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•CNJ Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o SERVIÇO DE REGISTRO DE IMÓVEIS 5ª ZONA de Porto Alegre/RS , CNS 09.993–7 (evento 4552 e 8293) dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: ODONE BURTET GHISLENI Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): RS 22840 – Maria Cristina Escoto DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o SERVIÇO DE REGISTRO DE IMÓVEIS 5ª ZONA de Porto Alegre/RS , CNS 09.993–7 (evento 4552 e 8293) dentre aqueles regularmente providos. Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, a presente serventia foi declarada vaga em decorrência de remoção irregular. Decisão proferida em 06.08.2010, 15:16h, negou seguimento ao recurso interposto contra esta decisão de 12.07.2010 ao entendimento de manifestamente incabível. Novamente vem o responsável pela serventia apresentar pedido de reconsideração por não haver o julgamento considerado que a regularidade na titularidade da serventia ter sido objeto de decisão transitada em julgada em sentido diverso. É o relatório. O recorrente assumiu o cargo de Oficial do Registro de Imóveis da 5ª Zona da Comarca de Porto Alegre/RS, por haver sido removido da Comarca de Palmeira das Missões – Boletim 5820/93 – na data de 20 de abril de 1993, sem que a remoção tenha sido efetivada por meio de concurso de provas ou provas e títulos. Inez Beatriz Basseggio Marques impetrou o Mandado de Segurança no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, argüindo o direito de ter submetido a concurso o preenchimento do aludido ofício diante da ilegalidade do ato que mandou publicar edital de vacância do cargo de Oficial do Registro de Imóveis da 5ª Zona da Comarca de Porto Alegre. Denegada a segurança, a impetrante recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao recurso por acórdão assim ementado: "OFÍCIO DE REGISTRO PÚBLICO. PROVIMENTO POR REMOÇÃO. CONCURSO PÚBLICO. – Mandado de segurança. Carência de direito líquido e certo de terceiro a opor à remoção do serventuário habilitado a concomitante previsão legal de concurso público para provimento de tal ofício". In casu, não há identidade do julgamento proferido pelo Superior Tribunal de Justiça com a decisão proferida por este Órgão Administrativo que considerou como irregular o ato de remoção, vez que a escolha do interessado na serventia deu–se de forma discricionária, arranhando o preceito constitucional. O mandado de segurança referido não analisou a regularidade da remoção, mas tão somente se a então impetrante tinha direito líquido e certo de se opor àquele ato. Mantenha–se a presente serventia no rol de serventias consideradas vagas. Dê–se ciência ao responsável pela serventia. A presente decisão serve como ofício.

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•CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o SERVIÇO DE REGISTRO DE IMÓVEIS 5ª ZONA de Porto Alegre/RS , CNS 09.993–7 (evento 4552 e 8293) dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: ODONE BURTET GHISLENI Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): RS 22840 – Maria Cristina Escoto DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o SERVIÇO DE REGISTRO DE IMÓVEIS 5ª ZONA de Porto Alegre/RS , CNS 09.993–7 (evento 4552 e 8293) dentre aqueles regularmente providos. Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, a presente serventia foi declarada vaga em decorrência de remoção irregular. Decisão proferida em 06.08.2010, 15:16h, negou seguimento ao recurso interposto contra esta decisão de 12.07.2010 ao entendimento de manifestamente incabível. Novamente vem o responsável pela serventia apresentar pedido de reconsideração por não haver o julgamento considerado que a regularidade na titularidade da serventia ter sido objeto de decisão transitada em julgada em sentido diverso. É o relatório. O recorrente assumiu o cargo de Oficial do Registro de Imóveis da 5ª Zona da Comarca de Porto Alegre/RS, por haver sido removido da Comarca de Palmeira das Missões – Boletim 5820/93 – na data de 20 de abril de 1993, sem que a remoção tenha sido efetivada por meio de concurso de provas ou provas e títulos. Inez Beatriz Basseggio Marques impetrou o Mandado de Segurança no Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, argüindo o direito de ter submetido a concurso o preenchimento do aludido ofício diante da ilegalidade do ato que mandou publicar edital de vacância do cargo de Oficial do Registro de Imóveis da 5ª Zona da Comarca de Porto Alegre. Denegada a segurança, a impetrante recorreu ao Superior Tribunal de Justiça, que negou provimento ao recurso por acórdão assim ementado: "OFÍCIO DE REGISTRO PÚBLICO. PROVIMENTO POR REMOÇÃO. CONCURSO PÚBLICO. – Mandado de segurança. Carência de direito líquido e certo de terceiro a opor à remoção do serventuário habilitado a concomitante previsão legal de concurso público para provimento de tal ofício". In casu, não há identidade do julgamento proferido pelo Superior Tribunal de Justiça com a decisão proferida por este Órgão Administrativo que considerou como irregular o ato de remoção, vez que a escolha do interessado na serventia deu–se de forma discricionária, arranhando o preceito constitucional. O mandado de segurança referido não analisou a regularidade da remoção, mas tão somente se a então impetrante tinha direito líquido e certo de se opor àquele ato. Mantenha–se a presente serventia no rol de serventias consideradas vagas. Dê–se ciência ao responsável pela serventia. A presente decisão serve como ofício.

•CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de Recurso Administrativo no qual o atual responsável pelo Tabelionato de Notas, de Protesto de Títulos, Oficialato de Registro de Imóveis, de Registro de Títulos e Documentos, Civil das Pessoas Jurídicas e Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas de Doverlândia/GO, CNS 02.944–7 requer a reconsideração da decisão que declarou a vacância da referida serventia extrajudicial.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Roberto de Faria Salomão Advogado(s): GO5999 – Anete de Lima Borges Salomão (INTERESSADO) DECISÃO/OFÍCIO _______2010 Trata–se de Recurso Administrativo no qual o atual responsável pelo Tabelionato de Notas, de Protesto de Títulos, Oficialato de Registro de Imóveis, de Registro de Títulos e Documentos, Civil das Pessoas Jurídicas e Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas de Doverlândia/GO , CNS 02.944–7 requer a reconsideração da decisão que declarou a vacância da referida serventia extrajudicial. Analisando a documentação encaminhada pelo Interessado (evento 5185, doc. 14008), verifica–se que este, em virtude de aprovação em concurso público, foi nomeado em 23 de junho de 1971 para exercer o cargo de Oficial de Registro Civil das Pessoas Naturais do Distrito Judiciário de Doverlândia/GO, sendo que, em 08 de junho de 1988 (antes da vigência da CF/1988), optou para responder pela presente serventia, e lá vem desenvolvendo suas atribuições desde então, tudo conforme documentação apresentada. Dessa forma, inclua–se a presente serventia na relação definitiva de serventia provida. Ressalta–se que esta decisão restringe–se à análise de documentos não anteriormente considerados/apresentados, vez que incabível o pedido de reexame de mérito diante da imprevisibilidade deste instituto no Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. Intime–se a responsável pela serventia. Dê–se ciência a Corregedoria Geral de Justiça do Estado de Goiás. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Cartório de Notas, de Protesto de Títulos, Tabelionato e de Registro de Contratos Marítimos, de Registro de Imóveis, de Registro de Títulos e Documentos, Civil das Pessoas Jurídicas e Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas do Município de Nova Crixás/GO, CNS 02.671–6 (evento 5399) dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Ivonei Ângelo dos Santos Advogado(s): GO2652 – Felicíssimo Sena (INTERESSADO) DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Cartório de Notas, de Protesto de Títulos, Tabelionato e de Registro de Contratos Marítimos, de Registro de Imóveis, de Registro de Títulos e Documentos, Civil das Pessoas Jurídicas e Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas do Município de Nova Crixás/GO, CNS 02.671–6 (evento 5399) dentre aqueles regularmente providos. Em suas razões, a Recorrente alega que foi nomeada em 02/03/1988 para exercer as funções de "Sub–oficial e Escrevente" do Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas, Títulos,

Documentos e Protestos, Escrivania (2º) do Cível e Tabelionato de Notas da Comarca de Itaguaru/ GO. Posteriormente, recebeu nova nomeação em 06/05/1996 para responder pelo Cartório de Registro de Imóveis, Pessoas Jurídicas, Títulos, Documentos e Protestos de Tabelião de Notas do Distrito de Nova Crixás/GO. Por fim, foi designado para responder pelo expediente da serventia em questão em 01/11/2002, através da Portaria n.º 029/2002, sempre na qualidade de interino, "até que seja provida a vaga de titular da serventia". É o relatório. Na análise da Resolução nº 80 do Conselho Nacional de Justiça, feita no Processo nº 38441, não se discute quem tem direito à interinidade. O objeto das decisões proferidas no PP 38441 é a condição de provido ou vago do serviço extrajudicial. Nos termos da Resolução nº 80 do CNJ, cujos efeitos somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88), um serviço extrajudicial somente é considerado provido se o seu titular foi aprovado em concurso público (art. 236, § 3º da CF/88), beneficiado pelo artigo 208 da CF/1967, pelo artigo 47 da Lei nº 8935/94 ou por decisão judicial ou administrativa anterior à própria Resolução, ressalvados os poderes do Supremo Tribunal Federal. Desta forma, o Interessado responde como interino da serventia em questão desde 01/11/2002, e isso sem concurso público. Trata–se, portanto, de interino de serviço vago. No caso em exame, e considerando a particularidade do evento, registre–se que o Decreto Judiciário nº 525/2008, da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, apenas deu execução à decisão proferida pelo CNJ no PP 861. Assim, seus efeitos também somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88). A decisão exposta no PP 861 não foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal. Quanto ao Recurso Administrativo: 1. A fim de dar cumprimento à delegação explicitada na Resolução n.º 80 do Conselho Nacional de Justiça, e no uso das atribuições constitucionais e regimentais atribuídas ao Corregedor Nacional de Justiça, proferi 14.964 decisões individualizadas sobre a situação dos serviços extrajudiciais do País, conforme publicação efetivada em 12/07/2010 no Diário de Justiça Eletrônico; 1.1 Diante da extensão do caso, foram publicadas cinco listas com as decisões pertinentes à situação de cada serviço extrajudicial; 1.2 A primeira lista explicita os 7.675 serviços considerados providos, incluídos 1.861 cartórios que foram considerados vagos na relação provisória de vacâncias e que após o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa foram reclassificados para a condição de providos. A segunda é a lista dos serviços vagos (5.561), assim entendidos aqueles que estão sob a responsabilidade de interinos. A terceira lista traz os serviços excluídos de apreciação final em decorrência da judicialização do objeto da análise (470). A quarta lista explicita aqueles serviços cuja existência somente foi constatada após a requisição de novas informações aos Tribunais de Justiça e o cotejo feito entre os cadastros do CNJ, Ministério da Justiça e INSS/DATAPREV (1105). A última lista traz 153 serviços extrajudiciais não cadastrados junto aos Tribunais de Justiça ou ao CNJ, e cuja regularidade é objeto de diligências em curso junto à Corregedoria Nacional; 1.3 Em cada decisão consta a respectiva fundamentação e o número do evento no qual está a impugnação do interessado e/ou a documentação analisada no caso concreto; 1.4 Os eventos referidos nas decisões estão inseridos no processo eletrônico n. 38.441, do Conselho Nacional de Justiça;

1.5 Em conseqüência das constatações efetivadas foi proferida decisão explicitando os efeitos das decisões, inclusive quanto ao limite máximo da remuneração daqueles que respondem interinamente por serviços extrajudiciais. 2. A Resolução n. 80 do CNJ, nos seus artigos 1º e 2º, dita que: "Art. 1°. É declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio de concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988; § 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando–a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias. § 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando–a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas criações. Art. 2º. Recebidas as listas encaminhadas pelos tribunais, na forma do artigo 1º e seus parágrafos, a Corregedoria Nacional de Justiça organizará a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando–as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações. Parágrafo único – No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação." 2.1 O artigo 5º, § 2º, da Emenda Constitucional n. 45, por sua vez, estabelece: "Até que entre em vigor o Estatuto da Magistratura, o Conselho Nacional de Justiça, mediante resolução, disciplinará seu funcionamento e definirá as atribuições do Ministro–Corregedor". 2.2. O Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, na redação da Emenda Regimental n. 1, de 09 de março de 2010, assim dispõe em seu art. 115: " Art. 115. A autoridade judiciária ou o interessado que se considerar prejudicado por decisão do Presidente, do Corregedor Nacional de Justiça ou do Relator poderá, no prazo de cinco (5) dias, contados da sua intimação, interpor recurso administrativo ao Plenário do CNJ. § 1º¹ São recorríveis apenas as decisões monocráticas terminativas de que manifestamente resultar ou puder resultar restrição de direito ou prerrogativa, determinação de conduta ou anulação de ato ou decisão, nos casos de processo disciplinar, reclamação disciplinar, representação por excesso de prazo, procedimento de controle administrativo ou pedido de providências ( destaquei)". 3. Ao praticar ato por delegação do plenário que integra, o Corregedor Nacional agiu em nome do próprio colegiado, circunstância que afasta a natureza monocrática de sua decisão; 3.1 A ratio essendi da Resolução n. 80 do CNJ foi explicitar a uniformização do entendimento do colegiado sobre os múltiplos litígios que aportavam no Conselho Nacional de Justiça e tinham por objeto o serviço extrajudicial. Em busca dessa mesma uniformidade, nas sessões do CNJ de 09/09/2009 e 15/12/2009 o plenário deliberou de forma a preservar a harmonização, circunstância que culminou com a redistribuição de dezenas de processos relativos ao tema da Resolução nº 80 para esta Corregedoria Nacional;

3.2 O processamento de grande número de recursos individuais, e sua distribuição aleatória aos Srs. Conselheiros, implicaria em ilógico retrocesso, pois iniciaria novo ciclo de decisões de cunho difuso e afrontaria a razão de ser da Resolução 80 e da delegação contida no parágrafo único do seu artigo 2º. 4. Ante o exposto, nos termos do art. 25, IX, do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, nego seguimento ao presente recurso por ser manifestamente incabível. Dê–se ciência ao recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o Cartório 3º Ofício de Justiça de São Gonçalo, CNS 089649 (evento 4967), foi declarada vaga sob o seguinte fundamento: "Essa Serventia foi declarada vaga, pois seu titular foi nomeado ou designado sem a devida aprovação em concurso público regular".). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: José Expedito Moreira da Cunha Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): RJ92906 – Natelma Pinto Campana Silva DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o Cartório 3º Ofício de Justiça de São Gonçalo, CNS 089649 (evento 4967), foi declarada vaga sob o seguinte fundamento: "Essa Serventia foi declarada vaga, pois seu titular foi nomeado ou designado sem a devida aprovação em concurso público regular" Nos autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, verifica–se que houve impugnação do interessado quanto à declaração de vacância da serventia (evento 724), contudo não foi apreciada. Analisada a documentação, constata–se que o interessado, técnico judiciário juramentado de 2º entrância, foi removido, em 3.1.1990, para a 5ª Vara Cível de São Gonçalo, conforme Portaria nº 23.590/90. Por duas vezes foi promovido, a primeira em 2.9.1991, sendo lotado na Vara de Menores da Comarca de São Gonçalo e a segunda em 30.4.1992, sendo lotado na 2º Vara da comarca de Itaperuna. Em 23.7.1992, foi removido por permuta para o 3º Ofício de Justiça da comarca de São Gonçalo, Portaria nº 31533/92. Alega preliminarmente a decadência administrativa. É o relatório. Quanto à alegação de decadência administrativa, o poder–dever da Administração de rever seus próprios atos encontra–se expresso no art. 54 da Lei nº 9.784/99, que define o prazo–limite de 5 anos para que a Administração possa anular os atos administrativos. O prazo estabelecido no referido artigo não se aplica para a declaração de nulidade de ato administrativo ilegal, mas tão somente aos atos anuláveis. Há reiteradas decisões do C. Supremo Tribunal Federal no sentido de que na atual ordem constitucional a investidura na titularidade de unidade do serviço extrajudicial, cuja vacância tenha ocorrido após a promulgação da Constituição Federal de 1988, depende da realização de concurso público para fins específicos de delegação, inexistindo direito adquirido ao que dispunha o artigo 208 da Constituição Federal de 1967, na redação da EC 22/1982, quando a

vaga ocorreu já na vigência da Constituição Federal de 1988 (RE 182641, 378347 e 566314, MS 27118 e 27104, Agravos de Instrumento 516427 e 743906, ADI 417–4, 363–1 e ADI/MC 4140–1, dentre outros). Portanto, a titularização em um serviço notarial extrajudicial vago após a vigência da Constituição Federal de 1.988, de pessoa que não prestou concurso público regular, é ato que se dá em clara afronta ao princípio republicano da impessoalidade e ao princípio da estrita legalidade administrativa. Pela intensidade do vício, a transformação do interino em titular de um serviço extrajudicial é ato nulo e não simplesmente anulável. Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, em sua obra "Princípios Gerais de Direito Administrativo", Forense, vol. I, 1ª edição, 1969, p. 576/579, traz a seguinte lição quanto à diferenciação entre atos administrativos nulos e anuláveis: "A invalidade decorre sempre da violação de uma norma jurídica, que faz acarretar essa conseqüência. Pressupõe a prática de ato administrativo contrário à lei, tendo em vista fatos contemporâneos à sua emanação, e, então, os seus efeitos ficam perturbados, ante essa anormalidade... "Será nulo quanto à capacidade da pessoa se praticado o ato por pessoa jurídica sem atribuição, por órgão absolutamente incompetente, ou por agente usurpador da função. Será nulo quanto ao objeto, se ilícito ou impossível por ofensa frontal à lei, ou nele se verifique o exercício de direito de modo abusivo... Ao contrário, será simplesmente anulável, quanto à capacidade da pessoa, se praticado por agente incompetente, dentro do mesmo órgão especializado, uma vez o ato caiba, na hierarquia, ao superior. Outrossim, será tão–somente anulável o que padeça de vício de vontade decorrente de erro, dolo, coação moral ou simulação." Assim, designação posterior a 05 de outubro de 1988, que não seja decorrente de concurso público regular, só pode ter ocorrido a título precário, pouco importando o nome que lhe foi atribuído. Ainda que se entendesse que o ato irregular aqui analisado é anulável, há que se observar que a parte final do art. 54 da lei 9.784/1999 exclui os atos de má fé da proteção caracterizada pela decadência. A alteração do caráter da designação, de precária para definitiva, conforme pretende aquele que só pode ser considerado interino, caracteriza má fé incompatível com o princípio da segurança jurídica, cujo fundamento é proteger a confiança que se deposita no direito e no que é direito. O prazo decadencial de 05 anos para o desfazimento da irregularidade, portanto, tem por termo inicial o momento em que foi caracterizada a inversão do ânimo da posse por aquele que se julga "dono do cartório", ou seja, a partir do momento em que o interino revelou, nesta impugnação, verdadeiro animus domini sobre serviço público que após a vigência da CF/1988 somente pode ser delegado por concurso público. O serviço pertence ao Estado e não a um particular nomeado com inobservância ao princípio da impessoalidade. A Ministra Ellen Gracie no MS28386 MC/DF, publicado em 01.12.2009, ressalva que "situações flagrantemente inconstitucionais como a remoção, por permuta entre notários e/ou registradores, sem a devida submissão a concurso público não podem e não devem ser superadas pela simples incidência do que dispõe o art. 54 da Lei 9.784/99, sob pena de subversão das determinações insertas na Lei Maior do País, a Constituição Federal." O Ministro Joaquim Barbosa no MS 28373 MC/DF, em decisão publicada em 27.10.2009, asseverou que "Em relação à alegada decadência do direito de revisão do ato de titularização pelo Conselho Nacional de Justiça, não está completamente afastado o caráter continuado da relação jurídica cujo ato normativo que lhe dava amparo foi tido por inválido. De fato, o exercício da atividade notarial se renova no tempo, de modo a criar constante tensão com normas constitucionais de regência, como a vinculação do acesso ao cargo mediante concurso público".

Ademais, o novo Regimento Interno do CNJ, que tem por fundamento o § 2º do Art. 5º da EC 45/2004, ressalva expressamente a inaplicabilidade do prazo decadencial de cinco anos quando o ato examinado afrontar diretamente a Constituição Federal (RICNJ, art. 91, parágrafo único). Pelo exposto, rejeito a prejudicial suscitada. O provimento de um serviço extrajudicial somente pode ser efetivado por meio de concurso público, instrumento cuja finalidade é permitir oportunidade igual a todos àqueles que preenchem os requisitos técnicos básicos para ser aprovado no certame. Ainda que a análise teórica da permuta seja capaz de induzir ao entendimento de que o ato não gera qualquer prejuízo, já que há o consentimento dos dois interessados, há que se despertar para duas circunstâncias que revelam afronta aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da eficiência administrativa. Há que prevalecer o interesse público no provimento de um serviço que é de natureza pública e cujas atividades atingem o estado das pessoas (registro civil), o seu patrimônio (registro de imóveis) e o seu crédito (protesto e notas), dentre outros. Daí a razão de a Constituição Federal vigente (parte final do § 3º do art. 236 da CF) estabelecer a necessidade de concurso público para fins de remoção de um serviço extrajudicial para outro, e sequer cogitar da permuta. Antes de a Resolução n. 81/2009 do CNJ definir critérios nacionais para a realização dos concursos relativos aos serviços notariais e de registro, em diversas localidades o concurso para o ingresso em um serviço extrajudicial era realizado pelo próprio juiz da Comarca, de forma pulverizada; A renda do serviço extrajudicial posto no concurso local, em regra, é insignificante, circunstância que diminuí significativamente o número de concorrentes. Inúmeros serviços extrajudiciais providos por concursos locais sequer estão cadastrados no "Sistema Justiça Aberta", do CNJ, indicativo de que não produziram qualquer ato, nem tampouco obtiveram renda significativa. Empossado, aquele que foi aprovado em concurso local para uma serventia de baixa renda (em regra pessoa jovem) obtém, por meio de permuta (e, portanto sem a concorrência inerente aos concursos públicos), a titularidade de serventia bastante rentável. A serventia mais rentável, no mais das vezes, tem por titular pessoa mais velha. E o patronímico dos permutantes é o mesmo. Pequenos serviços extrajudiciais que sequer informam suas rendas ao Sistema Justiça Aberta foram inúmeras vezes utilizados como trampolim para permuta com cartório mais rentável, a exemplo de Iolópolis, no Paraná. Outras vezes, logo após ser usado de trampolim para a permuta, o serviço extrajudicial de pequena renda foi extinto. A análise preliminar da questão permite a identificação, somente no Estado do Paraná, dos seguintes indícios de violação dos princípios da moralidade e da impessoalidade nas permutas dos serviços extrajudiciais: 1. Escrivão Distrital de Alto Amparo (extinta), Comarca de Tibagi desde 12/09/1988, permutou com o Titular do 1º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Curitiba, conforme Decreto Judicial nº284, de 02/12/1988. Após três meses de sua posse em um serviço extrajudicial, assumiu, por permuta (portanto sem concurso público), um serviço extrajudicial que, hoje, rende no mínimo, 2000% (dois mil por cento) superior ao rendimento da serventia que foi aprovado por concurso. 2. Escrivão Distrital de Graciosa desde 02/06/1989, permutou com o Titular do 3º Ofício de Protesto de Títulos da Comarca de Curitiba, conforme Decreto Judicial nº395, de 23/06/1989.

Com a permuta, o titular da serventia de Curitiba teve sua renda reduzida, nos números de hoje, em mais de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) por semestre, tudo em favor do titular. 3. O escrivão Distrital de Barreiro, Comarca de Ortigueira desde 08/11/1991, permutou com o Tabelião de Notas da Comarca de Campo Largo, conforme Decreto Judicial nº1067, de 12/12/1991. Após um mês de sua posse em um serviço extrajudicial que em números de hoje, assumiu por permuta um serviço extrajudicial que rende, no mínimo, cinqüenta e cinco vezes a mais por semestre que a serventia original. 4. Escrivão Distrital de Aurora do Iguaçu, Comarca de São Miguel do Iguaçu desde 10/05/1994, permutou com, Titular do 10º Tabelionato de Notas da Comarca de Curitiba, conforme Decreto Judicial nº 443, de 11/07/1994. A permuta gerou uma renda vinte vezes superior ao titular de Aurora do Iguaçu. E vinte vezes inferior ao titular do Tabelionato de Notas de Curitiba. 5. Escrivão Distrital de Panema, Comarca de Santa Mariana desde 14/08/1989, permutou com o Titular do 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Jandaia do Sul, conforme Decreto Judicial nº 641, de 27/10/1989. Após dois meses de sua posse, o Titular de Panema, Comarca de Santa Mariana, por meio de permuta, multiplicou a sua renda em aproximadamente 10 vezes. 6. Escrivão Distrital de São Lourenço, Comarca de Cianorte desde 23/07/1993, permutou com o Titular do 1º Tabelionato de Notas da Comarca de Londrina, conforme Decreto Judicial nº 468, de 17/09/1993. Após dois meses de sua posse, a permuta aumentou a renda do titular de São Lourenço em aproximadamente 20 vezes. Outros casos similares: 7. Escrivão Distrital de Paranagi, Comarca de Cornélio Procópio desde 21/04/1989, permutou com a Titular do 4º Tabelionato de Notas da Comarca de Londrina, conforme Decreto Judicial nº570, de 12/09/1989. O serviço distrital de Paranagi não se encontra no sistema. 8. Escrivão Distrital de Iolópolis, Comarca de Chopinzinho desde 30/06/1989, permutou com o Titular do Tabelionato de Notas, acumulando, precariamente, o Protesto de Títulos da Comarca de Pitanga, conforme Decreto Judicial nº 643, de 27/10/1989. O serviço Distrital de Iolópolis não se encontra no sistema. Percebe–se, portanto, que as permutas burlam a regra do concurso público, perpetuam famílias nos serviços judiciais mais rentáveis e permitem até mesmo verdadeira "venda do ponto" por aqueles que estão em vias de se aposentar e são "donos" de serviços rentáveis, tudo em afronta à forma republicana de governo e aos princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da eficiência. A situação do recorrente é irregular desde o momento em que, já na vigência da CF/88, ele foi removido sem concurso público da 2º Vara da comarca de Itaperuna para o 3º Ofício de Justiça da comarca de São Gonçalo (no Estado do Rio de Janeiro dá–se a denominação de Ofícios de Justiça aos serviços extrajudiciais). Desse modo, com base na jurisprudência supramencionada, nego provimento à impugnação. Mantenha–se a presente serventia na relação definitiva de serventias vagas.

Ressalta–se que esta decisão restringe–se à análise de documentos não anteriormente considerados, vez que incabível o pedido de reexame de mérito diante da imprevisibilidade deste instituto no Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. Dê–se ciência ao recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o Cartório do Quinto Ofício de Niterói/RJ, CNS 09.213–0 (Evento 4970) foi declarada vaga sob o seguinte fundamento: "Essa Serventia foi declarada vaga, pois seu titular foi nomeado ou designado sem a devida aprovação em concurso público regular".). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Fernando Cesar de Azevedo Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): OAB/RJ 92.906 – Natelma Pinto Campana Silva DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o Cartório do Quinto Ofício de Niterói/RJ, CNS 09.213–0 (Evento 4970) foi declarada vaga sob o seguinte fundamento: "Essa Serventia foi declarada vaga, pois seu titular foi nomeado ou designado sem a devida aprovação em concurso público regular" Nos autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, verifica–se que houve impugnação do interessado quanto à declaração de vacância da serventia (Evento 1397). Analisada a documentação, constata–se que o interessado, após aprovação em concurso público, foi investido no cargo de Escrevente Juramentado, junto à 2ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo, cuja posse se deu em 08/03/1979. Foi removido para a 5ª Vara Criminal da mesma Comarca em 08/03/1984. Ascendeu ao cargo de titular junto à 4ª Vara Criminal da Comarca de Niterói em 31/01/1989. Foi promovido ao cargo de titular do Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais do 3º Distrito da Comarca de Três Rios em 10/07/1990. Removido para o Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais do 1º Distrito da Comarca de Angra dos Reis em 01/10/1990. Foi colocado à disposição do Cartório do 5º Ofício de Justiça da Comarca de Niterói, nos termos da Portaria 708/93, publicada no Diário Oficial de 15/04/1993, pelo período de 19/04/1993 a 09/11/1993, sendo removido por permuta, para este Ofício, por meio da Portaria 326/93, publicada no Diário Oficial de 10/11/1993, tomando posse na data da publicação e estando no exercício da função até a presente data. Alega preliminarmente a decadência administrativa. É o relatório. Quanto à alegação de decadência administrativa, o poder–dever da Administração de rever seus próprios atos encontra–se expresso no art. 54 da Lei nº 9.784/99, que define o prazo–limite de 5 anos para que a Administração possa anular os atos administrativos. O prazo estabelecido no referido artigo não se aplica para a declaração de nulidade de ato administrativo ilegal, mas tão somente aos atos anuláveis. Há reiteradas decisões do C. Supremo Tribunal Federal no sentido de que na atual ordem constitucional a investidura na titularidade de unidade do serviço extrajudicial, cuja vacância tenha ocorrido após a promulgação da Constituição Federal de 1988, depende da realização de concurso público para fins específicos de delegação, inexistindo direito adquirido ao que

dispunha o artigo 208 da Constituição Federal de 1967, na redação da EC 22/1982, quando a vaga ocorreu já na vigência da Constituição Federal de 1988 (RE 182641, 378347 e 566314, MS 27118 e 27104, Agravos de Instrumento 516427 e 743906, ADI 417–4, 363–1 e ADI/MC 4140–1, dentre outros). Portanto, a titularização em um serviço notarial extrajudicial vago após a vigência da Constituição Federal de 1.988, de pessoa que não prestou concurso público regular, é ato que se dá em clara afronta ao princípio republicano da impessoalidade e ao princípio da estrita legalidade administrativa. Pela intensidade do vício, a transformação do interino em titular de um serviço extrajudicial é ato nulo e não simplesmente anulável. Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, em sua obra "Princípios Gerais de Direito Administrativo", Forense, vol. I, 1ª edição, 1969, p. 576/579, traz a seguinte lição quanto à diferenciação entre atos administrativos nulos e anuláveis: "A invalidade decorre sempre da violação de uma norma jurídica, que faz acarretar essa conseqüência. Pressupõe a prática de ato administrativo contrário à lei, tendo em vista fatos contemporâneos à sua emanação, e, então, os seus efeitos ficam perturbados, ante essa anormalidade... "Será nulo quanto à capacidade da pessoa se praticado o ato por pessoa jurídica sem atribuição, por órgão absolutamente incompetente, ou por agente usurpador da função. Será nulo quanto ao objeto, se ilícito ou impossível por ofensa frontal à lei, ou nele se verifique o exercício de direito de modo abusivo... Ao contrário, será simplesmente anulável, quanto à capacidade da pessoa, se praticado por agente incompetente, dentro do mesmo órgão especializado, uma vez o ato caiba, na hierarquia, ao superior. Outrossim, será tão–somente anulável o que padeça de vício de vontade decorrente de erro, dolo, coação moral ou simulação." Assim, designação posterior a 05 de outubro de 1988, que não seja decorrente de concurso público regular, só pode ter ocorrido a título precário, pouco importando o nome que lhe foi atribuído. Ainda que se entendesse que o ato irregular aqui analisado é anulável, há que se observar que a parte final do art. 54 da lei 9.784/1999 exclui os atos de má fé da proteção caracterizada pela decadência. A alteração do caráter da designação, de precária para definitiva, conforme pretende aquele que só pode ser considerado interino, caracteriza má fé incompatível com o princípio da segurança jurídica, cujo fundamento é proteger a confiança que se deposita no direito e no que é direito. O prazo decadencial de 05 anos para o desfazimento da irregularidade, portanto, tem por termo inicial o momento em que foi caracterizada a inversão do ânimo da posse por aquele que se julga "dono do cartório", ou seja, a partir do momento em que o interino revelou, nesta impugnação, verdadeiro animus domini sobre serviço público que após a vigência da CF/1988 somente pode ser delegado por concurso público. O serviço pertence ao Estado e não a um particular nomeado com inobservância ao princípio da impessoalidade. A Ministra Ellen Gracie no MS28386 MC/DF, publicado em 01.12.2009, ressalva que "situações flagrantemente inconstitucionais como a remoção, por permuta entre notários e/ou registradores, sem a devida submissão a concurso público não podem e não devem ser superadas pela simples incidência do que dispõe o art. 54 da Lei 9.784/99, sob pena de subversão das determinações insertas na Lei Maior do País, a Constituição Federal." O Ministro Joaquim Barbosa no MS 28373 MC/DF, em decisão publicada em 27.10.2009, asseverou que "Em relação à alegada decadência do direito de revisão do ato de titularização pelo Conselho Nacional de Justiça, não está completamente afastado o caráter continuado da relação jurídica cujo ato normativo que lhe dava amparo foi tido por inválido. De fato, o exercício da atividade notarial se renova no tempo, de modo a criar constante tensão com normas constitucionais de regência, como a vinculação do acesso ao cargo mediante concurso público".

Ademais, o novo Regimento Interno do CNJ, que tem por fundamento o § 2º do Art. 5º da EC 45/2004, ressalva expressamente a inaplicabilidade do prazo decadencial de cinco anos quando o ato examinado afrontar diretamente a Constituição Federal (RICNJ, art. 91, parágrafo único). Pelo exposto, rejeito a prejudicial suscitada. O provimento de um serviço extrajudicial somente pode ser efetivado por meio de concurso público, instrumento cuja finalidade é permitir oportunidade igual a todos àqueles que preenchem os requisitos técnicos básicos para ser aprovado no certame. Ainda que a análise teórica da permuta seja capaz de induzir ao entendimento de que o ato não gera qualquer prejuízo, já que há o consentimento dos dois interessados, há que se despertar para duas circunstâncias que revelam afronta aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da eficiência administrativa. Há que prevalecer o interesse público no provimento de um serviço que é de natureza pública e cujas atividades atingem o estado das pessoas (registro civil), o seu patrimônio (registro de imóveis) e o seu crédito (protesto e notas), dentre outros. Daí a razão de a Constituição Federal vigente (parte final do § 3º do art. 236 da CF) estabelecer a necessidade de concurso público para fins de remoção de um serviço extrajudicial para outro, e sequer cogitar da permuta. Antes de a Resolução n. 81/2009 do CNJ definir critérios nacionais para a realização dos concursos relativos aos serviços notariais e de registro, em diversas localidades o concurso para o ingresso em um serviço extrajudicial era realizado pelo próprio juiz da Comarca, de forma pulverizada; A renda do serviço extrajudicial posto no concurso local, em regra, é insignificante, circunstância que diminuí significativamente o número de concorrentes. Inúmeros serviços extrajudiciais providos por concursos locais sequer estão cadastrados no "Sistema Justiça Aberta", do CNJ, indicativo de que não produziram qualquer ato, nem tampouco obtiveram renda significativa. Empossado, aquele que foi aprovado em concurso local para uma serventia de baixa renda (em regra pessoa jovem) obtém, por meio de permuta (e, portanto sem a concorrência inerente aos concursos públicos), a titularidade de serventia bastante rentável. A serventia mais rentável, no mais das vezes, tem por titular pessoa mais velha. E o patronímico dos permutantes é o mesmo. Pequenos serviços extrajudiciais que sequer informam suas rendas ao Sistema Justiça Aberta foram inúmeras vezes utilizados como trampolim para permuta com cartório mais rentável, a exemplo de Iolópolis, no Paraná. Outras vezes, logo após ser usado de trampolim para a permuta, o serviço extrajudicial de pequena renda foi extinto. A análise preliminar da questão permite a identificação, somente no Estado do Paraná, dos seguintes indícios de violação dos princípios da moralidade e da impessoalidade nas permutas dos serviços extrajudiciais: 1. Escrivão Distrital de Alto Amparo (extinta), Comarca de Tibagi desde 12/09/1988, permutou com o Titular do 1º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Curitiba, conforme Decreto Judicial nº284, de 02/12/1988. Após três meses de sua posse em um serviço extrajudicial, assumiu, por permuta (portanto sem concurso público), um serviço extrajudicial que, hoje, rende no mínimo, 2000% (dois mil por cento) superior ao rendimento da serventia que foi aprovado por concurso.

2. Escrivão Distrital de Graciosa desde 02/06/1989, permutou com o Titular do 3º Ofício de Protesto de Títulos da Comarca de Curitiba, conforme Decreto Judicial nº395, de 23/06/1989. Com a permuta, o titular da serventia de Curitiba teve sua renda reduzida, nos números de hoje, em mais de R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais) por semestre, tudo em favor do titular. 3. O escrivão Distrital de Barreiro, Comarca de Ortigueira desde 08/11/1991, permutou com o Tabelião de Notas da Comarca de Campo Largo, conforme Decreto Judicial nº1067, de 12/12/1991. Após um mês de sua posse em um serviço extrajudicial que em números de hoje, assumiu por permuta um serviço extrajudicial que rende, no mínimo, cinqüenta e cinco vezes a mais por semestre que a serventia original. 4. Escrivão Distrital de Aurora do Iguaçu, Comarca de São Miguel do Iguaçu desde 10/05/1994, permutou com, Titular do 10º Tabelionato de Notas da Comarca de Curitiba, conforme Decreto Judicial nº 443, de 11/07/1994. A permuta gerou uma renda vinte vezes superior ao titular de Aurora do Iguaçu. E vinte vezes inferior ao titular do Tabelionato de Notas de Curitiba. 5. Escrivão Distrital de Panema, Comarca de Santa Mariana desde 14/08/1989, permutou com o Titular do 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Jandaia do Sul, conforme Decreto Judicial nº 641, de 27/10/1989. Após dois meses de sua posse, o Titular de Panema, Comarca de Santa Mariana, por meio de permuta, multiplicou a sua renda em aproximadamente 10 vezes. 6. Escrivão Distrital de São Lourenço, Comarca de Cianorte desde 23/07/1993, permutou com o Titular do 1º Tabelionato de Notas da Comarca de Londrina, conforme Decreto Judicial nº 468, de 17/09/1993. Após dois meses de sua posse, a permuta aumentou a renda do titular de São Lourenço em aproximadamente 20 vezes. Outros casos similares: 7. Escrivão Distrital de Paranagi, Comarca de Cornélio Procópio desde 21/04/1989, permutou com a Titular do 4º Tabelionato de Notas da Comarca de Londrina, conforme Decreto Judicial nº570, de 12/09/1989. O serviço distrital de Paranagi não se encontra no sistema. 8. Escrivão Distrital de Iolópolis, Comarca de Chopinzinho desde 30/06/1989, permutou com o Titular do Tabelionato de Notas, acumulando, precariamente, o Protesto de Títulos da Comarca de Pitanga, conforme Decreto Judicial nº 643, de 27/10/1989. O serviço Distrital de Iolópolis não se encontra no sistema. Percebe–se, portanto, que as permutas burlam a regra do concurso público, perpetuam famílias nos serviços judiciais mais rentáveis e permitem até mesmo verdadeira "venda do ponto" por aqueles que estão em vias de se aposentar e são "donos" de serviços rentáveis, tudo em afronta à forma republicana de governo e aos princípios constitucionais da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da eficiência. A situação do recorrente é irregular desde o momento em que já na vigência da CF/88, ele foi removido, sem concurso público, para o Registro Civil das Pessoas Naturais do 3º Distrito da Comarca de Três Rios; por outra remoção sem concurso público, ascendeu ao Registro Civil da Comarca de Angra dos Reis; e por fim, também sem concurso público, foi removido por permuta, para o 5º Ofício de Niterói (no Estado do Rio de Janeiro dá–se a denominação de Ofícios de Justiça aos serviços extrajudiciais). Em 1992, quando se destinou o acervo das

cartas precatórias para o 5º Ofício de Justiça da Comarca, o requerente sequer fazia parte daquele serviço, já que foi colocado à disposição daquele ofício em 15/04/1993. Desse modo, com base na jurisprudência supramencionada, nego provimento à impugnação. Mantenha–se a presente serventia na relação definitiva de serventias vagas. Ressalta–se que esta decisão restringe–se à análise de documentos não anteriormente considerados, vez que incabível o pedido de reexame de mérito diante da imprevisibilidade deste instituto no Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. Dê–se ciência ao recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso no qual o atual responsável pelo Oficial de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos, Civil de Pessoa Jurídica e Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas da Comarca de Vinhedo/SP, CNS 14.843–7, requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou a vacância da referida serventia extrajudicial.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Manuel Sanches de Almeida Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): OAB/SP 156.497 – Luciana Marin DECISÃO Trata–se de recurso no qual o atual responsável pelo Oficial de Registro de Imóveis, Títulos e Documentos, Civil de Pessoa Jurídica e Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas da Comarca de Vinhedo/SP, CNS 14.843–7, requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou a vacância da referida serventia extrajudicial. Revendo os autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, (Evento 5500) verifica– se que o atual responsável pela serventia foi investido por meio de concurso público . Dessa forma, inclua–se a presente serventia na relação definitiva de serventia provida. Ressalta–se que esta decisão restringe–se à análise de documentos não anteriormente considerados, vez que incabível o pedido de reexame de mérito diante da imprevisibilidade deste instituto no Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. Dê–se ciência ao recorrente e à Corregedoria Geral de Justiça do Estado de São Paulo. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Cartório de Registros de Imóveis, Tabelionato de Notas, Títulos e Documentos de São Francisco de Goiás/GO, CNS 02.762–3 (evento 5517) dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessados: Associação dos Tabeliães e Oficiais Registradores do Estado de Goiás – ATORDEG e Maria Lúcia da Silva Pedrosa Advogado(s): GO29657 – Marília Pontes Rossi

DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Cartório de Registros de Imóveis, Tabelionato de Notas, Títulos e Documentos de São Francisco de Goiás/GO, CNS 02.762–3 (evento 5517) dentre aqueles regularmente providos. Alega a Recorrente que a questão encontra–se sub judice na 3ª Vara de Fazenda Pública Estadual do TJGO, conforme Ação Declaratória de Nulidade n.º 505357–07.2009.8.09.0051, ajuizado em face do Decreto Judiciário n.º 525/2008 da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. É o relatório. Na análise da Resolução nº 80 do Conselho Nacional de Justiça, feita no Processo nº 38441, não se discute quem tem direito à interinidade. O objeto das decisões proferidas no PP 38441 é a condição de provido ou vago do serviço extrajudicial. Nos termos da Resolução nº 80 do CNJ, cujos efeitos somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88), um serviço extrajudicial somente é considerado provido se o seu titular foi aprovado em concurso público (art. 236, § 3º da CF/88), beneficiado pelo artigo 208 da CF/1967, pelo artigo 47 da Lei nº 8935/94 ou por decisão judicial ou administrativa anterior à própria Resolução, ressalvados os poderes do Supremo Tribunal Federal. No caso concreto, a Recorrente foi designada por ato do Diretor do Fórum local para responder pela serventia em questão na qualidade de substituta, de forma interina, ou seja, a título precário. Ademais, o Decreto Judiciário nº 525/2008 da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás apenas deu execução à decisão proferida pelo CNJ no PP 861. Assim, seus efeitos também somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88), sendo ineficaz qualquer decisão proferida por órgão diverso do Poder Judiciário. A decisão exposta no PP 861, ademais, não foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal, conforme se observa no MS 27313, devendo o serviço extrajudicial em análise ser mantido na lista em que se encontra. Quanto ao Recurso Administrativo: 1. A fim de dar cumprimento à delegação explicitada na Resolução n.º 80 do Conselho Nacional de Justiça, e no uso das atribuições constitucionais e regimentais atribuídas ao Corregedor Nacional de Justiça, proferi 14.964 decisões individualizadas sobre a situação dos serviços extrajudiciais do País, conforme publicação efetivada em 12/07/2010 no Diário de Justiça Eletrônico; 1.1 Diante da extensão do caso, foram publicadas cinco listas com as decisões pertinentes à situação de cada serviço extrajudicial; 1.2 A primeira lista explicita os 7.675 serviços considerados providos, incluídos 1.861 cartórios que foram considerados vagos na relação provisória de vacâncias e que após o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa foram reclassificados para a condição de providos. A segunda é a lista dos serviços vagos (5.561), assim entendidos aqueles que estão sob a responsabilidade de interinos. A terceira lista traz os serviços excluídos de apreciação final em decorrência da judicialização do objeto da análise (470). A quarta lista explicita aqueles serviços cuja existência somente foi constatada após a requisição de novas informações aos Tribunais de Justiça e o cotejo feito entre os cadastros do CNJ, Ministério da Justiça e INSS/DATAPREV (1105). A última lista traz 153 serviços extrajudiciais não cadastrados junto

aos Tribunais de Justiça ou ao CNJ, e cuja regularidade é objeto de diligências em curso junto à Corregedoria Nacional; 1.3 Em cada decisão consta a respectiva fundamentação e o número do evento no qual está a impugnação do interessado e/ou a documentação analisada no caso concreto; 1.4 Os eventos referidos nas decisões estão inseridos no processo eletrônico n. 38.441, do Conselho Nacional de Justiça; 1.5 Em conseqüência das constatações efetivadas foi proferida decisão explicitando os efeitos das decisões, inclusive quanto ao limite máximo da remuneração daqueles que respondem interinamente por serviços extrajudiciais. 2. A Resolução n. 80 do CNJ, nos seus artigos 1º e 2º, dita que: "Art. 1°. É declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio de concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988; § 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando–a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias. § 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando–a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas criações. Art. 2º. Recebidas as listas encaminhadas pelos tribunais, na forma do artigo 1º e seus parágrafos, a Corregedoria Nacional de Justiça organizará a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando–as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações. Parágrafo único – No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação." 2.1 O artigo 5º, § 2º, da Emenda Constitucional n. 45, por sua vez, estabelece: "Até que entre em vigor o Estatuto da Magistratura, o Conselho Nacional de Justiça, mediante resolução, disciplinará seu funcionamento e definirá as atribuições do Ministro–Corregedor". 2.2. O Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, na redação da Emenda Regimental n. 1, de 09 de março de 2010, assim dispõe em seu art. 115: " Art. 115. A autoridade judiciária ou o interessado que se considerar prejudicado por decisão do Presidente, do Corregedor Nacional de Justiça ou do Relator poderá, no prazo de cinco (5) dias, contados da sua intimação, interpor recurso administrativo ao Plenário do CNJ. § 1º¹ São recorríveis apenas as decisões monocráticas terminativas de que manifestamente resultar ou puder resultar restrição de direito ou prerrogativa, determinação de conduta ou anulação de ato ou decisão, nos casos de processo disciplinar, reclamação disciplinar, representação por excesso de prazo, procedimento de controle administrativo ou pedido de providências ( destaquei)".

3. Ao praticar ato por delegação do plenário que integra, o Corregedor Nacional agiu em nome do próprio colegiado, circunstância que afasta a natureza monocrática de sua decisão; 3.1 A ratio essendi da Resolução n. 80 do CNJ foi explicitar a uniformização do entendimento do colegiado sobre os múltiplos litígios que aportavam no Conselho Nacional de Justiça e tinham por objeto o serviço extrajudicial. Em busca dessa mesma uniformidade, nas sessões do CNJ de 09/09/2009 e 15/12/2009 o plenário deliberou de forma a preservar a harmonização, circunstância que culminou com a redistribuição de dezenas de processos relativos ao tema da Resolução nº 80 para esta Corregedoria Nacional; 3.2 O processamento de grande número de recursos individuais, e sua distribuição aleatória aos Srs. Conselheiros, implicaria em ilógico retrocesso, pois iniciaria novo ciclo de decisões de cunho difuso e afrontaria a razão de ser da Resolução 80 e da delegação contida no parágrafo único do seu artigo 2º. 4. Ante o exposto, nos termos do art. 25, IX, do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, nego seguimento ao presente recurso por ser manifestamente incabível. Dê–se ciência ao recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o 2º Tabelionato de Notas e Anexos de Morrinhos/GO, CNS 02.497–6 (evento 5518) dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessados: Associação dos Tabeliães e Oficiais Registradores do Estado de Goiás – ATORDEG e Ronaldo Machado de Bastos Advogado(s): GO29657 – Marília Pontes Rossi (INTERESSADOS) DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o 2º Tabelionato de Notas e Anexos de Morrinhos/ GO, CNS 02.497–6 (evento 5518) dentre aqueles regularmente providos. Alega o Recorrente que a questão encontra–se sub judice na 3ª Vara de Fazenda Pública Estadual do TJGO, conforme Ação Declaratória de Nulidade n.º 434138–65.2008.8.09.0051, ajuizado em face do Decreto Judiciário n.º 525/2008 da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás. É o relatório. Na análise da Resolução nº 80 do Conselho Nacional de Justiça, feita no Processo nº 38441, não se discute quem tem direito à interinidade. O objeto das decisões proferidas no PP 38441 é a condição de provido ou vago do serviço extrajudicial. Nos termos da Resolução nº 80 do CNJ, cujos efeitos somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88), um serviço extrajudicial somente é considerado provido se o seu titular foi aprovado em concurso público (art. 236, § 3º da CF/88), beneficiado pelo artigo 208 da CF/1967, pelo artigo 47 da Lei nº 8935/94 ou por decisão judicial ou administrativa anterior à própria Resolução, ressalvados os poderes do Supremo Tribunal Federal.

No caso concreto, o Recorrente foi designado por ato do Diretor do Fórum local, para responder pela serventia em questão na qualidade de substituto, de forma interina, ou seja, a título precário. Ademais, o Decreto Judiciário nº 525/2008 da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás apenas deu execução à decisão proferida pelo CNJ no PP 861. Assim, seus efeitos também somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88), sendo ineficaz qualquer decisão proferida por órgão diverso do Poder Judiciário. A decisão exposta no PP 861, ademais, não foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal, conforme se observa no MS 27313, devendo o serviço extrajudicial em análise ser mantido na lista em que se encontra. Quanto ao Recurso Administrativo: 1. A fim de dar cumprimento à delegação explicitada na Resolução n.º 80 do Conselho Nacional de Justiça, e no uso das atribuições constitucionais e regimentais atribuídas ao Corregedor Nacional de Justiça, proferi 14.964 decisões individualizadas sobre a situação dos serviços extrajudiciais do País, conforme publicação efetivada em 12/07/2010 no Diário de Justiça Eletrônico; 1.1 Diante da extensão do caso, foram publicadas cinco listas com as decisões pertinentes à situação de cada serviço extrajudicial; 1.2 A primeira lista explicita os 7.675 serviços considerados providos, incluídos 1.861 cartórios que foram considerados vagos na relação provisória de vacâncias e que após o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa foram reclassificados para a condição de providos. A segunda é a lista dos serviços vagos (5.561), assim entendidos aqueles que estão sob a responsabilidade de interinos. A terceira lista traz os serviços excluídos de apreciação final em decorrência da judicialização do objeto da análise (470). A quarta lista explicita aqueles serviços cuja existência somente foi constatada após a requisição de novas informações aos Tribunais de Justiça e o cotejo feito entre os cadastros do CNJ, Ministério da Justiça e INSS/DATAPREV (1105). A última lista traz 153 serviços extrajudiciais não cadastrados junto aos Tribunais de Justiça ou ao CNJ, e cuja regularidade é objeto de diligências em curso junto à Corregedoria Nacional; 1.3 Em cada decisão consta a respectiva fundamentação e o número do evento no qual está a impugnação do interessado e/ou a documentação analisada no caso concreto; 1.4 Os eventos referidos nas decisões estão inseridos no processo eletrônico n. 38.441, do Conselho Nacional de Justiça; 1.5 Em conseqüência das constatações efetivadas foi proferida decisão explicitando os efeitos das decisões, inclusive quanto ao limite máximo da remuneração daqueles que respondem interinamente por serviços extrajudiciais. 2. A Resolução n. 80 do CNJ, nos seus artigos 1º e 2º, dita que: "Art. 1°. É declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio de concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988; § 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando–a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias.

§ 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando–a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas criações. Art. 2º. Recebidas as listas encaminhadas pelos tribunais, na forma do artigo 1º e seus parágrafos, a Corregedoria Nacional de Justiça organizará a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando–as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações. Parágrafo único – No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação." 2.1 O artigo 5º, § 2º, da Emenda Constitucional n. 45, por sua vez, estabelece: "Até que entre em vigor o Estatuto da Magistratura, o Conselho Nacional de Justiça, mediante resolução, disciplinará seu funcionamento e definirá as atribuições do Ministro–Corregedor". 2.2. O Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, na redação da Emenda Regimental n. 1, de 09 de março de 2010, assim dispõe em seu art. 115: " Art. 115. A autoridade judiciária ou o interessado que se considerar prejudicado por decisão do Presidente, do Corregedor Nacional de Justiça ou do Relator poderá, no prazo de cinco (5) dias, contados da sua intimação, interpor recurso administrativo ao Plenário do CNJ. § 1º¹ São recorríveis apenas as decisões monocráticas terminativas de que manifestamente resultar ou puder resultar restrição de direito ou prerrogativa, determinação de conduta ou anulação de ato ou decisão, nos casos de processo disciplinar, reclamação disciplinar, representação por excesso de prazo, procedimento de controle administrativo ou pedido de providências ( destaquei)". 3. Ao praticar ato por delegação do plenário que integra, o Corregedor Nacional agiu em nome do próprio colegiado, circunstância que afasta a natureza monocrática de sua decisão; 3.1 A ratio essendi da Resolução n. 80 do CNJ foi explicitar a uniformização do entendimento do colegiado sobre os múltiplos litígios que aportavam no Conselho Nacional de Justiça e tinham por objeto o serviço extrajudicial. Em busca dessa mesma uniformidade, nas sessões do CNJ de 09/09/2009 e 15/12/2009 o plenário deliberou de forma a preservar a harmonização, circunstância que culminou com a redistribuição de dezenas de processos relativos ao tema da Resolução nº 80 para esta Corregedoria Nacional; 3.2 O processamento de grande número de recursos individuais, e sua distribuição aleatória aos Srs. Conselheiros, implicaria em ilógico retrocesso, pois iniciaria novo ciclo de decisões de cunho difuso e afrontaria a razão de ser da Resolução 80 e da delegação contida no parágrafo único do seu artigo 2º. 4. Ante o exposto, nos termos do art. 25, IX, do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, nego seguimento ao presente recurso por ser manifestamente incabível. Dê–se ciência ao recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso no qual o atual responsável pelo Segundo Serviço Notarial de Juara/MT, CNS 06.512–8, requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou a vacância da referida serventia extrajudicial.).

Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Valmiro Luiz da Silva Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): OAB/MT 4.611 – João Celestino Corrêa da Costa Neto OAB/MT 6.522 – Bettânia Maria Gomes Pedroso Harlos DECISÃO Trata–se de recurso no qual o atual responsável pelo Segundo Serviço Notarial de Juara/MT, CNS 06.512–8, requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou a vacância da referida serventia extrajudicial. Revendo os autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, (Evento 5502) erifica–se que o atual responsável pela serventia foi designado Titular do Segundo Serviço Notarial de Juruá em 06/01/1987, estando assim respaldado pelo art. 47 da Lei n. 8.935/1994. Dessa forma, inclua–se a presente serventia na relação definitiva de serventia provida. Ressalta–se que esta decisão restringe–se à análise de documentos não anteriormente considerados, vez que incabível o pedido de reexame de mérito diante da imprevisibilidade deste instituto no Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. Dê–se ciência ao recorrente e à Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Mato Grosso. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Tabelionato de Notas e de Protestos de Títulos de Barracão/PR, CNS 087445 (evento 4960), dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Odila Algeri Gnoatto Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): PR21161B – Paulo Cesar Gnoatto DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Tabelionato de Notas e de Protestos de Títulos de Barracão/PR, CNS 087445 (evento 4960), dentre aqueles regularmente providos. Requer que a serventia seja retirada da lista definitiva de vacâncias, pois a questão encontra–se sub judice no STF, Mandado de Segurança nº 28.280. É o relatório. Segundo se depreende da Relação Definitiva, a serventia foi "excluída da relação de serventias vagas em razão de pendência judicial junto ao STF".

De acordo com o art. 8º, "a" da Resolução nº 80 do CNJ, não estão sujeitas aos seus efeitos as unidades do serviço de notas e de registro cuja declaração de vacância esteja sub judice junto ao C. Supremo Tribunal Federal. Dessa forma, mantenha–se a presente serventia excluída da relação de serventias vagas em razão de pendência judicial junto ao STF. Dê–se ciência à recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Tabelionato de Registro de Pessoas Jurídicas, Títulos, Documentos, Protestos e Tabelionato (2º) de Notas de Goiás/GO, CNS 02.954–6 (evento 5519) dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessados: Associação dos Tabeliães e Oficiais Registradores do Estado de Goiás (ATORDEG) e Fabíola Mara Nicolau Diniz Advogado: GO29657 – Marília Pontes Rossi (INTERESSADO) DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Tabelionato de Registro de Pessoas Jurídicas, Títulos, Documentos, Protestos e Tabelionato (2º) de Notas de Goiás/GO, CNS 02.954–6 (evento 5519) dentre aqueles regularmente providos. Em suas razões, a Recorrente alega que foi designada em 09/12/1987 para responder pela serventia em questão através da Portaria n.º 014/87, da lavra da então Juíza Diretora do Fórum. Não há qualquer documento comprobatório de que foi regularmente designada titular do serviço antes da vigência da CF/1988. É o relatório. Nos termos da Resolução nº 80 do CNJ, cujos efeitos somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88), um serviço extrajudicial somente é considerado provido se o seu titular foi aprovado em concurso público (art. 236, § 3º da CF/88), beneficiado pelo artigo 208 da CF/1967, pelo artigo 47 da Lei nº 8935/94 ou por decisão judicial ou administrativa anterior à própria Resolução, ressalvados os poderes do Supremo Tribunal Federal. Desta forma, a Interessada responde como interina da serventia em questão desde 09/12/1987, e isso sem concurso público. Trata–se, portanto, de interino de serviço vago. No caso em exame, e considerando a particularidade do evento, registre–se que o Decreto Judiciário nº 525/2008, da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, apenas deu execução à decisão proferida pelo CNJ no PP 861. Assim, seus efeitos também somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88), sendo ineficaz decisão de outro órgão jurisidicional sobre o tema. A decisão exposta no PP 861 não foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal, e por isso o serviço em análise deve permanecer na lista em que se encontra.. Quanto ao Recurso Administrativo:

1. A fim de dar cumprimento à delegação explicitada na Resolução n.º 80 do Conselho Nacional de Justiça, e no uso das atribuições constitucionais e regimentais atribuídas ao Corregedor Nacional de Justiça, proferi 14.964 decisões individualizadas sobre a situação dos serviços extrajudiciais do País, conforme publicação efetivada em 12/07/2010 no Diário de Justiça Eletrônico; 1.1 Diante da extensão do caso, foram publicadas cinco listas com as decisões pertinentes à situação de cada serviço extrajudicial; 1.2 A primeira lista explicita os 7.675 serviços considerados providos, incluídos 1.861 cartórios que foram considerados vagos na relação provisória de vacâncias e que após o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa foram reclassificados para a condição de providos. A segunda é a lista dos serviços vagos (5.561), assim entendidos aqueles que estão sob a responsabilidade de interinos. A terceira lista traz os serviços excluídos de apreciação final em decorrência da judicialização do objeto da análise (470). A quarta lista explicita aqueles serviços cuja existência somente foi constatada após a requisição de novas informações aos Tribunais de Justiça e o cotejo feito entre os cadastros do CNJ, Ministério da Justiça e INSS/DATAPREV (1105). A última lista traz 153 serviços extrajudiciais não cadastrados junto aos Tribunais de Justiça ou ao CNJ, e cuja regularidade é objeto de diligências em curso junto à Corregedoria Nacional; 1.3 Em cada decisão consta a respectiva fundamentação e o número do evento no qual está a impugnação do interessado e/ou a documentação analisada no caso concreto; 1.4 Os eventos referidos nas decisões estão inseridos no processo eletrônico n. 38.441, do Conselho Nacional de Justiça; 1.5 Em conseqüência das constatações efetivadas foi proferida decisão explicitando os efeitos das decisões, inclusive quanto ao limite máximo da remuneração daqueles que respondem interinamente por serviços extrajudiciais. 2. A Resolução n. 80 do CNJ, nos seus artigos 1º e 2º, dita que: "Art. 1°. É declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio de concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988; § 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando–a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias. § 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando–a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas criações. Art. 2º. Recebidas as listas encaminhadas pelos tribunais, na forma do artigo 1º e seus parágrafos, a Corregedoria Nacional de Justiça organizará a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando–as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações. Parágrafo único – No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação." 2.1 O artigo 5º, § 2º, da Emenda Constitucional n. 45, por sua vez, estabelece:

"Até que entre em vigor o Estatuto da Magistratura, o Conselho Nacional de Justiça, mediante resolução, disciplinará seu funcionamento e definirá as atribuições do Ministro–Corregedor". 2.2. O Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, na redação da Emenda Regimental n. 1, de 09 de março de 2010, assim dispõe em seu art. 115: " Art. 115. A autoridade judiciária ou o interessado que se considerar prejudicado por decisão do Presidente, do Corregedor Nacional de Justiça ou do Relator poderá, no prazo de cinco (5) dias, contados da sua intimação, interpor recurso administrativo ao Plenário do CNJ. § 1º¹ São recorríveis apenas as decisões monocráticas terminativas de que manifestamente resultar ou puder resultar restrição de direito ou prerrogativa, determinação de conduta ou anulação de ato ou decisão, nos casos de processo disciplinar, reclamação disciplinar, representação por excesso de prazo, procedimento de controle administrativo ou pedido de providências ( destaquei)". 3. Ao praticar ato por delegação do plenário que integra, o Corregedor Nacional agiu em nome do próprio colegiado, circunstância que afasta a natureza monocrática de sua decisão; 3.1 A ratio essendi da Resolução n. 80 do CNJ foi explicitar a uniformização do entendimento do colegiado sobre os múltiplos litígios que aportavam no Conselho Nacional de Justiça e tinham por objeto o serviço extrajudicial. Em busca dessa mesma uniformidade, nas sessões do CNJ de 09/09/2009 e 15/12/2009 o plenário deliberou de forma a preservar a harmonização, circunstância que culminou com a redistribuição de dezenas de processos relativos ao tema da Resolução nº 80 para esta Corregedoria Nacional; 3.2 O processamento de grande número de recursos individuais, e sua distribuição aleatória aos Srs. Conselheiros, implicaria em ilógico retrocesso, pois iniciaria novo ciclo de decisões de cunho difuso e afrontaria a razão de ser da Resolução 80 e da delegação contida no parágrafo único do seu artigo 2º. 4. Ante o exposto, nos termos do art. 25, IX, do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, nego seguimento ao presente recurso por ser manifestamente incabível. Dê–se ciência ao recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de manifestação na qual o atual responsável pelo Serviço Notarial e de Registro Civil de Rio Brilhante/MS, CNS 06.289–3 requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou vaga a serventia.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Juarez Alves Roza Advogado(s): OAB/SP 54.771 – João Roberto Egydio Piza Fontes OAB/SP 153.384 – Fábio da Costa Azevedo DECISÃO/OFÍCIO ____ / 2010 Trata–se de manifestação na qual o atual responsável pelo Serviço Notarial e de Registro Civil de Rio Brilhante/MS, CNS 06.289–3 requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou vaga a serventia. Revendo os autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, (evento 8973) verifica–se que o pedido já foi analisado, excluindo o serviço extrajudicial da lista definitiva de

serventia vagas e lançado na relação de pendência judicial capaz de afastar a análise do caso pelo CNJ nesta data. Sendo assim, julgo prejudicado o presente recurso. Intime–se o responsável pela Serventia. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 que não classificou o Cartório Distrital de Roça Grande, Comarca de Colombo/PR, CNS 08.237–0, (Evento 5079), dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Alfredo Sciarra Filho Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): OAB/PR 51.072 – Daniel Nikosheli Nepomuceno DECISÃO/OFÍCIO ____ / 2010 Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 que não classificou o Cartório Distrital de Roça Grande, Comarca de Colombo/PR, CNS 08.237–0, (Evento 5079), dentre aqueles regularmente providos. Revendo os autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, (Evento 7551) verifica–se que o pedido já foi analisado. Sendo assim, julgo prejudicado o presente recurso. Dê–se ciência ao recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de pedido de reconsideração apresentado pelo responsável pelo Cartório de Paz de Ipira/SC, CNS 10.731–8 (evento 5223) contra a decisão proferida em 12 de julho de 2010.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Márcia Raquel Ritter Kirst Advogado(s): OAB/SC 13.968 – Leonardo Pacheco de Souza DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Trata–se de pedido de reconsideração apresentado pelo responsável pelo Cartório de Paz de Ipira/SC, CNS 10.731–8 (evento 5223) contra a decisão proferida em 12 de julho de 2010. Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o referido Cartório foi declarado vago sob o seguinte fundamento: " ... seu titular foi nomeado ou designado sem a devida aprovação em concurso público regular . " Revendo os autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, (evento 8238) verifica–se que o pedido já foi analisado, excluindo o serviço extrajudicial da lista definitiva de serventia vagas e lançado na relação de pendência judicial capaz de afastar a análise do caso pelo CNJ nesta data.

Sendo assim, julgo prejudicado o presente recurso. Intime–se a responsável pela Serventia. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de manifestação na qual a atual responsável pelos Serviços Notariais e de Registros de Tabaí/RS, CNS 10.220–2 (evento 5573) requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou que: "a documentação apresentada pelo TJRS não comprova que o serviço foi provido por concurso público, ou com base nas exceções previstas nas disposições transitórias da CF/1988, ou ainda com base no art. 47 da Lei n. 8.935/1994."). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Janete Maria Gossler Dapper Advogado(s): OAB/RS 49.151 – Décio Antônio Erpen OAB/RS 48.993 – Roseli Siedleski OAB/RS 71.516 – Roberto de Moraes Fabbrin DECISÃO/OFÍCIO ____ / 2010 Trata–se de manifestação na qual a atual responsável pelos Serviços Notariais e de Registros de Tabaí/RS, CNS 10.220–2 (evento 5573) requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou que: "a documentação apresentada pelo TJRS não comprova que o serviço foi provido por concurso público, ou com base nas exceções previstas nas disposições transitórias da CF/1988, ou ainda com base no art. 47 da Lei n. 8.935/1994." Revendo os autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, (evento 5586) verifica–se que o pedido já foi analisado. Sendo assim, julgo prejudicado o presente recurso. Intime–se a responsável pela Serventia. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que classificou o Cartório Maria da Conceição Silva Galvão, de Pesqueira/PE, CNS 07.714–9 dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Maria da Conceição Silva Galvão Advogado(s): OAB/PE 16.299 – Israel Dourado Guerra Filho OAB/PE 26.270 – João Henrique Alves de Alencar DESPACHO Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que classificou o Cartório Maria da Conceição Silva Galvão, de Pesqueira/PE, CNS 07.714–9 dentre aqueles regularmente providos. Revendo os autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, (evento 5612) verifica–se que o pedido já foi deferido, conforme decisão publicada no Diário Eletrônico do dia 12/07/2010.

Sendo assim, julgo prejudicado o presente recurso. Intime–se a responsável pela Serventia. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Cartório de Registro civil e Tabelionato de Notas e Anexos de Damianópolis/GO, CNS 02.540–3 (evento 5947) dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Aureli Soares dos Santos Advogado(s): GO29657 – Marília Pontes Rossi (INTERESSADO) DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Cartório de Registro civil e Tabelionato de Notas e Anexos de Damianópolis/GO, CNS 02.540–3 (evento 5947) dentre aqueles regularmente providos. Em suas razões, a Recorrente alega que em 16/10/1991 foi nomeada, em caráter efetivo, para responder pelo Ofício de Registro Civil de Pessoas Naturais do Distrito Judiciário de Damianópolis/GO, em caráter efetivo. Já em 17/03/1993, em razão da aposentadoria da então titular, foi designada para responder pelo Cartório de Registro de Imóveis, Pessoas Jurídicas, Títulos, Documentos e Protestos e Tabelionato de Notas do Distrito Judiciário de Damianópolis/GO. É o relatório. Nos termos da Resolução nº 80 do CNJ, cujos efeitos somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88), um serviço extrajudicial somente é considerado provido se o seu titular foi aprovado em concurso público (art. 236, § 3º da CF/88), beneficiado pelo artigo 208 da CF/1967, pelo artigo 47 da Lei nº 8935/94 ou por decisão judicial ou administrativa anterior à própria Resolução, ressalvados os poderes do Supremo Tribunal Federal. Desta forma, o Interessado responde como interino da serventia em questão desde 16/10/1991, e isso sem concurso público. Trata–se, portanto, de interino de serviço vago. No caso em exame, e considerando a particularidade do evento, registre–se que o Decreto Judiciário nº 525/2008, da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, apenas deu execução à decisão proferida pelo CNJ no PP 861, cujo teor ainda não foi suspenso. Assim, seus efeitos também somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88). Quanto ao Recurso Administrativo: 1. A fim de dar cumprimento à delegação explicitada na Resolução n.º 80 do Conselho Nacional de Justiça, e no uso das atribuições constitucionais e regimentais atribuídas ao Corregedor Nacional de Justiça, proferi 14.964 decisões individualizadas sobre a situação dos serviços extrajudiciais do País, conforme publicação efetivada em 12/07/2010 no Diário de Justiça Eletrônico; 1.1 Diante da extensão do caso, foram publicadas cinco listas com as decisões pertinentes à situação de cada serviço extrajudicial; 1.2 A primeira lista explicita os 7.675 serviços considerados providos, incluídos 1.861 cartórios que foram considerados vagos na relação provisória de vacâncias e que após o pleno exercício

do contraditório e da ampla defesa foram reclassificados para a condição de providos. A segunda é a lista dos serviços vagos (5.561), assim entendidos aqueles que estão sob a responsabilidade de interinos. A terceira lista traz os serviços excluídos de apreciação final em decorrência da judicialização do objeto da análise (470). A quarta lista explicita aqueles serviços cuja existência somente foi constatada após a requisição de novas informações aos Tribunais de Justiça e o cotejo feito entre os cadastros do CNJ, Ministério da Justiça e INSS/DATAPREV (1105). A última lista traz 153 serviços extrajudiciais não cadastrados junto aos Tribunais de Justiça ou ao CNJ, e cuja regularidade é objeto de diligências em curso junto à Corregedoria Nacional; 1.3 Em cada decisão consta a respectiva fundamentação e o número do evento no qual está a impugnação do interessado e/ou a documentação analisada no caso concreto; 1.4 Os eventos referidos nas decisões estão inseridos no processo eletrônico n. 38.441, do Conselho Nacional de Justiça; 1.5 Em conseqüência das constatações efetivadas foi proferida decisão explicitando os efeitos das decisões, inclusive quanto ao limite máximo da remuneração daqueles que respondem interinamente por serviços extrajudiciais. 2. A Resolução n. 80 do CNJ, nos seus artigos 1º e 2º, dita que: "Art. 1°. É declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio de concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988; § 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando–a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias. § 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando–a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas criações. Art. 2º. Recebidas as listas encaminhadas pelos tribunais, na forma do artigo 1º e seus parágrafos, a Corregedoria Nacional de Justiça organizará a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando–as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações. Parágrafo único – No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação." 2.1 O artigo 5º, § 2º, da Emenda Constitucional n. 45, por sua vez, estabelece: "Até que entre em vigor o Estatuto da Magistratura, o Conselho Nacional de Justiça, mediante resolução, disciplinará seu funcionamento e definirá as atribuições do Ministro–Corregedor". 2.2. O Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, na redação da Emenda Regimental n. 1, de 09 de março de 2010, assim dispõe em seu art. 115: " Art. 115. A autoridade judiciária ou o interessado que se considerar prejudicado por decisão do Presidente, do Corregedor Nacional de Justiça ou do Relator poderá, no prazo de cinco (5) dias, contados da sua intimação, interpor recurso administrativo ao Plenário do CNJ.

§ 1º¹ São recorríveis apenas as decisões monocráticas terminativas de que manifestamente resultar ou puder resultar restrição de direito ou prerrogativa, determinação de conduta ou anulação de ato ou decisão, nos casos de processo disciplinar, reclamação disciplinar, representação por excesso de prazo, procedimento de controle administrativo ou pedido de providências ( destaquei)". 3. Ao praticar ato por delegação do plenário que integra, o Corregedor Nacional agiu em nome do próprio colegiado, circunstância que afasta a natureza monocrática de sua decisão; 3.1 A ratio essendi da Resolução n. 80 do CNJ foi explicitar a uniformização do entendimento do colegiado sobre os múltiplos litígios que aportavam no Conselho Nacional de Justiça e tinham por objeto o serviço extrajudicial. Em busca dessa mesma uniformidade, nas sessões do CNJ de 09/09/2009 e 15/12/2009 o plenário deliberou de forma a preservar a harmonização, circunstância que culminou com a redistribuição de dezenas de processos relativos ao tema da Resolução nº 80 para esta Corregedoria Nacional; 3.2 O processamento de grande número de recursos individuais, e sua distribuição aleatória aos Srs. Conselheiros, implicaria em ilógico retrocesso, pois iniciaria novo ciclo de decisões de cunho difuso e afrontaria a razão de ser da Resolução 80 e da delegação contida no parágrafo único do seu artigo 2º. 4. Ante o exposto, nos termos do art. 25, IX, do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, nego seguimento ao presente recurso por ser manifestamente incabível. Dê–se ciência ao recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Cartório do 1º Ofício de Monte alegre de Goiás/GO, CNS 02.674–0 (evento 5948) dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Nelson Resende Advogado(s): GO29657 – Marília Pontes Rossi (INTERESSADO) DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o Cartório do 1º Ofício de Monte alegre de Goiás/ GO, CNS 02.674–0 (evento 5948) dentre aqueles regularmente providos. Em suas razões, o Recorrente alega que em 22/10/1987 foi nomeado, em virtude de aprovação em concurso público, para responder pelo Registro Civil das Pessoas Naturais e Tabelionato de Notas do Distrito Judiciário de Monte Alegre de Goiás/GO. Já em 06/10/2004, em razão da aposentadoria da então titular, foi designada para responder pelo Registro de Imóveis, Pessoas Jurídicas, Títulos, Documentos e Protestos e Tabelionato de Noras do Distrito Judiciário de Monte Alegre de Goiás/GO. Por fim, em 10/02/2006, passou a responder pelo Tabelionato de Notas, de Protestos de títulos, Tabelionato e Oficialato de Contratos Marítimos, Cartório do Registro de Imóveis, de Registro e de Interdições e Tutelas do Distrito Judiciário de Monte Alegre de Goiás/GO. É o relatório. Nos termos da Resolução nº 80 do CNJ, cujos efeitos somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88), um serviço extrajudicial somente é considerado provido se o seu titular foi aprovado em concurso público (art. 236, § 3º

da CF/88), beneficiado pelo artigo 208 da CF/1967, pelo artigo 47 da Lei nº 8935/94 ou por decisão judicial ou administrativa anterior à própria Resolução, ressalvados os poderes do Supremo Tribunal Federal. Desta forma, o Interessado responde como interino da serventia em questão desde 10/02/2006, e isso sem concurso público. Trata–se, portanto, de interino de serviço vago. No caso em exame, e considerando a particularidade do evento, registre–se que o Decreto Judiciário nº 525/2008, da Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, apenas deu execução à decisão proferida pelo CNJ no PP 861, cujo teor não está suspenso. Assim, seus efeitos também somente podem ser questionados perante o Supremo Tribunal Federal (art. 102, I, letra "r", da CF/88). Quanto ao Recurso Administrativo: 1. A fim de dar cumprimento à delegação explicitada na Resolução n.º 80 do Conselho Nacional de Justiça, e no uso das atribuições constitucionais e regimentais atribuídas ao Corregedor Nacional de Justiça, proferi 14.964 decisões individualizadas sobre a situação dos serviços extrajudiciais do País, conforme publicação efetivada em 12/07/2010 no Diário de Justiça Eletrônico; 1.1 Diante da extensão do caso, foram publicadas cinco listas com as decisões pertinentes à situação de cada serviço extrajudicial; 1.2 A primeira lista explicita os 7.675 serviços considerados providos, incluídos 1.861 cartórios que foram considerados vagos na relação provisória de vacâncias e que após o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa foram reclassificados para a condição de providos. A segunda é a lista dos serviços vagos (5.561), assim entendidos aqueles que estão sob a responsabilidade de interinos. A terceira lista traz os serviços excluídos de apreciação final em decorrência da judicialização do objeto da análise (470). A quarta lista explicita aqueles serviços cuja existência somente foi constatada após a requisição de novas informações aos Tribunais de Justiça e o cotejo feito entre os cadastros do CNJ, Ministério da Justiça e INSS/DATAPREV (1105). A última lista traz 153 serviços extrajudiciais não cadastrados junto aos Tribunais de Justiça ou ao CNJ, e cuja regularidade é objeto de diligências em curso junto à Corregedoria Nacional; 1.3 Em cada decisão consta a respectiva fundamentação e o número do evento no qual está a impugnação do interessado e/ou a documentação analisada no caso concreto; 1.4 Os eventos referidos nas decisões estão inseridos no processo eletrônico n. 38.441, do Conselho Nacional de Justiça; 1.5 Em conseqüência das constatações efetivadas foi proferida decisão explicitando os efeitos das decisões, inclusive quanto ao limite máximo da remuneração daqueles que respondem interinamente por serviços extrajudiciais. 2. A Resolução n. 80 do CNJ, nos seus artigos 1º e 2º, dita que: "Art. 1°. É declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio de concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988; § 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando–a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias. § 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando–a, acompanhada dos títulos de

investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas criações. Art. 2º. Recebidas as listas encaminhadas pelos tribunais, na forma do artigo 1º e seus parágrafos, a Corregedoria Nacional de Justiça organizará a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando–as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações. Parágrafo único – No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação." 2.1 O artigo 5º, § 2º, da Emenda Constitucional n. 45, por sua vez, estabelece: "Até que entre em vigor o Estatuto da Magistratura, o Conselho Nacional de Justiça, mediante resolução, disciplinará seu funcionamento e definirá as atribuições do Ministro–Corregedor". 2.2. O Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, na redação da Emenda Regimental n. 1, de 09 de março de 2010, assim dispõe em seu art. 115: " Art. 115. A autoridade judiciária ou o interessado que se considerar prejudicado por decisão do Presidente, do Corregedor Nacional de Justiça ou do Relator poderá, no prazo de cinco (5) dias, contados da sua intimação, interpor recurso administrativo ao Plenário do CNJ. § 1º¹ São recorríveis apenas as decisões monocráticas terminativas de que manifestamente resultar ou puder resultar restrição de direito ou prerrogativa, determinação de conduta ou anulação de ato ou decisão, nos casos de processo disciplinar, reclamação disciplinar, representação por excesso de prazo, procedimento de controle administrativo ou pedido de providências ( destaquei)". 3. Ao praticar ato por delegação do plenário que integra, o Corregedor Nacional agiu em nome do próprio colegiado, circunstância que afasta a natureza monocrática de sua decisão; 3.1 A ratio essendi da Resolução n. 80 do CNJ foi explicitar a uniformização do entendimento do colegiado sobre os múltiplos litígios que aportavam no Conselho Nacional de Justiça e tinham por objeto o serviço extrajudicial. Em busca dessa mesma uniformidade, nas sessões do CNJ de 09/09/2009 e 15/12/2009 o plenário deliberou de forma a preservar a harmonização, circunstância que culminou com a redistribuição de dezenas de processos relativos ao tema da Resolução nº 80 para esta Corregedoria Nacional; 3.2 O processamento de grande número de recursos individuais, e sua distribuição aleatória aos Srs. Conselheiros, implicaria em ilógico retrocesso, pois iniciaria novo ciclo de decisões de cunho difuso e afrontaria a razão de ser da Resolução 80 e da delegação contida no parágrafo único do seu artigo 2º. 4. Ante o exposto, nos termos do art. 25, IX, do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, nego seguimento ao presente recurso por ser manifestamente incabível. Dê–se ciência ao recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de manifestação na qual o atual responsável pelo Tabelionato de Protestos de Monte Carmelo/MG, CNS 06.085–5 requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou a vacância da referida serventia extrajudicial.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça

Interessado: Luiz Eugênio de Assis Freitas Advogado(s): MG58679 – Maria Fernanda Pires de C. Pereira (INTERESSADO) DECISÃO/OFÍCIO _______2010 Trata–se de manifestação na qual o atual responsável pelo Tabelionato de Protestos de Monte Carmelo/MG, CNS 06.085–5 requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou a vacância da referida serventia extrajudicial. Analisada a documentação encaminhada pela Interessada (evento 5884, doc. 15592), verifica–se que o atual responsável pela serventia em questão foi investido por meio de concurso público em 24/07/2007, e lá vem desenvolvendo suas atribuições desde então. Dessa forma, inclua–se a presente serventia na relação definitiva de serventia provida. Ressalta–se que esta decisão restringe–se à análise de documentos não anteriormente considerados/apresentados, vez que incabível o pedido de reexame de mérito diante da imprevisibilidade deste instituto no Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. Intime–se a responsável pela serventia. Dê–se ciência a Corregedoria Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o 2º Ofício Extrajudicial de Sinop/MT, CNS 06.365–1 (evento 5949) dentre aqueles regularmente providos.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Ledi Maria Rabuske Advogado(s): MT6842 – Lafayette Garcia Novaes Sobrinho(INTERESSADO) DECISÃO/OFÍCIO Nº _______/2010 Trata–se de recurso interposto contra decisão publicada em 12/07/2010 e que não classificou o 2º Ofício Extrajudicial de Sinop/MT, CNS 06.365–1 (evento 5949) dentre aqueles regularmente providos. É o relatório. Em primeiro plano, registre–se que a preliminar suscitada (art. 8º, b, da Resolução/CNJ n.º 80) não guarda aplicação ao presente caso, não sendo obstáculo para a análise da regularidade da serventia em questão nos presentes autos. Em decisão proferida no PCA 0002916–56.2008.2.00.0000 este Conselho entendeu que "qualquer providência quanto a estas serventias, isto é, de declaração de nulidade das delegações ou de desconstituição dos atos/decretos de efetivação, deverá aguardar o desfecho do PP 0000384–41.2010.2.00.0000, no qual estão sendo analisadas as impugnações". Quanto ao recurso administrativo: 1. A fim de dar cumprimento à delegação explicitada na Resolução n.º 80 do Conselho Nacional de Justiça, e no uso das atribuições constitucionais e regimentais atribuídas ao Corregedor Nacional de Justiça, proferi 14.964 decisões individualizadas sobre a situação dos serviços extrajudiciais do País, conforme publicação efetivada em 12/07/2010 no Diário de Justiça Eletrônico;

1.1 Diante da extensão do caso foram publicadas cinco listas com as decisões pertinentes à situação de cada serviço extrajudicial; 1.2 A primeira lista explicita os 7.675 serviços considerados providos, incluídos 1.861 cartórios que foram considerados vagos na relação provisória de vacâncias e que após o pleno exercício do contraditório e da ampla defesa foram reclassificados para a condição de providos. A segunda é a lista dos serviços vagos (5.561), assim entendidos aqueles que estão sob a responsabilidade de interinos. A terceira lista traz os serviços excluídos de apreciação final em decorrência da judicialização do objeto da análise (470). A quarta lista explicita aqueles serviços cuja existência somente foi constatada após a requisição de novas informações aos Tribunais de Justiça e o cotejo feito entre os cadastros do CNJ, Ministério da Justiça e INSS/DATAPREV (1105). A última lista traz 153 serviços extrajudiciais não cadastrados junto aos Tribunais de Justiça ou ao CNJ, e cuja regularidade é objeto de diligências em curso junto à Corregedoria Nacional; 1.3 Em cada decisão consta a respectiva fundamentação e o número do evento no qual está a impugnação do interessado e/ou a documentação analisada no caso concreto; 1.4 Os eventos referidos nas decisões estão inseridos no processo eletrônico n. 38.441, do Conselho Nacional de Justiça; 1.5 Em conseqüência das constatações efetivadas foi proferida decisão explicitando os efeitos das decisões, inclusive quanto ao limite máximo da remuneração daqueles que respondem interinamente por serviços extrajudiciais. 2. A Resolução n. 80 do CNJ, nos seus artigos 1º e 2º, dita que: "Art. 1°. É declarada a vacância dos serviços notariais e de registro cujos atuais responsáveis não tenham sido investidos por meio de concurso público de provas e títulos específico para a outorga de delegações de notas e de registro, na forma da Constituição Federal de 1988; § 1º Cumprirá aos respectivos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios elaborar lista das delegações vagas, inclusive aquelas decorrentes de desacumulações, encaminhando–a à Corregedoria Nacional de Justiça, acompanhada dos respectivos títulos de investidura dos atuais responsáveis por essas unidades tidas como vagas, com a respectiva data de criação da unidade, no prazo de quarenta e cinco dias. § 2º No mesmo prazo os tribunais elaborarão uma lista das delegações que estejam providas segundo o regime constitucional vigente, encaminhando–a, acompanhada dos títulos de investidura daqueles que estão atualmente respondendo por essas unidades como delegados titulares e as respectivas datas de suas criações. Art. 2º. Recebidas as listas encaminhadas pelos tribunais, na forma do artigo 1º e seus parágrafos, a Corregedoria Nacional de Justiça organizará a Relação Provisória de Vacâncias, das unidades vagas em cada unidade da federação, publicando–as oficialmente a fim de que essas unidades sejam submetidas a concurso público de provas e títulos para outorga de delegações. Parágrafo único – No prazo de 15 (quinze), a contar da sua ciência, poderá o interessado impugnar a inclusão da vaga na Relação Provisória de Vacâncias, cumprindo à Corregedoria Nacional de Justiça decidir as impugnações, publicando as decisões e a Relação Geral de Vacâncias de cada unidade da federação." 2.1 O artigo 5º, § 2º, da Emenda Constitucional n. 45, por sua vez, estabelece: "Até que entre em vigor o Estatuto da Magistratura, o Conselho Nacional de Justiça, mediante resolução, disciplinará seu funcionamento e definirá as atribuições do Ministro–Corregedor". 2.2. O Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, na redação da Emenda Regimental n. 1, de 09 de março de 2010, assim dispõe em seu art. 115:

"Art. 115. A autoridade judiciária ou o interessado que se considerar prejudicado por decisão do Presidente, do Corregedor Nacional de Justiça ou do Relator poderá, no prazo de cinco (5) dias, contados da sua intimação, interpor recurso administrativo ao Plenário do CNJ. § 1º¹ São recorríveis apenas as decisões monocráticas terminativas de que manifestamente resultar ou puder resultar restrição de direito ou prerrogativa, determinação de conduta ou anulação de ato ou decisão, nos casos de processo disciplinar, reclamação disciplinar, representação por excesso de prazo, procedimento de controle administrativo ou pedido de providências ( destaquei)". 3. Ao praticar ato por delegação do plenário que integra, o Corregedor Nacional agiu em nome do próprio colegiado, circunstância que afasta a natureza monocrática de sua decisão; 3.1 A ratio essendi da Resolução n. 80 do CNJ foi explicitar a uniformização do entendimento do colegiado sobre os múltiplos litígios que aportavam no Conselho Nacional de Justiça e tinham por objeto o serviço extrajudicial. Em busca dessa mesma uniformidade, nas sessões do CNJ de 09/09/2009 e 15/12/2009 o plenário deliberou de forma a preservar a harmonização, circunstância que culminou com a redistribuição de dezenas de processos relativos ao tema da Resolução nº 80 para esta Corregedoria Nacional; 3.2 O processamento de grande número de recursos individuais, e sua distribuição aleatória aos Srs. Conselheiros, implicaria em ilógico retrocesso, pois iniciaria novo ciclo de decisões de cunho difuso e afrontaria a razão de ser da Resolução 80 e da delegação contida no parágrafo único do seu artigo 2º. 4. No que se refere ao limite da renda obtida com o serviço notarial, conforme dispõe o artigo 3º da Lei n. 8.935/1994, dá–se a denominação de notário ou registrador àquele a quem é delegado o exercício da atividade notarial e de registro. Os demais são interinos. 4.1. O delegado não é servidor público, conforme já reconheceu esse C. Supremo Tribunal Federal na Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 2.602. 4.2. Quando desprovido de delegado, o serviço é revertido ao poder delegante. Em conseqüência, os direitos e privilégios inerentes à delegação, inclusive a renda obtida com o serviço, pertencem ao Poder Público. 4.3. O responsável pelo expediente de serviço extrajudicial que não está classificado dentre os providos por delegado é um preposto interino do Estado delegante, e como tal não pode apropriar–se da renda de um serviço público cuja delegação reverteu para o Estado e com o Estado permanecerá até que nova delegação seja efetivada. 4.4. O interino escolhido dentre pessoas que não pertencem aos quadros permanentes da administração pública deve ser remunerado de forma justa, mas compatível com os limites estabelecidos para a administração pública em geral, já que atua como preposto do Estado. 4.5. Interino não é delegado de serviço público, já que não preenche os requisitos constitucionais ou legais inerentes à delegação. E o princípio da isonomia, ao contrário do que sustenta a parte impetrante, autoriza justamente que se dê tratamento desigual aos desiguais, com a exclusão daquele que responde precariamente por um serviço extrajudicial da regra remuneratória prevista no artigo 28 da Lei n. 8.935/1994. 5. O Exmo. Ministro Ayres Britto corrobora com o presente entendimento, conforme recente decisão assim proferida no MS 28959: "11. Tenho que, neste juízo prefacial, a solução adotada pelo Conselho Nacional de Justiça é a mais adequada. Ainda que heterodoxa e precariamente, dá–se uma reversão do serviço ao Poder Público. Reversão que, além de não poder se protrair no tempo (sob pena, inclusive, de responsabilização administrativa da autoridade), gera as consequências versadas no ato tido por coator, notadamente no que concerne à renda e à administração da serventia. Solução

diversa acabaria por beneficiar indevidamente alguém escolhido por critérios subjetivos, sem observância dos princípios constitucionais da impessoalidade e da moralidade. Em situações extremas como a deste processo, prefiro abrandar, excepcional e temporariamente, a regra do caráter privado do exercício dos serviços notariais e de registro do que abalroar os princípios fundamentais da impessoalidade e da moralidade". 6. Ante o exposto, nos termos do art. 25, IX do Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça, nego seguimento ao presente recurso por ser manifestamente incabível. Dê–se ciência ao recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o Tabelionato de Notas de Paim Filho/RS, CNS 10.225–1 (evento 4520 e 6104), foi declarada vaga sob o seguinte fundamento: "A documentação apresentada pelo TJRS não comprova que o serviço foi provido por concurso público, ou com base nas exceções previstas nas disposições transitórias da CF/1988, ou ainda com base no art. 47 da Lei n. 8.935/1994".). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Osmar Beuren Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): RS 52.056 Paulo Renato Remeddi Machado DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o Tabelionato de Notas de Paim Filho/RS, CNS 10.225–1 (evento 4520 e 6104), foi declarada vaga sob o seguinte fundamento: "A documentação apresentada pelo TJRS não comprova que o serviço foi provido por concurso público, ou com base nas exceções previstas nas disposições transitórias da CF/1988, ou ainda com base no art. 47 da Lei n. 8.935/1994". Nos autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, verifica–se que houve impugnação do interessado quanto à declaração de vacância da serventia. Analisada a documentação, verifica–se que o atual responsável pela serventia foi removido a pedido para o cargo de Oficial da presente serventia em 25 de julho de 1978. Dessa forma, inclua–se a presente serventia na relação definitiva de serventia provida. Ressalta–se que esta decisão restringe–se à análise de documentos não anteriormente considerados, vez que incabível o pedido de reexame de mérito diante da imprevisibilidade deste instituto no Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. Dê–se ciência ao recorrente e à Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o Ofício Único de Tibau do Sul/RN, CNS 09.521–6 (evento 4801), foi declarada vaga sob o seguinte fundamento:”...). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Benedito Fagundes Pereira Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça

Advogado(s): RN 4030– Fabiano Falcão de Andrade Filho DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o Ofício Único de Tibau do Sul/RN, CNS 09.521–6 (evento 4801), foi declarada vaga sob o seguinte fundamento: "... Não há, in casu, qualquer documento que comprove a existência de certame, muito pelo contrário. A escolha do interessado na serventia deu se de forma discricionária, arranhando o preceito constitucional. ...". Analisada a documentação, verifica–se que o atual responsável pela serventia foi nomeado após concurso público para o serviço judicial e extrajudicial, o que lhe permitiu chegar ao serviço que ora titulariza por meio de remoção válida Tratava–se, reitere–se, de serviço cumulativo judicial e extrajudicial, circunstância que justificava promoções e remoções por antiguidade e merecimento no formato que regia os servidores do próprio Poder Judiciário. Dessa forma, inclua–se a presente serventia na relação definitiva de serventia provida. Ressalta–se que esta decisão restringe–se à análise de documentos não anteriormente considerados, vez que incabível o pedido de reexame de mérito diante da imprevisibilidade deste instituto no Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. Dê–se ciência ao recorrente e à Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DA 1ª CIRCUNSCRIÇÃO DE GOIÂNIA/GO, CNS 02.601–3 (evento 5017), foi declarada vaga sob o seguinte fundamento: "Essa Serventia foi irregularmente provida após 05/10/1988 com base no artigo 208 da CF, por isso foi declarada vaga".). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: CLENON DE BARROS LOYOLA FILHO Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): GO 16532 – Cristiano de Castro Dayrell DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o CARTÓRIO DE REGISTRO DE IMÓVEIS DA 1ª CIRCUNSCRIÇÃO DE GOIÂNIA/GO, CNS 02.601–3 (evento 5017), foi declarada vaga sob o seguinte fundamento: "Essa Serventia foi irregularmente provida após 05/10/1988 com base no artigo 208 da CF, por isso foi declarada vaga". Nos autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, verifica–se que houve impugnação do interessado quanto à declaração de vacância da serventia.

Analisada a documentação, verifica–se que o atual responsável pela serventia possui tutela antecipada deferida em seu favor para que o Decreto Judiciário nº 525/08 não surtisse efeitos sobre sua permanência na titularidade na serventia – Ação anulatória n°200905038910, na 3ª Vara da Fazenda Pública Estadual. O Decreto Judiciário n. 525/2008 apenas dá cumprimento à decisão proferida pelo CNJ no Pedido de Providências n. 861 antes da tutela antecipada. Assim, o afastamento somente poderia ser questionado perante o C. Supremo Tribunal Federal, sendo ineficaz a decisão proferida na ação anulatória que indevidamente tramita perante a 3a Vara da Fazenda Pública. Aduz que foi efetivado como titular da serventia em 11.12.1991. A atual Constituição Federal, em outubro de 1988, dispôs: "Art. 236 – Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público. (....) Parágrafo 3º – O ingresso na atividade notarial depende de concurso público de provas e títulos, não se permitindo que qualquer serventia fique vaga, sem abertura de concurso de provimento ou remoção, por mais de seis meses." A contar da vigência da Constituição de 1988, foi estabelecida a regra do concurso público para o ingresso na atividade notarial e de registro. A conclusão é a de que, a partir de outubro de 1988, não mais pode subsistir o critério que inobserve o princípio constitucional da impessoalidade do art. 37 da CF, ou seja, não se admite que alguém venha a simplesmente receber a titularidade e a delegação do serviço, sem ser submetido a concurso público. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que após a promulgação da Constituição Federal de 1988, o ingresso na atividade notarial e de registro ocorre apenas pela via única e exclusiva do concurso público, nos termos do § 3º do seu Art. 236 (AI 750519 AgR, Relator: Min. EROS GRAU, Segunda Turma, julgado em 20/10/2009, DJe–213 13–11–2009; RE 252313 AgR, Relator: Min. CEZAR PELUSO, Primeira Turma, julgado em 09/05/2006, DJ 02–06–2006 pp–00012, AgR–RE n. 413.082, Rel. Min. Eros Grau, DJ 5.5.06, RE 182.641/SP, Rel. Min. Otávio Gallotti, DJ 15.3.1996, AgR–RE 302.739/RS, Rel. Min. Nelson Jobim, DJ 26.4.2002; AgR–RE 541.408–2/MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJ 14.8.09). Com efeito, não há que se falar em direito adquirido à efetivação no cargo de Titular da serventia se o provimento se deu após a Constituição de 1988, sem a ocorrência de certame público. Ressalta–se que esta decisão restringe–se à análise de documentos não anteriormente considerados, vez que incabível o pedido de reexame de mérito diante da imprevisibilidade deste instituto no Regimento Interno do Conselho Nacional de Justiça. Mantenha–se a presente serventia na relação de serviços extrajudiciais vagos. Dê–se ciência ao recorrente. Cópia da presente servirá como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de pedido de reconsideração apresentado pelo responsável pelo Serviço Notarial e de Registro Civil de Corguinho/MS, CNS 06.322–2 (Evento 5076) contra a decisão proferida em 12 de julho de 2010.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Neuza Barboza Massi

Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): OAB/SP 54.771 – João Roberto Egydio Piza Pontes OAB/SP 153.384 – Fábio da Costa Azevedo DECISÃO / OFÍCIO _______ / 2010 Trata–se de pedido de reconsideração apresentado pelo responsável pelo Serviço Notarial e de Registro Civil de Corguinho/MS, CNS 06.322–2 (Evento 5076) contra a decisão proferida em 12 de julho de 2010. Segundo se depreende da Relação Definitiva de Serventias consideradas vagas, o referido Cartório foi declarado vago sob o seguinte fundamento: "Essa Serventia foi declarada vaga, pois seu titular foi nomeado ou designado sem a devida aprovação em concurso público regular". Em consulta à página oficial do Supremo Tribunal Federal na internet, verifica–se que a investidura da responsável pela serventia permanece sub judice perante o Supremo Tribunal Federal por meio do Mandado de Segurança 28.080. Na data de 24 de junho de 2009 o relator deferiu o pedido da medida liminar, para suspender os efeitos da decisão proferida nos autos do PCA 395, mantendo–se os atos que efetivaram os impetrantes nas serventias extrajudiciais do Estado do Mato Grosso do Sul. Dessa forma, determino que o serviço extrajudicial seja excluído da lista definitiva de serventia vagas e lançado na relação de pendência judicial capaz de afastar a análise do caso pelo CNJ nesta data. Intime–se a responsável pela serventia. Dê-se ciência à Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Mato Grosso do Sul. Cópia do presente serve como ofício. •CNJ – Pedido de Providências – Corregedoria nº 0000384–41.2010.2.00.0000 – (Trata–se de recurso administrativo no qual o atual responsável pelo Cartório de Registro de Imóveis de Nova Resende/MG, CNS 05.821–4, (Evento 5251) requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou que: “SERVIÇO EXTRAJUDICIAL EXCLUÍDO DA LISTA ORIGINÁRIA E LANÇADO NA RELAÇÃO DE PENDÊNCIA JUDICIAL CAPAZ DE AFASTAR A ANÁLISE DO CASO PELO CNJ NESTA DATA.). Requerente: Corregedoria Nacional de Justiça Interessado: Marcelo Batista Corrêa Requerido: Corregedoria Nacional de Justiça Advogado(s): OAB/MG 9.936 – Edgard Moreira da Silva DECISÃO/OFÍCIO ____ / 2010 Trata–se de recurso administrativo no qual o atual responsável pelo Cartório de Registro de Imóveis de Nova Resende/MG, CNS 05.821–4, (Evento 5251) requer a reconsideração da decisão proferida em 12 de julho de 2010 que declarou que: " SERVIÇO EXTRAJUDICIAL EXCLUÍDO DA LISTA ORIGINÁRIA E LANÇADO NA RELAÇÃO DE PENDÊNCIA JUDICIAL CAPAZ DE AFASTAR A ANÁLISE DO CASO PELO CNJ NESTA DATA." Revendo os autos do Pedido de Providência nº 0000384–41.2010.2.00.0000, (Evento 8088) verifica–se que o pedido já foi analisado.

Sendo assim, julgo prejudicado o presente recurso. Intime–se o responsável pela Serventia.