coaching - gerando transformações

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São Paulo - SPINC Editora

2016

COACHINGGerando Transformações

ConaconCongresso Nacional de Coaching

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Lubk, Rogerio (Ed.), 1966

Coaching: gerando transformações / Rogerio Lubk (Comp.) São Paulo -- INC Editora, 2016

160 p. ; 14x21 cm

1. Desenvolvimento Pessoal - 2. Coaching - I. Título

CDD 150CDU 156.96

Copyright 2016 - INC Editora

Produção Editorial: INCorpora va - SPEditor Responsável: Rogerio Lubk

Foto de capa: iStockphotoRevisão: Marina Salesiana

Depósito Legal na Biblioteca Nacional conformeDecreto nº 1825 de 20 de dezembro de 1907

É permi da a reprodução total ou parcial desde que citada a fonte.

Índice para catálogo sistemá co1. 159.92

2. 150

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6 - Coaching: Gerando Transformações

EditorialRogerio Lubk

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Coaching: Gerando Transformações- 7

Talvez eu esteja errado.Fatalmente sou tomado por um saudosismo estranho toda vez que

termino a edição de um livro e começo a escrever o editorial. Sou do -po que gosta de saber como as coisas funcionam, seja o carro, o compu-tador, o cubo mágico, não me basta apenas apertar o botão, girar a cha-ve e esperar pelo resultado, quero saber como é o processo até ele. Tal-vez querer reinventar a roda seja estupidez em algumas a vidades, mas não quando o assunto é você mesmo.

Saiba como você funciona, assim como um mecânico conhece um motor, e saberá como reagir posi vamente diante de um “defeito”.

Com cinquenta anos nas costas, metade deles na área editorial e re-dação publicitária, já pulei de jornais para revistas e editoras e rádios e agências de publicidade, secretarias de governos e agentes fi nanceiros, porém sempre acabo aqui, no mesmo lugar: na reunião de dados e pro-dução de conteúdo, de conhecimento. É com indisfarçado orgulho que posso dizer que ve o prazer de conhecer todas as etapas da produção de livros. E este reúne dezoito “mecânicos” de pessoas

Passei pelo lino po, pelos clichês, pelas máquinas de escrever e pran-chetas, pelo cheiro de graxa e nta das off sets, cola de benzina nos past-ups, redações diversas, editores raivosos e jornalistas esgotados. Já pro-duzi muito para que outros exibissem orgulhosamente os trabalhos que nunca fi zeram, já escrevi, já editei e já fotografei o que muitos assina-ram como autores e depois exibiram-se orgulhosos na foto, enquanto meu nome sequer constava no expediente. Nunca me importei com isso.

Quando em 2014 organizei meu primeiro congresso online já havia programado fazer um livro como este, o primeiro livro com par cipan-tes de um congresso online, porém como fi z tudo sozinho - reinventan-do a roda – não deu tempo e a oportunidade só veio agora com a se-

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gunda edição do CONACON. A ideia me parecia maluca também, mas e daí? Editar um livro com vários palestrantes de um evento online, man-tendo padrão editorial, com baixo custo de produção e ainda distribuir de graça?

Fiquei quase surpreso quando o Roberto de Oliveira e Willian San- aggo, diretores da Saggaz, acharam que a ideia era boa, deram total

apoio e carta branca.E agora aqui, escrevendo este editorial totalmente fora dos padrões,

mantenho aquele risinho torto dos vilões de fi lmes. Havia uma inten-ção oculta por detrás de uma ideia aparentemente inocente e arriscada. Completei minha vingança contra aqueles editores todos que esmurra-vam a mesa, espalhavam perdigotos enquanto gritavam que eu deveria transformar todos os textos, de todos os autores, em uma única lingua-gem, todos iguais, como se fossem um só, esquecendo a individualidade.

Ouçam agora meu riso maligno ecoando! Deixei que cada autor deste livro escrevesse como bem quisesse e que fossem apenas eles mesmos, que passassem seus conhecimentos da forma que achassem mais conve-niente e de maneira que não parecessem estranhos a quem os conhece. Que se apresentassem ao público como são, sem maiores formalidades.

E que o leitor possa encontrar página a página informações tão trans-formadoras que pense consigo ao chegar à quarta capa: “Só mesmo uma mente muito maquiavélica faria um livro assim e o distribuiria de graça, sem lucro algum, sequer na versão impressa”.

Talvez eu esteja errado. Mas e daí?Pois de punho em riste, aqui no topo do mundo, sob raios e ventos

uivantes, ao bom e velho es lo Dr. Evil, grito com eles a célebre frase:Ninguém poderá nos deter! Nós conseguimos!(Aqui entra mais um riso maligno para fechar a cena e fi car um qui-

nho mais dramá co. Agora vamos ao conteúdo).

Rogerio LubkEditor, escritor e copywriterE-mail: editor@incorpora va.com.brFacebook: facebook.com/rogeriolubk

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PrefácioSamuel Magalhães

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Você precisa de um coach?

Muito tem se ouvido falar por aí em coaching. No entanto, por se tra-tar de uma profi ssão ainda pouco conhecida no Brasil, o coach, muitas vezes, é visto com desconfi ança e, em alguns casos, como sinônimo de charlatanismo. Tudo que se relaciona ao tema virou sinônimo de modis-mo e, na cabeça de muitos, essa moda já já vai passar. Mas será que vai?

Para que você possa criar o seu juízo de valor sobre isso é necessá-rio, primeiramente, que entenda alguns conceitos importantes. Vamos a eles...

O coaching nada mais é do que o processo no qual, a par r de uma série de ques onamentos e refl exões, um coach – profi ssional de coa-ching – auxiliará o seu coachee – cliente – a descobrir o caminho mais adequado a seguir para a ngir seus obje vos.

Esses obje vos podem ser nos mais diversas searas da vida: relacio-namento, saúde, intelectual, familiar, profi ssional, fi nanceira, dentre ou-tras. O coachee leva até seu coach uma demanda específi ca: “Quero ar-ranjar uma namorada!”, “Quero ser promovido!”, “Quero melhorar o de-sempenho da minha empresa!”, “Quero conquistar a minha indepen-dência fi nanceira!”. Ao longo do processo de coaching - que dura cerca de dez sessões – coach e coachee trabalharão em parceria para que es-se obje vo seja alcançado.

Em geral, esse trabalho se baseia na refl exão sobre o estado atual e procura o melhor caminho para chegar ao estado desejado. Através da u -lização de algumas ferramentas, de perguntas poderosas e da defi nição de planos de ação para avançar em direção à meta traçada, coach e coachee caminham juntos em um processo de desenvolvimento e ajuda mútua.

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Já fui coachee e sou coach! Por conhecer bem os dois lados do pro-cesso, vejo como é importante o papel que um coach pode ter nas nos-sas vidas. Enquanto coachee, pude perceber como o processo é pode-roso e me ajudou a colocar em prá ca algumas coisas que foram funda-mentais para eu obter os resultados que almejava, mas que, por uma sé-rie de razões, eu ainda não nha feito.

Enquanto coach, percebo exatamente a mesma coisa! Muitas vezes, o que as pessoas precisam é de alguém para fazê-las refl e r sobre as coi-sas, ques onar certas verdades absolutas. Alguém que possa ajudá-las a ter um norte quando, muitas vezes, estão totalmente perdidas. Este é o papel do coach: ajudar você a descobrir aonde deseja chegar e o que precisa fazer para chegar lá.

O processo de coaching é focado em resultados, portanto, tudo que é feito é mensurado, o que ajuda principalmente aquelas pessoas que são um pouco indisciplinadas para certas a vidades.

Antes que as pedras dos cé cos comecem a voar em minha direção, eu digo: não, o coaching não é a solução de todos os problemas do uni-verso, muito menos a salvação do mundo... Não é! Mas de uma coisa eu tenho certeza: para uma imensa parcela da população que não sabe aonde quer chegar ou que sabe, mas está com difi culdade em conseguir chegar até lá, o coaching pode ser o melhor caminho.

Se esse for o seu caso, busque um coach qualifi cado para iniciar essa caminhada. Se na sua cidade não ver nenhum, não tem problema, pois as sessões podem ser feitas à distância por Skype. Um coach pode ser o que está faltando para você a ngir seus obje vos!

Samuel MagalhãesCoach especializado em Finanças e NegóciosFundador do Portal www.invistafacil.comE-mail: [email protected]

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Sumário

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EDITORIAL......................................................... .......................................................06

PREFÁCIO..................................................................................................................10

O LÍDER QUE INSPIRAAmarilio Silva 18

O COACHING E SUA CONTRIBUIÇÃO NA TRANSIÇÃO PARA A APOSENTADORIA

Ana Teles 24

SUPERANDO OBSTÁCULOS EM 6 PASSOSEdnei Souza 32

COACHING, PSICOLOGIA POSITIVA E MÉTODO COGNITIVOEdson S. Lima 40

APLICAÇÃO DO COACHING NA SEGURANÇA DO TRABALHOEmerson Franco 48

VOCÊ É MARCANTE? Gi Oliveira 56

AS LEIS DE NEWTON APLICADAS AO COMPORTAMENTO HUMANO NA VISÃO DE UM COACH

Gilson Chaves 66

COMO SOBREVIVER BEM A UMA SEPARAÇÃOLudmila Moura 74

QUEM TEM CORAGEM, AGE!Maíra Yami ara 84

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COMO POSSO TE AJUDAR?Mariza Almeida 90

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL VERSUS LIDERANÇAMônica Bastos 94

A TRANSFORMAÇÃO É O QUE GERA O RESULTADO E NÃO O CONTRÁRIO

Otavio Castanho 102

OS 5 COMPORTAMENTOS INDISPENSÁVEIS DE UM LÍDER DE SUCESSO

Priscilla Belletate 110

CRENÇAS LIMITANTES, O QUE SÃO? DE ONDE VÊM? E COMO TRANSFORMÁ LAS?

Sara Soares 118

AUTO CONHECIMENTO, MISTURA PERFEITA A APRENDIZAGEM EXPERIENCIAL E O LIFE COACH

Sheìla Machado 124

SUA MELHOR VERSÃO NA GESTÃO DA EMOÇÃOTêneli Müller 130

TÉCNICAS DE VOZ, POSTURA E COMUNICAÇÃO PARA PALESTRANTES

Thiago Rinnaldi 140

HOLOCENO E O HOMO ECONOMICUSWilliam P San aggo 152

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O Líder que Inspira

Amarilio Silva

Uma das principais virtudes de um líder Inspirador é a a tude. Neste ar go você aprenderá como eliminar

seus sabotadores internos e construir uma equipe vencedora com resultados extraordinários.

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Você já parou para pensar para que você nasceu? “VOCÊ NASCEU PARA DAR CERTO”Como está a sua equipe hoje?Como você se vê no futuro?

Se você demora para me responder mais que cinco segundos a estas duas úl mas perguntas, quer dizer que algo não está saindo de acordo com o planejado. Crie uma visão vencedora e tenha a a tude necessá-ria para a mudança.

O que é a tude para você? A tude é modo de proceder ou agir: ma-neira, comportamento e procedimento. A tude tem três primícias bási-cas: intelectual, emocional e a ação. “A a tude é a maior virtude de uma pessoa.” O desejo de prosperar está em todos, mas são poucos que con-seguem. Para alcançar este resultado você precisa ter uma mente prós-pera e vencedora e acreditar no seu potencial. Seja uma pessoa de a tu-de e use todas as virtudes que a vida o presenteou para prosperar hoje e sempre. A sua vida é baseada em lições diárias, crenças, valores e cul-turas que estão ligadas à maneira na qual você foi criado por seus pais, avós, bisavós, ou seja, seus ancestrais. Desafi e suas crenças limitantes e elimine seus sabotadores internos.

Você deve estar se perguntando: O que são sabotadores internos e crenças limitantes? São aqueles pensamentos que te limitam e fazem acreditar que não é capaz de realizar seus sonhos. Internalizam crenças com frases do po “Há trinta anos é assim e não pode ser mudado.” Os sabotadores internos são pensamentos que roubam os seus sonhos. Ve-ja abaixo oito sabotadores e as ações necessárias para eliminá-los:

Drama zar - Há pessoas que tem pensamentos e a tudes de lamen-tar, passam a vida inteira no drama, precisam ser mais obje vas para eli-minar este sabotador.

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Desculpar - São pessoas que jus fi cam seus fracassos e falta respon-sabilidade necessária para alcançar o sucesso.

Distrair - Às vezes falta autodisciplina, perde-se no meio do caminho e não alcança seus obje vos, deve desenvolver autodisciplina para dire-cionar a sua vida rumo ao propósito que deseja alcançar.

Duvidar - Você precisa ter determinação e acreditar no seu potencial para alcançar os seus sonhos.

Dormir - A falta de inicia va te faz dormir, o tempo passa e você não realiza os seus sonhos e obje vos que eram prioridades em sua vida.

Desviar - Para eliminar este sabotador, mantenha o foco; Saiba on-de você está, aonde quer chegar e o que precisa ser feito para realizar o seu sonho. Mantenha o foco, sempre. Por mais que você saiba o que tem que produzir, não pode deixar que este sabotador atrapalhe a sua vida.

Desanimar - Este sabotador faz com que fi que desmo vado, desani-mado, para eliminá-lo você terá de que buscar a automo vação.

Desis r - Grande parte das pessoas quando estão bem próximas de alcançar o sucesso deixam que este sabotador as neutralize. Para eliminar este sabotador você deve ser persistente. Pense sempre na prosperidade, jamais no insucesso. Quando es ver diante de um de-safi o, pense: “Eu vencerei”. Quando concorrer a algo, pense: “Eu sou igual aos melhores”.

Jamais entre em uma compe ção por disputar, não entre como se vo-cê fosse um derrotado, seja igual aos melhores, pois se algo não sair de acordo como planejado você saberá que deu o melhor de si, que você realizou 100% do melhor que poderia fazer naquele momento. E quando surgir uma oportunidade acredite no seu potencial, é muito importan-te acreditar que você é capaz de fazer. Lembre-se condicionalmente que você é melhor que precisa ser. Valorize-se! Acredite com fé e convicção plena, projete com sonhos e transforme em trabalhos.

Quando traçar uma meta, um obje vo, coloque no papel, trabalhe esta meta projetando os seus sonhos. A par r do momento em que você começa a realizar os seus sonhos, obterá novas visões, criará novas a -tudes e desenvolverá as suas competências, adquirindo com isso auto-confi ança, autocontrole, disciplina e foco.

Ao realizar o que foi planejado você a ngirá sua sa sfação pessoal. A par r deste momento desenvolva a gra dão como parte de si, pode não haver um amanhã para agradecer e honrar as pessoas envolvidas em nossas conquistas.

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Nos momentos mais desafi antes em que precisa mo var a sua equi-pe é importante a valorização de cada membro dela, agradecendo por tudo que eles fi zeram, valorizando as conquistas, deixando bem claro a importância de cada um.

Assuma a tudes e responsabilidades para o progresso próprio e co-le vo. Não adianta você pensar só no seu setor, na sua equipe, é preciso pensar na organização como um todo. Se o seu setor é fundamental pa-ra o desenvolvimento da empresa, pense em como você pode criar uma integração entre os setores de forma que todos sejam fortes, parceiros, trabalhando como equipe, onde um apoia o outro, criando uma harmo-nia entre os setores dentro da organização.

Veja as oito habilidades das pessoas de a tude, ou seja, o que você precisa desenvolver para ter uma carreira vencedora, para sair da zona de conforto e alcançar o estado desejado:

A primeira habilidade de uma pessoa de a tude é a ngir a é ca co-mo parte de si. Suas ações têm que ser de acordo com o seu discurso, não adianta propor mudanças se você como líder está fazendo tudo diferente.

A segunda habilidade é estudar sempre e muito. Você precisa estar preparado para as novas possibilidades e antecipar-se, preparar-se pa-ra o futuro. Quando você tem uma mente clara com o obje vo traçado e uma mente vencedora, você já sabe aonde quer chegar e o que preci-sa desenvolver para conquistar seus sonhos e obje vos. Quando surgir uma oportunidade você terá se antecipado ao futuro e estará pronto pa-ra assumir novas responsabilidades.

A terceira habilidade é elevar as suas expecta vas aumentando a produ vidade dentro da empresa. Preparando o futuro, você estará me-lhor profi ssionalmente, elevando as suas expecta vas hoje e sempre.

A quarta habilidade é agradecer todos que par ciparam de suas conquistas, valorização dos membros da equipe, de todos que estão en-volvidos no processo, agradecer a todos que se dedicaram, que se doa-ram para o cumprimento daquela meta. O “muito obrigado” faz diferen-ça como sen mento de gra dão, de reconhecimento por todos que par- cipam do sucesso da equipe.

A quinta habilidade: Amplie seus relacionamentos profi ssionais par- cipando de associações, sindicatos, congressos, feiras e outros, para

que possa saber sobre as tendências de mercado, as oportunidades, os desafi os, criando um grupo forte de empresas do mesmo segmen-to. Deve estar presente para saber como o mercado tem atuado no ce-

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nário econômico, polí co, social, meio ambiente, entre outros que po-dem ser abordados.

A sexta habilidade é ter mestres, você deve ter referências. Os mes-tres podem ser os doutores, escritores, professores, o seu líder atual ou líderes do passado que con nuam sendo referência profi ssional em sua vida. Ter referências no momento de decisão e saber iden fi car o po de liderança exercer facilita o engajamento da equipe, alcançando resulta-dos surpreendentes.

Tenha metas claras e bem defi nidas: Quando criá-las é necessário que sejam a ngíveis, mas também você não deve criar uma meta abai-xo do potencial da sua equipe. Ela está ligada ao tamanho da sua crença, podendo ser um fator limitante de acordo com a sua confi ança na equi-pe. No momento em que o líder determina uma meta mo vante e de-safi adora, ele es mula e impulsiona a equipe rumo ao crescimento pro-fi ssional. Se es ver muito acima do potencial, pode ter um efeito rever-so e desmo vá-la; Se es ver muito abaixo, poderá fazer com que demo-re a alcançar o obje vo e não estará explorando a capacidade máxima de produção.

Para fi nalizar, uma úl ma habilidade de pessoas de a tude: tenha amigos vencedores. O que vai defi nir o grau de sucesso são aquelas pessoas que estão com você. Se você tem amigos vencedores, eles irão impulsioná-lo ao crescimento pessoal e profi ssional. Crie um grupo de relacionamento de pessoas vencedoras que buscam sempre o desen-volvimento pessoal e profi ssional, que pretendem ser melhores do que já são hoje.

Quando você desenvolve estas oito habilidades, cria um poder pes-soal contagiando e mo vando toda equipe, passando uma a tude posi- va e desenvolvendo a autoconfi ança, autocontrole e autonomia. A par- r do momento que você souber lidar com as adversidades e es ver pre-

parado para liderar, construirá uma equipe forte e vencedora com resul-tados extraordinários.

Como você vai liderar a sua equipe a par r de agora?

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Coaching: Gerando Transformações- 23

Bibliografi a: - Silveira, Michelle/A tude: a virtude dos vencedores Michelle & Paulo Silveira – São Paulo: Editora Ser Mais, 2014.- Solar/Manual para Líderes: Suryavan Solar São Paulo: Editora Gransol, 2013.- Marques/Coaching & Carreiras: técnicas poderosas e resultados ex-

traordinários Jose Roberto Marques. – Goiânia: Editora IBC, 2013

Sobre Amarilio Silva

Coach, administrador, especialista em controladoria e fi nanças • Asso-ciado a AICP (Associação Internacional de Coaches Profi ssionais) • Atua com o coaching para lideres em indústrias, no atacado e varejo desde 2013, quando fez a primeira formação, tendo experiência com mais de 10 anos em liderança • Fundador da empresa Plus Coaching desenvolvi-mento Humano, a sua missão é ajudar as pessoas a se tornarem melho-res do que elas já são.

Onde mora: Belo Horizonte/MGSite: www.pluscoachingbh.com.brCelular: 55 (31) 9-8822-3212Whatsapp: 55 (31) 9-8822-3212Facebook: facebook.com/PluscoachingTwi er: twi er.com/PlusCoachingbhLinkedIn: linkedin.com/in/amarilio-silva-21232a57

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O Coaching e Sua Contribuição na Transição

Para a Aposentadoria

Ana Teles

Tão importante quanto o aumento da longevidade é desenhar o seu pós-carreira com as ferramentas

de um novo projeto de vida e a Implementação com um processo de coaching. O profi ssional que escolhe submeter-se a um processo de coaching na fase de sua pré-aposentadoria, com certeza

terá uma pós-carreira com autonomia, sustentabilidade e êxito.

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I INTRODUÇÃO

Na nossa vida profi ssional existem dois momentos de muito impacto psicológico e emocional: o primeiro emprego, para o qual fi camos ansio-sos e nos preparamos bastante, pois signifi ca a nossa entrada no mun-do corpora vo, e o segundo momento, tão importante quanto o primei-ro, a nossa saída do mercado de trabalho por ocasião da aposentadoria.

As organizações precisam cada vez mais se conscien zar e promover um programa de pós-carreira para seus colaboradores como uma inicia- va que benefi cie aqueles que dedicaram as melhores décadas de suas

vidas produ vas à ins tuição. Devem incen var estas pessoas a encon-trar um novo sen do para suas vidas e orientá-las para uma pós-carrei-ra a va e/ou produ va.

Esta postura traria uma contribuição posi va para o clima organiza-cional e muito ajudaria a seus funcionários a fazerem uma transição com mais tranquilidade, segurança e confi ança em um pós-carreira com êxi-to, autorrealização e sustentabilidade.

II SOBRE A APOSENTADORIA

A expecta va de vida do homem triplicou em relação ao século pas-sado como resultado de estudos na área da ciência e da tecnologia a ser-viço da longevidade. O aposentado terá uma sobrevida maior na sua fa-se pós-trabalho e terá maior disponibilidade de tempo para colocar em prá ca aqueles planos e sonhos não realizados.

A aposentadoria é mais uma das fases da nossa vida que traz con-sigo grandes mudanças de ordem sica, psicológica, social, econômi-ca, dentre outras. Isto contribui para a formação de um quadro pecu-liar ao funcionário pré-aposentado que, segundo pesquisas, costuma apresentar alguns sintomas comuns como a síndrome do pânico, sen -

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mento de inu lidade, sensação de abandono, decorrentes destas mu-danças em sua vida.

A forma como cada pessoa recebe este momento depende muito do seu mapa mental, isto é, como esta pessoa “funciona” e como se posiciona diante dos desafi os que a vida lhe apresenta, com que fi ltros vê a si mesma, a sociedade e o mundo. As pessoas comportam-se de duas formas:

1. Focando e inves ndo nos aspectos posi vos: percebem o mo-mento como uma conquista e acolherão e celebrarão a aposentadoria com muita mo vação, transformando o momento em uma oportunida-de de novos projetos pessoais e profi ssionais;

2. Focando somente os aspectos nega vos: outras pessoas que fi ze-ram do trabalho o mo vo principal de sua vida, muitas vezes confundin-do a missão da empresa com a sua própria missão de vida, percebem es-ta fase focando somente os aspectos nega vos do evento e apresentam difi culdade no momento da ruptura com a ins tuição patronal. Ficam desmo vados, com baixa autoes ma e baixa autoconfi ança para prosse-guir a sua vida sem o respaldo que a organização lhe oferecia, principal-mente o nome da empresa, que tornara-se até então o “sobrenome” do funcionário e concedia a este certo “status” no meio corpora vo e so-cial. Neste caso o profi ssional chega ao “portal da aposentadoria” sem construir uma vida social a va, sem uma rede de relacionamentos e ou-tras a vidades culturais e de lazer que, certamente, seriam um grande suporte no processo de transição.

III PLANEJAMENTO

A aposentadoria requer um modelo mental que a maioria das pesso-as não possui, até porque a preparação para ela geralmente não está in-cluída no projeto de vida do profi ssional a vo. Ele está muito ocupado com o trabalho, seu desenvolvimento e com os melhores resultados pa-ra a sua organização. Na maioria das vezes o funcionário não defi niu sua própria missão de vida, mas sabe e conhece de maneira “precisa” a mis-são da empresa, tal é o seu comprome mento. Abdica de seus projetos pessoais, muitas vezes em função dos projetos profi ssionais. Você já se percebeu assim? Então considere-se um bom profi ssional, pois este é o modelo que as organizações buscam!

O planejamento para a aposentadoria deve começar com um progra-ma de preparação, contemplando os principais aspectos da vida pessoal e profi ssional do cidadão, de forma a viabilizar um equilíbrio entre todos eles.

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A maioria das pessoas acredita que o planejamento da aposentado-ria limita-se ao aspecto fi nanceiro e passa anos planejando, executando e acompanhando seus inves mentos, confi ante de que está preparada para a vida pós-carreira.

Tão importante quanto assegurar recursos fi nanceiros é preparar-se para viver uma vida a va e produ va nos anos que virão. E esse proces-so deve começar muito antes do momento da ruptura com a organiza-ção, por que a realidade da aposentadoria costuma ser muito diferente do que se imagina.

A aposentadoria é um evento que traz consigo ganhos e perdas e va-le a pena fazer uma refl exão:

Ganhos

Tempo: de todos os ganhos, consideramos que o principal é o resga-te do nosso tempo, pois é o a vo mais valioso que temos. Ele nos dá au-tonomia para redimensionar a nossa vida nesta nova etapa, reavaliando nossa missão de vida, entrando em contato com os nossos valores e com a nossa essência enquanto pessoa. É grande sacada da aposentadoria: reencontrar-se e reinventar-se pessoal e profi ssionalmente, desenhando o seu pós-carreira alinhado com a sua missão e propósito de vida! Ago-ra você pode escolher e fazer da sua exper se uma nova a vidade, ou transformar o seu hobby favorito em trabalho que lhe dê prazer, reali-zação e qualidade de vida. Muitas são as oportunidades quando você é o dono do teu tempo e tem saúde para usufruir do tempo que conquis-tou após tantos anos de trabalho. Você pode se permi r agora, trabalhar em novo ritmo em uma agenda que contemple tempo para os seus cui-dados pessoais, fazendo deste momento a realização do seu projeto de vida pós-carreira.

Demais ganhos a ser considerados:- Resgate da iden dade pessoal;- Mais tempo para a vidades pessoais, lazer, família.

Perdas

Financeira - Em geral a perda mais visível apresentada por ocasião da aposentadoria é a de nível fi nanceiro, principalmente para a maioria dos trabalhadores que não têm um plano de complementação.

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No entanto, enganam-se aqueles que pensam que somente uma re-serva fi nanceira viabilizando o mesmo padrão de vida em sua pós-carrei-ra é sufi ciente para garan r uma aposentadoria bem sucedida. Existem outros aspectos tão importantes quanto o fi nanceiro que precisam de uma atenção especial. Consideramos tais aspectos dentro de uma ferra-menta muito u lizada nos processos de coaching, conhecida como Roda da Vida, que nos mostra um painel com os níveis de sa sfação em cada aspecto considerado.

Demais aspectos nega vos: perda de status, perda de um papel so-cial, de relacionamentos no ambiente corpora vo.

Outros aspectos do programa de preparação para a aposentadoria:

01. ConhecimentoO profi ssional ao longo da sua carreira deve estar sempre atualizado

tanto a nível de conhecimento técnico, como atualidades e no cias do mercado. No entanto é fundamental, principalmente na fase da transição para a aposentadoria, que este conhecimento comece pelo autoconheci-mento que em muito vai ajudar ao pré-aposentado construir o seu proje-to de vida pós- carreira. Saber quem é você, fora do ambiente corpora vo, quais os seus valores, crenças, a sua missão de vida, a bagagem profi ssio-nal e cultural, etc, para viabilizar a construção do seu Projeto.

02. Saúde sob Controle A saúde é um dos principais aspectos a ser considerado na aposenta-

doria. Organizar-se nesta fase signifi ca ter a vidades que permitam um enriquecimento pessoal, criação de laços sociais, a conservação da saúde e das potencialidades intelectuais. A chave para a nova organização inte-rior é certamente aprender sobre esta nova fase e criar novos obje vos.

Manter a vida social a va é o que mais deve ser levado em conside-ração para con nuar o seu caminho com qualidade de vida.

03. Aspecto Profi ssionalHá algumas décadas atrás a aposentadoria signifi cou o fi nal de uma

vida produ va. Hoje é vista como ponto de transição para o pós-carreira.Na sociedade do conhecimento, cada vez menos encontraremos pesso-

as que aposentarão suas carreiras. Em vez disso, quando chegarem à ma-turidade, adotarão novos modelos para a entrega de suas competências. O trabalho contribui para a saúde mental e sica, proporcionando uma me-lhor qualidade de vida. No entanto, aqueles que pretendem permanecer ou retornar ao ambiente corpora vo precisam estar sempre atualizados.

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Observe alguns pontos:3.1. Escolha uma área de atuação alinhada à sua missão de vida, para que seja uma a vidade prazerosa e traga mo vação e realização pessoal.3.2. Começar a pesquisa no mercado de trabalho antes mesmo do seu desligamento da organização à qual presta serviço. A forma de seleção do mercado para os profi ssionais que ainda estão no mercado de traba-lho é mais favorável quando ainda se mantém o vínculo emprega cio. As empresas não têm muita segurança em contratar pessoas que já es-tão desligadas do ambiente corpora vo. 3.3. Manter-se sempre atualizado, principalmente em relação às novas tecnologias e redes sociais. O profi ssional atualizado torna-se sedutor ao mercado de trabalho e fi ca na mira dos headhunters.3.4. Desenvolver-se em áreas que promovam maior autonomia, tais co-mo consultoria, empreendedorismo, docência, coach, etc.3.5. Atualizar também o seu currículo.

04. Aspecto Financeiro:O planejamento para este aspecto da aposentadoria deve aconte-

cer com bastante antecedência para viabilizar uma poupança construí-da com tranquilidade. Algo muito importante a ser considerado no con-texto fi nanceiro é a Educação Financeira: tão importante quanto rece-ber o seu salário é saber como gastar e comprometer seus rendimentos.

05. Construir uma rede de relacionamentos (afe vos/profi ssional):Ao chegar à aposentadoria, mais importante do que ter recursos

financeiros para aproveitar a melhor fase da vida, é mudar a rotina e as atividades para construir um novo círculo de amigos e novos hábi-tos sociais. Se na aposentadoria as pessoas terão mais tempo para con-viver com o parceiro, com os amigos e com a família, é fundamental que o pré-aposentado tenha um tempo prévio para conviver mais com eles.

Muitos programas de preparação para a aposentadoria sugerem e viabilizam a par cipação do cônjuge nas ofi cinas e workshops com os aposentáveis, visando o apoio ao projeto de vida pós-carreira.

06. Educação Permanente:Na aposentadoria a educação deve contemplar as principais dimen-

sões da vida do cidadão e não somente o saber intelectual, a exemplo das universidades livres, favorecendo maior grau de interação e tro-ca interpessoal nos relacionamentos. Segundo pesquisadores, o hábito de estudar traz vantagens para o resto da vida, refl e ndo inclusive na saúde. Quem estuda par cipa ou trabalha tem menos tempo de adoecer.

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O obje vo da educação permanente é, sobretudo, melhorar a qua-lidade de vida a par r dos recursos pessoais e ambientais disponíveis.

Outras razões para con nuar estudando1. Assume o controle da própria vida;2. Sabe o que diz. Tem embasamento para discu r diversos assuntos,

inclusive defender os direitos da sua classe;3. Tem mais oportunidades na vida;4. Cul va hábitos de vida saudáveis;5. Consegue superar as derrotas com mais facilidade.Na educação con nuada estão inclusas as Universidades Abertas pa-

ra a terceira idade. Elas oferecem não somente o estudo do saber como também a vidades de lazer, integração e serviços.

Após trabalhar todos estes aspectos nos seminários, com o auxílio de ferramentas específi cas, o pré-aposentado tem condição de construir o seu projeto de vida pós-carreira.

IV A CONTRIBUIÇÃO DO PROCESSO DE COACHING

O coaching, enquanto processo estruturado e com foco em resulta-dos, tem um comprome mento total com o coachee, considerando to-dos os aspectos da sua vida. É um instrumento bastante efi ciente e ade-quado para a fase de transição do pré-aposentado ou na aposentadoria, ajudando-o a viabilizar o seu projeto de vida para a fase pós-carreira.

O processo de coaching poderá benefi ciar o coachee por ocasião da aposentadoria de 2 formas:

a) Quando o profi ssional está em um estágio de pré-aposentadoria, de 01 a 06 meses antes do desligamento da organização e já par cipou do programa de preparação para a aposentadoria, estando com o seu pro-jeto de vida desenhado. Neste caso, já foram trabalhados os aspectos de valores, crenças limitantes e defi nida a missão e propósito de vida. Para este coachee que já tem a sua meta defi nida, o processo de coaching será mui ssimo importante para implementar o projeto de vida pós-carreira.

b) Quando o profi ssional já está aposentado e ainda não construiu o seu projeto de vida. Neste caso, o processo de coaching terá todas as suas fases e será mais longo.

Nos dois casos o coachee será muito benefi ciado por que as ferra-mentas de coaching são bastante efi cientes, porém na primeira opção,

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em que o aposentado se permi u par cipar de uma preparação com um maior tempo para o processo de autoconhecimento, se ampliam e forta-lecem os bene cios do autodesenvolvimento e da autoconfi ança.

O profi ssional que escolhe submeter-se ao um processo de coaching na fase da sua pré-aposentadoria, com certeza terá uma pós-carreira com autonomia, sustentabilidade e êxito.

Bene cios do Coaching para Aposentados- Autoconhecimento;- Potencialização de competências;- Desenvolvimento de novas habilidades - Desenho de um projeto de vida para o pós-carreira.Tão importante quanto o aumento da longevidade é desenhar o seu

pós-carreira com as ferramentas de um novo projeto de vida e a Imple-mentação com um processo de coaching.

Sobre Ana Teles

Coach de Alta Performance e de Aposentadoria • Bacharel em Ad-ministração, palestrante e empresária • Cer fi cada pelo ICI - Integra-ted Coaching Ins tute em Personal, Team e Execu ve Coaching • Quan-tum Evolu on Coaching pela Corporate Coach U em Coaching Clinic e pela ABRACOACHING em Advanced Coaching Pra oner • Experiência de dezoito anos na área fi nanceira • Master em Programação Neurolin-guís ca – PNL • MBA em Gestão Estratégica de Pessoas • Especialista em Psicologia Clinica e do Aconselhamento • Especialista em Gerontolo-gia Bio-Psico-Social • Especialista em fi nanças • Pesquisadora e estudio-sa na área do envelhecimento humano • Criadora do P.A.P.A. - Programa ÁGUIA de Preparação para a Aposentadoria.

Onde reside: Curi ba/PRSite: www.anatelescoach.com.brFone fi xo: 55 (41) 3156-1526Celular: 55 (41) 9997-0122Whatsapp: 55 (41) 9997-0122Facebook: facebook.com/tel13Fanpage: facebook.com/Confraria-DOS-Cinquentões-850111358447904

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Superando Obstáculos em

6 Passos

Ednei Souza

“O desejo vence o medo, quebra barreiras e aplana difi culdades.”

Entender as possibilidades de superar um obstáculo que a vida apresenta como desafi o é uma das formas de superar o medo que se esconde no subconsciente.

Descubra os 6 passos para lhe conduzir ao sucesso absoluto. Método realmente simples.

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Poderia iniciar esta coautoria agradecendo a muitas pessoas que são realmente especiais para mim, poderia fazer algumas dedicatórias para quem eu amo e quem tanto me apoia em meus projetos, mas quero fazer isso de uma forma diferente. Você, leitor, é a você que dei-xo meus agradecimentos, pois ao me dedicar a este material consegui entender um pouco mais sobre minha missão. Obrigado, e que as mi-nhas palavras escritas neste livro sejam realmente algo que venha so-mar para o melhor em sua vida.

“Superar obstáculos é muito mais que simplesmente vencer um de-safi o, superar obstáculos é estar preparado para cair várias vezes, le-vantar e não sangrar” (Ednei Souza)

Quando falo cair e levantar sem sangrar na frase acima, refi ro-me a passar por grandes problemas e não permi r que as pessoas que re-almente não podem lhe ajudar vejam você como um sofredor, um coi-tado ou desanimado, é preciso que você seja resistente e forte, ainda que isso pareça impossível.

Não estou dizendo para virar as costas para os problemas, ou mos-trar para as pessoas uma falsa aparência, ao contrário, digo para en-frentar os desafi os de frente e mostrar para eles que você tem sem-pre uma saída.

Como afi rmava Sigmund Freud, “não existe problema sem solu-ção”. Acredito que os “desafi os”, ou ao menos parte deles, existem pa-ra nos mostrar que temos mais força do que acreditamos ter, por is-so falaremos sobre seis passos que se aplicados real e verdadeiramen-te, criam uma incrível chave para superar os obstáculos da vida. Usa-rei uma conversação “Ericksoniana”, (Linguagem Ericksoniana aplicada ao coaching - A Hipnose Ericksoniana é hoje considerada uma das mais poderosas e efi cientes ferramentas de Comunicação Humana.) no en-tanto tentarei usar palavras bem simples e populares, mas com mensa-gens inconscientes para a ngir a melhor parte de você. É o que chamo de quebra de padrão psicológico.

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Nosso cérebro tem um poder infi nito de proteção, porém quando esse poder não é treinado de forma correta, acaba trazendo mais difi -culdades que ajuda. Nas formas mais avassaladoras, uma pessoa per-mite ser vista e taxada como fracassada, falida, sem capacidade. Sabe-mos que existem algumas situações nas quais realmente não estamos aptos a alcançar o sucesso, no entanto isso não representa que seja-mos fracassados em tudo, ou sem capacidades. Quando permi mos e aceitamos que as outras pessoas nos vejam como fracassados em al-guns aspectos, estamos de forma insciente declarando para o univer-so que assim será. Então fi ca a dica: Aprenda a cair levantar, mas sem mostrar que sangrou.

Nos seis passos entenderemos isso melhor, mas antes quero lhe convidar a se permi r ir além do que irei escrever. Leia os seis passos, de preferência com um fundo musical que transmita energia posi va, seja você mesmo, vá ao fundo de sua alma e extraia o melhor que há em você, assim você entenderá os seis passos de forma poderosa. Fir-me um compromisso com você mesmo e mostre para o universo que está aqui para vencer e superar todos os seus obstáculos.

PASSO 1 ESTRATÉGIA

“A estratégia é a ciência do emprego do tempo e do espaço. Sou menos avaro com o espaço do que com o tempo.

O espaço pode ser resgatado. O tempo perdido, jamais.”(Napoleão Bonaparte)

Quando estamos de frente a um grande desafi o é preciso saber ela-borar uma boa estratégia, pois para vencer uma batalha o guerreiro precisa muito mais do que somente a força, ele precisa saber enten-der os golpes e ataques que devem ser aplicados. A força é importan-te, mas força sem sabedoria não representa vitória. Vamos usar neste contexto o exemplo do herói da Marvel, Batman, um guerreiro que não possui qualquer po de super poder, porém sempre vence suas bata-lhas u lizando a força que ele acumulou através de muito esforço e de-dicação aos treinamentos. O segredo de suas vitórias, porém, está em sua estratégia de ataque e suas ferramentas de trabalho.

Permita-se estudar seus problemas olhando-os de ângulos diferen-tes, descubra quais são os pontos di ceis de seus obstáculos e estude

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quais os passos para superá-los, “Pense fora da caixa”, tente viver um mundo paralelo ao que está vivendo durante o problema e concentre-se em ver sua vida de fora dela, um modelo de dissociação. É como ver um fi lme de sua história, é meio estranha essa forma de falar e pensar, mas isso permi rá ver com mais asser vidade, facilitará na busca da ferramenta adequada para sua vitória.

PASSO 2 HABILIDADE

“Gênio é a habilidade de reduzir o que é complicado a algo simples.”

(C. W. Ceran)

Habilidade é um passo muito importante para superar obstáculos, é indicado fazer um estudo sobre aquilo que realmente você desenvol-ve bem e qual habilidade você tem que exercitar. No processo de co-aching temos algumas ferramentas que nos ajudam nessa pesquisa e se quiser pode solicitar algumas através do meu email. Foque naqui-lo que você realmente domina. Costumo dizer em meus treinamentos que, mesmo que sua habilidade não pareça ter nada a ver com o que você precisa para solucionar um problema, ela está ali para ser traba-lhada e estruturada para se adequar. Então se fi zer sen do para você, reserve um tempo e permita-se pensar fora da caixa. Use sua habilida-de para ser feliz, com felicidade em alta é mais fácil conseguir enxergar a solução para os desafi os.

PASSO 3 FOCO

“Mantenha o seu foco no melhor que você possa imaginar e permita que uma visão posi va o impulsione para frente!”

(Jack Anderson)

O foco é o passo mais forte do conjunto de seis passos. É claro que o foco sem estratégia e habilidade não faz muito sen do, porém o foco é a chave para o sucesso de qualquer projeto. É natural a mente agir de forma disfarçada e levar a atenção para outros assuntos, como se fosse um escape da mente subje va, somos seres humanos e fazemos parte

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de um sistema, este que é formado por diversas informações. E rece-bemos centenas de informações todos os dias e que nos levam a sen -mentos, desejos e ações. Se você não es ver verdadeiramente decidi-do a ter sucesso com o que se comprometeu, com certeza uma ou mais destas informações ou sen mentos vão lhe rar o foco e trazer proble-mas. A meu ver a maior parte dos problemas passa a exis r quando negligenciamos as soluções que já estão em nossas mãos ou em nosso poder de decisão, justamente no poder de escolher entre o sim e o não em cada situação. Portanto para manter o foco em seu obje vo é pre-ciso saber unir o terceiro passo (foco) ao sexto (resiliência) e decidir o que realmente é importante para seu sucesso. Foco é a chave mestra para conduzir todos os outros passos.

PASSO 4 CORAGEM PARA VENCER

“Você bloqueia seus sonhos e vitórias quando permite que seus medos fi quem maiores que sua fé”

(Ednei Souza)

A coragem é mo vada pela fé e a “FÉ” é a certeza de alguma coisa que não se pode ver nem sen r, assim é explicado na Bíblia sagrada.

Para superar os obstáculos é muito importante estar sintonizado com a coragem, mas que coragem é esta? Estou falando justamente da coragem de olhar para você mesmo e ver quais comportamentos de-vem ser alterados. Normalmente até fi ngimos não saber o que deve-mos mudar em nós mesmos, isso é um modelo de crença limitadora ar-mazenada no inconsciente e para trabalhar este assunto eu indico que veja ar gos de PNL (Programação Neurolinguís ca).

A coragem é um passo muito importante e necessário para vencer um desafi o, procure entender que o medo na verdade não existe, ele é fru-to da sua imaginação, são pensamentos sobre o futuro, algo que não vi-venciamos ainda e que fantasiamos em nossa mente. Por que geralmen-te não temos medo de algo que fi cou no passado? Porque conhecemos os passos aplicados para resolver algo que sabemos agora exatamente como funciona. Então treine sua mente a ignorar o sen mento de medo, foque em suas habilidades de conquistar e em sua estratégia de vitória.

“Lembre-se sempre de se lembrar de nunca se esquecer” que a co-ragem é o combus vel necessário para superar qualquer barreira.

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PASSO 5 LIDERANÇA

“Para ser um líder, você tem que fazer as pessoas quererem te seguir, e ninguém quer seguir alguém que não sabe onde está indo”

(Joe Namath).

O tema deste ar go é “superando obstáculos” e não “liderança”, porém percebe a necessidade de abordar um pouco sobre o assunto? O tempo todo estamos falando de autoliderança, lembra-se que es-crevi sobre cair e não sangrar? Então é aqui que esta frase entra em ação: você só conseguirá realmente superar seus desafi os quando es- ver preparado para ser líder de si mesmo, trabalhar com Foco, Cora-

gem, Liderança, Resiliência, quando permi r que sua afi liação(*) este-ja ligada ao seu desejo de legado e de forma inteligente conectará sua missão de vida e seus valores nesta afi liação, passará a perceber que as pessoas enviam de forma indireta ou inconsciente a força da ener-gia que elas passam e recebem ao acreditar em seu potencial. Incrí-vel isso, não é? Realmente acontece isso quanto você começa a vencer seus desafi os. Quando você se levanta de suas quedas sem apresentar fraquezas, automa camente está plantando em sua afi liação e no am-biente o poder infi nito que vem de dentro, dai o universo se encarre-ga do resto, ele te devolve em forma de admiração das outras pessoas. Mas veja bem, não tente mostrar sua força, assim não funciona, mos-tre sua falta de fraqueza.

(*) Afi liação, Legado – Pesquise sobre os 7 níveis neurológicos

PASSO 6 RESILIÊNCIA

A resiliência, a capacidade de lidar com problemas e superar obstáculos, são o que preenche os homens em momentos de

sofrimentos inevitáveis. Como diz um provérbio japonês: “cair sete vezes e levantar oito”.

(Raimundo Grossi)

Esse não poderia fi car de fora, a resiliência é a chave que fortalece to-dos os outros passos, é o ponto “x” de todas as questões, onde é possível mensurar sua força emocional. A inteligência emocional é, sem sombra

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de dúvida, a forma mais poderosa para qualquer pessoa conquistar todos os seus sonhos. A dor, as perdas e até mesmo o desconforto podem ser oportunidades para entender e aplicar a resiliência.

Em Abril de 2012 recebi um comunicado que poderia mudar total-mente a minha vida e eu só nha 2 caminhos: decretar meu desespe-ro, ou mostrar minha força, coragem e foco para resolver o que havia acontecido. Recebi o recado que meu fi lho primogênito, fruto do pri-meiro casamento, estava horrivelmente doente em uma UTI, um ga-roto com 13 anos que nha seus sonhos havia acabado de perder os dois rins, com certeza ele não nha noção de como seria sua vida com os dois rins mortos dentro do seu corpo. Precisei então seguir na con-tramão de tudo, mostrar para ele que mesmo a vida nos apresentan-do tamanho desafi o nós seríamos vencedores, melhor dizendo, ele se-ria vencedor.

Travei uma luta contra meus medos e contra os medos de toda mi-nha família, com certeza foi o maior de todos os desafi os que já enfren-tei e justamente no momento de minha transição de carreira. Foi uma oportunidade de entender na prá ca o que é resiliência.

Lutamos por 2 anos e 11 meses só para vencer na jus ça o direito da guarda para poder vir morar comigo (a mãe não permi a a saída dele para o tratamento), durante esse período ele passou por diversas cri-ses muito graves, a UTI já era quase sua segunda casa. Como ele mo-rava no estado de Sergipe, que não realiza transplante de rim, precisei realmente buscar todas as ferramentas possíveis, incluindo a autoriza-ção da jus ça para trazer meu fi lho para São Paulo.

Em fevereiro de 2014 consegui trazê-lo, foi quando surgiu outro belo desafi o: foi necessária minha total atenção durante todo prepa-ro para o transplante, com isso ve que fi car por tempo indetermina-do sem trabalhar, podendo con nuar apenas com cerca de 5% ou 10% dos meus projetos de coaching e palestras. Como sempre, man ve em mente os 6 passos para superar obstáculos, coloquei todos eles em prá ca, aprendendo muito com meu fi lho Nykollas. Ele sempre mos-trou muita confi ança, coragem, além da força e desejo inabalável, isso me contagiava, eu olhava para as difi culdades fi nanceiras, emocionais e morais e treinava minha resiliência o tempo todo.

Até que chegou o momento mágico. Em janeiro de 2016 fi zemos nosso transplante de rim, uma cirurgia onde meu rim direito passou a ser o rim do meu fi lho. Hoje estamos muito bem graça a DEUS e à me-dicina, o melhor de tudo isso é que no Hospital das Clínicas de Ribeirão

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Preto, interior de São Paulo, fi cou registrado como “o transplante de rim com doador vivo que teve a melhor recuperação e resultados posi- vos da história do hospital”.

Estratégia, habilidade, foco, coragem, liderança e resiliência. São os passos que se aplicados em qualquer situação, superarão todos os obs-táculos em sua vida.

Espero ter ajudado você a enxergar novos horizontes em sua traje-tória e aguardo seu feedback.

Até outra oportunidade.

Sobre Ednei Souza

Palestrante mo vacional • Mestrado em Coaching pelo Ins tuto Brasi-leiro de Coaching, com vários reconhecimento internacionais como Me-taforum Internacional (Alemanha/Itália) • Formação avançada em Trei-namento comportamental com prá ca em Emotologia • Analista Com-portamental pela UFMG • Criador e Trainer do Programa de formação TOP COACHING/Liderança, nas empresas Jr • Supervisor do Programa TOP COACHING/LIDERANÇA • Consultor e Gestor Empresarial • Mais de 5.300 horas de treinamentos e palestras aplicadas • Diretor de comuni-cação do Ins tuto C.E.A. • Relações Públicas do PSGB da Guiné-Bissau • Presidente do OSCIP Berço da Esperança.

Onde reside: Ribeirão Preto/SP Celular: 55 (16) 9-9758-1400Whatsapp: 55 (16) 9-9252-5803Facebook: facebook.com/ednei.souza.969

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Coaching, Psicologia Positiva e Método Cognitivo

Edson S. Lima

Entenda o papel do coach no processo de autoconhecimento, autogestão e aprendizagem

transformacional do coachee e a relação do coaching com a Psicologia Posi va e o Método Cogni vo-Comportamental como ferramenta

de trabalho. Veja também dois textos adicionais sobre o ‘modismo coaching’ na web

e um conceito interessante sobre o tempo.

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COACHING E PSICOLOGIA POSITIVA

Coaching pode ser defi nido como processo de autoconhecimento, autogestão e aprendizagem transformacional assis do. É o “passo a pas-so” ou “plano de voo” para alcançar o equilíbrio consigo mesmo e com o meio, u lizando ferramentas e recursos de diversas ciências como psico-logia, sociologia, neurociências, administração, gestão de pessoas e pla-nejamento estratégico. O coach encoraja e apoia seu cliente (coachee) a direcionar suas energias e habilidades para a “autodescoberta de sua personalidade e padrões comportamentais, gerenciamento das emo-ções, estabelecimento de obje vos e metas, análise de obstáculos e re-solução de problemas”, segundo Luciana Viana, coach e psicóloga.

Por se tratar de vidas envolvidas, o coach não deve interferir ou su-gerir o que o cliente deve fazer. Fazendo uma analogia, imagine uma carruagem seguindo seu longo caminho numa estrada de pedras, onde o COACH é o condutor (ou tutor), a carruagem simboliza os MEIOS (fer-ramentas e técnicas do coaching), a estrada é o MUNDO REAL, o des -no são os OBJETIVOS, o passageiro é o COACHEE (cliente), os trajetos são as DIMENSÕES HUMANAS (família, lazer, espiritualidade, equilíbrio emo-cional, vida social e profi ssional, saúde, desenvolvimento intelectual) e a bagagem são as CRENÇAS, VALORES, MODELOS MENTAIS, EXPERIÊNCIA DE VIDA, CONHECIMENTO, HABILIDADES e COMPETÊNCIAS do coachee.

O coach precisa entender de psicologia humana para compreender o comportamento de seus coachees (clientes) e entender o que os mo va, quais são suas barreiras e como trabalhar em cima disso. Psicologia é uma ciência que estuda o comportamento humano e seus processos mentais. Podemos afi rmar que “a psicologia estuda as emoções, as experiências humanas com o mundo ao seu redor, suas introspecções, processos de aprendizagem, intelecto e, é claro, a percepção do ser humano”, diz José Roberto Marquez, presidente do Ins tuto Brasileiro de Coaching.

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Outra base do coaching é a Psicologia Posi va, um movimento mais recente da psicologia que surgiu nos anos 90 com a proposta de estu-dar as emoções posi vas (felicidade, prazer), traços posi vos do caráter (sabedoria, cria vidade, coragem, cidadania), relacionamentos posi vos (amizade, confi ança, vínculos afe vos saudáveis) e as ins tuições posi- vas (escolas, empresas e comunidades). Sua principal diferença da psi-

cologia tradicional, que trata dos distúrbios mentais (depressão, ansie-dade, fobias, traumas), está em sua abordagem que potencializa as qua-lidades e as forças posi vas da pessoa. E ainda segundo José Roberto (IBC), a Psicologia Posi va “es mula o foco nas emoções, qualidades e comportamentos posi vos, trazendo maior asser vidade, controle emo-cional e foco” e suas disciplinas “promovem ainda a desconstrução de barreiras mentais, o aumento das perspec vas e da posi vidade, além de promover o autoconhecimento”.

COACHING COGNITIVO COMPORTAMENTAL

Segundo Luciana Viana, coach e psicóloga já mencionada, o “Méto-do Cogni vo-Comportamental é muito importante no processo de coa-ching pois, muitas vezes, o profi ssional se depara com uma série de er-ros cogni vos e crenças limitantes que travam a vida do cliente. O tra-balho do coach é ampliar a visão das pessoas e apresentar possibilidades de novos caminhos, de novos modos de pensar, ser e agir. Graças à psi-cologia e à terapia cogni va comportamental, existe o Método Cogni -vo-Comportamental, em cuja terapia ou processo de coaching es mula as pessoas a iden fi car e avaliar seus pensamentos automá cos nega- vos sobre as situações e, desta forma, verifi car e corrigir possíveis pen-

samentos distorcidos que ele constrói devido a esta avaliação imediata, que estejam alterando o seu humor e até prejudicando a realização dos seus obje vos.” Seguem alguns trechos da matéria ‘Onze Erros Cogni -vos’ de Luciana Viana, uma das precursoras deste método na abordagem Coaching no Brasil.

Pensamento dicotômico

É aquele pensamento preto-e-branco, o 8 ou 80, sabe? A pessoa vê uma situação em apenas duas categorias em vez de em várias alter-na vas. Exemplo: “Se eu não for um sucesso total, eu serei um fracas-so.” A pessoa perfeccionista normalmente faz uso constante desse erro

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de pensamento e isso faz com que se sinta inadequada e desvalorizada quando o sucesso esperado não vem. Pensamentos dicotômicos tendem a contribuir para episódios depressivos e separações conjugais.

Catastrofi zação

Neste caso a pessoa prevê o futuro nega vamente sem considerar outros resultados mais prováveis. Exemplo: “Meu fi lho ainda não che-gou, deve ter acontecido alguma coisa ruim. Esperarei mais um pouco, pois não conseguirei dormir mesmo.” Outros exemplos: “Meu namora-do não atende o celular, deve estar com outra. Tudo está bem entre nós, mas sei que logo começará a me desapontar, pois não chegou ainda”.

Minimização do posi vo

A pessoa diz para si mesma que experiências, atos ou qualidades po-si vas não contam. Exemplo: “Eu fi z bem aquele projeto, mas isso não signifi ca que eu seja competente. Eu apenas ve sorte.” A pessoa rejei-ta experiências posi vas insis ndo que elas não contam. Desqualifi car o posi vo ra a alegria da vida e faz a pessoa sen r-se inadequada e não recompensada. Este é o preço que a pessoa paga por não qualifi car as coisas que acontecem em seu co diano.

Argumentação emocional

A pessoa pensa que algo deve ser verdade porque “sente” (em reali-dade, acredita), isso de maneira tão convincente que acaba por ignorar ou desconsiderar fatos e evidências. Exemplo: “Eu sei que eu faço mui-tas coisas certas no trabalho, mas eu ainda me sinto como se eu fosse um fracasso”.

Rotulação

Quando a pessoa habitua-se a colocar um rótulo global e fi xo sobre si mesma, ou sobre os outros, sem considerar as ocorrências. Por exemplo: “eu sou idiota mesmo!” “Quão burra eu sou!” “Ele é um simplório!”, “Os homens são todos iguais!” Esses rótulos são simplesmente abstrações que levam à raiva, ansiedade, frustração e baixo amor próprio.

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Leitura mental

A pessoa acha que sabe o que os outros estão pensando e não consi-dera outras possibilidades mais prováveis. Exemplo: “Ele está pensando que eu não sei nada sobre esse projeto.” “Ele pensa que sou uma idio-ta.” É possível perceber essa distorção cogni va quando se apresenta um trabalho acadêmico em público, pois normalmente a pessoa estará fa-zendo a seguinte leitura mental: “Ele está me olhando assim, pois deve estar pensando que estou falando abobrinhas”.

Supergeneralização

A pessoa ra uma conclusão nega va radical que vai muito além da situação atual. Exemplo: “Nessa escola não tenho amigos, assim como era no colégio anterior.” A pessoa vê um episódio nega vo como uma rejeição amorosa e estabelece um padrão de pensamento para situ-ações similares. Outro exemplo comum: “Todos os meus namorados irão me trair”.

Personalização

Ocorre quando a pessoa guarda para si mesmo a inteira responsa-bilidade sobre um evento que não está sob seu controle. Por exemplo: “Eu não cuidei bem do meu fi lho, por isso ele está internado no hospi-tal”. “Meu namorado me traiu porque eu estava estressada”. Esse po de distorção cogni va gera muito sofrimento psicológico, pois está em-basado na emoção “culpa”.

Ditadura dos “deverias”

É muito comum em personalidades do po obsessivo-compulsivo, pois emprega constantemente os termos: “eu deveria”, “eu tenho que”. Pessoas com caracterís cas perfeccionistas u lizam esse erro de pen-samento diariamente, gerando ansiedade constante. A pessoa também cria expecta vas exageradas em relação ao comportamento dos outros, gerando afetos nega vos quando estas não são preenchidas, bem como o adoecimento psicológico do po estresse, ansiedade generalizada, de-pressão. E, também, acontecimentos indesejáveis como separações con-jugais são per nentes a esse po de distorção cogni va, bem como con-

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fl itos entre pais e fi lhos, educadores e educandos, gerências e subordi-nados, entre outras relações interpessoais.

Vi mização

A pessoa tende a sen r-se ví ma e não responsável pelas suas esco-lhas. Percebe-se sem sorte ao invés de perceber que “quem faz, para si faz!” e que ela mesma é o “comandante do seu navio”, o “diretor da sua novela”. Por exemplo, tende a culpar os outros por sua má sorte no tra-balho ou no amor.

OS BONS SAMARITANOS DA WEB

Como num passe de mágica, da noite para o dia, as redes sociais fo-ram saturadas de ‘mestres, masters, mentores e conselheiros’ que fa-zem promessas com suas fórmulas e técnicas de sucesso, riqueza, felici-dade, liberdade fi nanceira. É uma tempestade de cer fi cados despeja-dos semanalmente. Também vemos muitos ‘bons samaritanos’ que di-zem: ‘Minha missão de vida é ajudar as pessoas a alcançar seus sonhos’. Filantropia ou demagogia? Eu me pergunto: por que não vão às fi las de desempregados ou aos hospitais públicos ajudar os verdadeiros desa-fortunados? Nada contra os que fazem um trabalho sério, com capacita-ção técnica e respaldo cien fi co. A verdade é que a exploração de cases de sucesso não mostra a realidade de que a maioria dos bem sucedidos não seguiu nenhuma das técnicas ou métodos milagrosos apresentados. Simplesmente seguiram sua intuição, fi zeram várias vezes até acertar, dominaram suas emoções e seguiram algo que Deus presenteou a todos os seres humanos: a cria vidade e a capacidade de lutar e de se superar, mesmo sob as piores condições.

Muitos são levados a buscar um sucesso muitas vezes impossível, ba-seados em experiências de outros. Mas onde vai dar tudo isso: o modis-mo coaching, as ondas de palestras “gratuitas”, o conteúdo gratuito e excessivo, muitas vezes sem base cien fi ca, e a supervalorização de ca-sos de sucesso? Bem, não sabemos ao certo. Mas uma coisa é evidente: chegará a hora em que haverá “muito cacique pra pouco índio”. Imagi-ne todo mundo largando seus empregos para trabalhar em casa ‘ajudan-do outros a alcançar seus sonhos’. Mas que sonhos? Trabalhar em casa, ora! Fazendo o que? Ajudando os outros! Fala sério! Isso não funciona para todos. E mais, muitos estão mesmo é ajudando a si a alcançar seus

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próprios sonhos. Outro problema é o ciclo vicioso dos cursos instantâne-os que prometem turbinar a carreira. Muitos são atraídos pela promes-sa de ganho garan do e fácil. Mas a realidade é que apenas um pequeno número con nua atuando no mercado. Os que fi cam de fora aventuram-se a fazer cursos complementares que mais uma vez prometem sucesso.

UMA PALAVRA SOBRE O TEMPO

O ser humano precisa de um momento certo para desenvolver com-petências e habilidade necessárias, também para adquirir experiência e alcançar resultados. Vamos supor que você tenha uma grande meta ou obje vo que ainda não a ngiu. Você acredita que este seja o momento certo de ocupar a tão esperada posição, ou desfrutar deste tão sonhado obje vo? Ou entende que talvez ainda não esteja preparado, com matu-ridade e habilidade necessárias para assumir as responsabilidades atri-buídas às novas conquistas?

Segundo um dicionário online, “os gregos an gos nham duas pala-vras para o tempo: chronos e kairós. Enquanto a primeira era usada no contexto de tempo cronológico, sequencial e linear (o tempo que se me-de), a úl ma refere-se a um momento indeterminado no tempo em que algo especial acontece: a experiência do momento oportuno. O termo é usado também em teologia para descrever a forma qualita va do tem-po, como o “tempo de Deus” (a eternidade), enquanto khronos é de na-tureza quan ta va, o “tempo dos homens””.

O que realmente precisamos não é de mais tempo, mas de usar me-lhor o tempo que já temos. Vou citar dois fatores que infl uenciam su l-mente no tempo chronos. A ausência do silêncio e o excesso de infor-mações. Na prá ca não existe silêncio total, há sons por toda parte: nas ruas, nos shoppings, no carro, em casa, no iPhone, em nossa mente e nosso corpo, e isso nos distrai muito. Também, existe muita informação confundindo nossos sen dos e cansando nossa mente: emails, redes so-ciais, jornais, revistas, livros, telejornais, cursos. Tudo isso acelera nos-sos pensamentos e provoca uma sensação de euforia e anseio por mais tempo. O que precisamos na verdade é de silêncio interior para ouvir mais, e não só isso, precisamos aprender a escutar. Escutar envolve ser rápido no ouvir e vagaroso no falar. O fato é que desaprendemos isso ao sair do útero, momento em que trocamos um mundo seguro, silencioso e aconchegante por um onde quem vence é aquele que fala mais alto, daí o choro. Outra habilidade preciosa a aprender é saber aplicar nosso

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tempo naquilo que verdadeiramente é relevante para nossos obje vos, bem como nosso crescimento como ser humano, evitando as armadilhas da procras nação e do perfeccionismo, o que exige sabedoria, conheci-mento e discernimento.

Gostaria de falar um pouco destes três conceitos correlacionados e as su lezas de seus signifi cados. Ao passo que conhecimento, essencial-mente, signifi ca a familiaridade com fatos colhidos por experiência pes-soal, observação ou estudo, o entendimento (ou a compreensão) é a ha-bilidade de ver como as partes, ou os aspectos de determinada coisa, relacionam-se entre si, de ver o assunto inteiro e não apenas fatos iso-lados. A sabedoria é a faculdade de usar o conhecimento e o entendi-mento com bom êxito para solucionar problemas, evitar ou prevenir pe-rigos, a ngir certos obje vos, ou aconselhar outros neste sen do. Al-guém talvez tenha um profundo conhecimento, mas isso não garante que este saberá usá-lo com sabedoria.

Necessitamos planejar o tempo chronos para a ngir nossas metas, mas o momento certo, ou tempo kairós dependerá muito do quanto estaremos preparados para alcançar nossos obje vos com pleno êxi-to e efi cácia.

Sobre Edson S. Lima

Edson da Silva Lima (45), pai de Filipe e Testemunha de Jeová, Consul-tor de RH graduado em Gestão de Pessoas pela Unijorge (recrutamento, seleção, treinamento e avaliação de pessoas), Coach Posi vo, Palestran-te • Fundador da Staff Consultoria • Voluntário da Junior Achievement (www.jabrasil.org.br) • Idealizador de projetos sociais para adolescen-tes em fase escolar na ilha de Itaparica (BA) • Ex-gerente da Alfaiataria da Madeira (fábrica de móveis personalizados) do grupo Figueiredo Ga-le • Empreendedor na área de Construção Civil, Móveis Planejados, Consultoria Empresarial, produção de Conteúdo Digital e Design Gráfi co.

Onde mora: Salvador/BASite: edsonslima-rh.blogspot.com.brCelular: 55 (71) 9-9287-9487Whatsapp: 55 (71) 9-9287-9487

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Aplicação do Coaching

na Segurança do Trabalho

Emerson Franco

O coaching auxilia pessoas, grupos e empresas a obter melhores resultados, sendo aplicado em diversas

a vidades que necessitam do desenvolvimento humano. Neste sen do o coaching aplicado à segurança

do trabalho se apresenta como uma efi caz alterna va para auxiliar profi ssionais e empresas

a modifi carem sua cultura para a ngir o zero acidente.

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O coaching é um processo efi caz para desenvolvimento pessoal e a ngimento de resultados. Trata-se de uma metodologia estruturada pa-ra despertar o potencial das pessoas através da defi nição clara de obje -vos, autoconhecimento, aprendizado e mo vação para ação.

O processo clássico de coaching se dá através do encontro de um pro-fi ssional com base sólida sobre comportamento humano denominado coach, com uma ou mais pessoas denominadas coachees, fi rmando as-sim uma parceria de sucesso que se desenvolve através de um número predefi nido de sessões.

O que se espera de qualquer processo de coaching é o desenvolvi-mento através do autoconhecimento, defi nição clara de metas e incor-poração de novas habilidades que o coloquem em ação no caminho cor-reto, gerando assim mudança e aprendizado.

Neste sen do o processo de coaching pode ser aplicado em diversos nichos e áreas de atuação onde se faz necessário o desenvolvimento hu-mano e a busca por melhores resultados.

Existe ainda uma aplicação mais prá ca para o coaching, que é o pa-pel do Líder Coach, aqui entendido como um profi ssional que desempe-nha um papel de infl uência formal ou informal em suas empresas.

O que difere o Líder Coach dos demais líderes é o modo como ele se relaciona e obtém resultados através das pessoas, mo vando-as, en-sinando-as, oferecendo feedbacks constantes e extraindo delas o seu maior potencial.

Este profi ssional também deve buscar a sua capacitação, conheci-mento de técnicas básicas de coaching e comportamento humano para poder atuar de forma mais asser va com as outras pessoas.

Portanto, o processo clássico de coaching e a atuação do Líder Coa-ching são ferramentas que podem auxiliar pessoas, grupos e empresas a obterem maiores e melhores resultados em seus desafi os diários.

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Assim, propomos uma refl exão sobre a aplicação do coaching na área de segurança do trabalho, pois a maioria das empresas busca inicia vas para eliminar o acidente de trabalho no seu dia-a-dia.

Esta é uma questão importante, pois as esta s cas da Previdência Social mostram que somente no Brasil ocorrem por dia uma média de 2000 acidentes e 08 fatalidades. Trata-se de um número muito alto, ape-sar de todos os inves mentos feitos pelo governo, empresas , en dades e profi ssionais na área de segurança do trabalho.

As medidas preven vas para evitar os acidentes normalmente estão divididas em 3 grandes grupos :

• Medidas Físicas: Estão relacionadas às proteções e melhorias feitas nas máquinas, equipamentos e instalações.

• Medidas Sistêmicas: Relacionadas à estruturação da Segurança do Trabalho através de procedimentos, sistemas, análise de dados, progra-mas, polí cas, etc.

• Medidas Comportamentais: Relacionadas à capacitação e desenvol-vimento de uma cultura de prevenção nos trabalhadores das empresas.

Entendemos que os 3 grupos de ações são importan ssimos para a prevenção, mas a análise dos acidentes mostra que a causa destes, na maioria das vezes, está relacionada ao comportamento humano.

De uma maneira geral as empresas sempre inves ram mais tempo e dinheiro na implantação das medidas de prevenção sica ou sistêmica, que apesar de importantes, são insufi cientes para o a ngimento do tão sonhado “zero acidente”.

Sendo assim, entendemos que o único caminho para a melhoria efe- va dos resultados em segurança passa pela intensifi cação das medidas

comportamentais, que infelizmente são escassas e/ou implantadas de maneira incorreta pelas empresas.

É neste contexto que o coaching se apresenta como uma aplicação extremamente ú l para incrementar as medidas comportamentais de prevenção nas empresas.

ELEMENTOS DE TRANSFORMAÇÃO DA CULTURA DE SEGURANÇA

As medidas comportamentais nas empresas naturalmente devem ser organizadas por pessoas com atribuição relacionada direta ou indireta-mente à segurança do trabalho. Essas pessoas são designadas de manei-

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ra formal ou informal para a promoção de uma cultura prevencionista na empresa. De um modo geral podemos citar os grupos de pessoas abaixo:

• GESTORES: Pessoas com cargo de gestão possuem uma grande res-ponsabilidade pela segurança dos seus subordinados e naturalmente são avaliados pelos resultados de sua equipe e pela implantação de prá- cas seguras de trabalho.

Neste grupo está toda a hierarquia da empresa, começando pela pre-sidência, passando pela diretoria, pelos gerentes e pelos supervisores e coordenadores, sendo estes úl mos os profi ssionais com maior capaci-dade de promoção da mudança comportamental, devido à sua proximi-dade da base operacional dos trabalhadores.

• PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA: Pessoas que possuem a segurança do trabalho como o cio, são os integrantes do SESMT – Serviço Especia-lizado de Segurança e Medicina do trabalho.

Neste grupo estão os engenheiros e técnicos de segurança do traba-lho, médicos e enfermeiros do trabalho e demais profi ssionais que inte-gram a equipe responsável pela ro na de segurança nas empresas.

• INFLUENCIADORES: Pessoas que de alguma maneira desenvolvem a vidades de inspeção, treinamento, coordenação técnica ou qualquer outra a vidade onde se busca disseminar boas prá cas de segurança.

Neste grupo estão membros da CIPA – Comissão interna de Prevenção de Acidentes, Instrutores técnicos, Inspetores, RH, Programadores, etc.

Estes 3 grupos de trabalhadores são as peças chave para promover a mudança de cultura na base operacional das empresas, pois de maneira formal ou informal estão diariamente em contato com essa base, poden-do atuar como elementos de transformação efe va.

A grande questão está na necessidade de preparo desses profi ssio-nais para incorporar as metodologias do coaching primeiramente em su-as próprias vidas, gerando a autotransformação necessária, para depois promoverem uma interação posi va com os demais trabalhadores.

Esta mudança de cultura da base operacional é o único caminho para a ngir o tão sonhado índice de zero acidente nas empresas, levando os trabalhadores à consciência plena dos riscos e à adoção de medidas pre-ven vas para si e para os seus colegas.

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PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DO LÍDER COACH PREVENCIONISTA

As pessoas relacionadas à segurança do trabalho, sejam elas gesto-res, profi ssionais de segurança ou infl uenciadores devem transformar-se em verdadeiros líderes, associando técnicas de coaching e conhecimen-tos de prevenção de acidentes.

Saliento que esses líderes podem ser formais ou informais, sendo o mais importante aqui a capacidade de infl uenciar posi vamente através do seu exemplo, do seu conhecimento, ou da mo vação que exercem nas pessoas. Mas para poderem atuar como Líderes Coach Prevencionis-tas devem buscar uma capacitação e transformação para que sejam as-ser vos nesse desafi o.

Desenvolvi uma metodologia própria que tem ajudado empresas e profi ssionais neste importante desafi o de redução de acidentes e é base-ada em técnicas de coaching, treinamento, psicologia posi va, segurança do trabalho e administração, sendo formada por 5 verbos que devem ser pra cados pelos líderes que buscam o seu desenvolvimento:

ASSUMIRAPRENDERINTERAGIR

AUTOAVALIARAPRIMORAR

O primeiro passo está relacionado ao ASSUMIR, ou seja, a desenvol-ver no líder a responsabilidade sobre o seu próprio papel de promotor da cultura de segurança em sua equipe, entendendo que possui uma oportunidade ímpar de transformar outras vidas através das suas ações.

O processo de ASSUMIR passa por uma decisão de tomar a SEGU-RANÇA DO TRABALHO como um valor verdadeiro, que é manifestado em suas posturas e decisões diárias.

O segundo passo é o APRENDER, pois para poder infl uenciar pesso-as ele terá que desenvolver novas competências, sejam elas relaciona-das às técnicas de prevenção de acidentes, ou ao próprio comportamen-to humano, que envolvem uma mudança de cultura efe va.

O terceiro passo é o INTERAGIR, que se apresenta como a etapa mais importante de todas, pois é neste estágio que o Líder Coach irá se rela-cionar com a equipe de maneira asser va e constante.

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É nesse processo de interação que o líder irá atuar como promotor da cultura prevencionista como instrutor e como mo vador, direcionando a equipe para o caminho correto. Esta interação deve estar presente em to-das as oportunidades diárias onde o líder pode ensinar, mo var, corrigir e dar feedback para sua equipe, auxiliando-a a encontrar o melhor caminho para prevenção de acidentes.

A quarta etapa passa por um processo de autoconhecimento do líder que visa avaliar o seu próprio desempenho durante as interações reali-zadas com a sua equipe.

Nesta etapa o líder faz a sua AUTOAVALIAÇÃO com relação à efi cácia da sua interação, ou seja, ele se pergunta se conseguiu a ngir o obje vo esperado, seja na clareza do repasse de suas informações, seja na mo -vação ou na promoção da mudança de postura de sua equipe.

Na quinta etapa o Líder Coach busca APRIMORAR o seu desempe-nho, desenvolvendo novas competências para interações melhores e mais efe vas.

Assim, a metodologia apresenta a formação clássica do modelo PDCA de melhoria con nua, formando um ciclo virtuoso de melhoria par ndo do ato de ASSUMIR o seu papel, APRENDER o que for necessário, INTE-RAGIR asser vamente e se AUTOAVALIAR de maneira sincera para então poder APRIMORAR, melhorando o que for preciso, e rodando assim de maneira con nua esse ciclo de excelência.

Esse conhecimento pode ser adquirido pelo líder através de uma sé-rie de inicia vas, tais como leitura de livros, cursos presenciais, cursos online e também por um processo de Coaching de Segurança.

Quanto ao conhecimento temos uma série de opções de aprendiza-do envolvendo técnicas de segurança do trabalho, comportamento hu-mano, liderança, coaching, etc, porém entendemos que um processo de transformação efe vo vai além da absorção de conhecimentos, passa também pela necessidade de adoção de novas posturas, o que pode ser conseguido com um bom processo de Coaching de Segurança.

Este processo pode auxiliar os líderes a desenvolverem o perfi l neces-sário de Líder Coach Prevencionista através das sessões onde ocorrerão refl exões sobre o seu verdadeiro papel, sobre as competências existen-tes e que precisam ser desenvolvidas e principalmente pelo desenvolvi-mento efe vo do valor segurança em suas próprias vidas.

O Coaching de Segurança u liza a base clássica do coaching adapta-da aos desafi os específi cos dos profi ssionais que precisam promover a

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segurança e deve ser desenhada sob medida para atender as necessida-des de cada empresa.

Inicia-se com um briefi ng sobre a realidade da empresa, entenden-do seus principais desafi os, resultados e ferramentas atuais de preven-ção. Na sequência é feito um alinhamento das expecta vas e diretrizes com os órgãos responsáveis da empresa, colhendo informações sobre os par cipantes e a par r daí o processo segue normalmente através de 12 sessões semanais, onde os líderes terão contato com as ferramentas, re-fl exões e planejamento de suas ações prá cas no dia a dia.

O que se espera é que os líderes despertem o seu interesse pelo te-ma, conseguindo cada vez mais ampliar os seus conhecimentos e colo-cando-os em prá ca através da interação posi va em suas equipes ou bases operacionais.

PROCESSO DE TRANSFORMAÇÃO DA CULTURA PREVENCIONISTA DA EMPRESA

Após a capacitação, esse me de líderes prevencionistas tem como principal missão desenvolver a cultura de prevenção em toda a empresa. É um processo que requer estratégia e tempo para que se torne uma re-alidade. Esses líderes precisam buscar con nuamente o desenvolvimen-to da competência prevencionista nos trabalhadores.

Essa competência prevencionista, assim como qualquer competên-cia verdadeira, só é estabelecida quando se reúnem um conjunto de CO-NHECIMENTOS, HABILIDADES e ATITUDES onde:

• Conhecimento signifi ca “ter o SABER”• Habilidade signifi ca “saber FAZER”• A tude signifi ca “QUERER fazer”Portanto o Líder Coach Prevencionista deve buscar con nuamente

atuar como:• Exemplo Pessoal: O líder deve demonstrar através das suas ações

que a segurança realmente é um valor para ele, pois é aqui que começa a sua infl uência, mostrando aos demais o que precisa ser feito.

• Instrutor: O líder deve promover con nuamente o aprendizado de sua equipe, seja através de pequenos diálogos, orientações, ou criando espaços para desenvolvimento da própria equipe.

• Observador Comportamental: O líder deve estar atento aos com-portamentos de sua equipe, buscando observar tanto as a tudes preju-

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diciais como as a tudes posi vas, fornecendo o devido feedback, princi-palmente incen vando as boas prá cas.

• Prevencionista: O líder deve possuir o conhecimento necessário so-bre as ferramentas de prevenção de acidentes a fi m de promover con- nuamente a sua aplicação, principalmente no aspecto qualita vo, bus-

cando melhorá-las. Com essa postura, espera-se que os demais trabalhadores percebam

que fazem parte de uma empresa que não só fala que a segurança é im-portante, mas que efe vamente busca colocar em prá ca a prevenção no seu dia a dia.

O processo de coaching e Líder Coaching em Segurança pode efe va-mente contribuir para a redução dos acidentes nas empresas, diminuin-do as perdas humanas e fi nanceiras que envolvem o tema.

Sobre Emerson Franco

Coach, Consultor e Instrutor de Segurança do Trabalho • Graduado em Ciências Humanas • Pós graduado em gestão de pessoas e Engenha-ria de Manutenção, atua há mais de 25 anos em grandes empresas • Co-autor dos livros “Coaching a Solução” e “Capital Intelectual” da editora Ser Mais • Sócio da Colabor Consultoria e Treinamentos, auxilia empre-sas e profi ssionais a se desenvolverem através da oferta de Consultorias e Treinamentos de Manutenção, Liderança e Segurança do trabalho nas modalidades Presencial, Semipresencial e Online.

Onde mora: Belo Horizonte/MGSite: www.treinamentoscolabor.com.brFone Fixo: 55 (31) 3059-5141Celular: 55 (31) 9-9282-6169Whatsapp: 55 (31) 9-9282-6169Facebook: facebook.com/treinamentoscolaborLinkedIn: br.linkedin.com/company/grupo-colaborYoutube: youtube.com/channel/UCucD9FDgiJPtWWFOfEb5FNQ

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Você é Marcante?

Gi Oliveira

Que impacto você causa nas pessoas? Você tem uma Marca Pessoal? Como a gestão

da imagem pode alavancar sua carreira, gerar oportunidades e experiências únicas?

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Vamos ao ponto, sem rodeios: Nós precisamos conversar muito sério sobre a gestão de sua Marca Pessoal.

Eu quero te fazer algumas perguntas: - O que diferencia você dos outros? - Você é lembrado? Com qual frequência você tem que se reapresentar?- Você sabe fazer-se notar posi vamente? - Você conhece sua reputação?- Qual a imagem ideal da sua profi ssão? - Você está constantemente preparado para as oportunidades?- Você se veste para quem você quer ser ou para quem você é hoje?- Você se impressionaria com “você” na rua hoje? Você se notaria?- Você é uma pessoa marcante?

Basta sair um pouquinho de si mesmo e imaginar como as pessoas te percebem. É um exercício muito enriquecedor. Eu posso lhe sugerir vá-rias situações nas quais você, ao se colocar na perspec va alheia, de seu interlocutor, de seu cliente, perceberá que recebeu apenas o que ofere-ceu. Foi uma retribuição. É a tal Lei da ação e reação.

A visão é responsável por quase 80% de nossa percepção. Suas rou-pas e acessórios comunicam muito sobre você ao mundo. As mensagens que você envia a quem lhe vê determinam a forma como os outros rea-gem a você. Os equívocos podem ser evitados se a qualidade projetada pelos símbolos que você ostenta em sua imagem forem bem escolhidos.

Em toda comunidade profi ssional existem pessoas cuja aparência nos leva a concluir que são líderes e aquelas que não duvidamos que sejam liderados. Isso se dá porque a imagem dessas pessoas transmite dados que transformamos em pistas visuais e, juntando as peças, categoriza-mos seu nível de profi ssionalismo, sofi s cação, capacidade, inteligência, instrução, autoridade.

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Todos os profi ssionais, independente de qual seja o nicho de atuação, podem ter uma Marca Pessoal. Médicos, professores, engenheiros, re-ligiosos, garis, execu vos, todos podem se destacar, se diferenciar e ser lembrados. Existem vários fatores que compõem sua marca pessoal. E a imagem é um dos mais importantes.

Estamos sempre desenvolvendo uma relação com todas as imagens que vemos. Antes mesmo de conversar com uma pessoa, de trocarmos sequer uma palavra, já iniciamos um relacionamento com ela, seja de ad-miração, repulsa, curiosidade, simpa a. Basta vê-la e já começamos a tra-balhar nossa mente, a desenvolver esse relacionamento ou julgamento.

Então minha proposta é mostrar a você a importância de ter uma imagem adequada. E como imagem não pense apenas nas roupas que você usa, nos sapatos que calça, ou no corte de cabelo. Imagem envol-ve muito mais conceitos. A adequação passa por todo um contexto que envolve além de todos esses componentes, seu comportamento, ges-tos, tom de voz, termos escolhidos e postura que ajudam, e muito, a for-mar sua imagem pessoal, a sua marca e, com o tempo, a sua reputação.

Você sabe o que é estereó po? Estereó po é a imagem preconcebida de determinada pessoa, coisa ou situação. É usado principalmente para defi nir e limitar pessoas ou grupo de pessoas na sociedade. A aceitação do estereó po é ampla e culturalmente difundida, às vezes é um grande mo vador de preconceito e discriminação.

Nós temos o estereó po do aluno aplicado, do jovem rebelde, da pessoa român ca, do homem preguiçoso, da mulher execu va, do pro-fessor exigente, do defi ciente sico, da pessoa idosa. Para cada um des-ses exemplos que citei, uma imagem se formou de forma automá ca em sua mente. Preste atenção a um detalhe importante: você não lembrou de um cheiro ou de um som, uma fala ou um sabor. O que veio à sua mente foi uma imagem, uma marca que alguém imprimiu em suas lem-branças, em alguma situação de sua vida, e que agora serve de modelo, de parâmetro, de exemplo para que ao surgir determinada referência vo-cê encaixe, se situe. Você recorre a um banco de dados mental.

Se eu te pedisse para pensar em um fi cólogo, como o descreveria?Ficólogo

Provavelmente você não encontrou no seu acervo uma imagem para este termo. Sabe por que? Porque nunca viu um fi cólogo, ninguém que você conheça tem essa profi ssão, então não tem uma imagem para as-sociar a essa palavra. Algumas suposições passam por sua mente, mas nada se fi xa.

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Ficólogo é o profi ssional que estuda algas, a fi cologia é uma disciplina da biologia, uma especialização da botânica.

Bom, esse teste serve para demonstrar que vivemos em uma socie-dade visual. Nossas referências preferenciais são visuais, e, portanto, precisamos dar a devida importância à nossa aparência, nossa imagem e iden dade visual.

Você sabe qual é a sua fama como profi ssional? A sua reputação re-fl ete a percepção social de seu comportamento, dos seus valores, de sua iden dade, imagem, personalidade. A sua formação se dá a par- r da qualidade e constância dos relacionamentos que estabelece com

amigos, clientes, colaboradores, contratantes, contratados e até mes-mo com sua família e tem muita relevância na composição de sua mar-ca pessoal.

“A maneira de se conseguir boa reputação reside no esforço em se ser aquilo que se deseja parecer. ” Sócrates

É essencial que sua imagem seja atraente, confi ável e até mesmo se-dutora. Não a sedução carnal, sexual, libidinosa. Mas que desperte o in-teresse pelo seu conteúdo, por suas ideias e forma de agir, além de não induzir a julgamentos errôneos e desfavoráveis a seu respeito.

Uma imagem confortável ou ins gante pode gerar empa a, sintonia, confi ança, e ter grande relevância nas relações que desenvolvemos. Se você ostentar uma imagem que não seja confl ituosa com os conceitos e valores de seu interlocutor, se não lhe causar demasiada estranheza ou desdém, já começará esse relacionamento somando alguns pontos ao seu favor.

Nos relacionamos de forma mais harmoniosa e condescendente quando ocorre esta iden fi cação com o outro. É algo natural. O homem é um animal gregário, vive em bandos, em grupos que se aproximam por iden fi cação e afi nidades. O sen mento de pertencimento é potenciali-zado pela imagem que apresentamos.

Um pesquisador examinando as esta s cas de vendas de segurado-ras dos Estados Unidos descobriu que os clientes fechavam mais acordos com a seguradora quando o vendedor nha idade, religião, convicções polí cas e até hábito tabagista (fumante) igual a eles. Nós, seres huma-nos, preferimos aceitar ideias ou fechar acordos com pessoas que sen -mos semelhança a nós.

Há pouco tempo estava numa conversa informal com um amigo que é professor universitário e desembargador e surgiu o assunto da imagem profi ssional versus a pessoal. Ele dizia que as relações mudaram muito

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com o tempo, que hoje há uma informalidade, uma proximidade maior entre os personagens atuantes no cenário jurídico e que algumas buro-cracias foram abolidas. Eu, por outro lado, ressaltei que a aparência ain-da é um fator de peso nessas relações. Ele não pareceu concordar muito com minha opinião, então lhe propus a seguinte situação:

Imagine que você encontre um colega da época da faculdade de Di-reito, e que este companheiro, que hoje é dono de um grande escritório de advocacia, peça sua indicação, dentre seus alunos, de dois nomes pa-ra serem seus pupilos, alguém para que ele treine e dê a chance de come-çar bem a carreira. Agora me conte como são essas pessoas que indica-ria. Provavelmente são alunos interessados, com boas notas, e que iriam aproveitar essa oportunidade especial. Certo? Até aí nenhuma novidade.

Então, responda-me: Estas pessoas que pensou em indicar frequen-tam suas aulas com aparência desleixada, com trajes informais ou exces-sivamente chama vos? - Não, não! Eles se vestem bem! O rapaz sempre está de calças compridas e camisas polo ou às vezes de mangas compri-das, e a moça sempre está muito arrumadinha, parece-me até que já vai das aulas direto para algum estágio.

Então o que expliquei ao desembargador e quero dizer a você hoje é que este julgamento de valor, de merecimento baseado na avaliação vi-sual, é feito todo o tempo, em todas as situações, onde quer que este-jamos. Já temos um conceito pronto, um estereó po de competência, e procuramos pistas visuais para enquadrarmos ou não as pessoas com quem nos relacionamos.

O homem é um ser visual, constrói uma “história”, um currículo para todos os que o veem em questão de segundos. Em muitos casos a opor-tunidade é perdida já neste primeiro momento. Não acredito na máxi-ma: “a primeira impressão é a que fi ca”. É possível sim construir uma no-va imagem, mudar impressões, rever julgamentos. Mas convenhamos que é um desperdício de tempo. Muito mais produ vo e interessante é causar a impressão adequada, no momento certo e não fi car “refazen-do”, reconstruindo sua imagem.

“Sua a tude é que determinará sua vida”. John MaxuelUm dia fui a uma reunião em uma empresa de comunicação e fui sur-

preendida pela fala de um dos sócios-colaboradores: “que vergonha es-tar ves do assim... Se eu soubesse que encontraria com você hoje, te-ria me arrumado!”

Meu Deus! A não ser que você trabalhe em local isolado, sem con-tato com o público, só tendo uma bola de cristal para prever com quem

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se encontrará ao longo do dia. Além disso, toda e qualquer pessoa com quem você se relacione é seu potencial cliente: seu colega de trabalho, seu vizinho, seus amigos e parentes, (seu chefe é seu cliente todo o tem-po, desde o começo...). Não se limite a estar apresentável, confi ável e se-guro apenas nos momentos predeterminados.

As oportunidades não marcam hora para surgir. Convencer de primeira, acertar já no começo é a minha proposta. Dê

uma boa olhada em você mesmo no espelho. É isso que os outros ve-em. Sua carreira pode começar a decolar ainda na carteira da faculdade, durante seu estágio, numa conversa informal durante um voo, num cur-so de fi m de semana. Eu já consegui clientes em todas essas situações.

Você precisa ter conteúdo e iden dade visual. Iden dade visual é a imagem ampliada da marca. É a junção de tudo o que compõe a sua mar-ca e pode ser percebido visualmente por seu público. Uma imagem con-fl ituosa, desconfortável por descuido ou até mesmo por ser muito extra-vagante pode afastar pessoas e oportunidades.

Todos já ouvimos que as aparências enganam, mas poucos têm a chance de esclarecer o equívoco. É importante estabelecer uma boa re-putação entre as pessoas com quem convive, além de despertar o inte-resse de quem ainda não lhe conhece. Sua capacidade profi ssional e cre-dibilidade estão sendo analisadas a todo momento.

QUE IMPACTO VOCÊ CAUSA NAS PESSOAS?

Aproprie-se dessa consciência, tenha controle sobre as mensagens que quer transmi r, os conceitos que quer formar a seu respeito no ima-ginário alheio. Todos temos estereó pos, raramente os ques onamos e enquadramos as pessoas nestes estereó pos através de pistas visuais. É importante dominar essas pistas para que você seja “enquadrado” no es-tereó po que lhe convém.

Isso é feito a todo tempo pela mídia. Busque auxilio na construção e divulgação da sua imagem-obje vo. Assuma um compromisso com vo-cê: Daqui em diante só admi rei estar acima da média. Não aceite apre-sentar menos que o seu melhor.

Lógico que não estou dizendo que você não precisa ter conteúdo ou se preparar para esses eventos. Você precisa aliar o conteúdo à emba-lagem. Para vender sua ideia de forma mais convincente, mais rápida e segura, sua imagem deve ser impactante na medida e direção certas. Se

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você acreditar e confi ar em quem vê no espelho será mais fácil conven-cer os demais do seu desempenho e habilidades.

Pense em alguém da sua área de atuação e que você admira. Como essa pessoa se veste? Qual o seu es lo? Sobre quais assuntos ela fala? Como ela transmite seus conhecimentos? Qual é a sua postura? Como é seu trato com as pessoas? O que exatamente lhe impressiona? A minha sugestão é para que você perceba que vários atributos formam a ima-gem que lhe causa essa boa impressão, a admiração.

A boa postura, saber comportar-se em situações de aparente “nor-malidade”, quando todos estão relaxados, também conta bastante. A sua conduta é avaliada em momentos de estresse e nos de calmaria. É preciso ter constância em tudo. Isso lhe imprime uma reputação de se-gurança, credibilidade, estabilidade. Estar em condições de a ngir seu obje vo sempre para não ser pego de surpresa. Em caso de necessidade, de urgência, você será naturalmente lembrado. Nas situações em que se dispõe de mais tempo para análise, como em uma promoção, essa cons-tância também será levada em consideração. Acredite.

Desenvolver uma imagem profi ssional requer alguma dose de dedi-cação e persistência. A missão é saber quais são os componentes de uma apresentação profi ssional competente, respeitável, iden fi car qual é o seu es lo, traduzir sua necessidade e ajudá-la a tornar-se realidade.

Implicitamente, nas entrelinhas, a sua imagem traz uma promessa de desempenho, de valores e de posicionamento. Se você promete não ser o melhor, seguro e competente, quem vai lhe contradizer?

Para todo ambiente de trabalho, área de atuação, existe um código de ves menta que chamamos de dress code. Trabalhar numa empresa e só estar apresentável em situações pré-agendadas, não ter constância, exibir uma postura desleixada, sensual ou muito rígida demonstra uma falta de respeito ao dress code, uma falha ao ler a postura esperada de um bom profi ssional, de uma pessoa capaz e competente.

Engenheiros normalmente dão um bom case para minha atuação. Paira como senso comum que a profi ssão não exige muito cuidado com a aparência. Bom, a no cia que tenho para vocês que são profi ssionais desta área é outra: engenheiras que já atendi como clientes, uma vez que mudaram seus trajes e passaram a se ves r com mais zelo e cuida-do relataram que foram mais notadas profi ssionalmente e que consegui-ram mais oportunidades em suas carreiras.

Quer saber por quê? A tradução é a seguinte: Essa pessoa consegue organizar bem o seu tempo, administrar seus compromissos na empresa

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com sua vida par cular. Tem capacidade de ser profi ssional e não abrir mão de se cuidar, de ter vida fora do ambiente de trabalho. É uma ima-gem de competência. É a promessa implícita! Ela dá conta!

Alguns clientes me perguntam: - Gi, tenho que fi car o tempo todo ves do assim? Não dá para ter uma folguinha no fi nal de semana?

Lógico que dá! Fique à vontade... Mas eu tenho algumas ponderações a fazer. Sabe aquela história de que justamente no dia em que você sai despreparado você encontra com o seu maior rival, ou com aquela garo-ta que pretende impressionar? Pois é, Murphy nunca dorme! Exatamen-te quando você achar que não há chance de precisar da sua imagem, sur-girá aquela tão sonhada oportunidade!

Eu brinco com minhas clientes dizendo que podem encontrar com o príncipe encantado em qualquer lugar. Ele é de carne e osso, vive perto de você e vai à padaria. Não perca a chance de impressionar e demons-tre constância a quem já lhe conhece. Isso será possível porque de pos-se de informações importantes e individuais que surgirão durante o pro-cesso de coach serão elaboradas sugestões personalizadas.

Conhecer a si próprio já é decisivo para saber onde e em quê inves r para alcançar seu obje vo profi ssional ou pessoal. É possível atrair aten-ção para o que você deseja divulgar, tornar conhecido ou reconhecido. O autoconhecimento é indispensável na gestão de sua marca pessoal.

É preciso um misto de coragem e disposição para se conhecer profun-damente e persistência para não desis r quando em algum momento do processo se deparar com a resistência dos amigos, ou familiares mais pró-ximos. Parece contraditório, mas as pessoas com quem convive vão sim oferecer alguma resistência a este novo ser que você lhes apresentará.

É natural. Por uma questão de comodidade e costume. Mesmo reco-nhecendo e admirando as vantagens dessas mudanças, em algum mo-mento elas requisitarão o seu an go eu de volta. Porque é com ele que estão habituadas a lidar.

Você também terá que resis r à tentação de con nuar a agir e se comportar como sempre fez. O processo de adequação não é agradável todo o tempo. Mexe com sua zona de conforto. Portanto, será preciso ser forte para manter o foco e colher os resultados pretendidos.

Muitas vezes meus clientes me dizem: “Jamais poderia imaginar que essa mudança de a tude traria tantos resultados posi vos”. Estou aqui para lhe mostrar novas possibilidades e encurtar o caminho para alcan-çar seu obje vo e fortalecer você como pessoa e como profi ssional.

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Ousar outras formas de encarar e se portar em uma situação e se dar a chance de ser notado, reconhecido, é uma experiência única e constru- va. As demandas são individuais. A Marca é pessoal, a iden dade é per-

sonalíssima e deve ser tratada como tal.Como disse, é imprescindível que você adquira autoconhecimento.

Antes de tudo é preciso iden fi car qual é a sua missão, visão e valores, e então planejar uma estratégia para gerir sua Marca Pessoal, para ser no-tada, reconhecida e lembrada.

Então, reveja aquelas perguntas do começo deste ar go, refl ita sobre cada uma delas. Não se acanhe em recorrer ao auxílio de um profi ssional.

Pense, aja e encante!Essa é uma dica que expressa minhas convicções quanto à imagem

pessoal adequada:“Tudo me é permi do, mas nem tudo me convém.”

Sobre Gi Oliveira

Coach e Consultora de Imagem, capacita pessoas para se expressa-rem e obterem sucesso pessoal e profi ssional através de sua Marca Pes-soal. Fascinada por livros e por pessoas, atua aliando conhecimentos e técnicas de Visagismo, Morfopsicanálise, Personal Branding, Moda, Co-municação Visual, Análise Comportamental, Programação Neurolinguís- ca e Coach de Imagem.

Onde mora: Vitória/ESE-mail: [email protected]: 55 (27) 9-8146-5500Whatsapp: 55 (27) 9-8146 5500Facebook: facebook.com/gioliveiramakeupLinkedIn: linkedin.com/in/CoachGiOliveira

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As Leis de Newton Aplicadas ao Comportamento Humano na

Visão de um Coach

Gilson Chaves dos Santos

Quem não se lembra das aulas de Cinemá ca do ensino médio? Quem no meio de uma aula de

sica nunca se perguntou onde isso é aplicável na nossa vida? Neste texto o autor mostra que a sica vai muito além de cálculos de carrinhos e bloquinhos sendo arrastados... E veremos isso

em uma analogia entre as Leis de Newton e o Comportamento Humano.

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Muitas vezes quando falamos sobre sica as pessoas têm a ideia de uma ciência complicada, cheia de números, de bloquinhos sendo arras-tados ou bolinhas em queda livre. Mas o que muita gente não sabe é que a sica está presente em rela vamente tudo. Basta um olhar mais aten-to e interdisciplinar e veremos que tanto a sica quân ca quanto a sica clássica encontram-se nas mais variadas e aparentemente improváveis áreas do conhecimento humano, como por exemplo a medicina, botâni-ca, geografi a, comportamento humano e outras mais.

Neste trabalho faremos uma relação entre as Leis de Newton e o comportamento humano, verifi caremos a relação causa-efeito, a pro-funda relação entre as três leis clássicas deste grande expoente da sica e, por fi m, algumas perguntas efe vas que podem ser aplicadas no pro-cesso de coaching.

A PRIMEIRA LEI DE NEWTONLEI DA INÉRCIA

“Todo corpo con nua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.”

Esta é uma das leis mais simples e importantes da sica, resume-se no fato de que se não houver uma força capaz de mudar o sistema, as-sim ele permanecerá. Um exemplo simples é uma bola parada: sem al-guma força externa sobre ela, a mesma tende a fi car em repouso. Mui-tas vezes as pessoas vivem baseadas na Primeira Lei, não querem fazer algo (aplicar energia no sistema), vivem no completo repouso - que ca-racteriza sua falta de ações para mudar seu estado atual - e ainda assim se queixam dos resultados que conseguem.

Há pessoas que vivem na mais absoluta passividade, não sendo agen-tes a vos de sua existência, mas apenas expectadores de algum evento que

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traga signifi cância à sua vida. Viver na inércia acreditando na crença limita-dora (uma das principais pela inércia) de que “em me que está ganhando não se mexe” pode signifi car um subaproveitamento de potencial humano.

Grande parte das pessoas só procura o médico quando os sintomas são evidentes e preocupantes, mas acham perda de tempo fazer um checkup anual; Não visitam o psicólogo, pois muitos acreditam que tal profi ssional ajuda “louco”; A visita ao den sta quase sempre é mo vada pela incômoda cárie que já o venceu pela dor (uma forte mo vadora!). E quando tais pessoas são ques onadas por sua passividade, dizem que estão sa sfeitas com os resultados que obtêm (muitas vezes é uma men- ra para esconder a distância que estão do seu estado desejado).

E assim vivem produzindo pouco devido seu comodismo, até que o tempo passe e se arrependam não do que fi zeram, mas pelo que pode-riam ter feito.

Perguntas efe vas

• Quando a ngirá sua meta se con nuar somente na expecta va?• O que é preciso fazer para que você tenha resultados diferentes que

contribuam ainda mais para o alcance de sua meta?• Você acha possível obter resultados diferentes fazendo sempre as

mesmas coisas? Pode dar evidências disso?• Se você pudesse fazer algo ousado e diferente para a ngir seu ob-

je vo, o que faria e como?• O que você pode fazer para mudar seu estado atual?• O que te mo va a mover-se em direção à sua meta?• Onde devo buscar recursos para me mobilizar em direção à meta?

SEGUNDA LEI DE NEWTONFUNDAMENTAL DA DINÂMICA

“A força resultante que atua sobre um corpo é diretamente propor-cional à aceleração que ele adquire...”

A Segunda Lei de Newton nos transmite a ideia de proporcionalida-de, ou seja, quanto maior a força que empregamos num corpo, maior se-rá sua aceleração.

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Quando já focalizamos o obje vo e traçamos um plano para a concre -zação na meta, precisamos compreender a importância de aplicar energia no sistema para que possamos acelerar o processo de conquista. Não bas-ta apenas aplicar a força (que é uma grandeza vetorial), mas também sa-ber a direção certa. Caso contrário tais pessoas podem despender grande quan dade de energia para alcançar seus obje vos, mas acabarão tendo grande parte de seus esforços dissipados e/ou mal direcionados.

Um dos combus veis do alcance da meta é a mo vação. É através dela que o indivíduo externaliza o seu imenso potencial e “encontra” forças para aplicar na busca de recursos para a realização de sua meta. Facilmente podemos verifi car a naturalidade e lógica desta lei aplicada no coaching quando afi rmamos que um indivíduo que se empenha com afi nco, consequentemente acelera seu desenvolvimento e aproxima-se mais rápido de sua vitória.

Perguntas efe vas

• Onde encontrará recursos que acelerem seu processo de conquista?• Existe algo que você possa fazer para inves r em sua meta, minimi-

zando o prazo dela?• Há alguma forma de dispor suas forças de maneira mais efi ciente?• Conhece alguém que poderia te dar um empurrãozinho em direção

à sua meta? Como essa pessoa pode te ajudar?• Se você pudesse dar uma nota de 0 a 10 para a maneira com que vo-

cê canaliza suas forças em prol da sua meta, qual seria essa nota? O que é preciso para aumentá-la?

• Se você fosse orientar alguém com um obje vo semelhante, qual conselho você daria?

• Se fosse escrever uma pequena história onde o fi nal seria a concre- zação de sua meta, que conteúdo exis ria no começo e meio dela? Des-

creva os processos que o levaram ao alcance da meta.• O que você ainda não fez que pode te aproximar da sua meta?

TERCEIRA LEI DE NEWTONPRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO

“Para cada ação existe uma reação, de mesma intensidade, mesma direção e sen dos diferentes”

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Quando socamos um saco de pancada, nossa mão sofre uma força durante o impacto. Mesmo quando eu arremesso um objeto existe uma força de reação que me “arremessa no sen do contrário”. Essas frequen-tes transformações de energia (ciné ca, potencial, sonora, térmica, en-tre outras) estão presentes de forma marcante nos exemplos acima.

O Universo vive em constante transformação, a energia é transfor-mada das mais diversas maneiras e muitas pessoas não se dão conta dis-so. Conhecendo a relação entre causa e efeito, o ser humano evolui nas mais variadas esferas da sua vida. Um exemplo mo vador é a própria Bí-blia sagrada, onde se verifi ca em versos como em Gálatas, capítulo 6, verso 7: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o ho-mem semear, isso também ceifará.”

Como citamos anteriormente na Primeira Lei de Newton, o homem busca resultados diferentes, mas faz uso dos mesmos procedimentos e não percebem que os resultados que conseguem são meros frutos de suas ações, ou seja, a reação do universo em resposta às suas ações.

O nosso Universo é regido por leis que visam a harmonia e o equilíbrio tanto na sica quanto na área espiritual e de relacionamentos. Observe-mos que na sica o principal obje vo é verifi car os fenômenos da natureza em busca de padrões que nos possibilitem uma compreensão melhor da natureza e assim reproduzir tais fenômenos para criar tecnologia e confor-to. Já na questão comportamental não se difere do primeiro exemplo, pois basta verifi car uma grande amostra comportamental e análise de resulta-dos de experiências para concluir que também existe um padrão.

O princípio da ação e reação é um excelente mecanismo de equilíbrio do universo para aprendermos com os erros e também compreendermos que sempre haverão consequências em toda decisão tomada. Vale ressal-tar que quando você decide não tomar uma decisão, na verdade já o fez e a consequência é a reação de sua decisão em não tomar decisão alguma.

Baseado nesta Lei, o coach pode arquitetar perguntas que forcem o coachee a refl e r sobre a relação causa-efeito em sua vida e dessa for-ma consolidar uma estratégia viável que o direcione para a meta, ou que faça “cair a meta” quando o coachee julgar que o estado desejado traz efeitos colaterais não previstos.

Perguntas Efe vas

• Qual é a ação que precisa ser tomada no momento? Qual será a re-ação (dele/dela/do mundo) em relação a minha ação?

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• Quem mais é afetado em consequência de minha ação?• Qual a pior coisa que pode te acontecer? E qual será seu plano B se

isso ocorrer?• O que você precisa fazer para o Universo reagir e te recompensar

com a meta desejada?• Se o Universo se comunicasse com você agora e desse instruções de

como deve agir para conquistar sua meta, quais instruções ele te daria?

ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE AS LEIS DE NEWTON E O COACHING

Veremos agora a relação entre coach e coachee onde, através de insi-ghts, o coachee desperta o seu potencial.

Primeira Lei de Newton - vencendo a inércia - o coach deve, através de seu repertório de perguntas, despertar o coachee do seu estado de letargia. O coachee deve abandonar seu estado de repouso e sen r-se mo vado a construir planos de ações que o possibilite alcançar uma me-ta imposta a si. Muitas vezes o comportamento passivo e expecta vo do coachee pode ser fruto de uma crença limitante.

Ação• O coach faz uso de perguntas estratégicas que visam romper o esta-

do está co do coachee, fazendo-o refl e r sobre sua passividade e tam-bém a vencer o atrito está co gerado pelo comodismo ou pela falta de confi ança em si, para então se mover rumo à meta.

Insight• O coachee “acorda para a vida” e começa a acreditar no seu poten-

cial há muito adormecido.

Segunda Lei de Newton - u lizando forças/recursos com efi ciência - Neste estágio o coachee já tem ciência da importância de empregar su-as forças (recursos), mas pode carecer de uma refl exão maior para que possa encontrar a intensidade e maneira certa de empregar tais forças.

Ação• O coach busca ques onamentos que viabilizem o coachee a en-

contrar maneiras de tornar mais efi ciente suas ações, poupando recur-sos e minimizando o tempo para a concre zação da meta. O coach mo- va mostrando apreciação pelos resultados ob dos pelo seu coachee.

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Insight• O coachee busca maneiras de “fazer mais com menos” e assim au-

menta a efi ciência de suas ações, sente-se mo vado e a intensidade do seu desejo acelera-o em direção à meta

Terceira lei de Newton - compreendendo os conceitos do processo de ação e reação - Aqui o coachee pode estar tomando as mesmas a -tudes esperando resultados diferentes. Ele pode ter crenças limitantes provenientes de experiências insa sfatórias do passado, justamente por ter uma interpretação equivocada do conceito causa-efeito.

Pode acontecer do coachee não refl e r sobre os prós e contras que suas decisões infl uenciarão na sua vida e das pessoas que o cercam, fo-cando somente na ação e nos resultados (meta) e esquecendo a reação (consequências) das decisões tomadas.

Ação• O coach gera perguntas que façam o coachee refl e r sobre a possi-

bilidade de buscar caminhos alterna vos. Muitas vezes as perguntas são direcionadas a fazer o coachee ponderar possíveis consequências de su-as decisões, assim como de que forma afetará outras áreas de sua vida.

Insight• O coachee começa a entender o princípio de ação e reação e com-

preende a necessidade de adotar novas estratégias. É possível que ve-nha a considerar a possibilidade de abandonar sua meta em virtude dos efeitos colaterais de suas ações e decisões, vindo então a gerar uma no-va meta a ser trabalhada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observamos a forte relação existente entre a sica (Leis de Newton para ser mais específi co) e o comportamento humano. Verifi camos que através do coaching pudemos separar o processo em três estágios e re-lacionar o comportamento do coach e do coachee com as leis sicas em questão. Este paralelo serve para ampliar nossa visão e perceber simila-ridades entre o macro (universo) e o micro (individuo).

Essa relação interdisciplinar entre o comportamento humano, sica e coaching nos faz refl e r e ajuda a elaborar possíveis estratégias efe- vas para cada uma das áreas, visando tornar o processo de coaching

ainda mais efi ciente devido à conexão de informações. Também po-

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demos verifi car que a relação entre a ciência exata e comportamen-tal pode agregar valor considerável ao processo, criando uma forte re-lação de conhecimento, tornando o aprendizado ainda mais efe vo.

Si ografi a e Bibliografi aIsaac Newton, The Principia, A new transla on by I.B. Cohen and A.

Whitman, University of California press, Berkeley 1999.pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Lei_de_Newtonwww.explicatorium.com/CFQ9-Newton-lei-2.phpwww.mundoeducacao.com/fi sica/terceira-lei-newton.htmeufacilitador.blogspot.com.br/2013/04/geralmente-o-ser-humano-

da-para-algo.htmlwww.quasefi sico.com/2012/03/wallpapers-fi sicos-porqf.html

Sobre Gilson Chaves dos Santos

Palestrante, Professor e Analista em Treinamento e Desenvolvi-mento. Fascinado pelo conhecimento, tornou-se agente de transfor-mação humana e facilitador • Formado em Física pelo Ins tuto Fede-ral de SP • MBA em Gestão Empresarial e Coaching na Sociedade La -no-americana de Coaching e na FESPSP - Fundação Escola de Sociologia e Polí ca de São Paulo • Estudou Programação Neurolinguís ca, Linguagem Corporal, Psicologia, Andragogia e Gestão do Conhecimento buscando aprender sobre o processo de aprendizagem e desenvolvimento • Acredi-ta que o Homem é um ser dotado de um coração que “pensa” e um cére-bro que “ama” o conhecimento • É apaixonado por artes marciais, xadrez, comportamento humano, exatas, chocolate e raciocínio lógico.

Onde mora: São Paulo/SPE-mail: [email protected]: facebook.com/gilson.chaves.90LinkedIn: linkedin.com/in/gilsonchaves

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Como Sobreviver Bem a

Uma Separação

Ludmila Moura

Toda separação causa sofrimento. mas podemos transformar essa dor em um processo de

autoconhecimento, de crescimento emocional. Para tanto precisamos nos conectar com nossos

sen mentos, ques onar algumas crenças e mudar nossas a tudes diante da vida, responsabilizando-nos

mais pelas nossas escolhas, na direção de um NOVO EU mais feliz.

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E agora, José? A festa acabou, a luz apagou (...) e tudo acabou, e tudo fugiu e tudo mofou.

E agora, José? (Paulo Diniz)

Todo término de uma relação nos deixa desnorteados como a perso-nagem da música, pois você se divorcia não apenas de uma pessoa, mas de um modo de viver. Mesmo que não es vesse bom, não queria que acabasse daquele jeito.

Dói, dói muito. E é pior se vemos histórias anteriores de abandono, pois revivemos outras dores, outras perdas, é como se as cicatrizes vol-tassem a sangrar... No mínimo sofremos pelo que “poderia ter sido”...

Queremos o “para sempre”, “até que a morte nos separe”, mes-mo quando não casamos na igreja, pois o casamento eterno é um mi-to diariamente inculcado em nossa mente através da literatura, cine-ma e músicas. Precisamos nos sen r amados e reconhecidos e assim o amor (idealizado) nos dá a ilusão de segurança, de permanência eter-na nessa vida.

Nenhuma relação acaba de repente. Insa sfações, frustrações, trai-ções de confi ança, incompreensões - vão minando a relação até que uma hora “não se sustenta mais”. E então fi nalmente um dos dois decide ter-minar, ou os dois (o que é mais raro). Resolve parar de fi ngir que nada es-tá acontecendo (fase da NEGAÇÃO, como explico adiante).

Podem-se observar vários movimentos de separação-reconciliação (para incompreensão de parentes e amigos) até ocorrer a separação defi ni va. Eu mesma demorei 7 anos para me separar depois da pri-meira “quebra de confi ança” e neste período quase nos separamos por duas vezes.

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Geralmente quem decide se separar são as mulheres. Os homens tendem a se acomodar, pois socialmente “aceita-se” que tenham casos “extraconjugais” e a casa muitas vezes passa a funcionar como um “ho-tel”, onde se afasta emocionalmente da esposa e até dos fi lhos.

Quando me separei (após 20 anos de relacionamento, com dois fi lhos de 6 e 10 anos) pude observar como muitos casamentos eram apenas de aparência, principalmente nos casais mais velhos que foram educados a fi car juntos “para sempre”.

• E qual o mo vo da separação?

A separação pode ser mais tranquila (ou menos turbulenta) quando o amor simplesmente acaba, pois os dois admitem que não estão feli-zes, que têm direito de buscar a felicidade. Geralmente é uma separação consensual, com respeito ao tempo de convivência, ao amor que já ve-ram um pelo outro e aos frutos da relação – fi lhos e bens econômicos. Infelizmente este po de separação é mais raro.

Às vezes até começa consensual, mas com o passar do tempo, com as discussões sobre guarda de fi lhos, par lha de bens, um dos parceiros po-de vir a se sen r “rejeitado” e os problemas surgem.

Mas quando há traição a dor é maior! A pessoa se sente trocada por alguém que o outro considera melhor, sen mo-nos a pior das pessoas, alguém que não merece mais ser amado, que sequer merece o respeito de uma separação sem chegar à traição. Achamos que a falha foi somen-te nossa e tendemos a ter uma grande crise de autoes ma.

• E o que podemos fazer com tudo isso?

Como podemos transformar essa dor em um processo de autoconhe-cimento, de crescimento emocional? Existem muitas receitas de como conquistar um amor, mas não nos ensinam a como nos separar sem nos sen rmos destruidos, sem esse sen mento de aniquilação.

Primeiramente, iden fi que seus sen mentos! Conecte-se com suas emoções!É comum passarmos por vários pos de sen mentos e é muito im-

portante conhecê-los bem para iden fi carmos em que fase estamos, de forma que compreendamos nossas várias possíveis reações, até mesmo as contraditórias:

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NEGAÇÃO

A primeira reação que costumamos ter para evitar a dor é de NEGA-ÇÃO do que está acontecendo. E essa dor pode se manifestar fi sicamen-te, com a ausência de fome, com insônia, dores no corpo. Tendemos a ter sintomas sicos, a adoecer, a sen r no corpo quando não consegui-mos pensar a respeito do assunto!

Inicialmente precisamos nos permi r sen r a dor do abandono. Ne-gar a dor só piora. Quando a negação não é mais possível, pode-se ir pa-ra a fase seguinte.

BARGANHA OU NEGOCIAÇÃO

Nesta fase há promessas de mudança, de ser outra pessoa, fazer o que o outro pede, mesmo que há anos não se tenha tentado: “agora vamos fa-zer aquele curso de dança que você sempre quis”, “voltarei a visitar seus parentes junto com você no Natal” e assim o casal faz algumas mudanças, mas que se forem apenas “superfi ciais” e não man das com o tempo, logo trarão de volta as difi culdades e levarão ao término irreversível.

RAIVA

Quando os fatos já não permitem que con nuemos negando as difi -culdades, quando a separação realmente acontece, surge o sen mento de RAIVA – do outro, por estar “me abandonando”.

Aqui há o risco de assumir uma posição de ví ma, o que difi cultaria reconhecer que o relacionamento agora é apenas a fantasia de um dos dois, pois para o outro já acabou. Quando a RAIVA se volta contra você mesmo, surge o sen mento de CULPA, onde você se cobra que deveria ter feito diferente, quase “ser” outra pessoa. E a culpa pode te levar a um processo de DEPRESSÃO.

DEPRESSÃO

A DEPRESSÃO é uma reação patológica, quando você se culpa pelo re-lacionamento não ter um “fi nal feliz”, quando você se tortura com lem-branças, se cobra como a única pessoa responsável pela separação. Dá

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uma parada na sua vida, mesmo após aquele período esperado de seis meses de luto. Nesse caso precisa buscar ajuda profi ssional.

A depressão não deve ser confundida com TRISTEZA. Sen r tristeza é normal, é necessário “lavar a alma” com muitas lágrimas, para apren-dermos com a experiência, afi nal a dor tem que ter algum sen do. A dor deve funcionar como uma mola que nos impulsiona a um crescimento e desenvolvimento pessoal. Só quando você encarar que realmente a rela-ção acabou poderá iniciar seu caminho em direção à cura das feridas aber-tas pelo relacionamento não ter dado certo. Aí entrará na fase seguinte.

ACEITAÇÃO

Aceitação de quem você realmente é, de quais são suas necessidades atuais, enfi m, um maior nível de AUTOCONHECIMENTO.

É bom lembrar que essas fases podem se alterar, podemos fi car em al-guma mais tempo do que em outras. Mas passar por elas é como um pro-cesso de aprender a se conhecer, para aprender a se amar de verdade.

Para passar por essas fases em direção à aceitação da separação de forma saudável, precisamos parar, pensar e repensar algumas ideias sobre o amor e relacionamentos que atrapalham nossa vida. É neces-sário tomar consciência para mudar algumas crenças e consequente-mente mudar a tudes para renascer como uma pessoa melhor depois da separação.

1. ACEITE-SE - Você é como pode ser

Quando não é você quem pede a separação, tende a achar que de-veria ter feito diferente, que deveria SER diferente, como o outro queria que você fosse. Mas lamento dizer que isso não é possível. Lembre-se: somos o que podemos ser a cada momento, fruto de nossas vivências, experiências, educação, não dá para nos transformamos de uma hora para outra...É um processo lento.

O importante é você pensar que fez o melhor que pode, que fez o que achava que era certo fazer. Sim, devemos refl e r sobre como foi nosso relacionamento, o que foi mudando e não percebemos, mas como uma forma de olhar o passado para se conhecer melhor e não para simples-mente culpar-se de não ter dado certo. É permi r a si mesmo ser uma pessoa autên ca, exercitar a verdadeira liberdade!

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2. ESFORCE-SE para lembrar-se também do que não era bom

Temos que estar atentos à tendência de só nos lembrarmos das coi-sas boas. Temos que nos esforçar conscientemente para pensar nas difi -culdades do relacionamento, nos “buracos” que não quisemos enxergar, de como você também não estava feliz. É bom pensar que se você não serve mais para a outra pessoa, ela também certamente não serve mais para você, não pode mais fazer você feliz.

3. PARE de achar que o(a) ex é perfeito(a)

Se houve traição é preciso entender que quem trai é porque não te-ve coragem de olhar a relação e admi r que não estava bem! É na ver-dade uma pessoa covarde, é alguém que não te respeitou como pessoa, como companheira(o)!

E é por alguém assim que você está chorando? Está lamentando perder essa pessoa real ou um sonho de pessoa que você construiu e existe só na sua cabeça? Se essa pessoa realmente fosse essa maravi-lha, jamais faria isso com você, com seus fi lhos (se verem) e suas res-pec vas famílias. Sim, todos sofrem juntos! Todos são envolvidos, não somente o casal.

Uma pessoa legal, madura, conversa, ques ona os problemas e se separa antes de se envolver com outra. No mínimo em respeito ao ou-tro ser humano.

4. ADMITA que não temos garan a de que o amor é para sempre!

O amor não resolve tudo, não supre todas as nossas carências! An gamente o casamento era “para sempre” porque as pessoas mor-

riam cedo, antes dos 50 anos. Ainda assim era aceito que o homem ves-se outros relacionamentos fora de casa, como eu disse antes. Estamos em outra época! As mulheres também buscam sua realização pessoal e profi ssional, não se submetem mais a ser “Amélias” para apenas “servir” ao homem. Aprenda que você só pode ajudar o outro a ser feliz se tam-bém es ver feliz!

Viva cada dia por vez, não tente controlar tudo. VIVA O HOJE, pois o passado não dá para mudar e o futuro é construído no HOJE.

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5. QUESTIONE-SE - quais necessidades você buscava suprir na relação?

Os relacionamentos são como peças de quebra-cabeça que vão se unindo e ajudando na formação de nossa personalidade, buscamos nos relacionamentos suprir algumas necessidades e é importante que saiba-mos quais. Geralmente procuramos curar feridas de nossa infância, do-res que estão inconscientes na maioria das vezes.

Por exemplo: uma mulher insegura pode ter se casado com um ho-mem que a tratava como uma fi lha, fazendo sen r a segurança que seu pai não dava na sua infância. Porém com o passar dos anos ela foi se de-senvolvendo, fi cando realmente mais segura de si, até como resultado das aprendizagens com o próprio marido. Então ela muda suas necessi-dades, buscando agora uma maior independência no casamento.

No caso citado, se o marido não mudar também na mesma direção, aceitando esse novo papel mais igualitário (não mais de pai-protetor), a relação pode fi car insustentável e ocorrer a separação.

Então você precisa examinar as suas atuais necessidades e as de seu ex para entender por que o relacionamento acabou, só assim terá pre-paração para con nuar o processo de desenvolvimento interno e com a autoes ma preservada. Responsabilize-se pelas suas escolhas!

6. APRENDA a diferença entre QUERER e PRECISAR de alguém

“Querer” estar com alguém é quando você é autossufi ciente, sabe se cuidar e deseja dividir a vida com outra pessoa. Trata-se de uma opção. Enquanto você “precisar”, trata-se de desespero, de não saber esperar, não saber fi car consigo mesmo, não saber fi car sozinho. Lembre-se, vo-cê tem que ser uma pessoa INTEIRA para poder relacionar-se com pes-soas também “inteiras”. Nada de procurar a “metade” de sua laranja. Já viu por aí alguém que é “uma laranja e meia”?

7. AJA, MOVIMENTE-SE!

Alternando com momentos de solidão você também deve usar o tem-po como uma oportunidade para agir, fazer coisas para que aquelas fases sejam mais curtas, para que haja a SUPERAÇÃO - SUPER AÇÃO - em dire-ção a um novo eu. Como dizem, “água parada, apodrece”! Gente também!

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Gosto da imagem de que é como se mergulhássemos no fundo do poço, mas para pegar impulso para retornar à super cie. A água tam-bém simboliza o renascimento. Procure preencher seu tempo com coi-sas interessantes: pra que a vidades ao ar livre, ou em grupos, faça yo-ga, passeie, viaje, converse, faça trabalhos voluntários, alimente-se cor-retamente, etc. Procure fazer as coisas que você deixou de lado porque seu parceiro(a) não gostava.

Não quero dizer para a rar-se em a vidades como uma fuga da dor. Não adianta querer adiantar um processo - isso só causará mais estres-se. O importante é estar aberto a descobrir coisas novas, ou resgatar coi-sas que você havia abandonado. No mínimo sua vida fi cará mais interes-sante e rica em realizações.

8. CURTA a solidão como momento DE APRENDIZADO

Com a separação, muito provavelmente você descobrirá que tem mais tempo para você, ainda que seja nos dias da visita dos seus fi lhos ao ex. Use esse tempo para refl e r sobre os pontos levantados acima, pa-ra propiciar mais autodescoberta. Curta sua casa, medite, cozinhe, cos-ture, leia, assista fi lmes, faça exercícios sicos, faça o que lhe der prazer, mesmo que seja fi car com “as pernas pro ar”. Aprenda a se sen r melhor com a sua própria companhia.

9. BUSQUE APOIO!

Apoio social com amigos que já passaram pela mesma situação pode ser de grande ajuda, principalmente se você avaliar que essa pessoa es-tá muito melhor que antes. Ela certamente poderá trocar ideias e dar su-gestões de como deve agir para fi car bem. Ajuda profi ssional também po-de ser necessária – tanto de advogado, um orientador fi nanceiro, como de psicólogo, principalmente quando há brigas e disputas sobre fi lhos e bens.

10. CELEBRE seus avanços:

Por menores que sejam, celebre cada SUCESSO, cada passo em dire-ção de seu NOVO EU. Não encare o divórcio como um fracasso, mas co-mo um ato de coragem e de força.

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Saiba que não será fácil, mas você descobrirá que é mais forte e mais resistente do que imagina. E, se desejar, você poderá abrir-se para um novo AMOR depois de ter aprendido a AMAR-SE DE NOVO.

Iniciei com uma música e termino com outra, que resume minhas ideias:

Começar de novo e contar comigo, vai valer a pena ter amanhecido,

ter me rebelado, ter me deba do, ter me machucado,

ter sobrevivido, ter virado a mesa, ter me conhecido...

(Ivan Lins)

Sobre Ludmila Moura

Psicóloga Clínica (USP), há 31 anos. Tem especializações em Psicaná-lise, em Terapia Familiar e de Casal, em Perdas, Morte e Luto (Tanatolo-gia) • Possui cer fi cação Internacional em Professional, Self & Life Coa-ching e Mentoring pelo Ins tuto Holos • Faz atendimentos presencial, domiciliar e por Skype • É professora de graduação e pós-graduação, com mestrado em Saúde Mental (USP) e está cursando doutorado (UNI-FESP) • É divorciada há 8 anos, mãe de um casal, tentando um novo re-lacionamento amoroso. Enfrenta seus medos e compar lha neste ar go suas experiências na busca de ser mais feliz. Sua missão é ajudar pesso-as a transformarem situações de crise em oportunidades de desenvolvi-mento pessoal e profi ssional.

Onde mora: Santos/SPSite: www.triunff ar.com.brE-mail: ludmila.moura@triunff ar.com.brCelular: 55 (13) 9-9198-3333Facebook: facebook.com/ludmila.moura.9LinkedIn: linkedin.com/in/ludmila-moura-51186582Twi er: twi er.com/ludmilamourapsiSkype: ludmilapsico

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Quem Tem Coragem,

AGE!

Maíra Yamitiara

Tema que ins ga para o despertar da refl exão e da ação, trabalhando a consciência através de

ques onamentos simples e profundos, entregando possibilidades de avanço que dependem apenas de um novo comportamento, uma nova a tude, a consciência

de mudar sem medo e com autorresponsabilidade.

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Já parou para pensar em quantos momentos da sua vida usou a sua co-ragem para avançar? Ou mesmo se a falta dela tem feito você permanecer numa zona interminável de conforto?

Importante tomar consciência de que você é es mulado por algum -po de mo vação e que deve entender quais mo vos são esses que o le-vam para a ação. Além disso, descobrir o porquê de muitas vezes você fi car estagnado. Esses são fatores vitais para o crescimento dos seus resultados.

Por vezes você sabe o que quer, deseja muito alcançar algo, mas nem por isso se movimenta em direção ao resultado. Conhece o mo vo das su-as amarras? Quais comportamentos padrão aparecem nos seus momen-tos de crise interna ou externa? Os bloqueios fazem parte dos seus pro-cessos? O que fazer para conectar pensamentos e sen mentos de forma que o levem a ações concretas e efe vas? São muitas as perguntas, não é?

Começar o processo de descobertas dessas questões apoia muito no seu processo de mudança interna e uma consequente mudança externa. Sim, conhecer os seus potenciais, as suas limitações e as suas mo vações abrem caminhos nunca antes conhecidos. A busca pela consciência de si oportuniza avanços incalculáveis dos quais provavelmente não permi ria alcançar sem antes dar este importante passo.

A palestra “Quem tem coragem, AGE!” surgiu da necessidade de en-contrar respostas em si mesmo para avançar em situações de crise interna e externa. Ela traz ferramentas de apoio na construção da estrutura neces-sária para mudanças pessoais ou profi ssionais.

Para que você precisa de coragem? Para novos passos, aqueles que você conhece e planeja, mas fi ca imóvel quando se depara com obstáculos? Pa-ra tomar uma decisão pessoal ou profi ssional, ainda que num cenário apa-rentemente seguro? Para ser diferente, entender, respeitar e usar seus ta-lentos em todos os meios em que vive? Para remar contra a maré, ser aque-la pessoa que está sempre trabalhando pelo bem-estar mental, sico, psí-quico, independente do quão favorável é o ambiente? Para dar uma nova ideia no ambiente de trabalho? Trabalhar com oratória? Para brilhar? Sim,

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porque assim como citou Nelson Mandela no discurso de posse como pre-sidente da África do Sul, “Nosso maior medo não é sermos inadequados. Nosso maior medo é não saber que nós somos poderosos, além do que po-demos imaginar. É a nossa luz, não nossa escuridão, que mais nos assusta”.

E essa tão falada coragem de onde surge? Normalmente de uma neces-sidade pessoal ou profi ssional de avançar em algo que se deseja muito al-cançar e que essa decisão interna do amadurecimento e do aprendizado já esteja tomada. Que no aceite dos próximos passos e consequências es-teja consciente e sereno para que se possa ultrapassar quaisquer obstácu-los que estejam no caminho a ser trilhado.

Conscien zar o seu “eu” de algo novo requer exercício diário e a men-te é o caminho mais adaptável para se chegar neste resultado. Tudo que passa por ela gera e registra emoções e pensamentos que levam à ação ou reação. É preciso observar seus padrões de comportamento, suas crenças, suas emoções e seus pensamentos, somente acendendo esta luz, “dando este zoom” é que se faz possível perceber o que limita, o que impulsiona, o que impede de vencer ou faz vencedor.

As ações são, na maior parte do tempo, reações dos pensamentos e sen mentos que estão ligados ao subconsciente da mente, com isso nos levam automa camente a maior parte das vezes a a tudes inconsequen-tes ou indesejáveis diante das situações. É necessário que se tenha conhe-cimento de quais crenças são posi vas na sua vida para que possa usá-las visando potencializar as suas chances de fortalecimento e avanço. Além disso, é preciso tomar consciência de crenças que traz desde a infância e fazem com que tenha padrões de pensamentos e comportamentos que o limitam. a fi m de transformá-las em crenças potencializadoras. Inúmeras vezes você se depara com situações de desafi os na vida e não sabe de on-de rar coragem para reverter a situação.

Eis então que as memórias dos triunfos que você teve na vida podem e devem te apoiar a iden fi car que sen mentos, pensamentos e a tudes você teve naquele cenário quando aconteceu o êxito. Resgatar essa me-mória e usá-la a favor é engrandecedor porque ra do drama e cria um an- doto para este sabotador.

Encontre modelos de pessoas que inspirem a sua evolução, este exer-cício pode surpreender quando a sua mo vação precisa ser regada. Pa-ra que a coragem esteja com a chama acesa é necessário que diariamen-te encontre a sua mo vação por aquele obje vo. Entre em contato com ele através do reconhecimento, gra dão e celebração de cada pequeno ou grande passo dado em sua direção.

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Se você é do po que crê num mundo melhor, então crie um mundo melhor, porque nada muda se você não mudar. E se você quer mudar de vida, mude de sintonia, ouvir a mesma rádio todos os dias jamais vai te dar a oportunidade de ouvir novos es los de canções. Dá para recomeçar, exercite a sua mente para obter resultados diferentes.

Quer uma dica? Use seus sen dos a favor do redesenho. Fale repe- das vezes no dia, de preferência em voz alta, o que deseja alcançar, de

suas metas para aquele dia ou semana, tenha sempre palavras posi vas a serem ditas e direcione suas conversas para assuntos relevantes e que apoiem no seu crescimento. Escute o que você e os que estão ao seu redor estão falando, observe se o que você escuta de você e dos outros tem lhe agradado, tem sido posi vo, e selecione o que deve fi car a par r de agora. Todo o resto, descarte. Passe a ouvir apenas o que vai apoiá-lo.

Visualize resultados, como estará e se sen rá ao conquistá-lo. Perceba quais sen mentos estão fl uindo neste momento e como seu corpo e men-te se comportam. Depois de toda essa auto-observação, você ganha au-toconfi ança, amor próprio e segurança, então levante e faça. CORAGEM!

Se é você quem manda, então ordene já, diga para a sua mente que vo-cê pode, merece e vai conquistar aquilo que deseja. Que vai superar essa necessidade e alcançar seu mérito tão sonhado. Não se permita sabotar.

Que postura você tem man do frente aos seus desafi os? Quantos por cento das vezes você usa mais o seu medo do que a sua coragem? Como tem sido lidar com esses resultados medíocres? Sim, medíocres porque são medianos, confortáveis, talvez até desconfortáveis, mas não o bastan-te para sozinhos incitar a sua coragem.

Por este mo vo entrego a você ferramentas de apoio para superar ca-da vez mais essa aparente defi ciência. O que você ganha e o que você per-de deixando que a coragem o domine? E deixando que o medo o domine? Experimente conhecer resultados dessa realidade que o ronda. Observe se há amarras no seu corpo, pois ele “fala” se algo es ver fora do contex-to. Gerencie pensamentos e crenças, tenha consciência dos sen mentos e pensamentos que o rodeiam e sonhe, sonhe alto, sonhe grande, porque dá o mesmo trabalho de sonhar pequeno. Quem tem medo de crescer, mor-re pequeno. Não tenha medo de não dar conta, você pode e merece bri-lhar. Reavalie como anda o círculo vicioso e transforme-o, eleve sua autoes- ma, pois a vida começa no fi m da sua zona de conforto, seja livre para ser

o melhor de você, sua melhor versão. Comece onde você está, use o que tem de melhor e faça tudo que pode para chegar lá. Faça um plano e siga-o, tenha planos A, B, C e quantos forem necessários para seguir seu plane-

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jamento, defi na prioridades, urgências, delegue ações, descarte possibili-dades se elas se mostrarem desnecessárias, estabeleça prazos e descubra o para quê de cada ação.

Se você exercita sua mente, reprogramando e ressignifi cando palavras e a tudes, automa camente você se sente mais forte e seguro para dar novos passos, para ousar, pois só cresce quem ousa, só ousa quem tem coragem, porque o medo deve sim exis r, mas apenas para ser um cuida-dor de seus exageros e impulsos, nunca para paralisar você quando mais precisar. Porque quem tem coragem, AGE, e aqueles que AGEM, avançam, têm ganhos, aprendizados, realizações e sentem na pele a adrenalina ma-ravilhosa da superação. Seja você a mudança que você quer, potencial vo-cê tem e se o que lhe faltava era coragem, isso acaba aqui.

A vida é um presente, recomece já, reprograme, redesenhe, planeje, si-ga seus planos, cumpra seus prazos, tenha modelos, VIVA intensamente, abra seu coração, libere seu corpo das amarras e re os seus pés do chão, VOE, permita-se sonhar, acreditar que é possível alcançar, USE enfi m A SUA CORAGEM e seja muito FELIZ!

Sobre Maíra Yami ara

Master Coach pela Escola Internacional Condor Blanco, Pós Gradu-ada em Estratégia e Gestão Empresarial e formada em Gestão de Turis-mo e Hotelaria • Experiência nas áreas de Gestão de Pessoas, Treina-mentos, Qualidade, Gestão de Processos e de Contratos • Especialis-ta em coaching execu vo e corpora vo, palestrante e instrutora na sua empresa 4 Ventos Desenvolvimento Humano e Empresarial situada em Fortaleza (CE) que atua na região Norte e Nordeste e faz assessoria em-presarial, apresentando soluções e estratégias inovadoras e personaliza-das para avançar nos resultados das organizações • Palestrante do tema “Aqueles que têm coragem, AGEM”, traz um perfi l visionário, empreen-dedor e inovador voltado a soluções em momentos de crise.

Onde reside: Fortaleza/CearáSite: mairacoach.blogspot.com.brE-mail: [email protected]: 55 (85) 9-9929-9090Whatsapp: 55 (85) 9-9929-9090Facebook: facebook.com/mairayami araLinkedIn - linkedin.com/in/mairayami ara

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Como Posso Te Ajudar?

Mariza S. Almeida

“Minha vida está um caos, está tudo dando errado... Não consigo manter um relacionamento sa sfatório,

não consigo agradar por mais que me esforce, ninguém gosta de mim. Só gosto de quem

não gosta de mim e para completar, meu trabalho está péssimo.

Realmente não sirvo para nada. Não sou bem sucedida em nada”.

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Como posso te ajudar? Sempre inicio a consulta com esta pergunta e, invariavelmente, ouço esse po de resposta autodeprecia va. Se esse é o conceito que você tem de si mesma, se não há o menor ves gio de au-toes ma, como pode esperar que o outro tenha uma percepção diferen-te? E quando este outro mostra o que você pensa, aquilo que você vive “implorando” para que alguém confi rme, fi ca ainda pior.

Não é di cil perceber que realmente sua vida não é boa quando você necessita que o amor, a felicidade, a realização profi ssional, e até o or-gasmo - Sim!!! Até orgasmo - o outro “deve” lhe dar.

Se você se reconheceu por viver uma situação semelhante, talvez jun-tas possamos encontrar uma alterna va.

Primeiro pontoSe você não está sa sfeita com sua vida, mude. Um pequeno movi-

mento, por menor que seja, pode fazer uma enorme diferença. Valorize, reconheça cada passo tomado nessa direção.

Reclamar a torna uma pessoa desagradável, faz com que se sinta ain-da pior e, além de tudo isso, ainda nada resolve. É uma questão de esco-lha ter pensamentos bons ou ruins, somos os únicos seres viventes com o poder de dizer não.

Você não é o seu pensamento, mas tem o poder de dominá-lo e con-sequentemente criar a sua realidade. Saiba disso ou não, acredite ou não, sempre foi assim e sempre será. Mas não é só pensar. Pensamento somado a a tude gera realidade, qualquer ato que executamos é prece-dido de um pensamento, consciente ou não.

E se você chegou até aqui, antes pensou: “vou ler isso”. Assim é!Está infeliz com sua vida? Tente, invente, faça algo diferente, tal co-

mo iniciar um novo curso, buscar um trabalho diferente, não espere uma grande mudança, some cada pequeno movimento e verá afi nal que você realizou a grande mudança. Pode ser uma dieta, uma meditação, qual-quer área que traga insa sfação. Ouça-se, ame-se, respeite-se. Mude. Só você tem esse poder.

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Segundo PontoSe você se considera um “lixo”, certamente não aceitará quem te ama

e valoriza (“quem me ama eu não quero, só me sinto atraída pelo que me despreza”). Como alguém poderá acreditar que alguém ama um “li-xo” sem ser “lixo” também?

Seu desejo se desloca para aquele que te ignora, porque assim você terá a “confi rmação” de que ninguém a quer, que não merece ser feliz, indo atrás de um amor ideal, recusando um amor real, por difi culdade em apropriar-se do que é bom. E como você pode ser amada se o outro vê em você a imagem que você projeta e essa imagem é o mais nega -va possível? Seria como tentar vender algo que você não gosta e precisa desesperadamente convencer alguém daquilo que você menos crê: soa ar fi cial e não passa a menor credibilidade.

Deparo-me com esta situação em consultório o dia inteiro, todos os dias da semana. E se eu me refi ro a você como mulher não é por dis-criminação, mas por constatar, nessa longa caminhada, que nós somos mais suscep veis a essa tortura do que os homens. As pessoas buscam desesperadamente o reconhecimento, a valorização, respeito e amor - mas lá fora, no outro, atropelando-se para agradar esse outro. Quanto mais investem nessa empreitada, mais colhem o avesso do que buscam.

Terceiro PontoOutro ponto contra o portador de autoes ma destruída é comparar-

se com outro - onde, inevitavelmente, sairá derrotado. Compare-se con-sigo próprio, “Hoje estou bem, e amanhã serei melhor ainda, pois sem-pre posso me aperfeiçoar e ter uma performance melhor a cada dia.”

A grande confusão é não dis nguir vaidade e autoes ma. A autoes -ma corresponde ao valor que fazemos de nós mesmos, é uma sensação ín- ma de valor. Somos sa sfeitos com o que somos, com o que fazemos, é

um bem estar que nos deixa plenos e a nossa referência é o próprio “eu”.A opinião do outro conta muito pouco. Aqui o alimento é o fazer, exe-

cutar, é uma questão de essência, esse bem estar parece depender de um processo a vo e dinâmico que não se completa jamais.

Por exemplo: quando você trabalha com o que gosta não tem o dese-jo de parar, de se aposentar e, sobretudo, não há a necessidade de im-pressionar quem quer que seja. Já na vaidade o foco é impressionar o outro e como o outro não dá o feedback desejado, a ansiedade se exa-cerba em busca dessa aprovação, implica em compe ção com o outro, o externo, que é a referência. Aqui que importa é o “ter”: ter o carro mais caro, ter a casa maior, melhor, ter mais beleza, fazer compras desneces-

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sárias onde a sa sfação é cada vez menor. E como nunca está bom, a busca pela perfeição é insaciável. Faz cirurgia hoje, amanhã corrige, de-pois retoca porque não fi cou boa, faz outra e assim sucessivamente. E então quem lucra é o cirurgião plás co.

Se você está presa nessa armadilha, pare. Observe-se. Ques one-se: “Por que a opinião do outro tem mais peso do que a minha?” Responda e pergunte-se novamente o por quê desta resposta. Ao responder, repi-ta o ques onamento: Por que? E assim por diante.

Outro exercício bem simples, porém, bastante efi caz: Liste suas qualidades, habilidades, vitórias e virtudes. Vamos lá, acredite, todos nós temos algo - uns mais, outros menos -, mas liste-as, ainda que pe-quenas. Mude o foco. No início você pode se sen r desconfortável, mas persista. Adote este movimento e inclua-o em seus hábitos. Sair da zona de conforto dá trabalho. Se os pensamentos nega vos insis -rem em dominar, cancele-os. Com persistência essa a tude fará parte de sua personalidade.

Somos a soma de hábitos. Ame-se, valorize-se, acolha-se bem e, so-bretudo, perdoe-se. Você é um ser único e incomparável. Cuide-se com muito carinho, só assim receberá a atenção e afeto que tanto deseja e descobrirá que ser feliz é bem mais simples do que parece. A felicidade é feita de pequenas coisas, às quais denomino de MILAGRES!!!

Namastê.

Sobre Mariza S. Almeida

Psicóloga, Sexóloga, Terapeuta Cogni va Comportamental, Parapsi-cóloga, Hipnóloga, Homeopata e Terapeuta Holís ca.

Onde mora: Ipa nga/MGE-mail: [email protected] fi xo: 55 (31) 3617-4728Celular: 55 (31) 9-8808-8525Whatsapp: 55 (31) 9-8327-2347Facebook: facebook.com/marizasowsnowsky

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Inteligência Emocional Versus Liderança

Mônica Bastos

A inteligência emocional é um fator crucial no sucesso da carreira de um líder. As emoções são fontes de poder

pessoal mais poderosa do que o poder de posição. Há muitos indícios de que as pessoas emocionalmente

competentes levam vantagem em qualquer campo da vida.

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Segundo Philip Massinger: “Aquele que quer governar outros, pri-meiro precisa ser senhor dele mesmo”.

É um grande desafi o para o ser humano ser senhor e líder de si mesmo, principalmente em um mercado altamente compe vo onde a grande preocupação do profi ssional atual é liderar equipes e alcan-çar resultados posi vos.

Essa é uma visão grandiosa, desde que não esqueçam um detalhe: a importância do ser humano neste contexto, que sem dúvidas é o fa-tor chave para o sucesso de qualquer empreendimento, seja no âmbi-to pessoal ou profi ssional. Grandes líderes conquistam seus liderados pelo exemplo e não pela imposição ou excesso de autoritarismo. Para um líder alcançar grandes resultados, precisará mais do que apenas li-derar, precisará inspirar seus liderados, compreendendo que eles serão o refl exo das suas próprias ações. O que nos leva a entender que, para liderar pessoas com inteligência, precisaremos liderar a nós mesmos, e isso é claro, só pode ser alcançado através do autoconhecimento.

Conhecer o outro já nos traz bene cios, imagine conhecer a si mes-mo? Conhecer a si mesmo é um requisito importan ssimo para aque-les que querem liderar. Para liderar pessoas, primeiro temos que nos conhecer, decifrar nossos sen mentos, para que assim possamos en-tender o outro.

Ao olharmos para o nosso interior descobrimos quem somos, onde estamos e principalmente onde queremos chegar. Até porque como diz Joe Namath: “Para ser um líder, você tem que fazer as pessoas quere-rem te seguir, e ninguém quer seguir alguém que não sabe onde está indo”. Um líder que conhece a si mesmo é um líder que sabe conduzir a sua vida de maneira efi caz. É um líder que consegue vencer limitações.

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Muitos líderes não conseguem avançar na sua caminhada de li-derança por não conseguirem vencer algumas limitações como, por exemplo, medo, impaciência, negação, impulsividade, engano, ciúmes e ira. Limitações como as citadas são de cunho emocional e estabeleci-das primeiro na nossa mente, logo tornando-se barreiras que impedem o nosso desenvolvimento e as nossas conquistas.

Estamos vivendo dias di ceis porque nos preocuparmos com al-go aparentemente tão supérfl uo como as emoções? O neurocien s-ta português António Damásio afi rma que as emoções desempenham um papel muito importante no desenvolvimento do raciocínio e na to-mada de decisão. Segundo ele, há decisões que são evidentemente feitas pela própria emoção. Sendo assim, o sucesso das nossas deci-sões dependerá da maneira como estamos nos sen ndo e como con-trolamos isso. Não é fácil assumirmos, mas as emoções estão ligadas ao nosso comportamento, pensamentos, hábitos, avaliações e julga-mentos, infl uenciando consideravelmente as nossas escolhas e deci-sões. Todo profi ssional que almeja ser um grande líder precisa apren-der a iden fi car, lidar e controlar as suas emoções, isso é claro, atra-vés da inteligência emocional.

Por longos anos acreditava-se que o sucesso nas organizações era estabelecido apenas por aspectos cogni vos. De acordo essa teoria, para o individuo alcançar sucesso, desenvolver habilidades técnicas se-ria sufi ciente. No entanto, há 16 anos, quando lançou o livro inteligên-cia Emocional, Daniel Goleman transformou a área de psicologia nas empresas ao contrariar a ideia de que o Q.I. (quociente de inteligência) era a melhor maneira de testar as habilidades humanas. Goleman po-pularizou a tese de que o talento para ca var colegas de trabalho e mo- var equipes é tão ou mais importante que habilidades cogni vas co-

mo memória ou talento para a resolução de problemas. Par ndo des-sa premissa, as principais companhias do mundo adotaram o conceito para criar ambientes de trabalho mais agradáveis e menos agressivos.

A inteligência emocional é a capacidade do individuo de raciocinar so-bre as emoções de modo que venha promover o seu crescimento emo-cional e intelectual em prol do alcance dos seus obje vos. Está alinha-da à capacidade do ser humano em iden fi car, conhecer e lidar com os seus sen mentos e com os sen mentos alheios. As habilidades da inte-ligência emocional nunca foram tão urgentes como nos dias de hoje pa-ra todos os profi ssionais, sobretudo, para aqueles que almejam liderar.

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Segundo Chiavenato (1997), o líder deve ter uma acentuada habili-dade de lidar com pessoas, de conviver com pessoas, de fazer as coisas com e por meio das pessoas. Deve possuir um enorme ins nto de co-municação. Deve saber ouvir e deve saber falar. Saber receber e saber transmi r mensagens e ideias. Saber entrevistar e comunicar. Ter uma forte dose de calor humano. Ter empa a e simpa a. Apesar de toda es-sa facilidade no relacionamento com as pessoas, o líder usa a sua au-toridade de maneira discreta, mas fi rme e absoluta. Transfere e delega responsabilidades, mas mantém o controle das coisas, assegura a ação e domina o caminho em direção aos obje vos a serem alcançados.

Apesar disso sua liderança é muito mais educadora do que controlado-ra. Impulsiona as pessoas para frente e não freia ou inibe o seu comporta-mento. Suporta pressão e amortece seu impacto sobre os subordinados, resiste à frustração e sabe sempre fazer um esforço adicional para ir à fren-te e conduzir consigo a sua equipe. Consegue mo var-se pela autorrealiza-ção e mo va as outras pessoas pelos desafi os e pelas recompensas.

Essas habilidades, sem dúvidas, só serão alcançadas a par r do mo-mento que o líder conseguir lidar com as suas emoções. Quem de-monstra controle emocional elevado e autoconfi ança tem uma facili-dade maior para iden fi car soluções para os problemas enfrentados no dia a dia.

É notório, por exemplo, que administrar confl itos é uma das compe-tências que mais exige o uso da habilidade ou capacidade emocional, uma vez que no ato de uma negociação a pessoa demonstra ou não equilíbrio entre razão e emoção. As duas se complementam, pois técni-ca, experiência e visão são fundamentais e tornam-se poderosas quan-do aliados à inteligência emocional.

Como alcançarmos inteligência emocional? Segundo alguns pesqui-sadores, o cérebro aprende através de experiências repe das. Portan-to, depois de iden fi car seus pontos fracos, é preciso centrar forças ne-les até desenvolvê-los. Então podemos afi rmar que a inteligência emo-cional pode ser alcançada por meio de dedicação e esforço. Para que essa competência torne-se algo real na vida do líder, é necessário pra- car. Se o líder tem difi culdade de negociar e esta capacidade é funda-

mental para o desenvolvimento da sua profi ssão, então é necessário exercitar o processo até tornar-se competente.

Segundo o Dr. Hendrie Weisinger a inteligência emocional pode ser nutrida, desenvolvida e ampliada e a melhor maneira de fazer isso é:

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Ampliando a autoconsciência

Conhecer as próprias emoções. A autoconsciência signifi ca ter uma compreensão mais profunda acerca das próprias emoções, forças, fra-quezas, necessidades e impulsos. Quando o líder consegue nomear seus pontos fracos, por exemplo, sabe, então, quais são as nega vida-des que impedem o seu crescimento.

Um líder com alto nível de autoconsciência reconhece como os seus sen mentos afetam a ele, àqueles que o cercam e principalmente ao seu desempenho profi ssional. Sabemos que essa não é uma tarefa fá-cil. Goleman nos afi rma isso:

“É complicado para o profi ssional assumir que não tem habilidade ne-cessária para controlar seus ins ntos emocionais quando surge um pro-blema, uma situação de confl ito, o que piora ainda mais com as ações provenientes do descontrole emocional. A autoconsciência do que somos capazes de realizar é muito importante, empolga e massageia a vaidade pessoal, contudo nesta consciência, a avaliação do que pode ser muda-do para a ngir um melhor grau de desenvolvimento é mais enriquecedor, porém complexo, pois muitos profi ssionais resistem à ideia de que preci-sam adotar um posicionamento diferenciado.” (GOLEMAN, 1995).

Controlando as emoções

Para a maioria das pessoas, controlar as emoções, na prá ca, é mui-to di cil, porém, somente quando dominamos nossas emoções é que nos tornamos mais aptos para tomar decisões apropriadas para cada situação. Aprender a controlar as emoções faz parte do processo pa-ra se tornar um grande líder. Alguns especialistas acreditam que a ha-bilidade de lidar com as emoções e com pessoas é mais importante do que ser inteligente.

Qual a melhor maneira para lidarmos com as emoções? A melhor ma-neira é aprender a lidar com sen mentos alheios a nós direcionados. Sen- mentos que direta ou indiretamente nos a ngem de forma nega va. Co-

mo podemos fazer isso? Usando toda nega vidade ao nosso favor.Algumas situações fogem ao nosso controle, mas apesar das difi culda-

des temos que persis r com o obje vo de alcançar as nossas metas, e mui-tas vezes, para isso, teremos que aprender a controlar os nossos impulsos.

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Todos os seres humanos são diferentes psicológica e individualmen-te, têm uma história de vida. Alguns têm um repertório melhor que ou-tros para lidar com emoções. Não é fácil conseguir manter-se sereno diante de uma adversidade administrando as emoções, mas ainda que você não tenha aprendido a lidar com as suas emoções, ter a compre-ensão de que elas infl uenciam posi vamente e nega vamente no seu poder de decisão é de grande valia.

Quando controlamos as nossas emoções temos uma habilidade maior para lidar com os problemas diários, resis r a grandes pressões, sem entrar em surto psicológico, transformando as experiências nega- vas em aprendizado e oportunidades. Conseguimos superar adversi-

dades e depois de tantas experiências dolorosas temos a capacidade de dar a volta por cima. É a força aliada a uma forte vontade de vencer e que depende exclusivamente de nós e da nossa capacidade em to-mar as decisões certas.

Automo vação

Consiste em mo var-se e dirigir as emoções a serviço de um obje -vo, mantendo-se focado neste. Para isso devemos u lizar os sen men-tos de entusiasmo, perseverança e tenacidade para conquistar as me-tas de uma forma bem direcionada e segura. A automo vação permi-te realizar tarefas com qualidade, inovar, relacionar-se bem com cole-gas e superiores, focar de forma asser va no trabalho e entregar, com efi ciência e agilidade, as solicitações. Como podemos fazer isso? Acre-ditando em nosso potencial e habilidades. Criando oportunidades de melhoria para nosso êxito profi ssional e de todos que estão a nossa volta. O êxito profi ssional nos mo va a con nuar buscando maiores desafi os, realizações e dividir as vitórias com aqueles que reconhecem nosso valor.

A inteligência emocional é fator de suma importância nas organiza-ções, apesar de não ser o único fator que determina o sucesso ou fra-casso do líder. O ambiente organizacional e o comportamento das pes-soas nele envolvidas é fascinante, esse é um tema que merece muita atenção. Ao olharmos para algumas grandes empresas é percep vel que a inteligência emocional está se tornando cada vez mais signifi ca- va, seja para o planejamento de recursos humanos, para os processos

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de recrutamento e seleção, de relacionamento com clientes, ou para vários outros setores.

Claro que o papel das organizações nesse cenário também é funda-mental. Não só o líder deve ser dotado de inteligência emocional, mas toda a equipe.

“Conhecer os outros é inteligência, conhecer-se a si próprio é verda-deira sabedoria. Controlar os outros é força, controlar-se a si próprio é verdadeiro poder”. Lao-Tsé

Sobre Mônica Bastos

Professional & Self Coaching; Business and Execu ve Coaching • Coa-ching Assessment • Analista Comportamental; • Coaching de Carreira – IBC - Ins tuto Brasileiro de Coaching, com Cer fi cação e Reconheci-mento Internacional pelo ECA European Coaching Associa on, ICI - In-terna onal Associa on of Coaching e GCC - Global Coaching Commu-nity • Possui formações e cer fi cações em Administração de Empresas, Liderança, Recursos Humanos, Passos para Excelência, Processo de Co-municação e Comunicação Ins tucional, Gestão de Qualidade: Visão Estratégica, Treinamento One Day Mastery (Coaching Especialista) e Estratégias de Branding • É Palestrante, Conferencista e Membro da di-retoria do Sefi n-M Bahia – Fórum de Secretários de Finanças da Bahia.

Onde mora: Gen o do Ouro/BahiaSite: www.monicabastos2005.blogspot.com.brE-mail: monicabastos2005 @yahoo.com.brFone fi xo: 55 (74) 3637-2119Celular: 55 (74) 9-9124-0028Whatsapp: 55 (74) 9114-1674Facebook: facebook.com/monicabastos2005LinkedIn: linkedin.com/in/mônica-bastos-86329631Twi er: twi er.com/MonicaBastos10

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A Transformação é o Que Gera o Resultado e

Não o Contrário

Otavio Castanho

Depois de notar que meus clientes de hipnoterapia nham resultados mais rápidos e surpreendentes que os de coaching, resolvi mesclar PNL aos meus processos de coaching, focando na transformação do coachee.

Nesse texto ensino uma fácil técnica de PNL para iniciar a transformação que gerará o

resultado para o seu cliente.

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“O Coach não gera resultado para seu cliente, mas a transformação dele; E essa transformação é que gerará o resultado.”

Otavio CastanhoSe a frase acima não fez muito sen do ou até lhe pareceu confusa,

explicarei melhor.Percebi, fazendo meus processos de coaching e hipnose separada-

mente, que quando trabalhamos a PNL para transformação do cliente, ele acaba gerando resultados rápidos e chega a ter resultados que nem imaginávamos que teria, pois agora ele é uma nova pessoa, com maio-res possibilidades, recursos e um novo mindset.

A frase acima é uma grande sacada, na verdade. Se você pegar a es-sência dela eu já me darei por sa sfeito e o início dessa leitura já terá si-do valioso para você.

O cliente que está no estado atual, que poderíamos chamar de Ponto Inicial, ou Ponto A como dizem nas formações de coaching, não é o mes-mo que estará na concre zação do obje vo, ou Ponto B, como preferir, pois o cliente quando chega ao ponto B já é outra pessoa, transformada por todo o caminho que percorreu, pelas coisas que aprendeu, os trope-ços que deu e tudo o mais que o foi moldando para ser essa pessoa que a nge o resultado desejado.

Sabe por que ele não tem o resultado desejado hoje?A resposta é simplesmente porque ele ainda não é essa pessoa, en-

tão se você o transformar, hoje, nessa pessoa do Ponto B, ele irá mais rapidamente para o resultado, pois será o po de pessoa que tem o po de resultado que quer.

Vou exemplifi car para você pegar o pulo do gato do que é uma men-talidade de vencedor.

Milionários que construíram fortunas tem a mentalidade de milio-nário. Veja o exemplo do Donald Trumph, que perdeu tudo o que nha umas três vezes na vida. Ele recuperou tudo e mais um pouco, pois ele

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tem a mente do milionário; Então quando ele perdeu tudo e fi cou pobre, ainda era um milionário, mas sem dinheiro nenhum.

Ele não virou pobre porque o Donald Trumph sem dinheiro é somen-te um milionário sem recursos e por ter a mente de um milionário aca-bou por conquistar a fortuna novamente, já que sua mente acabou pu-xando-o para seu estado natural de milionário.

Isso mesmo, sua mente o puxa para ser a pessoa que está ajustada lá. Isso é o mindset.

Acompanhando essa analogia, seu cliente está obtendo os resulta-dos que não quer porque tem a mentalidade que gera esse po de re-sultado indesejado.

Prova de que seu mindset te puxa para cima ou para baixo é o exem-plo dos ganhadores de loteria que acabam por perder tudo depois de um tempo. A esta s ca é que 80% das pessoas que ganham prêmios de lote-ria voltam para sua condição fi nanceira de antes do prêmio em até cinco anos, algumas para condição pior do que nham antes, isso porque elas se tornaram milionárias apenas por ter ganho milhões, mas não se trans-formaram em milionárias na essência depois que ganharam o prêmio. Is-so é um exemplo valoroso do poder do mindset puxando você de volta.

Então você deve estar se perguntando como é que devemos fazer pa-ra transformar o nosso cliente na pessoa que ele será no futuro, o mais rápido possível de preferência.

Eu teria que escrever um livro inteiro para ensinar as mais variadas técnicas para isso, mas vou brindá-lo com uma única que já fará muita diferença. E o legal é que não serve só para aplicar no seu cliente, mas também em você para acelerar seus resultados.

Como a técnica parece com uma brincadeira, talvez você até pense: “Será que essa besteirinha funciona?”. Então te direi para que aplique em você primeiro, meça seus resultados e re suas próprias conclusões.

Eu aplico há alguns anos com muitos resultados posi vos, então va-mos ao que interessa!

Quando você encontra seu cliente na situação inicial, você terá que defi nir quem será ele na situação desejada, ou ponto B, como chamare-mos para facilitar a leitura, mas a pergunta principal é: como é que fare-mos esse levantamento?

Em conversa com seu cliente, u lize as ferramentas de coaching que você conhecer para estabelecer quem será ele no Ponto B, focando prin-cipalmente nas competências que ele terá quando es ver lá, ou seja,

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quais competências têm a pessoa que chega lá. Se você desassociar des-sa maneira, falando de alguém que não é ele e que tem os resultados que ele quer, a consciência dele não fi cará atrapalhando, trazendo cren-ças limitantes de capacidade, por isso falar da “pessoa” que está lá no Ponto B pode ser uma ó ma estratégia.

Levante as competências e habilidades “técnicas” e “pessoais” da pessoa modelo de quem estamos falando e preste bastante atenção nas competências e habilidades “pessoais”, que eu chamo de comporta-mentais, pois é nelas que vamos focar.

As competências técnicas que ele precisará, ele aprenderá buscando conhecimento, então nós vamos auxiliá-lo nas competências comporta-mentais, as habilidades de relacionamento.

Iden fi que quais as habilidades de relacionamento e comportamento que a pessoa modelo tem e principalmente quais as crenças dessa pes-soa, no que ela acredita e que faz diferença no resultado que ela tem. Fei-to isso, creio que a coisa comece a fi car desafi adora, então para você des-travar seu cliente caso ele pare nessa dúvida, aí vai mais uma dica.

Peça para ele lembrar de alguém que conheça que já chegou lá, que é daquele jeito, ou então alguma personalidade mundial que tem o resul-tado que ele quer ter e sobre quem ele saiba alguma coisa, seja fã ou al-go parecido. Pode ser até um personagem fi c cio, como o dete ve Sher-lock Holmes, por exemplo, que foi modelado pelo mestre da PNL, Robert Dilts, no livro “A Estratégia da Genialidade – Volume 1”.

Ele terá que conversar com essa pessoa modelo, ou estudar sobre ela, caso não esteja acessível ou já não esteja mais entre os vivos, e bus-car quais habilidades de relacionamento e comportamento ela tem ou nha e quais são as crenças dessa pessoa modelo.

As crenças que buscamos não são as religiosas, mas as crenças de ca-pacidade, habilidade e merecimento, ou seja, o que o modelo acredita que é capaz, que habilidades ele acredita que consegue desenvolver e o que ele merece ou não ter ou ser na vida.

U lizaremos isso na técnica que veremos agora chamada “Gerador de Novos Comportamentos”. E caso você já tenha visto em sua forma-ção de coaching, acompanhe mesmo assim porque você ainda não viu os pormenores que fazem toda a diferença na aplicação, pois eu não iria trazer algo que não fosse diferente do trivial.

A citada técnica instala no cliente o comportamento que ele quer ter ou que foi iden fi cado como sendo essencial e você pode fazer para vá-rios comportamentos.

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Exemplos são comportamentos como o ser mais confi ante, corajoso, mais comunica vo, mais atento a possibilidades e qualquer coisa que entendam que vai agregar na transformação.

Para executar, ele terá que imaginar uma situação pela qual já pas-sou ou pela qual passará e onde deverá u lizar esse recurso que será instalado. Essa é uma boa estratégia, pois já vai gerando um caminho no cérebro para associar esse recurso nesse po de situação.

Você vai apimentar a técnica u lizando “Âncora”, que é outra téc-nica da PNL e que você poderá aprender através de um ebook que eu desenvolvi para ensinar a como instalar recursos em você ou no seu cliente, de forma didá ca e organizada. Você poderá adquirir gratuita-mente inscrevendo-se na minha lista de e-mails através do site ao fi -nal deste texto.

Então para aplicar a técnica você primeiramente pode instalar a Ân-cora do recurso desejado inicialmente, como confi ança, por exemplo.

O passo a passo é o seguinte: Peça para o cliente fechar os olhos e imaginar que ele está num set de fi lmagem onde ele é o diretor, senta-do confortavelmente na cadeira de diretor.

A par r daqui ele fi cará de olhos fechados até o fi m da técnica. Avi-se isso a ele. Ele deve escolher qual a cena e qual o ator que vai contra-cenar com ele mesmo.

Opaaa... Espera aí Otavio... Ele não é o diretor?Sim, mas ele vai dirigir a cena observando ele mesmo na cena, como

se houvesse um clone dele atuando com outra pessoa, então são dois dele no mesmo local, sendo um na cadeira de diretor e outro atuando na cena, mas ele está associado, ou incorporado, no diretor, por enquanto, e aí começa a brincadeira.

Ele deverá assis r alguma cena onde ele estará usando o recurso de que necessita. Para facilitar faremos a técnica com um exemplo.

Vamos supor que ele terá que fazer uma entrevista de emprego e não se sente muito confi ante, então você deverá instalar a Âncora de con-fi ança nele, e pedir para que imagine a cena onde ele mesmo estará pas-sando pela entrevista de emprego, mas ele estará na posição de diretor e não na posição de entrevistado e isso faz toda a diferença. Você já en-tenderá o porquê.

Peça para que ele assista a cena da entrevista observando quais são suas a tudes, posturas, a maneira como se comporta em todos os as-pectos, e quando terminar a cena, que pode ser um pedaço da entrevis-

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ta, peça que diga para os atores pararem ou então dar uma de diretor de cinema gritando o famoso COOOORTAAAA!

Quanto mais cria vo e real, mais o cérebro gostará da experiência e mais efe vo será o resultado.

Pergunte o que ele viu que não estava adequado na cena como, por exemplo, a postura dele, a fi sionomia de preocupado, ou o jeito de sen-tar, talvez o jeito de ges cular e tudo o mais que ele perceber. Peça pa-ra que conserte tudo isso, até mudando a roupa se quiser, afi nal de con-tas ele é o diretor do fi lme.

Feitas as alterações, peça para que faça a cena novamente e veja se tem algo mais para ajustar, faça quantas vezes forem necessárias até a cena fi car do jeito que ele acha que tem que fi car.

E você pode até estar pensando que fi car repe ndo pode fi car can-sa vo e até chato, mas a grande sacada é que o cérebro aprende por re-pe ção e ainda por cima ainda não estamos nem na metade, pois a coi-sa vai fi car mais prazerosa a par r de agora.

Quando ele achar que a cena está a contento, ele imaginará que es-tá saindo do corpo do diretor, como se fosse um holograma, ou um es-pírito, ou o que quiser, mas ele se imaginará saindo do corpo do diretor e fl utuando em direção ao seu corpo de ator. No meio do caminho peça para que ele olhe para trás, para a cadeira do diretor e se veja lá.

A situação pode até fi car estranha, pois agora ele está no meio do set de fi lmagem e quando olha para frente ele vê a si mesmo como ator e quando olha para trás ele vê a si mesmo como diretor, mas não estranhe porque tem que ser assim mesmo.

Ele vai se posicionar atrás do ator, que é ele mesmo, e incorporar-se neste clone que, por acaso, é ele mesmo. Confuso?

Fique tranquilo, porque agora ele está no papel de ator e vai passar por toda a cena novamente, só que atuando, ou seja, ele vai ver a en-trevista de emprego com seus próprios olhos, ouvir com seus ouvidos e sen r as sensações daquele momento vivenciando a entrevista de em-prego quando o diretor, que é o clone dele, gritar AÇÃÃÃÃÃOOOOO!

E aí vem a sacada que é o fato de você acionar a Âncora dele, aquela da confi ança, enquanto ele vivencia a cena toda.

Ele passará pela cena vivenciando tudo e quando terminar voltará para o início da cena, fará o caminho de volta que é desincorporar do ator, fl utuar em direção ao diretor e incorporar no diretor novamente.

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Tendo vivenciado a cena ele saberá se há algo a ajustar, então fará o ajuste e assis rá a cena da cadeira do diretor observando se tudo fi cou a contento. Terminado o ajuste ele volta a experimentar a cena novamen-te incorporando o ator.

Se sua cabeça já deu nó, fi que tranquilo que no fi nal lhe apresentarei um resumo do passo a passo.

Você repe rá esse processo quantas vezes ele achar necessário até que fi que tudo a contento. Faça pelo menos três incorporações, mas ca-so ele siga nas melhorias, faça quantas ele achar necessário.

Ao terminar tudo, não peça para abrir os olhos imediatamente, tra-ga-o de volta ao “mundo real” devagarinho, pedindo para ele desmon-tar o set de fi lmagem, lembrar-se de que está ali con go, lembrar-se de como é o ambiente onde ele está com você, sen ndo a cadeira, ouvin-do os sons do lugar onde es verem e então quando ele quiser ele pode-rá abrir os olhos.

Que tal resumir em passos para repassar?1) Fechar os olhos e imaginar o set de fi lmagem onde ele é o diretor

e ao mesmo tempo o ator.2) Imaginar a cena que ele deseja acontecendo, sendo que ele assis-

te tudo da posição de diretor.3) Arrumar tudo o que não fi cou legal na cena e passá-la novamente.4) Desincorporar o diretor e incorporar o ator.5) Passar a cena novamente, agora vivenciando-a como ator.6) Acionar a âncora enquanto vivencia a cena.7) Voltar para posição de diretor, desincorporando o ator e incorpo-

rando o diretor.8) Arrumar a cena para deixá-la melhor do que já foi.9) Repe r o processo várias vezes até tudo estar a contento.10) Trazê-lo de volta ao “mundo real” vagarosamente.Pronto, agora seu cliente está um passo mais próximo dos seus obje-

vos, pois seu comportamento já está sendo moldado para ser a pessoa que estará no Ponto B.

Repita ou peça para que ele repita sozinho em casa para outros com-portamentos e observe os resultados.

O interessante é que normalmente as pessoas não percebem suas mudanças, pois a técnica torna o comportamento natural e inconscien-

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te, então medir os novos resultados é uma maneira de verifi car a efe -vidade das mudanças.

Outra maneira é perguntar para as pessoas do convívio do cliente se elas perceberam alguma mudança no comportamento dele, sem dar di-cas para não contaminar a opinião, e surpreender-se com os comentá-rios. Peça para que ele mesmo ques one os amigos e parentes para que ele se conscien ze disso e comece a gerar a crença fortalecedora de que ele chegará ao seu obje vo.

A úl ma dica que tenho e que é muito valiosa é: U lize sem moderação!

Sobre Otavio Castanho

Coach de Reprogramação Mental especializado em Fobias e Hábitos, Hipnoterapeuta, Palestrante e Programador Neurolinguista • Membro da Sociedade Brasileira de Coaching • Membro da Sociedade Interame-ricana de Hipnose e com Cer fi cação internacional pela Corporate Coa-ch U • idealizador do Programa Coach Sem Limites que ensina PNL para Coaches • Idealizador de cursos online como Introdução a PNL para Co-aches, Ferramentas Cria vas de Coaching, Primeira Sessão Matadora e Técnicas Secretas de PNL para Vendas • Atua presencialmente em São Paulo e também online em seus atendimentos de coaching u lizando PNL para gerar transformações duradouras em seus clientes de forma que tenham uma vida plena alcançando seus maiores sonhos.

Onde reside: São Paulo/SPSite: www.coachsemlimites.com.brE-mail: [email protected]: 55 (11) 9-8399-5088Whatsapp: 55 (11) 9-8399-5088Facebook: facebook.com/harpiacoachingCanal Youtube - Coach Sem Limites

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Os 5 Comportamentos Indispensáveis

de um Líder de Sucesso

Priscilla Belletate

O tema central provoca um ques onamento onde ainda se percebe que os ensinamentos e comportamentos

mais básicos e primordiais se fazem necessários para a formação de uma liderança antes do avanço das

demais competências para uma posição estratégica.

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Desde o período de Jesus Cristo estudamos e falamos sobre os ensi-namentos de liderança que vêm se propagando como mantras e rituais de desenvolvimento dentro de fora do ambiente corpora vo. Todos os pos de formação para o desenvolvimento de liderança estão ganhan-

do cada vez mais espaço, somados a novos comportamentos e adequan-do-se à realidade de constantes mudanças de culturas e comportamen-tos das novas gerações.

O tema central que trago nesse capítulo consiste no ques onamento de que, mesmo com todas as inovações em programas de formação de líderes frente às transformações de culturas e princípios da sociedade, ainda se percebe que os ensinamentos e comportamentos mais básicos e primordiais necessários para serem consolidados para um líder, antes do avanço das demais competências para uma posição estratégica, não estão sendo devidamente transmi dos.

Acredito fortemente que o autoconhecimento promove metade do caminho a ser percorrido para uma carreira de liderança. E para esse processo realmente caminhar para o sucesso é preciso não apenas co-nhecer caracterís cas como valores, crenças, limitações e talentos, mas também gerenciá-las e negociar quando necessário ao longo dos desa-fi os da vida pessoal e profi ssional. Afi nal toda transformação de uma so-ciedade e cultura é também a base de transformação de comportamen-tos do ser humano.

Com tantas formas de desenvolver a liderança disponíveis no merca-do, primeiramente é preciso cuidar e olhar para o ser humano como um todo, como uma balança equilibrada para que seja capaz de gerar em si mesmo resultados desejados para posteriormente contribuir com os re-sultados de uma organização, ins tuição, indivíduo ou grupo que neces-site de sua liderança.

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As organizações buscam líderes que sejam naturalmente seguidos co-mo exemplos e que inspirem os demais colegas e equipe. É muito comum projetar na fi gura de líder algo que buscamos “ser” e, às vezes, nos esque-cemos que não precisamos ocupar nenhum cargo especifi camente pa-ra sermos líderes de nossa vida e infl uenciar pessoas. Ainda vou além, o comportamento de um líder não se limita no ambiente profi ssional, este tem papel fundamental também na família e nos seus relacionamentos.

Afi nal, por que estamos vivendo uma defi ciência de líderes mesmo nos dias de hoje? Atribuo primeiramente às poucas ins tuições de ensi-no que abordam no nível de graduação o tema liderança e desenvolvi-mento pessoal.

A principal defi ciência sob meu ponto de vista como coach (e eu me incluo nela), é que não temos acesso e não u lizamos dinâmicas e ferra-mentas que complementem nossa percepção de nós mesmos e do ou-tro durante nosso processo de amadurecimento. O autoconhecimento é a melhor maneira para desenvolver as capacidades de liderança e me-lhorar tanto os relacionamentos quanto gerenciar uma equipe em qual-quer situação.

Se a questão do autoconhecimento representa uma boa parte do ca-minho para um líder, os demais encontram-se efe vamente em compor-tamentos comuns entre os principais lideres de sucesso, considerando e respeitando o es lo de liderança natural de cada um. É possível, den-tro de um es lo natural, destacar um perfi l específi co e então com inte-ligência permear entre outros es los de acordo com a necessidade, con-siderando a situação e a equipe. Uma coisa é certa: existe um cenário e uma cultura para qualquer perfi l de liderança. Uma vez que você iden- fi ca seu es lo próprio e acrescenta alguns comportamentos que vou

apresentar nesse capítulo, muita coisa começa a mudar. E para melhor. Selecionei cinco comportamentos básicos de um líder de sucesso, os

quais pesquisei e acompanhei durante toda a minha trajetória, para que você coloque em prá ca e perceba-se muito mais produ vo, tornando-se líder de si mesmo e tomando decisões cada vez mais conscientes e ali-nhadas com seus valores e princípios. O líder de si é aquele que se com-porta de forma autên ca e atribui suas virtudes em es lo próprio.

1 CUIDE SE

“Corpo e mente fazem parte da mesma matéria.” Se você não conse-gue gerenciar sua vida, equilibrar suas a vidades de trabalho e vida pes-

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soal, como será um exemplo a ser seguido? Todos nós temos desafi os e o grande erro do líder é pensar que ele deve ser um super-herói, que ja-mais deve demonstrar suas fraquezas. Se você começar cuidando de sua mente e de seu corpo da forma mais básica e simples, sen rá uma dife-rença signifi ca va em sua ro na e disposição.

Essa formula básica também pode ser mágica se você conseguir in-corporá-la em sua ro na. Garanta um sono de qualidade, beba água du-rante o dia, e pra que exercícios regularmente. De alguma forma acre-dito que você já tenha lido essas recomendações relacionadas à saúde. Lembro-me de uma coluna em uma revista chamada “agenda do CEO”, onde semanalmente um execu vo escolhido descrevia sua ro na diá-ria. Em todas as descrições havia a prá ca de esporte ou exercício sico.

2 TENHA FOCO

Antes de focar efe vamente em algo é necessário estabelecer algu-mas etapas. Afi nal, como ensina o princípio de Pareto, 80% das conse-quências provém de 20% das causas, ou traduzindo para a vida pesso-al, 80% dos nossos resultados alcançados são consequências de apenas 20% dos esforços empregados. Todos nós precisamos defi nir obje vos claros e eu diria ainda que na maioria das vezes conseguimos dar o pri-meiro passo e por algum tropeço como falta de tempo, excesso de tra-balho, acabamos deixando para um segundo plano, gerando a famosa procras nação.

Defi nindo com clareza o obje vo e seus mo vos, construa um plano de ação considerando as prioridades, riscos e prazos. Comece pela solu-ção mais desafi ante, assim quando você resolver esse ponto terá mais mo vação para concluir as demais tarefas. Para vencer a procras na-ção, nada como estabelecer um senso de urgência apurado. Um plano de ação bem feito e realista ajuda a manter o foco no resultado.

Outro ponto é estabelecer uma ro na até que se transforme em ritu-al. Você pode e deve incluir novos hábitos. Um desses rituais que consi-dero o mais importante e vejo presente na ro na das pessoas de suces-so é o ritual para mudança de mindset, ou seja, subs tuir pensamentos e crenças limitantes por pensamentos posi vos.

Um pensamento leva a um sen mento que gera uma ação. Quanto mais es mulos posi vos para gerar ações em busca de seu obje vo, me-lhor. É um esforço consciente que com a prá ca passa a fazer parte de seu comportamento. Não deixa de ser uma técnica e muitas pessoas re-

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servam um momento do dia para observar seus pensamentos e contes-tá-los. Ou você acredita que Steve Jobs acordava todos os dias da sua vi-da com pensamentos posi vos?

3 ADMINISTRE SEU TEMPO

A correria do dia a dia e a quan dade de informação que recebemos só faz crescer a percepção da escassez de tempo.

Seja efi caz realizando as tarefas certas que irão levar você ao seu ob-je vo da forma mais efi ciente possível, considerando menor uso de re-cursos e tempo. Harmonia e equilíbrio da vida pessoal e profi ssional fa-zem parte do comportamento de um campeão.

Apesar de exis rem diversas ferramentas de administração do tempo onde cada um deve buscar a melhor forma de se organizar, consideran-do seu es lo de vida e o tempo que se espera para a ngir os obje vos, trago algumas sugestões de um dos métodos mais conhecidos e u liza-dos, segundo os gurus da administração do tempo:

3.1 - Classifi que suas tarefasIden fi que como eliminar tarefas sem importância que tomam seu

tempo e administre suas a vidades para não deixá-las urgentes. Dessa forma você u lizará seu tempo de uma forma equilibrada.

3.2 - Tenha um caderno para ideias e insightsSempre carregue um bloco, caderno, ou u lize o bloco de anotações

do celular para registrar aquela ideia ou tarefa que você acabou de se lembrar. Nossa memória é primi va e ainda não consegue nos ajudar com a modernidade e quan dade de informações de hoje. Confi e em sua disciplina em fazer anotações, não na memória. Concentrar essas anotações em um único lugar facilita muito. Ou você acredita que irá lembrar-se onde estão todos os papeizinhos e post-its que você fez ano-tações pela casa ou escritório?

3.3 - 5S - Organização pessoal e digitalDesde que conheci esse método no ambiente corpora vo o adotei

em minha vida pessoal, ve um ganho signifi ca vo de tempo tanto para buscar informações, quanto para arquivos. O primeiro passo é criar uma

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espécie de “mapa”, um guia onde você poderá encontrar tudo que você tem em relação a arquivos, livros e outros documentos, seja sico ou on-line. Assim é possível encontrar qualquer informação de uma forma rá-pida e organizada.

Um bom planejamento e hábitos produ vos, se forem seguidos, são fundamentais para aproveitar as mesmas 24hs. que todos nós temos.

4 COMUNIQUE SE BEM

Nada é obvio, acredite. Em alguns casos a informação precisa ser re-pe da de formas diferentes, não porque o outro não entendeu, mas por ser impossível assimilarmos 100% de toda a comunicação que recebe-mos o dia todo. Cada um de nós possui fi ltros e em todas as informações que vemos e ouvimos os usamos para selecionar o que consideramos importante, ou para interpretá-las.

Transmi r uma informação apenas da forma verbal muitas vezes não é sufi ciente para gerar o comprome mento desejado. U lize todos os campos sensoriais incluindo o visual, audi vo e linguís co.

Não somente no ambiente de trabalho, sabemos o quanto a comuni-cação entre familiares e amigos é importante para nossos relacionamen-tos. Quantas vezes você tentou dizer algo e foi mal interpretado, causan-do até desavenças? A forma de dizer é tão importante quanto apenas usar as palavras.

As palavras ditas representam apenas 7% da nossa linguagem, consi-derando 38% da tonalidade e expressão da voz e 55% na expressão fa-cial e corporal, segundo estudos de Albert Mehrabian. Perceba que a co-municação não verbal é responsável por 93% do que representa a men-sagem que acompanham a nossa comunicação.

Lembre-se que o bom comunicador é responsável pelo que o outro entende e não apenas pelo que transmite.

5 OFEREÇA E SOLICITE FEEDBACK SEMPRE

Imagino que você já tenha recebido feedback dos seus superiores, pares e em alguns casos de subordinados e até de familiares. Não so-mente o feedback corpora vo é importante, pois nos mostra onde cor-rigir o percurso, mas também não podemos esquecer dos feedbacks de amigos e familiares, pessoas que convivem conosco fora do ambiente de

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trabalho e nos trazem verdadeiras descobertas e contribuições a respei-to de nosso comportamento. Quem tem o desejo de tornar-se um líder de pessoas pode começar a ouvir com sabedoria e maturidade para re-fl e r sobre como seus comportamentos são percebidos pelas pessoas próximas. Nem sempre estamos abertos para ouvir feedbacks e acredite que isso é normal, pois nosso ego não gosta de receber crí cas. Perceba que são nos momentos de feedbacks mais informais que temos uma ten-dência de jus fi car as a tudes, ou colocar a culpa em algo externo sem olhar para dentro.

A boa no cia é que com a prá ca e uma frequência cada vez maior dessa conversa é possível fi car mais recep vo a estas informações e iden fi car com mais facilidade o que é necessário trabalhar e despertar na consciência antes de agir por impulso.

Na mesma medida que receber feedback nos faz crescer e vem de pessoas que nos querem bem, como líder devemos oferecer feedbacks constantes. Muitos omitem-se dessa responsabilidade por receio de di-zer o que deve ser dito, já que culturalmente existe uma necessidade de ser aceito e não se “indispor” com os demais. Omi r-se não somente im-pede o crescimento das pessoas, como você deixa de exercitar uma das ações mais nobres de um líder que é desenvolver pessoas. Somente a prá ca faz com que você ajuste sua comunicação e consiga colocar uma situação di cil de uma forma leve e constru va.

Lembre-se que feedback é pontual e deve ser feito no mesmo mo-mento do evento, caso contrário ele pode perder totalmente o efeito. Você já imaginou discu r com seu companheiro sobre algo que você não gostou depois de 2 meses do ocorrido? Provavelmente o outro terá que se esforçar para se lembrar do que aconteceu.

CONCLUSÃO:

Perceba que os comportamentos são interligados e complementam-se. Tudo isso porque você é um ser único e completo. Quanto mais equi-líbrio na vida pessoal e profi ssional, alinhado à consciência de seu verda-deiro eu, com as ações e decisões de acordo com seus valores e obje -vos, mais próximo você fi ca de alcançar suas metas com equilíbrio.

Se você já é um líder, experimente estes comportamentos e ala-vanque os seus resultados. Caso tenha um desejo gigante de geren-ciar e desenvolver pessoas como eu tive um dia, experimente ser uma pessoa com comportamentos que inspiram e só depois tenha o

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Coaching: Gerando Transformações- 117

prazer de exercer qualquer posição de líder sem os atropelos de um gestor despreparado.

Todas as pessoas necessitam de um ritual próprio para se manterem alinhados ao seu propósito, ainda que eles já tenham sido a ngidos. Manter seu estado de consciência e felicidade são a tudes constantes e cabe a cada um de nós fazer um esforço para atender nossos desejos, contestar todos os pensamentos indesejáveis e subs tuí-los por pensa-mentos fortalecedores.

“Se você conhece o inimigo e conhece a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas. Se você se conhece mas não conhece o inimigo, para cada vitória ganha sofrerá também uma

derrota. Se você não conhece nem o inimigo nem a si mesmo, perderá todas as batalhas.”

Sun Tzu

Sobre Priscila Belletate

Personal & Professional Coach formada pela Sociedade Brasileira de Coaching com cer fi cação internacional pela Graduate School Alliance for Execu ve Coaching (GSAEC) • Especialista no desenvolvimento de programas de formação de lideranças e treinamentos comportamentais, consultora em Recursos Humanos e facilitadora para aplicação e devo-lu va de relatórios comportamentais • Atuação como Coach e líder em empresas como Ambev, Grupo Campari e Qualicorp Soluções em Saúde. • Como Coach de Liderança, do outro lado do mundo corpora vo tenho contribuído para a formação de novos lideres dentro e fora das organiza-ções com o processo de Coaching individual, em grupo e formação de Li-der Coach nos níveis de Coordenação e Gerência.

Onde mora: Campinas/SPSite: www.priscillabelletate.com.brCelular: 55 (19) 983415310Whatsapp: 55 (19) 983415310Facebook: ff acebook.com/priscilla.belletateLinkedIn: linkedin.com/in/coachpriscillabelletateTwi er: twi er.com/pbelletatecoach

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Crenças Limitantes, o Que São? De Onde Vêm?

E Como Transformá-las?

Sara Soares

Este ar go visa contribuir acerca das crenças limitantes, assim como os aspectos psicológicos envolvidos nesse

contexto na vida do ser humano, uma explanação dos conceitos, pos de crenças, construção e

desconstrução, aperfeiçoando um padrão mental para o êxito, reestruturando o pensamento

para uma abordagem funcional e vantajosa para sua vida.

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As crenças limitantes são pensamentos e formas de expressão que impedem de realizar determinada tarefa. Elas existem por vários mo- vos e todos eles são determinados por algum acontecimento que te-

nha sido trauma zante para nossa mente, incapacitando-nos de seguir adiante quando enfrentamos situações que disparam essas crenças. Es-ses traumas sempre acabam surgindo na infância ou adolescência, quan-do nossos desafi os estão no começo.

Você já se pegou com pensamentos nega vos como estes abaixo?

- Não consigo me organizar- Eu nunca vou conseguir a ngir meus obje vos- Eu não tenho direito a esta conquista- Eu não sei como posso resolver este problema- Eu não tenho capacidade em aprender isso- Eu não consigo, eu não posso, eu não sou capaz

Um exemplo é o medo de falar em público, uma situação constrange-dora que marcou sua vida, crianças que na infância foram chamadas de burras, incompetentes, incapazes, entre outras formas de expressão que acabam a ngindo sua auto es ma e tornando-as pessoas descompro-missadas, pessoas que não conseguem enfrentar desafi os por acharem-se incapazes de realizar determinada tarefa. Sempre lembrando que ca-da caso é um caso.

Quando começamos a dizer a nós mesmos frases que começam com “eu não”, é certo que estamos sob infl uência de um cri co interno e en-quanto não dominarmos esses pensamentos e transforma-los em algo posi vo, difi cilmente conseguiremos dar um passo em direção a algum obje vo, ou mesmo ter sucesso em alguma área da nossa vida.

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A criação dos pais insere crenças e valores nos fi lhos

Isso é natural e inevitável, pois eles querem transmi r o que julgam correto segundo suas crenças. Muitas vezes os pais criam seus fi lhos com base no medo, ameaça e com crenças limitantes em relação a vários fa-tores na vida. A distorção é criada a par r da iden fi cação com essas in-formações vivenciadas.

É impressionante o quanto as crenças regem nossas vidas. Vale lem-brar que todas as crenças têm seu fundo de verdade, o que não isenta de serem limitantes.

São geralmente três categorias de crenças limitantes

1- Falta de merecimento: Crença de que a conquista do obje vo não é merecida. Estão ligadas a um sistema de valores relacionados com com-portamentos sociais e religiosos. Culpa autopuni va e/ou culto ao sofri-mento, não ser merecedor.

2- Impossibilidade de Realização: Nosso obje vo não pode ser con-quistado, independe de nossa capacidade. Essas crenças estão ligadas ao medo de se frustrar, ao desanimo e à imagem nega va de si mesmo.

3- Capacidade Insufi ciente: O obje vo é alcançável, mas não temos capacidade de realizar. Comparações com outras pessoas sempre me-lhores que nós e/ou autocrí ca muito forte.

A difi culdade na percepção das crenças limitantes

A maior difi culdade em iden fi car as crenças que nos movem são a autossabotagem, vi mização e a defesa do ego, que tentam lhe provar que seus pensamentos e sen mentos destru vos são corretos e enges-sados em sua personalidade.

“Se você pensa que pode, ou se pensa que não pode, de qualquer for-ma você está certo.” Henry Ford

Os fatores externos e experiências reforçam as crenças limitantes

Durante nossa trajetória buscamos referências em nossas experiên-cias para nos moldar ao ambiente em que vivemos, alinhando-nos com

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a sociedade e seu padrão de consumo, controle, trajes, maneiras de ex-pressão e crenças sobre diversos assuntos.

Tudo isso é adaptação que fazemos ao ambiente de forma incons-ciente. O discernimento sobre o que devemos aceitar como “verdade” defi nirá o limite que podemos alcançar em todas as áreas na vida.

COMO LIBERTAR SE:COACHING NA ELIMINAÇÃO DAS CRENÇAS LIMITANTES

Nesse momento entra o coaching, um processo que ajudará a manter essa voz sob controle e até mesmo reverter suas mensagens de desmo- vadoras para poderosas frases que o mo varão a alcançar suas metas e

ir além. Uma delas é colocando de maneira clara, projetando de manei-ra posi va os pontos que trazem desconfortos a você. Outra é a progra-mação mental através do coaching.

Valorizando e desenvolvendo sempre capacidades, não se limitan-do, pensando no aqui e agora e transformando suas necessidades em obje vos claros, re rando o medo da perda, sendo fl exível para mu-dar a estratégia.

Criando uma nova possibilidade através de uma mudança de percep-ção interior, pois nada mais é que um ímã que atrai o que você sente e pensa. As pessoas se preocupam com seus bens materiais, carros, imóveis, bichos de es mação, mas esquecem de zelar por si próprios através de seus pensamentos e sen mentos que geram o comportamento nega vo.

A mudança ao nosso redor acontecerá somente quando mudarmos nosso sistema de crenças e valores, dando oportunidade a nós mesmos de evoluirmos em consciência e a tudes. É uma maneira de libertação de vícios de pensamentos e a tudes auto destruidoras.

O processo trabalha para eliminação buscando os pontos posi -vos. Nesse processo, es mula o foco nas possibilidades e qualidades do cliente (coachee). O coaching dá ferramentas necessárias para que se possa trabalhar as habilidades e consequentemente diminuir os efei-tos nega vos nos pensamentos e a tudes, mesmo numa situação ad-versa, pois quando passamos a ver o lado posi vo e pontos de melho-rias e a focar no melhor, a crença limitante vai diminuindo a cada dia e com certeza o deixa mais próximo de alcançar resultados extraordiná-rios em tudo que se faz.

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Lembrando que cada caso é um caso, analisando junto ao coach. Esta-mos diante de um problema muito delicado de solucionar, são casos que o coach deve trabalhar com ideias fi xas que já existem há muito tempo na vida do cliente (coachee) e devem ser trabalhadas com muito cuidado.

Não existe uma técnica para eliminar uma crença limitante, o traba-lho é subs tuir a crença por outra ideia que possa levar a pessoa para mais perto do seu obje vo.

Durante as sessões de coach é necessário iden fi car de onde esta crença surge e o que dispara toda sequência de a tudes, para isso o co-aching possui ferramentas capazes de criar situações onde o cliente (co-achee) pode expor seus medos e as formas como age.

Mas seja qual técnica u lizada, o coaching torna possível a melhora em relação a suas limitações, alcançando assim resultados de um alto ní-vel de sa sfação.

Sendo assim, caso haja iden fi cação com essas situações, saiba que há sim uma solução efi ciente e que a pessoa pode realizar qualquer tare-fa que venha surgir em sua vida, tornando-se uma pessoa mais confi an-te e tendo conhecimento que cada obstáculo deve ser visto como mais um desafi o que pode ser superado.

Como se ajudar:ENXERGUE-SE FORA DOS CONDICIONAMENTOS

Não somos nossos pensamentos. Nós os criamos com base na inter-pretação de nossas experiências e eles se repetem como a forma que o cérebro tem de solucionar um problema sempre por um caminho já co-nhecido por ele. Nesse momento é importante entender a diferença en-tre os fatos e os seus conceitos sobre eles.

• Aprenda a controlar a voz interior cri ca, e transforme-a em forta-lecedora.

-• Passe pelo menos uma semana monitorando a frequência, intensi-dade de cada autocri ca.

• Escolha um ou dois pensamento nega vos• Após escolher o(s) pensamentos nega vos, elabore frases posi vas

que neutralizem a nega va.Não é porque alguém disse que você é incapaz que isso é verdadeiro,

alias nada existe que o ser humano, criatura criada pelo criador, seja im-

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possibilitada de fazer, a não ser por ela própria. Você é o único respon-sável pelas suas escolhas e consequências delas.

Só um exemplo: Sabe quantas vezes Thomas Edson errou até conse-guir criar a lâmpada incandescente? Mais de cem vezes!!! Ele ainda foi obrigado a cursar o ensino primário em casa, pois a escola não o acei-tou por ele ser dislexo. Imagine se a mãe dele acreditasse que o fi lho era mesmo incapaz? RESULTADO: Com o mismo e perseverança, Tho-mas venceu todas as suas limitações e deixou para a humanidade mais de 2.000 patentes.

E você? Ainda acha que não pode? Caso discorde dessa crença, repi-ta agora mesmo : EU POSSO, EU CONSIGO!!

Sobre Sara Soares

Administradora de empresas, formada em processos gerenciais, co-ach de vida • Cer fi cada pela Slac-Sociedade La no Americana de Coa-ching e IAC internacional Associa on of Coaching, PDC Profi ssional - DISC - Analista Comportamental.

Onde reside: Rio Grande/RSE-mail: [email protected]: facebook.com/sarabap s

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Auto Conhecimento, Mistura Perfeita - a Aprendizagem

Experiencial e o Life Coach

Sheila Machado

Descubra como me tornei Coach, qual a minha missão e o que eu levo para meus clientes nesse breve texto quefi z sobre Aprendizagem Experiêncial e suas consequências

nas vidas daqueles que permitem ser tocados pelas ferramentas que eu uso.

Bem vindos e uma ó ma leitura.

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Fui convidada a compar lhar um pouco das minhas vivências e a -vidades com você e me sen es mulada a escrever sobre este tema que eu tanto gosto – a Aprendizagem Experiencial e a união que fi z com as ferramentas de coaching. Para isso resolvi dividir um pouco da minha história - quem sou, o caminho que percorri até o momento e al-guns planejamentos futuros.

Sou Psicóloga Comportamental, pós-graduada pela USP e uma apai-xonada nata pela natureza e por este estado incrível que estamos, o es-tado de “sermos humanos”.

Defendo a máxima de Saramago que diz que não tenhamos pressa, mas que também não fi quemos parados no tempo. Tornei-me Life Coa-ch pois (como qualquer ser terráqueo normal) cheguei em um momen-to do tudo ou nada da minha vida – trabalhava muito e ganhava pou-co, me incomodava muito sem me apropriar das responsabilidades pe-lo caos que eu gerava. Sim, minha vida era um caos, era insa sfatória e eu não percebia o quanto eu estava de acordo com o caos que eu es-tava imergida. E porque eu estava de acordo? Porque eu deixava de to-mar as ações necessárias para as mudanças que eu desejava.

Era muita falação e pouca ação.Com trinta anos e uma vida super sedentária – trabalhava de segun-

da a sexta feira, estava em cursos sábados e domingos. Eu me sobre-carregava sem ver, acumulava trabalhos e responsabilidades de uma forma desenfreada sem aproveitar o bônus do meu esforço, arcava so-mente com o ônus. Meus exames de saúde refl e am meu momento conturbado – colesterol alto, diabetes, pressão, bruxismo, dores cons-tantes de cabeça.

E então eu ve um choque existencial: aos trinta anos minha mãe fez a sua passagem. Ela era loira natural, olhos verdes, super jovem,

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alegre, vivia me ques onando porque eu deixava de viver para aceitar uma ro na louca – que ela em sua sabedoria percebia e eu nem nota-va. Comentava o quanto eu gostava de viajar, de passear, de viver a vi-da quando mais jovem – coisa que havia deixado de lado há uns bons anos. Eu estava estarrecida! Seus ques onamentos ecoavam em mim: “fi lha, a vida passa rápido demais para sermos escravos. Pior ainda, es-cravos de nós mesmos”.

Viver para o trabalho ao invés de trabalhar para viver, para usufruir e deixar fl uir – boas energias, encontros com amigos, alegria.

Precisei parar minha vida e ressignifi car. E me ressignifi cando, me permi perceber sobre nova ó ca meu trabalho – e levar qualidade de vida para as pessoas, levar superação.

Comecei a viajar e pra car esportes. Esse envolvimento comigo mesma começou a infl uenciar quem estava ao meu redor. Trabalho ho-je com grupos e atendimentos individuais – sempre priorizo as a vida-des ao ar livre, amo rapel, ra ing, rolesa, stand up e junto às a vida-des eu insiro as ferramentas de coaching.

Desejo fortemente que as pessoas obtenham qualidade de vida, que usufruam do direito de ser feliz, que se conscien zem de suas es-colhas, pois as suas escolhas mostram quem realmente são – elas o -rarão do ponto A e te levarão ao ponto B, o ponto desejado, o futu-ro planejado.

Tornei-me coach por ser encantada pelo método, esse caminho pa-ra a autoconsciência, autossa sfação e autogestão pessoal onde se consegue a ngir os melhores resultados com menor esforço e em um curto espaço de tempo, pois a energia do coachee está direcionada pa-ra o que realmente importa: ele mesmo.

Gosto quando os clientes chegam até mim com sonhos; afi nal, se podem sonhar, eles podem realizar – só estão sem perceber o cami-nho que trilharão e isso é muito melhor que trabalhar com alguém que não sabe o que quer e vive o fl uxo “Zeca Pagodinho”, deixando a vida lhe levar.

Para o coachee que sabe onde quer chegar, nem todos os ventos são favoráveis, ele tem consciência do seu estado ideal e o que lhe será positivo e transformador se atingir suas metas. Quem sabe on-de quer chegar não ignora os fatos de sua vida, pois sabe que ignorar os fatos não os alterará e fazer de conta que nada está acontecendo

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é arcar com um ônus muito grande – o ônus de ser omisso para con-sigo mesmo.

Eu me disponho 100% aos meus coachees nas suas buscas de trans-formação, de autoconhecimento, pois quem busca esclarecimento pa-ra as suas questões sabe que nenhuma oportunidade é perdida – sem-pre haverá alguém para aproveitar da oportunidade que alguém perde. Quem busca auxilio está disposto a dizer: basta!

Quem busca auxilio profi ssional está agindo em mais de 50% para a concre zação de seus desejos, pois parou de falar e agiu. Trocou o cul-pabilizar o mundo por responsabilizar-se por seus aprendizados e vitó-rias. Cansou de sofrer, pois tomou consciência que a dor é inevitável, mas o sofrimento é sim opcional.

E da mesma maneira que eu encontrei recursos em mim para lidar com as situações de ensinamentos que vivi e explanei acima, tenho certeza que meus coachees têm dentro de si os recursos necessários para serem absurdamente felizes e também conseguirão trilhar o cami-nho da qualidade de vida, do viver sem culpa, com menos receios, me-nos crenças desafi adoras e com maior consciência.

Sei que você, leitor, pode pensar que é muito desafi ador o que digo, mas imagine-se como um barco feito para desbravar mares, traçar ro-tas extraordinárias entre os mais diversos mundos. Este barco está se-guro quando ancorado no cais do porto, mas ele não foi feito para fi car parado ou perderá sua funcionalidade, enferrujará sem que seu poten-cial seja explorado e afundará sem experimentar metade das histórias que o universo tem para ele. A aprendizagem experiencial me possibi-lita isso, agir de forma que você não fi que ancorado no cais do porto, em uma zona de conforto desconfortável.

Através da aprendizagem experiencial eu busco que meus coachees não fi quem ancorados no cais do porto, que não enferrujem e nem se permitam ser vencidos sem tentar. Possibilito que se arrisquem, nave-guem por longos mares, desvelem belezas que os deixarão com histó-rias para contar e que ainda trarão consigo âncoras posi vas e crenças fortalecedoras para que vivam melhor. E sendo melhores para si, se-rão melhores para os outros – expandindo carinho, respeito, histórias, amor, aprendizados e conhecimentos.

Neruda diz que “somos livres para fazermos nossas escolhas e de-vemos lembrar que somos prisioneiros de suas consequências” e este

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é meu trabalho de Life Coach – ques onar como estão as escolhas de meus coachees, quais bônus têm recebido e quais ônus têm arcado.

Veja bem, minha intenção está longe de convencer alguém a ver o mundo através da minha ó ca – afi nal de contas convencer alguém é perda de tempo. Parafraseando Saramago, convencer alguém é ten-tar colonizá-lo e eu quero mais que cada um viva as belezas e benesses de ser quem se é, afi nal são as diferenças que agregam novos conheci-mentos e habilidades comportamentais.

Meus valores fazem com que eu me empenhe em você ter auto-nomia sobre você mesmo. Digo que todos desejam chegar ao topo de uma montanha, mas é fundamental perceber que toda a felicidade e crescimento pessoal ocorre quando você está escalando esta monta-nha, pois a felicidade não é o obje vo fi nal, ela é o caminho.

E às vezes tudo que precisamos é de uma mão para segurar e um coração que nos entenda, que nos reconforte. Meu desejo sincero é ser esta mão, e compar lhar o que sei e aprender com as vivências dos meus coachees, deixar o melhor de mim e acreditar que enquanto a comunicação for efe va, clara e efi caz, ela será fortalecedora.

Com meus coachees eu trabalho as pequenas e grandes transfor-mações da vida, as mudanças su s que geram enormes consequên-cias. Foco em competências, auto percepção e no perdão – perdão de si, de quem passou, de quem está e o que mais ver de ser perdoado para ser liberto.

Digo que chega um momento em nossas vidas onde somos convida-dos a aceitar as mudanças com a graça de um ser adulto e não a triste-za de uma criança. Somos convidados a erguer a cabeça e deixar algu-mas coisas par rem permi ndo que a energia fl ua, reconhecendo os aprendizados que cada situação traz consigo e seguindo adiante.

Antes de despedir-me eu vos convido a olhar para a sua vida e per-ceber: o que ocorre neste momento, o que sempre lhe ocorre (e posi- vo ou nega vo)? Qual a sua responsabilidade sobre o caos que está

vivendo? O que você poderia fazer de diferente agora que afetaria de maneira posi va o seu futuro?

Ou você controla seus comportamentos, ou seus comportamentos o controlarão. Tenha paciência consigo mesmo – a paciência requer mui-ta prá ca, mas é um comportamento valioso e merece ser exercitada.

Despedindo-me e pensando em algum recado que possa deixar pa-

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ra quem me lê e que construa a sua estrada baseada no hoje, o seu pre-sente é o que te impulsiona em direção ao seu futuro, pois são os pe-quenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.

Sobre Sheila Machado

Psicóloga com especialização em Psicologia Comportamental pela USP/HU, Master Pra c oner em PNL e Life Coach pela Socie-dade Brasileira de Coach em Sao Paulo • Trabalhando com Apren-dizagem Experiêncial, tem como missão a melhora da sa sfação e qualidade de vida de seus coachees • Encantada pela nature-za e esportes de aventura, amplia o ambiente de trabalho ao am-biente outdoor, proporcionando experiências de auto conheci-mento através das pra cas geradas com dinâmicas ao ar livre, compreende a conexão entre o homem e a (sua) natureza como a mais fortalecedora do todas as ressignifi cacoes.

Onde mora: São Paulo/SPE-mail: [email protected]: 55 (11) 9-4960-0007Whatsapp: 55 (11) 9-4960-0007Facebook: facebook.com/coachsheilamachadoLinkedIn: linkedin.com/in/sheila-weber-9826764bTwi er: twi er.com/SheilaMachadoEuYoutube: youtube.com/channel/UCIjFPmpTLnfTSb7wE30Jm2gYoutube: youtube.com/channel/UCgNj8y6Xh86Ck4SJLGnCPfg

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Sua Melhor Versão na

Gestão da Emoção

Têneli Müller

Gestão da emoção é um termo comum nos dias de hoje. Nesse mundo frené co é algo que se torna imprescindível.

Nomenclaturas como essas surgem a todo o momento, mas o mais importante é o ato de gerir ou administrar

os sen mentos, é nisso que se encontra o desafi o e é sobre isso que iremos conversar nas linhas seguintes.

O meu muito obrigado a você.

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Quando falamos em gestão da emoção precisamos em um primeiro momento entender a semân ca das duas palavras para que assim pos-samos juntar o contexto. Ao nos depararmos com a palavra gestão, en-tendemos como defi nição o ato de gerir, de administrar algo, sendo es-se um termo que surgiu ao longo da revolução industrial; Se levássemos para o lado empresarial, iríamos administrar a empresa em todos os as-pectos, resolver confl itos, fazer com que essa empresa cresça e isso re-fl e rá em uma brilhante gestão.

Agora, o que é emoção? Nesse caso poderíamos resumir de uma forma clara e simples: Emoção é todo e qualquer sen mento que desde o nasci-mento acompanha os seres humanos, algumas emoções mais básicas vêm de “fábrica” e podemos descrevê-las com as denominações medo, triste-za, raiva e alegria. Note que desde que nascemos saímos na desvantagem de sen mentos considerados bons em relação a sen mentos não tão bons assim, portanto temos apenas a alegria para nos confortar.

Calma lá! Não é bem assim e para isso pedimos ajuda à PNL. A PNL (Programação Neurolinguís ca) tem em um dos seus pressu-

postos a melhor explicação que já houve para esse desequilíbrio de sen- mentos e para ajudar no entendimento transcrevo a frase abaixo:

“Todo comportamento é ú l em algum momento da nossa vida e ne-nhum comportamento é ú l em todos os momentos da nossa vida”.

Agora que estamos familiarizados com as semân cas das palavras, te-mos como gestão da emoção o ato de gerir ou administrar nossas emo-ções, algo muito complicado às vezes, e para isso tem que exis r uma evolução diária, sempre um passo de cada vez. Não se deprima se for um micro passo, o importante é ser um micro passo na direção certa.

Nesta etapa abordaremos as três principais causas ou difi culdades da gestão da emoção e depois falaremos das três principais ferramentas pa-ra gerir com maestria a emoção, algo que desejo transcrever da forma mais simples possível. Nosso cérebro reconhece um trauma, uma fobia, ou um sen mento ruim em nanossegundos, assim também funciona pa-

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ra as técnicas de controle da gestão da emoção. Basta apenas nanosse-gundos para o cérebro ressignifi car uma fobia ou mesmo para a mudan-ça de um sen mento de ruim para bom. Enfi m, essa poderosa máquina chamada cérebro é o maior e mais rápido computador que existe e va-mos u lizá-lo da melhor forma possível.

Dentre as principais difi culdades na gestão da emoção, existem três sen mentos encontrados em uma parcela imensa da humanidade. Se você nunca sen u qualquer dessas emoções, parabéns! Mas segundo alguns estudos você poderá sen r em breve, devido ao bombardeio de informações que recebemos todos os dias e que nos torna criadores de síndromes em geral, essa tríplice aliança leva o nome de ANSIEDADE, DE-PRESSÃO e ESTRESSE.

1. ANSIEDADE

Iniciamos com um sen mento chamado ansiedade. Alguns podem considerar simples, outros como uma das emoções mais comuns nes-se mundo frené co, mas o importante é entender do que se trata. Pa-ra descrever a ansiedade podemos dizer que é uma preocupação de al-go que ainda não ocorreu, ou pior, às vezes de algo que nem irá ocorrer. Mesmo sendo uma das sensações mais comuns, parece frágil, mas não é, esse sen mento é tão di cil de gerir quanto qualquer outro. Os sinto-mas mais comuns nas crises de ansiedades são:

• Falta de ar ou sensação de sufoco; • Arrepios; • Suores, frios; • Mãos úmidas; • Tensão muscular; • Dores; • Difi culdades para dormir; • Leve tontura ou ver gem; • Sensação de impotência.

2. DEPRESSÃO

Esse sen mento ocorre de forma grada va, aumenta silenciosamen-te. É algo tão sério que afeta todos ao seu redor de uma forma direta ou

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indireta. Para quem sente nada faz sen do, nada tem graça, o melhor é fi car ali sem fazer nada e sem a companhia de ninguém, uma tarefa ár-dua administrar esse sen mento. O primeiro passo é a intervenção mé-dica, pois são raros os casos que a superação ocorreu sem a ajuda de ter-ceiros. Não é impossível, mas a energia gasta é quase sobre-humana e não é indicada a ninguém. Os principais sintomas são:

• Isolamento social;• Chorar mais e com mais frequência; • Comportamentos suicidas; • Redução do interesse e prazer sexual; • Agitação motora; • Inquietude; • Alterações dos ritmos cardíacos; • Humor deprimido; • Desânimo persistente;• Tristeza; • Baixa autoes ma; • Sen mentos de inu lidade; • Vazio; • Culpa ou/e irritabilidade.

3. ESTRESSE

Para completar nossa tríplice aliança, temos o estresse. Segui essa or-dem para fazer sen do, pois tudo inicia com uma “ansiedade”, que se for deixada de lado pode virar uma “depressão” e ambos sen mentos levam ao “estresse”, termo esse que era usado na sica, relacionado com des-gaste de materiais e que também advém de uma patologia simples. Essa simplicidade levou a um incrível aumento de pessoas estressadas. Nos dias atuais o termo é u lizado até pelas crianças devido sua normalida-de: basta uma pequena alteração de humor e já u lizam que estão es-tressados e por isso agem de tal forma. Enfi m, não importa a simplicida-de ou naturalidade, o estresse é algo a ser acompanhado e administra-do, pois suga suas energias e não lhe traz bene cio algum.

O principal sintoma: desgaste sico e mental com uma mudança bru-tal de humor.

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Para encerrar o assunto da tríplice aliança dos monstros da nos-sa mente, gostaria de mostrar que existem inúmeros outros monstros e, caso você possua um deles como algo de es mação, a boa no cia é que sempre é possível domes cá-los (sobre isso irei comentar um pouco mais à frente. Nesse momento quero apenas demonstrar os nomes des-ses monstros que assombram grande parte da população).

O grande Dr. Augusto Cury, em seu livro gestão da emoção, elencou 38 pos de fantasmas ou monstros que devemos nos preocupar quan-do falamos em gestão da emoção. Gostaria de transcrevê-los e com is-so tomarmos consciência da proporção dessa nossa administração do EU interior, de que nunca será uma tarefa fácil, mas também nunca se-rá impossível.

1 - Timidez e insegurança; 2 - Autopunição; 3 - Sen mento de culpa; 4 - Sen mento de vingança; 5 - Complexo de inferioridade; 6 - Ciúme; 7 - Fragmentação da autoes ma; 8 - Baixo limiar para frustrações; 9 - Fobias (social, agorafobia, claustrofobia, tecnofobia, de animais);10 - Irritabilidades; 11 - Impaciência e fl utuação emocional exageradas; 12 - Angus a; 13 - Impulsividade; 14 - Ansiedade; 15 - Depressão; 16 - Mau humor; 17 - Pessimismo; 18 - Doenças psicossomá cas; 19 - Vigorexia; 20 - Transtornos alimentares (anorexia, bulimia); 21 - Dependência química;

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22 - Transtornos obsessivos compulsivos (TOC); 23 - Conformismo; 24 – Coitadismo; 25 – Egocentrismo; 26 – Individualismo; 27 – Necessidades neuró cas (necessidade de poder, de estar sem-

pre certo, de ser o centro das atenções, de falar compulsivamente, de preocupação com a imagem social);

28 – Auto abandono; 29 – Solidão social; 30 – Autocobrança; 31 – Inveja sabotadora; 32 – Sofrimento por antecipação; 33 – Ruminação de perdas e frustrações; 34 – Cobrança excessiva; 35 – Compulsão por reclamar; 36 – Difi culdade de se reinventar; 37 – Défi cit de proteção emocional; 38 – Hipocondria ou medo de doenças.

FERRAMENTAS PARA GESTÃO DA EMOÇÃO

1- EMPATIA

Nos parágrafos anteriores falamos um pouco sobre os monstros que habitam nossa mente, mas agora falaremos de soluções na prá ca. Co-meçaremos com um sen mento importan ssimo quando temos em pessoas próximas alguns dos monstros da tríplice aliança. A melhor fer-ramenta a ser u lizada é a empa a.

Podemos dizer que esse é o sen mento de se colocar no lugar do outro e poderíamos analisar com você observando as ações a sua volta como um espectador, antes de u lizar o seu conceito e a sua opinião. Essa a tude é de extrema importância, pois gestão da emoção envol-ve tudo que acontece ao seu redor e não a exclusividade dos seus sen- mentos. Quando você u liza a empa a tudo fi ca mais suave, chega a

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parecer que tudo fl ui naturalmente, o convívio é bem melhor! Para ter certeza, faça o teste e veja as mudanças quase imediatas na sua gestão.

2- CONTEMPLAR O BELO

Outra ferramenta que funciona muito bem na gestão da emoção é contemplar o belo e podemos considerar como um exercício de gra dão. Quando nos damos ao prazer de enxergar o belo nas pequenas coisas, tudo muda, faça a experiência! Tudo que demonstro como ferramentas da gestão da emoção devem ser colocadas em prá ca, só assim verá o resultado. Pegue uma simples fl or e contemple toda sua estrutura, veja se é macia, analise seu tamanho, veja como é belo cada minúsculo de-talhe, a energia está onde a atenção está concentrada, após todo esse exercício u lize outros objetos que lhe agradem.

3- ATENÇÃO PLENA

A prá ca mais poderosa, em minha opinião, é a atenção plena e podemos simplifi car seu signifi cado em um dos milhares de pos que existem quando o assunto é meditação. É quando você se coloca a me-ditar e depois silenciar, logo não conseguimos deixar de pensar, ou se preferir, não conseguimos pensar em nada. Faça uma brincadeira sim-ples agora, nesse momento: “NÃO PENSE EM UM ELEFANTE ROSA”. É quase impossível, não é? Mas a parte boa é que nessa hora que tenta-mos a ngir esse controle, as melhores idéias surgem. Um pouco à fren-te vou explicar como fazer esse exercício, porém preciso dizer antes que a meditação, o silêncio, a atenção plena, não importa a nomencla-tura, fazem toda diferença na vida de uma pessoa e você precisa ter es-se momento, você precisa se conectar com alguma realidade que acre-dita, esse é o momento!

EXERCÍCIO

Encontre um lugar silencioso e com pouca ou nenhuma distração. Re-serve um tempo e espaço na agenda diária para a prá ca medita va. Use roupas confortáveis e adequadas. Sente-se em posição que permita pou-co ou nenhum desconforto durante o tempo de prá ca. O pescoço deve estar em posição neutra e confortável. A coluna deve estar ereta quando sentado, com ombros alinhados, e com as mãos apoiadas nas pernas pa-

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ra evitar desconforto na cintura escapular. Os olhos podem estar fecha-dos. Meditar por períodos menores no começo (5-10 minutos), aumen-tando o tempo da prá ca progressivamente, conforme possibilidades e necessidades de cada um. Nunca se esqueça que para ser um bom admi-nistrador de emoção você precisa ser um ser humano incrível!. Toda essa evolução pode levar horas, dias, meses ou até vidas, o importante é sa-ber onde você está nesse exato momento da evolução, onde você quer chegar e quais resultado quer a ngir.

CONCLUSÃO

Para encerrar essa explanação, vamos falar do que existe de mais atu-al na gestão da emoção, isso ocorre quando há a junção do coach e PNL (Programação Neurolinguís ca). Essa união possui inúmeras ferramen-tas para se trabalhar. Abordaremos uma de extrema importância que é o ga lho de memória. Nesse quesito é importante que saibamos que não temos como apagar uma memória, isso só ocorreria com algum po de acidente cerebral e se não podemos apagar nada dessa máquina, então podemos criar informações paralelas, os chamados ga lhos de memó-ria, que funcionam da seguinte forma:

Quando por algum mo vo passamos por experiências traumá cas, em nanossegundos essa janela de memória se abre e você perde todo o controle. Essas janelas traumá cas podem ser construídas na infância e levadas até o fi m da vida. Um exemplo é de alguém que se envolveu em um acidente de carro na infância, é natural que o ser humano crie um medo de dirigir na fase adulta, pois foi instaurado um ga lho de memó-ria traumá co na criança, onde ela associará o medo a situações seme-lhantes, mesmo que não se lembre do fato ocorrido.

A solução é simples, teremos que nutrir nosso cérebro com infor-mações saudáveis sobre o mesmo assunto, como por exemplo, u li-zando a ressignifi cação da PNL (Programação Neurolinguís ca), mas, antes, analise todas suas informações do passado e faça uma recicla-gem, procure o po de pensamento que abre essa janela traumá ca. Este será o passo crucial.

Feito esse processo de refl exão você irá analisar suas crenças limitan-tes que tanto para o coach quanto para a PNL (Programação Neurolin-guís ca), são o que te impossibilitam de fazer voos maiores. Essas cren-ças limitantes são as causas de inúmeras ruínas no setor da gestão da emoção. Pense em você como uma empresa, agora pense nas crenças

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como aquele setor burocrá co, que nada funciona e não deixa as coisas fl uírem com naturalidade.

Pronto, estamos com toda a receita. Temos o mo vo pelo qual a ja-nela traumá ca abre, temos nossas crenças limitantes e temos uma fer-ramenta poderosa chamada ressignifi cação que u lizaremos para a cria-ção das janelas saudáveis ao lado das janelas traumá cas. Sei que é um pouco confuso esse assunto, mas fará toda a diferença na sua gestão.

Para ressignifi car você pega uma frase simples no inicio, como, “ Eu sou muito chato quando o assunto é disposição dos objetos”, e transfor-mar essa frase em, “Fico pensando o quão organizado eu sou quando o assunto é disposição dos objetos”.

Pronto, esse é um exemplo simples, agora temos que ressignifi car al-guns sen mentos, algumas crenças, para sermos autores da nossa pró-pria história. Somos únicos e devemos viver ao máximo nossa pequena passagem nesse plano, u lize a ressignifi cação para provar a você mes-mo que é capaz de superar esses obstáculos e comandar a gestão da sua emoção. Mais uma vez repito que não será uma tarefa fácil, mas ao con-seguir, toda vez que abrir essa janela traumá ca automa camente, tam-bém abrirá a janela saudável e a gestão estará sob controle.

Desejo que você tenha o máximo de controle da sua gestão, que vo-cê aprenda a cada dia com os seus medos, suas fraquezas, que não te impeçam de agir, de caminhar, que você seja livre e domes que seus monstros, que fale deles com naturalidade, exponha até o mais vil dos sen mentos em todas conversas com o seu eu interior. Refl exione e viva sem limites para errar, que seus dias sejam tão incríveis e emocionantes quanto tudo que você guarda dentro de você.

Um grande e afetuoso abraço, sucesso, muita paz e luz, fi que com Deus e Namastê !

Bibliografi a

Cury, AugustoGestão da emoção : técnicas de coaching emocional para gerenciar a

ansiedade, melhorar o desempenho da pessoal e profi ssional e conquis-tar uma mente livre e cria va / Augusto Cury. - São Paulo : Saraiva, 2015.

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Sobre Têneli Müller

Life Coach formado pelo ICPP, Prac oner em PNL pela Ápice Desen-volvimento Humano, Fundador e Idealizador do Portal Genius in Cons-truc on (G.I.C.) • Idealizador do projeto “Nem o Céu é o Limite“ para Universitários, desenvolvido em parceria com o projeto USCS EMPREEN-DER na Universidade Municipal de São Caetano do Sul e do curso de for-mação “O Atalho para o sucesso” • Residente e domiciliado em Mauá há 35 anos, também faz parte de projetos sociais tais como: “Portal Supe-ração”, que fornece ajuda emocional para pessoas com câncer supera-rem esse desafi o, e “Natal Solidário” a crianças carentes da região • Seu valor principal é não perder a sua essência e estar sempre em busca da conscien zação e evolução humana.

Onde reside: Mauá - SPSite: www.portalgic.com.brE-mail: [email protected] fi xo: 55 (11) 3420-3920Celular: 55 (11) 9-4933-5051Whatsapp: 55 (11) 9-4933-5051Facebook: facebook.com/geniusinconstruc on

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Técnicas de Voz, Postura e Comunicação

Para Palestrantes

Thiago Rinnaldi

É importante saber como comunicar com sinais posi vos, cravar nossa marca pessoal, nosso

es lo próprio. Podemos transmi r sinais nega vosatravés da postura, voz, gestos

e é necessário conhecer quais são, pois podem transmi r imagens inadequadas a nosso respeito.

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A comunicação é uma ferramenta bastante importante nos dias de hoje, tanto no ponto de vista pessoal, quanto no ponto de vista profi ssio-nal. Na verdade a comunicação nos revela para as pessoas e passa uma ideia muito forte de como somos, como nos sen mos em cada momen-to e em cada situação.

É importante entender que emi mos sinais para as pessoas quando nos comunicamos. Esses sinais podem ser posi vos ou nega vos e é in-teressante que saibamos iden fi car quais são esses sinais, pois funcio-nam como a nossa marca pessoal, como nosso es lo próprio. Muitas ve-zes podemos transmi r sinais nega vos e é necessário conhecer quais são esses sinais para poder interferir e melhorar, pois produzem caracte-rís cas nega vas com ruídos de comunicação, transmi ndo imagens ina-dequadas a nosso respeito. Esses sinais, na prá ca, são emi dos para as pessoas por meio de três condições:

Primeiro: condição corporal. O movimento do meu corpo, a manei-ra como me coloco e os gestos que u lizo produzirão determinado im-pacto. Segundo: a maneira como eu falo. A maneira como colocamos a nossa voz, as pausas, as ênfases que u lizamos em um discurso, também produzirão um determinado impacto. Terceiro: aspectos vocais que es-tão relacionados com a maneira como u lizamos a voz.

Estes três grupos de caracterís cas produzirão impactos e é sobre ca-da um deles que passaremos a analisar nos próximos tópicos.

CORPO: POSTURA E GESTOS

O primeiro ponto, a postura, é a maneira como nos colocamos corpo-ralmente, nossa postura passa impressões muito fortes a nosso respeito. Estudos apontam que cinquenta e cinco por cento do impacto na comu-nicação vem da imagem que passamos com o nosso corpo, por esta ra-zão é de extrema importância destacar as caracterís cas principais que

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devemos entender para transmi r a imagem correta, a fi m de que o ou-vinte absorva ao máximo a ideia que pretendemos passar.

O interessante é sempre adotar uma postura ereta e confortável, em que o narrador se coloque de frente para a pessoa com quem irá se co-municar. Quando u lizamos esse po de postura passamos a impressão para as pessoas de que somos totalmente seguros em relação ao assun-to que estamos tratando e, principalmente, que nos sen mos mo vados e confi antes em nos comunicar.

Se, por acaso, sen mos insegurança em relação ao que estamos fa-lando, é comum que nos apresentemos com uma postura mais humilde, com o corpo levemente inclinado para baixo, ombros caídos, ou ainda, cabeça voltada para o chão. Se uma pessoa adota esse po de postura ao expor suas ideias, o ouvinte terá, automa camente, a impressão de que o narrador não se sente seguro, que não tem muita certeza em rela-ção ao conteúdo que está transmi ndo. Portanto é uma postura que não passará a fi rmeza necessária, principalmente em uma reunião de negó-cios, ou em uma palestra, pois o que chamará mais atenção é a postu-ra derrotada e de insegurança do locutor e não o conteúdo da fala pro-priamente dito, não transmi ndo a credibilidade que se pretende a ngir.

Por outro lado devemos também tomar cuidado com as posturas exa-geradas. Se o locutor posicionar-se de uma forma ereta, mas extrema-mente rígida, certamente passará a ideia de esnobismo e de an pa a que consequentemente afastará as pessoas, fazendo com que estas per-cam o interesse em captar o conteúdo da fala.

Em relação aos gestos, sabemos que é algo natural e automá co quando nos comunicamos. Os gestos fazem parte da comunicação do nosso dia a dia, seja em um diálogo pessoal ou profi ssional. Basicamente u lizamos dois pos de gestos de maneira natural em nossos diálogos: os gestos de ênfase e os gestos simbólicos. Passaremos a entender cada um deles e a sua importância neste tópico.

O primeiro é um gesto que demonstra ênfase, que signifi ca destacar um determinado trecho durante a fala, e que é marcado, por exemplo, com o movimento das mãos. Durante um diálogo, ou uma narra va, o corpo interage através de gestos e nos momentos da fala em que que-remos enfa zar algo, costumamos fazer movimentos para salientar este trecho, o que é visto com uma condição natural. Por exemplo, erguer as mãos para transmi r a ideia de altura.

Outro gesto que é muito u lizado é o simbólico. Gesto simbólico é aquele que realizamos de forma a neutralizar ou suavizar a narra va. As-

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sim, se o narrador está em um discurso em que não pode enfa zar de-terminados trechos, ou não pode demonstrar seus próprios sen mentos em relação aos fatos narrados, deve atentar-se para a realização de ges-tos simbólicos que tornarão a sua narra va neutra. Esses gestos podem ser, por exemplo, uma mão sobre a outra, com as mãos apoiadas em al-gum lugar ou com os dedos cruzados, gestos esses que podemos iden -fi car muito em apresentadores de telejornais. Todas essas são posições neutras que intermediarão esses gestos e a narra va.

No entanto devemos nos atentar para que esta posição neutra não permaneça durante toda a narra va, sendo necessário realizar uma va-riação de movimentos neutros no decorrer do tempo. Devemos evitar repe r sempre o mesmo gesto, voltando sempre para a mesma posição neutra, pois se não houverem variações o narrador passará a ideia de al-go muito ar fi cial, como se as mãos ganhassem vida própria e se movi-mentassem independente do conteúdo da fala.

Portanto, ao longo de toda e qualquer narra va ou diálogo o locutor deve permanecer sempre atento aos gestos que serão realizados para não transmi r a impressão de estar nervoso, tenso, inseguro, ou seja, de que não está tão certo do que fala ou expõe.

CORPO: EXPRESSÃO FACIAL

No que se refere à expressão facial devemos entender que o nosso rosto é visto pelo ouvinte a par r de dois planos. O primeiro é um plano superior, que abrange a ponta do nariz para cima até o topo da cabeça, onde os olhos tem maior carga expressiva e causarão maior impacto du-rante a comunicação. O segundo é um plano inferior, da ponta do nariz para baixo até o queixo, onde a boca será a maior responsável pela carga expressiva. É de extrema importância passar ao ouvinte a impressão de harmonia desses dois planos. Assim, durante o discurso, o locutor deve falar movimentando bem a boca e realizando movimentos com os olhos e com a testa, que devem se harmonizar e serem coerentes entre si.

Devemos estar atentos para não cometermos alguns erros comuns em relação à expressão facial, para que o discurso não se torne exagera-do, caricato ou ar fi cial. Um dos erros mais comuns ocorre quando o lo-cutor/narrador está muito inseguro em relação à situação e ar cula mui-to pouco os lábios, falando com a boca quase fechada. Como foi dito, a parte de baixo do rosto é um dos focos de atenção durante um diálogo e a boca é o ponto principal. Se o narrador quase não movimenta os lá-

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bios, acaba perdendo expressão e prejudicando o conteúdo que preten-de expor. Estará ní da sua insegurança e isso chamará muito a atenção.

Outro erro comum ocorre quando o narrador/locutor está muito tenso ou preocupado com a situação e nestes casos é comum exagerar um pou-co mais nas expressões faciais, franzindo a testa ou apertando os olhos. Ao realizar essas manobras o locutor passará a impressão muito forte de que realmente aquela situação o está incomodando de alguma forma.

Um úl mo exemplo ocorre quanto o locutor está assustado com a si-tuação e acaba arregalando os olhos, o que chamará a atenção do ouvin-te para estes gestos.

Então é fundamental estar atento às expressões faciais realizadas em um diálogo, pois estas podem acabar por denunciar determinada inse-gurança, preocupação ou falta de preparo e prejudicar todo o discurso. O ideal é realizar movimentos ar culados naturais, sem exageros, com a movimentação e expressão adequadas, para que o ouvinte possa ser atraído de maneira posi va pelas expressões do locutor.

FALA: MODULAÇÃO E PAUSA

A fala pode acontecer a par r de várias modulações, entonações, pausas e padrões diferenciados que produzem determinado impacto e diversos efeitos. Dois pontos são de extrema importância na fala: a mo-dulação e a pausa, pois dependendo da maneira que são u lizados, po-dem ajudar ou prejudicar um discurso.

Modulação é o tom que a voz deve estar quando queremos transmi- r uma mensagem. É o processo de variação de altura, de intensidade da

voz. As pessoas modulam o tom da voz para produzir a fala e a cada fi nal de frase ocorrem três possibilidades de modulação.

As frases podem ser fi nalizadas num padrão ascendente, descenden-te ou linear. No ascendente temos o aspecto fi nal da frase como se fosse uma surpresa, como se es vesse falando de algo animado, alegre, fes -vo, ou até de espanto. Neste caso a modulação será crescente ao longo da frase, que será fi nalizada com uma variação de tom maior que no início.

O padrão descendente ocorre quando o narrador fala de algo mais sério, triste, ou envolvendo um lamento, fi nalizando a frase com pouca modulação de voz, diminuindo o tom da fala ao fi nal.

O terceiro padrão é chamado de linear, que é o padrão mais comum em uma narra va ou discurso. Neste caso não há muita variação na mo-

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dulação da voz, que se manterá pra camente no mesmo tom ao longo de toda a fala, sem ênfases. Ocorre quando há a narra va de coisas sem muito conteúdo atrelado ao aspecto emocional.

Então, essas entonações produzem impactos diferentes e devem os-cilar de acordo com o conteúdo.

Algumas pessoas tendem a viciar em um determinado padrão de mo-dulação, o que torna o discurso engessado, previsível e pouco atra vo, pois o narrador chama mais atenção do que o conteúdo. Portanto, é im-portante ter uma variação da modulação na fala, o que faz com que o ou-vinte mantenha interesse em toda a narra va.

A pausa é outro aspecto de extrema relevância, pois além de ter uma conotação didá ca, é u lizada para garan r que o ouvinte está enten-dendo perfeitamente todo o conteúdo do discurso. Quanto mais difi cul-dades de compreensão são iden fi cadas no ouvinte, mais pausas serão u lizadas. Ao contrário, se o ouvinte possui uma rápida compreensão da narração, o número de pausas entre as frases deve ser menor para não deixar o discurso entediante.

As pausas ao longo das frases devem ser dosadas para que todo o conteúdo possa a ngir de maneira efi ciente o ouvinte, separando blo-cos de signifi cados de forma que ele realmente tenha oportunidade de acompanhar todo o raciocínio. Pausas encaixadas em trechos inadequa-dos farão com que o ouvinte note algo ar fi cial e sem lógica, sem sen -do, na maneira de falar. Ainda, o excesso de pausas causa a impressão de que o ouvinte precisa de muito auxílio para compreender o conteúdo do discurso, fazendo com ele se sinta desconfortável.

Por outro lado, se o discurso não apresenta qualquer pausa transmite a impressão de que o narrador não possui preocupação com o entendi-mento ou compreensão do ouvinte. Então, a pausa é um elemento mui-to importante e deve ser u lizada para enfa zar determinados trechos dentro do discurso. Toda vez que ocorre uma pausa é como se colocasse um holofote na informação que vem a seguir, portanto é um recurso que deve ser u lizado nos locais corretos e de maneira dosada.

FALA: ÊNFASE E VOGAIS

Outro recurso muito importante é o da ênfase. Quando enfa zamos uma palavra, agregamos valor a ela. O intuito da ênfase é demonstrar ao ouvinte a importância ou relevância de determinado trecho para que ele possa iden fi car como sendo fundamental para sua compreensão, qua-

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se como uma mensagem subliminar que deixará em evidência aquele momento. A ênfase está muito associada à ideia de entusiasmo na co-municação e produz um impacto interessante no ouvinte, chamando a sua atenção, transmi ndo a impressão de mo vação. Pode transmi r a ideia de urgência ou até diretrizes em uma determinada ação.

Como exemplo, podemos u lizar a frase: “Precisamos relacionar no-vos clientes hoje”. Neste caso, se a ênfase for direcionada à palavra “ho-je”, transmi rá ao ouvinte a necessidade de urgência na ação. Se alterar-mos a ênfase para a palavra “novos”, transmi rá a necessidade de um plano de ação para captação de novos clientes e não adotar medidas pa-ra clientes já existentes.

Outro recurso da fala diz respeito à duração das vogais. As vogais pro-duzem um impacto muito importante em um discurso, pois dependen-do do po de duração, transmite certos sinais ao ouvinte. Se o narrador u lizar uma duração muito curta de vogais, transmi rá a ideia de mui-ta obje vidade. Ao inverso, a u lização de uma vogal muito longa trans-mi rá a impressão de mais subje vidade. Assim, se há a necessidade de dar uma ordem ou passar uma informação de maneira precisa, como em uma reunião da empresa, por exemplo, as vogais não devem ser profe-ridas de maneira longa e duradoura, pois é um discurso que deve passar ideia de mais obje vidade.

VOZ: RESSONÂNCIA

Ressonância é um sistema de repercussão de sons que vibram em frequência própria com amplitude acentuadamente maior, como resul-tado de es mulos externos que possuem a mesma frequência de vibra-ção. A nossa voz é produzida no nível das pregas vocais, que são estru-turas musculares em formato de “V”, posicionadas na laringe, paralelas ao chão. O som que é produzido nas pregas vocais é muito fraco, preci-sa ser amplifi cado para ganhar projeção, e é essa amplifi cação que de-nominamos ressonância.

Nós temos basicamente três cavidades de ressonância que envolvem a projeção da voz, que são boca, garganta e a cavidade nasal. Desta for-ma, para nos comunicarmos adequadamente, devemos saber u lizar de forma equilibrada estas cavidades, transmi ndo ao ouvinte a sensação de conforto na produção da fala, o que é bastante posi vo para o diálogo.

Entretanto pode ocorrer algum desequilíbrio nessa u lização, jogan-do, por exemplo, o foco da emissão do som todo na garganta, provocan-

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do uma sobrecarga desta que realizará, sozinha, o trabalho que deve ser desempenhado com o equilíbrio das três estruturas acima mencionadas. Se isso ocorrer o narrador causará a impressão de uma pessoa com pou-ca energia, de uma pessoa triste ou deprimida, o que não é interessan-te para transmi r a mensagem que se pretende. Pode ocorrer também o desenvolvimento de um padrão a pico, sem a u lização de cavidade na-sal. Ocorre como se o narrador es vesse muito gripado naquele momen-to, passando a impressão de falta de contato, porque o nariz é muito rela-cionado ao aspecto afe vo e emocional. Ainda, pode ocorrer de o narra-dor u lizar de maneira exagerada a cavidade nasal, com o som ressoando somente na faringe, transmi ndo a impressão de uma pessoa mais fú l ou menos preparada profi ssionalmente. A voz, neste caso, sai com som total-mente anasalado, o que também é muito nega vo em um diálogo.

Portanto é muito importante que o locutor esteja atento à forma de ressonância da voz durante a sua fala, trabalhando com exercícios espe-cífi cos para desenvolver corretamente a habilidade de fazer ressoar o som harmoniosamente por todas as cavidades.

.VOZ: QUALIDADE E TOM

A voz é uma das projeções mais fortes e marcantes da personalida-de de cada indivíduo e incorpora caracterís cas vocais na comunicação de forma automá ca, sem que ele note que isso acontece. Este processo ocorre de maneira absolutamente intui va e subje va, reves ndo-se de grande importância no cuidado que se deve ter para alcançar a qualida-de e o tom necessários para a comunicação.

No que tange à qualidade vocal, é recomendado que seja realizado um trabalho de forma neutra, com o intuito de transmi r a impressão de conforto, de uma fala tranquila e controlada. Porém a qualidade vo-cal nem sempre é neutra, pois algumas pessoas acabam desenvolvendo uma caracterís ca de rouquidão que pode ocorrer devido a algum pro-blema fi siológico, ou simplesmente pela própria caracterís ca natural desta voz. Assim, uma voz com caracterís ca de rouquidão muito mar-cante pode causar a impressão de que o narrador está realizando uma força excessiva para se comunicar, transmi ndo a ideia de desconforto. Quando a voz é u lizada assim, pode gerar incômodo nos ouvintes, que tendem a diminuir o interesse em focar sua atenção no discurso, dedu-zindo que o narrador está cansado ou que não aguenta mais con nu-ar seu diálogo.

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Caso a voz rouca seja predominante no dia a dia de um indivíduo, es-te deve procurar o auxílio de um profi ssional da área da saúde que po-derá diagnos car alguma difi culdade fi siológica, indicando o tratamento adequado para minimizar esta caracterís ca, inclusive com a fi nalidade de prevenir eventuais danos às pregas vocais.

Por fi m, para manter uma boa qualidade vocal é imprescindível a re-alização de cuidados diários com a voz, dentre eles manter sempre bem hidratadas as pregas vocais, seja antes, durante ou depois de um dis-curso, assim como realizar aquecimentos específi cos para a fala, manter uma alimentação adequada e evitar o consumo de alimentos ou produ-tos que possam anestesiar as pregas vocais e prejudicar a qualidade da fala, podendo ocasionar danos mais graves.

Outra caracterís ca da fala é o tom de voz u lizado. O tom da voz po-de variar de grave para agudo, sendo que cada variação causa um im-pacto diferente no ouvinte. A voz mais grave, que tende a ser mais gros-sa, transmite a ideia de fi rmeza e seriedade, ou até uma ideia impera -va, de ordem, de uma pessoa mais madura ou profi ssional. Já uma voz bem aguda, ou seja, bem fi na, causa a impressão de uma pessoa mais alegre, mais solta, ou até mais insegura ou imatura. É importante desta-car que estas caracterís cas apenas causam ao ouvinte uma primeira e superfi cial impressão acerca do narrador. No entanto, a maneira corre-ta de colocar a voz durante um discurso, independente de a voz ser gra-ve ou aguda, fará a diferença para o entendimento adequado de todo o raciocínio pelo ouvinte.

É certo que todas as pessoas possuem o tom que lhe é mais natural, mas é fundamental a análise deste a fi m de adequar um padrão para ca-da situação, mantendo, mais uma vez, o equilíbrio do discurso.

VOZ: INTENSIDADE E ARTICULAÇÃO

Outra condição importante é a intensidade da voz, ou seja, o volume u lizado para a comunicação, que pode ser baixa, média ou alta.

A baixa intensidade transmite a impressão de falta de segurança. Como exemplo, uma pessoa que preside uma reunião de negócios e fa-la extremamente baixo acaba gerando dúvida nos demais par cipan-tes da reunião, pois não transmi rá a sensação de segurança sobre o que está falando. Ao contrário desta, uma pessoa que em uma reunião de negócios fala extremamente alto, ou seja, com uma alta intensida-de, como se es vesse gritando, passará a impressão de que está inva-

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dindo o espaço do ouvinte, sendo uma pessoa arrogante, agressiva ou intransigente, gerando um alto índice de rejeição. O discurso mais ade-quado é aquele que se desenvolve em uma intensidade mediana, para que a narra va seja confortável e agradável aos ouvidos de quem es-tá presente.

Um úl mo aspecto diz respeito à forma com que as palavras são ar -culadas. A ar culação, neste caso, é a movimentação de toda a estrutu-ra que envolve a boca para produzir os sons da fala, e mais uma vez, pa-ra a realização de um bom discurso, é imprescindível que as palavras se-jam corretamente ar culadas, sem exageros, com um ajuste equilibrado da ar culação, onde os movimentos acontecem com a amplitude neces-sária e a precisão desejada.

Quando uma pessoa ar cula as palavras adequadamente, demonstra estar absolutamente segura do que está dizendo. No entanto, se o nar-rador ar cula pouco a boca, com os lábios pra camente cerrados, cau-sará a impressão de que não tem certeza do que está falando. Essa ma-neira de ar cular é conhecida como ar culação imprecisa e está sem-pre presente nas situações em que o narrador possui dúvidas em rela-ção ao conteúdo do discurso. Nessa condição a dúvida ou insegurança gera tensão, e esta tensão é direcionada automa camente para a man-díbula, travando a musculatura, causando a impressão de agressividade con da, como se o narrador es vesse com raiva, produzindo como rea-ção uma a tude de defesa ou de ataque do seu ouvinte.

Outra forma de ar culação é o ajuste exagerado, que é chamado de so-brear culação, quando há o exagero na ar culação das palavras e faz com que o narrador atraia toda a atenção para essa movimentação, gerando uma impressão de esnobismo ou falsidade. O narrador não produzirá cre-dibilidade na sua fala, por ser muito caricato e exagerado o discurso.

Essas são as caracterís cas principais que devem ser observadas para produzir o melhor impacto ao ouvinte, dosando e equilibrando a intensi-dade da fala e a ar culação das palavras para transmi r a ideia adequa-da a respeito do narrador.

RESPIRAÇÃO

A respiração é realizada por três meios dis ntos. Pode ser pela via na-sal, pela via oral, ou de forma mista, que ocorre quando inspiramos si-multaneamente pelo nariz e pela boca, como por exemplo quando leva-mos um susto. Independente do meio em que ocorre a inspiração, o indi-

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víduo deve estar atento ao direcionamento do ar para que obtenha uma melhor performance em seu discurso, sem apresentar cansaço, fadiga ou falta de ar. Para evitar essas circunstâncias é recomendado o direcio-namento do ar para a região abdominal, desenvolvendo assim a respira-ção conhecida como diafragmá ca.

Existem diversas formas de respiração, sendo a respiração diafrag-má ca ou abdominal, assim como a respiração torácica, a mais comum.

Para a realização da respiração diafragmá ca, o ar que é inspirado deve ser direcionado para o abdome, gerando a expansão do diafrag-ma. Da mesma forma, ao expirar, o ar é comprimido no diafragma e es-sa compressão vai direcioná-lo com uma maior intensidade e maior pro-jeção para as pregas vocais, possibilitando um melhor controle do som para as cavidades de ressonância, a fi m de obter o melhor resultado na hora da comunicação.

Essa forma de respiração é a indicada para todos os profi ssionais que trabalham com o desempenho da voz, pois não gerará tensão e, ainda, proporcionará um melhor controle e rendimento de sua atuação. Para que isso ocorra, é importante treinar e coordenar esse fl uxo de ar, evi-tando ao máximo que ele ocorra com a expansão dos pulmões ou ele-vação de ombros, pois isso poderá ocasionar uma respiração fadigada e com projeção inadequada.

CONCLUSÃO

Conclui-se que o profi ssional que u liza a voz como seu instrumento de trabalho deve estar atento a todos os exageros ou vícios da fala que possam mascarar e prejudicar o seu desempenho.

A melhor maneira de obter êxito em seu discurso é adotar padrões de fala neutros, equilibrados, de forma clara e precisa, para que o ouvinte possa captar todos os pormenores envolvidos no diálogo.

Ainda, é de extrema importância que o profi ssional consulte regular-mente especialistas da área, tais como coaches vocais, fonoaudiólogos, otorrinolaringologistas, com a fi nalidade de avaliar se apresenta algum impedimento sico, ou corrigir pequenos vícios através de exercícios es-pecífi cos para cada caso.

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Sobre Thiago Rinnaldi

Cantor há 21 anos, professor de Canto e Vocal Coach (para atores e cantores) há 13 anos • Instrutor Vocal, Preparador Vocal para profes-sores, palestrantes, coaches e vendedores com foco em comunicação, marke ng e vendas • Formado em Publicidade e Propaganda (pelo Ins- tuto Pentágono de Ensino) • Atuou em diversas escolas de São Paulo

e hoje dedica seu tempo à sua própria escola, o “Studio TR Técnica Vo-cal” • Lançará no Segundo Semestre de 2016 o curso on line “Voz Sem Limites” para cantores e atores (Módulo 1) e professores, palestrantes, coaches e vendedores (Módulo 2).

Onde mora: São Bernardo do Campo/SPSite: www.vozsemlimites.com.brFone fi xo: 55 (11) 4347-6445Celular: 55 (11) 9-6468-4678Whatsapp: 55 (11) 9-6468-4678Facebook: facebook.com/thiagorinnaldiLinkedIn: linkedin.com/in/thiago-rinnaldi-0668b626Twi er: twi er.com/geoffl abrieYoutube: youtube.com/thiagorinnaldi

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Holoceno e o Homo Economicus

Willian Santiaggo

Sobrevivemos aos predadores graças à nossa capacidade de pensar, de agir em grupo.

Mas o risco não foi superado, apenas modifi cou-se. Hoje estamos à mercê do

“Homo Economicus”. Proteja-se!

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É ní do que o que diferencia o homem dos animais é a sua capaci-dade de pensar e o que diferencia os homens dos homens é a qualida-de de seus pensamentos.

O obje vo desse ar go é provocar no leitor um interesse e uma análise para tornar-se um ser mais feliz e produ vo e para isso iremos retornar um pouco aos primórdios, à origem do homem na terra, e usaremos alguns termos emprestados da biologia e da paleontologia.

É chamada de Holoceno a escala do tempo geológico na qual vivemos atualmente. Ela data de 11 mil anos e começa após a úl ma grande Era do Gelo, que marcou o fi nal do Pleistoceno, a mais conhecida das glacia-ções antropológicas.

No início do Holoceno a população humana era de aproximadamen-te 5 milhões de indivíduos e hoje estamos com aproximadamente 7,4 bilhões, contagem apresentada pela ONU em 2015 e existe ainda uma projeção de que chegaremos à incrível marca de mais de 11 bilhôes de seres humanos em 2100.

Contudo, eu não estarei lá nessa ocasião e creio que você também não, então vamos nos ater ao nosso tempo, ser mais produ vos, preo-cupar-nos em tratar dos assuntos que nos interessam agora e que im-pactam as nossas vidas nesse exato momento.

Se você pudesse fazer uma única pergunta em uma sala com 200 pessoas no Brasil, com o intuito de achar um único assunto que fosse comum a todos, qual pergunta poderia ser essa? Ou que assunto se-ria esse? Vamos imaginar. Poderíamos perguntar: todos nessa sala são brasileiros? Ou todos são católicos? Todos falam apenas o português? Todos gostam de futebol? Enfi m, se permi ssemos nessa mesma sala que cada um fi zesse uma única pergunta a fi m de descobrir qual seria o assunto mais comum a todos, provavelmente teríamos inúmeras possi-

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bilidades dis ntas e eu não saberia agora informar-lhe qual realmente venceria, mas eu poderia lhe dizer no que eu apostaria. E eu apostaria a dizer que todos nessa sala possuem um interesse em comum, o inte-resse real de ser uma pessoa feliz.

Acho muito improvável que pelo menos um dos 200 fi c cios par ci-pantes levantasse a mão e dissesse: “eu não, pois eu quero ser infeliz, esse é o meu obje vo de vida e é também o que quero para a milha fa-mília, meus amigos, e todas as demais pessoas que conheço”.

Sendo assim, par rei desse pressuposto para con nuar expondo um ponto de vista que carrego diariamente, que embora seja quase impossível ser feliz o tempo todo, ou estar feliz todo o tempo, essa é uma premissa natural dos seres humanos e uma busca constante, mes-mo que inconscientemente.

Um dos maiores coaches que o mundo moderno conhece é o gran-de Anthony Robbins, ele é sem dúvida um homem de sucesso e é um exemplo a ser seguido. Certa vez eu estava lendo uma de suas frases mo vacionais e encontrei a seguinte:

“O sucesso é fazer o que você quer fazer, quando quiser, onde quiser, com quem quiser, tanto quanto você quiser.”

Algo mais ou menos assim. Confesso que essa frase me deixou sem dormir alguns dias, eu estava confuso, pois ela não fazia sen do para mim e como se tratava de uma frase de um homem de tanto sucesso como o Anthony Robbins, tratei de estudá-la e preocupei-me que ela não servisse para mim, até que optei em ressignifi car a frase e troquei a palavra sucesso por felicidade.

Dessa forma a frase começou a fazer sen do e eu comecei a fi car tranquilizado, mas, ainda sim, havia algo que me confundia e depois de fi car muito tempo refl e ndo sobre isso, fi z a pergunta que faltava: o que signifi cava felicidade para mim? Em que situações na minha vida eu havia desfrutado intensamente da sensação de felicidade, ou havia avistado em alguma outra pessoa, fossem meus conhecidos diretos ou não, a chamada felicidade?

E foi nesse instante que eu descobri que o que causava intensa fe-licidade nas pessoas era a liberdade. Sim, a liberdade, liberdade inter-pretada em todos os sen dos, desde a mais básica que seria a de não estar aprisionado, ou com sua locomoção proibida, como também es-tar livre de um trabalho que não gosta, de um relacionamento em que não se quer mais estar, liberdade em sua escolha sexual, religiosa, li-berdade para estudar exatamente o que se queira e não o que é indica-

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do pela sociedade, ou pelos familiares, enfi m, essa liberdade causa em todas as pessoas uma imensa sensação de felicidade e é dela que esta-remos falando a par r de agora.

Mas para chegarmos nisso, voltaremos a lembrar que somos da es-pécie dos HOMO SAPIENS e da subespécie HOMO SAPIENS SAPIENS, ou seja, o homem que sabe que sabe. Mais ou menos isso, sabemos que sabemos, mas parece que durante muito tempo de nossas vidas não sabemos o que fazer com isso, pelo menos não no ponto de vista emocional. Se somos racionais e sabemos que sabemos, porque não é tão fácil como deveria ser tomarmos conta de nossas emoções e então construirmos a nossa tão sonhada felicidade?

Estará certo esse ponto de vista? Bom, não é essa a questão, é claro que cada leitor responderá de uma forma dis nta e para cada resposta poderíamos seguir uma discussão diferente, mas vamos nos ater a um ponto de vista: o de que homens e mulheres são dis ntos entre si e de que além de suas caracterís cas únicas, dis nguem-se pela qualidade de seus pensamentos, ou seja, uma mesma pessoa pode ter ou criar uma vida totalmente nova apenas alterando os seus pensamentos.

Simples assim, todos temos a competência de pararmos, repensar-mos as nossas vidas e no minuto seguinte, ou no dia seguinte, reco-meçarmos e recriarmos a vida apenas instalando novos pensamentos. Não trataremos aqui sobre como fazer isso, apenas se usarmos essa ideia para chacoalharmos o nossa vida atual, esse nosso momento, pa-ra que paremos agora e repensemos a nossa trajetória, para que iden- fi quemos e olhemos para o mapa de nossas vidas, subamos no mais

alto cume e de lá, olhando fi rmemente para esse mapa, iden fi quemos se estamos na rota certa, na rota da liberdade e, contudo, na rota da plena felicidade que merecemos.

E a par r de agora, para chegarmos a uma conclusão e seguirmos por um dos caminhos que nos leve à nossa liberdade e consequente-mente à nossa felicidade, precisamos retomar um pouco o estudo da paleontologia e chegarmos ao ponto da história em que nos encontra-mos hoje. Além de sermos o Homo Sapiens Sapiens, fazemos parte de uma categoria muito perversa e que em minha opinião é a mais pre-dadora de todos os tempos: somos o “Homo Economicus”, um po de predador que obtém poder e devora outros homens através de sua si-tuação econômica. Através disso impomos todos os pos de crueldade já vividas em todas as eras da humanidade, desde a era da pré-histó-ria. Naquela época o homem precisou aprender a criar seus utensílios

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e ferramentas, associar-se em grupos para que juntos pudessem sobre-viver e defender as suas famílias, não é isso?

Foi sem dúvida essa capacidade que fez com que um mamífero pe-queno e de presas frágeis, sobrevivesse ao ataque dos grandes preda-dores da natureza, isso foi um grande feito sem dúvida, ter sobrevivido até aqui, considerando tudo que estava contra a raça humana, tais co-mo os predadores, o clima, as doenças, a ignorância, e a par r dai, tu-do que adveio dos próprios homens, como as guerras, a luta pelo po-der, território, etc, etc, etc.

Então nos tornamos o Homo Economicus, esse ser que obtém po-der pelo uso econômico e que se apodera de tudo e de todos que pu-der através de todos os meios possíveis. Desde os primórdios assis -mos e revemos histórias grotescas sobre o que esse ser moderno fez a seus semelhantes.

Mas como? Eu não sou assim, eu sou um trabalhador honesto e é -co, pago meus impostos e mesmo em um país como o Brasil, onde a corrupção é absurda, eu me mantenho fi rme com a minha hones da-de e re dão, optei em ser honesto e me manterei assim até o fi m dos meus dias...

Cer ssímo!!! Esse é o caminho que devemos seguir, mas não dei-xemos de nos entender como seres que a cada instante estão entre os que exploram e os que estão sendo explorados, essa é a nova selva, é nesse mundo capitalista que muitas coisas maravilhosas aconteceram, não entraremos nessa questão. A questão que iremos mencionar é a de que precisamos sim nos preocupar em sermos livres e uma das prin-cipais liberdades que precisamos conseguir é a liberdade econômica. Sem ela somos como presas frágeis, escravizadas e infelizes.

Muitas das coisas que nos tornam felizes, tais como morar bem, co-mer bem, poder estudar, viajar, enfi m, todas essas coisas advém de vo-cê estar preparado fi nanceiramente. Caso ainda não tenha alcançado essa posição, converse comigo através dos meus contatos nesse ar go ou procure um coach de negócios.

Grande Abraço

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Sobre Willian San aggo

Coach de Negócios, Administrador, Pós graduado em Gestão Comer-cial e Projetos, Diretor de Inovação na Saggaz, empresa que fomenta projetos na Área Educacional, desenvolvendo e levando o conhecimento a milhares de pessoas através do uso de novas tecnologias • Professor, escritor, palestrante e um viajante compulsivo • Acredita que conhecer outros povos e culturas engrandece a alma e o eleva cada vez mais pró-ximo ao pódium do autoconhecimento.

Onde mora: Ribeirão Preto/SPSite: www.williansan aggo.com.brBlog: www.coachingcomigo.tkCelular: 55 (16) 9-8195-3406Celular: 55 (16) 9-8848-1999Whatsapp: 55 (16) 9-8848-1999Facebook: facebook.com/WillianSan aggoTwi er: twi er.com/williansaggazYoutube: youtube.com/c/williansan aggosaggaz

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