classificação fiscal de mercadorias

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CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS Palestrante: Paula Emília de Azevedo – Coordenadora da Área de Consultoria da Pactum - MG, graduada em Economia e Ciências Contábeis. Possui experiência de mais de 10 anos nas áreas Fiscal e Tributária e Especialista em Incentivos Fiscais (Lei do Bem).

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Page 1: Classificação Fiscal de Mercadorias

CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE MERCADORIAS

Palestrante:

Paula Emília de Azevedo – Coordenadora da Área de Consultoria da Pactum - MG, graduada em Economia e Ciências Contábeis. Possui experiência de mais de 10 anos nas áreas Fiscal e Tributária e Especialista em Incentivos Fiscais (Lei do Bem).

Page 2: Classificação Fiscal de Mercadorias

O que estudaremos no curso

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A origem da Classificação Fiscal;

Sistema Harmonizado (SH): Nomenclaturas derivadas (NALADI e NCM);

Obrigatoriedade da NCM – documentos e arquivos, onde são exigidos sua referência;

Importância do correto enquadramento para aproveitamento de benefícios fiscais;

Regras de interpretação para correta classificação;

Processos de consultas junto a RFB;

Legislação referenciada e demais informações pertinentes;

Multas e penalidades;

Exercícios práticos.

GO!

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Contextualização

No Comércio Exterior e nas operações internas, a identificação precisa das mercadorias

comercializadas é de fundamental importância.

Tanto quem vende quanto quem compra, necessita ter segurança na

negociação.

A falta de linguagem comum para designação e codificação de

mercadorias gerava dificuldades nas transações comerciais

internacionais, na análise dos dados comparativos, estatísticas,

e incertezas ou imprecisões nas negociações tarifárias e em

acordos internacionais.

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Contextualização Relevância da Classificação

A Classificação Fiscal de Mercadorias é importante:

Para determinar os tributos envolvidos nas operações de importação e exportação e

nas operações com produtos industrializados;

Para determinar o enquadramento em benefícios fiscais;

No Comércio Exterior, para fins de controle estatísticos e determinar tratamentos

administrativo requerido para determinados produtos.

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Contextualização Relevância da Classificação

A Classificação Fiscal de Mercadorias é necessária:

Para aplicá-la em diversos registros de obrigações vinculadas ao Sped e NFe;

Para fins de enquadramento nas operações com Substituição Tributária;

Para conceituação de produtos e atividades que possuem concessão de benefícios na

área trabalhista.

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Contextualização Complexidade do Sistema As inúmeras posições que compõem a NCM, multiplicadas por seus desdobramentos em

subposições e itens, dão bem a medida das dificuldades que, por vezes, se interpõem na

tarefa de classificação.

Identificar precisamente, mercadorias internamente em um País, já não é uma tarefa fácil,

imagine no comércio internacional onde inclusive, os idiomas são diferentes.

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Contextualização Histórico do Sistema Harmonizado

A falta de um sistema internacional único para a designação e codificação das mercadorias

causava dificuldades às transações comerciais, principalmente por problemas inerentes a

diferença de idioma.

Os países necessitavam de uma nomenclatura uniforme a nível mundial como forma de

expandir seu comércio e para exploração de estatísticas e planejamento de suas políticas de

comércio exterior.

Com o crescimento e a evolução do comércio internacional de bens entre

os países, tornou-se necessário realizar uma padronização que facilitasse

e reduzisse a incidência de erros na identificação e catalogação de

mercadorias comercializadas.

Neste sentido, após muitos estudos, criou-se uma codificação aduaneira

única em todo o mundo, o SH – Sistema Harmonizado de Designação e

Classificação de Mercadorias.

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Contextualização Marcos Importantes – Conferências e Congressos no mundo

Ao longo do tempo, inúmeras conferências e congressos no mundo, foram realizadas com o objetivo de estabelecer uma nomenclatura mundial harmonizada:

1913: Nomenclatura Estatística Internacional aprovada na 2ª Conferência Internacional sobre Estatística Comercial, realizada em Bruxelas;

1937: Nomenclatura Aduaneira da Liga das Nações, conhecida como Nomenclatura de Genebra;

1948 e 1949: Os Países da União Europeia elaboraram um projeto baseado na Nomenclatura de Genebra, com o propósito de estabelecer uma nomenclatura a ser utilizada para aplicação de uma tarifa aduaneira comum para os países participantes.

O projeto foi aprovado e incorporado ao Convênio de Bruxelas, em 15 de dezembro de 1950, sobre a seguinte denominação: “Nomenclatura para a Classificação das Mercadorias nas Tarifas Aduaneiras”.

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Contextualização Marcos Importantes – Conferências e Congressos no mundo

Ao longo do tempo, inúmeras conferências e congressos no mundo, foram realizadas com o objetivo de estabelecer uma nomenclatura mundial harmonizada:

1970: As Nações Unidas e o Conselho de Cooperação Aduaneira e outras entidades internacionais decidiram elaborar um estudo para a criação de uma nova nomenclatura comum que pudesse atender os interesses aduaneiros e estatísticos dos países.

1983: Após 13 anos, o Conselho de Cooperação Aduaneira – CAA órgão da Organização Mundial de Aduanas - OMA, encerrou os trabalhos e aprovou o projeto de Convenção Internacional do Comitê sobre o “Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias”.

A Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e Codificação de Mercadorias, aprovada em Bruxelas em 14 de junho de 1983, foi emendada em junho de 1986, passando a vigorar em 1º de janeiro de 1988, e sendo conhecida como Nomenclatura do Sistema Harmonizado (SH).

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Contextualização Sistema Harmonizado Criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional;

Aprimorar a coleta, a comparação e a análise das estatísticas, particularmente as de

Comércio Exterior;

Facilita as negociações comerciais internacionais, as estatísticas relativas aos diferentes meios

de transporte de mercadorias e de outras informações utilizadas pelos diversos

intervenientes no comércio internacional.

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Contextualização Sistema Harmonizado - Códigos

A composição dos códigos do SH é formada por seis (06) dígitos;

Permite que sejam atendidas as especificidades dos produtos, tais como origem, matéria

constitutiva e aplicação, em um ordenamento numérico lógico, crescente e de acordo com o

nível de sofisticação das mercadorias;

Atualmente, estima-se que mais de 200 países adotam a nomenclatura do sistema SH.

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ALADI e NALADI Criação da ALADI

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Criada em 12 de agosto de 1980 pelo Tratado de Montevidéu, a ALADI (Associação Latino

Americana de Integração) objetivou criar um mercado latino-americano;

A ALADI substituiu a ALALC, a antiga Associação Latino-americana de Livre Comércio, que foi

criada em 1960;

A ALADI reúne treze países classificados em três categorias, de acordo com as características

econômicos-estruturais:

Bolívia, Equador, Paraguai, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai,

Venezuela, Cuba, Argentina, Brasil, México e Panamá.

A Nicarágua está em processo de adesão.

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ALADI e NALADI Função da ALADI

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A ALADI é um organismo intergovernamental para a promoção da integração da América Latina, com foco no desenvolvimento econômico e social da região.

Principais Objetivos:

Reduzir e eliminar gradativamente as barreiras ao comércio recíproco de seus países-membros;

Impulsionar o desenvolvimento de vínculos de solidariedade e cooperação entre os povos latino-americanos;

Promover o desenvolvimento econômico e social da região de forma harmônica e equilibrada, a fim de garantir um melhor nível de vida para seus povos;

Page 14: Classificação Fiscal de Mercadorias

ALADI e NALADI Função da ALADI

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A ALADI é um organismo intergovernamental para a promoção da integração da América Latina,

com foco no desenvolvimento econômico e social da região.

Principais Objetivos:

Renovar o processo de integração latino-americano e estabelecer mecanismos aplicáveis à

realidade regional;

Criar uma área de preferencias econômicas, tendo como objetivo final o estabelecimento de

um mercado comum latino-americano.

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ALADI e NALADI Utilização da NALADI

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Ao preencher documentos sobre o comércio exterior, a empresa deverá classificar seus

produtos, de acordo com duas nomenclaturas, quando a negociação envolver países da

Associação Latino-americana de Integração (ALADI):

A Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM) e a;

Nomenclatura Aduaneira da ALADI (NALADI/SH).

Ambas criadas com base na Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de

Designação e de Codificação de Mercadorias (SH).

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ALADI e NALADI Exemplo de Utilização da NALADI

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O pedido de licença de importação, deverá ser registrado no SISCOMEX pelo importador ou por

seu representante legal ou, ainda, por agentes credenciados pelo DECEX e pela RFB.

A descrição da mercadoria deverá conter todas as características do produto e estar de

acordo com a NCM.

Quando a importação pleiteada for objeto de redução tarifária prevista em acordo

internacional firmado com países da Associação Latino-Americana de Integração – ALADI,

será também necessária a indicação da classificação e descrição da mercadoria na

Nomenclatura Latino Americana baseada no Sistema Harmonizado – NALADI/SH.

(Portaria SECEX nº 23, de 14 de Julho de 2011)

Page 17: Classificação Fiscal de Mercadorias

ALADI e NALADI Exemplo de Utilização da NALADI

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A empresa deve adotar a classificação NALADI sempre que importar de países da Associação

Latino-Americana de integração (ALADI):

A ALADI possui uma nomenclatura específica para o tratamento conferido às listas

negociadas entre seus 12 países e que concedem redução de Imposto de Importação de

produtos inseridos na pauta do acordo.

Por isso a empresa precisa identificar o código NALADI correspondente ao NCM.

Além da utilização para preenchimento dos documentos, ele é

necessário para verificar se a mercadoria encontra-se negociada

através de acordos comerciais que o Brasil participa com outros

países.

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ALADI e NALADI Exemplo de Utilização da NALADI

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ALADI e NALADI NALADI X NCM

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A NALADI – Nomenclatura Aduaneira para a ALADI, prevalece nos acordos financeiros no

âmbito do referido mecanismo.

A NCM e a NALADI apresentam muitas semelhanças, pois estão baseadas no Sistema

Harmonizado de Codificação de mercadorias – S.H.

Ambas dispõem da mesma estrutura, idêntico número de dígitos, sendo que os seis

(06) primeiros são absolutamente coincidentes.

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NBM x NCM x TIPI x TEC NBM

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A Nomenclatura Brasileira de Mercadorias (NBM), era o código utilizado para o

enquadramento das mercadorias até 31/12/1996, composta por 10 dígitos.

A NBM/SH passou, a partir de 1º/01/1997, a adotar a mesma codificação prevista na

Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM.

ATENÇÃO!!!

Embora a NBM com 10 dígitos deixou de existir, muitos benefícios fiscais e listas

de tributação específica, principalmente nos Regulamentos do ICMS, continuam

a mencionar a NBM.

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NBM x NCM x TIPI x TEC NCM - Conceitos

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As mercadorias comercializadas interna e internacionalmente pelo País são classificadas, desde

1997, de acordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) que é também adotada por

Argentina, Paraguai e Uruguai.

Os códigos de classificação da NCM são formados por oito (08) dígitos, sendo tal

classificação baseada no Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de

Mercadorias, ou simplesmente Sistema Harmonizado (SH).

Dos oito (08) dígitos que compõem a NCM, os seis (06) primeiros são formados pelo

Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e o oitavo dígitos correspondem a

desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do MERCOSUL.

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NBM x NBM x TIPI x TEC Funções da NCM

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Estatísticas de Comércio Exterior;

Controle aduaneiro e administrativo;

Controle ambiental, sanitário, bélico, etc.;

Negociações Internacionais;

Especificar mercadorias sujeitas à Substituição Tributária do ICMS;

Incidências tarifárias;

Tratamentos diferenciados para determinadas mercadorias e segmentos de produção, que consideram NCM como critério de identificação.

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NBM x NBM x TIPI x TEC NCM x TIPI

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No que se refere ao IPI, é importante esclarecer que, apesar da criação da NCM em 1995,

internamente, o Brasil continuou usando aquela antiga TIPI de 10 dígitos até 31/12/1996.

A partir de 1997, incorporou-se a NCM na TIPI e foi feita uma nova tabela de incidência

do IPI, com 08 dígitos, aprovadas pelo Decreto nº 2.092/96.

Page 24: Classificação Fiscal de Mercadorias

NBM x NBM x TIPI x TEC A NCM Utilizada Pelo Sistema SH

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A partir de 1º de janeiro de 2012, entrou em vigor a V Emenda à Nomenclatura do Sistema

Harmonizada de Designação e de Codificação de Mercadorias, aprovada pela Instrução

Normativa RFB nº 1.202 de 19 de outubro de 2011.

A Nomenclatura do SH, constitui a base para a elaboração do texto da língua

portuguesa da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

A RESOLUÇÃO CAMEX nº 94, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2011, incorporou ao

ordenamento jurídico brasileiro a V Emenda ao Sistema Harmonizado a qual

entrou em vigor em 1º de janeiro de 2012.

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NBM x NBM x TIPI x TEC A Importância da NCM Para as Empresas

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Determinação das alíquotas dos impostos e contribuições;

Benefícios Fiscais, inclusive no Comércio Exterior, no regime de Drawback, por exemplo;

Diminuição de riscos fiscais;

Redução de custos;

Planejamento tributário;

Assertividade no recolhimento de impostos.

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NBM x NBM x TIPI x TEC NCM x TEC

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Como previsto no Tratado de Assunção, a partir de 01/01/1995, os quatro Estados Partes do

Mercosul adotaram a Tarifa Externa Comum (TEC), com base na Nomenclatura Comum do

Mercosul (NCM), com os direitos de importação incidentes sobre cada um desses itens.

A aprovação da TEC também incluiu alguns mecanismos de ajuste das tarifas nacionais,

através de Listas de Exceções, com prazos definidos pela convergência aos níveis da

TEC.

A TEC foi implantada no Brasil pelo Decreto nº 1.343, de 23/12/1994.

Page 27: Classificação Fiscal de Mercadorias

NBM x NBM x TIPI x TEC Alterações na TEC que Impactam na TIPI

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A TEC 2007, aprovada pela Resolução Camex nº43/2006, que vigorou até 31/12/2011,

contemplava 9.893 registros de códigos da NCM.

Com a TEC 2012, Resolução Camex nº 94/2011, os registros aumentaram para 10.026,

dentre os quais 433 códigos foram suprimidos e reenquadrados, resultando em 566

novos registros.

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Orientações para a Correta Classificação Fiscal O que é o Sistema Harmonizado

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O SH é o método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de

códigos e respectivas descrições e notas explicativas .

Por ser um método internacional, os dígitos numéricos que o compõem – 6 primeiros dígitos

da classificação (XXX.YY) – identificam a mercadoria a nível internacional.

Cada uma das 21 seções se subdividem em CAPÍTULOS, ao todo são 97 capítulos,

sendo que há um capítulo reservado para futura utilização (Cap. 77).

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Orientações para a Correta Classificação Fiscal Ordenação do Sistema Harmonizado

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Os itens e sub-itens referem-se a NCM

Sistema Harmonizado adotado no Mercosul:

SH – Seções:

Capítulos

Sub-capítulos

Posições

Sub-posições

Itens

Sub-itens.

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Orientações para a Correta Classificação Fiscal Ordenação do Sistema Harmonizado

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Capítulo

Posição

Sub-posições

A nomenclatura SH é composta por 6 dígitos, sendo que os dois primeiros referem-se ao

CAPÍTULO.

O terceiro e quarto dígitos referem-se à POSIÇÃO.

O quinto e sexto dígitos referem-se à SUB-POSIÇÕES, sendo o quinto dígito correspondente a

sub-posição de primeiro nível e o sexto dígito corresponde à sub-posição de segundo nível.

Exemplo:

CÓDIGO SH: 6903.10

CAPÍTULO = 69

POSIÇÃO = 03

SUB-POSIÇÃO 1º nível = 1

SUB-POSIÇÃO 2º nível = 0

Page 31: Classificação Fiscal de Mercadorias

A nomenclatura SH é desdobrada pelas Nações, Uniões Econômicas e Uniões Aduaneiras de tal

forma, que sejam obtidas as Nomenclaturas Nacionais ou Regionais.

No âmbito do Mercosul, o SH foi desdobrado em itens e Sub-itens, formando a NCM, que é a

Nomenclatura Comum do Mercosul.

Quando da criação da NCM, foram acrescentados mais dois dígitos ao código SH, sendo

portanto o sétimo, correspondente ao ITEM e o oitavo correspondente ao SUB-ITEM

Exemplo:

CÓDIGO SH: 8302.4900 (FERRAMENTAS)

Orientações para a Correta Classificação Fiscal Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM

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Capítulo Posição

Sub-posições Item

Sub-item

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Orientações para a Correta Classificação Fiscal Exemplo da Composição de uma NCM

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Orientações para a Correta Classificação Fiscal Normas Relacionadas à Classificação

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Existem Normas Gerais e Normas Específicas que regem a classificação de mercadorias.

No âmbito do Mercosul:

Regras Gerais Complementares.

No âmbito Brasil:

Norma Geral Complementar da TIPI

Tarifa Externa Comum – TEC:

A TEC em vigor desde 1º de janeiro de 1995, foi criada para cumprir requisitos essenciais

à implementação do Mercosul, tendo em vista os compromissos assumidos no Tratado

de Assunção de 1991, no qual os países integrantes estabelecem a criação de uma

política aduaneira comum para as transações comerciais com terceiros países.

Page 34: Classificação Fiscal de Mercadorias

Orientações para a Correta Classificação Fiscal Normas Relacionadas à Classificação

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Em termos de Normas Específicas que regem a classificação de mercadorias, podemos citar:

Notas de seção;

Notas de capítulos;

Notas de Sub-posição;

Notas Complementares da TIPI;

Atos Declaratórios Interpretativos e Executivos;

Instruções Normativas;

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH).

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Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Estrutura da NESH

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A NESH são textos oficiais da Organização Mundial das Aduanas – OMA que interpretam e

explicam o conteúdo de cada produto numa determinada codificação, proporcionando a

segurança no correto enquadramento da mercadoria no código pretendido.

Na NESH tem-se maior detalhamento sobre cada codificação não explicitado nos respectivos

textos da seção, capítulo, posição ou sub-posição, por trazer apenas uma descrição resumida e

suficiente do que abrange a nomenclatura para entendimento internacional, devido às

particularidades dos idiomas.

Page 36: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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São seis (06) as regras para interpretação do Sistema Harmonizado, que se aplicadas

corretamente, na ordem sequencial das mesmas, conduzem a correta classificação de

mercadorias no Sistema Harmonizado.

Primeira Regra:

Os títulos das Seções, Capítulos e Sub-capítulos têm apenas valor indicativo. Para efeitos

legais, a classificação é determinada pelos textos das posições e das Notas de Seção e de

Capítulo e, desde que não sejam contrárias aos textos das referidas posições e Notas,

pelas Regras seguintes.

Page 37: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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Segunda Regra:

a) Qualquer referência a um artigo em determinada posição abrange esse artigo mesmo

incompleto ou inacabado, desde que apresente, no estado em que se encontra, as

características essenciais do artigo completo ou acabado. Abrange igualmente o artigo

completo ou acabado, ou como tal considerado nos termos das disposições

precedentes, mesmo que se apresente desmontado ou por montar;

b) Qualquer referência a uma matéria em determinada posição diz respeito a essa matéria,

quer em estado puro, quer misturada ou associada a outras matérias. Da mesma forma,

qualquer referência à obras constituídas inteira ou parcialmente dessa matéria. A

classificação destes produtos misturados ou artigos compostos efetua-se conforme

os princípios enunciados na próxima regra (Regra 3).

Page 38: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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Terceira Regra:

Quando, num primeiro momento, a mercadoria classificar-se em duas ou mais posições por

aplicação da Regra 2–”b” ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da

seguinte forma:

a) A posição mais específica prevalece sobre as mais genéricas. Todavia, quando duas ou

mais posições se refiram, cada uma delas, a apenas uma parte das matérias constitutivas

de um produto misturado ou de um artigo composto, ou a apenas um dos componentes

de sortidos acondicionados para venda a retalho, tais posições devem considerar-se, em

relação a esses produtos ou artigos, como igualmente específicas, ainda que uma

delas apresente uma descrição mais precisa ou completa da mercadoria.

Page 39: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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Terceira Regra:

Quando , num primeiro momento, a mercadoria classificar-se em duas ou mais posições por

aplicação da Regra 2 ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da seguinte

forma:

b) Os produtos misturados, as obras compostas de matérias diferentes ou constituídas pela

reunião de artigos diferentes e as mercadorias apresentadas em sortidos

acondicionamentos para venda a retalho, cuja classificação não se possa efetuar pela

aplicação da Regra 3-”a”, classificam-se pela matéria ou artigo que lhes confira a

característica essencial, quando for possível realizar esta determinação.

Page 40: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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Terceira Regra:

Quando , num primeiro momento, a mercadoria classificar-se em duas ou mais posições por

aplicação da Regra 2 ou por qualquer outra razão, a classificação deve efetuar-se da seguinte

forma:

c) Nos casos em que as Regras 3-”a” e 3-”b” não permitam efetuar a classificação, a

mercadoria classifica-se na posição situada em último lugar na ordem numérica, dentre

as suscetíveis de validamente se tomarem em consideração.

Page 41: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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Terceira Regra - Exemplos:

O produto chamado KINDER OVO, classifica-se na posição de “chocolate” – 1806.90, ainda

que seja composto por:

Chocolate;

Camada interna de leite, açúcar e gorduras vegetais;

Cápsula plástica;

Mini brinquedo.

Page 42: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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Terceira Regra - Exemplos:

A regra 3-”c”, estabelece que se não for possível a classificação pela aplicação das Regras 3 a.

e 3b, a classificação deve ser de acordo com a classificação da mercadoria em último lugar

na ordem numérica.

Como exemplo da aplicação dessa regra, podemos citar:

Estojo escolar, de plástico, contendo:

Lápis;

Borracha de apagar;

Caneta esferográfica;

Caneta marca texto;

Lapiseira;

Grafite para lapiseira

Page 43: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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Quarta Regra:

As mercadorias que não possam ser classificadas por aplicação das Regras citadas

anteriormente, classificam-se na posição correspondente aos artigos mais semelhantes.

Essa regra se usa para classificar, por analogia, mercadorias que não possuem posições

específicas na NCM/SH.

Page 44: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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Quarta Regra - Exemplo:

Considera-se a seguinte mercadoria: Termômetro Digital

CÓDIGO SH: 9025

Capítulo Posição

Page 45: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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Quinta Regra:

Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão sujeitas às

regras seguintes:

a) Os estojos para aparelhos fotográficos, para instrumentos musicais, para armas, para

instrumentos de desenho, para joias e receptáculos semelhantes, especialmente

fabricados para conterem um artigo determinado ou um sortido, e suscetíveis de um

uso prolongado, quando apresentados com os artigos a que se destinam, classificam-se

com estes últimos, desde que sejam do tipo normalmente vendido com tais artigos.

Esta regra, todavia, não diz respeito aos receptáculos que confiram ao

conjunto a sua característica essencial.

Page 46: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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Quinta Regra:

Além das disposições precedentes, as mercadorias abaixo mencionadas estão sujeitas às

regras seguintes:

b) Sem prejuízo do disposto na Regra 5-”a”, as embalagens contendo mercadorias

classificam-se com estas últimas quando sejam do tipo normalmente utilizado para seu

acondicionamento. Todavia, esta disposição não é obrigatória quando as embalagens

sejam claramente suscetíveis de utilização repetida.

Page 47: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras para Interpretação do Sistema Harmonizado

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Sexta Regra:

A classificação de mercadorias nas Sub-posições de uma mesma posição é determinada,

para efeitos legais, pelos textos dessas Sub-posições e das Notas de Sub-posições

respectivas, assim como, pelas regras precedentes, entendendo-se que apenas são

comparáveis sub-posições do mesmo nível.

Para fins da presente Regra, as Notas de Seção e de Capítulo são também aplicáveis, salvo

disposições em contrário.

Page 48: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras Complementares

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RGC – 1

As Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado se aplicarão para determinar

dentro de cada posição ou sub-posição, o item aplicável e, dentro deste último, o subitem

correspondente, entendendo-se que apenas são comparáveis desdobramentos regionais

(itens e subitens) do mesmo nível.

Page 49: Classificação Fiscal de Mercadorias

Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras Complementares

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RGC – 1 - Exemplo

Considerando o seguinte equipamento: Painéis de Baixa Tensão

CÓDIGO SH: 8537

Capítulo Posição

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Notas Explicativas do Sistema Harmonizado Regras Complementares

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RGC – 2

As embalagens contendo mercadorias e que sejam claramente suscetíveis de utilização

repetida, mencionadas na Regra 5 “b”, seguirão seu próprio regime de classificação sempre

que estejam submetidas aos regimes aduaneiros especiais de admissão temporária ou de

exportação temporária. Caso contrário, seguirão o regime de classificação das mercadorias.

Page 51: Classificação Fiscal de Mercadorias

EX Tarifário e Procedimentos para Classificação O que são “EX” Tarifários

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O regime de ex-tarifário é um mecanismo para redução de custo na aquisição de bens de

capital (BK) e de informática e telecomunicação (BIT). Ele consiste na redução temporária

do imposto de importação desses bens (assinalados como BK e BIT, na Tarifa Externa

Comum do Mercosul), quando não houver a produção nacional.

A importância desse regime consiste em três pontos fundamentais:

Possibilita o aumento da inovação tecnológica por parte de empresas de diferentes

segmentos da economia – conforme preconizado nas diretrizes da Política

Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE);

Page 52: Classificação Fiscal de Mercadorias

EX Tarifário e Procedimentos para Classificação O que são “EX” Tarifários

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A importância desse regime consiste em três pontos fundamentais:

Garante um nível de proteção à indústria nacional de bens de capital, uma vez que

só é concedido para bens que não possuem produção nacional;

Produz um efeito multiplicador de emprego e renda sobre segmentos diferenciados

da economia nacional.

Page 53: Classificação Fiscal de Mercadorias

EX Tarifário e Procedimentos para Classificação Procedimentos para Classificar

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Aplicar as Regras de Interpretação do Sistema Harmonizado:

Lembrando que as regras devem ser aplicadas na ordem sequencial, sendo que só

se deve passar para a próxima regra, se não for possível a classificação pela regra

presente.

Como a classificação se dá, pelo texto da posição e notas de seção e capítulo, é

IMPRESCINDÍVEL ler todas as notas de seção e capítulos, antes de iniciar a

classificação.

Sempre que não for possível classificar pela aplicação das Regras, recorrer a outras

normas, tais como a NESH.

Page 54: Classificação Fiscal de Mercadorias

EX Tarifário e Procedimentos para Classificação Procedimentos para Classificar

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Desvendar a mercadoria à classificar, identificando:

O que é a mercadoria (conhecer o produto);

O que faz/ qual a função (principal e secundária);

Material constitutivo (% em peso ou volume);

Princípio de funcionamento;

Aplicação, uso ou emprego;

Forma de acoplamento a outras máquinas ou motores;

Nome comercial, técnico, científico, vulgar, marca registrada, etc.;

Forma/apresentação;

Se têm opcionais, acessórios, configuração de fornecimento (componentes).

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EX Tarifário e Procedimentos para Classificação Procedimentos para Classificar

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Enquadrar sistematicamente a mercadoria, na seção, capítulo, posição, subposição de

primeiro e segundo nível, item e subitem. Sempre nessa sequência.

Por fim, após determinar a classificação da mercadoria, tão importante quanto a

classificação é a descrição da mercadoria de forma a evidenciar a classificação fiscal

adotada.

Page 56: Classificação Fiscal de Mercadorias

Impactos da Classificação Fiscal no SPED e NFE Obrigatoriedade e sua Abrangência

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A obrigatoriedade da NCM e os cuidados com a correta utilização, irão interferir diretamente em

diversos tributos (impostos e contribuições) na NF-e e na EFD.

Cabe observar que trata-se de uma obrigatoriedade antiga para nota fiscal, já prevista conforme disposto no Convênio SINIEF s/nº de 1970, em seu art. 19, inciso IV letra “c”, o qual trazia a seguinte exigência:

“A nota fiscal conterá, nos quadros e campos próprios, observada a disposição gráfica dos modelos 1 e 1-A, as seguintes indicações:

- No quadro DADOS DOS PRODUTO”:

“c) A classificação fiscal dos produtos, quando exigida pela legislação do

Imposto sobre Produtos Industrializados”.

Page 57: Classificação Fiscal de Mercadorias

Impactos da Classificação Fiscal no SPED e NFE Obrigatoriedade e sua Abrangência

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O Ajuste SINIEF 11/90, alterou a redação do citado convênio de 1970 (Art. 19, inciso IV letra “c”),

o qual trás atualmente a seguinte redação:

A nota fiscal conterá...

“O código estabelecido na Nomenclatura Comum do Mercosul/Sistema Harmonizado –

NCM/SH, nas operações realizadas por estabelecimento industrial ou a ele equiparado, nos

termos da legislação federal, e nas operações de comércio exterior”.

Page 58: Classificação Fiscal de Mercadorias

Escrituração Fiscal Digital – EFD NCM na EFD Fiscal

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Na EFD, temos 3 (três) elementos fundamentais para o cruzamento de informações do sistema e

para o rastreamento de dados pela SEFAZ e Receita Federal:

NCM, CFOP e a CST.

O tipo de item da mercadoria ou bem, determina a obrigatoriedade ou não do preenchimento da NCM.

Uma das exigências para a Escrituração Fiscal Digital (EFD), é a inclusão do código

de classificação fiscal, referente à Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), a

qual serve de parâmetro para o cálculo do Imposto sobre Produtos

Industrializados (IPI) e do Imposto de Importação (II), entre outras informações

fiscais.

Page 59: Classificação Fiscal de Mercadorias

Escrituração Fiscal Digital – EFD Obrigatoriedade na EFD Fiscal

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Na Escrituração Fiscal Digital (EFD), a NCM será de informação obrigatória em alguns

campos/registros, conforme a seguir:

Registro 0200 - TABELA DE IDENTIFICAÇÃO DO ITEM (PRODUTOS E SERVIÇOS):

Este registro tem por objetivo informar mercadorias, serviços, produtos ou

quaisquer outros itens concernentes às transações fiscais.

Page 60: Classificação Fiscal de Mercadorias

Escrituração Fiscal Digital – EFD Obrigatoriedade na EFD Fiscal

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O campo 8 do Registro 0200, é obrigatório:

Para empresas industriais e equiparadas a industrial, referente aos itens

correspondentes à atividade fim, ou quando gerarem créditos e débitos de IPI;

Para contribuintes do ICMS que sejam substitutos tributários;

Para empresas que realizarem operações de exportação ou importação;

Considerando a crescente relação de produtos sujeitos a ST, é de se observar

que a obrigatoriedade de indicação da NCM será cada vez mais frequente

nas operações das empresas.

Page 61: Classificação Fiscal de Mercadorias

Escrituração Fiscal Digital – EFD Obrigatoriedade na EFD Fiscal

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Observe que o preenchimento do campo é obrigatório, quando tratar-se de industrial ou equiparado a industrial, mas apenas para os itens correspondentes à atividade fim ou quando gerarem créditos e débitos de IPI, como:

Mercadoria para revenda;

Matéria-prima;

Embalagem;

Produto em processo;

Produto acabado;

Subproduto;

Produto intermediário.

Campo 9 (EX – IPI) do Registro 0200:

Deverá ser informado o Código de Exceção de NCM, de acordo com a Tabela de Incidência do Imposto de Produtos Industrializados (TIPI) quando existir.

Page 62: Classificação Fiscal de Mercadorias

Escrituração Fiscal Digital – EFD Obrigatoriedade na EFD Contribuições

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Na EFD Contribuições, é obrigatório informar a NCM em todos os produtos que geram crédito das

contribuições.

Será obrigatório a NCM completa no campo 08, do registro 0200:

Registro 0200 – TABELA DE IDENTIFICAÇÃO DO ITEM (PRODUTOS E SERVIÇOS)

Este registro tem por objetivo informar as mercadorias, serviços,

produtos ou quaisquer outros itens concernentes às transações

representativas de receitas e/ou geradoras de créditos, objeto

de escrituração nos Blocos A, C, D, F ou 1.

Page 63: Classificação Fiscal de Mercadorias

Escrituração Fiscal Digital – EFD Obrigatoriedade na EFD Contribuições

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Campo 08 – Preenchimento: É obrigatório informar o código NCM conforme a Nomenclatura

Comum do MERCOSUL, de acordo com o Decreto nº 7.660, de 23 de Dezembro de 2011:

As empresas industriais e equiparadas a industrial, referente aos itens correspondentes às

suas atividades fins;

As pessoas jurídicas, inclusive cooperativas, que produzam mercadorias de origem animal ou

vegetal (agroindústria), referente aos itens correspondentes às atividades geradoras de crédito

presumido;

As empresas que realizarem operações de exportação ou importação;

As empresas atacadistas ou industriais, referentes aos itens representativos de vendas

no mercado interno com alíquota zero, suspenção, isenção ou não incidência, nas

situações em que a legislação tributária atribua o benefício a

um código NCM específico.

Page 64: Classificação Fiscal de Mercadorias

Escrituração Fiscal Digital – EFD Obrigatoriedade na EFD Contribuições

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Campo 09 – Preenchimento:

Informar com o Código de Exceção de NCM, de acordo com a Tabela de Incidência do Imposto

Sobre Produtos Industrializados (TIPI), quando existir.

Campo 10 – Preenchimento: obrigatório para todos os contribuintes na aquisição de produtos

primários. A tabela “Gênero do item de Mercadoria/Serviço”, referenciada no item 4.2.1 do

Manual de Orientação do Leiaute da EFD-PIS/Cofins (ADE Cofis nº 34/2010), corresponde à tabela

de “Capítulos da NCM”, acrescida do código “00 – Serviço”.

Validação: o valor informado no campo deve existir na Tabela “Gênero do item de Mercadorias/Serviço”, item 4.2.1 do Manual de Orientação do Leiaute da EFD PIS/COFINS

(ADE Cofis nº 34/2010).

Page 65: Classificação Fiscal de Mercadorias

Escrituração Fiscal Digital – EFD Obrigatoriedade na EFD Contribuições

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Nas operações com Substituição Tributária do PIS e da COFINS:

A Receita Federal identificará a natureza da operação, em função do NCM e CFOP informados nos registros representativos das correspondentes operações.

A identificação do NCM é determinante para validar a incidência ou não das contribuições sociais, confrontando e cruzando com as informações de CST, CFOP, base de cálculo e alíquotas informadas nos registros de detalhamento “C181” e “C185”.

Nos registros C180 e C190, também faz-se necessária a informação da NCM.

Estes registros se referem a consolidação das notas fiscais eletrônicas emitidas.

Page 66: Classificação Fiscal de Mercadorias

Escrituração Fiscal Digital – EFD Obrigatoriedade na EFD Contribuições

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Importante:

De acordo com a atividade do contribuinte e das operações praticadas, outros campos e tabelas

deverão ser observados para a geração da EFD Contribuições, devendo seguir as orientações do

Guia Prático.

Exemplos: operações com ZFM e apropriação de créditos de PIS e COFINS de bens

incorporados ao ativo imobilizado.

Page 67: Classificação Fiscal de Mercadorias

Nota Fiscal Eletrônica – NF-e NF-e - Segunda Geração

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Mudanças significativas no seu layout.

Aperfeiçoamento do leiaute com a inclusão, reorganização e exclusão de alguns campos e regras

de controle de qualidade da informação:

NCM completo (oito dígitos) para todas as operações da indústria, equiparadas e comércio

exterior;

“Apenas” o capítulo (dois dígitos), para as demais operações.

Page 68: Classificação Fiscal de Mercadorias

Nota Fiscal Eletrônica – NF-e NCM na NF-e

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A NCM deverá ser informada no item 104 do Bloco “I” do leiaute do arquivo da NF-e, e deverá

estar de acordo com a Tabela de Incidência do IPI (TIPI), conforme Decreto nº 7.660, de 23 de

dezembro de 2011.

O item 105 do Bloco “I”, deverá ser preenchido com o código EX da TIPI, quando houver;

A ausência da informação, poderá ocasionar rejeição da NF-e, conforme regras de validação do

arquivo da NF-e;

O correto enquadramento é muito importante, pois evitará riscos de exposição fiscal e

consequentemente a possibilidade de penalidades, além da rejeição na transmissão da

NF-e.

Page 69: Classificação Fiscal de Mercadorias

Nota Fiscal Eletrônica – NF-e Regras de Validação da NF-e

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Através das regras de validação da NF-e, poderão ocorrer diversos motivos de rejeição, pela não informação da NCM ou informação incompleta, como por exemplo:

Campo “I08” da regra de validação dispõe:

CFOP de Operação com Exterior (inicia por 3 ou 7) e não informada TAG NCM (id:I05) completo (8 posições)

Campo “O07”, informada tributação do IPI sem informar a TAG NCM completo (8 posições).

Código NCM (somente 2 posições):

Será permitida a informação do gênero (posição do capítulo da NCM) quando a operação não for comércio exterior (importação/exportação) ou o produto não seja tributado pelo IPI.

Em caso de item de serviço ou item que não tenham produto (ex.: transferência de crédito, crédito do ativo imobilizado, etc.), informar o código 00 (zeros).

Page 70: Classificação Fiscal de Mercadorias

Nota Fiscal Eletrônica – NF-e Ponto de Atenção

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Com a NF-e a Escrituração Fiscal Digital – EFD contendo eventuais irregularidades no

enquadramento da NCM, deixará o contribuinte ainda mais exposto à fiscalização, tornando-o

mais vulnerável à imposição de penalidades, através do cruzamento de informações da Secretaria

do Estado da Fazenda e Receita Federal.

Page 71: Classificação Fiscal de Mercadorias

Repercussão do NCM nos Tributos Repercussão Para o ICMS

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A maior parte dos benefícios fiscais, está vinculada não somente à descrição das mercadorias,

como também a “arrecadação” com a NCM (Classificação Fiscal).

Mencionados benefícios, são (entre outros), a redução de Base de Cálculo e Isenções.

Além dos benefícios fiscais, os códigos da NCM são utilizados para fixar quais produtos estão abrangidos pela Substituição Tributária.

Page 72: Classificação Fiscal de Mercadorias

Repercussão do NCM nos Tributos Repercussão Para o ICMS - Exemplo

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Produto: Aquecedor para Mamadeiras

NCM: 8516.7990

Page 73: Classificação Fiscal de Mercadorias

Repercussão do NCM nos Tributos Repercussão Para o ICMS - Exemplo

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Produto: Aquecedor para Mamadeiras

NCM: 8516.7990 – Impactos no ICMS-ST

A Empresa Wwe (localizada em Santa Catarina) realiza operações com a empresa Farmácias S/A (Localizada em Minas Gerais)

Após análise de Protocolos, constatou-se que há ICMS-ST nas operações pertinentes à mercadoria em tela:

- Protocolo nº 197/2009:

“Os Estados de Minas Gerais e de Santa Catarina, neste ato representados pelos seus respectivos Secretários de Fazenda, em Gramado, RS, no dia 11 de dezembro de 2009, considerando o disposto nos arts. 102 e 199 do Código Tributário Nacional (Lei n. 5.172, de 25 de outubro de 1966), e no art. 9º da Lei Complementar n. 87/96, de 13 de setembro de 1996, e o disposto nos Convênios ICMS 81/93, de 10 de setembro de 1993, e 70/97, de 25 de julho de 1997, resolvem celebrar o seguinte:

Page 74: Classificação Fiscal de Mercadorias

Repercussão do NCM nos Tributos Repercussão Para o ICMS - Exemplo

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Produto: Aquecedor para Mamadeiras

- Protocolo nº 197/2009:

“Cláusula primeira - Nas operações interestaduais com as mercadorias listadas no Anexo Único, com a respectiva classificação na Nomenclatura Comum do Mercosul / Sistema Harmonizado - NCM/SH, destinadas aos Estados de Amapá, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul ou Santa Catarina, fica atribuída ao estabelecimento remetente, na qualidade de sujeito passivo por substituição tributária, a responsabilidade pela retenção e recolhimento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS relativo às operações subsequentes.

Page 75: Classificação Fiscal de Mercadorias

Repercussão do NCM nos Tributos Repercussão Para o IPI

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Principalmente no segmento de Bens de Capital e Veículos, onde os benefícios levam em conta a

descrição da mercadoria e sua respectiva NCM.

Por exemplo, a suspenção do imposto em determinadas etapas do ciclo produtivo.

Produtos com direito a suspensão do IPI:

As matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de embalagem, destinados a estabelecimento que se dedique, preponderantemente, à elaboração de produtos classificados nos Capítulos 2, 3, 4, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 23 (exceto códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e Ex-01 no código 2309.90.90), 28, 29, 30, 31 e 64, no código 2209.00.00 e 2501.00.00, e nas posições 21.01 a 21.05.00, da Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados - TIPI, inclusive aqueles a que corresponde a notação NT (não tributados), sairão do estabelecimento industrial com suspensão do referido imposto.

Page 76: Classificação Fiscal de Mercadorias

Repercussão do NCM nos Tributos Repercussão Para o PIS e COFINS

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Alguns produtos possuem alíquotas diferenciadas e sistema de cobrança monofásica. Da mesma

forma, há na maioria desses casos, a legislação vinculada a tributação à NCM específica.

Exemplo de produtos monofásicos para o PIS e COFINS:

Indústria Farmacêutica e de Cosméticos:

Serão aplicadas alíquotas de 2,20% para o PIS e 10,30% para a COFINS sobre as receitas com venda, pelo industrial ou importador, de produtos classificados na TIPI nas posições 33.03 a 33.07 e nos códigos 3401.11.90, 3401.20.10 e 9603.21.00. São exemplos de produtos incluídos na lista: - Perfumes e águas-de-colônia; - Produtos de maquilagem para os lábios e olhos; - Cremes de beleza;

A correta utilização da NCM vem se ampliando, e tem sido fundamental na identificação de

benefícios fiscais (suspensão), regimes especiais e tributações diferenciadas.

Page 77: Classificação Fiscal de Mercadorias

Repercussão do NCM nos Tributos Desoneração da Folha de Pagamentos

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A Lei nº 12.546/2011, na redação da Lei nº 12.715/2013 (conversão das MPs 540/11 e 563/12

respectivamente), trata da Desoneração da Folha de Pagamentos.

A contribuição previdenciária de 20% calculada sobre o total da folha de pagamento dos

empregados, trabalhadores avulsos e contribuintes individuais, das empresas que fabricam os

produtos classificados na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados

(TIPI), aprovada pelo Decreto nº 7.660/2011, nos códigos constantes no Anexo à Lei nº

12.546/2011, na redação da Lei nº 12.715/2012, será substituída pela aplicação da alíquota de 1%

sobre o valor da receita bruta, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais

concedidos.

Portanto, até mesmo na questão previdenciária, os benefícios observam o tipo de produto, de acordo com determinada NCM.

Page 78: Classificação Fiscal de Mercadorias

Repercussão do NCM nos Tributos Mudanças em Algumas Rotinas Internas – Fiscal e Contábil

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NCM

Uma situação comum nas empresas é a existência de dois (ou mais) fornecedores do mesmo produto, com alíquotas de IPI diferentes.

A obrigatoriedade da NCM na NF-e, se transforma em fonte riquíssima de análise pelo fisco, pois está diretamente relacionada com a alíquota do IPI e consequentemente com o cálculo do imposto.

Agora, é de extrema responsabilidade da empresa reavaliar e certificar a NCM (classificação fiscal) correta e, se for o caso, regularizar a situação junto ao fornecedor.

Importante: O Fisco entende existir apenas uma única NCM para cada produto!

Page 79: Classificação Fiscal de Mercadorias

Repercussão do NCM nos Tributos Atos Legais

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Para a correta classificação de um produto, deve-se observar uma série de normas legais e utilizar

diversos instrumentos de classificação fiscal, tais como:

TEC (tarifa Externa Comum);

NESH (Notas Explicativas do Sistema Harmonizado);

TIPI (Tabela do IPI);

Parecer da OMA – Organização Mundial de Aduanas;

Soluções de consultas de classificação fiscal, expedidas pela RFB;

Pareceres Normativos da Receita Federal;

Jurisprudência Administrativa e Judicial;

Leis e Decretos.

Page 80: Classificação Fiscal de Mercadorias

Repercussão do NCM nos Tributos Legislação Correlata

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TEC

Decreto nº 4.732/03 e Resolução CAMEX nº 43, de

22/12/2006, revogada recentemente pela RESOLUÇÃO

CAMEX nº 94, de 08 de dezembro de 2011. Publicada no

DOU de 12/12/2011, a qual entrou em vigor em 1º de janeiro

de 2012.

TIPI

Decreto nº 7.660/2011 e alterações posteriores, através de

Decretos e Atos Declaratórios Executivos da Receita Federal

do Brasil.

Page 81: Classificação Fiscal de Mercadorias

Alterações na TIPI Atenção para as alterações da TIPI

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O acompanhamento das alterações na TIPI é fundamental.

Atualmente a TIPI está contemplada na redação do Decreto nº 7.660/2011.

Frequentemente são publicados Decretos e Atos Declaratórios Executivos da RFB, que introduzem alterações na Tabela do IPI (TIPI), como por exemplo

Alterações de alíquotas por NCM;

Alterações de NCM e respectiva alíquota;

Alterações somente na descrição da NCM;

Alterações no “EX”;

Alterações para inclusão de novas NCMs e;

Alterações para exclusão de códigos NCM.

Durante um ano, podem existir centenas de alterações!

Page 82: Classificação Fiscal de Mercadorias

Alterações na TIPI Redução e Majoração de Alíquotas

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A Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) está sujeita a

significativas mudanças relacionadas à redução de alíquotas, entre outras mudanças.

A legislação permite que as alíquotas do IPI sejam reduzidas a até 0% ou majoradas até 30

unidades percentuais, quando se tornar necessário atingir os objetivos da política econômica

governamental, sendo mantida a seletividade em função da essencialidade do produto, ou ainda,

para corrigir distorções.

A redução das alíquotas tem como objetivo o estímulo ao desenvolvimento de vários setores da

economia nacional, tais como o da construção civil, veículos de carga, máquinas e aparelhos.

Page 83: Classificação Fiscal de Mercadorias

Alterações na TIPI Redução de Alíquotas - Exemplo

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Exemplo:

Redução do IPI para refrigeradores –

O Decreto nº 7.879 de 27.12.2012, reduziu o IPI para refrigeradores do tipo doméstico, da NCM

8418.2, de 15% para 7,5% até 30/06/2013.

Agora, o Decreto nº 8.035 de 28/06/2013, reduziu para:

8,5% de 1º de julho de 2013 a 30 de setembro de 2013 e,

10% a partir de 1º de outubro de 2013.

Page 84: Classificação Fiscal de Mercadorias

Alterações na TIPI Produtos Sujeitos ao IPI

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Apenas produtos classificados em códigos de classificação ou “EX” dotados de alíquotas, ainda

que zero na TIPI, estão sujeitos à incidência do IPI.

Os produtos classificados em códigos ou “EX” dotados da expressão NT, que significa “Não-

Tributado”, não estão sujeitos à incidência do IPI.

Page 85: Classificação Fiscal de Mercadorias

Alterações na TIPI Consequências de um Enquadramento Indevido

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Conforme visto anteriormente, uma classificação incorreta da NCM, repercutirá em alíquotas

indevidas e diversas implicações, com impactos nos benefícios fiscais dos impostos e

contribuições.

Com relação as obrigações acessórias, como NF-e e EFD, também terão sérias implicações nos

cruzamentos das informações com outras Declarações.

Page 86: Classificação Fiscal de Mercadorias

Alterações na TIPI Consequências de um Enquadramento Indevido

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Penalidades (âmbito Federal)

O enquadramento incorreto da NCM pode levar tanto ao recolhimento a maior, quanto a menor de tributos, o IPI por exemplo.

Nesta última hipótese, a multa mínima por lançamento de ofício, no caso do IPI é de 75% (setenta e cinco por cento) do imposto (Art. 44 da Lei nº 9.430/96 e Art. 80 da Lei 4.502/64, na redação da Lei 11.488/07)

Na questão do comércio exterior, temos a previsão de multa de 1% (um por cento) sobre o valor aduaneiro da mercadoria, não inferior a R$ 500,00, pela classificação incorreta da NCM, nas nomenclaturas complementares ou em outros detalhamentos instituídos para a identificação da mercadoria.

Sem o código da NCM, ainda se torna impossível prosseguir com os procedimentos administrativos para uma importação.

Destaca-se que no caso de embarque de mercadoria sem a respectiva licença de importação, a multa prevista é de 30% do valor aduaneiro (Arts. 706 e 711, Dec. 6.759/09)

Page 87: Classificação Fiscal de Mercadorias

Alterações na TIPI Penalidades

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Penalidades (âmbito Federal)

Outras multas poderão ser aplicadas, em função dos cruzamentos das declarações Federal, EFD,

etc. quando forem constatadas erros ou falta de informações.

Page 88: Classificação Fiscal de Mercadorias

Consultas Receita Federal do Brasil Quem e como Solicitar a Consulta Junto a SRF

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A Instrução Normativa RFB nº 740, de 2/05/2007, dispõe sobre o processo de consulta relativo à

interpretação da legislação tributária e aduaneira e à classificação de mercadorias no âmbito da

Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Legitimidade para consultar:

Art. 2º A consulta poderá ser formulada por:

I – sujeito passivo de obrigação tributária principal ou acessória;

II – órgão da administração pública;

III – entidade representativa de categoria econômica ou profissional

Parágrafo único. No caso de pessoa jurídica que possua mais de um

estabelecimento, a consulta será formulada, em qualquer hipótese, pelo

estabelecimento matriz, devendo este comunicar o fato

aos demais estabelecimentos.

Page 89: Classificação Fiscal de Mercadorias

Consultas Receita Federal do Brasil Instruções Preliminares

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A classificação fiscal de mercadorias deve ser determinada, em princípio, pelo próprio

contribuinte, através de pesquisa efetuada na TEC ou TIPI, nas Notas Explicativas do Sistema

Harmonizado e nas emendas de Pareceres e Soluções de Consulta publicadas no D.O.U somente

nos casos em que após a pesquisa, persistir dúvida razoável, pode-se formular consulta sobre

classificação fiscal nos termos da legislação vigente, prestando todas as informações técnicas

necessárias ao perfeito entendimento do produto.

Importante:

Lembrar que são ineficazes consultas que não comportem dúvida razoável por versarem sobre

fatos e produtos:

Definidos ou declarados em disposição literal da legislação;

Disciplinados por atos normativos;

Atenção!! A consulta sobre Classificação Fiscal deve referir-se

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Consultas Receita Federal do Brasil Instruções Preliminares

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ILMO. SR. SUPERINTENDENTE REGIONAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL DA __ª REGIÃO FISCAL.

Assunto: Consulta sobre classificação fiscal de mercadoria na TIPI (ou TEC)

(nome empresarial) com sede na (rua/cidade/Estado), telefone (XXXX-XXXX) e-mail (xxx), registrada no CNPJ nº

(xx.xxx.xxx/xxxx-xx), por seu representante legal (ou procurador) (nome do representante ou procurador,

(contrato social, ata e estatuto e/ou procuração em anexo), que adiante assina vem à presença de V.Sa., nos

termos do parágrafo 1º, inciso II, do art. 48 da Lei nº 9.430, de 26 de dezembro de 1996, combinado com os

artigos 46 a 53 do Decreto nº 70.235, de 06/03/72 e com a Instrução Normativa nº 740, de 02/05/07,

apresentar consulta sobre a classificação na Tarifa Externa Comum (TEC), do Mercosul, aprovada pelo Decreto

nº 2.376, de 12/11/97 (D.O.U de 13/11/97 – retificação D.O.U de 12/12/97) – Anexos da Resolução CAMEX nº

43, de 22/12/2006 (D.O.U de 26/12/2006 – retificações D.O.U de 18/01/2007, D.O.U de 09/02/2007 e D.O.U de

17/07/2007) e Anexo da Resolução CAMEX nº 18, de 26/03/2009 (D.O.U de 27/03/2009), ou na Tabela do IPI

(TIPI), aprovada pelo Decreto nº 6.006, de 28/12/2006 (D.O.U de 28/12/2006) e alterações posteriores ,

declarando que:

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Consultas Receita Federal do Brasil Descrição da Mercadoria

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Nome vulgar, comercial, científico e técnico;

Marca registrada, modelo, tipo e fabricante;

Função principal e secundária;

Princípio e descrição de funcionamento.

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2711.19.10

A NCM abaixo corresponde a qual produto?

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Analise a descrição do produto abaixo, e indique qual a Classificação Fiscal adequada:

Descrição do produto: Sobras de fios de linho, não destinados à

costuras.

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Analise a descrição do produto a seguir, e indique a Classificação Fiscal adequada:

Descrição do produto: Picanha bovina refrigerada

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Observe as NCMs a seguir:

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Conecte o código NCM na respectiva descrição:

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Considerando que nenhuma das mercadorias abaixo tem requisito específico de origem, qual

das mercadorias abaixo não atende às Regras de Origem do MERCOSUL:

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A posição 84.50 do Sistema Harmonizado que consta na Nomenclatura Comum do Mercosul tem o

seguinte desdobramento hipotético, apresentado abaixo. Estritamente à análise da posição e de seus

desdobramentos na tabela, e, considerando a inexistência de notas explicativas de posição, julgue as

proposições seguintes e assinale a opção correta.

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Bibliografia

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Decreto nº 1.343/1994

Instrução Normativa nº 740/2007

Resolução CAMEX nº 94/2011

Decreto nº 7.660/2011

Convênio SINIEF S/Nº de 1970

Decreto nº 2.092/1996

Portaria SECEX nº 23/2011

Instrução Normativa nº 1.202/2011

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