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COBENGE 2011 XXXIX Cogresso Brasileiro de Educação em Engenharia EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA: REALIDADE ATUAL Benedito G. Aguiar Neto Diretor Acadêmico da ABENGE Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie

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COBENGE 2011XXXIX Cogresso Brasileiro de Educação

em Engenharia

EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA: REALIDADE

ATUAL

Benedito G. Aguiar NetoDiretor Acadêmico da ABENGE

Reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie

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Introdução

O PAPEL ESTRATÉGICO DA ENGENHARIA Fundamental para o desenvolvimento

econômico de qualquer país: otimização e inovação;

A engenharia permite que produtos de base, de alto consumo, de qualidade uniforme (“soft commodities e hard comodities”) sejam transformados e tenham mais valor agregado.

A geração de riquezas do Brasil pelas exportações, provêm na maioria de produtos de base.

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Introdução O Brasil é um dos maiores exportadores de

commoditiesDos 11 produtos mais exportados

pelo Brasil 61,6 % são: minérios, petróleo, soja,

café, carne, frango.

(Fonte: Análise Global, 2011)

Minérios ocupam hoje o primeiro lugar nas exportações brasileiras.

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Introdução

72%28%

Domínio dos produtos básicos e produtos industrializados na pauta

exportadora brasileira (dentre as 250 maiores empresas exportadoras)

Básicos

Industrializados

Fonte: Análise Global, 2011.

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Engenharia: Produtos industrializados

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PIB dos Países em Trilhões de Dólares

Posição PIB (U$) Posição PIB (U$)

1. USA 14,66 6. Russia 2,233

2. China 10,09 7. Grã-Bretanha

2,173

3. Japão 4,31 8. Brasil 2,172

4. India 4,06 9. França 2,145

5. Alemanha 2,94 10. Itália 1,774

Fonte: FMI, 2011

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Índice de Competividade

A competividade da indústria está associada ao nível de inovação. Inovação de processos de produção; Inovação de produtos.

Forte correlação com nível de emprego; A inovação gera competitividade que gera

demanda por mais engenheiros que geram mais inovação, etc.

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Índice de Competitividade Global (Forum Econômico Mundial): Indicadores Gerais Requesitos básicos (insfraestruturas,

saúde, educação básica) Potenciadores de eficiência (ensino

superior, preparo tecnológico, dimensão de mercado)

Inovação e sofisticação: empresarial e de inovação.

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Indice de Competitividade Global (Forum Econômico Mundial): Indicadores Gerais

País 2011 2010

Suiça 1. 1.

Cingapura 2. 3.

Suécia 3. 2.

Finlândia 4. 7.

Estados Unidos 5. 4.

Alemanha 6. 4.

Noruega 7. 8.

Dinamarca 8. 9.

Brasil 53. 58.

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Produção científica Publicada nas Bases ISI e Scopus

A produção científica brasileira não tem conseguido influir no resultado da inovaçãoPaís Posição

Estados 1.

China 2.

Reino Unido 3.

Alemanha 4.

Japão 5.

França 6.

Canadá 7.

Itália 8.

Brasil 13.

Fonte: Institute for scientific information,

2010

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Número de Registro de Patentes - 2009

Posição Patentes

1. EUA 45.790

2. Japão 29.827

3. Alemanha 16.736

4. Coreia do Sul 8.066

5. China 7.946

6. França 7.166

7. Reino Unido 5.320

8. Holanda 4.471

9 . Suiça 3.688

10. Suécia 3.667

24. Brasil 480

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Egressos em Cursos na Educação Superior no Brasil

Áreas 2000 2008

Ciências Sociais e Jurídicas 26,6 % 27,3 %

Educação 25,9 % 21,1 %

Administração e Economia 13,2 % 13,7 %

Saúde e Bem estar Social 13,0 % 16,0 %

Ciências e Matemática 6,2 % 5,9 %

Engenharia 5,6 % 5,1 %

Agricultura e Veterinária 2,1 % 2,0 %

Ciência da Computação 2,0 % 1,8 %

Arquitetura e Urbanismo 1,2 % 0,8 %

Fonte: Censo da Educação Superior, 2009 (MEC/INEP)

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Egressos em Cursos de Engenharia em 2007 com Relação a outros Cursos Superiores: Comparação entre Países

País % Egressos

China 35,6

Coréia do Sul 25,0

Finlândia 20,0

Portugal 19,7

Japão 19,4

Suécia 17,1

Chile 14,3

Itália 14,0

França 13,3

Alemanha 12,4

Estados Unidos 6,1

Brasil 5,1

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Engenheiros Formados O Brasil formou em 2008 47.098

engenheiros Cursos 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Engenharia Civil 25,5% 24,5% 22,4% 20,3% 18,0% 14,7% 14,0%

Engenharia Mecânica e Metalurgia

19,2 19,3% 16,8% 15,2% 15,3% 14,7% 13,9%

Engenharia Eletrônica e Automação

8,5% 8,8% 11,6% 11,8% 12,7% 11,0% 10,2%

Outras 46.8% 48.4% 50.2% 52.7% 54% 59.7 61.9% 28.024 30.456 33.148 36.918 41.491 47.016 47.098

Fonte: Censo da Educação Superior, INEP/MEC

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Evolução da Titulação de Doutores

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Número de Doutores por mil Habitantes

Suiça

Alem

anha EU

A

Canad

á

Aust

rália

Portu

gal

Bras

il

Arge

ntin

a0

5

10

15

20

25

1,42,1

8.4

23

5,9

0,2

15,4

6,5

Fonte: CAPES, 2010; IBGE, 2008; MCT, 2009; NSF, 2009

Idade entre 25 e 64 anos

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Doutores na Indústria

País % Doutores na Indústria

Canadá 62,2

Itália 52.6

Coreia do Sul 40,0

França 37,8

Inglaterra 34,7

Japão 26,7

EUA 14,2

China 7,7

Brasil 7,1

Fonte: CAPES, 2010

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Números de Doutores Titulados por Área e por Ano

Área 1998 2005 2006 2007 2008

Saúde 19,1% 18,5% 18,3% 18% 18,2%

Humanas 16,7% 16,6% 16,1% 17,2% 17,2%

Biológicas 13,2% 12,6% 12,2% 12,3% 12,4%

Agrárias 11,5% 12,4% 12,3% 12,2% 12,2%

Engenharias

13,2% 12,2% 11,9% 11,7% 11,3%

Exatas 14% 10,6% 10,1% 10,4% 10,9%

Sociais 6,9% 9,0% 9,4% 8,1% 8,0%

Letras 4,1% 5,5% 6,5% 7,1% 6,5%

Outras 0,4% 1,7% 2,2% 2,2% 2,1%

TOTAL 3.829 9.070 9.460 9.994 10.788 Em 2009: 11.400 doutores

Fonte: Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, 2010

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Como Alcançar uma Engenharia mais Competitiva?

Formar mais e Melhores Engenheiros!

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Como Alcançar uma Engenharia mais Competitiva?

Formar mais e Melhores Engenheiros!

Como e a quem compete a responsabilidade para solução do problema?

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Como Alcançar uma Engenharia mais Competitiva?

Premissa Básica:

Esforço conjunto e sinérgico entre Governo, Academia e Setor Empresarial.

Chamada Tríplice Hélice

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Como Alcançar uma Engenharia mais Competitiva?

Formar mais e melhores Engenheiros Difundir o papel da engenharia, a sua

importância e aplicações. Desenvolver cultura empreendedora e a

capacidade de inovação na formação do engenheiro;

Desenvolver ações de internacionalização nos cursos;

Maior inserção de estudos interdisciplinares; Considerar o conceito de sustentabilidade:

econômica, meio ambiente.

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Como Alcançar uma Engenharia mais Competitiva?

Formar mais e melhores Engenheiros

Onde estão os principais obstáculos?

Que iniciativas têm sido levadas a efeito para se alcançar o objetivo delineado?

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Principais Obstáculos Baixa Procura nos Cursos de Engenharia

Curso Matrículas

%

1 Administração 874.076 17,1

2 Direito 651.600 12,7

3 Engenharias 419.397 8,2

4 Pedagogia 287.127 5,6

5 Enfermagem 235.281 4,6

6 Comunicação Social

205.409 4,0

7 Ciências Contábeis 205.330 4,0

8 Educação Física 163.528 3,2

9 Letras 145.241 2,0

10 Ciências Biológicas 133.204 2,6

Total de Matrículas:5.115.896

Fonte: Senso 2009, INEP/MEC

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Números da Educação Básica não Permitem a Expansão do Ensino Superior

Alunos no Ensino Fundamental: 14.409.910 Número de alunos concluintes: 2.473.073

Alunos no Ensino Médio: 8.337.160 Número de Alunos que concluem:

1.797.434 Vagas Oferecidas no Ensino Superior:

3,5 milhões. Ingressantes no Ensino Superior:

1.732.613 Fonte: Censo da Ed. Básica, 2009 ; Senso da Ed. Superior, 2009

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Obstáculos Pouca Motivação pela Engenharia. Formação deficiente dos ingressantes:

Matemática, Física, Química, Português

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Obstáculos Pouca Motivação pela Engenharia. Formação deficiente dos ingressantes:

Matemática, Física, Química, Português Possíveis causas:

Falta ênfase nas escolas sobre o protagonismo da engenharia para a superação do atraso em inovação tecnológica no país.

Pouca valorização do professor (licenciaturas).

Falta de investimento adequado na Educação Básica.

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Principais Obstáculos Falta de Programas Estruturantes de

Longo Prazo de Apoio à Formação em Engenharia INICIATIVA RELEVANTE

PRODENGE (Programa de Desenvolvimento das Engenharias) e REENGE (Reengenharia do Ensino de Engenharia) – 1995-1997.

FINEP, CAPES, CNPQ, (SESu) Número significativo de ações:

desenvolvimento de novas metologias de ensino, de infraestrutura de laboratórios, maior inserção da pequisa na graduação, estágio docente na indústria, etc.

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Referência para os Currículos de Engenharia

A partir de meados da década passada foram lançadas pela SESu/MEC em 1997 (Edital 04/97 SESu/MEC) as bases para uma discussão nacional a respeito de um novo conceito de referência para as IES quanto à organização curricular dos seus cursos: Diretrizes Curriculares

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Diretrizes Curriculares Nacionais: Permitiriam uma maior flexibilidade às IES

quanto à construção dos seus currículos plenos frente ao conceito rígido de currículo mínimo estabelecido pela Resolução n. 48/76 do Conselho Federal de Educação (CFE).

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DIRETRIZES CURRICULARES

Desde 1996, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação Nacional, estabelecia (inciso II, art. 53):

As universidades teriam, no exercício da sua autonomia, a atribuição de “fixar os currículos dos seus cursos e programas, observadas as diretrizes gerais pertinentes.”

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A ABENGE liderou então um processo intenso de discussão na tentativa de construir uma proposta de Diretrizes Curriculares para as Engenharias que fossem referência para a adequação curricular dos cursos de Engenharia do país frente aos desafios da formação de engenheiros na nova realidade.

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Diretrizes Curriculares A efervescência que se formou durante a

discussão para a construção do Programa Reenge e, sobretudo, a luta pela sua continuidade proporcionou um terreno fértil para a discussão das Diretrizes Curriculares em todo o país.

A ação da Abenge culminou com a apresentação à SESu/MEC de uma proposta de Diretrizes Curriculares para as Engenharias que foi a base da proposta levada para análise e deliberação do Conselho Nacional de Educação CNE.

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Diretrizes Curriculares Nacionais

Em 2002 as DCN’s são Aprovadas pelo CNE : Resolução CNE 02/2002 (11/03/2002); Dificuldade de implementação por indefinição de

aspectos fundamentais. Complementação: Resolução 02/2007

(18/06/2007) 10 anos depois do Edital Carga Horária: 3600 h Limite mínimo para a integralização: 5 anos Limite para as atividades complementares

estágio: 20 % da carga horária total.

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Referenciais Curriculares Consiste em uma iniciativa da

SESu/MEC, iniciada em 2009, que objetivava sistematizar denominações e descritivos dos cursos, identificando as efetivas formações de nível superior no país. Privilegiam as denominações

historicamente consolidadas, apoiadas pelas legislações profissionais reguladoras e respectivas Diretrizes Curriculares Nacionais.

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Referenciais Curriculares

Definição: “O Referencial de Curso é um conjunto

de descritivos que aponta, o perfil do egresso, os temas abordados durante a formação, os ambientes em que o profissional poderá atuar e a infraestrutura mínima recomendada para a sua oferta”.

(SESu/MEC).

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Referenciais Curriculares Características do Referencial de

um Curso Segundo a SESu Traça um referencial que não é

limitador, mas apenas orientador para a construção dos PPC’s em uma IES;

Respeitando as orientações do referencial, poderiam ser inseridas novas temáticas e delineadas linhas de formação no curso;

Não se configura como currículo mínimo.

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Referenciais Curriculares

Justificativas da SESu/ MEC Cerca de 6 Milhões de estudantes no

ensino superior; Mais de 26 mil cursos de graduação; Cerca de 5 mil denominações

diferentes Nas Engenharias: 234 denominações

diferentes em 2009. À Época: cerca de 1700 Cursos de

Engenharia.

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Referenciais Curriculares Dificuldades: Forte Reação da

Comunidade Acadêmica das Engenharias.

Principais Questões Levantadas: Não poderiam, na prática, ser vistos como

Currículo Mínimo? Não estariam tirando das IES a

flexibilidade preconizada na LDB e nas Diretrizes Curriculares Nacionais?

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Referenciais Curriculares

Outras Dificuldades: Não houve a devida discussão, como nas

DCN’s, com a comunidade acadêmica. Foram implementados sem que tivesse

sido oficializada por qualquer Ato da SESu ou CNE.

Privilegia alguns: a introdução de novas denominações não valem para todos e sim para quem solicita a inclusão.

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Principais Prejudicados: As instituições privadas e comunitárias

que tiveram que fazer as suas adequações de denominações de cursos com base na lista de possíveis denominações constantes no e-mec.

A maioria das públicas resistiram.

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Referenciais Curriculares

Estado Atual Na lista estão hoje 56 possíveis

denominações Segundo informações da nova diretoria de

Regulação e Avaliação do MEC: os Referenciais serão retirados do e-mec e em tempo oportuno iniciada uma discussão com a comunidade acadêmica nacional.

Pertinência de tê-los pelas justificativas consideradas;

Discussão de novo formato.

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Referenciais Curriculares

Sentimento Comum? A restrição de denominações parece

interessante para regulamentar a formação, desde que aberta a possibilidade de novas e justificáveis denominações em função da dinâmica do conhecimento técnico-científico.

Sugestão: tirar um posicionamento sobre a questão neste COBENGE.

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Outras Iniciativas TENTATIVAS DA ABENGE COM OUTROS

PARCEIROS Programa PAPE (2004): Programa de

Apoio a Pesquisa e ao Ensino em Engenharia;

Programa PROMOVE (FINEP-2005) : Promoção e Valorização da Engenharia;

Programa iNOVA Engenharia (2006): tentativa da CNI de fazer da indústria a protagonista da iniciativa nacional pela inovação.

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Regulação do Exercício Profissional - CONFEA

Resolução do CONFEA 1010 Ideia norteadora: As atribuições

independeriam das denominações e as atribuições seriam concedidas em função da formação efetiva.

Não estaria na contramão dos Referenciais?

Matriz do conhecimento: um conjunto de assuntos que dariam suporte à implementação da 1010.

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Regulação do Exercício Profissional - CONFEA

Matriz de Conhecimento: Não são, na prática, uma forma de

imposição de mínimos curriculares, abolidos com as diretrizes curriculares?

A organização curricular não é uma atribuição das IES’s cuja liberdade e flexibiidade é assegurada por lei?

Precisamos de Matriz de Conhecimento?

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Iniciativas Recentes Programa PRECITYE: Brasil (ABENGE),

Argentina (CONFEDI), CHILE (CONDEFI) e URUGUAI. Difusão de Cultura Empreendedora e de Inovação

na formação em Engenharia; Financiamento: Banco Interamericano de

Desenvolvimento (BID). Ações em Andamento:

Elaboração de vídeos sobre Empreendedorismo; Elaboração de Estudos de Casos de

Empreendedorismo e Inovação; “Cadernos de Exercícios de Empreendedorismo”

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Iniciativas Recentes

PROGRAMA DE APOIO A MOBILIDADE INTERNACIONAL

Áreas Prioritárias

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OBJETIVOS Avançar na ciência, tecnologia, inovação e

competitividade industrial através da expansão da mobilidade internacional

•Aumentar a presença de estudantes e pesquisadores brasileiros em instituições de excelência no exterior

•Promover maior internacionalização das universidades brasileiras

•Aumentar o conhecimento inovador do pessoal das indústrias brasileiras

•Atrair jovens talentos e pesquisadores altamente qualificados para trabalhar no Brasil

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A Mobilidade internacional (bolsas para estudantes de engenharia), por si só, é uma medida efetiva?

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Bolsas CAPES BOLSAS CNPQ

IES no exterior é contactada e assegurada a vaga do candidato classificado;

Assegurada a insenção ou pagamento das taxas da IES no exterior e abolsa de custeio do aluno;

Vagas: 3500 bolsas

Seleção: edital interno da IES e também inscrição individual para candidatos que fizeram ENEM e ingressarm pelo PROUNI ou Sisu e alunos do IC ou premiados.

IES brasileira deve encontrar a IES no exterior, negociar a insenção de taxa e a carta de aceitação do aluno;

Assegurada apenas a bolsa de custeio do aluno

Vagas: definida cota para cada IES

Seleção: alunos PIBIC, PIBIT, PET e outros;

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Plano Nacional de Engenharia (ProEngenharia)

Proponente: CAPES-MEC. Parceiros Executivos: CAPES-MEC, SESU-MEC,

CNPq, FINEP, CNI/SENAI-DN/IEL-NC, IES Públicas-Privadas e Comitê Gestor iNOVA Engenharia, ABENGE; CONFEA.

Objetivo Principal: Aumentar, em quantidade e qualidade, os concluintes da graduação em engenharia.

Meta Principal: Formar, em 2015, em 60% o número atual de concluintes das engeharias.

Valor estimado do investimento (variável de 2 a 5 anos): R$1.100.000.000,00 (hum bilhão e cem milhões)

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Conclusões Induzir um conjunto ações de apoio ao

desenvolvimento e valorização das engenharias.

Tirar um posicionamento e proposições sobre os referenciais curriculares e sua relação com a 1010 e matriz do conhecimento do CONFEA.

Avaliar as ações propostas no momento pelo MEC/MCT para apoio à inovação.

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