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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 31/2013 INSTITUI O CÓDIGO DE OBRAS E EDIFICAÇÕES DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO Autor: Poder Executivo A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO DECRETA: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Seção I Disposições iniciais Art.1º Esta Lei Complementar institui o Código de Obras e Edificações e integra o instrumental geral de regulação urbanística, edilícia e ambiental da Cidade do Rio de Janeiro, juntamente com os demais normativos estabelecidos na Lei Orgânica do Município do Rio de Janeiro e no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro, Lei Complementar nº 111, de 01 de fevereiro de 2011. Art. 2º Esta Lei Complementar tem por finalidade instituir as normas para elaboração de projetos e construção de edificações residenciais, não residenciais e mistas. § 1º As normas presentes nesta Lei Complementar buscam garantir a qualidade da paisagem da cidade, o mais valioso bem da Cidade, conforme dispõe o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro, a qualidade arquitetônica das edificações e sua fruição. § 2º Para os projetos de empreendimentos habitacionais de interesse social vinculados à política habitacional Municipal, Estadual ou Federal prevalecerão os parâmetros definidos pela legislação específica. Art. 3º Esta Lei Complementar contém dispositivos sobre as seguintes matérias: I. Dispositivos gerais das edificações; II. Elementos externos e complementares; III. Elementos internos das edificações;

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  • PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N 31/2013

    INSTITUI O CDIGO DE OBRAS E EDIFICAES DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

    Autor: Poder Executivo

    A CMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO

    DECRETA:

    TTULO I DAS DISPOSIES GERAIS

    Seo I Disposies iniciais

    Art.1 Esta Lei Complementar institui o Cdigo de Obras e Edificaes e integra o instrumental geral de regulao urbanstica, edilcia e ambiental da Cidade do Rio de Janeiro, juntamente com os demais normativos estabelecidos na Lei Orgnica do Municpio do Rio de Janeiro e no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentvel do Municpio do Rio de Janeiro, Lei Complementar n 111, de 01 de fevereiro de 2011.

    Art. 2 Esta Lei Complementar tem por finalidade instituir as normas para elaborao de projetos e construo de edificaes residenciais, no residenciais e mistas.

    1 As normas presentes nesta Lei Complementar buscam garantir a qualidade da paisagem da cidade, o mais valioso bem da Cidade, conforme dispe o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentvel do Municpio do Rio de Janeiro, a qualidade arquitetnica das edificaes e sua fruio.

    2 Para os projetos de empreendimentos habitacionais de interesse social vinculados poltica habitacional Municipal, Estadual ou Federal prevalecero os parmetros definidos pela legislao especfica.

    Art. 3 Esta Lei Complementar contm dispositivos sobre as seguintes matrias:

    I. Dispositivos gerais das edificaes; II. Elementos externos e complementares; III. Elementos internos das edificaes;

  • IV. Partes comuns; V. Instalaes e equipamentos; VI. Reforma, modificao, transformao de uso e legalizao; VII. Sustentabilidade, paisagem e meio ambiente; VIII. Acessibilidade; IX. Preparao e proteo para execuo de obras; X. Passeios e logradouros pblicos.

    Art. 4 Os ndices e parmetros urbansticos relacionados s condies das edificaes e aos grupamentos de edificaes devem observar, alm do estabelecido nesta Lei Complementar, as definies da Lei de Uso e Ocupao do Solo, da Lei de Parcelamento do Solo, das legislaes de uso e ocupao do solo locais e demais normas especficas.

    Art. 5 Complementarmente s disposies desta Lei Complementar, devem ser observadas as normas tcnicas pertinentes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas - ABNT, normas regulamentadoras do Ministrio do Trabalho, do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro CBMERJ e do rgo municipal responsvel pela fiscalizao de instalaes e equipamentos mecnicos.

    Seo II Classificao das edificaes

    Art. 6 Para aplicao desta Lei Complementar, as edificaes e suas partes sero classificadas considerando-se as funes e disposies caractersticas dos seguintes usos:

    I. Edificao residencial - destinada a abrigar o uso residencial permanente que pode se subdividir em: a) Unifamiliar destinada a abrigar uma unidade residencial; b) Bifamiliar destinada a abrigar duas unidades residenciais, superpostas ou justapostas; c) Multifamiliar destinada a abrigar mais de duas unidades residenciais. II. Edificao mista: destinada a abrigar o uso residencial juntamente com usos no residenciais em unidades autnomas, com acessos independentes, desde que permitida a convivncia dos usos; III. Edificao no residencial: destinada a abrigar os usos industrial, comercial e de servios.

    Art.7 As edificaes no residenciais podem se subdividir em:

    a) Edificao de uso exclusivo destinada a abrigar um nico uso ou atividade no residencial no lote, apresentando uma nica numerao; b) Edificao constituda por unidades autnomas edificao destinada a abrigar usos e atividades no residenciais, apresentando mais de uma unidade autnoma.

    Subseo I Condies das Edificaes Uni e Bifamiliar

    Art. 8 As edificaes residenciais unifamiliares e bifamiliares, desde que mantidas as condies de salubridade e higiene da habitao, ficam dispensadas das seguintes exigncias:

  • a) rea mnima das unidades; b) Dimenses mnimas das circulaes; c) Dimenses mnimas dos vos de acesso; d) Dimenses mnimas dos compartimentos; e) Dimenses mnimas dos vos de iluminao e ventilao; f) Dimenses mnimas dos reservatrios de gua; g) Atendimento s normas tcnicas de acessibilidade; h) Soma da rea de projeo mxima de edculas.

    Art. 9 Os prismas e afastamentos laterais, de fundos e entre edificaes unifamiliares e bifamiliares com altura no superior a 11,00 m (onze metros) sero de:

    I. 1,50 m para edificaes de at 7,50 m, II. 2,50 m para edificaes com altura superior a 7,50 m. III. 3,00 m para afastamento entre edificaes.

    1 Os prismas e afastamentos exclusivos para ventilao de cozinhas e banheiros das edificaes com altura superior a 7,50m (sete metros e cinquenta centmetros) podero ter dimenso mnima de 1,50m (um metro e cinquenta centmetros).

    2 Os prismas exclusivos para ventilao de banheiros, podero ter a dimenso mnima de 1,00 m (um metro), independente da altura da edificao.

    TTULO II DAS CONDIES DE CONSTRUO DAS EDIFICAES

    CAPTULO I DAS DISPOSIES GERAIS

    Art. 10 Para os fins desta Lei Complementar consideram-se:

    I Edificao afastada das divisas, aquela que apresenta afastamentos mnimos das divisas laterais e de fundos dimensionados na forma estabelecida nesta Lei Complementar, haja ou no abertura de vos de iluminao e ventilao. II Edificao no afastada das divisas, aquela que no apresente afastamento em relao a pelo menos uma das divisas do lote.

    Pargrafo nico Prevalecem sobre o disposto neste captulo, as disposies especficas da legislao de uso e ocupao do solo local.

    Art. 11 As edificaes afastadas e no afastadas das divisas podero apresentar embasamento, no afastado das divisas, que exceda a projeo dos pavimentos superiores, quando permitido pela da legislao de uso do solo local, obedecidas as disposies desta Lei Complementar e da Lei de Uso e Ocupao do Solo.

    Seo I Dimenses das edificaes

    Art. 12 A altura, o comprimento, a largura, os afastamentos e o nmero de pavimentos das edificaes so determinados pela Lei de Uso e Ocupao do Solo local ou legislao especfica em vigor.

  • Pargrafo nico - As dimenses das edificaes sero sempre expressas em projetos por valores em metros, correspondentes a medidas acabadas, no sendo admitidas medidas em osso.

    Art. 13 Sero admitidas as justaposies horizontais de unidades residenciais inclusive com entradas independentes, sendo o conjunto destas unidades considerado como uma nica edificao, que obedecer altura, comprimento e largura das edificaes determinados pela legislao em vigor.

    Seo II Afastamentos

    Art. 14 As edificaes atendero s disposies estabelecidas nesta seo, visando assegurar condies mnimas de salubridade e higiene de seus compartimentos.

    Art. 15 Os afastamentos laterais e de fundos das edificaes, quando utilizados para ventilar ou iluminar compartimentos sero equivalentes, no mnimo, a 1/5 da altura da edificao, no podendo ser inferiores a 2,50 m (dois metros e cinquenta centmetros), e sero constantes em toda a altura e permetro e contnuos ao longo de toda a divisa.

    Pargrafo nico - A altura da edificao ser considerada como a medida entre o nvel do 1 compartimento iluminado ou ventilado e o nvel superior do ltimo pavimento, no sendo considerado o eventual pavimento de cobertura quando recuado no mnimo 1,50 m da linha da fachada e o Pavimento de Uso Comum, nas condies constantes na Representao Grfica.

    Representao Grfica

    Logradouro

    Afastamentofrontal

    Divisa

    Div

    isa

    Divis

    a

    afast. afast.

    afast.

    Logradouro

    Afastamentofrontal

    Divisa

    Div

    isa

    Divis

    a

    afast.

  • Estacionamento

    Estacionamento

    PUC

    1

    N = Altura daEdificao

    Div

    isa

    afast. afast.

    1 Afastamento = 1,50m

    Art. 16 Os afastamentos entre edificaes afastadas das divisas no mesmo lote sero equivalentes, no mnimo, a 2/5 da mdia das alturas das edificaes.

    Pargrafo nico No sero computados na altura da edificao os elementos construtivos ou partes da edificao que no interfiram na ventilao e iluminao dos compartimentos, conforme condies estabelecidas nesta Lei Complementar.

    Art. 17 Os prismas classificam-se em:

    I. Prisma de Ventilao e Iluminao (PVI) o que proporciona condies de ventilao e iluminao a um compartimento de permanncia prolongada; II. Prisma de Ventilao (PV) o que proporciona condies de ventilao a um compartimento de permanncia transitria.

    Art. 18 A seo horizontal dos prismas observar os seguintes limites:

    I. Prisma para Ventilao e Iluminao - PVI: a) A seo horizontal mnima do prisma dever ser constante ao longo de toda a sua altura. b) Nenhum dos lados da figura formada pela seo horizontal poder ser menor do que (um quarto) da altura do prisma, no podendo sua medida ser menor que 3,00m, devendo os ngulos internos da figura formada pela seo estarem compreendidos entre 90 graus e 180 graus.

    II. Prismas para Ventilao - PV: a) A seo horizontal mnima do prisma dever ser constante ao longo de toda a sua altura b) Nenhum dos lados da figura formada pela seo horizontal poder ser menor do que 1/20m (um vigsimo) da altura do prisma, no podendo sua medida ser menor que

  • 1,00m, devendo os ngulos internos da figura formada pela seo estarem compreendidos entre 90 graus e 180 graus.

    Representao Grfica

    Prisma

    Prisma

    Logradouro

    Afastamentofrontal

    Divisa

    Div

    isa

    Div

    isa

    afast.

    afast.

    Fachada frontal

    Fachada dosfundos

    Fachadalateral

    livre

    Prisma

    Art. 19 Prismas para ventilao e iluminao e para ventilao de compartimentos situados nos embasamentos, subsolos e pavimentos destinados a estacionamento e partes comuns das edificaes devero observar as seguintes condies:

    I. Nos prismas que se comunicam com o espao aberto do embasamento (rea de afastamento) a altura ser considerada entre o nvel do piso do 1 compartimento iluminado ou ventilado e o nvel de abertura do prisma para o espao de afastamento.

    II. Ser vedada a utilizao de prismas que se comuniquem com o espao coberto do embasamento (projeo da edificao), salvo se o prisma for prolongamento de um prisma existente na edificao, devendo, neste caso, as alturas dos prismas serem somadas para efeito do clculo das dimenses de sua seo horizontal.

    III. No caso da utilizao de prismas para ventilao de estacionamentos: a) Devero ser exclusivos, no podendo servir para ventilar outro tipo de compartimento situado nos embasamentos, subsolos e pavimentos destinados a estacionamento e partes comuns, exceto os compartimentos destinados a lixo ou depsitos; b) No podero ser prolongamentos de prismas de ventilao existentes na edificao; c) Caso sejam prolongamento de prismas de ventilao e iluminao, a seo horizontal destes, na parte residencial, dever corresponder, para este efeito, no mnimo a 1/25 da rea de estacionamento por eles ventilada, sendo neste caso obrigatria a ventilao cruzada;

  • d) As sadas dos prismas podero ser protegidas contra a chuva, mantidas na abertura as dimenses mnimas do prisma; e) Poder haver comunicao entre os prismas existentes na edificao e a rea de estacionamento.

    Representao Grfica

    Estacionamento

    Estacionamento

    PUC

    1

    N = Altura daEdificao

    1 Elementos de Cobertura Afast. > 1,50m - No conta a altura do elemento na altura do prisma Afast.< 1,50m - Conta a altura do elemento na altura do prisma

    1

    L = Lado da Seodo Prisma

    Pris

    ma

    Construo empavto. decobertura

    L

    N

    Prisma de ventilaoEstacionamento

    A

    A

    Art. 20 No sero computados na medida da altura do prisma os elementos construtivos ou partes da edificao que no interfiram na ventilao e iluminao dos compartimentos.

    Art. 21 Nenhum prisma poder ter suas dimenses mnimas reduzidas ou ser ocupado, por qualquer elemento construtivo, inclusive em balano.

    Art. 22 Para efeito da aplicao do que dispe esta seo, aceito o direito real de servido de reas contguas s divisas para formao de prismas, respeitado o disposto no artigo anterior.

    Pargrafo nico A servido de reas contguas s divisas para formao de prismas fica subordinada concordncia dos proprietrios dos terrenos contguos, estabelecida por escritura pblica devidamente registrada no Registro Geral de Imveis.

  • Art. 23 Quando houver rea coletiva para iluminar e ventilar edificaes de uma quadra, essa rea ser considerada para os efeitos do que dispe este Captulo desde que respeitado o artigo 1301 do Cdigo Civil.

    Subseo I Reentrncias

    Art. 24 As reentrncias em fachadas (frontais, laterais ou de fundos) devero obedecer s seguintes disposies:

    I. Quando servirem a compartimentos cujas aberturas se situem perpendicularmente ao plano da fachada, sero calculadas como se fossem PVI ou PV, segundo seja a reentrncia utilizada para ventilao e iluminao ou ventilao somente, devendo a seo horizontal ser mantida em toda altura da edificao. II. Quando servirem a compartimentos cujas aberturas se situem paralelamente ao plano da fachada: a) A largura mnima da reentrncia ser de 1,50 m; b) A profundidade dos compartimentos ser calculada a partir do plano da fachada para efeito de limite de iluminao; c) As sees horizontais da reentrncia, neste caso, no so obrigatoriamente constantes ao longo da altura; d) Se a abertura da reentrncia for igual ou maior que a medida mnima do prisma necessrio a sua altura, o limite de profundidade para os compartimentos ser medido pela face interna da reentrncia, devendo neste caso a seo ser constante em toda a altura. III. As reentrncias com profundidade de at 0,80 m so livres de qualquer exigncia quanto largura. IV. As reentrncias com paramentos cegos (sem aberturas) so livres de qualquer exigncia. V. No ser considerado como reentrncia o plano recuado de uma fachada, cuja extenso, alm de ser igual ou superior ao lado do prisma mnimo calculado para a altura da edificao, seja igual ou maior que metade do comprimento total desta mesma fachada.

    Representao Grfica

  • L

    Plano de Fachada

    JanelaJanela

    L = Lado da seo do prisma

    L > L1 > 1,50m

    Plano de Fachada

    Janela

    L1 = Abertura da Reentrncia

    L1

    Profundidade2,5 x altura docompartimento

    CAPTULO II DOS ELEMENTOS EXTERNOS E COMPLEMENTARES

    Seo I Varandas, sacadas e salincias

    Art. 25 As varandas, salincias, beirais, marquises, toldos, jiraus, vitrines, muros de sustentao, fechamentos de terrenos e outros elementos externos ou complementares da edificao atendero s condies estabelecidas nesta Lei Complementar quanto a funcionalidade, dimensionamento e localizao.

    Art. 26 As fachadas podero apresentar, balanceadas sobre o afastamento frontal mnimo, varandas abertas com a profundidade mxima igual a 2,00 m, no sendo computadas na rea Total Edificvel e na Taxa de Ocupao mxima, ressalvada disposio especfica definida em legislao de uso e ocupao do solo local.

    Pargrafo nico. As varandas podero ocupar toda a extenso da fachada, devendo distar, no mnimo, 1,50 m (um metro e cinquenta centmetros) das divisas do terreno no caso de edificao no afastada das divisas.

    Art. 27 As fachadas podero apresentar balanceadas sobre os afastamentos mnimos, lateral, de fundos e entre edificaes, sacadas abertas, com profundidade mxima igual a 0,80 m (oitenta centmetros), no sendo computadas na rea Total Edificvel e na Taxa de Ocupao mxima.

  • Pargrafo nico. As sacadas podero ocupar toda a extenso da fachada, devendo distar, no mnimo, 2,50 m (dois metros e cinqenta centmetros) das divisas laterais e de fundos.

    Art. 28 As salincias esto limitadas, quando em balano sobre as linhas limites de afastamento ou linha de fachada, a uma medida mxima de 0,60 m (sessenta centmetros).

    Art. 29 No so permitidos elementos construtivos balanceados sobre as sees mnimas dos prismas e reentrncias.

    Art. 30 As lajes do teto das varandas e sacadas do ltimo pavimento das edificaes e demais elementos construtivos exigidos pelo Cdigo de Segurana Contra Incndio e Pnico, podero ser incorporadas ao piso do pavimento de cobertura como terraos descobertos, no podendo a rea correspondente ser acrescida rea do ltimo pavimento para efeito de clculo da ocupao mxima e dos afastamentos estabelecidos na lei de uso e ocupao do solo local ou legislao especfica.

    Seo II Marquises

    Art. 31 No sero permitidas marquises balanceadas sobre o logradouro pblico.

    Art. 32 Fica permitida a construo de marquises balanceadas sobre os afastamentos das edificaes, dentro dos limites do lote, obedecidas as seguintes condies:

    I. Tero profundidade mxima de 2,00m(dois metros) II. Tero altura mnima de 2,50m (dois metros e meio) em relao soleira da porta ou entrada qual d proteo. III. Permitiro o escoamento das guas pluviais exclusivamente para dentro dos limites do lote. IV. No prejudicaro a arborizao, iluminao pblica e as placas de nomenclatura e numerao. V. Devero ser executadas em estrutura metlica ou similar, desvinculadas da estrutura da edificao, no sendo permitida, em hiptese alguma, sua execuo em concreto armado.

    Pargrafo nico: Nos locais onde o afastamento mnimo frontal for igual ou superior a 10,00 m (dez metros) ser admitido o balano de at 5,00 m (cinco metros) sobre o afastamento.

    Seo III Coberturas

    Art. 33 No pavimento de cobertura das edificaes, o tratamento das fachadas dever ser integrado composio arquitetnica do restante da edificao.

    Art. 34 As coberturas sero providas de dispositivos que permitam o esgotamento das guas pluviais dentro dos limites do terreno.

    Seo IV

  • Coroamento

    Art. 35 Os equipamentos e os elementos construtivos localizados nos pavimentos de cobertura e nos telhados devero estar integrados composio arquitetnica da edificao sem se caracterizarem to somente como elementos funcionais acessrios.

    Pargrafo nico - Aplica-se o disposto no caput deste artigo s obras de modificaes nos pavimentos de cobertura e nos telhados das edificaes existentes.

    Seo V Demais elementos

    Art. 36 A localizao, dimensionamento e demais especificaes dos reservatrios dgua, casa de mquinas e outros equipamentos tcnicos, obedecero s exigncias determinadas pelas Concessionrias e rgos competentes e ao disposto na Lei de Uso e Ocupao do Solo, legislao de uso do solo local e legislao especfica, observada as disposies constantes da legislao de proteo relativas paisagem.

    Art. 37 As fundaes e estruturas devero ficar situadas inteiramente dentro dos limites do terreno, sem prejuzo para as edificaes vizinhas, os logradouros e as instalaes de servios pblicos.

    Art. 38 Os muros de sustentao dos terrenos devero garantir o escoamento das guas superficiais e de infiltrao.

    CAPTULO III DOS ELEMENTOS INTERNOS DA EDIFICAO

    Seo I Compartimentos

    Subseo I Classificao

    Art. 39 Para os fins desta Lei Complementar, os compartimentos sero sempre considerados pela sua utilizao lgica na edificao e so classificados conforme a funo a que se destinam e de acordo com as condies de ventilao e iluminao exigidas.

    Art. 40 Os compartimentos de permanncia prolongada so: I. Quartos; II. Salas; III. Cozinhas; IV. Lojas; V. Salas comerciais. VI. Aquelas definidas por legislao especfica referente a atividades especiais.

    Pargrafo nico - Os demais compartimentos so considerados de permanncia transitria.

  • Subseo II Dimensionamento das unidades residenciais e de seus compartimentos

    Art. 41 Os compartimentos sero dimensionados de forma a possibilitar o desenvolvimento das atividades a que se destinam com condies de conforto ambiental, salubridade, segurana e funcionalidade, atendidas as demais normas aplicveis.

    Art. 42 O somatrio das reas teis dos compartimentos das unidades residenciais das edificaes multifamiliares ou mistas ser no mnimo de 30,00 m (trinta metros quadrados).

    Art. 43 A unidade residencial de edificaes multifamiliares e mistas constituda no mnimo por dois compartimentos de permanncia prolongada, um banheiro e uma cozinha.

    Art. 44 Os compartimentos das unidades residenciais em edificaes multifamiliares ou mistas devero atender s dimenses mnimas teis estabelecidas no quadro abaixo:

    Compartimento Dimenso mnima

    rea Mnima til Largura x comprimento

    Altura minima til

    Sala 2,50 m 2,50 m 12,00 m Quarto 2,50 m 2,50 m 6,00 m

    Cozinha 1,50 m 2,20 m 4,00 m Banheiro 0,80 m 2,20 m 1,50 m

    1 A altura mnima til de um compartimento dever ser mantida constante em toda a rea do mesmo.

    2 Pelo menos um banheiro dispor de vaso, chuveiro e lavatrio dispostos sem superposio das peas.

    3. Nas unidades residenciais, a cozinha poder ser integrada sala, devendo o conjunto assim constitudo ter uma rea mnima de 16,00 m e somente poder ser utilizado em unidades residenciais com at dois compartimentos habitveis, devendo ser mantidas as dimenses mnimas e condies de ventilao e de iluminao de cada compartimento.

    Art. 45 Os proprietrios podero dispor livremente os compartimentos, desde que respeitadas as estruturas, as condies de segurana, as dimenses mnimas e os vos de ventilao e iluminao exigidos para cada um dos compartimentos.

    Art. 46 Os vos das portas de acesso aos compartimentos de edificaes residenciais multifamiliares devero atender s seguintes condies mnimas:

    I. De acesso s salas, cozinhas e reas de servio: 0,80 x 2,10 m; II. De acesso a quartos e outros compartimentos de permanncia prolongada: 0,70 x 2,10 m; III. De acesso aos demais compartimentos: 0,60 x 2,10 m.

    Art. 47 As circulaes vertical e horizontal privativas, para uso exclusivo em uma unidade residencial multifamiliar tero largura mnima de 0,80 m (oitenta centmetros).

  • Pargrafo nico. As escadas tipo caracol ou leque sero admitidas quando ligando pavimentos da mesma unidade.

    Subseo III Dimensionamento das unidades no residenciais e de seus compartimentos

    Art. 48 As salas destinadas a comrcio ou servios devero ter a largura mnima de 2,00 m e altura mnima til de 2,50m.

    Art. 49 As circulaes vertical e horizontal privativas, para uso exclusivo das salas tero largura mnima de 0,80 m (oitenta centmetros).

    Art. 50 Os vos das portas de acesso s salas tero 0,80 x 2,10 m.

    Art. 51 As lojas tero largura mnima de 2,00 m e altura mnima til de 3,00 m.

    Pargrafo nico. Ser permitido rebaixo de teto decorativo.

    Art. 52 Ser permitido jirau em lojas, localizadas em qualquer nvel da edificao, desde que atenda aos seguintes requisitos:

    I. Altura mnima til de 2,20m (dois metros e vinte centmetros) tanto para a parte superior quanto para a parte inferior ao mesmo; II. rea limitada a 50% da rea til do compartimento onde for construdo; III. Quando destinado a depsito, ser admitida a altura mnima til de 1,90m (um metro e noventa centmetros) e escada de acesso mvel; IV. No prejudicar as condies de iluminao e ventilao do compartimento onde for construdo.

    Art. 53 As unidades no residenciais, salas e lojas, devero dispor de sanitrios de uso coletivo ou individual.

    Subseo IV Dimensionamento das unidades hoteleiras

    Art. 54 As edificaes destinada a servio de hospedagem devero atender s seguintes condies:

    I. Os quartos devero ter rea mnima de 8,00 m2, largura mnima de 2,00m e altura mnima til de 2,50m; II. Haver no mnimo um sanitrio completo, com vaso, chuveiro e lavatrio dispostos sem superposio de peas, para cada 2 (duas) unidades;

    Subseo V Ventilao e iluminao dos compartimentos

    Art. 55 Os compartimentos sero iluminados e ventilados por aberturas, vos ou janelas, cuja rea mnima ser proporcional rea e profundidade do compartimento considerado, de forma a garantir condies de conforto ambiental, conforme a funo a

  • que se destine.

    Art. 56 Os vos de ventilao e iluminao dos compartimentos devero se comunicar, com o espao externo constitudo por afastamentos frontais, laterais e de fundos ou prismas de ventilao e iluminao.

    Pargrafo nico. A abertura dos vos se far diretamente ou atravs de terraos abertos, cobertos ou descobertos ou varandas.

    Art. 57 A ventilao natural admitida atravs de vos abertos diretamente para Prismas de Ventilao ou atravs de dutos e rebaixos de outro compartimento, sem auxilio mecnico.

    Art. 58 A Ventilao Mecnica feita com o auxlio de equipamentos mecnicos e dever atender s determinaes do rgo Municipal Competente responsvel pela regulao e licenciamento destes equipamentos.

    Art. 59 Os compartimentos de permanncia prolongada devero sempre possuir ventilao e iluminao natural.

    Art. 60 Os compartimentos de permanncia provisria quando no tiverem ventilao natural adequada de acordo com o determinado nesta Lei Complementar, devero ter sua ventilao assegurada por dutos, sistemas de ar condicionado ou de ventilao mecnica.

    Subseo VI Dimensionamento dos vos de iluminao e ventilao dos compartimentos das

    unidades residenciais.

    Art. 61 Os vos mnimos de ventilao e iluminao dos compartimentos das unidades residenciais das edificaes multifamiliares ou mistas sero os seguintes:

    I. SaIas / Quartos - Ventilao e iluminao natural obrigatrias atravs de vos com um mnimo de 1/6 de rea do compartimento, devendo possuir dispositivos (portas ou janelas) que permitam a iluminao e ventilao do compartimento, devendo a iluminao ser garantida na totalidade do vo e a ventilao na metade deste, no mnimo, quando da abertura dos dispositivos (portas ou janelas);

    II. Cozinha / Copa - Ventilao e iluminao natural obrigatrias atravs de vos com um mnimo de 1/8 da rea do compartimento;

    III. Conjunto Sala / Cozinha - Ventilao e iluminao natural obrigatrias, devendo corresponder no mnimo a 1/6 da rea do conjunto; alm do vo de iluminao e ventilao ser exigido um outro vo, somente de ventilao, situado junto cozinha, com 0,80m2 de rea mnima, podendo estar ligado a prisma de ventilao e iluminao, prisma de ventilao ou espao de afastamento;

    IV. Banheiros e lavabos - Ventilao obrigatria podendo ser: a) Ventilao natural atravs de vos com um mnimo de 1/8 da rea do compartimento; b) Ventilao natural atravs de dutos - vos de ventilao com um mnimo de 1/6 da rea do compartimento, no podendo o duto ter um comprimento maior que 6 metros; c) Ventilao mecnica - atravs de dutos de exausto forada com dimensionamento

  • e condies estabelecidas nas normas especficas em vigor e licenciadas no rgo Municipal Competente.

    Pargrafo nico As Circulaes internas ficam dispensadas de ventilao e iluminao.

    Art. 62 Os vos sero dimensionados para garantir iluminao natural a pontos distantes no mximo 2,5 vezes altura til dos compartimentos.

    1 Para distncia maior, limitada a 4 vezes a altura til, a rea dos vos de ventilao e iluminao ser aumentada para: a) Quartos e salas - mnimo de 1/4 da rea do compartimento; b) Cozinha/copa - mnimo de 1/6 da rea do compartimento, podendo, no entanto, ser mantido o vo de 1/8 da rea, caso a ventilao de 1/6 da rea de cozinha seja completada na extremidade no iluminada por um vo comunicando-se com prisma de ventilao.

    2 Para efeito do disposto no 1, os compartimentos que so obrigados somente a possuir vos de ventilao no tero profundidade limitada.

    3 A profundidade do compartimento ser sempre contada a partir do plano que define o prisma ou espao de afastamento.

    Art. 63 Nenhum compartimento poder ser iluminado ou ventilado atravs de outro compartimento, inclusive atravs de circulaes ou corredores internos do compartimento com mais de 0,80m de comprimento.

    Art. 64 Os terraos cobertos que servirem para iluminar e ventilar compartimentos para eles voltados devero apresentar as seguintes condies:

    a) Largura mnima de 1,50m; b) Vo de ventilao e iluminao equivalente no mnimo soma dos vos de ventilao e iluminao dos compartimentos que o utilizam para tal finalidade, no se admitindo dispositivos de vedao, devendo este vo ter a largura idntica a do terrao e altura nunca inferior a 1,20m; c) Altura til mnima igual a 2,20m; d) Profundidade mxima igual a largura quando servirem a compartimentos cujas aberturas se situem perpendicularmente ao plano da fachada.

    Art. 65 Os vos mnimos de ventilao e iluminao dos compartimentos destinados a dependncias de uso comum das edificaes residenciais observaro as seguintes condies:

    I. Compartimentos administrativos e de lazer e dormitrios: Ventilao e iluminao natural obrigatrias atravs de vos com um mnimo de 1/6 de rea do compartimento; II. Vestirio: ventilao obrigatria atravs de vos com um mnimo de 1/8 da rea do compartimento; III. Banheiro: ventilao natural atravs de janelas ou dutos cuja rea mnima ou seo dever corresponder a 1/8 ou, em caso de dutos, a 1/6 da rea do piso do compartimento, ou atravs de dutos de exausto forada com dimensionamento e condies estabelecidas nas normas especficas em vigor; IV. Refeitrio: ventilao obrigatria atravs de vos com um mnimo de 1/8 da rea do compartimento.

  • Subseo VII Dimensionamento dos vos de iluminao e ventilao dos compartimentos das

    unidades e reas no residenciais.

    Art. 66 As Lojas tero ventilao e iluminao natural por abertura equivalente no mnimo a 1/6 (um sexto) da rea til da loja ou jirau.

    1 Ser admitida a utilizao de equipamentos de condicionamento de ar dimensionados de acordo com as normas especficas em vigor e licenciadas no rgo Municipal Competente.

    2 Os vos sero dimensionados para propiciar iluminao natural s lojas e jiraus para locais distantes no mximo 2,5 vezes a altura til dos compartimentos.

    3 A distncia pode ser maior e limitada a 4 (quatro) vezes a altura til, devendo ser aumentada a rea dos vos de iluminao e ventilao para (um quarto) da rea til do compartimento.

    Art. 67 Os locais destinados instalao de sanitrios para lojas podero ter ventilao natural por prisma de ventilao ou espao determinado por afastamentos frontais, laterais e de fundos, atravs de janelas ou dutos cuja rea mnima ou seo dever corresponder a 1/8 da rea do piso do compartimento, no podendo o comprimento do duto exceder a 6 metros.

    Pargrafo nico. Poder ser adotada ventilao mecnica cujo dimensionamento e demais condies devero atender as normas especficas em vigor e serem licenciadas no rgo Municipal Competente.

    Art. 68 As cozinhas instaladas em lojas tero ventilao natural por aberturas equivalentes no mnimo a 1/8 (um oitavo) da rea til do compartimento.

    Pargrafo nico. Poder ser adotada ventilao mecnica cujo dimensionamento e demais condies devero atender as normas especficas em vigor.

    Art. 69 As salas devero ser iluminadas e ventiladas por abertura (vos ou janelas) cuja rea mnima total ser equivalente a 1/6 (um sexto) da rea til da sala, no havendo exigncia quanto ao limite da profundidade do compartimento.

    Art. 70 Os vos mnimos de ventilao e iluminao dos compartimentos destinados a dependncias de uso comum das edificaes no-residenciais observaro as seguintes condies:

    I. Compartimentos administrativos e de lazer e dormitrios: Ventilao e iluminao natural obrigatrias atravs de vos com um mnimo de 1/6 de rea do compartimento; II. Vestirio: ventilao obrigatria atravs de vos com um mnimo de 1/8 da rea do compartimento; III. Banheiro: ventilao natural atravs de janelas ou dutos cuja rea mnima ou seo dever corresponder a 1/8 ou, em caso de dutos, a 1/6 da rea do piso do compartimento, ou atravs de dutos de exausto forada com dimensionamento e condies estabelecidas nas normas especficas em vigor e licenciadas pelo rgo Municipal Competente;

  • IV. Refeitrio: ventilao obrigatria atravs de vos com um mnimo de 1/8 da rea do compartimento.

    Art. 71 Os estacionamentos devero ter ventilao natural atravs de vos com 1/25 da rea de estacionamento, podendo ser reduzidos para 1/50 caso a ventilao se faa em faces opostas cruzada.

    1 A ventilao dos estacionamentos somente poder ser feita por prismas se os mesmos forem exclusivos.

    2 No havendo ventilao natural, ser obrigatria a instalao de ventilao mecnica com equipamentos de exausto.

    Art. 72 Os demais compartimentos no residenciais obedecero as normas especficas em vigor para cada uso ou atividade.

    Seo II Partes comuns

    Subseo I Acessos, circulaes e portas de uso comum

    Art. 73 Alm do disposto nesta Subseo, devero ser observadas as normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ e demais disposies aplicveis, para o dimensionamento e definio das caractersticas de todas as circulaes horizontais e verticais, acessos, portas de uso comum e rotas de sada.

    1 Sero considerados no dimensionamento a populao a escoar e as atividades desenvolvidas na edificao.

    2 No ser permitida a existncia de qualquer obstculo de carter permanente ou transitrio no espao livre obrigatrio determinado pelas dimenses mnimas exigidas.

    Art. 74 Todas as unidades de edificaes residenciais multifamiliares tero acesso direto s circulaes de uso comum.

    Pargrafo nico Ficam dispensadas as unidades que tenham acesso direto pelas reas comuns externas da edificao.

    Art. 75 Nas edificaes de uso misto, os acessos e as circulaes horizontais e verticais destinados s unidades de uso residencial devero ser separados e independentes dos destinados a outros usos.

    Pargrafo nico - Ser permitido o acesso e a circulao comuns para o estacionamento.

    Art. 76 A capacidade dos elevadores, escadas rolantes ou dispositivos de circulao por meios mecnicos no ser considerada para efeito de escoamento da populao da edificao.

    Art. 77 A largura mnima das circulaes de uso comum ser de 1,20m (um metro e vinte centmetros) para os primeiros 10 m de comprimento contados a partir do eixo da escada de uso comum ou escape, ou porta de acesso.

  • Pargrafo nico. Para as distncias maiores de 10 metros:

    I. Edificaes residenciais: sero acrescentados 0,02m (dois centmetros) na largura por cada metro excedente; II. Edificaes no residenciais: sero acrescentados 0,05m (cinco centmetros) na largura por cada metro excedente.

    Art.78 A largura mnima das circulaes de acesso dos locais de reunio ser de 2,50 m (dois metros e cinquenta centmetros) para locais cuja rea destinada ao pblico seja igual ou inferior a 500,00 m; excedida essa rea, haver um acrscimo de 0,05 m na largura, para cada 10,00 m de acrscimo.

    Art.79 Nos hotis e motis, a largura mnima das circulaes ser de 1,50 m.

    Art. 80 A altura mnima til das circulaes de uso comum de 2,30m.

    Art. 81 A ventilao no obrigatria para circulaes de uso comum com comprimento de at 40 metros, devendo as circulaes com dimenses superiores atender ao exigido pelas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    Art. 82 Todas as circulaes horizontais de uso comum sero interligadas verticalmente por escadas, rampas ou equipamento mecnico, acessvel a pessoas com deficincia ou mobilidade reduzida.

    Art. 83 A circulao de acesso s lojas ser feita por galerias que devero observar s seguintes condies, desde que atendida a populao a escoar, conforme as normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ:

    I. O comprimento das galerias limitado pelas distncias mximas a serem percorridas para atingir um local seguro e sua altura mnima til de 3,00 m. II. As galerias devem ter uma largura mnima de 3,00 m para uma extenso mxima de 15,00 m a contar do acesso mais prximo; para cada 5 metros ou frao de acrscimo a esta extenso, a largura ser aumentada em 10%.

    Pargrafo nico - As galerias que servirem para escoamento de auditrios, cinemas, teatros ou locais de reunio pblica devero ter sua largura dimensionada atendendo o que determinam as normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ, sem prejuzo pelo estabelecido na presente Lei Complementar.

    Art. 84 As edificaes residenciais multifamiliares, quando isentas expressamente da instalao de elevadores, podero se utilizar de escadas de uso comum no enclausuradas.

    Art. 85 As escadas de uso comum, enclausuradas ou no enclausuradas, devero atender o disposto nas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ e adicionalmente s seguintes condies:

    I. Devero ter a largura til mnima de 1,20 m (um metro e vinte centmetros) em todo o seu desenvolvimento, no sendo permitido o uso de degraus em leque para mudana de direo. II. Passagem livre com altura mnima de 2,30 m (dois metros e trinta centmetros); III. Lance mximo de 16 degraus entre patamares;

  • IV. O corrimo dever estar situado de ambos os lados da escada e atender s normas do CBMERJ; V. No podero distar mais de 20,00 m da porta de acesso de qualquer unidade.

    Art. 86 As escadas de uso comum no enclausuradas devero ter ventilao obrigatria de acordo com o estabelecido pelas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    Art. 87 As rampas de uso comum tero largura til mnima de 1,20m e sua inclinao deve atender a relao 1:12 e ao disposto nas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ e nas normas tcnicas de acessibilidade.

    Art. 88 Nas edificaes sem elevadores no h exigncia quanto a dimenses mnimas de hall, tomando-se como referncia o mnimo exigido para as circulaes naquele local.

    Art. 89 O hall dos elevadores ser dimensionado em funo da profundidade dos poos de elevadores de acordo com o seguinte quadro, onde A a medida de profundidade (interna) do maior dos poos e B a largura do hall.

    Nmero de elevadores B (min. = 1,50 m) 1 -2 0,8 A/1,2 A* 3 -4 1,2 A 5 -6 1,4 A 7 -8 1,6 A * quando as portas de elevadores forem frontais uma outra.

    Representao Grfica

    Art. 90 A dimenso mnima do hall ser tambm determinada pela dimenso da circulao que lhe d acesso, no podendo ser menor que a mesma.

    Art. 91 Os halls sero obrigatoriamente ligados circulao vertical (rampa ou escada) da edificao e, caso tal ligao se faa atravs de portas, as mesmas no podero possuir fechaduras com chave, deixando sempre garantida a ligao e devero ter uma dimenso mnima de 0,90 x 2,10 m (noventa centmetros por dois metros e dez centimetros).

    Art. 92 A altura mnima til do hall ser de 2,30 m (dois metros e trinta centmetros), no sendo exigido vo para ventilao ou iluminao.

    Subseo II Instalaes sanitrias de uso pblico

    Art. 93 A edificao no residencial dever possuir instalaes sanitrias para uso pblico, calculadas na proporo mnima de 1 vaso/1 lavatrio por cada 80,00 m de rea til de loja, ou de rea de pblico nos locais de reunio.

    "A

    "B

  • Pargrafo nico: Se projetados, os sanitrios individualizados por lojas podero ser considerados no clculo da proporo mnima exigida.

    Art. 94 Na edificao comercial com mais de 500,00 m de rea til de lojas, as instalaes sanitrias para pblico sero calculadas na proporo mnima de dois vasos sanitrios/ dois lavatrios para cada 400,00 m2 ou frao de rea do pavimento, sendo obrigatria a existncia, a cada pavimento destinado a lojas, de instalaes sanitrias constitudas de vasos sanitrios e lavatrios, com instalaes separadas, na proporo de 60% das peas nos sanitrios femininos e 40% nos sanitrios masculinos, sendo no mnimo um de cada por pavimento.

    Pargrafo nico - Em cada pavimento destinado a lojas dever haver, junto s galerias de circulao de pblico, um banheiro separado, constitudo no mnimo de um lavatrio, um sanitrio e um local para troca de fraldas, adequados altura e s necessidades fsicas infantis e com aviso de acesso restrito a crianas e seus acompanhantes, podendo ser includo dentro da proporo de 60% das peas de sanitrios femininos.

    Art. 95 Os estacionamentos pblicos e privados ficam obrigados a construir em suas dependncias banheiros masculinos e femininos, devendo ser previstos no mnimo um de cada gnero por pavimento.

    Art. 96 As instalaes sanitrias atendero s condies relativas acessibilidade universal, atendida a legislao federal especfica em vigor.

    Subseo III Recreao

    Art. 97 As edificaes residenciais multifamiliares devero dispor obrigatoriamente de local reservado a recreao e atividades de lazer, na proporo de no mnimo 3m (trs metros quadrados) por unidade residencial, no podendo, no entanto, ser inferior a 40m (quarenta metros quadrados), e devendo atender s seguintes condies:

    I. Dever permitir em qualquer ponto a inscrio de uma circunferncia com raio mnimo de 2,50 m (dois metros e cinquenta centmetros); II. Na parte coberta a altura mnima til deve ser de 2,50m (dois metros e cinquenta centmetros); III. Dever ter acesso atravs de partes comuns e estar isolada da circulao e locais de estacionamento de veculos por elementos construtivos com altura mnima de 1,00 m (um metro); IV. No ter qualquer comunicao com compartimentos para depsito de lixo e para medidores de qualquer natureza, seja por vos de ventilao ou portas de acesso; V. Ser iluminada e ventilada atravs de vos com rea mnima correspondente a da rea de recreao projetada; VI. Localizao centralizada ou distribuda em reas para atender a uma ou mais edificaes, no podendo essas reas parciais serem inferiores a 40m2 (quarenta metros quadrados); VII. Quando situada em PUC em pavimento elevado, dever ter proteo com no mnimo 1,80 m (um metro e oitenta centmetros) de altura.

    1 A rea destinada recreao poder ficar localizada em rea livre do terreno, inclusive afastamento frontal, ou em qualquer pavimento da edificao.

  • 2 A rea destinada recreao no poder ser coberta, quando localizada no afastamento frontal.

    Art. 98 As edificaes com at 7 (sete) unidades residenciais ou rea total de edificao inferior a 800,00 m2 esto isentas da obrigatoriedade da rea de recreao.

    Art. 99 Nos casos de reconverso de imveis tombados ou preservados poder ser dispensada a rea de recreao.

    Subseo IV Banheiros, Refeitrios e Alojamentos para empregados

    Art. 100 Todas as edificaes tero obrigatoriamente banheiro para empregados, constitudo de um vaso, um lavatrio e um chuveiro sem superposio de peas.

    Art. 101 As edificaes ou grupamentos de edificaes com mais de 12 (doze) unidades tero obrigatoriamente um vestirio com banheiro e local destinado a refeitrio dos empregados do condomnio, localizados em qualquer pavimento da edificao, que devero atender s seguintes condies:

    I. Vestirio com 9,00 m2 (nove metros quadrados) nas edificaes com at 20 (vinte) unidades e 12,00 m2 (doze metros quadrados) acima de 20 (vinte) unidades; II. Refeitrio com rea mnima de 4,00m2 (quatro metros quadrados).

    Art. 102 As edificaes no residenciais destinadas a locais de reunio tero obrigatoriamente um vestirio com banheiro e local destinado a refeitrio dos empregados do condomnio, que devero atender s seguintes condies:

    I. Vestirio com 9,00 m2 (nove metros quadrados) em edificaes com at 400,00 m de rea til e 12,00 m2 (doze metros quadrados) acima de 400,00 m; II. Refeitrio com rea mnima de 4,00m2 (quatro metros quadrados).

    Art. 103 Os compartimentos destinados a apartamento do zelador, banheiro para empregados do condomnio, vestirios, refeitrios, alojamento para empregados e demais compartimentos de uso comum do condomnio podero estar situados em qualquer pavimento da edificao, inclusive subsolos, desde que servidos por prisma de ventilao ou prismas de ventilao e iluminao e tenham ligao direta com as circulaes comuns da edificao.

    Subseo V Edculas, guaritas e prticos

    Art. 104 Ser permitida a construo de guaritas com rea mxima coberta de 4,00 m2 (quatro metros quadrados) nas faixas de afastamento frontal.

    Art. 105 Ser permitida a construo de prtico situado nas faixas de afastamentos, que dever deixar livre a passagem para os veculos de servio e do Corpo de Bombeiros.

  • Art. 106 Ser permitida a construo de edculas destinadas a compartimentos de apoio s partes comuns da edificao, devendo atender aos afastamentos em relao a edificao, e observarem ainda as seguintes condies:

    I. Altura mxima dos elementos estruturais (laje) dos compartimentos equivalente a 1 (um) pavimento. II. A soma da rea de projeo das edculas no poder ultrapassar o equivalente a 10% da rea da projeo das edificaes principais. III. Devero observar o afastamento frontal exigido para a edificao.

    Subseo VI Pavimento de uso comum

    Art. 107 O Pavimento de Uso Comum PUC parte integrante das reas comuns da edificao, podendo abrigar dependncias de servio e apoio ao uso principal, atividades de lazer e recreao, de administrao, e de estacionamento, observado o disposto nesta Lei Complementar, na LUOS e na legislao de uso e ocupao do solo local.

    Pargrafo nico. Quando houver estacionamento no PUC, este dever estar isolado das demais reas por elementos construtivos com altura mnima de 1,00 m (um metro).

    Seo III Assentamento de elevadores e demais aparelhos de transporte

    Art. 108 O projeto, o dimensionamento, o clculo de trfego, a fabricao e montagem dos elevadores e demais aparelhos de transporte, e respectivos compartimentos para Casa de Polias, Casa de Mquinas, percursos, poos, ventilaes, acessos, alimentao de energia eltrica e dispositivos de segurana seguiro o disposto nas normas especficas da ABNT, nas normas estabelecidas pelo rgo municipal responsvel pela aprovao da instalao de aparelhos de transporte e nas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    Pargrafo nico: So considerados aparelhos de transporte:

    I. Elevadores de passageiros, de carga e de veculos; II. Monta-cargas; III. Escadas e esteiras rolantes; IV. Planos inclinados; V. Telefricos; VI. Outros de natureza especial.

    Art. 109 As edificaes residenciais multifamiliares com at 5(cinco) pavimentos de qualquer natureza, excluindo o subsolo e incluindo os pavimentos de uso comum, estacionamento e cobertura esto isentas da obrigatoriedade de instalao de elevadores.

    Art. 110 As edificaes residenciais multifamiliares com 6 (seis) ou mais pavimentos de qualquer natureza, excluindo o subsolo e incluindo os pavimentos de uso comum, estacionamento e cobertura esto obrigadas a instalao de no mnimo dois elevadores.

  • Art. 111 As edificaes no residenciais ou mistas com at 4 pavimentos de qualquer natureza, excluindo o subsolo e incluindo os pavimentos de uso comum, estacionamento e cobertura, esto isentas da obrigatoriedade de instalao de elevadores.

    Art. 112 As edificaes no residenciais ou mistas com 5 (cinco) ou mais pavimentos de qualquer natureza excluindo o subsolo e incluindo os pavimentos de uso comum, estacionamento e cobertura, esto obrigadas a instalao de no mnimo dois elevadores.

    Pargrafo nico - Nas edificaes de uso misto devero ser previstos elevadores em separado para utilizao residencial e no residencial.

    Art. 113 Os elevadores serviro a todas as circulaes de acesso s unidades e estas circulaes tero acesso direto aos elevadores.

    Art. 114 O ltimo pavimento ou pavimento de cobertura quando se destinar apenas a dependncias de unidades situadas em pavimento imediatamente inferior, no ser computado como pavimento, para efeito da obrigatoriedade de instalao de elevadores.

    Art. 115 permitida a instalao de elevador para uso exclusivo no interior de unidades residenciais, desde que obedecidas as normas de segurana estrutural, incndio e mquinas.

    Seo IV Estacionamento de veculos

    Subseo I Disposies preliminares

    Art. 116 As edificaes devero ter local para estacionamento de veculos, que podero ser cobertos ou descobertos e obedecero as disposies da legislao de uso e ocupao do solo e das demais normas aplicveis quanto a sua localizao, nmero mnimo e destinao das vagas.

    Art. 117 Nos estacionamentos externos ou internos das edificaes de uso pblico ou de uso coletivo, sero reservados:

    I. Dois por cento do total de vagas para veculos que transportem pessoa com deficincia fsica ou visual, sendo assegurada, no mnimo, uma vaga, em locais prximos da entrada principal ou ao elevador, de fcil acesso circulao de pedestres. II. Cinco por cento do total de vagas para veculos que transportem pessoa idosa, sendo assegurada, no mnimo, uma vaga, devidamente sinalizadas, posicionadas prximos das entradas.

    Art. 118 Quando a capacidade do estacionamento for superior a 100 (cem) veculos ou quando o acesso se destinar a veculos de grande porte, a entrada deve ficar claramente demarcada, por meio de pavimentao diferenciada.

    Subseo II Acessos para veculos

  • Art. 119 Os acessos de veculos aos estacionamentos comerciais em edificaes comerciais e mistas devero atender s mesmas normas apresentadas na Seo I do Captulo IV deste Ttulo.

    Pargrafo nico - A localizao do controle de acesso de veculos na entrada de empreendimentos deve prever espao suficiente para formao de filas dentro dos limites do terreno, considerando o tipo de atividade, o nmero de vagas ofertadas, o tipo e o tempo do controle de acesso.

    Art. 120 Havendo nas edificaes mais de um pavimento destinado a estacionamento ou guarda de veculos, todos eles devero ser interligados por escada.

    Pargrafo nico - Caso possuam seis ou mais pavimentos, devero ter, pelo menos, um elevador de passageiros.

    Art. 121 As garagens em subsolo ou pavimento elevado devero possuir acesso exclusivo para veculos atravs de rampas ou elevadores especiais e plataformas mveis para transporte de veculos, licenciados pelo rgo municipal competente.

    Art. 122 Os elevadores especiais para transporte de veculos devem observar:

    I. Distncia mnima de 7,00m entre os elevadores e a linha de fachada, a fim de permitir as manobras necessrias para que o veculo saia, obrigatoriamente, de frente para o logradouro; II. Na entrada, antes da cabine do elevador, dever ser reservada rea destinada a acumulao de veculos, correspondente a 5% do total da rea de estacionamento com no mnimo 25,00m2 e largura mnima de 2,5m; III. A rea de frente ao elevador com ligao direta ao logradouro dever ser deixada livre, dando condies de sada direta dos veculos de frente para o mesmo, com dimenso mnima de 6,00 m. (seis metros).

    Art. 123 As rampas destinadas circulao de veculos obedecero aos seguintes parmetros:

    I. Inclinao as rampas devero ter inclinao mxima de 20%, devendo sempre existir um trecho horizontal de 6 metros no mnimo entre 2 lances de rampa e no seu final; II. Largura mnima de 2,50m quando construda em linha reta e 3,00m quando em curva, cujo raio mdio dever ser de 5,50m; III. Afastamento as rampas para acesso ao subsolo ou pavimento elevado, devero ter incio no mnimo a 5 metros para o interior do alinhamento do lote.

    Subseo III Piso, Parede e Teto

    Art. 124 Os locais de estacionamento ou guarda de veculos devero atender s seguintes exigncias:

    I. Os pisos sero dotados de sistema que permitam um perfeito escoamento das guas de superfcie, mesmo quando apoiados diretamente sobre o solo. II. O caimento ou declividade dos pisos de estacionamentos cobertos no poder ser inferior a 1,5% (um e meio por cento), nem superior a 5% (cinco por cento).

  • III. As paredes que os delimitarem sero incombustveis, e nos locais de lavagem de veculos, elas sero revestidas com material impermevel. IV. Quando no houver laje de concreto, o travejamento da cobertura, bem como o telhamento, dever ser incombustvel. V. A altura til mnima dos estacionamentos, inclusive em toda a extenso das rampas de acesso ser de 2,20m.

    Subseo IV rea de Estacionamento

    Art. 125 Os espaos para acesso, circulao e estacionamento de veculos sero dimensionados e executados livres de qualquer interferncia estrutural.

    Pargrafo nico - no sero computveis na rea de estacionamento os elementos estruturais e as reas com dimenses que inviabilizem sua utilizao para este fim.

    Art. 126 As vagas e circulaes devero estar obrigatoriamente demarcadas, conforme esclarecimentos grficos, exceto quando estiver atendida a proporo mnima de 25,00 m/vaga.

    Art. 127 A edificao comercial que no comportar local para estacionamento ou guarda de veculos, dever garantir estacionamento em edifcio garagem existente ou a ser construdo distante no mximo 500,00 m (quinhentos metros) dos limites do lote.

    Art. 128 As vagas das unidades residenciais sero sempre localizadas dentro dos limites do terreno da edificao.

    Subseo V Vagas para veculos

    Art. 129 O nmero mnimo de vagas para veculos ser definido pela legislao de uso e ocupao do solo local. .

    Art. 130 A disposio das vagas nas edificaes residenciais multifamiliares observar o seguinte:

    I. Nos pavimentos de garagem com capacidade de at 16 vagas ou que atendam a proporo mnima de 25.00 m2/vaga, ser admitido que no mximo 2/3 do nmero de vagas no tenham acesso direto a circulao, devendo as vagas excedentes ao mnimo necessrio ter acesso direto s circulaes.

    II. Nos pavimentos de garagem com capacidade de at 32 vagas ser admitido que no mximo 1/2 do nmero de vagas exigidas no tenham acesso direto circulao, devendo as vagas excedentes ao mnimo necessrio ter acesso direto s circulaes.

    III. Nos pavimentos de garagem com capacidade de 33 ou mais vagas todas as vagas devero ter acesso direto circulao.

    Art. 131 Ser admitido que a segunda vaga pertencente a uma mesma unidade, no tenha acesso direto circulao.

  • Representao Grfica

    123 1 2 3

    1

    2

    3

    5,00 5,00

    2,50

    6,00

    A. Pavimento (os) - garagem com at 16 vagas

    123 3

    CIRCULAO

    1 2

    12 1 2

    5,00 5,00

    2,50

    B. Pavimento (os) - garagem com at 32 vagas

    12

    CIRCULAO

    1 2

    1 1

    5,00 5,00

    2,50

    C. Pavimento (os) - garagem com 33 ou mais vagas

    1

    CIRCULAO

    1

    Art. 132 Na parte dos estacionamentos destinados a salas, sedes administrativas e edificaes de uso exclusivo ser admitido que no mximo 2/3 das vagas necessrias no tenham acesso direto circulao, sendo obrigatrio que as vagas excedentes ao mnimo necessrio tenham acesso direto s circulaes.

    Art. 133 Os estacionamentos destinados s lojas devero ter acesso direto das vagas s circulaes.

  • Representao Grfica

    123 1 2 3

    1

    2

    3

    CIRCULAO

    5,00 5,00

    2,50

    6,00

    B. Lojas

    A. Salas, sedes administrativas e Edificaesde Uso Exclusivo

    Subseo VI Dimensionamento das Vagas

    Art. 134 As vagas devero ocupar um retngulo, desenhado em planta, de 2,50m x 5,00m ou 2,50m x 6,00m, quando forem paralelas ao eixo da circulao.

    Art. 135 A faixa de circulao de veculos dever ter largura constante calculada segundo o maior ngulo encontrado para as vagas correspondentes, formado entre o eixo longitudinal das mesmas com o eixo da faixa de circulao:

    I. ngulos at 30. = 3.00 metros II. ngulos entre 30. e 45. = 4.00 metros

  • III. ngulos acima de 45. = 5.00 metros

    Pargrafo nico: No caso de vagas com acesso direto pelo logradouro no ser exigida a demarcao da faixa relativa circulao, permanecendo as demais condies quanto dimenso de vagas.

    Art. 136 Uma vaga no poder ser utilizada para manobras, passagem ou circulao de qualquer outro veculo que no seja o seu ocupante.

    Subseo VII Acumuladores

    Art. 137 Fica permitida a instalao e/ou construo de acumuladores, automatizados ou no, horizontais e/ou verticais, para estacionamento de veculos, que no podero ser consideradas para efeito de atendimento ao nmero de vagas mnimo exigido para a edificao residencial.

    Subseo VIII Estacionamento e Guarda de bicicletas

    Art. 138 Dever ser destinada rea exclusiva para o estacionamento e guarda de bicicletas nas edificaes residenciais multifamiliares, no residenciais e mistas.

    Pargrafo nico - No caso de edificaes no residenciais, a rea de que trata o caput deste artigo dever corresponder a cinco por cento do total de vagas destinadas para automveis, sem prejuzo do nmero de vagas existentes, resguardadas, no mnimo, cinco vagas para bicicletas.

    CAPTULO IV DAS CONDIES ESPECIAIS DAS EDIFICAES NO RESIDENCIAIS

    Art. 139 - As edificaes no residenciais destinadas a guarda de veculos, locais de reunio de pblico, industriais e de armazenagem, de interesse a sade, escolares e usos especiais diversos devero atender o disposto nesta Lei Complementar, a legislao de uso do solo local, as normas especficas da ABNT, as normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ, e adicionalmente as disposies deste captulo.

    Seo I Locais destinados a guarda de veculos para fins comerciais

    Art. 140 Todos os locais para estacionamento ou guarda de veculos devero prever:

    I. A entrada ser localizada antes dos servios de controle e recepo e ter de ser reservada rea destinada acumulao de veculos correspondente a 5% (cinco por cento), no mnimo, da rea total das vagas; II. Sada ser feita por vo que mea no mnimo 2,50m (dois metros e cinquenta centmetros) para cada lado do eixo da pista de sada, mantida esta largura para dentro do afastamento at 1,50m (um metro e cinquenta centmetros), no mnimo, para segurana de visibilidade dos pedestres que transitam pelo passeio do logradouro, sendo

  • dispensados desta exigncia os edifcios-garagem afastados de 5,00m (cinco metros) ou mais em relao ao alinhamento do logradouro; III. Compartimento destinado administrao e espera; IV. Vestirio para empregados; V. Bebedouros e instalaes sanitrias, independentes, para usurios e empregados, atendido o disposto na Subseo II da Seo II do Cap.III do Ttulo II; VI. A capacidade mxima de estacionamento ter de constar, obrigatoriamente, dos projetos e alvars de obras e funcionamento, devendo ser afixado, em cada nvel, um Aviso com os dizeres abaixo:

    AVISO CAPACIDADE MXIMA DE ESTACIONAMENTO

    X VECULOS A utilizao acima destes limites perigosa e ilegal, sujeitando

    os infratores s penalidades da legislao VII. Nos projetos tero de constar, obrigatoriamente, as indicaes grficas referentes s localizaes de cada vaga de veculos e dos esquemas de circulao desses veculos;

    Subseo I Edifcios Garagem

    Art. 141 Os edifcios garagem, alm das normas estabelecidas nesta Lei Complementar, devero atender ainda s seguintes:

    I. A entrada e a sada devero ser feitas por dois vos no mnimo, com largura mnima de 6,00 (seis metros); II. Quando providos de rampas ou de elevadores simples de veculos em que haja circulao interna desses veculos, dever haver em todos os pavimentos vos para o exterior, na proporo mnima de 1/10 da rea do piso; III. Quando providos apenas de rampas e desde que possuam cinco ou mais pavimentos, devero ter, pelo menos, um elevador com capacidade mnima para cinco passageiros.

    Seo II Edificaes Destinadas ao Uso Industrial

    Art. 142 As edificaes no residenciais destinadas ao uso industrial alm das disposies desta Lei Complementar, devero atender a legislao de uso do solo local, as legislaes relativas ao meio ambiente e gesto de resduos, as leis trabalhistas e as normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    Seo III Edificaes Destinadas a Locais de Reunio

    Art. 143 As circulaes de acesso em seus diferentes nveis, bem como as portas de sada, obedecero s disposies constantes desta Lei Complementar e o disposto na legislao de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    Art. 144 As partes destinadas a uso pelo pblico, em geral, tero que prever, no que couber:

  • a) Circulao de entrada e sada; b) Condies de perfeita visibilidade; c) Espaamento entre filas e sries de assentos; d) Locais de espera; e) Instalaes sanitrias; f) Lotao (fixao); g) Sinalizao.

    Art. 145 Para o estabelecimento das relaes que tm como base o nmero de espectadores, ser sempre considerada a lotao completa do recinto.

    Pargrafo nico. Dever constar em local visvel a capacidade mxima de lotao do local.

    Art. 146 As portas de sadas devero atender as normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ e, no mnimo, as seguintes condies:

    I. Haver sempre mais de uma porta de sada e cada uma delas no poder ter largura inferior a 2,00m (dois metros); II. A soma das larguras de todas as portas de sada equivaler a uma largura total correspondente a 1,00m (um metro) para cada 100 (cem) espectadores; III. O dimensionamento das portas de sada independe daquele considerado para as portas de entrada.

    Art. 147 Ser obrigatria a existncia de locais de espera para o pblico, independentes das circulaes, que tero rea equivalente, no mnimo, a 1,00 m (um metro quadrado) para cada 8 (oito) espectadores.

    Art. 148 Ser obrigatria a existncia de instalaes sanitrias para cada nvel, independentes daquelas destinadas aos empregados.

    Art. 149 Ser assegurada, de cada assento ou lugar, perfeita visibilidade do espetculo, devendo o piso das localidades elevadas se desenvolver em degraus com altura e profundidade necessrias ao atendimento desta condio.

    Art. 150 A instalao de assentos fixos nos locais de reunio obedecer s seguintes disposies:

    I. Entre as filas de uma srie existir espaamento de, no mnimo, 0,90m (noventa centmetros) de encosto a encosto. II. O espaamento entre as sries ser de 1,20 m (um metro e vinte centmetros); III. O nmero mximo de assentos por fila ser 15 (quinze).

    Pargrafo nico - No sero permitidas sries de assentos que terminem junto s paredes.

    Subseo I Estdios e Ginsios Esportivos

    Art. 151 Os estdios e ginsios esportivos, alm das demais condies estabelecidas por esta Lei Complementar, obedecero s normas especficas do CBMERJ.

  • Pargrafo nico - Devero possuir instalaes sanitrias calculadas na proporo mnima de uma para cada 500 (quinhentos) espectadores, distribudos de forma a que 40% (quarenta por cento) se destinem a mictrios.

    Seo IV Edificaes destinadas a comrcio e servios com manuseio de alimentos

    Art. 152 Nas edificaes comerciais ou de servios onde, no todo ou em parte, se processarem o manuseio, fabrico ou venda de gneros alimentcios, alm das disposies desta Lei Complementar, devero ser satisfeitas todas as normas exigidas pelo rgo municipal responsvel pela vigilncia sanitria.

    Seo V Estabelecimentos Assistenciais e de Interesse Sade

    Art. 153 As edificaes destinadas a estabelecimentos assistenciais e de interesse sade, alm das disposies desta Lei Complementar, obedecero s condies estabelecidas pelos rgos competentes.

    Seo VI Estabelecimentos Escolares

    Art. 154 As edificaes destinadas a estabelecimentos escolares, alm das disposies desta Lei Complementar, obedecero s condies estabelecidas pelo rgo responsvel pela educao.

    Seo VII Usos Especiais Diversos

    Subseo I Generalidades

    Art. 155 So considerados como edificaes de usos especiais diversos:

    a) Os depsitos de explosivos, munies e inflamveis; b) Os depsitos de armazenagens; c) Postos de servio e de abastecimento de veculos.

    Subseo II Depsitos de Explosivos, Munies e Inflamveis

    Art. 156 As edificaes para depsitos de explosivos e munies tero de obedecer s normas estabelecidas em regulamentao prpria do Ministrio do Exrcito, e o de inflamveis s do rgo estadual competente.

    Subseo III Depsitos de Armazenagem

  • Art. 157 As edificaes destinadas a armazenagem devero satisfazer a todas as condies estabelecidas por esta Lei Complementar e s normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    Art. 158 A carga e descarga de quaisquer mercadorias e a rea de acumulao devero estar localizadas no interior do lote.

    Subseo IV Postos de Servios e de Abastecimento de Veculos

    Art. 159 Os postos servios e de abastecimento de veculos atendero ao disposto nesta Lei Complementar, legislao sobre inflamveis, legislao sobre despejo industrial e s normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    Art. 160 Nas reas de circulao de veculos dos postos de abastecimento e servios sero admitidas coberturas de estrutura leve, obedecidas s seguintes condies:

    I. Podero ocupar toda a rea livre de circulao, inclusive as reas correspondentes ao afastamento mnimo frontal, desde que em balano, obedecido o alinhamento previsto para o local; II. Obedecero aos afastamentos mnimos de 3,00m (trs metros) dos imveis vizinhos; III. Apresentaro um desnvel mnimo de 1,00m (um metro) acima do ponto mais alto do telhado das dependncias do prdio, sendo admitidos balanos de, no mximo, 1,00m sobre estas dependncias.

    Art. 161 Os tanques de combustvel devero guardar afastamentos frontais e de divisas mnimos de 5,00m (cinco metros) e as bombas de 4,00m (quatro metros).

    Art. 162 Os passeios contguos aos postos de abastecimento e servios sero mantidos livres de qualquer obstculo em toda sua extenso para passagem de pedestres, devendo os acessos de veculos serem claramente demarcados e estarem de acordo com as normas especficas para a matria.

    CAPTULO V DAS INSTALAES E EQUIPAMENTOS

    Art. 163 Os componentes bsicos da edificao, fundaes, estruturas, instalaes, vedaes e coberturas, devero apresentar resistncia ao fogo, isolamento trmico e acstico, estabilidade e impermeabilidade adequados finalidade e utilizao da edificao, de acordo com as normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ, da Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) e das demais disposies aplicveis.

    Seo I Instalaes

    Art. 164 Toda a edificao obrigada a possuir sistema interno prprio de gua potvel, ligado rede de abastecimento pblico, administrada pela concessionria, devendo ser executado de acordo com a legislao especfica em vigor.

  • Pargrafo nico. Os reservatrios de gua potvel, inferiores e superiores, sero dimensionados pelo que prescreverem as normas em vigor relativas ao abastecimento de gua e as normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ

    Art. 165 Toda a edificao obrigada a possuir sistema prprio de coleta de esgotos sanitrios, atendendo a legislao especfica em vigor.

    Art. 166 Toda a edificao dever dispor de sistema de distribuio de energia eltrica ligado rede pblica da concessionria responsvel pelo servio.

    Pargrafo nico - O projeto e a execuo desse sistema devero seguir a Norma prpria da concessionria e o que prescreve o rgo responsvel pela energia e iluminao, inclusive para os diversos materiais utilizados, nmero e distribuio dos diversos pontos, devendo ser observadas as disposies relativas localizao de medidores, compartimentos, ventilao e percursos.

    Art. 167 Toda a edificao dever dispor dos meios necessrios instalao de sistemas de telefonia e de transmisso de dados para as unidades, devendo ser observadas as normas do rgo regulamentador, das concessionrias atuantes no Municpio.

    Art. 168 As edificaes devero dispor de rede interna de distribuio de gs para as unidades que dever ser ligada rede pblica existente.

    1. O projeto e a execuo desta rede devero estar em conformidade com nas normas em vigor aplicveis s instalaes prediais de gs canalizado no Estado do Rio de Janeiro e as normas internas da concessionria.

    2. Devero ser observados os Regulamentos para dimensionamento de compartimentos para medio, localizao dos mesmos, bem como os aspectos relativos ventilao e exausto, sejam de locais de uso comum, sejam de compartimentos internos da unidade, sendo tambm observadas as demais normas especficas em vigor sobre a matria.

    3. Nos casos de impossibilidade de abastecimento de gs atravs da rede pblica, nas situaes previstas na legislao em vigor, o abastecimento dever ser realizado atravs de botijes de gs liquefeito de petrleo (GLP), sendo atendidas as condies previstas pela agncia reguladora, concessionria responsvel pelo servio de distribuio de gs e pelas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    Art. 169 Toda edificao dever possuir sistema prprio de coleta e armazenamento de lixo, projetado e executado de acordo com legislao em vigor.

    Pargrafo nico. As edificaes devero atender, ainda, no que couber, a exigncias especficas previstas na legislao em vigor relativa a resduos.

    Seo II Proteo contra incndio

    Art. 170 O projeto e a construo das edificaes devero observar o disposto nas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ e demais normas

  • complementares, cuja aplicao realizada sob a superviso e responsabilidade do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro - CBMERJ.

    Art. 171 As portas, as circulaes horizontais, escadas, as rampas e as reas de conexo que compe as sadas convencionais devero ser dimensionadas considerando o nmero de ocupantes do imvel, conforme o disposto nas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    Pargrafo nico. O dimensionamento destas sadas convencionais em funo da populao da edificao observar critrios estabelecidos pelas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ, sem prejuzo do atendimento s condies previstas nesta Lei Complementar.

    Subseo I Elementos estruturais

    Art. 172 A estrutura das edificaes ser constituda de materiais incombustveis, observado o que determina a ABNT para proteo contra fogo das estruturas de concreto armado ou de ao.

    Pargrafo nico. Todos os elementos estruturais devero ser dimensionados para resistir ao fogo por um perodo mnimo de duas horas, devendo ser feitas no clculo estrutural as previses necessrias de espessuras, recobrimento e isolamento.

    Subseo II Paredes, painis divisrios e forros

    Art. 173 As paredes, painis divisrios e forros devero atender s condies de isolamento trmico e acstico, bem como de estanqueidade e isolamento para dificultar a propagao de incndios previstas nas normas tcnicas especficas da ABNT e nas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    Art. 174 Nos pavimentos destinados a salas comerciais, no poder haver rea maior de 500,00m2 sem que haja diviso com paredes de piso a teto de alvenaria ou de concreto com as especificaes determinadas no artigo anterior.

    Art. 175 Entre os vos de iluminao de dois pavimentos consecutivos dever haver um elemento construtivo resistente ao fogo com um mnimo de 1,00 m de altura e 0,15m de espessura de concreto ou 0,25m de alvenaria, incluindo o revestimento, que dever ser de material no combustvel, obedecido o disposto nas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    Art. 176 A utilizao de painis divisrios do tipo removvel ou outro similar, dever observar rigorosamente o uso de materiais no combustveis.

    Art. 177 As forraes de tetos, forros falsos, sero executadas obrigatoriamente com materiais no combustveis.

    Art. 178 O isolamento dos dutos de ar condicionado dever ser executado com material incombustvel.

  • Subseo III Materiais de revestimento e fachadas

    Art. 179 As fachadas compostas de paramentos de vidro, em prdios dotados de sistema central de condicionamento de ar, devero prever dispositivos que permitam a abertura de elementos destinados a ventilao dos compartimentos.

    Pargrafo nico. A rea da abertura destes elementos no poder ser inferior a 1/15 da rea do piso dos compartimentos a que se destinarem, devendo estes elementos ser dispostos em intervalos regulares a fim de propiciar uma correta distribuio da ventilao.

    Subseo IV Para-raios

    Art. 180 As edificaes devero dispor de para-raios em nmero e disposio em conformidade com o disposto nas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ.

    CAPTULO VI DA RECONVERSO DE EDIFICAES TOMBADAS OU PRESERVADAS

    Art. 181 permitida a reconverso de edificaes tombadas ou preservadas, por meio da transformao de uso ou pelo desdobramento em unidades independentes, em condies especiais estabelecidas nesta seo, desde que garantidas as condies de proteo e integridade do patrimnio cultural e aprovado pelo rgo de tutela e pelos demais rgos competentes.

    Pargrafo nico - A reconverso das edificaes tombadas ou preservadas para o uso no residencial ou misto atender aos usos e atividades permitidas para a zona onde se encontra o imvel, conforme o disposto na legislao de uso e ocupao do solo.

    Art. 182 Os bens tombados e preservados devero ter suas principais caractersticas arquitetnicas protegidas, sendo permitidas modificaes internas e acrscimos, desde que aprovadas pelos rgos de tutela do patrimnio cultural.

    Pargrafo nico. No caso de alterao ilegal, demolio ou sinistro nas edificaes tombadas ou preservadas, o rgo de tutela poder estabelecer a obrigatoriedade de sua recomposio ou reconstruo, com a reproduo das caractersticas originais.

    Art. 183 A obra de reforma e adaptao para transformao de uso de imveis tombados ou preservados dever garantir boas condies de segurana, higiene, uso e habitabilidade da edificao.

    Art. 184 Nos casos de reconverso de imveis tombados ou preservados, podero ser dispensadas as seguintes exigncias:

    I. Afastamento frontal ou recuos em casos de criao de pisos, quando em edificaes originalmente construdas no alinhamento do lote, dentro da volumetria original;

  • II. Circulaes e escadas de uso comum, podendo os acessos s unidades serem feitos de forma independente; III. Dimenses mnimas das circulaes em mesmo nvel e entre nveis; IV. Patamar intermedirio nas escadas de uso comum, vedadas, em qualquer caso, para uso comum, as escadas dos tipos marinheiro e caracol; V. rea de recreao, refeitrios, vestirios e dimenses mnimas para instalaes sanitrias para empregados;

    1 As unidades residenciais em edificao mista devero, obrigatoriamente, possuir acesso ao logradouro pblico para o qual a edificao possui testada, independente do acesso das unidades comerciais.

    2. Podero ser dispensados outras disposies e parmetros relativos s reas internas da edificao a critrio do rgo municipal responsvel pelo patrimnio cultural, ouvidos os demais rgos municipais competentes.

    Art. 185 Os prismas de iluminao e ventilao existentes na edificao tombada ou preservada podero ser aproveitados para a iluminao e ventilao dos novos compartimentos, ainda que no atendam s dimenses previstas nesta Lei Complementar, a critrio do rgo de tutela do patrimnio cultural.

    1 Os compartimentos de permanncia prolongada podero ser ventilados e iluminados por claraboias.

    2 Nos prismas de ventilao e iluminao, as aberturas de vo para iluminao e ventilao de um compartimento podero ser abertas em qualquer de seus lados.

    Art. 186 Ser permitida a criao de jiraus em unidades residenciais ou comerciais de imveis tombados ou preservados, desde que satisfaam as exigncias dos rgos de tutela do imvel e as seguintes condies:

    I. Tenham altura mnima de dois metros e vinte centmetros livres de elementos estruturais e mecnicos, deixando com esta mesma altura o espao que ficar sob sua projeo no piso do compartimento em que for construdo, desde que sejam garantidos o acesso e a utilizao dos vos da fachada; II. No prejudiquem as condies de iluminao e ventilao do compartimento onde forem construdos; III. Ocupem rea equivalente a, no mximo, cinquenta por cento da rea do compartimento onde forem construdos.

    Art. 187 As alteraes internas podero incluir a criao de novos pisos, desde que seja garantido o acesso e a utilizao dos vos da fachada, respeitada a altura original do telhado e altura mnima til do compartimento e as condies mnimas de iluminao e ventilao, estabelecidas nesta Lei Complementar.

    Art. 188 As solues destinadas eliminao, reduo ou superao de barreiras na promoo da acessibilidade a todos os bens culturais imveis devero estar de acordo com o que estabelece a norma dos rgos de tutela do patrimnio.

    TTULO III DA SUSTENTABILIDADE, ACESSIBILIDADE E SEGURANA DAS EDIFICAES

  • CAPTULO I DA SUSTENTABILIDADE E MEIO AMBIENTE

    Seo I Disposies Preliminares

    Art. 189 As disposies deste Cdigo quanto proteo do meio ambiente devero ser observadas sem prejuzo de plena incidncia do Cdigo Ambiental e das normas federais, estaduais e municipais pertinentes.

    1 As edificaes situadas em Unidades de Conservao Ambiental devero atender s normas especficas estabelecidas para a respectiva rea.

    2 Esta Lei Complementar poder estabelecer exigncias complementares para proteo do meio ambiente.

    Art. 190 Devero ser observados os parmetros especficos para implantao da edificao no terreno, contidos na Lei de Parcelamento do Solo, na Lei de Uso e Ocupao do Solo e legislao especfica para os terrenos:

    I. Situados em encostas ou vizinhana de taludes instveis; II. Situados em reas frgeis de baixada; III. Atingidos por faixas marginais de proteo e por faixas non aedificandi de corpos dgua; IV. Que apresentem rvores ou vegetao considerada de interesse ambiental.

    Art. 191 Dever ser observada a legislao referente Proteo do Meio Ambiente estabelecida na Constituio Federal, na Constituio Estadual, no Cdigo Florestal, na Lei Orgnica do Municpio, na Resoluo do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), no Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentvel e no Cdigo Ambiental.

    Seo II Da Sustentabilidade nas construes, da Paisagem e do Meio Ambiente

    Art. 192 Os projetos de construo e reforma de edificaes devero atender aos padres mnimos de segurana, conforto, salubridade de que trata o presente Cdigo e considerar os conceitos bsicos que visam a eficincia do uso dos recursos naturais nas construes, dispostos no Caderno de Encargos Ambientais, a que se refere o art. 185 do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentvel do Municpio do Rio de Janeiro.

    Art. 193 Os materiais de construo, seu emprego e tcnica de utilizao devero satisfazer as especificaes e normas oficiais da Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, sem prejuzo do atendimento dos demais critrios estabelecidos na legislao em vigor.

    Art. 194 A adoo de prticas de sustentabilidade no canteiro de obras no exime o empreendimento do cumprimento da legislao vigente e do estabelecido nesta Lei Complementar.

    Art. 195 Qualquer movimento de terra dever ser executado com o devido controle tecnolgico, a fim de assegurar a estabilidade, prevenir eroses e garantir a segurana dos imveis e logradouros limtrofes, bem como no impedir ou alterar o escoamento de guas

  • pluviais e fluviais, observada a legislao especfica em vigor.

    Art. 196 O licenciamento de projetos para construo de edificaes residenciais, no residenciais e mistas na Cidade do Rio de Janeiro dever prever a instalao de medidores de consumo de gua individuais, conforme o disposto na legislao vigente.

    Pargrafo nico - A instalao de medidores de consumo de gua individualizados em edificaes preservadas dever ser previamente aprovada pelo rgo pblico municipal competente, ressalvada a necessidade de cautela durante a execuo das obras de forma a evitar danos ao patrimnio cultural imobilirio.

    Art. 197 Fica obrigatria, nos casos previstos na legislao em vigor, a construo de reservatrios que retardem o escoamento das guas pluviais para a rede de drenagem e a existncia do reservatrio objetivando o reuso da gua pluvial para finalidades no potveis.

    Art. 198 Dever ser prevista nas edificaes a construo de compartimento para coleta seletiva do lixo, com fcil acesso e revestimento em material lavvel e ponto dgua.

    Pargrafo nico. Norma especfica regulamentar o previsto no caput, estabelecendo os requisitos necessrios elaborao e aprovao de projetos de construo.

    Subseo I Paisagem

    Art. 199 Os elementos construtivos e demais equipamentos das novas edificaes, bem como a preparao e proteo para execuo de obras, devero ser planejados e implantados de forma a garantir a qualidade e a harmonia com a paisagem da Cidade, em conformidade com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentvel do Municpio do Rio de Janeiro, e demais disposies constantes desta Lei Complementar.

    Art. 200 A construo e a instalao de equipamentos acima do ltimo pavimento e nas fachadas das edificaes devero ter tratamento adequado, integrado composio arquitetnica da edificao.

    Art. 201 Ser permitido o uso de telhado verde sobre laje no teto do ltimo pavimento da edificao e demais coberturas;

    Pargrafo nico - O telhado verde dever ter vegetao natural extensiva e no configurar pavimento utilizvel, reservada rea para circulao de acesso ao equipamento tcnico.

    Subseo II Arborizao

    Art. 202 obrigatria a representao grfica em projeto das espcies vegetais de mdio e grande porte existentes no terreno onde se pretende a construo, indicando a sua localizao e especificando o seu tipo ou nome e o porte da copa.

    Art. 203 Na construo de edificaes de uso residencial com rea total edificvel (ATE) superior a 150m (cento e cinquenta metros quadrados) obrigatrio o plantio de 1 (uma)

  • muda de rvore para cada 150m (cento e cinquenta metros quadrados) ou frao da rea total edificvel (ATE).

    Art. 204 Na construo de edificaes de uso no residencial, com excluso daquelas destinadas a uso industrial e a usos especiais diversos, com rea total edificvel (ATE) superior a 90m (noventa metros quadrados), obrigatrio o plantio de 1 (uma) muda de rvore para cada 90m (noventa metros quadrados) ou frao da rea total edificvel (ATE).

    Art. 205 Na construo de edificaes destinadas a uso industrial e a usos especiais diversos, com rea total edificvel (ATE) superior a 60m (sessenta metros quadrados), obrigatrio o plantio de 1 (uma) muda de rvore para cada 20m (vinte metros quadrados) ou frao da rea total edificvel (ATE).

    Art. 206 As mudas de rvore a que se referem os artigos anteriores devero corresponder a essncias florestais nativas de, pelo menos 1,5m de altura.

    Art. 207 Se comprovada a impossibilidade total ou parcial de plantio de mudas de rvores no lote correspondente edificao, este plantio dever ser efetuado em rea pblica em local indicado pelo rgo competente, localizado a no mximo 500m da construo.

    Pargrafo nico - A critrio do rgo competente, podero ser definidas reas localizadas em corredores verdes e unidades de conservao alm do limite de 500m da construo.

    Art. 208 Na construo das edificaes ser obrigatria a arborizao do passeio segundo as normas dos rgos municipais competentes.

    Subseo III Isolamento trmico e acstico

    Art. 209 Todas as paredes que componham o permetro externo da edificao devero ter obrigatoriamente uma espessura mnima que garanta as condies de isolamento trmico e acstico e de segurana ao fogo previstas nas normas de Segurana contra Incndio e Pnico do CBMERJ e nas normas tcnicas da ABNT.

    CAPTULO II DA ACESSIBILIDADE

    Art. 210 A concepo e a implantao dos projetos arquitetnicos e urbansticos tero como referncias bsicas as normas tcnicas de acessibilidade e a legislao especfica em vigor.

    Art. 211 A construo, reforma ou ampliao das edificaes, devero ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessveis pessoa com deficincia ou com mobilidade reduzida, observada a legislao em vigor.

    Pargrafo nico - A interligao de todas as partes de uso comum em um mesmo pavimento ou abertas ao pblico dever atender aos preceitos de acessibilidade, conforme os padres das normas tcnicas de acessibilidade.

  • Art. 212 Para a aprovao ou licenciamento ou emisso de habite-se de projeto arquitetnico ou urbanstico, bem como para a concesso de alvar de funcionamento ou sua renovao para qualquer atividade, dever ser atestado pelo profissional responsvel o atendimento s regras de acessibilidade previstas nesta Lei Complementar, na legislao federal, nas normas tcnicas de acessibilidade da ABNT e nas demais legislaes municipais pertinentes.

    CAPTULO III DA PREPARAO E PROTEO PARA EXECUO DE OBRAS

    Art. 213 A preparao e proteo para execuo de obras dever atender as disposies constantes neste captulo, as normas tcnicas pertinentes e as normas regulamentadoras especficas aprovadas pelo Ministrio do Trabalho relativas a aspectos como: canteiros de obras, tapumes, galerias, demolies, escavaes, fundaes, desmonte de rochas, medidas de proteo contra quedas de altura, andaimes, plataformas de trabalho, equipamentos de proteo individual, ordem e limpeza, dentre outros.

    Seo I Resduos da construo civil

    Art. 214 As atividades de construo, reforma, ampliao, demolio e movimentao de terra sujeitas ao Licenciamento Ambiental Municipal devero adotar no canteiro de obra, conforme as normas especficas em vigor, procedimentos para reduo dos impactos ambientais gerados, de acordo com o exigido do Cdigo Ambiental.

    Seo II Proteo para execuo de obras

    Art. 215 Esta seo contempla os dispositivos de proteo para execuo de obras, dentre eles, tapumes, galerias, andaimes, plataformas, proteo contra quedas de alturas.

    Subseo I Tapumes

    Art. 216 obrigatria a colocao de tapumes em obras de construo, reforma, ampliao ou demolio, de forma a garantir a segurana dos pedestres e impedir o acesso de pessoas estranhas ao servio em toda a testada do lote no necessitando de licena para a sua instalao quando estiverem dentro do limite do lote.

    Pargrafo nico. Ficam dispensados da exigncia de colocao de tapumes:

    I. Os lotes que j possuam muros, respeitados os demais dispositivos desta seo; II. As obras que no impliquem reparo ou modificao da fachada da edificao; III. A construo, reparo ou demolio de muro no alinhamento, com at 3,00m (trs metros) de altura, desde que preservada as condies de segurana.

    Art. 217 O tapume dever apresentar as seguintes condies:

    I. Altura mnima de 2,20 m (dois metros e vinte centmetros);

  • II. Material e fixao resistentes; III. Acabamento que no represente risco aos transeuntes; IV. Manuteno permanente; V. Bom estado de conservao.

    Art. 218 A instalao do tapume no poder prejudicar a visualizao de placas de sinalizao e de informao, a eficincia de equipamentos de iluminao e de sinalizao, a arborizao pblica e o acesso s instalaes de concessionrias de servios pblicos.

    Art. 219 A instalao de tapume fora dos limites do lote ser admitida, excepcionalmente, nos seguintes casos, sendo exigida licena para a sua instalao:

    I. Nas edificaes construdas no alinhamento e em casos devidamente justificados, quando estritamente necessrio e pelo menor tempo possvel, o tapume poder ocupar parte do passeio, obedecidas as seguintes condies:

    a) Ocupar, no mximo, a metade da largura do passeio, sem exceder 2,00 m (dois metros); b) Manter largura livre mnima de 1,50 m para circulao de pedestres; c) Recuar o tapume para o alinhamento do logradouro, to logo o acabamento externo da obra esteja concludo.

    II. Nos lotes atingidos por projeto de alinhamento, o tapume poder ocupar a rea de recuo, a ttulo precrio, obedecidas as seguintes condies:

    a) No prejudicar as condies locais de circulao e acessibilidade; b) Recuar o tapume para o alinhamento projetado to logo o acabamento externo da obra esteja concludo, ou a qualquer tempo, caso o Poder Pblico entenda ser necessrio.

    Art. 220 Nas obras paralisadas por mais de 120 (cento e vinte) dias os tapumes sero obrigatoriamente retirados e substitudos por isolamento em carter permanente, respeitando-se o alinhamento em vigor.

    Subseo II Galerias

    Art. 221 Alm do tapume de que trata a subseo anterior desta Lei Complementar, obrigatria a construo de galeria coberta para proteo dos transeuntes, sobre o passeio, nos seguintes casos:

    a) Na construo, reforma de fachada ou demolio de prdio situado no alinhamento, com 3 (trs) ou mais pavimentos, a partir do nvel do meio-fio; b) Na demolio de edificao com 3 (trs) ou mais pavimentos, ou altura equivalente superior a seis metros, distando menos de trs metros do alinhamento do terreno; c) Na construo, reforma de fachada ou demolio de prdio afastado at 6,00m (seis metros) do alinhamento do logradouro, com 8 (oito) ou mais pavimentos.

    Art. 222 A galeria a que se refere o artigo anterior obedecer s seguintes condies:

    I. Largura mxima de 3,00 (trs metros);

  • II. Largura mnima livre de 1,50 m para circulao de pedestres; III. Altura interna livre mnima de 3,00 m (trs metros); IV. Distncia mnima do meio-fio de 50 cm (cinquenta centmetros); V. Bordas da cobertura com altura mnima de 1,00m (um metro) e inclinao de 45 (quarenta e cinco graus); VI. Resistncia ao impacto pela queda de materiais; VII. Acabamento que no represente risco aos transeuntes; VIII. Manuteno permanente.

    Art. 223 Ser permitida a existncia de compartimentos superpostos galeria, como complemento da instalao provisria da obra, dentro dos limites estabelecidos no artigo anterior e desde que no prejudiquem a estabilidade de su