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RELATÓRIO
CLUSTER DOS PEQUENOS FRUTOS
Levantamento de pragas e doenças
Oeiras, 2015
Promotor Co-promotor Parceiro Co-financiamento
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RELATÓRIO
CLUSTER DOS PEQUENOS FRUTOS
Levantamento de pragas e doenças
Pretende-se com o presente relatório apresentar os resultados do trabalho
executado pela equipa do INIAV, I.P. no âmbito do levantamento das principais
pragas e doenças nas culturas da amora, framboesa e mirtilo e preparar um
instrumento de suporte à gestão fitossanitária por parte dos utilizadores finais.
O trabalho surge como resposta a uma necessidade detetada no
levantamento das necessidades do sector dos pequenos frutos, realizada no
âmbito do projeto Cluster dos Pequenos Frutos. Assim, foram estabelecidas
duas pragas chave na cultura da framboesa, os tripes e a mosca da asa
manchada, a Drosophila suzukii, uma praga chave na cultura da amora, o
ácaro eriofídeo Acalitus essigi e uma doença importante na cultura do mirtilo, a
Phomopsis. Realizaram-se oito missões de campo de norte a sul do país
durante os meses de maio, junho e julho de 2015. Foram visitadas 28
explorações agrícolas, espalhadas pelo território do continente, das quais cinco
na área de intervenção da DRAP do Norte, 12 na área da DRAP Centro, cinco
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na área da DRAP Lisboa e Vale do Tejo, duas na área da DRAP do Alentejo e
três na área da DRAP Algarve (quadro 1). Em três explorações as amostras
não se encontravam em boas condições para análise, pelo que não são
referidas.
Quadro 1. Explorações agrícolas visitadas por Direção Regional, Concelho e localidade, em
2015
Data Zona Local Concelho Espécies
Mirtilo Amora Framboesa
7 maio DRAP
Alentejo
Grândola Grândola x x extz
São Teotónio Odemira x x x
Boavista dos pinheiros Odemira - x x
14 maio DRAP
Algarve
Quinta Patarinho Tavira - x x
Estoi Faro - - x
Monte Canelas Portimão - x extz
21 maio DRAP LVT
São Mamede Óbidos x - x
Turcifal Torres Vedras x - -
Vieira Leiria Marinha Grande - x -
4 junho DRAP
Centro
Ferro Covilhã x - -
Penamacor Penamacor - x x
13 julho
DRAP Centro
Alvega Abrantes - x -
Arez Nisa x - -
Minhocal Celorico da Beira x - -
DRAP Norte
Mirandela Mirandela x - x
14 julho DRAP Norte
Amarante Amarante x x x
Baião Baião x x x
Braga Braga x x x
Vila Verde Vila Verde x - -
17 julho DRAP
Centro
Arazede Cantanhede x - -
Ponte de Vagos Vagos - - x
Sever do Vouga Sever do Vouga x x x
Vouzela Vouzela - x x
Serrazes São Pedro do Sul x - -
31 julho DRAP LVT
Areias Gordas Palmela x - x
zColocação de armadilhas em explorações sem a cultura da framboesa
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Foram objetivos específicos do trabalho realizar o levantamento e
identificação de pragas e doenças por cultura e promover a disseminação da
informação recolhida. Foram realizados inquéritos nas explorações visitadas e,
em função das culturas presentes, recolhidas amostras e/ou colocadas
armadilhas para algumas pragas.
Cultura da amora de silva (Rubus sp.)
Deteção do eriofídeo Acalitus essigi (Hassan) e acarofauna auxiliar
No caso presente da cultura da amora foram selecionadas 14 explorações
agrícolas, onde foram recolhidas as amostras para deteção dos ácaros. As
amostragens consistiram na recolha de cinco lançamentos de frutificação por
amostra/cultivar/exploração, um por planta, com escolha aleatória. Os
lançamentos, completos, foram cortados de modo que incluíssem a base.
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As amostras, devidamente identificadas, foram colocadas em sacos,
transportadas para laboratório, em caixas isotérmicas arrefecidas, e guardadas
em frigorífico até ao exame minucioso, à lupa binocular, de todos os órgãos
dos lançamentos. Após a observação e triagem dos exemplares, seguiram-se
as preparações para observação microscópica e a identificação das espécies.
Como pretendido, foi obtida informação relativa à presença (Quadro 2) ou
ausência (Quadro 3) do ácaro-da-baga-vermelha, Acalitus essigi (Hassan),
uma das pragas mais importantes na cultura da amora em Portugal, em várias
regiões do país e cultivares preferidas.
Este eriofídeo foi também encontrado em algumas amoras silvestres, como
Rubus vigoi Roselló, Peris & Stübing, Rubus sampaioanus Sudre ex Samp.,
Rubus radula Weihe, Rubus brigantinus Samp. e Rubus henriquesii Samp.
Contudo nunca foi detetado na amora selvagem mais comum, Rubus ulmifolius
Schott.
Relativamente à acarofauna auxiliar, foram detetados fitoseídeos,
estigmeídeos e tideídeos predadores, devendo aproveitar-se todo o seu
potencial. São de destacar Amblyseius stipulatus Athias-Henriot, Typhlodromus
recki Wainstein, Amblyseius californicus (McGregor), Typhlodromus pyri
Scheuten, Agistemus longisetus Gonzalez e Homeopronematus anconai
(Baker).
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Quadro 2. Presença de Acalitus essigi (Hassan) em Portugal (locais/cultivares de amora).
Local Cultivares
Apache Black
Diamond Chester
Driscoll
Carmel
Karaka
Black
Loch
Ness Ouachita Ruben
Triple
Crown Tupi
Alvega
(Abrantes)
Fundão
Grândola
Portimão
Sever do
Vouga
S.Teotónio
(Odemira)
Tavira
Vieira de
Leiria
Vouzela
Quadro 3. Ausência de Acalitus essigi (Hassan) em Portugal (locais/cultivares de amora).
Local
Cultivares
Chester Dirksen Jumbo Loch
Ness
Loch
Tay
Natchez Obsidian Prime
Ark
45
Ruben Thorless
Evergreen
Triple
Crown
Tupi
Amarante
B. dos
Pinheiros
(Odemira)
Calvos
(Póvoa de
Lanhoso)
Grândola
Grilo
(Baião)
Penamacor
Portimão
Sever do
Vouga
Tavira
Vieira de
Leiria
Vouzela
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Cultura da Framboesa (Rubus idaeus L.)
Prospeção de tripes (Thysanoptera: Thripidae)
A prospeção de tripes na cultura de framboesa foi realizada nos seguintes
concelhos: Amarante, Braga, Baião, Faro, Mirandela, Óbidos, Odemira,
Penamacor, Sever do Vouga, Tavira, Vagos e Vouzela. Analisou-se uma
exploração por concelho, com exceção do de Odemira (duas explorações).
Utilizaram-se armadilhas adesivas amarelas e azuis, penduradas no topo da
cultura, com o seu bordo inferior praticamente rente ao topo das plantas,
durante duas semanas, consecutivas ou não (com pelo menos uma semana no
meio), consoante a disponibilidade do produtor em realizar a troca de
armadilhas. A utilização de duas cores teve como objetivo o aumento da
diversidade dos indivíduos capturados e, em cada estufa, foi utilizado igual
número de armadilhas de cada cor, para não haver enviesamento dos
resultados. O número de armadilhas por estufa variou com a dimensão da
mesma.
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Analisou-se uma estufa por exploração. No caso de aí haver mais do que
uma estufa com a cultura de framboesa, selecionou-se uma com problemas
causados por tripes, pelo menos no passado recente. Com frequência, existia
mais do que uma variedade de framboesa na mesma estufa, pelo que,
tratando-se da análise de adultos voadores com grande capacidade de
dispersão, o fator variedade não foi tido em conta neste estudo.
No final de uma semana, as armadilhas foram retiradas das estufas e, em
cada uma das faces, foi aplicada uma folha de acetato transparente, para
isolamento da superfície adesiva e transporte da armadilha.
Em laboratório, os indivíduos foram descolados das armadilhas com ajuda
de petróleo. Foram depois colocados em hidróxido de sódio a 2%, durante
cerca de 23 a 26 horas, para diafanização e, posteriormente, foram montados
em lâmina – lamela, em meio de Hoyer, para identificação ao microscópio.
Detetaram-se tripes em todas as explorações.
De entre os tripes fitófagos, destacaram-se, pela sua abundância, os
géneros Thrips, Frankliniella e Tenothrips, aos quais deverá ser atribuída a
maior parte os estragos/prejuízos que têm vindo a ser causados por tripes na
cultura de framboesa. As espécies mais abundantes destes três géneros foram
Thrips flavus Schrank, Thrips tabaci Lindeman, Frankliniella occidentalis
(Pergande) e Tenothrips frici Uzel, as quais estiveram presentes em todo o
país. Foram também detetadas outras espécies, mas substancialmente menos
abundantes: Thrips major Uzel, Thrips (Isoneurothrips) australis (Bagnall,
Thrips angusticeps Uzel, Frankliniella tenuicornis (Uzel) e Tenothrips discolor.
Praticamente em todas as explorações foram também detetados Aeolothrips
spp., os quais habitualmente se incluem no grupo dos auxiliares por serem
predadores (de um modo geral, predadores facultativos).
Outros géneros fitófagos detetados, mas de modo muito vestigial foram:
Ceratothrips, Chirothrips e Limothrips. Acrescente-se também a deteção
igualmente vestigial de indivíduos da subordem Tubulifera, os quais,
dependendo das espécies, poderão ser fitófagos, predadores ou micetófagos.
Pela sua reduzida abundância e pelo que se conhece da sua bioecologia, não
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é de crer que estes tripes tenham responsabilidade nos estragos relatados
pelos produtores contactados durante este estudo.
Prospeção de Drosophila suzukii (Matsumura,1931)
Esta prospeção foi realizada em campos com a cultura de framboesa.
Colocaram-se de 1 a 4 armadilhas atrativas por exploração agrícola
As amostras com os insetos capturados, nessas armadilhas, foram enviadas
para o INIAV. No laboratório com auxílio da lupa binocular foi efetuada a
identificação e quantificação de D. suzukii (Quadro 4).
Os machos caracterizam-se por geralmente terem uma mancha escura na
borda superior de cada asa. Estes indivíduos foram analisados por Biologia
Molecular. Numa primeira abordagem, confirmou-se a identidade da espécie.
Para tal, isolou-se o seu DNA total e amplificou-se por PCR (Polimerase Chain
Reaction) um fragmento de 710 pb do gene da Citocromo Oxidase subunidade
I (COI).
Quadro 4. Origem das capturas e composição das amostras de insetos
Data Local Concelho
Presença de Drosophila suzukii (♂ ; ♀) -
Semana 1
Presença de Drosophila suzukii (♂ ; ♀) -
Semana 2
Armadilha
1
Armadilha
2
Armadilha
3
Armadilha
4
Armadilha
1
Armadilha
2
Armadilha
3
Armadilha
4
Grândola Grândola 1 ; 2 1 ; 1 0 ; 1 - 0 ; 0 0 ; 1 0 ; 0 -
7-Mai-15 São Teotónio Odemira 0 ; 0 0 ; 1 - - 1 ; 3 0 ; 0 - -
Boavista dos Pinheiros Odemira 6 ; 0 35 ; 30 0 ; 4 20 ; 25 5 ; 7 14 ; 7 52 ; 23 8 ; 14
14-Mai-15
Estoi Faro 1 ; 4 2 ; 1 - - 7 ; 7 2 ; 4 - -
Monte Canelas Portimão 0 ; 0 - - - 0 ; 0 - - -
21-Mai-15 São Mamede Óbidos 0 ; 0 2 ; 0 - - 0 ; 0 0 ; 1 - -
4-Jun-15 Penamacor Penamacor 0 ; 0 1 ; 0 2 ; 0 -
- -
13-Jun-15 Mirandela Mirandela 0 ; 0 0 ; 0 0 ; 0 - 0 ; 0 0 ; 0 0 ; 0 -
17-Jul-15 Ponte de Vagos Vagos 0 ; 3 1 ; 7 - - 2 ; 4 0 ; 0 - -
17 Jul-15 São Vicente Braga 24;32 105;72 50;66 4;6 1;1 - -
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Cultura do mirtilo (Vaccinium sp.)
Prospeção de Diaporthe vaccinii Shear (sin. Phomopsis vaccinii Shear)
A prospeção de Diaporthe vaccinii foi efetuada em 14 explorações
localizadas nos concelhos de Grândola, Odemira, Óbidos, Torres Vedras,
Covilhã, Nisa, Celorico da Beira, Mirandela, Amarante, Baião, Vila Verde,
Cantanhede, Sever do Vouga e São Pedro do Sul.
Em cada exploração, sempre que possível, foram selecionadas as cinco
variedades mais importantes para efetuar a observação, incluindo a estimativa
da incidência e severidade de sintomas e a colheita de amostras para análise
laboratorial, a fim de confirmar a identidade dos fungos associados.
Foram observadas 100 plantas de cada variedade, em grupos de 25 plantas,
em linhas diferentes selecionadas aleatoriamente nas parcelas. Das plantas
que apresentavam sintomas, foram selecionadas dez plantas para observação
mais pormenorizada tendo sido registado o número de ramos afetados e o
número total de ramos por planta. Nestas plantas foram também colhidas
amostras dos ramos com sintomas que foram devidamente identificadas,
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embaladas e remetidas para o laboratório. Em duas explorações, por se tratar
de um campo experimental e uma coleção de variedades, o reduzido número
de plantas por variedade não permitiu estimar a incidência e severidade.
Nestas explorações apenas foram feitas observações da presença de sintomas
e colhidas amostras.
No laboratório, as amostras foram observadas à lupa binocular para
determinar a presença de frutificações de Diaporthe spp. Quando presentes,
procedeu-se a preparações microscópicas para identificação. Procedeu-se
também ao isolamento em meio de cultura de fragmentos da margem das
necroses. Os fungos presentes foram isolados em cultura pura para
identificação morfológica e extração de DNA com vista a posterior identificação
biomolecular.
Em 12 explorações foram observadas plantas com ramos com a
extremidade seca e por vezes ramos secos até à base. Cancros envolvendo os
gomos não foram observados em nenhuma amostra. De um modo geral a
percentagem de plantas afetadas (incidência) foi muito baixa (Quadro 5).
Apenas no caso da exploração de S. Mamede foi constatada uma elevada
percentagem de plantas afetadas mas neste caso o produtor referiu que tinha
havido erros na fertilização que teriam causado os problemas observados.
A observação microscópica e isolamento em meio de cultura permitiu
confirmar a presença de Diaporthe spp. em 10 amostras colhidas em 9 das 14
explorações prospetadas.
Embora presente em muitas explorações, como se pode ver pelo Quadro 6,
em apenas algumas variedades foi confirmada a presença de Diaporthe spp.
Para além disso foram detetados outros fungos que também poderão estar
associados a esta sintomatologia, nomeadamente espécies da família
Botryosphaeriaceae (sin. Botryospheria spp.), Botrytis cinerea e Pestalotiopsis
spp.
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Quadro 5. Incidência e severidade por exploração
(ND – Não determinado)
Local/Concelho Incidência Severidade
Amarante 1.3 17.7
Arazede 2.7 3.9
Arez 3.4 26.0
Baião 1.7 8.7
Ferro 2.0 7.8
Grândola 3.8 10.8
Minhocal 0.0 0.0
Mirandela 1.0 14.1
Sever do Vouga ND ND
São Mamede 32.3 17.7
São Teotónio ND ND
Serrazes 5.0 16.6
Turcifal 0.0 0.0
Vila Verde 1.3 11.6
Quadro 6. Número de variedades observadas e número de variedades onde a presença de
Diaporthe spp. foi confirmada.
Local Am
aran
te
Ara
zed
e
Are
z
Bai
ão
Fer
ro
Grâ
nd
ola
Min
ho
cal
Mir
and
ela
Sev
er d
o V
ou
ga
São
Mam
ede
São
Teo
tón
io
Ser
raze
s
Tu
rcif
al
Vil
a V
erd
e
N.º de varidedades 3 3 5 3 5 5 5 4 2 3 5 5 2 3
Diaporthe spp. 1 1 1 1 0 1 0 0 0 1 2 2 0 1
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Considerações finais
Neste relatório são apresentados os resultados preliminares para as
diferentes culturas, sendo os resultados definitivos apresentados sob a forma
de Folhas de Divulgação a disponibilizar através do site do INIAV, I.P. Estas
folhas serão um bom suporte à gestão fitossanitária por parte dos utilizadores.
Agradecimentos
A equipa que realizou este levantamento agradece a todos os
empresários/produtores que abriram as portas das suas explorações e
acolheram toda a equipa e que colaboraram na escolha, recolha e envio das
amostras para a sede do INIAV, I.P. Sem a sua valiosa colaboração este
levantamento não teria sido possível.
Equipa executora
Coordenação:
Pedro Brás de Oliveira, Investigador Auxiliar, INIAV, I.P.
Gonçalo Bernardo, Técnico Superior, AGIM
Levantamento ácaros na cultura da amora:
Maria dos Anjos Ferreira, Investigadora Auxiliar, INIAV, I.P.
Levantamento tripes na cultura da framboesa:
Célia Isabel Meirinho Mateus, Investigadora Auxiliar, INIAV, I.P.
Levantamento Drosófila na cultura da framboesa:
Eugénia Maria de Andrade, Investigadora Auxiliar, INIAV, I.P.
Célia Isabel Meirinho Mateus, Investigadora Auxiliar, INIAV, I.P.
Rita Ruivo dos Santos Teixeira, Técnica Superior, INIAV, I.P.
Levantamento Phomopsis:
Eugénio Luís Fraga Diogo, Técnico Superior, INIAV, I.P.
Bolseiro investigação:
Miguel Pimpão, INIAV, I.P.