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Clipping de notícias Recife, 04 de junho de 2018.

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Clipping

de notícias

Recife, 04 de junho de 2018.

Recife, 04 de junho de 2018.

Recife, 04 de junho de 2018.

Produtores rurais participam de palestra sobre credito rural no IPA de Serra Talhada

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Cerca de 40 agricultores e técnicos do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) participaram de palestra sobre crédito rural, no escritório de Serra Talhada, Pajeú pernambucano. A formação teve como foco apresentar aos agricultores e técnicos o programa AgroAmigo do Banco do Nordeste.

O evento reuniu agricultores e técnicos de oito municípios da região atendidos pelos escritórios locais do IPA . Ainda foram discutidos na reunião o crédito rural do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), plano AgroMais.

Durante a formação os agricultores puderam tirar dúvidas sobre as condições dos créditos, normas e documentações, itens e atividades que podem receber as linhas de créditos e por fim receberam orientações sobre a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP).

Blog do Comitê da Caatinga

Plantas nativas podem reduzir risco de desabastecimento alimentar

junho 01, 2018

Nesta semana, enquanto continua a crise do combustível

devido a greve dos caminhoneiros e do crescente risco de

desabastecimento também na alimentação, o Instituto

Agronômico do Estado (IPA), através de uma rede de

pesquisadores do Brasil (Ecolume), chamará atenção do

Poder Público, universidades e da sociedade para a

necessidade da soberania alimentar através das Plantas

Alimentícias Não Convencionais (Panc)

Nesta sexta-feira (1ª), a Ecolume, liderada pelo

Laboratório de Mudança do Clima do IPA, que vem

desenvolvendo projetos no semiárido para a soberania

alimentar através da agroecologia e pela agricultura de

baixo carbono, financiados pelo CNPq, demonstrará que

esta segurança está disponível através da natureza,

necessitando só de uma reeducação da população. A alta

gastronomia nacional já percebeu este potencial das Panc.

E são conhecidas do público vegano, vegetariano e

adeptos da vegetação orgânica. Mas elas ainda não são

populares nas casas dos brasileiros, mesmo o país sendo o

mais biodiverso em plantas com tais potenciais e

encontradas facilmente na natureza. E o Bioma Caatinga é

rico em Panc, como garante Valdely Kinupp, doutor

biólogo e autor do livro best-seller que cunhou, faz dez

anos, pela primeira vez a expressão Panc. E, à convite da

Ecolume, ele estará na sexta no IPA em Recife. Fará pela

manhã palestra para 400 pessoas e à tarde sua oficina

prática para 50 pessoas, onde coletarão e prepararão pratos

com tais plantas. As inscrições ainda estão abertas.

Informações pelo face do Ecolume.

"Volto ao Nordeste, depois de dez anos quando vim para

lançar o livro Panc do Brasil. Muita coisa evoluiu. As

Panc já são uma realidade hoje no país. Os grandes chefes

assimilarem este conceito. Elas diversificam o cardápio e

sabores para os consumidores. Mas ainda falta o agricultor

perceber tal potencial e o poder público estimular a

produção deste tipo de cultura alimentar e gastronômica,

capaz de promover independência alimentar com

benefícios socioeconômicos e ambiental, como a geração

de renda e emprego, além da valorização das plantas

nativas", comenta Kinupp. O autor do conceito das Panc

aproveita para convidar a todos para participar da sua

palestra e oficina, promovidos pela Ecolume/IPA.

"Embora talvez não dominasse a agricultura, os nativos do

semiárido já se utilizavam das Panc. Alimentavam-se, por

exemplo, de cactáceas e de outras espécies com fins

alimentícios e medicinais. Temos também diversas

bromélias e pepinos silvestres subutilizados na Caatinga.

Têm até plantas aquáticas das regiões de brejos do

semiárido como Chapéu de Couro que com as folhas é

possível fabricar cervejas", fala Kinupp, exaltando a

potencialidade da biodiversidade da Caatinga.

O pesquisador inclusive faz questão de realça o trabalho

que está sendo feito pela Ecolume para dar visibilidade a

estas potencialidades, como o estímulo para o

recaatingamento do Umbu - planta nativa da Caatinga.

Segundo Kinupp, o umbu é a Panc que é a 'cara' do

Bioma, que, apesar de ser culturalmente consumida

enquanto o prato da umbuzada, é ainda subutilizado todo o

seu potencial, podendo integrar a alimentação diária. Ele

garante que além do fruto para a umbuzada e para ser

consumido in natura, em geleia e poupa, o restante da

planta também é comestível. A folha, segundo ele garante,

pode ser usada como hortaliça e para fazer drinks. No

entanto, face a subutilização e todo desmatamento da

fauna do semiárido, o umbu inclusive está em processo de

quase extinção.

O Ecolume, por sua vez, através do projeto de

Socioeconomia Verde, financiado pelo CNPq e em

atividade desde o começo do ano, elegeu o umbu como

uma Panc que deve ser replantada para fins de segurança

alimentar em um cenário de adversidades globais das

mudanças do clima. Ainda este ano, em parceria com os

bancos de Germoplasma do IPA e com a escola Serta, 2

mil mudas de umbu serão replantadas. Dentre os conceitos

defendidos pela rede, é possível comer Caatinga. Porém,

para o conceito desta rede de pesquisadores, o comer

Caatinga é somente uma parcela fundamental do mesmo

sistema onde contribui para favorecer a soberania

alimentar, mas também hídrica e energética.

A Ecolume vem defendendo que através do

recaatingamento - replantio de plantas da Caatinga, estas

já adaptadas geneticamente à escassez de água da região e

ao clima seco -, é possível contribuir na segurança

alimentar e na diversidade nutricional e gastronômica. E

ainda estimular a implantação de arranjos produtivos

locais com tal objetivo pelo sistema agrovoltaico com o

uso da farta matriz energética solar para a irrigação. A

rede defende que é possível comer Caatinga, legitimando

o conceito das Panc, mas conceitua também que pelo uso

de placas fotovoltaicas voltada para o recaatingamento,

"planta-se água" e "irriga-se com o sol". Assim, o

Ecolume defende a soberania alimentar, hídrica e

energética.

Com este objetivo, um sistema agrovoltaico já está em

andamento na escola Serta em Ibimirim, no sertão do

Moxotó. A Ecolume também avançará a ação em outras

cidades, como Araripina. Também começou a investir no

trabalho de campo no semiárido através da viabilidade do

necessário recaatincamento de outras Panc para a

valorização do meliponário - cultura de abelhas nativas da

Caatinga que são responsáveis pela polinização de plantas

do semiárido. Dentre elas, a polinização da Quixaba ou

Quixabeira, que pode ser utilizada para a fabricação de

geleias, sucos, licores e cachaças. E ainda da Jurubeba,

com potencial de ser conserva, bebida e até consumida in

natura cozida com arroz. Além delas, há plantas

medicinais como o Pau-fava e até a Faveleira que tem o

grande potencial de ser transformada em biodiesel.

O IPA tem inclusive o mais antigo herbário do Nordeste.

Nele contêm o maior acervo de plantas da Caatinga. A

curadora deste herbário, Rita de Cássia destaca o trabalho

do Ecolume para a valorização da fauna do semiárido com

objetivo principalmente da busca da soberania alimentar,

hídrica e energética em tempo de mudança climática. Ela,

que coordena o Comitê Estadual da Caatinga, participará

da palestra de Kinupp. O evento será conduzido pela

coordenadora da Ecolume, Francis Lacerda, climatologista

e doutora em Recursos Hídricos. O diretor de Pesquisa do

IPA, Antônio Raimundo, também confirmou a sua

presença. Além do IPA e do Serta, a rede do Ecolume

também é composta pelo UFPE, Instituto Nacional do

Semiárido, Embrapa, Instituto Federal do Sertão e pela

Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade

(Semas).