clipping do ibrac · 2011. 7. 11. · 17.º seminÁrio internacional de defesa da concorrÊncia...

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CLIPPING DO IBRAC 2011 Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional N.º 26 4 a 10 de julho de 2011 EVENTOS 2011 ................................................................................................................................................................ 3 8.º SEMINÁRIO SOBRE RELAÇÕES DE CONSUMO .............................................................................................. 3 26/9/2011 Hotel Golden Tulip, São Paulo SP ............................................................................................................ 3 11.º SEMINÁRIO SOBRE COMÉRCIO INTERNACIONAL ..................................................................................... 3 7/10/2011 Tivoli São Paulo Mofarrej Hotel, São Paulo SP ....................................................................................... 3 4º SEMINÁRIO DE DIREITO ECONÔMICO DE BELO HORIZONTE .................................................................... 3 20/10/2011 Belo Horizonte/MG - UFMG .................................................................................................................. 3 17.º SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA ............................................................ 3 25/11/2011 Casa Grande Hotel Resort & Spa , Guarujá SP....................................................................................... 3 DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 04 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3 SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ............................................................................................................... 3 DESPACHO DA SECRETÁRIA .............................................................................................................................. 3 DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 05 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3 NENHUMA MATÉRIA PUBLICADA NESTA DATA ............................................................................................... 3 DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 06 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3 NENHUMA MATÉRIA PUBLICADA NESTA DATA ............................................................................................... 3 DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 07 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3 CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA ................................................................................ 3 ATA ORDINÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO No- 643................................................................................................... 3 PAUTA DA 495ª SESSÃO ORDINÁRIA DE JULGAMENTO .............................................................................. 5 SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ............................................................................................................... 7 DESPACHOS DO SECRETÁRIO ............................................................................................................................ 7 DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 08 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 9 SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ............................................................................................................... 9 DESPACHOS DO SECRETÁRIO ............................................................................................................................ 9 FOLHA DE SÃO PAULO DE 04 DE JULHO 2011 .................................................................................................... 10 Casino pede para BNDES não financiar fusão Pão de Açúcar/Carrefour .................................................................... 10 O ESTADO DE SÃO PAULO DE 04 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 11 BRF quer mais tempo para negociar com o Cade ........................................................................................................ 11 Dr. Oetker vai ao Cade contra a fusão Sadia/Perdigão ................................................................................................. 12 Carrefour dá sinal verde à fusão com Pão de Açúcar; saiba mais sobre o plano .......................................................... 12 Interessados em megafusão iniciam contatos com Cade .............................................................................................. 13 Processo de fusão impacta diretamente na cotação das ações das companhias ............................................................ 14 VALOR ECONÔMICO DE 04 DE JULHO DE 2011 ................................................................................................. 15 Varejo: São Paulo e região metropolitana seriam os casos mais difíceis de julgar pela sobreposição de lojas ............ 15 Conselho do Carrefour aprova fusão ............................................................................................................................ 15 FOLHA DE SÃO PAULO DE 05 DE JULHO DE 2011 ............................................................................................. 16 Oposição coleta assinaturas para instalar CPI do BNDES ........................................................................................... 16 Brasil Foods propõe agora vender cadeias completas .................................................................................................. 16 O ESTADO DE SÃO PAULO DE 05 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 17 Por que o Cade acerta ................................................................................................................................................... 17 Senadores querem que presidente do BNDES explique a operação ............................................................................. 18 O ESTADO DE SÃO PAULO DE 06 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 19 Procuradoria do Cade manda Shell vender a Jacta ....................................................................................................... 19 CNDL critica possível entrada do BNDES em fusão ................................................................................................... 19 Reunião entre Cade e BRF-Brasil Foods termina sem acordo ..................................................................................... 20 VALOR ECONÔMICO DE 06 DE JULHO DE 2011 ................................................................................................. 20 Procuradoria do Cade reafirma que Shell deve vender a Jacta ..................................................................................... 20 FOLHA DE SÃO PAULO DE 07 DE JULHO DE 2011 ............................................................................................. 21 Ministério da Justiça quer condenar Ecad por formar cartel ........................................................................................ 21 O ESTADO DE SÃO PAULO DE 07 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 21

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CLIPPING DO IBRAC 2011 Instituto Brasileiro de Estudos de Concorrência, Consumo e Comércio Internacional

N.º 26 4 a 10 de julho de 2011

EVENTOS 2011 ................................................................................................................................................................ 3

8.º SEMINÁRIO SOBRE RELAÇÕES DE CONSUMO .............................................................................................. 3 26/9/2011 Hotel Golden Tulip, São Paulo SP ............................................................................................................ 3

11.º SEMINÁRIO SOBRE COMÉRCIO INTERNACIONAL ..................................................................................... 3 7/10/2011 Tivoli São Paulo Mofarrej Hotel, São Paulo SP ....................................................................................... 3

4º SEMINÁRIO DE DIREITO ECONÔMICO DE BELO HORIZONTE .................................................................... 3 20/10/2011 Belo Horizonte/MG - UFMG .................................................................................................................. 3

17.º SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA ............................................................ 3 25/11/2011 Casa Grande Hotel Resort & Spa , Guarujá SP....................................................................................... 3

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 04 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ............................................................................................................... 3 DESPACHO DA SECRETÁRIA .............................................................................................................................. 3

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 05 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3

NENHUMA MATÉRIA PUBLICADA NESTA DATA ............................................................................................... 3

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 06 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3

NENHUMA MATÉRIA PUBLICADA NESTA DATA ............................................................................................... 3

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 07 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 3

CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA ................................................................................ 3 ATA ORDINÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO No- 643................................................................................................... 3 PAUTA DA 495ª SESSÃO ORDINÁRIA DE JULGAMENTO .............................................................................. 5

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ............................................................................................................... 7 DESPACHOS DO SECRETÁRIO ............................................................................................................................ 7

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 08 DE JULHO DE 2011 ...................................................................................... 9

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO ............................................................................................................... 9 DESPACHOS DO SECRETÁRIO ............................................................................................................................ 9

FOLHA DE SÃO PAULO DE 04 DE JULHO 2011 .................................................................................................... 10

Casino pede para BNDES não financiar fusão Pão de Açúcar/Carrefour .................................................................... 10

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 04 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 11

BRF quer mais tempo para negociar com o Cade ........................................................................................................ 11 Dr. Oetker vai ao Cade contra a fusão Sadia/Perdigão ................................................................................................. 12 Carrefour dá sinal verde à fusão com Pão de Açúcar; saiba mais sobre o plano .......................................................... 12 Interessados em megafusão iniciam contatos com Cade .............................................................................................. 13 Processo de fusão impacta diretamente na cotação das ações das companhias ............................................................ 14

VALOR ECONÔMICO DE 04 DE JULHO DE 2011 ................................................................................................. 15

Varejo: São Paulo e região metropolitana seriam os casos mais difíceis de julgar pela sobreposição de lojas ............ 15 Conselho do Carrefour aprova fusão ............................................................................................................................ 15

FOLHA DE SÃO PAULO DE 05 DE JULHO DE 2011 ............................................................................................. 16

Oposição coleta assinaturas para instalar CPI do BNDES ........................................................................................... 16 Brasil Foods propõe agora vender cadeias completas .................................................................................................. 16

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 05 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 17

Por que o Cade acerta ................................................................................................................................................... 17 Senadores querem que presidente do BNDES explique a operação ............................................................................. 18

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 06 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 19

Procuradoria do Cade manda Shell vender a Jacta ....................................................................................................... 19 CNDL critica possível entrada do BNDES em fusão ................................................................................................... 19 Reunião entre Cade e BRF-Brasil Foods termina sem acordo ..................................................................................... 20

VALOR ECONÔMICO DE 06 DE JULHO DE 2011 ................................................................................................. 20

Procuradoria do Cade reafirma que Shell deve vender a Jacta ..................................................................................... 20

FOLHA DE SÃO PAULO DE 07 DE JULHO DE 2011 ............................................................................................. 21

Ministério da Justiça quer condenar Ecad por formar cartel ........................................................................................ 21

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 07 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 21

Page 2: CLIPPING DO IBRAC · 2011. 7. 11. · 17.º SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA 25/11/2011 Casa Grande Hotel Resort & Spa , Guarujá SP DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE

CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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Cade julgará caso BRF na próxima quarta, diz conselheiro ......................................................................................... 21

THE ECONOMIST JULY 7TH 2011 | SÃO PAULO | FROM THE PRINT EDITION .......................................... 21

Merger plans puts weak antitrust enforcement in the spotlight .................................................................................... 21

VALOR ECONÔMICO DE 07 DE JULHO DE 2011 ................................................................................................. 22

Linde investe R$ 200 milhões em novas unidades no Brasil ....................................................................................... 22

FOLHA DE SÃO PAULO DE 08 DE JULHO DE 2011 ............................................................................................. 23

Gol compra Webjet por R$ 96 milhões ........................................................................................................................ 23

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 08 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 24

'Economist' vê envolvimento 'nebuloso' de governo em fusões no Brasil .................................................................... 24

VALOR ECONÔMICO DE 08 DE JULHO DE 2011 ................................................................................................. 25

Cade quer garantir forte concorrência no setor............................................................................................................. 25 Cade estuda a proposta de intervenção na Sadia .......................................................................................................... 25

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 09 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 26

BRF pode vender 50% das fábricas do mercado interno .............................................................................................. 26 ''Fusão é destruidora de empregos'' ............................................................................................................................... 27 Ministério recomenda aprovação da Máquina de Vendas ............................................................................................ 28 Cade quer suspender marca Perdigão ........................................................................................................................... 29 Gol compra Webjet por R$ 310,7 milhões ................................................................................................................... 29

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 10 DE JULHO DE 2011 ....................................................................................... 30

Varejo no atacado ......................................................................................................................................................... 30

ACOMPANHAMENTO LEGISLATIVO .................................................................................................................... 32

PROJETO DE LEI DA CÂMARA N.º 06/2009 (PL Nº 3937/2004) ........................................................................... 32 PROJETO DE LEI Nº 2731/2008 (PLS 75/2005) ........................................................................................................ 32 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 265/2007 ................................................................................................ 32 PARECER Nº , DE 2010 Da COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA ............................................. 34 TABELA COMPARATIVA - PLC Nº. 06/2009

* ........................................................................................................ 38

Page 3: CLIPPING DO IBRAC · 2011. 7. 11. · 17.º SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA 25/11/2011 Casa Grande Hotel Resort & Spa , Guarujá SP DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE

CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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EVENTOS 2011

8.º SEMINÁRIO SOBRE RELAÇÕES DE CONSUMO

26/9/2011 Hotel Golden Tulip, São Paulo SP

11.º SEMINÁRIO SOBRE COMÉRCIO INTERNACIONAL

7/10/2011 Tivoli São Paulo Mofarrej Hotel, São Paulo SP

4º SEMINÁRIO DE DIREITO ECONÔMICO DE BELO HORIZONTE

20/10/2011 Belo Horizonte/MG - UFMG

17.º SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA

25/11/2011 Casa Grande Hotel Resort & Spa , Guarujá SP

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 04 DE JULHO DE 2011

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO

DESPACHO DA SECRETÁRIA

Em 1o- de julho de 2011

No- 494 - Ref: Ato de Concentração nº 08012.007955/2009-15. Requerentes: Marfrig Alimentos S/A e Cargill

Alimentos S/A. Advs.: Lauro Celidonio Neto e outros. Pelos princípios da economia processual e da

eficiência da Administração Pública, nos termos do § 1º do artigo 50 da Lei nº 9.784/99, e da Portaria

Conjunta SEAE/MF e SDE/MJ nº 33/2006, concordo com o teor do parecer da Secretaria de

Acompanhamento Econômico, do Ministério da Fazenda, cujos termos passam a integrar esta decisão, como

sua motivação. Opino, consequentemente, pela aprovação do ato sem restrições, devendo este processo ser

encaminhado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, em cumprimento ao disposto no §

6º do art. 54 da Lei nº 8.884/94.

ANA MARIA MELO NETTO

Substituta

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 05 DE JULHO DE 2011

NENHUMA MATÉRIA PUBLICADA NESTA DATA

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 06 DE JULHO DE 2011

NENHUMA MATÉRIA PUBLICADA NESTA DATA

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 07 DE JULHO DE 2011

CONSELHO ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA

ATA ORDINÁRIA DE DISTRIBUIÇÃO No- 643

Dia: 06.07.2011

Hora: 10h

Presidente Substituto do Cade: Olavo Zago Chinaglia

Secretário do Plenário: Clovis Manzoni dos Santos Lores

A presente ata tem também por fim a divulgação a terceiros interessados dos atos de concentração

protocolados perante o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, nos termos do art. 54 da lei n. 8.884/94.

Foram distribuídos pelo sistema de sorteio os seguintes feitos:

Ato de Concentração nº 08012.006084/2011-29

Requerentes: MIH Latam Holdings B.V., Omnilogic Soluções Inteligentes S.A.

Advogado(s): Rodrigo Zingales Oller do Nascimento, Viviane Greche Gonçalves

Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis

Ato de Concentração nº 08012.006096/2011-53

Requerentes: Daimler AG, Robert Bosch GmbH

Advogado(s): Daniel Costa Rebello, José Alexandre Buaiz Neto

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Ato de Concentração nº 08012.006099/2011-97

Requerentes: Carlyle Europe Partners III, L.P, Gores Broadband SA

Advogado(s): Márcio Dias Soares, Renata Fonseca Zuccolo, Amadeu Carvalhaes Ribeiro

Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração nº 08012.006107/2011-03

Requerentes: BF Par Utilidades Domésticas Ltda., BF Utilidades Domésticas Ltda., Magazine Luiza S.A.

Advogado(s): José Alexandre Buaiz Neto, Marcos Pajolla Garrido, Cristianne Saccab Zarzur

Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Ato de Concentração nº 08012.006912/2011-29

Requerentes: Pfizer Inc., Synbiotics Corporation

Advogado(s): José Alberto Gonçalves da Motta, José Inácio Gonzaga Franceschini, Renata Semin Tormin

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo

Ato de Concentração nº 08012.006954/2011-60

Requerentes: EMS Tecnologies, Inc., Honeywell International, Inc.

Advogado(s): Daniel Oliveira Andreoli, Cláudio Coelho de

Souza Timm, Luciana Féres Zogbi Porto, Luis Gustavo Rolim Lima Relator: Conselheiro Ricardo Machado

Ruiz

Ato de Concentração nº 08012.006968/2011-83

Requerentes: Leader Harvest Power Technologies Holdings Limited, Schneider Electric Industries S.A.

Advogado(s): Frederico Carrilho Donas, Ana Paula Martinez

Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis

Ato de Concentração nº 08012.006991/2011-78

Requerentes: Águasclaras Investimentos Ltda., Gávea Investimentos Ltda.

Advogado(s): Cristianne Saccab Zarzur, Lilian Barreira , Fernando J.B. Ehrensperger

Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Ato de Concentração nº 08012.007000/2011-74

Requerentes: Cargill Agrícola S.A., Frigorífico Regional Indústrias Alimentícias Reconquista S.A. - FRIAR

Advogado(s): Onofre Carlos de Arruda Sampaio, Yara M. A.

Guerra Siscar, André Cutait de Arruda Sampaio, Andrea Astorga dos Prazeres

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo

Ato de Concentração nº 08012.007003/2011-16

Requerentes: EBX Holding Ltda., IMG Brazil, LLC

Advogado(s): Pedro Paulo Salles Cristofaro, Maria Donati

Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração nº 08012.007012/2011-07

Requerentes: ICAL - Indústria de Calcinação Ltda., Pedreiras Omacil Comércio e Indústria Ltda.

Advogado(s): Viviane Greche Gonçalves, Marcus Phelipe Barbosa de Souza, Rodrigo Zingales Oller do

Nascimento

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Ato de Concentração nº 08012.007038/2011-47

Requerentes: Arrebeef S.A., Cargill Agrícola S.A., Frigorífico Ecocarnes S.A., Frigorífico Gorina S.A.I.C.

Advogado(s): Onofre Carlos de Arruda Sampaio, André Cutait

de Arruda Sampaio, Yara M. A. Guerra Siscar, Andrea Astorga dos Prazeres

Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Ato de Concentração nº 08012.007039/2011-91

Requerentes: Graham Packaging Company Inc., Reynolds Group Holding Limited

Advogado(s): Helena de Sá, Victor Borges Cherulli, Tito Amaral de Andrade

Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Averiguação Preliminar nº 08012.005608/2003-54

Representantes: CONFIDENCIAL

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Processo Administrativo nº 08012.003745/2010-83

Representantes: Associação Brasileira de Televisão por Assinatura - ABTA

Representadas: Arranjadores e Regentes, Associação Brasileira de Música e Artes, Associação de Músicos,

Escritório Central de Arrecadação e Distribuição - ECAD, Sociedade Brasileira de Administração e Proteção

de Direitos Intelectuais, Sociedade Brasileira de Autores Compositores e Escritores de Música, Sociedade

Independente de Compositores e Autores Musicais, União Brasileira de Compositores

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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Advogado(s): Leonor Cordovil, Mauro Grinberg, Camila PaolettiKleber da Silva, Giselle Nunes Severo

Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

OLAVO ZAGO CHINAGLIA

Presidente do Conselho

Substituto

CLOVIS MANZONI DOS SANTOS LORES

Secretário do Plenário

PAUTA DA 495ª SESSÃO ORDINÁRIA DE JULGAMENTO

Dia: 13.07.2011

Início: 10h

Ato de Concentração nº 08012.007728/2009-81

Requerente: Hypermarcas S.A e SS Comércio de Cosméticos e Produtos de Higiene Pessoal Ltda.

Advogados: José Del Chiaro Ferreira da Rosa, Vivian Anne Fraga do Nascimento e Tatiana Lins Cruz.

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Ato de Concentração nº. 08012.002395/2010-38

Requerentes: Halliburton Energy Services, Inc. e Wellbore Energy Solutions, Inc.

Advogados: Fábio Amaral Figueira, Marina Villela Corrêa, Kárim Ozon Monfort Couri Raad, Pedro Andrés

Garcia Valenzuela e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Ato de Concentração nº. 08012.004839/2010-70

Requerentes: Ferro Conporation e Heraeus Holding GmbH.

Advogados: Syllas Tozzini, José Augusto Caleiro Regazzini, Marcelo Procópio Calliari, Marta Mitico Valente

e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Ato de Concentração nº. 08012.005884/2010-41

Requerentes: SAP AG e Sybase Inc.

Advogados: Celso Cintra Mori, Rodrigo de Magalhães Carneiro de Oliveira, Flávio Lemos Belliboni e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Ato de Concentração nº. 08012.009090/2010-57

Requerentes: AIF VII Euro Holdings, L.P. e Alcan Holding Switzerland AG

Advogados: José Augusto Caleiro Regazzini, Marcelo Procópio Calliari, Marta Mitico Valente, Daniel

Oliveira Andreoli e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Ato de Concentração nº 08012.002352/2011-33

Requerente: On/Off Manufatura e Comércio de Válvulas Ltda. e Vescon Equipamentos Industriais Ltda.

Advogados: Bruno Dario Werneck e Gustavo Flausino Coelho Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Ato de Concentração nº. 08012.004858/2011-87

Requerentes: Yukon Acquisition Inc. e Husky International Ltd.

Advogados: Amadeu Carvalhes Ribeiro, Renata Fonseca Zuccolo e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Ato de Concentração nº 08012.005862/2011-62

Requerentes: ABB Ltd e EAM Software Holdings Pty Ltd.

Advogados: Marcelo Procópio Calliari, Marta Mitico Valente, Daniel Oliveira Andreoli, Denis Alves

Guimarães e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Ato de Concentração nº. 08012.006123/2011-98

Requerentes: Klöckner & Co SE e Blue Ocean Empreendimentos e Participações Ltda.

Advogados: João Geraldo Piquet Carneiro, Fábio Amaral

Figueira, Mariana Villela Corrêa, Leonardo Maniglia Duarte e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Ato de Concentração nº 08012.000078/2011-68

Requerentes: Standard Logística e Distribuição S.A., ALL - América Latina Logística S.A. e Brado Logística

e Participações S.A.

Advogados: Eduardo Molan Gaban, Luciano Inácio de Souza e outros

Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Ato de Concentração nº 08012.004630/2011-97

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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Requerentes: Capime do Brasil Indústria, Comércio e Serviços em Petróleo e Energia Ltda. e C. L. Engenharia

Ltda..

Advogados: Francisco Ribeiro Todorov, Milena Fernandes Mundim e outros

Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Ato de Concentração nº 08012.005967/2011-11

Requerentes: Usina Santa Adélia S.A. e Pioneiros Bioenergia S.A.

Advogados: Lilian Barreira, Leda Batista da Silva, Cristianne Saccab Zarzur e outros

Relator: Conselheiro Ricardo Machado Ruiz

Ato de Concentração n° 08012.013055/2010-32

Requerentes: Titan Tire Corporation e The Goodyear Tire & Rubber Company.

Advogados: Cristianne Saccab Zarzur, Lilian Barreira, Bruno De Luca Drago e outros

Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis

Ato de Concentração n° 08012.000618/2011-11

Requerentes: Robert Bosch GmbH e Beissbarth GmbH.

Advogados: José Alexandre Buaiz Neto, Marco Aurélio Martins Barbosa, Leonardo Leres da

Rocha e Silva

Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis

Ato de Concentração n° 08012.003851/2011-48

Requerentes: Scansource do Brasil Participações Ltda. E CDC Brasil S.A.

Advogados: Bruno de Luca Drago, Fabianna Vieira Barbosa Morselli, Mário Roberto

Villanova Nogueira

Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis

Ato de Concentração n° 08012.005891/2011-24

Requerentes: Projetos Ecoflorestais Participações S.A., Myrtales Fundo de Investimento em Participações,

Gesheft Fundo de

Investimento em Participações e Eco Brasil Florestas S.A.

Advogados: Fabíola Cammarota de Abreu, Joyce Midori Honda, Ricardo Lara Gaillard e outros

Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis

Ato de Concentração n° 08012.006122/2011-43

Requerente: Petróleo Brasileiro S.A.

Interessadas: Suape Energética II S.A. e Nova Cibe Energia S.A.

Advogados: André de Almeida Barreto Tostes, Nathalia Ianni Ribeiro, Helaine Maia da Silva Seixas e outros.

Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis

Ato de Concentração n° 08012.006399/2011-76

Requerentes: Farmoquímica S.A. e Bristol-Myers Squibb Company.

Advogados: Carolina Maria Matos Vieira, Tito Amaral de Andrade e Maria Eugênia Novis

Relator: Conselheiro Alessandro Octaviani Luis

Ato de Concentração nº 08012.007197/2010-61

Requerentes: Corn Products Brasil - Ingredientes Industriais Ltda. e National Starch & Chemical Industrial

Ltda.

Advogados: Rodrigo de Magalhães Carneiro de Oliveira, Fabricio Antonio Cardim de Almeida e outros

Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração 08012.011521/2010-45

Requerentes: Companhia Brasileira de Alumínio e Metalatex Ltda.

Advogados: Gianni Nunes de Araújo, Andrea Fabrino Hoffman Formiga, Aylla Mara de Assis e outros

Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração 08012.004407/2011-40

Requerentes: Laboratório Pfizer Ltda. e F.B.M Indústria Farmacêutica Ltda.

Advogados: José Ignácio Gonzaga Franceschini, Custodio da Piedade U. Miranda e outros

Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração nº 08012.006204/2011-98

Requerentes: OAS Empreendimentos S.A. e GID Brazil Participações Ltda.

Advogados: Pedro Dutra, Patrícia de Campos Dutra, e outros

Relator: Conselheiro Elvino de Carvalho Mendonça

Ato de Concentração nº 08012.007481/2009-01

Requerentes Baker Hughes Incorporated e BJ Services Company Advogados: Mário Roberto Villanova

Nogueira, Bruno De Luca Drago, Marianna Picanço e outros

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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Ato de Concentração nº 08012.010747/2010-29

Requerentes: BR Malls Participações S.A. e Crystal Administradora de Shopping Centers Ltda.

Advogados: Sérgio Varella Bruna, Natalia S. Pinheiro da Silveira

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo

Ato de Concentração nº 08012.004995/2011-11

Requerentes: Bosch Rexroth AG e Dana Holding Corporation Advogados: José Alexandre Buaiz Neto,

Marcos Drummond Malvar e outros

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo

Ato de Concentração nº 08012.005762/2011-36

Requerentes: Geo Eventos S.A. e Outplan Sistemas S.A.

Advogados: Luciano Inácio de Souza, Thiago Francisco da Silva Brito, Murilo Machado Sampaio Ferraz

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo

Ato de Concentração nº 08012.005792/2011-42

Requerentes: Mosaico Negócios de Internet S.A. Polis Investiments Holding, Inc., Valônia Serviços de

Intermediação e Participações S.A.

Advogados: Luciano Inácio de Souza, Thiago Francisco da Silva Brito, Murilo Machado Sampaio Ferraz

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo

Averiguação Preliminar nº 08012.012116/1999-50

Representante: Ministério Público do Estado de Santa Catarina e Fabrycio da Silva Raupp

Representada: Postos Revendedores de Combustíveis de Florianópolis/SC

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Averiguação Preliminar nº 08012.004308/2005-10

Representante: Ministério Público do Rio de Janeiro

Representada: Informix do Brasil Comércio e Serviços Ltda.

Advogados: Eduardo Caminati Anders e outros

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Averiguação Preliminar nº 08700.000558/2008-75

Representante: Rio Urbe - Empresa Municipal de Urbanização

Representada: Ortosíntese Indústria e Comercio Ltda.

Advogados: Ana Lúcia M. P. Cardoso de Mello e Maria Cristina Berto Kuester

Relator: Conselheiro Olavo Zago Chinaglia

Averiguação Preliminar nº 08012.002417/2008-45

Representante: Redisbel - Redenção Distribuidora de Bebidas Ltda

Representados: Companhia de Bebidas da América- AMBEV

Advogado(s): Carlos Francisco de Magalhães e outros

Relator: Conselheiro Carlos Emmanuel Joppert Ragazzo

Processo Administrativo nº 08012.005928/2003-12

Representante: DPDE/SDE "ex officio"

Representada: Merck S.A.

Advogados: Mauro Grinberg, Carlos Amadeu B. P. de Barros

Relator: Conselheiro Marcos Paulo Verissimo

OLAVO ZAGO CHINAGLIA

Presidente Substituto do Conselho

Substituto

CLOVIS MANZONI DOS SANTOS LORES

Secretário do Plenário

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO

DESPACHOS DO SECRETÁRIO

Em 6 de julho de 2011

O SECRETÁRIO DE DIREITO ECONÔMICO, no uso das competências que lhe foram atribuídas pela Lei nº

8.884, de 11 de Junho de 1994, e com base no disposto na Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, opina pela:

Nº 495 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.005877/2011- 21 em que são Requerentes: Thomson

Reuters Serviços Econômicos Ltda. e TSL - Tecnologia em Sistemas de Legislação S/A Mastersaf. Advs.:

Cristianne Saccab Zarzur e outros.

Nº 496 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.004533/2011- 02 em que são Requerentes: Silgan

Holdings Inc e Graham Packaging Company Inc. Advs.: Cristiane Saccab Zarzur e outros.

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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Nº 497 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.006711/2011- 21 em que são Requerentes: WPP

Comunicação Digital do Brasil Ltda e FBZ Participações S.A. Advs.: Tiago Machado Cortez e Eloy Rizzo

Neto.

Nº 498 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.006490/2011- 91 em que são Requerentes: Cielo S/A e

Braspag Tecnologia em Pagamento Ltda. Advs.: Caio Mario da Silva Pereira Neto e outros.

Nº 499 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.006545/2011- 63 em que são Requerentes:

Sodrugestvo do Brasil Representação, Importação e Exportação Ltda e Sogo Southocean S.A Grãos e Óleos

Comércio, Exportação e Importação. Advs.: Tito Amaral de Andrade e outros.

Nº 500 - Aprovação do Ato de Concentração nº 08012.006427/2011- 55 em que são Requerentes: Südzucker

AG Mannheim/Ochsenfurt e ED&F Man Holdings Ltd. Advs.: José Augusto Regazzini e outros.

No- 501 - Ref.: Procedimento Administrativo no 08012.011250/ 2008- 11. Representante: Ministério Público

do Estado do Paraná. Representados Distribuidoras e revendedores de combustíveis no município de

Curitiba/PR.

Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pelo Diretor do Departamento de Proteção e Defesa Econômica, Dr.

Diogo Thomson Andrade, e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei n.º 9.784/1999, integro as suas razões à

presente decisão, inclusive como sua motivação.

Tendo em vista que a denúncia em análise é alcançável pelos dispositivos da Lei n.º 8.884/94, e com vistas a

garantir o seu exame pelo CADE em sede de recurso de ofício, determino a promoção de Averiguação

Preliminar, nos termos do artigo 30 da Lei n.º 8.884/94. No entanto, considerando os fundamentos expostos na

Nota Técnica exarada pelo Departamento de Proteção e Defesa Econômica, entendo que não foram

observados indícios de infração à ordem econômica suficientes para a instauração de Processo Administrativo.

Por esse motivo, determino o arquivamento da presente Averiguação Preliminar recorrendo de ofício ao

CADE nos termos do art. 31 da Lei n.º 8.884/94 e do art. 44 da Portaria MJ n.º 456/2010.

No- 502 - Ref: Ato de Concentração nº 08012.012830/2010-32. Requerentes: Qualicorp Administradora de

Benefícios Ltda., Divicom Administradora de Benefícios Ltda. e Divicom Gestão de Benefícios Ltda.. Advs.:

Lauro Celidonio Neto e outros. Considerando o pedido de fls. apresentado pelas Requerentes, opino, pois,

pelo arquivamento do presente Ato de Concentração sem julgamento de mérito, por perda de objeto, e

determino o encaminhamento dos autos ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE, para

providências cabíveis.

No- 503 - Ref.: Procedimento Administrativo nº 08012.011042/2005- 61. Representante: Ministério Público

do estado da Bahia. Representados: Shell Brasil Ltda., Sérgio Victor Olbrich e Eduardo Silva Moisés. Advs.:

José Inácio Gonzaga Franceschini, Cristhiane Helena Lopes Ferrero e outros.

Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pelo Coordenador- Geral de Controle de Mercado, Dr. Ravvi

Augusto de Abreu Coutinho Madruga, e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei n.º 9.784/1999, integro as suas

razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Decido, pois, pela rejeição das preliminares argüidas

pelos Representados e pela intimação dos mesmos para que, no prazo de 15 (quinze) dias, a serem contados

em dobro, especifiquem as provas que pretendem produzir, justificando sua necessidade, e apresentando, na

oportunidade, o rol das testemunhas, caso esse meio probatório seja do interesse dos Representados,

precisando o nome, a profissão, a residência e o local do trabalho das testemunhas nos termos do art. 407 do

CPC e do art. 48 da Portaria MJ n.º 456/2010. Ao Departamento de Proteção e Defesa Econômica.

No- 504 - Ref.: Processo Administrativo no 08012.012081/2007-48. Representante: Conselho Administrativo

de Defesa Econômica (CADE). Representadas: Administradora PMV S.A, Multiplan Empreendimentos

Imobiliários S.A., Saphyr Administradora de Centros Comerciais S.A., Participações Morro Vermelho S/A,

Plaza Shopping Administradora Ltda., Condomínio Morumbi Shopping, Condomínio Pró-Indiviso Shopping

Villa Lobos, Condomínio Shopping Jardim Sul e Condomínio Comercial do Shopping Pátio Higienópolis.

Advs.: Gustavo Pinheiro Guimarães Padilha, José Inácio Gonzaga Franceschini, Túlio do Egito Coelho,

Mabel Lima Tourinho, Arileide Fonseca Neves Moura, Marcelo Maciel T. Filho, Alessandro Marius O.

Martins, Daniela Grassi Quartucci, José Del Chiaro Ferreira da Rosa e outros.

Decido pelo arquivamento do presente Processo Administrativo em relação aos Representados

Administradora PMV S/A, Participações Morro Vermelho S/A e Condomínio Shopping Jardim Sul em razão

do cumprimento de suas obrigações estabelecidas no Termo de Compromisso de Cessação celebrado com o

Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Recorro de ofício ao CADE, nos termos do art. 39 da Lei nº

8.884, de 11 de junho de 1994, e do art. 49 da Portaria MJ nº 456/2010.

No- 505 - Ref.: Procedimento Administrativo no 08012.003185/2007- 61. Representante: Ministério Público

do Estado de Mato Grosso. Representados: Postos de revenda de combustíveis da Grande Cuiabá e Sindicato

do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Mato Grosso - SINDIPETROLEO.

Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pelo aprovada pelo Diretora Substituta do Departamento de Proteção

e Defesa Econômica, Dra. Ana Maria Melo Netto, e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei n.º 9.784/1999,

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Tendo em vista que a denúncia em

análise é alcançável pelos dispositivos da Lei n.º 8.884/94, e com vistas a garantir o seu exame pelo CADE em

sede de recurso de ofício, determino a promoção de Averiguação Preliminar, nos termos do artigo 30 da Lei

n.º 8.884/94. No entanto, considerando os fundamentos expostos na Nota Técnica exarada pelo Departamento

de Proteção e Defesa Econômica, entendo que não foram observados indícios de infração à ordem econômica

suficientes para a instauração de Processo Administrativo. Por esse motivo, determino o arquivamento da

presente Averiguação Preliminar recorrendo de ofício ao CADE nos termos do art. 31 da Lei n.º 8.884/94 e do

art. 44 da Portaria MJ n.º 456/2010.

VINICIUS MARQUES DE CARVALHO

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO DE 08 DE JULHO DE 2011

SECRETARIA DE DIREITO ECONÔMICO

DESPACHOS DO SECRETÁRIO

Em 7 de julho de 2011

Nº 508 - Ref.: Processo Administrativo no 08012.006969/2000-75. Representante: Comitê de Integração de

Entidades Fechadas de Assistência à Saúde - CIEFAS (atualmente designado União Nacional das Instituições

de Autogestão em Saúde - UNIDAS). Representados: Hospital Santa Lúcia S/A, Hospital Santa Luzia S/A,

Hospital Anchieta, Hospital Daher Lago Sul, Hospital Santa Marta Ltda, Hospital Geral e Ortopédico,

Hospital Santa Helena, Hospital São Francisco, Hospital São Lucas, Hospital Prontonorte Ltda, Hospital

Brasília - LAF, Promédica Clínica Ltda, Sindicato Brasiliense de Hospitais - SBH, Associação de Médicos de

Hospitais Privados do Distrito Federal - AMHPDF, Associação Médica de Assistência Integrada - AMAI,

União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde - UNIDAS, e Centro Médico Hospitalar Renascer.

Advogados: Flávio Dickson M. Ramos, Osmar Aarão Gonçalves de Lima Filho, Daniel Santos Guimarães e

outros.

Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pela Diretora Substituta do DPDE, Dra. Ana Maria Melo Netto, e,

com fulcro no §1º do art. 50, da Lei nº 9.784/99, integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua

motivação. Decido, pois, pelo indeferimento das preliminares suscitadas pelos Representados. Com relação ao

pedido de oitiva de testemunhas realizado pela Representada Associação Médica de Assistência Integrada -

AMAI, indefiro a oitiva do Sr. Roberto Walter Santos Valente na qualidade de testemunha, com supedâneo no

art. 405, § 2º, inciso III, do Código de Processo Civil, acatando que seja ouvido na qualidade de informante.

Defiro a oitiva das demais testemunhas indicadas pela AMAI, determinando a realização da diligência na data,

horários e local consignados na Nota Técnica de fls. Caso seja de interesse, poderá a Representada requerer

alternativamente que as informações a serem acrescidas pelas referidas pessoas sejam prestadas por meio de

ofício. Nesse caso, fica a AMAI intimada para que, no prazo de 10 (dez) dias, apresente (i) questionamentos

escritos a serem endereçados às pessoas arroladas, ou (ii) declarações das citadas pessoas com as informações

fáticas que conhecem a respeito do mérito do Processo Administrativo em epígrafe. Intimem-se as

testemunhas para a realização de oitivas na data, horários e local consignados na Nota Técnica de fls. Fica a

Representada intimada da realização das oitivas, conforme cronograma apresentado na Nota Técnica de fls.

Nº 510 - Ref.: Averiguação Preliminar n.º 08012.008583/2003-41. Representante: Secretaria de Estado da

Segurança Pública - Comarca de Guaxupé-MG. Representados: Postos Revendedores de Combustíveis do

Município de Guaxupé/MG. Acolho a Nota Técnica de fls., aprovada pelo Diretor do Departamento de

Proteção e Defesa Econômica, Dr. Diogo Thomson de Andrade e, com fulcro no §1º do art. 50, da Lei n.

9.784/99, integro as suas razões à presente decisão, inclusive como sua motivação. Revogo o tratamento

sigiloso decretado para os presentes autos por meio do despacho de fls. 408 e, tendo em vista que não constam

nos autos indícios suficientes a comprovar a prática de infração contra a ordem econômica tipificada no art.

20, incisos I, III e IV c/c art. 21, incisos I, II, e VIII, ambos da Lei n.º 8.884/94, determino seu arquivamento,

recorrendo-se de ofício ao CADE, nos termos do artigo 31 da Lei 8.884/94 e do artigo 44 da Portaria MJ nº

456/2010. VINÍCIUS MARQUES DE CARVALHO

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FOLHA DE SÃO PAULO DE 04 DE JULHO 2011

CASINO PEDE PARA BNDES NÃO FINANCIAR FUSÃO PÃO DE AÇÚCAR/CARREFOUR

LEILA COIMBRA DO RIO

O presidente do grupo francês Casino, Jean Charles Naouri, se reuniu na noite desta segunda-feira com

Luciano Coutinho, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), para

reforçar sua posição contrária à fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour. A reunião foi reservada e os

executivos não deram entrevista à imprensa após o encontro.

Naouri quer que o BNDES desista de financiar a operação. O BNDES, que a princípio estava apoiando as

negociações, afirmou que só vai financiar a fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour se houver acordos

amigáveis

A Folha apurou que Naouri reclamou que ainda não recebeu a proposta oficial de fusão entre os dois grupos,

mais de uma semana após o anúncio oficial da operação.

Abilio Diniz disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que enviou a proposta no dia 28 de junho.

Para que a documentação seja apresentada, é necessário que seja convocada uma reunião da Wilkes, a holding

que controla a varejista brasileira e cujo capital é dividido entre o Casino e a família Diniz. O Casino possui

43,1% das ações do Wilkes.

O grupo francês tem adquirido ações preferenciais do Pão de Açúcar no mercado brasileiro a preços

relativamente altos para elevar sua participação na holding controladora da rede varejista brasileira.

Nesta segunda-feira, o Casino anunciou a abertura de um segundo procedimento em tribunal internacional

contra Abílio Diniz.

CARREFOUR Mais cedo, o conselho de administração do Carrefour apoiou o plano de fusão, estratégia que pode elevar a

proporção das vendas vinda de mercados em crescimento para mais de 40% em 2013, informou a companhia.

"Esta transação, se completada, vai levar à criação de uma grande empresa de varejo no Brasil, o terceiro

maior mercado do mundo em termos de gasto com alimentos", informou o Carrefour.

O Casino, por sua vez, afirmou em comunicado que o apoio do Carrefour à fusão pode implicar em

responsabilização da rede "e dos membros do seu conselho por aceitarem, apesar de repetidos alertas, uma

transação hostil, resultado de negociações ilegais".

Em série de entrevistas concedidas no Brasil na semana passada, Diniz afirma que não violou o acordo de

acionistas que mantém com o Casino por meio da holding Wilkes e que chegou a informar o presidente do

Casino sobre a ideia de fusão com o Carrefour.

GOVERNO O ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) afirmou hoje que o governo

não irá mais se manifestar sobre as negociações envolvendo o Carrefour e o Pão de Açúcar para não atrapalhar

as negociações entre as empresas.

Pimentel também afirmou que o BNDES tem autonomia para decidir se participa ou não dessa operação de

fusão entre as empresas supermercadistas.

"O que tínhamos a dizer sobre isso, já dissemos. Agora, qualquer declaração pode atrapalhar o andamento das

negociações que estão em curso neste momento entre grupos privados. O governo não deve se manifestar.

Vamos aguardar a solução natural das coisas", limitou-se a dizer o ministro após o velório do presidente

Itamar Franco no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.

Editoria de Arte/Folhapress

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OPOSIÇÃO A oposição quer aprovar audiência pública no Senado para discutir o uso de verbas do BNDES para financiar

a aquisição da operação brasileira do Carrefour pelo Pão de Açúcar.

De acordo com o líder tucano no Senado, Alvaro Dias (PSDB-PR), o PSDB irá solicitar a audiência à CAE

(Comissão de Assuntos Econômicos) da casa.

O senador, de acordo com a Agência Senado, disse que, se o requerimento for aprovado, serão convidados o

presidente do BNDES, Luciano Coutinho; o presidente do conselho de administração do Grupo Pão de

Açúcar, Abílio Diniz; e um representante do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica); entre

outros.

Dias afirmou que o eventual financiamento do BNDES a essa operação "é um escândalo e representa um caso

de Robin Hood às avessas, já que retira recursos dos pobres para dar aos ricos".

Coutinho já avisou Diniz que o governo Dilma Rousseff não vai sustentar a operação se houver conflito entre

os sócios.

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 04 DE JULHO DE 2011

BRF QUER MAIS TEMPO PARA NEGOCIAR COM O CADE

CÉLIA FROUFE - Agencia Estado

BRASÍLIA - O presidente da BRF Brasil Foods, José Antônio Fay, afirmou hoje que a empresa gostaria de ter

um tempo maior para negociar com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) uma proposta

que leve à aprovação da fusão entre Sadia e Perdigão. "O tempo não deveria ser limitante", disse. Ao que tudo

indica o julgamento desse processo será realizado na próxima sessão da autarquia, marcada para o dia 13.

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O órgão antitruste tem, no entanto, 60 dias para pôr um ponto final na questão e teria como levar a avaliação

para o dia 27 de julho. Ocorre, no entanto, que essa data está muito próxima do fim do prazo, o que torna a

situação pouco confortável para o Cade.

Fay reconhece que a decisão sobre a data caberá exclusivamente ao Conselho e afirma que não solicitará

formalmente um novo adiamento. Segundo ele, os conselheiros continuam reunidos hoje para tratar

justamente dessa questão. O presidente da BRF confirmou que a empresa não chegou a enviar nenhuma

proposta concreta aos integrantes do Conselho hoje. "Cada reunião é um ponto de avanço, ajuda a construir o

processo", afirmou ao sair da sede do Cade, em Brasília.

DR. OETKER VAI AO CADE CONTRA A FUSÃO SADIA/PERDIGÃO

CÉLIA FROUFE - Agencia Estado

BRASÍLIA - Ao mesmo tempo que a BRF Brasil Foods tenta convencer o Conselho Administrativo de Defesa

Econômica (Cade) da importância da fusão entre Sadia e Perdigão, as empresas concorrentes do setor se

esforçam em mostrar justamente o contrário, ou seja, que o negócio pode ser prejudicial à concorrência. Os

advogados do Sampaio Ferraz Advogados, defensores da Dr. Oetker, agendaram para a próxima quinta-feira

uma reunião com o conselheiro Alessandro Octaviani.

Na semana passada, os advogados da Dr. Oetker também estiveram reunidos com os conselheiros Ricardo

Ruiz e Marcos Veríssimo. Ruiz está com o processo depois que pediu vista dos autos no início do mês

passado. Até o momento, apenas o relator Carlos Ragazzo se pronunciou sobre o caso, votando contra a

operação. A Dr. Oetker também deve marcar audiência com Olavo Chinaglia, o conselheiro que preside a

sessão de julgamento do negócio entre Sadia e Perdigão.

Antes da leitura do voto de Ragazzo, no dia 8 de junho, o advogado da Dr. Oetker, Thiago Brito, apresentou

suas alegações contra a operação. Ele solicitou ao Cade que vetasse a união. "A Dr. Oetker entende que a

reprovação da operação é a saída tendo em vista os moldes em que se encontra a operação. A não ser que se

crie um terceiro player para rivalizar, o que é impossível no nosso entender", avaliou o advogado na ocasião.

Brito reforçou que a fusão traz "altíssimas concentrações" de mercado porque as marcas Sadia e Perdigão são

a primeira e segunda opção do consumidor. Além disso, conforme o advogado, as empresas blindam a

possibilidade da chegada de novos entrantes no mercado com as marcas de combate. "Prevalece a lei dos mais

fortes", pontuou.

CARREFOUR DÁ SINAL VERDE À FUSÃO COM PÃO DE AÇÚCAR; SAIBA MAIS SOBRE O PLANO

Operação formaria uma companhia responsável por um terço do comércio varejista no Brasil.

Da BBC Brasil em Brasília - O conselho administrativo do grupo francês Carrefour informou nesta segunda-

feira, por meio de comunicado, que é favorável ao plano de fusão com a rede brasileira de supermercados Pão

de Açúcar.

A operação formaria uma companhia responsável por um terço do comércio varejista no Brasil e garantiria à

empresa brasileira participação em uma das maiores redes de supermercados do mundo.

No entanto, o negócio enfrenta uma série de obstáculos, entre os quais a oposição do grupo francês Casino,

que detém parte do Pão de Açúcar e é um dos maiores concorrentes do Carrefour na França.

Após o Carrefour comunicar que é favorável à fusão, o Casino afirmou que o concorrente pode ser processado

por aprovar uma "transação hostil, advinda de negociações ilegais".

A negociação também tem recebido críticas por prever uso de recursos do Banco Nacional do

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Saiba mais sobre o negócio envolvendo Carrefour e Pão de Açúcar:

Como funcionaria a fusão entre Pão de Açúcar e Carrefour?

Em 28 de junho, a rede varejista francesa Carrefour comunicou ter recebido uma proposta de fusão de suas

operações no Brasil com o Grupo Pão de Açúcar.

A operação, articulada pelo empresário e proprietário de 21% do Pão de Açúcar, Abilio Diniz, seria

viabilizada por meio de uma injeção de R$ 3,9 bilhões do BNDES, que passaria a ter participação na nova

empresa.

Pela fusão, o Pão de Açúcar - que já controla as redes de supermercado Extra, CompreBem, Sendas, Ponto

Frio e Casas Bahia - passaria a dividir o controle das operações do Carrefour no Brasil. A nova empresa seria

responsável por 32,4% do comércio varejista no país.

Além disso, o Grupo Pão de Açúcar passaria a ter 11,7% do Carrefour mundial.

Quais são os argumentos do Casino contra a operação?

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O grupo francês Casino, que detém 43,1% do Pão de Açúcar e concorre com o Carrefour na França, diz que

não foi consultado sobre a fusão, e que as partes envolvidas no negócio "ignoram deliberadamente tanto a lei e

os contratos quanto os princípios fundamentais da ética comercial".

O Casino, que investiu no Pão de Açúcar em 1999, quando o grupo brasileiro enfrentava dificuldades

financeiras, diz que negociou em 2005 com Diniz para ter o direito de controlar a empresa a partir de 2012.

Caso a fusão com o Carrefour ocorra, o Casino perderá este direito.

Rumores sobre a articulação para a fusão já circulavam há alguns meses e fizeram o Casino levar o caso a uma

câmara internacional de arbitragem de conflitos societários.

A rede diz esperar que as autoridades brasileiras não deem aval à transação, que, segundo ela, viola "direitos

legitimamente constituídos de acordo com as leis do país".

Como Abilio Diniz justifica a operação?

Ao negociar com o Carrefour, Diniz diz ter agido de forma "absolutamente legítima, de acordo com a

legislação brasileira, os acordos de acionistas e os princípios de ética comercial".

Ele afirma que a fusão visa tornar a companhia maior, mais eficiente e lucrativa, e que espera que todos os

acionistas do grupo, inclusive o Casino, apreciem a proposta "com respeito e seriedade".

Quais são as demais objeções à operação?

Críticos dizem que a fusão tornaria o mercado varejista brasileiro ainda mais concentrado, diminuindo a

concorrência e prejudicando os consumidores.

Atualmente, as cinco maiores redes de supermercados do país faturam o equivalente a 46% das receitas das

empresas que atuam no segmento.

Em grandes centros urbanos, no entanto, a concentração é ainda maior: no Estado de São Paulo, Pão de

Açúcar e Carrefour são responsáveis por 47% do faturamento no setor.

Críticos também questionam o uso de grande quantia de verbas públicas - via BNDES - em uma operação que

envolve grandes empresas e que, segundo eles, não traria benefícios aos brasileiros.

O PSDB e o DEM já anunciaram que pretendem convocar membros do governo ao Congresso para esclarecer

o uso de pelo menos R$ 3,9 bilhões de dinheiro público na operação.

Qual é a posição do governo?

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse que a atuação do BNDES na fusão não envolveria

recursos públicos, já que ocorreria por meio da BNDESPar, braço de participações do banco em empresas

privadas.

Segundo ela, trata-se de uma operação de mercado, que não depende de decisões do governo.

Para o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a fusão teria importância estratégica para o Brasil, já

que, segundo ele, abriria portas para produtos brasileiros no mercado internacional.

O que falta para que a proposta se concretize?

Ela precisa ser aprovada pelos acionistas do Pão de Açúcar, inclusive pelo Casino.

Também está sujeita à avaliação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que analisaria se a

nova empresa seria nociva ao setor varejista e aos consumidores brasileiros.

Na França, como o Casino passaria a ter participação indireta no Carrefour, autoridades locais também podem

impor restrições ao negócio. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução

sem autorização por escrito da BBC

INTERESSADOS EM MEGAFUSÃO INICIAM CONTATOS COM CADE

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - Apesar da ferrenha resistência do sócio Casino ao negócio, os interessados na megafusão entre

Pão de Açúcar e Carrefour já começam a traçar sua estratégia para tentar aprovar a operação no Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

A linha central da argumentação é convencer os órgãos de defesa da concorrência que as concentrações

excessivas de mercado estão restritas a poucos municípios. As empresas, porém, estão cientes que a

megafusão no varejo é "delicada" e que vai exigir concessões.

Os contatos com as autoridades já começaram. Na semana passada, representantes dos investidores que

querem a fusão conversaram com o Cade, com a Secretaria de Direito Econômico (ministério da Justiça) e

com a Secretaria de Acompanhamento Econômico (Fazenda).

As conversas, por enquanto, são para informar que o negócio ainda está em fase de análise pelos sócios e que

deve ser comunicado ao Cade assim que for concluído. Ainda não houve troca de informações sobre a

operação.

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Segundo consultorias envolvidas no processo, as empresas reconhecem que, provavelmente, será necessário

assinar um Acordo de Preservação da Reversibilidade da Operação (Apro) com o Cade - um instrumento

jurídico que mantenha as empresas separadas enquanto o governo faz a análise do negócio.

Concentração Os cálculos preliminares feitos pelas consultorias apontam que Pão de Açúcar e Carrefour estão presentes, ao

mesmo tempo, em 70 dos 180 municípios onde atuam. Em apenas 25, a concentração seria "significativa", ou

acima de 50%. O Cade, no entanto, já considerou preocupante concentrações acima de 20% a 30%. As

informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

PROCESSO DE FUSÃO IMPACTA DIRETAMENTE NA COTAÇÃO DAS AÇÕES DAS COMPANHIAS

Segundo especialistas em finanças pessoais, pequeno investidor deve ter sangue frio e manter a posição da

carteira enquanto fusão ocorre

04 de julho de 2011 | 0h 00

Roberta Scrivano e Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S.Paulo

O anúncio da fusão de duas empresas impacta diretamente a cotação das ações das companhias envolvidas no

processo. Ter sangue frio para encarar as fortes oscilações que os papéis terão e, ao mesmo tempo, paciência

para entender com profundidade o negócio é essencial para os acionistas minoritários.

Para poucos. Falta de conhecimento do pequeno investidor pode fazê-lo tomar a decisão errada em momentos

de oscilação

Especialistas em finanças pessoais são quase unânimes na recomendação de manutenção da posição da

carteira durante os processos de fusão. Fábio Gallo, professor de finanças da PUC, lembra, por exemplo, que

na quarta-feira, quando o Pão de Açúcar propôs a fusão ao Carrefour, as ações da rede varejista brasileira

subiram 12%.

"Alguns acionistas optaram por vender os papéis no dia e realizar esse lucro", pontua. Para ele, no entanto, a

melhor estratégia a ser adotada neste caso é manter as ações na carteira. "O Pão de Açúcar já é uma empresa

muito sólida. Com a fusão, ganhará ainda mais musculatura para competir, por exemplo, com o Wall-Mart",

completa. Para ele, portanto, a perspectiva no longo prazo é de alta nas cotações.

A posição de Gallo é reforçada pelo professor de finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Rogério

Sobreira. "Agora começa a haver algumas incertezas sobre essa fusão. Você tem o início do que parece ser

uma batalha não desprezível, com impacto sobre a capacidade da companhia gerar valor", afirma.

Ele ressalta ainda que a aprovação da fusão também depende do Conselho Administrativo de Defesa

Econômica (Cade) se o processo for adiante. "O pequeno investidor não é um especulador profissional, então

ele não tem a capacidade de identificar o ponto de saída ideal no meio dessa turbulência."

O processo de fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour ainda é um assunto recente e com poucos detalhes

divulgados oficialmente. Nem a Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec, que representa os

acionistas minoritários) se sente segura para opinar sobre o caso e orientar os pequenos investidores. "Ainda

não dá para se posicionar", informa a assessoria de imprensa da entidade.

Para alguns especialistas do mercado, pelo desenho da transação proposta, os acionistas minoritários do Pão

de Açúcar passarão a ser acionistas de uma holding puramente financeira.

Mauro Calil, educador financeiro, recomenda que o pequeno investidor entre em contato com a sua corretora

de valores para pedir mais informações. "O que eles souberem, certamente repassarão ao cliente", indica.

Para Calil, manter as ações do Pão de Açúcar na carteira também é positivo. "Pouco se sabe sobre o processo,

mas, aparentemente, será vantajoso aos acionistas", comenta.

Futuro. Para o pequeno investidor que tem ações do Pão de Açúcar, Sobreira recomenda que acompanhe o

tratamento que a nova empresa - que resulta da fusão - dará para os acionistas minoritários.

"É importante saber qual tratamento que a companhia vai dar. Como é que ela vai trocar as ações", afirma. "O

pequeno investidor, que tinha ação da companhia A ou da companhia B, como é que ele fica em relação à

companhia C", completa.

Sobreira lembra que acompanhar o desempenho das empresas das quais o investidor têm ações é básico para

quem investe no mercado acionário.

"Esse cuidado deve aumentar ainda mais num caso de fusão", recomenda o professor de finanças da FGV.

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VALOR ECONÔMICO DE 04 DE JULHO DE 2011

VAREJO: SÃO PAULO E REGIÃO METROPOLITANA SERIAM OS CASOS MAIS DIFÍCEIS DE

JULGAR PELA SOBREPOSIÇÃO DE LOJAS

Decisão do Cade deve ocorrer só em 2013

Juliano Basile | De Brasília

Assim que chegar aos órgãos antitruste de Brasília, a união entre o Pão de Açúcar e o Carrefour vai ficar mais

de um ano sob a análise da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda,

antes de ir para julgamento final no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), onde deve

demorar pelo menos mais seis meses de análise. Com isso, as empresas, os fornecedores e os consumidores

vão poder saber apenas em 2013 se o negócio vai ser aprovado ou não.

A estimativa desse prazo foi feita com base em outros casos de grandes fusões e aquisições no varejo que

passaram pelos órgãos antitruste. A compra da rede Sendas pelo Pão de Açúcar demorou mais de um ano na

Seae, entre 2004 e 2005. Depois, precisou de mais alguns meses para receber o aval do Cade. Hoje, o órgão

antitruste analisa a aquisição das últimas ações do Sendas, que foram feitas no começo do ano, e ainda não

chegou a uma conclusão.

A união entre o Pão de Açúcar, as Casas Bahia e o Ponto Frio também ficou mais de um ano na Seae. O

negócio foi fechado em dezembro de 2009. Em março passado, recebeu parecer da Fazenda pela aprovação

condicionada à venda de algumas lojas. Agora, mais de um ano e meio depois do início da análise, o caso está

no Cade para julgamento final.

No caso da possível união entre o Pão de Açúcar e o Carrefour, a cidade de São Paulo e a sua região

metropolitana seriam os locais mais complexos de análise. Segundo estudos preliminares, São Paulo concentra

mais lojas de ambas as redes e é também onde há maior consumo e poder aquisitivo no país. Já os locais mais

tranquilos do ponto de vista da concorrência são os estados onde não há loja do Pão de Açúcar e do Extra: Rio

Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo e a região Norte. Ao todo, há sobreposição de lojas do Pão de

Açúcar em 75 das 178 cidades onde ambas atuam. A concentração seria fortíssima em 23 cidades.

Para o presidente do Cade, Fernando Furlan, o julgamento de megafusões poderia ser acelerado caso o

Congresso tivesse aprovado o projeto de lei que cria o Super-Cade. O texto faz com que os negócios tenham

de passar por apenas um órgão, e não por três - o Cade, a Seae e a Secretaria de Direito Econômico do

Ministério da Justiça.

Sem citar negócios específicos, Furlan estima que, se a nova Lei Antitruste tivesse sido aprovada, fusões

complexas teriam uma resposta em 240 dias. Esse é o prazo fixado pelo projeto em tramitação no Congresso.

Há uma diferença quanto à prorrogação. No texto que foi aprovado pela Câmara dos Deputados, haveria um

acréscimo máximo de mais 90 dias. No texto do Senado, seriam mais 120 dias.

"Não há dúvida que seria mais rápido, pois haveria, inclusive, uma previsão legal para o prazo que não fosse

suspenso como ocorre hoje", afirmou Furlan.

Hoje, a Seae tem 30 dias para fazer o seu parecer sobre uma fusão. O problema é que esse prazo é suspenso

sempre que as empresas pedem para entregar estudos e pareceres. A lei atual também prevê prazos de 30 dias

para a SDE e de 60 dias para o Cade. Mas, as suspensões por força de pedidos das próprias empresas fazem

com que os prazos legais se tornem ficção. "Na verdade, a demora depende mais da vontade da empresa em

colaborar do que da própria Seae", comentou um integrante da secretaria da Fazenda.

A eventual união do Carrefour pelo Pão de Açúcar será analisada por apenas um Cade na França, ao invés dos

três órgãos de concorrência no Brasil. Sede do Carrefour e do Casino, a França tinha dois órgãos antitruste até

o início de 2009: um conselho independente, como o Cade, e um departamento vinculado ao Ministério da

Economia. Isso criou duplicações de funções e aumentou os custos do Estado. Em janeiro de 2008, o

presidente Nicolas Sarkozy criou uma comissão com 42 especialistas para discutir mudanças no sistema e, em

13 meses, o Parlamento aprovou duas leis, reduzindo de dois órgãos antitruste para um.

CONSELHO DO CARREFOUR APROVA FUSÃO

Graziella Valenti e Pedro Cafardo | De São Paulo

O conselho de administração do Carrefour na França aprovou ontem a combinação dos negócios com

o Pão de Açúcar. Falta, porém, os sócios controladores do Pão de Açúcar, Abilio Diniz e Casino, se

entenderem. O Carrefour quer que os dois sócios se reconciliem antes de levar as negociações

adiante. Hoje, chega ao Brasil, Jean-Charles Naouri, presidente do Casino. Veio negociar - não com

Diniz, mas com o governo. Quer enfraquecer a posição de Diniz, diminuindo o apoio político que

recebeu.

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Em entrevista ao Valor, Diniz diz que espera convencer Naouri de que a operação de fusão do Pão

de Açúcar com o Carrefour é muito positiva para o grupo porque vai internacionalizá-lo. Ele também

afirmou que Naouri "só pensa em controle" - por contrato, o grupo francês vai assumir o controle do

Pão de Açúcar em julho de 2012.

FOLHA DE SÃO PAULO DE 05 DE JULHO DE 2011

OPOSIÇÃO COLETA ASSINATURAS PARA INSTALAR CPI DO BNDES

GABRIELA GUERREIRO DE BRASÍLIA

A oposição começou a coleta de assinaturas para instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no

Senado para investigar a atuação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) em

processos de fusão, especialmente a do Carrefour/Pão de Açúcar.

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) deu início nesta terça-feira à coleta de assinaturas.

Em minoria no Senado, a oposição reconhece que vai precisar do apoio da base governista para conseguir

implantar a comissão. "O BNDES tem desvios históricos, não tem cumprido a sua finalidade. Há um

transtorno de conduta na sua atuação", afirmou Demóstenes.

Os senadores governistas Ana Amélia Lemos (PP-RS) e Pedro Taques (PDT-MT) já assinaram o pedido de

criação da CPI, que reuniu até agora 13 assinaturas. Para que seja instalada, são necessárias pelo menos 27

assinaturas.

Demóstenes disse que não vai estabelecer prazo para recolher as assinaturas com o objetivo de viabilizar a

CPI --mesmo que demore para conseguir a adesão de senadores da base governista.

A oposição também vai tentar ouvir o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, o presidente do Grupo Pão

de Açúcar, Abilio Diniz, e o presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Fernando

Furlan para explicarem o processo de fusão.

Os oposicionistas apresentaram nesta terça-feira requerimento na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos)

do Senado para convidar os três envolvidos no processo de fusão.

Para que os convites sejam efetivados, é necessário que a comissão aprove o requerimento --o que deve

ocorrer até a semana que vem.

BRASIL FOODS PROPÕE AGORA VENDER CADEIAS COMPLETAS

Objetivo da empresa é evitar o veto do Cade à fusão entre Sadia e Perdigão

Congelados, pizzas, pratos prontos e embutidos estão entre os segmentos que poderão ser atingidos

LORENNA RODRIGUES DE BRASÍLIA

Para evitar o veto do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) à fusão entre Sadia e Perdigão, a

BRF (Brasil Foods) se dispõe agora a vender ativos que vão de abatedouros a centros de distribuição,

passando por indústrias e marcas.

A ideia é montar cadeias completas de produção, para permitir que quem comprar esses ativos possa concorrer

imediatamente com as marcas principais.

Entre os segmentos que serão atingidos estão congelados, pizzas, pratos prontos e embutidos, em que a

concentração de mercado da BRF chega a 90%.

Segundo a Folha apurou, no caso de empanados de frango, por exemplo, poderiam ser vendidos abatedouros

de aves, frigoríficos, fábricas e marcas como a Rezende, que já atua nesse segmento, e outras, como Batavo,

Confiança e Wilson.

A empresa também está disposta a vender alguns centros de distribuição e compartilhar outros, além de abrir

mão de contratos de exclusividade firmados com empresas de logística terceirizadas.

A Folha apurou que alguns integrantes do Cade consideraram a oferta insuficiente porque não toca nas marcas

principais: Sadia e Perdigão.

O argumento é que, mesmo com insumos, fábricas e centros de distribuição, o novo concorrente não teria

força para tirar mercado de uma das duas marcas.

Os conselheiros admitem, porém, que houve uma melhora significativa em relação ao que a BRF tinha

proposto. A empresa havia oferecido abrir mão das marcas secundárias e de alguns ativos, mas sem abranger

toda a cadeia de cada produto vendido.

A proposta ainda não está completamente fechada. Ontem, representantes das empresas se reuniram com os

conselheiros para discutir os termos do acordo.

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O negócio deve ir a julgamento no Cade no dia 13. "Estamos trabalhando intensamente para chegar a um

acordo", afirmou o presidente da BRF, José do Prado Fay.

Editoria de Arte / Folhapress

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 05 DE JULHO DE 2011

POR QUE O CADE ACERTA

Onofre Carlos de Arruda Sampaio - O Estado de S.Paulo

O julgamento pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) da fusão entre as empresas Sadia e

Perdigão, criando a BRF-Brasil Foods, após percuciente análise e o voto do relator, prolatado na sessão havida

em 8 de junho de 2011, foi suspenso por pedido de vistas do conselheiro Ricardo Ruiz, devendo voltar à pauta

da sessão do dia 13 de julho. Segundo noticiado pela imprensa, os representantes da BRF estariam fazendo

uso desse tempo, entre o início do julgamento e o retorno do caso à pauta, para tentar superar os obstáculos

apontados no voto do relator e, dessa forma, procurar encontrar solução que permita tornar viável a integração

da Sadia e da Perdigão.

Se isso, de fato, estiver acontecendo, não significa nenhum demérito ao voto do relator. Ao contrário, deixa

claro que a profundidade da análise por ele feita e reconhecida pode ter trazido a lume aspectos do caso antes

não vislumbrados com tamanha clareza e, com isso, ter propiciado o surgimento de novas hipóteses de

solução. Com essa atitude os conselheiros do Cade estarão dando mais um testemunho da maturidade

institucional do órgão e da sua capacidade de prestar bons serviços à sociedade brasileira.

O objetivo maior da Lei de Defesa da Concorrência não é aplicar multas nem impedir movimentos

econômicos que os agentes privados considerem justificados segundo os seus objetivos de dar sustentação aos

seus negócios. A finalidade precípua da Lei de Defesa da Concorrência é manter a competição nos seus

devidos termos, prevenindo e corrigindo desvios que possam comprometer esse objetivo. Para isso estão os

órgãos responsáveis dotados de instrumentos jurídicos que lhes permitem assim agir.

No caso dos atos de concentração econômica, sobretudo nos mais complexos, as dificuldades enfrentadas

pelos interessados e pelas autoridades podem ser de grande monta e exigir enorme esforço de uns e de outros

para a correta compreensão das questões envolvidas, dos impactos resultantes e das soluções possíveis.

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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No sistema da União Europeia, que dispõe de recursos materiais e humanos incomensuravelmente superiores

àqueles que aqui se encontram à disposição das autoridades, as partes que se propõem a apresentar um ato de

concentração costumam dar início às tratativas perante as autoridades antes mesmo da apresentação formal do

caso, tendo a oportunidade até mesmo de introduzir ajustes no negócio para atender a preocupações de

antemão levantadas. Uma vez apresentado formalmente o ato de concentração, as partes gozam do privilégio

legal de serem antecipadamente informadas, por escrito, de eventuais restrições e obstáculos (statement of

objections) que venham a ser apontados pelas autoridades, de modo a estarem aptas a tomar uma posição,

podendo desistir da operação, oferecer alternativas ou enfrentar a questão diante da comissão, que irá julgá-la

na esfera administrativa, ou ainda do Poder Judiciário.

Os pressupostos que informam esse procedimento são o princípio do contraditório e da ampla defesa.

O projeto de lei de reforma do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, que aguarda da Câmara dos

Deputados o exame das emendas feitas pelo Senado, prevê que, ao impugnar um ato de concentração, a

Superintendência Geral deverá demonstrar de forma circunstanciada o seu potencial lesivo e as razões pelas

quais ele não deve ser aprovado integralmente ou deve ser rejeitado. A seguir, as partes terão prazo de 30 dias

para se manifestar sobre a impugnação feita pela Superintendência Geral e, caso o conselheiro relator venha a

determinar instrução complementar, deverá declarar os pontos controversos, com o que as partes ficarão

habilitadas a enfrentar as questões a eles pertinentes no tribunal, que poderá aprovar a operação integralmente,

rejeitá-la ou aprová-la parcialmente, determinando qualquer ato ou providência necessários para a eliminação

dos efeitos nocivos à ordem econômica.

Trata-se, evidentemente, de um progresso, na medida em que a vigente Lei de Defesa da Concorrência não faz

expressa referência à questão da definição dos pontos controversos de modo a permitir o seu direto e imediato

enfrentamento.

Nessas condições, não deve parecer estranho que os postulantes à aprovação de uma dada e a complexa

operação possam, depois do voto do relator, melhor compreender as objeções e suas razões e, daí, imaginar

novos e melhores remédios do que estavam aptos a fazer antes de conhecerem o seu inteiro teor.

Imaginar que durante o prazo de um pedido de vistas os conselheiros do Cade estivessem impedidos de levar

em consideração quaisquer alternativas válidas, capazes de tornar viável uma operação sob análise no órgão,

seria desnaturar por completo a sua missão precípua de trabalhar para que as condições de concorrência sejam

estabelecidas e restabelecidas com menores imposições e custos tanto para as partes como para a sociedade.

Pretender que o Cade possa apenas e tão somente aceitar ou recusar uma única proposta feita pelas partes,

deixando de considerar qualquer alternativa diferente de solução, tenha ela a origem que tiver, que venha a

surgir antes da decisão do caso pelo colegiado, corresponderia a bloquear, por mero e injustificado

formalismo, a possibilidade de se encontrarem melhores soluções e só serviria para obrigar as partes a recorrer

ao Poder Judiciário, no qual a possibilidade de soluções por meio de acordo é cada vez mais louvada e

incentivada, como meio eficaz de aplicar as leis, fazer valer o Direito e chegar a resultados justos e

duradouros.

Por essas razões, o Cade está certo em não fechar as portas a propostas de solução que lhe sejam apresentadas,

até que o caso esteja decidido.

ADVOGADO EM SÃO PAULO

SENADORES QUEREM QUE PRESIDENTE DO BNDES EXPLIQUE A OPERAÇÃO

Líder do PSDB, Álvaro Dias, e Ricardo Ferraço pedem audiência pública com Coutinho em comissão do

Senado

Rosa Costa / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

A polêmica em torno da fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour é alvo de dois requerimentos na Comissão

de Assuntos Econômicos do Senado (CAE).

O líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR) pede a realização de uma audiência pública com o presidente do

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, o presidente

Conselho de Administração do grupo Pão de Açúcar, Abílio Diniz, o economista Luiz Carlos Mendonça de

Barros, que dirigiu o BNDES no governo de Fernando Henrique Cardoso, e de um representante do Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Álvaro Dias alega a necessidade de o Congresso acompanhar e ter esclarecimento do que ele chama de "Robin

Hood às avessas".

"Só que, no caso, o herói mítico rouba dos pobres, do dinheiro dos trabalhadores, para dar aos milionários",

compara.

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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O outro requerimento sobre o assunto é do senador da base aliada do governo, Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Ele pede que seja convidado Luciano Coutinho para explicar a "natureza e as condições" que determinarão a

participação do BNDES no processo de fusão do Pão de Açúcar com a multinacional francesa Carrefour.

"Há dois fatores que precisam ser bem explicitados pelo BNDES, já que estamos lidando com o dinheiro do

Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e de dotações orçamentárias", afirma.

Ferraço lembra que na semana passada, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,

Fernando Pimentel, informou que a possível participação do BNDES nessa operação será da ordem de R$ 4

bilhões.

Dependência. Ele destaca, ainda, que a necessidade de aporte de recursos por intermédio da edição de medidas

provisórias indica "uma condição crescente da dependência do BNDES dos recursos orçamentários da União

para viabilizar a referida operação entre essas organizações privadas".

Os requerimentos serão lidos na sessão de hoje da CAE e, se aprovados, a data de comparecimento dos

convidados será marcada para a próxima semana.

O senador Álvaro Dias destaca um "precedente perigoso" na ligação do BNDES com empresas privadas na

operação realizada com o grupo Friboi o que - destaca o líder - obrigou o banco a aceitar "ações micadas" em

troca dos recursos que disponibilizou.

"O BNDES tem direcionado mal seus recursos há muito tempo, deixou de ser um banco social, inclusive

deveria tirar o S do nome, e tem privilegiado grandes grupos privados", diz.

O líder tucano acredita que Coutinho e Abílio Diniz aceitarão o convite, sob pena de fortalecer os comentários

de que o dinheiro público está sendo mal empregado.

Argumento

RICARDO FERRAÇO

SENADOR PELO PMDB-ES

A necessidade de aporte de recursos por intermédio da edição de medidas provisórias indica "uma condição

crescente da dependência do BNDES dos recursos orçamentários da União para viabilizar a referida operação

entre essas organizações privadas"

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 06 DE JULHO DE 2011

PROCURADORIA DO CADE MANDA SHELL VENDER A JACTA

CÉLIA FROUFE - Agencia Estado

BRASÍLIA - A Shell não teve sucesso em sua tentativa de reverter a decisão do Conselho Administrativo de

Defesa Econômica (Cade), que a mandou vender a Jacta, o braço da empresa Cosan que produz combustíveis

para aeronaves.

A procuradoria do colegiado não aceitou as alegações da Shell de que teria dificuldades em encontrar um

comprador para a empresa e recomendou ao colegiado que dê prazo de 90 dias, a contar da chegada do

processo ao plenário, para que a Shell se desfaça da Jacta. O caso deve ser levado para apreciação na sessão de

13 de julho.

O Cade vetou a compra em fevereiro passado, ao constatar que o negócio provocaria uma forte concentração

no mercado de querosene de aviação. Só a Shell, a Cosan e a Gran Petro Distribuidora atuam nesse setor no

País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CNDL CRITICA POSSÍVEL ENTRADA DO BNDES EM FUSÃO

'O Brasil tem uma série de pontos que direcionam para uma concentração do varejo', disse o presidente da

Confederação

Célia Froufe, da Agência Estado

BRASÍLIA - O presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro

Júnior, avaliou hoje que as condições econômicas brasileiras e do mercado de trabalho levam à criação de

megafusões no País, como o negócio que o Pão de Açúcar quer fazer com o Carrefour. "O Brasil tem uma

série de pontos que direcionam para uma concentração do varejo, que tira a competitividade dos pequenos",

afirmou, citando como obstáculos para os empresários de menor porte a discussão da redução da carga de

trabalho semanal para 40 horas e a expansão do crédito obtido por empresas grandes, que conseguem captar

recursos no exterior a taxas mais baixas do que as nacionais.

Pellizzaro salientou que o caso deve ser acompanhado de perto, mas que as concentrações em todo o varejo

vêm acontecendo, e de forma muito rápida. "O pessoal não está vendo isso, o porquê disso, e dos riscos que a

operação pode gerar para o País", disse. Para ele, é possível que as fusões no setor gerem aumento de preço ao

consumidor. "Isso tende a acontecer. No mínimo, desestimula a queda, pois tira um concorrente de preços do

mercado", comparou.

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O presidente da CNDL também não poupou críticas à possível entrada do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no negócio. "(O presidente do BNDES, Luciano) Coutinho

diz publicamente que é intenção do governo que haja isso, a expansão de grupos, entre aspas, nacionais",

completou. Para Pellizzaro Júnior, porém, o uso do dinheiro do banco de fomento nessa operação precisa ser

repensado. "Haverá dinheiro público no meio e é bastante, não é pouco. O Brasil tem que discutir para que o

dinheiro do BNDES deve ser voltado", considerou.

Pellizzaro Júnior acrescentou que esse tipo de negócio deve ser enquadrado como uma "atividade de

especulação", pois fusão não gera mais produção e empregos. Ao contrário, tende a usar as sinergias para

reduzir o quadro de funcionários. "A CNDL quer pedir uma explicação em um sentido mais amplo, não só

desta operação."

O representante do varejo brasileiro disse ainda que as concentrações no varejo são complicadas nas duas

pontas: na do consumidor e também para o fornecedor. "A concentração extrema pode ser perigosa. Se fosse

uma operação 100% privada, assim mesmo deveria acender algumas luzes amarelas em relação ao Cade

(Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e ao consumidor em si", comentou.

REUNIÃO ENTRE CADE E BRF-BRASIL FOODS TERMINA SEM ACORDO

Juliano Basile | De Brasília

Após mais de três horas de reunião no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), na tarde de

ontem, representantes da BRF- Brasil Foods ainda não conseguiram chegar a um acordo para evitar que a

compra da Sadia pela Perdigão seja vetada pelo órgão antitruste.

As negociações continuam e ainda há a possibilidade de realização de uma nova reunião, antes de o Cade

retomar o julgamento, no próximo dia 13.

"Cada reunião é um ponto de construção", afirmou o presidente da BRF, José Antonio Fay, após o encontro.

"Estamos trabalhando intensamente para chegar a um acordo", continuou.

A companhia ainda pode pedir um prazo maior para apresentar novos estudos aos quatro conselheiros que

ainda não votaram. Questionado sobre essa possibilidade, Fay respondeu apenas que "o tempo não deveria ser

limitante".

A rigor, o Cade tem mais duas sessões para votar a compra da Sadia, nos dias 13 e 27. Isso porque no dia 29

termina o prazo de 60 dias que a Lei Antitruste (nº 8.884) dá para o conselho decidir a respeito de fusões e

aquisições. Ao fim desse prazo, o negócio seria aprovado automaticamente, sem a imposição de restrições,

como a venda de marcas e de fábricas a concorrentes.

Os conselheiros querem evitar o fim do prazo. Para eles, a única saída para que a compra da Sadia não seja

reprovada é a BRF vender um pacote de ativos que seja capaz de criar um concorrente forte à empresa. É esse

pacote que está em discussão, mas o Cade e a BRF não estão fornecendo informações públicas sobre as

negociações.

"Estamos impedidos pela Comissão de Valores Mobiliários e pela confidencialidade [com o Cade]", justificou

Wilson Mello, vice-presidente de assuntos corporativos da BRF.

O prazo de 60 dias pode ser suspenso a pedido da companhia. Mas os conselheiros teriam que aprovar esse

adiamento.

"Eles vão se reunir para decidir [se o julgamento será realizado no dia 13 ou não] e nós devemos aguardar",

afirmou o advogado Paulo de Tarso Ribeiro, da BRF.

Até aqui, apenas o relator do processo, conselheiro Carlos Ragazzo, concluiu um voto, que foi pela

desconstituição da compra da Sadia pela Perdigão. Para Ragazzo, a Sadia teria de ser vendida a concorrentes.

Mas ainda restam quatro votos a serem proferidos pelos conselheiros Ricardo Ruiz, Olavo Chinaglia,

Alessandro Octaviani e Marcos Paulo Veríssimo. Os quatro participaram da reunião de ontem, mas, ao fim,

não quiseram se manifestar.

Advogados da empresa Dr Oetker também vão se encontrar com os conselheiros antes do dia 13. A

companhia se opôs abertamente à compra da Sadia pela Perdigão e pediu ao conselho que vete a operação.

VALOR ECONÔMICO DE 06 DE JULHO DE 2011

PROCURADORIA DO CADE REAFIRMA QUE SHELL DEVE VENDER A JACTA

Fábio Almeida | Valor

SÃO PAULO - A procuradoria do Cade recomendou que o órgão negue recurso à Shell e reafirme a

necessidade da empresa desfazer a compra da Jacta, que distribui combustível de aviação.

O documento sugere ainda o prazo de 90 dias para que a Shell efetive a venda da empresa. A negociação

inicial foi vetada pelo Cade em fevereiro de 2010 e a Shell alegava em seu recurso que estava com dificuldade

em encontrar comprador para a Jacta.

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O parecer foi concluído em 20 de junho e será submetido ao plenário do Cade em 13 de julho.

(Fábio Almeida | Valor)

FOLHA DE SÃO PAULO DE 07 DE JULHO DE 2011

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA QUER CONDENAR ECAD POR FORMAR CARTEL

FELIPE SELIGMAN DE BRASÍLIA

A SDE (Secretaria de Direito Econômico) do Ministério da Justiça quer que o Ecad (Escritório de

Arrecadação e Distribuição) seja condenado por prática de cartel.

O escritório, responsável pelo recolhimento e distribuição dos direitos autorais no Brasil, é formado por nove

associações que representam os compositores.

A secretaria argumenta que, apesar de serem concorrentes, as associações fixam, arbitrariamente, valores

comuns para cobrança de direitos, que são estabelecidos em assembleia e mudam para cada tipo de usuário.

A SDE investiga o caso desde julho do ano passado, a pedido da ABTA (Associação Brasileira de Televisão

por Assinatura).

"O valor fixado não tem nenhuma razão de ser. É decidido ao bel-prazer das associações", disse à Folha a

advogada Leonor Cordovil, que defende a ABTA.

A secretaria do Ministério da Justiça publicou parecer sobre o caso no "Diário Oficial da União" do dia 30 de

junho. Caberá ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidir sobre a questão.

O parecer pede que o conselho proíba a "fixação conjunta e unificada dos valores devidos" e que o escritório

passe a ser fiscalizado por algum órgão do governo, o que não acontece atualmente.

Se condenada, a entidade também poderá ser multada em valor que varia de R$ 60 mil a R$ 6 milhões.

A Folha entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ecad, mas não recebeu resposta até o fechamento

desta edição. Em nota divulgada antes da publicação do parecer pela SDE, o escritório diz que a prática

apontada não pode ser caracterizada.

O Ecad justifica que "as atividades de arrecadar e distribuir direitos autorais não são de natureza econômica, já

que a música não pode ser caracterizada como um bem de consumo a ser ditado pelas regras de concorrência".

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 07 DE JULHO DE 2011

CADE JULGARÁ CASO BRF NA PRÓXIMA QUARTA, DIZ CONSELHEIRO

Até o momento, o relator do caso foi o único dos 5 integrantes do conselho a se posicionar, votando contra a

fusão

Célia Froufe, da Agência Estado

BRASÍLIA - Apesar de a BRF Brasil Foods querer o adiamento da apreciação pelo Conselho Administrativo

de Defesa Econômica (Cade) do processo sobre a fusão de Sadia e Perdigão, o conselheiro Ricardo Ruiz, que

está à frente das negociações, afirmou hoje que levará o caso para julgamento na próxima quarta-feira, dia 13.

Ruiz está conduzindo uma proposta de acordo com a empresa porque pediu vista dos autos. "O conselheiro

Carlos Ragazzo apresentou um voto muito bom e muito extenso, e eu queria digerir melhor o conteúdo", disse

Ruiz. Ragazzo é o relator do caso e o único dos cinco integrantes do Conselho a se posicionar sobre a fusão

até o momento, votando contra a operação.

Quando pediu vista, Ruiz adiantou que tenderia a acompanhar o voto de Ragazzo, vetando o negócio. Agora,

ele não quer dar sinais de qual será o seu posicionamento. No entanto, segundo uma fonte que acompanha a

discussão, Ruiz e Ragazzo "estão no mesmo time". Para a aprovação da fusão, é preciso que pelo menos três

conselheiros votem a favor da operação.

Amanhã, o conselheiro Ricardo Ruiz não estará em Brasília, mas as negociações com a BRF ainda podem ser

retomadas na semana que vem, antes do julgamento.

THE ECONOMIST JULY 7TH 2011 | SÃO PAULO | FROM THE PRINT EDITION

Competition policy in Brazil

Too little, too late

MERGER PLANS PUTS WEAK ANTITRUST ENFORCEMENT IN THE SPOTLIGHT

A BATTLE is escalating between two giant French retailers, Carrefour and Casino, over who gets to join up

with Pão de Açúcar, Brazil’s biggest supermarket chain. On June 28th Abilio Diniz, Pão de Açúcar’s

chairman, revealed plans to merge with Carrefour’s Brazilian operations. That came as news to Carrefour’s

arch-rival, Casino, which has been a part-owner of Pão de Açúcar since 1999. This week Casino’s boss, Jean-

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Charles Naouri, flew to Brazil to denounce the plans, which he dubs ―expropriation‖, and to berate BNDES,

the national development bank, which offered to finance them.

If the deal goes through, the combined company would have 27% of the national retail market, and 69% of

São Paulo state’s. Given the risk of such concentration, it is hardly surprising that the deal’s fate may rest with

the government. But the verdict on the merger will come from the BNDES—whose president, Luciano

Coutinho, now says it will only back the deal if Casino is reconciled—rather than from CADE, the

competition authority. The outcome of the fight could hinge on any number of strategic, legal or political

factors. Consumer welfare, however, will not be among them.

Antitrust policy has long been weak in Brazil. In the 1990s the country started opening its economy and

privatising firms in order to increase competition. But a study in 2007 by Edmund Amann of the University of

Manchester and Werner Baer of the University of Illinois found that 15 years later, the market share of the top

four companies in most sectors had become even greater.

CADE is crippled by rules that stop it from acting until after deals have gone through. It can then impose

conditions, or even order mergers unpicked if it thinks them irredeemably anti-competitive. But by then it is

often too late.

In 2004 CADE ordered Nestlé to sell Garoto, a chocolate company it had bought two years earlier. Nestlé is

still fighting that ruling in court. Last month CADE threatened to undo the 2009 merger that formed Brasil

Foods, the leading firm in Brazil’s processed-food market. Even if the regulator sticks to its guns (a ruling is

due on July 13th), the firm can file a court challenge.

A bill that would require pre-approval from CADE for mergers that could damage consumers was presented to

Congress in 2005. However, progress has been glacial. Even if the pace picks up, it will be too late to affect

the proposed Pão de Açúcar deal.

In some cases the state actively promotes industrial concentration, to help firms gain the scale to compete

abroad. In the 1990s a privatising government got around the scarcity of capital and know-how by coaxing

state-owned pension funds to co-operate with private companies, and pushed public banks into giving them

subsidised loans. Today Brazil’s firms are stronger and its capital markets deeper. But the government

continues to intervene. With Carrefour, the BNDES is seeking to fund a merger between two of the largest

forces in retail—perhaps to stop Casino from taking sole control of Pão de Açúcar, as it could otherwise do in

2012.

A side-effect of such activity is complex corporate structures with nebulous state involvement. According to

Sergio Lazzarini of Insper, a business school in São Paulo, around half of listed Brazilian firms participate in

cross-holdings or layered holding companies. And of the 600-odd biggest, about 100 get a chunk of their

capital from big state entities. The more complex a company’s structure, Mr Lazzarini finds, the less

consumers and private shareholders benefit from public investment in it.

The ruling Workers’ Party has maintained orthodox domestic economic policies. However, it has been more

interested in creating national champions than in fostering competition. The result, says Mr Lazzarini, is that

businesses ―can consolidate markets, reduce competition and increase their profits with government money.‖

VALOR ECONÔMICO DE 07 DE JULHO DE 2011

Senado aprova audiência para discutir participação do BNDES em fusão

Agência Brasil

BRASÍLIA - A Comissão de Meio Ambiente, Fiscalização e Controle do Senado aprovou hoje requerimento

que propõe uma audiência pública para discutir a possível participação do Banco Nacional de

Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com aporte aproximado de R$ 4 bilhões, na fusão da rede de

supermercados brasileira Pão de Açúcar e com a multinacional francesa Carrefour.

Para o debate, proposto pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), serão convidados o atual presidente

do BNDES, Luciano Coutinho, e o ex-presidente do banco Carlos Lessa, o ex-presidente do Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Gesner de Oliveira, e outros técnicos. A data de realização da

audiência deve ser definida na próxima semana.

(Agência Brasil)

LINDE INVESTE R$ 200 MILHÕES EM NOVAS UNIDADES NO BRASIL

Mônica Scaramuzzo | De São Paulo

Reitzle, principal executivo global do grupo, países emergentes respondem por 30% da receita e 70% dos

investimentos

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O grupo alemão Linde vai investir R$ 200 milhões em novas unidades produtoras de gás industrial no Brasil,

impulsionado, sobretudo, pela expansão de setores-chave, como infraestrutura e siderurgia. Entre 2007 e 2010,

os aportes da companhia no país somaram R$ 500 milhões.

Em entrevista ao Valor, o principal executivo global do grupo, Wolfgang Reitzle, um dos executivos mais

bem pagos da Alemanha, afirmou que o Brasil e a China são extremamente importantes para a estratégia de

crescimento da companhia no mercado internacional.

Dos R$ 200 milhões que serão investidos no país, cerca de R$ 70 milhões já foram contratados. Esses projetos

estão concentrados na região Centro-Sul do Brasil em unidades de gás hidrogênio. Outros quatro projetos

estão em negociação nos Estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul e deverão consumir os R$ 130

milhões restantes. A região Norte e Nordeste do país, com grandes projetos siderúrgicos, também está na mira

do grupo. Nos últimos meses, a companhia investiu em fábricas na Bahia e Rio de Janeiro.

Aquisições também estão nos planos da companhia no país, afirmou Clemis Miki, presidente do grupo para

América do Sul. O movimento de concentração nesse setor é tendência global. No Brasil não tem sido

diferente. No ano passado, a White Martins fechou a aquisição da empresa Gama para expandir seus negócios

no Estado de São Paulo.

Entre os quatro maiores grupos globais nesse segmento, a Linde registrou faturamento de € 12,86 bilhões no

ano passado, crescimento de 14,8% sobre o ano anterior. A crise financeira global, deflagrada em 2008, afetou

os negócios do grupo, sobretudo em países maduros. Durante esse período, as unidades produtoras operaram

bem abaixo da capacidade, mas nenhuma unidade foi fechada. Reitzle acredita que a recuperação da economia

nesses países será lenta e gradual. Segundo ele, as apostas seguem firmes em países da Ásia, América do Sul e

Leste Europeu, mercados cuja economia está mais aquecida.

"Essa crise envolveu todos os países no mundo (...) e em todos os segmentos", afirmou o executivo. Como

parte da estratégia, a Linde está centrando seus investimentos nos países emergentes. "Posso dizer que hoje

cerca de 30% da receita do grupo está em mercados emergentes. Cerca de 70% dos investimentos estão são

em mercados emergentes", disse o executivo. "É muito claro para a corporação estar no Brasil e ter sucesso

nesse mercado."

No ano passado, as cinco maiores empresas produtoras de gases industriais foram condenadas pelo Cade

(Conselho Administrativo de Defesa Econômica) a pagar multa bilionária, de R$ 2,3 bilhões, por formação de

cartel. A decisão atingiu quatro multinacionais - White Martins, Linde, Air Liquide, Air Products - e a

nacional Indústria Brasileira de Gases (IBG). Todas recorreram. Lacônico, Reitzle disse que a empresa

contesta a decisão, mas não se aprofundou no assunto.

À frente da companhia há quase dez anos, o executivo está entre os executivos mais bem remunerados da

Alemanha, segundo publicações da imprensa alemã. Em 2008, seu contracheque anual foi em torno de € 8

milhões. Antes de assumir o comando da Linde, Reitzle passou por grandes montadoras, como a BMW e

Ford. Sua visita ao Brasil foi tratada com toda pompa e circunstância, mas o executivo minimiza: "Viajo para

muitos lugares. Faz parte da minha rotina."

FOLHA DE SÃO PAULO DE 08 DE JULHO DE 2011

GOL COMPRA WEBJET POR R$ 96 MILHÕES

DE SÃO PAULO

A Gol anunciou nesta sexta-feira a aquisição de 100% do capital social da companhia aérea de tarifas

econômicas Webjet, por R$ 96 milhões, sujeito a ajustes. Embora a companhia tenha sido avaliada em R$

310,7 milhões durante as negociações, o valor final do negócio foi reduzido em razão das dívidas da empresa,

estimadas em cerca de R$ 215 milhões.

A compra será feita por meio da Varig Linhas Aéreas, empresa controlada pela Gol.

Fundada há dez anos, a Gol opera 900 voos diários para 51 destinos domésticos e 11 destinos internacionais.

Já a Webjet possui uma frota de 24 aeronaves Boeing 737-300 (148 assentos), e rotas para 16 cidades

nacionais, realizando mais de mil voos por semana.

Em fevereiro deste ano, a Gol chegou a superar a TAM na liderança do mercado doméstico de avião

comercial, com uma participação em torno de 40%, três anos após a aquisição da Nova Varig por US$ 320

milhões. No mês seguinte, porém, a TAM voltou a assumir a liderança.

Os últimos dados divulgados pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), referentes ao mês de maio,

apontam que a TAM tinha 44,43% do mercado interno, contra 35,39% da concorrente. A Webjet, no mesmo

mês, tinha participação de 5,16%.

De acordo com comunicado na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a aquisição "está sujeita, entre

outras condições, à realização de auditoria técnica e legal nas atividades e ativos da Webjet, à negociação e

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celebração dos documentos definitivos pelas partes e às aprovações das autoridades governamentais

pertinentes".

A Gol informou que manterá seus acionistas e o mercado informados da evolução nas negociações. Haverá

uma teleconferência sobre a compra na segunda-feira, às 13h.

No primeiro trimestre, a empresa registrou um lucro líquido de R$ 110,5 milhões e uma receita líquida de R$

1,89 bilhão, com um total de 8,6 milhões de passageiros transportados nesse período.

A operação de hoje ocorre depois que a TAM anunciou a fusão com a chilena LAN, no segundo semestre do

ano passado --a operação, porém, ainda deve passar pelo crivo do Cade (Conselho Administrativo de Defesa

Econômica), do Ministério da Justiça, nos próximos três meses.

MERCADO AQUECIDO O negócio é anunciado num cenário de aquecimento da demanda doméstica. Segundo a Anac, a procura por

voos teve um aumento de 28,67% em maio, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação à

oferta, o crescimento foi de 15,34%.

A demanda nos voos internacionais operados por empresas brasileiras, por sua vez, cresceu 21,55% em

relação a maio do ano passado.

O número de passageiros que passam anualmente pelos 67 aeroportos administrados pela Infraero aumentou

em 87% na última década.

Para este ano, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP) projeta um crescimento de 25%

na demanda de passageiros, dependendo de fatores econômicos, após um crescimento de 20% no ano passado

de 15% na média dos sete anos anteriores.

RISCOS E VANTAGENS Sem mais detalhes sobre a compra da Webjet, analistas de mercado já destacavam as boas perspectivas, uma

vez que a aquisição deve resultar no aumento do total de "slots" (direitos de pouso e decolagem nos principais

aeroportos do país) da Gol.

O valor da operação também ficou abaixo de algumas projeções que circulavam pelo mercado. Alguns

chegaram a apontar um valor acima dos R$ 300 milhões.

Especialistas, no entanto, chamam a atenção para uma possível demora no julgamento dessa operação pelo

Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), o que poderia atrapalhar os ganhos com sinergias.

Leia a íntegra do comunicado:

"São Paulo, 08 de julho de 2011 - A GOL Linhas Aéreas Inteligentes S.A. (BM&FBovespa: GOLL4 e NYSE:

GOL), (S&P/Fitch: BB-/BB-, Moody`s: Ba3) ("Companhia"), a maior companhia aérea de baixo custo e

baixa tarifa da América Latina, em atendimento às disposições da Instrução CVM n.° 358/2002 ("ICVM

358"), comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral que nesta data:

_(i) a VRG Linhas Aéreas S.A. ("VRG"), sociedade controlada pela Companhia, celebrou com os acionistas

controladores da Webjet Linhas Aéreas S.A. ("WebJet") memorando de entendimentos que tem por objetivo a

aquisição de 100% do capital social da WebJet pela VRG;_

_(ii) a aquisição está sujeita, entre outras condições, à realização de auditoria técnica e legal nas atividades e

ativos da WebJet, à negociação e celebração dos documentos definitivos pelas partes e às aprovações das

autoridades governamentais pertinentes;_

(iii) o preço a ser pago para a referida aquisição será de R$96.000.000,00 sujeito a ajustes até a data em que

a operaçao for concluída. A Webjet foi avaliada pelas Partes (ie. Enterprise Value) em R$310.700.000,00

(trezentos e dez milhões e setecentos mil reais).

A Companhia manterá seus acionistas e o mercado informado acerca da evolução do assunto objeto deste

Fato Relevante. A Companhia comunica que será feita uma teleconferência com uma apresentação, sobre

este fato relevante."

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 08 DE JULHO DE 2011

'ECONOMIST' VÊ ENVOLVIMENTO 'NEBULOSO' DE GOVERNO EM FUSÕES NO BRASIL

Em reportagem sobre o caso Pão de Açúcar-Carrefour, revista critica fato de o Cade só agir após negócios

serem concretizados.

As negociações da tentativa de fusão entre o Pão de Açúcar e o Carrefour expõem a fragilidade da políticas

antitruste no Brasil e o envolvimento "nebuloso" do Estado no processo de aquisições no país, diz e revista

britânica The Economist na sua edição desta semana.

A publicação ressalta que, se o negócio for concretizado, a nova varejista teria 27% do mercado nacional em

seu segmento.

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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"Dado o risco de tamanha concentração, não surpreende que o resultado do negócio dependa do governo. Mas

o veredicto da fusão virá do BNDES (que inicialmente prometeu aportar R$ 3,9 bilhões ao negócio) - cujo

presidente, Luciano Coutinho, agora diz que só apoiará o negócio se o Casino (que se opõe à fusão) se

reconciliar -, em vez de vir do Cade, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica", diz a reportagem.

Para a Economist, o Cade tem seu poder limitado por "regras que o impedem de agir até que o negócio seja

finalizado. Só aí (o órgão) pode impor condições ou mesmo ordenar que fusões sejam desmembradas se

considerá-las anticompetitivas. Mas aí já é tarde demais".

A reportagem cita outros desafios do Cade, como as negociações envolvendo Nestlé e Garoto e Sadia e

Perdigão - casos que até hoje se desenrolam na Justiça. E diz também que muitas fusões realizadas no Brasil

resultam em um "nebuloso" envolvimento do Estado, que muitas vezes aporta capital às negociações.

"Uma lei que exigiria a aprovação prévia do Cade para negócios que pudessem lesar os consumidores foi

apresentada no Congresso em 2005, mas não progrediu", prossegue o texto.

A conclusão da Economist é que o PT, como partido governista, estaria mais interessado em "criar campeões

nacionais do que em fomentar a competição" empresarial.

"O desfecho da batalha (que envolve Pão de Açúcar, o Carrefour e o grupo rival francês Casino) pode

depender de diversos fatores estratégicos, legais ou políticos. O bem-estar dos consumidores, porém, não está

entre esses (fatores)", opina a revista.

A reportagem desta quinta-feira tem um tom distinto do defendido na edição da semana passada, quando a

Economist apontou que a fusão do Pão de Açúcar com o Carrefour no Brasil, se concretizada, teria a

vantagem de trazer novas "habilidades" ao país e "talvez ajudasse o novo empreendimento a entrar em outros

mercados". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização

por escrito da BBC.

VALOR ECONÔMICO DE 08 DE JULHO DE 2011

CADE QUER GARANTIR FORTE CONCORRÊNCIA NO SETOR

Juliano Basile | De Brasília

Os integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que discutem a ideia de nomear um

interventor para a Sadia, têm dúvidas sobre a eficácia da venda fatiada da empresa para um concorrente do

setor. Eles querem garantir a existência de um rival efetivo da BRF-Brasil Foods, uma empresa que tenha

condições de vender produtos a preços mais baixos sempre que houver eventuais aumentos da Sadia e da

Perdigão. Se a companhia não aceitar a venda para um único rival, os conselheiros podem não aceitar o

acordo.

Para implementar uma eventual decisão que mande vender parte ou a totalidade da Sadia, a solução seria pedir

à Justiça a nomeação de um interventor para a empresa. O interventor seria nomeado por um juiz, que

definiria as suas funções e condições na Sadia, como salário e providências a serem tomadas. Pela lei, o

interventor pode ficar até 180 dias na empresa.

A medida é drástica, mas está sendo considerada dentro do conselho. A nomeação do interventor está prevista

no artigo 69 da Lei Antitruste (nº 8.884) e só foi feita uma vez no Cade no caso em que a Owens Corning se

recusou a vender uma fábrica da Saint Gobain. A venda foi uma imposição do Cade para aumentar a

concorrência no setor de fibras de vidro, que estava sob o domínio da Owens.

A empresa se recusou a implementá-la e recorreu ao Judiciário. Para fazer valer a sua decisão, o órgão

antitruste pediu à Justiça que determinasse um interventor para a Owens. O juiz aceitou o pedido do Cade.

Pouco antes de o interventor chegar, a Owens concordou em se desfazer da fábrica, que foi vendida para uma

grande companhia chinesa, no começo do ano.

Como esse caso de nomeação de um interventor é recente e teve sucesso, pois a fábrica foi vendida para um

concorrente, o Cade estuda reeditá-lo na operação Sadia-Perdigão.

A ideia inicial dos conselheiros ainda é a de chegar a um acordo com a BRF. A empresa já ofereceu vender

cadeias integradas de produção, que envolvem sistemas de abates de animais, centrais de produção e de

distribuição. Mas as negociações estão difíceis nos mercados em que a concentração é alta e naqueles em que

a companhia não quer se desfazer das marcas Sadia e Perdigão. Por isso, os integrantes do Cade já estão

discutindo uma eventual intervenção na Sadia.

O julgamento da operação no Cade será retomado no dia 13. Até lá, os conselheiros devem se reunir todos os

dias para discutir as ofertas da Brasil Foods em cada mercado.

CADE ESTUDA A PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NA SADIA

Juliano Basile | De Brasília

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) discute a ideia de pedir a nomeação de um

interventor para a Sadia. O objetivo é garantir a execução de eventuais restrições que o órgão antitruste

imponha à BRF, caso não haja acordo nas negociações entre os conselheiros e os representantes da companhia

até dia 13, quando o julgamento do caso será retomado no Cade.

Por enquanto, as negociações estão difíceis. A empresa ofereceu vender vários ativos, como marcas, fábricas,

sistemas de abates e de produção, mas os conselheiros pedem mais. A maior dificuldade está nos mercados em

que as marcas principais são Sadia e Perdigão e que a concentração supera 70%. Neles, a BRF insiste em

manter as marcas principais.

A concentração no mercado de perus, por exemplo, é preocupante, porque Sadia e Perdigão têm mais de 80%.

Segundo o relator, Carlos Ragazzo, nem a Marfrig poderia fazer frente a eventuais aumentos de preços. Em

mercados de alimentos congelados, como pizzas e lasanhas, a concentração também chega a mais de 70% e a

entrada de novos concorrentes foi considerada improvável pelo relator.

O Cade poderia assinar um acordo em alguns mercados em que a oferta da BRF seja considerada boa, mas não

em outros, nos quais a proposta ainda seria insuficiente para garantir a concorrência em razão do domínio

dessas duas marcas. Nessa hipótese, o órgão antitruste teria de ordenar a venda de parte da Sadia para

concorrentes. Ou mesmo adotar uma solução mais extrema e ordenar a venda de toda a Sadia, conforme

proposta de Ragazzo em voto que foi elogiado pelos quatro conselheiros que vão julgar o processo. Por isso, a

possível intervenção seria na Sadia, por meio de um pedido do Cade à Justiça. A lei permite que o interventor

fique até 180 dias na empresa.

Segundo um integrante do Cade, a solução não precisa ser a mesma para os 30 mercados que envolvem a

operação. Ou seja, o órgão antitruste pode chegar a um acordo mais forte para a venda de ativos num mercado

do que em outro. O problema é que a companhia pode aceitar vender ativos num setor e não naqueles em que

quer manter as suas marcas principais. Nessa hipótese, o acordo não seria completo.

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 09 DE JULHO DE 2011

BRF PODE VENDER 50% DAS FÁBRICAS DO MERCADO INTERNO

Acordo que está sendo negociado pela empresa com o Cade prevê a venda de marcas como Resende,

Confiança e Batavo

No acordo que está sendo negociado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do

Ministério da Justiça, a Brasil Foods (BRF) deve se comprometer a vender ativos que equivalem entre 40% e

50% de sua produção voltada para o mercado interno. Se for adicionada a fatia voltada à exportação, que não

foi incluída nas discussões, esse porcentual é menor.

Na avaliação de fontes ligadas à negociação, a empresa se comprometeu com um pacote significativo de

concessões, que incluiu a venda de fábricas e centros de distribuição, acesso a fornecedores e praticamente

todas as marcas de combate - as mais populares. Estariam na lista de venda marcas como Resende, Confiança,

Wilson, Escolha Saudável e Batavo.

O pacote é bem diferente da primeira proposta entregue pela BRF ao Cade, que não previa venda, mas apenas

ceder fábricas, centros de distribuição e acesso a fornecedores para um concorrente por dois anos. O

conselheiro Ricardo Ruiz chegou a classificar a oferta como "institucionalização do cartel". Na época, as

unidades envolvidas representavam 15% da produção da empresa voltada ao mercado local.

Se o Cade e a BRF conseguirem chegar a um acordo, será assinado um Termo de Compromisso de

Desempenho (TCD). É praxe nesses casos indicar uma consultoria para acompanhar o cumprimento do TCD.

Não será uma tarefa fácil, porque são mais de 300 mil pontos de venda.

A BRF já conta hoje com o trabalho da auditoria Ernest &Young, que fiscaliza o Acordo de Preservação de

Reversibilidade de Operação (Apro) assinado com o Cade pouco depois do negócio ser anunciado e que

garante que as empresas fiquem separadas até o julgamento.

A fusão entre Sadia e Perdigão, que deu origem à Brasil Foods, foi anunciada em maio de 2009. Durante o

processo de análise pelo Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência, o negócio recebeu pareceres cada vez

mais duros das autoridades. As ações da empresa caíram quase 6% desde o início do ano.

O acordo que está sendo costurado entre o Cade e a empresa para aprovar a fusão é uma combinação das duas

alternativas oferecidas na análise feita pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae), do Ministério

da Fazenda.

A Seae propôs a suspensão total das marcas Sadia ou Perdigão por um prazo de cinco anos ou a venda de um

conjunto de ativos e marcas populares. Agora os conselheiros do Cade estão negociando com a empresa a

suspensão temporária da marca Perdigão em alguns produtos e a venda de várias marcas de combate.

Recuo. Os conselheiros do Cade estão preocupados, porém, que o acordo seja visto pela opinião pública como

um recuo, depois que o relator do caso, Carlos Ragazzo, votou pela reprovação da fusão. Em seu voto,

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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Ragazzo argumentou que a suspensão temporária não é suficiente porque a empresa retomaria a marca depois

de alguns anos, mantendo seu poder de mercado. A Procuradoria do Cade expressou a mesma visão.

Com a saída da marca Perdigão de alguns segmentos, a tendência é que os consumidores de maior poder

aquisitivo migrem para a marca Sadia. Segundo especialistas, o ganho de participação de mercado não seria

tão expressivo, mas aumentaria o poder da empresa de elevar preços.

''FUSÃO É DESTRUIDORA DE EMPREGOS''

Se o negócio for fechado, num primeiro momento todo o esforço das empresas será de corte de custos, diz

especialista

Márcia De Chiara - O Estado de S.Paulo

Entrevista - Nelson Barrizzelli, professor da Universidade de São Paulo

A proposta de fusão do Grupo Pão de Açúcar com a operação brasileira do Carrefour, bancada em boa parte

com recursos públicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, é considera "destruidora de

empregos" pelo professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (USP) e

especialista em varejo, Nelson Barrizzelli.

Ele avalia que toda argumentação usada para justificar a entrada do banco de fomento nesse negócio não tem

nexo. "Num primeiro momento, todas as sinergias que esses dois grupos podem ter para reduzir custos eles o

farão", afirmou. "Pode ser que no futuro, quando eles começarem um processo de expansão, ocorra a geração

de empregos. Mas num primeiro momento não." O economista ressaltou também que os únicos ganhadores

com essa fusão são os dois grupos.

Para o consumidor, dependendo da maneira como o Cade se comportar na avaliação da concorrência, será

indiferente. "Já para os fornecedores, a vida que é difícil e vai ficar mais difícil." Procurado pelo Estado, o

Grupo Pão de Açúcar não se manifestou. A seguir os principais trechos da entrevista.

Como o senhor vê a possível fusão do Carrefour com o Pão de Açúcar? Quem ganha e quem perde? Vejo esse negócio como uma atividade normal de fusões que está ocorrendo no mundo inteiro. Na verdade

não se trata especificamente de uma fusão tradicional, tem vantagem de relacionamento acionário entre os

grupos, mas no fundo os dois grupos estão se juntando. Isso está ocorrendo no mundo inteiro. Se o BNDES

não tivesse entrado, essa seria uma operação absolutamente normal. Quem ganha com essa fusão é, sem

dúvida alguma, os dois grupos, exclusivamente. Eles vão ter sinergias, conseguir reduzir custos fixos,

certamente vão ganhar mais escala.

E o consumidor não ganha? Dependendo da maneira como o Cade se comportar, para o consumidor será indiferente. Isso porque no varejo

não são as organizações que competem, mas as lojas. Se você tiver uma loja do Grupo Pão de Açúcar

isoladamente, ela estará competindo com todas as organizações de pequeno, médio e grande porte que

existirem em volta dela. Vai concorrer com a padaria, com a quitanda, com a feira livre, por exemplo.

Qual é o efeito para a indústria?

A vida que já é difícil e vai ficar mais difícil. Ela já sua gotas de suor grossas, talvez ela vá suar algumas

gotinhas de sangue. A indústria é a parte que terá mais dificuldades. É lógico que isso tem certos limites.

Quando o Pão de Açúcar comprou as Casas Bahia, todo mundo dizia que tinha acabado. Agora a indústria não

vai vender mais, vai ter de dar de graça a mercadoria. Não é bem assim. A pressão dos dois lados tem um

certo limite. Essas empresas varejistas podem pressionar a indústria e a indústria cede até o ponto que vai ter

prejuízo. Se ela vai ter prejuízo, ela não vai ceder mais. Certamente o que aumenta é a pressão negocial. Mas

na hora de fazer o negócio, ele vai ser feito de tal maneira que tem de sobrar algum lucro para os dois lados.

O senhor não vê risco de aumento de preço? Eu acho que não vai haver nem aumento nem redução de preço perceptível. Vai continuar como é hoje. O que

poderia acontecer é esse grupo, pelo seu poder de negociação, continue vendendo pelo preço que vende

atualmente e tenha mais lucro porque principalmente vai reduzir custos fixos pela junção das duas

organizações. Mas eu acho que o consumidor na prática não vai sentir grandes modificações.

O senhor acha que se justifica a entrada do BNDES? De maneira nenhuma. Acho que toda essa argumentação que foi usada para que o BNDES entrasse nesse

negócio não tem absolutamente nenhum nexo. O fato de o BNDES por meio do BNDESPar entrar como sócio

comprando ações não muda absolutamente nada. O dinheiro do BNDES é o dinheiro do BNDES. O dinheiro

do BNDESPar não vem de uma fonte celestial onde nada acontece em relação a aquilo que é o caixa do

BNDES. O papel do BNDES é contribuir para incentivar a infraestrutura brasileira, melhorar a produtividade

da indústria, modernizar a indústria, gerar empregos e assim por diante. Uma fusão dessas é destruidora de

empregos. Num primeiro momento, todas as sinergias que esses grupos podem ter para reduzir custos eles

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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farão. Pode ser que no futuro, quando eles começarem um processo de expansão, ocorra a geração de muitos

empregos. Mas num primeiro momento não. Seja pela missão básica do BNDES como banco de fomento, seja

pela própria característica da operação, seja pelo setor ao qual os dois pertencem que é o varejista, não tem

nenhum nexo o BNDES entrar numa operação desse tipo.

Por que o BNDES está envolvido? Não sei explicar, não trabalho no BNDES e não participei da negociação. Você tem de perguntar para o

Coutinho. Eu ouvi até uma explicação, por assim dizer, que esse grupo vai ter uma participação importante no

Carrefour internacional e isso vai permitir que se venda mais produtos brasileiros no exterior. De todas as

explicações essa é a mais esdruxula. Esse Grupo não precisa ter participação no Carrefour internacional para

que o Brasil exporte mais alimentos. Não tem sentido nenhum. Nós não somos grandes exportadores de

alimentos industrializados. Somos exportadores de matérias primas. Alimentos industrializados, na verdade,

não somos nem muito importadores nem exportadores porque são produtos de produção e consumo local.

Dificilmente alguém vai comprar uma lata de palmito do Brasil porque o Pão de Açúcar tem participação no

Carrefour internacional. A pessoa que fala uma coisa dessas não entende de comércio exterior.

Do ponto de vista de mercado, o Walmart será o grande prejudicado se o negócio se concretizar? Qual

será a dinâmica do mercado entre os dois primeiros e os demais? É interessante observar que ocorre mais ou menos uma regionalização dessas grandes organizações. O Grupo

Pão de Açúcar e o Carrefour se concentraram na região Sudeste. O Walmart se concentrou no Norte, Nordeste

e no Sul do Brasil. O que acontece de prático é que hoje, onde o Walmart tem maior dominância, ele não

concorre diretamente com o Carrefour e o Pão de Açúcar. Concorre localmente com algumas lojas, mas não

com o poderio que essas organizações tem na região Sudeste. E vice-versa. O Walmart aqui em São Paulo é

concorrente do Carrefour e do Pão de Açúcar, mas de uma forma muito suave. Dada essa regionalização, o

Walmart não vai sofrer substancialmente.

Quais empresas serão afetadas? Vai ter um certo prejuízo concorrencial para as empresas de porte médio que hoje concorrem com mais

facilidade seja com o Carrefour, seja com o Walmart. Se eles vierem a se juntar e ficarem mais forte

regionalmente, as empresas de porte médio, como por exemplo as do interior de São Paulo, do Rio de Janeiro,

em regiões de Minas Gerais, poderão passar a ter uma concorrência muito mais forte. Na prática, quando

olhamos a maneira pela qual Carrefour e Pão de Açúcar caminharam ao longo desses anos, constatamos que

eles foram deixando alguns espaços para empresas de porte médio.

MINISTÉRIO RECOMENDA APROVAÇÃO DA MÁQUINA DE VENDAS

Célia Froufe - O Estado de S.Paulo

A fila de avaliação de grandes fusões no comércio começou a andar. Após um ano e quatro meses do anúncio

da união entre as Lojas Insinuante e Ricardo Eletro, o Ministério da Fazenda concluiu que o negócio não traz

problemas à concorrência e recomendará ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que

aprove a operação, sem restrições.

O parecer da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda deve ser publicado

na próxima semana. O documento será encaminhado à Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério

da Justiça, antes de ser levado ao Cade. A SDE costuma acompanhar as recomendações da Seae. A fusão das

duas redes varejistas - que opera sob a holding Máquina de Vendas - criou o segundo maior grupo do setor no

Brasil, com 8% do mercado.

A criação de mais essa gigante do varejo se soma à onda de formação de grandes conglomerados no País. A

união fica atrás apenas do Pão de Açúcar, que aguarda uma decisão do Cade a respeito das compras de Ponto

Frio e Casas Bahia - juntas, elas detém mais de 20% do mercado varejista. A rede Magazine Luiza, que tem

uma fatia de 6%, também espera o aval para as operações envolvendo o Baú da Felicidade e as Lojas Maia.

No órgão antitruste, a relatoria do processo sobre a Máquina de Vendas caberá ao conselheiro Carlos Ragazzo,

o mesmo que votou contra a fusão entre Sadia e Perdigão. Os dois casos envolvendo o Pão de Açúcar (Casas

Bahia e Ponto Frio) serão tratados separadamente pelo Cade e ambos estão com o conselheiro Marcos

Veríssimo.

O grupo fruto da fusão entre Ricardo Eletro e Insinuante fatura R$ 5,7 bilhões, com 750 lojas no País, exceto

na região Sul.

A projeção do faturamento do grupo para este ano é de R$ 6,3 bilhões e, para 2014, de R$ 10 bilhões. A meta

do grupo para 2014 é atingir um total de mil lojas e um quadro de funcionários formado por 30 mil pessoas -

atualmente são 21,3 mil. A expectativa de crescimento vai na esteira do aumento da renda dos brasileiros,

principalmente dos que estão integrando a classe média.

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CADE QUER SUSPENDER MARCA PERDIGÃO

Negociação para aprovar a fusão com a Sadia prevê a proibição temporária da marca em produtos com maior

concentração de mercado

Raquel Landim - O Estado de S.Paulo

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Brasil Foods estão negociando a suspensão

temporária da marca Perdigão nos segmentos em que existe maior concentração de mercado. Esse é o

principal ponto do acordo que vem sendo costurado para tentar aprovar a fusão de Sadia e Perdigão, depois

que um conselheiro do Cade sugeriu vetar a operação por provocar prejuízos ao consumidor.

As negociações, no entanto, não estão concluídas e devem prosseguir até o julgamento, marcado para quarta-

feira. Segundo o Estado apurou, existe consenso entre o Cade e a empresa sobre o "remédio", mas a disputa é

acirrada sobre a "dosagem". Não há definição em quantos mercados seria feita a suspensão da marca Perdigão,

nem por quanto tempo. Fontes próximas à discussão indicam que a suspensão do uso da marca pode ocorrer

em pelo menos seis grupos de produtos, por um prazo máximo de cinco anos. Mas o nos termos finais do

acordo ainda podem variar bastante.

Com a união das marcas Sadia e Perdigão, a participação de mercado da Brasil Foods chega a 70% em pizzas

prontas, 80% em hambúrgueres e empanados de frango, 90% em lasanhas. Os porcentuais também são muito

elevados em mercados como o de presunto (70%), linguiça defumada (70%), kit festa aves (90%), carne in

natura peru (70%), entre outros. Os dados são da Procuradoria do Cade.

O acordo não prevê restrições para a marca Sadia, que é considerada "premium" e tem preços mais altos. Essa

marca está sendo preservada porque é a mais forte na exportação, sendo conhecida em países como Arábia

Saudita e Rússia. Também está previsto no acordo a venda de marcas populares e de muitas fábricas e centros

de distribuição (leia reportagem na pág. B3).

Nesse ponto da negociação, a suspensão da marca Perdigão se tornou aceitável para a Brasil Foods, que

chegou a declarar várias vezes que não faria concessões nas marcas principais. Segundo uma fonte ligada ao

processo, a suspensão "pelo menos preserva o sentido da fusão" que seria perdido se uma das marcas

principais fosse vendida.

Mas a solução de suspender temporariamente a marca Perdigão é polêmica e ainda gera dúvidas entre os

conselheiros do Cade. O órgão está tentando impor condições para que a empresa não se aproveite da

oportunidade para lançar outra marca ou ocupar espaço da Perdigão com uma marca que já existe, mantendo

seu poder de mercado.

Não é a primeira vez que o Cade adota a solução de suspender uma marca. No passado, o resultado não foi

bom. Em 1996, o órgão exigiu que a Colgate suspendesse por quatro anos a marca Kolynos. A empresa lançou

então o creme dental Sorriso no mesmo patamar de preço e até com a mesma identidade visual. A substituição

foi tão bem sucedida que a Colgate decidiu não voltar a usar a marca Kolynos.

GOL COMPRA WEBJET POR R$ 310,7 MILHÕES

Gol pagará R$ 96 milhões pela rival, e assumirá a diferença em dívidas

Melina Costa, Patrícia Cançado e Glauber Gonçalves - O Estado de S.Paulo

A Gol anunciou ontem a compra da Webjet por R$ 96 milhões em uma transação que, incluindo dívidas,

chega a R$ 310,7 milhões. Com apenas 5,16% de participação no mercado doméstico e uma frota de aviões

velhos, a Webjet atraiu a atenção da Gol por causa dos slots (horários de pouso e decolagem) que detém em

aeroportos centrais do País, como os de Guarulhos e Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

"A Gol não está comprando a Webjet. Ela está comprando os slots da empresa. O que eles vão querer com

aviões velhos?", resume o professor Elton Fernandes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Como os maiores aeroportos do País enfrentam graves deficiências de infraestrutura que impedem a concessão

de novos slots pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as únicas saídas para crescer nesses locais são

a compra de aeronaves maiores ou a aquisição de empresas que voem nesses locais.

Essa não é a primeira investida da Gol sobre a Webjet. Outra tentativa feita há cerca de dois anos não foi bem

sucedida porque a proposta da companhia comandada pela família Constantino não agradou à Webjet.

Uma operação do tipo já era esperada pelo mercado. Para especialistas, a Webjet chegou a um ponto em que

precisava se capitalizar para ganhar espaço. No entanto, a empresa, que já foi a terceira em participação no

mercado doméstico, ficou estagnada, enquanto a Azul, que entrou depois no mercado, avançou gradualmente

até tomar sua posição.

Uma das saídas vislumbradas pela Webjet foi a abertura do capital. Depois de iniciar os trabalhos para

realizar, em fevereiro, uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), a Webjet desistiu da

empreitada em maio, receosa com a escalada nos preços internacionais do petróleo. Ao mesmo tempo, no

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entanto, o controlador da companhia aérea, Guilherme Paulus, dava outras tacadas na tentativa de capitalizar a

Webjet.

Em Brasília. Dono da empresa desde 2007, o também fundador da operadora de turismo CVC é figura

recorrente na capital federal. Segundo fontes, ele é o empresário que mais ativamente tem atuado na defesa do

aumento do limite de participação estrangeira em empresas aéreas brasileiras de 20% das ações com direito a

voto para 49%.

O texto que altera o Código Brasileiro de Aeronáutica chegou a ir este ano para votação no plenário da

Câmara dos Deputados, mas acabou sendo retirado da pauta.

O aumento do limite era interessante para Paulus que, segundo fontes, também mantinha contato com o fundo

de investimentos Irelandia Aviation, da família que fundou a aérea irlandesa Ryanair. As relações com o

fundo continuaram pelo menos até a entrada com os papéis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para

realização do IPO. Neles, Charles Clifton, que trabalhou 16 anos na Ryanair e é sócio do fundo Irelandia, é

apresentado como membro do Conselho de Administração e assessor da Webjet.

Mesmo com a incorporação das operações da Webjet, a Gol alcançaria a mesma fatia de participação que a

líder TAM no mercado doméstico.

Enquanto Gol e Webjet juntas ficaram com uma fatia de 40,55% em maio, a TAM respondeu por 44,43% da

demanda. Para especialistas, o tamanho modesto da Webjet não deve desencadear uma concentração que

preocupe o mercado, o que deve facilitar a aprovação da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa

Econômica (Cade).

"Do ponto de vista legal e do histórico (de atuação) do Cade, não vejo grandes entraves (à operação)", diz o

especialista em direito aeroviário Guilherme Lopes do Amaral, do escritório Aidar SBZ Advogados.

Ele lembra que os movimentos de consolidação são a principal forma encontrada pelas companhias aéreas

brasileiras - que tradicionalmente trabalham com margens apertadas - para reduzir custos.

O ESTADO DE SÃO PAULO DE 10 DE JULHO DE 2011

VAREJO NO ATACADO

Operação pretendida pelo Pão de Açúcar não nacionaliza o grupo, apenas aumenta o poder de arbítrio do dr.

Abilio, avalia articulista

Carlos Lessa - O Estado de S.Paulo

Nas últimas semanas, a fusão do grupo Pão de Açúcar com o grupo Carrefour para a criação do Novo Pão de

Açúcar abriu um debate que percorreu a dimensão ética, jurídica, de interesse privado e dos interesses

nacionais. Praticamente todos os articulistas da mídia impressa, televisiva e radiofônica colocaram em pauta a

questão (corretamente, pois o BNDES, banco histórico do desenvolvimento industrial brasileiro, estava se

propondo a aplicar mais de US$ 2 bilhões em uma operação global de quase US$ 3 bilhões!).

Pelo lado ético, foram feitos reparos a diversos protagonistas públicos e privados envolvidos na operação.

Pelo ângulo jurídico, a redução do peso do grupo francês Casino em um Novo Pão de Açúcar tem as

características de um divórcio parcial do empresário brasileiro e sua nova parceria com outro grupo francês, o

Carrefour. Tem ou não um valor impeditivo para a operação pretendida (a existência de um acordo de

acionistas entre o Pão de Açúcar e o Casino)? Neste momento, tudo leva a crer que a operação é juridicamente

contestável e, levada aos tribunais, seria extremamente nociva para os parceiros atuais e os novos (Carrefour e

BNDES). Isso, aparentemente, não foi levado em conta pelo BNDES, que não apenas avançou num

comprometimento prévio com Abilio Diniz como lhe pôs nas mãos o poderoso argumento de R$ 3,7 bilhões.

Hoje, 7 de junho, li em jornal de grande circulação que o dr. Abilio declarou: "Fiz um trabalho extenuante".

Costurar esse trabalho que foi feito não é fácil e entendo por quê; afinal, não é todos os dias que um

empresário pode dizer a outros: tenho a chave para um suprimento financeiro superior a US$ 2 bilhões.

Luciano Coutinho, atual presidente do BNDES, declarou antes da controvérsia que o BNDES somente faria a

operação se houvesse acordo do grupo Casino. O negócio não foi desmanchado, por isso o dr. Abilio, com a

chave do BNDES, desafia o grupo Casino a demonstrar que a fusão não é uma boa ideia. Obviamente, a fusão

é magnífica para o interesse privado do dr. Abilio, que, em entrevista, declara que quer "continuar levando a

companhia que tem o DNA dele". Porém, isso não o impediu de, há alguns anos, assinar com o grupo Casino

o direito de, em 2012, trocar, por R$ 1, a possibilidade de o grupo Casino consolidar os resultados do grupo

Pão de Açúcar, diluindo o seu DNA. Quando assinou o acordo, era pré-datada a diluição do DNA brasileiro. É

transparente a vantagem da operação pretendida para dr. Abilio. É inteiramente obscuro o interesse da

sociedade brasileira nessa fusão que daria origem a um trio (dois franceses e um brasileiro).

É importante advertir a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que o BNDESPar é o braço do

BNDES em operações no mercado de capitais e que é uma subsidiária 100% de propriedade do banco oficial.

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Este, como a ministra deve saber, é 100% do Tesouro. Assim sendo, são recursos públicos que, pela missão do

BNDES, devem ser aplicados em projetos que gerem emprego e renda para os brasileiros.

Fusões podem ser meritórias, porém essa operação do Pão de Açúcar não nacionaliza o grupo de varejo,

apenas aumenta o poder de arbítrio do dr. Abilio, restaurando seu DNA. Não é uma operação geradora de

crescimento da economia. E, ao contrário do que declarou o ministro do Desenvolvimento, da Indústria e do

Comércio, Fernando Pimentel, não gerará saldo comercial positivo. O ministro declarou que o grupo

Carrefour iria, associado ao Pão de Açúcar, "ampliar exportações brasileiras" (?!). O atual Pão de Açúcar é

uma rede varejista que importa muito mais do que exporta, gerando um saldo comercial negativo. O grupo

Carrefour já participa da rede brasileira de varejo e não é exportador líquido para o varejo mundial; a entrada

do Carrefour não ampliará a rede de varejo. O que amplia o varejo é a multiplicação de emprego e renda no

interior da economia brasileira.

Alguém afirmou que a aplicação do BNDESPar em papéis do Pão de Açúcar é um ótimo negócio para o

BNDES. A elevação de valor patrimonial passa por um aumento futuro de lucratividade do cogitado NPA -

Novo Pão de Açúcar. Isso pode ser obtido por redução dos custos operacionais (inclusive massa de salários)

ou pelo aumento da margem comercial na compra e venda das mercadorias que distribui como rede varejista.

Cabe ao Cade julgar se essa concentração do varejo vai baratear o custo de vida ou a lucratividade maior será

um jogo perverso em relação às famílias brasileiras. De qualquer forma, o BNDES não é vocacionado a

maximizar seu lucro (não é um banco de investimento); é um banco de desenvolvimento cuja primeira função

é ampliar o emprego e a renda dos brasileiros. Tenho a preocupação de que se produza um desgaste na

imagem do BNDES, o que seria um subproduto perverso da cogitada operação.

O dr. Abilio diz que foram encomendados "estudos" a três consultorias para avaliar a operação. É óbvia a

vantagem patrimonial privada de dispor de mais de US$ 2 bilhões de recursos públicos. As três consultorias

devem estar construindo "argumentos" para seduzir o grupo Casino; outras deveriam mostrar "vantagens" para

a sociedade brasileira.

CARLOS LESSA É ECONOMISTA. FOI PRESIDENTE DO BNDES E É PROFESSOR EMÉRITO DA

UFRJN

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ACOMPANHAMENTO LEGISLATIVO

PROJETO DE LEI DA CÂMARA N.º 06/2009 (PL Nº 3937/2004)

O Plenário aprovou, no dia 17/12/2008, o Projeto de Lei 3937/04, que reestrutura o Conselho Administrativo

de Defesa Econômica (Cade). O texto estipula penas e multas para pessoas e empresas que prejudicarem a

ordem econômica. Ele também obriga as empresas a sujeitarem os seus atos de concentração econômica

(fusão, aquisição e outros) a uma análise prévia do Cade. Em 05/02/2009 o Projeto de Lei foi encaminhado ao

Senado Federal para apreciação, tendo sido autuado no Senado Federal sob a epígrafe PLC 06/09. Em

11/02/2009 o Projeto de Lei foi recebido na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal (CAE),

onde o Senador Romero Jucá foi designado relator. Em 06/03/2009, o Sen. Romero Jucá emitiu relatório

opinado pela aprovação integral do Projeto de Lei. Sem que tenha havido manifestação da CAE e, após a

aprovação de dois requerimentos pelo plenário do Senado Federal, o projeto foi remetido à Comissão de

Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT). Em 14/10/2009 a CCT aprovou parecer

favorável, nos termos do parecer do Sen. Wellington Salgado de Oliveira, com as emendas n.ºs 01 a 28-CCT.

O Projeto foi então encaminhado à Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI), onde o Sen. Wellington

Salgado apresentou a mesma minuta de Parecer já aprovada na CCT, com três emendas. Em 20/10/2009, o

CADE encaminhou memoriais trazendo subsídios para demonstrar a relevância do tema e a importância da

aprovação do Projeto. No dia seguinte, em 21/10/2009, o PLC foi encaminhado, a pedido, ao Presidente da

Comissão, Sen. Fernando Collor. Em 04/11/2009 o projeto foi incluído na pauta da CI e o parecer favorável

aprovado no dia seguinte, 05/11/2009, com as Emendas de nºs 01 a 28-CCT/CI, e as Emendas nºs 29 a 31 CI,

tendo sido designado relator "ad hoc" o Sen. Flexa Ribeiro. Em 21.12.2009 o Senador Aluizio Mercadante

apresentou Emendas n.ºs 33 a 37-PLEN, perante a Mesa. O Projeto será encaminhado às Comissões de

Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática; de Serviços de Infra-Estrutura; de Assuntos

Econômicos; de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle; e de Constituição, Justiça

e Cidadania, para análise das emendas de Plenário.

PROJETO DE LEI Nº 2731/2008 (PLS 75/2005)

O Senado Federal aprovou ao término da última Legislatura o Projeto de Lei do Senado nº 75, de 2005, de

autoria do Senador Pedro Simon. A proposta altera a Lei n.º 8.884, de 11 de junho de 1994 (Lei de Defesa da

Concorrência) para, dentre outras mudanças menos relevantes, excluir parte do disposto pelo § 7º do art. 54 da

referida Lei e assim acabar com a existência de aprovação automática de atos de concentração após 60 dias

sem que o Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (CADE) tenha se manifestado. O projeto

seguiu para análise pela Câmara dos Deputados e tramitará sob o número 2731/2008, tendo sido apensado ao

Projeto n.º 1767/2007 e enviado à Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC)

para parecer. Em 21 de maio 2008, foi designado como Relator do projeto o Deputado Antônio Andrade

(PMDB-MG).

[SEM ALTERAÇÃO]

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 265/2007

Trata-se de Projeto de Lei Complementar do Senado Federal que estabelece a competência do Conselho

Administrativo de Defesa Econômica (CADE) para fiscalizar e punir condutas lesivas à ordem econômica e à

concorrência no âmbito do sistema financeiro. Na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e

Comércio o Projeto recebeu Parecer pela aprovação com emendas, incluindo prazo de 60 dias para aprovação

automática no caso de não manifestação. Desde junho de 2008, o Projeto encontra-se na Comissão de

Finanças e Tributação, aguardando elaboração de Parecer pelo Relator, Dep. Antonio Palocci.

[SEM ALTERAÇÃO]

EMENDAS AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA N.º 6, DE 2009

EMENDA Nº 33 PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 6, DE 2009

Acrescente-se o inciso XX ao art. 9º do PLC nº 6, de 2009, com a seguinte redação:

Art. 9º

XX - firmar contratos e convênios com órgãos ou entidades nacionais e submeter, previamente, ao Ministro de

Estado da Justiça os que devam ser celebrados com organismos estrangeiros ou internacionais;

JUSTIFICATIVA

O CADE, como todo órgão colegiado, tem em seu Plenário a instância máxima de deliberação, o que dá

legitimidade às suas decisões. Tal legitimidade deve dizer respeito não somente às decisões de mérito dos

processos e procedimentos da competência da autarquia, mas também às decisões administrativas estratégicas

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que digam respeito ao bom funcionamento do órgão que, afinal, é condição necessária à qualidade de suas

decisões de conteúdo.

Sala das Sessões, de dezembro de 2009

Senador Aloizio Mercadante (PT-SP)

EMENDA Nº 34 PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 6, DE 2009

Suprima-se o inciso XI do art. 10º do PLC nº 6, de 2009, renumerando-se os demais.

JUSTIFICATIVA

O CADE, como todo órgão colegiado, tem em seu Plenário a instância máxima de deliberação, o que dá

legitimidade às suas decisões. Tal legitimidade deve dizer respeito não somente às decisões de mérito dos

processos e procedimentos da competência da autarquia, mas também às decisões administrativas estratégicas

que digam respeito ao bom funcionamento do órgão que, afinal, é condição necessária à qualidade de suas

decisões de conteúdo.

Diante disso, sugiro a supressão do dispositivo que delega ao Presidente do Tribunal a competência para

firmar contratos e convênios com órgãos ou entidades nacionais.

Sala das Sessões, de dezembro de 2009

Senador Aloizio Mercadante (PT-SP)

EMENDA Nº 35 PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 6, DE 2009

Altere-se o inciso II do art. 19 do PLC nº 6, de 2009, que passará a ter a seguinte redação:

―Art. 19.

II - opinar, quando considerar pertinente, sobre minutas de atos normativos elaborados por qualquer entidade

pública ou privada submetidos à consulta pública, nos aspectos referentes à promoção da concorrência, bem

como nos demais atos dessas entidades que possam de qualquer forma limitar ou prejudicar a livre

concorrência e a livre iniciativa, ou que possam afetar o interesse geral dos agentes econômicos e dos

consumidores.‖

JUSTIFICATIVA

A redação que proponho é mais ampla para regular a participação da Secretaria de Acompanhamento

Econômico na promoção da concorrência, de forma a possibilitar a manifestação daquele órgão nos atos onde

possa haver prejuízo à livre concorrência ou ao interesse geral dos agentes econômicos. Adicionalmente, as

competências ali previstas limitam-se materializar uma prática já exercida. Não há que se falar em

"usurpação" de competências das agências reguladoras, visto que a manifestação da Secretaria é meramente

opinativa.

Sala das Sessões, de dezembro de 2009

Senador Aloizio Mercadante (PT-SP)

EMENDA Nº 36 PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 6, DE 2009

Dê-se ao inciso I do art. 37 do PLC nº6, de 2009, a seguinte redação:

―Art. 37.

I - no caso de empresa, multa de 0,1% a 30% do valor do faturamento bruto da empresa, grupo ou

conglomerado obtido, excluídos os impostos, no último exercício anterior à instauração do processo

administrativo, a qual nunca será inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação;‖

JUSTIFICATIVA

A aplicação de multas pela administração pública, como muitas vezes é objeto de recurso ao Poder Judiciário,

necessita de critérios claros e objetivos. Nesse sentido, também é importante que os administrados consigam

ter algum nível de previsibilidade sobre a ação do Poder Público. Um critério que utilize como base de cálculo

da multa a noção de mercado relevante não garante essa objetividade, tendo em vista tratar-se de definição em

casos concretos freqüentemente passíveis de análises econômicas díspares. Desse modo, acredito que a

redução do patamar mínimo de 1% para 0,1% já será suficiente para garantir a proporcionalidade necessária

entre a conduta tipificada e a penalidade aplicada, mantendo o critério objetivo baseado no faturamento bruto.

Por fim, excluí os impostos do cálculo da multa também para manter a proporcionalidade da multa.

Sala das Sessões, de dezembro de 2009

Senador Aloizio Mercadante (PT-SP)

EMENDA Nº 37 PLENÁRIO AO PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 6, DE 2009

Dê-se ao inciso I do art. 88 do PLC nº6, de 2009, a seguinte redação:

―Art. 88.

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I – pelo menos um dos grupos envolvidos na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto

anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$

400.000.000,00 (quatrocentos milhões de reais);

JUSTIFICATIVA

O faturamento mínimo de R$ 400.000.000,00 corresponde ao critério atual de submissão dos atos de

concentração ao CADE e a utilização desse critério tem levado o órgão a aprovar, sem restrições,

aproximadamente 90% desses atos. A diminuição desse limite para R$ 150 milhões certamente faria o CADE

analisar operações que não possuem nenhum impacto concorrencial, desperdiçando recursos públicos.

PARECER Nº , DE 2010 DA COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA

RELATOR: Senador FRANCISCO DORNELLES

PARECER Nº , DE 2010 Da COMISSÃO DE SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA, sobre as emendas de

Plenário oferecidas ao Projeto de Lei da Câmara nº 6, de 2009, do Deputado Carlos Eduardo Cadoca, que

estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência; dispõe sobre a prevenção e repressão às infrações

contra a ordem econômica; altera a Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de

outubro de 1941 – Código de Processo Penal, e a Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985; revoga dispositivos da

Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994, e a Lei nº 9.781, de 19 de janeiro de 1999; e dá outras providências.

RELATOR: Senador FRANCISCO DORNELLES

I – RELATÓRIO

O Projeto de Lei da Câmara nº 6, de 2009, incorpora Substitutivo aprovado na Câmara dos Deputados ao

Projeto de Lei nº 3.937, de 2004, de autoria do Deputado Carlos Eduardo Cadoca, e ao Projeto de Lei nº

5.877, de 2005, de autoria do Poder Executivo, e tem por objetivo estruturar o Sistema Brasileiro de Defesa da

Concorrência. Na redação proposta, cento e vinte e oito artigos compõem o Projeto.

No Senado Federal, o parecer apresentado e aprovado pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,

Comunicação e Informática (CCT), de autoria do Senador Wellington Salgado, concluiu pela aprovação do

PLC nº 6, de 2009, com vinte e oito emendas.

O parecer apresentado e aprovado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), de autoria do Senador

Wellington Salgado, concluiu pela aprovação do PLC nº 6, de 2009, com todas as emendas apresentadas pela

CCT e com três emendas adicionais.

Na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o parecer do relator Senador Romero Jucá concluiu pela

aprovação do PLC nº 6, de 2009, com o acolhimento de todas as emendas apresentadas cumulativamente pela

CCT e pela CI.

O parecer apresentado e aprovado pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e

Controle, de autoria do Senador João Pedro, concluiu pela aprovação do PLC nº 6, de 2009, com todas as

vinte o oito emendas apresentadas pela CCT, salvo a Emenda nº 21, a qual foi aprovada nos termos da

Subemenda CMA nº 1, e com a apresentação de uma Emenda nº 32-CMA. O parecer concluiu, ainda, pela

aprovação das emendas nºs 30 e 31-CI e pela rejeição da emenda nº 29-CI.

O parecer apresentado e aprovado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, de autoria do Senador

Romero Jucá, concluiu pela aprovação do PLC nº 6, de 2009, com o acolhimento das emendas apresentadas

pela CCT, CI e CMA, nos termos propostos pelo parecer da CMA, isto é, com a rejeição da emenda nº 29-CI.

Em Plenário, o Senador Aloizio Mercadante apresentou cinco emendas, de nºs 33 a 37, a seguir descritas.

As Emendas nºs 33 e 34 alteram os arts. 9º e 10 do PLC nº 6, de 2009, com um único objetivo: retirar do

Presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) a competência exclusiva para celebrar

convênios e contratos em nome da instituição. Pelas emendas, tal competência passa a ser do Plenário do

Cade. A justificativa anota que tal atribuição ao colegiado fomentará a legitimidade dos acordos celebrados

pelo Cade.

A Emenda nº 35 altera o art. 19 do PLC nº 6, de 2009, para ampliar os poderes da Secretaria de

Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda (SEAE/MF) no papel de ―advogada da

concorrência‖, isto é, no seu poder opinativo sobre atos e normas implementados por qualquer autoridade

pública ou privada, em especial pelas agências reguladoras. Pela emenda, não apenas os atos submetidos por

tais entidades à consulta pública poderão ser objeto de análise opinativa da Seae/MF, mas quaisquer atos

praticados por tais entidades, ainda que não submetidos à consulta pública.

A Emenda nº 36 altera o art. 37 do PLC nº 6, de 2009, com o intuito de diminuir em dez vezes o valor mínimo

da multa que o Cade deve impor ao condenado por infração da ordem econômica. Pela redação original do

PLC nº 6, de 2009, a multa mínima é de 1% do faturamento bruto da empresa condenada. Pela emenda, a

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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multa mínima passa a ser de 0,1% do faturamento bruto. Há outra mudança: pelo PLC nº 6, de 2009, a base de

cálculo é o faturamento bruto obtido no mercado relevante considerado; e, pela emenda, a base de cálculo

volta a ser o faturamento bruto do infrator, no seu valor global, mas excluído o valor pago a título de tributos.

A Emenda nº 37 restabelece o critério da lei em vigor, Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994, para a

apresentação de atos de concentração econômica ao Cade: ter um dos grupos envolvidos registrado, no

mínimo, R$ 400.000.000,00 de faturamento bruto no ano anterior ao da realização da operação de

concentração econômica. Pela redação original do PLC nº 6, de 2009, mais casos de uniões empresariais

devem ser apresentados ao Cade, já que o piso de faturamento foi fixado em R$ 150.000.000,00.

As Emendas de Plenário foram submetidas à análise da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação,

Comunicação e Informática, a qual proferiu parecer pela aprovação de todas as emendas, com subemenda às

Emendas nº 33 e 34, e desta Comissão. Após sua apreciação, a matéria será encaminhada às Comissões de

Assuntos Econômicos, Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, e, ao final, à

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

II – ANÁLISE

Foram observadas as regras pertinentes à regimentalidade, dado que, nos termos do art. 104 do Regimento

Interno do Senado Federal, cabe a esta Comissão opinar sobre assuntos correlatos aos transportes e às

agências reguladoras, sendo que o Cade se assemelha às agências, ao regular e aplicar a defesa da

concorrência no Brasil.

As Emendas nºs 33 e 34 devem ser acolhidas, na forma da submenda apresentada pela Comissão de Ciência,

Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, a qual acolhe a Emenda nº 33 e torna prejudicada a

Emenda nº 34, porquanto o Plenário do Cade deve se ocupar da análise de convênios e contratos a serem

celebrados pela entidade.

De fato, as tarefas relacionadas à celebração de convênios não podem ser desempenhadas, a contento,

exclusivamente pelo Presidente do Tribunal. É necessário o crivo do Conselho, a fim de garantir a celebração

de convênios que sejam oportunos para o Cade. A subemenda corrige, também, o tema relacionado à

excessiva concentração de poderes na figura do Superintendente-Geral.

A Emenda nº 35 é bastante meritória, porque amplia os poderes da Seae/MF no papel de ―advogada da

concorrência‖, isto é, no seu poder opinativo sobre atos e normas implementados por qualquer autoridade

pública ou privada, no que se refere aos efeitos concorrenciais ou anticoncorrenciais de tais atos.

O mérito da Emenda nº 35 reside no fato de que, muitas vezes, é o próprio Estado que, por meio de suas

agências reguladoras e outros órgãos setoriais, cria regras anticoncorrenciais, impedindo ou dificultando, por

exemplo, que novas empresas ingressem em mercados pouco competitivos. A despeito de a redação original

do PLC nº 6, de 2009, já prever a competência da Seae/MF nesses casos, havia a restrição à análise exclusiva

dos atos colocados em regime de consulta pública. Pela Emenda nº 35, de forma salutar, todo e qualquer ato

de tais entidades, ainda que não tenha sido colocado em consulta pública, poderá ser apreciado pela Seae/MF.

A Emenda nº 36 deve ser acolhida, mas na forma de subemenda. Explica-se.

Tanto a lei em vigor, Lei nº 8.884, de 11 de junho de 1994, como o PLC nº 6, de 2009, merecem ser

modificados em um relevante aspecto: o teto legal fixado para o montante da multa administrativa a ser

aplicada pelo Cade em caso de condenação da empresa ré por infração da ordem econômica.

O parâmetro em vigor, que é de 30% do faturamento bruto anual de uma empresa, é excessivo e atenta contra

os princípios constitucionais da livre iniciativa econômica, da função social da propriedade e da empresa e da

busca do pleno emprego dos fatores de produção. Isso porque o pagamento de multa em tal valor decerto

levaria a empresa condenada a paralisar suas atividades, no todo ou em parte substancial, bem como a

conduziria ao inadimplemento de suas dívidas trabalhistas, previdenciárias e fiscais, dentre outras, em especial

com seus parceiros empresariais.

A solução proposta, de fixar o teto em 20% do faturamento bruto anual de uma empresa, atende ao princípio

da proporcionalidade em matéria econômica e é capaz de inibir a prática de ilícitos concorrenciais.

A emenda que ora se propõe reduz também o piso da multa, que cai de 1% para 0,1% do faturamento bruto

anual que a empresa infratora obteve com a atividade empresarial na qual ocorreu a infração, solução que

também atende ao princípio da proporcionalidade em matéria econômica, concedendo-se ao Cade maior

discricionariedade na adoção de um valor justo e razoável para a multa punitiva.

Da mesma forma, deve ser reduzida a multa aplicada ao administrador da empresa infratora, cujo teto deve ser

de 20% da multa aplicada à empresa.

Digna de nota é a expressa previsão legal de que o administrador deverá ser punido apenas se comprovada a

sua culpa ou dolo, conforme o sistema estabelecido pela lei de sociedade por ações (art. 158 da Lei nº 6.404,

de 1976), porque, do contrário, estar-se-ia criando um tipo de responsabilidade objetiva para o administrador,

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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o que seria contrário à tradição jurídica de responsabilidade do mandatário da sociedade apenas se praticar

atos com dolo ou culpa.

Outro ponto é a necessária alteração do art. 98 do PLC nº 6, de 2009, a fim de que a empresa infratora,

condenada pelo Cade ao pagamento de multa, possa em juízo oferecer embargos à execução da multa

mediante a prestação de caução por qualquer tipo de bem ou garantia, real ou fidejussória, e não apenas

caução em dinheiro, como exige a atual redação do projeto.

Por fim, é meritória a Emenda nº 37, mas também na forma de outra Subemenda, porque o controle prévio de

atos de concentração econômica deve ter seu prazo reduzido de 240 dias, como anota o PLC nº 6, de 2009,

para 120 dias, admitida uma prorrogação por mais 60 dias, por solicitação das empresas participantes do ato

de concentração econômica, ou uma prorrogação por mais 90 dias, por decisão do Tribunal e devidamente

justificada com as informações adicionais necessárias à instrução, sistema conhecido nos EUA como second

request.

O prazo de 120 dias, extensíveis por mais 60 dias ou 90 dias, conforme o caso, é próximo ao da lei atual e está

em consonância com a experiência internacional, na qual, em regra, realiza-se o controle prévio de fusões e

aquisições em prazo que varia de 60 a 120 dias.

Um prazo menor do que o previsto no projeto, de 240 dias, representa uma necessidade imperiosa, em razão

do grau de agilidade da economia. Do contrário, poderá ficar comprometida a própria viabilidade econômica

da operação.

Daí a necessidade de alterar os artigos do projeto que fixam prazos para as diversas etapas da análise do ato de

concentração econômica (53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 64, 65 e 88), a fim de eliminar a menção a tais prazos,

os quais poderão ser descritos e revistos em regulamento, o que é mais apropriado.

Basta menção ao prazo padrão – de 120 dias – e à possibilidade de sua prorrogação, por uma única vez, seja a

pedido das empresas requerentes ou a pedido do Tribunal.

Os valores mínimos das operações de concentração econômica que são compulsoriamente submetidas à

apreciação do Cade são os mesmos positivados em 1994. Estão, portanto, a merecer reajuste, dada a inflação

acumulada no período, desde a implantação do Plano Real até os dias de hoje. Os novos valores alcançados –

um bilhão de reais e quarenta milhões de reais, respectivamente – coadunam-se com a atual realidade

financeira das operações de fusão e facilitarão o trabalho do Cade, a fim de extirpar do Conselho a análise de

atos de concentração econômica sem potencial ofensivo à concorrência nos mercados.

A alteração da redação dada ao inciso IV do art. 90, por sua vez, é medida salutar, porque não se deve exigir a

apresentação ao Cade de certo tipo de contrato associativo, caracterizado como consórcio constituído para a

realização de empreendimento específico, com prazo determinado e comumente utilizado para a participação

de empresas em licitações, já que tal consórcio lida com prazos para habilitação e julgamento de propostas

bem inferiores aos necessários para que o Cade autorize a operação.

Por sua vez, as transações ou negociações com ações, quotas ou outros títulos, ainda que realizadas em caráter

temporário e para fins de revenda, devem ser submetidas à apreciação do CADE, porquanto têm o potencial

de alterar as relações de concorrência nos mercados relevantes considerados.

Quanto à vacatio legis, é de se concluir que a lei deve ter vigência imediata em suas regras gerais, em especial

naquelas que exigem uma melhor estrutura orçamentária e de recursos humanos para o Cade.

III – VOTO

Pelos motivos expostos, manifestamo-nos pela aprovação da Emenda de Plenário nº 33, na forma da

subemenda apresentada pela CCT, pela prejudicialidade da Emenda nº 34, pela aprovação da Emenda nº 35, e,

por fim, pela aprovação das Emendas de Plenário nºs 36 e 37, na forma das seguintes Subemendas.

SUBEMENDA Nº à Emenda nº 36 – PLEN

(ao PLC nº 6, de 2009)

Dê-se aos incisos I e III do art. 37 e ao art. 98 do Projeto de Lei da Câmara nº 6, de 2009, a seguinte redação:

―Art. 37. .......................................................................................

I – no caso de empresa, multa de 0,1% (zero vírgula um por cento) a 20% (vinte por cento) do valor do

faturamento bruto da empresa, grupo ou conglomerado obtido, no último exercício anterior à instauração do

processo administrativo, no ramo de atividade empresarial em que ocorreu a infração, a qual nunca será

inferior à vantagem auferida, quando for possível sua estimação;

.......................................................................................................

III – no caso de administrador, direta ou indiretamente responsável pela infração cometida, quando

comprovada a sua culpa ou dolo, multa de 1% (um por cento) a 20% (vinte por cento) daquela aplicada à

empresa, no caso previsto no inciso I do caput deste artigo, ou às pessoas jurídicas ou entidades, nos casos

previstos no inciso II do caput deste artigo.

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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.......................................................................................................‖

―Art. 98. O oferecimento de embargos ou o ajuizamento de qualquer outra ação que vise à desconstituição do

título executivo não suspenderá a execução, se não for garantido o juízo no valor das multas aplicadas ou em

outro fixado pelo juiz da causa, para que se garanta o cumprimento da decisão final proferida nos autos,

inclusive no que tange a multas diárias.‖

SUBEMENDA Nº à Emenda nº 37 – PLEN

(ao PLC nº 6, de 2009)

Suprimam-se o § 3º do art. 65 e os §§ 2º e 3º do art. 66 do Projeto de Lei da Câmara nº 6, de 2009,

renumerando-se os remanescentes, bem como suprima-se o § 9º de seu art. 88, dando-se a seus arts. 53, 54,

55, 56, 57, 58, 59, 60, 64, 88, 90 e 129, a seguinte redação:

―Art. 53. .....................................................................................

§ 1º Ao verificar que a petição não preenche os requisitos exigidos no caput deste artigo ou apresenta defeitos

e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito, a Superintendência-Geral determinará, uma

única vez, que os requerentes a emendem, sob pena de arquivamento. § 2º Após o protocolo da apresentação

do ato de concentração, ou de sua emenda, a Superintendência-Geral fará publicar edital, indicando o nome

dos requerentes, a natureza da operação e os setores econômicos envolvidos.‖

―Art. 54. Após cumpridas as providências indicadas no art. 53, a

Superintendência-Geral:

.....................................................................................................‖

―Art. 55. Concluída a instrução complementar determinada na forma do inciso II do caput do art. 54 desta

Lei, a Superintendência-Geral deverá manifestar-se sobre seu satisfatório cumprimento, recebendo-a como

adequada ao exame de mérito ou determinando seja refeita, por incompleta.‖

―Art. 56. A Superintendência-Geral poderá, por meio de decisão fundamentada, declarar a operação como

complexa e determinar a realização de nova instrução complementar, especificando as diligências a serem

produzidas.

Parágrafo único. Declarada a operação como complexa, poderá a Superintendência-Geral requerer ao

Tribunal a prorrogação do prazo de que trata o § 2º do art. 88 desta Lei.‖

―Art. 57. Concluídas as instruções complementares de que tratam o inciso II do art. 54 e o art. 56 desta Lei, a

Superintendência-Geral:

.....................................................................................................‖

―Art. 58. O requerente poderá oferecer, no prazo de oito dias da data da impugnação da Superintendência-

Geral, em petição escrita, dirigida ao Presidente do Tribunal, manifestação expondo as razões de fato e de

direito com que se opõe à impugnação do ato de concentração da Superintendência-Geral, juntando todas as

provas, estudos e pareceres que corroboram seu pedido.

....................................................................................................‖

―Art. 59. Após a manifestação do requerente, o Conselheiro-Relator:

.......................................................................

II – determinará a realização de instrução complementar, se necessário, podendo, a seu critério, solicitar que a

Superintendência-Geral a realize, declarando os pontos controversos e especificando as diligências a serem

produzidas.

.....................................................................................................‖

―Art. 60. Após a conclusão da instrução, o Conselheiro-Relator determinará a inclusão do processo em pauta

para julgamento.‖ ―Art. 64. O descumprimento dos prazos previstos nesta Lei implica a aprovação tácita do

ato de concentração econômica.

.......................................................................................................‖

―Art. 88. ........................................................................................

I – pelo menos um dos grupos envolvidos na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto

anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$

1.000.000.000,00 (um bilhão de reais); e

II – pelo menos um outro grupo envolvido na operação tenha registrado, no último balanço, faturamento bruto

anual ou volume de negócios total no País, no ano anterior à operação, equivalente ou superior a R$

40.000.000,00 (quarenta milhões de reais).

..........................................................................................................

§ 2º O controle dos atos de concentração de que trata o caput deste artigo será prévio e realizado em, no

máximo, 120 (cento e vinte) dias a contar do protocolo da petição, podendo ser prorrogado:

I – por até 60 (sessenta) dias, a pedido das empresas requerentes do ato de concentração econômica, ou

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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II - por até 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada do Tribunal, em que sejam especificadas as

razões para a extensão, o prazo da prorrogação, que não será renovável, e as providências cuja realização seja

necessária para o julgamento do processo, ficando vedada a cumulação

desse prazo com o prazo previsto no inciso anterior.

..................................................................................................‖

―Art. 90.

.................................................................................................................................................................................

........

IV – 2 (duas) ou mais empresas celebram contrato associativo, consórcio ou joint venture, salvo se voltados ao

atendimento de um empreendimento específico e com prazo determinado. Parágrafo único. Não serão

considerados atos de concentração, para os efeitos do disposto no art. 88 desta Lei, os descritos no inciso IV

do caput, quando destinados às licitações promovidas pela administração pública direta e indireta e aos

contratos delas decorrentes.‖

―Art. 129. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, salvo quanto aos dispositivos que disciplinam o

controle prévio de apresentação de atos de concentração econômica, os quais entram em vigor 1 (um) ano

após a data de sua publicação.‖

Sala da Comissão,

, Presidente

, Relator

TABELA COMPARATIVA - PLC Nº. 06/2009*

Projeto da Câmara x Emendas do Senado

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 1 Comentários

Ementa do Projeto da Câmara:

Estrutura o Sistema Brasileiro de

Defesa da Concorrência; dispõe

sobre a prevenção e repressão às

infrações contra a ordem econômica;

altera a Lei nº 8.137, de 27 de

dezembro de 1990, o Decreto-Lei nº

3.689, de 3 de outubro de 1941 –

Código de Processo Penal, e a Lei nº

7.347, de 24 de julho de 1985;

revoga as Leis nºs 8.884/94, de 11 de

junho de 1994, e 9.781, de 19 de

janeiro de 1999; e dá outras

providências.

Dê-se à ementa do Projeto a seguinte

redação:

Estrutura o Sistema Brasileiro de

Defesa da Concorrência; dispõe

sobre a prevenção e repressão às

infrações contra a ordem econômica;

altera a Lei nº 8.137, de 27 de

dezembro de 1990, o Decreto-Lei nº

3.689, de 3 de outubro de 1941 –

Código de Processo Penal, a Lei nº

7.347, de 24 de julho de 1985, e a

Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997;

revoga dispositivos da Lei nº 8.884,

de 11 de junho de 1994, e a Lei nº

9.781, de 19 de janeiro de 1999; e dá

outras providências.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 2 Comentários

Art. 6º

§ 6º - Durante o período de vacância

que anteceder à nomeação de novo

membro do Tribunal, assumirá

interinamente o cargo servidor em

exercício no CADE com

conhecimento jurídico ou econômico

na área de defesa da concorrência e

reputação ilibada, indicado pelo

Presidente do Tribunal, o qual

permanecerá no cargo até a posse do

Suprima-se o § 6º do art. 6º do

Projeto.

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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novo membro do tribunal, escolhido

na forma do caput deste artigo.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 3 Comentários Art. 9º

§ 3º - As autoridades federais, os

diretores de autarquia, fundação,

empresa pública e sociedade de

economia mista federais e agências

reguladoras são obrigados a prestar,

sob pena de responsabilidade, toda a

assistência e colaboração que lhes for

solicitada pelo CADE, inclusive

elaborando pareceres técnicos sobre

as matérias de sua competência.

Suprima-se o § 3º do art. 9º do

Projeto.

Justificativa:

―O dispositivo, que em princípio tem

o objetivo de possibilitar que o

CADE obtenha assistência das

demais entidades, vai de encontro

com os princípios da independência e

da autonomia das agências, conceito

esse essencial para o fortalecimento

do sistema regulatório, ao submeter

seus corpos diretivos a dirigentes de

outra entidade. Nada impede – aliás

recomenda-se – que a cooperação, a

assistência e a colaboração exista,

mas a forma pela qual disciplinada a

questão causaria constrangimentos

ao relacionamento entre os órgãos e

entidades envolvidos no processo e

ensejaria conflitos de competência e

insegurança jurídica. Ademais,

observa-se que a questão da

responsabilidade está adequadamente

tratada em outros diplomas legais‖.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 4 Comentários

Art. 9º

§ 6º - A Câmara de Comércio

Exterior - CAMEX, ou órgão que a

suceder, e/ou o Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e

Comércio, no âmbito de suas

competências, deverão se posicionar

em relação às decisões do Plenário

acerca de matérias relativas a

alteração tarifária, acesso a mercados

e defesa comercial em, no máximo,

30 (trinta) dias após a publicação do

acórdão, devendo permanecer

disponível na internet pelo prazo

mínimo de 1 (um) ano.

Suprima-se o § 6º do art. 9º do

Projeto.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 5 Comentários

Art. 10

XI - firmar contratos e convênios

com órgãos ou entidades nacionais e

submeter, previamente, ao Ministro

de Estado da Justiça os que devam

ser celebrados com organismos

estrangeiros ou internacionais;

[SUPRIMIDO]

----

O Projeto da Câmara não estabeleceu

inciso XX para o art. 9º.

Suprima-se o inciso XI do art. 10 do

Projeto, renumerando-se os demais, e

dê-se aos arts. 9º, 10, 11, 52, 59, 65,

67, 76 e 92 do Projeto a seguinte

redação:

Art. 9º

XX – firmar contratos e convênios

com órgãos ou entidades nacionais e

submeter, previamente, ao Ministro

de Estado da Justiça os que devam

ser celebrados com organismos

estrangeiros ou internacionais.

A emenda amplia a competência do

Plenário do CADE e reduz a

competência do Presidente do

Tribunal e da Superintendência-

Geral, principalmente no que diz

respeito à competência para firmar

contratos e convênios com órgãos ou

entidades nacionais.

INCOERÊNCIA: as Emendas nº 5

e nº 23 do Senado, ambas aprovadas

no Plenário, dão redações diferentes

ao art. 52 do Projeto de Lei.

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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----

Art. 10

V - determinar que a

Superintendência-Geral tome as

providências para o cumprimento das

decisões do Tribunal;

----

Art. 11

V - determinar à Superintendência-

Geral a realização das diligências e a

produção das provas que entenderem

pertinentes nos autos dos processos

administrativos, na forma desta Lei;

----

Art. 52

O cumprimento das decisões do

Tribunal e de compromissos e

acordos firmados nos termos desta

Lei será fiscalizado pela

Superintendência-Geral, a quem

deverão ser encaminhados os autos

dos processos após a decisão final do

Tribunal.

----

Art. 59

II - determinará à Superintendência-

Geral, por meio de decisão

fundamentada, a realização de

instrução complementar, declarando

os pontos controversos e

especificando as diligências a serem

produzidas.

----

Art. 65 § 1º

---

Art. 10

V – solicitar, a seu critério, que a

Superintendência-Geral auxilie o

Tribunal na tomada de providências

extrajudiciais para o cumprimento

das decisões do Tribunal

---

Art. 11

V – solicitar, a seu critério, que a

Superintendência-Geral realize as

diligências e a produção das provas

que entenderem pertinentes nos autos

do processo administrativo, na forma

desta Lei;

----

Art. 52.

O cumprimento das decisões do

Tribunal e de compromissos e

acordos firmados nos termos desta

Lei poderá, a critério do Tribunal, ser

fiscalizado pela Superintendência-

Geral, com o respectivo

encaminhamento dos autos, após a

decisão final do Tribunal.

----

Art. 59

II – determinará a realização de

instrução complementar, se

necessário, podendo, a seu critério,

solicitar que a Superintendência-

Geral a realize, declarando os pontos

controversos e especificando as

diligências a serem produzidas.

----

Art. 65 § 1º

II – conhecerá do recurso e

determinará a realização de instrução

complementar, podendo, a seu

critério, solicitar que a

Superintendência-Geral a realize,

declarando os pontos controversos e

especificando as diligências a serem

produzidas; ou

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II – conhecerá do recurso e

determinará à Superintendência-

Geral a realização de instrução

complementar, declarando os pontos

controversos e especificando as

diligências a serem produzidas; ou

----

Art. 67 § 2º

II – transformar o inquérito

administrativo em processo

administrativo, solicitando, de forma

fundamentada, instrução

complementar da Superintendência-

Geral, declarando os pontos

controversos e especificando as

diligências a serem produzidas.

----

Art. 76

O Conselheiro-Relator poderá

determinar diligências, em despacho

fundamentado, devolvendo os autos

à Superintendência-Geral para que as

promova no prazo que determinar.

----

Art. 92

§ 4º O Conselheiro-Relator

participará do processo de

negociação do acordo.

----

Art. 67 § 2º

II – transformar o inquérito

administrativo em processo

administrativo, determinando a

realização de instrução

complementar, podendo, a seu

critério, solicitar que a

Superintendência-Geral a realize,

declarando os pontos controversos e

especificando as diligências a serem

produzidas.

----

Art. 76

O Conselheiro-Relator poderá

determinar diligências, em despacho

fundamentado, podendo, a seu

critério, solicitar que a

Superintendência-Geral as realize, no

prazo assinado.

----

Art. 92

§ 4º O Conselheiro-Relator do

processo, escolhido na forma do

inciso III do art. 10, participará do

processo de negociação do acordo.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 6 Comentários

Art. 13, inciso VI

c) realizar inspeção na sede social,

estabelecimento, escritório, filial ou

sucursal de empresa investigada, de

estoques, objetos, papéis de qualquer

natureza, assim como livros

comerciais, computadores e arquivos

Suprima-se a alínea ―c‖ do inciso VI

do art. 13 do Projeto.

Justificativa:

―A inspeção em empresas é um

instrumento importante para a

implementação de políticas de

proteção de concorrência pela via

repressiva, com especial destaque na

colheita de provas de condutas

colusivas. Da leitura de sua

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eletrônicos, podendo-se extrair ou

requisitar cópias de quaisquer

documentos ou dados eletrônicos,

desde que a inspecionada seja

notificada com pelo menos 24 horas

de antecedência e a inspeção seja

iniciada entre as 6 e as 18 horas;

sistemática atual não é possível

extrair, prima facie, evidente

inconstitucionalidade e sua

realização dos moldes pretendidos

pelo Projeto, como reprodução do

texto da lei n. 8.884/94, encontra

paralelo inclusive no procedimento

estabelecido no regulamento CE n.

1/2003, da Comunidade Européia.

Porém, no afã de outorgar maior

legitimidade democrática, dentro de

ambiente de estrito respeito ao

devido processo legal e às amplas

garantias do administrado, julgo

pertinente que a inspeção seja

precedida de controle judicial. Tal

fato não retira a relevância da

inspeção como instrumento

investigatório; ao contrário, apenas

reforça sua importância, evitando um

questionamento ulterior sobre a

validade das provas obtidas no seu

bojo e os efeitos de eventuais vícios

para todo o processo. A chancela

judicial atribui força diferenciada à

prova colhida e reduz a margem de

questionamentos ulteriores de

decisões pautadas por documentos

obtidos em inspeção devidamente

autorizada. Note-se ainda que o

procedimento de busca e apreensão é

mantido no Projeto de lei e, presentes

os requisitos para tanto, também

poderá ser utilizado para a colheita

de provas em instrução de processos

administrativos‖.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 7 Comentários

Art. 16

O Procurador-Chefe será nomeado,

conjuntamente, pelo

Superintendente-Geral e pelo

Presidente do Tribunal, dentre

brasileiros de ilibada reputação e

notório conhecimento jurídico.

Dê-se ao art. 16 do Projeto a seguinte

redação:

Art. 16. O Procurador-Chefe será

nomeado pelo Presidente da

República, depois de aprovado pelo

Senado Federal, dentre cidadãos

brasileiros com mais de trinta anos

de idade, de notório conhecimento

jurídico e reputação ilibada.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 8 Comentários

Art. 16

§ 1º O Procurador-Chefe poderá

participar, sem direito a voto, das

reuniões do Tribunal, prestando

assistência e esclarecimentos,

quando requisitado pelos

Conselheiros, na forma do regimento

interno do Tribunal.

Dê-se ao § 1º do art. 16 do Projeto a

seguinte redação:

§ 1º O Procurador-Chefe terá

mandato de dois anos, permitida sua

recondução para um único período.

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 9 Comentários

Art. 16

§ 2º Aplicam-se ao Procurador-Chefe

as mesmas normas de impedimento

aplicáveis aos Conselheiros do

Tribunal, exceto quanto ao

comparecimento às sessões.

Dê-se ao § 2º do art. 16 do Projeto a

seguinte redação:

§ 2º O Procurador-Chefe poderá

participar, sem direito a voto, das

reuniões do Tribunal, prestando

assistência e esclarecimentos,

quando requisitado pelos

Conselheiros, na forma do

Regimento Interno do Tribunal.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 10 Comentários

Art. 16

§ 3º Nos casos de faltas, afastamento

temporário ou impedimento do

Procurador-Chefe, o Plenário

indicará e o Presidente do Tribunal

designará o substituto eventual.

Dê-se ao § 3º do art. 16 do Projeto a

seguinte redação:

§ 3º Aplicam-se ao Procurador-Chefe

as mesmas normas de impedimento

aplicáveis aos Conselheiros do

Tribunal, exceto quanto ao

comparecimento às sessões.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 11 Comentários

O Projeto da Câmara não estabeleceu

§ 4º para o art. 16.

Dê-se ao § 4º do art. 16 do Projeto a

seguinte redação:

§ 4º Nos casos de faltas, afastamento

temporário ou impedimento do

Procurador-Chefe, o Plenário

indicará e o Presidente do Tribunal

designará o substituto eventual

dentre os integrantes da Procuradoria

Federal Especializada.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 12 Comentários

Art. 18

O Economista-Chefe será nomeado,

conjuntamente, pelo

Superintendente-Geral e pelo

Presidente do Tribunal, dentre

brasileiros de ilibada reputação e

notório conhecimento econômico.

Dê-se ao art. 18 do Projeto a seguinte

redação:

Art. 18. O Economista-Chefe será

nomeado pelo Presidente da

República, dentre brasileiros de

ilibada reputação e notório

conhecimento econômico, por

indicação do Ministro da Justiça,

após aprovação pelo Senado Federal.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 13 Comentários

Art. 19 (SEAE)

I – opinar, nos aspectos referentes à

promoção da concorrência, sobre

propostas de alterações de atos

normativos de interesse geral dos

agentes econômicos, de

consumidores ou usuários dos

serviços prestados submetidos a

consulta pública pelas agências

reguladoras e, quando entender

pertinente, sobre os pedidos de

Suprima-se o inciso I do art. 19 do

Projeto. Justificativa:

―A alteração, em conjunto, visa

esclarecer melhor o papel da SEAE

no que se costumou designar no

jargão do antitruste mundial como

―advocacia da concorrência‖

(competition advocacy), ou seja,

zelar, através de pareceres opinativos

e não vinculantes, para que os

princípios da livre iniciativa e livre

concorrrência sejam preservados na

ordem econômica e não limitados

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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revisão de tarifas e as minutas;

por atos de governo. A redação

original do texto poderia dar margem

a interpretação muito extensiva e

além desses limites, razão pela qual a

redação abaixo proposta parece-me

melhor disciplinar a questão‖.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 14 Comentários

Art. 19 (SEAE)

II - opinar, quando considerar

pertinente, sobre minutas de atos

normativos elaborados por qualquer

entidade pública ou privada

submetidos à consulta pública, nos

aspectos referentes à promoção da

concorrência;

Dê-se ao inciso II do art. 19 do

Projeto a seguinte redação:

II – opinar, quando considerar

pertinente, sobre minutas de atos

normativos elaborados por qualquer

entidade pública ou privada

submetidos a consulta pública, nos

aspectos referentes à promoção da

concorrência, bem como demais atos

que possam de qualquer forma

limitar ou prejudicar a livre

concorrência e a livre iniciativa.

Vide comentário acima.

INCOERÊNCIA: as Emendas nº 14

e nº 15 do Senado, ambas aprovadas

no Plenário, dão redações diferentes

ao mesmo artigo de lei.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 15 Comentários

Art. 19 (SEAE)

II - opinar, quando considerar

pertinente, sobre minutas de atos

normativos elaborados por qualquer

entidade pública ou privada

submetidos à consulta pública, nos

aspectos referentes à promoção da

concorrência;

Altere-se o inciso II do art. 19 do

Projeto, com a seguinte redação:

II – opinar, quando considerar

pertinente, sobre minutas de atos

normativos elaborados por qualquer

entidade pública ou privada

submetidos à consulta pública, nos

aspectos referentes à promoção da

concorrência, bem como nos demais

atos dessas entidades que possam de

qualquer forma limitar ou prejudicar

a livre concorrência e a livre

iniciativa, ou que possam afetar o

interesse geral dos agentes

econômicos e dos consumidores.

A emenda amplia os poderes da

SEAE para permitir a manifestação

opinativa da Secretaria sobre

quaisquer atos e normas

implementados por entidades

públicas ou privadas, no que se

refere aos efeitos concorrenciais e

anticoncorrenciais de tais atos.

INCOERÊNCIA: as Emendas nº 14

e nº 15 do Senado, ambas aprovadas

no Plenário, dão redações diferentes

ao mesmo artigo de lei.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 16 Comentários

Art. 19 (SEAE)

VII - manifestar-se, de ofício ou

quando solicitada, a respeito do

impacto concorrencial de medidas

em discussão no âmbito de fóruns

negociadores relativos às atividades

de alteração tarifária, ao acesso a

mercados e à defesa comercial,

ressalvadas as competências dos

órgãos envolvidos;

Dê-se ao inciso VII do art. 19 do

Projeto a seguinte redação:

VII – manifestar-se-á, quando julgar

pertinente ou for solicitada, a

respeito do impacto concorrencial de

negociações acerca do acesso ao

mercado brasileiro.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 17 Comentários

Art. 19 (SEAE)

§ 3º A Secretaria de

Acompanhamento Econômico,

quando entender pertinente,

Suprima-se o § 3º do art. 19 do

Projeto.

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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disponibilizará em seu sítio na

internet, sua manifestação sobre o

efeito concorrencial de processos de

defesa comercial.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 18 Comentários

Art. 19 (SEAE)

§ 4º O Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e

Comércio deverá se posicionar em

relação às manifestações da

Secretaria de Acompanhamento

Econômico acerca de processos de

defesa comercial citadas no § 3º

deste artigo em, no máximo, 30

(trinta) dias após a publicação da

manifestação da Secretaria de

Acompanhamento Econômico,

devendo permanecer disponível na

internet pelo prazo mínimo de 1 (um)

ano.

Suprima-se o § 4º do art. 19 do

Projeto.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 19 Comentários

Art. 20.

O Procurador-Geral da República,

ouvido o Conselho Superior,

designará membro do Ministério

Público Federal para, nesta

qualidade, emitir parecer, nos

processos administrativos para

imposição de sanções administrativas

por infrações à ordem econômica, de

ofício ou a requerimento do

Conselheiro-Relator.

Dê-se ao art. 20 do Projeto a seguinte

redação:

Art. 20. O Procurador-Geral da

República, ouvido o Conselho

Superior, designará membro do

Ministério Público Federal para,

nesta qualidade, oficiar nos

processos sujeitos à apreciação do

CADE.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 20 Comentários

Art. 20

Parágrafo único. O CADE poderá

requerer ao Ministério Público

Federal que promova a execução de

seus julgados ou do compromisso,

bem como a adoção de medidas

judiciais, no exercício da atribuição

estabelecida pela alínea b do inciso

XIV do art. 6º da Lei Complementar

nº 75, de 20 de maio de 1993.

Suprima-se o parágrafo único do art.

20 do Projeto.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 21 Comentários

Art. 36 § 3º

XIX - exigir ou conceder

exclusividade, inclusive territorial,

de distribuição de bens ou de

prestação e

Serviços

Suprima-se o inciso XIX do § 3º do

art. 36 do Projeto.

Essa emenda resultou da sugestão do

Senador José Agripino, ao Senador

Dornelles.

Nota-se que o art. 36, §3º, do Projeto

de Lei traz um rol exemplificativo e

não-taxativo de condutas que podem

ser consideradas infrações à ordem

econômica, se configurarem a

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RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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hipótese do caput.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 22 Comentários

Art. 37.

A prática de infração da ordem

econômica sujeita os responsáveis às

seguintes penas:

I - no caso de empresa, multa de 1%

(um por cento) a 30% (trinta por

cento) do valor do faturamento bruto

da empresa, grupo ou conglomerado

obtido, no último exercício anterior à

instauração do processo

administrativo, no mercado relevante

em que ocorreu a infração, a qual

nunca será inferior à vantagem

auferida, quando for possível sua

estimação;

III – no caso de administrador, direta

ou indiretamente responsável pela

infração cometida, multa de 10%

(dez por cento) a 50% (cinqüenta por

cento) daquela aplicada à empresa,

no caso previsto no inciso I do caput

deste artigo, ou às pessoas jurídicas

ou entidades, nos casos previstos no

inciso II do caput deste artigo.

----

Art. 98

O oferecimento de embargos ou o

ajuizamento de qualquer outra ação

que vise a desconstituição do título

executivo não suspenderá a

execução, se não for depositado, em

dinheiro, em juízo o valor da multa

aplicada ou prestada caução, a ser

fixada pelo juízo, que garanta o

cumprimento da decisão final

proferida nos autos, inclusive no que

tange a multas diárias.

Dê-se aos incisos I e III do art. 37 e

ao art. 98 do Projeto a seguinte

redação:

Art. 37

I – no caso de empresa, multa de

0,1% (zero vírgula um por cento) a

20% (vinte por cento) do valor do

faturamento bruto da empresa, grupo

ou conglomerado obtido, no último

exercício anterior à instauração do

processo administrativo, no ramo de

atividade empresarial em que

ocorreu a infração, a qual nunca será

inferior à vantagem auferida, quando

for possível sua estimação;

III – no caso de administrador, direta

ou indiretamente responsável pela

infração cometida, quando

comprovada a sua culpa ou dolo,

multa de 1% (um por cento) a 20%

(vinte por cento) daquela aplicada à

empresa, no caso previsto no inciso I

do caput deste artigo, ou às pessoas

jurídicas ou entidades, nos casos

previstos no inciso II do caput deste

artigo.

----

Art. 98.

O oferecimento de embargos ou o

ajuizamento de qualquer outra ação

que vise à desconstituição do título

executivo não suspenderá a

execução, se não for garantido o

juízo no valor das multas aplicadas

ou em outro fixado pelo juiz da

causa, para que se garanta o

cumprimento da decisão final

proferida nos autos, inclusive no que

tange a multas diárias.

A emenda traz as seguintes

principais alterações:

(i) Fixa o valor da multa

administrativa a ser aplicada pelo

CADE em caso de condenação por

infração da ordem econômica em

0,1% a 20% do faturamento bruto

anual;

(ii) Reduz a multa aplicada ao

administrador da empresa infratora,

cujo teto deve ser de 20% da multa

aplicada à empresa e inclui o

requisito de verificação de culpa ou

dolo;

(iii) Modifica a base de cálculo da

multa para ―ramo empresarial em

que ocorreu a notificação‖.

(iv) prevê a possibilidade de a

empresa infratora, condenada pelo

CADE ao pagamento de multa,

oferecer em juízo embargos à

execução da multa mediante a

prestação de caução por qualquer

tipo de bem ou garantia, real ou

fidejussória, e não apenas caução em

dinheiro.

INCOERÊNCIA: as Emendas nº 22

e nº 30 do Senado, ambas aprovadas

no Plenário, dão redações diferentes

ao art. 98 do Projeto de Lei.

Justificativa:

―O parâmetro em vigor, que é de

30% do faturamento bruto anual de

uma empresa, é excessivo e atenta

contra os princípios constitucionais

da livre iniciativa econômica, da

função social da propriedade e da

empresa e da busca do pleno

emprego dos fatores de produção.

Isso porque o pagamento de multa

em tal valor decerto levaria a

empresa condenada a paralisar suas

atividades, no todo ou em parte

substancial, bem como a conduziria

ao inadimplemento de suas dívidas

trabalhistas, previdenciárias e fiscais,

dentre outras, em especial com seus

parceiros empresariais. A solução

proposta, de fixar o teto em 20% do

faturamento bruto anual de uma

empresa, atende ao princípio da

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

ww ww ww .. ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr ee mm aa ii ll :: ii bb rr aa cc @@ ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr 47

proporcionalidade em matéria

econômica e é capaz de inibir a

prática de ilícitos concorrenciais.

A emenda que ora se propõe reduz

também o piso da multa, que cai de

1% para 0,1% do faturamento bruto

anual que a empresa infratora obteve

com a atividade empresarial na qual

ocorreu a infração, solução que

também atende ao princípio da

proporcionalidade em matéria

econômica, concedendo-se ao CADE

maior discricionariedade na adoção

de um valor justo e razoável para a

multa punitiva.

Da mesma forma, deve ser reduzida

a multa aplicada ao administrador da

empresa infratora, cujo teto deve ser

de 20% da multa aplicada à

empresa‖.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 23 Comentários

Art. 52

O cumprimento das decisões do

Tribunal e de compromissos e

acordos firmados nos termos desta

Lei será fiscalizado pela

Superintendência-Geral, a quem

deverão ser encaminhados os autos

dos processos após a decisão final do

Tribunal.

Dê-se ao art. 52 do Projeto a seguinte

redação:

Art. 52. O cumprimento das decisões

do Tribunal e de compromissos e

acordos firmados nos termos desta

Lei será fiscalizado pelo próprio

Tribunal, que criará, por resolução

interna, estrutura específica sujeita

ao seu Presidente.

INCOERÊNCIA: as Emendas nº 5 e

nº 23 do Senado, ambas aprovadas

no Plenário, dão redações diferentes

ao art. 52 do Projeto de Lei.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 24 Comentários

Art. 53

§ 1º No prazo de 5 (cinco) dias úteis

após o protocolo do pedido,

verificando-se que a petição não

preenche os requisitos exigidos no

caput deste artigo ou que apresenta

defeitos e irregularidades capazes de

dificultar o julgamento de mérito, a

Superintendência-Geral determinará,

uma única vez, que os requerentes a

emendem, no prazo de 10 (dez) dias

úteis, sob pena de arquivamento.

§ 2º No prazo de 5 (cinco) dias úteis

após o protocolo da apresentação do

ato de concentração ou de sua

emenda, a Superintendência-Geral

fará publicar edital, indicando o

nome dos requerentes, a natureza da

Suprimam-se o § 3º do art. 65 e os §§

2º e 3º do art. 66 do Projeto,

renumerando-se os remanescentes,

bem como suprima-se o § 9º de seu

art. 88, dando-se a seus arts. 53, 54,

55, 56, 57, 58, 59, 60, 64, 88, 90 e

129 a seguinte redação:

Art. 53

§ 1º Ao verificar que a petição não

preenche os requisitos exigidos no

caput deste artigo ou apresenta

defeitos e irregularidades capazes de

dificultar o julgamento de mérito, a

Superintendência-Geral determinará,

uma única vez, que os requerentes a

emendem, sob pena de

arquivamento.

§ 2º Após o protocolo da

apresentação do ato de concentração,

ou de sua emenda, a

Superintendência-Geral fará publicar

edital, indicando o nome dos

A emenda traz as seguintes

alterações principais:

(i) pelo menos um dos grupos

envolvidos na operação tenha

registrado, no último balanço,

faturamento bruto anual ou volume

de negócios total no País, no ano

anterior à operação, equivalente ou

superior a R$ 1 bilhão.

(ii) pelo menos um outro grupo

envolvido na operação tenha

registrado, no último balanço,

faturamento bruto anual ou volume

de negócios total no País, no ano

anterior à operação, equivalente ou

superior a R$ 40 milhões.

(iii) o prazo para análise dos atos de

concentração que passa para 120

dias, prorrogáveis por mais 60 dias, a

pedido das Requerentes, ou 90 dias,

por decisão do Tribunal.

(iv) serão considerados atos de

concentração:

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

ww ww ww .. ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr ee mm aa ii ll :: ii bb rr aa cc @@ ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr 48

operação e os setores econômicos

envolvidos.

----

Art. 54

Em até 20 (vinte) dias úteis, contados

da data de apresentação do ato de

concentração ou de sua emenda, a

Superintendência-Geral:

----

Art. 55

Em até 5 (cinco) dias úteis, contados

da data da conclusão da instrução

complementar determinada na forma

do inciso II do caput do art. 54 desta

Lei, a

Superintendência-Geral deverá

manifestar-se sobre seu satisfatório

cumprimento, recebendo-as como

adequadas ao exame de mérito ou

determinando sejam refeitas, por

incompletas.

----

Art. 56

Em até 50 (cinqüenta) dias úteis da

data de apresentação do ato de

concentração ou de sua emenda, a

Superintendência-Geral poderá

emitir decisão fundamentada

declarando a operação como

complexa e determinará a realização

de instrução complementar,

especificando as diligências a serem

produzidas.

----

Art. 57

Concluídas as instruções

complementares de que tratam o

inciso II do art. 54 e o art. 56 desta

Lei, a Superintendência-Geral em até

10 (dez) dias úteis:

----

Art. 58

requerentes, a natureza da operação e

os setores econômicos envolvidos.

----

Art. 54.

Após cumpridas as providências

indicadas no art. 53, a

Superintendência-Geral:

----

Art. 55.

Concluída a instrução complementar

determinada na forma do inciso II do

caput do art. 54 desta Lei, a

Superintendência-Geral deverá

manifestar-se sobre seu satisfatório

cumprimento, recebendo-a como

adequada ao exame de mérito ou

determinando seja refeita, por

incompleta.

----

Art. 56.

A Superintendência-Geral poderá,

por meio de decisão fundamentada,

declarar a operação como complexa

e determinar a realização de nova

instrução complementar,

especificando as diligências a serem

produzidas.

Parágrafo único. Declarada a

operação como complexa, poderá a

Superintendência-Geral requerer ao

Tribunal a prorrogação do prazo de

que trata o § 2º do art. 88 desta Lei.

----

Art. 57

Concluídas as instruções

complementares de que tratam o

inciso II do art. 54 e o art. 56 desta

Lei, a Superintendência-Geral:

----

Art. 58

O requerente poderá oferecer, no

― IV – 2 (duas) ou mais empresas

celebram contrato associativo,

consórcio ou joint venture, salvo se

voltados ao atendimento de um

empreendimento específico e com

prazo determinado.

Parágrafo único. Não serão

considerados atos de concentração,

para os efeitos do disposto no art. 88

desta Lei, os descritos no inciso IV

do caput, quando destinados às

licitações promovidas pela

administração pública direta e

indireta e aos contratos delas

decorrentes.‖ (redação dúbia. Falta

de clareza deve gerar incertezas

quanto à necessidade de notificação

de determinados contratos).

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

ww ww ww .. ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr ee mm aa ii ll :: ii bb rr aa cc @@ ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr 49

O requerente poderá oferecer, no

prazo de 30 (trinta) dias da data de

impugnação da Superintendência-

Geral, em petição escrita, dirigida ao

Presidente do Tribunal, manifestação

expondo as razões de fato e de

direito com que se opõe à

impugnação do ato de concentração

da Superintendência-Geral e

juntando todas as provas, estudos e

pareceres que corroboram seu

pedido.

----

Art. 59

No prazo de 20 (vinte) dias úteis

contado da apresentação da

manifestação pelo Requerente, o

Conselheiro-Relator:

II - determinará à Superintendência-

Geral, por meio de decisão

fundamentada, a realização de

instrução complementar, declarando

os pontos controversos e

especificando as diligências a serem

produzidas.

----

Art. 60

Se entender concluída a instrução

complementar, em até 30 (trinta) dias

úteis contados a partir do

recebimento pelo Tribunal do

relatório com a conclusão da

instrução complementar elaborada

pela Superintendência-Geral, o

Conselheiro-Relator determinará a

inclusão do processo em pauta para

julgamento.

----

Art. 88

I - pelo menos um dos grupos

envolvidos na operação tenha

registrado, no último balanço,

faturamento bruto anual ou volume

de negócios total no País, no ano

anterior à operação, equivalente ou

superior a R$ 400.000.000,00

(quatrocentos milhões de reais); e

II - pelo menos um outro grupo

envolvido na operação tenha

prazo de oito dias da data da

impugnação da Superintendência-

Geral, em petição escrita, dirigida ao

Presidente do Tribunal, manifestação

expondo as razões de fato e de

direito com que se opõe à

impugnação do ato de concentração

da Superintendência-Geral, juntando

todas as provas, estudos e pareceres

que corroboram seu pedido.

----

Art. 59.

Após a manifestação do requerente,

o Conselheiro-Relator:

II – determinará a realização de

instrução complementar, se

necessário, podendo, a seu critério,

solicitar que a Superintendência-

Geral a realize, declarando os pontos

controversos e

----

Art. 60

Após a conclusão da instrução, o

Conselheiro-Relator determinará a

inclusão do processo em pauta para

julgamento.‖

―Art. 64. O descumprimento dos

prazos previstos nesta Lei implica a

aprovação tácita do ato de

concentração econômica.

----

Art. 88

I – pelo menos um dos grupos

envolvidos na operação tenha

registrado, no último balanço,

faturamento bruto anual ou volume

de negócios total no País, no ano

anterior à operação, equivalente ou

superior a R$ 1.000.000.000,00 (um

bilhão de reais); e

II – pelo menos um outro grupo

envolvido na operação tenha

registrado, no último balanço,

faturamento bruto anual ou volume

de negócios total no País, no ano

anterior à operação, equivalente ou

Justificativa para o

estabelecimento dos critérios de

faturamento:

―Os valores mínimos das operações

de concentração econômica que são

compulsoriamente submetidas à

apreciação do CADE são os mesmos

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

ww ww ww .. ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr ee mm aa ii ll :: ii bb rr aa cc @@ ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr 50

registrado, no último balanço,

faturamento bruto anual ou volume

de negócios total no País, no ano

anterior à operação, equivalente ou

superior a R$ 30.000.000,00 (trinta

milhões de reais).

§ 2º O controle dos atos de

concentração de que trata o caput

deste artigo será prévio e realizado

em, no máximo, 240 (duzentos e

quarenta) dias, a contar do protocolo

de petição ou de sua emenda.

§ 9º O prazo mencionado no § 2º

deste artigo somente poderá ser

dilatado: [SUPRIMIDO]

I - por até 60 (sessenta) dias,

improrrogáveis, mediante requisição

das partes envolvidas na operação;

ou[SUPRIMIDO]

II - por até 90 (noventa) dias,

mediante decisão fundamentada do

Tribunal, em que sejam

especificados as razões para a

extensão, o prazo da prorrogação,

que será não renovável, e as

providências cuja realização seja

necessária para o julgamento do

processo. [SUPRIMIDO]

----

Art. 90

IV - 2 (duas) ou mais empresas

celebram contrato associativo,

consórcio ou joint venture.

Parágrafo único. Não serão

consideradas atos de concentração,

para os efeitos do disposto no art. 88

desta Lei, as transações e as

negociações de ações, quotas ou

outros títulos, por conta própria ou

de terceiros, em caráter temporário,

ou participações adquiridas para fins

de revenda, desde que os

adquirentes:

----

Art. 129

superior a R$ 40.000.000,00

(quarenta milhões de reais).

§ 2º O controle dos atos de

concentração de que trata o caput

deste artigo será prévio e realizado

em, no máximo, 120 (cento e vinte)

dias a contar do protocolo da petição,

podendo ser prorrogado:

I – por até 60 (sessenta) dias, a

pedido das empresas requerentes do

ato de concentração econômica, ou

II – por até 90 (noventa) dias,

mediante decisão fundamentada do

Tribunal, em que sejam especificadas

as razões para a extensão, o prazo da

prorrogação, que não será renovável,

e as providências cuja realização seja

necessária para o julgamento do

processo, ficando vedada a

cumulação desse prazo com o prazo

previsto no inciso I deste parágrafo.

----

Art. 90

IV – 2 (duas) ou mais empresas

celebram contrato associativo,

consórcio ou joint venture, salvo se

voltados ao atendimento de um

empreendimento específico e com

prazo determinado.

Parágrafo único. Não serão

considerados atos de concentração,

para os efeitos do disposto no art. 88

desta Lei, os descritos no inciso IV

do caput, quando destinados às

licitações promovidas pela

administração pública direta e

indireta e aos contratos delas

decorrentes.

----

Art. 129

Esta Lei entra em vigor na data de

sua publicação, salvo quanto aos

dispositivos que disciplinam o

controle prévio de apresentação de

atos de concentração econômica, os

quais entram em vigor 1 (um) ano

positivados em 1994. Estão,

portanto, a merecer reajuste, dada a

inflação acumulada no período,

desde a implantação do Plano Real

até os dias de hoje. Os novos valores

alcançados – um bilhão de reais e

quarenta milhões de reais,

respectivamente – coadunam-se com

a atual realidade financeira das

operações de fusão e facilitarão o

trabalho do CADE, a fim de extirpar

do Conselho a análise de atos de

concentração econômica sem

potencial ofensivo à concorrência

nos mercados‖.

do Senado nº 29, que também foi

aprovada pelo Plenário, mas que,

contrariamente, reduz o critério para

notificação de operações de R$ 400

milhões para R$ 150 milhões...

INCOERÊNCIA: as Emendas nº 24

e nº 29 do Senado, ambas aprovadas

no Plenário, dão redações diferentes

ao art. 88, que estabelece critérios de

notificação ao CADE.

Justificativa:

―Quanto à vacatio legis, é de se

concluir que a lei deve ter vigência

imediata em suas regras gerais, em

especial naquelas que exigem uma

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

ww ww ww .. ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr ee mm aa ii ll :: ii bb rr aa cc @@ ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr 51

Esta Lei entra em vigor 180 (cento e

oitenta) dias após a data de sua

publicação.

----

Art. 65

§ 3º Em até 20 (vinte) dias úteis

contados a partir da conclusão da

instrução complementar elaborada

pela Superintendência-Geral, o

Conselheiro-Relator determinará a

inclusão do processo em pauta para

julgamento, se entender concluída a

instrução. [SUPRIMIDO]

----

Art. 66

§ 2º A Superintendência-Geral

poderá instaurar procedimento

preparatório de inquérito

administrativo para apuração de

infrações à ordem econômica para

apurar se a conduta sob análise trata

de matéria de competência do

Sistema Brasileiro de Defesa da

Concorrência, nos termos desta Lei.

[SUPRIMIDO]

§ 3º As diligências tomadas no

âmbito do procedimento preparatório

de inquérito administrativo para

apuração de infrações à ordem

econômica deverão ser realizadas no

prazo máximo de 30 (trinta) dias.

[SUPRIMIDO]

após a data de sua publicação.

----

melhor estrutura orçamentária e de

recursos humanos para o CADE".

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 25 Comentários

Art. 52

§ 1º A Superintendência-Geral

deverá apresentar ao Tribunal e ao

Procurador-Chefe, em periodicidade

definida em resolução do CADE,

relatório a respeito dos processos

referidos no caput deste artigo,

assegurado a estas autoridades

requerer, a qualquer tempo,

informações.

Suprima-se o § 1º do art. 52 do

Projeto.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 26 Comentários

Art. 67

Dê-se ao § 1º do art. 67 do Projeto a

seguinte redação:

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

ww ww ww .. ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr ee mm aa ii ll :: ii bb rr aa cc @@ ii bb rr aa cc .. oo rr gg .. bb rr 52

§ 1º O Tribunal poderá, mediante

provocação de um conselheiro e em

decisão fundamentada, avocar o

inquérito administrativo arquivado

pela Superintendência-Geral, ficando

prevento o Conselheiro que

encaminhou a provocação.

§ 1º O Tribunal poderá, mediante

provocação de um Conselheiro e em

decisão fundamentada, avocar o

inquérito administrativo ou

procedimento preparatório de

inquérito administrativo arquivado

pela Superintendência-Geral, ficando

prevento o Conselheiro que

encaminhou a provocação.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 27 Comentários

Art. 85

§ 4º A proposta de termo de

compromisso de cessação de prática

somente poderá ser apresentada uma

única vez.

Suprima-se o § 4º do art. 85 do

Projeto.

Justificativa:

―Não convém engessar na lei os

incentivos do programa de solução

alternativa e negociada dos processos

administrativos sancionadores do

CADE. Esse tema é ainda muito

novo no Brasil e alhures, de modo

que convém confiar à

regulamentação infralegal tal

programa‖.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 28 Comentários

Art. 87

Nos crimes contra a ordem

econômica, tipificados na Lei nº

8.137, de 27 de dezembro de 1990, e

nos demais crimes diretamente

relacionados à prática de cartel, tais

como os tipificados na Lei nº 8.666,

de 21 de junho de 1993, a celebração

de acordo de leniência, nos termos

desta Lei, determina a suspensão do

curso do prazo prescricional e

impede o oferecimento da denúncia

com relação ao agente beneficiário

da leniência.

Dê-se ao art. 87, caput, do Projeto a

seguinte redação:

Art. 87. Nos crimes contra a ordem

econômica, tipificados na Lei nº

8.137, de 27 de dezembro de 1990, e

nos demais crimes diretamente

relacionados à prática de cartel, tais

como os tipificados na Lei nº 8.666,

de 21 de junho de 1993, e os

tipificados no art. 288 do Código

Penal, a celebração de acordo de

leniência, nos termos desta Lei,

determina a suspensão do curso do

prazo prescricional e impede o

oferecimento da denúncia com

relação ao agente beneficiário da

leniência.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 29 Comentários

Art. 88

Serão submetidos ao CADE pelas

partes envolvidas na operação os atos

de concentração econômica em que,

cumulativamente:

I - pelo menos um dos grupos

envolvidos na operação tenha

registrado, no último balanço,

faturamento bruto anual ou volume

de negócios total no País, no ano

anterior à operação, equivalente ou

superior a R$ 400.000.000,00

(quatrocentos milhões de reais); e

Dê-se ao inciso I do caput do art. 88

do Projeto a seguinte redação:

Art. 88. Serão submetidos ao CADE

pelas partes envolvidas na operação

os atos de concentração econômica

em que, cumulativamente:

I – pelo menos um dos grupos

envolvidos na operação tenha

registrado, no último balanço,

faturamento bruto anual ou volume

de negócios total no País, no ano

anterior à operação, equivalente ou

superior a R$ 150.000.000,00 (cento

e cinqüenta milhões de reais).

INCOERÊNCIA: as Emendas nº

24 e nº 29 do Senado, ambas

aprovadas no Plenário, dão redações

diferentes ao art. 88, que estabelece

critérios de notificação de operações

ao CADE. d Senado nº 24.

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 30 Comentários

Art. 98.

O oferecimento de embargos ou o

ajuizamento de qualquer outra ação

que vise a desconstituição do título

executivo não suspenderá a

execução, se não for depositado, em

dinheiro, em juízo o valor da multa

aplicada ou prestada caução, a ser

fixada pelo juízo, que garanta o

cumprimento da decisão final

proferida nos autos, inclusive no que

tange a multas diárias.

Dê-se ao art. 98 do Projeto a seguinte

redação:

Art. 98. O oferecimento de embargos

ou o ajuizamento de qualquer outra

ação que vise a desconstituição do

título executivo não suspenderá a

execução, se não for depositado, em

dinheiro, em juízo o valor da multa

aplicada ou prestada caução, a ser

fixada pelo juízo, que garanta o

cumprimento da decisão final

proferida nos autos.

INCOERÊNCIA: as Emendas nº 22

e nº 30 do Senado, ambas aprovadas

no Plenário, dão redações diferentes

ao art. 98 do Projeto de Lei.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 31 Comentários

Art. 98

§ 3º O depósito em dinheiro não

suspenderá a incidência de juros de

mora e atualização monetária,

podendo o CADE, na hipótese do §

2º deste artigo, promover a execução

para cobrança da diferença entre o

valor revertido ao Fundo de Defesa

de Direitos Difusos e o valor da

multa atualizado, com os acréscimos

legais, como se sua exigibilidade do

crédito jamais tivesse sido suspensa.

Suprima-se o § 3º do art. 98 do

Projeto.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 32 Comentários

Art. 123

Os órgãos do SBDC poderão

requisitar servidores da

administração pública federal direta,

autárquica ou fundacional para neles

ter exercício, independentemente do

exercício de cargo em comissão ou

função de confiança.

§ 1º As requisições de servidores

para os órgãos referidos no caput

deste artigo serão irrecusáveis e

deverão ser prontamente atendidas,

até o limite e prazo fixados na forma

do art. 124 desta Lei, ressalvados os

casos expressamente previstos em

lei.

Suprima-se o § 1º do art. 122 do

Projeto.

INCOERÊNCIA: não existe § 1º do

art. 122 no Projeto da Câmara. De

qualquer forma, pelo fundamento do

parecer da CCT, pode-se inferir que

houve um erro e que a Emenda

provavelmente referia-se ao § 1º do

art. 123.

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 33 Comentários

----

Acrescente-se ao Projeto o seguinte

art. 122-A, renumerando-se os

demais:

Art. 122-A. As disposições desta Lei

aplicam-se subsidiariamente à

legislação específica e às respectivas

leis de criação das agências

reguladoras.

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CLIPPING DO IBRAC N.º 26/2011 04 a 10 de julho de 2011

RR uu aa CC aa rr dd oo ss oo dd ee AA ll mm ee ii dd aa 77 88 88 cc jj 11 22 11 CC ee pp 00 55 00 11 33 -- 00 00 11 SS ãã oo PP aa uu ll oo -- SS PP TT ee ll FF aa xx 00 11 11 33 88 77 22 -- 22 66 00 99 // 33 66 77 33 -- 66 77 44 88

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Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 34 Comentários

Lei nº 9.472/97

Art. 19

XIX - exercer, relativamente às

telecomunicações, as competências

legais em matéria de controle,

prevenção e repressão das infrações

da ordem econômica, ressalvadas as

pertencentes ao Conselho

Administrativo de Defesa Econômica

- CADE;

Acrescente-se ao Projeto o seguinte

art. 122-B, renumerando-se os

demais:

Art. 122-B - O inciso XIX do art. 19

da Lei nº 9.472, de 16 de julho de

1997, passa a vigorar com a seguinte

redação:

XIX – exercer, relativamente às

telecomunicações, as competências

legais em matéria de controle,

prevenção e repressão das infrações

da ordem econômica, ressalvadas as

pertencentes ao Tribunal

Administrativo de Defesa Econômica

do Conselho Administrativo de

Defesa Econômica – CADE;’ (NR)

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 35 Comentários

Lei nº 9.472/97

Art. 7°

§ 2° Os atos de que trata o parágrafo

anterior serão submetidos à

apreciação do Conselho

Administrativo de Defesa Econômica

- CADE, por meio do órgão

regulador.

Acrescente-se ao Projeto o seguinte

art. 122-C, renumerando-se os

demais:

―Art. 122-C. O § 2º do art. 7º da Lei

nº 9.472, de 16 de julho de 1997,

passa a vigorar com a seguinte

redação:

§ 2º Os atos de que trata o § 1º serão

submetidos à apreciação do Tribunal

Administrativo de Defesa Econômica

do Conselho Administrativo de

Defesa Econômica – CADE por

meio do órgão regulador.’ (NR)

Projeto da Câmara Emenda do Senado nº 36 Comentários

----

Acrescente-se ao Projeto o seguinte

art. 122-D, renumerando-se os

demais:

―Art. 122-D. A Anatel editará, em 90

dias a contar da publicação desta Lei,

normativo disciplinando o tempo e

modo da análise de que trata o art. 7º,

§ 2º, da Lei nº 9.472, de 16 de julho

de 1997.