coca-cola

19
Sustentabilidade x Maquiagem Verde Qual a real postura da Coca-Cola em relação ao meio ambiente? Dayanne M. Fernandes Evelyn Luize N. O. Portelli Jéssica Adriana F. Estanislau Kathia Cristina D. da Silva RESUMO

Upload: kathia-silva

Post on 22-Nov-2015

17 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Sustentabilidade x Maquiagem Verde Qual a real postura da Coca-Cola em relao ao meio ambiente?Dayanne M. FernandesEvelyn Luize N. O. Portelli Jssica Adriana F. Estanislau Kathia Cristina D. da SilvaRESUMO

INTRODUO

DESENVOLVIMENTO

Atualmente percebemos uma grande preocupao das empresas em apresentar uma postura de sustentabilidade que nem sempre condiz com sua forma de atuao. Em novembro de 2013 o Guia Exame de Sustentabilidade premiou empresas de 20 setores e 7 categorias como exemplos de responsabilidade socioambiental. A Empresa Coca Cola foi premiada na categoria Gesto de gua por reduzir o consumo desse bem precioso na fabricao do to famoso refrigerante.A empresa vem investindo na eficincia da produo, enquanto em 2002 consumia 2,47 litros de gua para produzir 1 litro de refrigerante, em 2013, ano da premiao, seu consumo caiu para 1,87 litros, uma queda de 24%, sua meta chegar a 1,5 litro em 2020.Mas ser essa uma real preocupao com a gua do nosso planeta ou apenas mais uma maquiagem verde que tenta encobrir a real preocupao de aumento de lucro com reduo de consumo com uma desculpa ambiental plausvel?Em 1886, ano em que foi apresentada pela primeira vez ao pblico, na Jacob's Pharmacy em Atlanta, nos Estados Unidos, a Coca-Cola conquistou a preferncia do consumidor e inaugurou a trajetria de um grande sucesso mundial. Hoje, a Coca-Cola Company est presente em mais de 200 pases e responde por mais de 400 marcas de bebidas no alcolicas, entre essas, quatro das cinco marcas mais consumidas no planeta: Coca-Cola, Coca-Cola light, Fanta e Sprite.

Com atuao de destaque no Brasil desde 1942, a Diviso Brasil uma das quatro maiores operaes da The Coca-Cola Company. O Sistema Coca-Cola Brasil composto pela Coca-Cola Brasil e por 13 grupos empresariais, que elaboram o produto final em suas 46 unidades industriais e o distribuem aos pontos de venda. Essa estrutura absorve cerca de 60 mil colaboradores diretos e gera mais de 600 mil empregos indiretos.

Os fabricantes tm um contrato por meio do qual se comprometem a produzir, a engarrafar e a distribuir todos os produtos da Coca-Cola Brasil, observando um rigoroso padro de qualidade mundial, que marca registrada da empresa.

As fbricas que fazem parte do Sistema Coca-Cola Brasil encontram-se estrategicamente localizadas em todas as regies do pas, garantindo o abastecimento de cerca de um milho de pontos de venda para hidratar e nutrir os consumidores brasileiros com uma ampla linha de bebidas no alcolicas que engloba refrigerantes, nctares e refrescos, repositores, energtico, infantis, chs e gua.(Coca Cola Company 2014)

O Sistema Coca-Cola Brasil busca estar comprometido com a sustentabilidade do planeta e estabeleceu linhas de atuao para reduzir o impacto ambiental de suas operaes e estimular o uso racional dos recursos naturais. Para isto, criou o Instituto Coca-Cola Brasil, que o responsvel pelos projetos ambientais e tambm sociais de mbito nacional do Sistema Coca-Cola Brasil (Pereira; et all, Elementos de Ecoeficincia...[2014] COCA COLA BRASIL, 2008).

A Coca-Cola estabelece para seus franqueados e fornecedores o cdigo de conduta empresarial. Este cdigo estabelece os princpios de conduta para as organizaes que mantm relaes com a companhia, como respeito ao meio ambiente e tambm s leis locais, legislao trabalhista e direitos humanos. Observa-se que a Companhia Coca-Cola possui polticas claras e objetivas quanto a questes ambientais (Pereira; et all, Elementos de Ecoeficincia...[2014] THE COCA-COLA COMPANY, 2004). Assim sendo, empresas franqueadas tornam-se casos e estudos interessantes, para pesquisas por no terem uma homogeneidade de ao. De acordo com o artigo Elementos de Ecoeficincia: constataes tericas e empricas no Sistema Coca-Cola foi escolhida uma empresa produtora de refrigerantes, franquia da Companhia Coca-Cola, situada na regio sul do Brasil. Seu faturamento anual est na casa dos duzentos e cinqenta milhes de reais, sendo que a mesma despende em torno de oitenta milhes de reais lquidos com a compra de matrias-primas, materiais e despesa e ativos. O volume total em litros de refrigerante vendidos pela companhia est na casa dos 140 milhes de litros. A escolha da empresa focal levou em conta a relevncia exercida por esta empresa dentro da totalidade de atividades em termos de eficincia ambiental da Coca-Cola como um todo.

Foi feita pesquisa documental no Sistema Coca-Cola e entrevistas realizadas junto coordenadora de meio ambiente e o gerente de operaes da empresa focal. De acordo com suas falas podemos perceber grande preocupao com a reduo de resduos, controle de emisso de gases e uso e gerao de material txico de acordo com algumas falas colhidas na entrevista feita com o gerente de operaes e com a coordenadora ambiental da empresa.Quanto s aes realizadas para reduzir este consumo:

[...] um dos exemplos mais expressivos a reduo do peso das garrafas plsticas, mais conhecidas como garrafas PET: garrafas que h alguns anos pesavam 54gr, agora pesam 48gr. Isto sem haver perda da qualidade intrnseca do refrigerante.

Outros exemplos so os filmes encolhvel e esticvel, mais finos e leves; as tampas metlicas, que agora tem seu vedante interno PVC-free; as chapas separadoras, mais finas e leves; e assim por diante [Fala da gerente de operaes].Para o uso consciente do ar e da reduo de gases da frota de caminhes, combatendo o desperdcio de combustveis e monitorando os nveis e a qualidade de fumaa emitida por tais veculos. A coordenadora coloca ainda que:

[...] para proteger a camada de oznio, os gases mais utilizados no mundo em sistemas de refrigerao e isolamento trmico os CFCs foram substitudos por HFC-134a, que no contm cloro e, portanto, no afeta a camada de oznio. E durante a manuteno das geladeiras e freezers so utilizados cilindros especficos para o recolhimento dos gases refrigerantes, para que possam ser reciclados e reutilizados evitando, assim, sua liberao na atmosfera [Fala da coordenadora ambiental].

O Gerente de operaes levanta tambm a questo dos resduos slidos, que so gerenciados por uma empresa especialista em gesto deste tipo de resduo. Tal empresa possui todas as licenas exigveis pela legislao local, segundo o mesmo.

A coordenadora Ambiental fala que:

[...] nos empenhamos para eliminar o uso e a gerao de materiais perigosos e txicos e para assegurar que estes materiais sejam gerenciados de maneira ambientalmente responsvel durante seu manejo. Fazemos isto atravs da implementao de prticas como: treinar colaboradores em suas operaes, transportar estes materiais de acordo com a legislao e regulamentaes aplicveis, prover conteno secundria para prevenir o derramamento de materiais perigosos e txicos, sistemas de drenagem e tratamento de resduos slidos e lquidos [Fala da coordenadora ambiental].

Atividades de reciclagem recebem ateno por todo o sistema Coca-Cola tambm. Em 1992, o Sistema Coca-Cola Brasil foi um dos fundadores do CEMPRE Compromisso Empresarial para Reciclagem, em parceria com o Instituto de Pesquisa Tecnolgica de So Paulo IPT. As atuaes do CEMPRE se concentram em pesquisa tecnolgica, orientao de projetos e difuso de informaes sobre o gerenciamento de resduos slidos e reciclagem. Buscando uma maior ecoeficincia industrial, as fbricas do Sistema Coca-Cola Brasil apresentam ndice mdio de 79% de reciclagem dos resduos slidos gerados em sua produo. (Pereira; et all, Ecoeficincia: constataes tericas e empricas no Sistema Coca-Cola, 2014) Entretanto, partindo por outra linha de pesquisa, o Observatrio Social constatou que, entre vrios pases pesquisados, a Coca-Cola fez uma divulgao consolidada de suas polticas ambientais apenas no Brasil.Na Argentina, pas vizinho ao nosso, os trabalhadores da Coca-Cola demonstraram pouco conhecimento acerca das polticas ambientais da empresa, existe apenas algum compromisso com o meio ambiente ao divulgar suas polticas e projetos referentes ao tema. E, inclusive, seu site na internet no informa se a empresa possui certificao ISO 14.000.Nesse pas a empresa possui a atuao de cinco grandes engarrafadoras e exerce grande influncia atravs de sua marca, mas, o que podemos ver que a poltica da empresa bem pouco permevel influncia das partes interessadas, em especial aos trabalhadores.

No Brasil, o modelo de negcio semelhante ao da Argentina: a empresa atua atravs de engarrafadoras. Trata-se de um negcio baseado na concesso de uma licena para produzir. Para compensar a fragilidade desse modelo, a Coca-Cola a empresa que desenvolveu campanhas mais agressivas e que dispe de projetos mais inovadores para o tema da sustentabilidade. Como o modelo de negcio est baseado na terceirizao ostensiva e como a empresa lida com bens de consumo, necessita maximizar sua influncia por meio de polticas ambientais em escala global. (Arruda, L. O comportamento de quatro empresas na Amrica Latina - Projeto AMA - Multinacionais e Meio Ambiente)

Na Colmbia, a Coca-Cola tambm produz e distribui a bebida atravs de um sistema de engarrafadoras. A pesquisa na Colmbia aponta que h graves violaes sindicais por parte da empresa, em relao liberdade sindical, vida e ao trabalho dos trabalhadores sindicalizados, e, sobretudo, os trabalhadores afiliados ao Sinaltrainal (Sindicato Nacional de Trabajadores de la Industria de Alimentos). O contexto de violncia poltica colombiano explica, em parte, o comportamento da Coca-Cola. A empresa tambm desenvolveu um comportamento agressivo e intimidatrio em relao s partes interessadas. Como o seu comportamento traz um risco de reputao que atinge diretamentesuas marcas junto ao consumidor, a Coca-Cola desenvolve polticas ambientais extremamente agressivas e inovadoras. Os principais impactos ambientais causados pela produo de Coca-cola so relacionados ao uso da gua, energia e materiais no-biodegradveis para produzir de vasilhames. Houve uma tentativa, por parte dos sindicatos e particularmente do Sinaltrainal de incluir clusulas nas convenes coletivas comprometendo a empresa a melhorar a qualidade do ar e do meio ambiente. Porm, os negociadores para Coca- Cola Femsa nunca aceitaram suaspropostas, dizendo que este tema est fora do mbito trabalhista na mesa de negociao.Podemos ento perceber, que a Coca-Cola age de acordo com as exigncias de cada pas, preferencialmente at, agindo aqum do esperado para garantir os seus ganhos contra os ganhos de seus empregados ou do meio ambiente.Volume de efluentes industriais da Sucos Mais aumenta em Linhares

A Sucos Mais/Coca-Cola alterou o volume de efluentes lquidos que despejado no Crrego Rio das Pedras. A afirmao do MPA, que esteve na regio e atestou o volume de efluentes despejados no crrego pela empresa aps inmeras reclamaes de moradores do bairro.

A informao que o volume de efluentes industriais superior ao total de gua que corre no crrego e, portanto, est cada vez mais difcil manter atividades como irrigao das lavouras em propriedades da regio. O problema j havia sido alertado por moradores que vivem s margens do crrego, mas, aps inmeros apelos, os processos judiciais que contestam a poluio do rio esto parados na Justia.

O apontamento de especialistas sobre o conflito entre Sucos Mais/Coca-Cola que h na regio conflitos socioambientais e corrupo de rgos do Estado que permitem a poluio na regio. A pedido da comunidade, a Associao dos Gegrafos Brasileiros (AGB) e o Observatrio dos Conflitos do Campo da Universidade Federal do Esprito Santo (Ufes) esto em campo investigando os impactos gerados pela empresa Sucos Mais/Coca-Cola em Linhares, no norte do Estado.

At o momento, a informao que um estudo preliminar j foi concludo e identificou impactos socioeconmicos gerados nas reas de atuao dos agricultores camponeses, contrariando o laudo apresentado pelo MPES baseado em estudos da empresa -, que no classificou a empresa como responsvel pela poluio na regio.

No relatrio apresentado pelos tcnicos do MPES, a informao que a soda encontrada na gua provm do uso de sabo domstico utilizado para lavar roupa no entorno e que o lodo encontrado em alguns trechos do rio, so resultado do manejo inadequado do solo. A informao dos camponeses que, trs dias antes da visita tcnica do responsvel pelo relatrio do MPES, a emisso dos dejetos industriais foi interrompida pela empresa.

Os tcnicos da AGB e do Observatrio dos Conflitos no Campo, durante a visita regio, entretanto, constataram a presena constante e numerosa de bolhas por toda a represa, as quaiks, segundo relatos, surgiram aps a instalao do emissrio da Sucos Mais/Coca-Cola. O forte odor denunciado pelos moradores da regio tambm foi constatado pelos tcnicos, identificando a presena de material em estado de putrefao.

Segundo o relatrio preliminar das entidades, as lavouras da regio esto destrudas devido ao uso da gua do crrego para irrigao, e com o aumento do volume de efluentes a situao tende a piorar.

As pessoas no se manifestam mais, pois tm medo das aes repreensivas. Alm disso, a prpria Justia recomendou aos proprietrios que no realizassem manifestao popular. A informao que, havendo processo na Justia, nada justificaria uma manifestao. E, no caso, o povo fica esperando pelo pior, ressaltou Elias Alves, do MPA.A informao que o relatrio da AGB e do Observatrio Conflitos do Campo sero apresentados na tentativa de esclarecer os dados apresentados pelo MPES e demonstrar a real situao vivida pelos agricultores da regio h cerca de oito anos.

Alm de centenas de peixes e do impedimento do uso da gua para irrigao, consumo para animais e lazer, foram constatadas mortes no gado na regio aps o consumo da gua do crrego em suas margens.

(Por Flavia Bernardes,Sculo Dirio,21/12/2010)

Laudo confirma que empresa de refrigerantes culpada por danos ambientais no Igarap Corra

Assustados com o risco de contaminao das guas do Igarap Corra, moradores convivem com o medo.

A comunidade do Igarap Corra, localizado no Distrito Industrial de Santana aps verificar que muitos peixes estavam morrendo de forma estranha, assim como a fauna marinha do igarap, atravs da Associao de Extrativistas da comunidade, entrou com um processo junto ao Ministrio Pblico do Estado do Amap no incio de 2011. A reivindicao dos moradores visa a retirada da empresa de refrigerantes Brasil Norte Bebidas, representante da Coca-Cola no Estado do Amap. O laudo tcnico divulgado no incio de janeiro deste ano confirma que a empresa a causadora de taisimpactos ambientais.De acordo com a comunidade do Igarap a empresa estaria despejando metais pesados nas guas do Igarap causando a morte de vidas marinhas em grande proporo e contaminando o solo, transformando o local num cenrio de destruio. Aps vrias denncias dos moradores em novembro do ano passado mediante solicitao da Promotoria de Justia do Meio Ambiente tcnicos e ambientalistas estiveram no local para coletar amostras, com objetivo de analisar o lquido para verificar a verdadeira causa das mortes. A divulgao do laudo tcnico com dados do monitoramento expedido pelo Instituto do Meio Ambiente e de Ordenamento Territorial (Imap) confirma que a empresa a responsvel pela contaminao.

Convivendo com o perigoSegundo o extrativista Domingos Souza, morador do Igarap Corra com a poluio do rio ficou difcil para eles continuarem vivendo no local. A gua no pode ser utilizada para nada a no ser para lavar alguma coisa, estamos numa situao difcil, como vamos viver sem poder utilizar a gua. At a plantao est morrendo, as hortas e a vegetao do local, isso significa que o solo tambm est contaminado. Alm de estarmos vivendo o problema somos vtimas de outras doenas que podem ser causadas pelos produtos qumicos que so jogados aqui sem nenhuma preocupao e responsabilidade, disse. Nas margens do rio visvel o acmulo de peixes mortos que vo aparecendo, em alguns pontos a gua fermenta criando uma espcie de espuma que originada dos metais pesados que so emitidos pela empresa, que embora tenha uma estao de tratamento precisa investir em aprimoramento e modernizao de modo que se apresente de forma adequada conforme preconiza a resoluo CONAMA 357/0511 Art. 24, pargrafo nico.Segundo o ambientalista Mrio Ricardo, que acompanhou os trabalhos do Batalho Ambiental e do processo de monitoramento, que a situao pode causar danos irreparveis para o ecossistema local, atingindo at mesmo o rio Matapi, que onde desgua o Igarap Corra. O problema ser grave, caso no sejam aplicadas as devidas providncias pelos rgos pblicos. Se continuar assim em um futuro prximo como essas pessoas vo poder viver aqui? Sem poder utilizar a gua do igarap e ainda, alm de terem peixes e vegetao contaminados pelos produtos txicos podero tambm ser vtimas de doenas como o cncer, por isso muito importante que as autoridades se mobilizem em prol do meio ambiente e da comunidade do Igarap Corra, destacou.

O laudoDe acordo com o laudo os valores de oxignio dissolvido mostram-se sempre abaixo do permitido pela legislao, seja no lanamento ou no corpo receptor. Os valores de sulfatos tambm esto acima do permitido. Constatou-se que o Igarap Corra devido ao alto ndice de metais pesados no possui mais capacidade de fazer naturalmente o processo de autodepurao.A empresa informou que possui uma estao de tratamento de efluente operante e segundo ela elimina de 80 a 90% de matria orgnica. O material direcionado para a etapa de polimento, em seguida para um tanque de areao que segue para um clarificador logo aps os efluentes so jogados no igarap. No entanto, conforme consta no laudo as amostras que foram coletadas para pesquisa constataram que o processo utilizado pela empresa no mais adequado para tratar os resduos txicos e precisa ser aprimorado em carter de urgncia. O laudo tcnico recomenda um monitoramento sistemtico e uma anlise mais detalhada sobre a capacidade ou no de autodepurao do Igarap Corra ao receber a capacidade de efluentes da referida empresa que foi orientada a providenciar a alterao de seu emissrio para o rio Matapi, cuja capacidade de autodepurao maior. A empresa ser penalizada pelo descumprimento das condies impostas na licena de operao.Mesmo com a divulgao do laudo tcnico que confirma a empresa Brasil Norte Bebidas, representante da Coca-Cola no Amap como a culpada pelos danos ambientais causados no Igarap Corra, at agora nada foi feito para tentar reparar o impacto ambiental causado e ajudar as famlias da comunidade que vive ameaada. De acordo com o ambientalista Mrio Ricardo, est prevista para os prximos dias uma reunio com as partes envolvidas e o promotor de Justia Marcelo Moreira titular da Prodemac.

Coca-Cola solicitar Bunge que no compre acar produzido em terra Guarani KaiowPorCombateRacismoAmbiental, 12/11/2013 14:37Por Patrcia Bonilha,de Braslia (DF),CimiA Coca-Cola anunciou no ltimo dia 8, que vai eliminar mundialmente a apropriao injusta de terras da sua cadeia de fornecimento. Isso significa que ela vai rever as suas prprias prticas e as de seus fornecedores no sentido de no mais permitir que seus produtos sejam associados a violaes do direito terra e conflitos agrrios. O anncio uma resposta campanhaPor trs das Marcas,da Organizao No Governamental Oxfam, que atravs de seu relatrioO Gosto Amargo do Acarapontou as estreitas relaes entre a indstria do acar e as apropriaes injustas de terra. No Brasil, a Coca-Cola compra acar da Bunge que, por sua vez, compra acar da Usina Monteverde plantado na Terra Indgena Jatayvary, localizadaem Ponta Por(MS). Em 2004, esta terra foi reconhecida pela Fundao Nacional do ndio (Funai) como sendo territrio tradicional do povo Guarani Kaiow. A Bunge proprietria da Usina Monteverde desde 2008. Na foto, tmulo de indgena Guarani Kaiow, assassinado por conta do conflito agrrio,cercado por uma plantao de cana.

Segundo a Oxfam, o Mato Grosso do Sul tem 51 territrios indgenas e a expanso da cana-de-acar mais que triplicou em sete anos, saltando de 180 mil hectares para 570 mil hectares entre 2007 e 2012. Localizados no corao da regio celebrada como celeiro do agronegcio, 39 dos 79 municpios do estado possuem pelo menos uma usina de cana. A ONG Reprter Brasil, em seu relatrioEm Terras Alheias, de 2012, e a Oxfam afirmam que a Bunge compra acar de cinco fazendas localizadas na TI Jatayvary: Santa Luzia, Guarida, Trs Marias, El Shadai e Fazenda Dependncia. A Coca-Cola teria afirmado Oxfam que o acar que compra da Bunge vem de outras usinas, no de Monteverde.

Em 2010, o Ministrio Pblico Federal, especificamente a Procuradoria da Repblica de Mato Grosso do Sul, apelou Usina Monteverde, operada pela Bunge, para que deixasse de comprar cana-de-acar de terras em processo de demarcao. No entanto, ao contrrio de outros usineiros que operam na regio de Dourados, a Bunge declarou que pretende continuar a comprar cana-de-acar produzida nas terras indgenas dos Guarani Kaiow at o fim dos contratos, em 2014, ou at quando o processo de demarcao das terras indgenas estiver totalmente concludo.

A cana-de-acar est sendo plantada dentro de uma terra que a Funai e o Ministrio da Justia j declararam que tradicionalmente do povo Guarani Kaiow. A Bunge deve parar imediatamente de comprar o acar que traz em si o sangue deste povo. Caso contrrio, ela tambm se torna responsvel pelo conjunto de violaes contra os indgenas, afirma Cleber Buzatto, secretrio executivo do Conselho Indigenista Missionrio (Cimi).

Aps mais de 30 anos de luta dos Guarani Kaiow pelo reconhecimento de suas terras, em1994, aFunai deslocou o povo para outro territrioem Dourados. Em1999, apopulao de Jatayvary voltou a ocupar sua terra tradicionalem Ponta Por. Noentanto, o retorno foi marcado por violncia e conflito por parte de posseiros que tentavam permanecer na rea indgena. Apenas em2004 aFunai reconheceu a Terra Indgena Jatayvary, sendo que a publicao da portaria declaratria dando a posse permanente de8.800 hectaresaos indgenas foi feita pelo Ministrio da Justia em 25 de abril de 2011. Desde ento, uma tentativa da Funai e da Polcia Federal de realizar a demarcao fsica do territrio foi impedida pelos posseiros da terra.

O outro caso que envolve fornecedores da Coca-Cola envolvidos com problemas fundirios no Brasil o das comunidades pesqueiras no litoral sul de Pernambuco. Impedidas pela usina aucareira Trapiche de desenvolverem a atividade econmica da qual dependem para sobreviver no manguezal de Sirinham, elas demandam a criao de um Reserva Extrativista (Resex) na rea.

Continuaremos a acompanhar bem de perto os casos dos pescadores de Pernambuco e do povo Guarani Kaiow no Mato Grosso do Sul, j que queremos ver mudanas positivas em relao aos direitos e bem estar das comunidades afetadas pela agricultura em larga escala, afirmou Simon Ticehurst, diretor da Oxfam no Brasil.

No documento divulgado na ltima quinta-feira, a Coca-Cola se compromete tambm a aderir Conveno 169 da Organizao Internacional do Trabalho (OIT) no que se refere ao princpio de Consentimento Livre, Prvio e Informado em todas as suas operaes e a requerer que os seus fornecedores adotem o mesmo princpio. A empresa tambm afirmou que vai realizar estudos de impacto social, ambiental e direitos humanos nos pases de onde adquire acar, comeando por Brasil, Colmbia e Guatemala. Por enquanto, a PepsiCo e a Associated British Foods (ABF) as duas outras companhias enfocadas pela campanha da Oxfam ainda no se pronunciaram sobre os problemas apontados pelo relatrioO Gosto Amargo de Acar. A petio da Change.org que demanda o fim do vnculo destas corporaes da rea de alimentos com a violao do direito terra e conflitos agrrios j recolheu quase 250 mil assinaturas em todo o mundo.

SUBSIDIRIA DA COCA-COLA NO AM ENFRENTA AO POR DANO AMBIENTAL

Elaze Farias 23/12/2013

01:

Enquanto se discute atualmente um Projeto de Lei no Senado (PL 626/2011) que visa autorizar o plantio de cana em reasalteradas, cerrado e campos gerais da Amaznia Legal, uma empresa localizada no municpio amazonense de Presidente Figueiredo (a 107 quilmetros de Manaus), que j desenvolve esta cultura h quase 20 anos, vem sendo alvo de denncia na Justia Federal sob a acusao de causar danos ambientais e atmosfera, impactar a fauna silvestre e levar prejuzos sade pblica. (Leiaentrevistasobre o PL 626/2011)

A Agropecuria Jayoro Ltda, que fornece matria-prima para a empresa Recofarma Indstria do Amazonas Ltda, subsidiria da multinacional Coca-Cola, foi denunciada h trs anos pelo Ministrio Pblico Federal do Amazonas. A direo da empresa nega as acusaes (leiaaqui).

Uma liminar da Justia Federal acatou parcialmente a ao civil pblica ajuizada originalmente pelo Partido Popular Socialista (PPS), em 2010, e assumida posteriormente pelo MPF. A liminar exigiu que a Jayoro praticasse a queima de palha da cana-de-acar controlada. Com a deciso, a empresa ficou proibida de queimar 75% da safra.

Em abril de 2013, MPF moveu uma outra ao reforando a denncia anterior contra a Jayoro. Em novo processo, o Ministrio Pblico Federal do Amazonas reiterou pedido para que o Ipaam (Instituto de Proteo Ambiental do Amazonas) se abstivesse de conceder licenciamentos ambientais para Jayoro e passasse a prerrogativa para o Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente dos Recursos Naturais Renovveis).

O MPF tambm pleiteou na ao uma indenizao por dano moral coletivo devido aos riscos sade das comunidades vizinhas ao canavial. O processo tramita na 7 Vara Federal, especializada em matria ambiental e agrria. Est na fase final de anlise, aguardando sentena.

Substncias qumicasSegundo informaes do processo iniciado em 2010, ao qual oAmaznia Realteve acesso, testemunhas ouvidas confirmaram ter sofrido danos sua sade respiratria. H relatos de uso de substncias txicas, cujos impactos se estenderam s plantaes de agricultores assentados vizinhos do terreno da empresa Jayoro.Na semana passada, a reportagem entrou em contato com um morador de Presidente Figueiredo, o apicultor e indigenista Egydio Schwade, que mora no municpio h mais de 30 anos. Ele disse que dois anos atrs viu pequenos avies lanando substncias qumicas no canavial e que o cheiro do produto era sentido de longe.Schwade contou que tentou produzir mel no terreno de alguns agricultores prximo empresa, mas desistiu pelo temor de ter sua produo prejudicada. Achei muito perigoso, tirei as abelhas de l e acabei saindo. No queria vender um mel contaminado, afirmou.O apicultor no voltou mais ao local e diz no saber se o produto qumico continua sendo utilizado pela empresa. Volta e meia a gente ouvia os funcionrios falar de pessoas doentes, com problemas respiratrios e at com doenas mais graves. Geralmente era um pessoal de l de dentro da fbrica que falava. No sei como est hoje, disse Egydio Schwade.Fiscalizao incertaO diretor da Agropecuria Jayoro, Camillo Pachikoski, contou ao portal que a empresa deixou de queimar palha de cana-de-acar desde 2010 e que, por este motivo, a ao perdeu seu objeto e o tema virou notcia velha. E, que, mesmo na poca em que a queima existia, ela era autorizada por rgos ambientais.Segundo o Ipaam, o atual licenciamento da Jayoro tem validade at 2015. As licenas dependem do cumprimento das condicionantes da licena anterior. A ltima foi composta de 13 restries. Uma delas a regularizao ambiental do imvel. O Ipaam no informou as outras 12.De acordo com o relato encontrado em um documento anexado no processo, fiscais do rgo ambiental identificaram uma fumaa negra no canavial e confirmaram denncia feita por moradores de que um curso dgua nas proximidades foi desviado, situao que interferiu no fluxo do recurso hdrico da propriedade vizinha. Esta situao, segundo relatou o MPF, foi encontrada mesmo com a queima controlada determinada pela liminar judicial.Impasse no licenciamentoO processo do MPF encontra oposio no apenas da empresa Jayoro, por motivos bvios, mas tambm do Ipaam e at mesmo do Ibama. O rgo federal, conforme consta nos autos, diz que no de sua competncia expedir licenciamento para a atividade da Jayoro.A posio foi reiterada pelo superintendente do rgo no Amazonas, Mrio Reis, na semana passada aoAmaznia Real. Segundo Reis, a posio do Ibama continua a mesma, por questo legal de competncia.Tanto a legislao anterior como a atual, a Lei Complementar 140/11, define com muita clareza que no cabe a Unio (Ibama) a competncia para o presente caso e sim o rgo estadual ( LC 140/2011, art. art. 7 e art.8, XIII, XIV, XVI b e c, art. 13, disse Reis.

IpaamEm nota enviada ao portal, o Ipaam disse que a Agropecuria Jayoro Ltda cumpriu a primeira determinao judicial de reduzir a queima de palha. Segundo o rgo, uma fiscalizao constatou que a empresa j no realizava mais a queima prvia da palha da cana-de-acar, valendo-se da colheita mecanizada, sendo que as reas mais declivosas, onde as mquinas colheitadeiras no poderiam adentrar, estavam sendo substitudas pelo plantio de guaran.

Conforme o Ipaam, o total desuso da queima pode ser comprovado pela ausncia de denncias por parte da vizinhana e tambm por vistoria realizada 13 de julho de 2012 com a finalidade de renovao de licena para a atividade produtiva.

Na nota, o Ipaam diz que ele rgo a quem compete o licenciamento da referida atividade, conforme Lei Complementar 140, de 8 de dezembro de 2011. Diz ainda que est agendada para este mso uma vistoria de monitoramento em cumprimento competncia doIpaamenquanto rgo licenciador.

No que diz respeito recomendao de suspender a licena de operao da Jayoro, o Instituto no foi provocado nesse sentido, diz o rgo.

Coca-Cola assim artigo de Esther Vivas

Publicado em janeiro 29, 2014 porRedao[EcoDebate] Obrigado por compartilhar felicidade, nos dizo ltimo anncio da Coca-Cola, entretanto olhando de perto parece que a Coca-Cola de felicidade compartilha bem pouco. Ou seno que se pergunte aos trabalhadores das plantas industriais que a multinacional pretende fechar agora no Estado Espanhol ou aos sindicatos perseguidos, e alguns, inclusive sequestrados e torturados na Colmbia, Turquia, Paquisto, Rssia, Nicargua ou as comunidades da ndia que ficaram sem gua aps a sada da companhia. Isso para no falar da pssima qualidade de seus ingredientes e o impacto em nossa sade.

A cada segundo se consome 18.500 latas ou garrafas de Coca-Cola em todo o mundo, segundo dados da prpria empresa. O imprio Coca-Cola vende suas 500 marcas em mais de 200 pases. Quem garantiria isso a John S. Pemberton, quando em 1886, elaborou to exitosa poo em uma pequena farmcia de Atlanta. Hoje, ao contrrio, a multinacional j no vende to s uma bebida mas sim, muito mais. Atravs de campanhas multimilionrias de marketing, Coca-Cola nos vende algo to desejado como a felicidade, a fasca da vida ou um sorriso. Todavia, nem o seuInstituto de la Felicidad capaz de esconder toda a dor que ocasiona a Companhia. Seu currculo de abusos sociais e trabalhistas recorre, com seus refrigerantes, todo o planeta.

Agora, chegou a vez do Estado Espanhol. A Companhia acaba de anunciar um Expediente de Regulao de Emprego que implica no fechamento de quatro de suas onze plantas industriais, a demisso de 1.250 trabalhadores e a realocao de outros 500. Uma medida que se toma, segundo a multinacional, por causas organizativas e produtivas. Um comunicado de a unio CCOO, em contrapartida, desmente esta informao, e assinala que a empresa tem enormes benefcios em torno de 900 milhes de euros e um faturamento de mais de 3 bilhes de euros.

As ms prticas da empresa so to globais como sua marca. Na Colmbia, desde 1990, oito trabalhadores da Coca-Cola foram assassinados por paramilitares e outros 65 vem recebendo ameaas de morte, segundo El informe alternativo de Coca-Cola da organizao War on Want. O sindicato colombiano Sinaltrainal tem denunciado que por trs destas aes se encontra a multinacional. Em 2001, Sinaltrainal, atravs da International Labor Rights Fund e a United Steel Workers Union, conseguiu interpor nos Estados Unidos uma demanda contra a empresa por estes casos. Em 2003, a justia indeferiu a petio alegando que os assassinatos ocorreram fora dos Estados Unidos. A campanha do Sinaltrainal, de qualquer maneira, havia conseguido numerosos apoios.

O rastro de abusos da Coca-Cola ns encontramos praticamente em cada rinco do planeta onde est presente. No Pakisto, em 2001, vrios trabalhadores da planta de Punyab foram demitidos por protestar e as tentativas de sindicalizao de seus trabalhadores em Lahore, Faisal e Gujranwala chocaram-se com o impedimento da multinacional e da administrao. Na Turquia, seus empregados denunciaram, em 2005, a Coca-Cola por intimidao e torturas e por utilizar um setor especial da polcia para estes fins. Na Nicargua, no mesmo ano, o Sindicato nico do Transporte(SUTEC) acusou a multinacional de no permitir a organizao sindical e ameaar com demisses. E casos similares encontramos na Guatemala, Rssia, Peru, Chile, Mxico, Brasil, Panam. Uma das principais tentativas para coordenar uma campanha de denuncia internacional contra a Coca-Cola foi em 2002 quando sindicatos da Colmbia, Venezuela, Zimbabwe e Filipinas denunciaram conjuntamente a represso sofrida por seus sindicalistas na Coca-Cola e as ameaas de sequestros e assassinatos recebidas.

Cabe destacar ainda que a Companhia no unicamente conhecida por seus abusos trabalhistas mas sim, tambm, pelo impacto social e ecolgico de suas prticas. Como a prpria empresa reconhece: Coca-Cola a empresa da hidratao. Sem gua, no existe negcio. E essa suga at a ltima gota onde se instala. De fato, para produzir um litro de Coca-Cola, se requer trs litros de gua. E no s para sua bebida mas sim para lavar garrafas, maquinrio gua que a posteriori descartada como gua contaminada, com o conseguinte prejuzo do meio ambiente. Para saciar sua sede uma engarrafadora de Coca-Cola pode chegar a consumir at um milho de litros de gua por dia, a empresa toma unilateralmente o controle de aquferos que abastecem a comunidades locais deixando-as sem um bem essencial como a gua.

Na ndia, vrios Estados (Rajastn, Uttar Pradesh, Kerala, Maharastra) se encontram em p de guerra contra a multinacional. Vrios documentos oficiais assinalaram a diminuio drstica dos recursos hdricos onde a empresa estava se instalando, acabando com a gua para o consumo, a higiene pessoal e a agricultura, sustento de muitas famlias. Em Kerala, em 2004, a planta de Plachimada de Coca-Cola foi obrigada a fechar depois que a prefeitura negou a renovao de sua licena acusando a Companhia de esgotar e contaminar sua gua. Meses antes, o Tribunal Supremo de Kerala sentenciou que a extrao massiva de gua por parte da Coca-Cola era ilegal. Seu fechamento foi uma grande vitria para a comunidade.

Casos similares vem acontecendo em El Salvador e Chiapas, entre outros. Em El Salvador, a instalao de plantas de engarrafamento de Coca-Cola esgotaram recursos hdricos aps dcadas de extrao e contaminaram aquferos ao desfazer-se da gua no tratada procedente das indstrias da empresa. A multinacional sempre se recusou a se responsabilizar pelo impacto de suas prticas. No Mxico, a Companhia privatizou inmeros aquferos, deixando as comunidades locais sem acesso aos mesmos, graas ao apoio incondicional do Governo de Vicente Fox (2000-2006), antigo presidente da Coca-Cola do Mxico.

O impacto de sua frmula secreta sobre nossa sade est tambm extensamente documentado.Suas altas doses de acar no nos beneficiame nos convertem em viciados na sua poo. E o uso do espartamo, edulcorante no calrico substitutivo do acar, colocado na Coca-Cola Zero , se demonstrou, como assinalou a jornalista Marie Monique Robin em seu documentrio Nosso veneno cotidiano, que consumido em altas doses pode ser cancergeno. Em 2004, a Coca-Cola da Gr- Bretanha se viu obrigada a retirar, aps seu lanamento, a gua engarrafada Desani, depois que se descobriram em seu contedo nveis ilegais de brometo, substncia que aumenta o risco do cncer. A empresa teve que separar meio milho de garrafas, que havia anunciado como uma das guas mais puras do mercado, apesar de que um artigo na revista The Grocer assinalava que sua fonte era gua tratada das torneiras de Londres.

Os tentculos da Coca-Cola, assim mesmo, so to grandes que, em 2012, uma de suas diretoras, ngela Lpez de S, alcanou a direo da Agncia Espanhola de Segurana Alimentar. Que postura vai ter, por exemplo, a Agncia frente ao uso do aspartame quando a empresa que at poucos dias lhe pagava o salrio como sua atual diretora, o usa sistematicamente? Conflito de interesse? O destacamos antes com o caso de Vicente Fox.

A marca que nos diz vender felicidade, reparte sim pesadelos. Coca-Cola assim diz o anncio. Assim e assim a descrevemos.

*Artigo publicado no peridicohttp://www.publico.es, 24/01/2014.**Trad. Portugus: Paulo Marques |http://economiasocialistads.blogspot.com.br**Esther Vivas, Colaboradora Internacional do Portal EcoDebate, ativista e pesquisadora em movimentos sociais e polticas agrcolas e alimentares, autora de vrios livros, entre os quais Planeta Indignado. Esther Vivas licenciada em jornalismo e mestre em Sociologia. Seus principais campos de pesquisa passam por analisar as alternativas apresentadas por movimentos sociais (globalizao, fruns sociais, revolta), os impactos da agricultura industrial e as alternativas que surgem a partir da soberania alimentar e do consumo crtico.+info:http://esthervivas.com/portuguesEcoDebate, 29/01/2014

Referncias

Arruda, L. O comportamento de quatro empresas na Amrica Latina - Projeto AMA - Multinacionais e Meio Ambiente, disponvel em acesso em 12/05/14Pereira, B. A. D.; Dalmoro, M.; Marconatto, D. A. B. Elementos de Ecoeficincia: constataes tericas e empricas no Sistema Coca-Cola, disponivel em < http://www.ead.fea.usp.br/semead/11semead/resultado/trabalhosPDF/630.pdf> acesso em 12/05/14

http://www.ambienteja.info/ver_cliente.asp?id=169630 acesso em 12/05/14http://cocacolabrasil.com.br/coca-cola-brasil/a-empresa-no-brasil/ acesso em 12/05/14http://www.jornalagazeta-ap.com/site/component/content/article/8-noticia-secundaria/314-laudo-confirma-que-empresa-de-refrigerantes-e-culpada-por-danos-ambientais-no-igarape-correa.html acesso em 12/05/14http://racismoambiental.net.br/2013/11/coca-cola-solicitara-a-bunge-que-nao-compre-acucar-produzido-em-terra-guarani-kaiowa/ acesso em 12/05/14

http://amazoniareal.com.br/subsidiaria-da-coca-cola-no-am-enfrenta-acao-por-dano-ambiental/ acesso em 12/05/14

http://www.ecodebate.com.br/2014/01/29/coca-cola-e-assim-artigo-de-esther-vivas/ acesso em 12/05/14

1 EXAME. Guia Exame de Sustentabilidade 2013. Disponvel em http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/as-empresas-premiadas-pelo-guia-exame-sustentabilidade-2013?p=26>. Acesso em: 10 mai. 2014.

FECOMRCIO. 3 Prmio Fecomrcio de Sustentabilidade. Disponvel em: . Acesso em: 10 mar. 2014.

LAURIANO, Lucas Amaral; CARVALHAES, Eduarda; TELLO, Rafael. Estgio da Sustentabilidade das Empresas Brasileiras 2012. Nova Lima, MG: Ed. Fundao Dom Cabral, 2012. Disponvel em: . Acesso em 10 mar. 2014.

ROSSI, Lucas. No discurso a sustentabilidade mais fcil. Disponvel em: . Acesso em: 10 mar. 2014.

SOARES, Raimundo; PARO, Roberta. Sustentabilidade e poder nas organizaes. Nova Lima, MG: Ed. FDC, 2013. Disponvel em: . Acesso em: 10 mar. 2014.