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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 30 de maio de 2019 COM 133 FILMES DE 32 PAÍSES, O MAIS IMPORTANTE EVENTO SUL-AMERICANO DEDICADO À TEMÁTICA SOCIOAMBIENTAL TEM SUA MAIOR EDIÇÃO http://ecofalante.org.br/

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 30 de maio de 2019

COM 133 FILMES DE 32 PAÍSES, O MAIS IMPORTANTE EVENTO SUL-AMERICANO DEDICADO À TEMÁTICA

SOCIOAMBIENTAL TEM SUA MAIOR EDIÇÃO

http://ecofalante.org.br/

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Grupo de Comunicação

SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5

Vereadores aprovam a 'inspeção veicular' ........................................................................................ 5

Junho terá atividades gratuitas e ações de conscientização sobre o Dia do Meio Ambiente ...................... 6

Nascente Municipal Modelo recebe visita de alunos do SESI ................................................................ 7

Paisagistas lançam manifesto pela Mata Atlântica .............................................................................. 8

Cetesb pede adequação em projeto do centro logístico..................................................................... 10

Cetesb faz exigências ao Centro Logístico para dar andamento ao licenciamento ................................. 12

Palavra do Leitor – Relevante........................................................................................................ 14

Justiça condena empresário a pagar R$ 9,5 milhões de multa por construção de autódromo ................. 15

Ecomondo Brasil: sucesso na realização da primeira edição e novidades para 2020 ............................. 16

Pescadores são multados em quase R$ 23 mil por crime ambiental em Cananéia, SP ........................... 18

Procrastinação inadmissível .......................................................................................................... 19

Duas represas do Sistema Alto Tietê seguem vertendo água, diz Daee ............................................... 20

Termelétrica fez ontem a primeira de três reuniões antes da audiência pública ................................... 21

Operação Estiagem 2019 .............................................................................................................. 22

Novo projeto para saneamento destrava venda da Sabesp, e ações sobem ......................................... 23

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 24

Manobra da bancada ruralista pode isentar desmatador de repor a floresta derrubada ......................... 24

Câmara muda Código Florestal e garante desmate a grandes produtores rurais .................................. 26

Revogar Estação Tamoios exige ato do Congresso, e mudança via decreto será inconstitucional, dizem juristas ...................................................................................................................................... 28

Governo diminui participação da sociedade civil no Conselho Nacional do Meio Ambiente ..................... 32

Entenda o debate sobre a MP 867, que altera o Código Florestal ....................................................... 33

Atvos, do grupo Odebrecht, pede recuperação judicial ..................................................................... 37

IMPASSE AMBIENTAL ................................................................................................................... 38

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 40

Painel: Pacto de Bolsonaro racha Judiciário e Congresso; texto prega combater corrupção 'nos gabinetes' ................................................................................................................................................. 40

Mônica Bergamo: Toffoli deve tirar descriminalização do porte de drogas da pauta do STF ................... 42

WEG e Embraer fazem parceria para aeronaves elétricas .................................................................. 44

Aliado de Maia apresenta projeto que pode substituir MP do Saneamento ........................................... 45

Apesar de apelo de ruralistas, Davi diz que não votará MP do Código Florestal .................................... 46

Salles corta 77% de Conselho Ambiental, retira ICMBio e fará sorteio de vagas .................................. 48

ESTADÃO ................................................................................................................................... 50

Coluna do Broadcast .................................................................................................................... 50

Projeto de lei deve ser votado para substituir MP do saneamento ...................................................... 51

Senadores fecham acordo para não votar MP que muda Código Florestal............................................ 52

Engie já movimentou US$ 3 bi para pagar Petrobrás pela TAG .......................................................... 54

STF deve ter placar apertado em decisão sobre privatizações ........................................................... 55

Celso Ming: O país das balas de prata ............................................................................................ 56

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Grupo de Comunicação

Maia cede a ambientalistas e cria comissão para analisar PL do Licenciamento .................................... 57

Diretor de entidade rural vai chefiar secretaria nacional de florestas .................................................. 58

Câmara aprova texto-base de MP que altera Código Florestal............................................................ 59

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 60

Avião elétrico une a WEG e a Embraer ........................................................................................... 60

Grupo Odebrecht pede recuperação para Atvos ............................................................................... 61

Austrália aposta em bateria de água para transição energética ......................................................... 62

Uso maior de renováveis exige armazenamento de energia .............................................................. 66

TCU manda cortar desconto em tarifa de energia ............................................................................ 67

Senado deixará caducar MP 867, que altera o Código Florestal .......................................................... 68

Passa Lei das Agências Reguladoras .............................................................................................. 70

Novo projeto sobre saneamento contraria governo .......................................................................... 71

Resistência a mudanças é entrave à tecnologia ............................................................................... 73

Gerenciar risco não é administrar incertezas ................................................................................... 74

Direito à água e cultura ................................................................................................................ 76

Conselheiros criticam reforma no estatuto da BR ............................................................................. 78

Venda de ativos da Petrobras terá dia D no Supremo ....................................................................... 79

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS

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Grupo de Comunicação

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Tribuna Ribeirão

Data: 29/05/2019

Vereadores aprovam a 'inspeção veicular'

Redação Tribuna

A Câmara de Vereadores aprovou na sessão

desta terça-feira, 28 de maio, por

unanimidade, o projeto de lei do Executivo

enviado em 11 de abril que cria a vistoria

periódica nos veículos e máquinas movidos a

óleo diesel da administração municipal. A ideia

é que todos os automóveis e máquinas

pertencentes à frota da prefeitura de Ribeirão

Preto passem semestralmente por avaliação

ambiental. Os prestadores de serviços

Os veículos pertencentes aos prestadores de

serviços contratados pela administração

municipal também deverão passar pela

vistoria. De acordo com o projeto, os

automóveis ou máquinas que apresentarem

emissão de fumaça em desconformidade com

os padrões legais vigentes deverão ser

retirados de circulação, submetidos à

manutenção corretiva ou serem substituídos.

A prefeitura de Ribeirão Preto também deverá

manter o registro das avaliações efetivadas

nos veículos e máquinas, constando as

respectivas placas e números de identificação,

as datas de realização das avaliações e das

regulagens e dos resultados obtidos em

planilha a ser criada pela administração.

Também deverá ser criado o 'Selo Verde

Ambiental da Prefeitura de Ribeirão Preto', que

será afixado em local visível do automóvel.

Atualmente, a frota municipal tem 106

veículos a diesel.

São 64 no Departamento de Água e Esgotos

de Ribeirão Preto (Daerp), 29 na Secretaria

Municipal de Infraestrutura e mais 13 na

Coordenadoria de Limpeza Urbana (CLU).

Segundo o Executivo, o projeto de lei é

importante para o cumprimento das diretrizes

do Programa Município Verde Azul, do

qual Ribeirão Preto participa. O programa,

criado pelo governo de São Paulo, tem o

propósito de apoiar a eficiência da gestão

ambiental nos municípios, estimulando a

elaboração e execução de suas políticas

públicas estratégicas voltadas para o

desenvolvimento sustentável.

Todo o processo de implementação das

vistorias será acompanhado pela Secretaria

Municipal do Meio Ambiente, que definirá,

juntamente com o órgão ou empresa

contratada para realização da avaliação o

cronograma, os procedimentos operacionais,

os critérios, além de acompanhar os

resultados obtidos. Para a medição do índice

de emissão de fumaça dos veículos poderão

ser utilizados uns dos instrumentos disponíveis

atualmente.

Instrumentos disponíveis

Atualmente, os dois instrumentos mais

utilizados para medir a poluição causada pelos

veículos a diesel são a escala Ringelmann e o

opacímetro. A escala permite conferir a

coloração da fumaça que sai dos veículos e, se

necessário, providenciar as correções. Tem

seis padrões com variações uniformes de

tonalidades entre o branco e o preto. Os

padrões são numerados de zero a 5 e a

recomendação da Companhia de

Tecnologia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) é que as emissões não

passem do padrão 2.

Já o opacímetro é um equipamento que

analisa o estado de funcionamento dos

motores diesel. Ele faz a medição do nível de

opacidade de fumaça emitida pelo motor

através de uma sonda colocada no

escapamento, que envia os sinais coletados da

fumaça, para o monitor, onde são

transformados em valores porcentuais sendo

que o zero equivale ao ar limpo, e 100%,

significa fumaça totalmente saturada, que

impede a passagem de qualquer luz.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24308566&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Olímpia

Data: 29/05/2019

Junho terá atividades gratuitas e ações

de conscientização sobre o Dia do Meio

Ambiente

Leonardo Concon

No próximo dia 5 comemora-se o Dia Mundial

do Meio Ambiente e, para celebrar a data, a

Estância Turística de Olímpia terá diversas

atividades gratuitas de conscientização

durante todo o mês.

A programação começa já na segunda-feira

(3), com duas ações, das 8h às 18h, na Unesp

em São José do Rio Preto, o Fórum Regional

da Água, com diversas palestras e mesas

redondas. Segundo a autarquia Daemo

Ambiental, para participar os interessados

devem fazer a inscrição gratuita pelo link.

No mesmo dia, haverá visita à nascente do

Ribeirão Olhos D'Água com a escola municipal

Zenaide Rugai Fonseca, conduzida pela

gestora ambiental, Jaqueline Marilia Barbosa.

Na terça, dia 4, das 8h às 13h, será realizada

a capacitação anual de podadores de árvores,

que faz parte do Programa de Formação

Continuada em Arborização Urbana. O curso

será em Rio Preto e a Daemo disponibilizará o

transporte para os inscritos. Ministrada pelo

coordenador do Programa Município Verde

Azul do Estado de São Paulo, José Walter

Figueiredo da Silva, a capacitação dará direito

ao credenciamento dos profissionais

autônomos e empresas, que receberão a

carteirinha de podador. Os interessados

devem fazer a inscrição gratuita até o dia 31

de maio, na sede da autarquia, localizada na

Avenida Harry Gianecchini, 350 - Jardim

Toledo.

No dia 05 (quarta), a escola Santo Seno fará

uma passeata em comemoração ao Dia

Mundial do Meio Ambiente, com saídas às 8h e

às 16h, em frente à unidade. Já no dia 07

(sexta-feira), será realizada uma palestra na

Escola Estadual Wilquem Manoel Neves sobre

resíduos sólidos.

A programação segue no sábado, dia 08, das

08h30 às 11h30, com uma ação de doação e

troca de mudas e educação ambiental, na

Praça da Matriz. A iniciativa é do grupo

Escoteiros Olhos D´Água com apoio da Daemo

Ambiental. Nos dias 10 e 11, haverá mais

visitas à nascente do Ribeirão Olhos D'Água,

com as escolas municipais Dona Luiza Seno e

Jardim Hélio Cazarini, respectivamente.

As atividades se estendem ainda para o dia 25

de junho, quando será ministrada uma

palestra sobre 'Meio Ambiente' para a Terceira

Idade, com apoio da secretaria de Assistência

Social. Por fim, dia 29, terá preparação e

plantio de horta orgânica, no Projeto Vinde a

Mim, com a coordenação da gestora

ambiental, Jaqueline Marilia Barbosa.

II SEMANA DO MEIO AMBIENTE

Integrando a programação, a Estância

Turística de Olímpia realizará, entre os dias 4

e 6 de junho, a II Semana do Meio Ambiente.

A iniciativa é do parque aquático Thermas dos

Laranjais, em parceria com a Prefeitura, por

meio da secretaria de Saúde, Daemo

Ambiental e a empresa Kimberlit Agrociências.

As atividades terão início na terça-feira, dia 4,

às 8h, com plantio de mudas de crotalária e

citronela na Avenida Benatti. Já no dia 5

(quarta-feira), está marcada para as 8h a

Abertura Oficial com apresentação do grupo

'Samba Lata'.

O evento seguirá com uma programação

variada, nos dias 5 e 6, das 8h às 11h e das

14h às 17h30, no Salão Social do Thermas dos

Laranjais. Todas as atividades são gratuitas e

abertas ao público.

A grande atração deste ano será a instalação

de um Planetário para despertar ainda mais

importância da preservação do meio ambiente

e saúde. Também haverá doação de mudas e

estandes com exposição de projetos dos

parceiros envolvidos, como campanhas de

coleta de óleo vegetal e lixo eletrônico;

produção de alimentos saudáveis; ações de

combate à dengue, tratamento de resíduos,

entre outros.

O objetivo da Semana é unir esforços do

poder público, da iniciativa privada e a

sociedade a favor das questões

socioambientais, fazendo um trabalho de

conscientização e convidando toda a

comunidade a agir em defesa do meio

ambiente.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24334348&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Prefeitura Lençóis Paulista

Data: 29/05/2019

Nascente Municipal Modelo recebe visita

de alunos do SESI

De onde vem a água na natureza? Para

responder esta questão, a Secretaria de

Agricultura e Meio Ambiente (SAMA) conta

com um local específico para visitação pública

e aprendizagem sobre a importância e

preservação das nascentes, de acordo com

ação prevista na diretiva 'Gestão das Águas'

do Programa Município Verde Azul.

A Nascente Municipal Modelo de Lençóis

Paulista está situada em local de fácil acesso e

dentro do perímetro urbano, mais

precisamente na mata ciliar do Córrego da

Prata, na Rua Ana Maria Machado (ao lado da

Escola Vera Braga), bairro Cecap.

Nesta segunda quinzena de maio, alunos do

SESI 'Alberto Trecenti' e do Colégio São José,

que visitaram o Centro de Educação Ambiental

- Jardim Sensorial e Mini Zoo de Esculturas no

Parque do Povo, também conheceram a

Nascente Modelo, uma vez que está inserido

no contexto da ação de restauração ecológica

do Córrego da Prata em área cercada e

protegida de mata nativa. Os visitantes

também aprendem conceitos sobre bacia

hidrográfica do Rio Lençóis e que o regime de

chuvas interfere no volume de água da

nascente, ou seja, em períodos chuvosos o

volume de água é maior que no período de

estiagem.

No dia 5 de junho comemora-se o Dia Mundial

do Meio Ambiente e durante o mês especial

(junho), novos grupos de visitação conhecerão

a Nascente Municipal Modelo, sendo o público

escolar (educação ambiental e formal) e

grupos comunitários (educação ambiental não

formal).

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24342363&e=577

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.

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Grupo de Comunicação

Veículo1: VivoVerde Portal

Data: 29/05/2019

Paisagistas lançam manifesto pela Mata

Atlântica

Daiane Santana

Documento será lido publicamente no dia 30

de maio (amanhã), durante o evento em São

Paulo

No dia 30 de maio, o Grupo de Trabalho (GT)

'Paisagismo e Mata Atlântica', com o apoio do

Legado das Águas - Reserva Votorantim,

realizará um ato público de leitura do

manifesto voltado à conservação ambiental e

qualidade de vida nos centros urbanos

brasileiros, por meio do paisagismo

sustentável e com utilização de espécies

nativas da Mata Atlântica.

A ação ocorrerá a partir das 9h, no auditório

Augusto Ruschi, na Secretaria de

Infraestrutura e Meio Ambiente, em São

Paulo, durante o Seminário Nacional Sobre

Conservação em Terras Privadas. O seminário

integra a programação da Semana da Mata

Atlântica - que vai de 28 a 31 de maio, com

organização do Conselho Nacional da

Reserva da Biosfera da Mata Atlântica -

RBMA, Rede de ONGs da Mata Atlântica - RMA

e Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente do Estado de São Paulo - SIMA.

O GT, formado durante o 1º Encontro de

Paisagismo e Mata Atlântica do Legado das

Águas em 2018, tem como objetivo pensar e

executar ações conjuntas para viabilizar uma

nova linha de atuação de paisagismo, que

promova benefícios financeiros para

empresários, conforto e elegância para as

cidades e, acima de tudo, conservação

ambiental, guiadas pelo conceito de cidades

do futuro e infraestruturas verdes, que aliam o

crescimento urbano com a tecnologia da

natureza.

Cerca de dois terços da população brasileira

vivem em áreas onde o bioma nativo é a Mata

Atlântica, ainda assim, o paisagismo urbano,

principalmente de edificações e residenciais, é

composto por aproximadamente 90% de

espécies exóticas, causando diversos

problemas ambientais, que impactam a

população, a fauna e a riqueza do bioma mais

biodiverso do planeta. Essa é uma das

reflexões do manifesto, que destaca a

importância de esforços conjuntos para

sensibilizar a sociedade e o mercado de

paisagismo, gerando oportunidades de

negócios e fortalecendo a cadeia produtiva

para a valorização e aproveitamento de

espécies nativas deste Bioma, que é um dos

mais ameaçados do planeta.

O manifesto visa ser uma ação preparatória

para criação da Rede Paisagismo e Mata

Atlântica, uma organização associativa não

governamental e sem fins lucrativos. O

documento, assim como o GT, conta com a

participação e apoio de profissionais

referência, como Ricardo Cardim (Cardim

Paisagismo), Clayton Lino (RBMA), Nik

Sabey (Novas Árvores por Aí), Thalita Vitachi

(Plantare), Silas Cezar (Legado das Águas),

dentre outros importantes nomes, que têm

como foco de atuação em suas áreas de

trabalho, disseminar a importância e a cultura

do uso de espécies nativas no paisagismo e

arborização urbana.

'Estamos diante de uma oportunidade ímpar

para pensar em como queremos as nossas

cidades no futuro. O paisagismo sustentável,

sem dúvida, é um caminho. Anos atrás, era

pouco provável pensar em um viveiro

produzindo espécies nativas da Mata Atlântica

e hoje isso é realidade, com o Viveiro do

Legado das Águas e outros viveiros pioneiros

no Estado. Tão pouco provável era um grupo

de pessoas pensando em como construir

cidades para as pessoas, para o bem-estar dos

cidadãos por meio do paisagismo, e hoje

estamos nos organizando e crescendo para

tornar real e executável. Com o manifesto,

queremos tornar esse movimento maior e

tornar o paisagismo além da estética, mas

funcional em benefício do ecossistema, e por

consequência, para as pessoas', diz Silas

Cezar, coordenador do viveiro de plantas

nativas do Legado das Águas e membro do

GT.

Seminário Nacional Sobre Conservação em

Terras Privadas

Ainda dentro do Seminário, a partir das

15h30, na Mesa de Debate 'Experiências

Inspiradoras', David Canassa, diretor da

Reservas Votorantim, empresa gestora do

Legado das Águas, ministrará a palestra

Planos de Conservação Privada, apresentando

o Legado, referência em gestão de área

privada por atuar em um modelo de negócio

que gera receita a partir da floresta em pé,

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Grupo de Comunicação

promovendo a conservação e desenvolvimento

sustentável da Mata Atlântica, fomentando

novas cadeias produtivas e o fortalecimento

de comunidades do território onde está

inserido.

Serviço

Manifesto Paisagismo e Mata Atlântica (GT

Paisagismo e Mata Atlântica)

Data: 30/05

Horário: 9h

Local: Auditório Augusto Ruschi, da Secretaria

de Infraestrutura e Meio Ambiente (Av.

Professor Frederico Hermann Júnior, 345, Alto

de Pinheiros - prédio 1, 1º andar)

Informações:

https://forms.gle/Gms19LnQdycEDWTM7 .

Serviço

Legado das Águas/ Reservas Votorantim -

Planos de Negócio para conservação Privada

(David Canassa/ Diretor da Reservas

Votorantim)

Data: 30/05

Horário: 15h30

Local: Auditório Augusto Ruschi, da Secretaria

de Infraestrutura e Meio Ambiente (Av.

Professor Frederico Hermann Júnior, 345, Alto

de Pinheiros - prédio 1, 1º andar)

Informações:

https://forms.gle/Gms19LnQdycEDWTM7 .

Sobre o Legado das Águas - Reserva

Votorantim

O Legado das Águas, maior reserva privada de

Mata Atlântica do país, com extensão

aproximada à cidade de Curitiba (PR), é um

dos ativos ambientais da Votorantim.

Localizada na região do Vale do Ribeira, no sul

do Estado de São Paulo, a área foi adquirida a

partir da década de 1940 e conservada desde

então pela Companhia Brasileira de Alumínio

(CBA), que manteve sua floresta e rica

biodiversidade local com o objetivo de

contribuir para a manutenção da bacia hídrica

do Rio Juquiá, onde a companhia possui sete

usinas hidrelétricas.

Em 2012, o Legado das Águas foi

transformado em um polo de pesquisas

científicas, estudos acadêmicos e

desenvolvimento de projetos de valorização da

biodiversidade, em parceria com o Governo do

Estado de São Paulo.

Hoje, o Legado das Águas é administrado pela

empresa Reservas Votorantim, criada para

estabelecer um novo modelo de área

protegida privada, cujas atividades geram

benefícios sociais, ambientais e econômicos de

maneira sustentável.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24331641&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário do Grande ABC

Data: 30/05/2019

Cetesb pede adequação em projeto do

centro logístico

Órgão dá 90 dias para Fazenda Campo Grande

comprovar viabilidade ambiental de

empreendimento em Paranapiacaba

ALINE MELO

aline melo @dgab c. com .br

A Cetesb (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo) solicitou, em 16 de

maio, que a Fazenda Campo Grande

Empreendimentos e Participações, responsável

pelo projeto de construção de um centro

logístico em área próxima de Paranapiacaba,

em Santo André, apresente projeto

readequado do empreendimento, após a

alteração da Luops (Lei de Uso e Ocupação do

Solo) do município, feita em dezembro de

2018. A empresa tem 90 dias para atender as

solicitações, a proposta será arquivada.

A Fazenda Campo Grande Empreendimentos e

Participações está em processo de obtenção

de licença ambiental para a instalação de

centro logístico em área de 4,7 milhões de

metros quadrados, dos quais 20%, o

equivalente a 91 hectares (ou 90 campos de

futebol), seriam desmatados. O restante do

local será preservado. A instalação está

prevista para ser executada às margens da

ferrovia Santos-Jundiaí, nas proximidades do

pátio ferroviário Campo Grande. O

investimento estimado é de R$ 780 milhões.

A Cetesb também pediu, entre outras

solicitações, que seja apresentada certidão de

compatibilidade de uso de solo, documento

que deve ser emitido pelo Semasa (Serviço de

Saneamento Ambiental de Santo André) e pelo

CMPU (Conselho Municipal de Políticas

Urbanas). Todas as exigências foram feitas no

âmbito de ação judicial impetrada pelo MDV

(Movimento em Defesa da Vida) do Grande

ABC contra a gerência de licenciamento da

companhia.

Segundo o autor da ação e presidente do

MDV, o advogado e ambientalista Virgílio

Alcides de Farias, o empreendimento está em

total desacordo com a legislação vigente e não

há como as certidões serem emitidas sem

'mudança profunda na Luops e no Plano

Diretor da cidade', cujo projeto de atualização

tramita na Câmara Municipal. 'A lei diz que só

pode ser instalado naquela área

empreendimentos locais, e o centro logístico

vai conectar o porto de Santos ao restante do

País', argumentou.

Em nota, a Fazenda Campo Grande afirmou

que não foram pedidas mudanças, mas sim

adequações ao documento, fase normal do

processo de licenciamento. 'A empresa reforça

seu compromisso com a transparência do

projeto, que respeitará toda a legislação

vigente e prestará todos os esclarecimentos

aos órgãos públicos e à sociedade civil

organizada.'

Sancionada em dezembro do ano passado, a

mudança na Luops envolve a retirada, na

legislação, da possibilidade de construção de

empreendimentos de logística na Vila de

Paranapiacaba.

Ambientalistas são contra empreendimento

Desde que foi anunciado, o projeto de

construção de um centro logístico em área

próxima de Paranapiacaba tem enfrentado a

resistência de ambientalistas. O argumento é

que haverá grande supressão de vegetação de

área que é zona de amortecimento da Mata

Atlântica, com riscos para fauna e flora local,

além de ameaça às nascentes de água doce.

A Fazenda Campo Grande Participações,

responsável pelo empreendimento, alega que

o centro logístico é um projeto que visa

incentivar o transporte ferroviário de cargas,

atendendo à demanda brasileira por este tipo

de modal, muito mais eficiente, barato e

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11

Grupo de Comunicação

menos poluente. 'O projeto irá criar 1.200

empregos na região, gerará R$ 35 milhões

extras anuais em impostos para a prefeitura

de Santo André, além de proporcionar a

criação de uma área de reserva florestal

permanentemente monitorada, de 374

hectares, e mais compensação externa de 109

hectares', afirma em nota.

Em junho do ano passado, mandado de

segurança impetrado pelo MDV (Movimento

em Defesa da Vida do Grande ABC) suspendeu

a realização de audiência pública para

apresentação do projeto, parte obrigatória do

processo de licenciamento ambiental. O

evento, em duas edições, só foi realizado no

fim de 2019.

Até o momento, o CBH-AT (Comitê de Bacia

Hidrográfica Alto Tietê) não aprovou o EIA/

Rima (Estudo e Relatório de Impacto

Ambiental) do empreendimento e o MP

(Ministério) se manifestou contrário à obra.

AM

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24351699&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Repórter Diário

Data: 29/05/2019

Cetesb faz exigências ao Centro Logístico

para dar andamento ao licenciamento

George Garcia

Em resposta a questionamento feito pelo MDV

(Movimento em Defesa da Vida) do ABC, em

ação civil pública movida contra o EIA-Rima

(Estudo de Impacto Ambiental-Relatório de

Impacto Ambiental) a Cetesb (Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo) fez

quatro solicitações de mudança no projeto

para a continuidade da análise de viabilidade

do projeto. As mudanças no estudo pedidas

pelo órgão de licenciamento estadual

estão relacionadas à mudança na Lei de Uso e

Ocupação do Solo de Santo André, a Luops, de

dezembro de 2018, que na prática impede que

o empreendimento utilize-se da Gleba C, a

maior das três áreas do projeto.

A Cetesb aponta que o empreendimento deve

ser readequado para atender as diretrizes da

Luops, com a 'reapresentação do item

Caracterização do Empreendimento'. A

companhia também pede que seja esclarecido,

no âmbito do Plano Diretor de

Desenvolvimento de Logística e Transporte do

Estado de São Paulo, se o projeto é Plataforma

Logística Periférica - PLP (com utilização do

modal ferrovia-ferrovia, sem acesso por

rodovia) ou como um Centro de Distribuição -

CD (com operações logísticas de integração

multimodal rodovia-ferrovia) e apresentar

respectiva justificativa. Pede também

documentos que comprovem se a Gleba C é

urbana, e que comprovem que o

empreendimento está de acordo com a Luops.

A requisição é assinada pela gerente da

Cetesb, Fernanda Amaral Dantas Sobral.

Futuro centro logístico será instalado a 4,3 quilômetros da vila histórica de Paranapiacaba (Foto: Reprodução)

Em nota, o Centro Logístico Campo Grande

informou que os questionamentos são naturais

e que vai encaminhar as respostas dentro do

prazo. 'Os apontamentos feitos pela Cetesb

fazem parte de um processo formal para a

concessão de licença prévia ao

empreendimento, passadas as etapas de

Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de

Impacto Ambiental e de audiências públicas,

que já foram realizadas. Trata-se, portanto, de

uma sequência natural para que o projeto

avance. O CLCG está providenciando os

documentos solicitados e prestará os devidos

esclarecimentos ao órgão estadual no prazo

estabelecido, de 90 dias', diz o informe.

Apesar da gerente da Cetesb solicitar a

'readequação' do projeto do empreendimento,

o Centro Logístico informou interpretação

diferente do documento. 'Vale ressaltar que a

Cetesb não pediu mudanças no projeto

quanto à caracterização, mas uma

readequação para atender à recente mudança

de zoneamento, e um esclarecimento sobre o

enquadramento do CLCG como PLP -

Plataforma Logística Periférica. O Centro

Logístico Campo Grande reforça seu

compromisso com a transparência do projeto,

que respeitará toda a legislação vigente e

prestará todos os esclarecimentos aos órgãos

públicos e à sociedade civil organizada',

justifica.

Para o advogado e presidente do MDV, Virgílio

Alcides Farias, o mandato de segurança visa

garantir que a legislação vigente seja

cumprida. 'O processo de licenciamento está

em andamento, sendo que a legislação não

permite. O Plano Diretor diz que o local pode

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Grupo de Comunicação

ter atividade econômica local de baixo

impacto, ou seja, de até 50 mil metros

quadrados. Mas o Centro Logístico é de grande

impacto, tem 910 mil metros quadrados e não

atende ao local. Portanto a prefeitura não tem

como fornecer a certidão', disse.

Segundo os empreendedores o CLCG é um

projeto que visa incentivar o transporte

ferroviário de cargas. O projeto irá criar 1.200

novos empregos na região, em até 20 anos de

implantação, gerando R$ 35 milhões extras

anuais em Impostos para a prefeitura de

Santo André, além de proporcionar a criação

de uma área de reserva florestal

permanentemente monitorada, de 374

hectares, e mais compensação externa de 109

hectares.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24321595&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário Grande ABC

Data: 30/05/2019

Palavra do Leitor – Relevante

É grande a importância deste Diário no

cotidiano da região. A mobilização deste jornal

trouxe o debate do Metrô e de forma exitosa o

governo do Estado iniciará o tão sonhado

modal. Outra demanda de grande relevância é

a área da Fábricas Matarazzo, bairro

Fundação, em São Caetano. O protagonismo

deste veículo de comunicação, com sua

cobertura jornalística, fará a população, com

toda certeza, conhecer o porquê do descaso

da Cetesb (Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo) e da Prefeitura,

inclusive com o entorno de bairros de São

Paulo.

Ronaldo Duran

Santo André

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24351751&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Sorocaba e Jundiaí/TV TEM

Data: 29/05/2019

Justiça condena empresário a pagar R$

9,5 milhões de multa por construção de

autódromo

Local fica entre Itatiba e Bragança Paulista

(SP) e seria usado para competições de

dragster. Cabe recurso da decisão.

Piloto é multado em R$ 9,5 milhões por irregularidades em projeto de pista de arrancada

A Justiça de Itatiba (SP) determinou que o

empresário e piloto de dragster Sidnei Ângelo

Cipriano Frigo, conhecido por "Grandão", a

empresa que ele administra e a mãe dele

paguem uma multa de R$ 9,5 milhões por

terem apresentado aos órgãos ambientais um

projeto de pista de arrancada menor do que o

autódromo que foi construído.

O complexo automobilístico foi construído às

margens da Rodovia Alkindar Monteiro

Junqueira, que liga as cidades de Itatiba e

Bragança Paulista (SP), ao lado de uma

indústria de embalagens de papelão.

As arquibancadas e a pista, que serviriam para

competições de dragster, onde carros

especialmente projetados disputam provas de

arrancada, ocupam uma área total de 162 mil

metros quadros.

Até agora, nenhuma competição foi realizada

oficialmente no local. Em 2008, cerca de três

anos depois do início da obra, o Ministério

Público entrou com uma ação civil pública

indicando que a construção seria irregular.

Ela estava sendo feita em uma área de

proteção ambiental, sem autorização da

Cetesb e de uma forma maior do que o

previsto no projeto.

O local pertence à empresa Bitgl

Empreendimentos Participações e Locações

Limitada, que tem como proprietários a família

de Sidnei, que participa de competições nos

Estados Unidos. Ele e a família também são

donos de uma indústria de embalagens de

papelão.

Depois de 11 anos de processo, o juiz Orlando

Haddad Neto, da 2ª Vara Civil de Itatiba,

determinou que a empresa dona do complexo

automobilístico pague a multa.

Na sentença, o juiz concluiu que foram

conseguidas autorizações ilegais para a obra

junto ao Departamento Estadual de

Proteção aos Recursos Naturais (DEPRN),

o Departamento de Águas e Energia

Elétrica de São Paulo (DAEE) e a Prefeitura

de Itatiba, uma vez que o projeto apresentado

pelos réus era menor que aquele efetivamente

realizado.

Pista fica entre Itatiba e Bragança Paulista — Foto: Reprodução/TV TEM

Ainda de acordo com a sentença, no local,

segundo os proprietários, seria feita apenas

uma pista de arrancada e em nenhum

momento se cogitava a construção de um

autódromo.

Além da multa, por causa dos danos

ambientais, a sentença ainda prevê o

reflorestamento de uma área 10 vezes maior

do que aquela retirada.

Por telefone, Sidnei disse que recorreu da

decisão, que não cometeu crimes ambientais e

que confia na Justiça. A prefeitura respondeu

que no processo não consta nenhuma

condenação contra a administração pública.

Já a Cetesb disse que o trabalho do

Departamento Estadual de Proteção de

Recursos Naturais foi feito com base no

projeto apresentado e que a Justiça não

atribuiu qualquer responsabilidade à Fazenda

Estadual.

O Departamento de Águas e Energia

Elétrica não respondeu ao contato da TV TEM.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=243

27126&e=577 Voltar ao Sumário

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Dino Cluster

+13 veículos

Data: 29/05/2019

Ecomondo Brasil: sucesso na realização

da primeira edição e novidades para 2020

Com visitação de 14,5 mil pessoas, compondo

um público qualificado e com grande interesse

nos temas de meio ambiente, a primeira

edição da Ecomondo Brasil consolida a feira

como um dos grandes eventos do calendário

brasileiro.

Foram três dias - de 21 a 23 de maio - de

palestras com especialistas de alto nível, troca

de experiências e exposição nos 150 estandes

que levaram ao público uma visão integrada

entre poder público, empresas e sociedade

civil organizada para avançar nas questões

ambientais no país, além de um excelente

ambiente de negócios. Também o público

conferiu 80 horas de conteúdo nos cinco

auditórios da feira. 'A Ecomondo, já em sua

abertura, comprova que o Brasil ainda tem

muito potencial a ser desenvolvido nas

questões ambientais e nos negócios', afirma

Giulio Rossi, diretor da feira.

Parceria de sucesso

Esta edição foi realizada em conjunto com a

Ecoenergy e a ExpoBiogás, em uma parceria

exitosa. 'A união dos esforços é boa para o

mercado: os expositores têm relação entre si,

podem criar networking e o maior beneficiado

é o público, que consegue em uma só visita

ver energia, meio ambiente, resíduos e demais

assuntos correlacionados', frisa o diretor

comercial da Cipa Fiera Milano e um dos

principais organizadores da Ecoenergy,

Rimantas Sipas.

Debate qualificado

Contando com especialistas de alto nível, as

discussões sobre diversos temas do setor

foram destaque desta edição. No dia 21 de

maio, o encontro 'Diálogos Abrelpe', realizado

em parceria com a Associação Brasileira de

Empresas de Limpeza Pública e Resíduos

Especiais, trouxe a visão de representantes de

diversos segmentos. Carlos Silva Filho,

presidente da Abrelpe e coordenador do

debate, apresentou o estudo 'Panorama geral

e perspectivas da recuperação energética no

Brasil'. As discussões tiveram ainda

participação de Wanderley Baptista, da

GEMAS-CNI (Confederação Nacional da

Indústria), que falou sobre a parceria da

indústria, e Cristiano Kenji Iwai, gerente

da CETESB, que abordou o cenário

regulatório.

No segundo bloco, com mediação de Gabriela

Otero, coordenadora técnica da Abrelpe, o

painel teve apresentações de Ismar Assaly,

diretor presidente da Foxx Haztec, André

Tchernobilsky, diretor da ZEG Environmental,

e Alexandre Citvaras, diretor de Meio

Ambiente da Intercement.

Ainda no primeiro dia, a Scania, empresa líder

na produção de caminhões, ônibus e motores

no Brasil e no mundo, apresentou ao público

suas ambiciosas metas mundiais de

sustentabilidade no painel 'Driving the Shift',

liderado por Paulo Morais, gerente de Projetos

de Engenharia e responsável pela área de

Corporate Management da companhia.

Ecomondo Forum

Um dos grandes destaques desta edição, o

Ecomondo Forum promoveu debates com

participação de grandes especialistas, como

Ricardo Young, que ministrou a palestra

magna do evento.

Os debates contaram com as presenças de

Anícia Pio, gerente do Departamento de

Desenvolvimento Sustentável da FIESP

(Federação das Indústrias do Estado de São

Paulo), Cezar Augusto Capacle, representando

Rogério Menezes, presidente da ANAMMA -

Associação Nacional de Órgãos Municipais de

Meio Ambiente e mediação de Carlos Silva

Filho, presidente da Abrelpe - Associação

Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e

Resíduos Especiais e vice-presidente do ISWA

- The International Solid Waste Association, no

primeiro bloco. Do segundo painel,com

mediação de Tatiana Tucunduva P. Cortese, da

Uninove e do IEA-USP, presidente do Comitê

Científico da Ecomondo Brasil e coordenadora

do Ecomondo Forum, participaram Marcelo

Gomes, administrador e engenheiro civil pela

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Grupo de Comunicação

UFSC, responsável por empreendimentos

imobiliários inovadores como o Pedra Branca

Cidade Criativa, Passeio Primavera,

Mercadoteca e Centro de Inovação Acate

Primavera, em Florianópolis-SC, e Cláudio

Nascimento, diretor de Tecnologia de Olinda

(PE), vice-presidente da Rede Brasileira de

Cidades Inteligentes e Humanas, conselheiro

do Porto Digital em Recife e representante da

OASC - Open & Agile Smart Cities no Brasil.

Seminário ABiogás

No último dia, o Seminário Técnico ABiogás

promoveu discussões que refletiram sobre a

viabilidade, a geração do biogás ou biometano

no Brasil e sua distribuição. Além disso, foram

debatidas as possibilidades de substituição do

diesel pelo combustível renovável e a

expansão em larga escala do biogás.

Ilha de Reciclagem Automotiva

Outra grande atração da Ecomondo Brasil foi a

Exposição Interativa Reciclagem Automotiva,

que mostrou todo o processo de reciclagem e

recondicionamento de peças automotivas.

O público teve a oportunidade de conhecer

como o setor tem se aprimorado e pode ver

dois exemplos no próprio espaço sobre como

são feitos a reciclagem e o recondicionamento

de automóveis. Um carro com peças

desmembradas demonstra a reciclabilidade de

cada componente e também há um caminhão

em exposição.

Fabio Rodrigues, expositor da feira, ficou

surpreso com o que encontrou. 'Achei a Ilha

de Reciclagem muito legal. Vi o trabalho do

pessoal da Renova. Achei muito bacana e

organizado, eles estão com uma parceria com

o Detran sobre peças homologadas. É um

trabalho que existe há muito tempo, mas não

com essa gestão e eficiência'.

Luiz Fernando Oliveira, Project Manager da

Ecomondo Brasil, celebra a realização, fruto da

parceria de grandes players do setor:

'Agradecemos a todos os patrocinadores, ao

INRA (Instituto Nacional de Reciclagem

Automotiva), nosso grande parceiro nesse

projeto, além da HDI, da Porto Seguro,

Renova Ecopeças e da Copart. E vamos

preparar uma Ilha da Reciclagem muito maior,

com muito mais temas e conteúdos

interessantes', diz.

A Ecomondo Brasil surpreendeu positivamente

visitantes e expositores. Além de apresentar

soluções ambientais para o mercado industrial

e contribuir para a atualização de

conhecimento e o aperfeiçoamento dos

profissionais da área, a feira contemplou

também um ambiente B2B, reunindo

profissionais da indústria, prestadores de

serviços, fornecedores de equipamentos,

centros de pesquisa e gestores públicos e

privados.

'Temos um grande desafio, que é preparar a

edição de 2020, que será ainda melhor.

Vamos nos aperfeiçoar, inclusive com algumas

sugestões que recebemos por parte das

pessoas que participaram', finaliza Luiz

Fernando Oliveira.

Para ler mais, acesse https://bit.ly/2KhdlTz

Website: https://ecomondobrasil.com.br/

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24313752&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Santos e região

Data: 29/05/2019

Pescadores são multados em quase R$ 23

mil por crime ambiental em Cananéia, SP

Segundo a Polícia Militar Ambiental, a

embarcação foi apreendida junto com uma

rede de três quilômetros de comprimento e

mais de uma tonelada de pescados.

A apreensão foi realizada em Cananeia, SP — Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental

Dois homens que realizavam pesca irregular

em Cananéia, no litoral de São Paulo, foram

autuados em R$ 22.700,00 cada, informou a

Polícia Militar Ambiental nesta quarta-feira

(29). A embarcação utilizada pelos pescadores

foi apreendida, além de uma rede de três

quilômetros de comprimento e 1100 Kg de

peixes.

De acordo com a corporação, o flagrante

ocorreu quando os pescadores faziam o

descarregamento dos pescados da

embarcação fiscalizada. Os policiais

abordaram os suspeitos e constataram que a

autorização para a atividade estava vencida.

Os agentes da Polícia Militar Ambiental

apreenderam a rede, além de peixes de

diferentes tipos e a embarcação utilizada na

pesca irregular. Os dois rapazes foram

multados no valor de R$ 22.700,00 cada.

Ainda segundo a corporação, todo o material

foi doado para instituições beneficentes de

Cananéia e das cidades vizinhas na região do

Vale do Ribeira, no interior do Estado.

A apreensão foi realizada em Cananéia, SP — Foto: Divulgação/Polícia Militar Ambiental

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24325402&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário da Região

Data: 30/05/2019

Procrastinação inadmissível

Em um país em que um a cada três lares não

está ligado a rede de esgoto, está para

caducar na Câmara dos Deputados medida

provisória (MP 868) editada no final do ano

passado pelo ex-presidente Michel Temer que

cria novo marco regulatório para o setor de

saneamento básico. Em linhas gerais, a MP

promove a saudável competição entre

empresas públicas e privadas no setor com o

objetivo de tentar ampliar o alcance do

serviço, fundamental para a saúde humana,

imprescindível para o desenvolvimento social.

Depois os parlamentade Brasília reclamam

crescente insatisfação opinião pública com o

“trabalho” que desenvolvem, como se viu nas

ruas no último domingo. Nada justifica não

terem deliberado ainda sobre tema tão

prioritário para o bem-estar da população,

sobretudo a parte dela que mais precisa da

ajuda governamental e não a obtém. Poderão

dizer que estão concentrados em fazer a

reforma da Previdência, que, desde que

tomaram posse no início do ano, vem servindo

de desculpa para a inércia da Casa.

A indolência se soma a sujeição desses

parlamentares ao lobby estatal para manter

privilégios, uma vez que a MP 868 acaba com

os chamados contratos de programa,

instrumento por meio do qual municípios res

da da contratam empresas estaduais para

promover serviços de saneamento sem

licitação.

São casos de empresas como a Sabesp,

responsável pelo serviço em mais da metade

dos municípios paulistas, muitos dos quais

aqui na região. Apesar disso, o governador

João Doria (PSDB) não concorda com essa

inadmissível reserva de mercado. Não só éa

favor da MP, como quer privatizar a própria

Sabesp. Assim como ocorreu com as

telecomunicações nos anos 1990, não só Doria

mas outros poucos governadores das regiões

Sul e Sudeste mostram-se convencidos de que

não é possível universalizar o saneamento

sem investimentos privados.

Lamentavelmente, no entanto, o bem-estar

dessas corporações estatais parece estar

acima do de pessoas sem água encanada ou

com esgoto a céu aberto na porta de casa.

Corporações abarrotadas de, como bem

definiu o ex-ministro Delfim Netto, agentes

públicos que gozam da estabilidade e

inamovibilidade no emprego e de

aposentadorias privilegiadas, o que os leva a

recusar qualquer inovação produtiva que

possa ameaçar sua tranquilidade, como é

visível na reação corporativista qi

se une contra a competição, como agora no

mento.

0 bem-estar das corporações estata is parece

estar acima do de pessoas sem água

encanada ou com esgoto a céu aberto na

porta de casa

http://cloud.boxnet.com.br/y52nxrzu

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Metropolitana AM

Data:

Duas represas do Sistema Alto Tietê

seguem vertendo água, diz Daee

Rádio Metropolitana 1070 AM/Mogi Cruzes |

Radar Noticioso Data Veiculação: 30/05/2019

às 09h45

Duração: 00:01:32

Transcrição

O DAEE alegou ontem que duas das cinco

represas do sistema produtor do Alto Tietê

continuam vertendo água porque operam com

nível acima da capacidade

[..]

Sabesp acompanha

[..]

http://cloud.boxnet.com.br/yyd6o8e7

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Debate Lins

Data: 30/05/2019

Termelétrica fez ontem a primeira de três

reuniões antes da audiência pública

Leilão federal é adiado para outubro;

audiência será em11 de junho

Foi realizada ontem, às 17 horas, no auditório

cia Escola Senai (prédio da Unimep), a

primeira cias três reuniões preparatórias para

a audiência pública que faz parte cio processo

cie instalação da Usina Termelétrica Lins.

Cerca de 50 pessoas participaram.

A audiência pública foi marcada para o clia 11

cie junho e será a etapa que antecederá a

obtenção ou não cia licença da Cetesb.

Estando aprovada, a Usina poderá participar

cio leilão de compra cie energia da Aneel

(Agência Nacional cie Energia Elétrica) e assim

tentar fechar contratos para o fornecimento

por 25 anos.

Hoje, às 10 horas, na Central Administrativa

cia Prefeitura, será realizada a segunda

reunião. Às 17h30, acontece a terceira reunião

em Guaiçara, no centro social cia rua Yoshi

Sato. “Nós estamos bem dentro do

cronograma. As reuniões ea audiência pública

são para apresentar o projeto à comunidade

de Lins e da região e esclarecer dúvidas",

disse Carlos Eduardo Miranda, presidente cia

Usina Termelétrica Lins e presidente da Omeg

Engenharia (responsável pelo projeto técnico).

Carlos Miranda ressaltou que "é o rito que um

projeto dessa envergadura tem que passar,

tudo isso orientado pelo Conselho de Meio

Ambiente Estadual e pela Cetesb, que éo

órgão licenciador". Primeiro, a usina tem qu e

vender energia no leilão, clepois assinar os

contratos cujo prazo é de 25 anos para

fornecer energia e, posteriormente, construir a

usina propriamente clita. "O investimento será

de 1,5 bilhão de dólares e prazo de 36 meses

para a construção. A GE está firme conosco,

nos apoiando tecnicamente eo governo do

Estado abraçou o projeto", afirmou.

Carlos Eduardo Miranda, presidente da Usina

Termelétrica Uns e presidente da OMEG

Engenharia, responsável pelo projeto técnico

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http://cloud.boxnet.com.br/y5p9zhdz

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal do Governo SP

Data: 29/05/2019

Operação Estiagem 2019

http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/peri

odo-de-estiagem-exige-atencao-para-evitar-

incendios/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Valor Econômico

Data: 30/05/2019

Novo projeto para saneamento destrava

venda da Sabesp, e ações sobem

Por Taís Hirata | Valor

SÃO PAULO - A queda da medida provisória

(MP) 868, que alterava o marco legal do

saneamento básico, frustrou as companhias

privadas do setor, mas não deverá prejudicar

a privatização de companhias estaduais.

As ações da Sabesp fecharam em alta de

4,29% na quarta-feira (29), com a perspectiva

de que o projeto de lei do deputado Fernando

Monteiro (PP-PE), que deverá ser votado no

lugar da MP, mantenha medidas para

destravar a alienação do controle estatal nas

empresas públicas. Os papéis da Copasa, de

Minas Gerais, subiram 3,76%.

Pela regra anterior à MP, uma companhia

estadual perderia todos seus contratos caso

seu controle fosse transferido a outra

empresa. O novo texto acabou com essa

insegurança jurídica ao permitir que os

contratos sejam mantidos — em caso de

venda, as prefeituras que têm convênio terão

um prazo de180 dias para dizer se vão querer

migrar para o novo controlador e, em caso

contrário, terão que indenizar previamente

pelos ativos não amortizados. Na prática, isso

faz com que os municípios dificilmente se

oponham à desestatização.

Essa medida já era prevista na MP que caduca

no dia 3 de junho, e foi mantida pelo deputado

do PP no projeto de lei.

O texto de Monteiro, porém, retira um dos

principais pontos polêmicos que travou a

votação da MP: a extinção dos contratos de

programa, firmados entre concessionárias

estaduais e municípios sem necessidade de

licitação.

Com isso, a expectativa do mercado é que a

abertura de novas licitações e a expansão das

companhias privadas seja prejudicada pela

nova versão do texto. Por outro lado, sem o

artigo controverso, outras medidas

consideradas positivas para a privatização do

setor poderão avançar, avaliam analistas do

mercado.

O novo projeto foi recebido com preocupação

e revolta pelas empresas privadas do setor.

Além de retirar principal pleito das

companhias — a extinção dos contratos de

programa —, o projeto traz artigos

considerados absurdos, segundo executivos.

“Se passar dessa forma, será pior do que o

cenário atual”, avalia Carlos Eduardo Castro,

diretor da Águas do Brasil.

O artigo mais criticado é aquele que cria

entraves à tomada de crédito pelas empresas

privadas junto a bancos públicos, hoje

principal fonte de financiamento do setor.

O texto diz que só será permitida a captação

de recursos públicos caso as companhias

privadas invistam, com recursos próprios, um

valor equivalente ao volume do financiamento.

Além disso, obriga as concessionárias a aplicar

o mesmo valor em outros municípios onde a

empresa atue.

Outro artigo questionado pelas companhias

cria um limite de 25% para a subdelegação de

contratos das concessionárias estaduais ao

setor privado. Pela regra anterior, não havia

limites para essa subdelegação. Para os

executivos, o projeto de lei já nasce com

vícios de origem.

Além disso, há uma preocupação quanto à

priorização do projeto de lei no Congresso, em

meio a tantas pautas importantes para o

governo. A avaliação é a de que, caso não

haja regime de urgência na tramitação, o

projeto dificilmente irá adiante.

“A opção do projeto de lei não é ruim. A única

preocupação é se, neste momento, vamos de

fato conseguir dar prioridade ao texto, em um

cenário em que o Congresso está muito

engajado com outras aprovações”, afirmou

Teresa Vernaglia, presidente da BRK

Ambiental, em evento na segunda-feira (27).

https://www.valor.com.br/empresas/6281751

/novo-projeto-para-saneamento-destrava-

venda-da-sabesp-e-acoes-sobem

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: El Pais Brasil

Data: 30/05/2019

Manobra da bancada ruralista pode

isentar desmatador de repor a floresta

derrubada

Marina Rossi, Talita Bedinelli

A bancada ruralista deu, nesta quarta-feira,

uma importante demonstração de articulação

na Câmara dos Deputados que pode resultar

no aumento da área desmatada no Brasil. Os

parlamentares do grupo conseguiram

transformar uma medida provisória da gestão

Michel Temer, que entrou em votação nesta

semana, em um ataque preciso ao Código

Florestal brasileiro. Inseriram no texto

principal 30 emendas novas que flexibilizam as

regras do Código e podem permitir o

desmatamento em até 5 milhões de hectares

de floresta, além de atrasar o reflorestamento

de outros quatro milhões, segundo cálculos de

parlamentares que se opõem a ela. "É uma

área total equivalente ao tamanho de

Portugal", afirmou o senador Randolfe

Rodrigues (Rede-AP), em sua conta no

Twitter. A Frente Parlamentar da

Agropecuária, porém, nega essa informação.

Por meio de nota, afirmam que a emenda

"fortalece a aplicação do Código Florestal e

evita interpretações diversas por parte do

Poder Judiciário em relação aos marcos

temporais para a recomposição das áreas de

preservação".

O texto principal foi aprovado por 243 a 19

votos durante a noite na Câmara e será

enviado com rapidez ao Senado. No entanto, o

senador Davi Alcolumbre (DEM), presidente da

Casa, afirmou publicamente nesta quarta que

não o colocará em votação, acendendo, a fúria

dos deputados, que agora o pressionam.

Quando entrou em votação na Câmara, a

Medida Provisória (MP) 867 de 2018 não tinha

mais do que dez linhas. Ela foi criada por

Temer para prorrogar o prazo para que os

proprietários rurais aderissem ao Programa de

Regularização Ambiental (PRA), um conjunto

de ações a serem desenvolvidas por

proprietários rurais para se adequarem à

regularização ambiental prevista no Código

Florestal. A legislação de 2012 tinha regras

que tornavam mais restritas a porcentagem de

área que pode ser desmatada em uma

propriedade, para atividades como plantio ou

pasto, por exemplo. Os deputados, no

entanto, incluíram neste texto original 30

jabutis, como são conhecidos no jargão

legislativo emendas inseridas em uma

legislação em votação que são diferentes do

tema em discussão. Nem todos eles têm

relação com a proteção ambiental —algumas

tratam até de mineração.

Uma das consideradas mais preocupantes

pelos ambientalistas é a que foi batizada pela

oposição de "anistia para o desmatamento".

Ela altera o artigo 68 do Código,

estabelecendo um novo marco temporal para

exigir a restauração da área já desmatada. O

novo texto autoriza que a área desmatada por

um produtor rural que precisa ser reflorestada

siga parâmetros de leis anteriores ao código,

que são menos rígidas. Os percentuais de

reserva legal obrigatória seriam reduzidos, por

exemplo, de 80% para 50% na Amazônia e de

35% para 20% no Cerrado. "Essa medida, na

prática, cheia de emendas jabutis mal-

intencionadas irá impedir a recuperação de

áreas desmatadas, anistiar proprietários e até

mesmo comprometer o cumprimento das

metas do Acordo de Paris", lamentou o

senador Randolfe Rodrigues, em seu Twitter.

Pressão no Senado

Os deputados começaram a discutir a MP 867

ainda na sessão de terça-feira. Nesta quarta,

retomaram as votações, mas até a conclusão

desta reportagem os destaques ainda estavam

sendo debatidos no Plenário. A sessão desta

quarta era crucial para que a medida aprovada

tivesse validade, já que o texto ainda

precisará passar por aprovação do Senado, e

isso tem que acontecer até a próxima

segunda-feira, dia 3, data em que perde a

validade. Por manobra da bancada ruralista,

os parlamentares a favor das alterações

correram contra o relógio para tentar enviar,

ainda nesta quarta-feira, o texto aprovado

para o Senado. Geralmente, quinta-feira é o

último dia operativo no Congresso, já que não

costuma haver votações às sextas e segundas.

No final da noite, entretanto, Alcolumbre

afirmou que não colocaria a MP em votação no

Senado, pois a Casa ainda precisa votar outras

duas Medidas Provisórias que também

perderão a validade na próxima segunda-feira.

O presidente argumentou que os senadores

teriam pouco tempo para aprovar uma medida

tão complexa. "Temos três medidas

provisórias perdendo a validade na semana

que vem. Precisei construir um acordo com os

líderes para que não perdêssemos todas elas",

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

afirmou Alcolumbre. De acordo com ele, a

Casa votará somente as outras duas medidas,

uma que tem por objetivo combater as

fraudes no INSS, e a outra que amplia o prazo

de pagamento de gratificações a servidores.

"[Não vamos votar a MP 867] por conta da

insatisfação dos senadores em relação a este

prazo. Vamos atender ao clamor dos

senadores". Quando a decisão do presidente

do Senado chegou à Câmara, levou a uma

procissão de deputados rumo à Casa vizinha,

numa tentativa de convencê-lo do contrário.

Embora encabeçada pela bancada ruralista,

nem todo o setor do agronegócio defende as

alterações propostas no Plenário, no entanto.

Algumas alas, especialmente a voltada para a

exportação, entendem que não é o momento

de se mexer nessas regulamentações. “Não dá

pra mexer em regra no meio do jogo”, diz Luiz

Cornacchioni, representante da Coalizão Brasil

Clima, Florestas e Agricultura e diretor-

executivo da Associação Brasileira do

Agronegócio. Para ele, alterar o Código agora

poderá afetar a venda para o exterior. “Muitos

dos nossos compradores dão valor às questões

ligadas à sustentabilidade”, afirma.

No entanto, a vitória da votação na Câmara

demonstrou que a posição dele não é a da

maioria da bancada. E foi uma demonstração

de força dos parlamentares ligados ao

agronegócio. “A bancada ruralista está com

muita força, com ao menos 250 votos [de 513

deputados]. E isso é muito preocupante”,

ressaltou o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-

SP), presidente da Comissão de Meio

Ambiente na Câmara. “Queremos um

agronegócio sustentável, tem que ter um

equilíbrio nessa discussão. Não dá para

continuar dizendo aos produtores rurais que o

crime compensa”.

https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/30/po

litica/1559167850_432090.html

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: UOL Notícias

Data: 30/05/2019

Câmara muda Código Florestal e garante

desmate a grandes produtores rurais

Por 243 votos a 19, a Câmara dos Deputados

aprovou hoje um projeto de lei que, com 35

emendas, liberou o desmatamento de 5

milhões de hectares no país. A flexibilização,

no entanto, pode atrasar o reflorestamento de

outros 4 milhões de hectares. A soma das

regiões desmatadas equivale ao território de

Portugal.

Trata-se da Medida Provisória 867, editada no

final do governo Michel Temer (MDB), que

propunha estender até 31 de dezembro de

2020 a adesão de produtores rurais ao Código

Florestal.

O texto, no entanto, passou pela Comissão

Especial Mista no começo deste ano e foi

transformado no Projeto de Lei de Conversão

nº 9/2019. Na ocasião, deputados e senadores

incluíram 35 emendas ao texto original --seis

páginas que, para ambientalistas, "desfigura o

Código Florestal".

A votação começou na noite ontem com a

tentativa da oposição de impedir que o projeto

fosse votado, já que ele caducaria se não

fosse apreciado até o dia 3 de junho. A

obstrução não resistiu, e a votação do projeto

foi garantida para hoje. A discussão durou o

dia todo até que, por volta das 17h, o texto

principal foi aprovado pela maioria.

O Plenário, então, entrou em debate sobre

destaque do PSB que pretendia excluir do

texto o dispositivo que aumentava a área que

pode deixar de ser recomposta a título de

reserva legal. Os governistas voltaram a

ganhar: 252 votos a 79. O texto agora será

apreciado pelo Senado.

A oposição argumentou em plenário que a

aprovação do texto comprometeria o Código

Florestal em benefício de poucos e grandes

produtores rurais. Estudo do Comitê Técnico

do Observatório do Código Florestal,

organização civil formada por 28 instituições,

indica que os 9 milhões de hectares

comprometidos pelas emendas estão

distribuídos em 147.906 imóveis.

"É uma concentração de terra muito grande",

diz a advogada e secretária-executiva do

Observatório, Roberta del Giudie. "É um

absurdo fazer uma alteração que afeta a

imagem de todo o setor para favorecer 147

mil imóveis no Brasil inteiro."

9 milhões de hectares

Para chegar aos 9 milhões de hectares, o

Comitê Técnico do Observatório do Código

Florestal avaliou a situação das reservas legais

no Brasil. O grupo cruzou dados de vegetação

nativa fotografada por satélite com a malha

fundiária brasileira. Ao todo, foram analisados

3,5 milhões de imóveis e uma área de 364,1

milhões de hectares.

Os especialistas encontraram irregularidade

em 147.906 imóveis, com ausência de

vegetação nativa de 9.044.122 hectares. Esse

déficit está concentrado no Centro-Oeste (em

3,8 milhões de hectares), seguido por Norte

(1,7 milhão) e Sudeste (1,6 milhão). Entre os

estados, o desmatamento é maior em Mato

Grosso, Pará e São Paulo, principalmente em

fronteira agrícola.

Como o projeto assegurou o desmatamento?

A emenda mais importante mudou o artigo 68

do código, assegurando o desmate de 5

milhões de hectares. O artigo dizia que a

reserva legal de cada propriedade agrícola

deveria respeitar a legislação em vigor na

época em que o imóvel rural foi criado.

"Se você desmatou uma fazenda em 1970,

vale os limites estabelecidos pela lei daquela

época, não o Novo Código Florestal", explica o

professor da Esalq-USP (Escola Superior de

Agricultura Luiz de Queiroz) Gerd Sparovek,

um dos responsáveis pelo mapeamento para o

Observatório.

Responsável pela mudança no texto original,

Sergio Souza (MDB-PR), diz que o código não

fala qual é a lei da época para cada um dos

biomas. "O legislador, naquele momento,

entendeu que estava muito claro qual era a lei

vigente à época: é o código de 1965 para a

Mata Atlântica, é a lei de 1989 para o Cerrado,

e é o de 2000 para a Amazônia."

"Eles querem fazer um revisionismo", diz

Roberta del Giudie. A advogada diz que o

código de 1965 já protegia todo o tipo de

vegetação. "O texto dizia que o termo

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

'florestal' não significa apenas florestas

densas", diz. "Já temos jurisprudência sobre o

assunto. Antes da aprovação do Novo Código,

o então ministro do STJ Luiz Fux reconheceu

que o cerrado era protegido em 1965."

É uma análise muito rasa e conveniente para

eles. A divisão de biomas com seus nomes só

surgiu em 1989, mas o cerrado já era

reconhecido como parte das nossas florestas

Roberta del Giudie, do Observatório do Código

Florestal

"Com essa mudança, todo o desmatamento no

cerrado entre 1965 e 1989, equivalente a 5

milhões de hectares, estará perdoado. Não

precisará ser restaurado", diz Gerd, da USP.

"Mas, se protegido a partir de 1965, a redução

de proteção cai para até 1,5 milhão de

hectares."

4 milhões de hectares sob risco

Enquanto a emenda ao artigo 68 livra os

agricultores de recuperar a vegetação de suas

propriedades, outras emendas permitem que 4

milhões de hectares corram o risco de ter o

mesmo destino.

André Guimarães, diretor-executivo do

Instituto Paulista de Magistrados (Ipam)

explica que algumas emendas adiam o prazo

para o proprietário rural aderir ao código.

"Esse prazo já foi mudado quatro vezes,

criando incerteza jurídica para o próprio

agronegócio. O código fragilizado dificulta

nossa inserção no mercado internacional."

Roberta explica que as alterações não definem

um prazo para o início da adequação.

O produtor só será obrigado a restaurar o

bioma depois de uma notificação do poder

público. Se daqui 20 anos um ente federativo

identificar e decidir notificar, o produtor ainda

terá um ano para se adequar. Com estados

falidos e órgãos ambientais sucateados, você

acha que essas notificações vão acontecer?

Roberta del Giudie, do Observatório do Código

Florestal

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24325815&e=577

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Natureza

Data: 29/05/2019

Revogar Estação Tamoios exige ato do

Congresso, e mudança via decreto será

inconstitucional, dizem juristas

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender,

em evento na terça-feira (28), que a Estação

Ecológica de Tamoios (Esec Tamoios), na

região de Angra dos Reis, seja transformada

em "uma nova Cancún". Atualmente, a área é

considerada de preservação integral, mas o

modelo pretendido pelo presidente é o do

balneário mexicano ocupado por grandes

construções, hotéis gigantescos e um turismo

de multidões.

Bolsonaro mais uma vez afirmou que a

mudança depende de um decreto presidencial

que revoga a criação da reserva, mas, dessa

vez, disse ter sido alertado pelo ministro do

Meio Ambiente, Ricardo Salles, que a mudança

"talvez fosse inconstitucional". Sem dar

detalhes, Bolsonaro sugeriu ainda que a

revogação ficaria a cargo de uma decisão do

Supremo Tribunal Federal (STF).

"Se eu posso revogar uma lei, por que não

posso revogar um decreto? Bem, a sorte está

lançada", disse o presidente.

Criada por um decreto presidencial em 1990,

durante o governo de José Sarney, a Esec

Tamoios não pode ser extinta por um novo

decreto, de acordo com juristas ouvidos pelo

G1. A Constituição determina que qualquer

mudança nos limites de uma unidade de

conservação federal precisa ser aprovada pelo

Congresso Nacional. Segundo os especialistas,

um decreto que revogue a criação da reserva

seria inconstitucional.

A estação ecológica é a mesma onde, em

2012, Bolsonaro foi multado em R$ 10 mil

pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente

(Ibama) ao ser flagrado pescando num barco

em área protegida. Em dezembro do ano

passado, a multa foi anulada e, em 2019, o

servidor responsável pela fiscalização foi

exonerado.

A unidade de conservação é formada por 29

ilhas, lajes e rochedos, além do seu entorno

marítimo, e foi criada para o monitoramento

dos impactos das usinas nucleares de Angras

dos Reis. Hoje é abrigo de espécies

ameaçadas e serve como laboratório natural –

já foi usada em mais de 130 pesquisas

científicas.

Golfinhos nadam na região da Esec de Tamoios, em Angra

— Foto: Reprodução/TV Globo

A nova declaração de Bolsonaro sobre a Esec

Tamoios ocorreu durante o discurso de

lançamento da Frente Parlamentar Mista da

Marinha Mercante, no Clube Naval, em

Brasília, na terça. No evento, o presidente

destacou o potencial da região da Baía de

Angra dos Reis e manifestou o desejo de

revogar o decreto que demarcou a estação

ecológica.

"Nós podemos ser protagonistas e fazer com

que a Baía de Angra seja uma nova Cancún.

Temos um potencial enorme ali. Do que nós

dependemos pra começar a tirar esse sonho

do papel? De uma caneta BIC. Revogando um

decreto. O decreto que demarcou a Estação

Ecológica de Tamoios", disse Bolsonaro.

O presidente, no entanto, admite que a

medida poderia ser considerada

inconstitucional.

"Me disse outro dia o Ricardo Salles que

tem que tomar cuidado quando fala isso no

tocante à legislação ambiental, que levando-se

em conta o retrocesso, talvez fosse

inconstitucional um decreto revogar outro

decreto", disse Jair Bolsonaro.

Bolsonaro declarou ainda que a decisão ficaria

a cargo do presidente do STF, Dias Toffoli, que

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

também estava presente no evento onde foi

feito o discurso.

"Passamos pelo meu prezado Dias Toffoli

[presidente do STF] decidir essa questão. Se

eu posso revogar uma lei, por que não posso

revogar um decreto? Bem, a sorte está

lançada. Baía de Angra, se Deus quiser,

atingiremos nosso objetivo", concluiu.

Ilha de Araçatiba de Fora, na Estação Ecológica de

Tamoios — Foto: Adriana Gomes/ICMBIO/Acervo

Mudanças em UCs precisam passar pelo

Congresso

Segundo três advogadas especialistas em

direito ambiental consultadas pelo G1,

qualquer mudança nos limites de uma unidade

de conservação federal precisa ser aprovada

pelo Congresso Nacional.

“Uma unidade de conservação federal como

essa de Angra dos Reis só pode ser extinta ou

ter seus limites alterados por uma lei federal,

aprovada no Congresso Nacional", explica

Erika Bechara, professora de direito ambiental

da Pontifícia Universidade Católica de São

Paulo (PUC-SP).

“A Constituição Federal protege essas

unidades para impedir que elas sejam

revogadas a cada mudança de governo",

explica Erika Bechara.

O artigo 225 da Constituição diz que é dever

do poder público "definir, em todas as

unidades da Federação, espaços territoriais e

seus componentes a serem especialmente

protegidos, sendo a alteração e a supressão

permitidas somente através de lei, vedada

qualquer utilização que comprometa a

integridade dos atributos que justifiquem sua

proteção" (parágrafo 1º, inciso 3º).

“Não há maior controvérsia, porque o artigo

225, parágrafo 1, inciso 3 da Constituição

exige lei formal para qualquer alteração na

demarcação das unidades de proteção

ambiental e também para sua supressão. De

maneira que, ainda que haja uma vontade

política do presidente da República no sentido

de acabar com uma estação ecológica de

proteção, essa vontade tem que ser submetida

à deliberação do Congresso Nacional para que,

pelo processo legislativo, ela se torne lei”,

explicou Gustavo Binenbojm, doutor em

direito público pela Universidade Estadual do

Rio de Janeiro (UERJ).

Segundo Glaucia Savin, presidente da

comissão de meio ambiente da OAB-SP, a lei

precisa passar pelo Congresso Nacional porque

o patrimônio ambiental das unidades de

conservação pertence ao povo, e não ao

Estado.

"É preciso uma lei porque a Constituição pede

o crivo do Parlamento, assim a sociedade pode

opinar sobre a perda desse um patrimônio

ambiental", explica Savin. "Esse patrimônio

não pertence ao Estado brasileiro, ele

pertence à população, então, por isso, é

preciso submeter essa decisão aos

representantes do povo."

"Por que existe esse dispositivo da

Constituição? Justamente para evitar que

qualquer ato possa destruir a proteção que foi

criada anteriormente", explica Glaucia Savin,

da OAB-SP.

Para Ana Maria Nusdeo, professora de direito

ambiental da Universidade de São Paulo

(USP), é consensual a interpretação de que é

necessária uma lei federal para a extinguir

unidades de conservação.

"Algumas interpretações constitucionais

exigem um esforço interpretativo, mas, no

caso dessa regra, como a Constituição é bem

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Data: 30/05/2019

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clara, trata-se de uma regra literal, com

avaliação bastante consensual."

“O direito comporta algumas zonas de

penumbras, de incertezas, mas nessa matéria,

estamos diante de uma questão de clareza

cristalina”, afirma Gustavo Binenbojm.

Rochedo na Esec de Tamoios, na Baía de Angra dos Reis

— Foto: Adriana Gomes/ICMBIO/Acervo

Se Bolsonaro publicar um decreto que revoga

a criação da Esec Tamoios, sua decisão

poderia ser questionada judicialmente por

partidos políticos, com ação no STF, e também

por cidadãos, na Justiça comum.

“Se houver a revogação de uma unidade de

conservação por decreto, a Justiça pode

declarar esse decreto nulo ou inconstitucional.

O Poder Judiciário tem justamente o papel de

controlar a legalidade dos atos feitos pelo

Executivo”, explica Bechara, da PUC-SP.

No caso de um questionamento feito ao STF, a

decisão não ficaria a cargo de Dias Toffoli,

como argumenta Bolsonaro.

"Se o presidente realmente publicar esse

decreto, qualquer partido pode entrar no

mesmo dia com uma ação direta de

inconstitucionalidade no STF e aí essa ação

seria distribuída por sorteio para um dos

ministros", explica Rubens Glezer, professor

de direito constitucional na Fundação Getúlio

Vargas (FGV).

"Se há uma certeza é que essa ação não

iria parar nas mãos de Dias Toffoli, porque ele

fica fora do rodízio, por ser hoje o presidente

do tribunal", destaca Rubens Glezer, da FGV.

O professor destaca ainda que é muito

provável que a ação seja questionada pela

oposição no STF.

"Esse questionamento vai acontecer sem

dúvida. Todas as medidas polêmicas do

Executivo tendem a ser questionadas pelos

vencidos no STF. Essa é uma tendência

constante e crescente", explica Glezer.

Criada pelo decreto nº 98.864, de 23 de

janeiro de 1990, a Estação Ecológica de

Tamoios é uma das 333 unidades de

conservação federal que não foi criada por lei,

mas por ato do Poder Executivo. Apenas 3

unidades foram instituídas por lei federal,

segundo levantamento de 2018 feito pela ONG

WWF Brasil.

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Data: 30/05/2019

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c=0&n=24331895&e=577

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Data: 30/05/2019

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Veículo: G1 Natureza

Data: 29/05/2019

Governo diminui participação da

sociedade civil no Conselho Nacional do

Meio Ambiente

Número de integrantes do Conama, conselho

que discute normas do Sistema Nacional do

Meio Ambiente, diminui 76% com o decreto

publicado nesta quarta-feira (29). Governo diz

que mudança trará 'melhor foco' e

'posicionamentos mais objetivos'.

Um decreto publicado nesta quarta-feira (29)

reduz e altera a composição do Conselho

Nacional do Meio Ambiente (Conama). O

conselho é o principal órgão consultivo do

Ministério do Meio Ambiente (MMA) e é

responsável por estabelecer critérios para

licenciamento ambiental e normas para o

controle e a manutenção da qualidade do meio

ambiente.

O colegiado, que contava com 96 conselheiros,

entre membros de entidades públicas e de

ONGs, agora terá 23 membros titulares,

incluindo seu presidente, o ministro Ricardo

Salles.

O Ministério do Meio Ambiente informou que a

mudança trará "melhor foco" e

"posicionamentos mais objetivos" com

"eficiência e qualidade das decisões". O

ministério também afirmou que manteve a

proporção de membros que compunham o

Conama por setor, considerando a estrutura

quando houve o maior número de conselheiros

(105).

A sociedade civil contava com 22 assentos no

Conama. Agora, são apenas 4. Assim, a

participação das ONGs caiu de 22% do

conselho para 18% do total. Esses assentos

passam a ser distribuídos por sorteio entre as

entidades interessadas. Antes, uma eleição

definia esses integrantes. O mandato dos

representantes civis, que era de dois anos,

passa a ser de apenas um.

O setor privado também perdeu

representatividade no conselho. Agora, há

apenas dois representantes, indicados em

conjunto pelas principais confederações

nacionais do setor privado: Confederação

Nacional da Indústria (CNI), Confederação

Nacional do Comércio (CNC), Confederação

Nacional de Serviços (CNS), Confederação

Nacional da Agricultura (CNA) e a

Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Já a presença do Governo Federal aumentou:

agora são 9 cadeiras para os representantes

do governo, o que representa 41% do total de

integrantes, contra 29% anteriormente.

Alguns órgãos governamentais perderam

representação no Conama, entre eles a

Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos

Deputados, o Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a

Agência Nacional de Águas (ANA). Os

ministérios públicos federal (MPF) e estaduais

também foram excluídos do Conama.

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

5/29/ministerio-diminui-participacao-da-

sociedade-civil-no-conselho-nacional-do-meio-

ambiente.ghtml

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Data: 30/05/2019

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Veículo: G1 Natureza

Data: 29/05/2019

Entenda o debate sobre a MP 867, que

altera o Código Florestal

A tramitação da Medida Provisória (MP) 867

divide setores ligados ao meio ambiente e ao

agronegócio. Seu objetivo inicial era adiar o

prazo para regularização de propriedades

rurais fora das normas do Código Florestal

Brasileiro de 2012. Mas a MP ganhou 35

adendos e os impactos dessa aprovação

poderiam afetar até o cumprimentos de metas

do Acordo de Paris.

A medida entrou em vigor em 26 de dezembro

de 2018, mas precisa passar pela Câmara dos

Deputados e pelo Senado até o dia 3 de junho

para não "caducar" e perder a validade.

Ambientalistas e até uma parte dos

representantes do agronegócio acreditam que

a MP pode impedir a recuperação de áreas já

desmatadas e anistiar proprietários que não se

adaptaram às exigências do Código. Já o

relator da medida, deputado Sergio Souza

(MDB-PR), garante que "a MP não altera uma

vírgula da essência do Código Florestal".

Entenda, a seguir, os pontos de debate dessa

possível mudança na lei.

Sete pontos sobre a MP 867:

1. A MP foi assinada por Michel Temer, em

26 de dezembro de 2018, adiando o

prazo para que proprietários rurais se

adaptassem ao Código Florestal. Mas

recebeu 35 emendas na Câmara e

algumas fogem ao tema central –

chamadas "jabutis" no jargão

parlamentar;

2. Para ambientalistas, essas emendas

suavizam a exigência de restaurar

áreas nativas determinada pelo Código

Florestal e, portanto, dificultam que o

Brasil alcance as metas do Acordo de

Paris;

3. O Observatório do Código Florestal

estima que entre 4 e 5 milhões de

hectares de área que deveria ser

recuperada serão perdidos com a

aprovação da MP – o equivalente a dois

estados de Sergipe.

4. Como o Código tem apenas sete anos,

alterações significativas no conteúdo

podem produzir insegurança jurídica. O

relator argumenta que, na verdade, a

MP não faz grandes mudanças no

Código, evita a necessidade de novas

prorrogações nos prazos de

regularização e, portanto, traz mais

segurança jurídica;

5. A inserção de "jabutis" pode ser

questionada como inconstitucional. O

relator diz que, na verdade, muitas

emendas eram parecidas e insiste que

a essência do Código não foi

prejudicada;

6. Representantes do agronegócio temem

transmitir a imagem, especialmente no

exterior, de que não querem seguir o

Código. Apenas 4% dos proprietários

de imóveis rurais ainda não se

adaptaram à legislação. O relator diz

que a MP facilita a vida pequenos

produtores que ainda não conseguiram

se regularizar;

7. Segundo ambientalistas, a MP

representaria uma anistia de grandes

produtores rurais que ainda não

obedecem a lei, impactando os biomas

mais degradados do país, como o

Cerrado. O relator afirma que são os

estados que dificultam a regularização

daqueles que ainda não se adequaram

ao Código.

O Código Florestal (Lei 12.651/2012)

regularizou terras desmatadas até 22 de julho

de 2008. Ele deu benefícios aos proprietários

dessas áreas, como a redução nas Áreas de

Preservação Permanente (APPs) e a

possibilidade de compensar áreas de Reserva

Legal (RL) em outro imóvel. Já quem

desmatou depois dessa data precisaria seguir

à risca o novo Código.

A princípio, a MP assinada pelo então

presidente Michel Temer no fim de 2018 tinha

a finalidade de dar mais prazo para que esses

proprietários de imóveis rurais aderissem ao

Programa de Regularização Ambiental (PRA) –

na prática, mais prazo para regularizar a

propriedade conforme as normas do Código.

Com a MP, o prazo para aderir ao programa

passaria de 31 de dezembro de 2018 para 31

de dezembro de 2019, com a possibilidade de

prorrogação por mais um ano. Esse já seria o

quinto adiamento seguido.

"Fizemos a prorrogação porque muitos

estados ainda não fizeram o seu Programa

para receber esses dados", afirma o deputado

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Sergio Souza, relator da medida. "Agora, até o

final de 2020, os estados terão que fazer."

Para André Guimarães, diretor-executivo do

Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia

(Ipam) e líder da Coalizão Brasil, Clima,

Florestas e Agricultura, "isso em si já era

ruim".

"Mas entendemos que o adiamento pode ser

feito e é aceitável", diz Guimarães. O

problema, acrescenta, está nas 35 emendas

acrescentadas à MP, que está tramitando na

Câmara e ainda deve passar pelo Senado.

Segundo o diretor executivo da Associação

Brasileira do Agronegócio (Abag), Luiz

Cornacchioni, qualquer alteração significativa

no Código deve ser fruto de um debate

público, e não pode ser feito por meio de

Medida Provisória.

"O Código é uma ferramenta importante.

Não é perfeito, mas é moderno, especialmente

se comparado com outros países. É avançado

quanto à preservação e à conservação" – Luiz

Cornacchioni, diretor executivo da Abag.

"O problema da MP 867 são esses

penduricalhos. Originalmente ela tinha um

objetivo, de prorrogação de prazos. Isso

precisava mesmo", acrescenta.

Área de Reserva Legal de uma fazenda do projeto Pecuária Verde, em Paragominas, nordeste do Pará — Foto: Divulgação

Para regularizar suas terras, o proprietário

rural também precisa fazer a inscrição do

imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Ter esse cadastro é obrigatório para que o

produtor tenha acesso a crédito rural, por

exemplo. O prazo para o CAR terminou em 31

de dezembro de 2018, mas a MP dá aos

proprietários até 2020 para se regularizarem

sem perder acesso aos benefícios financeiros.

"Isso não era parte da MP original", lembra o

relator. A ideia, segundo ele, é pressionar os

estados para aplicarem o sistema de cadastro

sem prejudicar o produtor que precisa de

crédito. "Fizemos isso porque era obrigação

dos estados dar suporte aos produtores rurais

menos favorecidos, mas alguns estados não

têm o sistema, principalmente no Nordeste."

Já foram feitos mais de 5,6 milhões de

Cadastros Ambientais Rurais em todo o país.

Para Roberta del Giudice, secretária executiva

do Observatório do Código Florestal, a falta de

adaptação de alguns estados é, de fato, um

problema. Embora todos os estados já tenham

um sistema, segundo ela, somente 17

regulamentaram os termos de compromisso

para a adequação das terras.

Ela entende que a extensão do prazo do CAR

cria uma espécie de anistia. "O CAR é o

melhor instrumento do Código para incentivar

a regularização", avalia.

O prazo final para votação da MP é 3 de junho.

Se até lá a MP 867 não passar no Congresso,

ela caduca, ou seja, deixa de valer.

Se a MP vier a caducar, os parlamentares

terão de votar um projeto de decreto

legislativo para disciplinar o período em que

ela esteve vigente. Neste caso, o decreto

servirá para validar a situação de quem

regularizou sua propriedade rural enquanto a

medida estava em vigor.

Estimativa de áreas irregulares

Tanto ambientalistas quanto alguns

representantes do agronegócio dizem que a

MP 867 descaracteriza o Código Florestal, uma

legislação que foi resultado de mais de uma

década de debate e é frequentemente descrita

como um "ponto de equilíbrio" para os vários

interesses nos territórios rurais.

De acordo com estudo do comitê técnico do

Observatório do Código Florestal, "as emendas

não somente mudam o prazo de adesão, mas

alteram o processo e os requisitos que

regulam a adequação ambiental de APPs

(Áreas de Preservação Permanente) e RLs

(Reservas Legais) de imóveis rurais irregulares

ou em descumprimento com o Código".

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Do total das áreas em propriedades rurais,

9 milhões de hectares ainda não se

enquadraram no Código Florestal, de acordo

com pesquisadores do Observatório. Essa área

equivale ao tamanho dos estados do Rio de

Janeiro e do Espírito Santo somados.

O estudo envolve 3,55 milhões de imóveis

rurais. Juntos, eles somam 364,16 milhões de

hectares. Para chegar a esse resultado,

pesquisadores usaram a malha fundiária do

Atlas da Agropecuária Brasileira, dados do

Mapbiomas e a modelagem do Código

Florestal.

Desse total de imóveis, 96% estão cumprindo

lei atual. Portanto, só 4% dos imóveis ainda

descumprem o Código Florestal.

Por outro lado, esses 4% de propriedades

abrangem 9 milhões de hectares, isto é, 20%

da área total de imóveis analisados. Essa é a

área que, idealmente, poderia ser restaurada

se mantida a legislação atual.

Plenário da Câmara dos Deputados — Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Se forem flexibilizadas as normas do Código

Florestal, como prevê a MP 867, a estimativa

do Observatório do Código Florestal é de que

serão perdidos de 4 a 5 milhões de hectares

de área que deveria ser recuperada. Essas

áreas se consolidarão como desmatadas.

Por isso, o Brasil ficaria ainda mais longe da

meta que assumiu como parte do Acordo de

Paris, de recuperar 12 milhões de hectares de

áreas nativas até 2030.

"Mais ou menos metade da área que

poderia ser recuperada será perdida com essa

anistia" – Roberta del Giudice, do Observatório

do Código Florestal.

Segundo ela, boa parte da meta poderia ser

alcançada com o plantio nesses 9 milhões de

hectares.

Em 2015, 195 países chegaram ao Acordo de

Paris contra mudanças climáticas, a primeira

vez que se reconheceu, em consenso global, a

necessidade de se reduzirem as emissões de

gases do efeito estufa.

O Ministério do Meio Ambiente resume os

compromisso do Brasil em cinco pontos:

Reduzir, até 2025, as emissões de

gases de efeito estufa em 37% abaixo

dos níveis de 2005;

Buscar, como meta seguinte, a redução

das emissões em 43% abaixo dos

níveis de 2005, até 2030;

Aumentar a participação de bioenergia

sustentável para 18% da matriz

energética até 2030;

Compor a matriz energética com 45%

de energias renováveis até 2030;

Restaurar e reflorestar 12 milhões de

hectares de florestas.

Para o deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP),

um dos principais críticos da MP no Congresso

e membro da Comissão de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável, "o Brasil é o

país que tem uma das maiores coberturas

florestais do mundo, a maior biodiversidade do

mundo, mas com a cultura de que algumas

leis não pegam".

"Não ligo que demorem 20 ou 30 anos para

recuperar [áreas protegidas]. Mas não é

porque desmatou que tem que ficar como

está." – Deputado Rodrigo Agostinho

Ele acredita que mudanças no Código Florestal

não devam ser feitas por meio de Medida

Provisória. "Não faz sentido fazer isso hoje.

Para minha surpresa, muita gente do

agronegócio também está contra [a MP 867],

dizendo que isso vai criar um problema

desnecessário."

Agostinho ainda tem esperanças de que a MP

possa ser rejeitada no Congresso ou perder

efeito por não ser aprovada até 3 de junho.

As ONGs ambientalistas têm chamado atenção

especial à proposta do relator da MP 867/2018

de mudar o artigo 68 do Código Florestal. Na

prática, ele altera a data de referência para a

proteção de alguns biomas. Para os ativistas,

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

isso permite que uma porção de área já

desmatada não precise ser restaurada.

De acordo com Gerd Sparovek, professor e

pesquisador da Esalq/USP, a mudança no

artigo 68 faz uma interpretação errada do

Código: para o Cerrado, por exemplo, passa a

valer a proteção definida em 1989, e não a do

Código Florestal de 1965.

Ao mapear e analisar o impacto dessa

mudança no estado de São Paulo, que tem

mais dados históricos disponíveis, ele

observou que metade da exigência de Reserva

Legal do Cerrado seria perdida.

"Não tem nenhum trabalho acadêmico,

cientifico, técnico, que tenha avaliado os

efeitos dessas datas e o efeito dessa mudança

de referencial para a proteção em o Brasil",

alerta Sparovek.

"É um tiro no escuro fixar datas numa

interpretação jurídica que poderá ser

questionada depois" – Gerd Sparovek,

professor e pesquisador da Esalq/USP.

A essa crítica, o deputado Sergio Souza

responde dizendo que o objetivo da emenda

da MP no artigo 68 é deixar claro quais são a

lei e a data de referência específicas para cada

bioma.

"A lei da Mata Atlântica é de 1965, já a do

Cerrado é de 1989", argumenta o deputado.

Projeto de Flávio Bolsonaro

Para os grupos ambientalistas, mais

preocupante ainda do que a MP 867 é o

projeto de lei 2362/2019, apresentado por

Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e Marcio Bittar

(MDB-AC), atualmente em tramitação no

Senado.

O projeto pretende eliminar a obrigatoriedade

de manter a reserva legal em propriedades

rurais prevista no Código Florestal – o que

inclui não mais exigir a preservação de 80%

das áreas de imóveis rurais na Amazônia; de

35% no Cerrado e 20% em outras regiões.

Segundo Sparovek, "se a MP 867 já é bem

tóxica, do ponto de vista do impacto

ambiental, o PL [de Flávio Bolsonaro] é muito

mais grave".

Para André Guimarães, do Ipam, "o Código

Florestal é uma conquista sociedade brasileira,

pois define onde podemos fazer agricultura e

onde temos que preservar". Mesmo para o

setor agrícola, diz ele, as mudanças propostas

seriam nocivas, pois alterariam o regime de

chuvas e fragilizariam o ambiente de negócios.

"Para aumentar a produtividade, temos que

investir em tecnologia, produtividade,

treinamento, equipamento", diz Guimarães.

Também Luiz Cornacchioni, da Abag, avalia

que as mudanças propostas tanto pela MP 867

quanto pelo PL 2362 para o Código Florestal

não representam a vontade da maioria dos

produtores rurais.

"O melhor que podemos fazer com o Código

Florestal é implementá-lo, porque ele vai nos

permitir fazer agricultura, produzir e

conservar. Essas duas coisas não são

excludentes" – Luiz Cornacchioni, da Abag.

Vista aérea da floresta amazônica — Foto: AFP

https://g1.globo.com/natureza/noticia/2019/0

5/29/entenda-o-debate-sobre-a-mp-867-que-

altera-o-codigo-florestal.ghtml

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Globo Economia

Data: 30/05/2019

Atvos, do grupo Odebrecht, pede

recuperação judicial

Pedido é o primeiro de uma subsidiária do

conglomerado, alvo da lava-jato

Ana Paula Ribeiro

A Atvos, empresa do setor sucroenergético

controlada pela Odebrecht, se tomou ontem a

primeira companhia do grupo a dar entrada

com um pedido de recuperação na Justiça. A

empresa tem uma dívida de cerca de R$ 13

bilhões, segundo antecipou o colunista do

GLOBO Lauro Jardim, em seu blog. A empresa

protocolou o pedido de proteção contra

credores no Tribunal de Justiça de São Paulo.

A direção da holding Odebrecht, em

comunicado aos funcionários, disse que a

medida não envolve outras subsidiárias do

grupo - que atuam nas áreas de engenheira e

construção, indústria, setor imobiliário,

infraestrutura e energia.

Caso a Justiça aceite o pedido, a cobrança das

dívidas será suspensa e a Atvos terá 60 dias

para apresentar um plano de recuperação.

'INVESTIDA HOSTIL

"A iniciativa da Atvos preserva suas operações

e visa a garantir ambiente seguro e estável

para o equilíbrio das suas contas, objetivando

alcançar a sua capacidade máxima de

produção nos próximos anos", afirmou, em

nota, Luciano Guidolin, presidente do Grupo

Odebrecht. "Estamos confiantes em que a

Atvos, com esta proteção judicial, chegará no

final desse processo a uma solução que

atenda os interesses tanto dos seus credores

quanto os da empresa, permitindo-lhe retomar

a trajetória de crescimento que a marcou

desde a sua criação."

Embora observe que apenas a Atvos está em

recuperação judicial, o executivo lembra que

empresas do grupo que precisem de

reestruturação financeira devem fazê-lo de

forma isolada. A Odebrecht foi uma das

poucas empreiteiras investigadas na Operação

Lava-Jato que não pediram proteção de

créditos na Justiça, ao contrário de OAS e

Queiroz Galvão, por exemplo.

Em outro comunicado, a Atvos afirmou que a

medida foi tomada para "preservar as

operações e garantir o equilíbrio financeiro"

após "investida hostil" de um fundo de

investimentos credor da empresa. O nome do

fundo não foi divulgado.

A atual presidente da empresa, Juliana

Baiardi, assumiu o cargo em abril, em

substituição a Luiz de Mendonça. Na ocasião, a

companhia informou que um dos objetivos da

nova executiva era o de realizar a

renegociação das dívidas da empresa.

CRISE NO SETOR

A Atvos foi fundada em 2007 e tem dez mil

funcionários. Ela é responsável pela produção

e comercialização de etanol, açúcar bruto

(VHP) e energia elétrica gerada por biomassa

de cana-de-açúcar. Tem unidades em quatro

estados: São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso

do Sul e Goiás. Na atual safra, a empesa deve

moer 27 milhões de toneladas, o que a coloca

como a segunda do setor.

Essa não é a primeira empresa do setor

sucroalcooleiro a pedir recuperação judicial

recentemente. O grupo Virgolino de Oliveira

também está na mesma situação. O setor

perdeu fôlego nos últimos anos. Apesar da

leve recuperação da economia, algumas

empresas ainda não conseguiram melhorar

sua situação financeira.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24349873&e=577

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Globo

Data: 30/05/2019

IMPASSE AMBIENTAL

Câmara aprova, mas Senado rejeita discutir

mudanças no Código Florestal

Amanda Almeida, Bruno Góes E Renato

Grandelle

A Câmara dos Deputados aprovou ontem a

Medida Provisória (MP) 867, que flexibiliza o

Código Florestal de 2012. O texto traz novos

parâmetros para a proteção e recomposição

de matas e florestas. Ambientalistas dizem

que a nova legislação promove a anistia a

quem não se adequou às medidas vigentes e

que a consequência será a perda de 5 milhões

de hectares que precisariam ser recuperados.

Já os parlamentares ruralistas alegam que as

novas regras trazem segurança jurídica aos

proprietários.

Horas depois, no entanto, o presidente do

Senado, Davi Alcolumbre (DEM), afirmou que

deixará a MP caducar (ou seja, perder a

validade) por falta de acordo para votá-la. O

líder do governo no Senado, Fernando Bezerra

Coelho (MDB-PE), disse que o Planalto terá o

compromisso de editar outra MP sobre o

assunto ou encaminhar um projeto de lei com

urgência até o início do recesso legislativo.

Editada pelo governo Michel Temer, a MP foi

redigida originalmente paira estender o prazo

para que produtores rurais pudessem aderir

ao Programa de Regularização Ambiental

(PRA), concebido para que os proprietários se

adequassem às normas do Código Florestal.

Uma comissão especial, porém, deixou em

aberto o prazo para a adesão ao PRA e incluiu

uma série de mudanças.

O texto aprovado tem como marco inicial de

proteção às matas e florestas a lei ambiental

aprovada em 1965. Também estabelece como

parâmetro inicial de proteção ao Cerrado a

entrada em vigor da lei ambiental de 1989.

Além disso, define uma lei de 2000 para tratar

da preservação e recuperação de biomas como

Pantanal, Pampa e Caatinga.

- O que estão querendo é fazer o cidadão, que

fez manejo da terra dele, coberto por uma lei

de 1965, ter que recompor (vegetação) pela

lei de 2000. Ninguém terá condições de fazer

isso sustenta o deputado Alceu Moreira (MDB-

RS), presidente da Frente Parlamentar da

Agropecuária.

IMPACTO NAS EXPORTAÇÕES

O relator do texto na comissão especial,

Sérgio Souza (MDB-PR), nega que tenha

ampliado a anistia: - Há uma divergência de

qual lei vale para qual época. Dessa forma nós

não anistiamos ninguém. No texto, em

momento algum nós criamos uma vírgula

sequer (dizendo) que vai poder desmaiar uma

árvore sequer.

Para o Observatório do Código Florestal, a MP

tenta reduzir a exigência de restauração de

áreas nativas determinadas pela lei. Se a

medida passasse pelo Senado, uma área de

até 5 milhões de hectares, ou duas vezes o

estado do Sergipe, deixaria de ser recuperada.

Com isso, o país teria dificuldades em cumprir

as metas climáticas estabelecidas no Acordo

de Paris.

- O Brasil se comprometeu a recuperar 12

milhões de hectares, algo que viria na esteira

da restauração de áreas de proteção

permanente e reservas legais - afirma Luís

Fernando Guedes Pinto, membro do

Observatório do Código Florestal. - Estudamos

mais de 3 milhões de imóveis rurais e vimos

que apenas 4% não estão cobrindo a lei do

Código. O problema é que, somados, eles

equivalem a 20% da área total analisada. Isso

mostra como há uma grande concentração de

terras no país.

Segundo o WWF-Brasil, a aprovação da MP

poderia ter inclusive impacto econômico: -

Representantes do agronegócio exportador

acreditam que mexer no setor é um tiro no pé

que afetará as exportações do país. A

comunidade internacional questionará se

abrimos mãos dos rígidos padrões ambientais

que são a marca de nossa produção adverte

Raul Valle, diretor de Políticas Públicas da

ONG. O Brasil tem um compromisso em

combater a mudança climática quase todo

calcado no Código Florestal. E um texto

aprovado há sete anos e que só agora está

começando a ser implementado. Mexer nele

daria aos produtores o recado de que a lei não

é para valer.

ANÁLISE

Muda-se a lei para perdoar quem a violou

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

A Medida Provisória 867/ 2018 desmantela a

estrutura do Código Florestal, com implicações

comerciais, ambientais e jurídicas. O cerne da

questão está nos destaques incorporados pelo

texto do relator, o deputado ruralista Sérgio

Souza (MDB-PR).

A MP representa menos floresta para

recuperar, insegurança jurídica sobre o uso da

terra, potenciais dificuldades para o

agronegócio exportar e para o Brasil cumprir

suas metas voluntárias no Acordo de Paris.

Sua aprovação carrega, sobretudo, a

mensagem de que cumprir a lei não é um bom

negócio no Brasil, onde a legislação foi agora

modificada para perdoar dívidas e crime

ambiental. Serão os 4% dos proprietários

rurais do país que não se adequaram ao

Código Florestal os beneficiários da anistia a

desmatadores concedida pela MP.

O Código Florestal é uma das legislações mais

negociadas da História do país, aprovada após

11 anos de discussões no Congresso. É

resultado de um pacto entre governo,

agronegócio, academia e ambientalistas - e

todos cederam. A MP descombina o acertado e

traz regras novas para perdoar quem não

cumpriu a lei.

Toda a discussão sobre o uso da terra no

campo passa longe de cerca de 85% dos

habitantes do Brasil, que vivem em cidades.

Mas os afeta ainda assim, ao influenciar a

produção de água, a regulação do clima, a

produtividade agrícola e a erosão do solo.

Impacta também a economia, pois o mercado

internacional é sensível à questão ambiental.

Como frisa Mercedes Bustamante, professora

de ecologia da Universidade de Brasília e

integrante da Coalizão Ciência & Sociedade,

está mais do que na hora de tirar a questão

ambiental do gueto e mostrar que o meio

ambiente diz respeito a todos.

Já houve um tempo em que cortar árvores

ilegalmente significava perda da fazenda e

condenação à morte no Brasil. Em 1605, era

essa a pena prevista pelo Regimento do Pau

Brasil. Agora, muda-se a lei para perdoar

quem a infringiu.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=24349896&e=577

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel: Pacto de Bolsonaro racha Judiciário

e Congresso; texto prega combater

corrupção 'nos gabinetes'

Cabe recurso O aceno de um pacto entre os

chefes dos três Poderes em torno de, entre

outras questões, uma reforma da Previdência,

rachou a magistratura. Além da Ajufe, que

condenou a iniciativa publicamente, a Anamatra

também critica a hipótese de o presidente do

STF, Dias Toffoli, assinar o documento proposto

por Jair Bolsonaro. As duas entidades se

preparam para ir à Justiça contra as regras de

aposentadoria propostas pelo governo. Já a AMB

defende a tentativa de facilitar o diálogo.

Pintados… A Associação dos Juízes Federais

apresentou a parlamentares notas técnicas

contra elementos da reforma de Paulo Guedes

(Economia). Se o Parlamento chancelar a

proposta do governo, a entidade vai judicializar

trecho que traça nova alíquota a ser cobrada de

servidores públicos.

…para a guerra A Associação Nacional dos

Magistrados da Justiça do Trabalho pediu

audiência com Toffoli. O grupo já apontou

inconstitucionalidades na reforma e vê com

preocupação a tentativa de atrelar o Supremo à

causa.

No seu quadrado Já o presidente da Associação

dos Magistrados Brasileiros, Jayme Oliveira, diz

que o “reconhecimento da necessidade de

reformas não significa, em nenhuma hipótese, a

defesa desta proposta ou de pontos dela”.

Ideia fixa O texto do pacto proposto por

Bolsonaro também foi criticado por alas do

Congresso. Especialmente o trecho final, que

exalta o combate ao crime “nas ruas e nos

gabinetes”, e foi lido como forma de criminalizar

a política.

Seus termos O documento formulado pelo

governo fala em invocar “as demandas do povo

como o grande farol de nossa democracia” e na

inauguração de “um novo tempo”. O texto prega

a “defesa da vida e da dignidade humana; o

respeito às liberdades individuais e à propriedade

privada”. O livre mercado é exaltado.

Fale por você Deputados dizem que Bolsonaro

não busca um pacto, e sim o endosso de seu

programa de governo. Fincados em

generalidades, dizem os críticos da ideia, os

termos precisam ser analisados à luz de

propostas já feitas pelo presidente antes de

serem validados.

Vai ou racha? Deputados que apoiam os

protestos contra a política educacional de

Bolsonaro apostam em atos grandes nesta quinta

(30). Só não garantem que serão maiores que os

do dia 15.

Barco furado O ambiente de desconfiança entre

Legislativo e Planalto furou a blindagem da

equipe econômica junto ao mercado. Operadores

de grandes fundos dizem que só a reforma da

Previdência não será suficiente para alavancar

investimentos.

Quero mais Os relatos mostram que, agora, os

investidores querem ver se o governo Bolsonaro

é viável politicamente a ponto de conseguir

entregar mais do que as mudanças nas regras de

aposentadoria, como a reforma tributária,

privatizações e a reforma do Estado.

Engole o choro A pressão de setores do mercado

pelo corte da taxa de juros é, na visão de um ex-

ocupante da cadeira de Roberto Campos Neto

(Banco Central), improdutiva. O estímulo extra

não seria capaz de limpar o horizonte, dada a

confusão política. Além disso, poderia ressuscitar

a inflação.

Entre nós O presidente do Senado, Davi

Alcolumbre (DEM-AP), estreou nos últimos dias

um portão que liga o interior da área de sua

residência oficial à de Rodrigo Maia (DEM-RJ),

comandante da Câmara. A passagem foi feita

para viabilizar encontros sem que fosse preciso

acessar a rua.

Me basto As críticas de Bolsonaro ao PSL

irritaram integrantes do partido. “O PSL é

independente, não temos obrigação com o

governo. O PSL não quer nada desse governo,

nossas pautas são a favor da sociedade. Se ele

apresentar algo que a gente discorde, votaremos

contra”, diz Júnior Bozzela (PSL-SP).

Visitas à Folha Murat Yavuz Ates, embaixador da

Turquia, e Serkan Gedik, cônsul-geral daquele

país, visitaram a Folha nesta quarta-feira (29).

Nader Fares, sócio-diretor comercial da

Marabraz, e Abdul Fares, sócio-diretor financeiro

da empresa, visitaram a Folha nesta quarta (29).

Estavam acompanhados de Leonardo Bersi,

assessor de imprensa.

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Grupo de Comunicação

TIROTEIO

O Judiciário não deve pactuar questões que,

depois, serão julgadas pelo STF. Fundamental

preservar sua independência

Do deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), que

questiona a discussão de um pacto entre o

presidente do Supremo, Dias Toffoli, e Bolsonaro

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/05/30/

pacto-de-bolsonaro-racha-judiciario-e-congresso-

texto-prega-combater-corrupcao-nos-gabinetes/

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Toffoli deve tirar

descriminalização do porte de drogas da

pauta do STF

A ação que pede a descriminalização do porte de

drogas deve ser retirada da pauta do STF

(Supremo Tribunal Federal) pelo presidente, Dias

Toffoli.

DATA CERTA

O julgamento estava marcado para o dia 5 de

junho. A descriminalização ao menos do porte da

maconha era tida como certa.

NO VOTO

A explicação para a possível suspensão do

julgamento é que magistrados receberam há

alguns dias a íntegra de um projeto já aprovado

na Câmara e no Senado que mantém a

criminalização e altera vários pontos da política

nacional de drogas.

LEITURA

Não caberia ao STF, portanto, tomar decisão

sobre algo que já foi votado pelo parlamento sem

ao menos conhecer seu conteúdo.

ASSINATURA

O projeto aprovado no Congresso, que aguarda

apenas a sanção de Jair Bolsonaro para virar lei,

é de autoria do então deputado Osmar Terra,

hoje ministro da Cidadania.

LINHA-DURA

Ele adota uma abordagem considerada linha-dura

e conservadora em relação às drogas, prevendo

inclusive a internação involuntária de viciados.

CAIXA ABERTA

O PSL de SP entrou de vez em guerra. Além de

dizer que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) não pode

presidir a legenda, o deputado federal Alexandre

Frota (PSL-SP) está pedindo uma auditoria

completa nas contas da legenda.

COMO É?

Eduardo Bolsonaro procurou Frota há alguns dias

para questionar se ele colocaria mesmo “fogo no

partido”, como anunciou em uma rede social.

“Vou, sim. Se querem que o PSL seja um partido

de verdade, não tem nome nem sobrenome”,

respondeu Frota.

EM FRENTE

Bolsonaro, por sua vez, disse que seguirá na

presidência.

TESOURA

Antônio Campos, irmão do ex-governador de

Pernambuco Eduardo Campos, que morreu em

2014 num acidente de avião, vai cortar 20% dos

cargos comissionados da Fundação Joaquim

Nabuco.

CANETA

Ele foi nomeado pelo governo Bolsonaro nesta

semana, por indicação do líder do governo no

Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

SUBO NESSE PALCO

A atriz Fernanda Montenegro foi à 13ª edição do

Prêmio APTR, que homenageou a atriz Marieta

Severo, no Teatro Prudential, no Rio de Janeiro,

na terça (28). Os também atores Marco Nanini,

Drica Moraes e Andréa Beltrão compareceram,

assim como o diretor Aderbal Freire-Filho, a

diretora Bia Lessa e a atriz Nicette Bruno.

EFEITO

O diretor de teatro Roberto Alvim postou em uma

rede social um texto em que relaciona seu apoio

a Bolsonaro ao cancelamento, pelo Sesc, da

estreia de “Aurora”, peça que dirigia e que

entraria em cartaz em julho na unidade da Vila

Mariana.

OBRIGADA

“Agradeço à instituição por mostrar com toda

clareza o modo como opera e o que pensa acerca

de liberdade de pensamento, arte e democracia”,

escreveu Alvim.

DISCURSO

O diretor disse à coluna que, há dois meses, um

funcionário do Sesc escreveu um texto na rede

“me defenestrando e dizendo que espalho

discurso de ódio”. Tudo “graças ao meu apoio ao

Bolsonaro e ao [escritor] Olavo de Carvalho”.

SECO

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43

Grupo de Comunicação

O diretor afirma que telefonou seguidas vezes

para o funcionário, do setor que faz a

programação de teatro do Sesc, em vão. Na

semana passada, ele recebeu um e–mail “seco,

dizendo que a peça estava sendo cancelada”.

Nenhuma nova data de estreia foi marcada.

PROVA

“Eu posso afirmar que se trata de uma censura

por questão política? Não posso, não tenho

prova”, diz, para em seguida emendar: “O Danilo

Miranda [diretor do Sesc] posicionou o Sesc

contra o governo Bolsonaro. Talvez não seja

conveniente ter alguém como eu lá dentro”.

NADA A VER

O superintendente de comunicação do Sesc, Ivan

Giannini, afirma que “em nenhum momento” a

peça foi cancelada. “O comunicado enviado a

Alvim foi no sentido de modificar eventualmente

uma agenda”. Haveria possibilidade de nova data

para a estreia.

EM CARTAZ

“Foi cancelado no período que estava proposto,

mas não de forma definitiva”, segue Giannini. Ele

lembra que uma outra peça de Roberto Alvim

ficou em cartaz no Sesc entre março e abril. “Não

há nada contra ele ou contra qualquer

posicionamento político-partidário dele”, diz.

ACORDES

A cantora Mônica Salmaso e os músicos Nelson

Ayres e Teco Cardoso fazem tributo a Vinicius de

Moraes e Dorival Caymmi com repertório inédito.

O show será no Blue Note SP, nesta sexta (31).

EM FESTA

O Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, do

Iphan, discutirá se a festa Bembé do Mercado,

conhecida como a maior festa de candomblé de

rua do mundo e realizada em Santo Amaro (BA),

se tornará patrimônio cultural. O assunto será

debatido no dia 13 de junho em Brasília.

NA PASSARELA

A cantora Ivete Sangalo foi ao lançamento do

livro “Queens - Alta Moda di Dolce & Gabbana”,

que reúne fotografias feitas pelo estilista

Domenico Dolce, no shopping JK Iguatemi, na

terça (28). A cantora Preta Gil, o cantor Di

Ferrero e os modelos Isabeli Fontana, Yasmin

Brunet e Evandro Soldati também passaram por

lá.

CURTO-CIRCUITO

O Itaú Cultural apresenta nesta quinta (30) e na

sexta (31) o monólogo “Portar(ia) Silêncio”, com

João Batista Júnior, que integra a programação

“Maio dos Sertões”.

Luciano Huck participa do encontro “Fora da

Curva: Por Trás das Startups”, com mediação de

Pierre Moreau. Nesta quinta (30) , às 20h, na

Casa do Saber.

A cantora Titane faz curta temporada de seu

novo trabalho dedicado à obra de Elomar. Desta

quinta (30) até o dia 2 de junho, no Tusp.

com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi E Victoria

Azevedo

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/05/stf-deve-tirar-da-pauta-acao-

que-pedia-a-descriminalizacao-do-porte-de-

drogas.shtml

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Grupo de Comunicação

WEG e Embraer fazem parceria para

aeronaves elétricas

A fabricante de motores elétricos WEG e a

Embraer acertaram uma parceria para

desenvolvimento de sistemas de propulsão

elétrica para aeronaves, com um primeiro voo de

demonstração previsto para 2020.

"A parceria, no âmbito de pesquisa e

desenvolvimento pré-competitivo, busca acelerar

o conhecimento das tecnologias necessárias ao

aumento da eficiência energética das aeronaves

a partir da utilização e integração de motores

elétricos em inovadores sistemas propulsivos",

afirmou a WEG em comunicado à imprensa, sem

citar valores envolvidos.

Após testes de tecnologias em laboratório, a

parceria vai usar no teste de voo uma aeronave

de pequeno porte monomotor, baseada no EMB-

203 Ipanema, "que realizará a avaliação primária

da tecnologia de eletrificação", afirmou a WEG.

Segundo o diretor superintendente da unidade de

automação da WEG, Manfred Peter Johann, o

motor a combustão da aeronave será retirado e

no lugar dele será instalado um sistema de motor

elétrico e inversor de potência da WEG. A bateria

do sistema será providenciada pela Embraer.

"A mobilidade elétrica é caminho sem volta no

mundo e queremos verificar se essas tecnologias

podem ser aplicadas na aviação", afirmou o

executivo, acrescentando que a WEG começou o

trabalho de desenvolvimento no início do ano

passado, depois que a companhia foi procurada

pela Embraer.

Johann afirmou que é improvável que a

tecnologia possa vir a substituir motores a

combustão em aviões que fazem voos

internacionais, mas o sistema eventualmente

poderá ser desenvolvido para equipar aeronaves

em trajetos mais curtos.

"É difícil afirmar neste momento [...]Temos um

conjunto de dificuldades a serem superadas.

Além do peso da bateria, tem a questão da

autonomia também", disse o executivo.

Questionado sobre que tipo de aplicações a

tecnologia poderá ter além da utilização no

Ipanema, Johann disse que com a parceria

"deverão vir novos projetos. Outros tipos de

aeronaves", após 2020.

No passado, a Embraer revelou seu conceito para

o projeto da Uber Technologies de lançar um

veículo voador elétrico para transporte urbano,

conhecido pela sigla eVTOL, até 2020.

O conceito da Embraer assemelha-se a um

helicóptero, mas no lugar de um único rotor no

topo e outro menor na cauda, a aeronave para

quatro passageiros e piloto tem dois conjuntos de

quatro pequenos rotores acima da cabine e um

rotor maior montado perpendicularmente na

cauda, para dar propulsão na horizontal.

Questionado sobre uma possível aplicação desse

desenvolvimento da WEG no projeto com a

Embraer, Johan preferiu não comentar.

Atualmente, a WEG desenvolve motores elétricos

para caminhões, tecnologia que está sendo

testada por veículos de entrega encomendados

pela cervejaria Ambev junto à Volkswagen

Caminhões e Ônibus no ano passado.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05

/weg-e-embraer-fazem-parceria-para-aeronaves-

eletricas.shtml

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Grupo de Comunicação

Aliado de Maia apresenta projeto que pode

substituir MP do Saneamento

Bruno Santos/Folhapress

Com a possibilidade de a medida provisória (MP)

que cria um novo marco regulatório para o setor

de saneamento básico perder a validade, o

deputado Fernando Monteiro (PP-PE) apresentou

um projeto de lei sobre o assunto.

O projeto, no entanto, faz algumas alterações na

versão aprovada na comissão mista da MP, cujo

relator foi o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE).

Monteiro permite que novos contratos entre

municípios e companhias estaduais de água e

esgoto sejam firmados e que os atuais sejam

renovados.

O texto de Jereissati impedia isso e substituía

esse modelo por contratos de concessão, que

exige licitação pública.

Com isso, foi desencadeado um movimento de

governadores e bancadas estaduais contra a MP

–uma das medidas consideradas prioritárias pelo

ministro Paulo Guedes (Economia).

Sem acordo na Câmara, a proposta pode perder

a validade na segunda-feira (3).

Diante do impasse para a aprovação da medida

provisória, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia

(DEM-RJ), afirmou, nesta quarta (29), que vai

chamar uma reunião para discutir um novo texto

sobre o tema, com base no projeto de lei de

Monteiro, aliado de Maia.

"Baseado nisso nos vamos trabalhar e tentar

construir uma solução que gere capacidade de

investimento, de investimento e competição no

setor. Hoje nós estamos num setor que vem da

ditadura e que já provou que não deu certo".

O encontro com líderes e deputados está previsto

para quinta (30). O objetivo de Maia é costurar

um acordo para votar o novo marco regulatório

para o setor na próxima semana.

Maia disse que esse é um tema com o qual "não

se deve perder energia com frases e disputas

políticas".

"A gente tem 75 milhões de brasileiros que não

têm rede de esgoto", afirmou.

No projeto de lei, Monteiro também prevê

critérios para a captação de recursos públicos por

empresas privadas concessionárias de serviços

de saneamento, água e esgoto.

O deputado acredita que a parceria entre o

estado e as empresas pode ser benéfica para o

desenvolvimento do setor, mas ele quer exigir

investimento com recursos próprios no mesmo

montante que for obtido com recursos públicos.

“Não é correto entregar esse serviço à iniciativa

privada sem qualquer contrapartida e permitir

que essas empresas, como se do poder público

fossem, tenham acesso indiscriminado a recursos

públicos para financiar suas obras e serviços”,

justifica o autor do projeto.

Monteiro incorporou ainda uma proposta do

Senado que trata sobre as questões dos crimes

ambientais que possuam relação com a temática

do saneamento.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05

/aliado-de-maia-apresenta-projeto-que-pode-

substituir-mp-do-saneamento.shtml

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Grupo de Comunicação

Apesar de apelo de ruralistas, Davi diz que

não votará MP do Código Florestal

Rodrigo Capote/Folhapress

Um dia de derrota para os ambientalistas, a

quarta-feira (29) começou com um decreto do

ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que

provocou alterações profundas no Conama

(Conselho Nacional do Meio Ambiente),

aumentando o poder do governo federal e

retirando entidades como o ICMBio, e terminou

com a votação na Câmara dos Deputados de uma

medida provisória que flexibiliza partes do Código

Florestal.

Uma reviravolta, porém, veio à noite após a

votação, quando o presidente do Senado, Davi

Alcolumbre (DEM-AP), disse que não votará a

medida provisória 867. O texto, então, virou uma

queda de braço entre as duas Casas.

Em votação capitaneada pela bancada ruralista, a

Câmara aprovou por 243 a 19 votos a MP que, na

prática, amplia o período no qual o

desmatamento não precisa ser compensado ou

regenerado.

A bancada ruralista conseguiu manter no texto os

jabutis (jargão para artigos estranhos ao tema

original) mais polêmicos. Entre elas está uma

mudança no artigo 68 do código, que estabelece

um novo marco temporal para exigir a

restauração de área desmatada em diferentes

biomas.

Pelo Código Florestal de 2012, vigente hoje,

estavam desobrigados de promover a

recomposição da mata os proprietários que

tivessem desmatado antes de 1965, quando uma

lei estabeleceu percentuais de 50% de

preservação da Amazônia e 20% para as demais

vegetações do país.

Os ruralistas esticaram o prazo da desobrigação

tomando como base os anos em que os biomas

passaram a ser explicitamente citados na lei. No

caso do cerrado, o início da proteção será

considerado como 1989. Já no caso dos pampas

e do Pantanal, em 2000.

Segundo o Observatório do Código Florestal, a

aprovação da MP pode significar que 5 milhões

de hectares de vegetação nativa (duas vezes o

estado de Sergipe) deixem de ser recompostos,

compensados ou regenerados.

"Você que desmatou o cerrado até 1989 ou que

desmatou o Pantanal até 2000 está liberado. É

uma anistia sem cabimento, as próprias

indústrias agroexportadoras são contrárias . Isso

vai ter consequências internacionais", disse o

deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP),

presidente da Comissão de Meio Ambiente.

Luiz Cornacchioni, diretor da Abag (Associação

Brasileiro do Agronegócio), disse à Folha que

espera que o Senado não aprove as mudanças

pretendidas pela MP. "Está mais do que na hora

de implementar, não alterar o Código Florestal",

diz Cornacchioni, que se diz preocupado com a

sinalização para os mercados nacional e

internacional.

A MP também prorroga indefinidamente o prazo

de adesão de produtores ao Programa de

Regularização Ambiental, um programa de ações

de recuperação ambiental obrigatório instituído

no Código Florestal, e estabelece que o

proprietário deve aderir ao PRA apenas se este

for notificado pelo órgão responsável.

Agora, o texto segue para o Senado, onde não há

acordo para sua votação. Como a medida

provisória vale até segunda-feira (3), as

mudanças podem caducar.

"Independente de a votação na Câmara se

encerrar no dia de hoje, este presidente cumprirá

o acordo construído com vários líderes

partidários. Não faremos a votação da referida

medida provisória", disse Davi Alcolumbre em

plenário.

O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra

Coelho (MDB-PE), disse que o Palácio do Planalto

apresentará uma solução para o texto derrotado.

"O governo tem compromisso de editar uma

medida provisória ou um projeto de lei com

urgência respeitando o texto que saiu do plenário

da Câmara para que esta matéria possa ser

deliberada até o início do recesso legislativo [17

de julho]", afirmou.

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Grupo de Comunicação

Presidente da FPA (Frente Parlamentar da

Agropecuária), o deputado Alceu Moreira (MDB-

RS) foi até o Senado tentar convencer Davi a

mudar de ideia.

Não adiantou. O presidente do Senado disse que

havia feito acordo com líderes para votar na

quinta (30) outros dois textos, a MP 871 e 872,

que tratam de fraudes previdenciárias e de

ampliação de prazo de gratificação paga a

servidores cedidos à AGU (Advocacia-Geral da

União).

Senadores que já vinham incomodados com o

prazo apertado que tiveram para votar as MPs do

capital estrangeiro nas empresas aéreas e da

estruturação do governo evidenciaram a

disposição de não votar esta outra medida

provisória.

"Não será aceitável a Câmara concluir a votação

dessa medida provisória lá pelas 20h, 21h, 22h,

19h, que seja, ela vir para cá, e nós a

apreciamos na data de amanhã [quinta-feira],

quando ainda sequer está prevista uma sessão

deliberativa", protestou o líder da Minoria,

Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

A líder do Cidadania, Eliziane Gama (MA), disse

que é preciso ter conhecimento do texto que

sairá da Câmara.

"E aí fazer uma avaliação se é mais importante

deixar ela caducar e evitar retrocessos na política

ambiental ou partir para uma aprovação", disse a

senadora.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

5/apesar-de-apelo-de-ruralistas-davi-diz-que-

nao-votara-mp-do-codigo-florestal.shtml

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Grupo de Comunicação

Salles corta 77% de Conselho Ambiental,

retira ICMBio e fará sorteio de vagas

Phillippe Watanabe

A composição do Conama (Conselho Nacional do

Meio Ambiente) foi alterada pelo presidente Jair

Bolsonaro (PSL) e pelo ministro do Meio

Ambiente Ricardo Salles. O conselho, antes

composto por 96 integrantes —entre entidades

públicas e ONGs—, passa a ter 22 integrantes, e

o governo federal passa a ter mais força.

Isso porque o decreto, publicado nesta quarta

(29), aumenta a presença do poder federal no

conselho de 29% dos integrantes para 41%. Ao

mesmo tempo, a representação da sociedade

civil caiu de 22 assentos para 4. As entidades

civis serão escolhidas a partir de sorteios (antes

havia uma eleição para a escolha dos

representantes) e terão mandato de um ano —

hoje são dois.

O ICMBio (Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade) e ANA (Agência

Nacional de Águas) deixaram de integrar o

Conama.

O Proam (Instituto Brasileiro de Proteção

Ambiental) afirmou que enviará para Raquel

Dodge, Procuradora-Geral da República, uma

representação assinada por mais de 30 entidades

contra o decreto.

“Essa medida é para destruir a representação da

sociedade civil. Essa parece ser a intenção do

governo”, diz Carlos Bocuhy, presidente do

Proam, segundo o qual os mandatos curtos

podem impactar nas ações do conselho, que

também perde representação regional com a

diminuição dos assentos.

Também foram retirados do conselho

representações indígena, científica (que era

indicada pela SBPC, a Sociedade Brasileira para o

Progresso da Ciência) e sanitária.

Paulo Martini, que representava a SBPC no

conselho, afirma que Salles não teria legitimidade

dentro do órgão frente às diversas vozes que o

compunham. “Ou você transforma o Conama em

um boneco, que não tenha significado nenhum,

ou você joga o jogo democrático onde essas

forças vivas [entidades governamentais,

empresas e ONGs] afloram. Pela maneira como o

ministro está levando, ele está indo pelo pior

caminho”, diz.

O Conama foi implantado em 1984 e tinha voz

importante na elaboração e implementação da

política ambiental brasileira, ajudando a definir

normas para licenciamento ambiental e controle

de poluição, por exemplo. Seu principal

articulador foi Paulo Nogueira Neto, criador da

política ambiental brasileira que morreu em

fevereiro deste ano.

Com as mudanças recentes, especialistas temem

pelo futuro do conselho. “A impressão é que

querem calar mesmo ou fazer um negócio chapa

branca”, diz Martini, que descarta possíveis

efeitos positivos na diminuição do número de

representantes. “Não vai ter mais a discussão, a

dialética. Estão transformando em uma máquina

decisória do governo.”

“A importância histórica do Conama na

construção de políticas públicas ambientais é

incomparável, é única”, diz Fabiola Zerbini,

coordenadora regional TFA (Tropical Forest

Alliance) para América Latina. “Grande parte do

reconhecimento internacional do Brasil quanto à

sua legislação ambiental de qualidade tem a ver

com o Conama.”

Segundo Zerbini, o conselho, devido a

participação e escuta de entidades de diversos

setores, é importante para formulação de normas

efetivas, de “lei que vai pegar”.

A advogada do TFA e o representante da SBPC

alertam para o papel do conselho de imbuir

ciência e tecnicidade em decisões políticas, o que

poderia também estar em risco com as mudanças

do decreto de Salles e de Bolsonaro.

“Tememos porque o resultado pode ser um

enfraquecimento da efetividade e da qualidade

do arcabouço jurídico ambiental e da sua

implementação”, diz Zerbini.

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Grupo de Comunicação

Nesta quarta, o PSOL entrou com um projeto de

decreto legislativo para sustar os efeitos da

decisão de Salles de reduzir o Conama. "Esse

decreto se insere num contexto de desmonte, por

parte do

governo Bolsonaro, das estruturas de fiscalização

que atuam em defesa do meio

ambiente", diz a projeto.

Possíveis mudanças na estrutura do Conama já

eram ventiladas há meses dentro da gestão

Salles. A relação do Conama com o governo

Bolsonaro começou de forma problemática desde

o primeiro encontro neste ano do órgão. Na

ocasião, o ministro Salles ignorou o regimento

interno do conselho e só permitiu que

participassem do encontro conselheiros titulares.

Os suplentes só podiam participar caso os

titulares estivessem ausentes. Um suplente

tentou entrar e foi agredido por seguranças.

Salles também marcou os assentos da reunião

com nomes, o que foi criticado por entidades e

apontado como uma tentativa de evitar

aproximação entre determinados participantes. O

ministro também ignorou pedidos de intervenção.

O principal articulador do Conama foi Paulo

Nogueira Neto, criador da política ambiental

brasileira que morreu em fevereiro deste ano e

cuja trajetória já foi elogiada por Salles.

Na cerimônia de inauguração do órgão, o

ministro do Interior, Mário Andreazza (1979-

1984), não conseguiu disfarçar sua surpresa

quando Nogueira Neto, ao discursar, afirmou

durante seu pronunciamento que o novo

conselho era o único em que o governo não tinha

maioria.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

5/salles-corta-77-de-conselho-ambiental-retira-

icmbio-e-fara-sorteio-de-vagas.shtml

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50

Grupo de Comunicação

ESTADÃO

Coluna do Broadcast

Neoenergia atualiza cifras do IPO na

próxima semana

A Neoenergia atualizará seu prospecto para

lançar sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla

em inglês) na próxima semana, provavelmente

no dia 6 de junho, momento em que dará início

às apresentações aos investidores, os chamados

roadshows. A precificação da ação nessa oferta

está programada para o fim do próximo mês. O

valor de mercado da companhia a ser testado

será de R$ 18,4 bilhões, conforme a faixa

indicativa de preço que será atualizada no

documento. A operação marcará a saída do

Banco do Brasil do capital da empresa. Neste

ano, a bolsa brasileira foi palco de apenas um

IPO, o da varejista Centauro, que agora,

capitalizada, briga com a Magazine Luiza pelo

controle da Netshoes. Procurada, a Neoenergia

não comentou.

João Nogueira Batista assume o comando da

Evoltz Transmission, do TGP

Conselheiro da Odebrecht e da Braskem, João

Nogueira Batista assumiu a presidência da Evoltz

Transmission. Antiga Seville, a empresa reúne os

ativos operacionais de transmissão de energia da

espanhola Abengoa no Brasil que foram

adquiridos pelo fundo norte-americano Texas

Pacific Group. O executivo chegou na empresa há

quase dois anos, ocupando uma cadeira no

Conselho de Administração. Seu desafio é

preparar a companhia para o atual momento do

setor de transmissão, que passa por uma

consolidação. A ideia, ao menos até aqui, é que a

Evoltz seja compradora.

BNDES e ANP vão a Oslo para promover o

pré-sal

O presidente do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES),

Joaquim Levy, e o diretor-geral da Agência

Nacional do Petróleo, Gás Natural e

Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, estarão na

linha de frente da comissão brasileira que vai a

Oslo, na Noruega, na semana que vem, para

divulgar as oportunidades do pré-sal. Eles

participam da Nor-Shipping 2019, maior evento

global da indústria naval. Neste ano, o Brasil

chegará com 70 pessoas, a maior delegação já

levada ao país nórdico.

Só meu. Por conta da retomada dos

investimentos em petróleo e gás, o País

merecerá um painel próprio. “Os investidores

enxergam o Brasil neste momento como país de

grande potencial de expansão no mercado de

transporte marítimo e offshore, além do

desenvolvimento da indústria e gás”, diz Camila

Mendes Vianna, sócia do escritório Kincaid

Mendes Vianna, que participa de projetos

marítimos no Brasil.

Atvos acelera pedido de recuperação e

processo pode alcançar grupo em semanas

Mesmo com a falta de força da economia, três

shoppings serão abertos no Brasil dentro de uma

semana. A primeira inauguração ocorrerá hoje,

30, em São Paulo. O Parque da Cidade,

empreendimento na Marginal Pinheiros com 20

mil m² de área para lojistas, tem o equivalente a

cerca de 100 lojas, sendo que 85% já estão

ocupadas. O projeto do shopping foi desenvolvido

pela OR (antiga Odebrecht Realizações), mas

durante a crise acabou vendido para a Previ,

fundo de pensão dos funcionários do Banco do

Brasil.

Lá vem. A sequência de inaugurações no País

terá pela frente o shopping Só Marcas, em

Guarulhos, na Grande São Paulo, em 1º de junho

(área disponível para lojistas não divulgada); e o

Jockey Plaza, em Curitiba (de 60 mil m²), no dia

5 de junho. Com isso, o setor contabilizará um

total de cinco unidades abertas neste ano.

A fila anda. A Associação Brasileira de Shopping

Centers (Abrasce) previa um total de 15

inaugurações em 2019, mas elevou o

cronograma para 17, já que o bom desempenho

do varejo tem contribuído para o

desenvolvimento de outros projetos cuja

abertura seria só em 2020. No primeiro

trimestre, o setor registrou alta de 8,5% nas

vendas, patamar que surpreendeu positivamente

a associação, que projeta alta de 7,0% nas

vendas no acumulado do ano. (Circe Bonatelli)

https://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-

do-broad/

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Grupo de Comunicação

Projeto de lei deve ser votado para

substituir MP do saneamento

- Economia - Estadão

Mariana Haubert, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo

Maia (DEM-RJ), vai insistir na tentativa de

construir um acordo entre líderes partidários e

deputados para que a Casa possa votar na

próxima semana um projeto de lei com novas

regras para o setor de saneamento básico no

País. “Vamos tentar construir um entendimento

para a próxima semana para votar esse projeto

que é urgente, muito importante”, disse.

Saneamento básico

A MP abre o setor para investimentos privados. Foto: Marcio

Fernandes/Estadão

De acordo com Maia, o deputado Fernando

Monteiro (PP-PE), apresentou seu parecer com

base no relatório apresentado pelo senador Tasso

Jereissati (PSDB-CE) na comissão especial que

analisou a Medida Provisória 868, sobre o mesmo

tema. Como não há mais tempo para votar essa

proposta, que perde validade no dia 3 de junho,

a solução deve vir por meio desse projeto de lei.

“Vamos tentar construir uma solução que gere

capacidade de investimento, financiamento e

competição para o setor. Hoje estamos em um

sistema que veio da ditadura e que já provou que

não deu certo”, disse.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel,

disse ser favorável a mudanças na legislação de

saneamento básico. Witzel esteve no Congresso

na quarta-feira, 29, e conversou com Maia sobre

o tema, reforma da Previdência e outras

propostas em tramitação na Câmara.

Witzel destacou que a Companhia Estadual de

Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) já

tem autorização legal para ser privatizada. “A

privatização da empresa é uma exigência para a

manutenção do regime de recuperação fiscal que

vivemos, sob pena de termos que pagar R$ 20

bilhões de imediato caso haja rompimento do

acordo. A privatização da Cedae é algo que terá

que ser levado adiante”, disse.

Para ele, o novo modelo, que estava previsto na

MP e deve ser retomado no projeto de lei, poderá

atrair investimentos. “O Brasil precisa de obras.

Com essa privatização, os investimentos em

saneamento serão gigantescos, especialmente

em municípios mais pobres. O Rio tem problemas

graves de saneamento, como tem o Brasil afora”,

disse.

O secretário de Fazenda e Planejamento de São

Paulo, Henrique Meirelles, disse que o texto do

projeto de lei atenderia as preocupações do

governo paulista. Para Meirelles, é importante

manter a liberdade dos Estados, tanto na decisão

de privatizar ou não as empresas, quanto na

garantia de que a empresa possam contratar o

serviço junto aos municípios diretamente.

Originalmente, a MP previa retirar das estatais o

direito de renovar contratos com prefeituras com

dispensa de licitação. O ponto tinha forte

resistência de governadores e foi retirado no

substitutivo de Jereissati. /

Colaborou Niviane Magalhães

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

projeto-de-lei-deve-ser-votado-para-substituir-

mp-do-saneamento,70002849066

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Data: 30/05/2019

52

Grupo de Comunicação

Senadores fecham acordo para não votar MP

que muda Código Florestal

- Sustentabilidade - Estadão

A Câmara aprovou nesta quarta-feira, 29, Medida

Provisória que altera o Código Florestal e reduz a

obrigação de proprietários rurais recuperarem

áreas ambientais desmatadas. Os senadores,

porém, fecharam acordo para não votar a MP,

que perde a validade se não for aprovada até a

próxima segunda-feira, dia 3. Essa medida

provisória havia sido apresentada no fim de

2018, ainda na gestão de Michel Temer.

A MP prorroga até o dia 31 de dezembro de 2020

o prazo de adesão ao Programa de Regularização

Ambiental (PRA). Esse programa regulamenta a

adequação de áreas de proteção permanente

(APP) e de reserva legal de propriedades rurais à

legislação em vigor.

Originalmente, a MP previa apenas prorrogar,

para 31 de dezembro de 2019, o prazo para que

produtores se adequassem ao PRA, previsto no

Código Florestal, de 2012.

Desmatamento

Deputados aprovaram "jabuti" em MP que reduz

a necessidade de recompor áreas de reserva

legal em propriedades rurais Foto: Vinicius

Mendonça/Ibama

Mas, na Câmara, foi incluído um “jabuti” (item

adicionado ao projeto de lei sem ter ligação com

o tema principal da matéria). A emenda ao texto

liberaria proprietários rurais de recuperar parte

das áreas ambientais desmatadas ou

degradadas, possibilitando a eles acesso a

créditos públicos rurais. Com isso, seria dada

anistia do desmatamento de área equivalente a

duas vezes o Estado do Sergipe - cerca de 5

milhões de hectares.

A mudança feita na Câmara alteraria datas de

referência para a proteção de alguns biomas,

como Cerrado e Pantanal. O trecho inserido

permitia a produtores rurais que desmataram em

suas propriedades recalcular o total a ser

recuperado com base em porcentuais diferentes

dos estabelecidos pelo Código Florestal e apenas

sobre o que havia de vegetação nativa na época.

A oposição se queixou de que a mudança

alteraria o Código Florestal em uma MP que

tratava de outro assunto e considerou as

alterações uma anistia a desmatadores. Para

ambientalistas, a mudança poderia dificultar até

o cumprimento de metas do Brasil no Acordo de

Paris, tratado de 195 países contra o

aquecimento global.

Já os favoráveis à mudança disseram que ela dá

“segurança jurídica” aos produtores e pacifica

conflitos remanescentes.

Senado

O texto segue para o Senado, que promete

ignorar a MP. “Independentemente da votação da

Câmara se encerrar hoje (quarta), esta

Presidência cumprirá o acordo feito com vários

líderes partidários e não faremos a votação da

medida provisória”, anunciou no plenário o

presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O anúncio foi aplaudido pelos colegas.

A atitude de “enterrar” a MP ocorre após

senadores reclamarem do tempo curto em que

receberam medidas provisórias da Câmara.

A MP entrou em vigor em 26 de dezembro de

2018, mas precisaria passar pelo Congresso até

3 de junho para não “caducar” e perder a

validade.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,senadores-fecham-acordo-para-nao-votar-

mp-que-muda-codigo-florestal,70002848895

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53

Grupo de Comunicação

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Engie já movimentou US$ 3 bi para pagar

Petrobrás pela TAG

- Economia - Estadão

Reuters

Controlada pela francesa Engie, a Engie Brasil

Energia informou ao Supremo Tribunal Federal

(STF) já ter realizado operações financeiras

internacionais da ordem de US$ 3 bilhões para

pagar a Petrobrás pela compra do controle

acionário da Transportadora Associada de Gás

(TAG). A aquisição foi suspensa esta semana por

decisão liminar do ministro da corte, Edson

Fachin.

Na manifestação, a empresa argumenta que a

decisão do Supremo “cria uma situação de

extrema insegurança jurídica”, porque já havia

sido iniciada uma operação para confirmar o

negócio envolvendo volumes vultosos e

“significativamente” custosos.

O acordo com a Petrobrás foi fechado no mês

passado. O grupo Engie e o fundo de pensão

canadense CDPQ concordaram em pagar US$ 8,6

bilhões por 90% da TAG.

A Engie Brasil tenta reverter a liminar de Fachin,

que poderá ser confirmada ou derrubada em

julgamento do plenário do Supremo marcado

para hoje.

Em sua defesa, a Engie alega que participou de

uma concorrência pública com base na legislação

vigente e a operação já detinha autorização

expressa, a partir da Lei do Petróleo, para

ocorrer. Questiona ainda a exigência de ter de

participar de uma licitação pública, aventada em

decisão de Fachin.

Caso seja mantido o negócio, o grupo Engie terá

58,5% da TAG, sendo 29,25% da Engie Brasil

Energia, enquanto os canadenses do CDPQ terão

31,5%. A Petrobrás manterá 10% no capital da

empresa, que opera 4,5 mil quilômetros em

gasodutos.

“Na hipótese de paralisação do plano de

desinvestimentos, a Petrobrás certamente

assistirá à geometrização de seu endividamento,

colocando em risco sua subsistência empresarial

e, por tabela, a independência energética do

país”, escreveu a empresa na petição.

“Trata-se de uma aquisição de US$ 8,6 bilhões,

amplamente noticiada nos principais veículos de

comunicação do Brasil e que gerou uma grande e

positiva expectativa nos investidores e em todo o

mercado financeiro, seja em relação à

recuperação das finanças da Petrobrás, seja na

perspectiva de abertura da economia brasileira a

grandes investidores internacionais, como é o

caso da peticionária Engie.”

Uma eventual decisão do STF pela suspensão de

vendas de ativos seria uma ducha fria não só

para a estatal, mas também para planos do

governo brasileiro de abrir os mercados de gás

natural e refino, disse uma fonte com

conhecimento do assunto.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,e

ngie-ja-movimentou-us-3-bi-para-pagar-

petrobras-pela-tag,70002849151

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Grupo de Comunicação

STF deve ter placar apertado em decisão

sobre privatizações

- Economia - Estadão

Rafael Moraes Moura, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - A perspectiva dentro do Supremo

Tribunal Federal (STF) é de um placar apertado

no julgamento marcado para esta quinta-feira,

30, sobre a necessidade de aval do Poder

Legislativo para realização de privatizações.

Segundo o Broadcast Político apurou, a tendência

da Corte é de fazer “ajustes” na decisão do

ministro Ricardo Lewandowski, que em junho do

ano passado determinou que a venda de ações

de empresas públicas, sociedades de economia

mista ou de suas subsidiárias ou controladas

exige prévia autorização legislativa, sempre que

se trate de alienar o controle acionário.

STF

Plenário do Supremo deve discutir nesta quinta-

feira, 30, venda de subsidiária da Petrobrás.

Foto: Rosinei Coutinho/STF - 23

Integrantes do STF, no entanto, não arriscam

prever um placar para o julgamento, já que o

resultado de discussões sobre “pautas

econômicas” (envolvendo questões fiscais e

tributárias, por exemplo) costuma ser mais

imprevisível. Nesses casos, os ministros tendem

a decidir caso a caso, ao contrário, por exemplo,

de questões levantadas no âmbito da Operação

Lava Jato, em que a posição de cada um sobre as

investigações é considerada mais clara e

definida.

Na sessão desta quinta-feira, os ministros

também deverão discutir decisão do ministro

Edson Fachin que suspendeu a venda de 90% da

Transportadora Associada de Gás (TAG),

subsidiária da Petrobrás, por US$ 8,6 bilhões.

O argumento de Fachin, que acolheu pedido feito

pelos sindicatos dos petroleiros e de

trabalhadores de refinarias, é que a venda dos

ativos precisa passar por um processo de

licitação. A decisão representou um revés no

plano de venda de ativos da Petrobrás, que tenta

melhorar seu caixa.

Maratona de audiências

Na véspera do julgamento desses dois processos,

o ministro da Economia, Paulo Guedes, tem feito

uma maratona de audiências com integrantes da

Corte. Na manhã desta quarta-feira, 29, ele se

reuniu com a ministra Cármen Lúcia. À tarde, no

intervalo da sessão plenária, deve conversar com

Luís Roberto Barroso e às 18h30, com Rosa

Weber. No caso da audiência com Rosa, a pauta

“oficial” é a identidade digital nacional.

A avaliação no Supremo é que o julgamento

sobre privatizações deverá pacificar a questão e

garantir maior segurança jurídica ao ambiente de

negócios no País.

Pacto por reformas

O julgamento sobre privatizações ocorrerá na

mesma semana em que o presidente do STF,

ministro Dias Toffoli, se reuniu com o presidente

Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara,

Rodrigo Maia (DEM-RJ) e do Senado, Davi

Alcolumbre (DEM-AP), para tratar de um "pacto

por reformas".

O plano de Bolsonaro é lançar esse acordo de

cavalheiros no próximo dia 10 de junho, em uma

cerimônia em grande estilo, no Palácio do

Planalto, para mostrar que um freio de

arrumação, patrocinado pelo Executivo, virou a

página da crise entre os poderes.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,s

tf-deve-ter-placar-apertado-em-decisao-sobre-

privatizacoes,70002848516

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Celso Ming: O país das balas de prata

- Economia - Estadão

Um dia espalhou-se a crença, ou apenas jeito de

dizer, de que lobisomens, vampiros,

assombrações e monstros dessa ordem seriam

definitivamente eliminados com um tiro certeiro

de bala de prata.

Logo se viu que não existem tais monstros nem

balas de prata. A expressão ficou para dar a

entender que não existem soluções simples para

problemas complexos. Ou, então, que

determinados problemas têm de ser enfrentados

sem vacilação, sob pena de mergulho imediato

no caos ou no fim do mundo.

Bala de prata

O Brasil tem uma longa história de eleições de

problemas de vida ou de morte e de soluções

radicais Foto: Marcos Müller/Estadão

O Brasil tem uma longa história de eleições de

problemas de vida ou de morte e de soluções

radicais. Talvez o mais antigo tenha acontecido

no século 19, quando o naturalista francês

Auguste de Saint-Hilaire se impressionou com a

devastação provocada pela saúva e proclamou:

“Ou o Brasil acaba com a saúva ou a saúva acaba

com o Brasil”. De lá para cá, apesar do formicida

Tatu e das iscas de exterminação que vieram

depois, nem o Brasil acabou com a saúva nem a

saúva acabou com o Brasil.

Mas teve Ruy Barbosa no início do século 20,

para quem tudo se resolveria se fosse sancionado

um único artigo de lei, revogadas as disposições

em contrário: “Todo o brasileiro está obrigado a

ter vergonha na cara”.

E então vieram os economistas. Logo eles

passaram a dizer que o grande problema do

Brasil era o latifúndio improdutivo e que, por

isso, seria preciso reforma agrária radical já para

acabar com todas as mazelas. Também houve o

tempo em que tudo se resolveria quando o Brasil

tivesse indústria e quando controlasse o petróleo.

Veio a indústria e, quando esta se desenvolveu,

no resto do mundo e também no Brasil, o setor

predominante da economia passou a ser o de

serviços. “O petróleo é nosso” ajudou, mas não

resolveu.

Nos anos 60, os economistas mais identificados

com o progresso ensinavam que a inflação era o

efeito colateral inevitável do processo de

desenvolvimento. Nos anos 70, no regime

militar, o avanço passou a depender da chegada

de capitais e, assim, a estratégia de

desenvolvimento baseou-se no aumento da

dívida externa. Deu no que deu, na baita crise do

endividamento. A cada disparada da inflação, o

governo da hora inventava um plano infalível,

como o congelamento artificial de preços, o corte

de zeros da moeda velha e a criação de uma

nova.

A história econômica do Brasil vem convivendo

com recomendações infalíveis. Por muitos anos,

os empresários brasileiros vinham identificando o

câmbio atrasado ou os juros escorchantes como

a explicação definitiva para todos os males do

setor. Agora, muitos elegeram o trabalho

informal como vilão maior.

De umas semanas para cá, foram inúmeros os

economistas e políticos que saíram a advertir que

nem a reforma da Previdência, nem a ainda

longínqua estabilização fiscal, nem a também

distante modernização do ensino seriam a bala

de prata que garantiria o fim da estagnação em

que está atolada a economia.

O maior erro desses diagnósticos e dos

procedimentos recomendados está na falta de

visão abrangente. O desempenho de um avião

não depende apenas da perícia do piloto, nem só

das turbinas, das asas, da fuselagem ou da

excelência do trem de pouso. Depende de que

tudo funcione como planejado.

Não bastará uma boa reforma da Previdência,

nem apenas a derrubada do custo Brasil, nem

melhorar o sistema de ensino para resgatar a

economia. Todo o avião tem de funcionar. Mas,

no dia a dia, as pessoas querem balas de prata.

Confira

» Abaixo dos R$ 4

Há duas semanas, o “câmbio a 4” virou sinal de

desalento. Mas bastou que lá em Brasília os

chefões da política se mobilizassem para um

“ensaio de pacto” para que o nervosismo

baixasse de patamar. Nesta quarta-feira, as

cotações do dólar no câmbio interno resvalaram

para os R$ 3,97. No entanto, ensaio de pacto não

é nem pacto nem garantia de que os políticos se

mobilizem para aprovar as reformas. Por isso, as

cotações continuam sujeitas às marés. Para o

final do ano, o mercado prevê o dólar a R$ 3,80.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o

-pais-das-balas-de-prata,70002848727

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Maia cede a ambientalistas e cria comissão

para analisar PL do Licenciamento

- Sustentabilidade - Estadão

André Borges, O Estado de S.Paulo

BRASÍLIA - O presidente da Câmara, Rodrigo

Maia, decidiu atender ao pleito das organizações

ambientais e abriu espaço para discussões sobre

o projeto da Lei Geral do Licenciamento

Ambiental, que tramita na Casa. Nesta quarta-

feira, 29, Maia aprovou a criação da Comissão

Especial que vai estudar e apresentar propostas

para a “construção de um equilíbrio entre setores

produtivos e ambientalistas” sobre o projeto de

lei (PL). A comissão será formada por 34

membros.

Na prática, a criação da comissão significa a

realização de dezenas de audiências públicas

para discutir o assunto e chegar a um texto final

que vá à votação do plenário.

Maia cede a ambientalistas e cria comissão para

analisar PL do Licenciamento

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia Foto: Dida

Sampaio/Estadão

A Lei Geral do Licenciamento Ambiental, da

forma como está hoje, altera profundamente o

processo de emissão dessas autorizações no País,

extinguindo a necessidade de licenças para boa

parte das atividades agropecuárias e

empreendimentos de infraestrutura. Apoiado

pelos ministérios do Meio Ambiente, Agricultura e

Infraestrutura, o projeto foi elaborado pela

Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) e setores

da indústria e é relatado pelo deputado Kim

Kataguiri (DEM-SP).

Kim tinha a intenção de submeter o texto

diretamente ao plenário da Câmara, sem passar

por discussões em duas comissões. Os

ambientalistas pressionaram e conseguiram

ganhar mais tempo com a criação dessa

comissão. A partir de agora, as instituições

poderão ser ouvidas durante audiências públicas

que serão realizadas pela comissão especial.

Para o consultor jurídico do Instituto

Socioambiental, Maurício Guetta, “foi uma

decisão acertada” do presidente da Câmara. “O

licenciamento ambiental, principal instrumento

da política nacional do meio ambiente para a

prevenção de danos e desastres, constitui tema

técnico, complexo e relevante para todos os

setores da sociedade. Esperamos que, a partir de

agora, especialistas de todo o País possam ser

ouvidos em amplo debate nacional, para que, ao

final, tenhamos uma lei equilibrada”, declarou.

A criação da comissão também agradou o

coordenador de políticas públicas do Greenpeace,

Marcio Astrini. O licenciamento ambiental é um

dos temas mais importantes para o País, visto os

recentes desastres em Brumadinho e Mariana.

Precisamos de uma lei baseada no conhecimento

de quem estuda o tema e da sociedade, e não

um texto feito pelos interesses de gabinetes de

Brasília. Espero que o relator ouça os

especialistas que realmente entendem do

assunto”, disse.

Kim tem caminhado pelo Congresso com

panfletos na mão, destacando mudanças que

pretende fazer na regulação atual. Ao Estado, ele

disse que seu objetivo é alcançar um “equilíbrio

entre o setor produtivo e os ambientalistas, para

que o licenciamento ambiental deixe de ser uma

mera burocracia, um fator que atrapalha, para

ser parte do planejamento estratégico do

empreendimento e auxilie no desenvolvimento”

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,maia-cede-a-ambientalistas-e-cria-

comissao-para-analisar-pl-do-

licenciamento,70002849240

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Diretor de entidade rural vai chefiar

secretaria nacional de florestas

- Sustentabilidade - Estadão

BRASÍLIA - O ministro do Meio Ambiente, Ricardo

Salles, vai indicar o diretor e tesoureiro da

Sociedade Rural Brasileira Joaquim Pereira Leite

para cuidar das florestas do País. A recém-criada

Secretaria de Florestas e Desenvolvimento

Sustentável da pasta será comandada pelo

produtor rural.

Segundo Salles disse ao Estado, Leite “tem muita

experiência na parte de manejo florestal”, além

de “obtenção de recursos para financiamento de

atividades de agroextrativistas e créditos de

carbono”.

Ricardo Salles

Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente Foto:

Nilton Fukuda/ ESTADÃO

Enxugamento

O governo enxugou a estrutura do Conselho

Nacional do Meio Ambiente (Conama), principal

órgão federal responsável por cuidar das políticas

do setor. A mudança, antecipada pela coluna

Direto da Fonte na terça-feira, 28, cortou mais de

70 postos do conselho.

O conselho, que até agora tinha 96 integrantes,

englobando membros de ministérios,

organizações socioambientais e entidades de

classe, foi reduzido a pouco mais de 20

membros. Os postos mantidos centralizam poder

nas mãos do ministério e demais ministérios as

decisões, como Economia, Infraestrutura e

Agricultura. O Ibama segue no Conama, mas

órgãos como o Instituto Chico Mendes e Agência

Nacional de Águas estão fora, além de

organizações socioambientais e trabalhistas.

Segundo o governo, o objetivo das mudanças é

“modernizar o órgão”. Para Carlos Rittl,

secretário-executivo do Observatório do Clima,

contudo, trata-se de um esvaziamento do

conselho. “A realidade é que a mudança põe nas

mãos do governo um poder enorme. Tirando os

membros do governo federal, representantes de

governos estaduais e da sociedade civil serão

definidos de forma aleatória, por sorteio."

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,diretor-de-entidade-rural-vai-chefiar-

secretaria-nacional-de-florestas,70002849235

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Câmara aprova texto-base de MP que altera

Código Florestal

BRASÍLIA – A Câmara dos Deputados aprovou a

prorrogação, até 31 de dezembro de 2020, do

prazo de adesão ao Programa de Regularização

Ambiental (PRA). Com forte movimentação da

bancada ruralista, os parlamentares incluiram um

“jabuti” na votação da Medida Provisória

867/2018 que possibilitou a anistia do

desmatamento de uma área equivalente a duas

vezes o Estado de Sergipe, cerca de cinco

milhões de hectares quadrados. Foram 243 votos

favoráveis e 19 contrários.

A decisão libera proprietários rurais de recuperar

áreas ambientais desmatadas ou degradadas

permitindo a eles acesso a créditos públicos

rurais. O projeto de lei de conversão, que teve

origem no relatório apresentado pelo deputado

Sérgio Souza (MDB-PR) sobre a MP, ainda será

votado no Plenário do Senado. A vigência da MP

expira em 3 de junho.

O PRA regulamenta a adequação de áreas de

proteção permanente (APP) e de reserva legal de

propriedades rurais à legislação em vigor. A

medida provisória virou a “barca” para a bancada

do boi no Congresso incluir propostas que

alteram as regras do Código Florestal. Das 35

emendas apresentadas, ao menos 30 tratam de

questões não relacionadas diretamente à MP

867/2018 e alteram código.

A oposição alegou que as mudanças feitas

modificaram o Código Florestal, com a introdução

de temas alheios à matéria, o que levou a análise

de destaques que foram derrubados no Plenário.

O projeto de lei de conversão alterou ainda os

marcos temporais de conservação dos biomas

brasileiros, o que gerou críticas da oposição.

O presidente da Frente Parlamentar

Agropecuária, deputado Alceu Moreira (MDB-RS),

defendeu no plenário o projeto de lei de

conversão, e disse que, ao alterar o texto da MP,

“o relator teve a sabedoria de pacificar conflitos

que ainda existem e geram insegurança jurídica”.

O texto aprovado estabelece que a inscrição do

imóvel no Cadastro Ambiental Rural (CAR) é

condição obrigatória para que propriedades e

posses rurais possam aderir aos PRAs, a serem

implantados pela União, estados e Distrito

Federal. Caso os programas não estejam

implementados até dezembro de 2020, a adesão

deverá ser feita junto a órgão federal, na forma

de regulamento.

Reflorestamento

O projeto de lei também dispensa de

recomposição de vegetação nativa de quase 5

milhoes de hectares. Uma das emendas

aprovadas nesta quarta, com 252 votos

favoráveis e 79 contrários, reduz a necessidade

de produtores recomporem vegetação em áreas

de reserva legal de propriedades rurais. O texto

altera o artigo 68 do Código, que obrigava

proprietários a se adequar à área de vegetação

original e às regras de 1965.

Pelo Código Florestal de 2012, o marco temporal

continuava como o previsto na lei ambiental

anterior. A emenda aprovada, no entanto, trouxe

esse marco para 1989, aos produtores do

Cerrado, e para 2000 para agricultores da

Caatinga, Pampa e Pantanal. A emenda foi

destacada do projeto de lei de conversão da

Medida Provisória 867, de 2018, que muda o

Código Florestal de 2012. Houve duas abstenções

e 34 parlamentares estiveram em obstrução.

Deputados contrários à votação consideraram um

"prêmio" e uma "anistia" a quem tem

propriedades com áreas desmatadas. Se o

resultado da votação for confirmado, eles não

serão obrigados a reflorestar a área. Já os

parlamentares favoráveis refutaram a avaliação

de que e emenda anistia produtores, e

consideraram a proposta um "marco temporal"

que dará "segurança jurídica" aos produtores.

A emenda foi anexada ao projeto de lei de

conversão oriundo da MP, que previa

originalmente apenas a prorrogação, para 31 de

dezembro de 2019, do prazo para que produtores

se adequassem ao Programa de Regularização

Ambiental (PRA), previsto no Código. A proposta

será encaminhada ao Senado, que tem até o

próximo dia 3 como o prazo máximo para

aprová-la ou rejeitá-la.

O projeto de lei de conversão define ainda que,

nas formas de vegetação nativa

predominantemente não florestais, tais como os

Campos Gerais, os Campos de Altitude e os

Campos Nativos, bem como nos biomas

Pantanal, Pampa e Caatinga, tradicionalmente

explorados por diversos sistemas pecuários, o

pastejo animal e o manejo estarão permitidos no

conjunto da área dos imóveis, consideradas como

áreas consolidadas.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,camara-aprova-reducao-de-exigencias-

para-reflorestamento-no-campo,70002848679

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

VALOR ECONÔMICO Avião elétrico une a WEG e a Embraer Por Stella Fontes | De São Paulo

Dois grandes nomes brasileiros da inovação no

setor industrial, a fabricante de máquinas e

equipamentos WEG e a Embraer, de aeronaves,

deram um primeiro passo conjunto rumo ao

avião elétrico. No início da tarde de ontem, em

São José dos Campos (SP), representantes das

duas companhias assinaram um acordo de

cooperação científica e tecnológica para

desenvolver motores elétricos aeronáuticos. O

primeiro voo de teste de um monomotor movido

100% a eletricidade, de curta duração, pode

acontecer em 2020, ou já no fim deste ano, a

depender do ritmo de evolução dos trabalhos.

"Ainda estamos na fase de pesquisas. Projetando

para o futuro, o novo produto ainda depende de

vários outros projetos. Mas, para voos curtos, a

realidade talvez não esteja tão longe", disse ao

Valor o vice-presidente executivo de Engenharia

e Tecnologia da Embraer, Daniel Moczydlower.

Entre os grandes desafios da indústria

aeronáutica global está justamente a

sustentabilidade, e o uso de biocombustíveis e o

desenvolvimento de uma nova geração

tecnológica de sistemas de propulsão atendem a

essa demanda.

Há experimentos ao redor do mundo para

eletrificação também das aeronaves, a exemplo

do que já ocorre na indústria automotiva, mas

ainda não existe solução comercial disponível. O

peso da bateria, parcialmente compensado pela

maior eficiência dos motores elétricos, é um dos

obstáculos que precisam ser contornados.

Foi a Embraer que procurou a WEG, no fim de

2017, para mostrar um projeto de pesquisa em

aviação. A empresa catarinense tem anos de

tradição em propulsão elétrica e já desenvolveu

motores para trens, navios, ônibus e caminhões.

Com a Volks Caminhões e Ônibus (VWCO),

estabeleceu uma parceria para desenvolver o

primeiro híbrido Volksbus e-Flex projetado no

Brasil. As conversas com a Embraer começaram

no início do ano seguinte e culminaram na

assinatura de ontem. "É uma parceria quase que

natural se olharmos o DNA das duas empresas,

que dominam o ciclo de desenvolvimento de

produtos inovadores", afirmou Moczydlower.

Segundo o diretor superintendente da WEG

Automação, Manfred Peter Johann, o acordo de

cooperação pode, potencialmente, abrir um novo

mercado para a companhia no futuro. Antes

disso, porém, trará um "ganho tecnológico muito

grande", elevando a empresa a um novo patamar

em termos de motores elétricos. "Nossa

tecnologia de 'powertrain' nos habilitou ao

projeto", afirmou.

Por enquanto, a parceria não tem viés comercial

e está focada em pesquisas e desenvolvimento

pré-competitivo. A proposta é unir a experiência

da WEG em motores elétricos e da Embraer em

aeronáutica, acelerando o ganho de

conhecimento. Em nota, porém, as companhias

reconhecem que o avanço nas pesquisas pode

gerar oportunidades de novas configurações

aeronáuticas no futuro, além do desenvolvimento

de novos segmentos de mercado.

As pesquisas já estão sendo conduzidas por

equipes de cada companhia, em Jaraguá do Sul

(SC) e São José, e cada uma arcará com os

custos relacionados ao desenvolvimento de

protótipos. O maior investimento neste

momento, explicou Johann, diz respeito às horas

de engenharia, montagem do protótipo e

ensaios. Na etapa final do acordo, após os testes

em laboratório, as equipes trabalharão juntas em

um mesmo ambiente, para montar o avião

elétrico.

A plataforma escolhida foi a do monomotor EMB-

203 Ipanema, usado para pulverizar defensivos

agrícolas e cujas missões típicas duram cerca de

uma hora. Para dar lugar à bateria elétrica, parte

da carga do monomotor será retirada. "Esse é o

primeiro passo para voar uma plataforma 100%

elétrica. Depois vai se introduzindo mais

complexidade", disse o executivo da Embraer.

A Embraer trabalha na separação do ativos de

aviação comercial, como parte de um acordo

bilionário com a Boeing, que serão transferidos

para a Boeing Brasil - Comercial, na qual terá

participação de 20%. Vão ter também uma joint

venture na área de Defesa, que será controlada

pela brasileira.

https://www.valor.com.br/empresas/6282265/av

iao-eletrico-une-weg-e-embraer

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Data: 30/05/2019

61

Grupo de Comunicação

Grupo Odebrecht pede recuperação para

Atvos

Por Graziella Valenti e Talita Moreira | De São

Paulo

A companhia de açúcar e álcool Atvos, controlada

pela Odebrecht, entrou com pedido de

recuperação judicial ontem na 1ª Vara de

Falências de São Paulo. A empresa tem dívidas

de R$ 15 bilhões, sendo R$ 3 bilhões com

empresas do próprio grupo. O pedido foi

deferido. A iniciativa coloca pressão sobre o

grupo e aumenta o risco de que medida

semelhante tenha que ser adotada para a holding

do conglomerado, a ODB.

Parte das dívidas da Atvos tem avais concedidos

pela ODB. Caso os credores decidam executá-los,

a holding não terá outro caminho a não ser

recorrer à Justiça para pedir proteção. A holding

tem dívida bruta de R$ 80 bilhões, excluídos os

compromissos da petroquímica Braskem. Com os

bancos nacionais, os débitos somam R$ 40

bilhões.

Assessores da ODB continuam em busca de

negociação para as controladas por meio de

acordos privados.

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Austrália aposta em bateria de água para

transição energética

Por Jamie Smyth | Financial Times, de Nova

Gales do Sul

Foram necessários 100 mil trabalhadores da

construção civil e 25 anos para perfurar as

Montanhas Nevadas e construir o maior projeto

hidrelétrico da Austrália. A rede liga 9 usinas

elétricas e 16 barragens por meio de 145

quilômetros de túneis e dutos, fornecendo a

energia e a água para irrigação que ajudaram a

transformar a economia da Austrália desde que

entrou em operação, em 1974.

Agora, quase 50 anos depois, o novo governo

eleito da Austrália coloca a estatal Snowy Hydro,

operadora dessa rede, na vanguarda de outra

transição energética. Pretende expandir as

instalações e transformá-las em uma espécie de

"bateria de água", que vai ajudar a manter as

luzes ligadas enquanto o país faz a transição de

uma rede de eletricidade baseada nos

combustíveis fósseis a uma alimentada por

fontes de energia renováveis.

"Estamos apostando toda a empresa nisso", diz o

executivo-chefe da Snowy Hydro, Paul Broad,

que persuadiu o governo federal em Camberra a

apoiar a expansão, estimada em mais de 5

bilhões de dólares australianos (US$ 3,5 bilhões),

desconcertando os críticos do plano, já que o

projeto havia sido descartado há apenas dez

anos por ser considerado demasiado caro e

arriscado. "Não se pode ter [fontes] renováveis

sem armazenamento confiável, e a melhor forma

de armazenamento é a água."

O armazenamento de água por bombeamento,

que é feito por meio de usinas hidrelétricas

reversíveis, é uma tecnologia secular,

responsável por cerca de 95% dos estoques de

energia no mundo relacionados a sistemas de

redes de eletricidade. Vale-se da energia barata

ou excedente disponível em períodos fora do pico

para bombear água a reservatórios elevados, de

onde ela pode ser liberada para gerar eletricidade

quando a demanda e os preços são maiores.

Projeta-se um enorme aumento na necessidade

de armazenar energia diante do maior uso das

fontes renováveis - e, embora haja muita

badalação em torno das baterias de lítio,

acredita-se que as usinas hidrelétricas reversíveis

continuarão sendo a espinha dorsal da revolução

das fontes renováveis.

Os defensores argumentam que a tecnologia

representa uma solução do século 20 para um

problema do século 21: uma maneira de

preencher as lacunas de fontes intermitentes,

como o vento e o sol, e fornecer eletricidade a

qualquer momento. Os que apoiam o projeto de

expansão, que foi chamado Snowy 2.0 e tem

conclusão prevista para 2025, acham que o

empreendimento vai se tornar uma vitrine para a

tecnologia e encorajar outros países a iniciar a

transição para uma rede elétrica com 100% de

energia renovável.

Snowy 2.0 é a peça central da política energética

da Austrália, mas partidos de oposição, empresas

e grupos ambientais dizem que o plano é

incoerente. A coalizão de governo conservadora,

liderada pelo premiê Scott Morrison, é forte

defensora do carvão, que ainda gera 60% da

eletricidade do país e foi seu maior produto de

exportação em 2018, gerando divisas de 69

bilhões de dólares australianos.

A matriz energética do país, porém, está

mudando, graças a investimentos de 31 bilhões

de dólares australianos em fontes renováveis,

impulsionados pela queda nos preços e pelo

restabelecimento da meta de energia limpa

fixada pelo governo anterior, trabalhista.

Pouco mais de 20% da eletricidade da Austrália é

gerada hoje por fontes renováveis. Nos últimos

dois anos, o país instalou uma capacidade de

geração eólica e solar cinco vezes maior que

EUA, China ou União Europeia em termos per

capita. Essa mudança do carvão, uma fonte

confiável e facilmente transportável, para as

energias solar e eólica, que são intermitentes,

somada à deficiência nas redes de transmissão e

no armazenamento de energia, tornou o sistema

elétrico australiano vulnerável.

Um apagão em todo o Estado da Austrália

Meridional, em 2017, e interrupções no Estado de

Victoria em janeiro mostraram como o sistema

elétrico do país ficou exposto aos picos de

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Data: 30/05/2019

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demanda, em meio a questionamentos sobre a

confiabilidade de usinas solares e eólicas sob más

condições de tempo.

Alguns parlamentares da coalizão de governo

pressionavam pela construção de uma nova usina

a carvão para estabilizar o sistema, mas há

pouco apoio para um projeto tão controverso,

dada a necessidade de reduzir as emissões.

Diante do dilema político, a coalizão recorreu à

Snowy Hydro para criar uma capacidade de

armazenamento de água suficiente para

melhorar a resistência da rede nos momentos em

que o sol não brilha e o vento não sopra.

"A Austrália é um dos primeiros países a

caminhar para um sistema de energia renovável

baseado no sol e no vento, portanto, de certa

forma somos os desbravadores mundiais para a

transição rumo a um futuro solar e eólico",

afirma Andrew Blakers, professor de engenharia

na Australian National University. "A Snowy

Hydro é importante porque, se não criarmos mais

armazenamento de energia, então o sistema de

eletricidade vai ter sérios problemas em meados

da década de 2020."

O chão começa a tremer e um alto barulho

obriga as pessoas a colocar tampões nos ouvidos

quando Guy Boardman liga um dos seis

geradores da usina Tumut 3, da Snowy Hydro.

Sob o piso, milhares de metros cúbicos de água

jorram pelos dutos que vão até um reservatório

no topo de uma montanha próxima, fazendo as

turbinas girarem e gerar eletricidade. A energia

pode ser enviada para a rede em questão de

segundos.

Desde que o projeto de expansão Snowy 2.0 foi

anunciado pelo governo, funcionários da estação

estão atarefados com demonstrações a políticos e

jornalistas, entre outros, de como a usina

hidrelétrica reversível já existente ajuda a

iluminar a capital Camberra, que fica a cerca de

duas horas de carro. O plano agora é construir

uma capacidade adicional de geração de 2 mil

megawatts e quadruplicar a capacidade de

armazenamento - que seria suficiente para

alimentar 500 mil residências continuamente por

cerca de uma semana. Essa expansão, que

envolve a construção de uma usina subterrânea e

27 quilômetros de túneis, vai tornar o projeto

uma das maiores instalações de armazenagem

por bombeamento do mundo.

"A atratividade da hidrelétrica é que é uma fonte

de energia renovável disponível sob demanda.

Então, quando o mercado precisa de eletricidade,

simplesmente usamos a água que temos em

nosso reservatório de cima para impulsionar as

turbinas nesta usina, fornecendo eletricidade ao

mercado", diz Boardman, gerente da área na

Snowy Hydro. "Quando temos todas as seis

unidades bombeando [água para cima], há água

suficiente para encher uma piscina olímpica a

cada dois segundos."

Esses números grandiosos não são suficientes

para impressionar alguns críticos, que

consideram o megaprojeto estatal arriscado e

também alertam para o risco de a expansão tirar

espaço de projetos de bombeamento que teriam

mais eficiência em termos de custo. Outros

dizem que tecnologias concorrentes, como as

fazendas de baterias de íon de lítio e o

armazenamento de energia térmica solar, além

de aumentos nos investimentos em redes de

transmissão, poderiam representar uma solução

com custos melhores.

"O Snowy 2.0 deverá dominar o mercado de

armazenamento, o que o coloca em incrível

posição de força para uma empresa estatal", diz

Tony Wood, especialista em energia na Grattan

Institution, um centro de estudos independente,

em Melbourne.

"Também é um grande risco para os

contribuintes", acrescenta, citando as

dificuldades técnicas para escavar túneis e a

possibilidade de que governos futuros não sejam

tão defensores das fontes renováveis - o que iria

limitar a demanda futura por armazenamento.

Nos anos 60 e 70, o armazenamento por

bombeamento era normalmente usado por

concessionárias estatais juntamente com usinas

nucleares e a carvão, capazes de fornecer

eletricidade a baixo custo, fora dos horários do

pico, para bombear a água para cima nas

montanhas durante à noite. Essa água é depois

usada em períodos de alta demanda. Com mais

empresas enviando energia solar e eólica para

rede nacional, a tecnologia das hidrelétricas

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Data: 30/05/2019

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reversíveis está desfrutando de um renascimento

como forma de estabilização dos sistemas de

eletricidade.

A China está investido muito nessa tecnologia.

Construiu uma capacidade de armazenamento de

15 mil MW, cerca de 10% do total mundial, nos

últimos dez anos. A previsão é que construa 50

mil dos 78 mil MW da capacidade de

armazenamento por bombeamento a ser

instalada no mundo nos próximos dez anos,

segundo a Associação Internacional de

Hidroeletricidade (IHA, na sigla em inglês).

Espanha e EUA estão construindo novas usinas

hidrelétricas reversíveis para ampliar sua

capacidade de armazenamento. Os investimentos

nos países ocidentais, contudo, são mais lentos.

Os defensores das hidrelétricas dizem que

levantar dinheiro para projetos é uma tarefa mais

complexa, porque a necessidade de capital

antecipado é alta, os tempos de construção são

longos e há grande dificuldade de prever as

receitas futuras, especialmente em mercados de

energia livre.

A IHA alertou para o fato de que alguns países

não estão dando incentivos apropriados para o

armazenamento por bombeamento e correm o

risco de ficar atrasados em uma solução limpa

para integrar mais energia renovável à rede. "No

momento, há uma corrida para reduzir custos em

termos de preço da eletricidade, na qual a solar e

a eólica tendem a ser as mais baratas", diz

Richard Taylor, executivo-chefe da IHA. "Isso age

como uma barreira para o bombeamento e pode

tornar as redes nacionais instáveis."

No Reino Unido, que passa por uma grande

transição energética, os investimentos em

hidrelétricas reversíveis continuam baixos em

razão da falta de contratos de longo prazo e

porque o marco regulatório não dá um valor

adequado aos serviços de estabilização da rede

decorrentes do armazenamento por

bombeamento. Em abril, o ILI Group, que

planeja um projeto de 500 milhões de libras (US$

651 milhões) no Lago Ness, juntou-se a outras

operadoras hidrelétricas para defender uma

remodelação das regras do mercado de forma

que as ajudem a atrair mais financiamento.

Snowy 2.0 é a peça central da política energética

da Austrália para abandonar a energia suja do

carvão

"Antes da liberalização do mercado no Reino

Unido, você tinha um planejamento mais central

e havia investimentos em armazenamento por

bombeamento, mas desde o fim dos anos 80 não

foram construídas novas instalações", diz Karen

Turner, professora do Centro pela Reforma

Energética, da Strathclyde University, que

defende um maior uso da tecnologia na matriz

energética do país.

A Austrália é palco de uma batalha de dez anos

sobre as políticas energéticas e de combate à

mudança climática, e estima-se que a oposição

às energias renováveis custou o emprego de pelo

menos três premiês. O governo vai bancar 1,36

bilhão dos 5,1 bilhões de dólares australianos do

custo do projeto da Snowy Hydro. A empresa

tem classificação de risco de crédito de "BBB+",

o que deve lhe permitir captar o resto do dinheiro

a taxas de juros inferiores a 5%.

"Não estamos fazendo isso porque somos

fanáticos pelas fontes renováveis", diz Broad, da

Snowy Hydro. "Estamos fazendo porque faz

sentido econômico, a lógica econômica é

convincente [...]. Você precisa ter

armazenamento disponível ou terá muitos

apagões."

"A Snowy é a solução para isso", acrescenta.

O empreendimento é apenas um entre quase

uma dúzia de projetos de bombeamento em

busca de capital. O número de projetos similares

ainda em fase de estudo na Austrália é muito

maior.

A Snowy Hydro informa que seus custos de

armazenamento em termos de megawatt por

hora são até 60 vezes mais baratos do que os da

maior fazenda de baterias de íon de lítio do

mundo, que a Tesla ajudou a construir na

Austrália Meridional depois dos apagões de 2017.

Broad acrescenta que a fazenda no Estado

australiano tem capacidade de armazenamento

de uma hora e costuma ser ligada apenas alguns

minutos de cada vez, enquanto a Snowy 2.0

pode cobrir toda uma semana e ser usada em

apagões mais duradouros.

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Data: 30/05/2019

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"Isso não quer dizer que as baterias não têm seu

lugar. Mas elas têm outros problemas, já que

precisam ser substituídas. Nossos túneis duram

para sempre", afirma Broad.

As baterias de íon de lítio, por outro lado, podem

entrar em operação em questão de

milissegundos e são ideais para evitar blecautes

como o de 2017. Seu custo também vem

diminuindo rapidamente, segundo David Leitch,

consultor na ITK Services Australia, uma firma de

análises do setor.

A AGL Energy, maior empresa privada de energia

da Austrália, planeja construir dois projetos de

bombeamento, em Nova Gales do Sul e na

Austrália Meridional, mas não há prazo para o

início dos trabalhos por receio de que a expansão

proposta da Snowy Hydro possa roubar espaço

dos concorrentes. Brett Redman, executivo-chefe

da AGL, diz que a tecnologia poderia ajudar a

transição para as fontes renováveis, mas alerta

que é fundamental haver um maior grau de

certeza para encorajar mais investimentos e

reduzir os custos.

"Embora eu não esteja convencido da lógica

econômica, o apoio governamental ao Snowy 2.0

pode ajudar a dar a partida em uma maior

transformação, caso seja feita de uma forma

altamente previsível e não seja parte de uma

onda de envolvimento governamental que possa

afugentar o tão necessário capital."

O maior problema para a Snowy Hydro, diz

Leitch, é se vai haver demanda suficiente para a

vasta capacidade de armazenamento que a

expansão vai adicionar à rede.

"A Snowy vai manter as luzes acesas, mas pode

se tornar um elefante branco comercial sem

nunca reaver seu custo de capital", diz. "É mais

cara do que alguns rivais de bombeamento e vai

ter parte de seu bolo comido pelas baterias de

íon de lítio." (Tradução de Sabino Ahumada)

https://www.valor.com.br/internacional/6282349

/australia-aposta-em-bateria-de-agua-para-

transicao-energetica

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Uso maior de renováveis exige

armazenamento de energia

Por Financial Times

Para as luzes continuarem acesas em meio à

transição dos combustíveis fósseis para fontes

renováveis será necessária uma combinação de

tecnologias térmicas solares, baterias de íon de

lítio, hidrelétricas reversíveis e gestão da

demanda (quando os consumidores aceitam não

usar energia em horas de pico), segundo

especialistas.

As baterias de íon de lítio vêm ficando mais

baratas, graças aos avanços na tecnologia.

Podem ser usadas rapidamente - a construção da

grande fazenda de baterias da Tesla em

Jamestown, na Austrália Meridional, levou cem

dias - e fornecem energia e outros serviços de

estabilização da rede em questão de

milissegundos. A firma de consultoria Aurecon

calcula que as baterias na Austrália Meridional

geraram uma economia de 40 milhões de dólares

australianos no mercado atacadista de energia

em seu primeiro ano de operação, ao intensificar

a concorrência.

Mas as baterias precisam ser substituídas, pois

duram de 14 a 18 anos, e são mais adequadas

como soluções de armazenamento de curto

prazo, por segundos, minutos ou poucas horas.

Em contraste, as usinas hidrelétricas reversíveis

oferecem capacidade maior de armazenamento

por períodos muito mais longos, normalmente de

até 70 anos.

"Não se trata de um caso de baterias versus

hidrelétricas reversíveis - são tecnologias

complementares", diz Paul Gleeson, especialista

em energia na Aurecon.

À medida que mais energia renovável for

adicionada à rede, será necessário usar mais a

grande capacidade oferecida pela tecnologia do

armazenamento de água por bombeamento, feita

pelas hidrelétricas reversíveis.

Também é essencial tornar a rede mais

resistente. Um dos problemas da Snowy Hydro é

a falta de uma rede de transmissão de alta

voltagem suficiente para levar a eletricidade às

partes da rede de energia que precisam. Para

que a "bateria de água" da Snowy Hydro seja

eficiente, será necessário um investimento

adicional de 2 bilhões de dólares australianos na

rede, custo que provavelmente será pago pelos

consumidores.

https://www.valor.com.br/internacional/6282351

/uso-maior-de-renovaveis-exige-

armazenamento-de-energia

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Data: 30/05/2019

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TCU manda cortar desconto em tarifa de

energia

Por Rafael Bitencourt | De Brasília

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou

ontem o fim de descontos nas contas de luz para

agricultores e serviços de saneamento a partir de

2020. A Corte entendeu que esses subsídios

extrapolam a política tarifária do setor, que

deveria criar incentivos como o desenvolvimento

de novas fontes de energia e a universalização do

serviço de eletricidade.

"Na prática, essa extrapolação vem fazendo com

que os consumidores de energia elétrica sejam

onerados cada vez mais ao longo do tempo",

disse o ministro do TCU Aroldo Cedraz, relator do

processo. Ele destacou que o custo total dos

subsídios bancados pelo setor é próximo de R$

20 bilhões, o que representa 9,5% da tarifa.

O tribunal indicou que os subsídios suspensos

custam mais de R$ 4 bilhões por ano.

"Lamentavelmente, estamos num país em que

não existe o mínimo respeito por quem paga a

conta", comentou Cedraz no plenário.

A decisão dos ministros pode colocar o governo

em novo embate com os ruralistas. Em abril

deste ano, Bolsonaro publicou decreto para

garantir a volta do acúmulo de descontos ao

agricultor que está em mais de uma modalidade

de subsídio. Foi alterado outro decreto, do fim do

ano passado, que estabeleceu a redução

gradativa dos subsídios aos agricultores, até a

extinção em cinco anos.

Agora, o TCU contraria o interesse de todas as

classes de agricultores beneficiadas pelos

descontos - sejam os que obtêm o benefício nas

atividades de irrigação e aquicultura, instalados

em áreas rurais, sejam os que apenas detêm o

registro de produtor rural.

"Existe uma situação latente de conflito entre

grandes grupos econômicos beneficiados,

sobretudo no setor agropecuário, e os

consumidores de energia, que pagam essa

conta", afirmou o ministro do TCU Walton Alencar

Rodrigues, autor do voto revisor.

O governo pode recorrer contra o fim dos

subsídios, o que garante efeito suspensivo da

decisão de ontem até novo julgamento do mérito

pelo plenário do TCU. A proibição deve ser

cumprida pela Agência Nacional de Energia

Elétrica (Aneel), que aprova os descontos.

Os ministros do TCU analisaram informações da

auditoria no orçamento da Conta de

Desenvolvimento Energético (CDE). Para o

tribunal, uma parte dos subsídios foi considerada

ilegal, e outra, inconstitucional.

Além de suspender os descontos, o tribunal deu

prazo de 120 dias para o governo justificar a

manutenção de subsídios sociais. É o caso da

Tarifa Social, oferecida à população de baixa

renda.

https://www.valor.com.br/brasil/6282305/tcu-

manda-cortar-desconto-em-tarifa-de-energia

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Senado deixará caducar MP 867, que altera

o Código Florestal

Por Renan Truffi, Raphael Di Cunto e Vandson

Lima | De Brasília

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-

AP) anunciou ontem que irá deixar expirar a

Medida Provisória (MP) 867, que estende prazo

para adesão ao Programa de Regularização

Ambiental (PRA). Se mantiver essa decisão, a MP

vai cair e perder seus efeitos. A proposta traz

uma série de alterações no Código Florestal e é

de grande interesse da bancada ruralista, que

ontem ficou seis horas no plenário da Câmara

para aprovar a proposta.

A decisão de Alcolumbre expõe insatisfação do

Senado em ser uma "casa carimbadora". Os

senadores reclamam que a Câmara encaminha as

MPs nos últimos dias da tramitação, impedindo

que senadores possam fazer alterações no texto.

"Independente se a Câmara concluir a votação ou

não a votação, vou cumprir minha palavra com

os senadores e esta MP não será votada pelo

Senado", disse Alcolumbre no plenário.

Para acalmar os ruralistas, o líder do governo no

Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE),

anunciou ontem que o governo Bolsonaro editará

uma nova medida provisória ou projeto de lei

com o mesmo conteúdo da MP. A rejeição a votar

a MP 867 é a primeira reação ostensiva do

presidente do Senado contra o expediente

adotado pela Câmara.

O prazo apertado já havia sido fruto de

reclamação na MP que reorganizou a estrutura do

governo. Senadores queriam votar a favor da

mudança do Conselho de Controle de Atividades

Financeiras (Coaf) para o Ministério da Justiça,

sob o comando do ministro Sergio Moro, mas

foram pressionados pelo governo a fazer o

contrário para evitar que a MP caducasse. O

assunto teve forte apelo nas redes sociais e na

manifestação de domingo.

Na prática, a decisão de Alcolumbre derrubou

toda a articulação da bancada ruralista. Os

parlamentares haviam conseguido aprovar o

texto da MP após forte obstrução de partidos de

oposição. Deputados ligados à causa ambiental

acusam o grupo de mexer no texto para dar

"anistia a desmatadores". Já os parlamentares da

Frente Parlamentar Agropecuária (FPA)

argumentam que a ideia é garantir "segurança

jurídica" ao agronegócio.

A proposta original da MP, editada pelo

Executivo, propunha apenas um artigo, que

estendia para 31 de dezembro deste ano o prazo

final para a adesão ao PRA. A polêmica começou

quando o parecer do deputado Sergio Souza (PP-

PR), que é vice-presidente da bancada ruralista,

incluiu pontos de flexibilização quanto às regras

para a recomposição de vegetação. O relatório do

deputado causou grande reação negativa do

Ministério Público e de oito ex-ministros do Meio

Ambiente. Eles apontaram "ataques ao Código

Florestal".

Um dos pontos que gera controvérsia é um artigo

que prevê novos marcos temporais para cada

tipo de bioma (Cerrado, Amazônia, Pantanal) no

que se refere aos desmatamentos legais. Autor

de um voto em separado na comissão, o

deputado Rodrigo Agostinho (PSB-SP) defendeu

que este artigo visa "instituir o que seria a maior

anistia a crimes ambientais da história da

legislação ambiental brasileira".

Apesar do movimento feito pelo Senado,

Alcolumbre afirmou que manterá a votação das

Medidas Provisórias 871, de combate a fraudes

no INSS, e 872, que amplia prazo de gratificação

paga a servidores cedidos à AGU. Ele garantiu

que as duas serão votadas simbolicamente pelo

Senado hoje, caso a Câmara concluísse as

votações ontem.

Na parte mais polêmica da MP antifraudes, o

governo fechou ontem um acordo com o Centrão,

sindicatos e parte da oposição para que o

cadastro do Ministério da Economia sobre quem

tem direito a aposentadoria rural especial só

entre em vigor a partir de janeiro de 2023, e não

mais a partir de 2020, como previsto

originalmente. Pelo acordo aceito pela

Confederação Nacional dos Trabalhadores na

Agricultura (Contag), os sindicatos continuarão a

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perder o poder de atestar quem é segurado rural

especial, condição que permite se aposentar sem

fazer contribuições à Previdência. Esse era o

grande objetivo do governo para controlar os

gastos previdenciários. O texto-base foi aprovado

perto de 21h30. Os destaques ainda eram

votados no fechamento desta edição.

https://www.valor.com.br/politica/6282273/sena

do-deixara-caducar-mp-867-que-altera-o-codigo-

florestal

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Passa Lei das Agências Reguladoras

Por Vandson Lima | De Brasília

O Senado aprovou ontem o projeto da Lei das

Agências Reguladoras. A Casa rejeitou, contudo,

mudança que havia sido feita na Câmara dos

Deputados e barrou o retorno de indicações

políticas para o comando de empresas estatais e

que também liberava essas indicações para as

agências. O texto final segue agora para sanção

presidencial.

O projeto prevê a exigência de programas de

integridade nas agências reguladoras, destinados

à prevenção de atos de corrupção. "Essa

modalidade de compliance já é realidade em

diversas empresas privadas, de modo que nada

mais adequado do que estendê-lo para a

Administração Pública. Há iniciativas no Poder

Executivo federal para implementação desses

programas em seus órgãos e entidades, mas a

previsão legislativa dará mais estabilidade para o

programa", anotou em seu parecer o senador

Márcio Bittar (MDB-AC).

O texto também procurou dar autonomia

orçamentária para o Conselho Administrativo de

Defesa Econômica (Cade), bem como estender

ao órgão normas da lei como prestação de

contas, controle social, planos estratégico e de

gestão. "O Cade desempenha atividade essencial

para a garantia da concorrência e da livre

iniciativa atuando, de alguma forma, na

regulação do mercado, assim como fazem as

agências reguladoras", apontou o relator.

Fica proibida, pela proposta, a recondução aos

cargos de dirigentes de agências reguladoras, à

exceção daqueles que ainda não tenham sido

reconduzidos e já se encontram no exercício dos

cargos.

A Lei das Agências cria ainda, por fim, regras de

quarentena, impedindo que pessoas que tenham

no último ano mantido participação direta em

empresas que explorem qualquer das atividades

reguladas pela respectiva agência. Ficam

impedidos acionistas ou sócios; administradores,

gerentes ou membros de Conselho Fiscal; e

empregados, ainda que com contrato de trabalho

suspenso.

Também não poderá assumir diretoria de agência

reguladora quem tenha atuado, nos últimos 36

meses, em cargos de decisão em partidos

políticos ou em trabalhos vinculado à organização

e realização de campanha eleitoral.

Mais cedo, o Senado avançou na discussão sobre

o decreto que flexibiliza o porte de armas no

país, editado pelo presidente Jair Bolsonaro. O

senador Marcos do Val (Cidadania-ES)

apresentou, na Comissão de Constituição e

Justiça (CCJ), seu parecer, em que rejeitou

quatro decretos legislativos de senadores para

sustar os efeitos do decreto presidencial.

Na justificativa, Do Val alegou, entre outros

pontos, que "a maioria do povo brasileiro é a

favor da liberdade para se adquirir armas" e que

a nova regulamentação "foi uma das bandeiras

políticas do Presidente da República, eleito com

quase 60 milhões de votos".

Instrutor de segurança pública, o senador

defendeu que "a sociedade vive amedrontada,

pois, mesmo dentro de casa ou no local de

trabalho, todos estão à mercê de assaltantes,

estupradores e assassinos. O decreto, portanto,

empodera o cidadão de bem". A questão será

decidida na CCJ na semana que vem. Além do

parecer de Marco Do Val, será avaliado um voto

em separado do senador Veneziano Vital do Rêgo

(PSB-PB), favorável à sustação do decreto de

Bolsonaro.

https://www.valor.com.br/politica/6282277/pass

a-lei-das-agencias-reguladoras

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Data: 30/05/2019

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Grupo de Comunicação

Novo projeto sobre saneamento contraria

governo

Por Daniel Rittner | De Brasília

Poucas horas após o naufrágio da medida

provisória com mudanças no modelo de

exploração do saneamento básico, que não teve

acordo para ser votada nesta semana, o

deputado Fernando Monteiro (PP-PE) protocolou

anteontem à noite um novo projeto de lei para

servir de base à continuidade das discussões

sobre o assunto. A MP 868 perderá validade na

segunda-feira.

O texto de Monteiro, no entanto, deixa de fora a

principal inovação da MP: o fim dos contratos de

programa (assinados por municípios com

companhias estaduais de água e esgoto) e sua

substituição por contratos de concessão (com

exigência de licitação pública e abertura de

concorrência à iniciativa privada).

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ),

convocou reunião em sua residência oficial para a

manhã de hoje, com lideranças partidárias, para

acertar um cronograma de tramitação.

Sua ideia, a princípio, é aprovar urgência para o

PL 3.189/2019 na terça-feira e levar a proposta

para deliberação final do plenário já na semana

seguinte.

Não houve acordo para a votação da MP, mas

Maia quer manter a urgência nas discussões.

Monteiro vê essa possibilidade como factível.

"Quinze dias é muito tempo na política. Com o

texto zerado, a redação pode ficar bem mais

redonda", afirmou ao Valor.

O autor do projeto aproveitou quase na íntegra o

relatório do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE)

sobre a MP, mas retirou justamente o trecho que

causava controvérsias com os Estados. "Minha

preocupação é preservar quem mais precisa de

saneamento. A MP, como veio [originalmente],

poderia prejudicar o semiárido nordestino.

Empresário não vai para onde não dá dinheiro."

A crítica de muitos governadores e companhias

estaduais era que o setor privado se interessaria

apenas pelos municípios mais rentáveis,

deixando aqueles que dão prejuízo para as

estatais. Para remediar esse risco, Tasso e o

governo introduziram a figura dos "blocos de

municípios". Os Estados poderiam definir pacotes

com localidades superavitária e deficitárias na

mesma licitação.

Com esse artigo retirado, fica mais difícil a

privatização das companhias de saneamento, já

que prefeituras podem celebrar novos contratos

sem licitação com as estatais de seus Estados.

"Vamos deixar isso com o relator", disse

Monteiro, que não tratou do tema no PL. Ele

acrescentou pequenas modificações, como de

uma proposta do senador José Serra (PSDB-SP)

que gera corresponsabilidade de donos de

imóveis pela inadimplência nas tarifas de água e

esgoto quando o inquilino não pagar.

Outro ponto incluído pelo deputado, aliado de

Maia, é a obrigatoriedade de que, para cada real

de recursos públicos (como FGTS) em obras de

saneamento, a concessionária responsável aporte

o mesmo montante em recursos próprios.

O Valor apurou que o texto de Monteiro

desagradou o Palácio do Planalto. A intenção do

governo é dobrar a aposta no relatório de Tasso

ou, no máximo, negociar uma emenda que vinha

sendo costurada com governos estaduais.

Essa emenda prevê a possibilidade de uma única

prorrogação dos atuais contratos de programa,

pelo tempo necessário à universalização dos

serviços e com metas fixadas pela Agência

Nacional de Águas (ANA), mas impondo uma

condição relevante.

A prorrogação só poderia ser feita mediante

subconcessão dos serviços pelas companhias

estaduais de saneamento ou o estabelecimento

de parcerias público-privadas (PPPs). Assim, na

prática, as estatais continuariam existindo, mas

delegando a responsabilidade por novos

investimentos à iniciativa privada.

Os ministérios da Economia e do

Desenvolvimento Regional fizeram essa proposta

à Aesbe, na semana passada, mas ela foi

rejeitada por conta do prazo (três anos) para a

assinatura das subconcessões ou PPPs. Em

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conversas nos últimos dias, o governo ofereceu

prazo de até seis anos.

Com isso, segundo fontes, 12 dos 27

governadores estariam apoiando a MP 868 ou um

projeto que tenha o mesmo teor dela.

https://www.valor.com.br/politica/6282285/novo

-projeto-sobre-saneamento-contraria-governo

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Resistência a mudanças é entrave à tecnologia Por Letícia Arcoverde | De São Paulo

Resistência a mudanças, falta de habilidades

comportamentais, dificuldade para integrar

sistemas e treinamentos insuficientes são as

principais barreiras para equipes se adaptarem a

novas tecnologias, na avaliação de altos

executivos brasileiros. Os dados são de

levantamento da empresa de recrutamento

Robert Half, que consultou mais de seis mil CEOs

e diretores de tecnologia e finanças de 13

mercados, entre eles 500 executivos que atuam

no Brasil.

Embora os brasileiros se mostrem mais otimistas

com os resultados obtidos após a adoção de

novas tecnologias no trabalho, a resistência à

mudança foi citada por mais executivos como um

entrave no país (42%) do que na média global

(32%). "O brasileiro é um entusiasta com a

tecnologia de forma geral", diz Caio Arnaes,

gerente sênior de recrutamento da Robert Half.

Para ele, no entanto, é natural que mudanças no

ambiente de trabalho sejam encaradas como

uma ameaça.

Para 38% dos entrevistados, a falta de

habilidades comportamentais também atrapalha

os processos de mudança. A dificuldade de

integrar sistemas diferentes é uma barreira na

opinião de 34%, mesmo número que cita a falta

de treinamento. Já 27% destacam a pouca

proficiência em tecnologia entre os funcionários.

"Isso preocupa. É preciso ter mais pessoas

treinadas, seja com treinamento fornecido pela

própria empresa ou com o profissional

financiando seu desenvolvimento."

No Brasil, 64% dos executivos dizem que vão

treinar equipes para garantir que a tecnologia

possa ser usada de forma eficiente na empresa,

52% planejam usar consultores e 46% preveem

a contratação de novos profissionais. A maioria

dos executivos no país afirma que o orçamento

de treinamento com foco em novas tecnologias

aumentou na comparação com dois anos atrás.

Os brasileiros esperam, contudo, desafios

maiores tanto para treinar funcionários quanto

para contratar na comparação com todos os

outros países.

Na experiência de Arnaes, as empresas ainda

costumam dar treinamentos pontuais sobre o

funcionamento de novos sistemas, e oferecem

poucas atualizações mais amplas que ajudem na

preparação para a entrada de novas tecnologias

no mercado como um todo. Para o consultor,

profissionais precisam ir atrás dessas

experiências por conta própria. "É preciso

abraçar a mudança e enxergá-la como uma

oportunidade de desenvolvimento", diz.

https://www.valor.com.br/carreira/6282247/resis

tencia-mudancas-e-entrave-tecnologia

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Gerenciar risco não é administrar incertezas

Por Betania Tanure

É exponencial o aumento da complexidade do

mundo dos negócios, não se tem dúvida sobre

isso. Mudanças radicais têm ocorrido e uma delas

relaciona-se à gestão de riscos vis-à-vis à gestão

de incertezas. Essa é uma discussão que tenho

tido com um colega, professor do Insead, Joe

Santos. Os executivos foram treinados ao longo

da sua vida para gerenciar riscos, e não para

administrar incertezas.

Um dos aspectos da gestão de riscos, que tem na

sua base competências racionais, lógicas, quase

matemáticas em alguns casos, é a objetividade

na análise de variáveis bem conhecidas e

distintas: a financeira, a operacional, a

trabalhista, a reputacional, entre outras. E no

mundo atual essas duas últimas exigem uma

competência adicional: a percepção de que as

mudanças sociais devem ser bastante

consideradas.

Hoje não se consegue mais prever o futuro com

base no passado, as variáveis não são mais tão

conhecidas como antes. Saímos do campo

objetivo do negócio e vamos para o campo mais

subjetivo da gestão, inclusive de pessoas e

equipes, da cultura, da capacidade de manter a

estabilidade emocional ao lidar com a

instabilidade natural que as incertezas trazem.

Aqui há um desafio para os executivos, pois o

olhar agudo que desenvolveram ao longo dos

anos para a dinâmica dos negócios não é dirigido

com a mesma intensidade para seus aspectos

soft. Seu olhar, aliás, se distancia desses

aspectos. Nossas pesquisas revelam que, entre

os presidentes das 100 maiores empresas

brasileiras, 96% têm formação que privilegia

aspectos hard e desenvolveram no decorrer de

sua carreira um modelo mental voltado para isso.

Eles gerenciam riscos, tomam decisões

estratégicas, fazem controles rigorosos e

necessários, administram com competência

extraordinária a dinâmica econômico-financeira,

não raramente têm foco na produção.

Alguns têm uma experiência mais robusta na

centralidade do cliente, e são bem poucos

aqueles com a necessária competência em

aspectos ditos soft - a propósito, diga-se de

passagem que nessa mesma lógica se

enquadram os conselhos de administração.

É muito bacana quando, por razões intuitivas ou

não, um presidente decide abraçar um projeto de

gestão, de cultura, de desenvolvimento da

liderança como base para dar um salto

qualitativo na dinâmica do negócio e, portanto,

nos resultados. Somos testemunhas de alguns

presidentes que, com um trabalho como esse, se

tornam ao longo do tempo executivos mais

completos.

Por suas competências hard, sua inteligência, seu

conhecimento, eles têm o respeito dos

colaboradores. Ao desenvolver as competências

soft e integrá-las à citada objetividade, porém,

eles atraíram também a admiração e o apoio,

verdadeiros, desses colaboradores. Esses

presidentes se encantam com o impacto

extraordinário- até então meio desconhecido,

apesar de presente na fala de todos - que

jornadas como as de gestão da cultura têm sobre

o resultado do negócio.

Esse impacto é, na verdade, minimizado por

muitas empresas, e é interessante compreender

os motivos. Eles vão além da formação dos

executivos, que tem seu viés. Como contribuição

para esse entendimento, vou citar apenas um

exemplo, revelado em nossas pesquisas: os

presidentes afirmam que, em uma fusão ou

aquisição, as questões de integração são

resolvidas, em média, em sete meses, enquanto

a estrutura de liderança diz que, nessas

operações, o pico dos problemas culturais ocorre

aos seis meses.

Esse contraste de opiniões ocorre entre

presidentes e lideranças que trabalham nas

mesmas empresas. Vale observar que o período

de cerca de seis meses, ou um pouco menos, ou

um pouco mais, dependendo do tamanho da

aquisição e de suas características, é o tempo

médio para que as cadeiras sejam definidas, os

principais processos estejam em integração (não

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completa), a relação com os clientes seja

coordenada e as sinergias comecem. Esse é o

radar da maioria dos presidentes. E eles já estão

à procura de outro desafio estratégico...

Ainda no cenário das fusões, outro aspecto,

presente inclusive na grande aquisição, merece

ser citado: a verdadeira dinâmica não é tratada

com transparência em boa parte das empresas. É

comum que problemas sejam minimizados.

Chega-se, por exemplo, a levar apenas as boas

notícias para o chefe. Como a maioria quer sair

bem na foto, as informações para o topo são

"filtradas": acredite.

Se você faz parte dos 96%, ou mais, que focam

o lado racional, tem uma bela oportunidade de

desenvolver as competências soft e de praticá-las

de modo integrado, ampliando a sua

competência em gerenciar incertezas: ainda está

em tempo!

Betania Tanure é doutora, professora e

consultora da BTA

https://www.valor.com.br/carreira/6282231/gere

nciar-risco-nao-e-administrar-incertezas

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Direito à água e cultura

Por Thiago Acca

Tratar de certos temas pela ótica jurídica por

vezes pode soar, no mínimo, suspeito ou mesmo

sem sentido. Isso provavelmente ocorre quando

se pretende abordar a água como um direito.

Afinal, se este é um bem essencial para a nossa

própria sobrevivência, não seria evidente a

imprescindibilidade de usufruirmos dele e,

portanto, torná-lo um direito seria como se

criássemos um direito a respirarmos, ou seja,

completamente desnecessário?

Essa primeira impressão facilmente ruirá diante

de um problema que se mostra, de fato,

extremamente complexo em detrimento da sua

aparente singeleza. Afinal, o diabo mora nos

detalhes.

Primeiro ponto a ser elucidado: as regras

jurídicas estabelecem claramente um direito à

água ou é preciso um grande esforço

interpretativo para chegar a tal conclusão? Se,

por um lado, a Constituição não garante

expressamente a água como direito fundamental,

por outro, não se faz necessário o

desenvolvimento de um elevado ônus

argumentativo para defender essa posição.

As regras jurídicas estabelecem claramente

direito à água ou é preciso grande esforço

interpretativo para chegar a tal conclusão?

Isso porque, o próprio texto constitucional incluiu

em seu art. 6º a alimentação como um direito

fundamental. Valendo-se de outras regras, como

o art. 4º, I da Lei 11.346/2006, contata-se que a

água é compreendida como um meio para trazer

segurança alimentar e nutricional.

Além disso, a Resolução 64/292 da ONU,

aprovada em 2010 por 122 votos e nenhum

contra, reconheceu a água como um direito

humano que se mostra inclusive essencial para o

gozo de todos os outros direitos humanos.

Mesmo antes de tal resolução o Comitê dos

Direitos Econômicos, Sociais e Culturais havia

adotado, em 2003, o Comentário Geral nº 15 que

ao interpretar o respectivo Pacto Internacional

entendeu que o direito à água é um pré-requisito

para a realização de outros direitos humanos.

Nesse sentido, não por acaso, a ONU ao adotar

em 2015 os Objetivos de Desenvolvimento

Sustentável (ODS) incluiu como um dos 17

objetivos "assegurar a disponibilidade e gestão

sustentável da água e saneamento para todas e

todos".

Segundo ponto a ser elucidado: o que água e

cultura podem ter em comum? Essa é, sem

dúvida, uma intersecção que ocorre claramente

nos documentos internacionais elaborados pela

ONU. O já citado Comentário Geral nº 15

entende que o direito à água não deve ser

interpretado de forma restritiva como, por

exemplo, simplesmente referindo-se à

quantidade mínima necessária para cada pessoa

ou família.

De acordo com o comentário a água deve ser

tratada não primeiramente como um bem

econômico, mas sim como um bem social e

cultural. Ademais, o comentário estipula como

um dos aspectos do direito à água a sua

aceitabilidade. Tal critério dependerá de aspectos

mais culturais do que físicos ou químicos, pois

ainda que a água seja considerada potável ela

deve ser aceitável em gosto, odor e coloração

para cada pessoa. O que sugere a possibilidade

de cada grupo cultural possuir critérios de

aceitabilidade diferentes.

Nesse contexto, destaca-se a relação das

comunidades indígenas com a água. De acordo

com o "Fact Sheet" nº 35 da ONU sobre direito à

água este bem desempenha um papel essencial

no cotidiano dos diferentes povos indígenas

exercendo um papel central nas suas instituições,

cultura e tradições. É, portanto, um elemento

que pode ser crucial para a manutenção do modo

de vida dessas comunidades.

Imaginemos uma comunidade indígena que

esteja localizada à beira de um rio. É muito

provável que tal localização esteja vinculada a

sua visão de mundo. Dessa forma, a relação com

o rio é dada não apenas para pesca, mas

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também para a transmissão de determinados

conhecimentos como ensinar as crianças a nadar

ou até, eventualmente, a contos e lendas

gerados pelo convívio diário com o rio.

Suponhamos também que esse mesmo rio, por

qualquer motivo, fique poluído. Não bastará para

a reparação de tal direito fornecer água potável

para essa suposta comunidade indígena. É

preciso mais. É imprescindível reestabelecer sua

relação com as águas do rio.

Também é preciso considerar que alguns povos

indígenas, entre outros grupos, conforme o "UN

World Water Development Report" 2019 têm

apresentado muitos obstáculos para obter acesso

à água potável e saneamento básico somando-se

a isso o fato de que não se vê políticas públicas

específicas para tais comunidades.

Em um ambiente político e social tão polarizado,

olhar para o outro parece cada vez mais

improvável. A sociedade é sociológica e

antropologicamente composta por grupos que

estabelecem relações diferentes com o mundo

que o cerca e o direito deve refletir essa

realidade.

O genial antropólogo Malinowski em sua obra

Argonautas do Pacífico Ocidental escreveu: "cada

cultura tem seus próprios valores; as pessoas

têm suas próprias ambições, seguem seus

próprios impulsos, desejam diferentes formas de

felicidade. Em cada cultura encontramos

instituições diferentes, nas quais o homem busca

seu próprio interesse vital; costumes diferentes

por meio dos quais ele satisfaz às suas

aspirações".

Se queremos definitivamente alcançar uma

sociedade livre, justa e solidária como apregoa o

texto constitucional com um dos objetivos

fundamentais da República Federativa do Brasil

(art. 3º, I) olhar para o outro e admitir as

diferenças, inclusive de tratamento jurídico, para

os diversos bens, como a água, mostra-se

essencial.

Thiago Acca é doutor e mestre pela Faculdade de

Direito da USP. Professor da FGV Direito SP e

pesquisador do Centro de Direitos Humanos e

Empresas (CeDHE) na mesma instituição.

https://www.valor.com.br/legislacao/6281969/dir

eito-agua-e-cultura

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Conselheiros criticam reforma no estatuto

da BR

Por André Ramalho | Do Rio

As mudanças propostas pela Petrobras na

reforma do estatuto da BR Distribuidora têm

gerado um "mal-estar" dentro do conselho de

administração da subsidiária. Segundo duas

fontes consultadas pelo Valor, os membros do

colegiado acusam a controladora de desrespeitar

a governança interna da distribuidora, ao impor

uma reforma sem discuti-la previamente com o

conselho da BR. Além disso, o grupo reclama que

as mudanças na redação do estatuto abrem

brechas para que a petroleira mantenha uma

posição predominante dentro do conselho da

distribuidora, mesmo com a diluição de sua

participação acionária após a oferta secundária

de ações ("follow-on").

O primeiro episódio desse ruído ocorreu ainda no

fim do mês de abril, quando a Petrobras

conseguiu emplacar uma reforma que abre a

possibilidade para que a controladora possa

indicar membros do conselho de administração

da BR a seu critério, sem, necessariamente, ter

como base a lista de sugestões das agências de

"headhunter". A mudança foi entendida como um

retrocesso na governança da distribuidora,

segundo uma das fontes.

Agora, a Petrobras enviou uma nova reforma do

estatuto, que só terá validade se a estatal

conseguir vender os papéis que possui de forma

que a distribuidora deixe de ter um sócio

controlador e, portanto, de ser uma estatal. O

Valor apurou que a reação é maior entre os

conselheiros eleitos pelos minoritários, mas que

as queixas têm encontrado eco dentro do

colegiado. Uma terceira fonte, da administração

da Petrobras, nega que esteja havendo uma

imposição.

Hoje, o estatuto da BR prevê que os minoritários

podem eleger até três conselheiros, que os

empregados possuem um representante e que o

Ministério da Economia também tem uma vaga

no colegiado. Com a reforma proposta, o governo

e os empregados perdem suas vagas, porque a

BR deixaria a condição de empresa estatal.

Alguns conselheiros queixam-se, no entanto, que

a reforma não limita a influência estatal sobre a

governança da BR, já que, além de não reservar

cadeiras no conselho para os minoritários,

também não limita o número máximo de

conselheiros eleitos por um único acionista.

Nesse sentido, o conselheiro eleito pelos

minoritários, Shakhaf Wine, propõe que o

estatuto limite o poder de voto de um só

acionista ou grupo a 30% do capital e as

indicações ao conselho de administração a 1/3 do

total.

Procurada, a BR informou que está em período

de silêncio, mas esclareceu que a proposta de

alteração estatutária feita pela Petrobras

assegura a manutenção dos níveis de governança

corporativa previstas no Novo Mercado e está

"em linha com o que dispõe a legislação aplicável

às sociedades abertas". A BR destacou ainda que,

de acordo com a Lei das S.A., a livre

manifestação de seus conselheiros e suas

declarações constam na ata da reunião do

conselho.

https://www.valor.com.br/empresas/6282245/co

nselheiros-criticam-reforma-no-estatuto-da-br

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Venda de ativos da Petrobras terá dia D no

Supremo

Por André Ramalho | Do Rio

A pauta de hoje do plenário do Supremo Tribunal

Federal (STF) promete ser uma espécie de "dia

D" para o programa de venda de ativos da

Petrobras - e, em certa medida, para a própria

agenda de privatizações do governo federal. A

estatal vive a expectativa de que possa retomar

a venda da Transportadora Associada de Gás

(TAG), para a Engie, e garantir a entrada de US$

8,6 bilhões (incluindo US$ 800 milhões em

dívida) no seu caixa. No pior dos cenários,

porém, a petroleira pode ter de parar algumas

negociações em andamento e ver todo o seu

plano de desinvestimentos mergulhar num clima

de insegurança jurídica, segundo advogados

consultados pelo Valor.

O Supremo pautou para hoje três grandes ações

que afetam diretamente a estatal. O STF decidirá

se mantém ou não as liminares dos ministros

Edson Fachin - que na segunda-feira suspendeu

a venda da TAG, sob a alegação de falta de

licitação - e Ricardo Lewandowski, que em junho

de 2018 emitiu cautelar proibindo a alienação do

controle de estatais e suas subsidiárias sem

autorização legal do Legislativo. Além disso, a

pauta da Suprema Corte inclui a ação direta de

inconstitucionalidade (ADI) que trata do decreto

nº 9.355/18, que estabelece regras de

transparência e boas práticas para a venda de

campos de óleo e gás da Petrobras, em

consonância com a sistemática acordada com o

Tribunal de Contas da União (TCU).

"O Supremo dará nesta quinta-feira [hoje] a sua

mensagem sobre o quão difícil ou quão tranquilo

será para o investidor comprar um ativo estatal

no Brasil. Não é só a Petrobras que está

envolvida nessa ações, mas a pauta de

privatizações do governo", afirma o sócio da

Mattos Filho, Flávio Spaccaquerche, especialista

em contencioso e arbitragem.

O advogado lembra que o assunto não deve se

esgotar hoje, já que os ministros do Supremo

discutirão as liminares, mas não o mérito das

questões levantadas. "Mas esse debate inicial

pode direcionar como vai ser a discussão do

mérito", afirma Spaccaquerche.

Para Leonardo Miranda, sócio do Tozzini Freire, o

pior cenário para a Petrobras, hoje, seria o

plenário do STF reforçar o entendimento de que a

empresa não pode vender o controle de suas

subsidiárias sem o aval prévio do Congresso e

sem passar por licitação, mantendo a venda da

TAG suspensa.

"O segundo pior cenário seria o STF decidir em

pedaços, ou seja, decidir sobre um dos pontos,

mas deixar o outro pendente. Qualquer cenário

que não seja o STF se posicionar dizendo que a

Petrobras pode vender seus ativos com dispensa

de licitação e sem necessidade de uma

autorização legal do Congresso seria muito ruim,

vai gerar apreensão no mercado. O melhor

cenário é que o Supremo fosse taxativo

legitimando o desinvestimento da Petrobras ",

disse o advogado.

Carolina Fidalgo, do Rennó, Penteado, Reis &

Sampaio Advogados, acredita que o ponto mais

crítico da decisão de hoje no STF é sobre a

autorização prévia do Congresso à venda do

controle de subsidiárias. Ela defende que não

existe exigência constitucional para essa

autorização de venda das subsidiárias. Segundo

a advogada, como o STF já se posicionou

anteriormente que não há necessidade do aval

do Legislativo para criação das subsidiárias, é

possível que o plenário entenda que não há

necessidade de autorização legal para a venda

dessas mesmas subsidiárias.

Ontem, a Comissão de Petróleo e Derivados da

seccional do Rio de Janeiro da Ordem dos

Advogados do Brasil (OAB) emitiu nota alertando

para a insegurança jurídica advinda das decisões

dos ministros Fachin e Lewandowski, "além do

consequente desincentivo ao investimento

privado na economia brasileira, em momento em

que há um esforço de toda a sociedade para a

retomada do crescimento econômico e para a

abertura do setor de óleo e gás".

https://www.valor.com.br/empresas/6282243/venda-de-

ativos-da-petrobras-tera-dia-d-no-supremo Voltar ao Sumário