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SÃO PAULO, 24 DE ABRIL DE 2013

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Page 1: clipping 24 abril - São Paulo...reciclagem de lixo TIAGO DANTAS - Agência Estado Até junho do ano que vem, a Prefeitura pretende colocar em funcionamento duas megacentrais de triagem

SÃO PAULO, 24 DE ABRIL DE 2013

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São Paulo ganhará quatro centrais de

reciclagem de lixo

TIAGO DANTAS - Agência Estado

Até junho do ano que vem, a Prefeitura pretende colocar em funcionamento duas megacentrais de triagem de material reciclável. Outras duas devem ficar prontas em 2016. A previsão é de que cada equipamento tenha capacidade para processar 250 toneladas de lixo por dia. A quantidade é um pouco maior do que as 240 toneladas que são processadas diariamente nas 20 centrais espalhadas pela capital. Para viabilizar o projeto, a Secretaria Municipal de Serviços firmou um acordo com as duas empresas que fazem a coleta de lixo. O contrato que a Loga e a Ecourbis têm com a Prefeitura já previa que elas construíssem mais 17 pequenas centrais.

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A proposta do governo foi trocá-las por quatro unidades maiores. As primeiras duas unidades ficarão em Santo Amaro, na zona sul, e no Bom Retiro, no centro. As outras megacentrais ficarão em São Mateus, zona leste, e na Vila Guilherme, zona norte.

O secretário de Serviços, Simão Pedro, acredita que a mudança pode ajudar o governo a atingir a meta proposta pelo prefeito Fernando Haddad (PT) de aumentar de 1,8% para 10% a quantidade de lixo reciclado no Município. "Para atingir a meta, vamos ter de ampliar o serviço e a velocidade da coleta", afirma o secretário. "Hoje, dos 96 distritos, só 72 têm coleta seletiva. Temos de levar a todo o Município."

Críticas

Embora seja necessário aumentar a porcentagem de lixo reciclado na capital, a construção de centrais de triagem muito grandes podem causar prejuízos, segundo o presidente do Instituto Brasil Ambiente, Sabetai Calderoni, que é consultor da ONU para gestão de resíduos sólidos. "A iniciativa é muito boa, mas o ideal é descentralizar o tratamento do lixo para evitar o custo de deslocamentos pela cidade."

Calderoni afirma que, em geral, um terço de tudo o que se gasta com a gestão do lixo vai para o transporte do material. "Uma central capaz de tratar 250 toneladas por lixo por dia é muito grande. É praticamente o que produz uma cidade de médio porte, com cerca de 300 mil habitantes. O mais indicado é ter pequenas centrais. Por seu tamanho, São Paulo poderia ter centenas delas."

Custo. As novas centrais devem custar cerca de R$ 6 milhões, além de ter despesa mensal de manutenção de R$ 300 mil, segundo Pedro. Por outro lado, a venda do material reciclado pode render até R$ 2 milhões por mês, segundo cálculos da secretaria. "Esse valor deve ser dividido para todo o sistema de coleta, não só para a cooperativa que operar a central." Cada equipamento seria destinado a uma cooperativa de catadores de material reciclável, mas a renda pode ser dividida. Cinco cooperativas aguardam autorização da Prefeitura para trabalhar. Além das quatro megacentrais, a Secretaria de Serviços estuda a construção de nove unidades menores.

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Cidades sustentáveis são essenciais para

eficiência de recursos

por Jéssica Lipinski, do CarbonoBrasil

Transformar a infraestrutura urbana, tornando-a mais limpa, eficiente e sustentável, pode estimular o crescimento econômico verde e ajudar a erradicar a pobreza, diz relatório da ONU apresentado nesta quinta-feira.

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Atualmente, cerca de 75% dos recursos naturais do mundo são consumidos em áreas urbanas, e a proporção da população global que vive em cidades deve subir para 70% até 2050. Além disso, essas regiões são responsáveis por grande parte da degradação e poluição gerada no planeta, tornando sua relação com os recursos e ecossistemas nada sustentável.

Para mudar essa situação, um documento publicado pelas Nações Unidas nesta quinta-feira em Nairóbi, no Quênia, afirma que é necessário investir em infraestruturas sustentáveis e tecnologias eficientes em recursos nas cidades, a fim de incentivar um crescimento econômico com menor degradação ambiental, redução da pobreza, cortes nas emissões de gases do efeito estufa e melhoria do bem-estar.

O relatório, intitulado ‘City-Level Decoupling: Urban Resource Flows and the Governance of Infrastructure Transitions’ (algo como Dissociação em nível urbano: fluxos de recursos urbanos e a governança de transições de infraestrutura), declara que, para atingir a sustentabilidade para todos, é necessário dissociar as taxas de crescimento econômico das cidades do consumo insustentável dos recursos naturais finitos, que até agora caracteriza a maior parte do desenvolvimento urbano ocorrido.

“Até agora, a tendência para a urbanização tem sido acompanhada pela crescente pressão sobre o meio ambiente e o aumento dos números da pobreza urbana”, colocou Achim Steiner, diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), no lançamento do estudo.

Segundo o texto, para ocorrer essa transformação deve haver mais esforço por parte de governantes, empresas e sociedade, pois à medida que o preço dos recursos naturais continua a aumentar, fica cada vez mais difícil manter um padrão de desenvolvimento sustentável. Caso isso não aconteça, poderá haver sérias implicações econômicas e ambientais para as futuras gerações.

Isso porque, de acordo com a pesquisa, muito da infraestrutura que será futuramente necessária nas cidades, incluindo 60% das edificações exigidas para atingir as necessidades da população urbana mundial até 2050, ainda precisam ser construídas.

Para chegar a essas exigências, as cidades precisariam de um investimento calculado em US$ 40 trilhões entre 2000 e 2030 para a criação de novas infraestruturas urbanas – principalmente nos países em desenvolvimento – e para a adaptação das instalações existentes.

“Cidades mais antigas podem ter que adaptar e substituir infraestruturas ineficientes com as quais estiveram presas por décadas para atingir essa dissociação, mas cidades mais novas e em crescimento têm a vantagem da flexibilidade. Elas podem ‘acertar’ de primeira”, explicou Joan Clos, diretora executiva do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-Habitat).

Mas ao mesmo tempo em que o relatório aponta os atuais e potenciais problemas desse desenvolvimento urbano insustentável, reconhece que essa situação oferece grandes oportunidades de canalizar fundos para infraestruturas mais sustentáveis que reduzam as emissões de carbono, melhorem a produtividade de recursos e criem novas estratégias de desenvolvimento urbano.

Felizmente, há cidades que já estão aproveitando essas oportunidades, como é o caso de Lagos, na Nigéria. A cidade introduziu o sistema Veículo leve sobre pneus (Bus

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Rapid Transit – BRT) para resolver problemas crônicos de congestionamento e poluição.

O sistema, apoiado pelo Banco Mundial e investidores privados, contribuiu para uma queda de 13% nas emissões de carbono do transporte urbano, e a rota de cerca de 25% dos passageiros que utilizam o serviço foi reduzida em até 50%.

Outro exemplo é a área central de Singapura, que está implementando um plano para reduzir o consumo nacional de água em cerca de 10% até 2030. Tecnologias avançadas são usadas para tratar as águas residuais e os esgotos, que se tornam seguros para beber e podem ser reutilizados pela indústria.

As águas residuais tratadas podem chegar a 30% das necessidades hídricas de Singapura até 2030, e investimentos em usinas de dessalinização, consertos em vazamentos de tubulações e outros esforços podem ajudar o país a atingir sua meta de 10%.

O documento também mostra casos aqui no Brasil, como o do programa Lixo que não é Lixo, de Curitiba. O projeto incentiva a separação de resíduos em recicláveis e não recicláveis através, por exemplo, da troca de lixo reciclável por passagens de ônibus ou por produtos alimentícios para comunidades carentes.

A iniciativa estendeu o tempo de vida dos aterros sanitários da cidade, evitando o despejo de 2.400 m3 de resíduos recicláveis a cada dia, o que representa cerca de 25% da produção diária de lixo. Outro exemplo brasileiro é a cidade do Rio de Janeiro, que tem investido em reflorestamento para restabelecer os aquíferos necessários para o abastecimento hídrico da cidade.

Por fim, o estudo faz algumas recomendações para que o desenvolvimento de infraestruturas mais sustentáveis seja potencializado: investimentos governamentais na criação de estratégias sustentáveis , infraestruturas de baixo carbono e desenvolvimento urbano eficiente em recursos; investimento em pesquisas sobre o uso de recursos; especificação de metas para uso eficiente de recursos; estímulo a atividades , tecnologias, bens e serviços de baixo carbono, eficientes e verdes; e envolvimento do setor privado em investimento e compartilhamento de experiências.

“Existem oportunidades únicas para as cidades liderarem a ecologização da economia global através do aumento da produtividade e inovação de recursos, enquanto atingem grandes economias financeiras e enfrentam desafios ambientais. Embora muitas cidades estejam aproveitando essas oportunidades, uma visão holística para os centros urbanos do futuro ainda está faltando”, concluiu Steiner.

“Quando olhamos para os crescentes gastos em infraestrutura urbana pelo mundo, precisamos nos perguntar: que tipo de cidades do futuro estão previstas pelos projetistas e construtores dessas novas infraestruturas? Essas infraestruturas estão preparando cidades [...] para futuros mais justos e eficientes em recursos? Ou estão apenas fixando concreto [...] com um modo de planejamento urbano do século XIX que precisará ser desmantelado daqui a 10 ou 20 anos?”, questionou Mark Swilling, um dos coautores da pesquisa.

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Metais pesados podem ser monitorados por análise do mel

por Mariana Melo, da Agência USP

Mel produzido pela espécie Apis mellifera indica em análises poluentes ambientais. Foto: http://www.essaseoutras.xpg.com.br/

Na busca de uma forma eficiente de monitorar a contaminação do ambiente com metais pesados, como o zinco, o cobre, o chumbo e o cádmio, o engenheiro agrônomo Diogo Feliciano Dias Araujo detectou que o mel produzido pela abelha da espécie Apis mellifera pode ser utilizado como indicador de poluição ambiental destes metais. “O método é relativamente simples e barato, quando comparado com outras técnicas para atividades de biomonitoramento, proporcionando uma ferramenta que favorece a identificação de elementos nocivos” diz o pesquisador. O estudo foi desenvolvido na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP em Piracicaba.

Segundo o pesquisador, os metais pesados são liberados tanto por fontes naturais como antrópicas, ou seja, pela interferência do homem na natureza. Esses elementos metálicos costumam permanecer muitos anos nos ambientes, por isso representam uma preocupação de toxicidade latente.

Entre eles, o chumbo, metal que desde a revolução industrial tem sido disseminado no ambiente urbano e que apresenta uma toxicidade preocupante. O acúmulo desse metal no organismo pode causar lesão cerebral, principalmente em crianças, além de anemias e morte. “A ingestão desse metal pesado, em níveis moderados, pode acarretar diversos problemas para a saúde humana e animal, alterando o metabolismo e o sistema nervoso” diz o pesquisador. Por isso, é importante conhecer a ocorrência e concentração destes metais de maneira preventiva para evitar problemas futuros.

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Para o trabalho, Araujo escolheu a Apis mellifera por ser a espécie que ocorre em diversos tipos de localidades, inclusive em centros urbanos. Além disso, esses insetos respondem de maneira sensível às variações ambientais, o que os torna interessantes para este tipo de estudo. O mestrado foi desenvolvido sob orientação do professor Luis Carlos Marchini, no Departamento de Entomologia e Acarologia do Laboratório de Insetos Úteis, além do apiário experimental do Laboratório de Insetos Úteis da Esalq.

Voltametria

Entre outubro de 2011 e março de 2012, Araujo coletou amostras do mel produzido no apiário da Esalq e o armazenou sob condições específicas para ser analisado quanto a sua composição. Uma análise chamada melissopalinológica foi realizada para determinar de quais plantas é proveniente o pólen utilizado na preparação do mel. Com isso, o pesquisador diz que é possível localizar as fontes de pólen e, se houver contaminação, investigar quais são as fontes de poluição, caracterizando o mel como um bioindicador de poluentes.

Na segunda etapa dos estudos, para o conhecimento da concentração dos metais pesados estudados, Araujo fez análises eletroquímicas, numa técnica nomeada voltametria de redissolução anódica de pulso diferencial. “Esse trabalho foi pioneiro na utilização desta técnica para identificação de metais pesados presentes em mel de abelhas no Brasil” conta o pesquisador. Para conclusão destes estudos, Araujo contou com o auxílio, além do seu orientador, da pesquisadora Augusta Moreti, especialista em análises palinológicas, e a mestre Talita Silveira, que tem ótimos conhecimentos na área de biomonitoramento.

Araujo diz que é preciso mais estudos contínuos para chegar ao domínio total do método. Segundo ele, a técnica de voltametria também pode ser aplicada na avaliação da qualidade de produtos apícolas. Nos resultados encontrados durante os seus trabalhos em Piracicaba, o engenheiro agrônomo encontrou baixíssimas concentrações desses metais no mel, o que mostra que a área estudada tem baixos níveis deste tipo de poluição. “O elemento cádmio não foi detectado na análise, que apresenta uma sensibilidade de partes por trilhão (ppt)” finaliza.

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Aquecimento global vai causar mais turbulências nos aviões

Grande estudo mede o impacto das mudanças climáticas que vêm

afetando o planeta sobre as viagens aéreas

Rio - Quem tem medo de avião deve urgentemente pensar em preservar o Meio Ambiente. O primeiro grande estudo feito para medir o impacto das mudanças climáticas pelas quais a Terra vem passando sobre as viagens aéreas mostrou que os casos de turbulência vão aumentar.

Os climatologistas da Universidade de Reading, na Inglaterra, verificaram que o aquecimento global interfere nos ventos — o que poderá fazer muitos aviões chacoalharem não só mais vezes, como também com mais intensidade. Ou seja, a alta das temperaturas — resultado da poluição — desestabiliza as correntes aéreas.

A poluição é uma das causas da elevação das temperaturas que vem

afetando o planeta Terra ao longo dos anos | Foto: Reprodução

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“As mudanças climáticas não só estão esquentando a superfície da Terra, como também estão mudando os ventos atmosféricos a 10 quilômetros de altitude, onde os aviões voam”, afirmou o coautor do estudo, Paul Williams, do Centro Nacional de Ciência Atmosférica da universidade inglesa.

APERTEM OS CINTOS

“Nosso estudo sugere que vamos ver o aviso de ‘apertem os cintos’ ligado com mais frequência nas próximas décadas”, completou. Os cientistas descobriram que, até 2050, haverá a duplicação das concentrações do poluente dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, com base em níveis pré-industriais. Isso tornará as turbulências entre 10% a 40% mais violentas. Fora isso, a frequência com que ocorrem poderá crescer entre 50% e 170%.

O fenômeno vai ocorrer na chamada ‘turbulência de céu limpo’, que é diferente daquela causada quando o avião entra numa nuvem, por exemplo, e começa a tremer. Relacionada a correntes de jato atomosféricas, que tendem a ficar mais fortes com o aquecimento do planeta, a ‘turbulência de céu limpo’ não é visível a olho nu pelo piloto e também não pode ser detectada por satélite ou radar.

Por isso, é repentina: a tripulação sequer tem tempo de avisar aos passageiros que vai haver turbulência. Na dúvida, é melhor deixar sempre os cintos de segurança afivelados. Williams explicou que o CO2 causa um aquecimento não uniforme, o que aumenta os ventos da corrente de jato. “Uma corrente de jato mais forte significa que a atmosfera fica menos estável, o que cria mais turbulência", explicou o cientista.

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