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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 24 de abril de 2019
GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
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Grupo de Comunicação e Marketing
SUMÁRIO
ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 4
Programa Verão no Clima recolheu mais de 5 toneladas de resíduos .................................................... 4
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ....................................................................... 5
Moradores registram água escura no lago do Jardim Botânico em Jundiaí ............................................. 5
SP espera MP do saneamento para decidir sobre Sabesp, diz vice-governador ...................................... 6
Ladrões usam uniformes de técnicos da Sabesp para roubar família em São Vicente .............................. 7
OAB cobra informações da Sabesp sobre qualidade da água ............................................................... 8
Daee inicia recuperação da margem do córrego Oratório .................................................................... 9
Assim se faz a perseguição aos quilombolas ................................................................................... 10
Polícia Militar cumpre reintegração de posse em área rural de Mogi Guaçu, SP .................................... 13
Horto Florestal ganha 200 árvores nativas plantadas por pacientes do Cratod ..................................... 14
Evento marca lançamento do Programa Coleta Certa em Lençóis Paulista ........................................... 15
Cordeirópolis tem a melhor classificação da história no ranking verde azul ......................................... 17
Quem mora perto de aeroporto possui mais chances de ter câncer, afirma especialista ........................ 18
Prefeitura de Ubatuba assume administração da Coambiental ........................................................... 19
CETESB libera uso da área da antiga fábrica Profundir ..................................................................... 20
Combate ao fogo ......................................................................................................................... 21
VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 23
Exportações impulsionam desmatamento no Brasil e Indonésia ......................................................... 23
Reduzir o uso de plásticos trará mais sustentabilidade ..................................................................... 26
Mayekawa implementa no Brasil primeiro sistema industrial de CO2 Brine em nova fábrica de alimentos 27
Amazônia: a cada dia, uma agonia ................................................................................................ 29
Permissão para caça do javali com cães, armadilhas e armas agora pode ser solicitada em processo digital ................................................................................................................................................. 30
Brasil tem indicadores de água e esgoto piores que os de 105 países ................................................. 33
Crise hídrica no horizonte | Jornal Nova Fronteira ............................................................................ 35
Uso de energia renovável cresce, mas não impede recorde histórico de emissão de CO2 ...................... 36
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 38
Desativar Minhocão para carros pode reduzir pela metade sensação de ruído ..................................... 38
Mapa de Ruído como instrumento de planejamento urbano .............................................................. 39
Painel ........................................................................................................................................ 41
Mônica Bergamo: Amigos de Lula querem fazer vaquinha para pagar multa de R$ 3 milhões do STJ ...... 43
Salles nomeia amigo no Meio Ambiente sem critérios exigidos pelo governo ....................................... 45
ESTADÃO ................................................................................................................................... 47
Após reunião polêmica, ministro do Meio Ambiente manda exonerar chefe de parque do ICMBio ........... 47
Dengue se expande no interior e já registra mais de 5 mil casos em Campinas ................................... 48
Plástico Itinerante ....................................................................................................................... 51
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 52
Solatio planeja maior parque solar do Brasil no sertão de Pernambuco ............................................... 52
MME deve acelerar mudanças de modernização do sistema elétrico ................................................... 53
Saneamento pode render R$ 170 bi a Estados ................................................................................ 54
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Grupo de Comunicação e Marketing
O cheiro do vento ........................................................................................................................ 56
Economia desacelera e inibe a reação do mercado de trabalho .......................................................... 58
Diesel segue com defasagem, dizem importadores .......................................................................... 60
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Grupo de Comunicação e Marketing
ENTREVISTAS Veículo1: Portal do Governo do Estado
Veículo2: Folha Nobre
Veículo3: Notícias de Campinas
Data: 23/04/2019
Programa Verão no Clima recolheu mais
de 5 toneladas de resíduos
Folha Nobre
A segunda edição do programa Verão no
Clima 2019 terminou com saldo de 17
mutirões de limpeza realizados em diversas
cidades do litoral paulista e mais de 5
toneladas de resíduos recolhidos.
Foram cerca de 35 visitas diárias às tendas
montadas nas praias, 19 atividades
desportivas entre corridas e caminhadas, 50
mil tiragens do Passaportes de Trilhas de
São Paulo e cerca de 800 mil pessoas
impactadas.
O Programa contribui para preservação das
praias, da água e do saneamento. Foram 73
praias contempladas pelas equipes de campo,
15 exibições da Mostra Ecofalante de cinema
ambiental ao ar livre, treinamento de mais de
400 pessoas, 463 contratados para as
atividades nas tendas, 221 mil pessoas
abordadas pessoalmente e 447.332
alcançadas pelas redes sociais, 63 mil itens de
diferentes tipos de resíduos catalogados sendo
que 84% desses eram bitucas de cigarro,
plástico e microlixo.
Sobre o Verão no Clima
O Programa aconteceu nas praias de 16
municípios do litoral paulista. Mais de 350
monitores e coordenadores, aproximadamente
1.500 voluntários, tendas temáticas fixas e
itinerantes, contando com toda a estrutura do
Sistema Ambiental Paulista, tendo à frente a
Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente
e apoio das prefeituras, organizações não
governamentais e patrocinadores.
Foram desenvolvidas ações para a
conscientização dos turistas e frequentadores
das praias. O objetivo foi manter as praias
limpas e gerar menos resíduos, evitando
assim a propagação de doenças e ajudando a
preservar o meio ambiente.
Receberam as atividades as cidades de
Ubatuba, Peruíbe, São Vicente, Praia Grande,
Mongagá, Ilhabela, Iguape, Ilha Comprida,
Guarujá, Cubatão, Caraguatatuba, Cananéia,
Bertioga, Itanhaém, Santos e São Sebastião.
Fonte:
www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/programa-
verao-no-clima-recolheu-mais-de-5-toneladas-
de-residuos
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21586859&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21583218&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21601294&e=577
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Grupo de Comunicação e Marketing
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: G1 Sorocaba e Jundiaí
Data: 23/04/2019
Moradores registram água escura no lago
do Jardim Botânico em Jundiaí
DAE disse que o clima atual dá a impressão de
que a água está mais escura. Cetesb vai
enviar um agente até o local para averiguar a
situação do lago.
Moradores registram água escura no lago do
Jardim Botânico em Jundiaí — Foto: Reprodução/TV TEM
Os constantes vazamentos de esgoto no lago
do Jardim Botânico no bairro Jardim Tulipas,
em Jundiaí (SP), continuam incomodando os
moradores.
Fotos enviadas para a TV TEM mostram a
água do lago praticamente escura. Moradores
que andam por lá reclamam que o problema
começou há três dias e que o mau cheiro está
ficando insuportável.
Em nota, a DAE disse que uma equipe esteve
no local na manhã desta terça-feira (23) e que
não foi encontrado nenhum vazamento.
Com relação à cor da água, o departamento
explicou que é normal por conta do clima
atual, que dá a impressão de que a água está
mais escura.
Já a Cetesb informou que não foi notificada,
mas que vai enviar um agente até o local para
averiguar a situação do lago.
Moradores flagram vazamento
Moradores flagram vazamento de esgoto no
lago do Jardim Botânico em Jundiaí
https://g1.globo.com/sp/sorocaba-
jundiai/noticia/2019/04/23/moradores-
registram-agua-escura-no-lago-do-jardim-
botanico-em-jundiai.ghtml
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: UOL Notícias
Data: 23/04/2019
SP espera MP do saneamento para decidir
sobre Sabesp, diz vice-governador
SÃO PAULO (Reuters) - O governo de São
Paulo está aguardando a votação da Medida
Provisória (MP) 868/2018, que atualiza o
marco legal do saneamento básico, para
decidir sobre a privatização da Sabesp, disse
nesta terça-feira o vice-governador de São
Paulo, Rodrigo Garcia.
Ele, contudo, ponderou que a prioridade agora
é a aprovação da reforma da Previdência e
disse que o Congresso Nacional não pode se
dispersar e precisa ser "samba de uma nota
só" nos próximos meses. "Não podemos ter
nenhuma distração", disse sobre as discussões
a respeito da Previdência.
O vice-governador disse que seria mais
prudente o governo editar a MP "com calma" e
votá-la no segundo semestre.
Durante evento em São Paulo, Garcia afirmou
que não acredita em "estatal boa", por ser
liberal, e que "no máximo estatal é mais ou
menos". Mas ponderou que o governo
estadual aguardará o marco regulatório para
tomar a decisão, mas olhando também para o
interesse público.
O vice-governador disse ainda que a Sabesp
não precisaria disputar o município de São
Paulo nesse processo e que poderia renovar
seu contrato, fazendo subsídio cruzado com
outras 300 cidades do Estado.
(Por José de Castro)
https://economia.uol.com.br/noticias/reuters/
2019/04/23/sp-espera-mp-do-saneamento-
para-decidir-sobre-sabesp-diz-vice-
governador.htm
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: G1 Santos e região
Data: 23/04/2019
Ladrões usam uniformes de técnicos da
Sabesp para roubar família em São
Vicente
Câmeras de monitoramento flagraram parte
da ação dos criminosos.
Dois criminosos usaram um disfarce e se
passaram por funcionários da Sabesp para
roubar uma família em São Vicente, no litoral
de São Paulo. Parte da ação foi gravada por
câmeras de monitoramento.
O crime ocorreu às 7h37 em frente à estação
Antônio Emmerich do VLT. A dupla chegou em
um carro branco e estacionou o veículo na
calçada. As imagens das câmeras flagraram o
momento e mostram os homens de roupa
branca, semelhante ao uniforme da
companhia.
Um deles chega a montar um cavalete na rua
e fica orientando os motoristas, enquanto o
outro conversa com moradores. Os suspeitos
disseram aos moradores que queriam trocar o
relógio de água e apresentaram um
documento que aparentava ser da Sabesp.
Segundo a polícia, logo depois, eles renderam
os moradores e entraram em uma casa. Os
criminosos anunciaram o assalto e mostraram
uma arma. Um deles saiu da casa, pegou uma
sacola escura no carro e voltou para a
residência.
As câmeras de monitoramento registraram
quando os criminosos saem da residência, por
volta das 7h50, e fogem. Um deles entra no
carro e outro segue a pé, em direção à
avenida Presidente Wilson. Segundo o boletim
de ocorrência, eles fugiram levando dinheiro
dos moradores.
Em nota, a Sabesp informou que tomou
conhecimento do vídeo que circula na internet
e se coloca totalmente à disposição para
contribuir com as investigações policiais.
https://g1.globo.com/sp/santos-
regiao/noticia/2019/04/23/ladroes-usam-
uniformes-de-tecnicos-da-sabesp-para-
roubar-familia-em-sao-vicente.ghtml
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Repórter Diário
Data: 23/04/2019
OAB cobra informações da Sabesp sobre
qualidade da água
George Garcia
O secretário geral da OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil), subseção Diadema,
Ricardo André Barros de Moraes, informou que
vai protocolar na Sabesp, nesta quarta-feira
(24/04), documento com uma série de
questionamentos relacionados à qualidade da
água distribuída à região do ABC. O advogado
disse que o anúncio desta terça-feira (23),
pela companhia estatal, de isentar os
moradores que receberam água amarelada,
atende a parte do pleito da entidade, mas há
diversos outros pontos, como questões
relacionadas ao meio ambiente e à saúde.
“A OAB vai atuar em duas frentes, uma é a do
Direito do Consumidor, pois a relação dos
moradores com a Sabesp é de consumo e ela
deve ser responsabilizada pelos prejuízos,
visto que pessoas perderam muitos litros
lavando caixas de água e lavando utensílios
sujos. Essa questão da isenção já atende, em
parte, essa demanda”, relata Moraes.
Já a Comissão de Meio Ambiente da OAB vai
pedir esclarecimentos sobre a presença dos
metais pesados na represa Billings. “O sistema
abastece quase 80% do ABC, e essa presença
de metais pesados como ferro e manganês na
represa nos traz perplexidade e a nossa
Comissão do Meio Ambiente quer explicações”,
relatou. Segundo a Sabesp a estação de
tratamento de água Rio Grande capta água do
braço da represa de mesmo nome onde são
produzidos 5,5 mil litros de água por segundo
para atender os municípios de São Bernardo,
Santo André e Diadema. Em nota emitida na
segunda-feira (22/04) a companhia admitiu a
presença destes materiais na água enviada
aos moradores e disse que, por conta da
represa estar acima da sua capacidade, não
consegue retirar esses metais durante o
tratamento.
Consórcio
A qualidade da água vai integrar a agenda do
Consórcio Intermunicipal. O secretário
executivo da entidade regional, Edgard
Brandão, disse que a próxima assembleia de
prefeitos – que deve acontecer na segunda
semana de maio – a qualidade da água
distribuída pela Sabesp às cidades de
Diadema, São Bernardo e Santo André, estará
na agenda. “O entendimento deve ser político,
porque na parte operacional o consórcio tem
pouca gestão já que é uma questão estadual ,
portanto a solução está no campo político e
pode ser assunto de agenda dos prefeitos com
o governador João Doria (PSDB)”, disse o
secretário.
A qualidade da água é o terceiro assunto a ser
levado ao governo do estado como questão
emergencial este ano. A primeira envolveu as
montadoras General Motors e mais tarde a
Ford, questões que Doria encampou; a
segunda foram as enchentes do dia 10 de
março que afetou drasticamente o ABC e
agora a qualidade da água da estatal Sabesp
promete ser outro ponto. “Na área política
sempre é possível conversar, na operacional o
consórcio está limitado”, disse Edgard
Brandão.
https://www.reporterdiario.com.br/noticia/266
2254/oab-cobra-informacoes-da-sabesp-
sobre-qualidade-da-agua/
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário do Grande ABC
Data: 23/04/2019
Daee inicia recuperação da margem do
córrego Oratório
O Daee (Departamento de Águas e
Energia Elétrica) deu início as obras de
recuperação do córrego Oratório, localizado na
divisa de Santo André com São Paulo. O
trabalho acontecerá em três trechos do rio
que, juntos, somam 260 metros de extensão
entre a Rua Paulo Leminski e a ponte da
Avenida Oratório. O local sofre desde o ano
passado com processo de erosão que tem
comprometido o asfalto de vias do Jardim
Utinga. A previsão é que o serviço seja
concluído em maio.
Reivindicação antiga de moradores, a
intervenção ficará concentrada na contenção
de margens do córrego. Para isso, serão
reutilizadas pedras de antigos gabiões, uma
espécie de cestas de aço galvanizado
preenchidas com pedras utilizados para
construção de paredes nas paredes do canal.
A obra tem custo estimado de R$ 1,8 milhão.
O trabalho inclui também serviços de limpeza
e desobstrução de todo o trecho. Apenas neste
primeira etapa da obra, cerca 4,4 mil m³ de
sedimentos, como areia, argila e materiais não
inertes que depositados no fundo do canal do
córrego foram removidos na etapa
preparatória da obra.
A expectativa é que a obra além de evitar
possíveis erosões no córrego também garanta
maior capacidade de vazão do córrego
Oratório garantindo a segurança da população
que circula pelo local.
Trecho 1 – 20 metros da margem direita,
entre a Ponte da Avenida do Oratório e a foz
de um afluente sem nome;
Trecho 3 - 40 metros da margem esquerda,
entre a Rua Paulo Leminski e a Rua Guimarães
Rosa.
https://www.dgabc.com.br/Noticia/3044062/d
aee-inicia-recuperacao-da-margem-do-
corrego-oratorio
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Outras Palavras / The Intercept
Brasil
Data: 22/04/2019
Assim se faz a perseguição aos
quilombolas
por The Intercept Brasil
Por Thais Lazzeri, no The Intercept Brasil |
Imagem: Fernando Martinho
O agricultor Benedito de Paula Moura, de 67
anos, o Ditão, fecha os punhos, como se fosse
pegar impulso para se levantar, cerra os olhos
miúdos e remexe os pés dentro das botas
plásticas que a chuva o obrigou a vestir para roçar. E me encara.
“Aqui não é casa, é um barraco, mas é aqui
que nós vivemos. Imagine que você sai de
casa com a sua família. Vem uma pessoa que
não gosta de nós e coloca fogo em tudo. Você
volta e não tem onde morar”, diz. “Daí o Ditão
(como se refere a si mesmo) é multado e
condenado a pagar uma multa milionária
porque a casa dele queimou. E foi isso que
aconteceu perto da nossa associação. Então
nós estamos sendo réu inocente. Queimaram
nossa casa e nós somos culpados.”
Ele repete a mesma história três, quatro
vezes. Quer que o mundo saiba do caos que a
justiça impôs à comunidade quilombola onde vive, no extremo sul do estado de São Paulo.
Encravada em uma região montanhosa no
Vale do Ribeira, na cidade de Barra do Turvo,
a cerca de 320 quilômetros de São Paulo, as
23 famílias do Quilombo Cedro vivem um
desassossego. A Associação Nova Esperança
Quilombola do Bairro Cedro, que representa as
famílias, recebeu a notificação da execução de
uma multa que ultrapassa R$ 6 milhões por
um incêndio florestal provocado por
desconhecidos na Cova dos Corvos, uma área
usada por terceiros. O caso, emblemático,
uniu Defensoria Pública do estado de São
Paulo e da União e o Ministério Público Federal em defesa dos quilombolas.
Cercados por invasores
O quilombo do Cedro é uma das quatro
comunidades da Reserva de
Desenvolvimento Sustentável dos
Quilombos da Barra do Turvo, parte do
Mosaico de Jacupiranga, nome do antigo
Parque Estadual de Jacupiranga. Composto
por 14 unidades de conservação, o mosaico
abrange 243.885,78 hectares, quase duas
vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro.
Oito mil quilombolas vivem nas comunidades –
e graças a eles, hoje a região abriga a maior reserva de Mata Atlântica de todo o país.
A pressão sobre as comunidades aumentou,
afirmam os moradores, na década de 1990,
quando o governo de São Paulo intensificou a
proteção do território, que sofreu uma série de
invasões de sulistas e nordestinos durante a
ditadura militar. “Isso aumentou a
especulação das terras”, afirma Nilce de
Pontes, integrante da Coordenação Nacional
de Articulação das Comunidades Negras Rurais
Quilombolas, a Conaq. Para se protegerem de
novas invasões, eles organizaram uma
associação e buscaram a certificação oficial como quilombolas.
Documentos apontam que a origem das
famílias remonta ao século 18, com Pacífico
Morato de Lima, considerado o patriarca.
Como os antepassados, vivem da agricultura
de subsistência itinerante, baseada em um
rodízio das áreas de plantio. A prática milenar,
herdada de povos indígenas e tradicionais,
recebeu o título de patrimônio nacional pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional, o Iphan. A história da comunidade
foi mapeada e entregue à Fundação Cultural
Palmares, instituto do governo federal
responsável pela certificação. Em 31 de
outubro de 2006, veio o reconhecimento oficial.
Nesse mesmo ano, Dejalma Mendes de
Ramos, um dos invasores que permaneceu
nas terras, pôs fogo na mata para abrir pasto
para gado – o que não é permitido. Ele perdeu
o controle da queimada, que por oito dias
varreu 13 hectares de floresta. “Não foi um
incendiozinho, foi um desastre”, diz Ditão,
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Grupo de Comunicação e Marketing
com os olhos arregalados, como se sentisse as
labaredas de novo.
Para proteger o território, a própria Conaq
denunciou o crime ao MPF, que repassou a
denúncia para o Ministério Público Estadual.
Os documentos obtidos pelo Intercept
mostram que, durante as investigações do
caso, a Fundação Florestal, órgão do
governo responsável pela gestão da área,
afirmou que bastaria abandonar e proteger a
área que a natureza se recuperaria. Não foi o que aconteceu.
Com o acordo veio a culpa
Tanto o invasor Dejalma Mendes de Ramos
quanto as vítimas do quilombo foram
corresponsabilizados pelos danos ambientais
de 2006. Em 2012, o Ministério Público firmou
um termo de ajuste de conduta: coube ao
invasor a retirada do gado; aos quilombolas –
que não tinham posse, não faziam uso das
terras nem cometeram o incêndio –, a
proteção e fiscalização do território contra
novos invasores. Ramos e a associação
assumiram, ainda, a missão de recuperar toda
a área sob pena de execução de multa em
caso de descumprimento. O estado de São
Paulo, dono das terras desde 1969, é testemunha.
“Eu sou ambientalista e fiquei feliz em ajudar
a replantar a terra dos meus antepassados.
Voltei feliz [da reunião no Ministério Público
Estadual], todo orgulhoso”, diz Ditão, com
certa raiva sobre a própria ingenuidade depois de anos de resistência como quilombola.
Na época, a comunidade não tinha assessoria
jurídica. E, ao assinar o termo, mesmo sem
ter cometido crime algum, não se deu conta
de que a associação assumiu o ônus pelo
reflorestamento. O Ministério Público Estadual
entendeu que deveria ser assim porque os
quilombolas tinham “futuro interesse” na área,
uma vez que pedem a regularização de parte
do território no Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária, o Incra.
“Enfrentamos, aqui no quilombo Cedro, uma
questão de conflito ambiental, conflito
territorial, que acontece em todas as
comunidades do Brasil hoje”, diz Nilce. “Foi um sacrifício”, diz Ditão.
Mesmo com a aposentadoria rural de um
salário mínimo que alguns idosos do quilombo
recebem, os descendentes de escravos do
Cedro estão abaixo da linha de pobreza,
segundo parâmetros definidos pelo Banco Mundial.
Para cumprir o termo de ajuste, gastaram o
que não tinham – mais de R$ 10 mil – e
deixaram de ganhar porque abandonaram
seus roçados em razão da mobilização para
fazer valer o acordo. Fora o esforço físico e
emocional: a área que o fogo varreu fica a
uma hora de caminhada mata adentro, em
região montanhosa. As milhares de mudas
compradas para reflorestar iam no lombo de
animais. E os quilombolas, à pé.
Quase quatro anos depois, a história se
repetiu como tragédia: a mesma área pegou fogo novamente.
R$ 6.140.973 de multa
Era 14 de agosto de 2016. Na manhã daquele
sábado, Ditão repetiu a rotina de quatro
décadas. Liderou o culto semanal, de pouco
mais de 40 minutos, na igreja de São Pedro.
Na ausência do padre, que realiza missas
mensais, são as palavras de Ditão que
confortam a comunidade. Passava das 11h
quando, da porta da igreja, os fiéis avistaram
uma fumacinha branca ao longe. Horas
depois, confirmaram um novo incêndio, que
eles consideram criminoso, no mesmo local do
anterior. Mais de 60% do trabalho da
comunidade foi destruído, ou 11 campos de
futebol, apontaram laudos posteriores. A
Fundação Florestal foi avisada na segunda-feira seguinte, dia 16.
“Sabe o que eu mais sinto? Muita gente da
comunidade, que nos ajudou a plantar, que
dividiu a alegria de ver a área verde de novo,
não está mais aqui. Já faleceram”, diz Lauriti
Aparecida de Moura, atual diretora da
associação. Ditão leva as mãos ao rosto
quando, de soslaio, vê um vulto franzino
dentro da casa com pouca luz. A aparência de
sua companheira de vida, *Maria Tereza, de
69 anos, sem viço, entrega que ela perdeu a
batalha contra um câncer intestinal. Os
quilombolas não precisaram fazer contas para
descobrir que era inviável repetir todo o trabalho.
Com o novo incêndio, o Ministério Público
Estadual entendeu que a associação
descumpriu o acordo. Em abril de 2018, a
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procuradoria pediu a execução da ação civil
pública e da multa de R$ 2 mil por dia com
correção de juros, que resultou em uma
sanção milionária no total de R$
6.140.973,58.
Procurado, o Ministério Público Estadual
afirmou, por nota, que o termo “vinha sendo
cumprido de forma insuficiente pela
comunidade, até que a área por recuperar foi
incendiada”. A partir de então, diz o MPE, o
acordo “passou a ser descumprido de forma
mais intensa”. Sobre o valor da multa, disse
que se trata de “mera referência do cálculo”
em razão da data da assinatura do termo e
execução. A nota diz ainda que durante o
processo é provável que a multa seja “seja
consideravelmente reduzida, pois se tornou claramente excessiva.”
“É quase um genocídio. Poderia matar todo
mundo de fome para o resto da vida se
tivessem de pagar”, diz Ocimar Bim,
pesquisador que já foi da Fundação Florestal
e acompanha há décadas a luta dos quilombolas.
Os relatórios de fiscalização feitos por
funcionários diretos da Fundação Florestal,
responsável por manter a área, mostram o
comprometimento dos quilombolas à época do
reflorestamento, praticamente finalizado
quando o segundo incêndio foi provocado.
Procurada, a Fundação pediu que o Intercept
enviasse as perguntas por e-mail. Não tivemos retorno até o fechamento.
Na avaliação do defensor público estadual
Andrew Toshio Hayama, que assumiu o caso
no ano passado, há uma série de equívocos no
processo: o termo de ajuste de conduta ter
sido praticamente cumprido, o fato do
incêndio ter sido provocado por desconhecidos
da comunidade quilombola sequer ter posse
da terra. “Para além de ser desproporcional e
não ter nenhuma razoabilidade, entendo que
ele tem problemas jurídicos.” E continua: “Isso
ameaça os direitos da comunidade ao
território e a própria existência da
comunidade.”
Com o processo em nome da associação, a
comunidade não pode seguir com a
regularização fundiária no Incra. Tampouco
conseguir empréstimos, por exemplo. “Por
isso digo que quem fez isso (o segundo
incêndio) queria prejudicar a comunidade”,
afirma o quilombola Vandir Ferreira.
Em articulação conjunta, o Ministério Público
Federal, e a Defensoria da União e a Estadual
tentam, sem sucesso, resolver
extrajudicialmente o caso com o MPE. Depois,
comunicaram a Fundação Cultural Palmares,
entidade ligada ao Ministério da Cultura
responsável por reconhecer quilombos, que
demonstrou interesse em integrar a defesa da
comunidade Cedro. Tentaram, via comarca de
Jacupiranga, que o processo fosse deslocado
para a Justiça Federal, com mais bagagem nos
direitos das comunidades tradicionais.
Em janeiro deste ano, o pedido foi aceito. “A
minha vida está aqui. E a gente vai lutar pelos
que estão conosco e os que ainda estão por
vir”, diz Lauriti. O futuro da comunidade, no
entanto, ainda depende da decisão da justiça federal.
*Maria Tereza faleceu durante a apuração desta reportagem.
https://outraspalavras.net/outrasmidias/quilo
mbolas-arcam-multa-milionaria-injustamente/
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Beto Ribeiro Repórter
Data: 23/04/2019
Polícia Militar cumpre reintegração de
posse em área rural de Mogi Guaçu, SP
Ação judicial é cumprida com apoio da Polícia Militar
desde as 5h desta terça-feira (23). Duas
ambulâncias do Samu foram enviadas para a
região, mas não há feridos. Local chegou a ter entre 400 e 500 famílias.
A Justiça cumpre a reintegração de posse de
uma área onde chegaram a viver cerca de 400
a 500 famílias em 600 barracos, segundo a
Polícia Militar, na zona rural do distrito de
Martinho Prado Jr., em Mogi Guaçu (SP). A
ação começou às 5h desta terça-feira (23).
Aproximadamente 300 pessoas deixaram o local nesta manhã.
A área fica na Fazenda Campininha, que
pertence ao Governo do Estado de SP, e é de
conservação ambiental. A decisão judicial data
de 8 de abril. Segundo a PM o planejamento, no entanto, começou a ser feito há meses.
De acordo com o Samu, duas ambulâncias
foram enviadas para a área, mas não há
registro de feridos. Muitos dos barracos já
estavam desocupados. A saída dos ocupantes ocorreu de forma pacífica.
A Prefeitura informou que não foi envolvida na
ação de reintegração de posse e que prestou
apoio ao que foi solicitado, como na
ambulância que foi requisitada pela Polícia Militar.
O que diz o Estado?
A Secretaria de Infraestrutura e Meio
Ambiente do Estado de SP informou, por
nota, que recebeu dos líderes do movimento a
informação que as famílias irão desocupar
voluntariamente o espaço da Estação
Experimental de Mogi Guaçu até o fim da tarde desta terça.
'Medidas determinadas pela Justiça, como
transporte e alimentação, foram acolhidas.
Ocupada ilegalmente há pouco menos de um
ano, a área é destinada a projetos de pesquisa
sobre recuperação do cerrado, fauna e flora, e
não faz parte da relação de áreas sujeitas à
reforma agrária', diz o texto.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21580148&e=577
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14
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Notícias de Campinas
Data: 23/04/2019
Horto Florestal ganha 200 árvores nativas
plantadas por pacientes do Cratod
De Redação
Os pacientes do Centro de Referência de
Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod)
participaram da ação “Redescobrindo a vida:
plantio de enriquecimento dos bosques do
Horto Florestal” e plantaram, nesta segunda-
feira (22), 200 mudas de espécies nativas no
parque, localizado na zona Norte da capital.
A parceria entre as Secretarias de Estado de
Saúde e de Infraestrutura e Meio
Ambiente, através do Instituto Florestal,
capacita os pacientes pelos profissionais do
Instituto Florestal, que também fornece as
sementes e ensina, em aulas e oficinas,
técnicas de jardinagem e reflorestamento,
desde o preparo da terra para as mudas até a
poda de árvores maiores.
Com a participação no programa, recebem o
certificado de jardineiros e estão aptos exercer
a profissão.
Os pacientes plantaram mudas de palmito-
juçara, ipê-amarelo, ipê-roxo, ipê-branco e
jequitibá-rosa nos bosques localizados na zona
de uso especial do Parque Estadual Alberto
Löfgren Horto Florestal. As sementes
utilizadas são de árvores em extinção
provenientes da Mata Atlântica.
Aprendizes do Bioma
Há cerca de um ano, os pesquisadores e
técnicos do Instituto Florestal ministram
aulas e orientam a parte teórica e prática
referente a produção de mudas nativas da
Mata Atlântica, bem como noções de
jardinagem e paisagismo, no prédio do Cratod,
localizado na região da Luz, no centro da
capital. Cerca de 40 pacientes participaram do
treinamento e são conhecidos como
“aprendizes do bioma”.
O programa tem como um dos principais
objetivos reflorestar o bioma de reservas
florestais, estações experimentais e parques.
Em um ano, já viabilizou o plantio cerca de 18
mil sementes em diversos municípios do
Estado
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21586089&e=577
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15
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jornal O Eco
Data: 23/04/2019
Evento marca lançamento do Programa
Coleta Certa em Lençóis Paulista
Projeto visa limpeza urbana mais eficiente e
planejada, com a conteinerização e
mecanização da coleta de lixo
Um evento realizado na manhã dessa terça-
feira (23), na escola Lina Bosi Canova, no
Jardim Ubirama, marcou o lançamento oficial
do Programa Coleta Certa, realizado pela
Prefeitura Municipal por meio da Secretaria de
Agricultura e Meio Ambiente, em parceria com
o Programa Município Verde Azul, da
Secretaria de Estado do Meio Ambiente e
a empresa Contemar Ambiental. De acordo
com o prefeito Anderson Prado de Lima (PSB),
partir de agora, a cidade entra na era da
limpeza urbana mais eficiente e planejada,
com a conteinerização e mecanização da
coleta de lixo.
'Esse é um serviço que já existe em outras
cidades, mas que na nossa região é inédito. E
resolvemos iniciar a implantação desse serviço
porque entendemos que ele traz muitas
vantagens tanto para o meio ambiente como
para a Administração Pública Municipal. Com a
mecanização o lixo orgânico e reciclável fica
acondicionado em um lugar adequado, livre de
chuva e vento, evita sacos rasgados por
animais e que o lixo acabe entupindo bueiros e
indo para os rios. Como o morador terá que
depositar o lixo orgânico em um contentor e o
reciclável no outro, pretendemos conscientizar
a população sobre separação dos materiais e
aumentar nosso percentual de coleta seletiva',
explicou Prado de Lima.
O Programa Coleta Certa - Serviço Inteligente
de Coleta - consiste em facilitar a coleta do
lixo reciclável e orgânico, com o emprego de
contentores que serão distribuídos em duplas
nas ruas e avenidas da cidade garantindo a
separação do lixo doméstico. Cada ponto de
distribuição contará com um contentor azul -
descarte de resíduos orgânicos - e, um
contentor verde - descarte de resíduos
recicláveis.
A conteinerização consiste no armazenamento
correto dos resíduos em contentores até o
momento da coleta mecanizada, que será
realizada por um caminhão equipado para
coletar os resíduos acondicionados nesses
depósitos de lixo pela população, segundo a
Prefeitura, de forma mais eficiente e
ambientalmente correta.
'Trata-se de um processo de coleta que irá
proporcionar a retirada de resíduos das ruas
de forma mais inteligente, higiênica, segura e
rápida. O sistema oferece, entre outros
benefícios, ganho de produtividade e menor
contato humano com o resíduo', explica o
secretário de Agricultura e Meio Ambiente,
Claudemir Rocha Mio, o Tupã.
Contentores instalados em pontos
estratégicos, cautelosamente estudados pela
Secretaria do Meio Ambiente e alocados de
acordo com a geração de resíduos da via,
auxiliarão na logística do novo processo que
contará ainda, com a utilização de caminhões
especialmente fabricados para coleta e
higienização dos equipamentos.
'O diferencial conta também com a redução da
quantidade de caminhões nas ruas, aliviando o
trânsito pesado dos dias atuais e diminuindo a
quantidade de CO2 lançada na atmosfera,
possibilitando mais qualidade de vida aos
cidadãos', ressalta Tupã. O secretário afirmou
ainda que este será um benefício também
para o morador, que não precisará mais
acumular lixo em sua casa. 'Como o contentor
ficará sempre naquele local, o morador não
precisa esperar acumular lixo em casa para
colocar na rua nos dias da coleta como
acontecia antes. Agora ele pode levar o lixo
para o local todos os dias se quiser, deixando
sua casa também mais limpa e livre de insetos
que muitas vezes são atraídos pelo lixo nas
casas', completou.
Além disso, a coleta mecanizada oferece
menos riscos para os coletores, uma vez que
elimina o contato direto destes profissionais
com os sacos de resíduos. Disponível ao
munícipe 24 horas por dia, 365 dias do ano, o
projeto inovador está alinhado com a atuação
dos trabalhadores da coleta de lixo e da coleta
seletiva, possibilitando também mais
benefícios à população. 'Esta primeira etapa
dará um norte para instalação do projeto
completo na cidade. Construir ações que
visam a melhoria do meio ambiente é uma
forma de preservar o futuro, a vida', destaca o
prefeito Anderson Prado de Lima.
Além do prefeito Prado de Lima e Tupã,
participaram do evento os alunos da escola
Lina Bosi Canova, o vereador e líder do
Governo Câmara, João Miguel Diegoli (PMDB),
da vereadora Irani Gorgônio (PSDB), da
secretária de Educação Meire Aparecida
Galassi Montanhero, da vice-diretora da
16
Grupo de Comunicação e Marketing
escola, Josilene Leme Oliveira; do pastor
Valdivino Miguel, presidente da Associação de
Moradores do Jardim Ubirama e a assistente
de Projetos da Contemar Ambiental, Nathália
Soares Costa.
Jardim Ubirama, Humaitá e Parque Antártica
recebem primeiras unidades
Neste primeiro momento serão 220 containers
instalados em pontos no Jardim Ubirama,
Jardim Humaitá e Parque Antártica. Cada
dupla de container (reciclável e orgânico) deve
abastecer, pelo menos, 20 residências.
'Para conteinerizar a cidade toda, nós
precisamos de 2.400 unidades, é um
investimento alto, por isso optamos em
começar a instalação gradativa, aprimorando a
conscientização da população que é um fator
importante neste primeiro momento. Já temos
um recurso previsto do Governo do Estado de
São Paulo para darmos continuidade à
implantação, que deve acontecer no Núcleo
Habitacional Luiz Zillo e Núcleo Habitacional
João Zillo (Cecap) e também nos Jardins Bela
Vista e Village, que seria uma continuação
dessa parte alta da cidade', completa Tupã.
Lençóis Paulista produz hoje cerca de 40
toneladas de lixo por dia
Segundo o secretário de Agricultura e Meio
Ambiente, Claudemir Rocha Mio, Lençóis
Paulista hoje produz cerca de 40 toneladas de
lixo por dia. Em um mês seriam
aproximadamente 1,2 mil toneladas de lixo
reciclável e orgânico.
Com a coleta mecanizada, todo o resíduo
orgânico (contentor azul) será transportado e
destinado ao aterro sanitário. Os resíduos
recicláveis (contentor verde) serão
transportados e destinados às cooperativas de
reciclagem de Lençóis Paulista. Depois disso, o
contentor é recolocado em sua posição inicial.
Neste primeiro momento, o esvaziamento dos
contentores pelos profissionais da coleta de
lixo e da coleta seletiva acontece
normalmente, seguindo o cronograma de cada
bairro.
COMO FAZER O DESCARTE
Descarte seus resíduos recicláveis no
contentor verde e os resíduos orgânicos no
contentor azul.
O contentor não é destinado a entulhos,
pneus, aparas de jardinagem, móveis velhos e
lixo eletrônico.
Não mude o contentor de lugar.
Após depositar o seu lixo, feche a tampa do
recipiente.
Após a implementação da coleta mecanizada,
o lixo colocado em lixeiras na porta da sua
casa não será mais recolhido, portando, use o
contentor.
Use sacos plásticos para descartar o lixo nos
contentores, colaborando para evitar animais
e insetos perto de sua residência.
Preserve o contentor para que esteja sempre
em bom estado para uso de todos.
Veja o que deve ser colocado em cada um dos
contentores:
MATERIAL RECICLÁVEL
Plástico: Garrafas pet - Sacos - Cano PVC -
Brinquedos - Embalagens e Copos
Vidro: Frascos - Potes - Garrafas - Copos
Papel: Papelão - Caderno - Revistas - Jornais -
Tetra Pak - Cartolinas - Folhetos e Caixas
Metal: Canos - Chapas - Enlatados - Latas -
Tampas e Panelas
MATERIAL NÃO RECICLÁVEL
Orgânico - Restos de alimentos
Resíduo de Banheiro - Papel higiênico - Papel
Toalha - Lenços de Papel - Absorventes e
Papel Engordurado
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21598287&e=577
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17
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Portal JE10
Data: 23/04/2019
Cordeirópolis tem a melhor classificação
da história no ranking verde azul
Dados são da última edição de 2018;
arborização urbana e tratamento de esgoto
são os piores classificados, enquanto conselho
é um dos melhores do estado
O programa 'Município Verde Azul'
divulgou no inicio do mês o ranking que avalia
diversos pontos de gestão ambiental das
cidades do Estado de São Paulo. Cordeirópolis
está na 115° posição, onde a classificação é a
melhor da história do município nos oito anos
de existência do programa, saltou de 439
posições em comparação ao terceiro trimestre
de 2017.
O ranking avalia diversos pontos da gestão
ambiental. Em estrutura e educação ambiental
o município é o 54° colocado com uma nota de
6.57, nas gestões da água a cidade ocupa a
posição 31° e com nota de 8.13,
biodiversidade é a 79° do estado com nota de
6.51, os resíduos sólidos tem nota de 6.37 e
classificado na 113° colocação, a
sustentabilidade é a 67° e nota de 6.89, com
o uso do solo a cidade é a 69° colocada com
nota de 5.86, a qualidade do ar tem
classificação um pouco melhor e fica na 67°
posição e nota de 6.31, o melhor classificado
foi o conselho ambiental, ficou no 9° melhor
do estado com nota 9, um dos grandes
problemas da cidade foi o esgoto tratado,
sendo assim ficou em 223° no ranking com
nota de 2.41 a má classificação também está
presente na arborização urbana com nota de
3.33 e ranking de 131°.
REGIÃO:
Em comparação com algumas cidades da
região de Cordeirópolis é mais bem ranqueada
na classificação geral do que Iracemápolis
(418°), Santa Gertrudes (431°), Cosmópolis
(119°). O município segue atrás de Limeira
(52°), Piracicaba (33°) e Rio Claro (102°).
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21586861&e=577
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18
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Guarulhos Web
Data: 23/04/2019
Quem mora perto de aeroporto possui
mais chances de ter câncer, afirma
especialista
A poluição gerada pelas aeronaves na região
do Aeroporto Internacional de São Paulo, no
bairro de Cumbica, em Guarulhos, é mais
grave do que os gases emitidos por veículos
de passeio, utilitários, ônibus e caminhões.
Quem afirma isto é o professor de Meio
Ambiente e Química da Universidade
Presbiteriana Mackenzie, Rogério Aparecido
Machado.
"A queima do querosene utilizado em aviões
libera susbtâncias aromáticas, como benzeno,
dimetilbenzeno e xileno. Pessoas expostas a
elas possuem uma probabilidade maior de ter
câncer. Isto é provado por um estudo
realizado há dez anos", disse o especialista.
De acordo com Machado, as substâncias se
espalham pelo ar, afetando os funcionários do
aeroporto, bem como, pessoas que vivem na
região.
O professor, no entanto, fez questão de frisar
que este dado não significa que os moradores
e trabalhadores dos bairros próximos ao
aeroporto terão câncer em algum momento da
vida.
"Ninguém pode afirmar que vai acontecer.
Estamos falando de probalidade. Isto tem que
ficar bem claro. Dou até um exemplo bobo.
Uma pessoa que fuma pode morrer sem ter
câncer. Enquanto outra, que nunca colocou
um cigarro na boca, pode ter", ressaltou.
Cetesb
A Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo (CETESB) afirmou, em nota enviada ao
GuarulhosWeb, que o aeroporto está entre as
principais fontes de poluição da cidade, junto
com os veículos que transistam pelas vias do
município e estradas, além das indústrias.
No entanto, apesar disto, a CETESB ponderou
que a qualidade do ar em Guarulhos varia
entre boa e moderada, com poucos dias sendo
classificada como ruim.
Taxa ambiental
A Prefeitura de Guarulhos anunciou na semana
passada que prepara um projeto de lei, que
deve integrar o Código Tributário Municipal,
para instituir a taxa de poluição ambiental,
que será paga por todos os passageiros que
embarquem no Aeroporto Internacional de São
Paulo, instalado no município. O valor - que
ainda será definido após estudos econômico-
financeiros - será pago pelas empresas aéreas
e revertido para ações de preservação do meio
ambiente, como forma de compensar os danos
causados pela poluição gerada pelos aviões
durante os procedimentos de pouso e
decolagem.
A justificativa elaborada por técnicos das
secretarias do Meio Ambiente e da Fazenda
aponta que o aeroporto é um polo gerador de
poluição, a partir das milhares de aeronaves
que aterrissam e pousam todos os dias,
causado degradação ambiental. Desta forma,
é fundamental criar formas de responsabilizar
os agentes causadores, imputando aos
usuários do transporte aéreo um pequeno
valor, que será repassado a ações de
recuperação do meio ambiente em âmbito
municipal, mas de reflexo global.
Segundo o documento que será incluído no
projeto de lei, as atividades aéreas contribuem
sobremaneira ao aquecimento global,
mudanças climáticas e consequentes danos à
saúde pública. Com isso, a instituição da taxa
associada à passagem aérea irá tributar
apenas o passageiro que fomenta a atividade
e, que em sua maioria, é proveniente de
outras localidades. Por sua vez, o cidadão
guarulhense será compensado recebendo as
melhorias ambientais geradas por esse ônus.
A instituição da taxa de poluição ambiental vai
compor o novo Código Tributário Municipal,
que deverá ser apresentado pela Secretaria da
Fazenda ainda no primeiro semestre deste
ano, para vigorar em 90 dias após sua
aprovação pela Câmara Municipal ou a partir
do ano-fiscal de 2020.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21573248&e=577
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19
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo1: Fala Ubatuba
Veículo2: Tamoio News
Veículo3: Ubatuba Acontece
Data: 23/04/2019
Prefeitura de Ubatuba assume
administração da Coambiental
JC Curtis
Em 38 anos de concessão, Sabesp implantou
apenas 40% de rede de esgoto
Após dois anos de negociações com as
concessionárias de abastecimento de água e
esgotamento sanitário do município, na manhã
desta terça-feira, 23, a Prefeitura de Ubatuba
assumiu a administração da Cooperativa de
Saneamento Ambiental da Praia Grande
(Coambiental). Sob decreto que determinou a
requisição, a empresa passa a ser gerenciada
pela municipalidade sob o comando dos
interventores Pedro Vicente Tuzino Leite e Ivo
de Oliveira Lopes Júnior. A Prefeitura, agora,
cobra mais investimentos à Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São
Paulo (Sabesp) como condição para a
renovação do contrato.
A Prefeitura entende que a falta de
investimento e universalização dos sistemas
vem comprometendo o meio ambiente, a
saúde pública, a qualidade do turismo e a
economia da cidade.
De acordo com a secretaria de Assuntos
Jurídicos, a medida de requisição adotada
junto à Coambiental justifica-se por denúncias
realizadas por órgãos ambientais e,
principalmente, pela falta de transparência na
gestão da entidade, que nunca prestou contas.
Operando na Praia Grande há 27 anos, com
licença pela Cetesb para 1.400 ligações, hoje,
atende 5.400. O sistema de tratamento é
insuficiente e o cronograma apresentado em
2013, para ampliação da estação até 2015,
não foi cumprido, além de informações
negadas à municipalidade sobre os serviços
prestados, conforme preconiza a Lei de 2011
que renovou e autorizou a sua permissão.
Sabesp
Há 38 anos operando em Ubatuba, a Sabesp
encontra-se com o contrato vencido desde
2010. Neste período, implantou apenas cerca
de 40% de rede de esgoto e 80% de
abastecimento de água tratada. Estima-se que
a empresa arrecadou R$ 1,2 bilhão e não
investiu o suficiente para o atendimento das
necessidades do município. A Prefeitura
realizou diversas reuniões, enviou inúmeras
notificações solicitando a universalização dos
sistemas em um prazo de 10 anos, mas sem
sucesso. Hoje, Ubatuba está no ranking no
estado de São Paulo como uma das cidades
com o menor índice de cobertura da Sabesp.
A análise da Prefeitura ainda apontou que
ambas concessionárias estão com seus
sistemas superados no que tange o limite de
atendimento das Estações de Tratamento -
ET's e também são responsáveis pelo destino
inadequado dos efluentes dessas ET's, qu são
encaminhados para o rio Acaraú, desaguando
na baia do Itaguá, o que provoca a sua
poluição. Além de ser crime ambiental, ainda
oferece riscos de doenças de veiculação
hídrica, o desestimulo ao turismo e também a
estagnação da construção civil.
Solução
No mês de maio a Prefeitura apresentará, em
audiência pública, o Plano Municipal de
Saneamento Básico, revisado e ampliado.
Neste plano consta a criação de agência
reguladora, o quadro de necessidades para a
efetiva ampliação do sistema de água e
esgoto, a universalização com o menor
impacto nas tarifas aplicadas atualmente.
Para o prefeito de Ubatuba, Delcio Sato (PSD),
a cidade não pode mais conviver com este
descaso. 'Precisamos tomar atitudes que
proporcionem a Ubatuba um salto na
qualidade de vida para todos. Talvez a
municipalização possa ser o caminho para a
solução. Mas, contamos com a participação de
todos preservando nossos rios, ligando suas
residências às redes e apoiando nossas
iniciativas', disse Sato.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social /
PMU
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21583219&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21577399&e=577
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21578777&e=577
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20
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jornal Gazeta do Litoral
Data: 23/04/2019
CETESB libera uso da área da antiga
fábrica Profundir
Área com 30 mil metros quadrados, da antiga
Profundir S/A (em destaque), no bairro
Antártica, agora está reabilitada para uso
residencial e de lazer
A terreno que abrigou a fábrica Profundir, no
bairro Antártica, foi liberado para uso. A
Secretaria do Meio Ambiente de Praia Grande
(SEMA) recebeu o parecer da CETESB em que
a municipalidade obteve o Termo de
Reabilitação de Área para Uso Declarado, por
tempo indeterminado. O Diagnóstico
Ambiental da Qualidade do Solo e Água
Subterrânea e Caracterização de Resíduos
Sólidos, contratado pela Administração,
mostrou que a área foi considerada reabilitada
para uso residencial e de lazer. Questionada
pelo Jornal Gazeta do Litoral, a Prefeitura
informou que ainda está analisando projetos
para o local.
A área foi ocupada até a década de 90 pela
antiga fábrica de produtos para aciaria e
fundição Profundir S/A e agora a Prefeitura
conseguiu dar um importante passo, já que
soluciona um dos mais graves problemas
ambientais da Cidade. 'Há muito tempo
estamos lutando para recuperar essa área,
foram anos de trabalho, várias campanhas de
monitoramento ambiental e agora, enfim
chegou à liberação da CETESB, onde o
Município obteve a permissão para tornar esse
espaço em uma área residencial e de lazer',
explica o Engenheiro Florestal e Secretário
Adjunto de Meio Ambiente, Paulo Eduardo dos
Santos Martins.
O local de mais de 30 mil m² foi abandonado
pelos proprietários e passou a o domínio
público por meio de execução fiscal das
dívidas tributárias do imóvel, em 2005. Motivo
de preocupação por vários anos, a situação da
Profundir foi motivo de denúncia pela mídia e
comunidade por diversas vezes. A empresa
operava com produtos químicos destinados à
aciaria e fundição.
A indústria tinha vários prédios na área, onde
funcionavam laboratório, unidades de placas,
de armazenagem, e de pó isotérmico e
escritório, além da lagoa artificial, utilizada
para lavagem de areia de fundição, e que,
segundo denúncias, serviria de despejo de
dejetos químicos. Ainda em meados de 92, o
Ministério Público promoveu Ação Civil contra
a Prefeitura e contra os proprietários da
empresa que, depois de abandonarem a
indústria, não foram mais localizados.
Medidas - A lagoa foi aterrada pela
Administração no início de 1993, quando a
área passou a ser vigiada para evitar invasões
e risco à saúde pública, até a destinação final
do material abandonado. No mesmo ano, a
Prefeitura removeu 35 toneladas de resíduos
Classe I (perigosos) e 82 toneladas de Classe
II (não perigosos), enviados para aterros
industriais autorizados, em São José dos
Campos e em Tremembé.
Começavam a correr processos
administrativos, por parte da Prefeitura, que
agora conseguiu diagnóstico. O importante
passo para a utilização foi a decretação de
utilidade pública, assinada prefeito Alberto
Mourão, em 1994.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21560987&e=577
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21
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Gazeta de Piracicaba
Data: 24/04/2019
Combate ao fogo
Gaema reuniu 15 cidades, órgãos e empresas
para estruturar rede de ação e prevenção
Reduzir os focos de incêndios em áreas
urbanas, de floresta e rurais na região, foi o
objetivo da reunião promovida ontem, na sede
do Ministério Público de Piracicaba, pelos
promotores de Justiça do Grupo de Atuação
Especial do Meio Ambiente (Gaema Núcleo PCJ
Piracicaba). A ideia é que os municípios que
ainda não aderiram à Operação Corta Fogo
possam se estruturar para integrar essa rede
de combate aos incêndios.
Para a promotora de Justiça Alexandra
Facciolli Martins é importante essa adesão
para instituir uma rede regional de
atendimento às emergências para os órgãos
de combate ao incêndio terem mais eficiência,
como também as ações preventivas.
“Algumas cidades não contam com equipes de
Defesa Civil e nem do Corpo de Bombeiros.
Isso faz com que elas dependam de outras
cidades, ou até mesmo das equipes de
brigadas das empresas. É preciso que seja
definido um plano de ação que possa ser
colocado em prática em caso de emergências”,
afirmou.
A ação do Gaema foi motivada também
porque o núcleo é o quarto colocado em maior
número de focos de incêndio entre todos os
núcleos do grupo do Estado de São Paulo.
“Desde a implantação da operação e o início
do monitoramento por satélite houve melhora,
a fiscalização se tornou mais imediata da
Polícia Militar Ambietal, mas ainda são
necessários ajustes para mais eficiência, como
a troca de infomiações entre os órgãos que
atuam nesses casos”, disse a promotora.
Na reunião, representante da Cetesb
Piracicaba relatou que no ano passado
aumentou a consulta à Polícia Militar
Ambiental nos casos de ocorrências de
queimada de cana-de-açúcar e está
aprimorando o uso de tecnologia de
localização para os fiscais encontrarem com
mais rapidez os focos de incêndio nos
canaviais denunciados pela população.
Ações criminosas e irresponsabilidade
O comandante do 16º Batalhão do Corpo de
Bombeiros, tenente coronel Harley ressaltou
que na área urbana há uma multiplicidade de
focos de incêndio na estiagem e, na zona
rural, os eventos tendem a ter proporções
maiores. O capitão Cavelari, do Coipo de
Bombeiros de Piracicaba, afirmou que é
preciso mais compromisso da população em
evitar os incêndios, principalmente nos
terrenos, que devem ser mantidos limpos e as
ocorrências são passíveis de multas aplicadas
pelo Pelotão Ambiental.
Representantes da Raízen informaram aos
promotores que as queimadas causam
prejuízos à produção de açúcar, etanol e
energia elétrica.
Os fatores que levam às queimadas nos
canaviais são criminosos ou acidentais,
segundo eles. Nem a usina nem os produtores
têm interesse em queimar a cana, porque o
processo também prejudica o solo e a brota da
cana, além do que a palha foi incorporada ao
processo de produção.
Eles contaram que os incêndios podem ser
causados por queima de lixo e resíduos
jogados no canavial que levam ao incêndio,
como vidro e alumínio Até bituca de cigarro.
Por isso os motoristas que atuam nos
canaviais são proibidos de fumar nos
caminhões. Também relataram que em uma
fazenda da empresa, em Santa Bárbara
D’Oeste, encontraram 32 carcaças de veículos
roubados, algumas queimadas, o que contribui
para o incêndio. A usina mantém equipes de
brigada de incêndio que dão apoio às
ocorrências nas cidades pequenas.
Satélite identifica focos de incêndio
No ano passado, o satélite do Inpe registrou,
em Piracicaba 33 focos de incêndio. Três
ocorrências a menos que em 2017, mas
superior a 2016, que teve 25. “A maioria delas
acontece no período da estiagem, de maio a
agosto. Por esse motivo, essa reunião foi
importante e outras serão realizadas, para
alinhar as ações e reduzir as ocorrências. Elas
causam danos ao meio ambiente, às áreas
florestais e de preservação permanente, à
qualidade do ar e os prejuízos à fauna e à
saúde humana”, afirmou Alexandra.
Os incêndios também podem causar acidentes
nas rodovias e danos ao patrimônio. "Temos
pontos críticos principalmente na SP-304,
22
Grupo de Comunicação e Marketing
rodovia Luiz de Queiroz, que tem grande
adensamento populacional. Num trecho de
290 quilômetros da nossa gestão, a média
mensal foi de sete toneladas de lixo
recolhidas, no ano passado”, disse o
engenheiro chefe do Departamento de
Estradas e Rodagem (DER) da região de
Piracicaba, João Davi Pavani.
Da Gazeta de Piracicaba
Adriana Ferezim
http://cloud.boxnet.com.br/yx94u7vx
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Data: 24/04/2019
23
Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS Veículo: O Povo online
Data: 23/04/2019
Exportações impulsionam desmatamento
no Brasil e Indonésia
Estudo afirma que um terço do CO2 liberado
pelo desmatamento está ligado às exportações
de commodities, como carne bovina, óleo de
palma e soja, e questiona atual método de
atribuição de emissões aos países.
A margarina que o cientista Martin Persson
passa em seus sanduíches todas as manhãs
não lhe tira o sono à noite – mas deixa uma
leve sensação de culpa. Persson, pesquisador
da Universidade Chalmers, na Suécia, é
vegano, mas ele sabe que seu inocente café
da manhã ajuda a destruir florestas a cerca de
dez mil quilômetros de distância.
Há muito se sabe que o óleo de palma
presente na margarina e outros alimentos
cotidianos, assim como a carne bovina e a
soja, impulsionam o desmatamento em países
como o Brasil e a Indonésia.
Mas agora, Persson e uma equipe
internacional de pesquisadores calcularam
quanto a demanda externa por commodities
impulsiona essa destruição.
O estudo, publicado na semana passada,
descobriu que de 29% a 39% do dióxido de
carbono liberado pelo desmatamento é
causado pelo comércio internacional, que leva
agricultores a derrubar florestas para abrir
espaço para plantações, pastagens e cultivos
que produzam bens frequentemente
consumidos no exterior.
Os autores escreveram que, em muitos países
ricos, as emissões "embutidas" nas
importações – relacionadas ao desmatamento
– são maiores até do que as geradas pela
agricultura local.
"Os responsáveis não são somente os
consumidores dos países onde ocorre o
desmatamento – isso também é causado por
consumidores em outros lugares", diz Ruth
Delzeit, chefe de meio ambiente e recursos
naturais do instituto de estudos econômicos
IfW, de Kiel.
Isso é importante para contabilizar as
emissões de CO2 e decidir a quem atribuí-las.
"A ONU atribui as emissões aos países onde
elas são produzidas", comenta Jonas Busch,
economista-chefe do Earth Innovation
Institute, que luta contra o desmatamento e
pela segurança alimentar em países como
Brasil, Colômbia e Indonésia.
Na Alemanha, por exemplo, isso significa que
as emissões de uvas cultivadas localmente são
computadas como alemãs – mas não as
emissões da margarina feita com o óleo de
palma importado da Indonésia.
A destruição das florestas e matas da Terra,
que retiram e armazenam o CO2 da
atmosfera, é um grande obstáculo na luta
para conter as mudanças climáticas.
O problema se agrava ainda mais, dizem os
especialistas, através de cadeias de
fornecimento e produção complexas, que
distanciam os consumidores dos danos
decorrentes da fabricação dos produtos.
Para estimar as pegadas de carbono do
desmatamento por país e mercadoria, a
equipe de pesquisa na Suécia combinou dados
do fluxo de comércio com imagens de satélite
de mudanças no uso da terra entre 2010 e
2014.
Eles não consideraram a perda florestal de
atividades não agrícolas – como mineração,
urbanização ou incêndios florestais naturais –,
que causam cerca de 40% do desmatamento.
Na África, eles descobriram que quase todas
as emissões relacionadas à destruição das
florestas permaneceram dentro do continente.
Mas, na Ásia e na América Latina, quantidades
consideráveis do CO2 liberado através da
queima e corte de árvores foram, na prática,
exportadas para a Europa, América do Norte e
Oriente Médio.
De quem é a responsabilidade?
As diferentes formas de contagem de
emissões, ou no lugar onde o CO2 é emitido
ou onde os produtos cuja produção o liberam
são consumidos, levanta questões difíceis
sobre de quem é a responsabilidade.
"Você poderia dizer que a União Europeia [UE]
é apenas uma pequena parte do problema",
afirmou Persson, referindo-se à alta parcela de
consumo que não deixou as regiões tropicais,
mas que foi consumida domesticamente.
A maior parte das emissões de desmatamento
teve origem apenas em quatro commodities:
madeira, carne bovina, soja e óleo de palma.
Na Indonésia e no Brasil, respectivamente o
quarto e o quinto país mais populoso do
Data: 24/04/2019
24
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mundo, o óleo de palma e a carne bovina têm
enormes mercados domésticos.
Mesmo assim, a contribuição europeia é
significativa, ressalva Persson.
"Na UE, queremos reduzir nosso próprio
impacto nas mudanças climáticas – e essa é
uma parte importante do impacto causado por
nós".
Em clara discordância com a contagem
tradicional do dióxido de carbono, os
pesquisadores estimaram que cerca de um
sexto do CO2 liberado por uma típica dieta
europeia pode ser ligada ao desmatamento em
regiões tropicais, por meio de produtos
importados.
"Foi uma surpresa para mim", comenta
Persson.
"Sim, importamos muita comida, mas a
maioria dos alimentos que consumimos na UE
é produzida internamente."
O Brasil exportou um recorde de 1,64 milhão
de toneladas de carne bovina em 2018,
segundo dados da Associação Brasileira das
Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), um
aumento de 11% comparado com 1,48 milhão
de toneladas exportadas em 2017.
A Indonésia é a maior produtora mundial de
óleo de palma, que está presente cada vez
mais em produtos do cotidiano, como
margarina, barras de chocolate, nutella,
sabonetes e shampoo.
"O óleo de palma é uma das mais importantes
commodities de exportação, então é possível
rastrear os efeitos do desmatamento desse
comércio, e isso tem um grande impacto na
Indonésia", diz o cientista Ahmad Dermawan,
do Centro Internacional de Pesquisa Florestal
(Cifor). .
Além de emitir CO2, a queima e a derrubada
das florestas também podem causar
deslocamento de pessoas, perda de habitat e
inundações.
No Brasil, terras indígenas estão ameaçadas
por lavouras. Na Indonésia e na Malásia, mais
de 100 mil orangotangos foram mortos desde
1999, de acordo com um estudo publicado no
ano passado.
Consumo crescente Os especialistas temem
que o desmatamento e a destruição associada
a ele continuem aumentando à medida que
países emergentes se tornem mais ricos.
A Índia já é o maior importador de produtos
oleaginosos indonésios.
A alta do ano passado nas exportações
brasileiras de carne bovina, por sua vez, foi
impulsionada por um aumento de 53% na
demanda chinesa entre 2017 e 2018, segundo
dados da Abiec.
"Podemos ver que as exportações para a Índia
e a China aumentarão maciçamente no futuro
[à medida que crescerem] sua renda per
capita", informa Delzeit.
"Eles se aproximam das dietas ocidentais, o
que inclui o aumento do consumo de carne."
Isso tem efeitos para as nações mais ricas,
que podem argumentar que sua contribuição
para o desmatamento é proporcionalmente
pequena.
"A UE e os EUA estabeleceram um padrão
global que está sendo absorvido cada vez mais
na China, na Índia e em outros mercados
emergentes", diz David Kaimowitz, diretor de
recursos naturais e mudanças climáticas da
Fundação Ford.
"Se eles veem empresas ou países que
importam muito desmatamento em seus
produtos sendo criticados publicamente ou
responsabilizados, isso não é passado para as
suas próprias políticas."
Os mercados de óleo de palma, soja e carne
bovina são dominados por um pequeno grupo
de multinacionais, algumas delas com sede na
Europa e na América do Norte.
"Se a UE puder pressioná-las a mudar suas
práticas de produção, isso pode ter efeitos em
outros países", afirma Persson.
Mas uma recente decisão da UE de classificar
o óleo de palma em biocombustíveis como
insustentável, em parte devido a
preocupações da opinião pública sobre o
desmatamento, provocou temores de uma
guerra comercial entre o bloco europeu e os
dois maiores exportadores de óleo de palma
do mundo, a Indonésia e a Malásia.
Esses países acusaram a UE de protecionismo
por reprovarem o óleo de palma sem abordar
as preocupações associadas ao cultivo de
óleos vegetais menos eficientes, como a colza.
O ministro da Coordenação da Economia da
Indonésia, Darmin Nasution, disse neste mês
em Bruxelas ser irônico que a UE, que
derrubou uma parcela muito maior de suas
florestas, estivesse dando conselhos de gestão
florestal a países ricos em árvores.
Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Ele também apontou a contribuição do óleo de
palma para o alívio da pobreza.
"O foco da perspectiva europeia é o
desmatamento, a mudança do uso da terra e
assim por diante", observa Dermawan.
"Mas, da perspectiva da Indonésia, trata-se de
pequenos agricultores, desenvolvimento e
meios de subsistência. Isso também deve ser
discutido e contextualizado."
Fonte: DW | dw-world.de
https://mobile.opovo.com.br/noticias/saude/2
019/04/23/exportacoes-impulsionam-
desmatamento-no-brasil-e-indonesia.html
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Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Diário Oficial de São Paulo
Data: 24/04/2019
Reduzir o uso de plásticos trará mais
sustentabilidade
Da Assessoria do Deputado Mauro Bragato
A quantidade de resíduos plásticos nos mares
e oceanos vem aumentando de forma
alarmante, trazendo males ao nosso
ecossistema. Pensando na preservação
ambiental, o deputado Mauro Bragato propôs
um projeto de lei que diminui a produção de
materiais plásticos descartáveis no Estado de
São Paulo.
De acordo com o texto do PL 209/2019, fica
proibida a fabricação de materiais plásticos
descartáveis após o primeiro uso. A proposta é
compatível com legislações de países
europeus. Em caso de descumprimento, as
empresas serão multadas em cerca de 500
Unidades Fiscais do Estado de São Paulo
(Ufesps), equivalentes a R$ 13 mil.
O parlamentar explicou que o objetivo do
projeto é reduzir o número de resíduos
plásticos descartados no meio ambiente,
principalmente no ecossistema aquático, bem
como preservar a saúde humana e favorecer a
transição para a economia sustentável. “O
plástico é um material largamente disponível e
persistente, cujos impactos nocivos e os
efeitos geralmente tóxicos vêm crescendo à
medida que o material se acumula, ano após
ano nos oceanos”, afirmou.
Os estabelecimentos poderão fornecer
materiais em papel reciclável, material
comestível ou biodegradável, embalados
individualmente em envelopes
hermeticamente fechados feitos do mesmo
material.
A proposta está em tramitação na Assembleia
Legislativa de São Paulo.
http://cloud.boxnet.com.br/yync2fn5
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Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Boas Práticas net
Data: 24/04/2019
Mayekawa implementa no Brasil primeiro
sistema industrial de CO2 Brine em nova
fábrica de alimentos
Seguindo as tendências normativas da Europa,
que têm por objetivo instalar tecnologias que
promovam a geração de eficiência energética
e que reduzam a quantidade de amônia em
circulação no sistema, uma multinacional
francesa do setor alimentício contratou a
Mayekawa do Brasil para desenvolver o
sistema de refrigeração para o congelamento
e resfriamento dos seus produtos em sua nova
fábrica brasileira, que prioriza instalações com
baixa carga de fluidos refrigerantes, bem
como o uso de fluidos naturais.
Se por um lado o sistema com amônia é
extremamente eficiente energeticamente, por
outro há riscos maiores devido a sua
toxicidade, como quando ocorre um
vazamento, por exemplo. Para resolver essa
questão, o Grupo Mayekawa tem se dedicado
a desenvolver sistemas de refrigeração
indireta que utilizam CO2 Brine para o
resfriamento ou congelamento do produto ou
para climatização. Neste caso, a carga de
amônia é reduzida quando se usa CO2 como
fluido refrigerante secundário (Brine),
otimizando a eficiência energética e
diminuindo o nível de toxicidade, aumentando,
assim, a segurança operacional do sistema de
refrigeração.
'Por ser um fluido natural de baixo custo e
com uma baixa viscosidade dinâmica, o CO2
tem sido uma ótima opção de fluido
secundário seguindo a tendência dos fluidos
refrigerantes naturais', comenta Silvio
Guglielmoni, diretor comercial da Mayekawa
do Brasil.
O supervisor comercial da Mayekawa do
Brasil, Ricardo César dos Santos, explica que o
sistema de CO2 Brine foi desenvolvido
inicialmente pelo Grupo Mayekawa, ou seja, é
a companhia que detém globalmente o
pioneirismo e a expertise neste sistema. 'Ao
não bombear amônia para os evaporadores de
ar forçado nos espaços refrigerados, utiliza-se
uma pequena carga desse fluido refrigerante
na sala de máquinas no estágio primário do
ciclo de refrigeração para reduzir a
temperatura do CO2 para congelados (-30°C)
e resfriados (-10 °C). O CO2 é bombeado para
os evaporadores de ar forçado como um fluido
secundário. Através da aplicação da solução
Mayekawa com CO2 Brine, conseguimos obter
uma redução significativa aproximada de 90%
da carga de NH3 de 3.000 Kg para 280 Kg
com aplicação do CO2. Também reduzimos a
pressão de projeto em aproximadamente 60%
de 120 bar do sistema CO2 convencional
transcrítico para 40 bar no sistema CO2 Brine
Mayekawa, mitigando consideravelmente os
riscos operacionais.'
Com os sistemas de refrigeração
desenvolvidos pelo Grupo Mayekawa operando
com CO2 Brine, a indústria alimentícia reduziu
o volume de amônia em 90%, além de
aumentar a eficiência energética dos sistemas.
Com 50 anos de presença no Brasil, a
Mayekawa recorreu a outra cinquentenária
para colaborar com o projeto da nova planta
alimentícia: a dinamarquesa Danfoss, que
forneceu para a instalação de CO2 Brine
válvulas ICF, sensores de nível, válvulas de
segurança, válvulas de bloqueio, válvulas de
controle de pressão e pilotos. A Danfoss tem
desenvolvido controles e válvulas em estreito
diálogo com a comunidade de refrigeração
industrial com foco no CO2.
'Com grande presença na América Latina, a
Danfoss tem produtos certificados
internacionalmente e que seguem as diretrizes
da Europa. O Grupo Mayekawa sempre teve o
cuidado em escolher parceiros com excelência
e a Danfoss é um deles', acrescenta Santos.
A nova fábrica do setor alimentício é a
primeira instalação no país em que a
Mayekawa do Brasil usa CO2 Brine e um
segundo projeto já está em desenvolvimento,
desta vez para um frigorífico de grande porte.
Além do Brasil, a multinacional japonesa já
aplicou o conceito de CO2 Brine em outros
países da América Latina, sendo dois projetos
no Equador e um na Argentina. Na Ásia, o
Grupo Mayekawa também está presente em
mais de 500 instalações de refrigeração
industrial utilizando o CO2 Brine.
Vantagens do CO2 Brine como fluido
secundário:
Menor volume de NH3 (redução de 85 a
90%); Melhor eficiência energética total entre
sistemas CO2 Brine x CO2 Cascata; Segurança
Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
(menor impacto se há vazamento, benefício
no seguro industrial, atóxico, não inflamável,
agilidade para obtenção de licenças
ambientais); Menor impacto ambiental (GWP,
ODP); Menor impacto no estudo e
gerenciamento de risco - EAR ou PRG (CETESB
P4.261); Custo de implantação e operação
similar aos sistemas convencionais; Custo de
manutenção mais baixo (reposições de óleo,
overhaul, compressor x bomba) quando
comparado com sistemas de compressão de
CO2 Cascata; Sistema com operação similar
ao sistema NH3 bombeado convencional;
Sistema de controle e operação simplificados;
Evaporadores de ar forçado com redução de
tamanho e peso; Bombas secundárias com
reduções significativas de potência;
Tubulações com redução nos diâmetros;
Sistema secundário isento de óleo; Sistema
secundário isento de ar, por operar com
pressão positiva a baixa temperatura; Baixa
Pressão de CO2, ou seja, similar ao sistema
NH3 convencional.
'Construir e projetar sistemas de refrigeração
confiáveis, com excelente custo-benefício e
ecologicamente corretos, usando CO2 como
fluido secundário e utilizando o know-how
japonês com mais de 90 anos de atuação no
mundo são os conceitos do Grupo Mayekawa',
finaliza Silvio Guglielmoni.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21610289&e=577
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Data: 24/04/2019
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Veículo: O Globo / Opinião
Data: 24/04/2019
Amazônia: a cada dia, uma agonia
Leonel Kaz
O senador Flávio Bolsonaro apresentou projeto
de lei que pretende acabar com a reserva legal
em propriedades rurais. No caso da Amazônia,
esta reserva corresponde a 80% dessas
propriedades. Há uma razão de ser para essa
proporção.
Na série atual Nosso Planeta, que o senador
poder ia ver na Netflix, é demonstrado que
cada árvore frondosa da Amazônia libera
1.000 litros de água por dia, por meio da
evapotranspiração. Os bilhões de toneladas de
água somados saem da Amazônia e vão
desaguar em todo o país, principalmente na
Região Sudeste, por meio dos chamados "rios
voadores". Esses "rios" são massas carregadas
de vapor d'água, nem sempre visíveis como
nuvens, tocadas pelo movimento dos ventos.
Assim, fica claro que este não é um projeto de
destruição da distante Amazônia; é de
destruição total do Brasil próximo. Além do
aquecimento global, em função das emissões
de carbono e da poluição generalizada, como
se não faltasse mais nada - a cada dia, uma
agonia - vem agora o senador fazer uma
proposição completamente aniquiladora da
flora, da fauna, englobando aí as mínimas
condições para a vida humana. Insisto, a vida
humana não apenas na Região Amazônica; o
que lá ocorre depende de nossa sobrevivência
aqui no Rio, São Paulo. Em todo o planeta.
Quando editamos o livro Amazônia
Flora/Fauna, o botânico Luiz Emygdio de Mello
Filho alertava: "A Amazônia é uma área
crítica, em relação a qualquer avaliação que
diga respeito ao futuro da Terra, da
humanidade e desse país em que vivemos.
Para bem pensar a Amazônia em sua
complexidade, exige-se uma compreensão
dilatada, maior que as visões estereotipadas,
emitidas com base em preconceitos políticos e
econômicos. Isso torna-se evidente em
posições comumente assumidas por
parlamentares (...)"
Evidente que o tesouro amazônico não é o do
lucro agropecuário; isso é de um anacronismo
gritante. A proposta é uma regressão
socioeconômica. Como continua Luiz Emygdio:
"A intensificação das formas antiecológicas de
exploração configura ameaças como
alterações climáticas, extinção maciça de
espécies animais e vegetais, com a perda
insubstituível de um patrimônio genético não-
recuperável, exatamente agora que a
biotecnologia se configura como promissora
fronteira científica."
O cientista Antonio Nobre, do Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais, relatou:
"Medimos a evaporação da floresta em
milímetros. No caso da Amazônia, o número é
de cerca de 4 milímetros por dia. Isso significa
que, em um metro quadrado haveria quatro
litros de água. Uma árvore frondosa, com copa
de 20 metros de diâmetro, transpira mais de
1.000 litros em um único dia. Na Amazônia,
temos 5,5 milhões de quilômetros quadrados
ocupados por florestas nativas, com
aproximadamente 400 bilhões de árvores.
Fizemos a conta e surgiu o incrível número de
20 bilhões de toneladas (ou 20 bilhões de
litros de água) que são produzidos todos os
dias pelas árvores da Bacia Amazônica."
O derretimento das calotas polares, o
aquecimento das águas dos oceanos, os
rigores impostos pelas enchentes ou secas,
tudo quanto vem nos atingindo, será ampliado
com o desmatamento desenfreado que ora é
proposto. Ainda corremos o risco de
retornarem as propostas de
"internacionalização" da Amazônia?
Cada um de nós, em Nova York ou Brasília, no
bairro da Muzema ou na Vieira Souto, vai
sentir na pele, na dizimação das condições
ambientais mínimas, o resultado inexorável
desta absurda proposta. Não é exagero dizer
que a Amazônia não está longe; ela está ao
nosso lado, mais que nossos próprios filhos,
porque é ela que nos dá água, é ela que nos
permite respirar. Temos de nos unir e nos
revoltar, por todas as vias legais, para impedir
este massacre da Amazônia. E de nós
mesmos.
Leonel Kaz é jornalista e editor de Amazônia
Flora/Fauna, Edições Alumbramento, 1993
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21603438&e=577
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Data: 24/04/2019
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Veículo: G1 Natureza
Data: 24/04/2019
Permissão para caça do javali com cães,
armadilhas e armas agora pode ser
solicitada em processo digital
Solicitações deviam ser feitas pessoalmente
em sedes do Ibama antes da nova regra. Nova
instrução normativa, de 25 de março, detalha
como deve ser feita a caça.
Uma nova instrução normativa, publicada em
25 de março, detalha a regulamentação para
controle e manejo do javali no Brasil. O animal
é considerado uma das espécies exóticas
invasoras mais prejudiciais ao meio ambiente
e à economia. Sua caça foi autorizada em todo
o país em janeiro de 2013. No Brasil já
existem 44.408 registros ativos de
"controladores" autorizados a capturar e
abater javalis. Pelo menos 563 municípios
brasileiros já foram oficialmente afetados pelo
javali.
O processo de autorização para caça, que era
feito no papel, passa a ser 100% digital. A
normativa também dá detalhes de como
devem ser as armadilhas usadas para a
captura do animal e regulamenta o uso de
cães. Fica permitido ainda o uso de armas
brancas para o abate dos animais capturados.
Na primeira legislação, de 2013, o uso de
cães, armas brancas e armadilhas não era
proibido, mas não havia detalhes de como
esses artifícios deveriam ser empregados.
20% das 'espécies exóticas invasoras' no
Brasil estão em SC e causam prejuízos para
natureza e economia
'Bioinvasão' com aproximadamente 200 mil
javalis causa prejuízos e reação de caçadores
em SC
Agora, cães de caça envolvidos no controle do
javali devem portar colete peitoral com
identificação e seus responsáveis precisam
carregar um atestado de saúde emitido por
médico veterinário, além da carteira de
vacinação do cão. O Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (Ibama) também determina as
medidas de cada curral ou gaiola usados como
armadilhas e reforça a proibição de artifícios
capazes de matar ou ferir os javalis
capturados.
Outra novidade é que o cadastro das
propriedades onde ocorrem as ações de
controle passa a ficar vinculado ao número de
Cadastro Ambiental Rural (CAR). A medida é
considerada importante para o mapeamento
das regiões de ocorrência de javalis.
Até a publicação da nova normativa, a
legislação vigente no Brasil datava de janeiro
de 2013. No decreto do Ibama que autorizava
o controle do javali havia previsão de que,
enquanto não houvesse um sistema digital,
todos os pedidos deveriam ser feitos
pessoalmente.
'Enquanto não for implementado o sistema
eletrônico de informação para controle de
espécies exóticas invasoras as solicitações de
autorizações, as declarações e os relatórios
devem ser encaminhados às unidades do
Ibama nos estados', declara a instrução
normativa de 2013.
Agora, para obter autorização para o manejo é
preciso fazer uma inscrição online no Cadastro
Técnico Federal (CTF), do Ibama, na categoria
'Manejo de fauna exótica invasora'. Depois de
realizado o cadastro, é necessário se registrar
no Sistema de Informação de Manejo de
Fauna (Simaf), que também é gerido pelo
Ibama.
No Simaf ficam cadastradas todas as
propriedades onde o caçador pretende fazer o
manejo do javali. Após análise, o Ibama pode
conceder autorização inclusive para caça em
unidades de conservação como parques e
florestas nacionais. As autorizações são
específicas para cada propriedade e têm
validade máxima de três meses.
Após as ações, os controladores precisam
apresentar relatórios com o número de javalis
abatidos. Os relatórios também são específicos
para cada propriedade e devem ser entregues
em até três meses contados a partir da data
em que a autorização foi concedida.
As novas regras do Ibama são consideradas
positivas por Virgínia Santiago, pesquisadora
da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) que estuda a invasão
de javalis no Brasil. Segundo Santiago, a
digitalização vai facilitar o processo tanto para
o Ibama quanto para os controladores de
fauna, que tinham dificuldades para acessar as
unidades do Ibama.
Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
'Antigamente era tudo no papel e a gestão fica
muito prejudicada', explica. 'Já havia a
previsão de informatização dos procedimentos
desde a primeira normativa mas, até agora,
isso ainda não havia sido implementado."
Para o abate é permitida a utilização de cães
de caça, de armas brancas ou de armas de
fogo registradas junto ao Exército na categoria
Caçador, Atirador ou Colecionador (CAC). Já a
captura dos animais pode ser feita também
com armadilhas.
De acordo com a nova instrução normativa,
fica permitido somente o uso de armadilhas do
tipo jaula ou curral. Esses dois modelos são
considerados mais adequados em termos de
bem-estar animal, segurança e eficiência do
que as armadilhas de gaiola. Também são
proibidas as armadilhas de laço ou os
dispositivos que envolvem o acionamento
automático de armas de fogo.
Incluído em um anexo da nova norma, um
guia para o produtor rural produzido pelo
Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio) traz instruções para a
construção desse tipo de artifício. No material,
há a lista de materiais e os procedimentos
necessários para a confecção de uma jaula de
50 metros quadrados com o custo estimado
em cerca de R$ 1,4 mil.
Em nota, o Ibama disse ao G1 que as regras
atendem a demandas de pequenos produtores
rurais:
'A mudança relacionada ao uso das armadilhas
foi incorporada por representarem um método
eficaz de captura e controle, complementar a
outras medidas. Além disso, atende aos
agricultores de baixa renda, que não teriam
recursos para arcar com os gastos
relacionados às armas de fogo.'
"Era necessária uma descrição mais
detalhadas das armadilhas mais adequadas",
defende Virgínia Santiago, da Embrapa.
"Desse jeito você evita prejuízos aos outros
animais que podem acabar sendo capturados
além do javali."
O Ibama destaca que o uso de armas brancas
e cães também não são inovações. "Antes da
nova instrução normativa, esses dois métodos
já estavam entre os mais utilizados nas ações
declaradas nos relatórios de manejo recebidos
pelo Ibama", diz o instituto.
O uso de substâncias químicas continua
proibido pelo Ibama, salvo autorização de
manejo extraordinária concedida pelo órgão.
"As autorizações referentes a estes pedidos
sempre passarão por análise específica e o uso
de venenos segue vedado", afirma o órgão.
Os javalis capturados por cães ou por
armadilhas devem ser abatidos no local da
captura, já que é proibido o transporte de
animais vivos. O texto da norma destaca que,
caso sejam empregados cães no abate do
javali, é importante que ele ocorra de forma
rápida, sem que provoque o sofrimento
desnecessários aos animais envolvidos. Além
disso, o Ibama determina que produtos e
subprodutos obtidos por meio do abate de
javalis vivendo em liberdade não podem ser
distribuídos ou comercializados.
Hoje existem 44.408 registros ativos no Ibama
para controle do javali. Rio Grande do Sul e
São Paulo são os estados onde há mais
controladores de fauna exótica no Brasil. Os
registros de armas de fogo do tipo
Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CAC)
no Exército está crescendo: de 2016 para
2017 a quantidade de armas nessa categoria
pulou de 35.042 para 57.886, um aumento de
65%. O número de javalis abatidos também
está em ascensão: foi de 1.345 em 2013,
quando a caça passou a ser permitida, para
8.146 em 2016, data do último levantamento
do Ibama.
Apesar do aumento, a caça ainda está longe
de resolver o problema dessa espécie invasora
no Brasil. 'A gente ainda está um pouco
aquém em relação a quantidade de bichos que
tem na natureza', afirma Carlos Salvador,
biólogo consultor do Plano Javali, do Ibama.
O pesquisador destaca, além do baixo número
de controladores registrados, a frequência
com que esses caçadores empreendem ações
de manejo. 'Um caçador é pouco para uma
região muito contaminada e, se ele vai só de
final de semana ou caça 3, 4 vezes ao ano, ele
não vai dar conta da reprodução da espécie.'
A invasão de javalis no Brasil causa prejuízos
para a agricultura e também ameaça a
suinocultura. Como o javali e o porco
doméstico são da mesma espécie, uma
eventual epidemia nos javalis que vivem
soltos poderia acometer os suínos de criação,
representando um risco à saúde do rebanho.
Data: 24/04/2019
32
Grupo de Comunicação e Marketing
Além disso, o animal também ataca
plantações. A cultura de milho costuma ser a
mais atingida pelo suíno. Além de comer o
grão quando a espiga está formada, o javali
também se alimenta do adubo e das
sementes, logo no início do cultivo, e derruba
pés de milho por onde passa.
Apesar de necessária para reduzir o impacto
da espécie, a caça do javali também tem
efeitos colaterais, explica Carlos Salvador. As
estratégias para controlar a espécie também
podem afetar populações de animais nativos,
como a queixada e o cateto, que são
confundidos com javalis pelos caçadores (veja
diferenças e semelhanças no infográfico
abaixo).
Para evitar que animais nativos sejam
prejudicados, a nova normativa do Ibama
prevê que as armadilhas sejam visitadas
diariamente para a libertação de animais de
espécies que não são alvo de manejo. Além
disso, a visitação diária garante que os javalis
capturados sejam abatidos rapidamente para
evitar maus tratos.
"Em caso de comprovação de caça de animais
silvestres nativos, adulteração ou falsificação
de documentos ou informações, as atividades
serão embargadas cautelarmente", determina
o Ibama.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=21613445&e=577
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Data: 24/04/2019
33
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Exame.com
Data: 24/04/2019
Brasil tem indicadores de água e esgoto
piores que os de 105 países
São Paulo — Oitava economia do mundo, o
Brasil está atrás de 105 países em relação aos
indicadores de acesso a água e esgoto.
Segundo o Panorama da Participação Privada
no Saneamento 2019, com base em dados
internacionais, o desempenho brasileiro é pior
que o verificado nos países vizinhos, como
Chile, México e Peru. A Bolívia chega a ter
índice de atendimento de água maior que o do
Brasil.
Para mudar essa situação, o país precisaria
investir cerca de R$ 20 bilhões por ano –
montante que nunca foi alcançado. Em 2016,
por exemplo, foram investidos R$ 11,33
bilhões em saneamento, ou seja, 0,18% do
PIB nacional. Em 2017 esse montante caiu
para R$ 10,05 bilhões. A questão é que, além
de não alcançar a universalização, os serviços
prestados também não são adequados. Para
se ter ideia, a perda de água no País
representa cerca de R$ 10 bilhões por ano –
ou seja, todo o volume investido no setor.
Importante indicador de desenvolvimento de
um país, o saneamento básico também tem
reflexos na saúde da população. Dados do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), compilados no Panorama 2019 da
iniciativa privada, mostram que 1.933
municípios (34,7% do total) registraram
ocorrência de epidemias ou endemias
provocadas pela falta de saneamento básico
em 2017.
Dengue
A doença mais citada pelas prefeituras foi a
dengue. No período, 1.501 municípios (26,9%
do total) registraram ocorrência da doença –
transmitida pela picada do mosquito Aedes
Aegypti, que se reproduz em água parada.
Outras doenças com grande incidência,
provocadas pela falta de saneamento, foram a
disenteria (23,1%) e verminoses (17,2%) –
que têm efeito negativo na economia, seja por
causa dos gastos com internação ou pelos
afastamentos do trabalho.
Segundo o Panorama, considerando o avanço
gradativo do saneamento, em 20 anos (2016
a 2036), o valor da economia com gastos com
a saúde – seja pelos afastamentos do trabalho
ou pelas despesas com internação no Sistema
Único de Saúde (SUS) – alcançaria R$ 5,9
bilhões no País.
Regulação afasta iniciativa privada do
saneamento
As barreiras regulatórias têm impedido o
avanço da iniciativa privada no setor de
saneamento básico no Brasil, hoje considerado
o setor mais atrasado da infraestrutura. Em
dez anos, a participação das empresas
privadas saiu de 3,89% para 5,83% das
cidades brasileiras. Isso significa apenas 325
municípios com algum atendimento privado
num total de 5.570, segundo o Panorama
2019, que será lançado hoje pela Abcon e
Sindicon (associação e sindicato das
concessionárias privadas) .
O problema é que, do outro lado, o setor
público não tem dinheiro – nem capacidade de
endividamento – para bancar os investimentos
necessários para a universalização dos
serviços básicos de saneamento. Nos últimos
anos, o volume aplicado no setor ficou em
torno de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB)
enquanto a meta do Plano Nacional de
Saneamento (Plansab) é de 0,33%.
O resultado dos baixos investimentos são 100
milhões de brasileiros sem acesso à rede de
esgoto e 35 milhões sem acesso à água
potável – números que saltam aos olhos de
investidores com dinheiro para aplicar no
setor. Mas transformar toda essa carência de
investimento em oportunidades de negócios
não é uma tarefa simples no setor. Apesar de
ter dinheiro disponível, as empresas
enfrentam dificuldades para conseguir firmar
contratos com os municípios – hoje atendidos,
em sua maioria, por companhias estatais.
Recente trabalho feito pela GO Associados,
mostrou que apenas três licitações foram
feitas no setor em 2017 e 2018 – número
83% inferior ao período de 2015 e 2016. “A
expansão da iniciativa privada no setor de
saneamento nos últimos anos é ridícula”,
afirma o diretor da Associação Brasileira das
Concessionárias Privadas de Serviços Públicos
de Água e Esgoto (Abcon), Percy Soares Neto.
Apesar disso, 20% de todo investimento feito
no setor em 2016 veio da iniciativa privada.
Medida provisória
Segundo ele, a busca por novos negócios é
grande. O que atrapalha é que a legislação
atual permite que os contratos em vigor sejam
renovados automaticamente sem nova
licitação – o que pode mudar se a Medida
Data: 24/04/2019
34
Grupo de Comunicação e Marketing
Provisória (MP) 868 for aprovada no
Congresso Nacional. Pela proposta, todos os
contratos vencidos terão de passar por novo
processo de licitação. A mudança abriria o
mercado para a iniciativa privada disputar
espaço nos municípios.
Atualmente, as estatais são contra uma série
de mudanças previstas na MP. Para o diretor-
presidente da Associação das Empresas de
Saneamento Básico Estaduais (Aesbe),
Roberto Tavares, os principais pontos
negativos da medida é o oferecimento
obrigatório das concessões vencidas primeiro
ao setor privado; a entrada pulverizada da
iniciativa privada, escolhendo os municípios
rentáveis e deixando os deficitários para as
estatais; e a perda da economia de escala e
extinção do subsídio cruzado existente no
setor. Tavares afirma que o governo sinalizou
para mudança de todos esses pontos.
A iniciativa privada não vê problemas na
concessão de áreas em blocos, com vários
tipos de municípios, rentáveis e não rentáveis.
“O que não dá é para continuar do jeito que
está, com a estatais explorando mais os
serviços de água e deixando o esgoto para as
prefeituras resolverem”, diz Soares Neto.
Além disso, completa ele, não adianta fazer o
atendimento da população de qualquer jeito.
Atualmente, afirma o executivo, 42% da
população atendida com rede de água não tem
fornecimento todos os dias e com qualidade.
http://cloud.boxnet.com.br/y348459g
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Data: 24/04/2019
35
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jornal Nova Fronteira
Data: 24/04/2019
Crise hídrica no horizonte | Jornal Nova
Fronteira
Luiz Pladevall (*)
Os brasileiros de várias regiões do país já
enfrentaram as dificuldades impostas por uma
crise hídrica. Também continua presente na
memória da população da Região
Metropolitana de São Paulo (RMSP) o período
de falta d’água enfrentado a partir de 2014 na
localidade. Os moradores que se deparam com
essa situação precisam mudar hábitos e focar
na economia de água. Mas o país não está
livre de novos períodos sem disponibilidade
suficiente de água, conforme aponta o Plano
Nacional de Segurança Hídrica, recentemente
divulgado pelo governo federal.
O documento alerta que aproximadamente 55
milhões de brasileiros, moradores de regiões
urbanas, podem enfrentar situações de falta
d’água em 2035, se nada for feito até lá para
mudar esse cenário. Para evitar o pior, o país
precisa investir R$ 27,5 bilhões nos próximos
15 anos em 99 projetos como sistemas
adutores, barragens, canais e eixos de
integração das bacias hidrográficas. Essas
intervenções são fundamentais para aumentar
a oferta de água nas regiões apontadas pelo
levantamento.
Outras iniciativas também podem ajudar a
reduzir os riscos de estresse hídrico,
principalmente na RMSP. Um deles é um
programa para a redução de perdas. O país
ainda desperdiça água que recebe um
tratamento muito dispendioso. A média
nacional de perdas chega próximo a 40% do
que é produzido. Para se ter uma comparação
do nosso desperdício, vale lembrar que alguns
países europeus registram perdas físicas da
ordem de 6%. Para enfrentar o problema,
inicialmente os municípios precisam contar
com um cadastro completo e confiável da rede
de abastecimento. Os operadores de sistemas
de abastecimento de água no Brasil precisam
investir pesado em melhorias operacionais e
de gestão para a redução das perdas de água.
A gestão dos recursos hídricos deve ainda
incentivar o reuso de água nas cidades. Alguns
municípios já perceberam a importância de
usar esse recurso para a limpeza de praças e
irrigação de jardins. Essas medidas precisam
inclusive ser ampliadas e até mesmo previstas
em uma legislação, que contribua para
incentivar também o reuso na agricultura, um
dos setores que apresenta um dos maiores
indicadores de consumo de água.
A falta d’água pode se tornar um dos grandes
problemas para as próximas gerações. Por
isso, as medidas preventivas precisam ser
adotadas urgentemente. Caso contrário,
corremos o risco de levar um futuro muito
nebuloso para as futuras gerações.
(*) Luiz Pladevall é presidente da Apecs
(Associação Paulista de Empresas de
Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio
Ambiente) e vice-presidente da ABES-SP
(Associação Brasileira de Engenharia Sanitária
e Ambiental).
https://jornalnovafronteira.com.br/superdesta
que1/crise-hidrica-no-horizonte/
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Data: 24/04/2019
36
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Época Negócios
Data: 23/04/2019
Uso de energia renovável cresce, mas não
impede recorde histórico de emissão de
CO2
Usina à base de carvão. Material responde por
cerca de 30% das emissões de CO2
relacionadas à produção de energia, segundo
a IEA (Foto: Pexels)Usina à base de carvão.
Material responde por cerca de 30% das
emissões de CO2 relacionadas à produção de
energia, segundo a IEA (Foto: Pexels)
O uso de fontes renováveis de energia cresceu
7% em 2018, segundo o relatório anual da
Agência Internacional de Energia (IEA) recém-
divulgado. O aumento da demanda global por
essas fontes foi equivalente a todo o consumo
de energia elétrica no Brasil, na casa dos 450
TWh (terawatt-hora, ou a mil vezes um
gigawatt-hora).
As fontes solar fotovoltaica, eólica e hídrica de
energia representaram, cada uma, algo
próximo de um terço do crescimento da
energia renovável no ano passado. A
bioenergia, gerada a partir de materiais
orgânicos, representou os cerca de 5%
restantes.
Mas, apesar da maior demanda pela energia
renovável, esta ainda respondeu por uma
parte menor (45%) do aumento da oferta
energética global no ano passado. O restante
é gerado por queima de carvão, outros
combustíveis fósseis e gás natural.
A energia solar fotovoltaica foi a modalidade
cuja demanda mais cresceu (em termos
proporcionais) em 2018, segundo a IEA. Com
alta de 31% no ano passado, ela dobrou sua
capacidade instalada em apenas três anos,
chegando agora a 534 GW. Deste total, 44 GW
foram adicionados só pela China ano passado.
O Brasil tem, ao todo, 2 GW de capacidade
instalada para produção de energia solar
fotovoltaica, e vem aumentando rapidamente
sua participação nesse mercado.
Crescendo menos aceleradamente (12% em
2018), a energia eólica manteve ritmo
semelhante ao visto no ano anterior, segundo
a IEA. Mais popular no Brasil, que tem 14 GW
de capacidade instalada em turbinas movidas
pelo vento, essa fonte de energia também foi
impulsionada pela China, que instalou mais 5
GW de capacidade de produção, chegando a
20 GW.
Energia eólica no Brasil (Foto:
ThinkStock)Fonte eólica cresce, mas ainda
representa apenas 5% da geração global de
energia (Foto: ThinkStock)
Já a energia hidrelétrica, a mais utilizada por
aqui, teve crescimento bem mais modesto no
mundo todo — de apenas 3%. Ainda assim,
trata-se da maior fonte de energia renovável,
responsável por 60% de toda energia gerada a
partir desses recursos.
Emissões de CO2 atingem recorde
Apesar dos números aparentemente
favoráveis, a energia renovável ainda
representa apenas um quarto de todo o
consumo global. Considerado por
ambientalistas o meio mais poluente de
geração de energia, o carvão ainda é
responsável pela maior parte da eletricidade
gerada, e seu uso continuou crescendo em
2018.
Também por isso, apesar da adoção cada vez
maior de fontes renováveis de energia, as
emissões de CO2 relacionadas ao setor
energético atingiram em 2018 o recorde
histórico de 33,1 Gigatoneladas (GT) de
dióxido de carbono — composto cuja presença
no ar é considerada um dos maiores
causadores do aquecimento global.
Tais emissões cresceram 1,7% no ano
passado, a maior taxa vista desde 2013.
Somente o CO2 adicionado no período, em
relação a 2017, equivale a toda poluição
gerada pela aviação internacional.
O uso das termelétricas cresceu 0,7% no ano
passado, segundo a IEA, e fez com que o
carvão respondesse por mais de 10 GT das
emissões de CO2 — quase um terço do total.
Enquanto Estados Unidos e Europa reduziram
sua dependência do carvão, a China, apesar
de ter intensificado a sua troca por fontes de
energia mais sustentáveis, ainda aumentou o
uso das usinas à base de carvão em 5,3%.
Somadas todas as fontes geradoras, o
consumo de energia subiu 2,3% em 2018,
impulsionado por um crescimento econômico
mais robusto que o visto nos anos anteriores.
Data: 24/04/2019
37
Grupo de Comunicação e Marketing
Veja abaixo o ranking das fontes de energia
mais usadas para a geração de eletricidade
em 2018:
1 - Carvão (38% do total)
2 - Gás (23%)
3 - Hídrica (16%)
4 - Nuclear (10%)
5 - Vento/energia eólica (5%)
6 - Bioenergia e petróleo (3%)
7 - Solar fotovoltaica (2%)
https://epocanegocios.globo.com/Economia/n
oticia/2019/04/uso-de-energia-renovavel-
cresce-mas-nao-impede-recorde-historico-de-
emissao-de-co2.html
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Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
FOLHA DE S. PAULO Desativar Minhocão para carros pode
reduzir pela metade sensação de ruído
Marina Estarque
Desativar o elevado João Goulart (região
central), conhecido como Minhocão, para veículos
pode diminuir pela metade a percepção de ruído
para vizinhos, segundo levantamento da
Associação Brasileira para a Qualidade Acústica (ProAcústica).
O estudo estima que a redução pode ser de até
10 dB (decibéis) em prédios que estão de frente
para o elevado, principalmente em andares
acima do Minhocão —já que os mais baixos
continuariam afetados pelo trânsito da r. Amaral
Gurgel.
De acordo com a ProAcústica, em termos de
sensação para o ser humano, 10 dB a menos
equivalem a reduzir pela metade o volume sonoro.
Com o viaduto aberto para veículos, os níveis
sonoros nos edifícios variam entre 69 dB e 76 dB
de dia, algo próximo ao som de um aspirador de
pó ligado. Segundo a OMS (Organização Mundial
da Saúde), o nível de ruído recomendável para a
audição é de até 50 dB.
A prefeitura anunciou em fevereiro que vai
implantar o primeiro trecho do parque Minhocão,
dando início à desativação do elevado para
veículos. O estudo da ProAcústica, entretanto,
não considera os ruídos que o parque traria.
“Isso depende muito de como vão fazer o
parque, se vão usar algum tipo de absorção
[acústica]”, disse a gerente de atividades técnicas da ProAcústica, Priscila Wunderlich.
A estimativa é parte do Mapa de Ruído Urbano,
realizado pela ProAcústica e que será lançado
nesta quarta-feira (24), Dia Internacional de Conscientização sobre o Ruído.
O mapa cobre a área da Operação Urbana
Centro, de cerca de 6,6 Km². Inclui os chamados
Centro Velho e Centro Novo e parte de bairros
históricos como Glicério, Brás, Bexiga e Vila Buarque.
Segundo o vice-presidente de atividades técnicas
da ProAcústica, Marcos Holtz, o mapa mostra os
ruídos ferroviários e rodoviários. Barulhos
pontuais de obras ou de bares, portanto, não são medidos.
Segundo Holtz, cerca de 90% das pessoas que
sofrem com a poluição sonora são afetadas pelo
ruído rodoviário. “Ele é de longe o mais importante para políticas públicas.”
No mapa, áreas próximas às avenidas 9 de Julho,
23 de Maio e do Estado aparecem com altos
níveis de poluição sonora, superiores a 75 dB
durante o dia. Outro foco é a Linha 3-Vermelha do Metrô, entre as estações Brás e Pedro 2°.
O estudo foi feito com base em simulações
acústicas computacionais, que levam em conta
dados de trânsito da CET (Companhia de
Engenharia de Tráfego) e a frequência de trens
do metrô. Os pesquisadores também avaliam a
qualidade do asfalto —quanto mais buracos, por
exemplo, mais barulho. As estimativas depois
são verificadas e calibradas de acordo com medições, feitas em 62 pontos diferentes.
Segundo Holtz, o mapa é uma ferramenta de
planejamento urbano, porque mostra as áreas prioritárias para um plano de ação.
“Um bairro residencial aceita menos poluição
sonora. Cruzando dados, descobrimos as zonas
de atenção, onde há muita gente morando e
muito ruído”, afirma.
Entre as medidas para mitigar a poluição sonora,
Holtz cita modificações na circulação de vias,
melhorias no asfalto, construção de barreiras
acústicas e redução da velocidade permitida para
veículos.
“Fazer ciclovias e incentivar o uso de bicicletas e
patinetes também ajuda, porque são muito mais silenciosos.”
A poluição sonora está associada a diversos
problemas de saúde, como alterações hormonais,
perturbação do sono, estresse, pressão alta, infarto e diabetes.
https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019/0
4/desativar-minhocao-para-carros-pode-reduzir-
pela-metade-sensacao-de-ruido.shtml
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Data: 24/04/2019
39
Grupo de Comunicação e Marketing
Mapa de Ruído como instrumento de
planejamento urbano
Fernando Chucre
Fruto do crescimento desordenado das cidades, o
ruído urbano é considerado pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) o segundo maior agente poluidor de qualquer grande cidade.
Com o objetivo de aumentar essa
conscientização, foi criado, em 1996, o Dia
Internacional da Conscientização sobre o Ruído,
comemorado nesta quarta-feira (24). Nesses 23
anos, essa data vem ganhando um significado
cada vez maior, com o dia a dia do morador dos
grandes centros urbanos invadido por vibrações
indesejadas, principalmente a gerada por
veículos automotores, com destaque à
incomodidade provocada nos eixos estruturantes de transporte.
Um dos exemplos mais consagrados desse
fenômeno na cidade de São Paulo ocorre no
elevado João Goulart, mais conhecido como
Minhocão, onde mais de 60 mil pessoas são
expostas de forma contínua a todos os tipos de
ruídos.
Para avaliar esse problema e propor políticas
públicas que melhorem a qualidade de vida dos
cidadãos é preciso, antes, fazer um diagnóstico
territorializado. Com esse propósito, a Prefeitura
de São Paulo está elaborando o Mapas de Ruído,
importante instrumento para gestão e
planejamento urbano mais efetivo. A sua
regulamentação está em fase final e será
publicada nos próximos meses.
A elaboração do mapa foi instituída em 2016 por
meio da Lei nº 16.499 do Município. O decreto
regulamentador, em construção, prevê a criação
de um grupo gestor, com a participação das
secretarias de Mobilidade e Transportes, Verde e
Meio Ambiente, Inovação e Subprefeituras. A
partir desse marco legal, serão definidas as áreas
prioritárias para início da primeira fase do Mapa
de Ruídos, que terá o prazo de sete anos para ser concluído.
Considerando todo o transtorno causado pelo
barulho, a regeneração de espaços ou áreas
urbanas mais afetadas, como é o caso do
Minhocão, torna-se cada vez mais urgente. É
preciso resolver questões econômicas, sociais e
ambientais, com atenção à qualidade de vida de
quem usufrui de uma área degradada que há anos aguarda uma definição.
Além dos níveis alarmantes de ruído, todo o
entorno do Minhocão apresenta altos índices de
poluição atmosférica, superando em até quatro
vezes o limite definido pela Cetesb e OMS
(Organização Mundial da Saúde). Em relação ao
barulho, o estudo realizado também indica níveis
de decibéis muito mais elevados do que o limite
estabelecido pela Cetesb, com pico entre as 8h e as 16h.
A presença de automóveis sobre o elevado é
fonte significativa de desconforto urbano e
depreciação dos imóveis. O corredor de ônibus
nos baixios do Minhocão também é a principal
causa da má qualidade do ar. O alto nível de
material particulado não se dispersa graças ao
pouco espaço entre os prédios e o elevado e também às fileiras de construções contíguas.
Diariamente, mais de 78 mil veículos circulam
pelo Minhocão, uma pequena parcela de uma
frota total de 3,8 milhões de veículos/dia na
cidade. Em média, esses automóveis levam 10
minutos para percorrer os 2,7 km do elevado.
Um benefício rápido para uma distância curta.
Enquanto isso, todos os dias, durante horas, uma
população fixa é submetida a um barulho
contínuo e ensurdecedor. Um prejuízo longo e
torturante para que uma pequena parcela da
frota circulante tenha um benefício tão momentâneo.
O poder público não está desconsiderando os
impactos viários com a desativação parcial da
via, pelo contrário, está elaborando diversos
estudos para mitigar esses impactos e executar
obras acessórias e diversas ações de organização dos fluxos de trânsito ou alteração de rotas.
Além desses benefícios, a implantação gradual do
Parque Minhocão também considera um amplo
processo de transformação do centro. Estão
previstas diversas outras ações, como a
recuperação dos calçadões do vale do
Anhangabaú, a requalificação dos calçadões do
Triângulo Histórico e o resgate de atividades econômicas e culturais.
No plano ainda temos a recuperação de edifícios
e terrenos abandonados, a viabilização do Parque
Augusta e as revitalizações do largo do Arouche e
da praça Roosevelt. Exemplo dessa recuperação
Data: 24/04/2019
40
Grupo de Comunicação e Marketing
é a concessão da cobertura do edifício Martinelli à
iniciativa privada, com programa de curadoria,
loja e restaurante. Assim, nesse dia que marca a
conscientização e o combate ao ruído, o Parque
Minhocão torna-se um símbolo da cidade e da
sua luta por uma paisagem mais bela e
silenciosa.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/04/
mapa-de-ruido-como-instrumento-de-
planejamento-urbano.shtml
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Data: 24/04/2019
41
Grupo de Comunicação e Marketing
Painel
Outros familiares e aliados de Bolsonaro
defendem ataques a Mourão; amigos do vice
demonstram incômodo
Guerra fria Carlos não está só. Outros familiares
e pessoas próximas a Jair Bolsonaro defendem
que o vice, Hamilton Mourão, seja mantido sob
fogo alto. Alastrou-se na ala ideológica do
bolsonarismo a tese de que o general se porta
como opção a setores que desconfiam dos
métodos e de parte da agenda do presidente. O
vice não quer ampliar a tensão, mas aliados já
demonstram incômodo. Amigos dizem que o que
os Bolsonaro veem como conspiração é, na
verdade, respeito pelo jogo democrático.
Ideia fixa O grupo que defende o
constrangimento como instrumento de controle
dos passos de Mourão diz que o vice age de
forma calculada quando faz reparos às falas de
Bolsonaro ou de ministros ligados a Olavo de
Carvalho. Para essa ala, ele tenta soar palatável
ao eleitorado “caso haja alguma instabilidade”.
Espada e escudo Presidentes e líderes de
partidos assistem ao embate entre o filho e o
vice de Bolsonaro à distância, mas assinalam que
rusgas como essas aos quatro meses de governo
são mau presságio. Mais: apostam que Carlos
ecoa, na verdade, o que pensa o próprio pai e
que age debaixo das asas dele.
Deep web O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-
SP) tem demonstrado de maneira discreta que
tem lado na briga. Além de divulgar comentários
em que Carlos elogia o escritor Olavo de
Carvalho, ele curtiu no Twitter postagens em que
influenciadores de direita ironizam ou criticam
Mourão.
Relação abusiva Amigos do vice dizem que ele
passou a se preocupar com o impacto que
convites a eventos e viagens internacionais
podem ter sobre Bolsonaro —Mourão alinhava
detalhes de visita à China. Na agenda pública, ele
mantém a tradição de pluralidade e segue
recebendo deputados de partidos como o PC do
B.
A moda pega A atitude do vice tornou-se alvo de
debate. Filipe Barros (PSL-PR) diz que “o poder
subiu à cabeça” de Mourão e que estava na hora
de freá-lo. “Se tivesse demonstrado antes suas
posições sobre aborto, por exemplo, não teria
sido escolhido”.
Para constar Integrantes das Forças Armadas
sentiram falta de uma defesa enfática da
instituição nas notas emitidas por Bolsonaro após
os ataques de Olavo de Carvalho.
Caminho do meio Ministros do Supremo e do
próprio STJ avaliam o resultado do julgamento de
recurso do ex-presidente Lula na corte, nesta
terça (23), como produto de uma equação na
qual duas alas do Superior Tribunal de Justiça
tiveram que ceder.
Caminho do meio 2 O relator do caso, Felix
Fischer, recuou de posição anterior —ele se
recusara a rever qualquer aspecto do veredito
dado ao petista. Já colegas garantistas que
discordavam dos critérios da condenação por
lavagem de dinheiro mantiveram a imputação,
mas reduziram a pena.
Regressiva Integrantes do TRF-4, a corte que
pode dar a Lula uma segunda condenação
colegiada quando avaliar o processo que trata do
sítio de Atibaia (SP), acreditam que o tribunal vai
levar cerca de seis meses para analisar o novo
caso —mesmo ritmo imposto ao julgamento da
denúncia sobre o tríplex.
Faça as contas Lula poderia progredir para o
semiaberto em setembro. Se for novamente
condenado pelo TRF-4, porém, essa expectativa
será frustrada. O caso do sítio ainda não chegou
ao tribunal.
Motor quente A reunião entre Tarcísio Gomes de
Freitas (Infraestrutura) e caminhoneiros quase
saiu da linha. Quando Freitas criticou o anúncio
de paralisação em meio às negociações, um dos
líderes, o Dedéco, teria se irritado e colocado as
mãos no peito do ministro, que revidou o gesto e
pediu respeito.
Voz da experiência O ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso participa de café filosófico
promovido pelo Instituto CPFL no Auditório
Ibirapuera (SP), em maio. Tema: os 100 anos do
ensaio “Política como vocação”, de Max Weber. A
entrada é gratuita.
Tiroteio
Isso será equalizado. Um não deixará de ser
filho nem o outro de ser vice. Um impasse
comunga o inútil com o desagradável
Data: 24/04/2019
42
Grupo de Comunicação e Marketing
Do senador Major Olímpio (SP), líder do PSL,
sobre as rusgas entre Carlos Bolsonaro e
Hamilton Mourão, que tomaram o noticiário
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/04/24/o
utros-familiares-e-aliados-de-bolsonaro-
defendem-ataques-a-mourao-amigos-do-vice-
demonstram-incomodo/
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Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Mônica Bergamo: Amigos de Lula querem
fazer vaquinha para pagar multa de R$ 3
milhões do STJ
Marcus Leoni/Folhapress
Advogados e amigos de Lula já pensam em
organizar uma vaquinha para que ele pague a
multa de cerca de R$ 3 milhões estabelecida pelo
STJ (Superior Tribunal de Justiça) para que possa
cumprir o restante do tempo de prisão em casa.
CONTA
Em 2014, familiares e amigos de José Dirceu
conseguiram levantar, em dez dias, quase R$ 1
milhão para que ele pagasse o débito do
mensalão.
CONTA 2
Os petistas José Genoíno e Delúbio Soares,
também condenados naquele processo,
levantaram, juntos, R$ 1,7 milhão.
DATA
Se for beneficiado pela progressão de regime,
Lula poderá ir para casa por volta do dia 29 de
setembro. Mas antes tem que desembolsar o
dinheiro.
DEGRAU
Apesar da redução da pena, os advogados
esperavam que o STJ derrubasse também o
crime de lavagem de dinheiro. A esperança agora
é que a condenação por esse crime seja revista
no STF (Supremo Tribunal Federal).
PODE
O ministro Luís Roberto Barroso negou cautelar
para impedir que atribuições da Funai fossem
transferidas ao Ministério da Agricultura. Entre
elas está a de demarcar terras indígenas.
NÃO PODE
Na decisão, no entanto, ele advertiu que, se as
demarcações, como previstas na Carta Magna,
forem paralisadas, o STF poderá intervir pois
estará diante de evidente inconstitucionalidade.
POR CARTA
O Procon-SP multou a Empresa Brasileira de
Correios e Telégrafos em R$ 4,1 milhões.
Segundo a fundação, a pena foi aplicada por
reclamações de consumidores.
TÔ ESPERANDO
Entre as principais queixas contra a empresa
estão o extravio de correspondências e o
aumento do prazo de entrega. A estatal diz que
já apresentou sua defesa junto ao órgão.
LEMBRANÇA
O nome do jornalista Ricardo Boechat batiza um
prêmio para iniciativas de combate ao câncer no
Brasil. Ele será instituído oficialmente na sexta
(26), em cerimônia na Alesp. O troféu é assinado
pelo arquiteto Ruy Ohtake.
Mamberti, 80: “Viva a nossa amizade”
“Conheci o Serginho no Réveillon de 1970 e
nunca mais a gente se separou”, conta a
galerista Regina Boni sobre o ator Sérgio
Mamberti, que comemorou seus 80 anos em uma
festa na segunda (22), na casa dela, em
Higienópolis, SP.
“No caminho para Paraty parei em um bar. Ele
apareceu das sombras com um amigo americano,
desses hippies de cabelo comprido”, narra
Regina.
“Chamei eles pra seguirem comigo. No caminho,
tomaram um ácido— eu era careta. Dormimos
todos no mesmo quarto e ficamos amigos para
sempre. A gente faz loucuras até hoje”,
completa.
Ele conta que é “engraçado” e um “mistério”
chegar aos 80. “Tem o peso da idade:
experiências, o que você viu e viveu. Ao mesmo
tempo, me sinto muito próximo da infância e da
juventude. Sinto a mesma energia”.
“Continuo na luta”, diz. A área da cultura, no
entanto, enfrenta “um momento grave e
complicado”.
“As estatais pararam de financiar a cultura, o
audiovisual está paralisado. Eu pediria um pouco
de maturidade ao governo”, diz. Avalia que o teto
de R$ 1 milhão por projeto na Lei Rouanet, já
anunciado, terá “consequências muito graves”.
“A gente está aqui celebrando em um momento
tão difícil”, disse ele em um discurso no fim da
festa. “Mas sempre resistindo. Com essa alegria,
essa energia que faz com que a gente mude as
Data: 24/04/2019
44
Grupo de Comunicação e Marketing
coisas. Viva a cultura! Viva o teatro! E viva a
nossa amizade, né?”
DE VOLTA
A bancada evangélica deve apresentar nas
próximas semanas na Câmara dos Deputados um
projeto que criminaliza a homofobia no Brasil.
TAREFA
O deputado Marco Feliciano (Pode-SP) foi
incumbido pelo grupo de elaborar a proposta e
deve apresentar o resultado nesta quarta (24)
aos colegas. A ideia é que todos subscrevam o
projeto.
ESPELHO
Ele prevê que a homofobia seja enquadrada
como um crime de racismo —ressalvando a
liberdade de consciência e religiosa, diz o
parlamentar.
MEU DIREITO
“Se eu estou com a minha família em um
restaurante, um casal está se beijando ao meu
lado e eu levanto e saio, sem agredir ninguém,
não posso ser tido como criminoso”, exemplifica
Feliciano.
LIVRE
As igrejas também poderiam seguir falando sobre
o assunto em tom crítico.
RESPOSTA
A iniciativa é uma resposta ao STF (Supremo
Tribunal Federal), que no começo do ano
começou a julgar a criminalização da homofobia
mas suspendeu a votação.
É PAU
A proposta de mudanças na Lei Rouanet está
sendo criticada no próprio PSL, partido de
Bolsonaro.
É PEDRA
O deputado federal Alexandre Frota (PSL-RJ) diz
que o ministro da Cidadania, Osmar Terra, que
apresentou o projeto, “não conversou com a
classe artística, com os produtores, com os
principais interessados”.
EXPLICA MELHOR
Ele acha que o ministro foi vago ao dizer, por
exemplo, que festas populares poderão ficar fora
do teto de R$ 1 milhão por projeto. “A
comemoração das torcidas do Corinthians e do
Flamengo são festas populares. Elas entram
nisso?”, questiona.
QUERO OUVIR
Ele diz que levará um berimbau nesta quarta
(24) à sessão da comissão que ouvirá Osmar
Terra.
Ao assumir o cargo, o ministro disse não
entender nada de cultura e afirmou que só sabia
tocar o instrumento.
EXCEÇÕES
O governador João Doria (PSDB), de São Paulo,
se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro e
defendeu a importância de se incluir musicais nas
excepcionalidades que a nova lei vai prever em
relação ao teto de R$ 1 milhão.
CURTO-CIRCUITO
O livro “Alfredo Volpi e Bruno Giorgi, Estética de
uma Amizade” será nesta quarta (24), às 19h, na
mostra “Estética de Uma Amizade”, na
Pinakotheke.
A Uber Latin America Regulatory venceu o
Lexology Latin America Counsel Awards 2019 e
concorre ao Global Counsels Awards.
Xico Sá lança o livro “Sertão Japão”. Nesta
quarta (24), às 20h, no Sesc Santo André.
César Souza ministra palestra na Aneel. Hoje, em
Brasília.
com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi E Victoria
Azevedo
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/04/amigos-de-lula-querem-fazer-
vaquinha-para-pagar-multa-de-r-3-milhoes-do-
stj.shtml
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Data: 24/04/2019
45
Grupo de Comunicação e Marketing
Salles nomeia amigo no Meio Ambiente sem
critérios exigidos pelo governo
Ana Carolina Amaral
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles,
nomeou um de seus amigos do movimento
Endireita Brasil, o empresário André Pitaguari
Germanos, para o cargo de diretor do
departamento de recursos externos da
secretaria-executiva da pasta.
As informações apuradas pelo blog indicam que
ele não preenche nenhum dos três critérios
exigidos para o cargo.
Apesar da nomeação de cargos de confiança ser
de livre escolha do ministro, o decreto 9727/19
exige requisitos mínimos para funções de Direção
e Assessoramento Superior (DAS). O cargo a ser
assumido por Germanos é classificado pelo
governo como ‘DAS – 5’.
Segundo o decreto, o nomeado para o cargo de
assessoramento superior de nível cinco deve
atender a pelo menos um dos três critérios:
experiência profissional na área de atuação do
órgão ou do cargo; experiência em comissão ou
função de confiança em qualquer poder público;
ou ainda título de mestre ou doutor em área
correlata à atuação do órgão ou do cargo.
André Pitaguari Germanos, 44, é formado em
administração pública pela universidade
Mackenzie e tem um vasto currículo no mercado
financeiro.
“Especializado em negociação, planejamento de
negócios, gestão de ativos, transações
imobiliárias e mercado de capitais, tendo
assessorado investidores individuais e
institucionais, locais e internacionais”, diz a
descrição destacada em sua página na rede
social Linkedin, que reúne perfis profissionais.
Seu currículo na página também aponta que ele
atualmente é sócio da AG & RG Investimentos
Imobiliários.
Para exercer o cargo de confiança no ministério,
o empresário terá que abandonar sua
participação em sociedades. Seu nome também
aparece entre os sócios das empresas Cushman
& Wakefield Negócios Imobiliários e Liquidez
Fomento Mercantil, ambas de sociedade limitada.
A experiência com o mundo financeiro extrapola
o currículo. Germanos foi casado com Patrícia
Nahas, filha do investidor Naji Nahas – conhecido
como responsável pela queda da Bolsa de
Valores do Rio de Janeiro em 1989.
Sua festa de casamento, em 2004, foi notícia em
colunas sociais e reuniu figuras da elite
econômica do país.
O empresário conhece Salles pelo menos desde
2006, quando fundaram o movimento Endireita
Brasil junto a outros quatro amigos – incluindo
um irmão de André Germanos, o advogado
Roberto Germanos. Ele também já foi convidado
por Salles a ocupar um cargo no governo.
Por menos de um ano, Roberto Germanos foi
ouvidor da Secretaria Estadual de Meio Ambiente
de São Paulo na gestão Salles (2016-2017), mas
deixou o cargo após ser questionado pelo
Ministério Público por acúmulo ilegal de
atividades e conflito de interesses.
Os irmãos chegaram a atender as ligações
telefônicas, mas se recusaram a conversar com o
blog. “Não posso passar informações para quem
não conheço”, disse Roberto Germanos.
Questionado por telefone se teria alguma das
qualificações exigidas para o cargo, André
Germanos desligou a ligação. Em uma segunda
tentativa, outra pessoa atendeu ao celular do
empresário e pediu para que ele não fosse mais
procurado.
O Ministério do Meio Ambiente não forneceu
informações sobre o currículo de André
Germanos. Em resposta ao blog, a assessoria de
imprensa da pasta se limitou a informar que o
“currículo será disponibilizado no site tão logo ele
tome posse”. Ele tem 30 dias para assumir o
cargo a partir da data de nomeação, que ocorreu
no último dia 17.
O decreto assinado por Bolsonaro em março
prevê que, em caso de dispensa dos critérios
para ocupação do cargo, o ministro justifique sua
decisão “de forma a demonstrar a conveniência
Data: 24/04/2019
46
Grupo de Comunicação e Marketing
de dispensá-los em razão de peculiaridades do
cargo ou do número limitado de postulantes para
a vaga”.
A Casa Civil, responsável pela nomeação e pela
aferição do cumprimento dos critérios, foi
procurada pelo blog através da sua assessoria de
imprensa, mas não retornou.
Germanos deve receber uma remuneração de
R$13.623,39, segundo tabela do Ministério do
Planejamento.
Entre suas funções à frente do departamento de
recursos externos estão o apoio à elaboração de
programas de cooperação técnica internacional;
coordenação e monitoramento dos projetos;
captação de recursos com fontes internacionais;
desenvolvimento de sistema para gestão de
projetos; apoio às negociações com organismos
internacionais e, finalmente, apoio técnico-
administrativo à execução dos projetos.
Entretanto, é possível que as funções do cargo
sejam esvaziadas pela criação da Secretaria de
Relações Internacionais – prevista no decreto
9672/19, que altera a estrutura do Ministério do
Meio Ambiente.
O texto do decreto lista funções semelhantes às
do departamento para a nova secretaria, que
funcionaria separadamente, com previsão de
contratação de um secretário, um gerente de
projeto e um assessor técnico.
A área de recursos externos é politicamente
importante para o governo Bolsonaro, que vem
criticando o uso de verbas estrangeiras por
projetos coordenados por ONGs. Salles já
mencionou a intenção, em entrevista à Folha em
janeiro, de redirecionar recursos internacionais
para proprietários rurais que estejam
preservando suas terras, através da
implementação do mecanismo de pagamento por
serviços ambientais.
O servidor exonerado do cargo que será de
Germanos é o agrônomo Welles Matias de Abreu,
doutor em administração pública e especialista
em planejamento e orçamento público. Servidor
público concursado, trabalhava com orçamentos
no governo federal desde 1998.
https://ambiencia.blogfolha.uol.com.br/2019/04/
24/salles-nomeia-amigo-sem-criterios-exigidos-
pelo-governo/
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Data: 24/04/2019
47
Grupo de Comunicação e Marketing
ESTADÃO
Após reunião polêmica, ministro do Meio
Ambiente manda exonerar chefe de parque
do ICMBio
BRASÍLIA – O ministro do Meio Ambiente,
Ricardo Salles, mandou exonerar nesta terça-
feira, 23, o chefe do Parque Nacional Lagoa do
Peixe, no Rio Grande do Sul, Fernando Weber,
vinculado ao Instituto Chico Mendes de
Biodiversidade (ICMBio). O Estado apurou que a
exoneração deve ser publicada na quarta ou
quinta-feira.
O ministro confirmou a decisão à reportagem.
Questionado sobre as razões que levaram à
demissão de Fernando Weber, disse apenas que
“cargo de confiança é prerrogativa do Executivo
escolher”. Salles disse que já escolheu um
sucessor para o cargo, mas não mencionou seu
nome.
A demissão ocorre dez dias depois de Salles fazer
uma reunião com ruralistas e produtores para
discutir as limitações do parque gaúcho. Trata-se
do segundo servidor que deixa o ICMBio após o
encontro polêmico, ocorrido no dia 13. Dois dias
depois da reunião, o presidente do órgão,
Adalberto Eberhard, pediu exoneração do cargo.
Salles e Eberhard visitavam a região do Parque
Nacional Lagoa do Peixe. Após ouvir queixas de
pescadores e produtores locais sobre o ICMBio, o
ministro pediu para que os funcionários do órgão
se juntassem a ele na mesa. “Não tem nenhum
funcionário?”, perguntou na sequência. “Vocês
vejam a diferença de atitude: está aqui o
presidente do ICMBio que, embora seja um
ambientalista histórico, uma pessoa respeitada
no setor, veio aqui ouvir a opinião de todos
vocês. E na presença do ministro do Meio
Ambiente e do presidente do ICMBio, não há
nenhum funcionário aqui.”
Salles, então, anunciou a abertura de processo
administrativo disciplinar contra todos os
funcionários. A plateia aplaudiu com entusiasmo.
Eberhard manteve-se em silêncio. No dia 15, foi
até seu gabinete em Brasília, limpou as gavetas,
despediu-se dos funcionários e entregou a carta
de demissão ao ministro.
Funcionários relataram ao Estado que não foram
ao evento com o ministro e o presidente do
ICMBio simplesmente porque não haviam sido
convocados para a cerimônia, que foi
acompanhada por políticos gaúchos, além de
representantes do agronegócio. Alguns
servidores chegaram a ir ao evento, ao saberem
que o ministro havia ameaçado puni-los pela
ausência. O chefe do parque, Fernando Weber,
que será exonerado, juntou-se à mesa, ao lado
do ministro, mas não teve a chance de responder
às críticas.
Procurado pelo Estado, Weber disse apenas que
estava “reunindo a equipe da unidade de
conservação para dar as informações sobre a
exoneração”.
Críticas. Na semana passada, servidores federais
da área ambiental divulgaram uma carta aberta à
sociedade de repúdio às “declarações e posturas”
do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. “O
ministro vem, reiteradamente, atacando e
difamando o corpo de servidores do ICMBio
através de publicações em redes sociais e de
declarações na imprensa baseadas em
impressões superficiais após visitas fortuitas a
unidades de conservação onde não se dignou a
dialogar com os servidores para se informar
sobre a situação e sobre eventuais problemas e
dificuldades”, escrevem os servidores em carta
assinada pela Associação Nacional de Servidores
da Carreira de Meio Ambiente (Ascema Nacional).
No documento, os servidores também destacam
o funcionamento do ICMBio, e lembram que o
órgão, que gere 334 unidades de conservação
em todo o País, tem 1.593 servidores – “um para
cada 100 mil hectares de área protegida”, dizem.
Eles comparam que o serviço de parques dos
EUA tem 1 servidor para cada 2 mil hectares de
área protegida – cada profissional brasileiro
precisa cuidar de uma área 50 vezes maior que o
seu par americano.
Reportagem do Estado mostrou, no fim de
semana, que a área ambiental do governo
Bolsonaro passa por um processo de
militarização. Do alto escalão do Ministério do
Meio Ambiente até as diretorias do Ibama e do
ICMBio, postos-chave estão agora sob a tutela de
oficiais das Forças Armadas e da Polícia Militar. A
orientação dada pelo próprio presidente Jair
Bolsonaro e levada a cabo pelo ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles, é a de acabar com o
“arcabouço ideológico” no setor. Já são pelo
menos 12 militares.
https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/
geral,apos-reuniao-polemica-ministro-do-meio-
ambiente-manda-exonerar-chefe-de-parque-do-
icmbio,70002801547
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Data: 24/04/2019
48
Grupo de Comunicação e Marketing
Dengue se expande no interior e já registra
mais de 5 mil casos em Campinas
Depois de atingir alto nível epidêmico nas regiões
norte e noroeste, a dengue chega às regiões
mais populosas do Estado
José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo
Sorocaba – Depois de atingir alto nível epidêmico
nas regiões norte e noroeste, a dengue chega às
regiões mais populosas do Estado de São Paulo.
Maior cidade do interior paulista, Campinas
confirmou nesta segunda-feira, 22, que houve
5.493 casos neste ano, segundo a Secretaria
Municipal de Saúde. A doença já causou uma
morte e há um óbito em investigação. Outras
cidades da região, como Piracicaba, Americana e
Jundiaí também tiveram aumentos expressivos
no número de pessoas doentes.
250 cidades paulistas estão em situação de alerta
ou risco para dengue, zika e chikungunya
Cidades mais populosas de São Paulo, como
Campinas, Piracicaba, Americana e Jundiaí
tiveram aumentos expressivos no número de
infectados por dengue
A progressão da doença em Campinas foi rápida.
Em janeiro, tinham sido confirmados apenas 48
casos autóctones (contaminação local). Em
fevereiro foram registrados outros 336 e, em
março, 1.378. Na soma dos casos, a cidade
encerrou o mês de março com 1.762 doentes,
segundo dados do Centro Vigilância
Epidemiológica (CEV) da Secretaria de Saúde do
Estado. Em abril, até esta segunda, o número de
casos mais que dobrou. Foram 3.731 registros
positivos. Há ainda 1.734 casos em investigação.
O vírus que mais circula na cidade é do sorotipo
2, que não tinha presença expressiva desde
2009, aumentando o risco de casos graves da
doença. A diretora do Departamento de Vigilância
em Saúde, Andrea Von Zuben, disse que a força
de transmissão do vírus está sendo maior que a
esperada, mas prevê uma redução de casos a
partir de maio. A prefeitura criou uma força-
tarefa para controlar o mosquito Aedes aegypti
adulto, através de nebulizações, e para eliminar
criadouros. No mutirão mais recente, foram
recolhidas 2,7 mil toneladas de entulhos.
Outras cidades
Os casos de dengue aumentaram também em
Jundiaí, passando de 535 para 659 na última
semana. Em Piracicaba, que teve apenas 8 casos
em janeiro, agora já são 341 confirmados. A
Secretaria da Saúde de Sorocaba também se
prepara para uma possível epidemia, embora
tenha confirmado poucos casos - 198 até março.
Desde janeiro, equipes da Divisão de Zoonoses
visitaram 117 mil imóveis em busca de
criadouros. As vistorias geraram 379 notificações
e 51 multas. Em Piquete, no Vale do Paraíba, um
idoso de 72 anos morreu após contrair dengue,
na madrugada desta terça-feira, 23. A cidade
registrou 32 casos da doença.
Febre Amarela
Em Americana, boletim epidemiológico divulgado
nesta segunda causou preocupação à Secretaria
de Saúde do município. Além de terem sido
confirmados 850 casos de dengue, foram
notificados os dois primeiros casos suspeitos de
febre amarela em 2019. Normalmente
transmitida por mosquitos silvestres em áreas de
mata, nas cidades a doença também pode ser
passada pelo Aedes aegypti, o mosquito da
dengue. A transmissão urbana da febre amarela
ainda não aconteceu em São Paulo.
Os pacientes são dois homens, com 69 e 43
anos, respectivamente, que teriam frequentado
áreas de mata. O mais idoso morreu de febre
hemorrágica, mas a causa do óbito ainda é
investigada. O possível local de contaminação
também é apurado. Em 2017, a febre amarela
silvestre causou a morte de uma pessoa na
cidade, mas não houve casos em 2018. Em todo
o Estado, este ano, até a segunda semana de
abril, tinham sido registrados 65 casos e 12
mortes por febre amarela. Há ainda 69 casos e 6
óbitos em investigação.
https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,den
gue-se-expande-no-interior-e-ja-registra-mais-
de-5-mil-casos-em-campinas,70002801439
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Data: 24/04/2019
49
Grupo de Comunicação e Marketing
Regulação afasta iniciativa privada do
saneamento
As barreiras regulatórias têm impedido o avanço
da iniciativa privada no setor de saneamento
básico no Brasil, hoje considerado o setor mais
atrasado da infraestrutura. Em dez anos, a
participação das empresas privadas saiu de
3,89% para 5,83% das cidades brasileiras. Isso
significa apenas 325 municípios com algum
atendimento privado num total de 5.570,
segundo o Panorama 2019, que será lançado
nesta quarta-feira, 23, pela Abcon e Sindicon
(associação e sindicato das concessionárias
privadas).
O problema é que, do outro lado, o setor público
não tem dinheiro – nem capacidade de
endividamento – para bancar os investimentos
necessários para a universalização dos serviços
básicos de saneamento. Nos últimos anos, o
volume aplicado no setor ficou em torno de 0,2%
do Produto Interno Bruto (PIB) enquanto a meta
do Plano Nacional de Saneamento (Plansab) é de
0,33%.
O resultado dos baixos investimentos são 100
milhões de brasileiros sem acesso à rede de
esgoto e 35 milhões sem acesso à água potável –
números que saltam aos olhos de investidores
com dinheiro para aplicar no setor. Mas
transformar toda essa carência de investimento
em oportunidades de negócios não é uma tarefa
simples no setor. Apesar de ter dinheiro
disponível, as empresas enfrentam dificuldades
para conseguir firmar contratos com os
municípios – hoje atendidos, em sua maioria, por
companhias estatais.
Recente trabalho feito pela GO Associados,
mostrou que apenas três licitações foram feitas
no setor em 2017 e 2018 – número 83% inferior
ao período de 2015 e 2016. “A expansão da
iniciativa privada no setor de saneamento nos
últimos anos é ridícula”, afirma o diretor da
Associação Brasileira das Concessionárias
Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto
(Abcon), Percy Soares Neto. Apesar disso, 20%
de todo investimento feito no setor em 2016 veio
da iniciativa privada.
Medida provisória
Segundo ele, a busca por novos negócios é
grande. O que atrapalha é que a legislação atual
permite que os contratos em vigor sejam
renovados automaticamente sem nova licitação –
o que pode mudar se a Medida Provisória (MP)
868 for aprovada no Congresso Nacional. Pela
proposta, todos os contratos vencidos terão de
passar por novo processo de licitação. A
mudança abriria o mercado para a iniciativa
privada disputar espaço nos municípios.
Atualmente, as estatais são contra uma série de
mudanças previstas na MP. Para o diretor-
presidente da Associação das Empresas de
Saneamento Básico Estaduais (Aesbe), Roberto
Tavares, os principais pontos negativos da
medida é o oferecimento obrigatório das
concessões vencidas primeiro ao setor privado; a
entrada pulverizada da iniciativa privada,
escolhendo os municípios rentáveis e deixando os
deficitários para as estatais; e a perda da
economia de escala e extinção do subsídio
cruzado existente no setor. Tavares afirma que o
governo sinalizou para mudança de todos esses
pontos.
A iniciativa privada não vê problemas na
concessão de áreas em blocos, com vários tipos
de municípios, rentáveis e não rentáveis. “O que
não dá é para continuar do jeito que está, com a
estatais explorando mais os serviços de água e
deixando o esgoto para as prefeituras
resolverem”, diz Soares Neto.
Além disso, completa ele, não adianta fazer o
atendimento da população de qualquer jeito.
Atualmente, afirma o executivo, 42% da
população atendida com rede de água não tem
fornecimento todos os dias e com qualidade.
Indicadores piores que 105 países
Oitava economia do mundo, o Brasil está atrás
de 105 países em relação aos indicadores de
acesso à água e esgoto. Segundo o Panorama da
Participação Privada no Saneamento 2019, com
base em dados internacionais, o desempenho
brasileiro é pior que o verificado nos países
vizinhos, como Chile, México e Peru. A Bolívia
chega a ter índice de atendimento de água maior
que o do Brasil.
Para mudar essa situação, o País precisaria
investir cerca de R$ 20 bilhões por ano –
montante que nunca foi alcançado. Em 2016, por
exemplo, foram investidos R$ 11,33 bilhões em
saneamento, ou seja, 0,18% do PIB nacional. Em
2017 esse montante caiu para R$ 10,05 bilhões.
A questão é que, além de não alcançar a
universalização, os serviços prestados também
Data: 24/04/2019
50
Grupo de Comunicação e Marketing
não são adequados. Para se ter ideia, a perda de
água no País representa cerca de R$ 10 bilhões
por ano – ou seja, todo o volume investido no
setor.
Importante indicador de desenvolvimento de um
país, o saneamento básico também tem reflexos
na saúde da população. Dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
compilados no Panorama 2019 da iniciativa
privada, mostram que 1.933 municípios (34,7%
do total) registraram ocorrência de epidemias ou
endemias provocadas pela falta de saneamento
básico em 2017.
Dengue
A doença mais citada pelas prefeituras foi a
dengue. No período, 1.501 municípios (26,9% do
total) registraram ocorrência da doença –
transmitida pela picada do mosquito Aedes
Aegypti, que se reproduz em água parada.
Outras doenças com grande incidência,
provocadas pela falta de saneamento, foram a
disenteria (23,1%) e verminoses (17,2%) – que
tem efeito negativo na economia, seja por causa
dos gastos com internação ou pelos
afastamentos do trabalho.
Segundo o Panorama, considerando o avanço
gradativo do saneamento, em 20 anos (2016 a
2036), o valor da economia com gastos com a
saúde – seja pelos afastamentos do trabalho ou
pelas despesas com internação no Sistema Único
de Saúde (SUS) – alcançaria R$ 5,9 bilhões no
País.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,r
egulacao-afasta-iniciativa-privada-do-
saneamento,70002801760
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Data: 24/04/2019
51
Grupo de Comunicação e Marketing
Plástico Itinerante
Lixo ilegal
Dejetos plásticos de vários lugares do mundo são
enviados para países asiáticos desde o começo
do ano passado, quando a China proibiu a
importação deste material para reciclagem. Em
Jenjarom, na Malásia, ativistas alertam para os
perigos do despejo ilegal de lixo.
https://tv.estadao.com.br/cidades,plastico-
itinerante,990762
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Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
VALOR ECONÔMICO Solatio planeja maior parque solar do Brasil
no sertão de Pernambuco
Por Marina Falcão | Do Recife
O grupo Solatio apresenta hoje projeto para
construção do maior complexo de energia
fotovoltaica do país, que exigirá investimento de
R$ 3,5 bilhões. O empreendimento, que será
levantado no município de São José do Belmonte,
no sertão de Pernambuco, terá capacidade
instalada de 1.100 megawatts (MW). Isso
representa quase o tripo da capacidade da maior
usina solar em funcionamento no Brasil, em
Pirapora (MG), que também foi desenvolvida pela
Solatio, com capacidade de 400 MW.
O anúncio do empreendimento será feito, no
Recife, em evento com a presença do presidente
da companhia, Pedro Vaquer, e o governador do
Estado, Paulo Câmara (PSB). Bruno
Schwambach, secretário de desenvolvimento
econômico do Estado, adiantou ao Valor que a
maior parte da capacidade de geração no
complexo, cerca de 1.000 MW, será destinada a
comercialização no mercado livre. Para tanto, a
Solatio já fechou parceria com a comercializadora
de energia Tradener.
O restante da capacidade (100 MW) será para
atender a demanda no mercado regulado, fruto
de um leilão que a empresa venceu em 2017.
No seu site no Brasil, a empresa informa que tem
mais de 20 anos de experiência no setor
fotovoltaico e mais de 120 projetos na Europa. A
Solatio está no Brasil desde 2009. A companhia
tem atualmente, no país, 1 GW de energia solar
contratada e desenvolve projetos para mais 3
GW. Em 2016, ela tinha 31% do mercado
brasileiro.
O complexo fotovoltaico em Pernambuco contará
com sete usinas, que terão ligação direta com a
rede de distribuição da Chesf, subsidiária da
Eletrobras. A expectativa é de que a construção
seja iniciada em julho e seja concluída em um
prazo de um ano, com início do funcionamento
previsto para agosto de 2020.
A Solatio arrendou uma área de 2.270 hectares
em São José do Belmente a 67 famílias de baixa
renda. O município fica próximo à fronteira com o
Ceará, a quase 500 km do Recife, e tem pouco
mais de 33 mil habitantes. De acordo com
Schwambach, o empreendimento deve gerar
cerca de 1.000 empregos durante a fase de
construção e 400 dessas vagas devem ser
preenchidas pela população local. "É muito
importante a atração de investimentos desse
porte para uma região carente de recursos",
disse o secretário.
O Estado de Pernambuco foi o primeiro a realizar
um leilão de energia solar, ainda 2013,
precendendo a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel). Um ano antes, o Estado aprovou
uma lei para estímulo do setor de energia
renovável por meio de incentivo fiscal na forma
de crédito presumido sobre o saldo devedor
mensal do ICMS. Posteriormente, divulgou um
atlas com o mapeamento das áreas com
potencial de geração eólica, solar e híbrida (que
mistura as duas fontes renováveis).
Apesar do pioneirismo, Pernambuco ainda é o
décimo Estado no ranking de potência instalada
de energia solar fotovoltaica, com capacidade de
gerar 19 Megawatts (MW), 2,8% do potencial
nacional, segundo a Associação Brasileira de
Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Com 148
MW em capacidade instalada, o Estado de Minas
Gerais lidera a lista, seguido por Rio Grande do
Sul (110,6 MW) e São Paulo (83,8 MW). No
Nordeste, a liderança é, até o momento, do
Ceará, com 23 MW.
O Brasil já ultrapassou a marca de 2 GW de
potência operacional da fonte solar conectados
na sua matriz elétrica. Para 2019, a entidade
prevê que o setor vai superar a marca de 3 mil
MW, atraindo R$ 5,2 bilhões de novos
investimentos privados.
https://www.valor.com.br/empresas/6223351/so
latio-planeja-maior-parque-solar-do-brasil-no-
sertao-de-pernambuco
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Data: 24/04/2019
53
Grupo de Comunicação e Marketing
MME deve acelerar mudanças de
modernização do sistema elétrico
Por Camila Maia | De São Paulo
O grupo de trabalho criado pelo Ministério de
Minas e Energia (MME) no início deste mês para
elaborar propostas para a modernização do setor
elétrico terá 180 dias para concluir os trabalhos,
mas medidas infralegais pontuais devem ser
implementadas ao longo dos próximos meses, a
fim de acelerar mudanças que não exigem
alterações legais, disse Ricardo Cyrino, secretário
de energia da pasta, em entrevista ao Valor.
O diálogo com o setor é regra no processo de
modernização. "Temos estudado tudo que foi
feito", disse o secretário, lembrando que as
conversas sobre o tema começaram em 2015,
quando veio o projeto de lei da portabilidade da
conta de energia. Em 2016 foi feita uma consulta
pública sobre abertura do mercado livre e, em
2017, foi lançada a consulta pública 33, que
discutiu exaustivamente a reformulação do
modelo do setor elétrico.
"O grupo de trabalho vai olhar tudo que já foi
discutido, através de diálogo, e vamos aproveitar
o que foi feito, sem partir do zero. Queremos
assegurar que todas as soluções e propostas
pensadas tenham consistência e que sejam
tratadas com a devida profundidade."
O grupo de trabalho terá 110 dias para elaborar
um diagnóstico sobre o que será feito, mas
medidas podem ser tomadas antes disso. "É claro
que se tivermos diagnósticos intermediários
poderemos agir antes" disse o secretário. "Temos
objetivos de longo prazo e medidas infralegais
que podemos fazer antes por meio de resoluções
e decretos. Estamos fazendo um mapeamento do
que pode ser feito no curto prazo de forma
consistente", disse. Um exemplo são dois
decretos publicados pelo MME, um no ano
passado e um neste ano, que vão reduzir os
subsídios concedidos à consumidores rurais e
irrigantes na conta de luz.
As discussões envolverão também os
responsáveis por entidades ligadas ao governo
como o Operador Nacional do Sistema Elétrico
(ONS), a Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica (CCEE), a Agência Nacional de Energia
Elétrica (Aneel) e a Empresa de Pesquisa
Energética (EPE). Eles também estiveram ontem
num workshop realizado pelo MME com a
presença de representantes de empresas,
associações e entidades do setor elétrico. O
encontro teve a finalidade de explicar o
funcionamento do grupo de trabalho, que foi
dividido em dez temas, como viabilização da
expansão da oferta, mecanismos de formação de
preços, isenção de novas tecnologias e abertura
do mercado livre de energia.
"Temos alguns macrotemas que serão
aprofundados", disse Cyrino. O MME fez uma
reunião inicial com representantes das muitas
associações do setor elétrico em janeiro e,
posteriormente, o secretário de energia se reuniu
28 vezes de forma individual com cada uma
delas, a fim de conseguir evoluir nas conversas e
abordar mais temas.
Antes do workshop de ontem, o ministério fez
ainda uma pesquisa, na qual enviou 60
perguntas para as empresas de energia incluindo
questões como acabar com a exigência de as
distribuidoras contratarem a totalidade das
cargas do ambiente regulado quando houver a
abertura do mercado livre e se as distribuidoras
devem ser remuneradas apenas pelo serviço do
fio. Ao responder, os agentes precisavam
escolher entre as alternativas "concordo",
"neutro", "discordo" e "não tenho opinião
formada sobre o tema".
"A pesquisa foi feita de forma rápida com o
objetivo de confirmar o que ouvimos das
associações, já que alguns temas não tiveram
tempo para serem explorados e detalhados nas
reuniões", disse Cyrino. Segundo ele, como a
pesquisa "não foi exaustiva", pode ser que o
ministério faça outras.
https://www.valor.com.br/brasil/6223287/mme-
deve-acelerar-mudancas-de-modernizacao-do-
sistema-eletrico
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Data: 24/04/2019
54
Grupo de Comunicação e Marketing
Saneamento pode render R$ 170 bi a
Estados
Por Daniel Rittner e Fabio Graner | De Brasília
A equipe econômica estima que a privatização
das companhias estatais de água e esgoto,
estimulada pelo novo modelo legal do
saneamento básico, pode gerar receitas de R$
130 bilhões a R$ 170 bilhões para o caixa dos
Estados. Os números têm origem em estudos
feitos por consultorias privadas, mas o Ministério
da Economia acredita que esse valor ficará perto
do topo das projeções.
O ministro Paulo Guedes e seus auxiliares
querem impulsionar o processo de privatização
das empresas de saneamento não só com o
avanço da MP 868, medida provisória que muda
o marco regulatório do setor, mas como
contrapartida ao resgate federal para Estados
mais endividados. A venda da estatal Copasa,
por exemplo, é esperada como parte do socorro
da União para Minas Gerais e já teria aval do
governador Romeu Zema (Novo).
O caminho é semelhante ao já trilhado nas
negociações de socorro ao Rio de Janeiro, no
qual a Cedae foi dada em garantia a um
empréstimo no âmbito desse acordo. Essa
operação tem sido contestada pelo governo
estadual, embora a equipe econômica tenha
convicção que a privatização da empresa para
pagar o empréstimo será efetivada.
Guedes se reuniu nesta semana com o senador
Tasso Jereissati (PSDB-CE), relator da MP 868,
que apresenta hoje seu parecer na comissão
mista responsável pela análise da proposta. Sua
equipe ainda defende ajustes no texto original da
medida provisória.
Publicada nos últimos dias do governo Michel
Temer, a MP 868 favorece a participação da
iniciativa privada no saneamento. O principal
ponto é a exigência de que novos contratos para
o abastecimento de água ou coleta e tratamento
de esgoto tenham chamamentos públicos feitos
pelos municípios (titulares do serviço).
Antes, as companhias estaduais ou municipais
tinham direito de preferência. Grupos privados só
entravam onde as estatais abriam mão desse
direito. O receio era de um efeito colateral da
MP: apenas municípios rentáveis (grandes
cidades) atrairiam investidores, deixando o
"osso" para as estatais, que correriam o risco de
se tornar insustentáveis.
Para minimizar esse problema, o Ministério do
Desenvolvimento Regional já havia apresentado
mudanças importantes na semana passada, que
devem ser acatadas por Tasso. A maior delas era
a criação de "microrregiões", com blocos de
municípios, juntando em um mesmo pacote
localidades maiores (superavitárias) e menores
(deficitárias) para oferta ao setor privado.
Passaria aos governadores, então, definir a
composição das microrregiões: por proximidade
geográfica, pertencimento à mesma bacia
hidrográfica ou por viabilidade econômica.
A equipe econômica apontou, nas últimas horas,
um dilema: e se os governos estaduais, para
brecar a perda de participação de suas estatais,
resolverem sentar em cima da definição de
microrregiões? Sugestão do Ministério da
Economia: estipular um prazo para isso; se não
houver definição no tempo fixado, a Agência
Nacional de Águas (ANA) ganharia poderes para
fazer esse desenho.
Auxiliares de Guedes calculam que haja espaço
para até 400 blocos de municípios - de 15 a 20
por Estado - em todo o país. Tasso, segundo
fontes, ainda estaria reticente ao
estabelecimento de prazo. O senador tucano
acredita que a União teria outras formas de
acelerar uma decisão dos governadores,
condicionando, por exemplo, o repasse de
recursos federais para as próprias obras de
saneamento tocadas pelas futuras
concessionárias.
Outro ponto complexo da discussão é relativo à
sucessão dos contratos atualmente em vigor.
Uma das ideias da equipe econômica é que a
concessionária vencedora da licitação no âmbito
da microrregião pague indenizações para as
Data: 24/04/2019
55
Grupo de Comunicação e Marketing
empresas que estão em cada município desse
conjunto, substituindo seu contrato. Isso
mitigaria o problema do descasamento de prazos
entre os contratos municipais dentro de uma
mesma microrregião.
O governo entende que o caminho da
privatização do setor de saneamento é a melhor
saída para superar a enorme falha de cobertura
de água e esgoto tratados no Brasil. No Brasil,
metade das residências não tem rede de esgoto,
o que gera "um Vietnã de crianças mortas por
ano".
A visão da equipe econômica é que o atual
modelo estatal acaba servindo muito mais a
interesses políticos, de apadrinhamento de
aliados em cargos bem remunerados, em vez de
privilegiar a universalização e a qualidade dos
serviços.
O desfecho da MP do Saneamento, que expira em
3 de junho, é crucial para o futuro da Sabesp, a
estatal paulista da área. O governo João Doria
(PSDB) tem flertado com a ideia de se desfazer
da estatal, ainda que atrele essa decisão à
configuração final da legislação que está sendo
discutida no Congresso Nacional.
https://www.valor.com.br/brasil/6223301/sanea
mento-pode-render-r-170-bi-estados
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Data: 24/04/2019
56
Grupo de Comunicação e Marketing
O cheiro do vento
Por Rosângela Bittar
Rigorosamente pontual, às 8 horas o presidente
Jair Bolsonaro chega ao Palácio do Planalto e é
recebido, na garagem, por uma comitiva de três
ou quatro autoridades que com ele vão subir o
elevador privativo em direção ao gabinete.
Começa então a primeira reunião do dia da
cúpula do governo. Nesse encontro, o processo
decisório adotado por Bolsonaro, um tanto
informal, meio compartilhado, às vezes errático,
se inicia e já tem, antes de completar quatro
meses de mandato, a marca do presidente.
Em volta da mesa estão, diariamente, nesse
horário, o general Augusto Heleno (questões de
inteligência e conjuntura), o general Carlos
Alberto Santos Cruz (espécie de chefe de Estado-
Maior do governo para tratar de problemas de
dentro e de fora da Presidência), o general Rêgo
Barros (Comunicação, porta-voz do presidente),
o chefe do cerimonial, Carlos França, o chefe de
gabinete Pedro Cesar, o chefe da assessoria
especial Célio Faria Junior.
Integram esse grupo nuclear o líder do governo
na Câmara, major Vitor Hugo, às vezes o general
Floriano Peixoto Vieira Neto (que completa o
pelotão do Haiti ao redor de Bolsonaro), e
também às vezes o chefe da Casa Civil, Onyx
Lorenzoni.
O processo decisório já tem a marca do
presidente
O presidente fala primeiro, expõe seus temas do
dia; definem uma agenda e cada ministro se
manifesta sobre as questões da sua área que
precisam ser decididas. Há posições tomadas na
hora e outras que ficam para depois. O encontro
das 8h dura em média 40 minutos.
Instrumento para um tipo de decisão, a reunião
da manhã no Planalto não tem a presença de
ministros das áreas específicas. Os assuntos de
cada setor não são discutidos nessa reunião
estratégica, o presidente trata diretamente com o
ministro da pasta, ao longo do dia, pedindo
dados e enviando seu veredito por WhatsApp na
imensa maioria das vezes. Um ou outro ministro
entra na agenda para uma conversa pessoal.
Nesse tipo de linha das decisões de Bolsonaro se
enquadram, por exemplo, alguns propósitos do
presidente verbalizados pelo ministro Paulo
Guedes, da Economia. Foi o ministro quem
revelou recentemente uma decisão em tema
tabu, a de que Bolsonaro já admitia a
privatização da Petrobras, em estudos.
Uma terceira via de tomada de decisão é
apressar a solução, de forma direta e rápida, de
forma a estancar o problema mesmo que
momentaneamente, e só depois informar-se com
os técnicos e especialistas. Como o presidente
Jair Bolsonaro não tem qualquer problema com o
recuo, a volta atrás, a reformulação de suas
posições e o dito pelo não dito, esse método
tende a permanecer durante todo o governo.
Foi o caso do reajuste de preço aplicado pela
Petrobras e suspenso pelo presidente da estatal
depois de um telefonema de Bolsonaro.
Avisado em Macapá, cidade que não visitara
durante a campanha eleitoral e foi uma das
primeiras que colocou na sua lista de viagens no
país, Bolsonaro foi informado da inquietação dos
caminhoneiros. Vacilou se deveria ou não dar
declarações, mas foi convencido pelo presidente
do Senado, Davi Alcolumbre, que o
acompanhava. Quis ganhar três a quatro dias até
informar-se sobre o que se tratava e encaminhar
sua decisão final. Foi o caso clássico de agir
primeiro e informar-se depois, ouvindo técnicos e
autoridades.
Não foi a primeira vez nem certamente será a
última em que o processo decisório do presidente
atropela a ele mesmo.
Bolsonaro não é impulsivo, quando decidiu
indicar a suspensão do reajuste foi mesmo
porque queria ganhar tempo para uma decisão.
Entre a ebulição do mercado com a intervenção
na Petrobras e a possibilidade de greve com
Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
desabastecimento o presidente preferiu a
primeira opção e a executou imediatamente.
O presidente age com simplicidade, como fala.
Decisões rápidas, frases curtas. É assim também
quando posta algo polêmico nas redes sociais,
também assim é quando adverte algum de seus
ministros. O método, com certeza, provoca
ruídos muitas vezes, mas se há algo que não
incomoda Bolsonaro é a revisão de suas
posições. Mesmo na mídia social o presidente
prefere publicar primeiro e depois, com a lona do
circo desabando, modificar, recuar, consertar.
Com o tempo, talvez, a repetição do
procedimento poderá dar aos interlocutores uma
ideia sobre a forma de pensar de Jair Bolsonaro.
Está havendo também o que os amigos chamam
de "acionamento de alguns freios de arrumação",
necessários, principalmente, quando se tratam
das iniciativas e declarações políticas da família e
de Olavo de Carvalho.
As estruturas do poder nas quais se instala o
presidente da República também só agora estão
sendo construídas. O processo decisório do
presidente é, na definição de assessores, o da
"atitude compartilhada".
Nas reuniões do início do dia o presidente
pergunta muito e também fala, principalmente
quando a agenda trata de questões mais
imediatas do governo ou da política. É quando
sua experiência de 28 anos no parlamento se
mostra aos interlocutores.
O presidente ainda está tateando, encontrou um
governo desidratado pelas questões da Justiça.
Por mais que tenha entrado com a força de sua
votação, o precisa mudar radicalmente seu
comportamento anterior, caracterizado pelo
descomprometimento.
Há um nó no processo decisório do presidente
Bolsonaro que diz respeito às reformas, em
especial à da Previdência. Afirma-se que ele
nunca a desejou e, por isso, envolve-se pouco
nas negociações políticas para sua aprovação. No
Planalto essa constatação é repudiada: o
presidente estaria, sim, envolvido na articulação
da aprovação reforma, em encontros pessoais
com parlamentares e presidentes de partido, por
decisão pessoal e política. Ele quer aprovar,
neste primeiro mandato, a reforma da
Previdência, a tributária, o pacto federativo e o
pacote de segurança.
Parte dessa incompreensão dos sinais em relação
às reformas decorre de outro problema, a
superposição entre a Casa Civil e a Secretaria de
Governo, a primeira cuidando das relações
políticas, a segunda das relações
intergovernamentais. Um defeito de origem que
atrapalha especialmente as questões políticas
que dependem do Congresso.
A correção de rumos, forçada pelos fluxos de
arrumação, resulta da aplicação de um método
que os militares chamam, no processo de tomada
de decisão, de "cheirar o vento". É o que faz a
aeronave antes de corrigir sua posição para
lançar os paraquedistas. O governo está
cheirando o vento.
Rosângela Bittar é chefe da Redação, em Brasília.
Escreve às quartas-feiras
E-mail: [email protected]
https://www.valor.com.br/politica/6223405/o-
cheiro-do-vento
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Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Economia desacelera e inibe a reação do
mercado de trabalho
Nos próximos dias, novos indicadores do
mercado de trabalho serão divulgados pelo IBGE
e pelo Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (Caged) do Ministério da
Economia. Dificilmente serão motivo de
comemoração no Dia do Trabalho, em 1º de
maio. A expectativa é que os indicadores de
emprego referentes a março não mostrem
melhoria significativa diante da revisão para
baixo realizada nas últimas semanas das
perspectivas para a economia neste ano.
Um certo otimismo chegou a ganhar forma após
os dados do Caged de fevereiro superarem as
expectativas com a criação de 173, 1 mil vagas
formais, o maior número para o mês desde 2014
e o sexto melhor desde o início da série histórica,
em 1992. Com esse resultado, o ano acumulou
211,5 mil empregos criados. O levantamento
mostrou a expansão do mercado de trabalho em
sete dos oito setores econômicos no mês. O
único que mais fechou postos do que abriu foi o
agrícola. Como o carnaval ficou para março,
houve impacto positivo do maior número de dias
úteis no mês. Apesar das comemorações do
governo, o salário médio real de admissão segue
inferior ao de desligamento, refletindo a
deterioração.
Os dados posteriores do IBGE confirmaram que
há motivos para cautela. A taxa de desemprego
ficou em 12,4% no trimestre móvel encerrado
em fevereiro, de acordo a Pnad Contínua. Apesar
de registrar declínio em comparação com os
12,6% do mesmo período de 2018, a taxa ficou
acima da apurada no trimestre móvel anterior,
encerrado em novembro, de 11,6%, e acabou
sendo criticada pelo presidente Jair Bolsonaro,
descontente com o termômetro e incapaz de
fazer a febre retroceder. A população ocupada,
incluindo empregados, empregadores e
autônomos, totalizava 92,1 milhões em fevereiro,
1 milhão a menos da mesma base de
comparação.
Nada menos do que 13,1 milhões de pessoas
estavam desempregadas em fevereiro, 892 mil a
mais do que no trimestre móvel anterior, ou
7,3%. Outras 27,9 milhões de pessoas formavam
o batalhão de mão de obra subutilizada, que
inclui desempregados, subocupados, que estão
empregados e gostariam de trabalhar mais, e as
pessoas que não buscam emprego, mas estão
disponíveis para trabalhar. O grupo dos
subtilizados aumentou para 24,6% da força de
trabalho, acima dos 23,9% do trimestre anterior.
Apenas os desalentados chegavam a 4,9 milhões
de pessoas, 150 mil a mais na comparação ao
trimestre móvel anterior. Em relação ao mesmo
período do ano passado, o desalento cresceu 6%.
Pesquisa feita pelo Valor confirma a expectativa
de redução na geração de vagas em março. A
média das estimativas de 17 consultorias e
instituições financeiras aponta a criação de 70 mil
novos empregos formais no mês passado, menos
da metade do contabilizado em fevereiro. A baixa
confiança dos empresários em relação à
recuperação da economia explica o quadro. O
economista José Pastore, especialista em
mercado do trabalho, chegou a dizer que, mesmo
que a reforma da Previdência seja aprovada,
uma recuperação mais consistente do mercado
de trabalho somente será sentida a partir do
próximo ano (Valor, 29/3). As projeções do
Instituto Brasileiro de Economia da FGV vão na
mesma direção.
A taxa de desemprego deve continuar em dois
dígitos por algum tempo e pequeno progresso
deve ocorrer basicamente com a oferta de
trabalhos informais, poucos formais, e quase
nenhuma recuperação salarial. O aumento do
número de pessoas procurando emprego
contribui para frear a melhoria da remuneração.
Para o Caged, a previsão é de criação de 740 mil
a 750 mil vagas neste ano, de toda forma acima
das 421 mil criadas em 2018.
As previsões para o mercado de trabalho são
coerentes com as estimativas para a economia,
que esfriaram. Não são poucos os motivos para a
mudança de clima, acelerada pelos primeiros
percalços do novo governo em levar adiante as
Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
reformas prometidas. Outros fatores
contribuíram, como a tragédia de Brumadinho
(MG), que afeta a indústria extrativa, e o
aprofundamento da crise argentina, que
repercute na indústria brasileira, além da fraca
taxa de investimento, da letargia na construção
civil, da desalavancagem das famílias e
empresas, e da lenta queda do custo do dinheiro,
com a resistência dos spreads bancários.
Pesquisa Focus divulgada na segunda-feira
mostrou a que a previsão para o PIB deste ano,
que estava em 2% há um mês, recuou a 1,71%
agora. Não são poucas as instituições financeiras
que esperam taxa ainda menor, mais perto de
1%. O primeiro trimestre pode até apresentar
uma taxa negativa.
https://www.valor.com.br/opiniao/6223385/econ
omia-desacelera-e-inibe-reacao-do-mercado-de-
trabalho
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Data: 24/04/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Diesel segue com defasagem, dizem
importadores
Por André Ramalho | Do Rio
Mesmo com reajustes recentes da Petrobras para
diesel e gasolina, a Associação Brasileira dos
Importadores de Combustíveis (Abicom) diz que
a estatal tem praticado preços abaixo da
paridade com o mercado internacional nos
principais pontos em que há concorrência com os
importadores privados. A Abicom mantém desde
2018 representação no Conselho Administrativo
de Defesa Econômica (Cade), em que denuncia a
estatal por prática de preço predatório. O
inquérito administrativo ainda não foi aberto. O
preço abaixo da paridade tira competitividade do
combustível importado.
No caso do diesel S10 (menos poluente, com 10
partes por milhão de enxofre), as maiores
defasagens são encontradas em Itaqui, em São
Luís (MA), e Suape, em Ipojuca (PE). No porto
pernambucano, a diferença entre os preços da
Petrobras e o preço de paridade de importação
(PPI) era de cerca de R$ 0,10 o litro, na
segunda-feira, enquanto no Maranhão estava
ligeiramente acima desse valor, mesmo após o
reajuste de 4,8% anunciado pela petroleira na
semana passada. Em Santos (SP) e
Aratu/Candeias (BA), essa defasagem era inferior
a R$ 0,05.
Até a conclusão desta edição, os números
consolidados de terça-feira sobre a defasagem
não estavam disponíveis. Ontem, a petroleira
manteve seus preços do diesel inalterados, mas a
gasolina teve aumento médio de 2%. A alta, de
R$ 0,0396 por litro, é considerada por
importadores insuficiente para cobrir a
defasagem de preços acumulada. Na segunda-
feira, a defasagem da Petrobras na gasolina
variava entre R$ 0,05 e R$ 0,10 o litro nos
principais pontos de suprimento. Em Itaqui, a
diferença superava os R$ 0,15.
A Abicom considera, em seus cálculos, os preços
de referência da consultoria internacional Platts,
que se baseia nas despesas para internalização
dos combustíveis até o porto, e acrescenta a
esses valores os custos com as taxas portuárias e
de armazenagem, além das despesas de frete até
o ponto de entrega.
Questionado por jornalistas sobre a defasagens
dos preços da companhia, na semana passada, o
presidente da Petrobras, Roberto Castello
Branco, disse que a empresa vem observando
"rigorosamente a manutenção de preços
alinhados com a paridade internacional".
A Petrobras explica que sua política de preços
leva em consideração o preço de paridade
internacional (PPI), margens para remuneração
dos riscos inerentes à operação e o nível de
participação no mercado. O PPI calculado pela
companhia estima o custo de potenciais
competidores, simulando uma importação por
terceiros em cada ponto de venda. A Petrobras
destaca também que os reais valores de
importação variam de agente para agente,
dependendo de aspectos como as relações
comerciais existentes, o acesso a infraestrutura
logística e a escala de atuação. "O PPI não é um
valor absoluto, único e percebido da mesma
maneira por todos os agentes", afirma a
empresa, em nota.
Em meio à retomada do debate nacional sobre os
preços dos combustíveis, frente às ameaças de
uma nova greve dos caminhoneiros, a Petrobras
passou a divulgar, desde o início desta semana,
os preços reais praticados pela empresa em 37
pontos diferentes de suprimento. A nova
estratégia de comunicação está em linha com o
que defende a Agência Nacional de Petróleo
(ANP), que prepara desde 2018 uma resolução
para dar mais transparência ao mercado. O
objetivo é obrigar a Petrobras e outros agentes
dominantes regionais a divulgar os preços reais
praticados nos diferentes pontos de suprimento.
Até então, a Petrobras publicava diariamente
apenas a média nacional dos preços nas
refinarias e a média mensal dos preços em cada
ponto, com defasagem de um mês.
https://www.valor.com.br/brasil/6223293/diesel-
segue-com-defasagem-dizem-importadores
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