabalho aqui apresentado possa trazer ganhos na qualidade dos servios e produtos ofertados aos muncipes, com conseqentes melhorias sade pblica.Manaus, 02 de setembro de 1997. Dr. Homero de Miranda Leo NetoDiretor do Departamento de Vigilncia Sade

Dvidas, sugestes, comentrios ou crticas, por favor contate-nos:

SEMSA-COVISA - Rua Recife, s/n - Adrianpolis - CEP: 69.057-002 Fones: (092) 642-6613 ou 642-0880Fax: (092) 642-6131 E-mail: [email protected]

O Cdigo Sanitrio de Manaus formado pela Lei 392/97 de 27/06/97, publicada no Dirio Oficial do Estado n. 28.712 de 02/07/97 e o Decreto 3.910 de 27/08/97 publicado na edio n. 28.754 de 29/08/97

Disquete de livre reproduo e distribuio - vedada a alterao do texto.PREFEITURA MUNICIPAL DE MANAUS SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE - SEMSA

DEPARTAMENTO DE VIGILNCIA SADE - COVISA

CDIGO SANITRIO DO MUNICPIO DE MANAUS REVISADO E ATUALIZADO

MANAUS - AM 1997

CDIGO SANITRIO DO MUNICPIO DE MANAUS2

REVISADO E ATUALIZADO

COMISSO REVISORA(INSTITUDA PELO DECRETO N 2.962, DE 31.08.95)

Homero de Miranda Leo Neto - presidenteMdico, especialista em Poltica e Gesto de Sade e em Vigilncia Sade, Diretor do Departamento de Vigilncia Sade (COVISA) da Secretaria Municipal de Sade de Manaus, Fiscal de Sade II.

Eliana Maria de Miranda LeoComunicloga, Sanitarista, especialista em Epidemiologia, desenvolvendo suas atividades profissionais no Apoio Tcnico do Departamento de Vigilncia Sade.

Lucilene Vasconcelos Bezerra de SousaAdministradora de Empresa, especialista em Informtica e Chefe da Seo de Cadastro e Informao do Departamento de Vigilncia Sade.

Simone de S Arajo JardimAdvogada, Procuradora do Municpio, Chefe da Procuradoria Judicial Comum do Municpio de Manaus.

Varcily Queiroz BarrosoEngenheiro Civil, Advogado, Mestre em Engenharia Sanitria, especialista em Administrao Universitria, Consultor em Meio Ambiente, Fiscal de Sade II, exercendo suas atividades na Seo de Engenharia Sanitria do Departamento de Vigilncia Sade.

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APRESENTAO

O presente Cdigo Sanitrio, produto da reviso efetuada pela Comisso instituda pelo Decreto n. 2.962/95, disponibiliza Cidade de Manaus, uma legislao sanitria, epidemiolgica, de controle de zoonoses e de sade do trabalhador, atualizada e compatvel com a metrpole em que nossa capital se transforma. A legislao at ento utilizada para a vigilncia sade pela COVISA, data de 1976, portanto com mais de 20 anos de existncia, e j vinha apresentando falhas quanto a adequaes tecnolgicas, legais e at operacionais. A Comisso Revisora pesquisou as vrias legislaes afins, como modelos de Cdigos adotados em outras cidades, alm de outros textos legais e tcnicos, obtendo como resultado um documento que objetiva instrumentalizar a reduo dos riscos e agravos sade pblica na Cidade de Manaus.

Arnoldo Rodrigues Andrade Secretrio Municipal de Sade

NDICE LEI N 392 de 27 de junho de 1997 DECRETO N 3.910 de 27 de agosto de 1997 4 8 17

Primeira Parte - Vigilncia Sanitria Tomo I - Disposies Preliminares Tomo II - Saneamento Ttulo I - Sistemas de Abastecimento de gua e Disposio de Esgotos Ttulo II - Instalaes Prediais de gua e Esgotos Ttulo III - Saneamento das Edificaes Captulo I - Disposies Gerais Captulo II - Habitaes Multifamiliares - Edifcios de Apartamentos e Comerciais Ttulo IV - Resduos de Servios de Sade Tomo III - Estabelecimentos Comerciais e Industriais Ttulo I - Estabelecimentos de Trabalho em Geral e Outros Captulo I - Disposies Gerais Captulo II - Creches Captulo III - Escolas Captulo IV - Piscinas e Saunas Captulo V - Colnias de Frias e dos Acampamentos em Geral Captulo VI - Asilos, Orfanatos, Albergues e Estabelecimentos Congneres Captulo VII - Hotis, Motis e Estabelecimentos Congneres Captulo VIII - Cinemas, Teatros, Locais de Reunies, Circos e Parques de Diverses Captulo IX - Locais de Reunio para Fins Religiosos Captulo X - Farmcias, Drogarias, Ervanarias, Postos de Medicamentos, Depsitos de Drogas e Dispensrios de Medicamentos Captulo XI - Estabelecimentos Industriais Farmacuticos, Qumico-Farmacuticos, de produtos Biolgicos e Congneres, de Produtos Dietticos, de Higiene, Perfumes, Cosmticos e Congneres Captulo XII - Estabelecimentos de Assistncia Mdico-Hospitalar e Congneres Captulo XIII - Laboratrios de Anlises Clnicas ou de Patologia Clnica, de Hematologia Clnica, de Anatomia Patolgica, de Citologia, de Lquidos CfaloRaquiadiano, de Radioisotopologia e Congneres Captulo XIV - rgos Executivos de Atividade Hemoterpica Captulo XV - Estabelecimentos de Assistncia Odontolgica Captulo XVI - Laboratrios e Oficinas de Prtese Captulo XVII - Casas de Artigos Cirrgicos, Ortopdicos, Fisioterpicos e Odontolgicos Captulo XVIII - Estabelecimentos que Industrializem e Comercializem Lentes Oftlmicas Captulo XIX - Estabelecimentos Veterinrios e Congneres Captulo XX - Institutos ou Clnicas de Fisioterapia e Congneres Captulo XXI - Institutos e Clnicas de Beleza sob Responsabilidade Mdica Captulo XXII - Institutos de Beleza sem Responsabilidade Mdica, Sales de Beleza, Cabeleireiros, Barbearias e Congneres Captulo XXIII - Academias de Ginstica Captulo XXIV - Necrotrios e Funerrias 5

18 18 18 18 19 22 22 23 24 24 25 25 28 29 30 33 34 34 36 38 38 41 44 45 47 48 48 49 49 50 51 52 53 53 54

Captulo XXV - Cemitrios Captulo XXVI - Lavanderias Pblicas Captulo XXVII - Estao Rodovirias e Congneres Captulo XXVIII - Garagens, Oficinas e Postos de Servios de Abastecimento de Veculos Captulo XXIX - Indstrias de gua Sanitria, de Desinfetantes, de Detergentes, de Inseticidas, de Raticidas e Congneres, para Uso Domstico Captulo XXX - Estbulos, Cocheiras, Granjas Avcolas e Estabelecimentos Congneres Captulo XXXI - Chiqueiros e Pocilgas Ttulo II - Estabelecimentos Comerciais e Industriais de Gneros Alimentcios Captulo I - Disposies Gerais Captulo II - Definies Captulo III - Transporte de Gneros Alimentcios Captulo IV - Colheita de Amostras e Anlise Fiscal Captulo V - Percia de Contraprova Captulo VI - Apreenso em Depsito de Alimentos Captulo VII - Apreenso e Inutilizao de Alimentos Captulo VIII - Registro e Controle Captulo IX - Rotulagem Captulo X - Padro de Identidade e Qualidade Captulo XI - Funcionamento dos Estabelecimentos Captulo XII - Panificadoras, Confeitarias e Congneres Captulo XIII - Frigorficos e Armazns Frigorficos Captulo XIV - Estabelecimentos que Comercializam Leites e Laticnios Captulo XV - Estabelecimentos que Comercializam Carnes e Derivados ou Subprodutos Captulo XVI - Estabelecimentos que Comercializam Pescado Captulo XVII - Mercados e Supermercados Captulo XVIII - Feiras Livres Captulo XIX - Comrcio Ambulante de Alimentos Captulo XX - Emprios, Mercearias, Armazns, Depsito de Gneros Alimentcios e Estabelecimentos Congneres Captulo XXI - Casas e Depsitos de Ovos, Aves e Pequenos Animais Vivos Captulo XXII - Restaurantes, Churrascarias, Bares, Cafs, Lanchonetes e Estabelecimentos Congneres Captulo XXIII - Pastelarias, Pizzarias e Estabelecimentos Congneres Captulo XXIV - Estabelecimentos que Comercializam Produtos Alimentcios Liquidificados, Sorvetes e Caldo de Cana Captulo XXV - Estabelecimentos de Horticultura e Fruticultura e Criadores de Animais Captulo XXVI - Estabelecimentos de Beneficiamento e Moagem de Trigo, Milho, 6

54 55 56 56 57 57 58 58 58 61 63 64 65 66 67 68 68 71 71 74 77 78 78 81 83 84 85 88 89 89 91 93 93

Mandioca e Produtos Congneres Captulo XXVII - Fbrica de Massas Alimentcias e de Biscoitos e Estabelecimentos Congneres Captulo XXVIII - Usinas e Refinarias de Acar Captulo XXIX - Estabelecimentos Industriais de Torrefao e Moagem de Caf Captulo XXX - Destilarias, Fbricas de Bebidas, Cervejas e Estabelecimentos Congneres Captulo XXXI - Fbricas de Gelo Captulo XXXII - Matadouro-Frigorfico, Matadouros Charqueados, Fbricas de Produtos Sunos, Fbricas de Conservas e Gorduras, Fbricas de Conservas de Carnes, Fbricas de Conservas de Pescado e Congneres Segunda Parte - Vigilncia Epidemiolgica Ttulo I - Disposies Gerais Ttulo II - Notificao Compulsria Ttulo III - Doenas Transmissveis Ttulo IV - Doenas Transmissveis e Saneamento do Meio Ttulo V - Doenas No Transmissveis e Acidentes Pessoais Ttulo VI - Inumaes, Exumaes, Transladaes e Cremaes Ttulo VII - Controle de Zoonoses Captulo I - Disposies Gerais Captulo II - Apreenso de Animais Captulo III - Destinao dos Animais Apreendidos Captulo IV - Responsabilidade do Proprietrio de Animais Captulo V - Controle da Raiva Animal Captulo VI - Animais Sinantrpicos Captulo VII - Controle de Roedores Captulo VIII - Uso dos Inseticidas e Raticidas Terceira Parte - Promoo e Recuperao da Sade e Outras Atividades Tcnicas Ttulo I - Promoo da Sade Captulo I - Maternidade, Infncia e Adolescncia Ttulo II - Sade Mental Ttulo III - Recuperao da Sade Captulo nico - Assistncia Mdico-Hospitalar e Mdico-Hospitalar de Urgncia Ttulo IV - Atividades Tcnicas Complementares Captulo I - Estatstica Captulo II - Educao em Sade Pblica Captulo III - Preparao Tcnica de Pessoal Quarta Parte - Proteo Sade do Trabalhador Ttulo nico Quinta Parte - Infraes, Penalidades e Procedimento Administrativo Ttulo I - Competncia Ttulo II - Infraes e Penalidades Ttulo III - Procedimento Administrativo

94 94 95 96 96 97 97 99 99 100 102 105 106 107 108 108 109 110 110 111 111 112 112 114 114 114 114 115 115 116 117 117 117 118 118 118 118 118 124 7

Captulo I - Disposies Gerais Captulo II - Auto de Infrao Captulo III - Termo de Intimao Captulo IV - Auto de Multa Captulo V - Auto de Apreenso em Depsito Captulo VI - Auto de Apreenso e Inutilizao Captulo VII - Termo de Interdio Captulo VIII - Certificado de Inspeo Tcnico-Sanitria e Laudo de Vistoria Sanitria Captulo IX - Recursos

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LEI N. 392 DE 27 DE JUNHO DE 1997DISPE sobre a competncia e campo de ao da Secretaria Municipal de Sade. O PREFEITO MUNICIPAL DE MANAUS no uso das atribuies que lhe so conferidas pelo artigo 80, inciso IV, da Lei Orgnica do Municpio. FAO SABER que o Poder Legislativo decretou e eu sanciono a presente 8

LEI: Art. 1 - Competem Secretaria Municipal de Sade, para a execuo de medidas que visem assegurar, em relao ao homem, a promoo, preservao e recuperao da sade, dentre outras, as seguintes atividades: I - planejamento, organizao, controle e avaliao das aes e dos servios de sade e gerenciamento e execuo dos servios pblicos de sade; II - participao no planejamento, programao e organizao da rede regionalizada e hierarquizada do Sistema nico de Sade - SUS; III - participao na execuo, controle e avaliao das aes referentes s condies e aos ambientes de trabalho; IV - execuo de servios: a) de vigilncia ao saneamento bsico; b) de vigilncia sanitria; c) de alimentao e nutrio; d) de vigilncia epidemiolgica; e) de sade do trabalhador; f) de controle de zoonoses; V - colaborao na vigilncia das agresses ao meio ambiente que tenham repercusso sobre a sade humana e atuao, junto aos rgos municipais, estaduais e federais competentes, para control-las; VI - colaborao com a Unio e o Estado, na execuo da vigilncia sanitria de portos, aeroportos e fronteiras; VII - celebrao de acordos, convnios e contratos com a Unio, Estados, Territrios, Distrito Federal, Municpios e entidades pblicas ou privadas, nacionais e estrangeiras, visando execuo comum, ou por delegao, de determinadas atividades, obedecida a legislao vigente. Art. 2 - Considera-se infrao de seu Regulamento, para o fim desta Lei, a desobedincia ao disposto nas normas legais, regulamentares e outras que, por qualquer forma, se destinem promoo, preservao e recuperao da sade. Art. 3 - Responde pela infrao quem, por ao ou omisso, lhe deu causa ou concorreu para sua prtica ou dela se beneficiou. Pargrafo nico - Exclui a imputao de infrao a causa decorrente de fora maior ou proveniente de eventos naturais ou circunstanciais imprevisveis, que vierem a determinar avaria, deteriorao ou alterao de produtos ou bens do interesse da sade pblica. Art. 4 - As infraes sero apuradas em processo administrativo e, a critrio da autoridade sanitria, classificadas em: I - leves, quando o infrator seja beneficiado por circunstncia atenuante; II - graves, quando for verificada uma circunstncia agravante; III - gravssimas, quando for verificada a existncia de duas ou mais circunstncias agravantes. 9

Art. 5 - So circunstncias atenuantes: I - a ao do infrator no ter sido fundamental para a consecuo do evento; II - a errada compreenso da norma sanitria, admitida como escusvel, quando patente a incapacidade do agente para entender o carter ilcito do fato; III - o infrator, por espontnea vontade, imediatamente, procurar reparar ou minorar as conseqncias do ato lesivo sade pblica que lhe for imputado; IV - ter o infrator sofrido coao, a que no podia resistir, para a prtica do ato; V - a irregularidade cometida ser pouco significativa; VI - ser o infrator primrio. Art. 6 - So circunstncias agravantes: I - ter o infrator agido com dolo, ainda que eventual, fraude ou m f; II - ter o infrator cometido a infrao, para obter vantagem pecuniria decorrente de ao ou omisso que contrarie o disposto na legislao sanitria; III - tendo conhecimento do ato ou fato lesivo sade pblica, deixar o infrator de tomar as providncias de sua alada, tendentes a evit-lo ou san-lo; IV - ter o infrator coagido outrem para a execuo material da infrao; V - ter a infrao conseqncias calamitosas sade pblica; VI - ter o infrator dificultado ou prejudicado a ao fiscalizadora; VII - ser o infrator reincidente. Art. 7 - Para os efeitos deste Regulamento e de suas Normas Tcnicas Especiais, ficar caracterizada a reincidncia especfica, quando o infrator, aps deciso definitiva na esfera administrativa do processo que lhe houver imposto a penalidade, cometer nova infrao do mesmo tipo ou permanecer em infrao continuada. Pargrafo nico - A reincidncia especfica torna o infrator passvel de enquadramento na penalidade mxima e a caracterizao da infrao em gravssima. Art. 8 - Para a imposio da pena e sua gradao, a autoridade sanitria levar em conta: I - as circunstncias atenuantes e agravantes; II - a gravidade do fato, tendo em vista as suas conseqncias para a sade pblica; III - os antecedentes do infrator quanto s normas sanitrias. Pargrafo nico - Sem prejuzo do disposto neste artigo, na aplicao da penalidade de multa, a autoridade sanitria competente levar em considerao a capacidade econmica do infrator. Art. 9 - Havendo concurso de circunstncias atenuantes e agravantes, a aplicao da pena ser considerada em razo das que sejam preponderantes. Art. 10 - Em conformidade com a legislao vigente, as infraes sanitrias, sem prejuzo das sanes de natureza civil ou penal cabveis, sero punidas, alternativa ou cumulativamente, com penalidade de: 10

I - advertncia; II - multa; III - apreenso de produto em depsito; IV - inutilizao de produto; V - interdio de produto; VI - suspenso de vendas e/ou fabricao de produto; VII - cancelamento de registro de produto; VIII - interdio temporria parcial ou total do estabelecimento; IX - interdio definitiva do estabelecimento; X - proibio de propaganda; XI - cancelamento de autorizao para funcionamento; XII - cancelamento de alvar de licenciamento. Art. 11 - A pena de multa consiste no pagamento das seguintes quantias: I - nas infraes leves, de uma a cem Unidades Fiscais do Municpio - UFM; II - nas infraes graves, de mais de cem a duzentas Unidades Fiscais do Municpio UFM; III - nas infraes gravssimas, de mais de duzentas a quatrocentas Unidades Fiscais do Municpio - UFM. Art. 12 - Nos casos de reincidncia ou continuidade da infrao, as multas previstas neste Regulamento sero aplicadas em valor correspondente ao dobro da multa anterior. Art. 13 - So infraes sanitrias, dentre outras: I - obstar ou dificultar a ao fiscalizadora das autoridades sanitrias competentes, no exerccio de suas funes: pena - multa, interdio parcial ou total do estabelecimento, cancelamento de alvar de licenciamento e/ou cancelamento de autorizao para funcionamento; II - extrair, produzir, fabricar, transformar, preparar, manipular, purificar, fracionar, embalar ou reembalar, importar, exportar, armazenar, expedir, transportar, comprar, vender, ceder ou usar alimentos, produtos alimentcios, medicamentos, drogas, insumos farmacuticos, produtos dietticos, de higiene, cosmticos, embalagens, saneantes e correlatos, utenslios e aparelhos que interessem sade pblica ou individual, sem registro, licena ou autorizao dos rgos sanitrios competentes, ou contrariando o disposto na legislao sanitria pertinente: pena - advertncia ou multa, apreenso do produto, inutilizao do produto, interdio do produto e/ou cancelamento do registro do produto; III - fazer propaganda de produtos, alimentos e outros, sujeitos vigilncia sanitria, contrariando a legislao sanitria: pena - advertncia ou multa, proibio de propaganda e suspenso de venda e/ou fabricao do produto; IV - rotular alimentos e produtos alimentcios ou bebidas, bem como medicamentos, drogas, insumos farmacuticos, produtos dietticos, de higiene, de correo esttica, cosmticos, perfumes, saneantes, correlatos ou quaisquer outros, contrariando as normas legais e 11

regulamentares: pena - advertncia ou multa, inutilizao do produto e/ou interdio do produto; V - fraudar, falsificar, ou adulterar alimentos, bebidas, medicamentos, drogas, insumos farmacuticos, produtos de higiene, dietticos, saneantes, correlatos ou quaisquer outros que interessem sade pblica: pena - multa, apreenso do produto, inutilizao do produto, interdio do produto, suspenso de venda e/ou fabricao do produto, cancelamento do registro do produto, interdio parcial ou total do estabelecimento, cancelamento de autorizao para funcionamento da empresa e/ou cancelamento do alvar de licenciamento do estabelecimento; VI - expor venda ou entregar ao consumo produtos de interesse sade, cujo prazo de validade tenha expirado ou apor-lhes novas datas de validade posteriores ao prazo expirado: pena - multa, apreenso do produto, inutilizao do produto, interdio do produto, cancelamento de registro do produto, cancelamento de alvar de licenciamento e/ou cancelamento da autorizao para funcionamento; VII - reaproveitar vasilhames de saneantes, seus congneres, e de outros produtos capazes de serem nocivos sade, no envasilhamento de alimentos, bebidas, refrigerantes, produtos dietticos, medicamentos, drogas, produtos de higiene, cosmticos e perfumes: pena - multa, apreenso do produto, inutilizao do produto, interdio do produto e/ou cancelamento de registro do produto; VIII - industrializar produtos de interesse sanitrio, sem a assistncia de responsvel tcnico legalmente habilitado: pena - multa, apreenso do produto, inutilizao do produto, interdio do produto e/ou cancelamento de registro do produto; IX - vender mercadorias no permitidas: pena - advertncia ou multa, apreenso do produto e/ou inutilizao do produto; X - falta de uniforme ou seu uso incompleto ou em ms condies de conservao ou limpeza: pena - advertncia ou multa e/ou interdio parcial ou total do estabelecimento; XI - utilizar-se de outros materiais que no os permitidos para embrulhos ou embalagens: pena - advertncia ou multa e/ou interdio parcial ou total do estabelecimento; XII - alterar o processo de fabricao dos produtos sujeitos a controle sanitrio, modificar os seus componentes bsicos, nome, e demais elementos objeto do registro, sem a necessria autorizao do rgo sanitrio competente: pena - multa, interdio do produto, cancelamento de registro do produto, cancelamento de alvar de licenciamento e/ou cancelamento da autorizao para funcionamento; XIII - fornecer, vender ou praticar atos de comrcio em relao a medicamentos, drogas e correlatos, cuja venda e uso dependam de prescrio mdica, sem observncia dessa exigncia e contrariando as normas legais e regulamentares: pena - multa, apreenso de produto, interdio parcial ou total do estabelecimento e/ou cancelamento de alvar de licenciamento; XIV - descumprimento de normas legais e regulamentares, medidas, formalidades e outras exigncias sanitrias pelas empresas de transportes, seus agentes e consignatrios, comandantes ou responsveis diretos por embarcaes, aeronaves, ferrovias, veculos terrestres, nacionais e 12

estrangeiros: pena - advertncia ou multa, interdio do produto e/ou interdio parcial ou total do estabelecimento; XV - inobservncia das exigncias sanitrias relativas a imveis, pelos seus proprietrios, ou por quem detenha legalmente a sua posse: pena - advertncia ou multa e/ou interdio parcial ou total do estabelecimento; XVI - exportar sangue e seus derivados, placenta, rgo, glndulas ou hormnios, bem como quaisquer substncias ou partes do corpo humano, ou utiliz-los, contrariando as disposies legais e regulamentares: pena - advertncia ou multa, interdio do produto, cancelamento do alvar de licenciamento e/ou cancelamento de registro de produto; XVII - retirar ou aplicar sangue, proceder a operaes de plasmaferese, ou desenvolver outras atividades hemoterpicas, contrariando normas legais e regulamentares: pena - multa, interdio do produto, cancelamento do alvar de licenciamento e/ou cancelamento do registro do produto; XVIII - utilizar, na preparao de hormnios, rgos de animais doentes, estafados ou emagrecidos ou que apresentem sinais de decomposio, no momento de serem manipulados: pena - multa, apreenso de produto, inutilizao do produto, interdio do produto, cancelamento do registro do produto, cancelamento da autorizao para funcionamento e/ou cancelamento do alvar de licenciamento; XIX - comercializar produtos biolgicos, imunoterpicos e outros que exijam cuidados especiais de conservao, preparao, expedio ou transporte, sem observncia das condies necessrias sua preservao: pena - multa, apreenso do produto, inutilizao do produto, interdio do produto e/ou cancelamento do registro do produto; XX - aplicao de raticidas cuja ao se produza por gs ou vapor, em galerias, bueiros, pores, stos ou locais de possvel comunicao com residncias ou freqentados por pessoas e animais: pena - multa, interdio do produto, cancelamento do alvar de licenciamento e/ou cancelamento de autorizao para funcionamento; XXI - deixar, aquele que tiver o dever legal de faz-lo, de notificar doena ou zoonose transmissvel ao homem, de acordo com o que disponham as normas legais ou regulamentares vigentes: pena - advertncia ou multa; XXII - reter atestado de vacinao obrigatria, deixar de executar, dificultar ou opor-se execuo de medidas sanitrias que visem preveno de doenas transmissveis e sua disseminao: pena - advertncia ou multa, interdio parcial ou total do estabelecimento, cancelamento do alvar de licenciamento e/ou cancelamento de autorizao para funcionamento; XXIII - opor-se exigncia de provas imunolgicas ou sua execuo pelas autoridades sanitrias: pena - advertncia ou multa; XXIV - acondicionar, coletar e depositar incorretamente os resduos de servio de sade: 13

pena - advertncia ou multa e/ou interdio parcial ou total do estabelecimento; XXV - transgredir outras normas legais e regulamentares destinadas proteo da sade: pena - advertncia ou multa, apreenso, inutilizao, interdio do produto, suspenso de venda e/ou fabricao de produto, cancelamento do registro do produto, interdio parcial ou total do estabelecimento, cancelamento de autorizao para funcionamento da empresa, cancelamento do alvar de licenciamento do estabelecimento e/ou proibio de propaganda; XXVI - descumprir atos emanados das autoridades sanitrias competentes, visando aplicao da legislao vigente: pena - advertncia ou multa, apreenso do produto, inutilizao do produto, interdio do produto, suspenso de venda ou de fabricao do produto, cancelamento do registro do produto, interdio parcial ou total do estabelecimento, cancelamento de autorizao para funcionamento da empresa, cancelamento do alvar de licenciamento e/ou proibio de propaganda. Pargrafo nico - Independem de licena para funcionamento os estabelecimentos integrantes da Administrao Pblica ou por ela institudos, ficando sujeitos, porm, s exigncias pertinentes s instalaes, equipamentos e aparelhagens adequadas e assistncia e responsabilidade tcnicas. Art. 14 - Em face da especificidade da matria Controle de Zoonoses, verificada a infrao a qualquer de seus dispositivos, a autoridade sanitria, independente de outras sanes cabveis decorrentes da legislao federal e estadual, poder aplicar as seguintes penalidades: I - multa; II - apreenso de animal; III - interdio total ou parcial, temporria ou permanente de locais ou estabelecimentos; IV - cassao de alvar. Art. 15 - A pena de multa, no caso do artigo anterior, ser varivel, de acordo com a gravidade da infrao, como segue: I - para infraes de natureza leve - uma Unidade Fiscal do Municpio - UFM; II - para infraes de natureza grave - cinco Unidades Fiscais do Municpio - UFM; III - para infraes de natureza gravssima - dez Unidades Fiscais do Municpio - UFM. 1 - Na reincidncia, a multa ser aplicada em dobro. 2 - A pena de multa no excluir, conforme a natureza ou gravidade da falta, a aplicao de qualquer outra das penalidades previstas no artigo anterior. 3 - Independente do disposto no pargrafo anterior, a reiterao de infraes de mesma natureza autorizar, conforme o caso, a definitiva apreenso de animais, a interdio de locais de estabelecimentos ou cassao de alvar. 4 - Sero definidos em Regulamento os atos que constituam infraes de natureza leve, grave ou gravssima, quanto matria Controle de Zoonoses. Art. 16 - Sem prejuzo das penalidades previstas no artigo 14, o proprietrio do animal apreendido ficar sujeito ao pagamento de despesas de transporte, de alimentao, assistncia veterinria e outras. 14

Art. 17 - O desrespeito ou desacato autoridade sanitria competente, em razo de suas atribuies legais, sujeitaro o infrator penalidade de multa. Art. 18 - Considerar-se-o, para os efeitos desta Lei e de seu Regulamento: I - contaminados ou deteriorados, os produtos alimentcios que contenham parasitos e microorganismos patognicos ou saprfitas capazes de transmitir doenas ao homem ou aos animais, ou que contenham microorganismos indicativos de contaminao de origem fecal ou de deteriorao de substncias alimentcias, tais como escurecimento, gosto cido, gs sulfdrico ou gasognios suscetveis de produzir estofamento do vasilhame; II - alterados, os produtos alimentcios que, pela ao de umidade, luz, temperatura, microorganismos, parasitos, conservao e acondicionamento inadequado ou por qualquer outra causa, que tenham sofrido avaria, deteriorao e estiverem prejudicados em sua pureza, composio ou caractersticas organolpticas; III - adulterados, os produtos alimentcios: a) quando lhes tiverem sido adicionadas substncias que lhes modifiquem a qualidade, reduzam o valor nutritivo ou provoquem deteriorao, exceo de produtos dietticos ou outros produtos alimentcios legalmente registrados; b) quando se lhes tiver tirado, embora parcialmente, um dos elementos de sua constituio normal, exceo de produtos dietticos ou outros produtos alimentcios legalmente registrados; c) quando contiverem substncias ou ingredientes nocivos sade ou substncias conservadoras de uso proibido; d) quando tiverem sido, no todo ou em parte, substitudos por outros de qualidade inferior; e) que tiverem sido coloridos, revestidos, aromatizados ou adicionados de substncias estranhas, para efeitos de ocultar qualquer fraude ou alterao ou de aparentar melhor qualidade do que a real, exceto nos casos expressamente previstos pela legislao vigente. IV - fraudados, os produtos alimentcios: a) que tiverem sido, no todo ou em parte, substitudos em relao ao indicado na embalagem; b) que, na composio, diversificarem do enunciado nos invlucros ou rtulos, ou no estiverem de acordo com as especificaes exigidas pela legislao em vigor. Art. 19 - Verificada, em processo administrativo, a existncia de adulterao e/ou deteriorao de produtos, dever a autoridade sanitria competente, ao proferir a sua sentena, consider-los inutilizveis. Pargrafo nico - A inutilizao de produtos ser feita de imediato, quando oferecer, inequivocamente, grave risco sade ou, quando realizada percia de contraprova, constatar-se sua impropriedade para o consumo. Art. 20 - Proceder-se- interdio de alimento para anlise fiscal, de conformidade com o disposto na Legislao Vigente. Art. 21 - Quando aplicada a pena de multa, o infrator ser notificado para recolh-la, no prazo de cinco dias, Fazenda Municipal. 15

Art. 22 - Das decises das autoridades sanitrias caber recurso quelas que lhe sejam imediatamente superiores, exceto em caso de inutilizao de produtos que ofeream grave risco sade. Pargrafo nico - A interposio e os prazos dos recursos sero regulamentados atravs de Decreto. Art. 23 - As infraes s disposies legais, regulamentares e outras, de ordem sanitria, regidas pela presente Lei, prescrevem em cinco anos. 1 - A prescrio interrompe-se pela notificao ou outro ato da autoridade sanitria, visando sua apurao e conseqente imposio de pena. 2 - No corre prazo prescricional, enquanto houver processo administrativo pendente de deciso. Art. 24 - O Poder Executivo Municipal expedir a regulamentao necessria execuo desta Lei. Art. 25 - A Secretaria Municipal de Sade elaborar Normas Tcnicas Especiais, que sero baixadas por Decreto do Poder Executivo Municipal, para o fim de complementar o Regulamento previsto no artigo anterior. Art. 26 - Esta Lei entrar em vigor, a partir da data da sua publicao, revogadas as disposies em contrrio. Manaus, 27 de junho de 1997 ALFREDO PEREIRA DO NASCIMENTO Prefeito Municipal de Manaus ELSON RODRIGUES DE ANDRADE Procurador Geral do Municpio SILVIO ROMANO BENJAMIN JUNIOR Secretrio-Chefe do Gabinete Civil ARNOLDO RODRIGUES ANDRADE Secretrio Municipal de Sade

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DECRETO N. 3.910 DE 27 DE AGOSTO DE 1997 APROVA o Regulamento a que se refere o artigo 24 da Lei 392 de 27 de junho de 1997, que dispe sobre normas da promoo, preservao e recuperao da sade, no mbito da cidade de Manaus, no campo de competncia da Secretaria Municipal de Sade e d outras providncias. O PREFEITO MUNICIPAL DE MANAUS, no uso de suas atribuies legais e com fundamento no artigo 1 da Lei n 1.242, de 09 de dezembro de 1975, alterada pela Lei n 183 de 05 de maio de 1993, DECRETA: Art. 1 - Fica aprovado o Regulamento anexo a este Decreto, que dispe sobre normas de promoo, preservao e recuperao da sade, no campo de competncia da Secretaria Municipal de Sade. Art. 2 - Este Decreto entrar em vigor na data de sua publicao, revogados o Decreto Municipal n 431, de 06 de outubro de 1976 e outras disposies em contrrio. Manaus, 27 de agosto de 1997

ALFREDO PEREIRA DO NASCIMENTO Prefeito Municipal de Manaus ARNOLDO RODRIGUES ANDRADE Secretrio Municipal de Sade 17

SLVIO ROMANO BENJAMIN JNIOR Secretrio Municipal de Administrao

REGULAMENTO DA PROMOO, PRESERVAO E RECUPERAO DA SADE NO CAMPO DA COMPETNCIA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE SADE PRIMEIRA PARTE Vigilncia Sanitria TOMO I Disposies Preliminares Art. 1 - A inspeo e a fiscalizao sanitria sero exercidas pela Secretaria Municipal de Sade, atravs de seu Departamento de Vigilncia Sade, nos limites de sua competncia. Art. 2 - A inspeo e a fiscalizao dos estabelecimentos tratados neste Regulamento se estendero publicidade e propaganda, qualquer que seja o meio empregado para a sua divulgao. Art. 3 - Qualquer produto, equipamento, utenslio, bem, artigo, impresso e outros que acarretem iminentes prejuzos ou riscos sade pblica ou individual, podero ter sua apreenso determinada pela autoridade sanitria competente. Art. 4 - O Departamento de Vigilncia Sade exercer o poder de polcia sanitria, quanto ao disposto neste Regulamento. Art. 5 - assegurado autoridade sanitria, no exerccio de suas funes, o livre acesso a todas as dependncias de estabelecimentos comerciais, industriais e outros, com vistas verificao do cumprimento de normas legais, regulamentares e outras que, por qualquer forma, se destinem promoo, preservao e recuperao da sade. Art. 6 - A autoridade policial, quando solicitada, prestar autoridade sanitria o auxlio necessrio ao regular desempenho de suas atividades. TOMO II Saneamento TTULO I 18

Sistemas de Abastecimento de gua e Disposio de Esgotos Art. 7 - Todo e qualquer servio de abastecimento de gua ou de coleta e disposio de esgotos dever sujeitar-se ao controle da autoridade sanitria competente. Art. 8 - Os projetos de sistemas de abastecimento de gua e de coleta e disposio de esgotos devero ser elaborados em obedincia s normas e especificaes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT e s normas e especificaes adotadas pelo rgo tcnico encarregado de aprov-los. Art. 9 - Nos projetos e obras de sistemas de abastecimento de gua devero ser obedecidos os seguintes princpios gerais, independentemente de outras exigncias tcnicas estabelecidas em normas e especificaes: I - a gua de distribuio obedecer aos padres de potabilidade estabelecidos pela legislao pertinente; II - as tubulaes, peas especiais e juntas devero ser de tipos e materiais aprovados pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas, tendo em vista conservar inalteradas as caractersticas da gua transportada; III - para fins de desinfeco ou de preveno contra contaminaes, gua distribuda dever ser adicionado, obrigatoriamente, teor conveniente de cloro ou equivalente, em seus compostos. A juzo da autoridade sanitria competente, podero ser adotados, com a mesma finalidade, outros produtos ou processos, desde que utilizados, para esse fim, teores e aparelhamentos apropriados; IV - a fluoretao da gua distribuda obedecer s normas expedidas pelos rgos competentes; V - em qualquer ponto dos sistemas de abastecimento, reservatrios, casas de bomba, poos de suco ou outras estruturas, a gua natural ou tratada dever estar suficientemente protegida contra respingos, infiltraes ou despejos. Art. 10 - vedada a instalao de tubulaes de esgoto em locais que possam representar risco de contaminao de gua potvel. Art. 11 - Sempre que os sistemas pblicos no tiverem condies de atendimento, os conjuntos habitacionais e as unidades isoladas devero possuir sistemas de abastecimento de gua e sistema de esgotos prprios, de acordo com as normas sanitrias e aprovados pela autoridade competente. Art. 12 - A disposio de esgotos nas praias e nos corpos de gua, bem como em reas adjacentes ou de influncia, s poder ser feita de modo a no causar riscos sade e poluio do meio ambiente. TTULO II Instalaes Prediais de gua e Esgotos 19

Art. 13 - As instalaes prediais de gua e esgotos de prdios residenciais, comerciais ou industriais, devero seguir as normas e especificaes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas e das entidades responsveis pelos sistemas, s quais caber fiscalizar essas instalaes, sem prejuzo da fiscalizao exercida pela autoridade sanitria. 1 - As normas referidas neste artigo devero atender ao estabelecido no presente Regulamento e serem submetidas apreciao da autoridade sanitria competente, sempre que solicitadas. 2 - A autoridade sanitria poder estabelecer que as normas sejam revistas na forma que indicar, bem como solicitar informaes sobre a fiscalizao das instalaes. Art. 14 - Todo prdio dever ser abastecido de gua potvel em quantidade suficiente ao fim a que se destina, dotado de dispositivos e instalaes adequados e destinados a receber e a conduzir os despejos. 1 - O sistema de esgotamento dever ser ligado a tubos coletores e estes ao sistema geral pblico, quando existente, ou a sistema isolado do tipo fossa sptica e sumidouro ou fossa sptica e filtro anaerbio. 2 - Onde houver redes pblicas de gua ou de esgotos, em condies de atendimento, as edificaes novas ou j existentes sero obrigatoriamente a elas ligadas e por elas respectivamente abastecidas ou esgotadas. Art. 15 - Toda edificao dever dispor de ventilao suficiente em todas as dependncias, respeitadas as peculiaridades de ordem tecnolgica cabveis; Art. 16 - Sempre que o abastecimento de gua no puder ser feito com continuidade e sempre que for necessrio para o bom funcionamento das instalaes prediais, ser obrigatria a existncia de reservatrios prediais. 1 - A capacidade mnima de reservatrios prediais, adicional exigida para combate a incndios, ser equivalente ao consumo dirio do prdio e calculada segundo os critrios fixados pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas. 2 - Ser obrigatria a existncia de reservatrio inferior, preferencialmente enterrado, quando o prdio for constitudo de mais de trs pavimentos. 3 - Sero obrigatrias a limpeza e a desinfeco dos reservatrios prediais, num perodo no superior a 06 (seis) meses, na forma indicada pela autoridade sanitria. Art. 17 - Os reservatrios prediais devero: I - ser construdos e revestidos com materiais que no possam contaminar a gua; II - ter superfcie lisa, resistente e impermevel; III - permitir fcil acesso, inspeo e limpeza; IV - possibilitar esgotamento total; V - ser suficientemente protegidos contra inundaes, infiltraes ou penetrao de corpos estranhos; VI - ter cobertura adequada; 20

VII - ser equipados com torneira de bia na tubulao de alimentao, sua entrada, sempre que no se tratar de reservatrio alimentado por recalque; VIII - ser dotados de extravasador com dimetro superior ao da canalizao de alimentao, havendo sempre uma canalizao de aviso, desaguando em ponto perfeitamente visvel; IX - ser providos de canalizao de limpeza, funcionando por gravidade ou por meio de elevao mecnica. Art. 18 - No ser permitida: I - a instalao de dispositivos para suco de gua diretamente para as redes de distribuio; II - a passagem de tubulaes de gua potvel pelo interior de fossas, ramais de esgotos, poos absorventes, poos de visita e caixas de inspeo de esgotos, bem como de tubulaes de esgotos por reservatrios ou depsitos de gua; III - a interconexo de tubulaes ligadas diretamente a sistemas pblicos com tubulaes que contenham gua proveniente de outras fontes de abastecimento; IV - a introduo, direta ou indireta, de esgotos em conduto de guas pluviais ou resultantes de drenagem nos ramais prediais de esgotos; V - qualquer outra instalao, processo ou atividade que, a juzo da autoridade sanitria, possa representar risco de contaminao da gua potvel; VI - a ligao de ralos de guas pluviais e de drenagem rede de esgotos, a critrio da autoridade competente; VII - a interligao de instalaes prediais internas entre prdios situados em lotes distintos. Art. 19 - A admisso de gua nos aparelhos sanitrios dever ser feita em nvel superior ao de transbordamento, ou mediante dispositivos adequados, para evitar a aspirao da gua do receptculo para a tubulao de gua potvel. Art. 20 - Os despejos s tubulaes prediais de esgotos somente sero admitidos por meio de aparelhos sanitrios de caractersticas e materiais adequados e que atendam s normas e especificaes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Art. 21 - obrigatria: I - a existncia, nos aparelhos sanitrios, de dispositivos de lavagem, contnua ou intermitente; II - a instalao de dispositivos de captao de gua no piso dos compartimentos sanitrios e nas copas, cozinhas e lavanderias; III - as passagens dos despejos das pias da copa e cozinha de hospitais, hotis, restaurantes e estabelecimentos congneres, por caixa de gordura, a critrio da autoridade competente. Pargrafo nico - A critrio da autoridade sanitria, poder ser exigida a instalao do dispositivo previsto no inciso II em outros compartimentos ou locais. 21

Art. 22 - proibida a instalao de: I - pias, sanitrios, lavatrios e outros aparelhos sanitrios construdos ou revestidos com material no aprovado pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ou pela autoridade sanitria; II - peas, canalizaes e aparelhos sanitrios que apresentem defeitos ou solues de continuidade que possam acarretar infiltraes, vazamentos ou acidentes. Art. 23 - Toda habitao ter o ramal principal do sistema coletor de esgotos com dimetro no inferior a cem milmetros e providos de dispositivo de inspeo. Art. 24 - Os tanques e aparelhos de lavagem de roupas sero obrigatoriamente ligados rede coletora de esgotos atravs de fecho hidrulico. Art. 25 - Os aparelhos sanitrios, quaisquer que sejam os seus tipos, sero desconectados dos ramais respectivos por meio de sifes individuais, com fecho hidrulico nunca inferior a cinco centmetros, munidos de oprculos de fcil acesso limpeza ou tero seus despejos conduzidos a um sifo nico, segundo a tcnica mais aconselhada. Art. 26 - Todos os sifes, exceto os autoventilados, devero ser protegidos contra dessifonamento e contrapresso, por meio de ventilao apropriada. Art. 27 - As instalaes prediais de esgotos devero ser suficientemente ventiladas e dotadas de dispositivos adequados para evitar refluxo de qualquer natureza, inclusive: I - tubos de queda, que devem ser prolongados acima da cobertura do edifcio; II - canalizao independente ascendente, constitudo tubo ventilador. Pargrafo nico - O tubo ventilador poder ser ligado ao prolongamento de um tubo de queda acima da ltima insero do ramal de esgotos. Art. 28 - Os poos de suprimento de gua considerados inservveis e as fossas que no satisfizerem s exigncias deste Regulamento devero ser aterrados. Art. 29 - A autoridade sanitria poder estabelecer outras medidas de proteo sanitria, relativas s instalaes prediais de guas e esgotos, alm das previstas neste Ttulo. TTULO III Saneamento das Edificaes CAPTULO I Disposies Gerais Art. 30 - Os edifcios, sempre que colocados nas divisas dos alinhamentos, sero providos de calhas e condutores para escoamento das guas pluviais. 1 - Para efeito deste artigo, excluem-se os edifcios cuja disposio dos telhados 22

orientem as guas pluviais para o seu prprio terreno. 2 - As guas pluviais provenientes das calhas e condutores dos edifcios devero ser canalizadas at as sarjetas, passando sempre por baixo das caladas. Art. 31 - Toda edificao dever ser perfeitamente isolada da umidade, emanaes provenientes do solo, mediante impermeabilizao entre os alicerces e as paredes e em todas as superfcies, da prpria edificao e das edificaes vizinhas, sujeitas penetrao da umidade. Pargrafo nico - Responder pelos danos causados edificao vizinha o responsvel pela edificao que infringir o presente dispositivo. Art. 32 - Os sistemas privados de abastecimento de gua ou de disposio de esgotos devero ser submetidos aprovao da autoridade sanitria. 1 - Os poos e fossas, bem como a disposio de afluentes no solo, devero atender s normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas e s que forem estabelecidas neste Regulamento e em suas Normas Tcnicas Especiais. 2 - Cada prdio dever ter um sistema independente de afastamento de guas residuais. Art. 33 - As edificaes no fundo dos lotes e nos denominados lotes de fundo, excetuadas as edculas, obedecero s normas deste Regulamento e outras regulamentadas por Normas Tcnicas Especiais. CAPTULO II Habitaes Multifamiliares - Edifcios de Apartamentos e Comerciais Art. 34 - Aplicam-se aos edifcios de apartamentos as normas gerais referentes s edificaes e as especficas referentes s habitaes, no que couber, complementadas pelo disposto neste captulo. Art. 35 - Nos edifcios de apartamentos, devero existir servios prprios de coleta do lixo domiciliar. 1 - Os locais destinados guarda do lixo, devero ser revestidos em material liso e impermevel, disposio da coleta pblica. 2 - permitida a instalao de incinerador, desde que obedea s Normas Tcnicas referente ao controle da poluio do ar. Art. 36 - obrigatria a existncia de depsito de material de limpeza, compartimento sanitrio, chuveiro e vestirio, com rea mnima de seis metros quadrados para uso exclusivo do pessoal de servio. Pargrafo nico - Essa exigncia poder ser dispensada, a juzo da autoridade sanitria, nos edifcios que, comprovadamente, pelas suas dimenses e caractersticas a justifiquem. Art. 37 - As piscinas em edifcios, quando no privativas de unidades autnomas, sero consideradas de uso coletivo restrito, sujeitas, no que lhes for aplicvel, ao disposto neste 23

Regulamento e em suas Normas Tcnicas Especiais. Pargrafo nico - As piscinas privativas sero consideradas piscinas de uso familiar. Art. 38 - Nos prdios de apartamentos, no ser permitido depositar materiais ou exercer atividades que, pela sua natureza, representem perigo ou sejam prejudiciais sade, ao bem-estar dos moradores e vizinhos e ao meio ambiente. Art. 39 - Os edifcios comerciais devero ter, em cada pavimento, instalaes sanitrias separadas para ambos os sexos, com acesso independente. 1 - As instalaes sanitrias para homens sero na proporo de um sanitrio, um mictrio e um lavatrio para cada cem metros quadrados de rea til de salas. 2 - As instalaes sanitrias para mulheres sero na proporo de um sanitrio e um lavatrio para cada cem metros quadrados de rea til de salas. TTULO IV Resduos de Servios de Sade Art. 40 - Para os efeitos deste Regulamento, considera-se resduos de servios de sade todo produto resultante de atividades de assistncia sade, dotado de potencial de risco biolgico, assistncia ao paciente, sangue e hemoderivados, cirrgico, antomo-patolgico, perfurante-cortante, animal contaminado, resduo farmacutico, resduo qumico perigoso e rejeito radioativo, assim como os resduos comuns. Art. 41 - O conjunto de procedimentos e tcnicas que visam eliminao de caractersticas de risco e minimizao de impactos sade ocupacional e do meio dever obedecer s normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas , em sua verso vigente. Art. 42 - As unidades que geram resduo radioativo devero atender ao disposto nas normas emanadas pela Comisso Nacional de Energia Nuclear. TOMO III Estabelecimentos Comerciais e Industriais TTULO I Estabelecimentos de Trabalho em Geral e Outros CAPTULO I Disposies Gerais Art. 43 - Antes de iniciada a construo, reforma ou instalao de qualquer estabelecimento de trabalho, dever ser ouvida a autoridade sanitria quanto ao local e projeto. Pargrafo nico - Quanto aprovao do local, a autoridade sanitria levar em conta a natureza dos trabalhos a serem executados no estabelecimento, tendo em vista assegurar a sade e 24

a tranqilidade dos vizinhos. Art. 44 - Nos estabelecimentos de trabalho j instalados, que ofeream perigo sade ou acarretem incmodos aos vizinhos, os proprietrios sero obrigados, a juzo da autoridade sanitria, a executar os melhoramentos necessrios. Art. 45 - Ficam obrigados todos os estabelecimentos de trabalho em geral a procederem ao saneamento necessrio em suas dependncias, tais como a desratizao e a desinsetizao, como forma de preveno contra ratos, baratas, moscas e outros insetos transmissores de doenas infecto-contagiosas. Pargrafo nico - Nos estabelecimentos referidos no caput deste artigo, o saneamento deve ser feito, no mnimo, semestralmente. Art. 46 - Depois de regularmente instalado um estabelecimento, com projetos e memoriais devidamente aprovados na forma deste Regulamento e instalaes funcionando adequadamente, no podero solicitar sua remoo os que vierem a habitar ou constituir vizinhana. Art. 47 - O p direito de locais de trabalho dever ter altura correspondente s exigncias das atividades desenvolvidas. Pargrafo nico - Os locais de trabalho devero atender s condies de iluminao e ventilao condizentes com a natureza do trabalho e a ausncia de fontes de calor, principalmente em pavimentos superiores ao trreo. Art. 48 - Os pisos e as paredes at dois metros de altura, no mnimo, devero ser revestidos de material liso, resistente e impermevel. Pargrafo nico - A natureza e as condies dos pisos, paredes e forros sero determinados em vista do processo e condies de trabalho. Art. 49 - A superfcie iluminante natural dos locais de trabalho ser, no mnimo, de um quinto da rea total do piso. Art. 50 - A rea de ventilao natural dever corresponder, no mnimo, a dois teros da superfcie iluminada natural. Art. 51 - Em casos especiais, tecnicamente justificados e a juzo da autoridade sanitria, ser permitida a iluminao e ventilao artificial. Art. 52 - Tendo a construo mais de trs pavimentos dever ser dotada de duas escadas e dois elevadores, no mnimo, observadas s normas vigentes relativas segurana. Art. 53 - As escadas devero ser de lances retos, com largura mnima de um metro e vinte centmetros. 1 - A altura mxima dos degraus dever ser de dezessete centmetros e a largura 25

mnima de vinte e dois centmetros, de forma a permitir cmodo acesso. 2 - So permitidas rampas com um metro e vinte centmetros de largura e declives mximos de quinze por cento, revestidas de material anti-derrapante. Art. 54 - Todos os estabelecimentos de trabalho em geral devero dispor de instalaes que permitam fcil acesso e locomoo de deficiente fsico, observadas as normas especficas vigentes. Art. 55 - Haver, em todos os estabelecimentos de trabalho, instalaes sanitrias independentes para ambos os sexos, nas seguintes propores: I - um sanitrio, um lavatrio e um chuveiro para cada vinte operrios; II - um mictrio para cada vinte operrios. 1 - Os compartimentos de instalaes sanitrias no podero ter comunicao direta com os locais de trabalho, devendo existir entre elas antecmaras com abertura para o exterior. 2 - As instalaes sanitrias devero ser de material resistente, liso e impermevel e as paredes at a altura mnima de um metro e cinqenta centmetros revestidas de material equivalente. Art. 56 - Os estabelecimentos devero ter locais, independentes por sexo, para vestirios. Art. 57 - Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de cem operrios dever existir compartimento para ambulatrio, destinado aos primeiros socorros de urgncia, com rea mnima de seis metros quadrados, piso e paredes at um metro e cinqenta centmetros, no mnimo, revestidos de material liso, resistente e impermevel. Art. 58 - Os estabelecimentos em que trabalhem mais de trinta mulheres, com mais de dezesseis anos de idade, disporo de local apropriado, que permita a guarda sob vigilncia e assistncia dos seus filhos no perodo de amamentao. 1 - Esse local dever possuir no mnimo: a) berrio com rea de trs metros quadrados por criana, e no mnimo seis metros quadrados, devendo haver entre os beros e entre estes e as paredes, a distncia mnima de cinqenta centmetros; b) saleta de amamentao com rea mnima de seis metros quadrados, provida de cadeiras ou banco encosto; c) cozinha diettica para o preparo de mamadeiras ou suplementos dietticos para as crianas ou para as mes, com rea mnima de quatro metros quadrados; d) pisos e paredes, revestidos, at a altura mnima de um metro e cinqenta centmetros, com material liso, resistente, impermevel e lavvel; e) compartimento de banho e higiene das crianas, com rea mnima trs metros quadrados; f) instalaes sanitrias para uso das mes e do pessoal da creche. 2 - O nmero de leitos no berrio obedecer proporo de um leito para cada grupo de trinta empregadas entre dezesseis e quarenta anos de idade. 26

3 - O disposto no caput deste artigo no se aplica aos estabelecimentos que terceirizem esses servios, sendo obrigatria a apresentao do contrato de servio autoridade sanitria. Art. 59 - Nos estabelecimentos em que trabalhem mais de trinta operrios, ser obrigatria a existncia de um refeitrio, ou local adequado s refeies. 1 - Os refeitrios devero obedecer s seguintes condies: a) piso revestido com material resistente, liso e impermevel; b) forro com material adequado, podendo ser dispensado, em casos de cobertura que oferea proteo suficiente; c) paredes revestidas com material liso, lavvel, resistente e impermevel, at a altura de dois metros, no mnimo; d) ventilao e iluminao, de acordo com as normas fixadas no presente Regulamento; e) gua potvel; f) lavatrios individuais ou coletivos; g) cozinha, no caso de refeies preparadas no estabelecimento; ou local adequado, com fogo, estufa ou similar, quando se tratar de simples aquecimento das refeies. 2 - O refeitrio ou local adequado a refeies no poder comunicar-se diretamente com os locais de trabalho, instalaes sanitrias e com locais insalubres ou perigosos. 3 - Em casos excepcionais, considerando as condies de durao, natureza do trabalho e peculiaridades locais, podero ser dispensadas as exigncias de refeitrio e cozinha. Art. 60 - Os gases, vapores, fumaas e poeiras resultantes dos processos industriais, sero removidos dos locais de trabalho por meios adequados, no sendo permitido o seu lanamento na atmosfera, sem tratamento adequado, quando nocivo ou incmodo vizinhana. Art. 61 - Os compartimentos especiais destinados a abrigar fontes geradoras de calor devero ser isolados termicamente. Art. 62 - As instalaes causadoras de rudos ou choques sero providas de dispositivos destinados a evitar tais incmodos. Art. 63 - proibido aos estabelecimentos de trabalho, em geral, a colocao dos resduos comuns em local que no seja especificamente destinado a esse fim, assim como ficam obrigados a efetuar sua dispensa em horrio no comercial. Art. 64 - Os estabelecimentos de trabalho em geral devero manter em perfeito estado de conservao e higiene seus equipamentos, maquinarias e utenslios. CAPTULO II Creches Art. 65 - As creches, alm de obedecerem s normas deste Regulamento, devero possuir, 27

obrigatoriamente: I - berrio, com rea mnima de trs metros quadrados por criana e, no mnimo, seis metros quadrados, devendo haver entre os beros e entre estes e as paredes a distncia mnima de cinqenta centmetros; II - sala, com rea mnima de seis metros quadrados, provida de cadeiras ou bancoencosto, para permitir s mes amamentao adequada, sendo vetada sua utilizao para outros fins; III - cozinha para o preparo de mamadeiras ou suplementos dietticos; IV - pisos e paredes, revestidos at a altura mnima de um metro e cinqenta centmetros, de material liso, resistente, impermevel e lavvel; V - compartimento de banho e higiene das crianas, com rea de trs metros quadrados no mnimo, providos de gua corrente quente e fria; VI - instalaes sanitrias exclusivas para as crianas, totalmente independentes das destinadas aos adultos; VII - compartimento exclusivo e provido de porta com fechadura, destinado guarda de material de limpeza, que impea o acesso das crianas; VIII - sala de utilizao mltipla para sono e atividades diversas; IX - espao para alimentao das crianas, dotado de material adequado para tal finalidade; X - rea externa para recreao. Art. 66 - As dependncias das creches devero ter ventilao e iluminao natural ou artificial, que proporcionem ambiente compatvel com as atividades realizadas. Art. 67 - proibida, exceo de peixes ornamentais, a permanncia ou trnsito de animais de qualquer espcie nas dependncias das creches. Art. 68 - Os brinquedos utilizados pelas crianas devero atender s normas de segurana pertinentes, em especial quanto sua aplicao e destinao etria. CAPTULO III Escolas Art. 69 - A rea das salas de aula corresponder, no mnimo, a um metro e vinte centmetros quadrados em carteira individual. Art. 70 - Os auditrios ou salas de grande capacidade das escolas, ficam sujeitos tambm s seguintes exigncias: I - rea til no inferior a oitenta centmetros quadrados por pessoa; II - ventilao natural, ou renovao mecnica de vinte metros cbicos de ar por pessoa, no mnimo, no perodo de uma hora. Art. 71 - A rea de ventilao natural das salas de aula dever ser, no mnimo, igual 28

metade da superfcie iluminante, a qual ser igual ou superior a um quinto da rea do piso. 1 - Ser obrigatria a iluminao natural unilateral. 2 - A iluminao artificial, para que possa ser adotada em substituio natural, dever ser justificada e aceita pela autoridade sanitria e atender s normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Art. 72 - Os corredores, assim como escadas e rampas, no podero ter largura inferior a um metro e oitenta centmetros. 1 - proibida a localizao de armrios ao longo dos corredores. 2 - As escadas no podero apresentar trechos em leque; os lances sero retos, no ultrapassaro a dezesseis degraus, e estes no tero espelhos com mais de dezesseis centmetros, nem piso com menos de trinta centmetros, e os patamares tero extenso no inferior a um metro e cinqenta centmetros. 3 - As escadas devero ser dotadas, obrigatoriamente, de corrimo. 4 - As rampas no podero apresentar declividade superior a doze por cento; quando acima de seis por cento, sero revestidas de material no escorregadio. Art. 73 - As escolas devero ter compartimentos sanitrios, devidamente separados, para uso de cada sexo. 1 - Esses compartimentos, em cada andar, devero ser dotados de bacias sanitrias em nmero correspondente, no mnimo, uma para cada vinte e cinco alunas; uma para cada quarenta alunos; um mictrio para cada quarenta alunos, e um lavatrio para cada quarenta alunos ou alunas. 2 - As portas das celas em que estiverem situadas as bacias sanitrias devero ser colocadas de forma a deixar vos livres de quinze centmetros de altura na parte inferior e de trinta centmetros, no mnimo, na parte superior. 3 - Devero, tambm, ser previstas instalaes sanitrias para professores que devero atender, para cada sexo, proporo mnima de uma bacia sanitria para cada dez salas de aula; e os lavatrios sero em nmero no inferior a um para cada seis salas de aula. 4 - obrigatria a existncia de instalaes sanitrias nas reas de recreao e, quando for prevista a prtica de esportes ou educao fsica, dever haver tambm chuveiros, na proporo de um para cada cem alunos ou alunas e vestirios separados com cinco metros quadrados para cada cem alunos ou alunas, no mnimo. Art. 74 - obrigatria a instalao de bebedouros, na proporo mnima de um para cada duzentos alunos, vedada a sua localizao em instalaes sanitrias; nos recreios, a proporo ser de um bebedouro para cada cem alunos. Art. 75 - Nas escolas, as cozinhas, copas e cantinas, quando houver, devero satisfazer s exigncias mnimas estabelecidas para tais compartimentos, concernentes a restaurantes, porm atendidas as peculiaridades escolares. Art. 76 - Nos internatos, alm das disposies referentes s escolas, sero observadas as 29

referentes s habitaes, aos dormitrios coletivos, quando houver, e aos locais de preparo, manipulao e consumo de alimentos, no que lhes for aplicvel. Art. 77 - Nas escolas de primeiro grau, obrigatria a existncia de local coberto para recreio, com rea, no mnimo, igual a um tero da soma das reas das salas de aula. Art. 78 - As reas de recreao devero ter comunicao com o logradouro pblico, de forma que permita escoamento rpido dos alunos, em caso de emergncia; para tal fim, as passagens devero ter largura e altura mnima de trs metros. Art. 79 - As escolas ao ar livre, parques infantis e congneres obedecero s exigncias deste Regulamento no que aplicveis. Art. 80 - Os reservatrios de gua potvel das escolas tero capacidade adicional que for exigida para combate a incndio, no inferior correspondente a cinqenta litros por aluno. Pargrafo nico - Esse mnimo ser de cem litros por aluno, nos semi-internatos e de cento e cinqenta litros por aluno, nos internatos. CAPTULO IV Piscinas e Saunas Art. 81 - Para efeito deste Regulamento, as piscinas se classificam nas quatro categorias seguintes: I - piscinas de uso pblico - as utilizveis pelo pblico em geral; II - piscinas de uso coletivo restrito - as utilizveis pelos condomnios, escolas, entidades, associaes, hotis, motis e congneres; III - piscinas de uso familiar - as piscinas de residncias unifamiliares; IV - piscinas de uso especial - as destinadas a outros fins que no o esporte ou a recreao, tais como as teraputicas e outras. Art. 82 - Nenhuma piscina poder ser construda ou funcionar, sem que atenda s especificaes do projeto aprovado pela legislao vigente. 1 - As piscinas de qualquer categoria ficam obrigadas a executar tratamento adequado da gua, de modo a evitar que venham a se transformar em possveis focos de proliferao de vetores. 2 - As piscinas de uso pblico, de uso coletivo restrito e de uso especial devero possuir laudo de vistoria, que ser fornecido pela autoridade sanitria, aps a vistoria de suas instalaes. Art. 83 - obrigatrio o controle mdico-sanitrio dos usurios de piscinas de uso pblico e de uso coletivo restrito, apresentando a respectiva ficha mdica de aprovao, assinada por profissional legalmente habilitado. Pargrafo nico - O exame mdico ser atualizado, pelo menos, a cada seis meses. 30

Art. 84 - Ser proibida a entrada, na piscina, de pessoas portadoras de doenas transmissveis, por contgio ou veiculadas pela gua, bem como com ferimentos abertos ou com curativos de qualquer natureza. Art. 85 - proibida nas piscinas de uso pblico e de uso coletivo, a utilizao de objetos que possam comprometer a integridade dos usurios, em especial copos e garrafas de material vtreo. Art. 86 - Em todas as piscinas, com exceo das de uso familiar, os usurios devero ser esclarecidos, por cartazes ou outros meios de comunicao, sobre o regulamento da piscina, comprimento, largura, profundidades e outras instrues a serem observadas. Art. 87 - As piscinas, com exceo das de uso familiar, contero, no mnimo, reservatrio dgua, sistema hidrulico de circulao e recirculao, filtro, lava-ps, chuveiro e banheiros providos de instalaes sanitrias. Art. 88 - O reservatrio dgua obedecer s seguintes especificaes mnimas: I - revestimento interno de material resistente, liso e impermevel; II - o fundo no poder ter salincias, reentrncias ou degraus; III - a declividade do fundo, em qualquer parte da piscina, no poder ter mudanas bruscas; e, at um metro e oitenta centmetros de profundidade, no ser maior do que sete por cento; IV - as entradas de gua do sistema hidrulico devero estar submersas e localizadas de modo a produzir circulao em todo o reservatrio dgua. 1 - O reservatrio de gua dever estar localizado, de maneira a manter um afastamento mnimo das divisas, que permita a circulao dos usurios. 2 - Com exceo das piscinas de uso familiar, em todos os pontos de acesso rea do reservatrio dgua, obrigatria a existncia de lava-ps, com dimenses mnimas de dois metros por dois metros e vinte centmetros de profundidade til, nos quais dever ser mantido cloro residual acima de vinte e cinco miligramas por litro. 3 - Quando o lava-ps circundar toda a piscina, a largura mnima ser de cinqenta centmetros. Art. 89 - Os vestirios e as instalaes sanitrias, independentes de sexo, contero, pelo menos: I - bacias sanitrias e lavatrios, na proporo de um para cada sessenta homens e um para cada quarenta mulheres; II - mictrios na proporo de um para cada sessenta homens; III - chuveiros, na proporo de um para cada quarenta banhistas. 1 - Os chuveiros devero ser localizados, de forma a tornar obrigatria a sua utilizao antes da entrada dos usurios na rea do tanque. 2 - As bacias sanitrias devero ser localizadas, de forma a facilitar a sua utilizao 31

antes dos chuveiros. 3 - Os seus vestirios, sanitrios e chuveiros devero ser conservados limpos e sua desinfeco ser feita a critrio da autoridade sanitria. Art. 90 - A rea do reservatrio de gua ser isolada, por meio de divisria adequada. Pargrafo nico - O ingresso nesta rea s ser permitido, aps a passagem obrigatria por chuveiro. Art. 91 - As piscinas existentes em creches e escolas devero ter profundidade, de acordo com a faixa etria a que se destina e ser circundadas por gradil de proteo, com altura mnima de um metro e vinte centmetros, com porto de acesso confeccionado com material que oferea total segurana aos usurios. Art. 92 - As saunas, alm de obedecerem s Normas Tcnicas Especiais, devero ter entrada independente, no podendo suas dependncias ser utilizadas para outros fins, nem servir de passagem para outro local. CAPTULO V Colnias de Frias e dos Acampamentos em Geral Art. 93 - s colnias de frias se aplicam as disposies referentes a hotis e similares, bem como as relativas aos locais de reunio e de banho, quando for o caso. Art. 94 - As colnias de frias e os acampamentos de trabalho ou de recreao s podero ser instalados em local de terreno seco e com declividade suficiente para o escoamento das guas pluviais. Art. 95 - Quando o abastecimento de gua da colnia de frias ou acampamento se fizer por gua de superfcie, o manancial ser convenientemente protegido; quando esse abastecimento se fizer por poos, estes atendero s exigncias previstas neste Regulamento. Art. 96 - Nas colnias de frias e acampamentos, obrigatria a existncia de instalaes sanitrias separadas para cada sexo, na proporo de uma bacia sanitria, um lavatrio e um chuveiro para cada vinte pessoas. Art. 97 - Nenhum sanitrio poder ser instalado a montante e a menos de trinta metros das nascentes de gua ou postos destinados a abastecimento. Art. 98 - Nenhum local de acampamento poder ser aprovado sem que possua: I - sistema adequado de captao e distribuio de gua potvel e afastamento de guas residurias; II - instalaes sanitrias, independentes para cada sexo, em nmero suficiente; III - adequada coleta, afastamento e destino dos resduos comuns (lixo), de maneira que 32

satisfaa s condies de higiene; IV - instalaes adequadas para lavagem de roupas e utenslios. Pargrafo nico - A qualidade da gua de abastecimento dever ser demonstrada, pelos responsveis por locais de acampamentos e colnias de frias, autoridade sanitria, mediante resultado de exames de laboratrios, semestralmente, e/ou sempre que solicitado, podendo ainda a autoridade sanitria determinar a anlise em seus prprios laboratrios. Art. 99 - O lixo ser coletado em recipientes fechados e dever ser incinerado ou colocado em valas; neste ltimo caso, ter uma camada protetora de terra, no inferior a trinta centmetros. Art. 100 - Os acampamentos ou colnias de frias, quando constitudos por vivendas ou cabinas, devero preencher as exigncias mnimas deste Regulamento, no que se refere a instalaes sanitrias adequadas, iluminao e ventilao, entelamento das cozinhas e precaues quanto a ratos e insetos. CAPTULO VI Asilos, Orfanatos, Albergues e Estabelecimentos Congneres Art. 101 - As paredes internas, at a altura mnima de um metro e cinqenta centmetros, sero revestidas ou pintadas de material impermevel. Art. 102 - Os dormitrios coletivos devero ter rea no inferior a cinco metros quadrados por leito; os dormitrios do tipo quarto ou apartamento devero ter rea no inferior a cinco metros quadrados por leito, com o mnimo de oito metros quadrados. Art. 103 - As instalaes sanitrias sero na proporo mnima de uma bacia sanitria, um lavatrio e um chuveiro para cada dez leitos, alm do mictrio, na proporo de um para cada vinte leitos. Art. 104 - Os locais destinados ao armazenamento, preparo, manipulao e consumo de alimentos devero atender s exigncias para estabelecimentos comerciais de alimentos, no que lhes for aplicvel. Art. 105 - Quando tiverem cinqenta ou mais leitos, devero ter locais apropriados para consultrios, mdico e odontolgico, bem como quarto para doentes. Art. 106 - Devero ter rea para recreao e lazer, no inferior a dez por cento da rea edificada. Pargrafo nico - A rea prevista neste artigo ter espao coberto destinado a lazer, no inferior sua quinta parte e o restante ser arborizado ou ajardinado ou, ainda, destinado s atividades esportivas. Art. 107 - Se houver locais para atividades escolares, esses devero atender s normas 33

estabelecidas para as escolas, no que lhes for aplicvel. CAPTULO VII Hotis, Motis e Estabelecimentos Congneres Art. 108 - Os hotis, motis, casas de penso, hospedarias e estabelecimentos congneres obedecero s normas e especificaes gerais para as edificaes e as especficas para habitaes, no que aplicveis, complementadas pelo disposto neste captulo. Art. 109 - Nos hotis, motis, casas de penso, hospedarias e estabelecimentos congneres, todas as paredes internas, at altura mnima de um metro e cinqenta centmetros, sero revestidas ou pintadas com materiais impermeveis, no sendo permitidas paredes de madeira para diviso de dormitrios. Art. 110 - As instalaes sanitrias de uso geral devero: I - ser separadas por sexo, com acessos independentes; II - conter, para cada sexo, no mnimo, uma bacia sanitria, um chuveiro em boxe e um lavatrio para cada grupo de vinte leitos, ou frao do pavimento a que servem; III - ter, no mnimo, uma bacia sanitria e um lavatrio para cada sexo, quando de pavimentos sem leito; IV - atender s condies gerais para compartimentos sanitrios. Pargrafo nico - Para efeito do inciso II, no sero considerados os leitos de apartamentos que disponham de instalaes sanitrias privativas. Art. 111 - Os estabelecimentos devero ter reservatrio de gua potvel, com capacidade que atenda ao estabelecido pelas normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Art. 112 - Os dormitrios devero ter rea correspondente a, no mnimo, cinco metros quadrados por leito e no inferior, em qualquer caso, a oito metros quadrados; quando no dispuserem de instalaes sanitrias privativas, devero ser dotados de lavatrios com gua corrente. Art. 113 - Os hotis, motis, casas de penso, hospedarias e estabelecimentos congneres, que forneam alimentao, devero obedecer a todas as disposies relativas a estabelecimentos comerciais de gneros alimentcios, no que lhes forem aplicveis. Art. 114 - obrigatria a instalao de dormitrio para o pessoal de servio, separado dos destinados aos hspedes. Art. 115 - As roupas, utenslios e instalaes dos hotis, motis, casas de penso, hospedarias e congneres devero ser individuais, limpas, desinfectadas e em perfeitas condies de uso. 1 - As banheiras devero ser lavadas e desinfetadas aps cada banho. 34

2 - O sabonete ser fornecido a cada cliente, devendo ser inutilizada a poro de sabonete que restar, aps ser usado pelo mesmo. 3 - As roupas de cama e banho dos motis, limpas e desinfectadas, sero fornecidas a cada cliente. Art. 116 - obrigatria a divulgao, no interior dos apartamentos dos motis, de informaes sobre Doenas Sexualmente Transmissveis, em especial da Sndrome da Deficincia Imunolgica Adquirida - AIDS. Art. 117 - Observar-se- nos, motis, a obrigatoriedade da oferta de preservativo masculino. Art. 118 - Os estabelecimentos de que trata este Captulo devero dispor, obrigatoriamente, de gua quente e fria. CAPTULO VIII Cinemas, Teatros, Locais de Reunies, Circos e Parques de Diverses Art. 119 - As salas de espetculos e auditrios, excetuados os circos e parques de diverses, sero construdos com materiais incombustveis. Art. 120 - S sero permitidas salas de espetculos no pavimento trreo e no imediatamente superior, ou inferior, devendo, em qualquer caso, ser assegurado o rpido escoamento dos espectadores. Art. 121 - Os corredores de sada atendero ao mesmo critrio do artigo anterior. Pargrafo nico - Quando houver rampas, sua declividade no poder exceder a quinze por cento; quanto largura das rampas, ser a mesma exigida para escadas. Art. 122 - As portas de sadas das salas de espetculos devero, obrigatoriamente abrir para o lado de fora, e ter na sua totalidade a largura correspondente a um centmetro por pessoa prevista para a lotao total, sendo o mnimo de dois metros por vo, devendo, ainda, ser indicadas com a inscrio SADA, legvel a distncia. Art. 123 - As escadas tero largura no inferior a um metro e cinqenta centmetros e devero apresentar lances retos de dezesseis degraus no mximo, entre os quais se intercalaro patamares de um metro e vinte centmetros de extenso, no mnimo, no podendo apresentar trechos em leque. 1 - Quando o nmero de pessoas que por elas devem transitar for superior a cento e cinqenta, a largura aumentar razo de oito milmetros por pessoa excedente. 2 - Quando a sala for localizada em pavimento superior ou inferior, o nmero de escadas ser de duas, no mnimo, dirigidas para sadas autnomas. 35

Art. 124 - As salas de espetculos sero dotadas de dispositivos mecnicos, que daro renovao constante de ar, com capacidade de treze metros cbicos de rea exterior, por pessoa e por hora. 1 - Quando instalado sistema de ar condicionado, sero obedecidas as normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas. 2 - Em qualquer caso, ser obrigatria a instalao de equipamentos de reserva. Art. 125 - As cabinas de projeo de cinemas devero satisfazer s seguintes condies: I - rea mnima de doze metros quadrados, p direito de trs metros; II - porta de abrir para fora e construo de material incombustvel; III - ventilao natural ou por dispositivos mecnicos; IV - instalao sanitria. Art. 126 - Os camarins devero ter rea no inferior a quatro metros quadrados e sero dotados de ventilao natural ou por dispositivos mecnicos. Pargrafo nico - Os camarins individuais ou coletivos sero separados para cada sexo e servidos por instalaes com bacias sanitrias, chuveiros e lavatrios, na proporo de um conjunto, para cada cinco camarins individuais ou para cada vinte metros quadrados de camarim coletivo. Art. 127 - As instalaes sanitrias destinadas ao pblico, nos cinemas, teatros e auditrios, sero separadas por sexo e independentes para cada ordem de localidade. Pargrafo nico - Devero conter, no mnimo, uma bacia sanitria para cada cem pessoas, um lavatrio e um mictrio para cada duzentas pessoas. Art. 128 - Devero ser instalados bebedouros, fora das instalaes sanitrias, para uso dos freqentadores, na proporo mnima de um para cada trezentas pessoas. Art. 129 - As paredes dos cinemas, teatros, auditrios e locais similares, na parte interna, devero receber revestimento ou pintura lisa, impermevel e resistente, at a altura de dois metros. Outros revestimentos podero ser aceitos, a critrio da autoridade sanitria, tendo em vista a categoria do estabelecimento. Art. 130 - Para os efeitos deste Regulamento, equiparam-se, no que for aplicvel, aos locais referidos no artigo anterior, os templos manicos e congneres. Art. 131 - Os circos, parques de diverses e estabelecimentos congneres devero possuir instalaes sanitrias provisrias, independentes para cada sexo, na proporo mnima de uma bacia sanitria e um mictrio para cada duzentos freqentadores em compartimentos separados. 1 - Na construo dessas instalaes sanitrias, poder ser permitido o emprego de madeira e de outros materiais em placa, devendo o piso receber revestimento liso e impermevel. 2 - Ser obrigatria a remoo das instalaes sanitrias construdas nos termos do pargrafo anterior e o aterro das fossas, por ocasio da cessao das atividades que a elas deram 36

origem. Art. 132 - Os estabelecimentos previstos neste Captulo esto sujeitos vistoria pela autoridade sanitria, para efeito de licenciamento pela autoridade competente. Pargrafo nico - Constatado em vistoria que o local apresenta condies sanitrias satisfatrias, ser expedido o correspondente Certificado de Inspeo Tcnico-Sanitria. Art. 133 - Sobre as aberturas de sada das salas de espetculo propriamente ditas, obrigatria a instalao de luz de emergncia, de cor vermelha, e ligada a circuito autnomo de eletricidade. Art. 134 - A declividade do piso, nos cinemas e teatros, dever ser tal que assegure ampla visibilidade ao espectador sentado em qualquer ponto ou ngulo da sala. CAPTULO IX Locais de Reunio para Fins Religiosos Art. 135 - Consideram-se locais de reunio para fins religiosos os seguintes: I - templos religiosos e sales de culto; II - sales de agremiaes religiosas. Art. 136 - As edificaes de que trata este Captulo devero atender aos seguintes requisitos: I - as aberturas de ingresso e sada em nmero de duas, no mnimo, no tero largura menor que dois metros quadrados e devero abrir para fora e serem autnomas; II - o local de reunio ou de culto dever ter: a) o p direito no inferior a quatro metros; b) rea do recinto dimensionada segundo a lotao mxima prevista; c) ventilao natural ou por dispositivos mecnicos capazes de proporcionar suficiente renovao de ar exterior. Pargrafo nico - Quando instalado sistema de condicionamento de ar, este dever obedecer s normas da Associao Brasileira de Normas Tcnicas. Art. 137 - As edificaes de que trata este Captulo devero dispor, alm das privativas de instalaes sanitrias para eventual uso dos freqentadores, separadas por sexo, com acessos, independentes, e constantes, pelo menos de: I - um compartimento para homens, contendo bacia sanitria, lavatrio e mictrios; II - um compartimento para mulheres, contendo bacia sanitria e lavatrio. Pargrafo nico - Quando abrigarem outras atividades anexas, como escolas, pensionatos ou residncias, devero satisfazer as exigncias prprias da respectiva norma especfica. CAPTULO X Farmcias, Drogarias, Ervanarias, Postos de Medicamentos, Depsitos de Drogas e Dispensrios 37

de Medicamentos Art. 138 - As farmcias e drogarias funcionaro, depois de devidamente licenciadas e, obrigatoriamente, sob a responsabilidade de tcnico legalmente habilitado, com termo de responsabilidade assinado perante a autoridade sanitria competente; 1 - A presena do tcnico responsvel ser obrigatria durante todo o horrio de funcionamento dos estabelecimentos mencionados neste artigo. 2 - Os estabelecimentos de que trata este artigo podero manter tcnico responsvel substituto, para suprir os casos de impedimentos ou ausncia do titular. Art. 139 - As farmcias devero possuir: I - armaes e/ou armrios adequados, a critrio da autoridade sanitria competente; II - trs balanas: granatria, Roberval e de preciso; III - um exemplar da ltima edio, em uso corrente, da Farmacopia Brasileira; IV - instrumental apropriado devidamente aferido; V - armaes e/ou armrios envidraados e fechados, livres de poeira e contaminao, para a guarda de medicamentos, drogas e vasilhames empregados na manipulao, previamente aprovados pela autoridade sanitria competente; VI - cofre e/ou armrio que oferea segurana, com chave, para a guarda de drogas, medicamentos e insumos farmacuticos capazes de criar dependncia fsica ou psquica e/ou sujeitos a controle sanitrio especial; VII - livros, conforme modelos oficiais, com termos de abertura e encerramento pela autoridade sanitria competente e por esta devidamente rubricados, destinados transcrio de rea do receiturio mdico e ao registro dirio de entrada e sada de drogas, medicamentos e insumos farmacuticos capazes de criar dependncia fsica ou psquica - entorpecentes e seus equiparados - e/ou sujeitos a controle sanitrio especial. Art. 140 - Os laboratrios das farmcias devero ser dotados, no mnimo, de pia com gua corrente, filtro de vela sob presso, aparelhos, utenslios e vasilhames necessrios manipulao, aparelhos de refrigerao para conservao de produtos perecveis, depsito para gua filtrada e mesas para manipulao com tampo e ps de material liso, resistente e impermevel, que no dificulte a higiene e a limpeza. Art. 141 - As drogarias, depsitos de drogas e os dispensrios de medicamentos, devero possuir: I - armaes e/ou armrios adequados, a critrio da autoridade sanitria competente, para a guarda dos medicamentos; II - cofre ou armrio que oferea segurana, com chave, para a guarda de drogas, medicamentos e insumos farmacuticos capazes de criar dependncia fsica ou psquica entorpecentes e seus equiparados - e/ou sujeitos a controle sanitrio especial; III - aparelho de refrigerao para conservao de produtos perecveis; IV - livros, conforme modelos oficiais, com termo de abertura e encerramento pela autoridade sanitria competente e por esta devidamente rubricados, destinados ao registro dirio 38

de entrada e sada de drogas, medicamentos e insumos farmacuticos capazes de criar dependncia fsica ou psquica - entorpecentes e seus equiparados - e/ou sujeitos a controle sanitrio especial; V - lavatrio com gua corrente. Pargrafo nico - Nos estabelecimentos que possurem sistema eletrnico de processamento de dados, o registro em livro prprio, com as indicaes obrigatrias, a que se refere o inciso IV, poder ser feito em fitas magnticas que ficaro arquivadas no local, disposio da autoridade sanitria competente. Art. 142 - As farmcias e drogarias, quando houver aplicao de injees, devero possuir, no compartimento destinado a esse fim, lavatrio com gua corrente, descansa-brao e acessrios apropriados, Forno de Pasteur (estufa) ou autoclave ou outro equipamento capaz de, a critrio da autoridade sanitria competente, assegurar esterilizao, e cumprir os preceitos sanitrios pertinentes. Pargrafo nico - As exigncias, quanto ao equipamento para esterilizao, a que se refere este artigo, podero ser dispensadas quando se faa uso exclusivo de agulhas e seringas descartveis, preesterilizadas, inutilizadas aps cada aplicao. Art. 143 - permitido s farmcias e drogarias exercer o comrcio de determinados correlatos, como aparelhos e acessrios usados para fins teraputicos ou de correo esttica, produtos utilizados para fins diagnsticos e analticos, de higiene pessoal ou de ambiente, ou de cosmticos e perfumes, os dietticos, os produtos ticos, de acstica mdica, odontolgicos, veterinrios e outros, desde que observada a legislao vigente. Pargrafo nico - Para o comrcio de correlatos a que se refere este artigo, as farmcias e drogarias devero manter sees separadas, de acordo com a natureza dos correlatos e a juzo da autoridade sanitria competente. Art. 144 - vedada a aplicao, nos prprios estabelecimentos, de quaisquer tipos de aparelhos a que se refere o artigo anterior. Art. 145 - As ervanarias somente podero efetuar a dispensao de plantas medicinais, excludas as entorpecentes, cuja venda privativa das farmcias e drogarias. 1 - Os estabelecimentos a que se refere este artigo s funcionaro, depois de licenciados e sob a responsabilidade de tcnico legalmente habilitado e com termo de responsabilidade assinado perante a autoridade sanitria competente. 2 - proibido s ervanarias negociar com objetos de cera, colares, fetiches e outros que se relacionem com prtica de feiticismo e curandeirismo. 3 - As plantas vendidas sob classificao botnica falsa, bem como as desprovidas de ao teraputica e entregues ao consumo com o mesmo nome vulgar de outras terapeuticamente ativas, sero apreendidas e inutilizadas, sendo os infratores punidos na forma da legislao em vigor. Art. 146 - Os estabelecimentos a que se refere o artigo anterior possuiro recipientes 39

fechados para o acondicionamento obrigatrio, livres de p e de contaminao, de todas as plantas e partes vegetais. Art. 147 - Os postos de medicamentos e os dispensrios de medicamentos somente podero funcionar, depois de devidamente licenciados e dos seus responsveis terem assinado termo de responsabilidade perante a autoridade sanitria competente. Art. 148 - As drogarias e depsitos de drogas que armazenarem produtos altamente inflamveis, em grande quantidade, devero contar com dispositivos de segurana determinados pela autoridade competente. Pargrafo nico - Para fins deste artigo, depsito de drogas o estabelecimento destinado guarda e distribuio de especialidades farmacuticas e de matria-prima, destinadas s drogarias, farmcias e indstrias farmacuticas. Art. 149 - Nenhuma farmcia, drogaria, ervanaria ou depsito de droga ser aberto ao pblico, sem prvia licena do rgo municipal competente. CAPTULO XI Estabelecimentos Industriais Farmacuticos, Qumico-Farmacuticos, de Produtos Biolgicos e Congneres, de Produtos Dietticos, de Higiene, Perfumes, Cosmticos e Congneres Art. 150 - Os estabelecimentos que fabriquem ou manipulem drogas, medicamentos, insumos farmacuticos, cosmticos, produtos de higiene, perfumes, produtos dietticos, produtos biolgicos e congneres, que interessem medicina e sade pblica, alm de obedecer ao que diz respeito s habitaes e aos estabelecimentos de trabalho em geral, devero ter: I - locais independentes destinados manipulao ou fabrico, de acordo com as normas farmacuticas; II - local apropriado para lavagem e secagem de vidros e vasilhames; III - sala para acondicionamento; IV - local para laboratrio de controle; V - compartimento para embalagem dos produtos acabados; VI - local para armazenamento de produtos acabados e de material de embalagem; VII - depsito para matria-prima. 1 - Esses locais tero rea mnima de doze metros quadrados cada um, forro liso de cor clara e material adequado, piso de material liso, resistente e impermevel, paredes de cor clara revestidas at a altura de dois metros, no mnimo, de material liso, resistente e impermevel, devidamente aprovados pela autoridade sanitria. 2 - As reas mnimas desses locais podero ser alteradas, em funo das exigncias do processamento industrial adequado, a critrio da autoridade sanitria. Art. 151 - O local onde se fabriquem injetveis dever, alm de satisfazer os requisitos do artigo anterior, possuir: I - cmara independente destinada ao envasamento de injetveis, com rea mnima de 40

doze metros quadrados, dotada de antecmaras com rea mnima de trs metros quadrados, ambas equipadas com lmpadas bactericidas, e sistema de renovao de ar filtrado com presso positiva, com cantos arredondados, piso, paredes e tetos de cor clara, revestidos de material liso, impermevel e resistente aos produtos normalmente aplicados para assepsia, devidamente aprovados pela autoridade sanitria; II - sala para esterilizao, com doze metros quadrados, no mnimo, e todas as demais caractersticas do inciso anterior, dispensada a antecmara. Pargrafo nico - Nos locais mencionados neste artigo, vedada a existncia de sada para esgotos, salvo quando providas de dispositivos especiais, aprovados pela autoridade sanitria. Art. 152 - Quando o estabelecimento manipular produtos que necessitem de envasamento estril, dever satisfazer as condies gerais para o preparo de injetveis e mais as seguintes: I - compartimento adequadamente situado e destinado esterilizao de vasilhames e materiais de envasamento, com o equipamento e caractersticas exigidos no inciso I do artigo anterior; II - compartimento para preparao e envasamento, com instalao de ar condicionado, filtrado e esterilizado, com presso positiva, e todos os demais equipamentos e caractersticas exigidos no inciso I do artigo anterior; III - conjunto vestirio composto de: a) compartimento para trocar roupa, com chuveiro e lavatrio; b) compartimento estril, com presso positiva, equipado com lmpadas esterilizantes, ou instalao equivalente a critrio da autoridade sanitria, para vestir roupagem apropriada e esterilizada, comunicando-se diretamente com a antecmara determinada no inciso II deste artigo. 1 - Os locais indicados nas alneas a e b do inciso III tero rea mnima de seis metros quadrados cada um. 2 - Os pisos, tetos e superfcies das paredes atendero s condies estabelecidas no inciso I do artigo 151. 3 - Nos locais mencionados nos incisos I, II e alnea b do inciso III, vedada a existncia de sada para esgotos, salvo quando providos de dispositivos especiais aprovados pela autoridade sanitria. 4 - As exigncias mnimas referentes s antecmaras, estabelecidas neste artigo, podero ser modificadas em funo das caractersticas do processo industrial a ser utilizado, e a critrio da autoridade sanitria. Art. 153 - Os estabelecimentos que fabriquem produtos liofilizados devero, alm de satisfazer as condies gerais para o preparo de injetveis, possuir: I - locais destinados preparao dos produtos a serem liofilizados, atendendo s exigncias dos locais destinados ao fabrico de produtos farmacuticos; II - local de liofilizao, com rea mnima de doze metros quadrados satisfazendo as caractersticas do inciso II do artigo 152. Pargrafo nico - Nos locais mencionados neste artigo vedada a existncia de sada para esgotos, salvo quando provida de dispositivos especiais aprovados pela autoridade sanitria. 41

Art. 154 - Os estabelecimentos que fabriquem ps, granulados, comprimidos, drgeas, cpsulas, lquidos, cremes, pomadas e produtos volteis, devero possuir, em funo do processo industrial utilizado, compartimentos adequados ao preparo e fabricao dessas formas farmacuticas, com as caractersticas seguintes: I - rea mnima de doze metros quadrados; II - piso de material liso, resistente e impermevel; III - paredes e teto de cor clara, revestidos de material liso, resistente e impermevel. 1 - Os compartimentos devem ser dotados de ar filtrado e de condies que impeam a contaminao de um produto com componentes de outro, e equipados com exaustores de ejeo filtrante do ar para o exterior. 2 - Os compartimentos onde se fabriquem produtos com emprego de substncias volteis, devero possuir equipamento adequado para a exausto rpida de seus vapores. 3 - Os produtos destinados aplicao na pele ou mucosas devem ser preparados em ambiente de ar filtrado e de modo a evitar toda e qualquer contaminao do material manipulado. Art. 155 - Os estabelecimentos que fabriquem produtos biolgicos, alm das exigncias constantes do artigo 150, devero possuir: I - biotrio para animais inoculados; II - sala destinada montagem de material e ao preparo do meio de cultura; III - sala de esterilizao e assepsia; IV - forno crematrio; V - outras dependncias que a tecnologia e controle venham a exigir. Pargrafo nico - Os locais referidos neste artigo obedecero, no que couber, s exigncias do 1 do artigo 150, com exceo da sala de esterilizao e assepsia, que obedecer ao disposto no inciso II do artigo 151. Art. 156 - Quando forem realizadas as operaes prprias aos estabelecimentos a que se referem os artigos 150 e 155, em estabelecimentos hospitalares e congneres, devero estes cumprir as exigncias previstas neste Captulo, segundo a natureza dos produtos fabricados e a critrio da autoridade sanitria. Art. 157 - Os estabelecimentos e compartimentos industriais que trabalhem com microorganismos patognicos devero possuir instalaes para o tratamento de gua e esgoto, devidamente aprovadas pelo rgo competente. Art. 158 - Os estabelecimentos de que trata este Captulo devero possuir equipamentos especiais para evitar a poluio ambiental, devidamente aprovados pelo rgo competente. CAPTULO XII Estabelecimentos de Assistncia Mdico-Hospitalar e Congneres Art. 159 - A assistncia mdico-hospitalar prestada nos seguintes estabelecimentos: 42

I - de assistncia mdica ambulatorial exclusiva; II - de assistncia mdica de urgncia, providos de leitos para repouso ou observao com limi