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CÓDIGO FLORESTAL – LEI 12.651/12 Disciplina: Legislação Ambiental Professor: Éder Clementino dos Santos ASPECTOS RELEVANTES Preservação e conservação dos recursos ambientais (matas nativas); Anos 70: Abordagem corretiva; Desenvolvimento econômico X meio ambiente; Controle da poluição; Anos 80 Abordagem preventiva; EIA/RIMA-licenciamento; Descentralização política ambiental nacional; Anos 90 Abordagem integradora; Desenvolvimento sustentável; Lei de crimes ambientais; Legislação recursos hídricos; Desenvolvimento de políticas (MMA); IBAMA: fiscalização mais efetiva; Novo Código: atribuições (pedagógico) Estabelece normas gerais conservação/preservação recursos florestais; Proteção vegetação/APP/RL; Exploração florestal/Suprimento matéria-prima florestal; Controle origem de produtos florestais; Controle/prevenção incêndios florestais; Serviços ambientais básicos: Produção hídrica; Regulação ciclo das chuvas/recursos hídricos; Proteção da biodiversidade; Polinização das plantas; Controle pragas/controle biológico; Controle do assoreamento dos rios; Equilíbrio do clima; Regularização ambiental É ato pelo qual o empreendedor atende às precauções que lhe foram requeridas pelo PP referentes a licenciamento ambiental, AAF, outorga de direito de uso recursos hídricos, cadastro de uso insignificante, supressão vegetação nativa e intervenção em APP;

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CÓDIGO FLORESTAL – LEI 12.651/12

Disciplina: Legislação Ambiental Professor: Éder Clementino dos Santos

ASPECTOS RELEVANTES

Preservação e conservação dos recursos ambientais (matas nativas);

Anos 70:

Abordagem corretiva;

Desenvolvimento econômico X meio ambiente; Controle da poluição; Anos 80

Abordagem preventiva; EIA/RIMA-licenciamento; Descentralização política ambiental nacional;

Anos 90 Abordagem integradora; Desenvolvimento sustentável;

Lei de crimes ambientais; Legislação recursos hídricos;

Desenvolvimento de políticas (MMA); IBAMA: fiscalização mais efetiva;

Novo Código: atribuições (pedagógico)

Estabelece normas gerais – conservação/preservação recursos

florestais;

Proteção vegetação/APP/RL;

Exploração florestal/Suprimento matéria-prima florestal;

Controle origem de produtos florestais;

Controle/prevenção incêndios florestais;

Serviços ambientais básicos:

Produção hídrica;

Regulação ciclo das chuvas/recursos hídricos;

Proteção da biodiversidade;

Polinização das plantas;

Controle pragas/controle biológico;

Controle do assoreamento dos rios;

Equilíbrio do clima;

Regularização ambiental

É ato pelo qual o empreendedor atende às precauções que lhe foram

requeridas pelo PP referentes a licenciamento ambiental, AAF, outorga

de direito de uso recursos hídricos, cadastro de uso insignificante,

supressão vegetação nativa e intervenção em APP;

CÓDIGO FLORESTAL – LEI 12.651/12

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I- Elementos estruturantes

1) APP

2) RL

3) MANEJO FLORESTAL

4) PRODUÇÃO DE BASE AGROECOLÓGICA

5) ATIVIDADES BAIXO IMPACTO AMBIENTAL

6) VEREDAS

7) NASCENTE E OLHO D’ÁGUA

Pequena propriedade ou posse rural: com até 4 MF, desenvolve

atividades agrossilvipastoris, assentamento reforma agrária, as terras

indígenas demarcadas e as demais tituladas de povos e comunidades

tradicionais que façam uso do seu território;

II Princípios: instrumentos econômicos e financeiros

1) Pcp soberania da preservação (bem estar);

2) Pcp importância componentes vegetais (qualidade de vida);

3) Pcp ação governo proteção florestas (vegetal);

4) Pcp competência comum (ar. 23/CF);

5) Pcp incentivos pesquisa e tecnologia;

6) Pcp incentivos econômicos;

Diagnóstico Estado Minas Gerais

Imóveis rurais: até 4 MF = 437.320 (20%);

Imóveis rurais: > 4 MF = 114.301 (80%)

*Bens interesse comum – Difuso: natureza “Propter Rem”- Real

(obrigações)

*Direito propriedade (ar. 5º, XXII/CF; art. 1228/CC; art. 186/CF;)

*Responsabilidade civil objetiva: sanções civil/Adm./Penal

III - Conceitos

1) Amazônia legal: Acre, Pará, Amazonas, Roraima, Rondônia,

Amapá e Mato Grosso e regiões norte Tocantins e Goiás, Oeste

Maranhão;

2) Área de preservação permanente: área protegida, coberta ou

não por vegetação nativa, com função ambiental de preserva os

componentes ambientais;

3) Reserva legal: área localizada no interior de uma propriedade ou

posse rural, com a função de assegurar o uso econômico de modo

sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a

conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover

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a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção

de fauna silvestre e da flora nativa;

4) Área rural consolidada: área de imóvel rural com ocupação

antrópica preexistente a 22 de julho de 2008, com edificações,

benfeitorias ou atividades agrossilvipastoris, admitida, neste

último caso, a adoção do regime de pousio;

5) Pequena propriedade ou posse rural familiar: aquela explorada

mediante o trabalho pessoal do agricultor familiar e

empreendedor familiar rural, incluindo os assentamentos e

projetos de reforma agrária, e que atenda ao disposto no art. 3º

da Lei no 11.326, de 24 de julho de 2006;

Conversão de Multas: Produtores rurais com propriedade de até 4

módulos fiscais, autuados até julho de 2008, poderiam converter

multas com reflorestamento, de acordo com o texto aprovado pela

Câmara. Com a nova redação, estes benefícios passam a valer também

para os grandes proprietários rurais que desmataram até julho de 2008.

6) Uso alternativo do solo: substituição de vegetação nativa e

formações sucessoras por outras coberturas do solo, como

atividades agropecuárias, industriais, de geração e transmissão

de energia, de mineração e de transporte, assentamentos urbanos

ou outras formas de ocupação humana;

7) Manejo sustentável: administração da vegetação natural para a

obtenção de benefícios econômicos, sociais e ambientais,

respeitando-se os mecanismos de sustentação do ecossistema

objeto do manejo e considerando-se, cumulativa ou

alternativamente, a utilização de múltiplas espécies madeireiras

ou não, de múltiplos produtos e subprodutos da flora, bem como

a utilização de outros bens e serviços;

8) Utilidade pública: intervenção em APP principais casos

(atividades de segurança nacional e proteção sanitária; atividades

e as obras de defesa civil; obras de infraestrutura, bem como

mineração, exceto extração de areia, argila, saibro e cascalho);

9) Interesse social: intervenção em APP principais casos

(exploração agroflorestal sustentável praticada na propriedade ou

posse rural; instalações necessárias à captação e condução de

água e de efluentes tratados; atividades de pesquisa e extração de

areia, argila, saibro e cascalho, outorgadas pela autoridade

competente; infraestrutura necessária à acumulação e a

condução de água para a efetividade de irrigação e regularização;

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Utilidade Pública – está ligada a direitos difusos, ou seja, são

aqueles que abrangem um número indeterminado de pessoas,

ligadas por circunstância de fato.

10) Atividades de baixo impacto ambiental: intervenção em

APP principais casos (abertura de pequenas vias acesso de pessoa

e animais, suas pontes e pontilhões; instalações necessária à

captação e condução de água e efluentes tratados; trilhas para

desenvolvimento do ecoturismo; construção de moradia de

agricultura familiar; coleta de produtos não madeireiros, para fins

subsistência, produção mudas e outros produtos vegetais;

exploração agroflorestal e manejo sustentável, comunitário e

familiar; construção e manutenção de cercas e aceiros;

Interesse Social – vincula-se a idéia de um interesse

específico, pois busca-se solucionar um problema de cunho

social, visando atenuar as desigualdades sociais.

11) Área verde urbana: espaços, públicos ou privados, com

predomínio de vegetação, preferencialmente nativa, natural ou

recuperada, previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento

Urbano e Uso do Solo do Município, indisponíveis para

construção de moradias, destinados aos propósitos de recreação,

lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos

recursos hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção

de bens e manifestações culturais;

*Área consolidada: parcela da área urbana com densidade demográfica

superior a 50 habitantes por hectare e malha viária implantada e que

tenha, no mínimo, 02 dos equipamentos de infraestrutura urbana do

art. 32/CTN;

Pequenos Produtores: a pequena propriedade ou posse rural familiar

poderá manter cultivos e outras atividades de baixo impacto

ambiental em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de reserva

legal, desde que o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural

(CAR) e que as atividades sejam declaradas ao órgão ambiental;

Incentivos Econômicos: Houve também ampliação dos mecanismos de

incentivos econômicos ao produtor rural para garantir a preservação do

meio ambiente: pagamento ao agricultor que preserva matas nativas,

conservar a beleza cênica natural, conservar a biodiversidade, preservar

a regulação do clima, manter a Área de Preservação Permanente (APP) e

de reserva legal;

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Programa apoio técnico e incentivos financeiros

Poder Público instituirá programa apoio técnico e fomentos financeiros,

medidas indutoras e linhas crédito para atender, pequenas

propriedades e posses rurais, nas iniciativas de:

a) Preservação voluntária de vegetação nativa acima dos limites

estabelecidos;

b) Proteção espécies flora nativa ameaçadas de extinção;

c) Implantação sistemas agroflorestal e agrossilvopastoril;

d) Recuperação APP e RL;

e) Recuperação áreas degradadas;

f) Promoção assistência técnica para regularização ambiental e

recuperação áreas degradadas;

g) Produção miúdas e sementes;

h) Pagamento por serviços ambientais (artt.41, I);

Livre: coleta produtos florestais não madeireiros (frutos, cipós,

folhas e sementes)

Período de coleta e volume fixados regulamentos;

Época maturação de frutos e sementes;

Técnicas não coloquem riscos a sobrevivência (indivíduos e espécies) –

coletas flores, cascas, óleos, resinas, cipós, bulbos, bambus e raízes;

Não dependem de autorização

Manejo sustentável eventual sem propósito comercial;

Para consumo próprio imóvel;

(deve apenas declarar previamente órgão ambiental) – motivação e

volume explorado = 20 m3/ano;

Objetivos das SNUC’s: Lei 9.985/00

Contribuir para a conservação das variedades de espécies

biológicas e dos recursos genéticos no território nacional e nas

águas jurisdicionais;

Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de

ecossistemas naturais;

Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da

natureza no processo de desenvolvimento;

Proteger as espécies ameaçadas de extinção;

Proporcionar meio e incentivos para atividades de pesquisa

científica, estudos e monitoramento ambiental;

Valorizar econômica e socialmente a diversidade biológica;

Favorecer condições e promover a educação e a interpretação

ambiental e a recreação em contato com a natureza.

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Promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos

naturais;

Unidade de conservação: uso sustentável

• Área de Proteção Ambiental

• Área de Relevante Interesse Ecológico

• Floresta Nacional

• Reserva Extrativista

• Reserva de Fauna

• Reserva de Desenvolvimento Sustentável

• Reserva Particular do Patrimônio Natural

Unidade de conservação: proteção integral

• Estação Ecológica

• Reserva Biológica

• Parque Nacional

• Monumento Natural

• Refúgio de Vida Silvestre

*Áreas existentes imóvel rural:

a) áreas com restrição legal;

b) áreas com uso alternativo do solo (áreas produtivas);

*Áreas com restrição legal:

a) áreas de preservação permanente – APP;

b) área de reserva legal – RL;

c) áreas de uso restrito;

Reserva Legal: De acordo com o texto aprovado na Câmara, a área a

ser protegida na Amazônia Legal corresponde a 80% da propriedade;

35% no cerrado; e 20% em outras regiões. O projeto aprovado no

Senado permanece com as especificações citadas, mas possibilita a

redução da reserva para 50% em estados com mais de 65% das suas

áreas em reservas ambientais, desde que a redução seja autorizada pelo

Conselho Nacional do Meio Ambiente;

*Reserva legal – delimitação área

a) < 4 MF: área exigida = existente em 22/07/08; (art. 67)

b) > 4 MF: área exigida = 20% da área da propriedade

*Reserva legal - flexibilização

a) a inscrição no CAR dispensa a averbação em cartório;

b) áreas acima 4 MF, que desmatam mais que permitido na época, é

necessário regenerar, recompor ou compensar a área RL obrigatória;

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*Regularização área RL inferior a 20% (alternativas)

a) regeneração natural

b) recompor

c)compensar

*Recomposição da RL

a)Recomposição por meio do plantio de mudas, deverá atender os critérios estipulados pelo órgão competente do Sisnama e ser concluída em até 20 anos, abrangendo, a cada 2 anos, no mínimo 1/10 da área

total necessária à sua complementação. b)a recomposição poderá ser realizada mediante o plantio intercalado de

espécies nativas, exóticas ou frutíferas, em sistema agroflorestal,

observados os seguintes parâmetros:

*o plantio espécies exóticas deverá ser combinado com espécies nativas

de ocorrência regional;

*a área recomposta com espécies exóticas não poderá exceder a 50% da

área total a ser recuperada;

*Compensação (art. 41, II) da RL (mediante)

a)aquisição Cota de Reserva Ambiental-CRA;

b)arrendamento de área sob regime Servidão Ambiental (art.41, I) ou

Reserva Legal;

c)doação ao Poder Público de área localizada no interior da Unidade de

Conservação de domínio público pendente de regularização;

d) cadastramento de outras áreas equivalentes e excedente à RL, em

imóvel de mesma utilidade ou adquirida em imóvel de terceiro, com

vegetação nativa estabelecida, em regeneração ou recomposição, desde

que localizada no mesmo BIOMA;

*Localização da RL no imóvel rural

a)o plano diretor da bacia hidrográfica;

b)o zoneamento ecológico econômico;

c)a formação de corredores ecológicos;

d)as áreas de maior importância para conservação;

e)as áreas de maior fragilidade ambiental;

*Áreas dispensadas RL

a) empreendimentos de abastecimento público de água, tratamento de

esgoto, disposição adequada de resíduos sólidos urbanos e aquicultura

em tanque-rede;

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b) áreas adquiridas, desapropriadas e objetos de servidão, por detentor

de concessão, permissão ou autorização para exploração de potencial de

energia;

c) áreas utilizadas para infraestrutura pública;

*Áreas Consideradas APP (lagos ou lagoas)

a)naturais zona urbana: faixa APP 30 m

b) naturais zona rural:

- até 1 hectare: não tem APP

- 1 a 20 ha: 50 m

- maior 20 ha: 100 m

c)artificiais por represamentos de rios ou riachos

- até 1 ha: não tem APP

- zona rural até 20 ha: 15 a 50 m

- zona urbana: 15 m

- outras: definida na licença

- artificiais que não represem: sem APP

*Reservatório d’água artificial (geração energia ou abastecimento

público)

a) após 24/08/01

- área rural: faixa mínima 30 m e máxima 100 m

- área urbana: faixa mínima 15 m e máxima 30 m

b)antes 24/08/01 (reservatórios registrados ou de concessão)

- é a distância entre o nível máximo operativo normal e a cota máxima

maximorum

*Área rural consolidada em APP

- Nas APP’s área rural consolidada é autorizada, exclusivamente, a

continuidade das atividades agrossilvipastoris, de ecoturismo e de

turismo rural sendo admitida, em área que não ofereça risco à vida ou à

integridade física das pessoas, a manutenção de residências, de

infraestrutura e do acesso relativos a essas atividades;

- é necessária a recomposição de parte da APP, conforme nº de MF:

a) até 1 MF: rios 5m; lagos 5m; nascentes 15m; limites 10%

b) > 1-2 MF: rios 8m; lagos 8m; nascentes 15m, limites 10%

c)> 2-4 MF: rios 15m; lagos 15m; nascentes 15 m; limites 20%

*Recomposição de APP – área de uso consolidado

a)de 4 a 10 MF: rios até 10 m= rio 20m; nascentes=15m; lagos=30m

rios > 10 m= ½ largura curso de 30 a 100; nascentes=15m;

lagos= 30m;

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b) maior 10 MF: rio qq largura; nascente=15m; lagos=30m

*Recomposição de APP

a) regeneração natural;

b) plantio de espécies nativas;

c) plantio espécies nativas + regeneração;

d) implantação sistemas agroflorestais em até 50% área ser recomposta

*áreas < 4MF: plantio espécies lenhosas, perenes ou ciclo longo, uso

nativas e exóticas (até 50% da área);

*Supressão de vegetação nativa

a) cadastramento do imóvel no CAR;

b) autorização prévia do órgão ambiental (competente);

c) efetiva utilização;

d) Bioma Mata Atlântica;

*Cômputo das APP’s na RL

a) a sobreposição não libere novas áreas para uso alternativo do solo;

b) a área de APP usada esteja conservada ou em recuperação;

c) o produtor tenha requerido inscrição imóvel no CAR;

Cota de reserva legal – CRA – título nominativo área vegetação

nativa/recuperação

a) Sob regime de servidão ambiental;

b) Corresponde à área RL instituída voluntariamente sobre a

vegetação que exceder os percentuais exigidos na lei;

c) Protegida na forma RPPN ;

d) Existente em propriedade rural localizada no interior de UC de

domínio público que ainda não tenha sido desapropriada;

Cota de reserva legal - CRA

Cada CRA = 1 hectare

a) de área vegetação nativa primária ou secundária em qq estágio

regeneração ou recomposição; áreas recomposição mediante

reflorestamento com espécies nativas;

b) a CRA pode ser transferida, onerosa ou gratuitamente, PF/PJ

direito público ou privado, mediante termo assinado pelo titular

da CRA e pelo adquirente;

c) a CRA só pode ser utilizada para COMPENSAR RL de imóvel rural

no mesmo Bioma que o título está vinculado;

PERMISSÃO DE USO das APPS

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a) Culturas temporárias e sazonais em terra de vazante de

propriedades familiares, sem novos b) desmatamentos

c) Aquicultura em matas ciliares de imóveis rurais com até 15 módulos fiscais.

d) Ocupações existentes em 22 julho de 2008 em apicuns e

salgados. e) Atividades florestais, culturas de espécies lenhosas, perenes ou de

ciclo longo em áreas de encostas com

f) declividade superior a 45º, bordas dos tabuleiros ou chapadas e topo de morros.

g) Atividades agrossilvipastoris de ecoturismo e turismo rural

existentes em 22 julho de 2008.

HIPÓTESES DE DESMATAMENTO a) Utilidade pública b) Interesse social c) Atividades de baixo impacto ambiental

ÁREAS URBANAS a) Mínimo de 20m² de área verde por habitante em novas expansões

urbanas;

b) Prefeituras ganham instrumentos para ampliar áreas verdes: Prioridade na compra de remanescentes florestais;

Transformação de RL em área verde (sem uso alternativo) Aplicação de recursos de compensação ambiental em áreas de

preservação;

EXPLORAÇÃO FLORESTAL Exploração de Florestas Nativas

a) Para explorar vegetação nativa é necessário o Licenciamento ambiental, mediante a aprovação do Plano de Manejo Florestal

Sustentável. – PMFS b) O PMFS será submetido a vistorias técnicas para fiscalizar as

operações e atividades desenvolvidas na área de manejo.

c) Cada Governador estabelecerá disposições diferenciadas sobre os PMFS em escala empresarial, de pequena escala e comunitário.

d) Estão isentas de apresentar PMFS as florestas plantadas e a

exploração não comercial realizada nas propriedades de produtores rurais familiares.

e) São obrigados à reposição florestal as pessoas físicas ou jurídicas que utilizem matéria-prima florestal oriunda de supressão de vegetação , através de PMFS aprovado pelo órgão ambiental.

f) É isento da obrigatoriedade da reposição florestal, matéria-prima

florestal oriunda de florestas plantadas.

EXPLORAÇÃO FLORESTAL Exploração de Florestas Nativas

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Plano de Suprimento Sustentável

1. As empresas que utilizem grande quantidade de matéria-prima florestal são obrigadas a elaborar e implementar o Plano de

Suprimento Sustentável – PSS, a ser submetido à aprovação do órgão competente do Sisnama.

2. O PSS assegurará produção equivalente ao consumo de matéria-

prima florestal pela atividade industrial Na fase inicial de instalação da atividade industrial, nas condições e durante o período, não superior a 10 anos, previstos PSS, ressalvados os

contratos de suprimento. 3. Admite-se suprimento mediante matéria-prima em oferta no

mercado. 4. No caso de aquisição de produtos provenientes do plantio de

florestas exóticas, licenciadas por órgão competente, o

suprimento será comprovado posteriormente mediante relatório anual em que conste a localização da floresta e as quantidades

produzidas. 5. Serão estabelecidas pelo Governador, os parâmetros de utilização

de matéria-prima florestal para fins de enquadramento das

empresas industriais.

ESTÍMULOS À CONSERVAÇÃO AMBIENTAL 1. Programa de incentivo à conservação do meio ambiente e à

adoção de tecnologias agropecuárias que combinem aumento de produtividade e proteção florestal;

2. Pagamento por serviços ambientais; 3. Crédito e seguro agrícola em condições melhores; 4. Dedução de APP e de RL da base de cálculo do Imposto Territorial

Rural – ITR; 5. O sequestro, a conservação, a manutenção e o aumento do

estoque e a diminuição do fluxo de carbono; 6. Dedução do IR e parte dos gastos com recomposição de matas; 7. Fundos públicos;

8. Conversão de multas; 9. Restrições a produtos importados “não ecológicos”.

AGRICULTURA FAMILIAR a) Autorizado desmatamento em APP e RL para atividades de baixo

impacto ambiental com simples declaração do órgão ambiental estadual;

b) Registro da RL no CAR custeado pelo órgão ambiental; c) Licenciamento ambiental simplificado; d) Árvores frutíferas, ornamentais ou industriais cultivadas em

consórcio com espécies nativas poderão entrar no cálculo da RL; e) Permitida a exploração da RL sem propósito comercial (manejo

florestal sustentável) independente de autorização dos órgãos

ambientais, limitada a retirada anual de 2m³ de madeira por hectare;

CÓDIGO FLORESTAL – LEI 12.651/12

Disciplina: Legislação Ambiental Professor: Éder Clementino dos Santos

f) Criação de programa de apoio técnico e de incentivos financeiros,

com financiamento para preservação de vegetação nativa acima dos limites legais; para proteção de espécies ameaçadas de

extinção; para implantação de sistemas agroflorestal e agrossilvipastoril; para recuperação ambiental de APPs e de RL entre outros.

RESERVA LEGAL: Continua a mesma obrigatoriedade. Para as propriedades acima de 4 módulos fiscais os produtores terão 20 anos para recuperar a reserva

legal com mínimo de 10% a cada ano; DESMATAMENTO:

Quem desmatou até 22 de julho de 2008 (Lei de crimes ambientais), não precisará pagar multa, mas terá que recompor área desmatada. Quem desmatou após esta data terá que pagar a multa e ainda

recompor a área desmatada. (Salvo casos de desmatamento autorizado); CADASTRO AMBIENTAL RURAL (CAR) E PLANO DE

REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL (PRA) Todos os produtores, independente do tamanho, serão obrigados a se cadastrar no CAR, no órgão florestal, no prazo de 02 anos. Após terão

que aderir ao PRA e terão um prazo de 02 anos para implantar o projeto; Observação: após 05 anos (22 de julho de 2017) só terá direito ao

crédito rural o produtor que tiver inscrito no CAR;

MP 571/2012

ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP): As APP’s continuam as mesmas para efeito de referência. No

entanto, houve mudanças para a necessidade de recomposição

conforme abaixo: Cursos de água (rios) - o texto que saiu do congresso para a

Presidência estabelecia em 15 metros a faixa a ser florestada para

rios até 10 metros. Agora existe um escalonamento de acordo com tamanho da propriedade;

FAIXA A SER REFLORESTADA

Módulos

Fiscais

Rios até

10m

Rios >

10m

0 a 1 5 m 5 m

1 a 2 8 m 8 m

2 a 4 15 m 15 m

4 a 10 20 m 30 a

100 m*

+ de 10 30 m 30 a

100 m*

*faixa floresta =½ largura rio

MP 571/2012

CÓDIGO FLORESTAL – LEI 12.651/12

Disciplina: Legislação Ambiental Professor: Éder Clementino dos Santos

ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP):

Nascentes: o texto que saiu do congresso para a Presidência estabelecia 30 m de raio em torno da nascente independente do tamanho da

propriedade. Agora existe um escalonamento de acordo comtamanho da propriedade;

FAIXA A SER REFLORESTADA

Módulos

Fiscais

Raio Área

(m2)

0 a 1 5 m 80

1 a 2 8 m 200

>que 2 15 m 700

MP 571/2012

ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE (APP): Lagos e lagoas naturais: o texto que saiu do congresso para a Presidência determinava 50 m para área de lagoa até 20 há. Agora

existe um escalonamento de acordo com tamanho da propriedade.

FAIXA A SER REFLORESTADA

Módulos

Fiscais

Largura da faixa

0 a 1 5 m

1 a 2 8 m

2 a 4 15 m

>que 4 30 m

PONTOS IMPORTANTES PARA O SETOR EMPRESARIAL:

Topo de Morro;

Computo de APP em RL;

Cadastro Ambiental Rural;

Mercado de Servidão Florestal – Cota de Reserva Ambiental;

Recuperação de APPs / APPs em margem de rios;

Incentivos à Preservação: PSA e outros mecanismos;

Cadastro Ambiental Rural (novo instrumento de regularidade ambiental)

●É obrigatório para todos os imóveis rurais; ●O não cadastro impede crédito rural;

Exigências: ●Identificação do proprietário; ●Comprovação de propriedade ou posse;

●Planta e memorial descritivo, com pelo menos um ponto de amarração; ●Localização de APPs, reserva legal, áreas consolidadas, vegetação nativa, etc.

Reserva Legal:

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Disciplina: Legislação Ambiental Professor: Éder Clementino dos Santos

●Desobriga a averbação de reserva legal desde que a propriedade esteja

inscrita no CAR; ●Admite o cômputo da reserva legal nas APP’ s (desde que não gere

novos desmatamentos e seja solicitado no CAR); Conceitua: ●Utilidade pública;

●Interesse social; ●Atividade de baixo impacto ambiental;

Outros pontos importantes:

●Programas de Regularização Ambiental –PRAs; ●Pagamento por Serviços Ambientais:

• o sequestro, (...) de carbono; • a conservação da beleza cênica natural; • a conservação da biodiversidade;

• a conservação das águas e dos serviços hídricos; • a regulação do clima;

• valorização cultural e do conhecimento tradicional ecossistêmico; • a conservação e o melhoramento do solo; • a conservação, recuperação e manutenção de APPs, de Reserva

Legal e de áreas de uso restrito. Minas já conta com o Bolsa Verde (Lei 17.727/2008);

Funções hidrológicas das matas ciliares

Estabilizam a área crítica, que são as ribanceiras do rio;

Contribuem para a estabilidade térmica dos cursos d’água;

Atuam na diminuição e filtragem do escoamento superficial;

Aumentam a capacidade de recarga do lençol freático;

Impedem a contaminação da água por resíduos tóxicos agrícolas;

Contribuem para a formação de ambientes adequados ao

desenvolvimento da fauna aquática e terrestre;

preservam as espécies florestais raras ou em risco de extinção.

Laudo de averbação da RL

Na confecção de um laudo de averbação, deve vir prescrito:

1. Dados Gerais

a) Identificação do Proprietário

Nome, RG, CPF, estado civil, profissão, endereço, tel.

b) Identificação da Propriedade;

Município, Distrito, Registro no Cartório de Imóveis

(Matrícula/Livro), INCRA, CCIR, CPR, coordenadas geográficas

UTM, altitude, roteiro de acesso à propriedade;

2. Uso e ocupação da propriedade – áreas em ha

a) área total da propriedade;

b) área de preservação permanente;

CÓDIGO FLORESTAL – LEI 12.651/12

Disciplina: Legislação Ambiental Professor: Éder Clementino dos Santos

c) área de vegetação nativa: floresta decídua, semidecídua, cerrado,

campo limpo, campo rupestre, campo de altitude, etc

d) pastagem;

e) agricultura (milho, soja, feijão, cana-de-açúcar, batata, etc);

f) floresta plantada;

3 Delimitação e Confrontantes da Propriedade

4 Delimitação e Características da Área Proposta para Reserva

Legal - Memorial descritivo

Termo de Ajustamento de Conduta - TAC

Reparação da Reserva legal:

1. cercamento e isolamento da área para condução da regeneração

natural;

2. plantio em até três anos, da área a ser reparada;

3. compensação por outra área na mesma microbacia sob cota de

reserva legal (CRL) ou em condomínio;

4. compensação da área em uma unidade de conservação de

proteção integral – anuência do órgão ambiental.

Plantio de espécies na reparação de RL

• escolha de espécies nativas;

• coveamento;

• adubação;

• plantio de mudas;

• controle de formigas;

• capinas + condução da regeneração natural.

Esquema de Plantio

• 50% Clímax + 50% Pioneiras

Intervenção em APP

1. Utilidade pública e interesse social;

2. Inexistência de alternativa técnica e locacional;

3. Medidas Mitigadoras e compensatórias.

Medida Mitigadora - medidas que minimizam o impacto ambiental

decorrente da instalação do empreendimento.

Medida Compensatória – compensação do empreendimento em favor

da proteção do meio ambiente fora da área diretamente afetada pela

atividade.

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Disciplina: Legislação Ambiental Professor: Éder Clementino dos Santos