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1 Grupo de Comunicação CLIPPING 27 de maio de 2019 Dia Nacional da Mata Atlântica "Todo o Brasil é um jardim em frescura e bosque e não se vê em todo o ano árvores nem erva seca. Os arvoredos se vão às nuvens de admirável altura e grossura e variedade de espécies. Muitos dão bons frutos e o que lhes dá graça é que há neles muitos passarinhos de grande formosura e variedade e em seu canto não dão vantagem aos rouxinóis, pintassilgos, colorinos, e canários de Portugal e fazem uma harmonia quando um homem vai por este caminho, que é para louvar ao Senhor, e os bosques são tão frescos que os lindos e artificiais de Portugal ficam muito abaixo. Há muitas árvores de cedro, aquila, sândalos e outros paus de bom olor e várias cores e tantas diferenças de folhas e flores que para a vista é grande recreação e pela muita varidade não se cansa de ver." (extraído de "Informação da Província do Brasil para nosso Padre – 1585”, José de Anchieta, disponível em http://www.rbma.org.br/rbma/pdf/Caderno_07.pdf)

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Grupo de Comunicação

CLIPPING 27 de maio de 2019

Dia Nacional da Mata Atlântica

"Todo o Brasil é um jardim em frescura e bosque e não se vê em todo

o ano árvores nem erva seca. Os arvoredos se vão às nuvens de admirável altura e grossura e variedade de espécies. Muitos dão bons

frutos e o que lhes dá graça é que há neles muitos passarinhos de grande formosura e variedade e em seu canto não dão vantagem aos

rouxinóis, pintassilgos, colorinos, e canários de Portugal e fazem uma harmonia quando um homem vai por este caminho, que é para louvar

ao Senhor, e os bosques são tão frescos que os lindos e artificiais de Portugal ficam muito abaixo. Há muitas árvores de cedro, aquila,

sândalos e outros paus de bom olor e várias cores e tantas diferenças

de folhas e flores que para a vista é grande recreação e pela muita varidade não se cansa de ver."

(extraído de "Informação da Província do Brasil para nosso Padre – 1585”, José de

Anchieta, disponível em http://www.rbma.org.br/rbma/pdf/Caderno_07.pdf)

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Grupo de Comunicação

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SUMÁRIO

ENTREVISTAS ............................................................................................................................... 5

Em defesa das Reservas Legais ....................................................................................................... 5

Protesto pelo clima em SP pede ações imediatas e tem encontro com autoridade .................................. 6

Fiesp promove debate com representantes de instituições voltadas ao meio ambiente ........................... 9

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE ..................................................................... 11

Cetesb investiga origem de mau cheiro que tem incomodado moradores do distrito de Brás Cubas, em

Mogi .......................................................................................................................................... 11

Peixes serão soltos no Rio Tietê .................................................................................................... 12

Grupo vai cobrar ações de preservação e monitoramento da represa de Itupararanga ......................... 14

Pesquisadores buscam salvar mico-leão-de-cara-preta ..................................................................... 17

Reunião mensal do Cades apresenta projeto do sistema de tratamento de esgoto ............................... 18

Prefeitura fecha contrato de estudo ............................................................................................... 19

Fundo soma R$45 mi parados ....................................................................................................... 20

Sema realiza workshop sobre gestão de risco com produtos químicos ................................................ 21

'Urubu é para isto mesmo', diz secretário ....................................................................................... 23

Bertioga se destaca na maior feira de observação de aves do Brasil ................................................... 25

Projeto Tamar, Aquário de Ubatuba e Instituto Argonauta realizam a 6ª Semana do Mar ...................... 26

Sabesp e Ecorodovias ajustam ofertas ........................................................................................... 28

Morte de menino expõe limbo de ocupações à beira da estrada em SP ............................................... 29

Coluna Dia a Dia ......................................................................................................................... 32

Publicação ressalta negligenciamento da biodiversidade ................................................................... 33

VEÍCULOS DIVERSOS .................................................................................................................. 34

Embu das Artes possui 59% de seu território em área de Proteção aos Mananciais .............................. 34

Documentários mostram impactos e desafios enfrentados por espécies em risco de extinção ................ 35

Derrubada de 180 mil árvores embasa pedido contra autódromo de Deodoro ..................................... 37

Área de aquífero será restaurada .................................................................................................. 39

Prefeitura entrega 1ª etapa das obras de requalificação da Praça do Pôr do Sol ................................... 40

Selo 'Divino Verde' vai certificar entidades com preocupação ambiental na quermesse da festa em Mogi 41

WEG lança novo modelo de turbina de energia eólica, com potência de 4 MW ..................................... 42

Cresce oferta de carros elétricos no mercado brasileiro .................................................................... 43

Brasil, um mau aluno da reciclagem de plástico .............................................................................. 44

Trechos preservados da Mata Atlântica reúnem potencial turístico, cultural e histórico ......................... 46

O Meio Ambiente não é exclusividade da esquerda .......................................................................... 48

Governo de SP, João Doria, é entrevistado ..................................................................................... 49

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................... 50

Painel S.A.: Indígena brasileiro vai a assembleia em NY para constranger investidor ........................... 50

Painel ........................................................................................................................................ 51

Mônica Bergamo: Magistrados dizem que STF deve descriminalizar ao menos o porte da maconha ........ 52

O que a Folha pensa: Torneira seca ............................................................................................... 54

Governo muda atribuições e jogo de forças na área de infraestrutura ................................................ 55

É espantoso estados serem contra MP do saneamento, diz ex-presidente da Sabesp............................ 57

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Grupo de Comunicação

Marcelo Leite: Além de vacas, árvores também expelem metano ...................................................... 59

Petrobras coloca à venda 27 campos terrestres de petróleo no Espírito Santo ..................................... 60

Não descartáveis ......................................................................................................................... 61

Noruega e Alemanha se reúnem com Salles para definir futuro do Fundo Amazônia ............................. 62

ESTADÃO ................................................................................................................................... 63

Bônus do pré-sal é âncora fiscal para União, diz secretário de Fazenda .............................................. 63

Brasil quer ampliar em 58% sua área marítima ............................................................................... 65

Fungos de 1 bilhão de anos .......................................................................................................... 67

Depois dos canudos, São Paulo quer ampliar restrição ao uso de plásticos .......................................... 68

Debêntures vão bancar investimento no RenovaBio ......................................................................... 70

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................... 72

Ministro rejeita monopólio do urânio no país ................................................................................... 72

Monopólio da União sobre urânio já não faz sentido, diz ministro ....................................................... 72

Deputado do PSL articula bancada de defesa da Amazônia ............................................................... 74

Moura diversifica e aposta em baterias para energia elétrica ............................................................. 76

Perdoar erros pode ajudar a prevenir condutas antiéticas ................................................................. 77

Abradee foca agora em bitributação, geração distribuída e mercado livre ........................................... 79

Fundos se aliam a distribuidoras por Liquigás.................................................................................. 81

Planalto tenta fechar acordo com Estados por saneamento ............................................................... 82

Ministros do STJ analisam autuação milionária da CPFL .................................................................... 84

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Grupo de Comunicação

ENTREVISTAS Data: 26/05/2019

Veículo: Zero Hora

Em defesa das Reservas Legais

Por Marcos Penido, Secretário de

Infraestrutura e Meio Ambiente de São

Paulo e Gerd Sparovek, Professor da

Universidade de São Paulo

As Reservas Legais do Estado de São Paulo

são protegidas pelo Código Florestal e pelas

Leis da Mata Atlântica e de Proteção do

Cerrado paulista. Essa proteção se justifica

pela importância dessas áreas no delicado

equilíbrio entre o progresso e a

responsabilidade socioambiental.

A paisagem natural modificada produz

alimentos, produtos agropecuários que

propiciam desenvolvimento socioeconômico e

bem-estar para a sociedade. A paisagem

natural preservada provê serviços ambientais

essenciais para a própria produção

agropecuária, como insetos polinizadores,

regulação climática local, qualidade e

regularidade do abastecimento de água. Para

construir um futuro melhor, as duas precisam

estar em equilíbrio.

No sul e sudeste do país, a paisagem agrícola

já foi consolidada faz tempo e o

desmatamento para expandir o volume da

produção quase não ocorre mais. Entre os

anos de 2000 e 2017, São Paulo dobrou a

área de cana-de-açúcar, triplicou o volume

produzido de soja, aumentou a produção da

pecuária, ao mesmo tempo em que reduziu a

área agrícola em 480 mil hectares e ampliou a

área coberta com florestas nativas em 27 mil

hectares.

As condições para produzir mudaram, assim

como a percepção da sociedade em relação ao

valor de um ambiente equilibrado. O Brasil, à

semelhança do mundo, precisa de setores que

não dependam da degradação ambiental para

seu desenvolvimento.

Os remanescentes de vegetação nativa de São

Paulo somam 4,8 milhões de hectares,

cobrindo aproximadamente 20% do Estado,

dos quais 60% estão nas Reservas Legais.

Nessas reservas, temos o maior estoque de

vegetação nativa que se espalham de maneira

uniforme por todo o território paulista.

As perguntas relevantes são: como melhorar

as funções ecológicas das áreas ainda

cobertas com vegetação nativa? Como

restaurar ou compensar os déficits de forma a

gerar renda e segurança aos produtores

rurais? Nas respostas a essas perguntas, está

o caminho a seguir, que para São Paulo é o

caminho da restauração ambiental.

https://gauchazh.clicrbs.com.br/opiniao/notici

a/2019/05/em-defesa-das-reservas-legais-

cjw2jscgh009301ml0j97cdhc.html

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Grupo de Comunicação

Data: 25/05/2019

Veículo1: Folha de S. Paulo

Veículo2: Zero Hora

Protesto pelo clima em SP pede ações

imediatas e tem encontro com autoridade Phillippe Watanabe

Crianças, jovens do ensino médio e

universitários de São Paulo que se uniram à

greve global pelo clima nesta sexta (24) não

ficaram só com cartazes em riste e puderam

conversar cara a cara com representantes do

governo estadual na área de mudanças

climáticas na Secretaria de Infraestrutura

e Meio Ambiente (Sima).

Em uma tarde fria e chuvosa, o protesto, que

pede ações contra as mudanças climáticas e

começou ao redor do mundo por iniciativa da

adolescente sueca Greta Thunberg, 16, ocorria

em frente ao prédio da Sima, quando

Oswaldo Lucon, assessor de mudanças

climáticas da secretaria, convidou o grupo

de cerca de 30 jovens a entrar.

Ocupando o palco de um auditório do prédio,

os manifestantes tinham Lucon, que também

é integrante do IPCC (Painel

Intergovernamental sobre Mudanças

Climáticas), da ONU, como alvo dos

questionamentos e das cobranças.

Estudantes brasileiros participam da Greve Global pelo clima em São Paulo, em 24 de maio. Phillippe Watanabe

Espécies extintas, os riscos dos agrotóxicos, o

impacto da pecuária na emissão de gases

estufas brasileiros. Mesmo com o foco em

questões macro das mudanças climáticas, o

universo mais próximo dos jovens também fez

parte da discussão. Uma das crianças, ainda

no ensino fundamental, reclamou da pouca

movimentação dos brasileiros quanto ao

assunto, enquanto uma segunda se mostrou

incomodada pela falta de educação ambiental

e deu o exemplo de colegas que jogam cascas

de banana no meio do lixo reciclável. Houve

até quem corrigisse a palavra lixo —o termo

mais apropriado, segundo um dos

manifestantes, é resíduo.

O grupo queria repostas imediatas para

solucionar esses problemas e questionava a

injustiça da conta das mudanças climáticas ter

que recair sobre os mais jovens e não sobre

quem provocou o aumento das emissões

globais e a destruição de ecossistemas.

“Vou falar uma visão pessoal, como velho.

Velhos não costumam escutar jovens”, disse

Lucon à plateia de rostos com expressões de

angústia.

Para a decepção dos jovens, Lucon explicou

que soluções não são simples e sugeriu que o

grupo se organizasse para formular

documentos que pudessem ser levados a

autoridades. Segundo ele, os jovens ali

presentes precisam mirar cargos públicos e

em empresas para conseguirem, eles

mesmos, tomar as decisões que podem trazer

mudanças.

A sensação de urgência do grupo em São

Paulo reflete uma das frases da jovem ativista

sueca que deu início aos protestos: “Nossa

casa está em chamas. Eu não quero a sua

esperança, não quero que vocês sejam

esperançosos, eu quero que vocês entrem em

pânico, quero que vocês sintam o medo que

eu sinto todos os dias. Eu quero que vocês

ajam, que ajam como se a casa estivesse em

chamas, porque ela está”.

Para Lucon, passar para os mais jovens

mensagens de total desesperança pode não

ser o melhor caminho e é importante brigar

mas também tentar trazer soluções para os

problemas.

Ainda que aparentemente frustrados, os

jovens conseguiram mais do que muitos

manifestantes ao redor do mundo nesta sexta

e foram ouvidos por uma autoridade climática.

”Essa é a primeira reunião do Fórum Brasileiro

de Mudanças Climáticas”, disse Lucon, que

comanda o órgão integrado por

representantes do governo e da sociedade

civil.

Amanda Costa, 22, classifica a conversa como

uma vitória e um primeiro passo do

movimento. “É muito difícil estabelecer

diálogo. Acho que a frustração vem de

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Grupo de Comunicação

estarmos com medo. Queremos agir, mas não

sabemos como. Quais ações podemos adotar

para reverter a conjuntura?”

Greta Thunberg, a ativista sueca de 16 anos, discursouna “Greve Global pelo Futuro” em Estocolmo, nesta sexta (24) Jonathan Nackstrand

Já na Suécia, Thunberg instou os políticos

europeus a enfrentar a crise do clima em vez

de continuarem “brigando” entre si.

Os 28 países membros da União Europeia

começaram nesta semana a escolher seu novo

Parlamento, e Thunberg disse que a ameaça

de uma fratura social causada pela mudança

descontrolada no clima se sobrepõe a todas as

demais questões da campanha.

“Se a União Europeia decidisse combater

seriamente a crise do clima, isso poderia

significar uma mudança mundial decisiva. E a

eleição na União Europeia deveria girar apenas

em torno disso, se fôssemos sensatos. Mas

não é o que acontece”, disse Thunberg a

milhares de simpatizantes reunidos na praça

Kungstradgarden, no bairro financeiro de

Estocolmo.

Por volta das 13h (horário de São Paulo), 300

mil jovens haviam aderido à paralisação em

1.780 cidades de 128 países, de acordo com

um cômputo inicial no site do movimento

Fridays for Future. O número mais tarde

cresceu com a adesão de mais manifestantes

nas Américas.

Em 15 de março, estima-se que 1,6 milhão de

jovens tenham participado de uma paralisação

mundial de escolas.

A mudança no clima ganhou espaço na agenda

política este ano, e o medo dos jovens que

estarão votando pela primeira vez de que

serão eles que terão de arcar com as piores

consequências do aquecimento global

estimulou a adesão a candidatos ecológicos.

No entanto, boa parte do debate no início da

campanha para o Parlamento Europeu se

concentrou em questões como a imigração e

as políticas de austeridade em vez de explorar

maneiras pelas quais a sociedade possa se

converter a um modelo de emissões baixas de

carbono em tempo para evitar os cenários

mais pessimistas quanto ao clima.

Thunberg emergiu como figura emblemática

desde que iniciou seus protestos pelo clima,

em agosto, diante da sede do Parlamento

sueco. Ela foi indicada para o Prêmio Nobel da

Paz, foi tema de reportagem de capa na

revista Time e viajou pela Europa de trem

para criticar figuras importantes dos governos

e da indústria automobilística.

Crianças, adolescentes e adultos que se

sentiam impotentes diante da crise do clima se

reuniram em apoio ao movimento Fridays for

Future, com greves às sextas-feiras, na

esperança de forçar políticos e líderes

empresariais a escutar os alertas dos

cientistas.

Nesta sexta (24), os jovens já falaram em

uma greve geral mundial programada para o

dia 20 de setembro.

Em Paris, Celia Benmessaoud, 15, tinha em

mãos um cartaz que dizia “Não Existe Planeta

B”, e disse esperar que a paralisação escolar

mudasse o mundo, ecoando esperanças

expressadas por participantes na Índia,

Turquia e Gâmbia, Austrália e Nova Zelândia.

“Estou preocupada com todos os desastres

climáticos. A cada vez que temos uma onda de

incêndios nas matas, um novo animal pode

ser extinto”, disse Nina Pasqualini, 13, que

participou de uma manifestação em

Melbourne, Austrália, convocada pelo

movimento de desobediência civil Extinction

Rebellion.

“O governo não está fazendo tudo que pode. É

assustador para as gerações mais jovens”, ela

disse, mostrando um cartaz que pede o

cancelamento da licença para uma nova mina

de carvão na Austrália.

A Austrália acabou de passar por uma

campanha marcada pelas discussões em torno

dos efeitos que o superaquecimento do

planeta sobre a 19º economia do mundo.

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Grupo de Comunicação

A emissão de poluentes no país aumenta

constantemente desde 2014, ano em que o

governo liberal de Tony Abbott, cumprindo

promessa de campanha, abandonou a

cobrança da taxa de carbono que recaía sobre

empresas poluentes.

O dinheiro arrecadado era usado em iniciativas

para diminuir a emissão de poluentes e apoiar

o crescimento de iniciativas de energia limpa.

Diante do cenário, o conservador Scott

Morrisson, 51, atual primeiro-ministro da

Austrália conhecido por seu desdém em

relação à energia renovável, se viu obrigado a

mudar de atitude para não perder votos e

passou a propor a redução dos níveis de

emissão de poluentes em 26% até 2030. A

coalizão também propôs um “fundo de

soluções climáticas” no valor de US$ 2 bi para

os próximos 15 anos.

No sábado passado (18), ele foi reeleito nas

eleições legislativas.

Na Noruega, manifestantes do grupo

ambiental Extinction Rebellion bloquearam o

acesso ao banco central do país, exigindo que

o fundo de investimento nacional de US$ 1

trilhão, o maior do planeta, deixe de investir

em companhias que promovam a queima de

carvão.

Buscando atrair atenção para as “medidas não

efetivas contra a mudança do clima”, os

manifestantes planejam ações mais amplas

contra o governo a fim de bloquear a produção

de petróleo e gás natural pela Noruega,

afirmou a organização em um comunicado.

Antes conhecido como Government Pension

Fund Global, o fundo nacional de investimento

norueguês foi constituído usando décadas de

receitas gerada pelo setor petroleiro do país, e

investe todo esse dinheiro em ações, títulos e

imóveis no exterior.

Embora o fundo detenha participações

acionárias em mais de nove mil empresas,

está sujeito a diversas limitações, o que inclui

proibições de investimento em empresas que

produzam armas nucleares ou tabaco, bem

como em companhias que derivem mais de

30% de sua receita ou realizem mais de 30%

de suas atividades no setor de carvão.

Um porta-voz do banco central se recusou a

comentar.

A Noruega é o maior produtos de petróleo cru

e gás natural da Europa, com a estatal Equinor

na liderança do setor.

No mês passado, a Extinction Rebellion

paralisou partes de Londres com 11 dias de

protestos contra a mudança do clima, que a

organização descreveu como maior ato de

desobediência civil na história britânica

recente.

Em Frankfurt, Alemanha, estudantes

planejavam marchar até a sede do Banco

Central Europeu (BCE) para exigir que a

instituição pare de financiar o setor de

combustível fóssil.

O BCE afirma que sua missão é controlar a

inflação e não favorecer determinados setores

de mercado de preferência a outros.

As emissões mundiais de carbono bateram um

recorde no ano passado, apesar do alerta do

Painel Intercontinental sobre a Mudança no

Clima, da ONU, em outubro, de que a

produção de gases precisa ser severamente

reduzida nos próximos 12 anos, para

estabilizar o clima.

O aquecimento global causado pelos gases do

efeito estufa, gerados pela queima de

combustíveis fósseis e causadores de

aprisionamento de calor, já gerou secas e

ondas de calor, derreteu geleiras, elevou o

nível do mar e provocou inundações, dizem os

cientistas, e os modelos quanto ao clima

preveem consequências ainda piores.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/05/protesto-pelo-clima-em-sp-pede-acoes-imediatas-e-tem-encontro-com-autoridade.shtml http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=23332849&e=577

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Veículo: FIESP

Data: 24/05/2019

Fiesp promove debate com

representantes de instituições voltadas

ao meio ambiente

Representantes da Cetesb, do Ministério

Público do Estado de São Paulo e Tribunal de

Justiça de São Paulo esclareceram como cada

órgão pode atuar

O papel e o funcionamento das instituições de

fiscalização, controle e proteção do meio

ambiente foram os temas da discussão do

Conselho Superior de Meio Ambiente da Fiesp

(Cosema), que marcou a tarde da última

quinta-feira (23/3). Estiveram presentes

representantes das seguintes organizações:

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (CETESB), Ministério Público do Estado

de São Paulo e Tribunal de Justiça de São

Paulo.

O presidente do Conselho, Eduardo San

Martin, reafirmou um dos papeis do Cosema,

que é o de promover discussões de temas

importantes para o meio ambiente e a

comunidade com os especialistas mais

renomados do setor. 'Nosso objetivo ao nos

reunirmos aqui é mostrar para as lideranças

como cada instituição atua e de que forma

podemos acessá-las em prol da sociedade e da

sustentabilidade. É importante acabar com o

medo que, muitas vezes, pode vir do

desconhecimento da atuação de cada uma

dessas entidades', completou.

A diretora-presidente da Cetesb, Patrícia

Iglecias, reforçou a importância de se discutir

como as instituições podem trabalhar

conjuntamente. Ela lembrou que a agenda da

Organizações das Nações Unidas (ONU) de

Desenvolvimento Sustentável converge para a

necessidade de parcerias entre entidades

diferentes, mas com o mesmo foco: o de

proteger o meio ambiente, valorizando a

atividade econômica e respeitando os recursos

naturais e sociais.

'Eficiência passa pelos prazos. Estou aqui para

salientar que a Cetesb tem trabalhado a

questão da desburocratização e para reforçar

a importância de todos conhecerem o

programa Cetesb de Portas Abertas, que é

uma ferramenta na qual assistentes da

instituição fazem a gestão, ou seja, recebem a

demanda das empresas, tiram as dúvidas do

setor privado para, a partir de então, ser feito

o pedido formal de licenças ambientais e

permissões', informou.

Ao reforçar a importância de uma gestão mais

próxima, o procurador de Justiça que

coordena o Centro de Apoio Operacional Cível

e de Tutela Coletiva do Ministério Público do

Estado de São Paulo, Tiago Cintra Zarif, tratou

da importância de o promotor do Meio

Ambiente estar nas ruas, ouvindo e

negociando com a comunidade e o

empresariado.

Zarif elogiou a realização do evento porque 'lá

no Ministério Público eu faço um pouco disso

também. Eu falo todos os dias sobre a

necessidade de se trabalhar de forma

integrada. Temos de abrir a discussão para ter

mais produtividade e efetividade na atuação

do Ministério Público e dos demais órgãos',

reforçou, completando que o órgão está

aberto às dúvidas e solicitações do Cosema.

'Todos saem ganhando se estivermos juntos',

reiterou.

A promotora de Justiça Tatiana Barreto Serra,

assessora do Centro de Apoio à Execução do

Ministério Público do Estado de São Paulo

(CAEx), explicou o funcionamento do órgão. O

CAEx oferece suporte técnico-operacional e

serviços de informação e inteligência às

promotorias e procuradorias de Justiça do

Estado de São Paulo, visando a melhoria de

performance do Ministério Público no

cumprimento da missão constitucional. 'O

Ministério Público é uma das instituições mais

confiáveis do país. Nós temos muito orgulho

disso. O CAEx está de portas abertas e terá

sempre a vontade de melhorar sua atuação',

disse.

Quanto às práticas mais sustentáveis, há

vários desafios a serem superados. O

desembargador do Tribunal de Justiça do

Estado de São Paulo, Ricardo Cintra Torres de

Carvalho, da 1ª Câmara Ambiental, fez

questão de lembrar que o Meio Ambiente é

algo vivo. 'Nós julgamos e estamos sempre

sendo atropelados pela realidade que muda,

pela natureza que pode ser outra, pelas

sentenças que damos e que na prática,

algumas vezes, podem não ser viáveis',

alertou.

O diretor titular do Departamento de

Desenvolvimento Sustentável da Fiesp/Ciesp,

Nelson Pereira dos Reis, explicou que sob o

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Grupo de Comunicação

comando do presidente Paulo Skaf a

determinação na entidade tem sido o diálogo e

a conformidade com todas as partes e

segmentos que militam na área ambiental.

'Por meio do nosso contato permanente com

outras instituições que atuam no setor,

comprovamos que as questões ambientais e

econômicas estão cada vez mais unidas. A

sociedade vem cobrando isso. Não é uma

contradição, e sim, uma confluência. As

empresas têm procurado desenvolver sua

performance alinhada com a gestão

ambiental', afirmou.

Édis Milaré é ex-coordenador das curadorias

de Meio Ambiente do Ministério Público do

Estado de São Paulo. Ele participou da

discussão e contou casos pioneiros e

importantes da atuação do Ministério Público

de São Paulo, sob seu comando. 'Em razão da

nossa ação convergente e determinada em

prol do meio ambiente, o tema passou a ser

também questão de Justiça. É muito

recompensador pensar que depois do nosso

trabalho o Ministério Público passou a ter

papel fundamental e atuante nessa cruzada

em prol do meio ambiente', concluiu.

Em reunião do Cosema da Fiesp, a presença de diversas organizações: Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), Ministério Público do Estado de São Paulo e Tribunal de Justiça de São Paulo. Foto: Karim

Kahn/Fiesp

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SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Data: 26/05/2019

Cetesb investiga origem de mau cheiro

que tem incomodado moradores do

distrito de Brás Cubas, em Mogi

2 minutos

O mau cheiro se tornou uma desagradável

companhia para os moradores do Distrito de

Brás Cubas, em Mogi das Cruzes. A

Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo (Cetesb) investiga a origem do

problema.

Vizinhos suspeitam que o cheiro pode ser das

fábricas de Brás Cubas. Maiara Barbosa

Quem mora na região acredita que o forte

odor, frequente até mesmo dentro das casas,

possa ter relação com alguma indústria.

Elisa Fernandes é comerciante e mora na Rua

Padre Álvaro Quinonez Zuniga, ao lado do

Sesi. Ela conta que o mau cheiro é sentido

mais durante a noite, pela madrugada e no

início da manhã. “Não dá para ficar com a

janela e a porta abertas porque incomoda

muito. Se fosse esgoto, a gente ia sentir o

cheiro a toda hora.”

A moradora, que é dona de um restaurante,

disse que o problema acontece há cerca de um

mês e tem atrapalhado no seu comércio, uma

vez que os clientes sentem-se desconfortáveis

em almoçar ou jantar em um restaurante com

mau cheiro.

O mecânico Fernando Luiz da Conceição, mora

próximo do 2° Distrito Policial, e fica fora de

casa durante o dia, mas afirma que a mulher e

o filho sofrem com a situação. “Minha mulher

tem enxaqueca e ela está sempre

reclamando.”

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-

suzano/noticia/2019/05/26/cetesb-investiga-

origem-de-mau-cheiro-que-tem-incomodado-

moradores-do-distrito-de-bras-cubas-em-

mogi.ghtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: O Diário - Mogi

Data: 26/05/2019

Peixes serão soltos no Rio Tietê

TRABALHO Espécies de peixes foram soltas na

barragem de Ponte Nova, em Salesópolis,

neste mês. (Foto: Arquivo pessoal)

Em junho, na reabertura do Núcleo de

Educação Ambiental Ilha Marabá, fechado

desde o ano passado para a realização de

obras que permitam o desenvolvimento de

atividades como visitas monitoradas, haverá a

soltura simbólica de tabaranas e carás

nascidos em um dos braços de atuação do

Laboratório de Genética e Organismos

Aquáticos e Aquicultura da Universidade de

Mogi das Cruzes (UMC), responsável pelo

projeto de repovoamento de peixes em

barragens da Região. As espécies serão

liberadas na margem direita do Tietê, por

prevenção. Em uma das últimas solturas feitas

no mesmo lugar, alguns anos atrás, em

questão de minutos, os peixinhos serviram de

banquete para os bagres africanos, que são

carnívoros e encontrados desde Biritiba Mirim

à Barragem da Penha, na Capital.

Altamente resistentes, esses bagres

originários da África foram introduzidos no

Brasil na década de 1980. Com o nome

científico, Clarias gariepinus, eles são

considerados pelo professor Alexandre

Hilsdorf, pesquisador do Núcleo Integrado de

Biotecnologia da UMC, como verdadeiros

demônios. “Quando eu os vi comendo os

peixinhos que tínhamos acabado de soltar,

tentei disfarçar, porque havia estudantes

acompanhando a ação de educação ambiental.

Mas foi constrangedor. Acredito que os bagres

africanos continuem lá e, por isso, vamos

fazer a soltura do outro lado da margem”,

contou.

Hilsdorf estuda a ictiofauna. Em 2012, em um

artigo publicado neste jornal, ele alertou sobre

a dominação dos bagres africanos e os riscos

para os peixes nativos do rio Tietê, que não

“tinham um futuro assegurado”, se alguma

providência não fosse tomada para controlar a

população invasora.

Na semana passada, o pesquisador coordenou

a soltura de peixes na represa de Ponte Nova.

Lá estão sendo reintroduzidos indivíduos como

a tabarana e, pela primeira vez, o corimbatá-

da-lagoa, que já foi considerado extinto no

Alto Tietê. O repovoamento, exigido no

licenciamento ambiental para a operação das

represas do Sistema Produtor Alto Tietê,

composto por seis represas, e as pesquisas

sobre a vida dos peixes nesse território de

águas límpidas, são fruto de uma parceria

entre a UMC e o Governo do Estado,

representado pelo DAEE (Departamento de

Águas e Energia Elétrica) e a Sabesp

(Companhia de Saneamento Básico do Estado

de São Paulo).

Os estudos e a manutenção das espécies

nativas, criadas em cativeiro, poderão fazer

diferença no futuro, quando o rio Tietê se

livrar de seus algozes – o despejo da maior

parte do esgoto residencial e comercial das

cidades e a pressão pela ocupação do entorno

dele e dos corpos d’água que despejam suas

águas nele.

A soltura dos peixes na Ilha Marabá, no

Mogilar, em data ainda não confirmada nas

próximas semanas pela Secretaria Municipal

do Verde e Meio Ambiente, será simbólica

porque hoje não há quem garanta quais e

quantas espécies sobrevivem na área urbana

do Tietê. “Essa é uma curiosidade de todos

nós. As pessoas sempre perguntam a mesma

coisa, mas as pesquisas que temos

conhecimento sobre os peixes encontrados a

partir de Mogi das Cruzes são antigas”,

comenta o especialista, destacando a

importância de se investir em pesquisas

específicas, na área urbana, sobre a vida

aquática.

Uma sugestão dele seria a participação da

iniciativa privada na contratação de pesquisas.

“Não apenas na UMC, mas em outras

universidades do mundo, pesquisadores

realizam pesquisas em parceria com governos

ou empresas para o desenvolvimento social.

Em geral, empresas sustentam pesquisas

quando são obrigadas, às vezes, pelo

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Grupo de Comunicação

Ministério Público. Por que não mudar isso?”,

sugere o professor.

Alexandre Hilsdorf é pesquisador do Núcleo

Integrado de Biotecnologia da UMC (Foto:

arquivo)

Hilsdorf não acredita que o Tietê esteja

completamente estéril, como em pontos

altamente poluídos encontrados na Região

Metropolitana de São Paulo. “No Alto Tietê,

ainda temos análises que apontam a qualidade

da água regular e há relatos que nos chegam

de pescadores e de pesquisadores sobre

encontros de espécies como a própria

tabarana, ou as tilápias, que são exóticas, mas

vivem no rio”.

Há alguns meses mesmo, ele foi chamado

para confirmar o encontro de tabaranas em

uma Estação de Tratamento de Água em São

Miguel Paulista.

Já na região de Mogi das Cruzes, as análises

oficiais de qualidade de água mostram pontos

ainda com a rotulagem regular, o que garante

níveis de oxigênio suficientes para a vida de

espécies mais resistentes. Outra garantia,

inclusive para repovoamentos futuros, é dada

por estudos feitos na própria UMC no MapLab,

especializado no mapeamento de imagens por

satélite, que indicam a existência de

remanescentes de mata ciliar (veja matéria

nesta página).

http://www.odiariodemogi.net.br/peixes-

serao-soltos-no-rio-tiete/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal Cruzeiro do Sul

Data: 25/05/019

Grupo vai cobrar ações de preservação e

monitoramento da represa de

Itupararanga

- Jornal Cruzeiro do Sul

Formado por representantes de órgãos e

entidades, o GTI tem como meta a defesa do

manancial

A represa de Itupararanga é a principal fonte

de abastecimento dos municípios da região.

Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS

(16/3/2019)

Proteger a represa de Itupararanga e criar

condições para barrar e monitorar as ações de

degradação do manancial foram as urgências

que levaram um grupo de representantes do

poder público e instituições da sociedade civil

a um encontro na quinta-feira (23), em

Ibiúna, município da Região Metropolitana de

Sorocaba (RMS), na sede da Ong SOS

Itupararanga. Exposições e debates com

participação de técnicos e ambientalistas

traçaram um diagnóstico dos principais

desafios. Como resultado, o encontro foi

concluído com a criação do Grupo de Trabalho

de Itupararanga (GTI), encarregado de

acionar as providências para garantir a

preservação do manancial.

Agora, o GTI integra a Câmara Técnica de

Proteção das Águas do Comitê da Bacia

Hidrográfica do Rio Sorocaba e Médio Tietê

(CBHS/MT). Uma das atuações do Comitê é

sobre a situação dos mananciais. Partindo

dessa atribuição, a SOS Itupararanga solicitou

ao Comitê a realização do encontro de quinta-

feira como forma de dar continuidade a um

conjunto de propostas de ação discutidas em

audiência pública em novembro de 2018, na

Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Linhas de trabalho

Criação do grupo aconteceu durante encontro

realizado na quinta-feira. Crédito da foto:

Fábio Rogério

Formado por representantes de órgãos e

entidades ligados às questões de

Itupararanga, o GTI criado no encontro vai

centralizar as discussões sobre a represa no

âmbito da Câmara Técnica de Proteção das

Águas do Comitê de Bacias. A coordenadora

dessa Câmara Técnica, Eleusa Maria da Silva,

propôs (e os participantes do encontro

aprovaram) a indicação da diretora-executiva

da SOS Itupararanga, Viviane de Oliveira,

como coordenadora do GTI.

Segundo Viviane, o Grupo de Trabalho de

Itupararanga vai iniciar as discussões para a

outorga (termo equivalente à autorização) de

uso da represa por parte da Votorantim

Energia, que opera o manancial com licença

até 2023, e atrair instituições que podem se

envolver nessa questão, como a Agência

Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O GTI também vai cobrar da Fundação para

a Conservação e Produção Florestal do

Estado de São Paulo (Fundação Florestal)

um plano de trabalho para transformar em

unidade de conservação toda a área de várzea

que marca o encontro dos rios Sorocamirim,

Sorocabuçu e Una, os três mananciais

formadores do rio Sorocaba.

Outra missão de trabalho para o GTI é a

reunião de dados sobre Itupararanga que

possam nortear a programação de ações de

proteção e defesa do manancial. Atualmente,

as instituições públicas e da sociedade civil

não têm controle de todas as informações que

interessam à preservação do manancial. Por

exemplo, foram citados casos de

empreendimentos imobiliários na área de

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Grupo de Comunicação

influência da represa que nem sequer eram do

conhecimento de órgãos ambientais.

Viviane de Oliveira: denúncias de crimes

ambientais são rotineiras. Crédito da foto:

Fábio Rogério

Participantes

Além da SOS Itupararanga, da Câmara

Técnica e do Comitê de Bacias, participaram

do encontro representantes da Área de

Proteção Ambiental (APA) de

Itupararanga, Comissão de Estudos,

Recuperação e Desenvolvimento da Bacia do

Rio Sorocaba e Médio Tietê (Ceriso),

Votorantim Energia, Departamento de

Águas e Energia Elétrica (Daee) do

governo estadual, da OAB de Sorocaba e

Votorantim, do Instituto Pleno Cidadania de

Mairinque, da Cetesb (Companhia

Ambiental), das empresas de saneamento

Sabesp (de Alumínio, Ibiúna e São Roque),

Sanáqua (de Mairinque) e Águas de

Votorantim, da Universidade de São Carlos

(UFSCar), das Câmaras de Sorocaba e

Votorantim com os vereadores Iara Bernardi e

José Cláudio Pereira (Zelão), respectivamente,

ambos do PT.

Os participantes lamentaram a ausência de

representante do Executivo de Sorocaba, nem

por meio do Serviço Autônomo de Água e

Esgoto (Saae) ou da Secretaria de Meio

Ambiente. E lembraram que Sorocaba é a

cidade da região que mais capta água na

represa de Itupararanga para abastecer 85%

da população. Eleusa informou que o Saae foi

convidado por e-mail e telefone. A reportagem

comunicou esse fato às 16h18 de sexta-feira à

Prefeitura de Sorocaba, por e-mail, mas até o

fim da noite não houve retorno para comentar

a ausência.

Também estiveram presentes o diretor da

Sociedade Amigos de Bairros da Região Leste

de Sorocaba, Cláudio Robles, o engenheiro e

empresário Elson Rodrigues e o engenheiro

civil Marcelo Zambardino, entre outros

convidados e moradores da região.

Ocupação irregular é uma das principais

ameaças ao ecossistema

Numa represa de grandes dimensões e

múltiplos usos como Itupararanga, também é

vasto o conjunto de atividades humanas que

podem representar ameaças à preservação do

ecossistema do manancial. Desde a captação

de águas ao uso para produção de energia

além do limite de capacidade, até à pesca

predatória, irrigação de lavoura com utilização

de agrotóxicos, loteamentos clandestinos e

outras ocupações com respectivos volumes de

geração de esgoto e lixo sem o tratamento

adequado.

Tudo isso é motivo de preocupação dos órgãos

civis e oficiais que elegem a preservação da

represa como prioridade máxima. E o desafio

é ir além dos discursos e reuniões para

executar ações práticas de proteção,

fiscalização e controle do uso da represa.

André Cordeiro: qualidade da água da represa

vem sendo prejudicada. Crédito da foto: Fábio

Rogério

No encontro de quinta-feira, em Ibiúna, o

diretor da Associação Amigos de Bairros da

Região Leste de Sorocaba, Cláudio Robles,

levantou a preocupação com a qualidade da

água de Itupararanga. Lembrou que em 1998

havia dados oficiais que indicavam a água com

98% de pureza, sendo então a segunda mais

limpa do mundo. Robles acredita que essa

qualidade diminuiu. Perguntou ao professor de

Ecologia Aquática da UFSCar, André Cordeiro,

sobre como seria essa qualidade hoje.

Cordeiro confirmou a redução de qualidade.

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Grupo de Comunicação

Sobre esse item, a diretora executiva da SOS

Itupararanga, Viviane de Oliveira, também

alertou: “Precisamos pensar em ter novos

pontos de monitoramento que mostrem a

qualidade real da água.”

Rios formadores

Cordeiro acrescentou que a área de

abrangência da represa envolve nove

municípios, a maioria sem tratamento de

esgoto ou com pequena atividade nesse setor.

Na sua descrição, regiões como Cotia e

Caucaia do Alto, por sofrerem ocupações

urbanas desorganizadas, produzem esgoto

que são despejados nos rios formadores da

represa.

Loteamentos clandestinos e outras ocupações

são vistos com frequência. Crédito da foto:

Divulgação / SOS / Itupararanga

O professor também apontou como

preocupação o fenômeno do crescimento de

algas, que prejudicam o uso da água para

abastecimento público. Outro fenômeno, o de

mistura de camadas de superfície e do fundo

da represa, provocadas por variações do nível

de vazão combinadas com os efeitos do vento

na movimentação da água, removem

partículas de camadas inferiores e isso é fator

de complicação que leva à necessidade de

mais produtos químicos no processo de

tratamento.

Rodovia

Viviane disse que as denúncias de crimes

ambientais na área da represa são rotineiras e

chegam até mesmo por WhatsApp: “A

ocupação está aumentando, seja com

chácaras e empreendimentos imobiliários,

alguns sem licença.” As preocupações se

estendem às obras de duplicação da rodovia

Bungiro Nakao, que liga Vargem Grande

Paulista a Piedade, passando por Ibiúna, e

está em obras no trecho entre Vargem Grande

Paulista e Ibiúna. “A duplicação da estrada

com certeza vai aumentar a ocupação”, disse

Cordeiro.

Na avaliação de Viviane, entre os múltiplos

usos da represa, o abastecimento público e a

geração de energia são o de maior volume. O

manancial também é um grande atrativo

turístico, paisagístico e de lazer, com

atividades que vão da pesca aos esportes

náuticos e também à irrigação para a

agricultura. (Carlos Araújo)

https://www.jornalcruzeiro.com.br/sorocaba/g

rupo-vai-cobrar-acoes-de-preservacao-e-

monitoramento-da-represa-de-itupararanga/

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Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal da Manhã

Data: 25/05/2019

Pesquisadores buscam salvar mico-leão-

de-cara-preta

Parque Nacional do Superagui é o principal

beneficiado em projeto para a conservação da

espécie; unidade abrange 70% do território

conhecido da espécie.

Mico-leão-de-cara-preta. Celso Margraf Só é possível encontrar o mico-leão-da-cara-preta nos

estados de São Paulo e no norte do Paraná. (Foto: Celso Margraf)

Eles são pequenos, ágeis, a carinha preta

contrastando com os pelos de um dourado

vívido. Só é possível encontrar o mico-leão-

da-cara-preta (Leontopithecus caissara) nos

estados de São Paulo e no norte do Paraná.

Ainda assim, suas aparições são raras, afinal a

mais otimista estimativa é de que haja, no

máximo, 900 indivíduos desta simpática

espécie de primata.

Um Projeto liderado pela Sociedade de

Pesquisa em Vida Selvagem e Educação

Ambiental (SPVS) quer mudar esse panorama.

A iniciativa é apoiada pelo ICMBio e tem foco

especial no Parque Nacional do Superagui

(PR), que corresponde a 70% do território

ocupado por este animal.

O Projeto deve durar 18 meses. Em março

deste ano, foram iniciadas as atividades de

campo no Ariri, área de ocorrência da espécie

no litoral sul de São Paulo. Para esta fase,

foram contratados dois moradores da

comunidade do Ariri que já possuem

experiência com a espécie em trabalhos

anteriores com ações de pesquisa e

conservação da espécie organizadas por

outras instituições. Esta é a fase de localização

dos grupos em toda a área de distribuição

(ilha de Superagui, área continental e nas

duas áreas protegidas no Parque Nacional de

Superagui e Parque Estadual do Lagamar

de Cananeia).

Como o mico é uma espécie bastante

carismática, tem um grande potencial para a

sensibilização ambiental. Deste modo,

também é esperado trabalhar em ações de

educação ambiental com foco nos moradores

da região, gerando engajamento e alertando

para a importância da conservação da espécie.

Isso também reverbera em ações promovidas

por outras instâncias, por exemplo, como a

prevenção e controle da febre amarela.

Estima-se que cerca de metade da população

está protegida no Parque, o restante está na

parte continental. Esta, inclusive, é uma

ameaça à conservação da espécie, pois, com a

construção do canal que separou o continente

da Ilha de Superagui, as populações também

ficaram isoladas, culminando na diminuição de

variabilidade genética.

Além disso, a longo prazo, o aquecimento

global também pode comprometer a

sobrevivência do mico-leão-de-cara-preta. O

aumento do nível do mar prejudica o território

da espécie que é próximo da cota zero do

nível do mar, tanto no continente quanto na

ilha.

As estimativas de adultos com condições de

reprodução não passam de 250 indivíduos. A

maturidade sexual deste animal gira em torno

de 1,5 a 2 anos e eles são em geral,

monogâmicos, ainda que haja alguns registros

de poligamia. A gestação da fêmea dura

aproximadamente 4 meses e geralmente com

2 filhotes por vez.

A iniciativa tem apoio da Fundação Grupo

Boticário, do Primate Action Fund e do

Mohamed bin Zayed Species Conservation

Fund, e auxílio de instituições parceiras como

a Fundação Florestal e o Departamento de

Fauna da Subsecretaria de Meio Ambiente

de SP, o Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a

Plataforma Institucional Biodiversidade e

Saúde Silvestre da Fiocruz, o Instituto de

Pesquisas Cananéia (IPEC), a Associação Mico-

Leão-Dourado (AMLD) e a Universidade

Federal do Paraná (UFPR).

http://www.icmbio.gov.br/portal/ultimas-noticias/20-geral/10324-pesquisadores-buscam-salvar-micro-leao-de-cara-preta

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Veículo: Jornal da Manhã - Marília

Data: 25/05/2019

Reunião mensal do Cades apresenta

projeto do sistema de tratamento de

esgoto

Aconteceu na última quarta-feira no centro de

educação ambiental do Bosque Municipal, a

reunião mensal do Cades (Conselho Municipal

do Meio Ambiente e Desenvolvimento

Sustentável). Foi apresentado o projeto

socioambiental referente a implantação do

sistema de afastamento e tratamento de

esgoto sanitário de Marília.

Participaram da reunião Mônica de

Vasconcelos, educadora social respondendo

como responsável técnica pelos projetos

sociais dos convênios firmados com a Caixa

Econômica Federal, referente aos

empreendimentos do Programa Minha Casa

Minha Vida, reservatórios e esgotamento

sanitário. Também participou Bruno Jerônimo

Rossin, instrutor de informática, assessorando

na execução dos projetos sociais dos

convênios firmados com a CEF.

Segundo o presidente do Cades, Vandir

Pedroso de Almeida, o projeto socioambiental

da obra de tratamento de esgoto de Marília

está orçado em torno de um milhão de reais e

está sendo conduzido pela Secretaria de

Assistência Social.

'Trata se de um projeto basicamente de

educação ambiental, o objetivo é levar o

conhecimento da obra do tratamento de

esgoto a toda a população, por meio das

escolas municipais, associações de bairro,

agentes da saúde, dentre outros', disse.

O presidente do Cades afirmou que está sendo

desenvolvido um programa com apoio e

parceria do Senac e outras secretarias para

levar ao conhecimento de todos as novas

formas de cuidados com o esgoto gerado em

casa; como por exemplo não descartar óleo de

fritura na pia , separação das redes de água

de chuva da rede de esgoto, compostagem,

horta urbana, dentre outros assuntos que

contribuem para melhora na qualidade de vida

da população. O Conselho aprovou o programa

e estará acompanhando as atividades

desenvolvidas ao longo do projeto.

MUNICÍPIO VERDE AZUL

Nessa reunião também foi informado aos

conselheiros que o Cades não conseguiu

marcar uma reunião com o prefeito Daniel

Alonso, para apresentar a proposta de que

Marília participe com efetividade no

Programa Estadual Município Verde Azul.

O Cades vai enviar ofício ao prefeito

solicitando uma audiência para apresentar o

programa e obter ou não seu compromisso de

participar desse programa. 'Esse programa

traz muitos benefícios para a população,

sabemos que municípios certificados obtêm

recursos do Fundo Estadual do Meio Ambiente

a fundo perdido para investir na área

ambiental. Mas acima desses recursos o Cades

sabe que um município certificado nesse

programa proporciona melhor qualidade de

vida a população', disse Vandir Pedroso.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=23339704&e=577

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Veículo: Correio Popular - Campinas

Data: 24/05/2019

Prefeitura fecha contrato de estudo

Por Maria Teresa Costa

Região na Mansões Santo Antonio é maior

passivo ambiental da cidade

Cedoc/RAC Região na Mansões Santo Antonio é maior passivo ambiental da cidade

A Prefeitura assinou contrato com a CMA

Ambiental Ltda., por R$ 1,6 milhão, para a

elaboração do plano de recuperação do bairro

Mansões Santo Antônio, área contaminada

pela Proquima, empresa do ramo químico de

recuperação de solventes. Essa área é o maior

passivo ambiental da cidade. A ordem de

serviço para o início dos trabalhos sairá nos

próximos dias.

O estudo, informou o secretário do Verde,

Rogério Menezes, vai apontar como fazer e

quanto vai custar a remediação daquela área,

que foi contaminada de 1973 a 1996. A

estimativa é que serão necessários entre R$

15 milhões e R$ 20 milhões para a

descontaminação do local.

Esse plano, afirmou Menezes, apontará quanto

custará a recuperação. Segundo o secretário,

todos os custos com os planos, estudos e

intervenções realizadas até agora serão

cobrados da empresa Concima, herdeira do

passivo ambiental.

O plano será financiado pelo Fundo Municipal

de Recuperação, Manutenção e Preservação do

Meio Ambiente (Proamb) e será concluído em

23 meses. A Prefeitura já gastou R$ 370 mil

com o Estudo Técnico Preliminar. Na extração

de gases já foram investidos R$ 690 mil no

primeiro período. Serão mais R$ 800 mil no

segundo período. Outros R$ 800 mil até

fevereiro de 2017, mais R$ 800 mil até ano

passado e mais R$ 800 mil serão investidos

este ano. Os custos estão sendo cobertos com

o direcionamento de termos de ajustamento

de conduta, segundo o secretário do Verde,

Rogério Menezes.

Desde 2014, um sistema de extração de

vapores de compostos orgânicos voláteis no

contrapiso do Bloco A está em operação, para

diminuir o risco à saúde das 45 famílias que

vivem no local. Os gases extraídos por drenos

são levados a uma estação de tratamento no

próprio local, para que os vapores possam ser

liberados na natureza sem riscos de

contaminação ambiental.

A maior contaminação foi identificada nos

lençóis freáticos, por isso a preocupação com

o uso de águas. Os estudos mostraram que a

área tem “alto grau de contaminação” e cerca

de 30 substâncias químicas foram encontradas

na região.

O levantamento mostrou que cloreto de vinila

e benzeno foram os componentes químicos

encontrados em maior quantidade,

especialmente no aquífero profundo,

localizados a cerca de 30 metros de

profundidade.

No período que a Proquima funcionou no local,

foi autuada várias vezes pela Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb), recebendo 13 advertências e cinco

multas. Em 1990, depois de um incêndio, a

empresa foi interditada pela Secretaria

Estadual de Meio Ambiente. Mas continuou

funcionando até 1996 através de liminar.

Naquele ano, dois lotes do terreno foram

adquiridos pela empresa construtora Concima

para construção de oito blocos de

apartamentos (quatro em cada lote),

totalizando aproximadamente 400 unidades.

Depois de construídos três blocos, uma

investigação realizada pela Arcadis Hidro

Ambiente, contratada pela Concima, constatou

que a área do lote onde a Proquima esteve

instalada estava contaminada. Em abril de

2002, a Secretaria de Saúde recebeu da

Cetesb a informação da contaminação. Para

interromper a exposição aos contaminantes, a

Vigilância Sanitária lacrou e interditou 23

poços e nascentes de água existentes na área

próxima ao foco - terreno onde esteve

instalada a Proquima.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=23315679&e=577

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Veículo: A Crítica - Manaus

Data: 25/05/2019

Fundo soma R$45 mi parados

Daniel Amorim

[email protected]

Dados divulgados pelo Instituto de Proteção

Ambiental do Amazonas (Ipaam) apontam

que, em 2018, foram aplicados R$ 16 milhões

em multas por infrações ambientais aumento

de 45% em relação ao ano anterior, quando

foram contabilizados R$ 11 milhões em

penalidades. Os valores obtidos são

destinados ao Fundo Estadual do Meio

Ambiente (FEMA), cuja função de executora

desses recursos - que hoje somam R$45

milhões-foi interrompida desde 2015 devido à

sucessão de governadores em curtos

intervalos de tempo.

'Esse índice pode ter sido ocasionado por duas

razões: aumento significativo dos ilícitos ou da

fiscalização. Isso ainda deve ser avaliado',

explica Eduardo Taveira, titular da Secretaria

do Estado de Meio Ambiente (Sema), órgão

que integra o Sistema Estadual de Meio

Ambiente junto com o Ipaam. Taveira também

preside o Conselho Estadual de Meio Ambiente

do Amazonas (Cemaan), instância máxima do

setor formado por agentes do poder público e

da sociedade civil, à qual cabe a gestão dos

recursos obtidos com o recolhimento de

multas, entre outras atividades.

O secretário ressalta que há etapas a serem

cumpridas entre a aplicação da multa e a

arrecadação do dinheiro. 'Há um processo

burocrático, com vários recursos. No entanto,

trata-se de um processo com garantia de

ampla defesa das partes. É um caminho

natural do ordenamento jurídico brasileiro até

a efetiva aplicação', observa. 'A multa têm

perspectiva educacional, pedagógica, cujo

objetivo é evitar a repetição de danos, e, nos

casos mais severos, punitiva. A ideia é que a

multa seja proporcional ao dano e tenha uma

dosimetria adequada para restabelecer os

processos econômicos, sociais e ambientais'.

FUNDO

A retomada do fundo, além das atividades de

comitês, comissões e grupos de trabalho

responsáveis pelo acompanhamento de

processos, é uma das medidas prioritárias da

nova gestão. 'Criamos um GT integrado ao

Conselho para discutir a operacionalização do

Fundo', diz Taveira. Atualmente, uma câmara

técnica-jurídica está definindo os critérios para

utilização dos recursos do Fundo. De acordo

com o secretário, a destinação de resíduos,

contaminação de afluentes, o desmatamento

de áreas ilegais e invasões são os tipos de

infrações mais comuns. 'Algumas empresas

são multadas, outras assinam um TAC, e são

acompanhadas e fiscalizadas pelo Ipaam em

processos relativos ao licenciamento ou algum

dano e impacto', esclarece Taveira.

O Fundo é regulamentado pela lei

complementar nº187, de 25 de abril de 2018,

que instituiu o Cemaan, órgão que na época

não dispunha de lei própria. O artigo 19

especifica que os recursos do Fema 'destinam-

se às atividades de conservação, recuperação,

melhoria, educação, monitoramento,

fiscalização ambiental e articulação

intersetorial'. Este último indica que o Fundo

pode beneficiar outras instituições fora do

setor de meio-ambiente que, integrado ao

sistema, possa disponibilizar resultados.

'Estamos criando mecanismos para tornar o

Fundo num modelo de gestão ambiental',

afirma o secretário, que mantém diálogo

contínuo com funcionários da Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb) para obter referências de ações que

podem ser realizadas no contextolocal.

Desmatamento desenfreado ainda é um dos grandes

desafios

Desafios nas fronteiras

O 'arco do desmatamento', região de fronteira

do Amazonas com os estados do Mato Grosso,

Rondônia e Pará que concentra grande

atividade agrícola, representa outro desafio

para os órgãos ambientais. Cerca de 80%

daquela região já foi desmatada. 'A grande

pauta da secretaria é formular políticas para

reduzir problemas como lixões nas cidades do

interior e gerar renda mediante cadeias

produtivas sustentáveis em unidades

conservação, área primeira de atuação da

Sema. São áreas de proteção integral,

reservas de desenvolvimento sustentável,

florestas estaduais que podem ser ativos

numa nova base econômica do estado', disse

Eduardo Taveira.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=23341996&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo1: Governo de Mato Grosso

Veículo2: Folha Max

Veículo3: Portal MT

Veículo4: O Atual

Veículo5: Agência de Notícia

Data: 24/05/2019

Sema realiza workshop sobre gestão de

risco com produtos químicos

As 11 palestras foram voltadas para técnicos,

membros de empresas de resíduos perigosos,

transportes, laboratórios e estudantes

universitários.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente

(Sema-MT) realizou um workshop sobre

gestão de risco com produtos químicos nesta

quarta-feira (22), no Hotel Fazenda Mato

Grosso, em Cuiabá. O evento teve 11

palestras e contou com representantes de

outros estados, como São Paulo e Sergipe.

Participaram técnicos da área, membros de

empresas que trabalham com resíduos

perigosos, transportes, laboratórios e

estudantes universitários. Todos eles

receberão um certificado de presença.

O evento foi organizado pela Comissão

Estadual de Prevenção Preparação e Resposta

Rápida a Emergências Ambientais com

Produtos Perigosos do Estado de Mato Grosso

(CEP2R2). 'Era uma necessidade esse

workshop para discutir o risco que envolve

esse tipo de produto', destacou Nilma Taques,

presidente da comissão.

O superintendente de Infraestrutura,

Mineração, Indústria e Serviços, Valmi Lima,

que foi presidente do CEP2R2, reiterou a

importância do evento. 'Esta troca de

experiência com outros estados da federação,

órgãos e empreendimentos é necessária e

deve acontecer de forma periódica para o

desenvolvimento do P2R2. A discussão

homogeneíza os procedimentos e facilita a

interlocução entre os vários atores do

sistema'.

P2R2

As palestras foram abertas com a

apresentação do Plano Nacional de Prevenção,

Preparação e Resposta Rápida a Emergências

Ambientais (P2R2) por Marco Antônio

Lainha, da Companhia Ambiental do

Estado de São Paulo (Cetesb). O Plano foi

criado por Decreto em 2004 e estabelecido por

meio de um compromisso entre o Ministério e

secretarias estaduais e municipais de Meio

Ambiente com objetivo de prevenir a

ocorrência de acidentes com produtos

químicos perigosos e aprimorar o sistema de

preparação e resposta a emergências

químicas.

'O Workshop integra as instituições que estão

envolvidas com emergências, neste caso

produtos perigosos, e esta aproximação entre

os órgãos resulta em atendimentos eficientes

e eficazes. A integração é importante pois

otimiza os recursos, gera treinamentos e

capacitações e evidentemente quem ganha

com isso é o meio ambiente e a população,

que terá um atendimento rápido, podendo

minimizar muito as consequências destes

episódios de desastre', afirmou Lainha.

O analista ambiental da Administração do Meio

Ambiente de Sergipe (Adema), Jamiel

menezes, também falou sobre a necessidade

de interação dos estados. 'Sairemos daqui

com a cabeça fervendo de ideias, de coisas

que estamos vendo que em outros estado já

estão implantadas e que precisamos implantar

em Sergipe. Produtos perigosos é um tema de

grande apelo e deve ser sempre discutido

porque não impacta só a região que teve o

acidente, mas pode impactar todo o estado e

inclusive estados vizinhos'.

Os servidores da Sema, Nilma Taques e Sergio

Figueiredo, presidente e membro da comissão

respectivamente, palestraram sobre as ações

desenvolvidas pela CEP2R2, que têm a função

de articular parcerias entre instituições

governamentais, empresas privadas,

entidades de classe, sociedade civil e demais

entidades que estejam envolvidas com o tema

emergências ambientais. A Sema é a

secretaria executiva do Conselho.

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Grupo de Comunicação

'O objetivo da Comissão Estadual é promover

a divulgação do Plano do P2R2 junto aos

diversos setores da sociedade, por meio da

realização de fóruns, oficinas e seminários

regionais e estaduais e promover intercambio

de concepções e experiências entre entidades

e estados da federação', explicou os

palestrantes.

Outras Palestras

A jornalista Dirce Alves, do grupo Ambipar de

São Paulo, realizou um bate-papo sobre

comunicação em situações de crise e

emergência, respondendo dúvidas e

promovendo o debate entre os participantes.

Várias orientações foram passadas para os

profissionais sobre a forma como as empresas

devem agir em casos de acidente ou desastre,

com a formação de porta voz, formas de

divulgação para a imprensa e comunicação

com o público interno e colaboradores como

forma de minimizar uma crise.

Representantes de instituições que dão o

primeiro atendimento em episódios de

acidente ou desastre ambiental, como Defesa

Civil e Corpo de Bombeiros Militar, explicaram

como é a atuação dos órgãos nesses casos. A

Politec explicou sobre a realização da Perícia

Ambiental em local de Acidente com Produtos

Perigosos.

'Precisamos sensibilizar a sociedade para os

riscos existentes, unindo atores envolvidos nos

diversos níveis de gestão com produtos

químicos perigosos, agregando as instituições

públicas e privadas. Foi importante a

participação do Corpo de Bombeiros Militar

como forma de difundir o sistema de

prevenção e preparação da sociedade,

melhorando o conhecimento da população e

criando um ambiente propício para resposta

rápida e segura', ressaltou o Comandante do

Batalhão de Emergências Ambientais, TC BM

Dércio Santos da Silva.

O servidor da Sema, Fernando Pires, orientou

sobre o processo de licenciamento ambiental

com produtos perigosos em Mato Grosso e os

também servidores, Nilma Taques e Everaldo

Gasparini, explicaram como é realizado o

monitoramento ambiental pós-acidente com

produtos perigosos no Estado.

As outras palestras do dia foram sobre

Ferramentas de Gestão em Emergências

Químicas, que foi conduzida pelo servidor da

Cetesb Anderson Piolli; Atuação da

Concessionária Frente ao Atendimento com

Produtos Perigosos na BR-163, apresentado

por Wilson Medeiros da Concessionária Rota

D'Oeste; Responsabilidade Civil e o Seguro de

Risco Ambiental, da Futuro Seguros - GC do

Brasil.

Parcerias

O workshop foi realizado por meio de

cooperação do poder público com o setor

privado, organizações não governamentais,

universidades e comunidade.

O evento é uma parceria do P2R2 com a

Secretaria de Estado de Meio Ambiente, por

meio da Educação Ambiental; Polícia

Rodoviária Federal; Ibama; Defesa Civil do

Estado; Corpo de Bombeiros do Estado;

Secretaria de Saúde Estadual; Rota do Oeste;

Limppar Gerenciamento e Consultoria

Ambiental; Associação Mato-Grossense de

Engenharia de Segurança do Trabalho

(Amaest); Centroeste Resíduos; Sinalizar MT;

3 Irmãos Eventos e Treinamento; Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo

(Cetesb); Fiagril; Grupo Ambipar; Grupo

Canaa Norte Resíduos; Sindicato das

Empresas de Transporte e Carga no estado de

Mato Grosso (Sindmat); Sanorte Saneamento

Ambiental; Futuro Seguradora; Bravo Serviços

Logístico; Sest Senat; Prefeitura Municipal de

Cuiabá e Prefeitura Municipal de Várzea

Grande.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?c=0&n=23319544&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Debate News – S. Cruz do Rio

Pardo

Data: 24/05/2019

'Urubu é para isto mesmo', diz secretário

Erik Barreto disse que animal morto numa

granja que exala mau cheiro é 'normal' e que

urubus servem para 'limpeza'

Sérgio Fleury Moraes

Da Reportagem Local

A administração de Santa Cruz do Rio Pardo

continua alheia ao problema do mau cheiro

que atinge vários bairros da cidade e que, em

certos dias, também chega ao centro de Santa

Cruz. O odor fétido vem de uma granja de

criação de porcos, que fica a

aproximadamente um quilômetro do bairro

Jardim Fátima, e tem gerado protestos nas

redes sociais há várias semanas. Há dias,

consultado pelo jornal, o secretário do Meio

Ambiente, Luciano Massoca, disse

desconhecer o assunto. Na quarta-feira, 15,

em entrevista ao radialista Dário Miguel, da

Band FM, foi a vez do secretário de Agricultura

afirmar que o município nada pode fazer para

fiscalizar a granja. Segundo ele, até mesmo

urubus devorarem uma carcaça de porco a céu

aberto é um fato normal. 'A função do urubu é

exatamente esta', disse.

O mau cheiro se espalha praticamente todos

os dias pelas redondezas, atingindo os bairros

Jardim Fátima, Nagib Queiroz, Frei José Maria

Lorenzetti, Ettore e Oswaldo Cortela, Estação

e outros. Dependendo da posição do vento,

chega facilmente ao centro, gerando muitos

protestos da população.

A granja possui cerca de 800 porcos e as

condições não são adequadas. O proprietário,

João Lima, diz que está providenciando

reformas para amenizar o problema (leia

nesta página). Há dez dias, porém, a

reportagem esteve no local e flagrou dezenas

de urubus em toda a propriedade. Num dos

cantos, havia uma carcaça de animal morto

sendo devorada por um bando das aves. Uma

semana depois, a situação do local melhorou,

mas o cheiro forte continua.

Para o secretário de Agricultura, Erik Barreto,

não há o que fazer. Segundo ele, a situação

'causa uma polêmica grande', mas o produtor

tem todo o direito de criar porcos. 'O promotor

me disse, certa vez, sobre um caso

semelhante, que isto só pode ser denunciado

como 'incômodo de vizinhança'. Então, as

pessoas incomodadas devem procurar um

advogado e fazer uma denúncia formal ao

Ministério Público', explicou. 'Realmente não

tem o que fazer, a não ser este 'incômodo de

vizinhança. Até mesmo a Polícia Ambiental só

atende mediante denúncia. Acho que nem

mesmo o Ministério Público pode agir. Os

moradores precisam entrar com uma ação

judicial contra o proprietário', disse.

Erik Barreto disse que não esteve no local

porque a secretaria da Agricultura não possui

autoridade para esta fiscalização. 'Mas eu

conheço o local há muitos anos e realmente

hoje está numa situação meio desagradável

com os dejetos de animais sendo lançados na

plantação', afirmou. 'Mas não podemos chegar

no local e proibir a pessoa de produzir',

completou. Ele exemplificou a situação como

um vizinho que perturba o outro com uma

música alta. 'Você não pode ir lá e dar um tiro

e matar ele. É preciso denunciá-lo', disse.

Sobre o fato de a reportagem do DEBATE

encontrar carcaça de animal sendo devorada

por urubus, o secretário disse que o fato é

comum. 'Quando morre um animal na

propriedade - como um boi, cavalo ou porco -,

geralmente o proprietário não tem como

enterrá-lo, pois teria de contratar uma

máquina. Seria o correto, até para evitar

contaminação. Mas a gente sabe que é para

isto que existe urubu. É até estranho falar

isto, mas a função dele é exatamente esta',

afirmou. Erik disse que abrir uma valeta para

enterrar o animal tem um custo alto.

O secretário, que mora no centro de Santa

Cruz, disse que nunca percebeu o mau cheiro.

'Sinceramente, acho que não tenho muito

faro. Não percebi, mas já teve gente na

secretaria procurando informações já há

algum tempo. Mas ninguém percebeu este

odor no centro. Na estrada, porém, dá para

perceber o cheiro', afirmou.

Suinocultor diz que está adaptando

propriedade para evitar mau cheiro

João Éder de Lima, 49, é o arrendatário de

dois alqueires onde funciona a granja de

porcos que está sendo acusada de espalhar o

mau cheiro pela área urbana de Santa Cruz do

Rio Pardo. Na quarta-feira, 15, ele disse que

está efetuando mudanças no sistema de

lançamento de dejetos para amenizar o

problema. Lima cria porcos há 15 anos e

reclama que a cidade 'se aproximou' de sua

propriedade rural. O suinocultor disse que

apenas engorda os animais para venda, mas

que o abate é feito em Bariri. 'Eu compreendo

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Grupo de Comunicação

a reclamação da população e estou

procurando me adequar para não prejudicar

ninguém', afirmou.

Ele admitiu que a implantação de um sistema

de irrigação em uma pequena lavoura de

capim, para onde os dejetos são lançados,

piorou o mau cheiro. 'Isto aconteceu há dois

meses com a instalação de microaspersores,

para que a água seja mais distribuída. Mas se

o vento tiver a favor da cidade, leva o mau

cheiro', disse. O capim é para a pequena

criação de gado, necessária para o sustento da

granja. 'Na verdade, a suinocultura enfrenta

uma crise muito forte há muitos anos e é

preciso se diversificar. Antigamente existiam

cerca de 40 granjas na região, mas hoje

apenas cinco ou seis se mantêm', afirmou.

Entretanto, ele explicou que, a partir de agora,

vai observar a posição do vento antes de ligar

o sistema de irrigação. Outro problema,

segundo ele, foi se adequar ao sistema exigido

pelos bancos para liberar financiamentos, que

obrigou a construção de uma caixa de

alvenaria para armazenar os dejetos. O

suinocultor diz que isto piorou o mau cheiro.

'Fala-se muito no biodigestor, mas ele só vai

fazer o aproveitamento do gás, sem eliminar a

vazão da água que escorre da granja', disse.

Lima contou que está construindo também

uma canalização dos dejetos para que não

fiquem acumulados na terra. Segundo ele, a

área de cobertura será maior, ao mesmo

tempo em que os dejetos vão secar mais

rápido. No entanto, o suinocultor diz que o

cheiro não vai acabar por completo.

João Lima contou que o animal morto a céu

aberto, encontrado pela reportagem do

DEBATE, foi 'um acidente' provocado por um

funcionário, já que ele estava viajando para

Itaguaí. 'O animal tinha aproximadamente 320

quilos e foi colocado em outro canto, sem ser

enterrado. Mas já estamos providenciando

uma caixa séptica para receber restos de

placenta do parto ou leitões', explicou. Ele

garantiu que todos os animais que morrem na

granja são devidamente enterrados.

O produtor também garantiu que a presença

de um grande número de urubus na semana

passada ocorreu devido aos restos do animal

morto. 'Estas aves procuram alimentos, mas

naquele dia foi por causa da carcaça', disse.

'Estamos fazendo o possível para melhorar. Os

moradores precisam ter paciência', afirmou,

lembrando que usinas de álcool ou estações

de tratamento de esgoto também exalam mau

cheiro.

Legislação impõe uma série de documentos

para obter licença

Há uma dezena de leis que regulamentam as

licenças que devem ser seguidas por granjas

de criação de suínos. A Embrapa alerta que os

impactos ambientais dessas atividades são

vários e podem provocar danos ao ambiente,

ao solo, à água, ao ar e à saúde das pessoas

pela disposição inadequada dos resíduos. E, ao

contrário do que afirma a administração, os

locais que causam estes impactos são

passíveis de notificações do Ibama, Cetesb,

Ministério da Agricultura, município e

Ministério Público.

A reportagem consultou especialistas no setor,

que consideram ser difícil a granja ter obtido

todos os documentos necessários. Além disso,

é preciso um controle adequado dos impactos

e, no caso das licenças terem sido expedidas,

elas ainda podem ser contestadas. Para obter

a autorização, o proprietário precisa se

adequar, por exemplo, ao Código das Águas,

ao Código Florestal, à Política Nacional do Meio

Ambiente, à resolução do Conama que

estabelece a avaliação de impacto ambiental,

à lei que disciplina a política nacional de

recursos hídricos, à portaria do Ibama que

institui cadastro técnico federal de atividades

potencialmente poluidoras, à resolução que

estabelece a classificação das águas doces,

salobras e salinas e outras normas sobre o

tema.

Segundo um técnico, a presença de urubus no

local também é estranha, uma vez que as

aves, da família Cathartidae, não se

alimentam das fezes dos animais. Na verdade,

elas comem carcaças e proteínas em geral e a

presença de enormes grupos pode indicar

descarte inadequado de resíduos ou mesmo

abate clandestino de suínos. A Vigilância

Sanitária também deveria intervir porque a

situação expõe a própria criação, que é

proteína de consumo humano, em graus

'catastróficos de patogenicidade'.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=23311184&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Bertioga em Movimento

Data:

Bertioga se destaca na maior feira de

observação de aves do Brasil

Novas trilhas abertas na cidade permitem

observar espécies

Bertioga marcou presença na maior feira de

observação de aves do Brasil, a Avistar Brasil

2019. O evento aconteceu entre os dias 17 e

19 de maio, na Capital. Com estande montado

no local, a Secretaria de Turismo de Bertioga,

em parceria com associações de monitores

ambientais da Cidade, apresentaram o

potencial turístico de fotografia e observação

de aves do Município, abrindo oportunidades a

turistas e profissionais da área.

O estande de Bertioga representou os

municípios da Baixada Santista e foi bastante

visitado, possibilitando a divulgação e também

a negociação direta entre as associações de

guias e monitores ambientais de Bertioga e os

turistas e profissionais que passaram pela

feira.

Atividades de observação de aves estão entre

as mais valorizadas pelo público internacional,

associando conservação ambiental e turismo

sustentável. 'Nossa Cidade, com mais de 90%

de sua área totalmente protegida e com uma

imensa diversidade de aves em diversos

biomas, tem grande potencial nesse tipo de

turismo. A observação de pássaros é uma

atividade de alto valor, que pode gerar

empregos e renda para Bertioga', diz o diretor

de Turismo, Filipe Toni Sofiati.

TRILHAS

Bertioga está se destacando no ecoturismo no

estado de São Paulo. Diversas trilhas

ecológicas do PERB (Parque Estadual da

Restinga de Bertioga) já estão oficialmente

abertas à visitação monitorada. Além do

próprio passeio, as trilhas dão acesso a

atividades como rapel, rafting, trekking,

tirolesa, observação de aves (nas trilhas da

Torre 47, Família Pinto, Garganta do Gigante e

Ribeirão dos Monos), expedições fotográficas e

outras que serão gradativamente implantadas.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=23318645&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Diário de Taubaté

Data: 25/05/2019

Projeto Tamar, Aquário de Ubatuba e

Instituto Argonauta realizam a 6ª

Semana do Mar

Bruno Fonseca

De 01 a 08 de junho, em Ubatuba, tem

programação especial dos dias mundiais do

Meio Ambiente (05/06) e dos Oceanos (08/06)

Projeto Tamar, Aquário de Ubatuba e Instituto

Argonauta convidam a todos para participar da

6ª Semana do Mar, entre os dias 01 e 08 de

junho de 2019. O objetivo é sensibilizar e

proporcionar momentos de interação voltados

à conservação ambiental, para dialogar sobre

questões atuais, como a pesca, as mudanças

climáticas e o lixo nos oceanos. As atividades

acontecem no Tamar e no Aquário de

Ubatuba.

O Projeto Tamar, um dos realizadores do

evento, irá sediar no Centro de Visitantes uma

série de atividades da 6ª. Semana do Mar

envolvendo moradores, estudantes e público

em geral. 'Além de chamar a atenção para as

importantes questões ambientais que serão

destacadas ao longo da semana, é também

uma oportunidade de partilhar resultados

obtidos ao longo de 39 anos de atuação', diz a

coordenadora regional do Projeto no estado de

São Paulo, Berenice Gomes. Em breve o

Tamar deve atingir a marca de 40 milhões de

tartarugas marinhas protegidas ao longo do

litoral brasileiro, graças ao apoio dos

pescadores e suas famílias, estudantes,

turistas, artistas e parceiros como a Petrobras,

patrocinadora do Projeto desde 1982.

Confira a programação do evento:

Programação no Centro de Visitantes do

Projeto Tamar

No sábado, dia 01/06, a partir das 20h, é a

abertura da 6ª Semana do Mar com a

apresentação do Grupo Concertada -

reconhecido por sua descontração e variedade

de repertório, traz músicas regionais de

diversas origens do país, além de clássicos da

MPB.

O show conta com participação especial de

Thai e Banda - poesia autêntica e

contemporânea que mescla elementos da

natureza à vivências e mensagens de reflexão,

que são envoltas pelo balanço da reggae

music e ginga dos ritmos populares. Thai vem

acompanhada da banda formada por Carol

Garcez na flauta transversal e backing vocal,

Kleber Pacheco na bateria, Ronaldo Dourado

no contrabaixo e Vinicius Alves no violão.

Dia 02/06, às 16h, o 'Circuito de Vídeos

Semana do Mar' inicia exibições com o remake

do filme 'Ilha das Flores'. A programação do

circuito segue durante a semana, com

exibições no decorrer dos dias, no Projeto

Tamar e também no Aquário de Ubatuba.

Dia 03/06, das 10h às 18h: Atividades de

arte-educação e jogos pedagógicos 10h e 15h,

apresentação do grupo 'Das Dores Circo

Teatro', com o espetáculo 'La Bamba', obra

que trabalha a linguagem não-verbal e

universal de uma dupla de palhaços acrobatas

e malabaristas, tratando a temática da

poluição das águas e do meio ambiente.

Dia 04/06, das 10h às 18h: Atividades de

arte-educação e jogos pedagógicos.

Dia 05/06, das 10h às 12h acontece a

'Capacitação em Educação Ambiental para

conservação dos mares e oceanos', também

com a participação do Projeto Albatroz. A

atividade é direcionada a educadores formais

e não formais, com apoio do material da Rede

Biomar (rede composta pelos projetos de

conservação da biodiversidade marinha

patrocinados pela Petrobras, por meio do

Programa Petrobras Socioambiental: Projetos

Albatroz, Coral Vivo, Baleia Jubarte, Golfinho

Rotador e Tamar). A atividade será realizada

com inscrição prévia no Projeto Tamar através

dos contatos apresentados no final deste

release.

Dia 06/06, educadores ambientais do Instituto

Argonauta, Tamar e Aquário de Ubatuba vão

realizar o 4º Encontro Jovem Transformar para

cerca de 60 participantes, entre jovens das

escolas e instituições locais, reunidos para

dialogar e refletir sobre o papel da juventude

nas questões ambientais.

Programação no Aquário de Ubatuba

Dia 03/06,

10h às 18h: Atividades de arte-educação e

jogos pedagógicos

19h30: acontece a Roda de Diálogo 'Plástico

nos Oceanos', com participação de João

Malavolta | Ecosurf e de Beth | Instituto Pólis.

Dia 04/06

10h às 18h: Atividades de arte-educação e

jogos pedagógicos

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Grupo de Comunicação

19h30: painel com o tema 'Redução do Lixo

no Mar: iniciativas inovadoras', com a

presença de Barbara Sapunar | Nestlé,

compartilhando sobre as experiências de

práticas inovadoras das marcas.

Dia 05/06, às 19h30, Lara Iwanicki da ong

Oceana, ministra a palestra 'Papel da Gestão

Pesqueira para a Conservação Marinha'.

Dia 06/06, às 19h30, apresentação do case

'Reserva da Biosfera da Mata Atlântica',

com Clayton Lino, compartilhando fatos

sobre o conjunto de porções de ecossistemas

terrestres de remanescentes de Mata

Atlântica, demarcados pelo programa O

Homem e Biosfera (MaB - Man and the

Biosphere) da UNESCO.

Dia 07/06, às 19h30, o ambientalista Fábio

Feldman, autor da lei federal que instituiu a

'Política Nacional de Educação Ambiental' em

todo o território brasileiro, realiza palestra

sobre as 'Mudanças Climáticas'.

Diariamente: 'Circuito de Vídeos Semana do

Mar'

Encerramento da 6ª Semana do Mar, na Praça

da Baleia, no Aquário de Ubatuba e no Projeto

Tamar

Durante o sábado, dia 08/06, o encerramento

da 6ª Semana do Mar começa às 9h00, com

mutirão de limpeza de praia da orla do Itaguá

e a presença dos jovens do 'Encontro Jovem

Transformar' e alunos da Cooperativa

Educacional de Ubatuba, com exposição de

estandes apresentando as atividades de

instituições parceiras.

Os artistas da Mosaiky/ZOO Urbano estarão

finalizando, ao ar livre e em tempo real, a

maior obra feita com canudos plásticos,

quebrando o atual recorde mundial.

Às 12h, uma tartaruga marinha reabilitada

retornará ao mar, em frente à praça da Baleia.

Às 16h, no Aquário de Ubatuba, acontece o

'Bate Papo com a Liga das Mulheres pelos

Oceanos'. A Liga é um movimento de

mulheres que lutam pela conservação dos

oceanos com o objetivo de potencializar ações

desenvolvidas por mulheres que dedicam seu

trabalho em prol do ecossistema marinho. Em

seguida, começa o 'Mar de Letras', lançamento

de livros com sessão de autógrafos, com as

autoras Marina Klink e Bárbara Veiga, e os

autores Clayton Lino e Fábio Feldmann.

Às 20h, no espaço cultural do Projeto Tamar,

com o patrocínio da Petrobras, através do

Programa Petrobras Socioambiental, será

realizada a apresentação musical de 'João

Suplicy e Trio', para fechar lindamente a 6ª

Semana do Mar.

Sobre as instituições que realizam a 6ª.

Semana do Mar:

PROJETO TAMAR

O Projeto TAMAR começou em 1980 a

proteger as tartarugas marinhas no Brasil. A

Fundação Pró-Tamar executa a maior parte

das ações descritas no PAN - Plano de Ação

Nacional para a Conservação das Tartarugas

Marinhas no Brasil do ICMBio/MMA. A

Petrobras é a patrocinadora oficial do TAMAR,

por meio do Programa Petrobras

Socioambiental. O TAMAR trabalha na

pesquisa, proteção e manejo das cinco

espécies de tartarugas marinhas que ocorrem

no país, todas ameaçadas de extinção:

tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta),

tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata),

tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-

oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-

couro (Dermochelys coriacea). Protege cerca

de 1.100 quilômetros de praias e está

presente em 26 localidades, em áreas de

alimentação, desova, crescimento e descanso

das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas

oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe,

Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará,

Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e

Santa Catarina. Em Ubatuba, recebe o apoio

da Prefeitura Municipal.

Visite - www.tamar.org.br

Projeto Tamar Ubatuba | Rua Antonio

Athanásio da Silva, 273

Telefone: (12) 3832 6202

Loja do Projeto Tamar | Rua Guarani, 835

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=23342611&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: Valor Econômico

Data: 27/05/2019

Sabesp e Ecorodovias ajustam ofertas

Por Ana Paula Ragazzi | De São Paulo

Os bancos de investimento tiveram de

reembalar duas ofertas de debêntures nos

últimos dias para garantir a colocação das

operações. A exemplo do que já havia

acontecido com Localiza, Restoque e CVC,

desta vez papéis da Sabesp e da Ecorodovias

tiveram de sofrer ajustes.

Apesar de a demanda para a compra de

debêntures estar superior à quantidade de

papéis que vem sendo ofertada, os

investidores seguem deixando claro que as

taxas já baixaram demais e que não vão

aceitar operações a qualquer preço.

A Sabesp, companhia de saneamento de

São Paulo, aprovou uma emissão de R$ 1,5

bilhão em debêntures. Os bancos

coordenadores da oferta, BTG Pactual e Safra,

concederam a garantia firme somente para a

metade da operação. Os R$ 750 milhões

restantes sairiam a partir de "melhores

esforços de colocação".

De acordo com informações de mercado, a

operação alcançou perto de R$ 860 milhões -

foi colocado, portanto, cerca de 60% do que a

empresa pretendia captar. O mercado

considerou que as taxas de remuneração

oferecidas estavam muito baixas.

emissão tinha duas séries. Uma, de cinco

anos, oferecia CDI mais 0,49%; e outra, de

sete anos, CDI mais 0,66%. A Sabesp possui

um outro papel no mercado que vence em

2022 e que está sendo negociado no

secundário a CDI mais 0,50%. Assim como

aconteceu com a oferta da Localiza mês

passado, os novos papéis estavam com prazo

maior, o que equivale dizer mais risco, e com

taxas menores.

De acordo com fontes, a oferta foi

parcialmente colocada sem que os bancos

encarteirassem a operação. Assim como

fizeram na Localiza, eles optaram por abrir

mão das comissões que receberiam na

operação e transferiram isso para o investidor,

vendendo os papéis com um deságio em

relação ao preço inicial para compensar as

taxas mais baixas. Nesse caso, os bancos

acabaram trabalhando de graça e a operação

fechou de forma favorável para a empresa,

que conseguiu captar a taxas que o mercado

considerou muito baratas.

O caso da Ecorodovias foi mais atípico. A

empresa saiu com uma oferta de R$ 900

milhões, coordenada por BTG, ABC e Itaú

BBA. No meio das reuniões para a

apresentação da oferta a investidores, houve

uma operação de busca e apreensão da Polícia

Federal em um dos ativos da companhia -

uma das rodovias administradas por ela, num

trecho no Paraná que tem pouca relevância no

resultado da empresa.

A companhia informou ter colaborado com as

autoridades e que instaurou uma auditoria

interna para apurar os fatos apontados pela

PF. No ano passado, a Ecorodovias havia sido

mencionada em um inquérito do Ministério

Público Federal e instaurou um comitê

independente para apurar eventuais

irregularidades. A Fitch alterou o rating da

empresa de neutro para negativo em março,

como reflexo de incertezas sobre penalidades

que podem ser aplicadas a subsidiárias da

companhia em função da investigação do MPF.

Isso serviu para que os investidores pedissem

mais retorno para ficar com os papéis. A série

de prazo de cinco anos foi inicialmente

ofertada a CDI mais 0,75%. Mas só houve

demanda do investidor com o papel pagando

CDI mais 1,30%. Na de sete anos, a empresa

queria pagar CDI mais 1%, mas o mercado só

aceitou CDI mais 1,65%.

A garantia firme que os bancos dão para essas

operações de debêntures é uma espécie de

seguro. Como houve um evento inesperado no

meio do caminho, eles puderam alterar as

condições. Ou seja, diferentemente do caso da

Sabesp, na oferta de Ecorodovias, a "conta"

ficou com a empresa, que teve de concordar

em pagar mais aos investidores ou encarecer

os custos de sua captação. As empresas e

bancos citados não deram entrevista.

https://www.valor.com.br/financas/6276049/s

abesp-e-ecorodovias-ajustam-ofertas

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Grupo de Comunicação

Veículo: Folha de S.Paulo

Data: 27/05/2019

Morte de menino expõe limbo de

ocupações à beira da estrada em SP

Dhiego Maia

Cristiam de Melo, 8, foi atropelado por carro e

caminhão na Fernão Dias

A tinta branca desgastada pelo tempo sinaliza

no asfalto linhas e as traves do gol. O

campinho de futebol improvisado convive, de

um lado, com a movimentada rodovia Fernão

Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte no

trecho sob concessão da Arteris e, de outro,

por pilhas de material reciclado e lixo.

Esse era o único espaço de lazer que Cristiam

Dekeste Ferreira de Melo, 8, tinha para brincar

com os amigos na Vila Nilo, comunidade da

zona norte da capital paulista erguida rente à

estrada federal, no quilômetro 85 da pista no

sentido Minas.

Nesta segunda (27), faz uma semana que

nenhum gol é marcado ali. O gesto é de luto.

Cristiam morreu atropelado na noite do dia 20

ao invadir a rodovia enquanto brincava. As

circunstâncias do acidente são investigadas

pela Polícia Civil com apoio da Polícia

Rodoviária Federal, que responde pela

segurança na estrada.

Na casa de três cômodos alugada por R$ 450

onde o garoto vivia com a mãe, o pai, dois

irmãos e sete periquitos, a ausência de

Cristiam exige fé.

"Eu creio que ele foi para a glória. Tô pedindo

muito para Deus me dar força porque é difícil.

Vamos seguir. Está sendo um dia por vez", diz

a mãe, Solange Ferreira Inácio, 29.

A auxiliar de limpeza cursa à noite o oitavo e o

nono ano do ensino fundamental na

modalidade EJA (Escola de Jovens e Adultos).

Ela conta que queimou as roupas, brinquedos

e objetos do filho um dia após enterrá-lo no

cemitério Vila Nova Cachoeirinha (zona norte).

"Não suportaria ver ninguém usando as coisas

dele."

À reportagem da Folha, a mãe diz que

guardou apenas o estojo com lápis de cor

dado por uma professora ao filho, para nunca

se esquecer que Cristiam amava estudar.

"Ele chorava quando eu dizia que ele não iria

para a escola", diz, entre lágrimas. "Quero

guardar as melhores lembranças do meu filho.

Ele era esperto, muito falante e amoroso.

Toda vez que eu saía de casa, ganhava um

beijo dele. Como eu vou ficar sem isso?"

Na comunidade, o corredor por onde os

moradores circulam está tomado por um

emaranhado de fios que abastece as moradias

com energia elétrica. Segundo Solange, o filho

não andava sozinho no local. Era orientado a

ficar em casa com os irmãos assistindo a

programas infantis na TV quando não estava

na escola.

O 20 de maio seria mais uma noite em que

Cristiam, Cícero, 9, e Maria, 3, aguardariam a

chegada dos pais em casa. Eles ficavam sob a

guarda do tio.

A mãe conta que seu irmão precisou deixar os

sobrinhos sós por um tempo, e, nesse

intervalo, Cristiam foi brincar com os amigos

no campinho.

As primeiras testemunhas relatavam que o

menino morreu ao tentar resgatar uma bola

na pista da Fernão Dias.

Mas o delegado Carlos Poli, titular do 73º DP

(Jaçanã), refuta a hipótese. Ele diz ter

analisado as únicas imagens disponíveis,

captadas por câmeras de um motel ao lado do

campinho, e com base em novos depoimentos

concluiu que o garoto entrou na rodovia

fugindo de um cachorro.

"Não teve bola. O cachorro avançou sobre a

criança, ela correu, subiu uma rampa e muito

desesperada foi para o meio da rodovia", diz

Poli. A família conta que Cristiam tinha muito

medo de cães.

Segundo Poli, as imagens mostram que

Cristiam foi, primeiro, atropelado por um carro

de passeio. Depois, foi atingido por um

caminhão.

Nenhum dos motoristas socorreu a vítima nem

se apresentou à polícia até agora.

Cristiam teve o crânio esmagado e morreu na

hora. "Culpo ele [motorista] por omissão de

socorro. Sei que aqui é uma comunidade e, se

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Grupo de Comunicação

ele parasse, seria linchado, mas que parasse

no posto ou ligasse na delegacia", diz a mãe.

As imagens não identificaram as placas dos

veículos, um entrave para a conclusão do

inquérito. "A circunstância do delito está

esclarecida. Falta apurar a autoria do veículo

atropelante", diz Poli.

A câmera da Arteris mais próxima está a dois

quilômetros e meio do local onde Cristiam

morreu. Pela distância e os problemas de

visibilidade, o equipamento também não

registrou as placas dos veículos que

atropelaram o menino.

"O monitoramento que elas [câmeras da

Arteris] fazem não é para a polícia. Quando

fizeram a concessão da estrada, ninguém

perguntou para a corporação como deveria ser

o monitoramento para identificar as causas de

um acidente", diz o inspetor Leon Pomar,

chefe da 3ª delegacia da PRF, responsável

pelo trecho paulista da Fernão Dias.

O delegado Poli diz que os motoristas devem

responder à Justiça por homicídio culposo

(sem intenção de matar) e omissão de

socorro.

Independentemente do desfecho, a família de

Cristiam quer partir. "Não queremos ficar aqui.

Tudo lembra o meu filho", diz o auxiliar de

pedreiro Cícero Ferreira de Melo, 38.

O caso joga luz na proliferação de moradias

irregulares nas margens das rodovias que

cortam a região metropolitana de São Paulo.

Na Fernão Dias, a Polícia Rodoviária Federal

contou ao menos 10 comunidades entre os

kms 86 e 76. Também foram localizados

pontos de consumo e venda de drogas nos

kms 85, 86 e 87 da estrada.

As moradias estão na área de escape das vias,

que deveriam estar livres para facilitar o

atendimento em acidentes e permitir ampliar

as pistas.

Além dos atropelamentos —a concessionária

não revela quantas das 99 mortes na Fernão

Dias entre Contagem (MG) e São Paulo em

2018 foram por atropelamento, mas ressalta

uma redução drástica nos casos desde 2010—

há transtornos mais banais.

A Arteris diz recolher 60 toneladas de lixo por

dia só nos 90 km de concessão da rodovia no

trecho paulista. As casas jogam esgoto sem

tratamento nos acostamentos e têm

pressionado a derrubada de vegetação perto

do Parque Estadual da Cantareira.

A Secretaria de Infraestrutura e Meio

Ambiente da gestão João Doria (PSDB) diz

ter aplicado 420 multas a construções

irregulares que desmataram 72 hectares do

parque nos últimos quatro anos.

A polícia rodoviária diz estar mapeando e

apontando à Arteris os problemas causados

pela presença de gente no lugar onde só

poderia ter asfalto, conta o inspetor Pomar.

Para Flamínio Fichmann, consultor de trânsito

e transporte, os novos contratos de

concessões de rodovias precisam incluir uma

cláusula de mitigação de impactos sociais.

"Você obriga o concessionário a estabelecer

uma relação com as prefeituras para inibir

novos agrupamentos populacionais e dar as

mínimas condições aos existentes. Se a

cláusula não for cumprida, a concessionária

recebe menos da receita pedagiada", afirma.

Em nota, a Arteris lamentou a morte de

Cristiam e diz que colocou todas as suas

câmeras à disposição da investigação.

Diz que instalou barreiras de concreto e

defensas metálicas para aumentar a

segurança de pedestres e condutores, além de

calçadas e 86 passarelas com telas de

proteção.

A ANTT (agência federal que regula os

serviços prestados pelas concessionárias) diz

que, para agir, precisa ser comunicada pelas

empresas quando o trecho concessionado

necessita de alguma ação do poder público.

Segundo a agência, a Arteris não encaminhou

nenhum pedido.

Já a subprefeitura Jaçanã/Tremembé diz à

Folha que vai fiscalizar os pontos com

moradias irregulares. Sobre a Vila Nilo, o

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Grupo de Comunicação

órgão afirma que presta serviços de zeladoria

aos moradores, como a coleta de lixo e a

limpeza de córregos.

https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2019

/05/morte-de-menino-expoe-limbo-de-

ocupacoes-a-beira-da-estrada.shtml

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Grupo de Comunicação

Veículo: A Tribuna – Santos

Data: 27/05/2019

Coluna Dia a Dia

Sandro Thadeu

e-mail: [email protected]

Ministro da Saúde recebe comitiva local

amanhã

O ministro da Saúde e deputado federal

licenciado, Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS),

receberá amanhã o deputado federal Júnior

Bozzella (PSL) e integrantes do conselho

consultivo formado pelo parlamentar local

para tratar de assuntos relacionados à saúde

da Baixada Santista e do Vale do Ribeira. No

início de abril, o grupo esteve reunido em uma

plenária no auditório do Bloco E da

Universidade Santa Cecília (Unisanta), na qual

os secretários e representantes de cada

município apresentaram suas demandas.

Segundo Bozzella, essa primeira 'lição de casa'

já foi concluída com o intuito de incluir de

maneira efetiva os municípios no processo de

definição das demandas e prioridades a serem

reivindicadas junto ao Governo Federal. O

diagnóstico inicial apontou um grande deficit

de leitos hospitalares e o saturamento da rede

de urgência e emergência. 'Se não fizermos

essa interlocução entre as partes, outras

demandas passam na frente e as coisas não

saem do papel', disse.

Mais recursos

O grupo solicitará a Mandetta o aumento do

repasse das verbas do Sistema Único de

Saúde (SUS) para atender a demanda. Há

também a leitura de que as unidades carecem

de mais investimentos estaduais para

atenderem adequadamente a grande demanda

de pacientes.

Passagem comprada

Até a última sexta-feira, quatro prefeitos da

Baixada Santista confirmaram que estarão em

Brasília participando da audiência com o

ministro: Pedro Gouvêa (MDB - São Vicente),

Alberto Mourão (PSDB - Praia Grande), Caio

Matheus (PSDB - Bertioga) e Marco Aurélio

Gomes (PSDB - Itanhaém).

No aguardo

A vereadora Audrey Kleys (PP) quer saber do

governador João Doria (PSDB) quando a

Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) será

reclassificada como um órgão de primeira

classe. Ao contrário de outras DDMs que

passaram a ter atendimento 24 horas, como a

de Sorocaba e a de Campinas, a unidade local

ainda não recebeu esse status.

Improvisando

Por esse motivo, a promessa de que seriam

destacadas cinco equipes para a DDM ainda

não foi cumprida, segundo a parlamentar. Ela

cita que vários policiais que lá trabalham

foram obrigados a sair de suas funções, como

investigadores.

Mais transparência

A Câmara de Guarujá discutirá na sessão de

amanhã o Projeto de Lei 124/2018, que

estabelece a divulgação mensal de dados

sobre o total de multas de trânsito aplicadas e

o valor total arrecadado. A proposta é da

vereadora Andressa Sales (PSB). As

informações deverão ser publicadas no site da

Prefeitura.

Lenda viva

O líder do governo na Câmara de Santos,

Adilson Júnior (PTB), apresentou, na última

quinta-feira, o projeto de decreto legislativo

para homenagear o ex-pugilista Éder Jofre

(foto), o maior da história do País, com a

Medalha de Honra ao Mérito Braz Cubas.

Bom em outro ringue

Aos 83 anos, o Galo de Ouro foi o único

brasileiro a conquistar por duas vezes o título

de campeão mundial (pesos galo e pena). Vale

lembrar que ele tem familiaridade com a

política: de 1986 a 2000, o ex-esportista

atuou como vereador na Grande São Paulo.

Cobranças à vista

Presidida pelo deputado estadual Caio França

(PSB), a Comissão de Meio Ambiente e

Desenvolvimento Sustentável da Assembleia

Legislativa receberá nesta quartafeira o

secretário de Estado de Infraestrutura e

Meio Ambiente, Marcos Penido.

Reforço

França poderá reiterar o pedido feito à pasta

recentemente para apresentar os laudos

atualizados sobre as condições dos rios e

afluentes da Baixada Santista, assim como o

plano de ação e os estudos para o combate à

poluição nessas áreas.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=23598571&e=577

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Grupo de Comunicação

Veículo: EBC

Data: 27/05/2019

Publicação ressalta negligenciamento da

biodiversidade

2 minutos

Pesquisadora afirma que no Brasil e em boa

parte do mundo plantas menores ficam em

segundo plano

O Brasil Rural falou sobre o livro "Plantas

pequenas do cerrado: biodiversidade

negligenciada". O programa entrevistou

Giselda Durigan, pesquisadora científica do

Instituto Florestal do Estado de São Paulo

e uma das autoras da publicação.

Sobre a questão do negligenciamento das

plantas, ela contou que no campo muitos não

dão o devido valor às pequenas, pensando que

são capim. No entanto, mudam de ideia

quando descobrem o valor biológico dessas

plantas. De acordo com Giselda, o

negligenciamento é uma questão cultural.

"No Brasil e em boa parte do mundo nós

fomos treinados para dar valor para as árvores

e para as florestas", afirmou.

Ela falou ainda que o tratamento para as

florestas e árvores é diferente do de outras

plantas.

http://radios.ebc.com.br/brasil-

rural/2019/05/publicacao-ressalta-plantas-

pequenas-do-cerrado-e-sobre-o-

negligenciamento-da

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

VEÍCULOS DIVERSOS

Veículo: Jornal SP Repórter

Data: 24/05/2019

Embu das Artes possui 59% de seu

território em área de Proteção aos

Mananciais

3-4 minutos

Dia da Mata Atlântica será comemorado em 27

de maio, data clama pela preservação desse

importante bioma

Embu das Artes possui 59% de seu território

em área de Proteção aos Mananciais

Mata nativa localizada no Parque Pirajussara -

Foto arquivo: Elizeu Teixeira Filho

No 27 de maio é o dia da Mata Atlântica,

que é um dos ecossistemas mais ricos em

biodiversidade do mundo e estima-se que

ainda exista apenas 7% do bioma natural, pois

o restante foi devastado pelo processo de

crescimento dos grandes centros urbanos. O

dia 27 de maio foi escolhido em memória da

famosa “Carta de São Vicente”, por meio da

qual o Padre Anchieta teria descrito pela

primeira vez as belezas das florestas tropicais

do Brasil em 1560, e, desde então, o dia

tornou-se data nacional para comemorar esse

bioma que está cada vez mais sofrendo

agressões e sendo reduzido pela ação do

homem através do desmatamento. A Mata

Atlântica abrange uma área de

aproximadamente 15% do total do território

brasileiro, que inclui 17 estados, inclusive todo

o território de São Paulo.

O município de Embu das Artes possui 59% de

seu território situado em Área de Proteção aos

Mananciais, faz parte da Reserva da Biosfera

do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo e

está inserido no Bioma Mata Atlântica. O que

isso significa? Que Embu das Artes tem nas

mãos um patrimônio imensurável para cuidar:

águas e florestas, elementos essenciais para a

continuidade e manutenção da vida em todos

os seus níveis. Portanto, é preciso conhecer e

valorizar esse valioso potencial da região e

aprender a gerir, de forma sustentável,

participativa e responsável, o que ainda resta

dessa herança legada pela natureza ao

município. Usufruir e preservar, desfrutar sem

degradar. Esse desafio torna-se um marco

gerenciador, um indicador ético, social

econômico e cultural para as políticas públicas

e para a formação cidadã da população

embuense.

Dia 27/05 serve como ponto de reflexão sobre

a relevância da preservação e de

conscientização a respeito das ações

necessárias para mudar essa situação. Uma

ação a favor da Mata Atlântica, que cada um

pode fazer, é conscientizar a sua comunidade

em geral sobre os motivos essenciais para a

proteção e recuperação dessa floresta, que é

um dos biomas mais antigos do Brasil.

Busque alternativas para tornar esse dia

especial, aqui vão algumas dicas:

Faça mutirão de limpeza de praças e plantio

Crie e desenvolva brincadeiras educativas

com as crianças ao ar livre

Entre no site da Fundação SOS Mata

Atlântica e fique por dentro dos eventos

Reúna a família e amigos e faça uma

caminhada ecológica com piquenique

Reverencie a verde e exuberante da Mata

Atlântica nessa data

Realize a limpeza de praias e córregos

POR: Elizeu Teixeira Filho/Fonte PMEA

Mata nativa localizada no Parque Pirajussara - Foto arquivo: Elizeu Teixeira Filho

https://www.jornalspreporter.com.br/noticia/1

987/embu-das-artes-possui-59-de-seu-

territrio-em-rea-de-proteo-aos-mananciais

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Metro Jornal

Data: 26/05/2019

Documentários mostram impactos e

desafios enfrentados por espécies em

risco de extinção

Um duro relatório apresentado pela ONU

(Organização das Nações Unidas) no início

desse mês apontou que o impacto humano

sobre a natureza está acelerando a taxa de

perdas de espécies, e que cerca de 1 milhão

de espécies de animais e plantas correm risco

de extinção dentro de décadas, “a não ser que

ações sejam tomadas para reduzir a

intensidade de impulsionadores de perdas à

biodiversidade”.

Os impulsionadores foram identificados como:

mudanças no uso da terra e do mar;

exploração direta de organismos; mudança

climática, poluição e invasão de espécies

estrangeiras.

O relatório coordenado pela IPBES (Plataforma

Intergovernamental de Políticas Científicas

sobre Biodiversidade e Serviços

Ecossistêmicos, na sigla em inglês) contou

com trabalho de 400 especialistas de 50

países nos últimos três anos.

O estudo destacou ainda que até 2016, 559

das 6.190 espécies domesticadas de

mamíferos usadas para alimentação e

agricultura foram extintas. Elas representam

9% do total, e ao menos mais mil espécies

estão ameaçadas.

Nos oceanos, quase 33% das coberturas de

corais e mais de um terço dos mamíferos

marinhos estão ameaçados, até como

resultado da poluição marinha, que “aumentou

dez vezes desde 1980, afetando ao menos

267 espécies”, segundo o documento –

incluindo 86% das tartarugas, 44% das aves

marinhas e 43% dos mamíferos marinhos.

O Metro Jornal traz uma lista com algumas

produções feitas por especialistas que

mostram espécies ameaçadas ao redor do

globo. Os documentários podem ser assistidos

nas plataformas de streaming Netflix, YouTube

ou Looke.

Virunga (2014)

Documentário produzido por Leonardo Di

Caprio, indicado ao Oscar, mostra a história

dos guardas florestais que arriscam a vida

para proteger o parque nacional mais antigo

da África, na República Democrática do Congo,

sua enorme biodiversidade e seus gorilas da

montanha em risco de extinção. Na Netflix.

Virunga (2014) Virunga (2014) / Divulgação

A História Depois do Fogo (2018)

Documentário da Fundação Grupo Boticário

acompanha os desdobramentos da expedição

realizada na reserva natural Serra do

Tombador (GO) para avaliar os impactos do

fogo sobre a fauna e flora do Cerrado,

considerando as grandes queimadas que

atingiram 85% da região em 2017. No

YouTube.

A História Depois do Fogo (2018) A História Depois do Fogo (2018) / Divulgação

O Poema Imperfeito (2018)

Produção do Instituto Pró-Carnívoros baseada

em livro do mesmo nome contesta a ideia de

que a destruição da natureza é algo recente.

Filme mostra como grande animais (mamutes,

mastodontes e as preguiças gigantes) foram

desaparecendo da Terra, lembrando a

interfência humana. No YouTube.

O Poema Imperfeito (2018) O Poema Imperfeito (2018) / Divulgação

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Mission Blue (2014) e Oceanos de Plástico

(2016)

Os dois documentários tratam sobre a vida

marinha, sendo o primeiro da oceanógrafa e

bióloga marinha americana Sylvia Earle, que

debate como salvar os oceanos do mundo de

várias ameaças, como a pesca abusiva e os

resíduos tóxicos. Já o segundo investiga os

impactos da poluição por plástico nos oceanos

e propõe soluções efetivas. Na Netflix (Mission

Blue) e (Oceanos de Plástico).

Mission Blue (2014) Mission Blue (2014) / Divulgação

Nosso Planeta (2019)

Com imagens inéditas, a série documental

com oito episódios coproduzida pela Netflix

com a Silverback Films e WWF foi lançada no

mês passado. A série mostra as belezas da

Terra bem como os impactos das mudanças

climáticas sobre os seres vivos em regiões

polares, oceanos, desertos e florestas, que

incluem cenas fortes sobre o drama de

algumas espécies. As imagens foram gravadas

ao longo de quatro anos em 50 países e o

Brasil teve apenas um cenário retratado: a

Reserva Natural Salto Morato, em

Guaraqueçaba, no litoral do Paraná. Em 2017,

cineastas britânicos vieram registrar a dança

pré-nupcial do tangará-dançarino (Chiroxiphia

caudata), ave típica da Mata Atlântica. Em

grupos de quatro a seis indivíduos

enfileirados, os machos ensaiam e se revezam

em acrobacias para se exibirem para a fêmea.

Após a dança, a fêmea toma sua decisão. O

plano era ficar 15 dias na reserva, mas

mesmo em um trecho de bioma intocado –

com maior possibilidade de encontrar os

animais –, a captura das imagens só foi

possível no 30o dia. Na Netflix.

Nosso Planeta (2019) Nosso Planeta (2019) / Divulgação

O Extermínio do Marfim (2016)

Também produzido por Di Caprio, com a

participação de agentes de inteligência

infiltrados, ativistas e guardas, o

documentário denuncia caçadores e os

traficantes do mercado ilegal de comércio do

marfim – sobretudo na China –, que coloca em

risco a sobrevivência dos elefantes africanos.

Na Netflix.

O Extermínio do Marfim (2016) O Extermínio do Marfim (2016) / Divulgação

Amazônia Eterna (2014)

A maior floresta tropical, dona da maior

reserva de biodiversidade do planeta (com

20% da fauna global, por exemplo) é

retratada neste documentário, que mostra

como é possível a utilização consciente das

riquezas da floresta, com projetos bem

sucedidos, e discute soluções para os dilemas

da região. No Looke.

Amazônia Eterna (2014) Amazônia Eterna (2014) / Mariana Blessman/Divulgação

https://www.metrojornal.com.br/social/2019/

05/26/documentarios-especies-em-

extincao.html

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Data: 27/05/2019

37

Grupo de Comunicação

Veículo: Jornal do Brasil.com

Data: 23/05/2019

Derrubada de 180 mil árvores embasa

pedido contra autódromo de Deodoro

http://www.jb.com.br

A construção de um autódromo em Deodoro,

orçado em R$ 697 milhões, pode resultar na

derrubada de cerca de 180 mil das 200 mil

árvores espalhadas pela floresta do Camboatá,

na zona oeste do Rio de Janeiro. A área total

da floresta é de 201 hectares. Desses, 169

hectares comportam vegetação arbórea

segundo relatório realizado pela Diretoria de

Pesquisas Científicas do Jardim Botânico do

Rio de Janeiro a pedido do Ministério Público

Federal (MPF). Boa parte dessa área seria

afetada pela construção do circuito.

O MPF anexou o estudo que prevê a derrubada

das árvores no pedido de liminar feito na

última sexta-feira (17) para suspender o

processo de licitação do autódromo.

Segundo Haroldo Lima, pesquisador associado

do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que

participou junto com outros seis pesquisadores

do estudo feito a pedido do MPF, o polígono do

circuito de Deodoro deverá ocupar 150

hectares da floresta do Camboatá. A área é

quase do tamanho do Parque do Ibirapuera

(158 hectares), em São Paulo, e três vezes do

tamanho do Jardim Botânico do Rio (50

hectares).

"Em cada hectare há uma média de 1.053

árvores. Com a construção do circuito, entre

150 mil e 180 mil árvores serão derrubadas, o

equivalente a 150 campos de futebol do

Maracanã", estima Lima.

"A floresta do Camboatá é de terra baixa e

reúne madeiras de lei e em extinção ou risco

de extinção, como pau-brasil, jacarandá-da-

bahia e garapa", completa o pesquisador.

Segundo o projeto assinado pelo arquiteto

alemão Hermann Tilke -autor dos desenhos de

circuitos como os de Xangai, na China, e

Sepang, na Malásia, ambos atualmente

recebem GPs de F-1-, a pista terá 5.835 m de

extensão, com capacidade para receber

público de 130 mil pessoas.

O projeto para construir o autódromo e levar o

GP Brasil de F-1 para o Rio de Janeiro tem o

apoio do presidente Jair Bolsonaro, que

assinou no dia 8 de maio um termo de

cooperação para que o evento seja realizado

na cidade.

"O autódromo [no Rio de Janeiro] será

construído em seis, sete meses após o início

das obras. De modo que, por ocasião da F-1

do ano que vem, ela será no Rio", afirmou.

A categoria, porém, tem contrato com a

Prefeitura de São Paulo para realizar o evento

na capital paulista até 2020 -a própria

concessionária admite que luta para que a F-1

vá para o Rio só em 2021.

Local escolhido para o autódromo no Rio, a

floresta do Camboatá é o único ponto de

grande porte remanescente de Mata Atlântica

em área plana no Rio de Janeiro.

O primeiro relatório do instituto Jardim

Botânico, feito em 2012, aponta que foram

inventariadas no local 125 espécies vegetais,

dentre as quais 77 árvores, 18 arbustos, 12

ervas e 18 trepadeiras.

Os pesquisadores, a partir de 2012, não

tiveram acesso ao local que pertencia ao

Centro de Instruções de Operações Especiais

do Exército e foi doado para o Ministério do

Esportes. Em junho daquele ano, um

estudante da Escola de Sargentos morreu e

dez pessoas ficaram feridas após explosão de

um dispositivo militar. A partir de 2013 foi

realizado uma limpeza no local que retirou

cerca de quatro mil artefatos.

O relatório do Jardim Botânico do Rio de

Janeiro também destaca o impacto positivo da

floresta na qualidade de vida dos moradores

da região de Deodoro.

"[A presença da floresta do Camboatá é]

importante pela manutenção não somente da

vegetação, mas de pequenas aves, répteis e

mamíferos silvestres que normalmente vivem

por ali", destaca o estudo.

Os riscos da supressão de espécies após a

derrubada da área verde foram apresentados

ao procurador Renato Machado por membros

do Conselho Municipal de Meio Ambiente da

Cidade do Rio de Janeiro (Consemac). "É uma

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

loucura destruir o único ponto remanescente

de grande porte de Mata Atlântica em área

plana no Rio de Janeiro para construir um

autódromo. É uma região com uma flora tão

rica que o Jardim Botânico explorava para

fazer pesquisas, coletar sementes e produzir

mudas", disse o ambientalista Abílio Tozini,

membro do Consemac.

Mesmo após MPF mover ação civil pública para

tentar adiar o processo de licitação, a

Prefeitura do Rio de Janeiro acelerou a

concorrência. O certame foi realizado na

manhã da última segunda-feira (20) e, no fim

da tarde, o consórcio Rio Motorsports foi

anunciado como vencedor da concorrência

para construção e exploração do autódromo

por 35 anos -ele foi o único a apresentar

proposta.

O procurador Renato Machado reclama que,

no aviso do processo de licitação, publicado no

Diário Oficial do município no último dia 10,

não está previsto que os candidatos

apresentem estudos ambientais e nem

comprovem experiência técnica no manejo

ambiental.

"A última minuta do edital exige que a

empresa apresente suas experiências técnicas

para construção de pista e não inclui nenhuma

responsabilidade ambiental. A prefeitura

entrega, apesar de restrições do código

florestal, o local sem um parecer que sirva de

base para o INEA (Instituto Estadual do

Ambiente) conduzir o licenciamento

ambiental", disse Machado à reportagem. A

prefeitura do Rio, através de sua assessoria de

imprensa, disse que o momento de solicitar as

autorizações ambientais está programado para

depois da oficialização da escolha da empresa

e antes de o contrato final ser assinado.

Em nota, a assessoria de imprensa do

consórcio Rio Motorsports se disse surpresa

com o pedido de suspensão da licitação pelo

MPF.

"Haverá um momento próprio para avaliação e

aprovação técnica da licença ambiental para a

construção do autódromo. A continuidade do

certame, neste momento, não traz qualquer

prejuízo ao meio ambiente nem impede o

andamento normal de exame dos requisitos

ambientais no momento apropriado", afirmou

a concessionária.

https://www.jb.com.br/rio/2019/05/1001189-

derrubada-de-180-mil-arvores-embasa-

pedido-contra-autodromo-de-deodoro.html

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Data: 27/05/2019

39

Grupo de Comunicação

Veículo: JCNET.com

Data: 26/05/2019

Área de aquífero será restaurada

2-3 minutos

Botucatu - O lançamento do projeto "Gigante

Guarani - Restauração Ecológica do Bioma

Mata Atlântica em áreas de recarga do

Aquífero Guarani" será no dia 29 de maio, a

partir das 16h, no auditório da Faculdade de

Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp, na

Fazenda Lageado, em Botucatu (100

quilômetros de Bauru).

O projeto, financiado pelo Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social

(BNDES), visa aumentar a cobertura vegetal

com espécies nativas e fortalecer a estrutura

técnica e de gestão da cadeia produtiva do

setor de restauração ecológica na estratégica

região que abriga áreas de recarga do Sistema

Aquífero Guarani, mais especificamente os

municípios de Pardinho, Bofete e Itatinga.

Dentre os objetivos do projeto estão: a

promoção da restauração da Mata Atlântica

em 200 hectares de áreas de proteção

permanente (APP), associado com a produção

agroecológica, buscando alternativas

econômicas para os produtores rurais

realizarem a adequação ambiental. Tudo com

o foco na conservação e recuperação das

áreas de preservação permanente do bioma

Mata Atlântica, por meio da manutenção e

implantação de modelos de restauração que

possam conciliar a recomposição da vegetação

nativa com a geração de renda.

Como parte do projeto, serão realizados dois

ciclos de cursos de capacitação em módulos,

voltados para grupos de agricultores familiares

e produtores rurais. O primeiro deles

capacitará os participantes para criação de

viveiro de mudas, produção de sementes

(coleta, beneficiamento e armazenamento),

modelos de restauração, políticas públicas e

vias de acesso ao financiamento,

compensação ambiental e demais fontes de

recursos.

https://www.jcnet.com.br/Regional/2019/05/r

ea-de-aquifero-sera-restaurada.html

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Data: 27/05/2019

40

Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Terra

Data: 26/05/2019

Prefeitura entrega 1ª etapa das obras de

requalificação da Praça do Pôr do Sol

Gilberto Amendola

4-5 minutos

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB),

entregou neste domingo, 26, a 1ª etapa das

obras de requalificação da Praça do Pôr do Sol,

no Alto dos Pinheiros, na zona oeste da

cidade. Em discurso, Covas fez críticas à

política ambiental do governo federal.

No local, foram realizadas obras de

recuperação das escadas (parte delas),

colocação de corrimãos e sinalizações de

acessibilidade. Também foram criados dois

playgrounds e um espaço para animais de

estimação. Os recursos investidos até o

momento foram de R$ 350 mil - conseguidos

via emenda parlamentar. A segunda etapa

deve contemplar uma nova drenagem, mais

brinquedos para as crianças e novas reformas

nas escadarias da praça. Também foram

plantadas árvores frutíferas da Mata Atlântica.

Em discurso, o prefeito fez críticas à postura

do governo federal em relação ao meio

ambiente e à ciência. "Enquanto o Brasil

discute se aquecimento global é uma questão

para cientistas discutirem, a cidade reafirma

seu compromisso com a redução da emissão

de gases de efeito estufa, a ampliação da

cobertura vegetal e a reciclagem. Reafirma o

compromisso ético com a preservação do meio

ambiente, que é o compromisso ético com as

futuras gerações", disse. "Enquanto o governo

federal discute se isso existe ou não, na

cidade de São Paulo essa é uma preocupação

verdadeira. Os governos não seguem essa

orientação federal para essa questão tão

preocupante que aflige a todos nós",

completou Covas.

A recuperação da praça foi uma demanda da

Associação dos Amigos de Alto dos Pinheiros

(SAAP). A presidente da associação, Marcia

Kalvon Woods, contou que o espaço estava

sofrendo com o acúmulo de lixo e a presença

de ambulantes irregulares: "Eram organizados

'rolezinhos' aqui na praça. Tudo isso virava um

lamaçal. Além disso, ambulantes vendiam

bebidas alcoólicas para menores - isso sem

falar no consumo de drogas e o perigo de

furtos e assaltos." Para Marcia, a questão não

é a de regular o acesso às pessoas, mas trazer

uma ocupação mais saudável e ordenada. "O

mix de frequentadores é importante. É isso

que faz a praça ser tão relevante", disse.

A esperança dos moradores é de que, com os

novos equipamentos, a praça atraia mais

famílias e proporcione uma ocupação mais

diurna. O capitão da Polícia Militar Regivaldo

Robson Vicente afirmou que na praça estão

sendo realizadas operações constantes contra

o uso de drogas: "Usamos motos e viaturas

para fazer o policiamento da região. Também

contamos com o monitoramento através de

câmeras." A subprefeitura de Pinheiros vai

intensificar a fiscalização dos ambulantes no

local.

O vereador Caio Miranda (PSD), autor da

emenda que destinou recursos para a

recuperação da praça, espera conseguir mais

recursos para a próxima etapa de obras com o

apoio da iniciativa privada. "Agora, para a

segunda etapa, é preciso buscar empresas

para a adoção do espaço. Não é fácil porque

essa é uma praça com tamanho de parque.

Existe uma lei sancionada, que falta o prefeito

regulamentar, que permite o comércio nas

praças, por meio de quiosques e food trucks.

Com essa regulamentação, acredito que ficaria

mais viável manter a praça", disse.

Procurado por e-mail, o Ministério do Meio

Ambiente ainda não respondeu.

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidad

es/prefeitura-entrega-1-etapa-das-obras-de-

requalificacao-da-praca-do-por-do-

sol,d44dda2d5c1f2bcf421bacd2561e77dd3peni

99q.html

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: G1 Mogi das Cruzes e Suzano

Data: 26/05/2019

Selo 'Divino Verde' vai certificar

entidades com preocupação ambiental na

quermesse da festa em Mogi

3-4 minutos

A Festa do Divino de Mogi das Cruzes deste

ano terá um projeto para trabalhar a

consciência ambiental. A proposta é reduzir o

lixo e o uso de embalagens plásticas, por

exemplo. No final da festa, as entidades que

cumprirem as ações vão ganhar o selo do

“Divino Verde”.

Para orientar os voluntários das entidades que

vão trabalhar nos 11 dias da quermesse, uma

cartilha foi elaborada com dicas de ações

práticas e ambientais que podem ajudar a

reduzir os impactos. Ao todo são nove pontos

abordados:

Conscientização ambiental: visitar e

conhecer estruturas ambientais, como viveiro

de mudas dos Parques Leon Feffer e Municipal

após a festa;

Uso de embalagens recicláveis: evitar o uso

abusivo de sacolas plásticas;

Gestão de alimentos: uso consciente na

compra de alimentos (evitando a compra

excessiva) para evitar o desperdício com a

possibilidade de doação para outras entidades

em caso de sobra;

Coleta seletiva nas barracas: separar o lixo

úmido do seco;

Redução do lixo nas barracas: reduzir a

produção de lixo como, por exemplo, evitando

a limpeza dos balcões com guardanapo;

Decoração sustentável: realizar a decoração

das barracas com materiais recicláveis,

reciclados e/ou reutilizados;

Uso consciente da água: instalar arejadores

nas torneiras existentes na festa visando a

economia de água;

Descarte correto do óleo: juntar e descartar

corretamente o óleo utilizado na festa;

Neutralização de gases de efeito estufa com

plantio solidário: plantar árvores para

neutralizar carbono

Quem for à Festa do Divino encontrará os

agentes ambientais do projeto usando

aventais verdes, circulando e trabalhando a

conscientização ambiental do público também.

Ao redor da praça de alimentação serão

colocadas 20 espécies de mudas de árvores

nativas da Mata Atlântica e, para neutralizar a

“pegada de carbono”. As entidades plantarão,

ao término da festa, mudas de árvores que

serão doadas pela Secretaria de Verde e Meio

Ambiente.

Entidades deverão cumprir ações sustentáveis

para garantir o selo "Divino Verde" — Foto:

Reprodução/PMMC

Em 11 dias, a Festa do Divino Espírito Santo

de Mogi envolve cerca de 300 mil pessoas nas

novenas, na quermesse, na alvorada, no

império e Entrada dos Palmitos.

Neste ano, o tema da festa é "Renove a nossa

Fé e a Transforme em Missão". A festa será

realizada entre os dias 30 de maio e 9 de

junho.

https://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-

suzano/festa-do-

divino/2019/noticia/2019/05/26/selo-divino-

verde-vai-certificar-entidades-com-

preocupacao-ambiental-na-quermesse-da-

festa-em-mogi.ghtml

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Data: 27/05/2019

42

Grupo de Comunicação

Veículo1: Época Negócios

Veículo2: UOL Notícias

Veículo3: DCI online

Veículo4: R7 Notícias

Veículo5: Portal Terra

Data: 26/05/2019

WEG lança novo modelo de turbina de

energia eólica, com potência de 4 MW

Empresa catarinense segue iniciativas da

indústria eólica, que tem apostado em

turbinas cada vez maiores para aumentar a

produtividade

A fabricante de equipamentos elétricos WEG

lançou um novo modelo de turbinas de

energia eólica, em máquinas com potência

unitária de 4 megawatts e rotores com 147

metros de diâmetro, segundo comunicado da

companhia nesta sexta-feira (24/5).

O anúncio da empresa catarinense segue

iniciativas de outros fornecedores da indústria

eólica, que têm apostado em turbinas cada

vez maiores para aumentar a produtividade

das usinas da fonte.

A dinamarquesa Vestas , por exemplo, já até

fechou contratos no Brasil envolvendo uma

nova máquina, com 4,2 megawatts em

capacidade unitária.

O equipamento da WEG, que foi projetado

para as condições de vento e clima do Brasil,

segundo a empresa, será oficialmente

apresentado em um evento da indústria eólica

que acontece na próxima semana em São

Paulo.

Mas a empresa já tem oferecido as novas

turbinas a investidores interessados em

disputar leilões do governo brasileiro para

novos projetos de energia, disse o diretor de

Novas Energias da WEG, João Paulo

Gualberto.

As próximas licitações federais para contratar

novos projetos de geração de energia estão

agendadas para junho e outubro. Os

empreendimentos vencedores das

concorrências, que incluirão parques eólicos,

precisarão entrar em operação em 2023 e

2025, respectivamente.

"Teremos um protótipo (das turbinas) em

operação no início de 2020 e as primeiras

entregas comerciais estão previstas para o

final de 2020", acrescentou Gualberto.

A WEG afirmou ainda que os novos

equipamentos utilizarão uma tecnologia que

deve torná-los mais confiáveis e aumentar a

disponibilidade para operação.

"Diferentemente de outros fabricantes, no

AGW147/4.0 usa-se de tecnologia de

acionamento direto (também chamada de

direct drive ou de gearless) que dispensa a

caixa de engrenagens principal (gearbox)",

explicou.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=23322548&e=577

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Época Negócios

Data: 25/05/2019

Cresce oferta de carros elétricos no

mercado brasileiro

Apesar de ainda distante da realidade nacional

- e do bolso do brasileiro -, aumenta a

chegada de carros elétricos ao País. Aos

poucos, cada marca anuncia seu produto

porque ninguém quer ficar de fora do mercado

que promete ser o futuro da mobilidade e abrir

caminho para os modelos autônomos. A

General Motors confirmou ontem o início das

vendas do Bolt EV para outubro. O modelo

custará R$ 175 mil e pode rodar até 380 km

com uma carga completa de energia. "No

Brasil, o Bolt EV simboliza para nós o início da

era da eletrificação", diz Hermann Mahnke,

diretor de marketing da GM. Para ele, o

modelo chegará "em um momento de busca

por novas soluções de mobilidade que passam

pela conectividade, sustentabilidade e

eletrificação".

A BMW informou que vai instalar 40 novos

pontos de recarga no País até o fim do ano.

Atualmente há 110 postos em várias capitais

abertos por iniciativas da montadora em

parceria com empresas como Multiplan,

Iguatemi, Pão de Açúcar e Ipiranga. Um

exemplo é o corredor elétrico Rio-São Paulo,

com seis postos na Rodovia Presidente Dutra

(três em cada lado). A marca premium iniciou

em abril a pré-venda de três versões do

elétrico BMW i3: o i3 BEV, por R$ 205,9 mil; o

i3 BEV Connected (R$ 229,9 mil); e o i3 REX

Full (R$ 257,9 mil).

Na linha luxo, a Jaguar começa na segunda-

feira a venda do SUV I-Pace com preços a

partir de R$ 437 mil.

Recentemente, a Audi começou a testar seu

primeiro SUV 100% elétrico, o e-tron para

avaliar a compatibilidade do carro com a

infraestrutura local, performance e autonomia

em diferentes condições de temperatura e

pisos comuns no Brasil.

Em julho, a Nissan começará a entregar as

primeiras 16 unidades do Leaf, o elétrico da

marca que estava disponível para encomendas

desde novembro, a R$ 178,4 mil.

Em igual período a Renault vendeu 20

unidades do compacto Zoe para pessoas

físicas por R$ 150 mil cada. Números de

vendas a empresas não foram divulgados.

Na quinta-feira, a BYD entregou o primeiro

caminhão elétrico para coleta de lixo na cidade

do Rio de Janeiro e outros 10 deverão chegar

em alguns meses. Por enquanto importado da

China, a BYD também entregou no ano

passado 21 caminhões para a mesma

finalidade para a Corpus, de Indaiatuba

(SP).Carreata.

No Brasil há atualmente em circulação 11 mil

veículos elétricos e híbridos (funcionam com

bateria elétrica e motor a combustão). Em

defesa dos veículos com baixa ou nenhuma

emissão de poluentes, a Associação Brasileira

do Veículo Elétrico (ABVE) promove hoje em

São Paulo carreata com cerca de 250 ônibus,

caminhões, automóveis, patinetes, skates,

monociclos, diciclos, bicicletas e motos, todos

elétricos ou híbridos. Chamado de Dia da

Mobilidade Elétrica, a carreata partirá às 10h

da Rua Treze de Maio, passará pela avenida

Paulista e irá até o Estádio do Pacaembu.

https://epocanegocios.globo.com/Economia/n

oticia/2019/05/epoca-negocios-cresce-oferta-

de-carros-eletricos-no-mercado-brasileiro.html

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Isto É Dinheiro

Data: 24/05/2019

Brasil, um mau aluno da reciclagem de

plástico

AFP

Parada entre pilhas de sacolas de

supermercado usadas, garrafas de refrigerante

e embalagens de detergente, Evelin Marcele

expressa seu desprezo ante os esforços do

Brasil para reciclar os resíduos plásticos.

'Quase nada', diz a diretora, de 40 anos, do

CoopFuturo, um centro de classificação de

material reciclável no Rio de Janeiro, onde o

plástico representa 60% das

aproximadamente 120 toneladas de lixo que

são entregues à instalação por mês.

O Brasil é o quarto maior produtor de lixo

plástico do mundo, superado apenas pelos

Estados Unidos, China e Índia, segundo um

informe recente publicado pelo World Wildlife

Fund (WWF).

Mas o país latino-americano recicla apenas

1,28% das 11,4 milhões de toneladas que

gera por ano, uma cifra que está muito abaixo

da média global de 9%, segundo o WWF.

Estima-se que 7,7 milhões de toneladas de

plástico terminam em lixões.

'As pessoas consomem mais, geram mais lixo

e os governos não prepararam as cidades com

a infraestrutura necessária para enfrentar este

problema', disse à AFP Anna Lobo, do WWF-

Brasil.

'Noventa por cento da população do Brasil

ouviram falar de sustentabilidade e dizem que

compreendem os problemas do meio

ambiente. Na verdade, poucas pessoas

mudam seus hábitos'.

Atualmente, o mundo produz mais de 300

milhões de toneladas de plástico por ano, e há

ao menos cinco bilhões de peças de plástico

flutuando em nossos oceanos, calculam os

cientistas.

Em uma reunião da ONU no Quênia em março,

os países se comprometeram a 'reduzir

significativamente' os plásticos de uso único

durante a próxima década.

Mas o Brasil está 'muito atrasado', diz Marcele,

enquanto funcionários do CoopFuturo, usando

luvas pretas, remexem uma pilha de sacos de

lixo em busca de material que possa ser

reciclado.

Precisa-se de mais investimento do governo

em infraestrutura, como fábricas de

classificação e reciclagem, e ações individuais.

'Infraestrutura, ajuda? não temos nenhuma

das duas', se queixa.

Os líderes políticos 'não estão preocupados

com isto, estão preocupados com outras

coisas'.

- Maus hábitos -

Os brasileiros são grandes consumidores de

plástico descartável, em particular das sacolas

de compras que são gratuitas em grande parte

do país e que são oferecidas inclusive para as

compras menores.

Nos supermercados do Rio de Janeiro, as

sacolas de plástico com frequência são

forradas com uma segunda para garantir que

não rasguem.

A maioria das pessoas não compra as bolsas

reutilizáveis, que custam cerca de cinco reais.

Comprar um suco em um dos bares da cidade

tem como resultado o uso de ao menos um

copo e uma tampa de plástico, junto com uma

sacola desse mesmo material para levá-lo.

Uma refeição para viagem costuma ir

acompanhada de um jogo de talheres e uma

sacola de plástico.

'Neste momento não tenho outra forma de

levar minhas compras para casa', diz Israel

Washington enquanto se senta em um bar

junto com várias sacolas de plástico com

comida.

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Data: 27/05/2019

45

Grupo de Comunicação

'Deveria ter uma bolsa (reutilizável) comigo

mas não tenho'.

Mas também culpa o governo.

'Seu foco não é o meio ambiente, estão mais

preocupados em armar as pessoas'.

- Proibir o plástico -

A legislação aprovada em algumas partes do

Brasil teve certo sucesso ao obrigar os

brasileiros a adotarem hábitos melhores.

Recentemente, o Rio proibiu o uso de canudos

de plástico, enquanto São Paulo proibiu as

sacolas de plástico à base de petróleo.

O Senado está considerando uma proposta de

proibir a fabricação, distribuição e venda de

plástico descartável, incluindo canudos e

sacolas em todo o país.

O CoopFuturo é um dos 22 coletivos que

participam da classificação do lixo no Rio, uma

cidade com mais de seis milhões de

habitantes.

Recebem os resíduos do serviço

governamental Coleta Seletiva e depois

vendem o material classificado a empresas

especializadas em reciclagem.

Mas a Coleta Seletiva e os coletores

independentes só obtêm 7% dos 40% de lixo

doméstico que são potencialmente recicláveis,

disse um funcionário do governo, que culpa as

famílias por não separarem o lixo

adequadamente.

Os ativistas ambientais estão tentando

encorajar os brasileiros a assumirem a

responsabilidade de seus resíduos.

Mas muitas pessoas ainda 'não reconhecem o

problema que o lixo causa no mar', disse

Paulo Salomão, biólogo do aquário do Rio.

'Até agora, as pessoas não adquiriram a

consciência para mudar seus hábitos',

acrescentou Lobo, do WWF. 'As pessoas não

param para pensar nisso'.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=23316980&e=577

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Portal Paraná

Data: 24/05/2019

Trechos preservados da Mata Atlântica

reúnem potencial turístico, cultural e

histórico

Pedro Ribeiro

Rico em biodiversidade, bioma concentra

cachoeiras, montanhas, cavernas e paisagens

exuberantes para relaxar em meio à natureza

ou praticar esportes radicais

Presente em 17 estados brasileiros, a Mata

Atlântica é um dos biomas mais ricos em

biodiversidade do mundo. São cerca de 22 mil

espécies de animais e vegetais, sendo que 8

mil delas são exclusivas desse ambiente

natural. Entretanto, a fauna e a flora não são

as únicas a chamar a atenção: o bioma reúne

grande potencial turístico, cultural e histórico

que ajuda a preservar a área e a impulsionar a

economia regional.

Apenas 7% da cobertura original do bioma

estão em bom estado de conservação,

concentrados principalmente entre o litoral sul

de São Paulo e o norte de Santa Catarina,

área abraçada pelo movimento Grande

Reserva Mata Atlântica.

“O movimento foi criado principalmente para

resgatar e fortalecer os atrativos e a cultura

do maior remanescente de Mata Atlântica do

Brasil, além de assegurar o desenvolvimento

das comunidades situadas na região.

Queremos incentivar a população a visitar a

área e promover uma convivência harmônica

entre a sociedade e o meio natural, que

fortaleça negócios e traga desenvolvimento

econômico e social”, destaca a coordenadora

de Áreas Protegidas da Fundação Grupo

Boticário de Proteção à Natureza, Marion Silva.

Em 4 milhões de hectares de florestas,

ambientes urbanos e área costeiro-marinha.

Nos 45 municípios em que está presente, a

Grande Reserva Mata Atlântica reúne uma

diversidade de paisagens e atividades, como

as listadas a seguir:

1. Passeio de trem pela Serra do Mar

Considerado o mais belo passeio de trem do

Brasil, o roteiro pode ser feito de Curitiba (PR)

a Morretes (PR) e também no sentido

contrário. O trem passa por paisagens da

Serra do Mar paranaense, como pontes,

túneis, penhascos e cachoeiras, além de

possuir várias curiosidades históricas.

Programação e valores estão disponíveis no

site da Serra Verde Express, companhia que é

responsável pelo trajeto turístico.

2. Cavernas e cachoeiras no Alto Ribeira

O Parque Estadual Turístico do Alto

Ribeira (PETAR), localizado no estado de

São Paulo, conta com dezenas de cachoeiras e

mais de 300 cavernas. Por se tratar de uma

área de preservação ambiental, nem todos os

locais são abertos à visitação. Confira as

cachoeiras e cavernas turísticas no site do

PETAR, além dos valores para acessar o

parque.

3. Passeios de barco nas ilhas paranaenses

O litoral paranaense reúne paisagens naturais

para sair da rotina do continente. A Ilha do

Mel, por exemplo, tem cerca de 95% de sua

área composta por ecossistemas de restinga e

Mata Atlântica, é um dos principais destinos

turísticos paranaenses, com praias e opções

de caminhadas. O acesso é somente por

barcos, que partem todos os dias de Pontal do

Sul (PR) ou Paranaguá (PR). Outra opção é a

Ilha de Superagui, parque nacional na divisa

com São Paulo que reúne paias, comunidades

tradicionais e espécies ameaçadas, garantindo

a conservação da paisagem e da cultura

caiçara. O acesso também é por barcos, que

partem de Paranaguá ou Guaraqueçaba (PR).

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

4. Boia cross no Rio Nhundiaquara

O passeio de boia é opção de lazer para quem

visita a cidade histórica de Morretes (PR). O

trajeto, nas pequenas corredeiras e em meio

às pedras, é restrito a adultos e crianças

acima de 12 anos e mais de 1 metro e meio

de altura. O percurso de três quilômetros

costuma durar duas horas e meia, com

diversão e muito contato com a natureza.

5. Passeio de escuna em Itapoá

Em Itapoá (SC), os turistas podem fazer um

passeio de escuna no barco Pérola Negra. O

percurso começa na Baía de Babitonga,

passando por 14 ilhas. Durante o trajeto, que

tem duração média de quatro horas e meia,

há parada para banho e visitação na cidade

histórica de São Francisco do Sul (SC).

6. Caminho do Itupava

Os mais aventureiros podem conhecer o

Caminho do Itupava, na Serra do Mar

paranaense. O roteiro, que historicamente

começava às margens do Rio Belém, foi uma

das primeiras conexões entre a Vila de Nossa

Senhora da Luz dos Pinhais e o litoral

paranaense. Atualmente, o caminho com cerca

de 20 quilômetros liga os municípios de

Quatro Barras e Morretes e pode ser

percorrido em cerca de sete horas, exigindo

bom preparo físico dos aventureiros.

7. Ecoturismo em reservas naturais

Por concentrar trechos onde a Mata Atlântica

permanece intacta, a região da Grande

Reserva Mata Atlântica concentra várias áreas

protegidas naturais públicas e privadas. Uma

delas é a Reserva Ecológica do Sebuí,

localizada no município de Guaraqueçaba. Lá é

possível praticar trekking, canoagem,

observação de aves e tomar banho em

diferentes cachoeiras. Outra opção, também

na região de Guaraqueçaba, é a Reserva

Natural Salto Morato, mantida pela Fundação

Grupo Boticário. Seus 2.253 hectares abrigam

um expressivo remanescente de Mata

Atlântica, com destaque para Salto Morato,

uma queda d’água de cerca de 100 metros de

altura. Em ambos os lugares a visitação é

paga. O acesso pode ser feito por uma estrada

de terra ou via marítima.

8. Ilha do Cardoso

Cananéia (SP), onde a Ilha do Cardoso está

localizada, é uma das cidades mais antigas do

Brasil. Foi descoberta em 1502 por uma

embarcação portuguesa comandada por

Américo Vespúcio. A ilha possui mais de 90%

da sua área coberta por floresta nativa

original, com praias e pequenos vilarejos. Os

turistas podem visitar trilhas, cachoeiras,

piscinas naturais e dunas, além de

conhecerem a cultura e a tradição caiçara. O

acesso é por barcos e, no trajeto, é possível

observar garças, botos e golfinhos.

9. Montanhismo no Paraná

A Serra do Mar paranaense conta com um

conjunto de montanhas que virou ponto de

encontro de escaladores e adeptos do

montanhismo. O Morro do Anhangava, por

exemplo, é um dos melhores campo-escola de

escalada em rocha do Brasil, com vários graus

de dificuldade em 1.420 metros de altitude. É

um ponto para a prática de voo livre,

escalada, rappel e passeios a cavalo. Outra

opção é o Pico Marumbi, que resguarda muitas

riquezas da Mata Atlântica brasileira, além de

oferecer opções de trilhas, banhos de

cachoeira e escaladas.

O movimento

O movimento Grande Reserva Mata Atlântica

não possui liderança única e aceita o apoio de

qualquer organização ou cidadão interessado

em desenvolver de forma sustentável o maior

remanescente contínuo de Mata Atlântica do

Brasil. A partir desta ação, Unidades de

Conservação, empresas, poder público,

instituições, pesquisadores e comunidade local

estão unidos em um objetivo comum: aliar o

desenvolvimento econômico e social da região

com a preservação do meio ambiente.

Sobre a Fundação Grupo Boticário

A Fundação Grupo Boticário é fruto da

inspiração de Miguel Krigsner, fundador de O

Boticário e atual presidente do Conselho de

Administração do Grupo Boticário. A

instituição foi criada em 1990, dois anos antes

da Rio-92 ou Cúpula da Terra, evento que foi

um marco para a conservação ambiental

mundial. A Fundação Grupo Boticário apoia

ações de conservação da natureza em todo o

Brasil, totalizando mais de 1.500 iniciativas

apoiadas financeiramente. Protege 11 mil

hectares de Mata Atlântica e Cerrado, por

meio da criação e manutenção de duas

reservas naturais.

https://paranaportal.uol.com.br/cidades/trech

os-preservados-da-mata-atlantica-reunem-

potencial-turistico-cultural-e-historico/

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Gazeta do Povo – Imprensa Livre

Data: 24/05/2019

O Meio Ambiente não é exclusividade da

esquerda

Por Guilherme Macalossi

Na entrevista que concedeu ao “Imprensa

Livre”, o ministro Ricardo Salles, da pasta do

Meio Ambiente, quis deixar bem claro que a

preservação da natureza não é exclusividade

da esquerda. Seu ponto principal é que

políticas liberalizantes e visão de mercado

podem dar respostas mais efetivas a essa área

que desperta tantas preocupações.

Salles teceu duras críticas ao desempenho de

gestões anteriores:

“Essa turma que se acha monopolista da

virtude e da ética, esses esquerdistas que, até

então, dominaram a área ambiental,

entregaram muito pouco perto da gritaiada

que eles fazem. Se você pegar o Ministério,

ele está totalmente sucateado. Os órgãos

estão lá destruídos. O Ibama, o ICMBio, enfim.

Falta de estrutura, prédios abandonados, sem

recurso, falta de pessoal. Então não é verdade

que eles fizeram um grande trabalho a frente

do ministério”.

A ideia do ministro, dentro da visão da direita

liberal, é que o governo tem o dever de dar

“bom resultado” nas políticas públicas,

priorizando a propriedade privada, a

segurança jurídica e a previsibilidade do

devido processo legal. Em sua visão, é

necessário respeitar os setores produtivos e a

livre iniciativa.

Uma das iniciativas que Ricardo Salles

desenvolverá é a parceria do setor público

com a iniciativa privada:

“Nós vamos operar com empresas privadas,

tocando os parques nacionais para ter mais

visitação, para ter melhores infraestruturas,

para as pessoas poderem visitar, para ter

maiores recursos, inclusive para cuidar dessas

unidades.”

Segundo Salles, a visão da esquerda é

considerar a presença humana “indesejada”

nessas unidades de conservação, e que é

necessário dar uma outra resposta para isso:

“Nós precisamos trazer as famílias, as pessoas

(...) trazer a sociedade para conhecer,

conviver, aproveitar as unidades de

conservação e, com isso, vão ter uma melhor

relação com a natureza, com os recursos

naturais. Saber apreciar, saber valorizar. (...)

Essa mudança de comportamento e de atitude

vai trazer esse resultado.”

Outro foco do Ministério será na celeridade dos

processos examinados:

“Também na parte de atuação de

licenciamento ambiental. Ter algo mais célere,

porém mais detalhado, com maior qualidade

nas questões que interessam. Ao invés de

dizer: faz tudo, abrange tudo e faz tudo mal

feito. Não, tem que fazer as coisas que

realmente importam, ter foco e, ao ter foco

nas coisas que realmente importam, produzir

análises ou fiscalizações de melhor qualidade,

mais aprofundadas”.

Confira a íntegra da entrevista exclusiva do

ministro Ricardo Salles a Alexandre Borges e

saiba mais sobre as políticas que serão

desenvolvidas pelo ministério do Meio

Ambiente do governo de Jair Bolsonaro.

https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/alex

andre-borges/o-meio-ambiente-nao-e-

exclusividade-da-esquerda/

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Veículo: Rádio Band News

Data: 27/05/2019

Governo de SP, João Doria, é entrevistado

MANHÃ BANDNEWS/BANDNEWS/SÃO PAULO

Data Veiculação: 27/05/2019 às 08h33

Duração: 00:29:41

Transcrição

MP Saneamento

Licença ambiental

http://cloud.boxnet.com.br/yxj59ozu

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

FOLHA DE S. PAULO Painel S.A.: Indígena brasileiro vai a

assembleia em NY para constranger

investidor

ROBYN BECK/AFP

O indígena brasileiro Luiz Eloy roubou a cena na

reunião anual de acionistas da maior gestora de

investimentos do mundo, a BlackRock, em Nova

York, na última semana. Um acionista cedeu a

própria cadeira a Eloy, que aproveitou a ocasião

para fazer o que chama de “incidência”.

Dirigindo-se a Laurence Fink, presidente da

gestora, Eloy alertou para os riscos do

desmatamento. Segundo o relato do indígena, o

executivo sinalizou que sua preocupação deve

ser levada em consideração.

Mensagem Eloy discursou a investidores do

agronegócio. “Vocês têm a responsabilidade

sobre o nosso futuro”, disse ele, que é advogado

da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil,

referindo-se a quem aplica em empresas como

JBS e Bunge.

Climão O indígena afirma que causou

constrangimento porque sua fala destoou dos

outros comentários —cada acionista tem cinco

minutos. Enquanto discursava, os presentes

concordavam com a cabeça, segundo ele.

Limites Eloy instou as empresas a restringirem a

compra de commodities produzidas em

propriedades localizadas em terras indígenas.

Descampado A fala, também endereçada ao

governo Bolsonaro, criticou o avanço do

desmatamento ilegal “promovido pelo

agronegócio”.

Anfitrião A BlackRock, que administra em grande

parte fundos de índice, não comenta o episódio.

Em seu site, diz que leva em consideração

fatores como responsabilidade ambiental nas

empresas em que investe.

Bacon A ampliação da cota de importação de

aves pelo México alertou os produtores

brasileiros de carne suína, que veem na medida

uma oportunidade.

Diálogo Segundo a ABPA (Associação Brasileira

de Proteína Animal), o Brasil está em negociação

para abrir o mercado com o país —dominado pela

carne de porco americana— e considera que

pode se beneficiar da peste suína africana na

China, grande concorrente.

Atrevido Após ousar com mensagens

publicitárias provocando do concorrente

McDonald’s até o presidente Bolsonaro, o Burger

King agora sonha com o Festival de Criatividade

de Cannes, que acontece de 17 a 21 de junho.

Sem modéstia A equipe da marca, que já

ganhou como anunciante do ano em 2017,

acredita que pode ser uma das mais premiadas

do evento nesta edição.

Fogueira A aposta é uma campanha da agência

David, que dava um lanche às pessoas que

“grelhassem” anúncios da concorrência, uma

forma de divulgar o pagamento antecipado via

aplicativo.

Ousadia Na lista de campanhas provocadoras, o

Burger King já se chamou Burger Gay e lançou

comercial com um trisal, relacionamento de três

pessoas. Seu movimento mais recente foi um

vídeo em que ironiza a censura de Bolsonaro a

uma propaganda do Banco do Brasil.

Modernidade Mario Mesquita, economista-chefe

do Itaú Unibanco, entrou na onda do podcast. O

banco estreia nesta segunda (27) rodadas

semanais de conversas sobre política monetária,

avaliações setoriais e o mercado de ações.

Ouvintes A primeira edição será com o

economista Luka Barbosa e o estrategista-chefe

de renda variável do banco, Marcos Assumpção.

A dupla fala de como o fraco crescimento

econômico deste ano impactou o resultado das

empresas de capital aberto.

Freio Christopher Podgorski, presidente da

Scania Latin America, estava ao lado do

governador paulista João Doria quando anunciou

na semana passada um investimento de R$ 1,4

bilhão em São Bernardo. Mas a montadora ainda

não decidiu se vai aderir ao programa

IncentivAuto, que dá desconto de ICMS a

montadoras.

Móvel O Hospital de Amor vai apresentar uma

carreta equipada com aparelho radiológico de

rastreamento de câncer de pulmão na sexta (31),

quando se comemora o Dia Mundial sem Tabaco.

Com Paula Soprana e Laísa Dall'Agnol

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painelsa/

2019/05/indigena-brasileiro-vai-a-assembleia-

em-ny-para-constranger-investidor.shtml

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Painel

Ministros do STF e políticos minimizam atos e

dizem que conjuntura segue inalterada

Tudo como dantes Ministros do Supremo

Tribunal Federal e integrantes da cúpula do

Congresso avaliam que os atos promovidos por

bolsonaristas neste domingo (26) não foram

significativos a ponto de mudar a conjuntura

política e deslocar o eixo de pressão do Planalto

para as duas instituições que foram alvo dos

protestos. A adesão foi descrita como menor do

que a esperada e creditada em boa medida à

figura do ministro Sergio Moro, que teria

“salvado” as manifestações pró-governo.

No pacote O fato de o presidente da Câmara,

Rodrigo Maia (DEM-RJ), ter se tornado um dos

alvos preferenciais dos bolsonaristas nas ruas

não surpreendeu aliados dele. A legenda de Maia

vinha monitorando ofensas em redes sociais e

identificou esforço para fazer do democrata um

dos focos de crítica.

Não colou Apesar de ter repetido neste domingo

que “quem estivesse nas ruas pelo fechamento

do Congresso ou STF estaria na manifestação

errada”, ministros da corte dizem que Bolsonaro

flerta com fórmulas ambíguas.

Não colou 2 Na avaliação de integrantes do

Supremo, mesmo que critique pautas radicais, o

presidente estimula que parcela da população se

volte contra a corte e o Congresso ao dizer que

os protestos são um “recado aos que teimam

com velhas práticas”.

Dobrar a aposta Além de exaltar os atos nas

redes sociais, Bolsonaro enviou mensagens pelo

WhatsApp a ministros enaltecendo as

manifestações. Em uma delas, abaixo de foto de

uma senhora idosa, escreveu: “Vamos discutir

governabilidade como adultos?”.

Dobrar a aposta 2 Aliados do presidente

interpretaram a mensagem como um pedido para

que o Congresso seja “maduro” como os que

foram às ruas defender a reforma da Previdência,

pauta que divide bastante o eleitorado.

Vai dar pé Santos Cruz (Secretaria de Governo)

tem recebido deputados de siglas de centro e

centro-direita, individualmente, para tentar

acalmar os ânimos do Congresso.

Confie Nas conversas, o ministro afirma que o

governo conhece suas próprias limitações e que

vive momento de pressão, mas ressalta que após

a aprovação da reforma da Previdência as coisas

tendem a se acomodar.

Meu carimbo O PT deve apresentar um pacote de

projetos para combater o desemprego, alavancar

o consumo e ampliar a arrecadação. Algumas das

propostas já foram protocoladas no Congresso

por deputados e senadores do partido e serão

apenas reempacotadas.

Olho por olho A iniciativa está dentro da nova

diretriz da legenda de formular propostas para se

contrapor às políticas de Bolsonaro.

Forcinha A CNTE (Confederação Nacional dos

Trabalhadores em Educação) vai se juntar aos

estudantes na próxima quinta (30) em

manifestações contra cortes na área.

Volte atrás Secretários municipais de Saúde vão

pedir que o ministro Luiz Henrique Mandetta

reveja determinação que vetou a alocação de

profissionais do Mais Médicos em capitais e

cidades de grande porte. A cobrança será feita

em reunião nesta semana.

Volte atrás 2 O governo decidiu que o programa

federal só contemplará regiões de alta

vulnerabilidade, o que exclui os maiores

municípios do país, como São Paulo. Secretários

reclamam, porém, que apesar do IDH mais alto

nesses locais, é difícil fixar médicos nas

periferias, o que deixa parte da população

desassistida.

Para ontem Outro pleito dos gestores municipais

é a regularização de cerca de 2.000 médicos

cubanos que eles calculam que tenham ficado no

país e, até este momento, estão impedidos de

trabalhar.

Na paz A guerra comercial entre EUA e China,

que deprime a economia global, é vista com

menos pessimismo por parte do governo

brasileiro. Acredita-se que o setor de transportes

(portos, ferrovias e rodovias) pode se beneficiar

pelo maior apetite de investidores estrangeiros,

interessados em aplicar numa área fora da zona

de conflito.

TIROTEIO

As manifestações demonstram o recado dado

nas urnas: o Brasil quer que o presidente

governe, não o Congresso

Do deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), sobre os atos

neste domingo e deputados quererem impor uma

agenda própria no Parlamento

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/05/27/

ministros-do-stf-e-politicos-minimizam-atos-e-

dizem-que-conjuntura-segue-inalterada/

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Grupo de Comunicação

Mônica Bergamo: Magistrados dizem que

STF deve descriminalizar ao menos o porte

da maconha

Pedro Ladeira/Folhapress

O STF deve retomar o julgamento da

descriminalização do porte de drogas no começo

de junho. A pauta coincide com o andamento de

outro processo polêmico: o que criminaliza a

homofobia.

PRIMEIRO PASSO

De acordo com magistrados, a corte deve

descriminalizar o porte ao menos da maconha.

MALHA

O CEO Javier Hidalgo, da Globalia, que controla a

Air Europa, deve desembarcar no Brasil nas

próximas semanas. A ideia é que ele converse

com o governo federal sobre as futuras

operações da empresa aérea em voos nacionais.

A PRIMEIRA

A Air Europa será a primeira empresa estrangeira

a operar em destinos nacionais.

O PRIMEIRO

Hidalgo deve se encontrar também com o

governador de SP, João Doria.

AULAS

A ministra da Mulher, da Família e dos Direitos

Humanos, Damares Alves, quer incluir palestras

sobre abuso e exploração sexual no programa de

pré-natal do Ministério da Saúde. Ela quer que as

futuras mães aprendam a perceber sinais que

indiquem que seus filhos foram vítimas de

abusos.

AO LADO

Cerca de 70% dos casos registrados no Disque

Denúncia apontam que os agressores são

pessoas próximas às crianças, como pais,

padrastos, irmãos e tios.

SANGUE

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge,

levou estudantes brasileiros que fazem mestrado

e doutorado nas melhores universidades da

Inglaterra às lágrimas há alguns dias, ao

participar do Brazil Forum UK 2019, organizado

por eles.

SUOR

Depois do evento, Dodge jantou com os jovens

em um PUB de Oxford e relatou casos

investigados pelo Ministério Público Federal —

como o das crianças e adolescentes que entram

em balsas para pedir comida no Norte do país e

sofrem abuso sexual dos donos das

embarcações.

LÁGRIMAS

Diante da emoção dos estudantes, ela pediu que

todos dessem as mãos. E afirmou que eles

deveriam voltar ao país depois de seus cursos e

empregar seus conhecimentos para ajudar os

mais vulneráveis. “Nós não podemos mais deixar

ninguém para trás no Brasil”.

SOLTA O SOM

As cantoras Raquel Virgínia (à esq.) e Assucena

Assucena e o músico Rafael Acerbi, da banda As

Bahias e a Cozinha Mineira, estampam a capa do

próximo CD do grupo, “Tarântula”, que será

lançado no dia 31 de maio

ALUGA-SE

O pavilhão de autoridades do aeroporto de

Congonhas, reservado para embarque e

desembarque de governantes, foi alugado para a

exploração comercial. Segundo a Infraero, é

primeira vez que isso acontece desde a

inauguração do prédio, em 1954.

ALUGA-SE 2

A Infraero não divulgou o nome da empresa, mas

afirmou que as autoridades embarcarão pela

mesma sala que já é utilizada atualmente. “O

valor mensal do contrato, cuja vigência é de 10

anos, é de R$ 33 mil.”

MEGAFONE

O diretor-presidente da Ancine (Agência Nacional

do Cinema), Christian de Castro, e outros oito

servidores da agência serão convocados para

uma audiência no Tribunal de Contas da União.

FREIO DE MÃO

O TCU convocou todos os que estiveram

presentes na reunião em que foi deliberada a

paralisação da liberação de verbas para todo o

setor audiovisual, em abril. Eles terão que

explicar as razões pelas quais a medida foi

tomada.

PREJUÍZO

A diretoria técnica do TCU indica que a

suspensão das verbas configurou-se em um “ato

ilegítimo e antieconômico com subjacente

prejuízo à sociedade e ao erário”, resultando em

uma “grave infração orçamentário-financeira”.

TEMPO

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Grupo de Comunicação

A Ancine diz que “a convocação ainda não foi

instruída no âmbito do processo” e que “aguarda

o trâmite legal para atender ao TCU.”

CLOSET

O estilista Alexandre Herchcovitch criou uma

conta para vender roupas pessoais no Instagram.

O perfil, que tem cerca de três mil seguidores,

comercializou 52 peças desde o mês passado.

BURACOS

Em um post recente —mas já deletado—,

Herchcovitch apresenta uma blusa azul

desgastada, com um brasão polonês estampado,

e anuncia: “Camiseta Polônia vintage com

furinhos valor R$ 129,00”.

DISCUSSÃO

“Você só pode estar passando necessidade,

vendendo roupa furada de traça por 129 reais?”,

comentou um usuário. Em defesa do estilista, um

seguidor disse: “Vão comprar algum item? Se

não forem, vazem!”. A peça foi vendida.

BEST-SELLER

A escritora Lisa Genova confirmou presença na

Bienal do Livro do Rio, em setembro. Ela é autora

do livro “Para Sempre Alice”, que vendeu mais de

150 mil cópias no Brasil. A história inspirou o

filme com mesmo nome, que rendeu o Oscar de

melhor atriz para Julianne Moore.

PANORAMA

O cartunista Mauricio de Sousa, o atual

presidente da Fundação Padre Anchieta, Marcos

Mendonça, e seu sucessor, José Roberto Maluf,

foram à abertura da exposição “Entra que Lá

Vem História”, que celebra os 50 anos da TV

Cultura, na quinta (23), no shopping Eldorado. O

músico e escritor Zuza Homem de Mello também

passou por lá.

CURTO-CIRCUITO

O Big Festival 2019 recebe na segunda (27) Chris

Perrella, um dos líderes do time de criação do

jogo “Spider-Man”.

Começa na segunda (27) a 9ª edição do Encontro

Mistral.

O filme “Rocketman” tem pré-estreia na segunda

(27). Às 20h30, no shopping Cidade Jardim, em

SP.

Sete ministros do STJ participam na segunda

(27) de evento na Associação dos Advogados de

SP.

com Bruna Narcizo, Bruno B. Soraggi E Victoria

Azevedo; colaborou Gabriel Rigoni

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/05/magistrados-dizem-que-stf-

deve-descriminalizar-ao-menos-o-porte-da-

maconha.shtml

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Grupo de Comunicação

O que a Folha pensa: Torneira seca

Um de cada três domicílios do país não tem

acesso à rede de esgoto, informou o IBGE. Um

de cada dez não tem fornecimento de água

garantido todo dia, mesmo quando as torneiras

estão conectadas ao sistema de abastecimento.

Os novos dados do instituto revelam que a

situação piorou em dez estados nos últimos anos.

Eles mostram que os investimentos têm sido

insuficientes não só para ampliar o acesso dos

brasileiros ao saneamento básico, mas para

manter em bom estado a rede implantada.

É evidente que o poder público perdeu a

capacidade de lidar com o problema sozinho há

muito tempo —e que não haverá solução sem

mecanismos inteligentes para atrair a

participação da iniciativa privada, atualmente

responsável por fatia pequena dos serviços.

No ano passado, ao editar medida provisória com

novas regras para o setor, o governo Michel

Temer (MDB) abriu caminho para que se fizesse

isso. Infelizmente, Jair Bolsonaro (PSL) e as

lideranças do Congresso parecem a um passo de

desperdiçar a oportunidade.

A MP perderá a validade no dia 3 de junho se não

for aprovada pelos parlamentares. Mas, no

exíguo tempo que resta, poucos se empenham

na articulação dos interesses em jogo, e o

governo já indicou estar prestes a jogar a toalha.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo

Maia (DEM-RJ), sugeriu como alternativa a

apresentação de um projeto de lei nos moldes da

proposta enviada originalmente ao Congresso.

Mas os sinais de que os participantes da

discussão perderam o sentido de urgência são

preocupantes.

A medida provisória busca desfazer alguns dos

principais nós do setor ao concentrar na Agência

Nacional de Águas a definição de normas e

diretrizes, evitando a desorganização causada

hoje pela atuação de prefeituras e agências

locais.

Além disso, o novo modelo obrigaria os

municípios a abrir licitação sempre que vencerem

seus contratos com as empresas estaduais que

hoje atendem à maior parte da população, assim

estimulando a entrada do capital privado.

Governadores que se opõem à iniciativa dizem

temer que os investidores só se interessem em

prestar serviços em regiões ricas, deixando o

resto para as concessionárias públicas. Um tanto

de corporativismo e ideologia estatista também

alimenta as resistências.

Com a iminente expiração da MP, caberá ao

governo e ao Congresso encontrar a melhor

forma de promover as mudanças necessárias

para destravar o saneamento, com a presteza

que as intoleráveis carências do país requerem.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/05/

torneira-seca.shtml

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Governo muda atribuições e jogo de forças

na área de infraestrutura

Ivan Martínez-Vargas

O governo alterou atribuições de vários órgãos

responsáveis pela gestão da área de

infraestrutura federal, dando nova direção ao

jogo de forças nesse segmento considerado vital

para a retomada do crescimento.No rearranjo,

explicam especialistas, ganham força o Ministério

da Infraestrutura, sob o comando de Tarcísio de

Freitas, e o Dnit (Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transportes).Com atribuições

mais definidas, cresce também o espaço do PPI

(Programa de Parcerias de Investimentos) —

especialmente no que se refere a privatizações.

Entre os que perdem com as mudanças está a

ANTT (Agência Nacional de Transportes

Terrestres).

Há também uma redefinição no papel do BNDES

(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico

e Social). A instituição, que historicamente se

destacou na concessão de crédito, assume a

responsabilidade de elaborar projetos de

infraestrutura, um antigo calcanhar de Aquiles na

esfera pública.

As novas medidas constam de MP (medida

provisória) publicada no Diário Oficial da União

em 3 de maio, e, na avaliação geral do setor,

buscam destravar obras, ampliar as concessões,

agilizar as privatizações e até mesmo melhorar a

interlocução com os caminhoneiros descontentes.

O principal avanço, dizem os especialistas, é o

reposicionamento do BNDES. Pelo novo

arcabouço, estados, municípios e estatais passam

a poder contratar o BNDES sem licitação para

realizar estudos de projetos de infraestrutura,

PPPs (parcerias público-privadas) e concessões à

iniciativa privada.

Neste sábado, o governo do Rio Grande do Sul

firmou acordo com o banco para contratação de

consultores para fazer estudos e modelagem

técnica para processos de privatizações,

concessões e PPPs (arcerias público-privadas)

para o estado.

A medida permite, ainda, que o banco

subcontrate consultorias e profissionais para

estruturar os projetos por meio de uma nova

forma de concorrência, a colação.

Pela modalidade recém-criada, o BNDES poderá

enviar convites para ao menos três potenciais

participantes, escolhidos com base em um

cadastro de capacitados a prestar o serviço.

Ao final, o banco “definirá a proposta vencedora

de acordo com critérios preponderantemente

técnicos”, segundo a norma, e não

necessariamente a mais barata.

Antes, cidades até poderiam contratar o BNDES

ou consultorias para fazer a estruturação de uma

concessão, mas os modelos de licitação eram

mais engessados, segundo a advogada Letícia

Queiroz.

Para Luíz Felipe Valerim, professor da FGV

Direito, a colação é um avanço. “As formas mais

tradicionais de licitação privilegiam o menor

preço, e não a capacidade técnica. Uma eventual

economia nessa etapa de estruturação, que custa

entre 2% e 5% do total, pode sair pela culatra”,

afirma ele.

Esses estudos verificam a viabilidade operacional,

econômica e ambiental de uma obra, por

exemplo. Quando malfeitos, segundo Valerim,

podem gerar depois aditivos contratuais que

aumentam o preço do projeto ou mesmo travam

a sua execução.

“A MP se inspirou na contratação de agências

internacionais reconhecidas, como a IFC

[Cooperação Financeira Internacional, do Banco

Mundial], que já era possível, mas era mais

morosa. É um ganho de competitividade”, diz

ele.“Não é fácil fazer os estudos para que uma

obra aconteça ou um edital atraia investidores. O

BNDES tem uma equipe dedicada a fazer essa

modelagem e pode fazer isso para municípios e

estados que não sabem como fazê-lo”, diz Lucas

Santa’Anna, sócio do escritório Machado Meyer.

A MP permite ainda que a remuneração da

atividade do BNDES de estruturar contratos e

parcerias seja vinculada ao êxito da licitação.

Para financiar essas atividades, o banco usará o

Faep (Fundo de Apoio à Estruturação de

Parcerias), criado em 2016, mas que ainda não

havia sido operacionalizado.

“O banco vai usar o fundo para pagar a

estruturação. A depender do contrato, só

receberá o pagamento se o projeto der certo. O

banco assume um risco, mas também fomenta

estudos técnicos de qualidade”, afirma Queiroz.

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

“Não fica claro o porquê de o BNDES ter essa

proeminência. O corpo técnico do banco é bom,

mas, a depender do projeto, uma consultoria

menor pode ser eficaz”, diz Sandro Cabral,

professor de políticas públicas do Insper.

Outra novidade da MP é que o ministro da

Infraestrutura passa a presidir o Conselho

Nacional de Trânsito. Já a ANTT deixa o órgão

que regula normas e fixa multas.

No fim de abril, o ministro Freitas costurou um

acordo com lideranças dos caminhoneiros, que

ameaçavam fazer paralisações.

Ao contrário da ANTT, o Dnit ganha poder: passa

a ser responsável por instalações portuárias e

obras de dragagem, por exemplo. “Pode ser uma

preparação para a privatização das autoridades

portuárias”, afirma Queiroz.“

Na privatização, essas obras podem passar a ser

responsabilidade da concessionária ou ficar com

o Dnit para atrair investidores”, diz Valerim.

O PPI também cresce. Criado em 2016 para

viabilizar PPPs e concessões federais, ganha as

secretarias de obras estratégicas e apoio a

licenciamento ambiental.O conselho do

programa, que era presidido pelo presidente,

agora será chefiado pelo ministro Santos Cruz,

da Secretaria de Governo.

O PPI será o responsável pela integração entre

ministérios e agências do governo e órgãos como

o Ministério Público. Passou ainda a poder propor

integração de modais de transporte e a analisar

planos de estados e municípios.

“Durante a elaboração do projeto, o PPI poderá

fazer adequações necessárias antes da

publicação do edital, o que representa um ganho

na articulação”, diz Venilton Tadini, presidente da

Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e

Indústrias de Base).

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05

/governo-muda-atribuicoes-e-jogo-de-forcas-na-

area-de-infraestrutura.shtml

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É espantoso estados serem contra MP do

saneamento, diz ex-presidente da Sabesp

Ivan Martínez-Vargas

5-6 minutos

O engenheiro Jerson Kelman, 71, passou de

crítico ferrenho a defensor da medida provisória

que propõe um marco regulatório para o

saneamento básico. A MP, que precisa ser votada

até 3 de junho para não perder a validade,

enfrenta a oposição de 24 governadores, que

veem no texto uma ameaça às companhias

estatais do setor.

Na opinião de Kelman, que presidiu a Sabesp

entre 2015 e 2018, os maiores problemas do

projeto foram dirimidos em sua tramitação. Na

visão dele, o texto permite uma competição justa

pela prestação dos serviços.

Por que o sr. é favorável à MP do saneamento?

Porque o texto tem qualidades que não têm sido

abordadas nas discussões sobre o assunto.

Quais são?

A primeira é que a MP obriga as pessoas a se

ligar à rede de esgoto. Hoje, a situação é mal

definida, e há juízes que dizem que as pessoas

têm direito de não se conectar. Essa conexão

deveria ser uma obrigação social. Não tem

sentido dar desconto ao cidadão que não se

conecta à rede de esgoto. Pelo contrário, ele

deveria pagar multa. Isso fica claro com o texto.

Por outro lado, o projeto reconhece que há

famílias que não terão recursos para pagar essa

ligação. Nesse caso, o texto admite que a

concessionária faça o serviço e esse custo seja

inserido na tarifa.

Outra vantagem muito importante diz respeito à

remuneração dos ativos em caso de troca [da

empresa que presta os serviços de

saneamento].Pela regra vigente, se sai um

prestador de serviço A e entra uma empresa B, é

a prefeitura que deve pagar a quem sai pelos

ativos instalados e que não foram quitados ainda.

Por que isso é ruim?

Na prática, com a mudança de mãos, a estatal

seria desapropriada porque só pode cobrar da

prefeitura, que tem uma longa lista de credores.

Entrará na fila dos precatórios.

Essa situação leva a injustiças. É de interesse

geral que haja uma regra mais clara, que

determine que a indenização tem que ser prévia

à mudança do prestador de serviço, e a MP faz

isso. Quem entra paga os investimentos de quem

sai.

O senhor se opôs ao texto original da MP e a

texto anterior, que perdeu validade. O que

mudou de lá para cá?

Como presidente da Sabesp, sempre me opus

aos textos porque eles admitiam que os

contratos fossem celebrados na escala municipal.

O texto da MP está em linha com decisões

judiciais que determinam que, quando há ativos

compartilhados, como estações de tratamento e

adutoras, há interesse conjunto e é preciso ter

governança compartilhada na prestação e na

regulação do serviço.

O senador Tasso [Jereissati, PSDB-CE, relator da

medida provisória] teve o mérito de definir que

[o saneamento] só é de interesse local se as

instalações não são compartilhadas com outra

cidade. Se são, uma entidade interfederativa

deve cuidar do tema.

Além disso, o texto reconheceu que a escala na

prestação do serviço deve ser mantida. A

Sabesp, por exemplo, serve 380 municípios, mas

tem 15 unidades de negócio, o que barateia a

tarifa. Se fosse condenada a ter 380 unidades, o

preço subiria.

O projeto agora diz que o serviço será

preferencialmente prestado por blocos de

cidades, e isso é um avanço.

Mas não define quais os critérios para formar

esses grupos de municípios.

Não diz, mas atribui a estados e à União a

responsabilidade de organizar isso. Na verdade,

colocou a faca e o queijo na mão dos

governadores. Eles é que poderão definir o

tamanho dos blocos de cidades.

Mesmo assim, eles são contrários ao texto.

É espantoso que eles assinem uma carta contra a

Medida Provisória que permite que eles

organizem os serviços. Eles é que podem definir

se será licitação por município ou conjuntos de

cidades. Podem formar conjuntos em conjuntos

misturando o filé e o osso. A acusação que eu

mesmo fiz muitas vezes é que, da maneira como

estava o texto [sem a formação de blocos, com

disputas por cidade], as empresas privadas

escolheriam o filé e deixariam o osso com as

estatais.

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O projeto dá poder aos governadores. No limite,

o estado inteiro pode ser um bloco.

A aprovação da medida provisória poderá

estimular a privatização de estatais. Como o sr.

vê isso?Os governadores que quiserem vender

suas estatais poderão fazê-lo. Hoje, não podem

porque os contratos feitos sem licitação

perderiam a validade. Em uma situação de

profunda crise fiscal, é surpreendente que os

governadores digam não a essa possibilidade [de

capitalização].

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05

/e-espantoso-estados-serem-contra-mp-do-

saneamento-diz-ex-sabesp.shtml

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Data: 27/05/2019

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Marcelo Leite: Além de vacas, árvores

também expelem metano

Adriano Vizoni/Folhapress

Florestas absorvem carbono quando crescem.

Esse é o padrão ensinado em incontáveis artigos,

livros e escolas, e provavelmente é a pura

verdade. Só que há um probleminha chamado

metano.

Quando se fala em emissão ou absorção de

carbono, em geral se entende o dióxido de

carbono (CO2). É o principal gás da atmosfera a

agravar o efeito estufa, porque sua concentração

é alta e está aumentando: tendo partido de 280

ppm (partes por milhão) na era pré-industrial,

estamos em mais de 400 ppm.

A última vez em que a Terra teve tanto CO2 na

atmosfera foi há pelo menos 3,6 milhões de

anos. No Ártico, a região do planeta que ora se

aquece mais rápido, a temperatura estava 8ºC

acima do que os termômetros registram hoje.

Outro gás do efeito estufa, o metano (CH4), tem

concentração muito menor na atmosfera, mas

cada molécula sua causa pelo menos 20 vezes

mais estrago que uma de CO2. Vale dizer, o

metano retém muito mais calor do Sol perto da

superfície, aquecendo a atmosfera.

Por essa razão os climatologistas ficam de olho

nas fontes de metano, também. A maior parte do

que a humanidade emite dessa modalidade de

carbono vem da agropecuária (digestão de

celulose pelo gado e campos alagados de arroz,

por exemplo). Também há perdas do composto

na exploração de petróleo e gás natural.

Leio agora na revista National Geographic, em

curiosa reportagem de Andrew Revkin, que

árvores também emitem metano. Em algumas

ocasiões, isso pode ser constatado a olho nu, na

forma de bolhas que brotam de troncos recém-

cortados.

A observação episódica era vista como

curiosidade há mais de um século. Não mais,

conta Revkin: acumulam-se artigos científicos

com medições de metano oriundo de árvores.

Algumas o absorvem perto do solo e o emitem no

alto, pelos galhos e folhas; outras fazem

exatamente o contrário. É, até certo ponto, um

enigma.

Sabia-se que a emissão de metano acontecia

em árvores de florestas sazonalmente inundadas,

como os igapós da bacia do rio Negro, como se

fossem chaminés para o metano produzido na

decomposição anaeróbica de matéria orgânica

alagada. Mas o gás vem sendo detectado e

medido até em árvores de florestas de terra

firme.

Importa agora descobrir qual é o balanço do

metano produzido e emitido em cada tipo de

floresta e região ou clima do globo. Isso ajudará

a calibrar os modelos de computador que

projetam as mudanças do clima no futuro.

Ninguém parece acreditar, contudo, que esteja

ameaçado o paradigma segundo o qual florestas

naturais ou plantadas ajudam a combater o

aquecimento global, na medida em que

sequestram o excesso de carbono da atmosfera.

Muito menos que o metano eventualmente

expelido por árvores possa representar qualquer

apoio à ideia de que desmatamento seja algo

positivo.

A lição a tirar dessas descobertas e

mensurações são duas: 1. A química da

atmosfera e sua interação com a biosfera

terminam por revelar-se sempre mais

complicadas do que sabemos hoje; 2. Quem faz

o conhecimento sobre isso progredir são

pesquisadores, e não políticos, lobistas ou

blogueiros que se especializaram em pôr a

mudança do clima em dúvida.

No presente, o equívoco mencionado na lição 2

tomou o poder no palácio do Planalto e no

Ministério do Meio Ambiente —melhor dizendo,

no governo todo de Jair Bolsonaro (PSL). Mas

governos e opiniões ideologicamente motivadas

passam, enquanto a pesquisa objetiva fica.

Uma das coisas boas do verdadeiro jornalismo

—e da ciência— é ver-se com frequência

constrangido a rever conhecimentos e

convicções. Quem prefere ideias prontas e

crenças arraigadas que busque outra profissão,

ou outro tipo de leitura.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelol

eite/2019/05/alem-de-vacas-arvores-tambem-

expelem-metano.shtml

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Data: 27/05/2019

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Petrobras coloca à venda 27 campos

terrestres de petróleo no Espírito Santo

Silvia Izquierdo/Associated Press

A Petrobras iniciou divulgação a investidores de

processo para venda da totalidade de sua

participação em 27 campos de petróleo maduros

terrestres no Espírito Santo e instalações

compartilhadas de escoamento e tratamento de

produção, o chamado Polo Cricaré, informou a

empresa em comunicado ao mercado nesta

segunda-feira (27).

Segundo a petroleira, os campos à venda tiveram

em 2018 uma produção total média de cerca de

2,8 mil barris por dia (bpd) de óleo e 11 mil

metros cúbicos/dia de gás.

As próximas etapas sobre o processo de venda

dos campos terrestres no Espírito Santo serão

informadas oportunamente ao mercado, segundo

a companhia.

A Petrobras tem promovido um plano de

desinvestimentos para reduzir dívidas e focar sua

atuação nas reservas do pré-sal.

No fim de abril, a estatal anunciou planos para

vender oito de suas 13 refinarias. A empresa

quer permanecer apenas com as quatro unidades

em São Paulo e com a Refinaria Duque de

Caxias, no Rio.

Aquelas localizadas em outros estados serão

oferecidas ao mercado.

Além de serem ativos importantes para o plano

de desinvestimento da empresa, algo

fundamental para a companhia reduzir seu

elevado endividamento, a venda das refinarias é

chave para a Petrobras deixar de ser monopolista

no setor.

Com mais operadores de refino, poderia haver

maior concorrência no estabelecimento de preços

e a Petrobras se livraria de polêmicas

relacionadas aos preços dos combustíveis, como

a que envolveu recentemente o presidente Jair

Bolsonaro.

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2019/05

/petrobras-coloca-a-venda-27-campos-

terrestres-de-petroleo-no-espirito-santo.shtml

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Data: 27/05/2019

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Não descartáveis

Natalie Unterstell

Uma boa notícia: em 10 de maio, 187 países

signatários da Convenção da Basileia adotaram

um acordo histórico que mira a poluição plástica

nos oceanos. Com isso, nenhuma sucata plástica

poderá mais ser exportada sem consentimento

prévio do país recebedor.

Agora uma notícia surpreendente: o Brasil não

aderiu à decisão. Além dele, dentre os

signatários da convenção, apenas a Argentina. É

incoerente: o combate ao lixo no mar foi adotado

como prioridade —ao menos no discurso— do

atual governo. Tem sido a única agenda positiva

do Ministério do Meio Ambiente.

A pasta ambiental classificou essa agenda como

uma “inovação” e a “resposta coordenada e

integrada à poluição do ambiente marinho” como

mote. Até o presidente Jair Bolsonaro (PSL)

tuitou sobre o assunto.

A incoerente relutância nos colocará no radar dos

exportadores de lixo. As economias ricas reciclam

plásticos de alta qualidade domesticamente e

mandam os de baixo valor para países pobres.

Em tese, esses últimos se beneficiam do plástico

com menor custo, e os ricos podem poupar

investimentos em infraestrutura de reciclagem.

Na prática, os exportadores “lavam as mãos”

assim que o material ultrapassa suas fronteiras:

contabilizam-no como reciclado nas metas

domésticas, mas desconhecem o seu verdadeiro

destino.

Até 2016, metade de todos os plásticos

destinados à reciclagem foi exportado por 123

países, com a China tomando a dianteira da

importação (51%). Em 2017, uma normativa

chinesa proibiu a importação de 24 tipos de

resíduos. O impacto dessa medida foi desviar

resíduos para outros países, muitos com menos

estrutura, aumentando a poluição marinha. Uma

vez no mar, o lixo não respeita fronteiras. Um

exemplo é que o lugar mais densamente poluído

por plásticos é a desabitada ilha Henderson, no

Oceano Pacífico.

Limpar os mares é questão urgente. Deixar de

sujar, também. Por isso, dificultar o trânsito

internacional de lixo sujo é um primeiro gol a

favor em um jogo de um longo campeonato. “Em

campo”, temos de um lado aqueles que querem

resolver a crise de lixo no mar através da

redução em larga escala do plástico consumido.

De outro, alguns jogadores ávidos por inundar a

economia —e, por conseguinte, os mares— com

materiais descartáveis com curto tempo de vida.

De que lado está o Brasil?

Vale lembrar que, em 2009, o Ibama interceptou

uma carga de lixo sujo enviada sem autorização

da Inglaterra para o Brasil. Valendo-se da

Convenção da Basileia, o Brasil devolveu 89

contêineres cheios de seringas, preservativos,

fraldas sujas e outros. “O Brasil não é a lixeira do

mundo”, disse à época o então presidente do

Ibama, Messias de Franco. E não somos mesmo.

As autoridades brasileiras de 2019 precisam

destrocar os sinais que têm dado a nós.

Precisamos dar circularidade à economia,

redesenhando a cadeia de valor do nobre

plástico.

O Ibama, por virtude histórica, não é descartável

nessa equação, mas tem sido tratado como tal. A

nova regulação internacional também não —mas

o Brasil fez feio. Todos são peças de uma nova

economia do plástico, que aposto que vai ganhar

esse campeonato. O Brasil precisa jogar do lado

certo.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/05/

nao-descartaveis.shtml

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Data: 27/05/2019

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Noruega e Alemanha se reúnem com Salles

para definir futuro do Fundo Amazônia

Representantes da Noruega e Alemanha, os

principais do Fundo Amazônia, devem se

encontrar, nesta segunda (27), com o ministro

do Meio Ambiente, Ricardo Salles, para discutir

possíveis mudanças e o futuro do fundo.

O objetivo do fundo, que é uma cooperação

internacional, é a preservação da floresta

Amazônica. Até o momento, o Brasil recebeu R$

3,1 bilhões dos doadores. O valor gerido pelo

BNDES é repassado para projetos de estados,

municípios, universidade e ONGs.

As doações são proporcionais aos níveis de

redução de desmatamento na Amazônia. No ano

passado, por exemplo, a Noruega aumentou as

doações ao Fundo Amazônia devido à redução no

desmate entre 2016 e 2017. Em compensação, o

valor tinha sido reduzido nos anos anteriores.

Recentemente, Salles criou um impasse com

Noruega e Alemanha ao afirmar que encontrou

irregularidades na utilização do dinheiro no

fundo. A afirmação teve como base a análise,

pelo próprio Ministério do Meio Ambiente (MMA),

de somente 1/4 dos contratos —tanto com ONGs

quanto com entidades governamentais-- do

fundo.

O ministro afirmou na ocasião que buscaria

mudanças na aplicação dos recursos do fundo e

que queria melhores maneiras de medir os

resultados obtidos pelos projetos apoiados. Salles

também disse que os países doadores já estavam

cientes da irregularidades e da análise feita pelo

MMA.

As falas de Salles surpreenderam Noruega e

Alemanha, que, ao contrário do que disse o

ministro, afirmaram não terem sido comunicadas

sobre as supostas irregularidades anunciadas.

"Não recebemos nenhuma proposta das

autoridades brasileiras para alterar a estrutura

de governança ou os critérios de alocação de

recursos do Fundo", informou a embaixada da

Noruega em Brasília.

A embaixada norueguesa também afirma estar

satisfeita com a estrutura de governança atual do

fundo e com os resultados alcançados nos dez

anos de sua existência. Segundo os noruegueses,

o Fundo Amazônia é uma das melhores práticas

globais de financiamento com fins de

conservação.

A Folha apurou que a Alemanha tampouco foi

informada com antecedência sobre o teor da

entrevista coletiva.

As supostas irregularidades apontadas por Salles,

contudo, não foram verificadas pelas auditorias

anuais realizadas, desde 2010, no Fundo

Amazônia pela KPMG.

O TCU (Tribunal de Contas da União) também fez

uma auditoria no fundo no ano passado e

concluiu que "de maneira geral, os recursos do

Fundo Amazônia estão sendo utilizados de

maneira adequada e contribuindo para os

objetivos para o qual foi instituído".

Com visitas in loco, o tribunal afirmou, em sua

auditoria, que "no contato com as comunidades

abrangidas nesses projetos percebeu-se a

importância das ações desenvolvidas, bem como

a seriedade como eles são executados, com a

produção de resultados efetivos para as

comunidades beneficiadas".

Além do mal-estar com Noruega e Alemanha, a

fala de Salles também levou ao afastamento do

cargo de Daniela Baccas, responsável pelo Fundo

Amazônia no BNDES e funcionária da área

ambiental com reputação respeitada entre

colegas.

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2019/0

5/noruega-e-alemanha-se-reunem-com-salles-

para-definir-futuro-do-fundo-amazonia.shtml

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

ESTADÃO Bônus do pré-sal é âncora fiscal para União,

diz secretário de Fazenda

- Economia - Estadão

BRASÍLIA - A equipe econômica quer ampliar o

volume de repasses de recursos para Estados e

municípios, mas sem comprometer o ajuste fiscal

da União no curto prazo, diz o secretário especial

de Fazenda, Waldery Rodrigues, em entrevista ao

Estadão/Broadcast. É por isso que a fatia dos

governos regionais no bônus de assinatura de R$

106,6 bilhões esperado com o megaleilão de

áreas do pré-sal deve ser pequena. Nos próximos

anos, porém, a partilha do dinheiro do pré-sal

aumentará por meio do Fundo Social, num

programa com duração de 35 anos. Confira os

principais trechos da entrevista:

Quais são as agendas prioritárias da secretaria?

Tem três agendas que nós temos uma urgência

maior para respostas e consensos. Cessão

onerosa, porque a gente está falando de

altíssimo impacto na política energética e

também na parte fiscal, e a gente está em

constante diálogo com o Congresso. Vai precisar

de um fast-track, a gente quer isso para

possibilitar tanto o pagamento à Petrobras

quanto uma eventual partilha (do bônus) com os

Estados.

Para o pagamento à Petrobras, o sr. disse que

precisa de PEC para ficar fora do teto.

Sim. A partilha precisa de PEC, também. Há uma

convergência de interesses, todo mundo quer.

Pode-se discutir o quantitativo, mas a direção é

de aprovar. As duas Casas querem, os

presidentes, as lideranças, é um ponto em

comum.

E as outras prioridades?

A outra medida de altíssimo impacto que a gente

está correndo é referente aos ajustes fiscais dos

Estados. A Plano de Estabilização Fiscal (PEF)

está 100% pronto, discutido, parametrizado. É o

só timing político. Na realidade, houve um

desencontro de agendas. Ainda não conseguimos

juntar os dois presidentes (Câmara e Senado), o

ministro Paulo Guedes. Nesta semana muito

provavelmente sai.E a outra medida de ajuda aos

Estados é o PFE, Plano de Fortalecimento dos

Estados, que é o uso de recursos do Fundo Social

do Pré-sal, que hoje é totalmente destinado à

União, será destinado também a Estados e

municípios. Esse também está avançado, temos

o texto, a análise jurídica também.

Possivelmente não será lançado na semana que

vem, mas num curto espaço de tempo.

Como será a divisão dos recursos?

A ideia é termos uma solução que equilibre tanto

a posição fiscal da União quanto dos Estados e

municípios. Os três entes estão sob estresse

fiscal. A União está indo para o sexto ano de

déficit fiscal e nós prevemos mais três anos de

déficit, caso medidas não sejam implementadas.

Nosso esforço é, sim, de ter essas medidas e ao

mesmo tempo retirar a União desse estresse

fiscal, mas trazendo também para um melhor

patamar os Estados e municípios. A número um é

a reforma da Previdência. No PEF os Estados

fazem os ajustes e a gente dá a garantia do

Tesouro Nacional, sobretudo para 13 Estados que

hoje não têm.

Na divisão do bônus, lideranças falam na

possibilidade de mais de 30% para Estados e

municípios.

Não trabalhamos com essa hipótese. O que o

ministro Paulo Guedes tem falado, e é uma

diretriz, é de termos uma mudança nos recursos

que a União transfere para Estados e municípios,

que ao longo do tempo a gente caminhe para

uma transferência que entre nesse tamanho. Mas

de largada, no ano de 2019, a União não tem

condições de transferir 30% do bônus de

assinatura estritamente. O que temos condições

de transferir seria o equivalente a 30%, mas

considerando outras medidas. Se contar um

conjunto de medidas, aí nesse sentido a gente

pode sim caminhar para um novo patamar. Não é

tomar apenas o bônus de assinatura e nele

colocar todo o esforço. Seria uma solução

indevida para a União, que está fortemente

deficitária. Mesmo que a gente consiga, e esse é

o esforço, realizar o leilão dos excedentes da

cessão onerosa este ano, o que nos trará de

bônus de assinatura R$ 106,6 bilhões, temos que

pagar – e será feito no mesmo dia – R$ 33,6

bilhões à Petrobras, o que nos dá liquidamente

R$ 73 bilhões. Isso daqui é uma âncora para

resolver o meu caso. Eu não posso passar muito

(para Estados e municípios), se não eu não fico

bem na minha posição fiscal.

Mas isso significa que vão dar menos ou que não

vão dividir o bônus?

É uma decisão política e técnica. A decisão é de

dividir sim, uma parte pequena. Não é os 30%,

não é a orientação que temos, por conta dessa

situação em fiscal. Isso em 2019. Agora, se você

pega o mandato até 2022, temos um Plano de

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Equilíbrio Fiscal, que eu posso ter R$ 10 bilhões a

mais de garantia do Tesouro em cada ano. O

valor de R$ 10 bilhões é o máximo? Não, é uma

decisão do Conselho Monetário Nacional. Se

eventualmente em algum desses anos os Estados

fizerem ajuste fiscal de maneira intensa, a gente

pode até pensar em aumentar esse limite.

E depois?

Não para aí, tem 2020, 2021... até 2054, com

outro plano, mais estrutural, o Plano de

Fortalecimento dos Estados e municípios. São 35

anos. A ideia é pegar o Fundo Social, que hoje só

destina recursos à União, e repassar recursos

para Estados e municípios. Quanto vai vir para

Estados e municípios? Aí é uma quantidade

considerável. O Brasil vai passar para um perfil

bem diferente em termos de receitas associadas

à exploração de petróleo. É diretriz do ministro

Paulo Guedes dividir esses recursos com Estados

e municípios. Eu não consigo fazer isso de

largada, pelo meu perfil aqui (déficit). Ao longo

do tempo, porém, eu consigo, atrelando...

Ninguém pensa em transferir isso e o Estado

gastar de forma que não seja efetiva para a

sociedade. Então, para dar uma fiscalidade e um

comprometimento devido, a gente vai desenhar

com os Estados e com o Congresso um modelo

para que essa transferência se dê de forma

substancial e crescente ao longo do tempo.

A participação dos Estados e municípios cresce a

que ritmo?

O volume do fundo hoje é de R$ 16,8 bilhões. Em

2020 esse número cresce para R$ 20 bilhões. Em

2021 passa de R$ 20 bilhões. Aí a gente

transfere um porcentual para os Estados e

municípios, aumenta esse porcentual e ao longo

do tempo vamos chegar ao perfil que o ministro

fala, de 30% (União) e 70% (Estados e

municípios).

Qual será o ponto de partida da divisão do Fundo

Social?

Isso está em aberto, em discussão. Começa

baixo, mas vai crescendo e cresce a um ritmo

forte. E cresce em ritmo forte tanto em termos

de porcentual quanto em termos absolutos,

porque vai entrar muito recurso para o Fundo

Social. Os dados da Agência Nacional de Petróleo

é de que essas receitas crescem de forma

exponencialmente.

O programa dura 35 anos. Quanto tempo levará

para chegar a 70% do Fundo Social para Estados

e municípios?

Eu preciso do Congresso Nacional e dos

governadores. Mas é antes dos 35 anos. Vamos

estar vivos e ver isso daí.

A transferência do Fundo Social também precisa

ficar fora do teto de gastos?

Sim. São três excepcionalidades novas. Se não,

consome nosso espaço.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

bonus-do-pre-sal-e-ancora-fiscal-para-uniao-diz-

secretario-de-fazenda,70002844754

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Data: 27/05/2019

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Brasil quer ampliar em 58% sua área

marítima

- Política - Estadão

BRASÍLIA - O governo brasileiro quer aumentar

em 2,1 milhões de quilômetros quadrados –

equivalente à área da Groenlândia – o tamanho

do território nacional no Oceano Atlântico, as

chamadas águas jurisdicionais. O pedido do

Brasil, que ampliaria em 58% a Amazônia Azul,

foi apresentado em dezembro à Comissão de

Limites da Plataforma Continental, da Convenção

das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

O Brasil não é o único país que está em busca de

assegurar suas riquezas marítimas. Hoje, de

acordo com o almirante Sérgio Guida, secretário

da Comissão Interministerial de Recursos para o

Mar, 30% dos oceanos do mundo já estão

“territorializados”, ou seja, sob domínio de algum

governo.

Atol das Rocas Foto: JONNE RORIZ/ESTADÃO

Se o pleito for aceito, o País terá direito à

navegação e exploração de “solo” e subsolo nesta

área, que vai além da zona econômica exclusiva,

a faixa de 200 milhas náuticas da costa

brasileira. “É uma riqueza que precisamos

garantir para as próximas gerações”, disse ao

Estado o almirante Guida. Segundo ele, a

comissão da ONU já sinalizou que deve dar aval a

pelo menos parte da ampliação. A decisão sai em

agosto. Para coletar novos dados que podem

reforçar a demanda, os estudos continuaram no

início deste ano, já no governo de Jair Bolsonaro.

Esta não é a primeira vez que o Brasil reivindica

o domínio de uma faixa maior do Atlântico. O

País não teria direito à exploração do pré-sal,

conforme o almirante, se não tivessem sido

realizados os estudos da plataforma continental

brasileira, aprovados pela mesma comissão da

ONU, que deu direito à região. Além do pré-sal,

Guida afirmou que o Oceano Atlântico guarda um

“verdadeiro tesouro” em minerais e elementos

químicos escassos na superfície terrestre.

O Brasil iniciou o levantamento da plataforma

continental estendida em 2004. O País foi o

segundo no mundo a solicitar a ampliação da

plataforma continental – o primeiro foi a Rússia,

em 2001. Em 2008, a ONU respondeu ao pleito

brasileiro, concordando com a extensão de 750

mil quilômetros quadrados de área para

exploração, mas rejeitou outros 190 mil

quilômetros quadrados, fazendo recomendações

de novos estudos.

Os levantamentos prosseguiram e a nova

proposta apresentada pelo Brasil no fim do ano

passado está dividida em três áreas, que

totalizam os 2,1 milhões de quilômetros

quadrados reivindicados. A primeira é chamada

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Data: 27/05/2019

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de “submissão sul”, com 170 mil quilômetros

quadrados. A segunda, “ocidental/meridional”,

totaliza 1,6 milhão de quilômetros quadrados –

incluindo a Elevação do Rio Grande, considerada

uma reserva mineral no oceano. A terceira é a

“submissão equatorial” (390 mil quilômetros

quadrados).

Uma análise inicial da ONU foi favorável ao

Brasil. Com esta primeira aceitação, nenhum

outro país pode reivindicar esta área até que

comissão que estabelece limites bata o martelo.

Riquezas. A Marinha criou alguns programas para

aumentar a presença do Brasil no Atlântico Sul.

Durante as pesquisas, foram identificadas áreas

de interesse econômico para exploração mineral,

com a ocorrência de cobalto, níquel, manganês,

fosfato, platina e até minérios utilizados pela

indústria de alta tecnologia, como terras raras.

A expectativa é de que a avaliação da ONU de

todas as novas áreas demore pelo menos quatro

anos. Até lá, os estudos continuam. “Os

bandeirantes fizeram o trabalho que possibilitou

o Brasil crescer para oeste. Agora, temos alguns

bandeirantes que, cientificamente, dentro da lei,

têm feito trabalho de fazer o Brasil crescer para

leste”, disse o almirante Guida.

Na Elevação do Rio Grande, projetos de

pesquisas científicas são realizados há anos por

ingleses, americanos e alemães. Há iniciativas da

União Europeia para um plano de manejo

ambiental naquela área. No entanto, com o pleito

de ampliação da plataforma continental brasileira

no local, a preferência é do País sobre a região.

https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,bra

sil-quer-ampliar-em-58-sua-area-

maritima,70002844787

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Data: 27/05/2019

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Fungos de 1 bilhão de anos

Fernando Reinach*

Sabemos muito pouco sobre o início da vida na

Terra. E pior, o que sabemos é com base em

pouquíssimas observações. E não é para menos:

muitos seres viveram no passado distante, eram

minúsculos e não possuíam ossos ou carapaças

passíveis de fossilização. É por isso que a

descoberta de fungos fossilizados no Ártico

Canadense é tão importante.

De maneira simplificada, a história da vida na

Terra é a seguinte: a Terra se formou

aproximadamente 4,5 bilhões de anos atrás e

levou 1 bilhão de anos para surgirem os

primeiros seres vivos, aproximadamente 3,5

bilhões de anos atrás. Sabemos pouco sobre

como eles surgiram, mas acreditamos que eram

parecidos com o que hoje chamamos de

bactérias.

Eram constituídos de uma única célula, e essa

célula não possuía divisões internas. O DNA e

todos seus componentes flutuavam em um único

espaço, isolado do meio exterior por uma

membrana (são os procariotos).

O próximo passo foi o surgimento de seres vivos,

também compostos por uma única célula, mas

agora essa célula tinha divisões internas. O DNA

ficava no núcleo e o espaço interno era

subdividido (são os eucariotos). Esses seres

vivos, cujo exemplo atual seria uma ameba,

surgiram por volta de 1,7 bilhão de anos atrás.

O passo seguinte, que imaginamos ter ocorrido

por volta de 1,5 bilhão de anos atrás, foi o

surgimento dos eucariotos compostos por mais

de uma célula. Nos fazemos parte desse grupo

de seres vivos com mais de uma célula

eucariótica. Nesse enorme grupo estão todas as

plantas (das samambaias às árvores), todos os

animais (da abelha ao homem) e todos os

fungos.

Ali encontramos desde os fungos com somente

um punhado de células até seres como nós,

compostos por bilhões de células – cada grupo

responsável por uma parte e função do corpo

(pele, cérebro, fígado). Até agora se acreditava

que o aparecimento desses três grandes

subgrupos teria ocorrido entre 1,5 bilhão de anos

e 500 milhões de anos atrás, sendo que os

fungos mais antigos datavam de 500 milhões de

anos atrás, mais recentes, portanto, do que as

plantas e os animais. E foi isso que mudou esta

semana.

No extremo norte do Canadá, muito acima do

círculo polar ártico, existe um parque nacional

chamado Tuktut Nogait. Em um vale acessível

somente por helicóptero existem rochas

formadas por camadas de sedimentos. A área

deve ter sido um imenso estuário.

Essas rochas são muito antigas, tendo sido

formadas aproximadamente 1 bilhão de anos

atrás. Como esse tipo de rocha se forma sem que

haja grandes pressões e altas temperaturas, os

cientistas imaginaram que talvez fosse possível

encontrar fósseis de seres vivos primitivos nesse

local.

E foi assim que pousaram lá e coletaram uma

quantidade razoável de material que foi levada

para o laboratório. A rocha sedimentar foi, então,

dissolvida e todo material biológico, isolado.

Quando esse material foi examinado no

microscópio, os cientistas observaram estruturas

típicas de fungos. Longos filamentos ramificados

que acabavam em pequenas esferas. O material

que constituía a parede desses seres vivos foi

analisado. Tudo indica que ele é constituído de

quitina, um material característico dos fungos. A

conclusão é de que havia uma grande quantidade

de fungos nesse estuário, na costa do atual

Canadá, 1 bilhão de anos atrás.

Até então os fungos mais antigos encontrados no

planeta tinham 500 milhões de anos. Agora, a

data para o surgimento dos fungos no nosso

planeta passou a ser 1 bilhão de anos.

Podemos dizer, então, que plantas, animais e

fungos provavelmente surgiram na mesma

época, há mais de 1 bilhão de anos. Nos

próximos anos, esse dado será incorporado às

teorias que descrevem os possíveis cenários para

o aparecimento da biodiversidade no nosso

planeta.

Não é interessante saber que todos os animais,

todas as plantas e todos os fungos que

encontramos nas florestas de hoje são

descendentes de formas primitivas desses três

grupos? E que eles já existiam 1 bilhão de anos

atrás, quase 999 milhões de anos antes dos

ancestrais do ser humano surgirem no planeta?

Isso me deixa pensando: qual o direito que nós,

recém-chegados ao planeta, temos de extinguir

os descendentes de seres vivos que sobrevivem

por aqui faz 1 bilhão de anos?

https://ciencia.estadao.com.br/noticias/geral,fungos-de-1-bilhao-de-anos,70002842942

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Data: 27/05/2019

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Depois dos canudos, São Paulo quer ampliar

restrição ao uso de plásticos

- Sustentabilidade - Estadão

SÃO PAULO - Medida polêmica que ainda aguarda

aprovação (já prometida) do prefeito Bruno

Covas (PSDB), a proibição de canudos plásticos

de São Paulo é a primeira de uma nova agenda

que a cidade está adotando para reduzir a

produção de lixo. Nas próximas semanas, será

anunciada a inclusão da capital em um acordo

internacional para a redução de descartáveis e,

na Câmara Municipal, uma legislação mais

ampla, que proíbe todos os plásticos de uso

único, está em tramitação.

O acordo do qual agora São Paulo faz parte é o

Compromisso Global para a Nova Economia do

Plástico, promovido pela Organização das Nações

Unidas (ONU). Ele foi assinado no fim de março,

mas deve ser divulgado pela Prefeitura no

próximo mês.

Os termos do acordo estabelecem objetivos, mas

a cidade é quem determinará as metas. O

compromisso é que São Paulo adote ações para

eliminar o uso de embalagens de plástico

desnecessárias, encorajar modelos de reúso do

plástico e, entre outras ações, melhorar os

índices de reciclagem do município, que hoje

estão abaixo dos 10%.

A Prefeitura é a primeira cidade do continente a

entrar no acordo, que tem como signatários os

governos do Chile, Peru e de Granada (ilha do

Caribe). O projeto vai ao encontro a iniciativas

parecidas já tomadas em outros países. Em

outubro do ano passado, a União Europeia

decidiu banir o uso de canudos e outros produtos

plásticos até 2021. No Brasil, o Rio de Janeiro foi

a primeira capital a proibir os canudos de

plástico. A lei foi sancionada pelo prefeito Marcelo

Crivella (PRB) em junho do ano passado.

Leis

O texto, aprovado na Câmara Municipal

paulistana em abril, proíbe a distribuição da

canudos plásticos em restaurantes, bares, hotéis

e salões de eventos, estabelecendo que eles

podem ser trocados por outros materiais

descartáveis, como papel reciclável e material

biodegradável.

Covas já sinalizou apoio à medida, mas ainda

precisa sancionar o texto e regulamentá-lo. O

prefeito precisa decidir, por exemplo, quem fará

a fiscalização e aplicará as multas, que variam de

R$ 1 mil a R$ 8 mil.

Paralelamente, tramita na Câmara um outro

projeto do vereador Xexéu Trípoli (que também

apresentou o texto dos canudos), ampliando as

restrições. O PL 99/2019 proíbe “o fornecimento

de copos, pratos, talheres, agitadores para

bebidas e varas para balões de plásticos

descartáveis” nos mesmos lugares em que a

distribuição de canudos foi banida, com as

mesmas penalidades.

Por outro lado, o setor de hotéis e restaurantes

vê a proposta com ressalva. “Qualquer medida

para o meio ambiente tem o nosso apoio”, diz

Percival Maricato, presidente da Associação

Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

“Mas essas medidas precisam ser bem discutidas,

com prazos para a adequação.”

Em São Paulo, o lixo coletado vai para longe do

mar. Ele vai para o Aterro São João, na zona

leste, distante mais de 60 quilômetros do

oceano. Mas os especialistas alertam que é um

erro pensar que a questão do acúmulo de

plástico no meio ambiente não é uma discussão

paulistana.

“O problema não é o lixo que vai para o aterro. É

o que não é coletado, que é jogado nas ruas, não

é recolhido, e vai parar em córregos e rios”, diz o

professor de Engenharia Ambiental da USP Ronan

Contrera.

Opções na zona oeste vão de canudos de aço a

modelo feito com macarrão

O restaurante de comida natural Estela Passoni,

na zona oeste de São Paulo, já nasceu sem

canudos. “Nunca foi um problema, mas o fato de

estar aqui em Pinheiros ajuda”, diz Mariana

Passoni, de 34 anos, uma das sócias do

estabelecimento na Rua Joaquim Antunes. Há

dois anos, o restaurante serve as bebidas no

estilo “boca no copo”. E, para quem faz questão,

oferece canudinho de aço inox.

Se depender de parte dos comerciantes de

Pinheiros, legislações que banem os descartáveis

já pegaram. Pelo bairro, é comum encontrar

bares e restaurantes que, até por pressão de

moradores e frequentadores mais ecológicos,

acabaram se rendendo aos biodegradáveis. Em

outros, como o restaurante de Mariana, a veia

sustentável faz parte do modelo de negócio.

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Grupo de Comunicação

No menu do Estela Passoni, além das opções de

pratos quentes e sobremesas, também estão

produtos para quem quer reduzir os descartes.

Os canudos de aço inox são um sucesso. A

versão dobrável sai a R$ 55 e é procurada

principalmente para caber na bolsa da balada.

Em uma prateleira dentro do restaurante, os

copinhos de silicone também conquistam. Eles

podem suportar bebidas quentes e geladas, uma

alternativa ao velho copo de plástico descartável.

Quem tem um desses pode se dar bem a poucos

metros dali. Na Rua dos Pinheiros, uma

sorveteria da Ben & Jerry's, já ofereceu desconto

de 10% para quem põe a sobremesa em potes

trazidos de casa. Há poucos meses, as pazinhas

de plástico foram trocadas por outras, de

madeira. E mesmo o canudo de milk shake é

daqueles de papel, que se decompõe mais

rapidamente.

“Os clientes mesmo não aceitam mais os

canudinhos de plástico”, diz Adenilson Santos,

maître do Le Jazz, na mesma região. Na Choperia

São Paulo, faz quatro meses que os canudos de

plástico foram abolidos. O barman Elivaldo

Campos, de 40 anos, apelou para a criatividade e

passou a oferecer uma espécie de canudinho

feito de cana-de-açúcar.

De olho na guinada verde de Pinheiros, uma

campanha aproveitou a onda. “Queremos ser o

bairro mais sustentável de São Paulo”, resumem

os organizadores da Recicla Pinheiros. O

movimento dá um selo para estabelecimentos

que já têm hábitos de descarte consciente do

lixo, pontos de coleta e que ofereçam

experiências sustentáveis, como dar água do

filtro a seus clientes. Quarenta e oito foram

avaliados e já receberam o adesivo.

A ideia é que, em julho, um mapa indique ao

público onde estão essas lojas. “A meta, que é

ter lixo zero, está repercutindo dentro dos

estabelecimentos”, diz Vanêssa Rêgo, presidente

do Coletivo Pinheiros, associação que reúne 80

estabelecimentos.

“Pinheiros reúne uma comunidade com um pouco

mais de consciência”, diz Paula Gabriel, diretora

de comunicação corporativa da TriCiclos,

empresa de economia circular e gestão de

resíduos e uma das realizadoras da campanha

Recicla Pinheiros. Segundo ela, algumas atitudes,

como abrir pontos de coleta de pilhas, podem ser

facilmente replicadas em outras regiões.

Na Vila Madalena, clientes do Boteco do Urso já

avisam aos garçons Samuel Leccese, de 22 anos,

e Wanderson de Jesus, de 19, para trazer o drink

- mas sem os canudinhos. E uma turma de

estrangeiros, frequentadores assíduos do bar,

tira do bolso os seus próprios canudos, feitos de

aço inox.

Já no Astor, na mesma região, sugar a bebida

virou até piada depois que o bar lançou canudos

de macarrão há mais de um ano. “Teremos

macarrão ao suco”, bradou um, nas redes

sociais, sobre o espaguete cru que vai

mergulhado nas bebidas. A moda ganhou

aplausos e algumas vaias - essas dos

intolerantes ao glúten. Para os celíacos, o

restaurante promete a versão de papel.

Faz dois meses que são os canudos de papel que

ganham as mesas no Pasquim. “A maioria dos

frequentadores aceita sem resistir”, diz Ricardo

Tudeia, gerente do bar. Mas o preço preocupa.

Segundo ele, o novo modelo pode ser 600% mais

caro do que o de plástico e não é incomum que o

canudo se desfaça com a bebida, o que obriga o

bar a fazer pelo menos uma reposição por

cliente.

https://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/

geral,depois-dos-canudos-sao-paulo-quer-

ampliar-restricao-ao-uso-de-

plasticos,70002844635

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

Debêntures vão bancar investimento no

RenovaBio

- Economia - Estadão

O governo federal autorizará em junho o setor de

biocombustíveis a emitir debêntures incentivadas

e captar recursos estimados em até R$ 62,3

bilhões por ano. A operação vai financiar os

primeiros investimentos para implantação do

RenovaBio, a nova política de combustíveis

renováveis. Os recursos devem ser utilizados

inicialmente para aumentar a produtividade da

indústria sucroalcooleira, estagnada há alguns

anos, com a renovação de canaviais, a

manutenção e o aumento de capacidade de

usinas. Bancos informaram ao governo já terem

R$ 9 bilhões desses títulos – chamados de

incentivados por não pagarem impostos –

prontos para serem negociados no mercado por

usinas. As instituições financeiras só aguardam

uma portaria autorizando as operações, que deve

ser assinada pelo presidente Jair Bolsonaro no

dia 17 de junho, data da abertura no Ethanol

Summit, em São Paulo.

ctv-xha-cana

Cana. Renovação de plantios ganhará com

captação de recursos Foto: Epitácio

Pessoa/Estadão

Além

Etanol, biodiesel, biogás e outros combustíveis

renováveis serão o ponto de partida do programa

de debêntures. O governo deve autorizar a

emissão de títulos para outros elos da cadeia e

espera trazer investimentos em infraestrutura e

logística. Conta, é claro, com a aprovação da

reforma da Previdência para reduzir os riscos da

emissão desses títulos.

A gente chega lá

O mercado de softwares de gestão de

propriedades movimentou US$ 68 milhões no

País em 2018, menos do que os US$ 419,5

milhões dos Estados Unidos. Em cinco anos, isso

mudará, aponta estudo da empresa de

inteligência de mercado Bis

Research

O crescimento será de 164,5% até 2023, com

US$ 180,4 milhões. Já os EUA terão avanço de

118%, a US$ 914,9 milhões.

Na frente. Quem domina este mercado no País

hoje é a John Deere, com 31% de participação

(dados de 2017). Depois vem a Trimble, com

19,7%, e em terceiro a Monsanto (agora Bayer),

com sua divisão The Climate Corporation, de

15,3%. A SST Software, do grupo britânico RELX,

tem 10,1% dos negócios deste segmento no

Brasil e a sueca Hexagon, 6,9%.

Notas verdes

O escritório Vieira Rezende Advogados trabalha

com entidades do agronegócio as regras que

permitirão aos produtores emitir títulos verdes ou

green bonds. Empresas já contam com tais

parâmetros e utilizam o recurso, mas não os

agricultores, diz Celso Arbaji Contim, sócio do

escritório. Os papéis podem ser emitidos por

quem pratica ações que beneficiem o meio

ambiente ou reduzam efeitos das mudanças

climáticas.

Quem quer dinheiro?

No mundo há mais de US$ 1 trilhão em mãos de

investidores internacionais, como fundos de

pensão e bancos, dispostos a aplicar reservas em

empresas e projetos “verdes”, explica Contim.

Quando as regras forem definidas, produtores

brasileiros poderão acessar tais recursos. Ainda

não há data para isso.

Já aqui...

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura

lança amanhã um vídeo em defesa do Código

Florestal e contra mudanças em tramitação no

Congresso Nacional. Representantes de

entidades do agronegócio, do setor florestal e de

ambientalistas alertam para os riscos de

desmonte da Lei 12.651 de 2012, que criou o

Código.

Somos contra

“Não somos favoráveis a alterações no Código

Florestal”, diz Luiz Cornacchioni, diretor

executivo da Associação Brasileira do

Agronegócio (Abag), que integra a coalizão. “O

que temos de fazer agora é implementá-lo, e não

mexer nele, pois cria insegurança jurídica e

passa uma imagem ruim aqui e lá fora.”

Sem reserva

As medidas mais importantes estão na MP

867/2018, aprovada em comissões na Câmara e

no Senado, que prorroga o prazo para o produtor

aderir ao Programa de Regularização Ambiental e

redefine o marco temporal – ou seja, a partir de

que data o desmatamento será considerado

irregular ou não. Hoje é 22 de julho de 2008.

Outra polêmica proposta é o PL 2.362/2019, dos

senadores Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) e Marcio

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Grupo de Comunicação

Bittar (MDB-AC), que revoga o capítulo do Código

Florestal referente à reserva legal obrigatória.

Sustentável

A Mondelez já tem 43% do cacau adquirido pela

companhia por meio do Cocoa Life, programa

próprio que garante que a matéria-prima seja

proveniente de fonte sustentável. A dona da

Lacta no Brasil pretende incluir a marca no

programa até o fim do ano e, até 2025, a

Mondelez quer que 100% das marcas de

chocolate da companhia sejam produzidas com

cacau sustentável. Em 2018, o Cocoa Life

alcançou 140 mil agricultores de 1.400

comunidades no mundo.

A todo vapor

A Rumo transportou no primeiro trimestre 5

milhões de toneladas de produtos agrícolas pelas

ferrovias da Operação Norte, que conecta Mato

Grosso a São Paulo. O volume cresceu 12,9%

ante os três meses do ano passado. O começo

antecipado da colheita da soja contribuiu para o

avanço, segundo a empresa. Só de soja, a Rumo

movimentou 3,7 milhões de toneladas no

período, 22,8% mais do que entre janeiro e

março de 2018.

Pelos trilhos

O trecho que liga Rondonópolis (MT) ao Porto de

Santos (SP) tem proporcionado bons resultados

para a companhia, diz Darlan Fábio de David,

vice-presidente da Operação Norte da Rumo. A

empresa vem investindo em logística e

segurança da operação para aumentar a

eficiência da ferrovia. Em Santos, a Rumo atingiu

participação de mercado de 51% no primeiro

trimestre, ante 48% em igual período de 2018.

“A ferrovia é a melhor solução para o transporte

de commodities agrícolas em trajetos de longa

distância”, diz.

Colaboraram Leticia Pakulski E Tânia Rabello

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,

debentures-vao-bancar-investimento-no-

renovabio,70002844712

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VALOR ECONÔMICO Ministro rejeita monopólio do urânio no país

Por Maria Cristina Fernandes | De Brasília

O ministro das Minas e Energia, Bento Costa de

Albuquerque Júnior, disse ao Valor que é

contrário ao monopólio na exploração das

reservas de urânio no país, o único minério sobre

o qual a União ainda tem monopólio

constitucional. Nos planos do ministro estão

parcerias público-privadas para a exploração das

minas de urânio de Caetité, na Bahia, e Santa

Quitéria, no Ceará, a partir de modelos

regionalizados, e a negociação dos intricados

entraves ambientais para sua exploração, hoje

paralisada.

Monopólio da União sobre urânio já não faz

sentido, diz ministro

Por Maria Cristina Fernandes | De Brasília

6-8 minutos

Bento Costa de Albuquerque Júnior foi recebido

com ceticismo no mercado pelas insígnias

nacionalistas de almirante que havia comandado

os mais estratégicos projetos da Marinha. Cinco

meses depois de assumir o Ministério das Minas e

Energia, o almirante de esquadra reformado já

mostrou que seu projeto para a pasta não colide

com a abertura ao capital privado e estrangeiro,

a começar por seu conceito de soberania: "Não

adianta dizer que esta riqueza é sua se o país

não tem condições de explorá-la e protegê-la".

O conceito se aplica a toda a exploração das

riquezas minerais do país, até mesmo às

reservas de urânio, o único minério sobre o qual

a União ainda tem monopólio constitucional.

Ressalva ser esta uma opinião pessoal, não

discutida no governo: "O Estado não deve ser

dono de tudo, nem das empresas. Deve fomentar

o investimento e aprimorar a regulamentação e a

fiscalização. Não é o monopólio que garante a

soberania, mas a capacidade de explorar as

riquezas do país e defender seus interesses".

Nos planos do ministro estão parcerias público-

privadas para a exploração das minas de urânio

de Caetité (BA) e Santa Quitéria (CE), a partir de

modelos regionalizados, e a negociação dos

intricados entraves ambientais para sua

exploração, hoje paralisada. A retomada da

exploração de ambas, diz, passará pelo

estabelecimento de parcerias externas.

Bento Albuquerque vê ainda um interesse

crescente do capital estrangeiro pelo

investimento em Angra 3. A modelagem

financeira para o investimento ainda não está

pronta, mas a indefinição não tem desestimulado

as consultas. Diz ter recebido relatos concretos

desse interesse do secretário-executivo adjunto

do Ministério das Minas e Energia, Bruno

Eustáquio, que esteve recentemente com o vice-

presidente Hamilton Mourão em viagem à China.

A China, disse, tem 45 usinas de geração de

energia nuclear e dez em construção. Hoje 12%

de sua geração de energia elétrica tem origem

nuclear e o objetivo é chegar a 25%, mesmo

patamar dos Estados Unidos. Aos investidores

daquele país, Eustáquio apresentou o

planejamento de leilões para o setor. "Eles estão

interessados em todas as áreas de geração de

energia e, particularmente, na energia nuclear",

diz. Segundo o ministro, até junho será definido

o modelo de licitação internacional para a escolha

do parceiro de Angra 3.

Ocupante de alguns dos principais cargos no

comando do projeto nuclear do país, chegando à

Diretoria-geral de Desenvolvimento Nuclear e

Tecnológico da Marinha, Bento Albuquerque

participou da parceria estratégica entre o Brasil e

a França para o desenvolvimento do submarino a

propulsão nuclear. Conhece, portanto, a renitente

resistência de setores da Marinha à assinatura do

protocolo adicional do Tratado de Não-

Proliferação Nuclear. O protocolo ampliaria as

inspeções internacionais às quais o país teria que

se submeter.

Enfrenta-a com o argumento de que o protocolo

não pode ser imposto ao Brasil, um país que tem

reservas e domina a tecnologia de

enriquecimento, da mesma maneira que o é a

outros países sem os mesmos predicados. "O

Brasil é um país nuclear", diz. Não descarta,

porém, que, negociadas salvaguardas nos

anexos, o país possa vir a negociar uma adesão

ao protocolo. Pretende repetir, este ano, as

visitas anuais que tem feito à Agência

Internacional de Energia Atômica, em Viena.

Sua concepção de soberania também molda o

futuro que projeta para a Petrobras. Com a

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Data: 27/05/2019

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Grupo de Comunicação

venda das refinarias programada para junho,

Bento acredita que a estatal poderá se dedicar à

sua vocação, a exploração offshore em águas

profundas a partir do direito de preferência do

pré-sal.

Desde a posse, relatou, já teve oportunidade de

encontrar os presidentes mundiais de três das

maiores petrolíferas do mundo, BP, Shell e

Exxon, todas demonstraram interesse em

ampliar as parcerias com a Petrobras no pré-sal.

O presidente da Exxon, particularmente, teria

dito ao presidente Jair Bolsonaro, segundo seu

relato, que o pré-sal é a área de maior

produtividade mundial da indústria de petróleo, o

que torna mandatória a presença da empresa na

região.

O ministro também espera poder acelerar a

extensão, para as refinarias, da quebra do

monopólio da Petrobras definida pelo Congresso

desde 1997. "O Brasil exporta petróleo e importa

derivados, enquanto nossas refinarias não

operam em sua plena capacidade por falta de

investimento", disse. Para evitar que esses

investimentos possam gerar monopólios

privados, o ministro pretende mudar o estatuto

do Conselho Nacional de Política Energética

(CNPE) para tornar o Cade um integrante efetivo.

Bento se disse disposto ainda a ir em frente com

os leilões dos barris excedentes da cessão

onerosa, que ainda estão pendentes de

aprovação legislativa. "Já se foram cinco anos de

espera e não há mais tempo a perder; já se

foram dezenas de bilhões de reais pela demora."

O ministro também demonstra disposição em

enfrentar os embates ambientais que cercam a

construção de hidrelétricas com reservatórios. Só

a bacia Tocantins-Araguaia tem 50 mil

megawatts em usinas a construir, mas o setor

hoje vive sob a sombra dos desastres cometidos

em Belo Monte. "Se essas hidrelétricas são

importantes para a segurança energética do país,

vamos viabilizá-las", afirmou.

Disse ainda que sua pasta está se preparando

para apresentar, em dezembro, o plano decenal

de energia, além do plano nacional de energia

até 2050. Ambos foram discutidos com o

presidente durante o voo de ambos até Cascavel

para a inauguração da hidrelétrica do Baixo

Iguaçu na sexta-feira. Como o deslocamento até

a obra seria feito de helicóptero e o mau tempo

não permitiu a decolagem, a inauguração foi feita

por autoridades locais mas, na ocasião, ficou

combinado que a discussão dos planos com o

Congresso seria o momento adequado para os

novos parâmetros que guiarão o

desenvolvimento energético de um país que terá

a conjugar a preservação ambiental com um

aumento de demanda na geração de energia que,

em seus cálculos, será de até 40%.

https://www.valor.com.br/politica/6276303/mini

stro-rejeita-monopolio-do-uranio-no-pais

https://www.valor.com.br/brasil/6276287/monop

olio-da-uniao-sobre-uranio-ja-nao-faz-sentido-

diz-ministro

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Deputado do PSL articula bancada de defesa

da Amazônia

Por Renan Truffi e Raphael Di Cunto | De Brasília

Apoiado por associações empresariais e

industriais, o deputado Delegado Pablo (PSL-AM),

que comanda o partido do presidente Jair

Bolsonaro no Amazonas, articulou o lançamento

de uma bancada denominada Frente Parlamentar

em Defesa da Amazônia, cujo objetivo é

regulamentar a exploração de minérios na região

da floresta e defender incentivos tributários tanto

da Zona Franca de Manaus como de outras áreas

que têm subsídio na região Norte.

O argumento do deputado é que, para garantir a

sustentabilidade da floresta amazônica, é preciso

dar oportunidade de trabalho para os moradores

da região. "Todo mundo fala de preservar a

Amazônia, mas ninguém ajuda o cara que mora

lá. Ele precisa viver, precisa de emprego. É isso

que garante que o cara não vai ter que cortar

lenha, poluir o rio", justifica Pablo.

Como forma de se fortalecer, o grupo deu

entrada no processo para abertura de um

instituto próprio, a exemplo da Frente

Parlamentar Agropecuária (FPA), que representa

os interesses da bancada ruralista no Congresso.

Com ajuda do agronegócio, a FPA mantém um

instituto, com uma luxuosa sede em Brasília, e

garante o lobby do setor na Câmara e no

Senado. Essa é a fórmula que Delegado Pablo

quer repetir para a bancada.

"A frente precisa de um instituto para ter

capacidade de cumprir aquilo que se propõe.

Quer fazer um workshop, uma capacitação, tudo

isso tem custo. Como é que eu vou fazer isso se

a frente não tem um CNPJ. Aí a gente criou o

Instituto em Defesa da Amazônia", disse. "Ainda

não há nenhuma instituição fechada [para apoio]

porque o instituto não foi montado, mas a

Associação Brasileira das Indústrias de

Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas [Abir]

e a Federação das Indústrias do Estado do

Amazonas [Fieam] nos procuraram, assim como

outros segmentos da sociedade. Deve ter uns 80

apoiadores já", complementou.

Com a promessa de patrocínio da Abir ao

instituto que auxiliará a frente, Pablo diz que um

dos pontos de atuação será o decreto do ex-

presidente Michel Temer que reduziu os créditos

de IPI gerados pela produção de xarope de

refrigerante na zona franca.

Os créditos, que chegavam a 20% e estimularam

empresas como Coca-Cola, PepsiCo e AB Inbev a

abrirem fábricas na região, foram reduzidos a 4%

para compensar os gastos com a desoneração do

diesel para acabar com os protestos dos

caminhoneiros. No fim do governo, Temer editou

outro decreto, com alíquota de 12% no primeiro

semestre de 2019 e de 8% no segundo

semestre, para que o novo governo decida. A

partir de 2020, se o governo Bolsonaro não fizer

nada, o percentual voltará para 4% - e as

empresas ameaçam deixar a Região Norte do

país.

"Fizemos um pedido para que o presidente e o

ministro da Economia observassem essa questão

do decreto presidencial", disse. "Nós cobramos

do presidente a isenção de atos que reduzam a

competitividade da região. Essa medida dos

combustíveis demonstra quão frágil é o modelo

constitucional: o presidente vai lá e a atinge um

segmento específico. Nós queremos esse

compromisso do governo federal."

Como forma de pressionar o governo, a bancada

do Amazonas tem ocupado outros postos

relevantes no Congresso, como a presidência da

comissão especial da Câmara que analisará os

incentivos tributários do país - dentre os quais

um dos maiores é a zona franca de Manaus. Sete

dois oito deputados do Estado estão no colegiado

e o presidente é o deputado Marcelo Ramos (PR-

AM), que também comanda a comissão da

reforma da Previdência.

Ramos já avisou que apresentará emenda à

proposta de reforma tributária em tramitação na

Câmara - foi aprovada pela Comissão de

Constituição e Justiça (CCJ) na semana passada -

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para impedir que os incentivos tributários da

zona franca sejam reduzidos. Essa mesma

pressão já ocorreu durante a tramitação da

reforma na legislatura passada e o relator, o ex-

deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), cedeu

para conquistar mais apoio político ao projeto.

https://www.valor.com.br/politica/6276261/depu

tado-do-psl-articula-bancada-de-defesa-da-

amazonia

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Data: 27/05/2019

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Moura diversifica e aposta em baterias para

energia elétrica

Por Camila Maia | De São Paulo

De olho no crescimento da mobilidade elétrica e

nas necessidades cada vez maiores de soluções

que estabilizem a energia gerada por fontes

intermitentes, a fabricante pernambucana de

baterias Moura desenvolveu sua tecnologia para

baterias para armazenamento de energia

elétrica, a primeira fabricada no Brasil. A

expectativa é que, em cinco anos, a divisão

represente até 20% da sua receita, que somou

R$ 1,4 bilhão em 2018.

As baterias foram desenvolvidas em parceria com

o Instituto Tecnológico Edson Mororó Moura

(ITEMM), em um processo que teve início há

mais de oito anos, quando a companhia,

tradicional fabricante de baterias para uso

automotivo, identificou a oportunidade de

mercado criada pelas mudanças tecnológicas no

setor elétrico. As baterias para armazenamento

de energia têm sido a aposta de gigantes

elétricas do mundo, como a AES, Siemens e LG.

A brasileira WEG adquiriu um negócio de

sistemas para armazenamento de energia nos

Estados Unidos.

O mercado para esse tipo de bateria ainda é

pequeno no Brasil, mas a companhia enxerga

potencial de crescimento. "Nossa expectativa é

que a divisão chegue a representar de 15% a

20% do nosso faturamento em 2025", disse Luiz

Mello, diretor geral comercial de baterias

industriais e armazenamento de energia da

Moura. "O segmento é a menina dos nossos

olhos, estamos muito animados."

"Nosso viés foi conseguir uma solução eficaz do

ponto de vista energético, que possa ter

integração com sistemas de geração eólica e

solar fotovoltaica, e também uma alternativa a

geração de diesel", disse Spartacus Pedrosa,

diretor executivo do ITEMM. Segundo ele, esse

objetivo foi alcançado, e as soluções serão

desenhadas de acordo com cada cliente.

Um diferencial em relação às baterias de

armazenamento de energia (chamadas pelo

jargão em inglês "storage") existentes no

mercado é que serão totalmente fabricadas no

Brasil, não sendo, portanto, submetidas às tarifas

de importação. "O produto é verde e amarelo e

reciclável", disse Mello.

"É fácil encontrar sistemas de armazenamento,

mas não são customizados, são quase

enlatados", disse Mello. A Moura promete uma

solução customizada para a necessidade de cada

aplicação. Por exemplo, há casos em que as

baterias serão a lítio, e em outros serão de

chumbo carbono. "Vai depender da aplicação",

disse Mello.

Os sistemas podem ter grande porte, chegando a

potência desejada pelo cliente. "A bateria fica em

contêineres de 20 a 40 pés, e consegue segurar

as necessidades de uma indústria ou comércio

por algumas horas", disse Pedrosa. A bateria

ocupa algo em torno de dois terços do contêiner,

sendo que o restante envolve inversores,

controladores, e sistemas que monitoram a rede

e podem acionar a descarga "num piscar de

olhos" se for necessário. A solução pode ser

entregue de forma completa, com o software de

gestão e comunicação do sistema de

armazenamento.

Segundo Mello, projetos de geração solar ou

eólica podem usar as baterias para manter a

estabilidade na geração durante a noite ou

quando não houver vento. Os equipamentos

também podem substituir geradores a diesel. A

partir de 2020, uma mudança nos preços de

energia no mercado de curto prazo pode tornar a

tecnologia mais atrativa. Os preços, que são hoje

fixados semanalmente, passarão a ser horários.

Como durante à noite o consumo é menor, a

tendência é que o custo da energia seja mais

barato, período na qual a bateria pode ser

recarregada.

A Moura criou uma divisão de negócios separada

voltada para os sistemas de armazenamento de

energia, com gestão independente e aposta no

mercado nacional e internacional. "Temos

diversos negócios encaminhados. Alguns bem

avançados em fase de assinatura de contrato,

outros ainda em fase de engenharia e estudo da

melhor alternativa", disse Mello.

O grupo foi fundado em 1957 na cidade de Belo

Jardim, em Pernambuco. Hoje, a companhia tem

sete unidades industriais, seis no Brasil e uma na

Argentina, e tem cerca de 6 mil colaboradores.

As baterias serão fabricadas no parque industrial

de Belo Jardim.

https://www.valor.com.br/empresas/6276243/m

oura-diversifica-e-aposta-em-baterias-para-

energia-eletrica Voltar ao Sumário

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Data: 27/05/2019

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Perdoar erros pode ajudar a prevenir

condutas antiéticas

Por Letícia Arcoverde | De São Paulo

A maioria dos desvios éticos dentro de empresas

acontece não porque os funcionários agem em

benefício próprio, mas porque eles querem

contribuir para a companhia ou não entendem os

conflitos de interesse que envolvem sua

atividade, na visão do israelense Dan Ariely. O

professor de economia e psicologia

comportamental da Universidade Duke defende

que áreas de compliance não funcionam para

coibir irregularidades se a companhia não

incentivar o comportamento ético por meio

da cultura organizacional, das estruturas de

remuneração e da capacidade de perdoar erros.

Autor de livros como "Puramente Irracional" e "A

Mais Pura Verdade sobre a Desonestidade"

(Editora Elsevier), além do lançamento "A

Psicologia do Dinheiro" (Sextante), Ariely é um

pesquisador e escritor prolífico em diversos

assuntos, mas se dedica principalmente a

entender como a mente humana funciona. Ele

conversou com o Valor na semana passada,

quando esteve em São Paulo para anunciar uma

parceria com a consultoria de compliance e

gestão de risco ICTS Protiviti, que passará a

oferecer exclusivamente os treinamentos

desenvolvidos por Ariely no Brasil.

"Nós costumamos achar que desvios éticos

acontecem com pessoas ruins que calculam a

chance de ser pego ou por quanto tempo serão

punidos. Mas isso não explica quase nada",

afirma Ariely. Ele cita o escândalo da

manipulação da taxa Libor, protagonizada por

bancos britânicos, como um exemplo de caso

movido menos a egoísmo e mais pela vontade de

entregar resultados. "As pessoas que

participaram da fraude eram funcionários de

níveis baixos que achavam que estavam

ajudando a empresa", diz.

Para Ariely, com a exceção de psicopatas ("evite

contratá-los", adiciona) as pessoas são mais

complexas do que simplesmente 'honestas' e

'desonestas'. Um atleta que faz uso de doping,

por exemplo, não tem necessariamente mais

probabilidade de trair a esposa, ou vice-versa. O

ambiente em que um indivíduo se encontra, bem

como seus incentivos e recompensas, é essencial

para influenciar o comportamento - no caso de

empresas, a principal culpada é a cultura

organizacional. "A cultura pode dar tarefas

insolúveis para as pessoas", diz. É o caso de

metas inalcançáveis que não questionam como

os funcionários irão entregá-las.

O comportamento ético dos líderes da

organização também contribui em muito para o

dos demais funcionários. Ariely usa como

exemplo uma empresa de serviços de gás que

conheceu no passado, que instruía os

funcionários a estacionar em locais proibidos

para ter mais agilidade no atendimento aos

clientes. Ao mesmo tempo, a empresa pedia que

os empregados usassem sempre os

equipamentos de segurança - o que não

acontecia. Uma vez comunicado que economizar

tempo era a prioridade e que valia a pena

cometer infrações de trânsito para alcançar esse

objetivo, por que as equipes perderiam tempo

vestindo um capacete? A lição estava dada.

Para incentivar comportamentos éticos, um dos

pontos em que Ariely mais se demora, no

entanto, é a capacidade de perdoar deslizes

quando eles de fato acontecem. "Se as pessoas

erraram e se arrependeram, e não há perdão,

elas vão esconder os erros. Pessoalmente, se eu

comandasse uma organização, perdoaria todos

os erros cometidos se eles fossem frutos de boas

intenções", diz. Para o professor, a maioria das

empresas encontra dificuldade nessa abordagem

porque ela exige transparência e abertura para

funcionar.

Não é o caso de manter o comportamento

indesejado - pois ele pode ser imitado e se

espalhar pela organização - mas de interromper

a deterioração com que pessoas se deixam levar

e que eventualmente pode se transformar em um

caminho sem volta. "Se formos claros que algo

foi um erro e que não queremos que ele se

repita, eu não acho que isso encorajaria mais

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erros, e sim que as pessoas serão mais abertas

quando cometerem equívocos", explica.

O treinamento desenvolvido por Ariely, que será

adaptado pela ICTS para ser aplicado em

companhias no Brasil, busca reconhecer possíveis

armadilhas e conversar sobre conflitos de

interesse e as saídas mais adequadas para

situações em que eles apareçam. A ideia é, por

meio de treinamentos curtos e frequentes, criar

uma mentalidade em que a ética faz parte do dia

a dia e a compliance deixa de ser apenas

"advoquês". Fernando Fleider, CEO da ICTS

Protiviti no Brasil, conta que o país passou por

um período em que os temas ética e compliance

surgiram de forma muito reativa e "burocrática",

decorrente da deflagração da Operação Lava-

Jato.

"Depois que as empresas instituíram grandes

estruturas de compliance, veio a pergunta: e

agora? O grande objetivo deve ser promover a

ética de forma preventiva", diz Fleider. Os

treinamentos envolvem workshops presenciais

com a alta direção e com gerentes médios, e uso

de vídeos e outras ferramentas de e-learning

para os demais funcionários. As primeiras

experiências serão com profissionais da área

médica, setor estudado por Ariely.

Para o israelense, as estruturas de remuneração

e outros tipos de incentivo podem criar conflitos

de interesse que nem todas as profissões se

dedicam a analisar. Ele afirma não ver resultados

positivos no uso de remuneração variável

baseada no desempenho individual, que incentiva

competição interna e pode criar pressões

exacerbadas e levar a comportamentos

antiéticos, mas vê utilidade em bônus que levam

em conta as entregas da equipe ou da

organização como um todo.

Ele usa um exemplo da sua própria carreira para

ilustrar esses perigos. Quando foi professor no

MIT, onde lecionou por uma década até 2008, a

universidade exigia que o resultado dos

instrutores fosse medido por uma fórmula que

levava em conta fatores como o número de

alunos e o tempo em sala de aula. "Eu gostava

de dar aulas e os alunos gostavam de assistir às

minhas aulas, mas eu cheguei à conclusão de

que poderia maximizar a equação dando só uma

disciplina por ano. Eu acabei dando preferência

ao que não era útil, por causa desse incentivo",

explica. Para ele, muitas vezes os bônus têm

regras baseadas em entendimentos "ingênuos"

do que realmente motiva as pessoas. "Fazemos

com que elas maximizem algo mas sacrifiquem

outras coisas", diz.

Recentemente ele fez um estudo ainda não

publicado que apontou que as empresas que

tratam bem os seus funcionários dão retornos

financeiros 12% acima da média. Ao analisar

cerca de 80 elementos para identificar o que faz

diferença na relação com os empregados, viu que

o salário não é um deles. "Mas o senso de justiça

na remuneração, sim", adiciona.

Outro ponto que se mostrou importante foi a

transparência na gestão. "A compliance não

vai impedir escândalos. A ética e o perdão,

sim, mas você precisa integrá-los na empresa de

uma maneira diferente, e você não consegue

fazer isso se os funcionários não estiverem

engajados. Se as pessoas não estiverem

conectadas com o objetivo de longo prazo dos

projetos e da companhia, ser antiético é muito

tentador."

https://www.valor.com.br/carreira/6276241/perd

oar-erros-pode-ajudar-prevenir-condutas-

antieticas

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Abradee foca agora em bitributação,

geração distribuída e mercado livre

Por Daniel Rittner | De Brasília

A voz em Brasília das distribuidoras de energia,

um segmento com receita bruta em torno de R$

250 bilhões e que emprega quase 200 mil

trabalhadores, acaba de mudar. O engenheiro

Marcos Aurélio Madureira da Silva, ex-diretor de

distribuição da Eletrobras e ex-presidente da

estatal Chesf, assumiu na semana passada a

presidência da Abradee (associação do setor)

para um mandato de quatro anos. Ele substituiu

Nelson Leite, que estava no comando da entidade

desde 2010.

À frente da interlocução com o governo e com a

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel),

além do Congresso, Leite enfrentou uma agenda

de crises e complicações nos últimos nove anos.

A lista de problemas foi extensa: os empréstimos

do Tesouro Nacional e da Câmara de

Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) para

amortecer a alta das contas de luz, a criação das

bandeiras, o desgaste provocado pelo "realismo

tarifário" de 2015, a prorrogação das concessões

por 30 anos, o longo processo sobre a devolução

de R$ 7 bilhões ao consumidor por suposta

cobrança indevida nas tarifas.

E houve avanços: a elegibilidade das

distribuidoras para emitir debêntures

incentivadas de infraestrutura, o reconhecimento

de que a migração de consumidores para o

mercado livre gera sobrecontratação involuntária,

ajustes nas declarações de compra de energia

para reposição dos contratos de fornecimento.

Madureira chega em um momento de menos

emergências, mas também importante para o

futuro dos negócios de distribuição. Nas próximas

semanas, ele pretende levar ao Ministério de

Minas e Energia uma proposta sobre o fim da

bitributação de PIS e Cofins. A parcela das

distribuidoras nas tarifas de energia caiu de 39%,

no início dos anos 2000, para os atuais 19%. Foi

ocupada principalmente por impostos e tributos.

Diante das restrições fiscais da União e dos

Estados, são quase inexistentes as esperanças

sobre uma discussão maior sobre carga

tributária. A Abradee quer, no entanto, focar em

um ponto: hoje se cobra PIS/Cofins sobre o valor

recolhido nas faturas dos consumidores para a

Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), o

fundo responsável pelos subsídios no setor

elétrico, e depois na transferência dos recursos

pela CCEE (gestora do fundo) aos beneficiários

desses subsídios.

A interpretação da Receita é de que são duas

operações distintas e cada uma deve ser

tributada separadamente, mas a Abradee

entende que se trata de uma coisa só. Por isso, o

objetivo é eliminar essa dupla cobrança. O efeito

potencial do fim da "distorção" é tirar cerca de

R$ 1,5 bilhão das contas de luz - o que poderia

gerar queda de 1 ponto percentual para os

consumidores finais.

Há outros desafios tão ou mais complexos na

área regulatória. A Aneel deve definir, no

segundo semestre, regras para a microgeração

distribuída - principalmente residências e

pequenas empresas que produzem energia a

partir da instalação de painéis fotovoltaicos.

Trata-se de uma das grandes transformações em

andamento, no setor elétrico, por causa das

mudanças tecnológicas que podem viabilizar o

armazenamento em baterias e pela potencial

perda de mercado para distribuidoras.

"É necessário ter um equilíbrio entre os custos

dos consumidores cativos e aqueles que estão

fazendo a opção por geração distribuída", afirma

Madureira. Para ele, o ponto é evitar "subsídios

cruzados" que vão onerar os clientes das

distribuidoras. "Nós não temos nenhum interesse

em que haja prejuízo ao empreendedor que

queira entrar na geração distribuída. Só não pode

haver um resultado desequilibrado."

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A Abradee monitora com cuidado, também, a

tramitação do projeto de lei 1.917/2015 e a

intenção do governo de trabalhar em um novo

marco regulatório do setor elétrico. O texto atual

prevê a ampliação progressiva do mercado livre

até 2028, quando cairia o limite para a migração

dos consumidores de baixa tensão.

Madureira não vê problemas com esse prazo,

mas enfatiza uma ideia que deve nortear as

discussões: "A postura que defendemos é que

nada seja feito com sobressalto. Se houver

mudanças, precisam ser respeitados os

compromissos com empresas e consumidores."

https://www.valor.com.br/empresas/6276237/ab

radee-foca-agora-em-bitributacao-geracao-

distribuida-e-mercado-livre

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Fundos se aliam a distribuidoras por

Liquigás

Por Maria Luíza Filgueiras e Vanessa Adachi | De

São Paulo

Fundos de investimento e empresas do setor de

distribuição de combustíveis negociam a

formação de consórcios para fazer ofertas pelo

controle da Liquigás, distribuidora de gás

liquefeito de petróleo (GLP) que a Petrobras

colocou à venda pela segunda vez. Propostas não

vinculantes devem ser entregues no dia 7 de

junho, de acordo com duas fontes.

Ao menos nove grupos já acessaram os dados do

processo de venda da Liquigás, apurou o Valor.

As operadoras Ultragaz, Nacional Gás, SHV,

Copagaz, uma trading estrangeira, e os fundos

de private equity CVC Capital Partners, Advent,

Carlyle e Warburg Pincus estão avaliando o ativo.

A restrição do Conselho Administrativo de Defesa

Econômica (Cade) para que grandes empresas do

setor adquiram a Liquigás abriu espaço para que

os investidores financeiros tenham chance no

processo desta vez. No primeiro processo de

venda feito pela Petrobras, em 2016, a Ultragaz

levou a empresa por R$ 2,8 bilhões, mas no ano

passado a transação acabou vetada pelo Cade,

que enxergou grande concentração nesse

mercado. Na ocasião, o grande interesse elevou

os preços e acabou afastando os fundos de

investimento da transação.

Agora, para atender à restrição do Cade, a

Petrobras limitou a 30% a participação das

distribuidoras na formação de consórcios. Os

fundos podem entrar sozinhos, mas avaliam que

em parceria suas chances aumentam.

"Com um estratégico ao nosso lado, que tenha

sinergias a capturar, temos chance de oferecer

um preço maior e sermos mais competitivos", diz

o gestor de um fundo que avalia o ativo. "Se não

conseguirmos fechar uma parceria, devemos ficar

de fora", completa o executivo.

A parceria é relevante também para assegurar a

gestão do negócio. "Tem que ter 'management',

já entrar com gestão pronta", diz o executivo de

uma outra gestora. "Estamos avaliando ainda a

questão de liquidez, se teríamos saída simples

desse investimento", complementa outro gestor

que avalia os dados, mas que ainda não engajou

equipe para efetivamente fazer proposta.

A estatal permitiu a participação de investidores

financeiros que tenham ativos sob administração

ou gestão de pelo menos US$ 1 bilhão. Para as

empresas, a receita bruta tem que ser acima de

US$ 100 milhões.

Em maio, os potenciais interessados assinaram

com a Petrobras um acordo de confidencialidade

para ter acesso ao memorando com informações

do ativo. Ainda não foram feitas propostas até o

momento. A Ultragaz havia se disposto a pagar

R$ 2,8 bilhões pela Liquigás. A Petrobras espera

arrecadar pelo menos algo em torno de 70%

deste valor, na projeção de analistas de

investimento. A companhia chegou a avaliar

fazer uma oferta de ações da Liquigás, após o

veto do Cade, mas acabou se decidindo por uma

nova rodada de venda direta. A avaliação dos

bancos era que o tamanho da companhia tornava

pouco atrativo uma abertura de capital.

A Liquigás atua no engarrafamento, distribuição e

comercialização de GLP em 23 estados. A

empresa atende mensalmente mais de 35

milhões de consumidores residenciais e fornece

produtos para indústria e comércio.

https://www.valor.com.br/empresas/6276231/fu

ndos-se-aliam-distribuidoras-por-liquigas

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Planalto tenta fechar acordo com Estados

por saneamento

Por Daniel Rittner | De Brasília

O Palácio do Planalto deflagrou na sexta-feira

uma ofensiva junto a governadores do Centro-

Sul com o objetivo de evitar a perda de vigência

da medida provisória do saneamento básico,

disseram ao Valor fontes do governo federal

envolvidas na articulação.

A MP 868, que abre mais o setor para a iniciativa

privada, expira no dia 3 de junho. Carta assinada

por 24 dos 27 governadores critica a proposta do

governo e o relatório do senador Tasso Jereissati

(PSDB-CE) sobre a MP. Eles veem, no texto, uma

tentativa de forçar a privatização das companhias

estaduais de saneamento. São Paulo, Minas

Gerais e Rio Grande do Sul não assinaram o

documento. Os três têm planos de privatizar suas

estatais.

No cálculo político do governo, os governadores

do Nordeste dificilmente vão ceder aos apelos da

União e dar apoio à MP 868. A estratégia para

sua aprovação tem que ser executada até hoje

ou amanhã, quando a reunião semanal de líderes

partidários ocorre na Câmara dos Deputados e

definem-se os projetos pautados em plenário.

O maior foco do governo está nas conversas com

três governadores: Wilson Witzel (PSC-RJ),

Ibaneis Rocha (MDB-DF) e Carlos Moisés (PSL-

SC). O Planalto acredita que há chances de

convencê-los e de que peçam às suas bancadas

no Congresso pela aprovação da MP.

O ministro da Secretaria de Governo, Carlos

Alberto dos Santos Cruz, e a equipe do Ministério

do Desenvolvimento Regional mergulharam nas

negociações. A área econômica também deve

entrar nas tratativas, conversando com

secretários estaduais de Fazenda.

Uma das reclamações em Brasília é que a posição

dos governadores tem sido muito influenciada

pelos presidentes das companhias estaduais de

água e esgoto, levando em conta interesses

corporativos, e não o cumprimento das metas de

universalização dos serviços.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE) divulgados nesta semana

mostram que 72,4 milhões de pessoas viviam em

domicílios sem acesso à rede coletora de esgoto

em 2018.

A essência da proposta do governo é acabar com

os contratos de programa (pelos quais os

municípios podem contratar diretamente as

empresas estaduais de saneamento) e exigir

contratos de concessão (nos quais há exigência

de licitação aberta à iniciativa privada) para

serviços de saneamento.

Para evitar que localidades menores e pouco

rentáveis sejam prejudicados pela falta de

interesse dos investidores, Tasso e o governo

acertaram a criação da figura dos "blocos de

municípios", misturando áreas mais e menos

lucrativas.

Na terça-feira passada, em uma tentativa de

dobrar a resistência dos Estados, o Ministério do

Desenvolvimento Regional apresentou uma nova

proposta de emenda ao texto em plenário. Ela

previa a possibilidade de prorrogação dos

contratos de programa, uma única vez, mas

mediante uma subconcessão ou parceria público-

privada (PPP) para os futuros investimentos. Os

Estados seriam obrigados a seguir uma meta

fixada pela Agência Nacional de Águas (ANA)

para universalizar água e esgoto.

Não houve acordo entre União e Associação das

Empresas de Saneamento Básico Estaduais

(Aesbe), mas o governo acredita que há como

reverter isso. O problema estaria em detalhes do

texto, como o prazo para a definição dos novos

contratos, e não no conceito. A ideia é insistir na

emenda, com algumas alterações que possam

atender à Aesbe.

O especialista em infraestrutura Luís Felipe

Valerim Pinheiro, do escritório XVV Advogados,

defende que o governo não deveria desperdiçar a

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oportunidade de aprovar novas regras para o

saneamento que são pouco conflituosas na MP.

É o caso do artigo que permite à ANA criar

normas de referência para todas as agências

reguladoras estaduais e municipais do setor -

hoje são 49 no país, promovendo uma "salada

regulatória".

Outro ponto de avanço é o pagamento

obrigatório de tarifa pelas residências ou

unidades comerciais conectadas à rede pública de

saneamento. Atualmente, como a conexão é

opcional, muitas famílias de baixa renda

preferem evitar mais um pagamento. Na visão de

Valerim, se perceber o risco elevado de a MP

cair, o governo deveria abrir mão dos pontos

polêmicos e avançar no que está pacificado.

https://www.valor.com.br/politica/6276269/plan

alto-tenta-fechar-acordo-com-estados-por-

saneamento

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Data: 27/05/2019

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Ministros do STJ analisam autuação

milionária da CPFL

Por Beatriz Olivon | De Brasília

A Fazenda Nacional saiu na frente no julgamento

em que a 2ª Turma do Superior Tribunal de

Justiça (STJ) vai decidir a validade de uma

autuação fiscal de R$ 511 milhões, em valores

atualizados, aplicada contra a Companhia

Paulista de Força e Luz (CPFL). Por enquanto,

votou apenas o relator, ministro Francisco Falcão,

contra a anulação da cobrança. O julgamento foi

suspenso por pedido de vista.

A discussão envolve aportes que a companhia se

comprometeu a fazer, a partir de 1997, na

Fundação Cesp, entidade fechada de previdência

complementar que administra planos para os

empregados das empresas do setor de energia

elétrica do Estado de São Paulo. Para eliminar

déficit de R$ 426 milhões, seriam feitos

desembolsos por 20 anos.

No ano seguinte, a CPFL deduziu integralmente

da base de cálculo do Imposto de Renda (IRPJ) e

da CSLL o valor total dos aportes e foi autuada

pela Receita Federal. No processo, alega que fez

os desembolsos dentro do contexto de

privatizações realizadas pelo governo de

Fernando Henrique Cardoso e que havia uma

solução de consulta favorável à operação.

Após decisões contrárias, a CPFL levou a questão

ao STJ (REsp 15 82681 e REsp 1644556). No

julgamento, o procurador-geral da Fazenda

Nacional, José Levi Melo do Amaral, e o

procurador Marcelo Kosminsky argumentaram

que, em 1997, foram desembolsados pela

companhia apenas R$ 8,5 milhões e, com base

no Regulamento do Imposto de Renda de 1994,

não poderia deduzir o valor total.

Os procuradores também alegaram que a solução

de consulta apresentada pela empresa não foi

feita pela forma tradicional. A defesa da CPFL foi

direto ao secretário da Receita Federal, sem

expor de maneira correta os fatos, o que teria

induzido o órgão a erro, segundo eles. E mesmo

que fosse válida, acrescentaram, não poderia ser

aplicada.

A dedução integral, segundo a Receita, poderia

ser feita em caso de novação de dívida, o que

não seria o caso, de acordo com os procuradores.

"No caso, não houve pagamento, mas pretenso

contrato de novação que implicava mero aporte

diferido no tempo", afirmou o procurador-geral.

"Teria havido, quando muito, mera repactuação."

Em sustentação oral, o advogado da CPFL, Ives

Gandra da Silva Martins, destacou a consulta ao

secretário da Receita Federal que indicou ser

correto o procedimento. "Seguiu-se o que o

órgão aconselhou em nível de confiança e boa-

fé", disse.

De acordo com o advogado, em São Paulo foram

privatizadas as empresas Eletropaulo e a CPFL.

Ambas deviam para a Fundação Cesp valores

elevados, que inviabilizariam as privatizações, e

foram autuadas após processos de renegociação.

A Eletropaulo, acrescentou o advogado,

conseguiu derrubar a autuação no Conselho

Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). A CPFL

perdeu o prazo de recorrer ao tribunal e acabou

levando a questão à Justiça. "A Eletropaulo que

não tomou cautela nenhuma, não fez consulta à

Receita, ganhou no Carf", afirmou. "O governo de

São Paulo ganhou muito, porque teve um ágio

superior, e agora a Receita quer ganhar."

Em seu voto, o relator do caso, ministro

Francisco Falcão, entendeu que o STJ não

poderia reavaliar provas. Porém, conheceu em

parte do recurso e negou-lhe provimento. Para

ele, a consulta à Receita Federal não foi feita pelo

canais corretos e haveria imprecisões no

requerimento feito pela empresa, o que teria

induzido o órgão a erro.

Segundo Falcão, não foi quitada dívida e não há

possibilidade de se verificar direito da empresa

de aplicar benefício do Regulamento do Imposto

de Renda. "Somente pela prorrogação do prazo

de pagamento não haveria novação", disse ele,

acrescentando que "esse é um fato controvertido,

que depende de perícia judicial, imprópria em

mandado de segurança".

https://www.valor.com.br/legislacao/6276027/mi

nistros-do-stj-analisam-autuacao-milionaria-da-

cpfl

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