claudia ortanysempre! enquanto eu não vi que isso era o que eu amava fazer, es-sa idéia sempre...

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n 8 ano 2 novembro de 2005 Distribuição Gratuita ANIMAIS NO CIRCO Claudia Ortany EJA 2005 ANO 2 N 8 novembr/dezembro 2005 Distribuição Gratuita www.palcoaberto.com.br . . o

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Page 1: Claudia OrtanySempre! Enquanto eu não vi que isso era o que eu amava fazer, es-sa idéia sempre passou pela minha cabeça. Mas hoje, para mim, a me-lhor hora é quando estou no picadeiro

n 8 ano 2novembro de 2005

Distribuição Gratuita

w w w. p a l c o a b e r t o . c o m . b r

ANIMAIS NO CIRCO

Claudia Ortany

EJA 2005

ANO

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2005

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Editorial #8

12 Animais em Circo

6 Claudia Ortany

11 Convenção Carioca

4 Notas

20 EJA 2005

22 Parkour

18 Iô-Iô16 Pôster

30 Voley-Clave

26 Acontece

28 Indicações24 Crônica

Esta é a 8ª Edição da ReReReReRevista Palco vista Palco vista Palco vista Palco vista Palco AberAberAberAberAbertototototo e será a que circulará, orgu-lhosamente, na 7ª Convenção Brasileira de Malabarismo e Circo: o maior eventoligado à arte do malabares no nosso país.

A RevistaRevistaRevistaRevistaRevista vem crescendo passo a passo. Esta é a primeira vez que ela saicompletamente colorida! E ainda temos muito o que melhorar e fazer...

Já o PPPPPororororortaltaltaltaltal, wwwwwwwwwwwwwww.....PPPPPALCOALCOALCOALCOALCOABERABERABERABERABERTTTTTOOOOO.com.br.com.br.com.br.com.br.com.br,,,,, vem sendo cada vez mais acessadoe traz informações no momento em que elas acontecem, além das matérias jápublicadas. Aproveitem, tanto esta Edição da ReReReReRevistavistavistavistavista quanto o PPPPPororororortaltaltaltaltal!

Índice

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NOTAS

Fórum Regional Fórum Regional Fórum Regional Fórum Regional Fórum Regional DifDifDifDifDiferererererentes entes entes entes entes Visões do CirVisões do CirVisões do CirVisões do CirVisões do CircococococoAconteceu em Campinas, nos dias 28, 29

e 30 de Outubro, o Fórum Regional “DiferentesVisões do Circo”, um evento que procurou aliaras diversas formas de fazer circo e o que estáacontecendo dentro da Unicamp a respeito deCirco.

O evento teve um formato compacto. Fo-ram dois Cabarés de Variedades, apoiados peloEspaço Cultural Semente, com a participaçãode vários artistas e grupos, tais como: CircoMD Malabares, Marco Bortoleto, Circo Luz,Trupe Gusano (The Pambazos Bros. e Los CircoLos), Akróbatus, entre outros.

Houve quatro mesas de discussões, cujostemas e participantes foram: O CirO CirO CirO CirO Circo co co co co TTTTTradi-radi-radi-radi-radi-cional e Contemporâneocional e Contemporâneocional e Contemporâneocional e Contemporâneocional e Contemporâneo com Erminia Silva,Joelma Costa, Rodrigo Matheus e José Wilson;O palhaço dentro e fora do picadeiroO palhaço dentro e fora do picadeiroO palhaço dentro e fora do picadeiroO palhaço dentro e fora do picadeiroO palhaço dentro e fora do picadeiro comRicardo Puccetti, Ésio Magalhães e Roger Avan-zi; O CirO CirO CirO CirO Circo no terco no terco no terco no terco no terceirceirceirceirceiro setor o setor o setor o setor o setor com Alex Ma-rinho, Claudio Barria, Angelo Brandine; CirCirCirCirCircococococona Universidade na Universidade na Universidade na Universidade na Universidade com Erminia Silva, MarcoBortoleto, Ana Euvira e Carlos “Ikee” Silvestre.

Por fim a comissão organizadora se deupor satisfeita pelo evento, agradecendo a to-dos que colaboraram e ajudaram.

Recordes Recordes Recordes Recordes Recordes Betim 2004Betim 2004Betim 2004Betim 2004Betim 20045 Bolas: 5 Bolas: 5 Bolas: 5 Bolas: 5 Bolas: Charchazo 9’32"6 Bolas: 6 Bolas: 6 Bolas: 6 Bolas: 6 Bolas: Charchazo 18"7 Bolas:7 Bolas:7 Bolas:7 Bolas:7 Bolas: Adrian 7"8 Bolas: 8 Bolas: 8 Bolas: 8 Bolas: 8 Bolas: Charchazo 4"4 Claves4 Claves4 Claves4 Claves4 Clavesfem.::::: Tábata 36"masc.: : : : : Luis Sartori 44’5 Claves: 5 Claves: 5 Claves: 5 Claves: 5 Claves: Chino Mario 46"VVVVVolei Claolei Claolei Claolei Claolei Clavvvvves:es:es:es:es:masc.: Zaro e Luis Sartorifem.: Tetê Balestreri e TábataParada de mãos:Parada de mãos:Parada de mãos:Parada de mãos:Parada de mãos:Diego (El Individuo) 57"Equilibrio c/1clave:Equilibrio c/1clave:Equilibrio c/1clave:Equilibrio c/1clave:Equilibrio c/1clave:Cafi Otta 10’13"2 Diabolos:2 Diabolos:2 Diabolos:2 Diabolos:2 Diabolos:Diego (El Individuo) 22"2 Devil: 2 Devil: 2 Devil: 2 Devil: 2 Devil: Nine 1’10"Resistência 3 moedas:Resistência 3 moedas:Resistência 3 moedas:Resistência 3 moedas:Resistência 3 moedas:Du Circo R$9,66Devil:Devil:Devil:Devil:Devil:Desenho (sbc-sp) 3’16"GladiadorGladiadorGladiadorGladiadorGladiador::::: Renatão CobraGladiador em monociclo:Gladiador em monociclo:Gladiador em monociclo:Gladiador em monociclo:Gladiador em monociclo:NineMonociclo pulosMonociclo pulosMonociclo pulosMonociclo pulosMonociclo pulos:Colchão 1’40"

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G.

Philippe Philippe Philippe Philippe Philippe Menard no BrasilMenard no BrasilMenard no BrasilMenard no BrasilMenard no Brasil

texto Duico / foto divulgação

texto Rodrigo Mallet

Mostrando umespetáculo solo no qual

usa e abusa, comextrema inteligência, deprojeções, Ascenseur,fantasmagorie pour

élever lês gen set lêsfardeaux (Elevador,fantasmagoria paralevantar pessoas e

fardos) surpreendedesde o seu início.

Em misturas decenas reais e

projeções, destaca-se omomento em quePhilippe contracena comsua própriaprojeção em

persianas queabrem e fecham,

causando umsensacional jogo de

imagens reais e surreais.Quem viu, gostou!

Quem não viu, sóresta torcer para queele volte.

Esteve de passagem por Campinas, São Paulo eRio de Janeiro o malabarista francês Philippe Menardda Cia. Non Nova.

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Nós, editores, temos oNós, editores, temos oNós, editores, temos oNós, editores, temos oNós, editores, temos oprazer de trabalharprazer de trabalharprazer de trabalharprazer de trabalharprazer de trabalharem um Cirem um Cirem um Cirem um Cirem um Circococococo,,,,, junto a uma junto a uma junto a uma junto a uma junto a umadas malabaristas maisdas malabaristas maisdas malabaristas maisdas malabaristas maisdas malabaristas maistradicionais do Brasil,tradicionais do Brasil,tradicionais do Brasil,tradicionais do Brasil,tradicionais do Brasil,tendo em vista que ela étendo em vista que ela étendo em vista que ela étendo em vista que ela étendo em vista que ela éda 9ª geração deda 9ª geração deda 9ª geração deda 9ª geração deda 9ª geração demalabaristas circenses.malabaristas circenses.malabaristas circenses.malabaristas circenses.malabaristas circenses.No interNo interNo interNo interNo intervalo entrvalo entrvalo entrvalo entrvalo entreeeeeum espetáculo eum espetáculo eum espetáculo eum espetáculo eum espetáculo eoutroutroutroutroutrooooo,,,,, essa paulista essa paulista essa paulista essa paulista essa paulistade São Bernardode São Bernardode São Bernardode São Bernardode São Bernardodo Campodo Campodo Campodo Campodo Campo,,,,, 29 29 29 29 29anos, nos contouanos, nos contouanos, nos contouanos, nos contouanos, nos contouhistórias e,histórias e,histórias e,histórias e,histórias e,principalmente,principalmente,principalmente,principalmente,principalmente,expôs suaexpôs suaexpôs suaexpôs suaexpôs suaopinião sobreopinião sobreopinião sobreopinião sobreopinião sobreassuntosassuntosassuntosassuntosassuntospolêmicos.polêmicos.polêmicos.polêmicos.polêmicos.

Com vocês...Com vocês...Com vocês...Com vocês...Com vocês...

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VVVVVocê é chamada ocê é chamada ocê é chamada ocê é chamada ocê é chamada Claudia OrClaudia OrClaudia OrClaudia OrClaudia Ortantantantantanyyyyy,,,,,mas j á ouv i pessoas lhemas j á ouv i pessoas lhemas j á ouv i pessoas lhemas j á ouv i pessoas lhemas j á ouv i pessoas lhechamando de chamando de chamando de chamando de chamando de OrOrOrOrOrteneteneteneteneteneyyyyy..... Qual seu Qual seu Qual seu Qual seu Qual seunome verdadeiro?nome verdadeiro?nome verdadeiro?nome verdadeiro?nome verdadeiro?Claudia Orteney. O Orteney narealidade é um nome inventado,porque meus bisavós eram judeuse meu avô conta que com a his-tória da guerra eles não puderamse apresentar com nosso verda-deiro nome, devido à origemalemã/judaica. Não se sabe de on-de surgiu o Orteney, mas eles oadotaram. A partir dali, quem foinascendo na família foi sendoregistrado como Orteney. Houveuma vez em que vieram seapresentar aqui no Brasil e olocutor anunciou-os comoOrtany, ao invés de Orteney. Daíficou Ortany, e nós somosconhecidos como Los Ortany.

Como prefere ser chamada?Como prefere ser chamada?Como prefere ser chamada?Como prefere ser chamada?Como prefere ser chamada?Claudia Ortany.

Como surgiu o malabares na suaComo surgiu o malabares na suaComo surgiu o malabares na suaComo surgiu o malabares na suaComo surgiu o malabares na suavida?vida?vida?vida?vida?Eu já nasci malabarista. Sou da 9ªgeração de malabaristas. Meu filhojá é da 10ª geração. Em minha casahá quatro gerações vivas decircenses. A avó e a mãe de meumarido, eu e meus filhos. Desdeque nasci, meu pai já botou as boli-nhas de malabares nas minhas mãos.

O fato de ser uma malabaristaO fato de ser uma malabaristaO fato de ser uma malabaristaO fato de ser uma malabaristaO fato de ser uma malabaristamulher lhe a judou oumulher lhe a judou oumulher lhe a judou oumulher lhe a judou oumulher lhe a judou ouprejudicou?prejudicou?prejudicou?prejudicou?prejudicou?Não importava se eu era mulherou não! Na minha família somosduas malabaristas: minha mãe,Mirian Ortany, e eu. Isso semprefoi passado de pai para filho.Quando meu avô se casou pelaprimeira vez, nasceram homens;pela segunda, nasceu minha mãe.Aí ele pensou: “E agora, nasceuuma mulher! Vou ter que ensinarpara ela o que os homens fazem!”.Não sei se o fato de ser mulherme ajudou ou prejudicou. Que eu

conheça, na América Latinaexistem apenas eu e minha mãe.Mesmo indo assistir espetáculosem outros Circos, eu nunca vinenhuma mulher malabarista: ouela é partner ou o complementodo homem. O que meu avôqueria era que nós não fôssemoscomplemento para homemnenhum! Ele falava que nósiríamos fazer o que os homensfazem, e mais: de salto!

VVVVVocê semprocê semprocê semprocê semprocê sempre trabalhou solo oue trabalhou solo oue trabalhou solo oue trabalhou solo oue trabalhou solo oujá t raba lhou com outrosj á t raba lhou com outrosj á t raba lhou com outrosj á t raba lhou com outrosj á t raba lhou com outrosmalabaristas?malabaristas?malabaristas?malabaristas?malabaristas?Eu trabalho solo, massei fazer tudo, cruze declavas, etc. Prefiro tra-balhar sozinha porquese eu erro fui eu quemerrei e brigo comigomesma. Dou graças aDeus por não tercasado com um malaba-rista, porque os malaba-ristas são loucos (risos).

Seu marido faz o que?Seu marido faz o que?Seu marido faz o que?Seu marido faz o que?Seu marido faz o que?É o Alex Brede. Ele étrapezista, graças a De-us! Filho dos Farfan,uma família tradiciona-líssima de trapézio. Elelá em cima e eu aqui embaixo.

Qual a modalidade de malabaresQual a modalidade de malabaresQual a modalidade de malabaresQual a modalidade de malabaresQual a modalidade de malabaresque você mais pratica?que você mais pratica?que você mais pratica?que você mais pratica?que você mais pratica?Sempre me dediquei às clavas.Amo clavas!

Como você treina?Como você treina?Como você treina?Como você treina?Como você treina?Eu treino desde os cinco anos deidade. Hoje em dia eu não treinomais; já ensaiei muito na minhavida. Não tive infância. Perdi denamorar, meu primeiro namora-do foi meu marido. Perdi de saire ter uma vida normal, comotodas as outras meninas, porquemeu pai me botava para ensaiar.Eu ensaiava pela manhã, à tarde e

à noite. Mal cabiam as clavas naminha mão. Hoje em dia é muitofácil ser malabarista, porque emqualquer esquina você compraclavas. Na minha época não, meupai se matava para fazer as clavas,e elas eram pesadas! Minha mãoera inteira estourada; eu tinhatodas as unhas rachadas. Váriasvezes eu quebrei clava para nãoensaiar, porque eu sabia que meupai ia demorar quase uma semanapara fazer outra. Meu pai virava ascostas e eu ficava batendo comelas até rachar, daí ia jogar e elasse quebravam. Hoje eu até me

arrependo, porquetudo o que eu tenhona vida vem das clavasde malabares.

Em algum momentoEm algum momentoEm algum momentoEm algum momentoEm algum momentovocê chegou a pensarvocê chegou a pensarvocê chegou a pensarvocê chegou a pensarvocê chegou a pensarem não ser ma la -em não ser ma la -em não ser ma la -em não ser ma la -em não ser ma la -barista?barista?barista?barista?barista?Sempre! Enquanto eunão vi que isso era oque eu amava fazer, es-sa idéia sempre passoupela minha cabeça. Mashoje, para mim, a me-lhor hora é quandoestou no picadeiro jo-gando malabares. Essaé a minha vida. Euesqueço de tudo e vejo

que é para isso que eu existo.

O malabaO malabaO malabaO malabaO malabares evoluiu muito nes-res evoluiu muito nes-res evoluiu muito nes-res evoluiu muito nes-res evoluiu muito nes-ses últimos anos, você mesmases últimos anos, você mesmases últimos anos, você mesmases últimos anos, você mesmases últimos anos, você mesmaacabou de levantar o ponto daacabou de levantar o ponto daacabou de levantar o ponto daacabou de levantar o ponto daacabou de levantar o ponto daeeeeevvvvvolução do material.olução do material.olução do material.olução do material.olução do material. VVVVVocê senteocê senteocê senteocê senteocê sentediferença entre aquele malabaresdiferença entre aquele malabaresdiferença entre aquele malabaresdiferença entre aquele malabaresdiferença entre aquele malabarese o que é praticado hoje?e o que é praticado hoje?e o que é praticado hoje?e o que é praticado hoje?e o que é praticado hoje?Para mim malabares é malabares,eu não vejo nenhuma diferença!Acho que hoje em dia o malabaresvirou um esporte, um hobby. Temmuita gente hoje fazendo mala-bares porque gosta, sendo que oartista de Circo fazia porquegostava mas também porqueprecisava viver.

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Mas hoje em dia também exis-Mas hoje em dia também exis-Mas hoje em dia também exis-Mas hoje em dia também exis-Mas hoje em dia também exis-tem pessoas que sobrevivem dotem pessoas que sobrevivem dotem pessoas que sobrevivem dotem pessoas que sobrevivem dotem pessoas que sobrevivem domalabares e não são de Circo.malabares e não são de Circo.malabares e não são de Circo.malabares e não são de Circo.malabares e não são de Circo.Eu sempre sobrevivi do malaba-res, tudo o que eu tenho veio domalabares. As pessoas vêm falarpara mim que eu jogo o malabarestradicional, mais rápido. Mas, o queé o malabares tradicional maisrápido? O que é o malabarescontemporâneo mais lento? É sóuma maneira diferente de jogar.Eu posso ter um estilo diferente,mas os dois são malabares. O queeu sinto, é que o pessoal que fazmalabares fora do Circo não

respeita muito o malabarista doCirco. Eu sou da 9ª geração de ma-labaristas! Tenho uma históriamuito grande e maravilhosa doCirco, onde o malabares é o temaprincipal. Então, o pessoal que fazmalabares fora tem que respeitarum pouco mais os malabaristas deCirco por essa tradição que te-mos. Nós, de Circo, não somosmelhores nem piores que nin-guém! Eu não quero que tenhaessa diferença. Essa divisão nãodevia nem existir. Somos todosmalabaristas! Vamos nos unir!

Sabe o que é Sabe o que é Sabe o que é Sabe o que é Sabe o que é siteswapsiteswapsiteswapsiteswapsiteswap?????Não sei! Nunca ouvi falar e nãotenho vergonha de dizer isso.

VVVVVocê tem alguma história,ocê tem alguma história,ocê tem alguma história,ocê tem alguma história,ocê tem alguma história, r r r r rela-ela-ela-ela-ela-tiva ao malabartiva ao malabartiva ao malabartiva ao malabartiva ao malabares,es,es,es,es, que tenha mar que tenha mar que tenha mar que tenha mar que tenha mar-----cado sua vida?cado sua vida?cado sua vida?cado sua vida?cado sua vida?Há uma coisa interessante: quan-do tem um malabarista assistindooutro malabarista, é tiro e queda:cai tudo! É cruel!

Quando fo i sua estré ia noQuando fo i sua estré ia noQuando fo i sua estré ia noQuando fo i sua estré ia noQuando fo i sua estré ia nopicadeiro?picadeiro?picadeiro?picadeiro?picadeiro?Eu sempre trabalhei com a minhamãe. Com três anos, estreei noCirco Thiany, onde eu nasci.Segurava os pratos em um númeroque minha mãe tinha com meu pai.Você vê! Eu nem tinha noção doque estava fazendo, mas já estavatrabalhando.

Quais foram os malabaristas queQuais foram os malabaristas queQuais foram os malabaristas queQuais foram os malabaristas queQuais foram os malabaristas quete inspiraram?te inspiraram?te inspiraram?te inspiraram?te inspiraram?Minha mãe! Eu sempre trabalheicom ela mas não via a grandio-sidade dessa mulher no picadeiro.Quando eu casei, fui fazer o meunúmero e minha mãe continuoucom o número dela. Quando eutinha 22 anos fui visitá-la e a assistipela primeira vez no picadeiro. Eusempre a via de dentro, mas agoraeu estava na platéia. Isso meemocionou! Eu chorava! A mulher

tem 50 anos e o povo fica de pé!Porque ela é imbatível! Eu faço omesmo solo dela, mas ela é deuma luz incrível.

Em qua i s C ircos você j áEm qua i s C ircos você j áEm qua i s C ircos você j áEm qua i s C ircos você j áEm qua i s C ircos você j átrabalhou?trabalhou?trabalhou?trabalhou?trabalhou?No Ringling Brothers e no CircusVargas, fora do Brasil. Inclusive, fo-mos os primeiros malabaristasbrasileiros a serem contratadospara sair do país. Antigamente eramuito difícil um brasileiro de Cir-co ir pra fora. Trabalhei 12 anosno Thiany, onde nasci. Passei peloOrlando Orfey, Garcia, BetoCarrero, Vostok e Circo Populardo Brasil do ator Marcos Frota.Minha mãe está lá até hoje.

Es tamos envo l tos em umaEstamos envo l tos em umaEstamos envo l tos em umaEstamos envo l tos em umaEstamos envo l tos em umapolêmica sobre a aprovação depolêmica sobre a aprovação depolêmica sobre a aprovação depolêmica sobre a aprovação depolêmica sobre a aprovação deuma lei, em São Paulo, que proíbeuma lei, em São Paulo, que proíbeuma lei, em São Paulo, que proíbeuma lei, em São Paulo, que proíbeuma lei, em São Paulo, que proíbeanimais em Ciranimais em Ciranimais em Ciranimais em Ciranimais em Circos.cos.cos.cos.cos. VVVVVocê,ocê,ocê,ocê,ocê, como como como como comoartista circense, é a favor ouartista circense, é a favor ouartista circense, é a favor ouartista circense, é a favor ouartista circense, é a favor oucontra os animais no Circo?contra os animais no Circo?contra os animais no Circo?contra os animais no Circo?contra os animais no Circo?Eu acho legal ter dois ou três nú-meros com animal, no máximo!O resto dos números tem que sercom artistas. Em alguns Circos hámuito número com animal e pou-co número com artista. Está cheiode família circense que precisa tra-balhar. Não acho que os animaissejam maltratados em Circos. Pelomenos nos Circos onde traba-lhei, os animais não eram maltratados. O Circo Orlando Orfeitinha uma carreta com um sistemaespecial para climatizá-la por causado urso polar. Se não é para o ur-so estar no Circo, também não épara estar no Zoológico!

Cont inuando nas questõesCont inuando nas questõesCont inuando nas questõesCont inuando nas questõesCont inuando nas questõespolêmicas. O que você acha depolêmicas. O que você acha depolêmicas. O que você acha depolêmicas. O que você acha depolêmicas. O que você acha demalabaristas de sinal?malabaristas de sinal?malabaristas de sinal?malabaristas de sinal?malabaristas de sinal?Acho que eles são corajosos deestarem ali horas e horas. Acon-tece de eu passar pela rua e veruns malabaristas arrumados, fa-zendo truques maravilhosos e eu

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penso que talvez eles não pre-cisassem estar ali. Mas, criançasfazendo malabares em sinal, issonão devia existir. Elas deviamestar na escola! Muita gente tam-bém acha que essas pessoas queestão na rua são de Circo, e nãosão! Também não gosto quandouma pessoa me liga para oferecertrabalho e diz que um rapaz do si-nal cobrou cinco vezes menos. Euensaiei uma vida inteira e cobro omeu cachê por isso. Mas, isso nãoacontece só com o malabarista darua. Nós precisamos ter umaconsciência do valor da nossaarte. Temos que entrar em con-senso e manter um padrão, por-que o mercado está ficando cadavez mais desvalorizado. Eu fiqueisabendo que tem gente que vaitrabalhar em troca de comida!

O que você está achando dasO que você está achando dasO que você está achando dasO que você está achando dasO que você está achando dasrecentes leis que buscam ajudarrecentes leis que buscam ajudarrecentes leis que buscam ajudarrecentes leis que buscam ajudarrecentes leis que buscam ajudaro Circo?o Circo?o Circo?o Circo?o Circo?Vou te falar uma coisa: eu preferiao Café dos Artistas. Quando vocêsaia de um Circo, ia para lá e encon-trava pessoas. Elas te ajudavam, teencaixavam em outros Circos. OCafé dos Artistas fazia muito maisdo que é feito atualmente por es-sa Asfaci. Hoje em dia tem muitagente lutando pelo Circo sem serdo Circo. Tem gente que está aílutando apenas para ganhar a lei

do fomento. Todo mundo se metea ser circense, a lutar pelo Circoe, na verdade, eu não vejo um cir-cense tradicional ganhar. O cir-cense tradicional nem sabe quetem direito a ganhar esses prê-mios. O pessoal de fora ganhaporque é “estudado”, não que osartistas circenses sejam burros,mas é que eles se dedicam maisao Circo. Às vezes, nem sabemfazer um projeto, ou nem mesmosabem que podem fazer um pro-jeto. É preciso saber o que é avida no Circo para depois lutarpor ela.

Agora estão buscando fazer a Agora estão buscando fazer a Agora estão buscando fazer a Agora estão buscando fazer a Agora estão buscando fazer a LeiLeiLeiLeiLeido Circodo Circodo Circodo Circodo Circo, que facilita a vida do, que facilita a vida do, que facilita a vida do, que facilita a vida do, que facilita a vida doCirco Itinerante, com alvarás eCirco Itinerante, com alvarás eCirco Itinerante, com alvarás eCirco Itinerante, com alvarás eCirco Itinerante, com alvarás eliberações por tempo maior eliberações por tempo maior eliberações por tempo maior eliberações por tempo maior eliberações por tempo maior enão a cada cidade que chega. Onão a cada cidade que chega. Onão a cada cidade que chega. Onão a cada cidade que chega. Onão a cada cidade que chega. Oque acha disso?que acha disso?que acha disso?que acha disso?que acha disso?Isso eu acho interessante. Massabe qual é o problema? Todos osprêmios estão buscando mais olado do dono do Circo. Essenegócio de agilizar bombeiro ealvará é vantajoso para todos, por-que o artista precisa do lugar paratrabalhar. Mas quem sai ganhandomais com isso é o dono, porquequando ele te dá um “chute nabunda”, você vai embora e o Circodele continua, com os alvarás emordem, e o artista fica a “Deusdará”. Nós não temos carteira detrabalho assinada, aposentadoria,licença a maternidade, décimo ter-ceiro salário, férias proporcio-nais, descanso semanal remunera-do, nada! Se o artista não fizer umpé de meia, ele não vai ter ondecair morto quando parar de tra-balhar. Essa é a verdade! Então aluta tem que favorecer o artistatambém, e não só os donos deCirco.

E a E a E a E a E a WJFWJFWJFWJFWJF,,,,, v v v v você disse que focê disse que focê disse que focê disse que focê disse que fo io io io io iconvidada?convidada?convidada?convidada?convidada?Veja só, um dia estava assistindo

televisão e vi essa competição.Mandei um e-mail contando aminha história, dando sugestõese elogiando a iniciativa. Eu criticoapenas o fato de ser uma compe-tição. Malabares para mim não écompetição. É muito mais artísticoque competição. Não me inte-ressa se você jogar cinco clavasdez minutos ou dez segundos. Eufaço malabares pra mim, porqueeu amo malabares! Enfim, eles gos-taram e me convidaram para euapresentar o meu número lá. Nãopara competir.

Qual o conselho que você dáQual o conselho que você dáQual o conselho que você dáQual o conselho que você dáQual o conselho que você dápara quem está começando a serpara quem está começando a serpara quem está começando a serpara quem está começando a serpara quem está começando a sermalabarista ou para quem estámalabarista ou para quem estámalabarista ou para quem estámalabarista ou para quem estámalabarista ou para quem estápretendendo seguir essa carreira?pretendendo seguir essa carreira?pretendendo seguir essa carreira?pretendendo seguir essa carreira?pretendendo seguir essa carreira?Ensaiar muito! Pode ver que osmelhores malabaristas são aque-les que dedicaram sua vida inteirapara o malabares. Além disso, omalabarista deve fazer pouco, masfazer bem. Dedique sua vida a umsolo seu, a uma coisa sua. Vocênão vai ser bom em várias coisas.Por último, faça malabares paravocê e não para ser melhor queninguém.

TTTTTem alguma coisa mais que vem alguma coisa mais que vem alguma coisa mais que vem alguma coisa mais que vem alguma coisa mais que vocêocêocêocêocêqueira falar?queira falar?queira falar?queira falar?queira falar?Queria agradecer minha mãe,Mirian Ortane e minha família.

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www.enpauma.com.br

TODAS AS SEGUNDAS18 às 22h00 - no BECOrua Belmiro Braga s/nº

Vila Madalena - SP

Encontro Paulistade Malabares

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3 Con3 Con3 Con3 Con3 Convvvvvenção Cariocaenção Cariocaenção Cariocaenção Cariocaenção Carioca de Malabar de Malabar de Malabar de Malabar de Malabareseseseses

texto Duico

E não foi só isso. O Riode Janeiro também é terra desol e praia e, apesar de estar-mos em pleno inverno, a Cida-de Maravilhosa nos brindoucom um calor infernal, quetransformou o jogo de voleyclave, no mais divertido que jávi em todas as Convenções.Com um ônibus fretado pelaorganização, todos os partici-pantes dirigiram-se para apraia de Ipanema e lá, com ospés na areia, foi realizado o 1ºVoley Clave de Areia, com anarração impagável de Marqui-nhos ao megafone.

Com isso a 3ª ConvençãoCarioca de Malabares ficoucompleta! Rio de Janeiro,samba, sol, praia e muitomalabares. Claro que asoficinas e apresentações nãosão sensacionais em Conven-ções de pequeno porte comoessas, mas devemos deixar aquinossa admiração pelo trabalhorealizado na organização porapenas três pessoas, Fernan-dinho, Hemogema e Moema,que mesmo com pequenos des-lizes, deram seu sangue paraque tudo transcorresse bem.

Só nos resta esperar pelapróxima e dizer:

“ALÔ, RIO DE JANEIRO,AQUELE ABRAÇO ”

Comouma Con-venção Ca-rioca, o lugar ondeaconteceu não poderiadeixar de ser mais carioca, foiuma Escola de Samba! Claroque do tamanho proporcionalà Convenção, nada muitogrande, mas que deu umcolorido especial ao Cortejo nocharmoso bairro de SantaTereza, que passava por umgrande evento nesse dia: oSanta Tereza de Portas Abertas,onde todos os seus ateliês a-brem as portas para a visitaçãodo público e seus bares se en-chem. As pessoas se surpreen-diam com as claves e bolinhasjogadas ao ar, enquanto ascrianças da escola desfilavampelas ruas de paralelepípedostocando seus surdos, cuícas etamborins, acompanhados porpaulistas, mineiros e cariocasnos instrumentos. No Rio deJaneiro não poderia faltar osamba!

“O Rio de Janeiro conti-nua lindo!” A famosa frase damúsica de nosso Ministro daCultura, Gilberto Gil, continuacada vez mais verdadeira.Ocorre que na conhecidamúsica não é citada, em ne-nhum momento, Santa Tereza.Sim, Santa Tereza também élinda, com suas ladeiras deparalelepípedos e casas queremontam há vários séculospassados.

Esse foi o panorama da 3ºConvenção Carioca de Mala-barismo, que ocorreu de 28 a31 de junho deste ano. UmaConvenção pequena, mas nempor isso menos divertida. Muitopelo contrário, as cerca de 40pessoas que freqüentaram aConvenção passaram a fazerparte de uma imensa família.Quanto menor o número depessoas, maior a chance deencontrar a mesma pessoa etrocar informações.

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3 Con3 Con3 Con3 Con3 Convvvvvenção Cariocaenção Cariocaenção Cariocaenção Cariocaenção Carioca de Malabar de Malabar de Malabar de Malabar de Malabareseseseses

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A ligação dos animais com o Circoremete ao início da existência do próprioCirco.

Há séculos atrás, na Grécia Antiga, osgrandes guerreiros viajavam com suastropas para conquistar terras e aumentarseus domínios. Durante essas conquistas,os exércitos capturavam animais que nãoexistiam em suas terras natais e viajavamcom eles como prova dos lugares queestiveram e conquistaram. No excelentelivro Palhaços (ed. Unesp), o autor Mário

Fernando Bolognesi não deixa nenhumadúvida quanto à existência desta prática:“...os conquistadores gregos expunham osresultados de uma façanha bélica...trazendoanimais exóticos , muitos até entãodesconhecidos, como prova da bravura etestemunho das distâncias percorridas edas terras conquistadas.”

Os anos passaram, o Circo foi evolu-indo e os números com animais continu-aram a fazer parte das apresentações cir-

texto Duico

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O ex-lutador de judô e atual vere-ador paulistano, Aurélio Miguel, reapre-sentou o projeto de lei do ex-vereadorRoger Lin visando à proibição de apre-sentações com animais em Circo nomunicípio paulistano, devido ao fato de,na primeira tentativa, o projeto ter sidovetado pela prefeita Marta Suplicy. Destavez o veto foi derrubado por unanimi-dade na Câmara Municipal de Vereado-res de São Paulo.

“É preciso deixar bem claro queapoiamos o circo, mas como atividadesadia, cultural e de divertimento da po-pulação. Apoiamos o circo dos palhaços,malabaristas, mágicos e atores. Repu-diamos o circo que utiliza animais, poisalém dos vários acidentes que aconte-cem sabemos da forma estúpida e brutalcom que os animais são tratadosquando confinados.”, afirmou AurélioMiguel.

Com a publicação no Diário Oficial,a lei que recebeu o nº 14.014 de 2005entraria em vigor no dia 10 de outubrodeste ano. A partir de então qualquerCirco que realizasse apresentações comanimais no município paulistano,poderia ser multado em um mil equinhentos reais. Se reincidisse, poderiahaver a cassação da licença defuncionamento do Circo.

A Lei aprovada na cidade de SãoPaulo segue os exemplos de outrascidades que proibiram a apresentaçãode animais em Circo. No Estado de São

censes. Os criadores circenses defen-diam que os números serviam para queos expectadores pudessem ter contatocom animais que nunca haviam vistona vida. Mas aí veio a televisão e umpouco depois o Discovery Channel...

A polêmica no Brasil quanto àpermissão de animais no Circo, ficoumuito mais acirrada após o acidenteenvolvendo uma criança e um leão, noCirco Vostok, em 9 de abril de 2000,na cidade de Jaboatão dos Guararapes,Pernambuco. José Miguel Júnior, de seisanos de idade, aproximou-se da jaulados leões, foi agarrado e puxado porum dos leões para dentro da jaula, bemem frente a seu pai, vindo a falecer.

Desde então sociedades que visamà proteção de animais vêm atuandocom muito mais veemência junto aosórgãos necessários, buscando a proi-bição de animais em apresentaçõescircenses.

Tal lobby culminou com a recenteaprovação de uma lei em São Paulo, u-ma das maiores cidades do Brasil, proi-bindo a exibição de animais em Circos.

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Paulo as cidades de Araraquara, Atibaia,Avaré, Batatais, Bebedouro, Campinas,Cotia, Guarulhos, Itu, Jacareí, RibeirãoPires, Salto, Santo André, São Caetano,Santos, São Vicente, Sorocaba eUbatuba, já possuem leis que proíbemo uso de animais em Circo. No Rio deJaneiro, a proibição vigora em todo oEstado. No Rio Grande do Sul o vetose dá nas cidades de Montenegro,Passo Fundo, Porto Alegre, Rio Grandee São Leopoldo. No Nordeste ascidades pernambucanas de Recife eOlinda também proíbem o uso deanimais, e em Santa Catarina apenas acidade de Blumenau possui lei que vetaos animais.

Mas a lei não entrou em vigor aindaporque alguns donos de Circo e en-tidades estão buscando, junto àsautoridades competentes, uma outraforma que não a proibição.

“Estamos nos posicionando juntoa alguns deputados na AssembléiaLegislativa e ao Governador de SãoPaulo, Geraldo Alckmin, que entroucom um recurso para a suspensão daLei” , afirmou José Wilson Leite, donodo Circo Escola Picadeiro e vice-presidente da ABRACIRCO.

Marcio Stancowich, dono de umdos circos brasileiros mais tradicionais- o Circo Stankowich - e que usaanimais em suas apresentações,também rebateu: “Estivemos ontem

(dia 25 de outubro) com o governadorGeraldo Alckmin e com o vereadorRoberto Trípoli, que foi o presidenteda votação e votou a favor da lei, e elesestão a nosso lado. O governadorentrou com uma Ação Direta deInconstitucionalidade, e a lei estásuspensa. O prefeito também está aonosso lado. Quero que fique claro quenós também somos contra os maltratosde animais e queremos, ao invés deuma lei que proíba as apresentações,uma lei que regularize a maneira comque esses animais devam ser tratados.Tenho duas lonas montadas, uma delasem São Paulo, e estou apresentandonormalmente meus números comanimais. Se fosse para proibir o Circoos policiais militares também teriamque ser proibidos de treinar e usar seuscachorros e cavalos. Isso sem falar nosrodeios.”

Marcio Stancowich ainda completa:“Só em São Paulo existem quase 250Circos e mais de 1.500 famílias irão ficardesempregadas.”

O CONATED e o SATED estãoenviando manifestos ao MinistroGilberto Gil, posicionando-se contra asleis de proibição e colocando comosolução uma legislação que não proíba,mas sim, regulamente a forma com queos animais devam ser tratados.

“Já existem esforços através daABRACIRCO, no sentido de aprofun-

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damento de uma legislação es-pecífica a ser criada e que járecebe apoio através dos par-lamentares Álvaro Dias, PauloDelgado e do agora Ministro HélioCosta. Deixamos claro que nãosomos favoráveis a qualquer tipode violamento da integridade físicade qualquer animal e aindaassinalamos que o maior inte-ressado no seu bem estar é o seudomador” – pontua o manifestoassinado por Magdalena Rodri-gues, presidente do CONATED(Colégio Nacional dos Sindicatosde Artistas e Técnicos emEspetáculos de Diversão)

A polêmica continua. Os doislados possuem alguma razão noque falam, mas seguindo um en-tendimento recente em uma épo-ca em que houve um referendopara o desarmamento e que a po-pulação votou maciçamente con-tra a proibição do uso de arma,com o principal argumento de quenão deva haver proibição de ne-nhum direito, parece mais corretoque haja uma lei regulamentandoa forma como devam ser criadosesses animais e não proibindo oseu uso.

E que o público decida sequer ou não assistir espetáculoscircenses em que há animais.

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Pintura extraída do livro 1000 Clowns

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Pintura extraída do livro 1000 Clowns

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2828282828AAAAA CONVENÇÃO CONVENÇÃO CONVENÇÃO CONVENÇÃO CONVENÇÃO

Claves, bolas e aros competiramcom guarda-chuvas, pés de pato e bar-cos na 2828282828aaaaa Convenção Européia de Ma- Convenção Européia de Ma- Convenção Européia de Ma- Convenção Européia de Ma- Convenção Européia de Ma-labareslabareslabareslabareslabares, que aconteceu na Eslovênia du-rante as maiores chuvas dos últimos 50anos.

A estrutura montada pra conven-ção era, à primeira vista, impressio-nante: seis lonas de circo para palcosabertos, bares, espaços de treinos eworkshops; banheiros químicos espa-lhados por todo lado; containers pratomar banho; mais duas lonas diferen-tes pra informações e lojas… um so-nho! Mas virou um pesadelo por causada chuva. Imaginem 3500 pessoas domundo todo vivendo uma semana nes-sas condições… (Para ver mais fotosdo encontro, acesse www.albapasser.de)

Porém, isso não impediu a realiza-ção de grandes shows, como os de Tho-mas Dietz, Toby Walker, Luke Burrage,Jay Gilligan e Villie Walo. O nível téc-nico geral era sempre alto, mesmo du-rante treinos ou jam sessions sem com-promisso. Os workshops aconteceram,mas, efetivamente, só depois do fim dachuva: do 4o dia em diante. Todos muitobons. A comunicação com os partici-pantes foi uma das deficiências da orga-nização. Tudo era feito através de carta-zes e boatos, e o que estava escrito nolivrinho não acontecia. A melhor ma-neira de encarar a situação era entrarno clima Woodstock e se divertir.

por Cafi Otta

WWWWWoodstock ou oodstock ou oodstock ou oodstock ou oodstock ou VVVVVeneza?eneza?eneza?eneza?eneza?

texto Cafi Otta / fotos Du Circo

DE MALABDE MALABDE MALABDE MALABDE MALABARESARESARESARESARES2828282828AAAAA CONVENÇÃO CONVENÇÃO CONVENÇÃO CONVENÇÃO CONVENÇÃODE MALABDE MALABDE MALABDE MALABDE MALABARESARESARESARESARES

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E J E J E J E J E J A 2005A 2005A 2005A 2005A 2005Os malabaristas sul americanos

mandaram bem, inclusive os 11 brasilei-ros que foram até a Eslovênia. A GalaLatina foi uma das grandes noites doencontro, e contou com shows doNamakaca (Brasil), uma dupla chilenae argentina de passe de claves muitoboa, Marco (Argentina), Antonio(Espanha) e Toto (Chile).

Dadas as devidas proporções, deupra perceber que não devemos nadapros gringos, porque se não temos omesmo nível técnico, ganhamos nocarisma e na forma de nos relacionar-mos. Nossas convenções podem nãoter grandes nomes, estrutura sensacio-nal, euros e mais euros, mas o clima ésempre muito bom. E para aqueles quereclamam da segurança, diversos casosde roubos também ocorreram por lá.

Comparações a parte, foi umaótima convenção, onde pudemos vernúmeros muito bons, milhares detruques, gente das mais estranhaspossíveis, um país tão diferente quantoimpressionante e uma equipe deorganização que fez de tudo pra tocaro bonde, e tocou, apesar dos pesares.Pra quem quer se programar: 2006,Irlanda; 2007, Grécia; e 2008, Alemanha.Boa sorte, e tomara que a gente se en-contre em pelo menos uma delas,porque vale muito a pena!

EUREUREUREUREUROPÉIAOPÉIAOPÉIAOPÉIAOPÉIAEUREUREUREUREUROPÉIAOPÉIAOPÉIAOPÉIAOPÉIA

E J E J E J E J E J A 2005A 2005A 2005A 2005A 2005

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A idéia é sair de A e chegar a B. Onde aspessoas enxergam obstáculos os “trancers”(nome dado aos praticantes) vêem oportu-nidades. Uma parede, um carro, tudo é diver-são. O parkourparkourparkourparkourparkour passa pelo atletismo, ginásticaolímpica, artes marciais, técnicas de escalada,equilíbrios e manobras de agilidade. É uma arteque compartilha com o circo a ousadia, aprecisão e várias outras possibilidades.

Subir um paredão dando passos naparede (pegando no pulo lá em cima). Ou irde encontro à parede e dar o famoso “wallspin”: as duas mãos apoiadas na parede, umaacima da outra, o corpo gira de um lado parao outro, de ponta cabeça, um metro e meioacima do chão. Dá para fazer no carro também.Ele é para o parkourparkourparkourparkourparkour o que o mills mess épara o malabares.

No parkparkparkparkparkourourourourour a idéia é “ir”, de preferênciacom velocidade e leveza, subvertendo a lógicado obstáculo.

Desde moleque, sempre fiquei sonhandose seria possível pular um carro conversívelem alta velocidade. Então, quando meu amigoe professor de contato e improvisação DiogoGranato falou “cara, é muito louco, é skatesem skate, passar por cima do carro, na parte

mais alta sem encostaros pés, apoiando de passagem asmãos”, fiquei empolgado. Depois fiquei sabendoque o truque para pular carro é o kong com aspernas passando entre os dois braços. Se nãofor dos melhores, o kong vira monkey, que éoutra manobra. Ele continuou: “é brincadeirade crianças para adultos e sábado vai rolar umencontro”. Fui lá e me apaixonei. Agora estouaqui escrevendo, querendo saborear namemória os percursos vividos.

A MANEIRAA MANEIRAA MANEIRAA MANEIRAA MANEIRA“Se você se torna hábil em parkparkparkparkparkourourourourour, ganha

algo para o descanso da vida O parkourparkourparkourparkourparkour não éo fenômeno da forma. É a evolução da mente.Se divertir praticando o parkourparkourparkourparkourparkour é temacentral.

O conselho mais importante é aprender aseguir seu próprio trajeto, sua intuição.Naprática, focalize sua atenção em seu ser maisdo que no mundo exterior. “ Sebastian Foucan

Sebastian Foucan, visivelmente influenci-ado pelo Tao Te King, seguiu por um caminhomais filosófico com sua prática de parkparkparkparkparkourourourourour. ParaSebastian a vida tem obstáculos e desafios. Supe-rá-los é progredir.

Seu companheiro David Belle aprova umparkourparkourparkourparkourparkour bem prático, para fugir de alguém ou

por Renato CobraNos anos 80, inspirado em seu pai,um praticante do Nature Method, DavidBelle juntamente com seu grande amigoSebastian Foucan, desenvolveram oparkparkparkparkparkourourourourour. Eles deram um “estilo de vida”ao método praticado pelo pai no Vietnã.O parkourparkourparkourparkourparkour é uma forma estilizada parafalar percurso em francês.

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chegar rapidamente e com estilo e formas variadas a lugarespouco acessíveis. Costuma ser visto pulando do topo de umprédio para outro.

Meu pai, nas Olimpíadas de Munique, pulou um fosso dequatro metros de comprimento para carregar o brasileiro queacabara de bater o recorde no salto triplo. Aos sete meses degravidez minha mãe disputava salto em distância. Com três anos,de idade meus irmãos me jogavam do trampolim de três metrosna piscina. O parkourparkourparkourparkourparkour sempre esteve presente na minha vida,apenas não tinha um nome.

PPPPPARA PRAARA PRAARA PRAARA PRAARA PRATICTICTICTICTICARARARARARProcure evoluir gradualmente, respeitando seus limites. Use

um tênis com boa estabilidade e muito amortecimento. Pelas mi-nhas pesquisas atuais fico com os de basquete. Alguns usamluvas e joelheira. Eu gosto de uma proteção para punho.

O medo é um grande adversário e um grande aliado. Teruma boa relação com ele é fundamental. Para mim o caminhodo meio é o compromisso entre os opostos. Pesquise por parkourparkourparkourparkourparkourna internet e encontrará vários vídeos alucinantes.

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Quando eu nascer de novo...quero voltar novamente artista...quero ser só emoção e acreditarna incerteza, com a certeza doscrédulos...quero dedicar maistempo aos sonhos e as fantasias,e ser alimentado de aplausos...

Quero ser um aramista a cami-nhar por sobre os abismos da in-compreensão humana, sem lonjasou redes a proteger o direito doexercício da minha arte...

Quero viver a fronteira do tempoe do espaço...

Quero ser malabarista das ilu-sões e assim conseguir enganara minha fragilidade e os meusmedos que, com certeza, trareinovamente comigo...

Quero conviver melhor com aintransigência dos diretores ecom o atraso dos Borderaux...

Quero deixar de viver deempréstimos dos amigos.. .dinheiro de passagens, roupaspara festas e divisão desanduíches...

Quero que meus olhos tenhamsempre o brilho do sucesso etrabalhar sempre com filas deespera...

Quando eu nascer de novo, querovoltar novamente artista...mas atéque isso aconteça querocontinuar sendo um malabaristadas ilusões, e assim, conseguirenganar a minha fragilidade e osmeus medos...

E para a festa de hoje, estou certoque estarei presente, mesmo quetenha de pedir junto a algum

Crôn i c a

Q UQ UQ UQ UQ UANDO EU NASCER DE NOANDO EU NASCER DE NOANDO EU NASCER DE NOANDO EU NASCER DE NOANDO EU NASCER DE NOVVVVVOOOOO.. .. . .. . .. . .. . .Paulo Sérgio PereiraQ UQ UQ UQ UQ UANDO EU NASCER DE NOANDO EU NASCER DE NOANDO EU NASCER DE NOANDO EU NASCER DE NOANDO EU NASCER DE NOVVVVVOOOOO.. .. . .. . .. . .. . .Paulo Sérgio Pereira

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amigo, um adiantamento para apassagem de ida...

Quero dedicar mais tempo asorrir...

A sorrir ao nascer de cada dia,tendo que representar para mimmesmo, frente a um espelhoquebrado de um banheiro decorredor de uma pensão paracavalheiros de fino trato, que eutenho talento e que minha horaestá chegando...

A sorrir, mesmo quando não foraceito na seleção do grandeelenco daquela peça tão esperadae para o papel de minha vida...

A sorrir, mesmo tendo deacreditar que está reservado paramim, um papel em um grandeprojeto, mesmo sabendo que terprojeto, para o artista significa queele está fora de cena...

Quando eu nascer novamente, jáquero chegar no papel, travestidode esperança e interpretando opersonagem da vida...

E, na bilheteria, caso não aceitema minha carteira de ator, por estarvencida por falta de pagamento aoSindicato, vou assistir ao espe-táculo entrando por debaixo dalona, sob o olhar permissivo dealgum fiscal...

E, iluminado por feéricas luzes eaturdidos pelas músicas do espe-táculo, haverei de encontrar um

lugar na arquibancada, onde ireichorar copiosamente a cada nú-mero e, tremendo de emoção,tentarei – mesmo sabendo quenão vou conseguir – manter-mecomo platéia...

Tentarei não travestir-me na pelede cada ator com a sensação deque também poderia estar repre-sentando tão bem como ele, casofora eu o escolhido para a cena...

Mas também não sei se vouconseguir, pelo simples fato deser peixe de aquário, alimentadopor luzes de ribalta, figurinos emaquiagens...

Já quero chegar com o textodecorado e cumprir a cada noitedo dia do artista, algunsmandamentos básicos daprofissão, tais como: ser vistopara ser lembrado, estarpresente, para não ser passadoe, até mesmo ir à festas sem serconvidado...

Quero fazer uso de todas asmascaras...

Quero estar sempre com o“Phisique de Role” dopersonagem e, até onde forpossível, manter atualizado umendereço e telefone paracontatos, e, ser amigo de um bomfotógrafo, para manter sempreem dia, umas fotos que agradema produtores, diretores eagências...

Quero administrar melhor aminha incontinência urinária cadavez que surgir um teste.

E, uma vez em cena, quero mo-derar a minha autocrítica, dei-xando de me sentir sempre o piorde todos...

E ao fim do espetáculo, já entor-pecido pelas lágrimas e pelosaplausos, cairei em sono pro-fundo, certo que, quando o capatazestiver apagando as luzes parafechar a casa, haverá de perceberque, na platéia permaneceu alguéma dormir...

E, dirigindo-se a ele meneará acabeça como se nada estivesseentendo, dirigindo-se então aoGerente, que o acompanhará atéo ilustre desconhecido, lendo emvoz alta um bilhete pendurado noprimeiro botão de sua camisacolorida de festa, que diz oseguinte: “Não me despertem...Vivo de Sonhos”...

E, tomando-me nos braços, como cuidado de quem carrega umacriança, me transportará para acoxia, deixando-me, com carinho,sobre peças de cenário, dizendoem voz baixa para o capataz,enquanto apaga a última luz quefiltrava raios no proscênio:

“Não podemos despertá-lo...eleé apenas um artista e esta é a suacasa...”

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EM CARTAZ

CIRCO NO BECOCIRCO NO BECOCIRCO NO BECOCIRCO NO BECOCIRCO NO BECODia 13 de novembro na 7ªConvenção Brasileira deMalabarismo e Circo. Emdezembro consultar o sitepara ver data.Rua Belmiro Braga, esq.com Rua Luis MuratVila Madalena – SPwww.circonobeco.com.brentrada ao chapéu

JOGANDO NOJOGANDO NOJOGANDO NOJOGANDO NOJOGANDO NOQUINTQUINTQUINTQUINTQUINTALALALALALDias 02, 03 e 04 de dezem-bro; sex. e sáb. às 21h00 edom. às 19h00Rua Professor VicentePeixoto, 50 Altura do 1600da Corifeu de AzevedoMarquesButantã – SPtel. 3672.1553www.jogandonoquintal.com.brR$ 15,00

ESPELHO ESPELHO ESPELHO ESPELHO ESPELHO com SHEILA SHEILA SHEILA SHEILA SHEILA ARÊASARÊASARÊASARÊASARÊASE JULIANA BALSALOBREE JULIANA BALSALOBREE JULIANA BALSALOBREE JULIANA BALSALOBREE JULIANA BALSALOBREPPPPPALHAÇA BIFI e SHIRLEYALHAÇA BIFI e SHIRLEYALHAÇA BIFI e SHIRLEYALHAÇA BIFI e SHIRLEYALHAÇA BIFI e SHIRLEYDia 16 de novembro às 21h00VIGA Espaço Cênico, R. CapoteValente, 1323, Pinheiros – SPtel. 3801-1843; R$ 20

O RISO NO RASOO RISO NO RASOO RISO NO RASOO RISO NO RASOO RISO NO RASO (OFICINAS,(OFICINAS,(OFICINAS,(OFICINAS,(OFICINAS,PPPPPALESTRAS,ALESTRAS,ALESTRAS,ALESTRAS,ALESTRAS, ESPETÁCULOS E ESPETÁCULOS E ESPETÁCULOS E ESPETÁCULOS E ESPETÁCULOS EVÍDEOS)VÍDEOS)VÍDEOS)VÍDEOS)VÍDEOS)De 10 a 17 de novembro, noGalpão Rraso da Catarina, RuaHarmonia, 921; tel. 3031.4946Vila Madalena – SPwww.rasodacatarina.com.br

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RISOS DE SÁBRISOS DE SÁBRISOS DE SÁBRISOS DE SÁBRISOS DE SÁBADO ADO ADO ADO ADO AAAAANOITENOITENOITENOITENOITENão haverá espetáculo atéo final do ano. Rua ProfessorOnofre Penteado Jr, 51Planalto Paulista - SPtel. 5583.3151 ou 9327.7780www.claestudio.com.br

SARAU DO CHARLESSARAU DO CHARLESSARAU DO CHARLESSARAU DO CHARLESSARAU DO CHARLESDias19 de novembro, 17 dedezembro e 21 de janeirode 2.006, das 23h00 às 5h00Rua Harmonia, 921 tel. 3031.4946 Vila Madalena – SPwww.rasodacatarina.com.brR$ 10,00

CABARÉ DO SEMENTECABARÉ DO SEMENTECABARÉ DO SEMENTECABARÉ DO SEMENTECABARÉ DO SEMENTEDias 19 de novembro e 03de dezembro, às 19h00 Av. Santa Isabel, 2070 tel. 19 3289.8011Barão Geraldo, Campinas – SPR$ 12,00 e R$6

VI I CONVENÇÃO BRASILEIRA DEVI I CONVENÇÃO BRASILEIRA DEVI I CONVENÇÃO BRASILEIRA DEVI I CONVENÇÃO BRASILEIRA DEVI I CONVENÇÃO BRASILEIRA DEMALABARES E CIRCOMALABARES E CIRCOMALABARES E CIRCOMALABARES E CIRCOMALABARES E CIRCODe 11 a 15 de novembro, Piracaia – SãoPaulo – Brasil – www.7cbmc.com.br

IV CONVENCIÓN LAIV CONVENCIÓN LAIV CONVENCIÓN LAIV CONVENCIÓN LAIV CONVENCIÓN LATINA DE CIRCOTINA DE CIRCOTINA DE CIRCOTINA DE CIRCOTINA DE CIRCODe 17 a 20 de novembro, Centro OperativoLocal Usaquén – centro de DesarrolloCominitario Simon Bolívar – Colômbiawww.convencionlatinadecirco.org

VI I I CONVENCIÓN CHILENA DEVI I I CONVENCIÓN CHILENA DEVI I I CONVENCIÓN CHILENA DEVI I I CONVENCIÓN CHILENA DEVI I I CONVENCIÓN CHILENA DECIRCO CIRCO CIRCO CIRCO CIRCO Y Y Y Y Y ARARARARARTE CTE CTE CTE CTE CALLEJERALLEJERALLEJERALLEJERALLEJEROOOOODe 24 a 27 de novembro,Pirque - Santiago – Chilewww.circochile.cl/pirque2005/

BRITISH JUGGLING CONVENTIONBRITISH JUGGLING CONVENTIONBRITISH JUGGLING CONVENTIONBRITISH JUGGLING CONVENTIONBRITISH JUGGLING CONVENTIONDe 20 a 23 de abril de 2.006, Dragon CentreBodmin/Cornwall – UK www.bjc2006.co.uk

SEGUNDSEGUNDSEGUNDSEGUNDSEGUNDA CONVENCIÓN PERA CONVENCIÓN PERA CONVENCIÓN PERA CONVENCIÓN PERA CONVENCIÓN PERUUUUUANAANAANAANAANADE CIRCODE CIRCODE CIRCODE CIRCODE CIRCODe 21a 23 de abril de 2.006, EstádioMunicipal Galvez Chipoco de Barranco –Peru – [email protected]

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Page 27: Claudia OrtanySempre! Enquanto eu não vi que isso era o que eu amava fazer, es-sa idéia sempre passou pela minha cabeça. Mas hoje, para mim, a me-lhor hora é quando estou no picadeiro

MERGULHO NA MENORMERGULHO NA MENORMERGULHO NA MENORMERGULHO NA MENORMERGULHO NA MENORMÁSCARA DO MUNDOMÁSCARA DO MUNDOMÁSCARA DO MUNDOMÁSCARA DO MUNDOMÁSCARA DO MUNDOMinistrado por Ésio MagalhãesÉsio MagalhãesÉsio MagalhãesÉsio MagalhãesÉsio Magalhães de12 a 16 de dezembro, das 9h00 às13h00 – R$ 300,00Galpão Raso da Catarina - RuaHarmonia, 921 – SP; tel. 3031.4946www.rasodacatarina.com.br

CURSO DE CURSO DE CURSO DE CURSO DE CURSO DE TÉCNICTÉCNICTÉCNICTÉCNICTÉCNICAS DEAS DEAS DEAS DEAS DEMALABARISMOMALABARISMOMALABARISMOMALABARISMOMALABARISMOMinistrado por Dú Cir Dú Cir Dú Cir Dú Cir Dú Circococococo..... Todasas 3ª feiras, das 18h00 às 20h00 eWORKSHOP DE CLOWN/WORKSHOP DE CLOWN/WORKSHOP DE CLOWN/WORKSHOP DE CLOWN/WORKSHOP DE CLOWN/PPPPPALHAÇOALHAÇOALHAÇOALHAÇOALHAÇOMinistrado por Márcio Ballas Márcio Ballas Márcio Ballas Márcio Ballas Márcio Ballas

CURSOS E OFICINAS

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ESCOLA NACIONAL DEESCOLA NACIONAL DEESCOLA NACIONAL DEESCOLA NACIONAL DEESCOLA NACIONAL DECIRCOCIRCOCIRCOCIRCOCIRCOPraça da Bandeira, 4Rio de Janeiro - RJRio de Janeiro - RJRio de Janeiro - RJRio de Janeiro - RJRio de Janeiro - RJ tel. 21 [email protected]

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ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO PO PO PO PO PAAAAAULISTULISTULISTULISTULISTA DEA DEA DEA DEA DEMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESTodas as 2ª feiras, das 17h00 às22h00, Rua Belmiro Braga, esquinacom Rua Luis MuratVila Madalena – SPwww.enpauma.com.br

ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO CO CO CO CO CARIOCARIOCARIOCARIOCARIOCA DEA DEA DEA DEA DEMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESTodas as 2ª feiras, 18h00 noCENTRO INTERATIVO DECIRCO na Fundição Progresso,Rua do Arco, 24Lapa - Rio de Janeiro – RJ tel. (21) 2210.3324

ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTROS MINEIROS MINEIROS MINEIROS MINEIROS MINEIROS DEOS DEOS DEOS DEOS DEMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESTodas as 6ª feiras, das 18h00 ÁS22h00, no SPASSO ESCOLAPOPULAR DE CIRCO, RuaFrancisco Sá, n° 16 e todos ossábados, das 15h00 às 20h00, noMERCADO DISTRITAL DESANTA TEREZA, Rua São Gotardo,273, Santa Tereza - BH

ENCONTROS DE MALABARESESCOLAS DE

CIRCOENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO BO BO BO BO BAIANO DEAIANO DEAIANO DEAIANO DEAIANO DEMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESTodas as 4º feiras, das 16h00 às19h00, Passeio Público Centro – Salvador, BA tel. (71) 329.0015

ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO DE SÃOO DE SÃOO DE SÃOO DE SÃOO DE SÃOBERNARDO DO CAMPO/SPBERNARDO DO CAMPO/SPBERNARDO DO CAMPO/SPBERNARDO DO CAMPO/SPBERNARDO DO CAMPO/SPDE MALABARESDE MALABARESDE MALABARESDE MALABARESDE MALABARESTodas as 3º feiras, 18h00Paço Municipal São Bernardo do Campo – SP

ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO CEARENSE DEO CEARENSE DEO CEARENSE DEO CEARENSE DEO CEARENSE DEMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESTodas os domingos, a partir das18h00, Praça Portugal – próx. aometrô AldeotaFortaleza – CE tel. (85) 8806.3589

ENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRENCONTRO CURITIBO CURITIBO CURITIBO CURITIBO CURITIBANO DEANO DEANO DEANO DEANO DEMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESMALABARESTodas as terças, a partir das 14h00Praça Osvaldo Cruz Curitiba – PR

(João Grandão) (João Grandão) (João Grandão) (João Grandão) (João Grandão) Dias 19 e 20 denovembro, das 15h00 às 20h00Rua Girassol 323 Vila Madalena – SPtel. 3812.1676 / 3815.6142www.galpaodocirco.com.br

O O O O O AAAAATTTTTOR NA ROR NA ROR NA ROR NA ROR NA RUUUUUAAAAAMinistrado por Ricardo PuccettiRicardo PuccettiRicardo PuccettiRicardo PuccettiRicardo Puccettido Grupo LUMEGrupo LUMEGrupo LUMEGrupo LUMEGrupo LUME. De 09 a 16 defevereiro de 2.006, quinta a quinta,das 09h00 às 13h00Rua Carlos Diniz Leitão, 150Barão Geraldo, Campinas - SPtel. 19 3289.9869 / 3289.3135www.unicamp.br/lume

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VVVVVAAAAAGUEMENT LA JUNGLEGUEMENT LA JUNGLEGUEMENT LA JUNGLEGUEMENT LA JUNGLEGUEMENT LA JUNGLETCHATCHATCHATCHATCHAVVVVVALEALEALEALEALE – Poderíamos falar que oVaguement La Jungle é um grupofrancês de jazz, misturado com músicajudaico-cigana e com fortíssimainfluência do rock and roll. Só por aí

D O U TD O U TD O U TD O U TD O U T O R E SO R E SO R E SO R E SO R E SDDDDDA A A A A ALEGRIAALEGRIAALEGRIAALEGRIAALEGRIAO FILMEO FILMEO FILMEO FILMEO FILME- - - - - Quemnão conhece osDoutores daAlegria tem aoportunidade de

1000 CLO1000 CLO1000 CLO1000 CLO1000 CLOWNS,WNS,WNS,WNS,WNS, MORE OR LESS - H. MORE OR LESS - H. MORE OR LESS - H. MORE OR LESS - H. MORE OR LESS - H.Thomas SteeleThomas SteeleThomas SteeleThomas SteeleThomas Steele - - - - - A princípio pareceestranho estarmos indicando um livroamericano, mas ele possui traduções emsuas páginas para o espanhol, italiano eportuguês. Nele há, como o próprionome diz, mais ou menos 1.000 fotossensacionaissensacionaissensacionaissensacionaissensacionais de palhaços, separadas nas

INDICAÇÕESLivro

Filme

Som

Essas indicações e muito mais emwww.palcoaberto.com.br

INDICAÇÕESpor Duico

categorias fotografia, cinema e televisão, pintura,propagandas, palhaços americanos e filmes. Ao final aindatraz um Código de Ética com oito mandamentos dopalhaço. O livro vale não só pelas fotos, mas tambémpelos ótimos textos introdutórios de cada categoria.Neste livro pode-se encontrar fotos de Chaplin, JerryLewis e até mesmo Frank Sinatra, todos maquiados depalhaço. Não é um livro fácil de se achar, mas em grandeslivrarias ou até mesmo pela Internet, ele pode serencomendado. Um livro realmente sensacional!!!

conhecê-los neste filme, demaneira sutil e contada pelospróprios palhaços queparticipam do projeto. Ofilme aborda a rotina detrabalho dos palhaços, tantodentro quanto fora doshospitais. Não só os palhaçossão o foco do filme, mas o seuidealizador, Wellington Olivei-ra, conta com detalhes comose deu o surgimento dosDoutores da Alegria e o cami-nho percorrido por eles nes-tes anos de trabalho árduo ede extrema dedicação e amoràs crianças que são internadasem hospitais do Rio de Janei-ro, São Paulo e Recife (cidadesque abarcam o projeto). Im-possível não chorar na histó-ria do duende contada poruma dupla de palhaços queparticipa do projeto. Um filmenão só para ver e se emocio-nar, mas também para trazeruma maior valorização do tra-balho do palhaço na nossasociedade.

você já tem uma idéia da diversidade musical que vaiencontrar no álbum.O grupo também dá uma levepasseada pelo tango como se vê na música...Tango...quepor si só daria uma boa trilha para um número. O bomhumor está sempre presente em suas músicas, comoem Miss Carnaval, onde a música começa ao som degalos e galinhas, complementada com um finíssimo violino.Já a releitura da tradicional música judaica Hava Nagila éo ponto alto deste álbum lançado em 2.000. Com umamistura de sons sabiamente aplicada e um violinomagistralmente tocado, este grupo francês deixa a maistriste das pessoas em completo bom humor!

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Entre os malabaristas e principalmentenos encontros e convenções é comum aprática de um esporte pouco conhecido: oVoley Clave, uma mistura de voley commalabarismo.

É possível jogar com um jogador decada lado, com time de duas, três ou maispessoas. Capa participante fica com duasclaves nas mãos e uma “clave-bola” élançada de um lado a outro, desafiando osjogadores e a lei da gravidade.

O jogo inicia-se com um saque feitoatrás da linha de fundo e o jogadoradversário tem que pegar esta “clave-bola”e devolvê-la sem executar nenhummovimento individual. Não é permitidoconduzir a “clave-bola”; ela somente podeser capturada e passada. Também énecessário que as duas claves não caiamdurante todo o lance. Caso caia, o jogadorfica de fora até o lance acabar.

Voley ClaveJogue

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EDITEDITEDITEDITEDITORESORESORESORESORESAntonio Marcos Pires GilLuiz Francisco “Duico” de Vasconcelos

Nº 8 Nº 8 Nº 8 Nº 8 Nº 8 ANO 2 NoANO 2 NoANO 2 NoANO 2 NoANO 2 Novvvvv./Dez../Dez../Dez../Dez../Dez. 2005 2005 2005 2005 2005TIRATIRATIRATIRATIRAGEMGEMGEMGEMGEM 3.500 exemplares

CONTCONTCONTCONTCONTAAAAATTTTTO 55 11 7155.3708O 55 11 7155.3708O 55 11 7155.3708O 55 11 7155.3708O 55 11 7155.3708rrrrreeeeevista@palcoabervista@palcoabervista@palcoabervista@palcoabervista@palcoabertototototo.com.br.com.br.com.br.com.br.com.br

Distribuição GratuitaDistribuição GratuitaDistribuição GratuitaDistribuição GratuitaDistribuição Gratuita

COLABORADORESCOLABORADORESCOLABORADORESCOLABORADORESCOLABORADORESAndré Becker, Cafi Otta, Du Circo, EdgarMarculino, El Ocho, família Gil, Paulo SérgioPereira, Rafael Sena, Renato Cobra e Whip.

Obrigado por lerObrigado por lerObrigado por lerObrigado por lerObrigado por lerILUSTRAÇÃO CILUSTRAÇÃO CILUSTRAÇÃO CILUSTRAÇÃO CILUSTRAÇÃO CAPAPAPAPAPAAAAA El Ocho

PORPORPORPORPORTTTTTAL AL AL AL AL Daniel Duplo D

Faz-se ponto quando a clave-bola caina quadra do adversário. Vale fazerbloqueio, corte batendo na clave e outros“truques” no jogo.

As regras podem variar bastante de umlugar para outro; é uma questão de costumee conversa em cada caso.Em alguns lugaresnão é permitido fazer saques difíceis oucortar batendo com as claves.

Um ótimo treino para Voley Clave étreinar amistosamente em roda; todos comduas claves e uma “clave-bola”. Fica-sesimplesmente passando a “clave-bola” semconduzi-la. Treinando formas diferentes detacar e receber uma clave. No jogo oslançamentos com órbitas estranhas erápidas são eficientes, assim como umagrande percepção e concentração no jogo.

texto Marquinhos

REVISÃO REVISÃO REVISÃO REVISÃO REVISÃO Tetê Balestreri

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Voley Clave

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