código ambiental de una bahia

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PREFEITURA MUNICIPAL DE UNA ESTADO DA BAHIA CNPJ 13.672.605/0001-70 Praça Dr. Manoel Pereira de Almeida, nº 14, Centro, CEP: 45690-000 Una Bahia Tel: (73) 3236-2020/2021 Fax: (73) 3236-2186 4 LEI COMPLEMENTAR Nº 008 DE 03 DE OUTUBRO DE 2008 “Institui o Código do Meio Ambiente do Município de Una e dá outras providências”. O PREFEITO MUNICIPAL DE UNA, ESTADO DA BAHIA Faço saber que a Câmara Municipal de Una votou, aprovou e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º Esta Lei Complementar estabelece as bases normativas para a Política Municipal do Meio Ambiente, para administração da qualidade ambiental, proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente, lixo urbano e uso adequado dos recursos naturais do Município de Una. CAPÍTULO II DOS PRINCÍPIOS Art. 2º A Política Municipal do Meio Ambiente, respeitadas a competência da União e do Estado, objetiva manter o meio ambiente ecologicamente equilibrado, visando assegurar a qualidade ambiental propícia à vida, atendidas as peculiaridades locais e em harmonia com o desenvolvimento social e econômico, através da preservação, conservação, defesa, recuperação e melhoria do meio ambiente, observados os seguintes princípios: I promover o desenvolvimento sustentável, compatibilizando o desenvolvimento econômico e social com a proteção ambiental, a qualidade de vida e o uso racional dos recursos ambientais; II preservar, conservar, defender, recuperar e controlar o meio ambiente; mediante o planejamento, zoneamento e controle das atividades potencial ou efetivamente degradadoras; III controlar a urbanização, a produção, a extração, a comercialização, o

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LEI COMPLEMENTAR Nº 008 DE 03 DE OUTUBRO DE 2008

“Institui o Código do Meio Ambiente do

Município de Una e dá outras providências”.

O PREFEITO MUNICIPAL DE UNA, ESTADO DA BAHIA

Faço saber que a Câmara Municipal de Una votou, aprovou e eu

sanciono a seguinte Lei Complementar:

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º – Esta Lei Complementar estabelece as bases normativas para

a Política Municipal do Meio Ambiente, para administração da qualidade

ambiental, proteção, controle e desenvolvimento do meio ambiente, lixo urbano e

uso adequado dos recursos naturais do Município de Una.

CAPÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS

Art. 2º – A Política Municipal do Meio Ambiente, respeitadas a

competência da União e do Estado, objetiva manter o meio ambiente

ecologicamente equilibrado, visando assegurar a qualidade ambiental propícia à

vida, atendidas as peculiaridades locais e em harmonia com o desenvolvimento

social e econômico, através da preservação, conservação, defesa, recuperação e

melhoria do meio ambiente, observados os seguintes princípios:

I – promover o desenvolvimento sustentável, compatibilizando o desenvolvimento

econômico e social com a proteção ambiental, a qualidade de vida e o uso

racional dos recursos ambientais;

II – preservar, conservar, defender, recuperar e controlar o meio ambiente;

mediante o planejamento, zoneamento e controle das atividades potencial ou

efetivamente degradadoras;

III – controlar a urbanização, a produção, a extração, a comercialização, o

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transporte e o emprego de materiais, bens e serviços, métodos e técnicas que

comportem risco de vida, ou comprometam a qualidade de vida e do meio

ambiente;

IV – promover a conscientização pública e a participação da sociedade na

gestão de política ambiental, através da educação ambiental e da garantia

de acesso às informações.

CAPÍTULO III

DOS OBJETIVOS

Art. 3º – A Política Municipal do Meio Ambiente terá por objetivos:

I – compatibilizar as políticas dos vários setores da Administração Municipal, e

com as políticas do meio ambiente estadual e federal;

II – proteger o ecossistema e o equilíbrio do meio ambiente;

III – recuperar o meio ambiente degradado;

IV – preservar a biodiversidade e a integridade do patrimônio biológico e genético,

protegendo a fauna e a flora, em particular as espécies ameaçadas de

extinção;

V – diminuir e evitar os níveis de poluição atmosférica, hídrica, de solo, sonora e

visual;

VI – acompanhar o funcionamento das atividades, instalações e serviços

autorizados através de inspeção, fiscalização e monitoramento;

VII – controlar a expansão urbana inadequada, de forma a evitar a degradação

do ambiente natural;

VIII – estabelecer critérios e padrões de qualidade ambiental, normas relativas ao

uso e manejo dos recursos ambientais, assim como normas e critérios para

emissão de efluentes;

IX – assegurar a participação comunitária no planejamento, execução,

recuperação e melhoria do meio ambiente;

X – exercer poder de polícia administrativa, em benefício da manutenção da

qualidade de vida.

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CAPÍTULO IV

DAS DIRETRIZES

Art. 4º – São diretrizes para a proteção e melhoria da qualidade

ambiental:

I – a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a

interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o

enfoque da sustentabilidade e o controle da qualidade ambiental,

abrangendo todos os tipos de poluição, incluindo a sonora e a visual;

II – a incorporação da dimensão ambiental em toda e qualquer atividade que se

exerça no Município, independentemente de sua natureza;

III – o acesso à informação ambiental, propiciando a participação da

comunidade no processo de tomada de decisões;

IV – a prevenção de riscos de acidentes das instalações e atividades de

significativo potencial poluidor;

V – a arborização e recuperação da cobertura arbórea na sede municipal,

distritos e povoados;

VI – a garantia de níveis crescentes da saúde, através do provimento de infra-

estrutura sanitária e de condições de salubridade das edificações, vias e

logradouros públicos;

VII – o estímulo cultural à adoção de hábitos, costumes, posturas, práticas sociais e

econômicas não prejudiciais ao meio ambiente;

VIII – o estabelecimento de normas de segurança no tocante ao armazenamento,

transporte e manipulação de produtos, materiais e rejeitos perigosos ou

potencialmente poluentes;

IX – a educação sanitária e ambiental, em todos os níveis de ensino, em suas

escolas públicas.

CAPÍTULO V

DO SISTEMA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

SEÇÃO I

DA COMPOSIÇÃO E ATRIBUIÇÕES

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Art. 5º – Fica instituído o Sistema Municipal do Meio Ambiente –

SIMMA, composto pelos órgãos e entidades da Administração do Município,

responsáveis pela gestão da política ambiental.

Parágrafo Único – O SIMMA será organizado e funcionará com bases

nos princípios do planejamento integrado, da coordenação intersetorial e da

participação representativa da comunidade.

Art. 6º – Integram o SIMMA:

I – Secretaria Municipal do Turismo Meio Ambiente;

II – Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente – COMDEMA.

SUB-SEÇÃO I

Da Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente

Art. 7º – Compete ao Poder Executivo promover a gestão e a

implantação da Política Municipal do Meio Ambiente, no que diz respeito às suas

atribuições, observadas a legislação e a ação fiscalizadora estadual e federal. Para

dar apoio ao Poder Executivo nesta instância e estudar, propor e deliberar sobre as

diretrizes e políticas ambientais fica instituído o Conselho Municipal de

Desenvolvimento e Meio Ambiente – COMDEMA.

Art. 8º – O Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente

– COMDEMA é o órgão colegiado, superior de caráter consultivo, deliberativo e

normativo do SIMMA.

Art. 9º – A Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente é o

órgão executivo do SIMMA, tendo por finalidade coordenar, controlar e executar a

política ambiental do Município, estando atribuídas a ela as matérias de proteção,

controle e recuperação do meio ambiente e a educação ambiental, com as

atribuições e competências definidas neste código.

Art. 10 – São atribuições da Secretaria Municipal do Turismo e Meio

Ambiente, sem prejuízo de outras atribuições legais dispostas em lei específica:

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I – dar apoio técnico e administrativo ao Conselho Municipal de Desenvolvimento

e Meio Ambiente;

II – elaborar o Parecer Técnico Ambiental, devendo encaminhá-lo ao Conselho

Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente, para apreciação e

deliberação, quando couber;

III – encaminhar os processos de licenciamento aos órgãos competentes do

Estado ou da União, quando for o caso;

IV – implantar o Sistema Municipal de Informações sobre o Meio Ambiente;

V – cadastrar, licenciar, monitorar e fiscalizar a implantação e funcionamento de

empreendimentos com potencial de impacto ambiental;

VI – articular-se com organismos federais, estaduais, municipais limítrofes, empresas

e organizações não governamentais para a execução de programas relativos

aos recursos ambientais;

VII – promover a arborização dos logradouros públicos e reflorestamento de matas

ciliares;

VIII – promover, em colaboração com os órgãos competentes, programas de

educação sanitária e ambiental;

IX – dar apoio técnico e administrativo ao Ministério Público, nas suas ações

institucionais em defesa do meio ambiente;

X – promover a responsabilização e a reparação dos danos por infrações

ambientais;

XI – coordenar e executar planos, programas, projetos e atividades de proteção

ambiental;

XII – coordenar as ações dos órgãos setoriais municipais;

XIII – elaborar convênios de cooperação técnica junto a outras instituições;

XIV – promover a captação de recursos financeiros destinados ao desenvolvimento

de atividades relacionadas com a proteção, pesquisa e melhoria do meio

ambiente;

XV – propor a criação de parques, reservas, estações ecológicas, áreas de

proteção ambiental e de relevante interesse ecológico e/ ou paisagístico,

entre outros;

XVI – atuar na recuperação de áreas e recursos ambientais poluídos ou

degradados;

XVII – exigir daquele que utiliza ou explora recursos naturais, a recuperação do meio

ambiente degradado;

XVIII – estimular e contribuir para a recuperação da vegetação nativa,

especialmente em áreas urbanas e Áreas de Preservação Permanente – APP,

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com o plantio de árvores, estabelecendo índices mínimos de cobertura

vegetal;

XIX – controlar, monitorar e fiscalizar obras, processos produtivos, atividades dos

prestadores de serviços e empreendimentos que direta ou indiretamente

possam causar danos ao meio ambiente, adotando medidas preventivas ou

corretivas e aplicando sanções administrativas e penais pertinentes;

XX – elaborar inventário de recursos naturais, propor indicadores de qualidade e

estabelecer critérios de manejo e conservação destes recursos;

XXI – estabelecer as diretrizes de proteção ambiental;

XXII – desenvolver estudos e projetos para subsidiar a elaboração das normas,

padrões, parâmetros, critérios, limites, índices e métodos para uso dos recursos

ambientais;

XXIII – fornecer, ao Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente , meios

para seu funcionamento, bem como todas as informações relativas à questão

ambiental no Município;

XXIV – fixar diretrizes ambientais para a elaboração de parcelamento do solo urbano,

bem como para a instalação de atividades e empreendimentos no âmbito da

coleta e disposição de resíduos;

XXV – conceder licenças para empreendimentos e atividades que causem impactos

ambientais locais, e daquelas que forem delegadas pelo Estado por

instrumento legal ou convênio, salvo aquelas de atribuição do COMDEMA;

XXVI – determinar e orientar a realização de estudos prévios de impacto ambiental;

XXVII – exercer o poder de polícia administrativa para condicionar e restringir o uso e

atividades em benefício da preservação, recuperação e controle do meio

ambiente.

Parágrafo Único – Caberá ao Poder Executivo definir a estrutura

organizacional da Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente, objetivando a

execução desta Lei e seu regulamento.

SUB-SEÇÃO II

Do Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente – COMDEMA

Art. 11 – Ao Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio

Ambiente – COMDEMA compete:

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I – estabelecer a Política Ambiental Municipal e suas diretrizes;

II – estabelecer normas técnicas e padrões de qualidade socioambiental;

III – licenciar e autorizar a localização, instalação, ampliação ou alteração de obras

ou atividades lesivas ao meio ambiente, sem prejuízo das demais licenças e

autorizações pertinentes;

IV – exigir prévia elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA), e seu respectivo

Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA) para subsidiar a análise das

atividades pleiteadas em processo de licenciamento ambiental;

V – decidir, em última instância de recurso, sobre as multas e outras penalidades

ambientais impostas pelo Município;

VI – emitir parecer sobre propostas de planejamento, planos, programas e projetos de

desenvolvimento econômico e social no Município;

VII – emitir parecer sobre propostas de legislação municipal, que tratem do Plano

Diretor, Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo, Posturas, ampliação de

área urbana e designação de área de expansão urbana, e suas alterações,

devendo o Prefeito Municipal notificar o COMDEMA, para o efetivo

acompanhamento dos trabalhos de diagnóstico e elaboração legislativa;

VIII – apresentar propostas para o aperfeiçoamento da legislação e de

desenvolvimento do Município;

IX – estimular e monitorar o inventário dos recursos naturais, do patrimônio cultural e

histórico do Município;

X – identificar e mapear as áreas críticas do Município quanto às questões ambientais

e de desenvolvimento, sejam econômicas ou sociais, no sentido de subsidiar suas

atividades e o planejamento municipal;

XI – propor a criação de Unidades de Conservação e de legislação necessária à

proteção de áreas consideradas prioritárias sob os critérios ambientais,

paisagísticos, históricos, culturais, étnicos e quanto ao aspecto do

desenvolvimento do Município;

XII – avaliar a qualidade ambiental dos espaços legalmente protegidos;

XIII – incentivar ações de caráter educativo, com objetivo de conscientizar e informar à

população sobre as questões inerentes ao meio ambiente e ao desenvolvimento

sustentável;

XIV – manter intercâmbio com órgãos públicos e privados, com ações nas questões

ambientais, podendo inclusive requisitar assessoramento quando julgar

necessário;

XV – designar ação de fiscalização, por parte dos técnicos competentes da Prefeitura,

para averiguar denúncias de dano ambiental, monitorando sua atuação e

diligenciando de forma conjunta na apuração dos fatos e prejuízos ambientais;

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XVI – deliberar sobre a aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável;

XVII – fornecer informações e dados técnicos sobre o meio ambiente e o

desenvolvimento do Município, sempre que solicitado;

XVIII – manter cadastro de entidades ambientalistas e demais entidades passíveis de

participação nos processos eleitorais, para escolha das representações das

categorias que compõem o COMDEMA;

XIX – apresentar, à Prefeitura Municipal, proposta de conteúdo a ser incluído no projeto

de Lei de Diretrizes Orçamentárias e proposta de orçamento a ser contemplado

no projeto de Lei Orçamentária, no âmbito de meio ambiente e desenvolvimento;

XX – elaborar o plano estratégico anual, indicando os temas em que o COMDEMA

atuará de ofício prioritariamente;

XXI – elaborar seu Regimento Interno e demais normas inerentes ao seu

funcionamento, com aprovação de no mínimo 2/3 (dois terços) de seus membros;

XXII – convocar audiências públicas;

XXIII – estabelecer a Política Ambiental Municipal e suas diretrizes;

XXIV – estabelecer normas técnicas e padrões de qualidade socioambiental.

Art. 12 – A Coordenação do Conselho Municipal de Desenvolvimento

e Meio Ambiente – COMDEMA será instituída pela Coordenação e Secretaria;

sendo a Coordenação constituída por um Coordenador Titular e um Substituto; e a

Secretaria será composta pelo Secretário (a) e pelo seu Adjunto. Serão escolhidos

por eleição, seguindo os critérios a serem definidos em seu regimento interno, a ser

confeccionado num prazo de sessentas dias após a sua instalação, devendo ser

aprovado por Decreto.

Art. 13 – O Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente

– COMDEMA terá a seguinte constituição:

I – 5 (cinco) representações do Poder Público;

II – 5 (cinco) representantes de associações urbanas e rurais;

III – 5 (cinco) representantes do terceiro setor, empreendedores e agência

financeira.

Parágrafo Único – A escolhas das entidades que comporão o

COMDEMA, as funções e serviços a serem prestados pela Coordenação e

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Secretaria, serão definidos em seu regimento interno, aprovados por Decreto

Municipal.

Art. 14 – No ato da indicação dos representantes do COMDEMA

deverá constar, seus membros e suplentes, apenas de instituições sediadas no

Município de Una.

Art. 15 – As sessões do Conselho Municipal de Desenvolvimento e

Meio Ambiente – COMDEMA serão públicas e seus atos deverão ser públicos e

amplamente divulgados.

SUB-SEÇÃO III

Do Sistema Municipal de Informação Ambiental

Art. 16 – O Sistema Municipal de Informação Ambiental do Município

de Una, integrado ao Sistema Municipal do Meio Ambiente – SIMMA, deverá ser

mantido e atualizado pelo Poder Executivo Municipal, através da Secretaria

Executiva do COMDEMA, contendo dados relativos às fontes potencialmente

impactantes e à qualidade dos recursos ambientais do Município.

Art. 17 – É garantido o acesso de qualquer pessoa ao Sistema

Municipal de Informação Ambiental, podendo ser fornecidas cópias dos

documentos, que correrão a expensas do peticionário.

Art. 18 – O Sistema será alimentado com os dados produzidos na

Secretaria Executiva do COMDEMA, através de estudos, pesquisas, ações de

fiscalização, estudos de impacto ambiental, auditorias ambientais, processamento

das autorizações, licenças, anuências prévias, monitoramentos e inspeções,

relatórios, processamento das infrações.

Art. 19 – As informações disponíveis em outros órgãos municipais,

estaduais, federais, em Organizações Não Governamentais - ONG e em empresas,

deverão constar também do Sistema Municipal de Informação Ambiental.

Parágrafo Único – Conforme Artigo 223 da Lei Orgânica do Município

de Una torna-se obrigatório o envio dos resultados de toda pesquisa realizada no

território municipal ao Arquivo Público e à Biblioteca Municipal.

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Art. 20 – A partir da instituição do Sistema Municipal de Informação

Ambiental do Município de Una torna-se obrigatório o envio dos resultados de toda

pesquisa realizada no território municipal também ao COMDEMA, alimentando

assim o banco de dados do Sistema.

SUB-SEÇÃO IV

Do Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente

Art. 21 – Fica criado o Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente

– FMA, com o objetivo de custear o programa ambiental do Município – execução

de planos, programas e projetos ambientais, constituído dos recursos provenientes

de:

I – dotações orçamentárias próprias;

II – da arrecadação de multas administrativas e condenações judiciais por

infrações ambientais previstas em Lei;

III – de doações de pessoas físicas, jurídicas ou de organismo públicos ou privados,

nacionais e internacionais;

IV – remuneração decorrente da análise de projetos;

V – outras fontes.

Parágrafo Único – Ato do Poder Executivo regulamentará o Fundo

Municipal de Defesa do Meio Ambiente – FMA, que será acompanhado e

fiscalizado pelo COMDEMA.

CAPÍTULO VI

DOS INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE

Art. 22 – São instrumentos da Política Municipal do Meio Ambiente:

I – o estabelecimento de normas, padrões, critérios e parâmetros de qualidade

ambiental;

II – o zoneamento ambiental;

III – a criação de Áreas Protegidas e Unidades de Conservação de relevante

interesse ecológico e paisagístico;

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IV – o licenciamento e avaliação de impactos ambientais;

V – a instituição de taxas para autorizações e ou licenças ambientais;

VI – o controle, monitoramento e fiscalização das atividades que causam ou

possam causar os impactos ambientais;

VII – a educação ambiental.

SEÇÃO I

DAS NORMAS E PADRÕES

Art. 23 – As normas, padrões, critérios e parâmetros relacionados com

o Meio Ambiente, estabelecidos pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento e

Meio Ambiente, não poderão contrariar as Leis Federais e Estaduais existentes sobre

o assunto.

SEÇÃO II

DO ZONEAMENTO AMBIENTAL

Art. 24 – O Zoneamento Ambiental, definindo-se as áreas de maior ou

menor restrição no que diz respeito ao uso e ocupação do solo e ao

aproveitamento dos recursos naturais, tem como objetivo:

I – desenvolver estudos para enquadrar áreas protegidas, de relevante interesse

ecológico ou paisagístico, delimitá-las e estabelecer seus planos de manejo;

II – definir áreas e ocupações, com parâmetros de maior ou menor restrição, de

acordo com as características ambientais, paisagísticas e tendências sócio-

econômicas.

Art. 25 – O Zoneamento Ambiental do Município de Una

compreende as seguintes zonas, conforme definição do Macrozoneamento

Municipal na Lei do Plano Diretor de Una:

I – Zona de Regime Legal Específico – ZRLE;

II – Zona de Uso Agropecuário – ZUA;

III – Zona de Requalificação Urbana – ZRU;

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IV – Zona de Interesse Turístico, Histórico e Ambiental – ZITHA.

Parágrafo Único – A caracterização de cada uma dessas

Macrozonas, com as respectivas permissões e restrições de uso, encontram-se

definidas no Código Urbanístico – Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo do

Município de Una.

SEÇÃO III

DA CRIAÇÃO DE ÁREAS DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO E PAISAGÍSTICO

Art. 26 – Para os efeitos desta Lei, ao Município compete criar, definir,

implantar e administrar áreas de interesse ecológico e paisagístico, a serem

protegidas, com vistas a manter e utilizar racionalmente o patrimônio natural

(biofísico) do seu território, objetivando:

I – a conservação da biodiversidade do ecossistema e do equilíbrio do meio

ambiente;

II – o desenvolvimento de atividade de lazer ou científico.

Art. 27 – O Poder Executivo Municipal fixará os critérios de uso,

ocupação e manejo das áreas sujeitas a regime específico e das áreas de proteção

ambiental definidas por planejamento, atendidas as peculiaridades locais,

mediante estudos técnicos, considerando todos os fatores ambientais e

paisagísticos.

SEÇÃO IV

DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

Art. 28 – A construção e instalação de estabelecimentos

considerados efetivamente ou potencialmente poluidores, bem como os capazes

de causar impacto ambiental, além da abertura de novas áreas urbanas,

dependerão de prévio licenciamento, mediante:

I – Licença de Localização – LL;

II – Licença de Implantação – LI;

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III – Licença de Operação – LO.

§ 1º – Para efeito desta Lei, considera-se impacto ambiental qualquer

alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,

causados por qualquer forma de matéria ou energia resultantes da atividade

humana que, direta ou indiretamente, afetem:

I – a saúde, a segurança e o bem estar da população;

II – as atividades sociais e econômicas;

III – a biota;

IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V – a qualidade dos recursos ambientais.

§ 2º – Todos os custos e despesas referentes à realização do estudo

do impacto ambiental correrão por conta do proponente do projeto.

Art. 29 – O procedimento administrativo para licenciamento será

iniciado através de consulta, contendo os dados necessários à identificação e

avaliação dos prováveis efeitos ambientais.

§ 1º – Ao conceder a Licença de Localização, o Poder Executivo

poderá estabelecer condicionamentos e fazer as restrições que julgar convenientes

para minimizar os impactos ambientais, observada a legislação de parcelamento

do solo urbano.

§ 2º – Os projetos com potencial de significativo impacto ambiental

serão encaminhados ao Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente

para deliberação e determinação das medidas de autocontrole e monitoramento

do empreendimento e as medidas para evitar ou mitigar os efeitos negativos do

projeto.

Art. 30 – Os critérios para as Licenças de Implantação e de

Operação estão previstos e disciplinados no Código Urbanístico – Lei de Uso,

Ocupação e Parcelamento do Solo do Município de Una.

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Art. 31 – A operação, funcionamento ou ampliação de qualquer

atividade objeto de Licença de Localização só poderá se dar, mediante Licença

de Operação, ficando sujeitos ao monitoramento sistemático e à fiscalização pelo

Poder Executivo.

Art. 32 – Nenhum licenciamento poderá ser concedido aos que

houverem causado degradação ambiental, incluindo o abandono de estéril, sem

que o degradador execute o devido plano de recuperação das áreas degradadas,

aprovado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente –

COMDEMA.

Art. 33 – O Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente poderá

rever qualquer licenciamento, diante da constatação de prejuízos ambientais ou do

não cumprimento dos condicionamentos impostos.

Art. 34 – Para efeito desta Lei são adotadas as seguintes definições:

I – Estudo Prévio do Impacto Ambiental: estudo técnico, elaborado pelo

interessado, sobre possíveis impactos sócio-econômicos e ambientais que

determinado empreendimento ou atividade poderá causar;

II – Manifestação Prévia: opinativo técnico, elaborado pela Secretaria Municipal

do Turismo e Meio Ambiente, juntamente com o COMDEMA, que responde à

consulta prévia feita pelo interessado, sobre impactos ambientais associados a

uma determinada atividade;

III – Autorização Ambiental: concedida pela Secretaria Municipal do Turismo e

Meio Ambiente, juntamente com o COMDEMA, para realização ou operação

de empreendimentos, atividades, pesquisas e serviços de caráter temporário

ou para a execução de obras que não impliquem em instalações

permanentes;

IV – Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual a Secretaria Municipal do

Turismo e Meio Ambiente, a partir das deliberações junto ao COMDEMA,

estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que

deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para

localizar, implantar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades

utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetivas ou potencialmente

poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação

ambiental.

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Parágrafo Único – O Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio

Ambiente – COMDEMA poderá evocar qualquer procedimento de Licenciamento

em trâmite no órgão Executivo.

Art. 35 – Dependerá de prévio licenciamento ambiental do órgão

competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis, a localização, a

construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos

e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou

potencialmente poluidoras, bem com os empreendimentos capazes, sob qualquer

forma, de causar degradação ambiental.

Art. 36 – Quando a atividade, pesquisa ou serviços inicialmente de

caráter temporário passarem a configurar-se como de caráter permanente, deverá

ser requerida a Licença Ambiental pertinente em substituição a Autorização

Ambiental expedida.

Art. 37 – O licenciamento ambiental é composto pelas seguintes

licenças:

I – Licença Localização (L.L): concedida na fase preliminar do planejamento do

empreendimento ou atividade, aprovando sua localização e concepção,

atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e

condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação;

II – Licença de Implantação (L.I): autoriza a implantação do empreendimento ou

atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas

e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais

condicionantes, da qual constituem motivo determinante;

III – Licença de Operação (L.O): autoriza a operação da atividade ou

empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta

das licenças anteriores, através do competente HABITE-SE, com a fixação de

medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a

operação;

IV – Licença Simplificada (L.S.): concedida pela Secretaria Municipal do Turismo e

Meio Ambiente para localização, implantação e operação de

empreendimentos e atividades de micro ou pequeno porte.

Parágrafo Único – A Licença de Operação é renovada

periodicamente, de acordo com a sua validade, através da Renovação da

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Licença de Operação (RLO), concedida para autorizar a continuidade da

operação da atividade, mediante o cumprimento dos condicionantes

estabelecidos.

Art. 38 – O procedimento de licenciamento ambiental dos usos

impactantes obedecerá aos procedimentos da Avaliação de Impacto Ambiental –

AIA, observando às seguintes etapas:

I – Requerimento da Licença Ambiental próprio e específico, devidamente

preenchido e assinado pelo empreendedor, acompanhado dos projetos,

planos, roteiro de caracterização do empreendimento, plantas e memoriais

em duas vias, EIA/RIMA ou demais estudos ambientais, quando for o caso,

dando-se a devida publicidade, e dos seguintes documentos originais ou em

cópias autenticadas:

a) Para a Licença de Localização (LL):

1. anuência prévia do órgão tombador ou do gestor da APA – Área de

Preservação Ambiental;

2. outorga do uso da água expedida pelo órgão competente, quando for o

caso;

3. alvará de pesquisa expedido pelos órgãos federais e estaduais competentes,

quando for o caso;

4. anuência prévia de órgãos e entidades federais e estaduais pertinentes,

quando for o caso;

5. original da publicação do Pedido da Licença em jornal de grande

circulação, conforme modelo aprovado pela Secretaria Municipal do Turismo e

Meio Ambiente;

6. comprovante de pagamento da Taxa de Licenciamento Ambiental devida

para Licença de Localização.

b) Para a Licença de Implantação (LI):

1. cópia da publicação da concessão da Licença de Localização;

2. avaliação do cumprimento das condicionantes da Licença de Localização;

3. original da publicação do pedido da Licença em jornal de grande

circulação, conforme modelo aprovado pela Secretaria Municipal do Turismo e

Meio Ambiente;

4. guia de utilização do minério expedida pelo órgão federal competente,

quando for o caso;

5. comprovante de pagamento da Taxa de Licenciamento Ambiental devida

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para Licença de Implantação.

c) Para a Licença de Operação (LO) e respectiva renovação:

1. cópia da publicação da concessão da Licença de Implantação ou cópia

da licença anterior, conforme o caso;

2. avaliação do cumprimento das condicionantes da Licença de Implantação,

da Licença de Ampliação, Reformulação de Processo e Reequipamento ou da

licença anterior, conforme o caso;

3. original da publicação do pedido da Licença em jornal de grande

circulação, conforme modelo aprovado pela Secretaria Municipal do Turismo e

Meio Ambiente;

4. declaração da política ambiental da empresa devidamente divulgada;

5. portaria de lavra expedida pelo órgão competente, quando for o caso;

6. comprovante de pagamento da Taxa de Licenciamento Ambiental devida

para Licença de Operação ou Renovação.

d) Para a Licença de Ampliação, Reformulação de Processo e Reequipamento

(LA):

1. cópia da publicação da concessão da Licença de Operação;

2. avaliação do cumprimento das condicionantes da Licença de Operação;

3. original da publicação do pedido da Licença em jornal de grande

circulação, conforme modelo aprovado pela Secretaria Municipal do Turismo e

Meio Ambiente;

4. comprovante de pagamento da Taxa de Licenciamento Ambiental devida

para Licença de Ampliação, Reformulação de Processo e Reequipamento,

conforme o caso.

II – análise, pela Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente, juntamente

com o COMDEMA, dos documentos, projetos e estudos ambientais

apresentados e a realização de vistorias técnicas, quando necessárias;

III – solicitação de esclarecimentos e complementações pela Secretaria Municipal

do Turismo e Meio Ambiente, uma única vez, em decorrência da análise dos

documentos, projetos e estudos ambientais apresentados, quando couber,

podendo haver a reiteração da mesma solicitação caso os esclarecimentos e

complementações não tenham sido satisfatórios;

IV – audiência pública, quando couber, de acordo com a regulamentação

pertinente;

V – emissão de parecer conclusivo e, quando couber, parecer jurídico, deferindo

ou indeferindo o pedido de Licença, dando-se a devida publicidade.

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Art. 39 – Os empreendimentos minerários que utilizem ou degradem o

meio ambiente, deverão elaborar o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas

(PRAD), que deverá ser apresentado quando da solicitação da Licença de

Operação, e este deverá ser executado durante a implantação da atividade,

durante toda a sua vida útil e quando de sua desativação.

Art. 40 – O eventual indeferimento da solicitação de licenciamento

deverá ser devidamente instruído com o parecer técnico do órgão competente,

através do qual se dará conhecimento do motivo do indeferimento.

Art. 41 – Não será fornecida Licença de Operação quando não

tiverem sido cumpridas todas as exigências feitas por ocasião da expedição da

Licença de Localização, ou quando houver indício ou evidência de liberação ou

lançamento de poluentes nos rios, lagoas, no mar e no solo.

SEÇÃO V

DAS TAXAS

Art. 42 – A remuneração, pelos interessados, dos custos

correspondentes às etapas de vistoria e análise dos requerimentos das autorizações

e ou licenças relacionadas no art. 33, será efetuada segundo os valores constantes

do Anexo II desta Lei.

Art. 43 – A remuneração para análise de projetos para obtenção de

Manifestação Prévia, Autorização Ambiental e das Licenças de Localização, de

Implantação, Ampliação, Reformulação de Processo, Licença Simplificada e de

Operação, serão pagas separadamente pelo interessado, na época em que forem

requeridas.

§ 1º – O preço público terá seu valor e sua composição fixados de

acordo com as despesas envolvidas na realização do trabalho.

§ 2º – A receita prevista neste artigo será incorporada ao Fundo

Municipal de Meio Ambiente.

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SEÇÃO VI

DO CONTROLE, MONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO

Art. 44 – O controle, monitoramento e fiscalização dos

empreendimentos e das atividades que causam ou possam causar impactos

ambientais, serão realizados pela Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente,

juntamente com COMDEMA, sem prejuízo das ações de competência do Estado e

da União:

§ 1º – O controle ambiental será realizado por todos os meios e

formas legalmente permitidos, compreendendo o acompanhamento dos

empreendimentos e das atividades públicas e/ou privadas, tendo como objetivo a

manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado.

§ 2º – As atividades de monitoramento dos empreendimentos serão

prioritariamente de responsabilidade técnica e financeira dos empreendedores,

sem prejuízo de auditoria regular e periódica do órgão competente.

§ 3º – A fiscalização das atividades ou empreendimentos que

causem ou possam causar degradação ambiental será efetuada pelo Município,

no exercício regular do seu poder de polícia, como previsto no “caput” deste artigo.

§ 4º – A entidade fiscalizadora deve colocar à disposição dos

técnicos credenciados todas as informações necessárias e promover os meios

adequados à perfeita execução da incumbência.

§ 5º – A Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente, através do

COMDEMA, poderá solicitar força policial para o exercício de suas atividades em

qualquer parte do Município, quando houver impedimento para a sua ação de

fiscalização.

Art. 45 – No exercício do controle preventivo das situações que

alterem ou possam alterar as condições ambientais, cabe à fiscalização:

II – efetuar vistorias em geral;

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III – analisar, avaliar e pronunciar-se sobre o desempenho das atividades,

processos e equipamentos;

IV – verificar ocorrência de infrações e a procedência de denúncias, apurar

responsabilidades e exigir as medidas necessárias para a correção das

irregularidades;

V – solicitar que as entidades fiscalizadoras prestem esclarecimento em local e

data previamente fixados;

VI – exercer outras atividades pertinentes que lhe forem designadas.

Art. 46 – A Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente, através

do COMDEMA, poderá exigir que os responsáveis pelas fontes degradantes adotem

medidas de segurança para evitar riscos ou efetiva poluição das águas, do ar, do

solo ou subsolo, assim como outros efeitos indesejáveis ao bem-estar da

comunidade e à preservação das demais espécies de vida animal ou vegetal.

SEÇÃO VII

DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Art. 47 – O Poder Público e a iniciativa privada fornecerão condições

para a criação e manutenção de cursos, anualmente, visando atender a formação

de recursos humanos necessários para atuação na defesa e melhoria do meio

ambiente.

Art. 48 – A educação ambiental será promovida:

I – na rede escolar do Município, de forma transversal, através de conteúdo de

programas que despertem nas crianças a consciência de preservação do

meio ambiente;

II – junto à comunidade, pelos meios de comunicação e através de atividades

dos órgãos e entidades do Município;

III – no núcleo de Educação Ambiental da REBIO, das RPPN e REVIS e demais

Unidades de Conservação que venham a ser criadas.

Parágrafo Único – As estações de rádio do Município incluirão em

suas programações, textos expositivos do interesse da educação ambiental,

aprovados pelo Sistema Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente.

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CAPÍTULO VII

DOS SETORES AMBIENTAIS

SEÇÃO I

DAS ÁREAS PROTEGIDAS DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO E PAISAGÍSTICO

Art. 49 – Visando assegurar a conservação do patrimônio natural do

Município, fica determinado que a proteção, uso, conservação e preservação das

Áreas Naturais situadas na sua jurisdição, fica regulada pela presente Lei, em

consonância com a Lei Federal 9985 de 18/07/200 e Lei Estadual 6569/94.

Parágrafo Único – Nas áreas verdes de propriedade particular pode-

se manter o direito de propriedade, com as limitações que as legislações estadual,

federal e esta Lei estabelecem.

Art. 50 – Em todo território do Município serão considerados Unidades

de Conservação os espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as

águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído

pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime

especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção

definidos pelo artigo 215 da Constituição Estadual da Bahia, Lei Estadual 6569/94 e

pela Lei 9985 de 18/07/200, divididas em dois grupos:

I – no grupo das Unidades de Proteção Integral está incluída a REBIO, que têm

como objetivo a preservação integral da biota e demais atributos naturais

existentes em seus limites, sem interferência humana direta ou modificações

ambientais, excetuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas

alterados e as ações de manejo necessárias para recuperar e preservar o

equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos;

II – no grupo das Unidades de Uso Sustentável estão as RPPN (Reserva Particular do

Patrimônio Natural), que são áreas privadas, gravadas com perpetuidade,

com o objetivo de conservar a diversidade biológica.

Art. 51 – Considera-se ainda de preservação permanente, quando

assim declarado por ato do Executivo, a vegetação e as áreas destinadas a:

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I – asilar exemplares da fauna e flora ameaçados de extinção, bem como

aqueles que sirvam como local de pouso e/ou reprodução de aves

migratórias;

II – assegurar condições de bem estar público;

III – proteger sítios ou áreas de importância ecológica.

SEÇÃO II

DAS FLORESTAS

Art. 52 – São vedados em florestas sob domínio da Mata Atlântica e

todas as áreas de relevante interesse ecológico ou paisagístico:

I – corte seletivo, corte raso e a caça;

II – fazer fogo e soltar balões;

III – penetrar em florestas conduzindo armas, substâncias ou instrumentos próprios

para a caça proibida;

IV – impedir ou dificultar regeneração natural das florestas;

V – danificar ou destruir florestas, mesmo em regeneração;

VI – extrair de florestas, sem autorização prévia: areia, pedra, cal ou qualquer

espécie de mineral;

VII – extrair lenha e fabricar carvão.

Art. 53 – Na distribuição de lotes destinados à agricultura, em planos

de colonização e de reforma agrária, é proibida a inclusão de áreas florestadas de

preservação permanente.

Art. 54 – As empresas com atividades de exploração de carvão

vegetal ou lenhas são obrigadas a manter florestas próprias para exploração

racional ou formar áreas de reflorestamento, destinadas ao seu suprimento.

Art. 55 – São vedados:

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I – receber madeira, lenha, carvão sem licença do vendedor outorgada pela

autoridade competente e sem munir-se da via que deverá acompanhar o

produto, até o final do beneficiamento;

II – transportar ou guardar madeiras, lenha, carvão e outros produtos procedentes

de florestas, sem licença válida a todo tempo de viagem ou do

armazenamento, outorgada pela autoridade competente.

Art. 56 – Os proprietários das terras privadas devem manter

porcentagem mínima de 20% (vinte por cento) averbado e registrado em cartório,

de suas terras com cobertura vegetal nativa, além das áreas de APP.

Parágrafo Único – Torna-se possível a reserva legal coletiva de várias

propriedades, conforme definido em Legislação Estadual específica.

Art. 57 – O comércio de plantas oriundas de florestas de domínio da

Mata Atlântica dependerá de licença de autoridade competente.

Art. 58 – O Município poderá criar áreas para Unidades de

Conservação Municipal, com a finalidade de resguardar atributos especiais da

natureza, conciliando proteção da flora, da fauna, de belezas naturais, com a

utilização para objetivos educacionais, recreativos científicos e manejo sustentável.

CAPÍTULO VIII

DA ARBORIZAÇÃO

SEÇÃO I

DO PLANTIO DE ÁRVORES

Art. 59 – É obrigatório o plantio de árvores que, quando adultas

alcancem, pelo menos 4m (quatro metros) de altura e que se prestem à

arborização urbana, na construção de edificações de uso residencial ou

institucional, na proporção de uma árvore para cada 150m² (centro e cinqüenta

metros quadrados) ou fração de área ocupada.

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Parágrafo Único – A espécie arbórea a ser plantada deve ser

escolhida dentro das espécies mais representativas da flora regional, que ofereçam

as condições biológicas ao abrigo e alimentação da fauna.

Art. 60 – Para os estabelecimentos públicos, tipo parqueamento, fica

obrigado o plantio de uma árvore a cada 03 (três) vagas.

Art. 61 – Fica proibido lesar, maltratar ou destruir, por qualquer modo

ou meio, plantas e árvores de ornamentação de logradouros públicos ou em

propriedade privada alheia.

SEÇÃO II

DA RECOLOCAÇÃO, DERRUBADA, CORTE OU PODA DE ÁRVORES

Art. 62 – Qualquer árvore ou grupo de árvore poderá ser declarado

imune ao corte, mediante ato do Poder Executivo, quando motivada pela sua

localização, raridade, beleza, condição de porte ou em via de extinção na região.

Art. 63 – A recolocação, derrubada, corte ou poda de árvores, ficam

sujeitos à autorização, previamente estabelecida pelo órgão competente, de

acordo com o procedimento estabelecido nesta Lei.

Parágrafo Único – A Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente

examinará a possibilidade de recolocação e/ou replantio das árvores, antes de

autorizar a sua remoção.

Art. 64 – A solicitação de licença para a derrubada, corte ou poda

de árvores deve ser feita ao órgão competente, que adotará, quando do seu

recebimento, as seguintes providências:

I – vistoria das árvores a que se refere a solicitação, visando avaliar a real

necessidade da derrubada, corte ou poda;

II – emissão de parecer.

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Art. 65 – Qualquer pessoa ou entidade contrária ao licenciamento

pretendido poderá, dentro de prazo de 30 (trinta) dias, apresentar argumentação

por escrito ao órgão competente, o qual deverá constar do respectivo processo

administrativo.

Art. 66 – A licença para recolocação, derrubada, corte ou poda de

árvores será concedida quando constatar-se no mínimo, uma das seguintes

características:

I – causar dano relevante, efetivo ou iminente à edificação cuja reparação se

torna impossível sem a derrubada, corte ou poda;

II – apresentar risco iminente à integridade física do requerente ou de terceiros;

III – causar obstrução incontornável à realização de obras de interesse público.

Art. 67 – Concedida a licença para recolocação ou derrubada de

árvore, uma vez observadas as condições técnicas de que trata o art. 62, será

replantada na mesma propriedade outra semelhante, ou substituída por outra da

mesma espécie e porte quando adulta.

Art. 68 – O responsável pela poda, corte, derrubada, não

autorizados, morte provocada ou queima de árvore, fica sujeito às penalidades

previstas nesta Lei.

Art. 69 – No caso de reincidência, a multa será em dobro por árvore

abatida e será promovida perante a Justiça a ação penal correspondente, de

acordo com o art. 26 da Lei Federal nº 4771, de 15 de setembro de 1965.

Art. 70 – Além das penalidades referidas nos artigos anteriores, a

retirada, a poda, o corte, a derrubada, não autorizados, a queima ou morte

provocada de árvores, para fins de edificação implicará na obrigatoriedade do

replantio de 10 (dez) outras da mesma espécie, em área previamente aprovada

pelo órgão competente e no indeferimento de pedido de alvará para construir, ou

cassação do mesmo, caso haja sido concedido, sempre e quando a construção

pretendida ocupar o ponto onde se encontrar a árvore irregularmente abatida.

Art. 71 – Não será permitida a fixação, em árvores e nas áreas

ajardinadas dos perímetros urbanos, de cartazes, placas ou tabuletas promocionais,

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pinturas e outros elementos que descaracterizem suas formas e agridam suas

condições vitais.

CAPÍTULO IX

DA FAUNA

Art. 72 – Os animais de qualquer espécie, constituindo a fauna

silvestre nativa, são patrimônio público, sendo proibida a sua utilização,

perseguição, destruição, mutilação, caça ou apanha, em qualquer fase do seu

desenvolvimento, bem como seus ninhos, abrigos e criadouros naturais.

Art. 73 – É proibido comércio, sob qualquer forma, de espécimes da

fauna silvestre, excetuando-se os espécimes provenientes de criadouros

devidamente legalizados.

Parágrafo Único – A apanha de animais da fauna silvestre só é

permitida segundo controle e critério científico e técnico estabelecido pelo Instituto

Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.

Art. 74 – A licença para comércio de espécimes provenientes de

criadouros devidamente legalizados, só poderá ser expedida após a autorização da

Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente.

Art. 75 – Fica instituído registro das pessoas físicas ou jurídicas que

criam animais silvestres nos criadouros devidamente legalizados para fins

econômicos e industriais.

Art. 76 – Nenhuma espécime da fauna silvestre exótica poderá ser

introduzida no Município sem parecer técnico favorável e licença expedida na

forma da Lei.

Art. 77 – É proibida a comercialização e exportação de peles, de

couros de anfíbios e répteis, exceto quando provenientes de criadouros legalizados.

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CAPÍTULO X

DA PESCA

Art. 78 – São proibidas em qualquer época:

I – a captura e conseqüentemente transporte e beneficiamento, industrialização

e comercialização de fêmeas de qualquer tamanho e machos menores que o

tamanho permitido pelo IBAMA, do caranguejo vulgarmente conhecido como

comum ou verdadeiro, guaiamuns, siris e outros crustáceos;

II – a captura com retirada isolada do primeiro par de patas locomotoras e suas pinças, vulgarmente chamadas de “puãs”, de caranguejo da espécie Ucides

Cordatos (caranguejo comum ou verdadeiro ou uça), bem como a sua

captura com uso de substâncias tóxicas, explosivos, técnicas e métodos não

permitidos como o uso das “redinhas”.

Art. 79 – É proibido pescar:

I – em épocas interditadas pelo órgão federal competente;

II – em locais onde o exercício da pesca cause embaraço à navegação;

III – com dinamite e outros explosivos comuns ou substâncias que em contato com

a água possam agir de forma explosiva;

IV – com substâncias e/ou ervas tóxicas;

V – a menos de 500m (quinhentos metros) da saída de esgoto;

VI – com aparelhos, apetrechos, técnicas e métodos não permitidos.

Art. 80 – No exercício da pesca interior fica proibido o uso dos

seguintes aparelhos:

I – qualquer tipo de rede de arrasto e de lanço;

II – redes de espera com malhas inferiores a 70mm (setenta milímetros) entre os

ângulos opostos, medidas esticadas e cujo cumprimento ultrapasse a 1/3 (um

terço) do ambiente aquático, colocadas a menos de 200m (duzentos metros)

das zonas de confluência de rios e a 100m (cem metros) uma da outra.

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Art. 81 – São proibidas:

I – captura de qualquer espécie de tartarugas marinhas, bem como coleta de

ovos desses quelônios;

II – a pesca e captura de mamíferos aquáticos.

Art. 82 – É proibida a importação e criação de qualquer espécime

aquática em qualquer estado de evolução, bem como introdução de espécimes

exóticas nas águas interiores: canais, rios, lagos e lagoas sem autorização do órgão

competente.

Art. 83 – Fica proibido o uso de bombas de sucção quando da

utilização de águas interiores para fins de abastecimento e irrigação, que não

disponham de tela protetora, que evite a passagem de alevinos das espécimes

ocorrentes nas áreas de sucção.

§ 1º – O tamanho máximo da malha da tela protetora deverá ser de

1 cm² (um centímetro quadrado).

§ 2º – A tela protetora deverá ser colocada em torno da bomba de

sucção a uma distância, no mínimo do mesmo diâmetro da boca da bomba.

§ 3º – O interessado terá prazo de 15 (quinze) dias para colocação

da tela protetora, e se esgotado este sem cumprimento das exigências legais,

considerar-se-á o interessado como reincidente.

Art. 84 – As atividades pesqueiras, bem como outras atividades que

venham a interferir nos ecossistemas marítimo e lagunar-estuarino do Município

deverão ser regulamentadas através de um Plano Municipal de Gerenciamento

Costeiro.

CAPÍTULO XI

DOS MANGUEZAIS

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32

Art. 85 – Os manguezais, em toda sua extensão compreendendo

mangues, incluindo seus apicuns, brejos, restingas, dunas, barras e praias nas

margens dos cursos d’água limitadas pelo mangue, são Áreas de Preservação

Permanente.

Art. 86 – Para efeito desta Lei são estabelecidas as seguintes

definições:

I – Manguezal: O manguezal é um ecossistema costeiro de transição entre os

ambientes terrestre e marinho, característico de regiões tropicais e

subtropicais, sujeito ao regime das marés (Schaeffer-Novelli,1995);

II – Restinga Estabilizadora do Manguezal: acumulação sedimentar, de forma

alongada onde se encontram associações vegetais mistas características.

Art. 87 – A exploração de recursos pesqueiros em áreas do

manguezal só poderá ser feita através de pesca e coleta conforme legislação

específica.

Parágrafo Único – Fica instituído o cadastro das pessoas físicas ou

jurídicas que se dediquem à atividade extrativista em áreas de manguezais.

Art. 88 – As construções civis ou públicas, loteamentos, planos

urbanísticos limítrofes, bem como as atividades de aqüicultura e carcinicultura nas

áreas dos manguezais serão admitidos pela Prefeitura Municipal somente com o

parecer do Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente e Secretaria

Municipal do Turismo e Meio Ambiente, levando sempre em consideração o

interesse social e a utilidade pública.

Art. 89 – As áreas de manguezais e restinga não podem ser incluídas

na distribuição dos lotes destinados à agricultura, em planos de urbanização,

colonização e reforma agrária.

Art. 90 – É proibido nas áreas dos manguezais e restinga, além das

restrições expostas nos artigos anteriores desta Lei:

I – cortar as árvores e danificar a vegetação;

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II – penetrar em manguezais e restingas conduzindo armas, substâncias ou

instrumentos próprios para a caça proibida;

III – impedir ou dificultar a regeneração natural dos mangues e restingas;

IV – soltar os animais sem tomar as precauções necessárias para que o animal de

sua propriedade não penetre nos manguezais e restingas;

V – cortar a madeira para lenhas;

VI – extrair dos manguezais e restingas pedras, areia, ou qualquer espécie de

minerais, sem autorização prévia;

VII – fazer uso de fogo;

VIII – lançar lixo e esgoto “in natura”;

IX – utilizar, comercializar, perseguir, destruir ou caçar e apanhar espécimes da

fauna silvestre, exceto quando permitido pelo Sistema Municipal do Turismo e

Meio Ambiente.

Parágrafo Único – A autoridade competente apreenderá os produtos

de caça e instrumentos usados na prática da infração.

Art. 91 – O comércio de plantas, oriundas dos manguezais e restingas,

depende da autorização do órgão competente.

Art. 92 – Nenhuma espécie animal ou vegetal pode ser introduzida

na área dos manguezais e restingas sem parecer técnico favorável e licença na

forma da Lei.

Art. 93 – Consideram-se de interesse público a limitação e controle

do pastoreio em determinadas áreas, visando adequada propagação e

conservação dos manguezais e restingas.

CAPÍTULO XII

DAS PRAIAS

Art. 94 – As praias são bens públicos, de uso comum do povo e ao

mesmo deve ser assegurado sempre livre e franco acesso a elas e ao mar, em

qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de segurança

nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica.

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Art. 95 – Para efeito desta Lei, entende-se por praia, a área coberta e

descoberta periodicamente pelas águas, acrescida de faixa subsequente de

material detrítico, tal como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o limite onde

se inicie a vegetação natural, ou em sua ausência, onde comece um outro

ecossistema.

Art. 96 – Proíbe-se qualquer forma de utilização do solo na zona

costeira, urbanização, construções particulares inclusive muros, em faixa de no

mínimo 33m (trinta e três metros), contados a partir da linha da preamar máxima.

Art. 97 – Fica proibida a privatização das praias em toda zona

costeira do mar e das praias situadas nas margens dos cursos d’água.

Art. 98 – São vedados:

I – quaisquer modificações no meio ambiente, nas áreas estuarinas;

II – os lançamentos de resíduos hospitalares, de esgotos residenciais sem

tratamento, diretamente em praias, rios e demais cursos d’água;

III – a implantação e construção de indústrias que produzem resíduos poluentes de

qualquer natureza em todo litoral do Município, compreendendo a faixa de

terra que vai da preamar até 10km (dez quilômetros) para o interior.

CAPÍTULO XIII

DOS RECURSOS HÍDRICOS

SEÇÃO I

DA CLASSIFICAÇÃO

Art. 99 – As classificações dos recursos hídricos do Município são as

determinadas pela Resolução CONAMA nº 20, de 18 de junho de 1986, que

classifica as águas do território nacional, segundo seus usos legítimos.

Parágrafo Único – Enquanto os recursos hídricos não forem

enquadrados, prevalece a classe 2 (dois) para os mesmos.

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Art. 100 – Não há impedimento no aproveitamento de águas de

melhor qualidade em usos menos exigentes, desde que tais usos não prejudiquem a

qualidade estabelecida para essas águas a partir da classificação realizada para os

mesmos.

Art. 101 – Aqueles que no exercício de suas atividades conferirem ao

corpo d’água características que modifiquem os níveis de qualidade estabelecidos

na classe do enquadramento estarão sujeitos às penalidades estabelecidas nesta

Lei.

SEÇÃO II

DOS EFLUENTES

Art. 102 – Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão

ser lançados direta ou indiretamente nos corpos d’água desde que obedeçam as

condições seguintes:

I – PH entre 5 (cinco) a 9 (nove);

II – temperatura, inferior a 40oC (quarenta graus Centígrados) sendo que a

elevação de temperatura do corpo receptor não deverá exceder a 3ºC (três

graus Centígrados);

III – materiais sedimentáveis até 1 (um) ml/litro em teste de 1 (uma) hora em Cone

Imhofl; para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação

seja praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente

ausentes;

IV – regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vezes (uma vez e meia)

a vazão média do período de atividade diária do agente poluidor;

V – óleos e graxas, sendo óleos materiais até 20 (vinte) mg/l, e os óleos vegetais e

gordura animais até 50 (cinqüenta) mg/l;

VI – ausência de coliformes fecais;

VII – valores máximos admissíveis das seguintes substâncias, nos limites regularmente

estabelecidos: amônia, arsênico, bário, boro, cádmio, cianeto, chumbo,

cobre, cromo trivalente, estanho, índices de fenóis, ferro solúvel, fluoretos,

manganês solúvel, mercúrio, níquel, prata, selênio, sulfetos, sulfitos, zinco,

compostos organofosforados e carbonatos totais, sulfeto de carbono,

tricloroetano, clorofórmio, tetracloreto de carbono, dicloroetano, compostos

organoclorados não listados acima (pesticidas, solventes, etc), outras

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substâncias em concentrações que poderiam ser prejudiciais de acordo com

os limites fixados pelo CONAMA na sua Resolução 357;

VIII – tratamento especial se provierem de hospitais e outros estabelecimentos, nos

quais haja despejos infectados com microorganismos patogênicos.

Parágrafo Único – Resguardados os padrões de qualidade do corpo

receptor, demonstrado por estudos técnicos específicos, realizados pela entidade

responsável pela emissão, a Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente

poderá autorizar lançamento acima dos limites estabelecidos nos incisos de I a VIII,

fixando o tipo de tratamento e as condições para esse lançamento, desde que

atendidos os parâmetros impostas pela Resolução Conama 357.

Art. 103 – Os efluentes líquidos provenientes de indústrias deverão ser

coletados separadamente, através de sistemas próprios independentes, conforme

sua origem e natureza, assim determinados:

I – coleta de águas pluviais;

II – coleta dos despejos sanitários e industriais em conjunto e/ou separadamente;

III – coleta de águas de refrigeração.

Art. 104 – O lodo proveniente do sistema de tratamento das fontes de

poluição industrial, bem como o material proveniente da limpeza de fossas sépticas

e de sanitários de ônibus e outros veículos poderão, a critério e mediante

autorização do sistema público de esgotos, serem recebidos pelo mesmo, proibida

sua disposição em galerias de águas pluviais ou em corpos d’água.

Art. 105 – Os resíduos líquidos, sólidos ou gasosos, provenientes de

atividades agropecuárias, industriais, comerciais de qualquer natureza, só poderão

ser despejados, de forma a não poluírem as águas superficiais ou subterrâneas.

Art. 106 – A implantação de distritos industriais e outros

empreendimentos e atividades que dependam da utilização de águas

subterrâneas, deverá ser precedida de estudos hidrogeológicos para avaliação das

reservas e do potencial dos recursos hídricos, sujeitos à apreciação pelo CONDEMA

e aprovação pelos órgãos competentes.

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SEÇÃO III

DAS ÁGUAS E TERRENOS INSALUBRES

Art. 107 – Ninguém poderá inutilizar, desviar, derivar, infectar ou

corromper as águas de servidão pública ou águas particulares;

Art. 108 – São proibidas derrubada de árvores e destruição da

vegetação nas áreas de proteção das nascentes, olhos d’água, minadores, lagoas,

córregos, rios, riachos, ou qualquer tipo de águas correntes ou dormentes.

Art. 109 – Fica o proprietário obrigado a desobstruir as valas ou

riachos que atravessem sua propriedade.

Art. 110 – Os proprietários de terrenos insalubres são obrigados a

saneá-los em prazo a ser estabelecido pelo Poder Público.

§ 1º – Quando o proprietário não o fizer, a Prefeitura executará o

serviço e cobrará, além das multas as despesas feitas com a obra acrescidas de

30% (trinta por cento).

§ 2º – Quando o proprietário comprovadamente for de baixa renda,

o valor poderá ser parcelado sem o acréscimo referido no § 1º.

CAPÍTULO XIV

DO SANEAMENTO BÁSICO

SEÇÃO I

DO ESGOTAMENTO SANITÁRIO E DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Art. 111 – Os lançamentos finais dos sistemas públicos e particulares

de coleta de esgoto sanitário em corpos hídricos deverão ser precedidos do

tratamento adequado, ou seja, tratamento com eficiência comprovada e que não

afete os usos legítimos desses recursos hídricos.

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§ 1º – Para efeito deste artigo consideram-se corpos hídricos

receptores, todas as águas que, em seu estado natural, sejam utilizadas para o

lançamento de esgotos sanitários.

§ 2º – Fica excluído da obrigação definida neste artigo o lançamento

de esgotos sanitários em águas de lagoas de estabilização, especialmente

reservadas para esse fim.

§ 3º – Os lançamentos de esgotos em lagoas, lagos, lagunas e

reservatórios deverão ser precedidos de tratamento adequado, cujo efluente

apresente características previstas na resolução nº 357 do CONAMA.

Art. 112 – As edificações somente serão licenciadas se comprovada

a existência de redes de esgoto sanitário e de estação de tratamento capacitadas

para o atendimento das necessidades de esgotamento sanitário a serem criadas

pelas mesmas.

§ 1º – Caso inexista o sistema de esgotamento sanitário, caberá ao

incorporador prover toda a infraestrutura necessária, incluindo o tratamento dos

esgotos, e à empresa concessionária, a responsabilidade pela operação e

manutenção da rede das instalações do sistema.

§ 2º – Em qualquer empreendimento e/ou atividade em áreas rurais e

áreas urbanas onde não houver redes de esgoto, será permitido o tratamento com

dispositivos individuais, desde que comprovada sua eficiência, através de estudos

específicos, utilizando-se o subsolo como receptor, desde que afastado do lençol

freático.

§ 3º – O licenciamento da construção em desacordo com o disposto

neste artigo ensejará a instauração de inquérito administrativo para apuração da

responsabilidade do agente do Poder Público que o concedeu, o qual poderá ser

indiciado mediante representação de qualquer cidadão.

§ 4º – Após a implantação do sistema de esgotos conforme previsto

neste artigo, a Prefeitura Municipal deverá permanentemente fiscalizar suas

adequadas condições de operação.

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§ 5º – A fiscalização será feita através dos exames e apreciações de

técnicos, indicados pelo poder público local ou apresentados pela entidade

concessionária do serviço de tratamento, sobre os quais se pronunciará a

administração, através de seu órgão competente.

§ 6º – Os exames de apreciação de que trata o Parágrafo 5º serão

colocados à disposição dos interessados, em linguagem acessível.

Art. 113 – A Prefeitura Municipal manterá público o registro

permanente de informações sobre a qualidade da água dos sistemas de

abastecimento, obtidos da empresa concessionária deste serviço, e dos demais

corpos d’água utilizados, onde não se disponha do sistema público de

abastecimento, nas vilas e povoados do Município.

Art. 114 – É obrigatória a ligação de toda construção considerada

habitável à rede pública de abastecimento de água e aos coletores públicos de

esgoto, onde estes existirem.

Parágrafo Único – Quando não existir rede pública de abastecimento

de água ou coletora de esgotos em vilas e povoados, a autoridade sanitária

competente indicará medidas adequadas a serem executadas, que ficarão sujeitas

à aprovação do Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente –

COMDEMA, sem prejuízo da aprovação de outros órgãos, que fiscalizarão a sua

execução, sendo vedado o lançamento de esgoto “in natura” a céu aberto ou na

rede de águas pluviais.

SEÇÃO II

DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Art. 115 – Todos os resíduos portadores de agentes patogênicos,

inclusive os de estabelecimentos hospitalares e congêneres, assim como alimentos e

outros produtos de consumo humano contaminados, não poderão ser dispostos no

solo sem controle e deverão ser adequadamente acondicionados e conduzidos em

transporte especial, definidos em projetos específicos, nas condições estabelecidas

pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente – COMDEMA.

Art. 116 – O solo somente poderá ser utilizado para destino final de

resíduos de qualquer natureza desde que sua deposição seja feita de forma

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adequada, estabelecida em projetos específicos de transporte e destino final,

ficando vedada a simples descarga ou depósito.

Parágrafo Único – Quando a deposição final mencionada neste

artigo exigir a execução de aterros sanitários, deverão ser tomadas medidas

adequadas para proteção das águas superficiais e subterrâneas, obedecendo-se

às Leis Federais, Estaduais e Municipais.

Art. 117 – Os resíduos sólidos de natureza tóxica, bem como os que

contêm substâncias inflamáveis, corrosivas, explosivas, radioativas e outras

consideradas prejudiciais, deverão sofrer, antes de sua deposição final, tratamento

e acondicionamento adequados, específicos, nas condições estabelecidas pelo

Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente – COMDEMA.

Art. 118 – Os resíduos sólidos ou semi-sólidos de qualquer natureza

não deverão ser colocados ou incinerados a céu aberto, tolerando-se, entretanto, a

sua acumulação temporária, em locais previamente aprovados, desde que isso não

ofereça riscos à saúde pública e ao meio ambiente, a critério das autoridades de

controle de poluição e de preservação ambiental ou de saúde pública.

§ 1º – Os aterros controlados devem estar afastados no mínimo 5km

(cinco quilômetros):

I – do perímetro urbano e dos núcleos residenciais;

II – dos cursos d’água, nascentes e manguezais;

III – dos poços artesianos, praias e mar.

§ 2º – As áreas de aterros desativados não devem ser utilizadas para

agricultura e loteamentos destinados à construção.

§ 3º – A incineração de resíduos sólidos de qualquer natureza, a céu

aberto, só pode ser feita em situações de emergência sanitária, com autorização

expressa do Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente –

COMDEMA.

Art. 119 – É vedado:

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I – lançamento de resíduos hospitalares, industriais e esgotos residenciais sem

tratamento, diretamente em rios, lagos e demais cursos d’água, devendo os

expurgos e objetos, após conveniente tratamento, sofrerem controle e

avaliação da Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente, quanto aos

teores de poluição;

II – o depósito e destinação final dos resíduos de todas as classes, inclusive

nucleares e radioativos, produzidos fora do Município.

Art. 120 – A coleta, transporte, manejo, tratamento e destino final dos

resíduos sólidos e semi-sólidos obedecerão aos padrões definidos por deliberação

do Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente, e dos órgãos

públicos que tratam da preservação ambiental.

Art. 121 – O manejo, tratamento e destino final dos resíduos sólidos e

semi-sólidos serão resultantes de solução técnica e organizacional que importem na

coleta diferenciada e sistema de tratamento integrado.

§ 1º – Entende-se por coleta diferenciada para resíduos, a sistemática

que propicia a redução do grau de heterogeneidade dos mesmos na origem da

sua produção, permitindo o transporte de forma separada para cada um dos

diversos componentes em que forem organizados.

§ 2º – A coleta diferenciada para os resíduos se dará separadamente

para:

I – o lixo doméstico;

II – os resíduos patogênicos ou sépticos de origem dos serviços de saúde;

III – entulho procedente de obras da construção civil;

IV – podas de árvores e jardins;

V – restos de feiras e mercados de alimentos.

§ 3º – O sistema de tratamento integrado será definido por estudo

técnico, observando-se tecnologia de baixo custo de implantação, operação e

manutenção.

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§ 4º – Estudos técnicos preliminares adotarão soluções simplificadas

para a implantação da coleta diferenciada dos resíduos em prazos compatíveis

com a reorganização dos serviços de limpeza urbana.

§ 5º – A Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente

determinará prazo e notificará o proprietário da obra/residência para retirar o

entulho/podas de árvores e jardins produzido pelo mesmo, das vias públicas.

Esgotado esse prazo, a Prefeitura retirará o entulho/podas de árvores e jardins,

mediante cobrança de multa.

Art. 122 – O Poder Executivo, após implantação do Aterro Sanitário,

implementará o sistema de coleta seletiva para o lixo produzido nos domicílios

residenciais, objetivando a sua reciclagem.

§ 1º – Para efeito desta Lei, entende-se por coleta seletiva de lixo, a

sistemática de separar os resíduos na sua origem em:

I – orgânicos;

II – inorgânicos.

§ 2º – Os resíduos inorgânicos serão coletados e transportados

independentemente para fins de reciclagem.

§ 3º – Os resíduos orgânicos serão objeto da coleta regular e serão

aproveitados quando da implantação de sistema de compostagem.

Art. 123 – É obrigatória a separação do lixo nas escolas municipais,

nos órgãos da administração municipal, nos hotéis e pousadas, objetivando a

implantação da coleta seletiva.

Art. 124 – O Poder Executivo incentivará a realização de estudos,

projetos e atividades que proponham a reciclagem dos resíduos sólidos, junto às

organizações da comunidade e à iniciativa privada.

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Art. 125 – Todos os empreendimentos imobiliários deverão dispor de

área própria para depósito de lixo, de acordo com as normas da Secretaria

Municipal do Turismo e Meio Ambiente.

Art. 126 – Aqueles que utilizam substâncias, produtos, objetos ou

rejeitos perigosos, devem tomar as devidas precauções para que não apresentem

perigo e não afetem o meio ambiente e a saúde da comunidade.

§ 1º – Os resíduos e rejeitos perigosos devem ser reciclados,

neutralizados ou eliminados pelo fabricante ou comerciante.

§ 2º – Os consumidores deverão devolver as substâncias, produtos,

objetos, rejeitos ou resíduos potencialmente perigosos ao meio ambiente, nos locais

determinados pela Prefeitura Municipal ou diretamente ao comerciante/fabricante.

CAPÍTULO XV

DO CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR

Art. 127 – São padrões de qualidade do ar as concentrações de

poluentes atmosféricos que, ultrapassadas, poderão afetar a saúde, segurança e o

bem estar da população, bem como ocasionar danos à flora e à fauna, materiais e

ao meio ambiente.

Art. 128 – Os padrões de qualidade do ar para o Município serão

estabelecidos por determinação do Conselho Municipal de Desenvolvimento e

Meio Ambiente – COMDEMA.

Art. 129 – São padrões de emissão, as medidas de intensidade de

concentração e as quantidades máximas de poluentes, cujo lançamento no ar seja

permitido.

Art. 130 – Os padrões de emissão de poluentes para o Município

serão estabelecidos por determinação do Conselho Municipal de Desenvolvimento

e Meio Ambiente – COMDEMA.

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Art. 131 – O Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio

Ambiente – COMDEMA, poderá estabelecer padrões ou exigências especiais mais

rigorosas, quando determinadas regiões ou circunstâncias o exijam.

Art. 132 – Todos os moto motores e veículos automotores novos

obedecerão aos padrões de emissão que forem deliberados pelo respectivo

CONAMA.

Art. 133 – Fica obrigatório o uso do tubo de descarga externa

elevado, até o nível superior do pára-brisa traseiro, nos ônibus interurbanos e

urbanos.

Art. 134 – É vedado a fabricação, comercialização ou utilização de

novos combustíveis, sem prévia autorização do Conselho Municipal de

Desenvolvimento e Meio Ambiente – COMDEMA.

Art. 135 – Fica proibida a emissão de substâncias odoríferas na

atmosfera em medidas de concentração perceptíveis.

Parágrafo Único – Caberá ao Conselho Municipal de

Desenvolvimento e Meio Ambiente – COMDEMA, definir substâncias cuja

concentração no ar será medida por comparação com o limite de percepção de

odor.

Art. 136 – Nas situações de emergência, o Conselho Municipal de

Desenvolvimento e Meio Ambiente – COMDEMA, poderá determinar a redução das

atividades das fontes poluidoras fixas ou móveis.

Art. 137 – Toda fonte de poluição atmosférica deverá ser provida de

sistema de ventilação exaustora ou outro sistema de controle de poluentes, de

eficiência igual ou superior.

Art. 138 – O Poder Executivo desestimulará novas atividades que

utilizem a madeira como combustível básico, exigindo outras alternativas de uso do

combustível.

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CAPÍTULO XVI

DO TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS

Art. 139 – O Poder Executivo orientará o uso das vias para os veículos

que transportam produtos perigosos, assim como indicará as áreas para

estacionamento e pernoite dos mesmos.

Art. 140 – Ficam proibidos o estacionamento e o pernoite de veículos

transportadores de produtos considerados perigosos à vida humana e animal, na

malha urbana da cidade, bem como em áreas densamente povoadas.

Art. 141 – O veículo transportador do produto perigoso deverá evitar

o uso de vias em áreas densamente povoadas ou de proteção de mananciais,

reservatórios de água ou reservas florestais e ecológicas, ou que dela sejam

próximas.

Art. 142 – As empresas transportadoras de produtos perigosos e os

transportadores autônomos, ou os receptadores desses produtos ficam obrigados a

requerer à Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente, através de exposição

de motivos, licença para cargas, descargas e trânsito nas vias públicas urbanas,

devendo definir o roteiro e horário a serem seguidos rigorosamente, sujeitando-se,

entretanto e prioritariamente, aos horários determinados pelo Município.

Art. 143 – Não será permitido o transporte de explosivos ou

inflamáveis sem as precauções devidas.

§ 1º – Não poderão ser transportados simultaneamente, no mesmo

veículo, explosivos e inflamáveis.

§ 2º – Os veículos que transportam explosivos ou inflamáveis não

poderão conduzir outras pessoas além do motorista e seus ajudantes.

Art. 144 – A infra-estrutura do estacionamento de veículos

transportadores de produtos perigosos será de responsabilidade das transportadoras

ou da iniciativa privada interessada na exploração de tal atividade.

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Art. 145 – A lavagem de veículos transportadores de cargas perigosas

não poderá ser realizada no Município, até que seja construída e colocada em

funcionamento a estação de tratamento de efluentes líquidos, que possa garantir

adequado tratamento e fique eliminada a possibilidade de contaminação dos

mananciais.

Art. 146 – Fica proibida a venda de recipientes que tenham contido

os produtos considerados perigosos, no comércio local.

CAPÍTULO XVII

DOS INFLAMÁVEIS E EXPLOSIVOS

Art. 147 – Consideram-se inflamáveis:

I – os fósforos e os materiais fosforados;

II – a gasolina e demais derivados do petróleo;

III – os éteres, álcoois, a aguardente e os óleos em geral;

IV – os carburetos, o alcatrão e as matérias betuminosas líquidas;

V – toda e qualquer outra substância cujo ponto de inflamabilidade seja acima de

135ºC (cento e trinta e cinco graus Centígrados).

Art. 148 – Consideram-se explosivos:

I – os fogos de artifícios;

II – a pólvora e o algodão pólvora;

III – a nitroglicerina e seus compostos e derivados;

IV – as espoletas e os estopins;

V – os fulminatos, cloratos, formiatos e congêneres;

VI – os cartuchos de guerra, caça e minas.

Art. 149 – É absolutamente proibido:

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I – fabricar explosivos sem licença especial, e em local não determinado pela

Prefeitura;

II – manter depósito de substâncias inflamáveis ou de explosivos sem atender as

exigências legais, quanto à construção e segurança;

III – depositar ou conservar nas vias públicas, mesmo provisoriamente, inflamáveis

ou explosivos.

§ 1º – Aos varejistas é permitido conservar, em cômodos apropriados,

em seus armazéns ou lojas a quantidade fixada pela Prefeitura, na respectiva

licença de material inflamável ou explosivo que não ultrapassar à venda provável

de 20 (vinte) dias.

§ 2º – Os exploradores de pedreiras poderão manter depósito de

explosivos correspondentes ao consumo de 30 (trinta) dias, desde que os depósitos

estejam localizados a uma distância mínima de 250m (duzentos e cinqüenta metros)

da habitação mais próxima e a 150m (cento e cinqüenta metros) das ruas ou

estradas. Se as distâncias forem superiores a 500m (quinhentos metros), é permitido o

depósito de maior quantidade de explosivos, a critério do órgão competente.

Art. 150 – Depósitos de explosivos e inflamáveis só serão construídos

em locais especialmente designados na zona rural e com licença especial da

Prefeitura.

Parágrafo Único – Os depósitos serão dotados de instalação para

combate ao fogo e de extintores de incêndio portáteis, em quantidades e

disposição conveniente.

Art. 151 – É expressamente proibido:

I – queimar fogos de artifícios, bombas e busca-pés, morteiros e outros fogos

perigosos, nos logradouros públicos ou em janelas e portas voltadas para os

logradouros públicos;

II – soltar balões em toda a extensão do Município;

III – fazer fogueiras nos logradouros públicos sem prévia autorização;

IV – utilizar, sem justo motivo, armas de fogo dentro do perímetro urbano do

Município.

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Parágrafo Único – A proibição de que tratam os incisos I, II, III poderá

ser suspensa mediante licença do órgão competente que poderá inclusive

estabelecer, para cada caso, exigências que julgar necessárias ao interesse da

segurança pública.

Art. 152 – A instalação de abastecimento de veículos, bombas de

gasolina e depósitos de outros inflamáveis ficará sujeita à licença especial.

§ 1º – Poderá ser negada a licença se a instalação do depósito ou

da bomba prejudicar, de algum modo, a segurança pública.

§ 2º – O órgão competente poderá estabelecer, para cada caso, as

exigências que julgar necessárias ao interesse da segurança pública.

CAPÍTULO XVIII

DO CONTROLE DA POLUIÇÃO DOS AGROTÓXICOS

Art. 153 – As pessoas físicas e jurídicas que sejam prestadoras de

serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins, deverão possuir

seus respectivos registros junto ao Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio

Ambiente, que para licenciamento dos mesmos, ouvirá outros órgãos técnicos.

§ 1º – São prestadores do serviço a que se refere o caput, as pessoas

físicas ou jurídicas que executam trabalhos de prevenção, destruição e controle de

seres vivos considerados nocivos, aplicando agrotóxicos, seus componentes e afins.

§ 2º – O registro no Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio

Ambiente não isenta o prestador de serviços de obrigações dispostas em outras leis.

§ 3º – Nenhum estabelecimento que opere com produtos abrangidos

por esta Lei poderá funcionar sem a assinatura e responsabilidade efetiva do

técnico legalmente habilitado, ou seja, Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro

Florestal.

§ 4º – Fica vedada a venda ou armazenamento de agrotóxicos, seus

componentes e afins, em estabelecimentos que comercializem alimentos de origem

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animal ou vegetal para o consumo humano, bem como produtos farmacêuticos,

salvo quando forem criadas áreas específicas separadas das demais por divisórias

vedantes e impermeáveis.

Art. 154 – Quando organizações internacionais responsáveis pela

saúde, alimentação ou meio ambiente das quais o Brasil seja membro integrante ou

signatário de acordos e convênios alertarem para os riscos ou desaconselharem o

uso de determinado agrotóxico, seus componentes e afins, caberá à Secretaria

Municipal do Turismo e Meio Ambiente, suspender imediatamente o uso, a

comercialização e o transporte do mesmo no Município.

Art. 155 – Possuem legitimidade para requerer em nome próprio a

impugnação do uso, comercialização e transporte de agrotóxicos, seus

componentes e afins, arguindo prejuízos ao meio ambiente, à saúde pública e dos

animais, as seguintes organizações:

I – entidades de classe, representativas de profissionais ligados ao setor;

II – partidos políticos, com representação no Congresso Nacional;

III – entidades legalmente constituídas para a defesa dos interesses difusos

relacionados à proteção do consumidor, do meio ambiente e dos recursos

naturais.

Art. 156 – Requerida a impugnação de que trata o art. 151, caberá

ao Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente avaliar, no prazo de

90 (noventa) dias, os problemas e informações consultando os órgãos de

agricultura, saúde e meio ambiente, adotando as seguintes providências:

I – restringir ou suspender o uso;

II – restringir ou suspender a comercialização;

III – restringir ou suspender o transporte no Município.

Art. 157 – Os agrotóxicos, seus componentes e afins só poderão ser

comercializados diretamente ao usuário, mediante apresentação de receituário

agronômico próprio, fornecido por Engenheiro Agrônomo ou Engenheiro Florestal.

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Art. 158 – As pessoas físicas ou jurídicas que comercializem ou sejam

prestadoras de serviços na aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins,

ficam obrigadas a manter à disposição dos serviços de fiscalização, o livro de

registro ou outro sistema de controle, conforme regulamentação desta Lei,

contendo:

I – no caso de estabelecimentos que comercializem agrotóxicos, seus

componentes e afins no mercado interno:

a) relação detalhada do estoque existente;

b) controle em livro próprio, registrando-se nome técnico e nome comercial, a

quantidade do produto comercializado, o número da receita agronômica

acompanhada dos respectivos receituários.

II – no caso de pessoas físicas ou jurídicas que sejam prestadoras dos serviços na

aplicação de agrotóxicos, seus componentes e afins:

a) relação detalhada do estoque existente;

b) nome comercial e técnico dos produtos e as quantidades aplicadas,

acompanhadas dos respectivos receituários e guia de aplicação, em duas vias,

ficando uma via na posse do contratante;

c) guia de aplicação, da qual deverão constar no mínimo:

1. nome do usuário e endereço;

2. endereço do local de aplicação;

3. nomes comerciais dos produtos usados;

4. quantidade empregada do produto comercial;

5. forma de aplicação;

6. data do início e término da aplicação do produto;

7. riscos oferecidos pelos produtos ao ser humano, meio ambiente e animais

domésticos;

8. cuidados necessários;

9. identificação do aplicador e assinatura;

10. identificação do responsável técnico e assinatura;

11. assinatura do usuário.

Art. 159 – Fica proibido o uso de agrotóxicos, seus componentes e

afins organoclorados e mercuriais, no Município.

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Parágrafo Único – Os casos de uso excepcional serão definidos pelo

Conselho Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente – COMDEMA.

Art. 160 – Após conclusão do processo administrativo, os agrotóxicos,

seus componentes e afins, apreendidos como resultado de ação fiscalizadora serão

inutilizados ou terão outro destino, a critério da autoridade competente.

Art. 161 – O transporte de agrotóxicos, seus componentes e afins,

deverá submeter-se às regras e procedimentos estabelecidos para o transporte de

cargas perigosas, constante na Legislação Federal e às normas estabelecidas nesta

Lei.

Art. 162 – O Poder Executivo desenvolverá ações educativas de

forma sistemática, visando atingir os produtores rurais e usuários de agrotóxicos, seus

componentes e afins, divulgando a utilização de métodos alternativos de combate

às pragas e doenças, com objetivo de reduzir os efeitos prejudiciais sobre os seres

humanos, animais e meio ambiente.

Art. 163 – A Secretaria Municipal da Saúde adotará as providências

necessárias para definir, como notificação compulsória, as intoxicações e doenças

ocupacionais decorrentes das exposições a agrotóxicos, seus componentes e afins.

Art. 164 – O descarte de embalagens e resíduos de agrotóxicos, seus

componentes e afins, atenderá ao que prescreve a Lei Federal nº 7.802, de 11de

julho de 1989, alterada pela Lei nº 9.974, de 6 de junho de 2000 e sua

regulamentação, e outras normas que venham a ser estabelecidas, inclusive pelo

COMDEMA.

CAPÍTULO XIX

DAS ATIVIDADES DE MINERAÇÃO

Art. 165 – A atividade de extração mineral, caracterizada como

utilizadora de recursos ambientais e considerada efetiva ou potencialmente

poluidora e capaz de causar degradação ambiental, depende do licenciamento

ambiental, qualquer que seja o regime de aproveitamento dos minérios em lagos,

rios, ou qualquer corpo d’água, licenciamento esse que só poderá ser realizado

com parecer técnico aprovado pelo COMDEMA e Secretaria Municipal do Turismo

e Meio Ambiente.

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Parágrafo Único – As pessoas físicas ou jurídicas que exercem

atividades de extração mineral deverão atender ao disposto nesta Lei para solicitar

o licenciamento ambiental, sob pena das sanções previstas na Legislação

Municipal.

Art. 166 – A exploração das pedreiras, cascalheiras, olarias e a

extração de areia e saibro, além da licença de localização e funcionamento,

dependerá de licença especial, no caso do emprego de explosivos, a ser solicitada

à Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente com o acompanhamento do

COMDEMA.

Art. 167 – A licença será requisitada pelo proprietário do solo ou pelo

explorador legalmente autorizado, devendo o pedido ser instruído com o título de

propriedade do terreno ou autorização para exploração dada pelo proprietário do

terreno, com registro em cartório.

Art. 168 – A exploração de quaisquer das atividades relacionadas no

art. 163 será interrompida total ou parcialmente, se, após a concessão da licença,

ocorrerem fatos que acarretem perigo ou dano, direta ou indiretamente às pessoas

ou a bens públicos ou privados, devendo o detentor do título de pesquisa ou de

qualquer outro de extração mineral, responder pelos danos causados ao meio

ambiente.

Art. 169 – A instalação de olarias nas zonas urbanas e suburbanas do

Município deverá ser feita com observância do seguinte:

I – as chaminés serão construídas de modo a evitar a fumaça ou emanações

nocivas que incomodem a vizinhança, de acordo com estudos técnicos;

II – quando as instalações facilitarem a formação de depósitos de água, o

explorador está obrigado a fazer o devido escoamento ou aterrar as

cavidades com material não poluente, à medida que for retirado o barro.

Art. 170 – A Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente poderá,

a qualquer tempo, determinar a execução das medidas de controle no local de

atividades de mineração, com finalidade de proteger propriedades públicas ou

particulares e evitar a obstrução das galerias de água e de recompor as áreas

degradadas, em caso de desativação dessas atividades de mineração.

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CAPÍTULO XX

DA ATIVIDADE DE SILVICULTURA

Art. 171 – As propriedades destinadas à produção de silvicultura

deverão manter as matas naturais existentes e a vegetação nativa.

Art. 172 – Todo e qualquer plantio de eucalipto com área ocupada

superior a 1ha (um hectare) deverá ser objeto de licenciamento ambiental.

Art. 173 – As áreas destinadas à produção de eucalipto deverão se

manter a no mínimo 10km (dez quilômetros) de distância da linha de preamar

máxima.

Art. 174 – Nas propriedades destinadas à produção de eucalipto,

deverá se manter garantido o fluxo das águas correntes ou dormentes, sem que

estes sejam interrompidos por aterros, drenos ou quaisquer outros meios,

particularmente quando da construção ou manutenção de estradas de serviço.

Art. 175 – Não é permitido incorporar glebas com áreas inferiores a 1

ha (um hectare) ou lotes resultantes de reforma agrária em áreas de silvicultura.

CAPÍTULO XXI

DOS SONS E RUÍDOS

Art. 176 – A emissão de sons e ruídos, em decorrência de quaisquer

atividades industriais, comerciais, sociais e recreativas, inclusive as de propaganda,

obedecerá no interesse da saúde, da segurança e do sossego público, aos

padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta Lei.

Parágrafo Único – A fiscalização das normas e padrões mencionados

nesta Lei será feita pela Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente.

Art. 177 – Consideram-se prejudiciais à saúde, à segurança e ao

sossego público para fins do artigo anterior, sons e ruídos que:

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I – atinjam no ambiente exterior do recinto em que tem origem, nível de som de

mais de 10 (dez) decibéis - DB(A) acima do ruído de fundo existente no local

sem tráfego;

II – independentemente do ruído de fundo, atinjam no ambiente exterior do

recinto em que têm origem, mais de 40 (quarenta) decibéis - DB(A), durante a

noite;

III – alcancem no interior do recinto em que são produzidos, níveis de som

superiores a 90 (noventa) decibéis.

Parágrafo Único – Os níveis de ruídos mínimos toleráveis podem ser

reduzidos conforme determinação do COMDEMA.

Art. 178 – Nos logradouros públicos, pregões ou propaganda

comercial, por meio de aparelhos ou instrumentos de qualquer natureza, produtores

ou amplificadores de som ou ruído, individuais ou coletivos serão regulamentados

no Código de Posturas.

Art. 179 – Também é proibido em áreas residenciais, o uso de buzinas

de automóveis ou similar, a não ser em casos de emergência, observadas as

legislações de trânsito.

Art. 180 – Não se enquadram nas proibições dos artigos anteriores, os

ruídos e sons produzidos:

I – por sinos de igreja ou templos públicos, desde que sirvam exclusivamente para

indicar as horas ou anunciar a realização dos atos e cultos religiosos;

II – por fanfarras ou bandas de música em procissão, cortejos ou desfiles públicos

devidamente autorizados pela Secretaria Municipal do Turismo e Meio

Ambiente;

III – por máquinas ou aparelhos utilizados em construções ou obras em geral,

devidamente licenciados, desde que funcionem dentro do horário permitido

por Lei e com níveis de decibéis inferiores a 90 (noventa) decibéis;

IV – por sirenes ou aparelhos de sinalização sonora de ambulâncias, veículos de

corporações militares, da polícia civil e da defesa civil;

V – por vozes ou aparelhos usados na propaganda eleitoral ou manifestações

públicas, de acordo com a Lei e autorizado pela Secretaria Municipal do

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Turismo e Meio Ambiente, com horário e decibéis estabelecidos pelo

COMDEMA.

Parágrafo Único – É vedada, porém, a circulação dos veículos com

os aparelhos mencionados no inciso V, às tardes de sábado, domingos e feriados.

Art. 181 – Nas proximidades de escolas, hospitais, sanatórios, tribunais,

igrejas, nas horas de funcionamento e principalmente para os casos de hospitais e

sanatórios, fica proibido, até 200m (duzentos metros) de distância, a aproximação

de aparelhos produtores de ruídos.

Art. 182 – A Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente fixará

os prazos para a definitiva eliminação dos excessos verificados.

Parágrafo Único – Findo o prazo estabelecido, a Secretaria Municipal

do Turismo e Meio Ambiente poderá proibir a continuidade da atividade.

CAPÍTULO XXII

DO CONTROLE DA POLUIÇÃO VISUAL

Art. 183 – A exploração ou utilização de anúncios de divulgação

presentes na paisagem urbana e visíveis nos logradouros públicos, exceto em áreas

ajardinadas, poderá ser promovida por pessoas físicas ou jurídicas, desde que

autorizadas pelo órgão competente.

Parágrafo Único – São considerados anúncios quaisquer indicações

presentes na paisagem urbana, visíveis nos logradouros públicos, cuja finalidade

seja a de promover estabelecimentos comerciais, industriais ou profissionais,

empresas, produtos de qualquer espécie, idéias, pessoas ou coisas.

CAPÍTULO XXIII

DA FISCALIZAÇÃO E DAS SANÇÕES

SEÇÃO I

DAS INFRAÇÕES E DAS PENALIDADES

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Art. 184 – A fiscalização do cumprimento das disposições deste

Código e das normas dele decorrentes será realizada pela Secretaria Municipal do

Turismo e Meio Ambiente e pelos demais servidores públicos para tal fim designados,

nos limites da Lei.

Art. 185 – Constitui infração, para efeito desta Lei, qualquer ação ou

omissão que caracterize a inobservância de seus preceitos, bem como das normas

regulamentares e medidas diretivas dela decorrentes.

Art. 186 – As infrações das disposições desta Lei e normas dela

decorrentes serão classificadas como leves, graves, muito graves e gravíssimas,

levando-se em consideração suas conseqüências, o tipo de atividade, o porte do

estabelecimento, sua localização, as circunstâncias atenuantes ou agravantes e os

antecedentes do infrator.

Parágrafo Único – Responderá pela infração quem a cometer,

incentivar a sua prática ou dela se beneficiar.

Art. 187 – As infrações classificam-se em:

I – Leves: aquelas em que o infrator seja beneficiado por circunstâncias

atenuantes;

II – Graves: aquelas em que for verificada uma circunstância agravante;

III – Muito Graves: aquelas em que forem verificadas duas circunstâncias

agravantes;

IV – Gravíssimas: aquelas em que forem verificadas três ou mais circunstâncias

agravantes ou a reincidência.

Art. 188 – São circunstâncias atenuantes:

I – baixo grau de compreensão e escolaridade do infrator;

II – arrependimento comprovado do infrator, manifestado pela espontânea

reparação do dano ou limitação significativa da degradação ambiental

causada;

III – comunicação prévia do infrator, sobre perigo iminente de degradação

ambiental, com as autoridades competentes;

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IV – colaboração com os agentes encarregados da vigilância e do controle

ambiental;

V – ser infrator primário e a infração cometida seja considerada leve.

Art. 189 – São circunstâncias agravantes:

I – ser infrator reincidente ou cometer a infração de forma contínua;

II – ter cometido a infração para obter vantagens pecuniárias;

III – coagir outrem para executar a infração;

IV – ter a infração conseqüências danosas à saúde pública e ao meio ambiente;

V – se, tendo conhecimento das conseqüências danosas à saúde pública e ao

meio ambiente, o infrator deixa de tomar as providências de sua alçada para

evitá-las;

VI – ter o infrator agido com dolo direto ou eventual;

VII – provocar a infração conseqüências diretas sobre a propriedade alheia;

VIII – a infração atingir áreas sob proteção legal;

IX – se a infração for cometida durante a noite, em finais de semana ou em

feriados;

X – se o crime for cometido contra espécies raras ou ameaçadas de extinção,

ainda que a ameaça ocorra somente no local da infração;

XI – se a infração for cometida em épocas de seca ou inundação;

XII – se a infração for cometida na época de queda das sementes ou no período

de formação das vegetações.

§ 1º – No caso de infração continuada caracterizada pela repetição

de ação ou omissão inicialmente punida, a multa poderá ser aplicada diariamente

até cessar a infração.

§ 2º – Quando o infrator praticar simultaneamente duas ou mais

infrações, ser-lhe-ão aplicadas cumulativamente as penas cominadas.

Art. 190 – Aos infratores das disposições referidas no art. 183 serão

aplicadas isolada ou cumulativamente, as seguintes penalidades:

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I – advertência;

II – multa;

III – interdição;

IV – embargo e demolição;

V – apreensão;

VI – recuperação do dano causado.

Art. 191 – São infrações ambientais:

I – construir, instalar ou fazer funcionar, no Município, estabelecimento, obras,

atividades ou serviços submetidos ao regime desta Lei, sem licença do órgão

competente do meio ambiente do Município ou contrariando as normas legais

e regulamentares. Pena: incisos I, II do art. 186 desta Lei;

II – praticar atos de comércio, indústria e assemelhados, compreendendo

substâncias, produtos e artigos de interesse para a saúde ambiental, sem a

necessária licença ou autorização dos órgãos competentes ou contrariando o

disposto nesta Lei e nas demais normas legais e regulamentares pertinentes.

Pena: incisos I, II, III e V do art. 186 desta Lei;

III – deixar, aquele que tiver o dever legal de fazê-lo, de notificar qualquer fato

relevante do ponto de vista ecológico e ambiental, de acordo com o disposto

nesta Lei, no seu regulamento e normas técnicas. Pena: incisos I e II do art. 186

desta Lei;

IV – deixar, aquele que tiver o dever legal e conceitual de fazê-lo, de cumprir

obrigações de interesse ambiental. Pena: incisos I, II, III do art. 186 desta Lei;

V – opor-se a exigência de exames técnicos laboratoriais ou à sua execução pelas

autoridades competentes. Pena: incisos I, II do art. 186 desta Lei;

VI – utilizar, aplicar, comercializar, manipular ou armazenar pesticidas, raticidas,

fungicidas, inseticidas, agroquímicos, e outros congêneres, pondo em risco à

saúde ambiental, individual ou coletiva, em virtude de uso inadequado ou

inobservância das normas legais, regulamentares ou técnicas, aprovadas pelos

órgãos competentes, em desacordo com receituários e registros pertinentes.

Pena: incisos I, II, III e V do art. 186 desta Lei;

VII – descumprir, as empresas de transporte, seus agentes consignatários,

comandantes, responsáveis diretos e indiretos por embarcações, aeronaves,

veículos terrestres nacionais e estrangeiros, normas legais e regulamentares,

medidas, formalidades e outras exigências ambientais. Pena: incisos I, II, III do

art. 186 desta Lei;

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VIII – inobservar, o proprietário ou quem tenha posse de imóvel, as exigências

ambientais. Pena: incisos I, II, III e IV do art. 186 desta Lei;

IX – entregar ao consumo, desviar, alterar ou substituir total ou parcialmente

produto interditado por aplicação dos dispositivos desta Lei. Pena: incisos I, II, III

e IV do art. 186 desta Lei;

X – dar início, de qualquer modo, ou efetuar parcelamento do solo sem

aprovação dos órgãos competentes ou em desacordo com a mesma ou em

inobservância das normas ou diretrizes pertinentes. Pena: incisos I, III e IV do art.

186 desta Lei;

XI – contribuir para que a água ou o ar atinjam níveis ou categorias de qualidade

inferior aos fixados em normas oficiais. Pena: incisos I, II, III, IV e VI do art. 186

desta Lei;

XII – emitir ou despejar efluentes ou resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, causadores

de degradação ambiental, em desacordo com o estabelecido na legislação

e em normas complementares. Pena: incisos I, II, IV e VI do art. 186 desta Lei;

XIII – exercer atividades potencialmente degradadoras do meio ambiente, sem

licença do órgão ambiental competente ou em desacordo com a mesma.

Pena: incisos I, II, III, IV e VI do art. 186 desta Lei;

XIV – causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento

de água de uma comunidade. Pena: incisos I, II, III, IV e VI do art. 186 desta Lei;

XV – causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que

momentânea, dos habitantes de zonas urbanas ou localidade equivalente.

Pena: incisos I, II, III, IV e VI do art. 186 desta Lei;

XVI – desrespeitar interdições de uso e passagens e outros estabelecidos

administrativamente para a proteção contra a degradação ambiental ou,

nesses casos, impedir ou dificultar a atuação de agentes do Poder Público.

Pena: incisos I, II, III e IV do art. 186 desta Lei;

XVII – causar poluição do solo que torne uma área urbana ou rural imprópria para a

ocupação. Pena: incisos: I, II, III, IV e VI do art. 186 desta Lei;

XVIII – causar poluição de qualquer natureza que possa trazer danos à saúde ou

ameaçar o bem estar do indivíduo ou da coletividade. Pena: incisos: I, II, III, IV,

V e VI do art. 186 desta Lei;

XIX – desenvolver atividades ou causar poluição de qualquer natureza que

provoque mortalidade de mamíferos, aves, répteis, anfíbios ou peixes ou a

destruição de plantas cultivadas ou silvestres. Pena: incisos I, II, III, IV, V e VI do

art. 186 desta Lei;

XX – desrespeitar as proibições ou restrições estabelecidas pelo Poder Público para

Unidade de Conservação ou áreas protegidas por Lei. Pena: incisos I, II, III, IV e

VI do art. 186 desta Lei;

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XXI – obstar ou dificultar a ação das autoridades ambientais competentes, no

exercício de suas funções. Pena: incisos I, II e III do art. 186 desta Lei;

XXII – descumprir atos emanados da autoridade ambiental, visando a aplicação da

legislação vigente. Pena: incisos I, II e III do art. 186 desta Lei;

XXIII – transgredir outras normas, diretrizes, padrões ou parâmetros federais, estaduais,

locais legais ou regulamentares, destinados à proteção de saúde ambiental ou

meio ambiente. Pena: incisos I, II, III, IV, V e VI do art. 186 desta Lei.

Art. 192 – A critério da Secretaria Municipal do Turismo e Meio

Ambiente, poderá ser concedido prazo para correção das irregularidades

apontadas no auto de infração.

SUB-SEÇÃO I

Da Advertência

Art. 193 – A Advertência será aplicada pela Secretaria Municipal do

Turismo e Meio Ambiente, através de técnico credenciado, quando se tratar da

primeira infração, devendo ser fixado o prazo para que sejam sanadas as

irregularidades apontadas.

Parágrafo Único – Para os fins deste artigo considera-se advertência

a intimação do infrator para fazer cessar a irregularidade sob pena de imposição de

outras sanções.

SUB-SEÇÃO II

Da Multa

Art. 194 – A multa será aplicada pela Secretaria Municipal do Turismo

e Meio Ambiente, podendo ser reexaminada em grau de recurso pelo Conselho

Municipal de Desenvolvimento e Meio Ambiente – COMDEMA.

Parágrafo Único – Considera-se para fins deste artigo, o seguinte

conceito: multa é a imposição pecuniária a que se sujeita o infrator, em

decorrência de infração aos preceitos desta Lei.

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Art. 195 – A multa será imposta observando os seguintes limites, de

acordo com a Lei Estadual:

I – infrações leves: até R$ 5.000,00 (Cinco Mil Reais);

II – infrações graves: de R$ 5.001,00 (Cinco Mil e Um Reais) até R$ 200.000,00

(Duzentos Mil Reais);

III – infrações muito graves: de R$ 200.001,00 (Duzentos Mil e Um Reais) até R$

2.000.000,00 (Dois Milhões de Reais);

IV – infrações gravíssimas: de R$ 2.000.001,00 (Dois Milhões e Um Reais) até R$

49.500.000,00. (Quarenta e Nove Milhões e Quinhentos Mil Reais).

Parágrafo Único – Estes valores serão reajustados de acordo com a

Lei Estadual nº 7.799, arts. 171 a 214.

Art. 196 – Na hipótese de infração contínua, poderá ser imposta

multa diária de R$ 39,71 (Trinta e Nove Reais e Setenta e Um Centavos) até R$

20.000,00 (Vinte Mil Reais).

Art. 197 – Nos casos de reincidência, as multas serão aplicadas de

forma cumulativa.

Parágrafo Único – Caracteriza-se reincidência quando o infrator

cometer nova infração da mesma natureza e gravidade.

Art. 198 – O Poder Executivo poderá impor a penalidade de

interdição temporária ou definitiva, a partir da reincidência da infração.

Parágrafo Único – As multas tratadas nos artigos desta Seção serão

atualizadas a partir do 1º (primeiro) dia do mês seguinte à vigência desta Lei, pela

variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, apurado pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, acumulado no exercício anterior, ou

outro que venha a substituí-lo.

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SUB-SEÇÃO III

Da Interdição, da Apreensão, do Embargo e da Demolição

Art. 199 – A interdição, a apreensão, bem como as penalidades de

embargo e demolições serão aplicadas pelo Poder Executivo.

Parágrafo Único – Para fins deste artigo, considera-se:

I – Interdição: a limitação, suspensão ou proibição de uso, de construção,

exercício de atividade ou condução de empreendimentos;

II – Embargo: a suspensão ou proibição da execução de obra ou implantação de

empreendimentos;

III – Demolição é a destruição forçada da obra incompatível com as normas

ambientais, estabelecidas nesta Lei;

IV – Apreensão: o ato de apropriar-se de objetos, instrumentos, apetrechos,

animais, equipamentos ou veículos e produtos, cuja utilização for proibida com

relação à atividade fiscalizada, utilizados na prática da infração material, bem

como os produtos e subprodutos dela resultantes, conforme estabelecido

nesta Lei.

Art. 200 – A interdição temporária ou definitiva será imposta nos

casos de perigo iminente à saúde pública e ao meio ambiente, ou a critério da

autoridade competente nos casos de infração continuada e nos casos referidos no

art. 185 desta Lei.

Art. 201 – A penalidade de embargo ou demolição poderá ser

imposta, no caso de obras ou construções feitas sem licença ambiental ou em

desacordo com a mesma, e nos casos referidos no art. 185 desta Lei.

Art. 202 – No caso de resistência, a execução das penalidades

previstas nesta Seção será efetuada com requisição de força policial.

Art. 203 – Todos os custos e despesas decorrentes da aplicação das

penalidades correrão por conta do infrator.

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CAPÍTULO XXIV

DOS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS

SEÇÃO I

DA FORMALIZAÇÃO DO PROCESSO

Art. 204 – A notificação, que poderá ser assinada pelo técnico

credenciado ou pelo dirigente do órgão ambiental competente, é o documento

hábil para informar ao infrator as decisões da Secretaria Municipal do Turismo e

Meio Ambiente.

Art. 205 – O auto de infração é o documento hábil para aplicação

das penalidades previstas nesta Lei.

Parágrafo Único – Para fins deste artigo considera-se auto de

infração o documento que registra o descumprimento de norma e consigna a

sanção pecuniária cabível.

Art. 206 – O auto de infração conterá:

I – denominação da entidade ou pessoa física autuada e seu endereço;

II – o ato, fato ou omissão que constitui a infração, o local e a data respectiva;

III – a disposição normativa infringida;

IV – o prazo para corrigir a irregularidade apontada, se for o caso;

V – a penalidade imposta e seu fundamento legal;

VI – o prazo para apresentação da defesa;

VII – assinatura da autoridade que o expediu.

Parágrafo Único – O auto de infração será lavrado em 03 (três) vias

com a seguinte destinação:

I – a primeira via, para o autuado;

II – a segunda via, para o Processo Administrativo;

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III – a terceira via, para o arquivo.

Art. 207 – O infrator será intimado da lavratura do auto de infração:

I – pessoalmente pelo autuante, mediante assinatura do infrator;

II – por via postal, fax ou telex, com prova de recebimento, quando não for

possível a intimação pessoal;

III – por edital, quando não for possível pelas formas previstas nos incisos I e II.

Parágrafo Único – No caso de negativa da assinatura por parte do

autuado, o autuante deverá fazer constar no documento a negativa, solicitando de

logo a assinatura de duas testemunhas identificadas e qualificadas.

Art. 208 – Aos agentes de proteção ambiental credenciados

compete:

I – efetuar visitas e vistorias;

II – verificar a ocorrência da infração;

III – lavrar o auto de infração correspondente, fornecendo ao autuado a primeira

via;

IV – elaborar relatório de vistoria;

V – exercer atividade orientadora, visando a adoção de atitude ambiental

positiva.

SEÇÃO II

DO RECOLHIMENTO DAS MULTAS

Art. 209 – O produto da arrecadação das multas constituirá receita

do Município, sendo depositados os valores recolhidos em conta corrente bancária

específica do Fundo Municipal de Defesa do Meio Ambiente.

Art. 210 – As multas não pagas administrativamente serão inscritas na

Dívida Ativa do Município para posterior cobrança judicial.

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Parágrafo Único – Os débitos relativos às multas impostas e não

recolhidas no prazo regulamentar ficarão sujeitos a correção pelos índices oficiais

vigentes no período.

SEÇÃO III

DA DEFESA E DO RECURSO

Art. 211 – As multas poderão ter suas exigibilidades suspensas quando

o infrator, por termo de compromisso aprovado pela autoridade ambiental que

aplicou a penalidade, se obrigar à adoção de medidas específicas para cessar e

corrigir a degradação ambiental.

Parágrafo Único – Atendido o disposto neste artigo, na fixação do

valor da multa, a autoridade levará em conta a capacidade de pagamento do

infrator.

Art. 212 – Da aplicação de multa, caberá defesa fundamentada, no

prazo de 10 (dez) dias, contado a partir da ciência do auto de infração.

Art. 213 – Da decisão da Secretaria Municipal do Turismo e Meio

Ambiente no julgamento da defesa, caberá recurso para o Conselho Municipal de

Desenvolvimento e Meio Ambiente – COMDEMA, no prazo de 20 (vinte) dias do

recebimento da notificação.

Art. 214 – As defesas e os recursos poderão ser encaminhados por via

postal com aviso de recebimento, e dar entrada na Secretaria Municipal do Turismo

e Meio Ambiente, dentro dos prazos fixados nos artigos 212 e 213 desta Lei.

Art. 215 – Da decisão que resultar na aplicação de penalidade

prevista nesta Lei caberá recurso ao Prefeito, no prazo de 20 (vinte) dias a contar da

data da intimação do infrator.

CAPÍTULO XXV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

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Art. 216 – Obrigam-se as empresas instaladas ou que venham a se

instalar no Município, a responsabilizar-se pelos efeitos que, quaisquer dos seus

produtos, subprodutos, despejos e afins, venham a causar ao meio ambiente,

mesmo após a sua transferência a terceiros, para transporte, tratamento e

disposição final.

Parágrafo Único – O poluidor é obrigado, independente de dolo, a

indenizar ou reparar os danos causados ao ambiente e a terceiros, afetados por sua

atividade.

Art. 217 – Os critérios e padrões para estabelecimento de níveis

permitidos de qualidade do ar, emissão de poluentes e ruídos, serão definidos pelo

COMDEMA, podendo-se seguir os padrões admitidos pelos órgãos federais e

estaduais competentes.

Art. 218 – O Município poderá celebrar convênio com outros

Municípios, com o Estado e a União, com demais entes públicos e privados,

objetivando a execução desta Lei, com prévia autorização legislativa, através de

Projeto de Lei originado do Poder Executivo.

Art. 219 – Esta Lei será regulamentada pelo Poder Executivo, naquilo

que couber, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data de sua

publicação.

Art. 220 – As atividades do COMDEMA serão viabilizadas através da

Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente.

Art. 221 – Caberá ao Poder Executivo a competência de definir a

estrutura organizacional da Secretaria Municipal do Turismo e Meio Ambiente,

objetivando a execução desta Lei e seu regulamento.

Art. 222 – A presente Lei não isenta o infrator das penalidades

previstas nas Leis de competência do Estado e da União.

Art. 223 – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,

revogando expressamente a Lei Municipal nº 643, de 26 de Junho de 2002 e as

disposições em contrário.

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GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE UNA, BAHIA, 03 de Outubro de 2008.

DAVI CERQUEIRA DOS SANTOS

Prefeito do Município

CARLOS ANTÔNIO ANDRADE DA SILVA

Secretário da Administração

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LEI COMPLEMENTAR N 008 DE 03 DE OUTUBRO DE 2008

CÓDIGO DE MEIO AMBIENTE DO MUNICÍPIO DE UNA, BAHIA

ANEXO I – CLASSIFICAÇÃO DOS EMPREENDIMENTOS

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ANEXO I

CLASSIFICAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS SEGUNDO O PORTE

PORTE ÁREA CONSTRUÍDA

(m³)

INVESTIMENTO

TOTAL (R$)

NÚMERO DE

FUNCIONÁRIOS MICRO < 200 < 120.000 <10

PEQUENO > 200 < 2.000 >120.000 < 1.200.000 > 10 < 50

MÉDIO > 2.000 < 10.000 >1.200.000 <

12.000.000

> 50 < 100

GRANDE >10.000 < 40.000 >12.000.000 <

160.000.000

> 100 < 1.000

EXCEPCIONAL > 40.000 > 160.000.000 > 1.000

PORTE

EMPREENDIMENTOS

DE BASE FLORESTAL

Área total (ha)

PROJETOS DE

IRRIGAÇÃO

Área Irrigada

(ha)

PROJETOS

URBANÍSTICOS

Área Total (ha)

MICRO < 300 < 100 < 5

PEQUENO > 300 <700 > 100 < 500 > 5 < 10

MÉDIO > 700 < 5.000 > 500 < 1.000 > 10 < 20

GRANDE > 5.000 < 50.000 > 1.000 < 2.000 > 20 < 50

EXCEPCIONAL > 50.000 >2.000 > 50

PORTE RODOVIAS Extensão

(km)

PISCICULTURA

extensiva, semi-

intensiva e

intensiva Área

(ha)

PISCICULTURA

Super-intensiva

Volume (m³)

MICRO < 20 km < 2 < 500

PEQUENO > 20 km < 50 km > 2 < 10 > 500 < 1.000

MÉDIO > 50 km < 100 km > 10 < 50 > 1.000 < 2.000

GRANDE > 100 km < 200 km > 50 < 100 > 2.000 < 5.000

EXCEPCIONAL > 200 km > 100 > 5.000

PORTE

CARCINICULTURA

Extensivo, semi-

intensiva e intensiva

Área (ha)

CARCINICULTURA

Super-intensiva

Área (ha)

RANICULTURA

Área (ha)

MICRO < 10 < 600 < 50

PEQUENO > 10 < 50 > 600 < 3.000 > 50 < 300

MÉDIO >50 < 200 > 3.000 < 6.000 > 300 < 1.000

GRANDE > 200 < 500 > 6.000 < 12.000 > 1.000 < 50.000

EXCEPCIONAL > 500 > 12.000 > 5.000

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PORTE OSTREICULTURA

Área (ha)

ATERROS

SANITÁRIOS

Produção

(ton/dia)

HOSPITAIS

(Nº de leitos)

MICRO < 2.000 < 10 < 30

PEQUENO > 2000 < 5.000 > 10 < 20 > 30 < 50

MÉDIO > 5.000 < 20.000 > 20 < 60 > 50 < 100

GRANDE > 20.000 < 50.000 > 60 < 100 > 100 < 200

EXCEPCIONAL > 50.000 > 100 > 200

PORTE

LINHAS DE

TRANSMISSÃO

Extensão (km)

LINHA DE

DISTRIBUIÇÃO

Extensão (km)

ERB-POTÊNCIA

TRANSMISSOR

Irradiada (w) MICRO < 10 km < 20 km < 1

PEQUENO > 10 km < 30 km > 20 km < 50 km > 1 < 45

MÉDIO > 30 km < 60 km > 50 km < 100 km > 45 < 200

GRANDE > 60 km < 100 km > 100 km < 150 km > 200

EXCEPCIONAL > 100 km > 150 km ----

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LEI COMPLEMENTAR N 008 DE 03 DE OUTUBRO DE 2008

CÓDIGO DE MEIO AMBIENTE DO MUNICÍPIO DE UNA, BAHIA

ANEXO II

REMUNERAÇÃO BÁSICA PARA ANÁLISE DOS PROCESSOS

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72

ANEXO II

REMUNERAÇÃO BÁSICA PARA ANÁLISE DOS PROCESSOS (*)

TIPO

VALOR (R$)

MANIFESTAÇÃO PRÉVIA – MP

R$ 300,00

AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL – AA

R$ 400,00

AUTORIZAÇÃO DE TRANSPORTE DE RESÍDUOS PERIGOSOS - ATRP

R$ 400,00

LICENÇA SIMPLIFICADA - LS

R$ 500,00

LICENÇA MICRO PORTE PEQUENO

PORTE

MÉDIO

PORTE

GRANDE

PORTE

EXCEPCIONAL

PORTE

LL R$ 400,00 R$ 800,00 R$ 1.500,00 R$ 3.000,00 R$ 6.000,00

LI / LA R$ 750,00 R$ 1.500,00 R$ 3.000,00 R$ 6.000,00 R$ 9.000,00

LO / RLO /

LOA R$ 500,00 R$ 1.000,00 R$ 2.000,00 R$ 5.000,00 R$ 8.000,00

LL – LICENÇA DE LOCALIZAÇÃO;

LI – LICENÇA DE IMPLANTAÇÃO;

LO – LICENÇA DE OPERAÇÃO;

LA- LICENÇA DE ALTERAÇÃO;

RLO – RENOVAÇÃO DA LICENÇA DE OPERAÇÃO;

LOA – LICENÇA OPERAÇÃO DA ALTERAÇÃO;

* Estes valores serão reajustados a partir da variação do Índice de Preços ao

Consumidor Amplo – IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

– IBGE, acumulado no exercício anterior, ou outro que venha a substituí-lo.