codigo organiÇÃo judiciaria ceara

Upload: jozildo-freire

Post on 15-Jul-2015

526 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Cdigo de Diviso e Organizao Judiciriado Estado do Cear e Legislao Correlata

ic Verso Eletrn

a

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR E LEGISLAO CORRELATA

Impresso no Brasil

C387c

Cear. Tribunal de Justia Cdigo de Diviso e Organizao Judiciria do Estado do Cear e legislao correlata / Atualizado e revisado por Margarida Maria de Souza Teixeira Pinto e Leonardo Bruno Soares. Fortaleza: Editora do Tribunal de Justia do Estado do Cear, 2011. 405 p. Atualizado at 30 de junho de 2011. ISBN: 978-85-63490-00-1 1. Cear. Tribunal de Justia. 2. Organizao Judiciria. Cear. I. Pinto Margarida Maria de Souza Teixeira. II. Soares, Leonardo Bruno III. Ttulo. CDU: 347.78 CDDir: 341.4108131

TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DO CEAR

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR E LEGISLAO CORRELATAAtualizado e revisado at 30 de junho de 2011 por Margarida Maria de Souza Teixeira Pinto e Leonardo Bruno Soares

FORTALEZA 2011

c 2011 TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DO CEAR Cdigo de Diviso e Organizao Judiciria do Estado do Cear e Legislao Correlata Tribunal de Justia do Estado do Cear Centro Administrativo Governador Virglio Tvora Avenida General Afonso Albuquerque de Lima S/N Cambeba - Fortaleza - CE - CEP: 60.822-915 Fone: (85) 3207.7000 www.tjce.jus.br / [email protected] Todos os direitos desta edio reservados EDITORA DO TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DO CEAR A reproduo, de qualquer parte desta publicao, ser permitida desde que citada a obra. Reprodues para fins comerciais so proibidas. Disponvel tambm em: http://www.tjce.jus.br Conselho Editorial Des. Francisco de Assis Filgueiras Mendes - Presidente Desa. Srgia Maria Mendona Miranda Des. Carlos Alberto Mendes Forte Dr. Francisco Luciano Lima Rodrigues Dr. Mantovanni Colares Cavalcante Editor Responsvel Lcia Carvalho Cidro Atualizado e revisado at 30 de junho de 2011 por MARGARIDA MARIA DE SOUZA TEIXEIRA PINTO LEONARDO BRUNO SOARES Bacharel em Direito pela Universidade de Fortaleza Reviso Ortogrfica Edwilson Soares Freire Editorao, Arte Grfica, Impresso e Acabamento Departamento Editorial Grfico do TJCE Normalizao Diviso de Biblioteca do Departamento de Gesto de Documentos Bibliotecria: Maria Claudia de Albuquerque Campos CRB-3/214

Bacharela em Cincias Jurdicas e Sociais pela Universidade Federal do Cear

TRIBUNAL DE JUSTIA DO ESTADO DO CEAR Presidente Des. Jos Arsio Lopes da Costa Vice-Presidente Des. Luiz Gerardo de Pontes Brgido Corregedor Geral da Justia Desa. Edite Bringel Olinda Alencar TRIBUNAL PLENO Des. Jos Arsio Lopes da Costa - Presidente Des. Ernani Barreira Porto Des. Francisco Haroldo Rodrigues de Albuquerque Des. Fernando Luiz Ximenes Rocha Des. Rmulo Moreira de Deus Des. Luiz Gerardo de Pontes Brgido Des. Joo Byron de Figueirdo Frota Des. Ademar Mendes Bezerra Desa. Edite Bringel Olinda Alencar Desa. Maria Iracema Martins do Vale Des. Jos Mrio Dos Martins Coelho Des. Antnio Abelardo Benevides Moraes Des. Francisco de Assis Filgueira Mendes Des. Lincoln Tavares Dantas Des. Francisco Lincoln Arajo e Silva Des. Francisco Sales Neto Desa. Maria Nalde Pinheiro Nogueira Des. Haroldo Correia de Oliveira Mximo Des. Francisco Pedrosa Teixeira Desa. Vera Lcia Correia Lima Des. Francisco Auriclio Pontes Des. Francisco Suenon Bastos Mota Des. Clcio Aguiar de Magalhes Des. Francisco Barbosa Filho Des. Paulo Camelo Timb Des. Emanuel Leite Albuquerque Desa. Srgia Maria Mendona Miranda Des. Jucid Peixoto do Amaral Des. Manoel Cefas Fonteles Tomaz Des. Paulo Francisco Banhos Ponte Desa. Francisca Adelineide Viana Des. Durval Aires Filho Des. Francisco Gladyson Pontes Des. Francisco Jos Martins Cmara Des. Valdsen da Silva Alves Pereira Des. Francisco Darival Beserra Primo Des. Francisco Bezerra Cavalcante Des. Incio de Alencar Cortez Neto Des. Washington Luis Bezerra de Arajo Des. Carlos Alberto Mendes Forte Des. Teodoro Silva Santos Des. Carlos Rodrigues Feitosa Desa. Maria Iraneide Moura Silva

SUMRIO GERAL LEI N 12.342/1994 - Institui o Cdigo de Diviso e de Organizao Judiciria do Estado do Cear.........................................................................................................................25 LEI N 12.483/1995 Dispe sobre a organizao administrativa do Poder Judicirio estadual, define as diretrizes gerais para a sua reforma e modernizao administrativa e d outras providncias...................................................................157 LEGISLAO CORRELATA LEI N 12.698/1997 Dispe sobre a criao de cargos de Juiz de Direito na Comarca de Fortaleza e da 2 Vara e dos respectivos cargos de Juiz de Direito nas Comarcas de Cascavel, Pacajus, Tau e Barbalha, eleva categoria de 3 Entrncia a Comarca de Cedro, de 2 Entrncia as Comarcas de Barro, Beberibe, Euzbio e Reriutaba, transforma os Juzos Zonais e d outras providncias.............................................................................................................197 LEI N 13.551/2004 Altera os dispositivos das Leis ns 12.342, de 28 de julho de 1994 e 12.483, de 3 de agosto de 1995, reestrutura o Plano de Cargos e Carreiras dos Servidores do Poder judicirio e d outras providncias.......................................203 LEI N 13.956/2007 Altera os dispositivos da Lei n 12.483, de 3 de agosto de 1995, que indica: reestrutura rgos do Tribunal de Justia do Estado do Cear e d outras providncias................................................................................................................213 LEI N 14.128/2008 - Dispe sobre a reestruturao das categorias funcionais integrantes do Grupo Ocupacional Atividades Judicirias do Quadro III do Poder Judicirio do Estado do Cear e d outras providncias..............................................................................................................235 LEI N 14.258/2008 Aprova alteraes na Lei n 12.342, de 28 de julho de 1994 Cdigo de Diviso e Organizao Judiciria do Estado do Cear e d outras providncias......................................................................................................243 LEI N 14.302/2009 Altera dispositivos das Leis ns 12.483, de 3 de agosto de 1995 e d outras providncias..........................................................................................267 LEI N 14.309/2009 Altera o 4 do Art.11 da Lei n 12.483, de 3 de agosto de 1995, modificado pela Lei n 13.956, de 13 de agosto de 2007, que reestrutura rgos do Tribunal de Justia do Estado do Cear e d outras providncias..........................273 LEI N 14.310/2009 Altera o inciso VI do Art. 55, da Lei n 14.258, de 4 de dezembro de 2008, e o inciso IV do Art.6 da Lei n 14.302, de 9 de janeiro de 2009 e d outras providncias...........................................................................................................277 LEI N 14.311/2009 - Altera dispositivos das Leis ns 12.483, de 3 de agosto de1995, 13.956, de 13 de agosto de 2007 e 14.302, de 9 de janeiro de 2009, e d outras providncias.........................................................................................................281

LEI N 14.407/2009 - Altera e inclui dispositivos na Lei n 12.342, de 28 de julho de 1994, Cdigo de Diviso e Organizao Judiciria do Estado do Cear e d outras providncias........................................................................................................293 LEI N 14.414/2009 - Altera a Lei n 14.128, de 6 de junho de 2008, que dispe sobre a reestruturao das categorias funcionais integrantes do Grupo Ocupacional Atividades Judicirias do Quadro III Poder Judicirio do Estado do Cear e d outras providncias.......................................................................................................307 LEI N 14.415/2009 - Institui o Programa de Inovao, Desburocratizao, Modernizao da Gesto e Melhoria da Produtividade do Poder Judicirio - PIMPJ, altera as Leis 12.643, de dezembro de 1996 e 13.480, de 26 de maio de 2004, e d outras providncias...............................................................................................................311 LEI N 14.605/2011 Dispe sobre o Fundo de Reaparelhamento e Modernizao do Poder Judicirio FERMOJU, e d outras providncias...........................................319 LEI N 14.681/2010 - Altera dispositivos da Lei n 12.342, de 28 de julho de 1994, Cdigo de Diviso e Organizao Judiciria do Estado do Cear, e d outras providncias..........................................................................................................327 LEI N 14.786/2010 Dispe sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remunerao dos Servidores do Quadro III Poder Judicirio do Estado do Cear e d outras providncias...........................................................................................................331 LEI N 14.813/2010 Altera as Leis ns 12.483, de 3 de agosto de 1995, e 13.956, de 13 de agosto de 2007....................................................................................................351 LEI N 14.816/2010 Altera e acresce dispositivos Lei n 12.483, de 3 de agosto de 1995, alterados e includos pelas Leis ns 13.956, de 13 de agosto de 2007 e 14.311, de 20 de maro de 2009, e d outras providncias.....................................................359 LEI N 14.860/2011 Dispe sobre a criao de cargos de provimento em comisso a que se refere o Art. 6 da Lei n 14.407, de 15 de julho de 2009, e d outras providncias.........................................................................................................367 LEI N 14.912/2011 Altera dispositivo da Lei n. 14.311, de 20 de maro de 2009, e d outras providncias......................................................................................................371 LEI N 14.913/2011 Altera dispositivos da Lei n. 12.483, de 3 de agosto de 1995, e alteraes posteriores e d outras providncias....................................................375 LEI N 14.916/2011 Modifica dispositivos da Lei n 12.342, de 28 de julho de 1994; da Lei n 12.483, de 3 de agosto de 1995; da Lei n 14.311, de 20 de maro de 2009; da Lei n 14.415, de 23 de julho de 2009; e da Lei n 14.605, de 5 de janeiro de 2010, e alteraes posteriores e d outras providncias.........................................................................379 NDICE....................................................................................................................385

SUMRIO ESPECFICO (LEIS 12.342/1994 E 12.483/1995) LEI N 12.342, DE 28.07.94 (D.O. DE 03.08.94) REPUBLICADA (D.O.09.08.94) DISPOSIES PRELIMINARES...............................................................................25 LIVRO I DA DIVISO JUDICIRIA.................................................................................26 TTULO NICO......................................................................................................26 CAPTULO I DA COMPREENSO DA DIVISO JUDICIRIA............................................26 CAPTULO II DAS COMARCAS..................................................................................................26 SEO I DA CLASSIFICAO................................................................26 SEO II DA SEDE...................................................................................26 SEO III DA IMPLANTAO E INSTALAO................................27 SEO IV DA ELEVAO DA COMARCA.........................................27 SEO V DO REBAIXAMENTO OU EXTINO...............................28 CAPTULO III DOS TERMOS JUDICIRIOS.............................................................................28 CAPTULO IV DOS DISTRITOS JUDICIRIOS.........................................................................28 CAPTULO V DAS ZONAS JUDICIRIAS................................................................................29 LIVRO II DA ORGANIZAO JUDICIRIA.......................................................................29 TTULO I DA JUSTIA DE SEGUNDA INSTNCIA...........................................................29 CAPTULO I DA CONSTITUIO.............................................................................................29 SEO I DO TRIBUNAL DE JUSTIA.....................................................29 SEO II DA ALTERAO DE SUA COMPOSIO...............................29 CAPTULO II DOS ORGOS DO TRIBUNAL DE JUSTIA......................................................29 SEO I DOS RGOS JULGADORES....................................................29 SEO II DA SUBSTITUIO DE DESEMBARGADORES......................30 SEO III DO FUNCIONAMENTO..............................................................30

CAPTULO III DA COMPETNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIA............................................31 SEO I DA INICIATIVA DO PROCESSO LEGISLATIVO EXTERNO...31 SEO II DOS REGIMENTOS INTERNOS................................................31 SEO III - DA COMPETNCIA JURISDICIONAL DO TRIBUNAL DE JUSTIA ............................................................................................................32 SEO IV DA COMPETNCIA ADMINISTRATIVA DO TRIBUNAL DE JUSTIA ......................................................................................................33 SEO V DA COMPETNCIA ADMINISTRATIVA RECURSAL..........35 CAPTULO IV DO CONSELHO DA MAGISTRATURA.............................................................36 SEO I DA SEDE, JURISDIO, COMPOSIO E ELEIO...........36 SEO II DA COMPETNCIA ORIGINRIA..........................................37 CAPTULO V DAS CMARAS CVEIS REUNIDAS................................................................37 SEO I DO FUNCIONAMENTO..........................................................37 SEO II DA COMPETNCIA.................................................................37 CAPTULO VI DAS CMARAS CVEIS ISOLADAS................................................................38 SEO I DO FUNCIONAMENTO.........................................................38 SEO II DA COMPETNCIA...............................................................38 CAPTULO VII DAS CMARAS CRIMINAIS REUNIDAS.......................................................38 SEO I DO FUNCIONAMENTO.........................................................38 SEO II DA COMPETNCIA..............................................................38 CAPTULO VIII DAS CMARAS CRIMINAIS ISOLADAS.......................................................38 SEO I DO FUNCIONAMENTO.........................................................38 SEO II DA COMPETNCIA...............................................................38 CAPTULO IX DOS RGOS DIRETIVOS DO TRIBUNAL DE JUSTIA.........................39 SEO I DA ELEIO..........................................................................39 SEO II DA VACNCIA......................................................................39 CAPTULO X DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIA............................................40 CAPTULO XI DO VICE PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIA.................................42 CAPTULO XII DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIA..................................................43 SEO I DA ORGANIZAO................................................................43 SEO II DAS ATRIBUIES................................................................43

SEO III DAS CORREIES.................................................................44 SUBSEO I DAS CORREIES GERAIS......................................44 SUBSEO II DAS CORREIES PARCIAIS.................................48 CAPTULO XIII DA ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA...........................................48 TTULO II DA JUSTIA DE PRIMEIRA INSTNCIA.....................................................49 SUBTTULO I DISPOSIES GERAIS.........................................................................................49 CAPTULO I DA COMPOSIO................................................................................................49 CAPTULO II DOS JUZES SUBSTITUTOS..............................................................................49 SEO I DAS ATRIBUIES.....................................................................49 SUBSEO I DAS ATRIBUIES COMO DIRETOR DO FORO......49 SUBSEO II DAS ATRIBUIES ADMINISTRATIVAS...................50 SEO II DA COMPETNCIA....................................................................51 SEO III DA COMPETNCIA EM OUTRAS REAS DA JURISDIO...............................................................................................53 CAPTULO III DOS JUIZES DE DIREITO AUXILIARES.........................................................53 CAPTULO IV DOS JUIZES DE DIREITO...................................................................................54 CAPTULO V DO TRIBUNAL DO JRI....................................................................................54 CAPTULO VI DA AUDITORIA MILITAR.................................................................................54 CAPTULO VII DAS TURMAS RECURSAIS................................................................................55 CAPTULO VIII DOS JUIZADOS DE VIOLNCIA DOMSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER..............................................................................................................55 CAPTULO IX DOS JUIZADOS DE PAZ....................................................................................56 CAPTULO X DAS SUBSTITUIES.........................................................................................57

CAPTULO XI DA CORREIO PERMANENTE......................................................................58 SUBTTULO II DA COMARCA DA CAPITAL............................................................................59 CAPTULO I DO DIRETOR DO FORO DA CAPITAL........................................................59 CAPTULO II DA SECRETARIA GERAL E DA SUBDIRETORIA DO FRUM.............61 CAPTULO III DOS JUIZES DE DIREITO..............................................................................61 SEO I DA QUANTIDADE E ESPECIALIZAO DAS VARAS......61 SEO II DA COMPETNCIA PRIVATIVA.............................................62 SUBSEO I DA JURISDIO CVEL........................................62 SUBSEO II DA JURISDIO CRIMINAL..............................65 SUBSEO III DA JURISDIO ESPECIAL..............................67 CAPTULO IV DOS JUIZADOS ESPECIAIS DA CAPITAL....................................................67 CAPTULO V DOS JUIZADOS DE PEQUENAS CAUSAS......................................................68 SUBTTULO III DOS JUZES DE DIREITO DO INTERIOR DO ESTADO.........................68 SEO NICA DA SUA COMPETNCIA PRIVATIVA..........................................................68 CAPTULO I DAS COMARCAS COM VARA NICA.........................................................68 CAPTULO II DAS COMARCAS COM DUAS VARAS......................................................68 CAPTULO III DAS COMARCAS COM TRS VARAS.......................................................69 CAPTULO IV DAS COMARCAS COM QUATRO VARAS.................................................69 CAPTULO V DAS COMARCAS COM CINCO VARAS......................................................70 CAPTULO VI DOS JUZES DE DIREITO AUXILIARES DO INTERIOR..........................70

TTULO III DA ORGANIZAO DA CARREIRA DOS MAGISTRADOS.................71 SUBTTULO I DISPOSIES GERAIS........................................................................................71 SUBTTULO II DO PROVIMENTO DOS CARGOS..................................................................72 CAPTULO I DO INGRESSO NA MAGISTRATURA..........................................................72 SEO I DOS REQUISITOS BSICOS..........................................72 SEO II DA INSCRIO..................................................................73 SEO III DO CONCURSO.................................................................73 CAPTULO II SEO I DA NOMEAO.........................................................................74 SEO II DA POSSE E DO COMPROMISSO.........................................75 SEO III DO EXERCCIO........................................................................76 CAPTULO III DA AQUISIO DA VITALICIEDADE........................................................76 DA ANTIGUIDADE DOS JUZES..................................................................77 CAPTULO V DA PROMOO DOS JUZES DE DIREITO...........................................79 SEO I DISPOSIES GERAIS...........................................................79 SEO II DA PROMOO POR MERECIMENTO............................79 SEO III DA PROMOO POR ANTIGUIDADE............................81 CAPTULO VI DO ACESSO AO TRIBUNAL........................................................................81 SEO I DO ACESSO PELOS JUIZES DE CARREIRA......................81 SEO II DO ACESSO PELO QUINTO CONSTITUCIONAL.............82 CAPTULO VII DA REMOO.....................................................................................................82 SEO I DISPOSIES GERAIS.........................................................82 SEO II DA REMOO VOLUNTRIA..........................................83 SEO III DA REMOO COMPULSRIA......................................83 CAPTULO VIII DA PERMUTA......................................................................................................84 CAPTULO IX DA REINTEGRAO..........................................................................................85 DA READMISSO...............................................................................................85 CAPTULO X DA REVERSO....................................................................................................86

CAPTULO XI DO APROVEITAMENTO.....................................................................................86 SUBTTULO III DOS DIREITOS.....................................................................................................86 CAPTULO I DO TEMPO DE SERVIO................................................................................86 CAPTULO II DA RETRIBUIO PECUNIRIA...................................................................87 SEO I DOS VENCIMENTOS................................................................87 SEO II DAS VANTAGENS...................................................................88 CAPTULO III DAS FRIAS..........................................................................................................91 CAPTULO IV DAS LICENAS...................................................................................................93 SEO I DA LICENA PARA TRATAMENTO DE SADE...................93 SEO II DA LICENA POR MOTIVO DE DOENA EM PESSOA DA FAMLIA....................................................................................................94 SEO III DA LICENA PARA O SERVIO MILITAR.........................95 SEO IV DA LICENA GESTANTE...................................................95 SEO V DA LICENA ESPECIAL........................................................95 SUBTTULO IV DA VACNCIA.....................................................................................................95 CAPTULO I DISPOSIES GERAIS.......................................................................................95 CAPTULO II DA DISPONIBILIDADE.......................................................................................96 CAPTULO III DA APOSENTADORIA.........................................................................................96 SEO I DISPOSIES GERAIS...........................................................96 SEO II DA APOSENTADORIA COMPULSRIA.............................97 SEO III DA APOSENTADORIA POR INVALIDEZ..........................97 CAPTULO IV DA EXONERAO..............................................................................................98 CAPTULO V DA DEMISSO.....................................................................................................98 SUBTTULO V DAS INCOMPATIBILIDADES E SUSPEIES................................................99

CAPTULO NICO SEO I DAS INCOMPATIBILIDADES..............................................99 SEO II DA SUSPEIO..................................................................100 SUBTTULO VI DA INCAPACIDADE DOS MAGISTRADOS................................................100 CAPTULO NICO DA APURAO DA INCAPACIDADE.........................................................100 SUBTTULO VII DAS GARANTIAS E PRERROGATIVAS........................................................101 CAPTULO NICO SEO I DAS GARANTIAS...............................................................101 SEO II DAS PRERROGATIVAS....................................................102 SUBTTULO VIII DOS DEVERES, RESPONSABILIDADES E PROIBIES......................102 CAPTULO NICO SEO I DOS DEVERES......................................................................102 SEO II DAS RESPONSABILIDADES..............................................103 SEO III DAS PROIBIES...............................................................103 TTULO IV DA DISCIPLINA DOS MAGISTRADOS........................................................104 CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS..........................................................................104 CAPTULO II DAS SANES DISCIPLINARES E SUA APLICAO.........................104 CAPTULO III DA AO DISCIPLINAR.................................................................................105 CAPTULO IV DA SINDICNCIA..............................................................................................107 CAPTULO V DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR....................................107 CAPTULO VI DO PROCESSO POR ABANDONO DE CARGO.........................................110 CAPTULO VII DO PROCESSO POR ACUMULAO PROIBIDA........................................110 CAPTULO VIII DOS RECURSOS DAS SANES DISCIPLINARES...............................111

CAPTULO IX DA REVISO DO PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR.........111 CAPTULO X DO DIREITO DE PETIO E DO RECURSO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS ..........................................................................................112 SEO I DO DIREITO DE PETIO................................................112 SEO II DOS RECURSOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS.......112 TTULO V DA ORGANIZAO, CLASSIFICAO, ATRIBUIES E DISCIPLINA DOS SERVIOS AUXILIARES DO PODER JUDICIRIO...............................113 SUBTTULO I DOS SERVIOS AUXILIARES DA JUSTIA DE SEGUNDO GRAU........113 SUBTTULO II DOS SERVIOS AUXILIARES DA JUSTIA DE PRIMEIRO GRAU DA COMARCA DE FORTALEZA.....................................................................113 CAPTULO I DISPOSIES GERAIS.....................................................................................113 CAPTULO II DOS SERVIOS AUXILIARES ADMINISTRATIVOS.................................114 CAPTULO III DOS SERVIOS AUXILIARES JUDICIAIS.................................................114 DO SERVIO DE PORTARIA DOS FEITOS JUDICIAIS......................114 CAPTULO IV DAS SECRETARIAS DE VARAS...................................................................117 CAPTULO V DOS AUXILIARES DAS SECRETARIAS DAS VARAS..............................120 SEO I - DOS TCNICOS JUDICIRIOS..................................................120 SEO II - DOS ASSISTENTES TCNICOS JUDICIRIOS......................120 SEO III - DOS OFICIAIS DE JUSTIA AVALIADORES........................120 SEO IV - DOS ATENDENTES JUDICIRIOS..........................................121 SUBTTULO III DOS SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTROS DA COMARCA DE FORTALEZA, EXERCIDOS EM CARTER PRIVADO POR DELEGAO DO PODER JUDICIRIO DO ESTADO DO CEAR E SOB A SUA FISCALIZAO...................................................................................................121 CAPTULO I DO OFICIO DE REGISTRO DE DISTRIBUIO........................................121 CAPTULO II DOS SERVIDORES DE TABELIONATO (DE NOTAS E DE PROTESTOS DE TTULOS), DO REGISTRO DE TTULOS E DOCUMENTOS, E DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURDICAS............................................122

CAPTULO III DO REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS NATURAIS....................................122 CAPTULO IV DO REGISTRO DE IMVEIS...........................................................................123 SUBTTULO IV DOS SERVIOS AUXILIARES DAS COMARCAS DO INTERIOR DO ESTADO................................................................................................................124 CAPTULO NICO..............................................................................................124 SUBTTULO V DOS SERVIOS NOTARIAIS E DE REGISTROS DOS TERMOS JUDICIRIOS .......................................................................................................125 CAPTULO NICO.............................................................................................125 SUBTTULO VI DOS SERVIOS DE REGISTRO DOS DISTRITOS JUDICIRIOS...........125 SUBTTULO VII DOS SERVIOS DE JUSTIA E SERVENTURIOS................................125 CAPTULO I DOS SERVIDORES DE JUSTIA...............................................................125

CAPTULO II DOS SERVENTURIOS DE JUSTIA...........................................................126 CAPTULO III DOS CONCURSOS, NOMEAES, REMOES E PERMUTAS...........127 SEO I DISPOSIES GERAIS.......................................................127 SEO II DOS CONCURSOS.............................................................127 SEO III DAS NOMEAES...........................................................128 SEO IV DAS REMOES E PERMUTAS................................128 CAPTULO IV DO COMPROMISSO, POSSE, EXERCCIO E MATRCULA.................129 CAPTULO V DOS VENCIMENTOS E CUSTAS...................................................................130 CAPTULO VI DAS LICENAS E FRIAS..............................................................................131 CAPTULO VII DAS SUBSTITUIES.......................................................................................133 SEO I DOS SERVENTURIOS DE JUSTIA......................................133 SEO II DOS SERVIDORES DE JUSTIA.............................................133 CAPTULO VIII DAS INCOMPATIBILIDADES E SUSPEIES.............................................133

CAPTULO IX DOS DIREITOS E GARANTIAS......................................................................134 CAPTULO X DOS DEVERES E SANES..........................................................................134 SEO I DOS SERVENTURIOS DE JUSTIA..................................134 SEO II DOS SERVIDORES DE JUSTIA...........................................136 CAPTULO XI DA APOSENTADORIA E DISPONIBILIDADE..........................................136 SEO I DOS SERVENTURIOS DE JUSTIA............................136 SEO II DOS SERVIDORES DE JUSTIA....................................136 CAPTULO XII DA APURAO DA RESPONSABILIDADE...............................................137 SEO I DOS SERVENTURIOS DE JUSTIA...............................137 SEO II DOS SERVIDORES DE JUSTIA.....................................137 CAPTULO XIII DO REGIME FUNCIONAL DAS SERVENTIAS EXTRAJUDICIAIS (DISTRIBUIO EXTRAJUDICIAL, NOTARIADOS E REGISTROS)..........137 LIVRO III TTULO NICO...................................................................................................138 DAS DISPOSIES FINAIS E TRANSITRIAS......................................138 CAPTULO I DAS DISPOSIES FINAIS............................................................................138 SEO I DA AUTONOMIA FINANCEIRA..........................................138 SEO II DOS PAGAMENTOS DEVIDOS EM RAZO DE CONDENAO JUDICIAL...........................................................................139 SEO III DO RGO OFICIAL DO PODER JUDICIRIO..................139 SEO IV DA IMPLANTAO DO SISTEMA DE SECRETARIAS DE VARAS..............................................................................................................140 SEO V DISPOSIES FINAIS DIVERSAS........................................142 CAPTULO II DAS DISPOSIES TRANSITRIAS..........................................................142 SEO I DA IMPLANTAO DE NOVAS COMARCAS..................142 CAPTULO III SEO I DA TRANSFORMAO DOS CARGOS DE JUIZ DE 1 GRAU..........................................................................................................142 SEO II DA CRIAO DAS UNIDADES JURISDICIONAIS..............143 SUBSEO I DA CRIAO DAS UNIDADES JURISDICIONAIS EM COMARCAS DE ENTRNCIA FINAL, INTERMEDIRIA E INICIAL..................................................................................................143 SUBSEO II DA CRIAO DAS VARAS NA COMARCA DE FORTALEZA ...............................................................................................143 SUBSEO III DA IMPLANTAO DAS NOVAS COMARCAS....144

SEO III - DA CRIAO DE CARGOS DE MAGISTRADO..............144 SEO IV DA CRIAO DOS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSO DO QUADRO III PODER JUDICIRIO............................145 SEO V DA TRANSFORMAO DOS CARGOS DE PROVIMENTO EM COMISSO DE DIRETOR DE SECRETARIA..........................145 SEO II DA ELEVAO DE ENTRNCIA E DE COMARCAS.......146 SEO III DA CRIAO DE VARAS....................................................146 SUBSEO I DA CRIAO DE VARAS EM COMARCAS DE 2 E 3 ENTRNCIA ...............................................................................146 SUBSEO II DA CRIAO DE VARAS NA COMARCA DE FORTALEZA ..............................................................................................146 SEO IV DA CRIAO DE CARGOS NO QUADRO DE MAGISTRADOS .............................................................................................147 SEO V DA TRANSFORMAO DE CARGOS DE JUIZ DE 1 GRAU...........................................................................................................147 SEO VI DA CRIAO DE CARGOS NO QUADRO DE SERVIDORES DE JUSTIA...........................................................................148 SUBSEO I DO TRIBUNAL DE JUSTIA.....................................148 SUBSEO II DA COMARCA DA CAPITAL.................................148 SEO VII DA CRIAO DE CARGOS DE NOTRIOS E REGISTRADORES NA COMARCA DA CAPITAL......................................148 SEO VIII DA CRIAO DE CARGOS NO QUADRO DE SERVIDORES DE JUSTIA NAS COMARCAS DO INTERIOR................149 SEO IX DA CRIAO DE CARGOS DE NOTRIOS E REGISTRADORES NAS COMARCAS DO INTERIOR.....................150 SEO X DA CRIAO DE SECRETARIAS DE VARAS EM COMARCAS DO INTERIOR.......................................................................150 SEO XI DISPOSIES TRANSITRIAS DIVERSAS....................151 LEI N. 12.483/95, DE 03.08.95 (D.O. DE 11.08.95) TTULO I DISPOSIES INICIAIS E CONCEITUAIS..................................................157 TTULO II DA ORGANIZAO ADMINISTRATIVA DO PODER JUDICIRIO...........158 CAPTULO I DOS NVEIS DE ORGANIZAO...............................................................158 SEO NICA DOS RGOS E FUNES SEGUNDO OS NVEIS DE DECISO..................................................................................................158 CAPTULO II DA ADMNISTRAO SUPERIOR DO PODER JUDICIRIO..............161 SEO I DA COMPETNCIA ADMINISTRATIVA DO TRIBUNAL PLENO .............................................................................................................161 SEO II DA COMPETNCIA ADMINISTRATIVA DO PRESIDENTE.................................................................................................. 161 SEO III DA COMPETNCIA ADMINISTRATIVA DO VICE PRESIDENTE ..................................................................................................162

CAPTULO III DOS ORGOS DE CONTROLE INTERNO E DISCIPLINAR NA FUNO JURISDICIONAL..................................................................................................162 SEO I DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIA.....................162 SEO II DO CONSELHO DA MAGISTRATURA..............................163 CAPTULO IV DOS ORGOS DO CONTROLE INTERNO E DISCIPLINAR DA FUNO ADMINISTRATIVA ..............................................................................................164 SEO I DA AUDITORIA ADMINISTRATIVA DE CONTROLE INTERNO .........................................................................................................164 SEO II DA UNIDADE DE PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR .................................................................................................166 CAPTULO V DOS ORGOS SUPERIORES DE DIREO E GERENCIAMENTO.........166 SEO NICA DA SECRETARIA GERAL DO TRIBUNAL DE JUSTIA.......................................................................................................... 166 SUBSEO I DA ESTRUTURA E REA DE ATUAO.................166 SUBSEO II DA SECRETARIA DE ADMINISTRAO................167 SUBSEO III DA SECRETARIA JUDICIRIA................................172 CAPTULO VI DO CONTROLE EXTERNO.............................................................................173 SEO NICA - DO CONSELHO ESTADUAL DA JUSTIA............173 TTULO III DA ESTRUTURA SETORIAL DOS ORGOS DE DIREO E ASSESSORAMENTO...........................................................................................174 CAPTULO I DISPOSIES GERAIS.....................................................................................174 SEO NICA DA CRIAO E ALTERAO DE UNIDADES.......174 CAPTULO II DA ESTRUTURA SETORIAL DAS UNIDADES ADMNISTRATIVAS E COMPETNCIAS DOS GABINETES DA PRESIDNCIA E DA VICE-PRESIDNCIA...........................................................................................................................174 SEO I DA ESTRUTURA E COMPETNCIA DO GABINETE DA PRESIDNCIA ................................................................................................174 SEO II DA COMPETNCIA DOS RGOS DA SECRETARIA GERAL............................................................................................................. 175 SUBSEO I DO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA..........175 SUBSEO II DO DEPARTAMENTO DE INFORMTICA (REVOGADO) ............................................................................................176 SEO III DA ESTRUTURA SETORIAL DA SECRETARIA DE ADMINISTRAO......................................................................................... 176 SUBSEO I DO DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS..176 SUBSEO II DO DEPARTAMENTO FINANCEIRO.........................178 SUBSEO III DO DEPARTAMENTO DE COMUNICAO ADMINISTRATIVA (REVOGADO)........................................................181

SUBSEO IV DO DEPARTAMENTO DE MATERIAL E PATRIMNIO .............................................................................................181 SEO IV - DA ESTRUTURA SETORIAL DA SECRETARIA JUDICIRIA....................................................................................................185 SUBSEO I - DO DEPARTAMENTO JUDICIRIO CVEL..............185 SUBSEO II - DO DEPARTAMENTO JUDICIRIO PENAL...........185 SUBSEO III - DO DEPARTAMENTO DE SERVIOS JUDICIRIOS AUXILIARES DE APOIO.......................................................................185 SUBSEO IV - DISPOSIES GERAIS SOBRE A SECRETARIA JUDICIRIA...............................................................................................185 CAPTULO III DAS ESTRUTURAS BSICA E SETORIAL DO FRUM DA COMARCA DA CAPITAL........................................................................................................185 SEO NICA DA DIRETORIA DO FRUM E DA SECRETARIA EXECUTIVA DO FRUM............................................................................185 CAPTULO VI DO RGO DE ADMINISTRAO DESCONCENTRADA.......................187 SEO NICA DA ESCOLA SUPERIOR DE MAGISTRATURA........................................187 TTULO IV DAS NORMAS RELATIVAS AO PESSOAL................................................188 CAPTULO I DO REGIME JURDICO....................................................................................188 CAPTULO II DO PLANO DE CARGOS E CARREIRAS.................................................188 SEO I DOS OBJETIVOS DO PLANO............................................188 SEO II DA ORGANIZAO E DO INGRESSO NAS CARREIRAS....................................................................................................189 SEO III DA ASCENSO DO SERVIDOR NO PLANO DE CARGOS E CARREIRAS................................................................................................190 SEO IV DA CAPACITAO DO APERFEIOAMENTO DO SERVIDOR.......................................................................................................190 SEO V DO VENCIMENTO E DA REMUNERAO...........................190 SEO VI DOS CARGOS DE DIREO E ASSESSORAMENTO.......191 SEO VII DO QUADRO DE PESSOAL...............................................191 CAPTULO III DO ENQUADRAMENTO...................................................................................192 TTULO V DISPOSIES GERAIS.....................................................................................192 TTULO VI DISPOSIES TRANSITRIAS.......................................................................193

LEI N 12.342

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

LEI N 12.342, DE 28.07.94 (D.O DE 03.08.94) REPUBLICADA D.O 09.08.94 Institui o Cdigo de Diviso e de Organizao Judiciria do Estado do Cear. O GOVERNADOR DO ESTADO DO CEAR Fao saber que a Assembleia Legislativa decretou e eu sanciono a seguinte Lei: DISPOSIES PRELIMINARES Art. 1 - Este Cdigo dispe sobre a diviso e a organizao judiciria do Estado do Cear, bem como sobre o regime jurdico da magistratura e a organizao dos servios auxiliares da Justia, observados os princpios constitucionais que as regem. Art. 2 - A administrao da Justia compete ao Poder Judicirio, pelos seus rgos, com a colaborao dos servios auxiliares judiciais. Art. 3 - So rgos do Poder Judicirio: I - Tribunal de Justia; II - as Turmas Recursais dos Juizados Especiais Cveis e Criminais; III - os Tribunais do Jri; IV - Juzes de Direito; V - Juzes de Direito Auxiliares; VI - Juzes Substitutos; VII - Juzo Militar VIII - Juizados Especiais Cveis e Criminais; IX - Juizados de Violncia Domstica e Familiar Contra a Mulher; X - a Justia de Paz; XI - outros rgos criados por lei. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008). Pargrafo nico - Mediante proposta do Tribunal de Justia, a lei poder criar Tribunal inferior de Segundo Grau e outros rgos, observados os requisitos e competncia previstos no sistema legal vigente. Art. 4 - Para assegurar o cumprimento e a execuo dos seus atos e decises, podero os rgos judicirios requisitar o auxlio da polcia civil ou militar, devendo a autoridade a quem for dirigido o pedido prest-lo, sem inquirir do fundamento da requisio. 25

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

LIVRO I DA DIVISO JUDICIRIA TTULO NICO CAPTULO I DA COMPREENSO DA DIVISO JUDICIRIA Art. 5 - A diviso judiciria compreende a criao, alterao e a extino de unidades judicirias, sua classificao e agrupamento. Art. 6 - Para fins de administrao do Poder Judicirio, o territrio do Estado do Cear tem como unidades judicirias as comarcas, termos judicirios e distritos judicirios. As comarcas so agrupadas em zonas judicirias. Art. 7 - As comarcas, devidamente classificadas, bem como os termos judicirios e distritos judicirios do Estado do Cear so as constantes do quadro nico, anexo a esta lei. Art. 8 - A Secretaria Geral do Tribunal de Justia manter um fichrio de todas as comarcas, termos, distritos e zonas, com a indicao da extenso territorial, nmero de habitantes, nmero de eleitores, distncia em relao Capital e cidades vizinhas, vias de comunicao, receita tributria, nmero e espcie de feitos distribudos e julgados em cada ano. CAPTULO II DAS COMARCAS SEO I DA CLASSIFICAO Art. 9 As Comarcas do Estado do Cear ficam classificadas em 3 (trs) entrncias, denominadas: entrncia inicial, entrncia intermediria e entrncia final, sendo enquadradas, com os respectivos ofcios do foro extrajudicial, em: I - entrncia inicial, formada pelas comarcas atualmente de 1 e 2. entrncias; II entrncia intermediria, formada pelas atuais comarcas de 3 entrncia; III - entrncia final, formada pela Comarca de Fortaleza. Pargrafo nico. As Comarcas de Caucaia, Maracana, Sobral e Juazeiro do Norte, atualmente de 3 entrncia, ficam classificadas como de entrncia final. (Redao dada pela Lei n 14.407, DE 15.07.09, D.O. DE 16.07.09) SEO II DA SEDE Art. 10 - Em cada municpio haver sede de comarca, dependendo a sua implantao do cumprimento dos requisitos estabelecidos nesta Lei, mediante apurao pelo Tribunal de Justia. Pargrafo nico - A comarca ainda no implantada constituir um termo judicirio, na forma do artigo 15 deste Cdigo.

26

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

SEO III DA IMPLANTAO E INSTALAO Art. 11 - So requisitos essenciais para a implantao de comarca: a) populao mnima de 10.000 (dez mil) habitantes; b) arrecadao estadual, proveniente de tributos, superior a cinco mil vezes o valor da unidade fiscal do Estado do Cear; c) mnimo de 200 (duzentos) prdios na sede; d) mnimo de 2.000 (dois mil) eleitores inscritos; e) volume de servios forenses equivalente a 100 (cem) processos judiciais, no mnimo. Art. 12 - Presentes os requisitos estabelecidos no artigo anterior, o Tribunal de Justia verificar se a comarca possui prdio destinado ao Frum local, com dependncia para gabinete de decises e despachos do Juiz, sala de audincias, sala de reunies do Tribunal do Jri, sala para funcionamento da Secretaria do Juzo, sala da portaria e distribuio, sala para oficiais de justia avaliadores, sala para o Ministrio Pblico, sala para Defensores Pblicos, sala para advogados, sala para depsito de bens apreendidos ou penhorados, alm de outras dependncias necessrias aos servios judiciais e, ainda, casas para residncia oficial do Juiz, do Promotor de Justia e cadeia pblica, todos a integrar o domnio do Estado. O Tribunal verificar, ainda, se existem prdios para instalao e funcionamento dos ofcios exercidos em carter privado por delegao do Poder Pblico. 1 - Satisfeitos os requisitos, o Tribunal, mediante ato, far a declarao de implantao da comarca e diligenciar o provimento dos cargos de Juiz de Direito, Diretor de Secretaria da Vara nica, Tcnico Judicirio, Auxiliar Judicirio, Oficial de Justia Avaliador e Atendente Judicirio, em nmero necessrio a execuo dos servios judiciais. Providenciar, outrossim, o provimento dos cargos de 1 e 2 Notrio. 2 - A comarca ser instalada atravs de solenidade presidida pelo Juiz da nova unidade judiciria, ou por outro designado pelo Presidente do Tribunal de Justia, lavrando-se ata. 3 - Da ata de instalao da comarca sero extradas sete (7) cpias que sero endereadas, respectivamente, Imprensa Oficial, para fim de publicao, ao Tribunal de Justia, ao Tribunal Regional Eleitoral, Secretaria de Justia do Estado, Procuradoria Geral da Justia, Defensoria Pblica e ao Arquivo Pblico. 4 - Quando da implantao de nova comarca, permanecero sob a chancela jurisdicional do territrio da comarca original os feitos em tramitao. SEO IV DA ELEVAO DA COMARCA Art. 13 - Para a elevao de comarca segunda ou terceira entrncia, devem ser observados os seguintes requisitos: a) populao mnima, respectivamente, de 25.000 (vinte e cinco mil) habitantes ou 12.500 (doze mil e quinhentos) eleitores e 45.000 (quarenta e cinco mil) habitantes ou 15.000 (quinze mil) eleitores, apurada pela ltima estimativa oficial; 27

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

b) arrecadao estadual mnima proveniente de tributo, superior, respectivamente, a treze mil (13.000) e vinte e cinco mil (25.000) vezes o valor da unidade fiscal do Estado do Cear, relativo ao ano anterior; c) movimento forense, respectivamente, de duzentos (200) e quatrocentos (400) feitos judiciais, que exijam sentena de que resulte coisa julgada com relao ao ltimo ano; d) existncia de edifcios pblicos com capacidade e condies para funcionamento do Frum, da cadeia pblica e casas para residncia do Juiz e do Promotor de Justia, de acordo com a nova entrncia e que integraro o domnio do Estado. e) extenso territorial. 1 - Na receita tributria compreende-se a totalidade dos tributos recebidos no municpio ou municpios componentes da comarca, acrescida das cotas de participao; 2 - Se um dos requisitos no alcanar o quantitativo mnimo mas, dele se aproximar, a critrio do Tribunal de Justia, poder ser proposta a elevao de entrncia da comarca. 3 - Os Juzes das comarcas que sofrerem elevao de entrncia permanecero nas respectivas funes at serem removidos ou promovidos. (Vide art. 9, com a alterao feita pela Lei n 14.407/2009 que classificou as Comarcas do Estado em 3(trs) entrncias, denominadas: entrncia inicial, entrncia intermediria e entrncia final.) SEO V DO REBAIXAMENTO OU EXTINO Art. 14 - A comarca poder ser rebaixada ou extinta em caso de regresso ou extino das condies necessrias e essenciais para seu funcionamento. CAPTULO III DOS TERMOS JUDICIRIOS Art. 15 - O municpio cuja comarca ainda no estiver implantada constituir um termo judicirio, permanecendo, enquanto nessa condio, vinculado a uma comarca implantada. 1 - Os termos judicirios so os constantes do Quadro nico, anexo a esta lei. 2 - Os servios judiciais dos termos judicirios ficam afetos ao Juzo da Comarca qual esto vinculados. CAPTULO IV DOS DISTRITOS JUDICIRIOS Art. 16 - Cada distrito judicirio ter, pelo menos, um ofcio de registro civil de pessoas naturais e um juizado de paz. 1 - A instalao do distrito ter-se- por feita com a posse da primeira pessoa que ocupar o cargo de Oficial do Registro Civil de Pessoas Naturais. 2 - O cargo de Oficial do Registro civil de Pessoas Naturais ser provido aps concurso pblico de provas, elaborado na conformidade de ato regulamentar baixado pelo Tribunal de Justia. 3 - O cargo de juiz de paz ser exercitado nos distritos judicirios.

28

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

CAPTULO V DAS ZONAS JUDICIRIAS Art.17 - (Revogado pelo art. 7 da Lei n 12.698, de 28.05.97) LIVRO II DA ORGANIZAO JUDICIRIA TTULO I DA JUSTIA DE SEGUNDA INSTNCIA CAPTULO I DA CONSTITUIO Art. 18 - A Justia de Segunda Instncia constituda pelo Tribunal de Justia. SEO I DO TRIBUNAL DE JUSTIA Art. 19. O Tribunal de Justia tem sede na Capital, jurisdio em todo o territrio do Estado e compe-se de 271 (vinte e sete) desembargadores, nomeados entre juzes de ltima entrncia, observado o quinto constitucional. (Redao dada pela Lei n 13.813, de 18.09.06) 1 - O Tribunal possui rgos julgadores, rgos diretivos e, como integrante de sua estrutura administrativa, a Escola Superior da Magistratura do Estado do Cear. 2 - Ao Tribunal atribudo o tratamento de Egrgio e a seus membros o de Excelncia, com o ttulo de Desembargador. 3 - Os Desembargadores tm residncia na Capital do Estado. SEO II DA ALTERAO DE SUA COMPOSIO Art. 20 - Depender de proposta do Tribunal de Justia a alterao numrica dos seus membros, sempre que o total de processos judiciais, distribudos e julgados no ano anterior, superar o ndice de trezentos (300) feitos por Juiz. 1 - Se o total de processos judiciais distribudos ao Tribunal de Justia, durante o ano anterior, superar o ndice de 600 (seiscentos) feitos por juiz e no for proposto o aumento do nmero de desembargadores, o acmulo de servio no excluir a aplicao das sanes previstas em lei. 2. Para efeito do clculo referido no 1 deste artigo, no sero computados os membros do Tribunal no exerccio dos cargos de Presidente, Vice-Presidente e Corregedor Geral da Justia. (Redao dada pela Lei n 12.912, de 16.06.99) CAPTULO II DOS RGOS DO TRIBUNAL DE JUSTIA SEO I DOS RGOS JULGADORES Art. 21 A composio, a organizao e o funcionamento dos rgos julgadores do Tribunal de Justia sero disciplinados no regimento interno do Tribunal. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008)

A Lei 14.407, de 15 de julho de 2009, criou 16 dezesseis cargos de Desembargadores no Tribunal de Justia, passando o pleno a ser composto de 43 Desembargadores.1

29

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

1 - Funcionaro trs (03) Cmaras Cveis Isoladas e duas (02) Cmaras Criminais Isoladas, todas ordinalmente enumeradas. 2 - Cada uma das Cmaras Isoladas constituir-se- de quatro (04) Desembargadores. 3 - As Cmaras Reunidas, Cveis e Criminais, so integradas pelos membros das respectivas Cmaras Isoladas. 4 - O Conselho da Magistratura tem a composio definida no art.37, 1, deste Cdigo. SEO II DA SUBSTITUIO DE DESEMBARGADORES Art. 22 - As substituies de desembargadores far-se-o de acordo com o disposto no Regimento Interno do Tribunal de Justia, observadas as disposies deste Cdigo. Art. 23 - O Presidente do Tribunal de Justia substitudo pelo Vice-Presidente e este e o Corregedor, pelos demais membros desimpedidos na ordem decrescente de antiguidade. 1 - Aplicam-se as normas aqui dispostas substituio eventual do Presidente, Vice-Presidente e Corregedor Geral, por motivo de impedimento, ausncia, licena ou frias, ressalvado o caso de vacncia estabelecido no artigo 52 deste Cdigo. 2 - O Desembargador que exercer a Presidncia, em substituio, por perodo superior a trinta (30)dias, devolver para redistribuio os feitos em seu poder e aqueles em que tenha lanado relatrio, bem como os que ps em mesa para julgamento, mediante compensao. Os feitos em que seja revisor passaro ao substituto legal. Art. 24 - Os membros do Conselho da Magistratura, exceto o seu Presidente, nos casos de licena ou impedimentos, sero substitudos pelos respectivos suplentes. Art. 25 As substituies de Desembargadores, a qualquer ttulo, por perodo superior a trinta (30) dias, far-se-o de acordo com o disposto no regimento interno do Tribunal de Justia. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008). 1 - O julgamento que tiver sido iniciado prosseguir, computando-se os votos j proferidos, ainda que o magistrado afastado seja o relator; 2 - Somente quando indispensvel para decidir nova questo surgida no julgamento, ser dado substituto ao ausente, cujo voto, ento, no se computar. Art. 26 Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 Pargrafo nico - Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 Art. 27 - Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 Art. 28 - Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 Pargrafo nico - A convocao far-se- mediante sorteio pblico levado a efeito pelo Tribunal Pleno, dentre os Juzes de Direito da comarca da Capital, integrantes da primeira quinta parte da lista de antiguidade. SEO III DO FUNCIONAMENTO Art. 29. Os rgos do Tribunal de Justia funcionaro com a presena, no mnimo, 30

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

da maioria absoluta de seus membros, em seo ordinria ou extraordinria, conforme dispuser o regimento interno do Tribunal de Justia. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) (Vide art. 14 da Lei 14.258/2009) (A mesma Lei 14.258/2008, em seu artigo 8, revoga este artigo) Art. 30 - O Tribunal Pleno e as Cmaras Isoladas realizaro uma sesso ordinria por semana, e as Cmaras Reunidas, Cveis e Criminais, uma por ms, conforme dispuser o Regimento Interno. (Vide art. 14 da Lei 14.258/2009) (A mesma Lei 14.258/2008, em seu artigo 8, revoga os inexistentes pargrafos 1 e 2 deste artigo) Pargrafo nico - Podero os rgos indicados no caput se reunir extraordinariamente, na forma considerada no Regimento Interno. Art. 31. O Tribunal Pleno e o Conselho da Magistratura sero presididos pelo Presidente do Tribunal de Justia e os demais rgos s-lo-o na forma disposta do regimento interno do Tribunal. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) (Vide art. 14 da Lei 14.258/2009) (A mesma Lei 14.258/2008, em seu artigo 8, revoga este artigo). CAPTULO III DA COMPETNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIA SEO I DA INICIATIVA DO PROCESSO LEGISLATIVO EXTERNO matrias: Art. 32 - Ao Tribunal de Justia compete conhecer e deliberar sobre as seguintes (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008)

I - propor ao Poder Legislativo, observado o disposto no art. l69 da Constituio Federal, a alterao, mediante lei, da organizao e da diviso judiciria; II - propor Assembleia Legislativa, observado o disposto no art. 169 da Constituio Federal: a) a alterao do nmero de seus membros; b) a criao e a extino de cargos de juiz de primeiro grau, de servios auxiliares e de juzes de paz; c) e a fixao de vencimentos dos magistrados, dos servidores de justia e dos rgos que lhe forem vinculados; III - propor Assembleia Legislativa a aprovao ou alterao do Regimento de Custas. SEO II DOS REGIMENTOS INTERNOS Art. 33 - Ao Tribunal Pleno compete elaborar seu Regimento Interno e os de seus rgos julgadores e de controle. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08) DO de 9.12.2008 31

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

SEO III DA COMPETNCIA JURISDICIONAL DO TRIBUNAL DE JUSTIA Art. 34 - Ao Tribunal de Justia compete: (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) I - declarar, pelo voto da maioria absoluta dos seus membros, a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Pblico, nos casos de sua competncia originria e nos que para esse fim lhe forem remetidos pelos demais rgos julgadores do Tribunal; II - processar e julgar, originariamente: a) as representaes de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais e municipais contestados em face da Constituio Estadual; b) as representaes para interveno em Municpios; c) os mandados de segurana e os habeas-data contra atos do Governador do Estado, da Mesa e da Presidncia da Assembleia Legislativa, do prprio Tribunal ou de algum de seus rgos, dos Secretrios de Estado, do Presidente do Tribunal de Contas do Estado, do Presidente do Tribunal de Contas dos Municpios, do Procurador-Geral do Estado, do ProcuradorGeral de Justia, do Comandante da Polcia Militar, do Comandante do Corpo de Bombeiros e do Chefe da Casa Militar. d) os mandados de injuno contra omisso das autoridades referidas na alnea anterior; e) nos crimes comuns e de responsabilidade, o Vice-Governador, Deputados Estaduais, Juzes Estaduais, membros do Ministrio Pblico e os Prefeitos Municipais, ressalvada a competncia da Justia Eleitoral; f) os crimes contra a honra em que for querelante o Prefeito da Capital, o Procurador Geral do Estado, o Chefe do Gabinete do Governador, o Chefe da Casa Militar, o Comandante da Polcia Militar, o Comandante do Corpo de Bombeiros, os Deputados Estaduais, o Procurador Geral da Justia, os Juzes de primeiro grau e os membros do Ministrio Pblico; g) os habeas-corpus nos processos, cujos recursos forem de sua competncia, ou quando o coator ou paciente for autoridade diretamente sujeita sua jurisdio; h) as aes rescisrias de seus julgados; i) as revises criminais nos processos de sua competncia; j) os embargos aos seus acrdos; l) a execuo de sentena nas causas de sua competncia originria, facultada a delegao de atribuio para a prtica de atos processuais; m) a reclamao para a preservao de sua competncia e garantia da autoridade de suas decises; n) as reclamaes quanto ao modo de execuo de seus acrdos; o) os conflitos de competncia entre as Cmaras Cveis e Criminais, Isoladas ou Reunidas, o Conselho da Magistratura e qualquer outro rgo julgador; p) as suspeies opostas a Desembargadores, ao Procurador Geral de Justia ou aos Procuradores de Justia; q) as representaes contra os membros do Tribunal, por excesso de prazo previsto 32

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

em lei (Cdigo de Processo Civil, art. l99); r) a restaurao de autos extraviados ou destrudos quando o processo for de sua competncia originria; s) os agravos ou outros recursos admissveis de despachos proferidos, nos feitos de sua competncia, pelo Presidente do Tribunal; III) Julgar, em grau de recurso: a) os embargos infringentes opostos a acrdos das Cmaras Cveis Reunidas, em aes rescisrias e em recursos de despachos que no os admitirem; b) os agravos de despachos do Presidente que, em mandado de segurana, ordenarem a suspenso da execuo de medida liminar, ou de sentena que o houver concedido. Pargrafo nico - O mandado de segurana, o habeas-data, o habeas-corpus, o mandado de injuno da competncia originria do Tribunal de Justia tero prioridade de julgamento. SEO IV DA COMPETNCIA ADMINISTRATIVA DO TRIBUNAL DE JUSTIA Art. 35 - Em matria administrativa, compete ao Tribunal de Justia: (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) I) - processar e julgar os procedimentos administrativos instaurados para apurao de incapacidade dos magistrados; II) prover, na forma da Constituio Estadual, os cargos da magistratura estadual de carreira, de primeiro e segundo graus; III) aposentar os magistrados e os servidores da Justia. IV) conceder licena, frias e outros afastamentos aos juzes que lhe forem vinculados; V) encaminhar as propostas oramentrias do Poder Judicirio Estadual ao Poder Executivo; VI) solicitar, quando cabvel, a interveno federal no Estado, nas hipteses de sua competncia; VII) organizar as secretarias e os servios auxiliares do Tribunal, provendo-lhes os cargos, por intermdio do seu Presidente, na forma da lei; VIII) baixar regulamento do concurso de provas e ttulos de ingresso na magistratura de carreira; IX) eleger seu Presidente e demais titulares de sua direo, observando o disposto no sistema legal vigente; X) indicar magistrados, juristas e respectivos suplentes para composio do Tribunal Regional Eleitoral; XI) conhecer dos pedidos de remoo e permuta de Juzes, bem assim dos serventurios de Justia; XII) conceder remoo e permuta aos Desembargadores de uma para outra Cmara; XIII) proceder convocao de Juiz de Direito da Capital para substituir Desembargador em caso de afastamento superior a 30 (trinta) dias, na forma do regimento interno do tribunal de Justia. 33

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

(Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XIV) aplicar sanes disciplinares a magistrados; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XV) declarar a perda do cargo, decidir sobre a remoo ou a disponibilidade de Desembargadores e Juzes de Direito, nas hipteses e na forma previstas em lei; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XVI) decidir, mediante Resoluo, sobre a denominao de Fruns nas diversas comarcas. XVII) deliberar sobre outros assuntos encaminhados ao Presidente, desde que o Tribunal Pleno entenda escapar da competncia daquele como rgo de deciso singular. 1 - Os Desembargadores indicados para compor o Tribunal Regional Eleitoral sero escolhidos pelo Tribunal Pleno, mediante eleio, pelo voto secreto, dentre os seus membros. 2 - Os Juzes de Direito indicados para compor o Tribunal Regional Eleitoral sero escolhidos mediante eleio, por voto secreto do Tribunal Pleno, dentre os juzes de entrncia especial, integrantes da primeira quinta parte da lista de antiguidade, salvo se no houver quem se inscreva no edital de inscrio, com prazo de dez dias, que ser obrigatoriamente publicado no Dirio da Justia do Estado, ou se os demais integrantes j houverem sido indicados anteriormente, caso em que concorrero os juzes da segunda quinta parte e assim sucessivamente. 3 - Os Desembargadores e Juzes de Direito indicados para compor o Tribunal Regional Eleitoral, salvo motivo justificado, serviro por dois anos, no mnimo, e nunca por mais de dois binios consecutivos. Os substitutos sero escolhidos na mesma ocasio e pelo mesmo processo, em nmero igual para cada categoria. 4 - Os juristas que integraro o Tribunal Regional Eleitoral sero nomeados pelo Presidente da Repblica, dentre seis advogados de notvel saber jurdico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justia, mediante eleio, pelo voto secreto. XVIII) propor Assembleia Legislativa a aprovao ou alterao do regimento de Custas e de Emolumentos; (Inciso acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XIX) empossar o Presidente, o Vice-Presidente, o Corregedor Geral de Justia, Desembargadores, Juzes e servidores efetivos ou comissionados nomeados; (Inciso acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XX) tratar de assuntos especiais, mediante convocao extraordinria do Presidente; (Inciso acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XXI) reunir-se em caso de comemorao cvica, visita oficial de alta autoridade ou para agraciamento com a Medalha do Mrito Judicirio; (Inciso acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 1 Os Desembargadores indicados a compor o Tribunal Regional Eleitoral sero escolhidos pelo tribunal de Justia, por sua composio plenria, mediante eleio, pelo voto secreto, dentre os seus membros. (Pargrafo acrescido pela Lei n. 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 2 O Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal e o Corregedor Geral de Justia 34

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

no podero integrar o Tribunal Regional Eleitoral. (Pargrafo acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 3 Os Juzes de Direito indicados a compor o Tribunal Regional Eleitoral sero escolhidos mediante eleio, pelo Tribunal de Justia, por sua composio plenria, dentre os Juzes de Direito, aps expedio de edital de inscrio, com prazo de 10 (dez) dias, a contar da publicao no Dirio da Justia do Estado. (Pargrafo acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 4 Os Desembargadores e os Juzes de Direito indicados para compor o Tribunal Regional Eleitoral, salvo motivo justificado, nele tero exerccio por 2 (dois) anos, permitida uma reconduo. (Pargrafo acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 5 Os substitutos sero escolhidos na mesma ocasio e pelo mesmo processo, em nmero igual para cada categoria. (Pargrafo acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 6 Os Juristas a integrar o Tribunal Regional Eleitoral sero nomeados pelo Presidente da Repblica, dentre 3 (trs) advogados de notvel saber jurdico e com idoneidade moral, escolhidos pelo Tribunal de Justia, por sua composio plenria, mediante eleio, aps expedio de edital de inscrio, com prazo de 10 (dez) dias, a contar da publicao no Dirio da Justia do Estado. (Pargrafo acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 7 As decises administrativas sero motivadas e tomadas em seo pblica, as disciplinares, tomadas pelo voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal. (Pargrafo acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 8 O ato de remoo, disponibilidade ou aposentadoria de magistrado, por interesse pblico, fundar-se- em deciso por voto da maioria absoluta dos membros do Tribunal, por sua composio plenria, assegurada a ampla defesa. (Pargrafo acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 9 Compete ao Tribunal Pleno deliberar sobre a promoo, remoo, permuta e acesso de magistrados. (Pargrafo acrescido pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) SEO V DA COMPETNCIA ADMINISTRATIVA RECURSAL Art. 36 - Compete ao Tribunal de Justia processar e julgar os recursos: (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) a) das decises do Conselho da Magistratura; b) de pedidos de licena, frias e vantagens, assim como de sanes disciplinares (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) c) das decises administrativas sobre licitaes, contratos e alienaes; d) sobre concursos pblicos para provimento de cargos de Juiz Substituto, bem como de cargos do pessoal administrativo e auxiliar do Poder Judicirio.

35

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

CAPTULO IV DO CONSELHO DA MAGISTRATURA SEO I DA SEDE, JURISDIO, COMPOSIO E ELEIO Art. 37 - O Conselho Superior da Magistratura, rgo disciplinar, de fiscalizao e de orientao da magistratura, dos serventurios e servidores do Poder Judicirio, tem sede na capital e jurisdio em todo o Estado do Cear. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 1 - O Conselho ser constitudo do Presidente do Tribunal de Justia, que o presidir, do Vice-Presidente, do Corregedor Geral da Justia e de quatro (04) Desembargadores, sendo dois (02) das Cmaras Cveis e dois das Cmaras Criminais, eleitos na forma prevista neste Cdigo. 2 - Na mesma sesso, o Tribunal eleger quatro (04) suplentes, que sero convocados para substituir os Conselheiros em seus impedimentos, licenas e frias de acordo com a respectiva antiguidade. 3 - As sesses do Conselho Superior da Magistratura sero secretariadas pelo Secretrio Geral do Tribunal de Justia ou por pessoa designada pelo Presidente do Tribunal. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 4 - O Conselho Superior da Magistratura reunir-se- em sesso ordinria ou extraordinria, na forma definida em seu regimento interno. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 5 - O Procurador Geral de Justia oficiar junto ao Conselho da Magistratura, podendo requerer o que julgar necessrio, inclusive a convocao de sesso extraordinria. 6 - O Regimento Interno do Conselho definir suas atribuies e competncia e estabelecer o procedimento respectivo. Art. 38 - As sesses do Conselho Superior da Magistratura sero abertas, podendo o Presidente, nos casos em que a preservao do direito intimidade do interessado no prejudicar o interesse pblico informao, limitar a publicidade dos atos ao acusado e a seus advogados. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) Pargrafo nico. Da resenha dos trabalhos enviada publicao, somente ser publicada a concluso. (Pargrafo includo pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) Art. 39 - O Conselho reunir-se-, independentemente de convocao por edital; suas sesses sero realizadas em conselho; seus julgamentos e deliberaes sero tornados pblicos, atravs do Dirio da Justia, resguardados, quanto possvel, as pessoas e cargos a que se refiram, para permitir pedidos de reconsiderao ou recurso ao Tribunal Pleno. 1 - Os assuntos da competncia do Conselho sero distribudos pelo Presidente, mediante sorteio. 2 - Os julgamentos sero reduzidos a acrdos. 3 - Quando a deciso no for unnime, caber, no prazo de cinco dias, pedido de reconsiderao, a ser distribudo a outro relator. Art. 40 As sanes impostas a magistrados, bem como os erros e irregularidades por eles praticados, sero comunicadas ao Conselho Superior da Magistratura para registro. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008)

36

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

SEO II DA COMPETNCIA ORIGINRIA Art. 41 A competncia e o funcionamento do Conselho Superior da Magistratura constaro de seu Regimento Interno aprovado pelo Pleno do Tribunal de Justia. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) I - originariamente: a) exercer a inspeo superior da magistratura, cumprindo-lhe obstar que os magistrados negligenciem no cumprimento de suas obrigaes, excedam prazos injustificadamente ou cometam arbitrariedades no exerccio de suas funes ou a pretexto de exerc-las; b) promover as medidas de ordem administrativa necessrias instalao condigna dos servios judicirios e seu funcionamento; c) tomar as providncias indispensveis ao bom funcionamento dos rgos judicirios, ao seu prestgio e a disciplina forense; d) elaborar o seu Regimento Interno; e) mandar proceder a correies e sindicncias; f) assumir a iniciativa do processo de remoo compulsria, disponibilidade, declarao de incapacidade ou aposentadoria, por invalidez ou molstia incurvel, de magistrados; g) apreciar, em segredo de justia, os motivos de suspeio de natureza ntima, declarados pelos juzes; h) impor penas disciplinares; i) opinar sobre pedido de remoo e permuta de juzes, bem como de serventurios de justia; j) processar e julgar representao contra juiz de primeiro grau, por excesso de prazo, prevista no art. 198 do Cdigo de Processo Civil; l) julgar as representaes formuladas contra Juzes, assim como instaurar processo disciplinar contra eles e determinar o seu afastamento do cargo, at deciso final; m) determinar a realizao de sesso extraordinria do Jri, quando for o caso; II - conhecer e julgar os recursos: a) de penas disciplinares impostas, originariamente, pelo Corregedor Geral da Justia, ou pelos Juzes de primeiro grau; b) das decises dos juzes criminais sobre servios externos de presos. CAPTULO V DAS CMARAS CVEIS REUNIDAS SEO I DO FUNCIONAMENTO 14.258/2008) Art. 42. Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 (Vide art. 14 da Lei SEO II DA COMPETNCIA Art. 43 - Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 (Vide art. 14 da Lei 14.258/2008)

37

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

CAPTULO VI DAS CMARAS CVEIS ISOLADAS SEO I DO FUNCIONAMENTO Art. 44 - Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 (Vide art. 14 da Lei 14.258/2008) SEO II DA COMPETNCIA Art. 45 - Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 (Vide art. 14 da Lei 14.258/2008) CAPTULO VII DAS CMARAS CRIMINAIS REUNIDAS SEO I DO FUNCIONAMENTO Art. 46 - Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 (Vide art. 14 da Lei 14.258/2008) SEO II DA COMPETNCIA Art. 47 - Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 (Vide art. 14 da Lei 14.258/2008) CAPTULO VIII DAS CMARAS CRIMINAIS ISOLADAS SEO I DO FUNCIONAMENTO Art. 48 - Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 (Vide art. 14 da Lei 14.258/2008) Art. 49 - Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08 (Vide art. 14 da Lei 14.258/2008) SEO II DA COMPETNCIA Art. 50 - Compete s Cmaras Criminais Isoladas: I - Processar e julgar: a) os pedidos de habeas-corpus, quando a violncia ou ameaa de coao for atribuda a Juiz de Primeiro Grau;

38

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

b) os mandados de segurana contra atos de Juiz, em matria criminal; c) nos crimes de responsabilidade, os funcionrios da Secretaria do Tribunal de Justia, inclusive os lotados na Diretoria do Frum de Fortaleza. II - Julgar: a) os recursos das decises dos juzes criminais, do Tribunal do Jri, dos rgos da Justia Militar Estadual, bem como o habeas-corpus; b) os conflitos de jurisdio entre os Juizes de Primeiro Grau, assim como os de atribuies entre estes e as autoridades administrativas municipais; c) os embargos de declarao; d) as reclamaes opostas, a falta de recurso especfico; e) as reclamaes interpostas contra a aplicao das penalidades previstas nos arts. 801 e 802 do Cdigo de Processo Penal. III - Determinar a realizao do exame previsto no artigo 777 do Cdigo de Processo Penal. CAPTULO IX DOS ORGOS DIRETIVOS DO TRIBUNAL DE JUSTIA SEO I DA ELEIO Art. 51 - O Tribunal de Justia dirigido por um dos seus membros, como Presidente, desempenhando dois outros as funes de Vice-Presidente e as de Corregedor Geral da Justia. 1 - O Presidente, o Vice-Presidente e o Corregedor Geral da Justia so eleitos por seus pares, pela maioria dos membros efetivos, por votao secreta, dentre seus juzes mais antigos, com mandato por 02 (dois) anos, proibida a reeleio. Quem tiver exercido quaisquer cargos de direo por quatro (04) anos, ou o de Presidente, no figurar mais entre os elegveis, at que se esgotem todos os nomes na ordem de antiguidade. obrigatria a aceitao do cargo, salvo recusa manifestada e aceita antes da eleio. 2 - O disposto no pargrafo anterior no se aplica ao juiz eleito, para completar perodo de mandato inferior a 01 (um) ano. 3 - As eleies realizar-se-o na ltima sesso ordinria do ano do Tribunal Pleno, e na mesma oportunidade sero eleitos os membros das Comisses Permanentes do Tribunal, cujo mandato tambm de 02 (dois) anos. Os eleitos tomaro posse em sesso solene, no primeiro dia til de fevereiro do ano seguinte ao da eleio, prestando compromisso e lavrando-se termo em livro especial, que ser assinado pelo Presidente do Tribunal de Justia. SEO II DA VACNCIA Art. 52 - Vagando o cargo de Presidente, Vice-Presidente ou Corregedor Geral da Justia, no curso do primeiro ano de mandato, proceder-se-, dentro de uma semana, eleio do sucessor para o tempo restante. Aquele que for eleito Presidente no poder ser reconduzido para o perodo subsequente. 1 - Vagando os cargos de Presidente ou de Vice-Presidente, faltando menos 39

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

de doze meses para o trmino do mandato a substituio far-se-, do Presidente pelo VicePresidente, e deste pelo Desembargador mais antigo, podendo concorrer prxima eleio, na conformidade do 2 do artigo 51 deste Cdigo. 2 - Vagando o cargo de Corregedor, e faltando menos de doze meses para o trmino do mandato, realizar-se- nova eleio, observado o disposto no 2 do artigo 51 deste Cdigo. CAPTULO X DO PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIA Art. 53 - Compete ao Presidente do Tribunal de Justia: I - superintender, na qualidade de chefe do Poder Judicirio do Estado, todo o servio da Justia, velando pelo regular funcionamento de seus rgos e pela observncia do cumprimento do dever por parte dos magistrados, serventurios e servidores de justia; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) II representar o Tribunal de Justia em suas relaes com os demais Poderes; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) III - dirigir os trabalhos do Tribunal e presidir as sesses do Tribunal Pleno, do Conselho da Magistratura e de outros rgos, na forma do Regimento Interno; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) IV - funcionar como relator em; a) excees de suspeio de Desembargadores; b) conflitos de competncia entre rgos fracionrios do Tribunal; c) processos de incapacidade, remoo compulsria, disponibilidade de magistrados; d) demais processos administrativos disciplinares contra Desembargadores; (Alneas acrescidas pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) V - conceder licenas e vantagens previstas em lei a magistrados, serventurios e servidores do Poder Judicirio, e apreciar, em grau de recurso, justificativas de faltas; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) VI - conceder frias a magistrados e a servidores do Poder Judicirio; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) VII apresentar, anualmente, por ocasio da reabertura dos trabalhos do Tribunal, relatrio das atividades do Poder Judicirio, expondo as condies da administrao, suas necessidades e demais problemas relacionados com a regular distribuio da justia; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) VIII - ordenar o pagamento resultante de sentenas proferidas contra a Fazenda Pblica, segundo as possibilidades das dotaes oramentrias de crditos consignados ao Poder Judicirio; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) IX - convocar Juzes de Direito da Comarca de Capital, na forma do Regimento Interno, para completar, como vogal, o quorum de julgamento quando por suspeio ou impedimento dos integrantes do Tribunal, no for possvel a substituio de um membro do Tribunal por outro; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 40

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

X - nomear e empossar serventurios e servidores do Poder Judicirio; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XI - manter a ordem na sesso, fazendo retirar-se aquele que a perturbar; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XII - levar ao conhecimento do Chefe do Ministrio Pblico a falta de Procurador de Justia que, indevidamente, haja retirado autos por mais de 30 (trinta) dias, aps a abertura de vista; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XIII- mandar coligir documentos e provas para verificao de crime comum ou de responsabilidade, cujo julgamento couber ao Tribunal; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XIV - exonerar, demitir e aposentar serventurio e servidor do Poder Judicirio; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XV - determinar a abertura de concurso para o cargo de Juiz Substituto, notrio, registrador e servidor do Poder Judicirio; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XVI - requisitar verba destinada ao Tribunal e aplic-la; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XVII - ordenar a publicao de edital, quando devido; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XVIII - proceder distribuio dos feitos da competncia do Tribunal, nos termos do Regimento Interno; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XIX - proferir voto de qualidade, quando ocorrer empate e a soluo no estiver de outro modo regulada; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XX - providenciar a elaborao anual das listas de antiguidade dos Desembargadores e dos Juzes; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XXI - escolher o pessoal de seu Gabinete; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XXII - indicar o Diretor do Frum da Capital e, com relao s comarcas do interior com mais de uma vara, designar o Juiz que deva exercer a funo de Diretor do Frum, observando-se, quanto a este, o rodzio, permitindo-se a reconduo por mais de um perodo; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XXIII - mandar publicar mensalmente, no rgo oficial, dados estatsticos sobre os trabalhos do Tribunal referentes ao ms anterior, observadas as disposies do art. 37 da Lei Complementar n 35, de 14 de maro de 1979; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XXIV - determinar a suspenso dos trabalhos judicirios, quando ocorrer motivo relevante; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XXV - exercer outras atribuies especificadas em lei ou no seu Regimento interno; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) 41

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

XXVI - votar no julgamento de incidente de inconstitucionalidade; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XXVII - exercer as demais atribuies constantes neste Cdigo e as especificadas na Lei Orgnica da Administrao do Poder Judicirio; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XXVIII - suspender em despacho fundamentado a execuo de liminar ou de sentena, nos casos previstos na legislao Federal; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XXIX - praticar os atos gerais de administrao com exemplar continncia aos princpios do art. 37, caput, da Constituio Federal. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) Pargrafo nico. O Presidente do Tribunal de Justia ser auxiliado em suas atividades por at 4 (quatro) Juzes de Direito da Comarca da Capital, devendo sua escolha ser referendada pelo Tribunal de Justia, em sesso plenria. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) Art. 54. O Presidente do Tribunal poder delegar, sempre com reserva de poderes, e nas condies que definir, atribuies administrativas a auxiliares da administrao. (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) CAPTULO XI DO VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL Art. 55. Compete ao Vice-Presidente do Tribunal de Justia: I - substituir o Presidente nos impedimentos, ausncias, licenas e frias; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) II - relatar exceo de suspeio, no reconhecida, e oposta ao Presidente do

Tribunal;

(Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) (A mesma Lei 14.258/2008, em seu artigo 8, revoga este artigo) III - participar com funo julgadora, das sesses dos rgos do Tribunal de Justia, na forma do Regimento Interno; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) IV - rubricar os livros da Secretaria Geral do Tribunal de Justia; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) V - presidir concurso para provimento do cargo de Juiz Substituto; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) VI - exercer todas as funes judiciais e administrativas que lhe forem delegadas pelo Presidente do Tribunal de Justia, ou atribudas pelo Regimento Interno do Tribunal de Justia do Estado do Cear; (Redao dada pela Lei n 14.310, de 20.03.09) VII - exercer juzo de admissibilidade nos recursos extraordinrio e especial. (Redao dada pela Lei n. 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) (Este inciso foi revogado pelo artigo 5 da Lei 14.310 de 2009 que, equivocadamente, afirma que o artigo 55 pertence Lei 14.258. Na realidade, o artigo 55 pertence Lei 12.342).

42

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

CAPTULO XII DA CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIA SEO I DA ORGANIZAO Art. 56 - A Corregedoria Geral da Justia, rgo de fiscalizao, disciplina e orientao administrativa, ser exercida em todo o Estado por um Desembargador com a denominao de Corregedor Geral da Justia. Pargrafo nico - A Corregedoria elaborar seu Regimento Interno que ser submetido aprovao do Conselho da Magistratura. Art. 57 - O Corregedor ser substitudo nos seus impedimentos, frias e licenas, pelo Desembargador mais antigo desimpedido na ordem decrescente de antiguidade. Art. 58 - O Corregedor Geral da Justia ser auxiliado em suas atividades ordinrias, sindicncias e inquritos administrativos, bem como em correies gerais e especiais ou parciais, por quatro (04) Juzes de Direito da Capital, um para cada entrncia, devendo sua escolha ser referendada pelo Tribunal de Justia, em sesso plenria, e por 02 (dois) assessores escolhidos entre Bacharis em Direito, com mais de dois (02) anos de formado, com atribuies definidas no Regimento Interno da Corregedoria. Pargrafo nico - O Corregedor Geral poder requisitar servidores de justia ao Presidente do Tribunal para servirem na Corregedoria Geral ou auxiliarem na inspeo do servio judicirio. SEO II DAS ATRIBUIES Art. 59 - So atribuies do Corregedor Geral da Justia: I - supervisionar as atividades administrativas da Corregedoria; II - integrar o Conselho da Magistratura; III (Revogado pela Lei 14.258 de 4.12.08, DO de 9.12.08) IV - relatar e processar representao contra magistrados de primeiro grau, submetendo-a ao Tribunal de Justia, na forma do Regimento Interno; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) V - conhecer de representao contra notrios, registradores e servidores do Poder Judicirio de Primeira Instncia da Capital ou do Interior ou, ainda, de sua prpria secretaria, encaminhando-a autoridade competente para aplicao de sano, quando for o caso; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) VI - exercer vigilncia sobre o funcionamento da Justia, tanto nas Comarcas do Interior e da Capital, quanto omisso de deveres e prtica de abusos, no que se refere permanncia dos Juzes em suas respectivas sedes; VII - propor ao Presidente do Tribunal a realizao de concursos destinados ao provimento de cargos de notrios, registradores e servidores do Poder Judicirio; (Redao dada pela Lei n. 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) VIII - superintender e orientar as correies a cargo dos Juzes de Direito requisitados; IX - ministrar instrues aos Juzes, de ofcio ou respondendo a consultas escritas sobre matria administrativa; 43

CDIGO DE DIVISO E ORGANIZAO JUDICIRIA DO ESTADO DO CEAR

Corregedoria; forma da lei;

X - aplicar penas disciplinares a servidores administrativamente vinculados XI - determinar a realizao de sindicncia ou de processo administrativo na

XII - baixar, com aprovao prvia do Conselho da Magistratura, provimento sobre atribuies dos servidores da Justia, quando no da competncia da Presidncia; XIII - providenciar a verificao da assiduidade, produtividade e diligncia do juiz, bem como sua residncia na Comarca; (Redao dada pela Lei n 14.258, de 4.12.08, DO de 9.12.2008) XIV - adotar providncias para que as suspeies de natureza ntima sejam devida e imediatamente comunicadas ao Conselho da Magistratura; XV - apresentar, at o dia 31 de dezembro, circunstanciado relatrio Presidncia do Tribunal de Justia a respeito das atividades judicirias do ano, das medidas adotadas, dos servios realizados e do grau de eficincia revelado pelos juzes e servidores. XVI - exercer fiscalizao sobre os servios da Justia de Paz. SEO III DAS CORREIES Art. 60 - As correies cargo da Corregedoria Geral da Justia podero ser gerais ou parciais e sero realizadas pelo Corregedor Geral, de iniciativa prpria ou por determinao do Tribunal de Justia, do Conselho da Magistratura ou a requerimento do Procurador Geral da Justia. SUBSEO I DAS CORREIES GERAIS Art. 61 - As correies gerais abrangem os servios judiciais e extrajudiciais de uma Comarca ou de apenas uma vara, bem como de ofcios notariais e de registros. 1 - As correies gerais sero realizadas na sede da comarca, iniciando, por meio de edital do Corregedor, convidando, previamente, as autoridades judicirias, serventurios e servidores de justia, com indicao do dia, hora e local em que os trabalhos tero comeo. 2 - As autoridades judicirias e servidores de justia comparecero com seus ttulos, pondo disposio do Corregedor os autos, livros e papis sob sua guarda, e prestandolhe as informaes de que necessitar. 3 - Os autos, livros e papis sero examinados nas secretarias de varas ou nos notariados e ofcios de registros a que pertencerem, exceto quando sob a guarda de Oficiais de Registro Civil dos distritos, nas comarcas do interior, caso em que o servio correcional far-se- no local destinado s audincias do Juzo. 4 - Em todas as correies, obrigatoriamente, ser intimado para comparecer o Representante do Ministrio Pblico. Art. 62 - A primeira correio de cada comarca comear do antepenltimo ano em diante, podendo versar sobre anos a